Direcção e coordenação do Prof. Doutor João Malaca Casteleiro CURSO INTERMÉDIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS DE ACORDO COM O QUADRO EUROPEU COMUM DE REFERÊNCIA PARA AS LÍNGUAS CARLA OLIVEIRA LUÍSA COELHO PORTUGUÊS 3 APRENDER PORTUGUÊS 3 NÍVEL B2 CARLA OLIVEIRA LUÍSA COELHO
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Direcção e coordenação do Prof. Doutor João Malaca Casteleiro
CURSO INTERMÉDIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROSDE ACORDO COM O QUADRO EUROPEU COMUM DE REFERÊNCIA PARA AS LÍNGUAS
CARLA OLIVEIRALUÍSA COELHO
PORTUGUÊS 3APRENDERPORTUGUÊS 3
NÍVEL B2
CARLA OLIVEIRALUÍSA COELHO
O Departamento de Língua e Cultura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidadede Lisboa, através do seu Centro de Estudos de Língua Portuguesa, dá a público mais este con-junto de materiais pedagógico-didácticos destinado a adolescentes e adultos aprendentes deportuguês como língua segunda e língua estrangeira, que, tendo concluído o nível elementar,desejam ampliar e aprofundar os seus conhecimentos da língua a um nível mais adiantado. O presente conjunto, constituído por um manual, um caderno de exercícios e um CD áudio, foiigualmente concebido segundo a metodologia da abordagem comunicativa e adequa-se aosprincípios do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, Ensino,Avaliação (QECR), do Conselho da Europa. O nível de ensino-aprendizagem abrangido pelopresente conjunto de materiais corresponde a B2, o quarto dos seis níveis do QECR (A1, A2, B1, B2, C1 e C2).
Estes mesmos materiais permitem também a aquisição dos conhecimentos necessáriospara a obtenção do DIPLE – Diploma Intermédio de Português Língua Estrangeira, correspon-dente ao Nível 3 do CAPLE – Centro de Avaliação de Português Língua Estrangeira da Univer-sidade de Lisboa, que instituiu para o efeito o Sistema de Avaliação e Certificação dePortuguês Língua Estrangeira, reconhecido internacionalmente.
O CAPLE, em representação da Universidade de Lisboa, é membro fundador da ALTE –Association of Language Testers in Europe, instituição que se ocupa da certificação das línguaseuropeias, estruturada em cinco níveis.
O programa apresentado na Introdução ao manual é seguidamente desenvolvido deforma muito cuidadosa, conciliando o rigor da descrição linguística com a adequação pedagó-gica dos usos da língua, ao longo das 12 unidades didácticas em que ele se desdobra. Nestas12 unidades estão abrangidas as áreas temáticas necessárias ao desenvolvimento das com-petências linguística, comunicativa e gramatical, estipuladas no nível B2 do QECR. Uma aten-ção muito particular foi dada à presença da cultura portuguesa neste manual. Assim, natemática seleccionada incluíram-se aspectos essenciais sobre usos e costumes da sociedadeportuguesa e do país em geral.
Os conteúdos gramaticais associados às unidades didácticas são expostos com rigor,concisão e clareza, de modo a facilitar a consolidação da aprendizagem.
O caderno de exercícios, estruturado conforme as unidades didácticas, constitui um instru-mento de trabalho indispensável ao aprofundamento da mesma aprendizagem.
O CD áudio, que regista os diálogos e textos das unidades didácticas, produzidos porfalantes nativos, segundo a norma padrão do português europeu, tem como objectivo o aper-feiçoamento da prática da oralidade, nos aspectos da dicção e da prosódia.
As autoras do presente conjunto de materiais são detentoras de uma larguíssima expe-riência de ensino do português, como língua segunda e língua estrangeira, a estudantes dediversas nacionalidades, que têm frequentado os cursos organizados pelo referido Departa-mento de Língua e Cultura Portuguesa. O conjunto de «ferramentas» agora apresentado parao nível B2 beneficia não apenas dessa vasta experiência docente, mas também da práticaadquirida na elaboração dos materiais para os níveis A1/A2 e B1, que obtiveram uma enormeaceitação do público.
João Malaca Casteleiro
Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de LisboaPresidente do Centro de Estudos de Língua Portuguesa
PREFÁCIO
INTRODUÇÃOEste manual destina-se aos estudantes que terminaram o segundo nível de aprendizagem (Nível Ele-
mentar), correspondente ao Nível B2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas –
Aprendizagem, ensino, avaliação.
O manual está dividido em doze unidades:
0. Revisões
1. Portugal! Portugal! Portugal!
2. Venha Visitar Portugal!
3. Cheira Bem, Cheira a Lisboa!
4. À Nossa Maneira!
5. Será Que Somos Assim?
6. Mulheres à Portuguesa
7. Portugal Solidário
8. Usos e Costumes dos Portugueses
9. Jovens Portugueses
10. Trabalhar em Portugal
11. Turismo Ecológico em Portugal
12. Cidadãos do Mundo
Em cada Unidade, o aprendente poderá trabalhar as quatro componentes da língua portuguesa (com-
preensão escrita e expressão escrita, compreensão oral e expressão oral) através de exercícios diversifi-
cados e orientados para determinados objectivos comunicativos específicos.
Este manual inclui um CD áudio com textos gravados.
Aprender Português 3 prepara os aprendentes para o Diploma Intermédio de Português Língua
Estrangeira (DIPLE)1.
1O DIPLE corresponde ao nível B2 do sistema de cinco níveis da ALTE.
