NA CURSOS E
ASSESSORIATurma 2015
ProfLngua Portuguesa
3COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO
EXERCCIOS5 PARALELISMOS
.......................................................................................................................................................
9
14LINGSTICA TEXTUAL
16EXERCCIOS
20ACENTUAO GRFICA
22EXERCCIOS
24SIGNIFICAO DAS PALAVRAS
27EXERCCIOS
30CLASSES GRAMATICAIS
32PRONOMES PESSOAIS
PRONOMES
DEMONSTRATIVOS............................................................................................................................32
PRONOMES POSSESSIVOS
...................................................................................................................................32
PRONOMES RELATIVOS.E
INDEFINIDOS.............................................................................................................................................................33
36EXERCCIOS
40PREPOSIO E CONJUNO
40PREPOSIO
40CONJUNO
42EXERCCIOS
43VERBO
ADVRBIO
.................................................................................................................................................................49
52EXERCCIOS
56SINTAXE DE ORAO E PERODO
58TERMOS INTEGRANTES DA ORAO
59TERMOS ACESSRIOS DA ORAO E VOCATIVO
60EXERCCIOS
62PERODO COMPOSTO POR COORDENAO E SUBORDINAO
63EXERCCIOS
63ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
64EXERCCIOS
65ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS
65EXERCCIOS
66ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
67EXERCCIOS
69ORAES REDUZIDAS
70EXERCCIOS
70COLOCAO PRONOMINAL
72EXERCCIOS
73CONCORDNCIA VERBAL
76EXERCCIOS
78CONCORDNCIA NOMINAL
79EXERCCIOS
83SINTAXE DE REGNCIA / CRASE
83REGNCIA NOMINAL
84REGNCIA VERBAL
88EXERCCIOS
92CRASE
93EXERCCIOS
95AS PALAVRAS QUE E SE
96EXERCCIOS
98PONTUAO
101EXERCCIOS
EMPREGO DO HFEN
............................................................................................................................................
131
GABARITOS DOS EXERCCIOS DA APOSTILA131
COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO TC "COMPREENSO E INTERPRETAO
DE TEXTO" \f C \l "1" Compreenso ou Inteleco de Texto consiste em
analisar o que realmente est escrito, ou seja, coletar dados do
texto. O enunciado normalmente assim se apresenta:
As consideraes do autor se voltam para...
Segundo o texto est correta...
De acordo com o texto, est incorreta...
Tendo em vista o texto, est incorreta...
O autor sugere ainda que..
De acordo com o texto certo...
O autor afirma que ...
Interpretao de Texto consiste em saber o que se infere (conclui)
do que est escrito. O enunciado normalmente encontrado da seguinte
maneira:
O texto possibilita o entendimento de que...
Com apoio no texto, infere-se que...
O texto encaminha o leitor para...
Pretende o texto mostrar que o leitor...
O texto possibilita deduzir que...
Trs erros capitais na Anlise de Textos
1. Extrapolao
o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta o que
no est escrito. Muitas vezes so fatos reais, mas que no esto
expressos no texto. Deve-se ater somente ao que est relatado.
2. Reduo
o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a
sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se
ater apenas parte dele.
3. Contradio
o fato de se entender justamente o contrrio do que est escrito.
bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, no,
verbo ser, nunca, sempre , etc.
O Vocabulrio
Uma das estratgias importantes para compreender bem um texto est
ligada ao conhecimento do vocabulrio. Todo leitor deve preocupar-se
em melhorar constantemente a sua capacidade de identificar
palavras-chaves e palavras-incidentais. As palavras-chaves podem
impedir a compreenso do sentido geral do texto, comprometendo a
interpretao. J as palavras-incidentais so as de complementao
perifrica do texto, tornam a percepo mais aguda e profunda, mas no
chegam a comprometer o resultado geral da leitura. Nos dois casos,
necessrio atentar para as pistas contextuais.
Tema do Texto
O tema traz em si a informao principal para a qual cada uma das
partes se volta. Um tema retomado diversas vezes dentro de um
texto, apresentando aspectos diferentes; na verdade, a armao
sustentadora do assunto. Quase se poderia afirmar que a reduo mais
sinttica a que se pode chegar de um texto.
A PARFRASE
A parfrase tambm uma forma de reproduo de um texto. uma
reafirmao em palavras diferentes da idia central de uma passagem.
Na parfrase recontamos o texto com as prprias palavras, quase uma
traduo daquilo que parte do texto ou o todo querem dizer. Em geral,
a parfrase se aproxima do original em extenso.Exemplo:
As concesses de servios pblicos ao setor privado podem vir a ser
um mecanismo muito importante de investimento em infra-estrutura,
substituindo o governo que tem sido forado a concentrar os recursos
nas reas de maior demanda social. Para confirmar essa premissa
basta verificar que pases desenvolvidos e em desenvolvimento
realizaram vrias concesses durante o sculo XX, transformando a
indstria da infra-estrutura privada num mercado global de US$60
bilhes por ano, investidos em aeroportos, energia, gs, metrs,
rodovias,portos, saneamento bsico, transporte fluvial,
telecomunicaes e outros.
O Brasil comea lentamente a promover seu programa de concesses.
