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A GESTO SOCIAL DE PROJETOS MUNICIPAIS DE HABITAO PARA POPULAES
EM SITUAO DE VULNERABILIDADE SOCIAL: ESTUDO DE CASO DO PROJETO DE
HABITAO E URBANIZAO - PAC 2, NO BAIRRO SO PEDRO, MUNICPIO DE
SOMBRIO/SC(Benedito Possamai)Orientador: Prof. Paulo Otolini
Garrido Cricima, 31 de maio de 2013Curso de Especializao em Gesto
Pblica
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SumrioIntroduoA Administrao PblicaMetodologiaAnlise dos
dadosConsideraes FinaisRefernciasApndice: rea de
IntervenoAgradecimentosMeno Especial
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1. Introduo1.1 Apresentao
O presente estudo objetiva avaliar a Gesto Pblica Municipal no
Projeto de Habitao e Urbanizao - PAC 2, no bairro So Pedro,
Municpio de Sombrio/SC, quanto s categorias do Novo Servio Pblico e
da Gesto Social.
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1. Introduo1.2 Investigao
A Gesto Pblica Municipal do Projeto de Habitao e Urbanizao - PAC
2, no bairro So Pedro, Municpio de Sombrio/SC, atende aos princpios
constitucionais e s categorias do Novo Servio Pblico e da Gesto
Social?
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1. Introduo1.3 Objetivo Geral
O objetivo deste estudo avaliar se a Gesto Pblica Municipal no
Municpio de Sombrio/SC, atende aos princpios constitucionais e s
categorias do Novo Servio Pblico e da Gesto Social, no mbito deste
projeto.
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1. Introduo1.4 Objetivos Especficos
Descrever a Gesto Pblica Municipal no Projeto de Habitao e
Urbanizao - PAC 2, no bairro So Pedro, Municpio de Sombrio/SC;
levantar os quesitos legais que regem a implantao do
Projeto;
averiguar a avaliao dos moradores quanto gesto do Projeto de
Habitao e;
avaliar a Gesto Pblica Municipal de Sombrio/SC, quanto s
categorias da Gesto Estratgica, Gesto Pblica e Gesto Social, neste
Projeto.
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1. Introduo1.5 Motivao/Justificativas
Procurar-se- identificar neste estudo de caso, restrito ao
projeto executado no bairro So Pedro, localizado em Sombrio/SC, os
problemas mais comuns aos projetos habitacionais destinados s
populaes em situao de vulnerabilidade social.
Pela dimenso econmica e social que adquirem os projetos
habitacionais do SNHIS, e pela abrangncia desta poltica pblica,
este estudo justifica-se por representar uma possibilidade de
contribuir para o aprimoramento do sistema, observado da base para
o topo, haja vista a complexidade administrativa, social e
cultural, principalmente nos pequenos municpios do Brasil.
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2. A Administrao Pblica2.1 Administrao Pblica Municipal
So princpios Constitucionais que que norteiam a Administrao
Pblica, direta e indireta em todos os entes da federao: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.
Entre as competncias do municpio, listadas na Constituio Federal
e na respectiva Lei Orgnica do Municpio, esto as de prestar servios
pblicos de interesse local, promover, planejar e controlar a ocupao
do solo urbano e proteger o patrimnio histrico-cultural.