O DIPLE corresponde ao nível B2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, do Conselho da Europa. Este nível confere ao utilizador um grau de independência que lhe permite interagir num conjunto variado de situações decomunicação. O utilizador desenvolveu mecanismos linguístico-comunicativos, nomeadamente de reconhecimento e uso dasprincipais estruturas léxico-sintácticas e sintáctico-semânticas da língua, que lhe permitem ter uma maior flexibilidade e capaci-dade para usar a língua em situações menos previsíveis; o utilizador é capaz de recorrer a estratégias de comunicação e possuiuma maior consciência de registos (formal/informal) e convenções sociais, o que lhe permite desenvolver mecanismos deadequação sociocultural, alargando, consequentemente, a sua competência comunicativa.O utilizador é capaz de reconhecer e começar a usar idiomatismos mais comuns, desde que o núcleo seja conhecido.A compreensão de textos orais e escritos vai além da mera compreensão de informação factual, sendo capaz de distinguir ele-mentos principais de secundários. O utilizador é capaz de produzir textos de vários tipos.Este nível permite que os utilizadores possam trabalhar em contextos em que o português é língua de trabalho. Nos contextosem que o português é simultaneamente língua de trabalho e de comunicação, pode haver ainda muitas dificuldades. Podem frequentar cursos académicos (por exemplo, no âmbito de intercâmbios universitários) ou outros.
Fonte: Centro de Avaliação do Português Língua Estrangeira.
COMO ESTÁ ORGANIZADO O MANUAL
Pág.
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Verbos que expressam desejo, sentimento, ordem,
dúvida, etc. (orações completivas)• Expressões de sentimento, vontade e desejo
(ter medo de que / ter pena de que / ter vontadede que…)
• Preposições com regência verbal e regência nominal• Formação do feminino
• Expressar acções eventuais no futuro que expri-mam sentimentos, dúvida, ordem, etc.
• Portugal turístico: alguns aspectos das regiõesturísticas de Norte a Sul do país (geografia física,história, gastronomia, etc.).
10-13 • Verbos – Tempos verbais do nível B1• Pronomes clíticos • Discurso directo/indirecto• Voz passiva• Pronomes indefinidos• Preposições
• Relembrar alguns aspectos gramaticais e comuni-cativos associados ao nível B1.
• Modo Indicativo / Modo Conjuntivo• Verbos – Presente do Conjuntivo• Formação dos verbos regulares e irregulares• Presente do Conjuntivo com construções impes-
soais• Orações infinitivas e orações conjuntivas com
construções impessoais• Expressar uma acção eventual no futuro.
• Expressar um juízo de valor, probabilidade, even-tualidade, etc.
• Breve introdução a alguns aspectos relacionadoscom Portugal (história, geografia, população, etc.).
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1. PORTUGAL!PORTUGAL!PORTUGAL!
3. CHEIRA BEM,CHEIRA A LISBOA!
0. REVISÕES
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Advérbio talvez• Se calhar / provavelmente / talvez• Conjunções concessivas• Orações infinitivas e orações conjuntivas expres-
sando a ideia de concessão• Saber pedir/dar informações• Descrever sequências de acções
• Expressar dúvida ou probabilidade.• Expressar a ideia de concessão.• Lisboa, a capital de Portugal: alguns aspectos
turísticos, históricos e culturais associados à cida-de de Lisboa.
2. VENHA VISITARPORTUGAL!
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Conjunções condicionais• Orações infinitivas e conjuntivas expressando a
noção de condição• Verbos de opinião / expressões de certeza na afir-
mativa e negativa (pensar que, dizer que, acreditarque, crer que)
• Expressar hipótese e condição.• Expressar desejo.• Algumas características dos portugueses: O que é
ser português?
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Conjunções temporais • Conjunções finais• Orações infinitivas e orações conjuntivas expres-
sando noção de tempo e finalidade• Há quem + Conjuntivo / Há + nome + que + Indi-
cativo
• Expressar uma noção de tempo, indicando ante-rioridade, posterioridade e simultaneidade.
• Expressar finalidade.• Cultura urbana: alguns eventos culturais na cidade
de Lisboa.
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70-81
4. À NOSSAMANEIRA!
5. SERÁ QUESOMOS ASSIM?
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Orações relativas irreais• Indicativo / Conjuntivo• Orações exclamativas de desejo
• Expressar certeza / dar opinião.• Relatar acções certas e reais.• Expressar dúvida, incerteza.• A mulher portuguesa no século XXI.
82-936.MULHERES ÀPORTUGUESA
ÍNDICE
cento e trinta e nove • 139
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14. Olhe para as imagens e faça frases, começando por: Se…
Portugal é um país de contrastes e, de Norte a Sul, consegue reunir em muitas das suas cidades o
moderno e o antigo, a cultura latina e os costumes europeus. Além disso, o nosso país tem uma gas-
tronomia muito rica e uma arquitectura muito própria, que o distingue dos outros países da Europa.
As paisagens são variadas e marcam a diferença de Norte a Sul do país, ganhando novos contornos
nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Muitos dos turistas que visitam Portugal preferem as praias soalheiras e os elegantes complexos hote-
leiros do Algarve, mas há muitos que optam por visitar a capital lisboeta, onde os monumentos e
museus apresentam um testemunho da nossa História. Fora dos roteiros mais turísticos, os visitantes
podem descobrir as florestas e serras portuguesas que percorrem o país, as praias e planícies tranqui-
las do Alentejo e os lugares mais esquecidos de Portugal. Quem quiser visitar Portugal, facilmente
consegue aliar a animação e agitação das grandes cidades à pacatez dos campos verdejantes e das
pequenas aldeias.
ORALIDADE
1 – Fale sobre os aspectos que melhor conhece de Portugal.
2 – Quais são os motivos que poderão levar os estrangeiros a procurarem Portugal como desti-no turístico?
3 – Quais são as características que mais o atraem em Portugal?