A legislao aprovada pelo Congresso em 1995 um passo adiante, porm
no suficiente, para acelerar a participao privada nacional e
estrangeira em servios de infra-estrutura. fundamental que tambm
ocorra uma rpida mudana de atitude e mentalidade do governo e do
setor privado, eliminando alguns obstculos expanso das concesses
(...) (Joelmir Beting)
A melhor parfrase do texto :
a)A substituio do governo no fornecimento de infra-estrutura tem
possibilitado o aparecimento de uma verdadeira indstria de servios
que funcionam atravs de concesses pblicas. No Brasil, preciso mudar
a mentalidade de todos os envolvidos para que haja uma acelerao da
participao privada em servios de infra-estrutura.
b) Muitos pases tm feito concesses de servios pblicos a empresas
privadas para haver melhor organizao e funcionamento, a partir de
ento os servios passaram a dar lucro a estas empresas. No Brasil,
somente a mudana da mentalidade do governo ser capaz de levar
expanso das concesses
c) No sculo XX, a concesso de explorao de infra-estrutura a
empresas privadas tem gerado lucro e permitido aos governos uma
melhor aplicao de seus recursos em reas de demanda social. O Brasil
tambm demonstra interesse em realizar contratos no setor privado
para expandir as concesses.
d) Os servios pblicos tm-se tornado muito dispendiosos e a
necessidade de aplicar mais verbas em gastos na rea social levou
muitos pases a fazerem contratos com empresas privadas para a
explorao dos servios de infra-estrutura. Tambm no Brasil esta
mentalidade tem sido desenvolvida superando muitos obstculos.
e) O fato de haver um compromisso maior dos governos com as
despesas na rea social tem levado muitos pases a repassarem as
responsabilidades e a explorao dos servios de infra-estrutura a
empresas privadas; s no Brasil tivemos investimentos da ordem de
US$ 60 bilhes por ano.
O RESUMO
O resumo uma condensao fiel das idias ou dos fatos contidos num
texto. Para reduzir um texto ao seu esqueleto essencial, no se deve
perder de vista as suas partes principais, a ordem em que aparecem
e a correlao estabelecida entre as idias. No podem ser introduzidos
comentrios ou concluses pessoais. O resumo, com reduo de um texto,
deve evitar ser apenas uma colagem de frases retiradas do original,
precisa procurar um estilo objetivo com vocabulrio prprio de quem o
redige.
AMBIGIDADE
o duplo sentido causado por m construo da frase.Exemplo: Para
investigar in loco os casos de corrupo envolvendo inspetores,
supervisores e fiscais, o Secretrio informou ao Diretor que ele
deveria viajar para acompanhar a situao da alfndega dos aeroportos
do Rio e de So Paulo.(AFTN)
Marque a alternativa em que a ordem de colocao das palavras no
produz ambigidade nos dois perodos:
a)O narrador tinha uma pedra no sapato que o incomodava
bastante. // Costumamos ver o movimento das janelas do colgio.
b) Ouvi na loja um disco que me agradou bastante. // As
palavras, afinal, vivem na boca do povo. So faladssimas. Algumas so
de baixo calo.
c) Famlia procura parente seqestrado via Internet. // O
seqestrador reteve por trs dias o empresrio em sua casa.
d) O caador topou com uma ona no meio da mata que ainda estava
novinha. // Lderes sindicais falaro de corrupo nas empresas
e)Os pais encontraram contentes as crianas a brincar no jardim.
// O pai disse ao filho que ele tinha estragado tudo.
PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAO
1. Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noo do assunto, a
segunda para prestar ateno s partes. Lembrar-se de que cada
pargrafo desenvolve uma idia.
2. Ler duas vezes o comando da questo, para saber realmente o
que se pede. Sublinhar palavras como: pode, deve, no, sempre,
necessrio, correta, incorreta, exceto, erro etc. , para no se
confundir no momento de responder questo.
3. Ler duas vezes cada alternativa para eliminar o que absurdo.
Geralmente um tero das afirmativas o so.
4. Se o comando pede a idia principal ou tema, normalmente deve
situar-se no primeiro ou no ltimo pargrafo - introduo e
concluso.
5. Se o comando busca argumentao, deve localizar-se nos
pargrafos intermedirios - desenvolvimento.
6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais
significativo e/ou fazer observaes margem do texto.
7. No levar em considerao o que o autor quis dizer, mas sim o
que ele disse; escreveu.
8. Tomar cuidado com os vocbulos relatores (os que remetem a
outros vocbulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais,
pronomes demonstrativos, etc.
QUESTES DE CONCURSOS TC "Exerccios" \f C \l "1"
01. (AFRF) Leia o texto abaixo e, a seguir, escolha a
alternativa que mais se compatibilize com o mesmo:
A descentralizao de autoridade a face fundamental da delegao. Na
medida em que a autoridade deixa de ser delegada, ela centralizada.
Raramente existe centralizao ou descentralizao absolutas. A
centralizao absoluta numa determinada pessoa concebvel, mas isso
implica a ausncia de gerentes subordinados e de organizao.
Portanto, pode-se dizer que alguma descentralizao caracterstica de
toda organizao.
a) A descentralizao de autoridade face fundamental da delegao
porque evita conflitos entre autoridade e subordinados.
b) medida que se delega autoridade, perde-se prestgio perante os
subordinados.
c) Normalmente, toda organizao, por mais centralizada que seja,
apresenta sempre alguma descentralizao de autoridade.
d) A centralizao absoluta concebvel, dependendo do tamanho da
organizao.
e)A centralizao caracterstica das organizaes despticas.
02. (MPOG 2005) Assinale a opo que apresenta a idia principal do
trecho abaixo.:
Gente bem qualificada um ativo
com importncia cada vez mais bvia. Nestes primeiros anos do novo
milnio, passados os solavancos provocados pelas reestruturaes,
fuses, aquisies, trocas de mo-de-obra por tecnologias e com a
estrada pavimentada pelas crescentes exportaes de produtos
nacionais alimentos, bebidas, couros, txteis, sucos, calados e
vesturio - , a indstria brasileira de bens de consumo busca
avidamente capitais humanos de alta qualidade para suas
necessidades presentes e futuras. As empresas mais conscientes de
que tais carncias podem afetar a sustentao do crescimento acelerado
do setor tm bastante claro que a gesto do capital humano, numa
perspectiva temporal de longo prazo, to crtica para o xito
empresarial quanto dispor de fundos a custos competitivos,
tecnologia avanada e clientes satisfeitos. Gente bem qualificada e
motivada um ativo cuja importncia cada vez mais bvia para os que
investem na indstria de bens de consumo e fator decisivo para se
obter nveis de desempenho diferenciados.