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2. A Administrao Pblica2.2 Perspectivas da Administrao
Pblica
7/10Tabela: Denhardt e Denhardt (2000, p. 549-559) (Corte 01
Velha Administrao Pblica New Public Management Novo Servio
Pblico
Fundamentos Tericos e Metodolgicos Teoria Poltica e Cincia
Social Teoria Econmica e Cincia Social Positivista Teoria
Democrtica;Abordagens variadas para o conhecimento (positiva;
interpretativa e crtica) e ps-modernismo
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2. A Administrao Pblica2.3 Perspectivas da Administrao Pblica
(continuao)
8/10Tabela: Denhardt e Denhardt (2000, p. 549-559) (Corte
02)
Velha Administrao Pblica New Public Management Novo Servio
Pblico
Concepes de Interesse Pblico Politicamente expressas na
LeiRepresenta a agregao de interesses individuais Resultante de
dilogos sobre valores compartilhados
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2. A Administrao Pblica2.4 Perspectivas da Administrao Pblica
(continuao)
9/10Tabela: Denhardt e Denhardt (2000, p. 549-559) (Corte
03)
Velha Administrao Pblica New Public Management Novo Servio
Pblico
Motivao dos Servidores e Administradores Salrios e Benefcios
Esprito Empreendedor;Ideologia para Reduo do Tamanho do Estado
(Governo) Servio Pblico;Desejo de Contribuir para a Sociedade
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2. A Administrao Pblica2.5 Tipos Gesto Pblica
10/10Tabela: Pimentel e Pimentel (2012, p. 8) (Corte 01)
Categorias de Anlise Gesto Estratgica Gesto Pblica Gesto Social
Objetivo Lucro Interesse Pblico Interesse Coletivo de Carter
PblicoProtagonistas Mercado Estado Sociedade Civil Organizada
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2. A Administrao Pblica2.6 Tipos Gesto Pblica (continuao)
11/10Tabela: Pimentel e Pimentel (2012, p. 8) (Corte 02)
Categorias de Anlise Gesto Estratgica Gesto Pblica Gesto Social
Comunicao Monolgica, vertical, com restrio ao direito de
falaMonolgica/Dialgica, vertical com algumas horizontalidades; em
tese sem restrio falaDialgica, com pouca ou nenhuma restrio ao
direito de falaProcessodecisrioCentralizado/top downCentralizado
com possibilidade de participao (bottom up)Descentralizado,
emergente e participativo/surge como construo coletiva
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2. A Administrao Pblica2.7 Tipos Gesto Pblica (continuao)
12/10Tabela: Pimentel e Pimentel (2012, p. 8) (Corte 03)
Categorias de Anlise Gesto Estratgica Gesto Pblica Gesto Social
Operaciona-lizaoEstratgica, com foco em indicadores
financeirosEstratgica, com foco em indicadores sociaisSocial, com
foco em indicadores qualitativos e quantitativosEsferaPrivadaPblica
EstatalPblica Social (Frana Filho) x qualquer esfera (Tenrio;
Dowbor)
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2.8 Polticas Pblicas para a Habitao Popular
As polticas pblicas de habitao popular esto abrigadas pela Lei n
11.124/2005 e suas alteraes, a qual criou:
SNHIS Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social;
O FNHIS -Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social e;
O Conselho Gestor do FNHIS. 13/102. A Administrao Pblica
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3. Metodologia3.1 Estas pesquisa classifica-se como qualitativa,
aplicada, descritiva e estudo de caso;
3.2 os procedimentos metodolgicos incluindo reviso de
literatura, pesquisa documental, observao e pesquisa junto ao grupo
focal;
3.3 foram aplicadas entrevistas com a Gesto Municipal e com a
Coordenao do Projeto, e um questionrio padro para um grupo focal na
rea de interveno com beneficirios diretos, ou seja, que receberam
unidades habitacionais, e com beneficirios indiretos, aqueles que
usufruiro dos demais benefcios constantes no projeto;
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3. Metodologia3.4 o roteiro da entrevista incorporou as
categorias correspondentes aos princpios constitucionais da
Administrao Pblica, aos princpios do Novo Servio Pblico e aos
fundamentos da Gesto Social;
3.5 como dos dados primrios, foram entrevistados dois
representantes da Gesto Municipal ligados a Secretaria Municipal da
Assistncia Social e a Coordenao do Trabalho Tcnico Social, na rea
de interveno. A pesquisa compreendeu uma amostra intencional,
representada por um grupo focal de 11 (onze) pessoas da comunidade,
selecionadas aleatoriamente entre os moradores adultos, de ambos os
sexos;
3.6 nos dados secundrios, foram analisadas a legislao federal e
a documentao da legislao municipal disponvel, alm de noticirios e
artigos de literatura relacionada e pesquisa eletrnica em stios e
portais disponveis da internet.