4 – Das características que constam no texto, quais são as que mais o atraem em Portugal?
5 – Quais são as regiões de Portugal que melhor conhece?
6 – Depois de ter aprendido algumas coisas sobre as cinco regiões de Portugal continental,qual foi a região de que mais gostou? Porquê?
A FALAR É QUE A GENTE SE ENTENDE!
quarenta e três • 43
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Unidades 1-7
TESTE DE REVISÃO
1. Faça a ligação correcta das frases.
a) É bom que 1. que façam um exame médico regularmente.
b) É importante 2. estudarem um pouco todos os dias.
c) É agradável que 3. me tragam a composição amanhã.
d) Quero que 4. estejam todos aqui, hoje.
e) Tenho medo que 5. não poderem vir à tua festa.
f ) Eles têm pena de 6. chova no dia do passeio.
g) É provável que 7. dormir até tarde.
h) Nós gostamos de 8. não tenhamos aulas amanhã.
2. Preencha correctamente os espaços.
Na próxima semana talvez nós __________________ (aproveitar) o fim-de-semana prolongado para
__________________ (visitar) o Nordeste transmontano.
Apesar de ainda não __________________ (conhecer) essa região de Portugal, sabemos que tem paisa-
gens lindíssimas, excelente comida e pessoas hospitaleiras.
Provavelmente nós __________________ (ficar) lá três dias e __________________ (tentar) visitar aquilo que
é mais interessante, porque temos pouco tempo.
Embora os meus amigos portugueses __________________ (dizer) que a comida é óptima, tenho sempre
algum receio por, às vezes, não saber o que estou a comer.
Tenho a certeza de que nos _______________ (divertir), ainda que, nesta época do ano, _________________
(estar) muito frio no Nordeste de Portugal.
3. Coloque os verbos na forma correcta.
a) Há quem _______________ (dizer) que beber vinho tinto é bom para a saúde.
b) Preciso de acabar o trabalho antes que o João _______________ (vir).
c) Até que ele _______________ (chegar), não saio daqui.
d) Fazemos o trabalho com muito cuidado para que tudo _______________ (dar) certo.
e) Eles trabalharam muito a fim de _______________ (ter) sucesso.
f) A fim de que vocês se _______________ (poder) matricular, têm de trazer o cartão.
g) Há pessoas que _______________ (pensar) que o limão faz emagrecer.
4. Reescreva as frases, começando como é indicado e sem lhes alterar o sentido.
a) Até que eles acabem de comer, não se podem levantar.
Até _____________________________________________________________________________________________
b) Apesar de serem muito difíceis, compreendo todos os textos.
Ainda que _______________________________________________________________________________________
c) Para a roupa te ficar bem, tens de comprar o teu número.
Para que ________________________________________________________________________________________
108 • cento e oito
Destaque paravocabulário
Índice comidentificaçãode conteúdos
Testes de Revisão para avaliação de conhecimentos
Bandas desenhadas parapraticar a Expressão Escritae a Expressão Oral
Interpretaçãoe/ou análise do texto
Oralidade.Exercícios de Expressão Oral,
Debates e Exercícios Áudiode Compreensão Oral
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28 • vinte e oito
UNIDADE 2 VENHA VISITAR PORTUGAL!
TEXTO A
Portugal, país com uma história feita de heróis, deu ao mundo
novos mundos e, apesar de hoje em dia ser geograficamente
menor do que era no passado, continua a ser o responsável pela
grande influência que teve noutras terras, culturas e gentes.
Durante a nossa viagem pela História, deixámos importantes raízes
na Índia (Goa, Damão e Diu), em Timor, em África e no Brasil.
Para conhecer Portugal, é preciso que você conheça o seu pre-
sente, mas também o seu passado.
Conhecer Portugal é conhecer a alma do seu povo, as suas tradi-
ções, as suas festas, os seus usos e costumes.
Conhecer Portugal é conhecer as pessoas que tornaram o país conhecido pelo mundo fora.
Devido ao seu espírito aberto, os portugueses gostam que os estrangeiros visitem o seu país, conheçam a sua
cultura, provem a sua comida.
Se você conhece Portugal, ou se já o visitou, então sabe que os portugueses estão sempre prontos para ajudar um
visitante em dificuldades. Os portugueses são amigos do seu amigo e esperam que os demais tenham o mesmo
sentimento para com eles. Não é à toa que se diz «quem meu filho beija, minha boca adoça». Se você gostar do
nosso «Portugalinho», então cairá nas boas graças dos portugueses. E, como «amigo verdadeiro vale mais do que o
dinheiro», terá para sempre amigos fiéis e dedicados que lhe pregarão dois beijinhos e muitos abraços como qual-
quer bom português.
Vocabulário do texto
1. Consulte um dicionário de Língua Portuguesa e escreva os sinónimos de:
o herói – __________________________ os costumes – ______________________
responsável – ______________________ conhecido – ________________________
a influência – ______________________ os demais – ________________________
as raízes – _________________________ fiel – ______________________________
a tradição – ________________________ dedicado – _________________________
o uso – ____________________________ pregar – ____________________________
05
COMPETÊNCIAS A ADQUIRIRNo final deste nível, os utilizadores da língua deverão ser capazes de:
LEITURA
Em situações comunicativas do quotidiano:
• Compreender a maior parte dos textos próprios das situações comunicativas do quotidiano;
• Compreender diferentes tipos de textos de imprensa, especialmente artigos que sejam dasua área de interesse;
• Compreender qualquer tipo de texto que não exija o conhecimento de uma linguagem espe-cífica.