(Francisco I.Ropero Ramirez, Gazeta Mercantil, 22/6/2005)
a) No novo milnio, j passaram os solavancos provocados pelas
reestruturaes, fuses e aquisies.
b) No incio deste milnio, houve troca de mo-de-obra por
tecnologias, fator decisivo para a sustentao do crescimento das
empresas.
c) As exportaes de produtos nacionais alimentos, bebidas,
couros, txteis, sucos, calados e vesturio esto em franco
crescimento.
d) No mundo empresarial, importante dispor de fundos a custos
competitivos, tecnologia avanada e clientes satisfeitos.
e) Gente bem qualificada e motivada, ativo cuja importncia bvia,
fator decisivo para que sejam obtidos nveis de desempenho
diferenciados.
O texto a seguir servir de base questo 03.
As concesses de servios pblicos ao setor privado podem vir a ser
um mecanismo muito importante de investimento em infra-estrutura,
substituindo o governo que tem sido forado a concentrar os recursos
nas reas de maior demanda social. Para confirmar essa premissa
basta verificar que pases desenvolvidos e em desenvolvimento
realizaram vrias concesses durante o sculo XX, transformando a
indstria da infra-estrutura privada num mercado global de US$60
bilhes por ano, investidos em aeroportos, energia, gs, metrs,
rodovias,portos, saneamento bsico, transporte fluvial,
telecomunicaes e outros.
O Brasil comea lentamente a promover seu programa de concesses.
A legislao aprovada pelo Congresso em 1995 um passo adiante, porm
no suficiente, para acelerar a participao privada nacional e
estrangeira em servios de infra-estrutura. fundamental que tambm
ocorra uma rpida mudana de atitude e mentalidade do governo e do
setor privado, eliminando alguns obstculos expanso das concesses
(...) (Joelmir Beting)
03. Indique a alternativa que no encerra idia contida no
texto.
a) A concesso de servios pblicos ao setor privado permitir
investimentos em aeroportos, rodovias, metrs e at saneamento
bsico.
b) A terceirizao de servios pblicos gerar lucros empresa privada
que souber investir.
c) O Brasil investe lentamente porque a mentalidade dos setores
pblicos e privados interpe obstculos.
d) A legislao aprovada no Congresso em 1995 eliminou os
obstculos expanso das concesses de servios pblicos.
e) A substituio do governo nos servios de infra-estrutura
permite altos investimentos anuais por parte de empresas
privadas.
04. Assinale a opo cuja afirmao vai ao encontro do que defende
Arthur Caplan no texto abaixo.
Autores tm escrito sobre os riscos que as maquinaes das
biotecnologias na medicina supostamente trariam natureza humana,
pela modificao de sua base biolgica ( com clonagem, certas tcnicas
de reproduo assistida, modulao do comportamento por remdios e
gentica).
Arthur Caplan diz que essas alegaes no so muito convincentes.
Afirma, com propriedade: " A prpria natureza humana tem mudado
drasticamente em reao tecnologia". E mais : "Tampouco h razo para
glorificar uma fase particular da evoluo da natureza humana e
declar-la sacrossanta".
(adaptado de Marcelo Leite)
a) Deve-se lutar para preservar a natureza humana, que ,
conforme comprovaes cientficas, una e imutvel.
b) necessrio chamar a ateno para todos os riscos do avano da
cincia , mesmo para os no imediatamente identificveis e mensurveis,
para evitar que ocorram mudanas na natureza humana e que ela se
deteriore.
c) A mensurao dos riscos da pesquisa cientfica pode ser
falaciosa caso sejam desprezadas as mudanas j ocorridas na base
biolgica da natureza humana.
d) consensual a idia de que a base biolgica da humanidade deve
ser mantida e , para que no seja desvirtuada, deve-se respeitar a
relao entre fato - determinaes biolgicas - e norma - dogmas a que
se deve obedecer.
e) A pesquisa biomdica muito perigosa para ser levada adiante e,
portanto, cabe ao Estado, por meio de legislao, proibir os estudos
da gentica.
05.(AFRF-2001)Assinale a alternativa que apresenta a idia
central do texto:
O melhor gasto social que existe hoje sem prejuzo de todos os
outros o utilizado no esforo de estender a educao ao maior nmero
possvel de pessoas. O Brasil vem apresentando bons progressos nesse
campo. H hoje, pela primeira vez na histria do pas, a perspectiva
real de universalizar o ensino fundamental. Mas preciso sempre
lembrar que o resto do mundo no est parado esperando o Brasil
resolver os seus problemas. A educao tambm vem sendo melhorada l
fora. Portanto, preciso apressar o passo. Enquanto o Brasil no
conseguir se equiparar aos pases mais avanados nessa rea, os
benefcios da globalizao continuaro aqum do que possvel e
desejvel.
(Adaptado de Exame, 1/11/2000,p.141)
a)O resto do mundo avana muito na rea da educao e o Brasil j est
se equiparando aos pases mais desenvolvidos.
b)O Brasil vem apresentado grandes progressos na universalizao
do ensino fundamental.
c)Para que o Brasil obtenha os benefcios da globalizao preciso
continuar investindo cada vez mais em educao.
d)A globalizao no Brasil prescinde da equiparao dos esforos em
educao.
e)Os pases desenvolvidos observam o Brasil e continuam
investindo muito em educao.