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4. Anlise dos Dados4.1 Inexistncia de Legislao Municipal
especfica;
4.2 inexistncia de Gesto Participativa;
4.3 instituio do FLHIS Fundo Local de Habitao de Interesse
Social por determinao (exigncia) do Ministrio das Cidades;
4.4 Conselho Municipal de Habitao ou Conselho Gestor do FLHIS,
inexistente;
4.5 CAO Comisso de Acompanhamento da Obra, formada por
moradores, inoperante ou pouco atuante.
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4. Anlise dos Dados4.6 prestao de contas apenas aos rgos
fiscalizadores institucionais (no identificados);
4.7 inexistncia de Portais da Transparncia, na Prefeitura e na
Cmara de Vereadores;
4.8 participao da comunidade na definio e elaborao das
atividades a serem desenvolvidas no Trabalho Tcnico Social, somente
durante a etapa de diagnstico socioeconmico para a elaborao do
projeto;
4.9 regularizao fundiria como entrave na elaborao de projetos
habitacionais;
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4. Anlise dos Dados4.10 gestora municipal reconhece a
necessidade de maiores esclarecimentos populao sobre os problemas
habitacionais e a importncia de agir na base destas questes, sem
entretanto, apontar aes articuladas com essa finalidade ;
4.11 estrutura administrativa municipal incipiente para atender
a demanda prevista de contrapartida para a execuo das atividades a
serem desenvolvidas no Trabalho Tcnico Social;
4.12 Trabalho Tcnico Social acompanha as famlias beneficiadas no
projeto, em eixos estratgicos de mobilizao e organizao comunitria,
educao sanitria e meio ambiente, gerao de trabalho e renda atravs
de aes educativas, como seminrios, palestras, reunies e cursos de
qualificao profissional, propondo aes emancipatrias, de interesse
coletivo.18/10
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4. Anlise dos Dados4.13 a Coordenao do TTS sugere a realizao de
diagnsticos, consultas pblicas, assembleias, reunies de mobilizao e
maior participao popular, para que a Gesto Pblica Municipal possa
atender a legislao, a promoo da democratizao, transparncia,
controle social e ao interesse coletivo de carter pblico;
4.14 pequena participao da comunidade nos eventos relativos ao
projeto e um grande desconhecimento das prerrogativas sociais e
legais que representam o empoderamento da comunidade no processo
democrtico e participativo.Por outro lado, reconhecem os benefcios
que o projeto representa para a comunidade;
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4. Anlise dos Dados
4.15 quanto s categorias da Gesto Estratgica, Gesto Pblica e
Gesto Social, deixou evidente que a Administrao desconhece os
conceitos da Gesto Social e sua aplicao.
4.16 os princpios do Novo Servio Pblico e da Gesto Social ainda
no so praticados na Gesto Pblica Municipal pesquisada.
4.17 os resultados apresentados acima foram extrados da
pesquisa, seguindo os objetivos traados e a metodologia aplicada.
4.18 o objeto da pesquisa no se esgota neste estudo, abrindo
inclusive oportunidade para novos estudos.
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5. Consideraes Finais5.1 Quanto s categorias da Gesto
Estratgica, Gesto Pblica e Gesto Social, deixou evidente que a
Administrao desconhece os conceitos da Gesto Social e sua aplicao.