Em situações comunicativas do domínio do trabalho:
• Compreender cartas da sua área profissional, quer sejam de rotina ou não, embora aindapossam surgir problemas no uso imprevisível da língua em algumas situações profissionais;
• Compreender um relatório ou um artigo relativo a uma área conhecida e captar o sentidogeral dos relatórios ou artigos sobre temáticas desconhecidas ou menos conhecidas, poden-do haver confusão se a informação for dada de forma menos explícita;
• Compreender instruções e descrições de produtos da sua área profissional.
Em situações comunicativas do domínio do estudo:
• Compreender textos relativos a matérias de cursos de formação não-académicos;
• Compreender livros e artigos não muito complexos, quanto à língua e ao conteúdo, emboraainda não possuam um ritmo que lhes permita acompanhar um curso académico.
EXPRESSÃO ESCRITA
Em situações comunicativas do quotidiano:
• Escrever a maior parte dos textos necessários a situações comunicativas do quotidiano.
Em situações comunicativas do domínio do trabalho:
• Produzir um conjunto de documentos que poderão necessitar de verificação, caso seja neces-sário haver uma grande precisão e um registo cuidadoso;
• Produzir textos de uma área de trabalho conhecida que descrevam e dêem informações por-menorizadas, por exemplo, sobre um produto ou serviço;
• Registar mensagens e transmiti-las, podendo haver dificuldades se forem muito extensas oucomplexas;
• Escrever textos ditados, desde que o ritmo seja adequado e tenham tempo para verificar oque estão a escrever.
Em situações comunicativas do domínio do estudo:
• Tomar notas numa aula/conferência/seminário;
• Tomar notas a partir de fontes escritas, embora possam ter dificuldade em ser suficientementeselectivos;
• Produzir textos do domínio académico, embora tenham ainda dificuldades com trabalhos for-mais.
COMPETÊNCIA ESTRUTURAL
Os utilizadores da língua devem mostrar que são capazes de reagir adequadamente a itens quetestam:
• O uso de artigos, preposições, verbos, conjunções, pronomes, construções com é que – emfrases interrogativas e como processo de focalização –, o uso de modos verbais, formasnominais e tempos linguísticos – em frases simples, em estruturas de complementação verbal, adjectival e nominal, e em frases subordinadas, construções de subordinação e decoordenação, regências verbais, nominais e adjectivais;
• Vocabulário relativo às situações do domínio das relações transaccionais, idiomatismoscomuns para caracterização de pessoas, acontecimentos/situações, quantificando ou compa-rando.
COMPREENSÃO DO ORAL
Em situações comunicativas do quotidiano, os utilizadores da língua são capazes de:
• Compreender conversas de rotina sobre um conjunto variado de temas menos previsíveis;
• Compreender conselhos médicos de rotina;
• Compreender informações e avisos feitos em lugares públicos;
• Compreender a maior parte dos textos de um programa de televisão com apoio visual e ospontos principais de programas radiofónicos, cujas temáticas sejam de interesse geral ouconhecidas;
• Compreender as informações/explicações do guia, numa visita guiada, sem muitas limitações.
Em situações comunicativas do domínio do estudo:
• Compreender o sentido geral de uma conferência/aula/seminário, desde que se trate deuma temática conhecida.
Em situações comunicativas do domínio do trabalho:
• Compreender conversas sobre a sua área profissional e compreender informações ou instru-ções de rotina;
• Participar numa reunião compreendendo o essencial do que é dito, caso se trate da sua áreaespecífica.
EXPRESSÃO ORAL
Em situações comunicativas do quotidiano, os utilizadores da língua são capazes de:
• Interagir na maior parte das situações susceptíveis de ocorrerem em áreas de serviço relativasao alojamento, restauração e comércio, fazendo pedidos, por exemplo, de reembolso ou detroca de produtos, solicitando informações/esclarecimentos, expressando agrado/desagradopelo serviço, fazendo reclamações;
• Interagir em outros espaços de comunicação do domínio transaccional, como os de saúde,explicando, por exemplo, os sintomas relativos a um problema de saúde, pedindo informa-ções sobre serviços de saúde fornecidos e procedimentos envolvidos;
• Interagir em situações de comunicação das relações gregárias (por exemplo, expressando opi-niões, argumentando, etc.), se bem que ainda com algumas dificuldades;
• Pedir informação complementar, por exemplo, numa visita guiada, à informação que é dadaem guias turísticos;
• Orientar visitas, descrevendo lugares e respondendo a perguntas sobre os espaços a seremvisitados.
Em situações de comunicação relativas ao trabalho, os utilizadores do português são capazes de:
• Pedir e dar informação pormenorizada sobre áreas temáticas conhecidas e de participar, aindaque com limitações, em reuniões;
• Registar mensagens e de as transmitir, embora possa haver dificuldades no caso de seremmuito complexas.
Em situações de comunicação relativas ao estudo, os utilizadores do português são capazes de:
• Fazer perguntas numa conferência/aula/seminário sobre um tema conhecido ou previsível,embora possa haver ainda alguma dificuldade, dependendo da complexidade do texto exposto;
• Fazer uma apresentação simples e curta sobre um tema conhecido.
Uma vez que os aprendentes do Nível Intermédio devem trabalhar para serem mais autónomos noseu percurso de aprendizagem, achamos de grande utilidade a inclusão de uma sitografia ondepoderão procurar mais informação sobre os temas abordados neste manual.
Esta sitografia é apenas uma sugestão para facilitar a busca, já que os alunos têm a liberdade de irbuscar a informação onde desejarem. Essa procura de informação adicional poderá constituir umaexcelente oportunidade para fazerem trabalhos de grupo ou mesmo trabalhos individuais, mas serádesejável que fomente o desejo de saber mais sobre Portugal e os portugueses.