06.(AFRF-2001) Assinale a opo que est em desacordo com as idias
do texto:
Uma das facetas mais interessantes da globalizao o incrvel
aumento do investimento estrangeiro em pases como o Brasil. No
comeo da dcada passada, o pas recebia menos de 1 bilho de dlares
por ano em investimento direto. Esse nmero est hoje na casa dos 30
bilhes anuais. claro que as naes ricas sempre investiram nas mais
pobres h razes econmicas de sobra para que faam isso. A novidade a
participao cada vez maior das empresas globais nesse processo.
Muito mais do que as antigas multinacionais, os novos conglomerados
exploram as potencialidades especficas de cada pas, sendo cada vez
mais eficientes. Nesse contexto, no existe mais a figura da filial
que mantm linhas de produtos ultrapassados nos pases perifricos.
Agora, todos participam da ponta tecnolgica.
(Adaptado de Exame,1/11/2000,p.139)
a) Quando as multinacionais agiam, mantinham filiais com
produtos tecnologicamente ultrapassados ou de menos qualidade nos
pases pobres.
b) Empresas globais so conglomerados.
c) O aumento do investimento estrangeiro em pases como o Brasil
impede sua participao no avano tecnolgico.
d) H uma diferena entre empresas globais e multinacionais.
e) O investimento estrangeiro anual no Brasil cresceu na ltima
dcada.
07. (AFTN) Indique o nico segmento que serve como argumento
contrrio defesa da manuteno do ensino superior gratuito no Brasil
(com base em texto de Roberto Leal e Silva Filho)
a)H um princpio de justia segundo o qual o pagamento por bens e
servios deve se fazer desigualmente, conforme as desigualdades de
ganho.
b) A Europa Ocidental considera investimento a formao de quadros
de nvel superior
c) Nos EUA, a maior parte do oramento das melhores universidades
composta por doaes, convnios com empresas ou rgos federais, fundos
privados, cursos de atualizao profissional.
d) Nos EUA, o montante arrecadado pelas universidades de seus
estudantes, a ttulo de taxas escolares, no chega ao percentual de
20% de seu oramento global.
e).No Brasil, pas com renda per capita de aproximadamente US$ 2
mil, uma taxa escolar de US$ 13 mil/ano por aluno, conforme
estimativa do Banco Mundial, quantia astronmica.
08. Leia o texto a seguir:
O quadro geral de apaziguamento abre espao para a expanso da
democracia. Mas resta muito por fazer. Mais que tudo, preciso
desenvolver a idia de que a democracia no s um regime poltico, mas
um regime de vida. Quer dizer que o mundo dos afetos deve ser
democratizado. preciso democratizar o amor, seja paternal ou
filial; a amizade; o contato com o desconhecido: o que na
modernidade fez parte da vida privada. preciso democratizar as
relaes de trabalho, hoje tuteladas pela propriedade privada. A
democracia s vai se consolidar, o que pode tardar dcadas, quando
passar das instituies eleitorais para a vida cotidiana. claro que
isso significa mudar, e muito, o que significa democracia. Cada vez
mais ela ter a ver com o respeito ao outro.
(Renato Janine Ribeiro, Folha de S.Paulo, MAIS!)
Assinale a opo que est em desacordo com as idias do texto.
a) A noo de regime poltico mais restrita que a noo de regime de
vida.
b) Pode-se inferir que as relaes de trabalho tuteladas pela
propriedade privada no so suficientemente democrticas.
c) A proposta de ampliao do conceito de democracia transcende as
questes pblicas e invade o universo individual e privado.
d) A consolidao da democracia tem como condio a abrangncia das
questes da vida cotidiana.e) A mudana do conceito de democracia uma
transformao que est ocorrendo na sociedade e seus resultados sero
vistos brevemente.09. Marque o item que representa uma ilustrao
confirmatria da tese postulada no seguinte texto:
Pode-se afirmar que a distribuio injusta de bens culturais,
principalmente das formas valorizadas de falar, paralela distribuio
inqua de bens materiais e de oportunidades. a)Prova disso so os
modernos shopping centers, cujo espao foi arquitetonicamente
projetado para permitir a convivncia harmoniosa da empregada e da
madame, do porteiro e do ministro, enfim, de ricos e pobres.
b) Temos na diversidade dos programas de televiso um exemplo de
que diferena outrora marcante entre cultura de elite e cultura
popular hoje est reduzida a uma mera questo de grau.
c) A iniqidade na distribuio de bens culturais no Brasil
encontra demonstrao inequvoca na oposio que ainda hodiernamente se
faz entre casa-grande e senzala.
d) Demonstra este fato o esforo que fazem dirigentes polticos e
sindicais provenientes das camadas baixas da sociedade para dominar
a variedade padro da lngua portuguesa.
e)Os chamados meninos de rua , menores abandonados e meninas
prostitudas testemunham, no Brasil da modernidade, a falncia das
elites em dividir o bolo da economia.
CULTURA E MUDANA SOCIAL
A cultura uma produo coletiva, mas nas sociedades de classe seu
controle e benefcios no pertencem a todos. Isso se deve ao fato de
que as relaes entre os membros dessas sociedades so marcadas por
desigualdades profundas, de tal modo que a apropriao dessa produo
comum se faz em benefcio dos interesses que dominam o processo
social. E, como conseqncia disso, a prpria cultura acaba por
apresentar poderosas marcas de desigualdade. O que nesse aspecto
ocorre no interior das sociedades contemporneas ocorre tambm na
relao entre as sociedades no plano cultural.
por isso que as lutas pela universalizao dos benefcios da
cultura so ao mesmo tempo lutas contra as relaes de dominao entre
as sociedades contemporneas, e contra as desigualdades bsicas das
relaes sociais no interior das muitas sociedades. So lutas pela
transformao da cultura. Elas se do no contexto das muitas
sociedades existentes, as quais esto cada vez mais interligadas
pelos processos histricos que vivenciamos.