Portanto, os princpios do Novo Servio Pblico e da Gesto Social
ainda no so praticados na Gesto Pblica Municipal pesquisada;
5.2 a gesto do programa habitacional obedece legislao
nacional;
5.3 no h legislao municipal especfica para orientar esta poltica
pblica;
5.4 a gesto do programa atende parcialmente aos princpios
constitucionais da administrao pblica;
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5. Consideraes Finais5.5 a gesto do projeto no atende aos
princpios do Novo Servio Pblico, enquadrando-se como prtica do
movimento gerencialista;
5.6 no foram identificadas prticas da Gesto Social, em prejuzo
da democracia e dialogicidade, por falta de organizao social e
desvinculao do programa s necessidades da comunidade; neste
sentido, o controle social lembrado apenas na prestao de contas
institucional, no tendo a comunidade a compreenso da amplitude e da
importncia deste procedimento;
5.7 o estudo alcana seu objetivo ao identificar tais
divergncias, e o descompasso entre as polticas pblicas propostas e
sua efetiva execuo;
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5. Consideraes Finais5.8 a falta de mecanismos para
monitoramento e avaliao impede o registro das falhas e sucessos e,
principalmente, o aprendizado para corrigir sua reaplicao no
futuro;
5.9 sugere-se, finalmente, uma poltica pblica mais efetiva na
articulao dos mecanismos de controle social e participao democrtica
e popular junto s comunidades, como forma de estimular o exerccio
da cidadania, guindando o cidado ao patamar de protagonista na
construo de uma sociedade mais justa e democrtica.
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6. RefernciasCUNHA, Eleonora Schettini M. Conferncias de
polticas pblicas e incluso participativa. Texto para discusso 1733.
Rio de Janeiro. Maio/2012. Disponvel em: . Acesso em: 27 abr.
2013.DENHARDT, R. B.; DENHARDT, J. V. The new public service:
serving rather than steering. Public Administration Review, v. 60,
n 6, p. 549-559, 2000. GRAU, Nuria Cunill. Modelos de controle e
participao sociais existentes na administrao pblica federal. In:
ANTERO, Samuel A.; SALGADO, Valria Alpino Bigonha. (Orgs.).
Participao social: textos para discusso. 2013. Disponvel em: .
Acesso em: 04 abr. 2013.
MOURA, Rafael Moraes; MONTEIRO, Tnia. Dilma admite possibilidade
de fraudes no Minha Casa. Abr./2013. Disponvel em: . Acesso em: 23
abr. 2013. PIMENTEL, Mariana Pereira Chaves; PIMENTEL, Thiago
Duarte. Gesto social: perspectivas, princpios e (de)limitaes.
Florianpolis/SC, 2012. SECCHI, Leonardo. Modelos organizacionais e
reformas da administrao pblica. Revista de Administrao Pblica, v.
43, n. 2, Rio de Janeiro, p. 347-369, mar./abr. 2009. Disponvel em:
. Acesso em: 02 maio. 2013.
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7. rea de IntervenoBairro So Pedro Sombrio - SC
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8.1 Ao Professor Orientador, Paulo Otolini Garrido, pelo empenho
e clareza na orientao do estudo;
8.2 coordenao, professores, tutores e colaboradores, pelo
suporte, disponibilidade e dedicao na conduo do curso e das
aulas;
8.3 aos colegas pelos incentivos, estmulos, amizade e pela
oportunidade de amadurecimento nas discusses das ideias
divergentes;
8.4 Prefeitura Municipal de Sombrio e seus servidores;
coordenadora do Trabalho Tcnico Social e aos moradores do bairro
que colaboraram na elaborao deste estudo e;
8.5 a todos que lutam por um Brasil mais justo, no apenas no
sentido da legalidade formal, mas de justia social, com distribuio
da riqueza, reduo das desigualdades, democracia e liberdade de
expresso. 8. Agradecimentos
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9.1 A um dos primeiros moradores do bairro So Pedro, Joo
Possamai, meu pai, que me ensinou desde muito cedo a importncia da
participao poltica e da democracia para a formao da cidadania. 9.
Meno Especial
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