@ SITOGRAFIA
Portal Oficial do Turismo de Portugal – www.visitportugal.comAssociação de Turismo de Lisboa – www.atl-turismolisboa.ptCâmara Municipal de Lisboa – www.cm-lisboa.pt/turismo/Costa Vicentina – http://portal.icn.pt/Vale do Côa – www.ipa.min-cultura.pt/coa/Arquipélago da Madeira – www.madeira-web.comArquipélago dos Açores – www.azores.gov.pt
Associação Coração da Cidade – http://ccidade.no.sapo.pt/contactos.htmlMovimento Acorda Lisboa – www.movimentoacordalisboa.comBanco Alimentar contra a Fome – www.bancoalimentar.ptAlto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas – www.acime.gov.ptMuseu do Fado – www.museudofado.egeac.pt
Jornal O Público – www.publico.clix.ptJornal Portugal Diário – www.portugaldiario.iol.pt/Jornal de Notícias – http://jn.sapo.pt
Portal Clix – www.clix.pt
AOS PROFESSORES E ALUNOS
Pág.
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Verbos que expressam desejo, sentimento, ordem,
dúvida, etc. (orações completivas)• Expressões de sentimento, vontade e desejo
(ter medo de que / ter pena de que / ter vontadede que…)
• Preposições com regência verbal e regência nominal• Formação do feminino
• Expressar acções eventuais no futuro que expri-mam sentimentos, dúvida, ordem, etc.
• Portugal turístico: alguns aspectos das regiõesturísticas de Norte a Sul do país (geografia física,história, gastronomia, etc.).
10-13 • Verbos – Tempos verbais do nível B1• Pronomes clíticos • Discurso directo/indirecto• Voz passiva• Pronomes indefinidos• Preposições
• Relembrar alguns aspectos gramaticais e comuni-cativos associados ao nível B1.
• Modo Indicativo / Modo Conjuntivo• Verbos – Presente do Conjuntivo• Formação dos verbos regulares e irregulares• Presente do Conjuntivo com construções impes-
soais• Orações infinitivas e orações conjuntivas com
construções impessoais• Expressar uma acção eventual no futuro.
• Expressar um juízo de valor, probabilidade, even-tualidade, etc.
• Breve introdução a alguns aspectos relacionadoscom Portugal (história, geografia, população, etc.).
14-27
28-45
46-57
1. PORTUGAL!PORTUGAL!PORTUGAL!
3. CHEIRA BEM,CHEIRA A LISBOA!
0. REVISÕES
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Advérbio talvez• Se calhar / provavelmente / talvez• Conjunções concessivas• Orações infinitivas e orações conjuntivas expres-
sando a ideia de concessão• Saber pedir/dar informações• Descrever sequências de acções
• Expressar dúvida ou probabilidade.• Expressar a ideia de concessão.• Lisboa, a capital de Portugal: alguns aspectos
turísticos, históricos e culturais associados à cida-de de Lisboa.
2. VENHA VISITARPORTUGAL!
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Conjunções condicionais• Orações infinitivas e conjuntivas expressando a
noção de condição• Verbos de opinião / expressões de certeza na afir-
mativa e negativa (pensar que, dizer que, acreditarque, crer que)
• Expressar hipótese e condição.• Expressar desejo.• Algumas características dos portugueses: O que é
ser português?
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Conjunções temporais • Conjunções finais• Orações infinitivas e orações conjuntivas expres-
sando noção de tempo e finalidade• Há quem + Conjuntivo / Há + nome + que + Indi-
cativo
• Expressar uma noção de tempo, indicando ante-rioridade, posterioridade e simultaneidade.
• Expressar finalidade.• Cultura urbana: alguns eventos culturais na cidade
de Lisboa.
58-69
70-81
4. À NOSSAMANEIRA!
5. SERÁ QUESOMOS ASSIM?
• Verbos – Presente do Conjuntivo• Orações relativas irreais• Indicativo / Conjuntivo• Orações exclamativas de desejo
• Expressar certeza / dar opinião.• Relatar acções certas e reais.• Expressar dúvida, incerteza.• A mulher portuguesa no século XXI.
82-936.MULHERES ÀPORTUGUESA
ÍNDICE
94-107 • Verbos – Presente do Conjuntivo• Orações concessivas com expressões de intensida-
de (por muito que, onde quer que, quer… quer…)• Orações consecutivas
• Reforçar ideias expressas.• Indicar a consequência do que foi declarado ante-
riormente.• Projectos sociais de solidariedade.
7. PORTUGALSOLIDÁRIO
• Discurso directo e indirecto • Infinitivo Pessoal Simples e Composto• Orações subordinadas adverbiais proporcionais• Orações enfáticas / topicalização (utilização de é
que, do verbo ser e dos pronomes pessoais com-plemento circunstancial precedido da preposiçãoa)
• Conjunções e locuções conjuncionais causais• Revisão geral do Conjuntivo
• Relatar factos formais e informais.• Enfatizar o discurso.• Expressar a proporção.• Expressar a causa.• Estrangeiros em Portugal: modos de vida e adap-
tação à cultura portuguesa. • Relatos de experiências de alguns estrangeiros.
• Verbos – Futuro do Conjuntivo• Orações temporais• Orações concessivas com repetição de verbo• Conjugação pronominal mesoclítica com Futuro
Imperfeito do Indicativo e Condicional
• Expressar ideia de futuro, indicando uma circuns-tância de tempo.
• Expressar uma concessão total,independentemente da condição.
• Aspectos relacionados com o turismo ecológicoem Portugal continental e arquipélagos dos Aço-res e Madeira.
• Verbos – Imperfeito do Conjuntivo• Formação das formas verbais• Utilização do Imperfeito do Conjuntivo em constru-
ções impessoais• Orações condicionais com a conjunção se
• Relatar acções passadas, presentes ou futuras.• Expressar hipótese, condição irreal.• Os hábitos dos portugueses.• Expressões idiomáticas que evidenciam aspectos
associados à cultura portuguesa.