10. Pode-se indicar a alternativa que mantm a melhor ilustrao
das teses do texto:
a) Os empresrios querem rediscutir direitos trabalhistas j
adquiridos como a licena-gestante.
b) No pas, comum a manuteno de escolas pblicas de qualidade
inferior para as populaes carentes.
c) Grandes espetculos so proporcionados por orquestras sinfnicas
ao ar livre para um largo pblico.
d) A televiso e em especial as novelas so responsveis em levar a
dramaturgia grande parcela da populao.
e) A festa de Carnaval um bom exemplo de manifestao cultural
popular.
11. Indique a alternativa que se apresenta mais fiel em relao
frase abaixo.
Isso (os benefcios no pertencem a todos) se deve ao fato de que
as relaes entre os membros dessas sociedades so marcados por
desigualdades profundas, de tal modo que a apropriao dessa produo
comum se faz em benefcio dos interesses que dominam o processo
social.
a) As desigualdades marcam as relaes sociais porque a dominao da
cultura ocorre segundo os interesses da classe dominante.
b) O processo social tira benefcios da produo cultural se bem
que os benefcios so divididos desigualmente entre os membros da
sociedade.
c) Por mais que se queira um diviso igualitria dos bens da
cultura social, as desigualdades permanecem.
d) Os benefcios dados classe dominante tornam-na mais capacitada
a melhor explorar os meios culturais.
e) A produo cultural comum, mas as desigualdades impedem a sua
distribuio enquanto o processo social no tiver benefcios.
012. Indique a ordenao dos fragmentos abaixo que produz um texto
coeso e coerente.
1. E as mulheres costumam sofrer mais que os homens, alm de ser
menos susceptveis a analgsicos.
2. A inteno localizar as diferenas genticas envolvidas no
processo de dor, alm de avaliar o papel dos genes na percepo dessa
sensao.
3. sabido que a forma com que as pessoas sentem dor varia de
indivduo para indivduo.
4. No entanto, novos estudos procuram identificar regies do
crtex cerebral em que a dor processada para ajudar a criar novos
mecanismos de defesa a esse distrbio.5. J foi descoberto tambm que
homens e mulheres tm diferentes mecanismos para a dor. (Folha de
S.Paulo)a)2 / 5 / 3 / 1 / 4
b)3 / 5 / 1 / 4 / 2
c)2 / 3 / 1 / 5 / 4
d)3 / 4 / 2 / 5 / 1
e)5 / 3 / 4 / 1 / 2
013. Marque entre as opes propostas, aquela que no contm, ainda
que parcialmente, as mesmas idias expressas no trecho abaixo:
A reificao do escravo produzia-se objetiva e subjetivamente. Por
um lado, tornava-se uma pea cuja necessidade social era criada e
regulada pelo mecanismo econmico de produo. Por outro lado, o
escravo auto-representava-se e era representado pelos homens livres
como um ser incapaz de ao autonmica.
a)Do ponto de vista jurdico bvio que no sul como no resto do
pas, o escravo era uma coisa, sujeita ao poder e propriedade de
outrem...
b)O escravo no encontra a condio de pessoa humana objetivada no
respeito e nas expectativas formadas em torno de si pelos homens
livres, pelos senhores.
c)A liberdade desejada e impossvel apresentava-se, pois, como
mera necessidade subjetiva da afirmao, que no encontrava condies
para realizar-se concretamente.
d)O escravo se apresentava, enquanto ser humano tornado coisa,
como algum que, embora fosse capaz de empreender aes com sentido,
pois eram aes humanas, exprimia, na prpria conscincia e nos atos
que praticava, orientaes e significaes sociais impostas pelos
senhores.
e)A conscincia do escravo apenas registrava e espelhava,
passivamente, os significados que lhe eram impostos.
14. Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto
desordenados. Ordene-os e assinale, entre as opes abaixo, a seqncia
que recompe o texto com coeso e coerncia.
() Por este sistema, chamado de Emisso de Cupom Fiscal (ECF), o
cliente recebe a nota fiscal imediatamente e, ao mesmo tempo, o
aparelho mantm em seus arquivos os valores das compras, que so
informados posteriormente aos rgos responsveis pela arrecadao nos
estados.
() Alm disso, reduz a burocracia que existe atualmente para que
os estados tenham acesso a essas informaes. Os dados sero mantidos
em meio eletrnico pelas administraes estaduais e compartilhados com
a Receita Federal em uma rede interna.
() Por determinao das secretarias de Fazenda dos estados, lojas
de todo o pas esto instalando mquinas que j emitem o boleto do
carto em uma fatura com efeito de nota fiscal.
() Para a fiscalizao da Receita, a vantagem ser contar com mais
subsdios para fazer o cruzamento de dados das empresas e dos
contribuintes. O Fisco ter acesso s informaes declaradas pelos
contribuintes, pelas administradoras de carto e pelo comrcio no
Imposto de Renda.
() Essa modernizao do sistema de arrecadao do ICMS estadual
reduz ainda a antiga preocupao com a emisso de notas fiscais falsas
por parte das empresas, porque a mesma nota que est sendo emitida
para o cliente j tem valor fiscal. (Adaptado de Sistema eletrnico
para facilitar a arrecadao, Vivian Oswald, O Globo, 29/07/2002)
a) 1 / 4 / 5 / 3 / 2
b) 2 / 5 / 4 / 3 / 1
c) 2 / 4 / 1 / 5 / 3
d) 3 / 5 / 4 / 2 / 1
e) 5 / 1 / 4 / 2 / 3
15. Numere os perodos de modo a constiturem um texto coeso e
coerente e, depois, indique a seqncia numrica correta:
() Na tentativa de virar o jogo, at agora desfavorvel, a
Advocacia-Geral da Unio (AGU) entrou, na quarta-feira 9, com uma ao
declaratria de constitucionalidade para tentar que o STF ponha fim
ao conflito.
() O governo superou com folga as metas sobre suas contas no
primeiro trimestre, mas est amargando uma derrota sria no ajuste
fiscal.
() Com a medida, o governo pretendia arrecadar um extra de R$4,4
bilhes no ano 2000 e pelo menos R$2,5 bilhes at dezembro. Poder ter
de se contentar com apenas R$800 milhes em 1999 se o Supremo
Tribunal Federal (STF) julgar inconstitucional a cobrana
progressiva.
() A deciso depende da capacidade de o governo convencer seis
dos 11 ministros do Supremo. Se conseguir, derrubar todas as
liminares de uma s vez. Mas a tarefa ser rdua.
() Em todo o pas, mil liminares j foram obtidas contra a cobrana
progressiva da contribuio previdenciria sobre os salrios dos
servidores pblicos.
() Mas servidores, sindicatos e Ministrio Pblico entraram com
aes argumentando que a cobrana confisca os salrios.
() As novas faixas de contribuio foram aprovadas no incio do
ano, na esteira do esforo fiscal do governo com o Fundo Monetrio
Internacional (FMI).
a)7 / 6 / 3 / 2 / 5 / 1 / 4
b) 6 / 3 / 1 / 2 / 7 / 4 / 5
c) 2 / 3 / 5 / 7 / 1 / 6 / 4
d) 6 / 1 / 3 / 7 / 2 / 5 / 4
e)7 / 3 / 6 / 2 / 5 / 4 / 1
_____________________________________
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OS PARALELISMOS
Os paralelismos so um recurso de coeso textual. Sua funo
veicular informaes novas atravs de determinada estrutura sinttica
que se repete, fazendo o texto progredir de forma precisa.
Tomemos a seguinte frase:
Falava-se da chamada dos conservadores ao poder e da dissoluo da
Cmara.
O conector E soma duas informaes vinculadas ao verbo falar
(falava-se de)
Ambas vm precedidas da mesma preposio (de), constituindo assim
um paralelismo. Se esquematizarmos a frase, veremos com mais
clareza sua construo:
da chamada dos conservadores ao poder
Falava-se
e
da dissoluo da Cmara
Os dois segmentos de frase formam, portanto, construes
paralelas. Se sempre observarmos esse tipo de construo, o texto se
tornar mais coeso e, conseqentemente, mais claro. A coerncia tambm
deve ser observada, pois a segunda parte da frase tem de estar no s
sinttica, mas tambm semanticamente associada primeira.
Esta frase est correta do ponto de vista sinttico, mas no do
ponto de vista semntico:
Ele estava no s atrasado para o concerto, mas tambm sua mulher
tinha viajado para a fazenda.
Com este exemplo queremos chamar a ateno para esse tipo de
construo em que a primeira parte do paralelismo aponta numa direo e
a segunda noutra. A presena dos conectivos no s / mas tambm exige
um paralelismo de idias. preciso que os dois segmentos se
harmonizem, formando um todo semanticamente coerente. Ao escrever
uma frase, temos de nos preocupar com a unidade de sua mensagem
para que nossa comunicao seja precisa. Os dois segmentos que
constituem um paralelismo devem falar de temas da mesma rea de
significao, sobretudo quando se trata de textos objetivos, como uma
argumentao. J na fico e na poesia muito comum encontrar casos de
quebra de paralelismo.
A frase anterior pode ser corrigida da seguinte forma:
Ele estava no s atrasado para o concerto, mas tambm preocupado
com a fila que iria enfrentar.
Aps a reelaborao, observam-se os paralelismos sintticos e
semnticos e o equilbrio necessrio ao enunciado.
Dentro do pargrafo, o paralelismo pode ser um fator de ordenao
de noes s vezes complexas, que ficam mais ao nosso alcance pela
forma com que so enunciadas . Atente para este exemplo extrado de
um livro de Marilena Chau:
A Filosofia no cincia: uma reflexo crtica sobre os procedimentos
e conceitos cientficos. No uma religio: uma reflexo crtica sobre as
origens e formas das crenas religiosas. No uma arte: uma
interpretao crtica dos contedos, das formas, das significaes das
obras de arte e do trabalho artstico. No sociologia nem psicologia,
mas a interpretao e avaliao crtica dos conceitos e mtodos da
sociologia e da psicologia. No poltica, mas a interpretao,
compreenso e reflexo sobre a origem, a natureza e as formas do
poder. No histria, mas a interpretao do sentido dos acontecimentos
enquanto inseridos no tempo e compreenso do que seja o prprio
tempo.(...)
O pargrafo obedece estrutura "no (...) mas " , o que programa de
certa forma o esprito do leitor para ter bem distintos, em cada
frase, os vnculos da Filosofia com os outros campos do saber.
Os casos mais comuns de paralelismos ocorrem dentro da frase,
mas podem tambm ocorrer de uma frase para outra e at mesmo entre
pargrafos. Nestes casos, o que se procura tirar efeitos estilsticos
de seu emprego, como mostraremos nos exemplos a seguir.
Observe o efeito que Joelmir Beting consegue nesta seqncia de
frases:
Pobre s tem dinheiro. Chama-se cruzeiro. Pobre no tem casa, no
tem carro. Pobre no tem emprego, no tem salrio. Pobre s tem
dinheiro do dia - exatamente o nico valor no indexado da
economia.
Agora vejamos como se pode usar o paralelismo para estruturar um
pargrafo em relao outro. Gilberto Dimenstein, em Como no ser
enganado nas eleies, escreve:
(...) este livro traz uma boa e uma m notcia.