110-119
150-165
120-133
134-149
166-183
187-192
8. USOS E COSTUMES DOS PORTUGUESES
9. JOVENS PORTUGUESES
10. TRABALHAR EM PORTUGAL
11. TURISMO ECOLÓGICO EM PORTUGAL
12. CIDADÃOS DO MUNDO
EXERCÍCIOSÁUDIO(textos gravados e soluções dos exercícios)
• Verbos – Futuro do Conjuntivo• Formação• Orações condicionais com a conjunção se• Orações condicionais com Imperfeito do Conjuntivo
ou Futuro do Conjuntivo• Futuro do Conjuntivo com orações relativas e con-
junções comparativas• Futuro do Conjuntivo – Orações comparativas com
como e conforme
• Expressar uma acção eventual no futuro.• Expressar hipótese, condição possível de concreti-
zar.• Comparar condições mais ou menos realizáveis.• Alguns aspectos ligados ao trabalho em Portugal.• O trabalho em Portugal e na União Europeia.
• Verbos – Imperfeito do Conjuntivo• Orações dubitativas – talvez• Orações completivas• Orações conjuncionais• Orações relativas de eventualidade• Estruturas comparativas irreais• A comparação• Orações exclamativas de desejo• Presente do Conjuntivo / Imperfeito do Conjuntivo
• Expressar sentimentos, ordem, dúvida, etc.• Fazer comparações reais, irreais ou hipotéticas.• Expressar desejo irreal.• Jovens portugueses: hábitos, modos de vida, pro-
o arquipélago – ______________________ pertencer – _________________________
a conquista – _________________________ a fronteira – __________________________
o reino – ____________________________ o território – __________________________
Em 31 de Dezembro de 2005, a população portuguesa foi estimada em 10 569 592 de indivíduos, dos quais 5 115 742 são homens e 5 453 850 são mulheres. Quanto à idade, podemos dividir a população portuguesa em três grandes grupos etários: população jovem, população adulta e população idosa. Em Portugal, é possível verificar que mais de metade da população é adulta e que a percentagem de jovens é ligeiramente superior à
percentagem de idosos. Deste modo, é possível que se verifique um envelhecimento da população portuguesa nos próximos anos. Este envelheci-mento da população deve-se ao menor número de nascimentos e à maior esperança de vida dos idosos. A maior parte da população portuguesa vive no Litoral e uma menor parte dos portugueses vive no Interior do país. Isto deve-se às melhores condições de vida que o Litoral proporciona às pessoas.
O modo verbal indica a atitude da pessoa que fala em relação àquilo que está a dizer. O falante pode querer exprimir uma certeza, um facto, uma realidade e, para isso usa o ModoIndicativo. Se o falante quer exprimir uma hipótese, uma dúvida, uma eventualidade, uma
incerteza, então usa o Modo Conjuntivo.
Indicativo – Exprime uma realidade: Hoje eu vejo a Ana.Conjuntivo – Apresenta um enunciado como provável, hipotético, eventual: Talvez hoje veja a Ana. / É possível que hoje veja a Ana.
Podemos usar o Conjuntivo em frases simples ou complexas (orações independentes ou subordinadas). Usamos o Conjuntivo predominantemente nas orações subordinadas de frases complexas.
1. Frase simples: Talvez eu coma este bolo. (oração independente)
Na primeira frase, o Modo Conjuntivo é introduzido por talvez, que exprime probabilidade, dúvida. Neste casoestamos perante uma frase simples.
2. Frase complexa: Ela quer que ele coma o bolo.oração subordinante ou principal oração subordinada
Na segunda frase estamos perante duas orações que se completam. A oração subordinada «...que ele coma obolo» depende da primeira oração «Ela quer...». Esta oração, que é a principal, chama-se subordinante e domi-na a oração subordinada. Nenhuma das orações pode funcionar sem a outra.
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18 • dezoito
O Modo Conjuntivo apresenta três formas verbais simples (Presente, Pretérito Imperfeito e Futuro Simples) etrês tempos compostos (Pretérito Perfeito Composto, Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto e Futuro Com-posto).
Formação do Presente do Conjuntivo – Verbos Regulares
Nos verbos regulares, formamos o Presente do Conjuntivo modificando a desinência final da primeirapessoa do singular da seguinte forma: – verbos terminados em -ar > eu estudo (Presente do Indicativo) para → eu estude (Presente do
Conjuntivo); – verbos terminados em -er > eu bebo (Presente do Indicativo) para → eu beba (Presente do
Conjuntivo);– verbos terminados em -ir > eu abro (Presente do Indicativo) para → eu abra (Presente do
Conjuntivo).
Eu
Tu
Você/ Ele / Ela
Nós
Vocês / Eles / Elas
estude
estudes
estude
estudemos
estudem
beba
bebas
beba
bebamos
bebam
abra
abras
abra
abramos
abram
Estudar Beber Abrir
6. Coloque os verbos na forma correcta do Presente do Conjuntivo.
falar
tu ___________________
cantar
ela __________________
trabalhar
nós __________________
encontrar
vocês ________________
comer
eu ___________________
correr
você __________________
aprender
nós ___________________
ler
eles __________________
dormir
eu ___________________
sair
tu ____________________
cair
nós ___________________
partir
vocês _________________
Presente do Conjuntivo – Verbos Regulares
Presente do Indicativo
Presente do Conjuntivo
eu abro
eu abra
Estudar Beber Abrir
eu estudo
eu estude
eu bebo
eu beba
dezanove • 19
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7. Coloque os verbos na forma correcta do Presente do Conjuntivo.
ficar
tu ____________________
pagar
eu ___________________
oferecer
eu ____________________
praticar
ela ___________________
chegar
você __________________
descer
tu _____________________
trocar
nós ____________________
entregar
nós ___________________
troçar
nós ___________________
tocar
vocês _________________
desligar
eles ___________________
alcançar
vocês _________________
Eu
Tu
Você/ Ele / Ela
Nós
Vocês / Eles / Elas
fique
fiques
fique
fiquemos
fiquem
pague
pagues
pague
paguemos
paguem
conheça
conheças
conheça
conheçamos
conheçam
comece
comeces
comece
comecemos
comecem
-car > ficar, tocar, trocar,
etc.
-gar > pagar, pegar, ligar,
etc.
-cer > conhecer, crescer,
descer, etc.
-çar > começar, dançar,
almoçar, etc.
Casos especiais
Regra para o uso do Presente do Conjuntivo
Com construções impessoais (ser + adjectivo + que)
Usamos frequentemente o Presente do Conjuntivo depois de construções impessoais do tipo ser + adjectivo+ que. O verbo da construção impessoal está no Indicativo (3.ª pessoa do singular = ele é) e o verbo da ora-ção subordinada está no Conjuntivo. Se o verbo da construção impessoal está no Presente do Indicativo,então o verbo da oração subordinada também estará no Presente do Conjuntivo.
É importante que ele conheça novos amigos.Presente do Indicativo Presente do Conjuntivo
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20 • vinte
a) Quando o verbo da oração principal tem uma construção impessoal e exprime um julgamento devalor, o verbo da acção subordinada está no Conjuntivo.
Em alguns casos, é possível substituir a construção impessoal por achar + adjectivo + que / parecer--me + adjectivo + que / considerar + adjectivo + que. Nestes casos estamos também a fazer um jul-gamento de valor através destas construções. Os verbos da oração principal aparecem normalmentena primeira pessoa do singular (= eu acho), mas, geralmente, há uma omissão do pronome pessoal.
b) Em português, usamos o Presente do Conjuntivo depois de construções impessoais para exprimiruma acção eventual, hipotética, provável no futuro.
É importante
É necessário
É melhor
É útil
que
tu faças desporto.
nós estejamos calmos.
eu arrende um apartamento.
ela estude muito.
Acho importante
Parece-me interessante
Considero necessário
que
ela faça um livro.
eles visitem Portugal.
a Sara leia o livro.
É provável
É possívelque
eles venham a Lisboa amanhã.
ela vá ao cinema com o Pedrohoje à noite.
Eu
Tu
Você / Ele / Ela
Nós
Vocês / Eles / Elas
seja
sejas
seja
sejamos
sejam
esteja
estejas
esteja
estejamos
estejam
vá
vás
vá
vamos
vão
dê
dês
dê
dêmos
dêem
queira
queiras
queira
queiramos
queiram
saiba
saibas
saiba
saibamos
saibam
haja
Ser Estar Ir Dar Querer Saber Haver
Presente do Conjuntivo – Verbos Irregulares
8. Coloque os verbos na forma correcta do Presente do Conjuntivo.
a) É melhor que _________________ (tu/ser) simpático para mim.
b) É agradável que ____________________ (ela/dar) um passeio por Lisboa à noite.
c) É importante que a Paula e os amigos __________________ (querer) conhecer melhor Portugal.
vinte e um • 21
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d) É interessante que vocês ______________ (dar) um passeio por Lisboa.
e) É provável que eu ___________________ (saber) melhor estes verbos depois de estudar mais.
f) É necessário que ________________ (tu/ir) a Coimbra para conheceres o Centro de Portugal.
g) É necessário que eles _________________ (estar) em Portugal na próxima semana.
h) É muito difícil que não__________________ (haver) trânsito na cidade a essa hora!
i) É melhor que ________________ (haver) muitos dias para visitar Portugal.
9. Presente do Indicativo ou Presente do Conjuntivo?
a) É certo que elas ____________________ (vir) aqui na próxima semana.
b) Não é óbvio que a equipa ________________ (conseguir) ganhar o jogo.
c) É provável que os meus pais ________________ (decidir) voltar para casa.
d) É evidente que Portugal _________________ (ser) um país simpático.
e) É claro que você ________________ (ir) aprender o Modo Conjuntivo.
f) Não é evidente que ______________ (nós/saber) tudo antes de estudarmos mais.
g) É agradável que _________________ (eles/apanhar) sol enquanto estão em Portugal.
Casos especiais nas construções impessoais
Por vezes, depois de construções impessoais, a frase subordinada aparece com o verbo no Modo Indi-cativo. Nestes casos, os verbos das orações exprimem um facto, uma certeza, uma realidade na formaafirmativa (construções factuais-positivas). No entanto, se os verbos da oração principal aparecem na sua forma negativa, o verbo da oraçãosubordinada pode surgir no Modo Conjuntivo (construções factuais-negativas).
Construções factuais-positivas + IndicativoApresentam uma certeza
É claro queÉ evidente queÉ óbvio que
ele vem amanhã.tu gostas de nós.elas vão ao Porto.
Construções factuais-negativas + ConjuntivoApresentam uma incerteza
Não é claro queNão é evidente queNão é óbvio que
ele venha amanhã.tu gostes de nós.elas vão ao Porto.
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22 • vinte e dois
10. Faça frases usando as construções impessoais do quadro e o Presente do Conjuntivo.
Exemplo: Possivelmente eles vão visitar o Norte do país. / É possível que eles visitem o Norte do país.
Ele tem de deixar de fumar. / É preciso que ele deixe de fumar.
a) Provavelmente, tu vais estudar para Londres no próximo ano.