A m: agora mesmo, neste exato instante em que voc est lendo este
pargrafo, h um batalho de candidatos querendo seduzi-lo e
trapace-lo, abocanhando seu voto. Ou seja, voc corre o risco de
fazer o papel de bobo.
A boa: agora mesmo, neste exato instante em que voc est lendo
este pargrafo, voc comea a conhecer segredos e pode evitar as
armadilhas preparadas por este batalho de candidatos que disputam a
presidncia da Repblica, governos estaduais, duas vagas para o
Senado em cada Estado, Cmara dos deputados e Assemblias
Legislativas.
Os trechos sublinhados deixam bem evidentes os paralelismos
existentes nos dois pargrafos. O autor comea-os da mesma forma a
fim de chamar a ateno do leitor para o que marca a oposio entre a
boa e a m notcia. Estruturando os pargrafos dessa forma, ele
conseguiu clareza e denotou um perfeito domnio de texto.
Os paralelismos so muito comuns em textos didticos para que eles
fluam com mais leveza, sobretudo quando h enumeraes.
Quem j leu a nossa Constituio deve ter observado como cada
artigo est escrito. A maioria dele est dividida em incisos que
comeam geralmente com a mesma estrutura sinttica. S a ttulo de
exemplo, leiamos os cinco primeiros incisos do Artigo 23:
competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios:
I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies
democrticas e conservar o patrimnio pblico;
II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia
das pessoas portadoras de deficincia;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais
notveis e os stios arqueolgicos;
IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de
arte e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e
cincia;(...)
O Artigo tem doze incisos e todos comeam com os verbos no
infinitivo, o que d uniformidade ao texto. Mas em outros artigos
nem sempre os paralelismos so respeitados porque iriam contrariar o
bom uso da lngua, criando construes esdrxulas. Isto significa que o
paralelismo no uma camisa-de-fora. Trata-se apenas de um recurso
estilstico que voc deve usar quando achar conveniente. Nem sempre a
sua ausncia significa erro de estruturao. Cludio Abramo, um dos
maiores jornalistas brasileiros, no observou o paralelismo na
seguinte frase:
Nos tempos modernos, devido a influncias vrias e por causa de
jornalistas com pendores literrios, a reportagem perdeu seu aspecto
de narrativa fria (...).
Ningum pode dizer que o desrespeito ao paralelismo constitui a
erro. Se Abramo o tivesse observado, teria escrito da seguinte
forma:
Nos tempos modernos, devido a influncias vrias e a jornalistas
com pendores literrios, a reportagem perdeu seu aspecto de
narrativa fria (...)
Compare as duas frases e ver que a primeira melhor que a
segunda, pois, ao mudar de conectivo, ele coloca em relevo a
segunda causa, chamando nossa ateno para o papel de alguns
"jornalistas" na mudana de estilo da reportagem moderna. Se o
paralelismo tivesse sido observado risca, as duas causas teriam o
mesmo nvel de importncia e, assim, se perderia o efeito de sentido
imaginado pelo autor.
Para concluir: os paralelismos devem ser usados desde que tragam
fora, clareza e equilbrio frase. Caso contrrio, no devem ser
forados..PARALELISMOS MAIS FREQENTES
Os casos mais comuns de paralelismos dentro da frase
ocorrem:
1. com as conjunes
a) e , nem
Ele conseguiu transformar-se no comandante das Foras Armadas e
no homem forte do governo.
No adianta tomar atitudes radicais nem fazer de conta que o
problema no existe.
b) no s ... mas tambm
O projeto no s ser aprovado, mas tambm posto em prtica
imediatamente.
c) mas
No estou descontente com seu desempenho, mas com sua
arrogncia.
d) ou
O governo ou se torna racional ou se destri de vez.
e) tanto ... quanto
Estamos questionando tanto seu modo de ver os problemas quanto
sua forma de solucion-los.
f) Isto / ou seja, etc
Voc devia estar preocupado com seu futuro, isto , com a sua
sobrevivncia.
2. com as oraes justapostas (aquelas que esto coordenadas sem
conectivos)
O governo at agora no apresentou nenhum plano para erradicar a
misria, no criou nenhum programa de emprego, no destinou os
recursos necessrios para a educao e sade.
Este tipo de paralelismo muito comum em textos literrios,
sobretudo em poesia.
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores... ( Manuel Bandeira)
O poeta recorre aos mesmos termos e mesma estrutura, sempre
acrescentando
uma informao nova ao verbo Varrer. (Roteiro de Redao - Lendo e
argumentando - Antnio Carlos Viana (coord.)
EXEMPLOS DE FALTA DE PARALELISMO
1. No sa de casa por estar chovendo e porque era ponto
facultativo.
Aqui se aconselha o paralelismo de construo. Do ponto de vista
estilstico, seria prefervel que as duas oraes causais(por estar
chovendo e porque era ponto facultativo) tivessem estrutura
similar: por estar chovendo e por ser ponto facultativo ou porque
estava chovendo e (porque) era ponto facultativo). Poderia ser
adotada a forma: No sa de casa no s porque estava chovendo mas
tambm porque era ponto facultativo ou ainda No sa de casa por estar
chovendo mas tambm por ser ponto facultativo.
2. Sua atitude foi aplaudida no s pelo povo mas tambm seus
companheiros de farda lhe hipotecaram inteira solidariedade.
Diga-se, de preferncia, adotando-se o paralelismo: ...no s pelo
povo mas tambm pelos companheiros de farda que lhe hipotecaram
inteira solidariedade.
3. Senti-me deprimido pela angstia, no tanto por causa do perigo
que corria meu velho amigo, mas tambm devido relao que meu esprito
artificialmente estabelecia entre a sua sade e meu amor.