Nas construções impessoais em que o predicado exprime um julgamento de valor é possível omitir a con-junção que e usar o Infinitivo Pessoal na oração subordinada.
Ser + adjectivo + que + Modo Conjuntivo
Nas construções impessoais seguidas pela conjunção que usamos o Modo Conjuntivo. Ambas as estruturassão equivalentes e exprimem a mesma ideia.
Construções impessoais + Infinitivo PessoalConstruções impessoais + que + Presente doConjuntivo
É importante (eles) fazerem estes exercícios.
É agradável (nós) passarmos as férias emPortugal.
É importante que (eles) façam estes exercícios.
É agradável que (nós) passemos as férias em Por-tugal.
Não é tão habitual usar construções impessoais sem a conjunção que se o predicado desta estruturaexprime probabilidade, possibilidade ou eventualidade. Nesses casos usa-se mais a construçãoimpessoal seguida por que e Modo Conjuntivo:É provável que ela venha a Portugal. / É possível que ela esteja em casa hoje à noite.
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24 • vinte e quatro
13. Faça os seguintes exercícios e coloque os verbos no Presente do Conjuntivo ou no Infinitivo Pessoal.
a) É provável que ________________ (eu/comprar) aquele carro vermelho.
b) É importante eles _________________ (fazer) os trabalhos de casa todos os dias.
c) Acho difícil que a Ana __________________ (passar) no exame se não estudar mais.
d) É interessante _________________ (verificar) que Portugal é um país aberto aos estrangeiros.
e) É desagradável ________________ (tu/fazer) tanto barulho à noite.
f) É desagradável que o Paulo________________ (fumar) dentro de casa.
g) É melhor ____________________ (nós/começar) a trabalhar já.
h) Para estar informado, é melhor que você ______________ (ver) o Telejornal todos os dias.
i) É improvável que o Jaime e os amigos dele ___________________ (sair) mais cedo do trabalho amanhã.
14. Um amigo seu vem viver para Portugal. Escreva-lhe uma carta e dê-lhe alguns conselhos úteis paramelhor se adaptar ao país.
O clima em Portugal é bastante diferente de região para região, e é influenciado pelo relevo, pela lati-tude e pela proximidade do mar.Assim, se no Algarve os Invernos são mais suaves, nas áreas do Porto, Norte de Portugal e nas Beiras,especialmente nas zonas mais próximas de Espanha, os Invernos são mais frios. No entanto, em Por-tugal, as temperaturas são mais moderadas do que no resto da Europa. Portugal, ao contrário do que se pensa, regista alguma queda de neve, que é mais frequente na serrada Estrela, onde se situa o ponto mais alto de Portugal continental (1991 metros). Aí, é possível quehaja condições para a prática de desportos de Inverno quando neva. O Verão é quente e seco, sobretudo nas regiões do Interior (Nordeste transmontano e Alentejo), e noLitoral o calor é moderado. Durante o Outono registam-se muitas vezes dias com sol e temperaturas amenas. Quando ocorre noinício de Novembro, este período costuma ser popularmente designado por «Verão de São Martinho»,por acontecer próximo da data em que se festeja este santo (11 de Novembro).
1 – Compare o clima português com o clima do seu país.
2 – De acordo com o tipo de clima existente em Portugal, qual seria o local onde preferiaviver? Porquê?
3 – Você vai planear um fim-de-semana com uns amigos em Portugal. Escolha um local paravisitar e dê conselhos úteis aos seus amigos. Use as construções impessoais que aprendeu.
4 – Você gosta de desportos de Inverno? Porquê?
5 – Tendo em conta o tipo de clima existente em Portugal, indique actividades de temposlivres de acordo com cada região.
ORALIDADEA FALAR É QUE A GENTE SE ENTENDE!
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1 – Ouça o texto E e diga se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F).
TEXTO EV F
a) Os portugueses fazem duas refeições por dia. r rb) O pequeno-almoço é constituído por cereais e iogurte. r rc) Os portugueses gostam de tomar o pequeno-almoço em casa. r rd) As principais refeições dos portugueses são o almoço e o jantar. r re) Geralmente, os portugueses jantam entre as oito e meia e as dez e meia. r rf) As refeições principais dos portugueses têm sempre uma sopa. r rg) Os portugueses fazem frequentemente as refeições fora de casa. r rh) Em Portugal, os restaurantes fecham às nove e meia da noite. r ri) Todos os restaurantes têm um dia de descanso semanal. r r
2 – Ouça novamente o texto E e complete os espaços.
Refeições dos portugueses
De um modo geral, os portugueses fazem três refeições por dia. De manhã, entre as 7h30 e as 10h, ________________________, normalmente constituído por umabebida (___________________________, café simples ou sumo) e uma torrada ou sandes,_____________________________________ ou pastelaria de bairro. As principais ________________________________, entre as 12h e as 14h30, que durante a semanae para muitos ___________________________________próximos do local de trabalho, e o jantar,entre as 19h30 e as 22h30. Para grande parte das pessoas, ____________________________________, que incluem por vezes____________________, um __________________________________ (doce ou fruta). Entre as duas refeições _______________________________________ a meio da tarde (por volta das17h), tomando uma bebida e comendo um bolo. Em Portugal, _______________________________________________. A variedade de restaurantes ____________________e atende aos mais diversos gostos e paladares.Normalmente, os restaurantes estão abertos para almoço ___________________________e jantar____________________________. Muitos possuem horários de funcionamento mais alargado, sobre-tudo nas grandes cidades e zonas de maior animação nocturna. À excepção dos restaurantes localizados em centros comerciais, que estão abertos diariamente, osrestantes têm normalmente______________________________, que no centro das cidades podecoincidir com o fim-de-semana.