Alm da ausncia de paralelismo (no tanto por causa ... mas tambm
devido ) , ocorre ainda a ruptura da prpria correlao: No tanto
exige obrigatoriamente quanto e no mas tambm.
4. A energia nuclear no somente se aplica produo de bomba atmica
ou para fins militares. Sabe-se que pode ser empregada na medicina,
comunicaes e para outras reas.
No exemplo rompeu-se totalmente o enlace correlato, pois se deu
ao segundo elemento uma estrutura sinttica no correlata do
primeiro. A seguinte verso mais aceitvel: A energia nuclear no
somente se aplica produo da bomba atmica ou a outros fins
militares, mas tambm pode ser empregada na medicina, nas comunicaes
e em outras reas.
5. Nosso destino depende em parte do determinismo e em parte
obedecendo nossa vontade.
Frase grosseiramente incorreta, por falta de paralelismo. Forma
adequada, mais simples e mais fcil: ...depende em parte do
determinismo e em parte da nossa vontade.
6. necessrio chegares a tempo e que tragas ainda a
encomenda.
A construo paralela parece mais elegante: necessrio que chegues
a tempo e que tragas... ou necessrio chegares a tempo e trazeres
....
7. O Governador negou estar a polcia de sobreaviso e que a
visita da oficialidade da PM tivesse qualquer sentido poltico.
um exemplo de coordenao sem paralelismo gramatical. Seria
prefervel tornar paralelos os dois elementos que constituem o
objeto direto de negou: ... negou que a polcia estivesse... e que a
visita da oficialidade tivesse... ou ... negou estar a polcia de
sobreaviso e ter a visita da oficialidade.
8. Peo-lhe que me escreva a fim de informar-me a respeito das
atividades do nosso Grmio e se a data das provas j est marcada.
Falta de paralelismo gramatical. Seria aceitvel a seguinte
construo: Peo-lhe que me escreva a fim de informar-me a respeito
das atividades do nosso Grmio e que me diga se a data das provas j
est marcada.
9. A psicologia tende, atualmente, a se constituir como uma
cincia independente, isto , tendo objeto e sentido prprios.
A frase estaria melhor estruturada se o autor tivesse escrito
isto , com objeto e sentido prprios.
10. No vinham os colonizadores com esprito pioneiro, isto , a
fim de se estabelecerem no Novo Mundo.
Seria prefervel a construo: No vinham... com esprito pioneiro,
isto , com a inteno (ou fim, propsito) de se estabelecerem...
11. Passei alguns dias junto minha famlia e revendo velhos
amigos de infncia.
Pode-se evitar a incoerncia omitindo-se a conjuno E, que no deve
coordenar passei a revendo, formas verbais de estrutura e valor
sintticos diferentes: Passei alguns dias junto famlia, revendo ao
mesmo tempo velhos amigos ou tornando paralelas as duas oraes ou
partes dela: Passei alguns dias junto minha famlia e revi (ao mesmo
tempo) velhos amigos de infncia. Ou ainda Passei alguns dias junto
minha famlia e a velhos amigos de infncia.
12. H uma grande diferena entre os candidatos a matrculas e as
vagas nas escolas.
H falta de paralelismo semntico, isto , falta de correlao e
associao de idias desconexas. No possvel estabelecer, dessa forma,
relao de coordenao entre candidatos e vagas; diga-se: H uma grande
diferena entre o nmero de candidatos e o (numero) de vagas.
13. Enquanto os Estados Unidos se distinguem pelo seu alto padro
de vida, os nossos nordestinos vivem em condies quase
miserveis.
incoerente o confronto entre pas (Estados Unidos) e indivduos
(nordestinos), isto , entre um todo e as partes de um todo.
TC "Exerccios" \f C \l "1" 01. Assinale o segmento do texto em
que h erro de paralelismo sinttico.(TRF)
a) Esto participando da operao em Barretos cerca de 18 auditores
da Receita. Ainda fazem parte da equipe especialistas em programas
de computadores para acessar arquivos que possam conter dados
importantes nas empresas.
b) Quanto aos documentos que forem recolhidos pelos agentes,
todos sero analisados. Caso haja indcio de sonegao, ser instaurado
processo no Ministrio Pblico.
c) Alm da ao judicial, podero ser feitas autuaes nos
estabelecimentos em que as irregularidades se comprovarem. O valor
das autuaes ainda no foi divulgado pelo delegado, mas ele garantiu
que a cobrana pode ser retroativa.
d) Disse ainda, que o escritrio que cuida da contabilidade do
clube Os Independentes est acompanhando o caso ao lado da Receita
Federal. Ele no acredita que a fiscalizao da Receita Federal possa
causar algum dano imagem do clube.
e) O presidente do clube Os Independentes afirma no ter receio
quanto arrecadao de impostos e que achando normal a atitude dos
auditores da Receita Federal.Sabemos que eles esto fazendo isso com
todas as entidades sem fins lucrativos.
02. Assinale o perodo em que h erro de paralelismo sinttico:
a) Os ministros negaram estar o governo atacando a Assemblia e
estar fazendo tudo para prolongar a votao do projeto.
b) O presidente sentia-se acuado pelas constantes denncias de
corrupo em seu governo e o crescimento na Constituinte da presso em
favor da fixao de seu mandato em quatro anos.
c) Quando o ditador morreu, seu porta-voz conseguiu
transformar-se no comandante das Foras de Defesa e ser o homem
forte do pas.
d) Poucas horas antes de um emissrio lhe trazer a notcia e antes
de inteir-lo dos fatos, ele se divertia com os netos.e) Aos poucos
ele foi tomando conscincia de que nem tudo dependia de sua presena
e de que uma mo forte agia por trs dos ltimos acontecimentos.03.
Como no exerccio anterior.
a) Com isso, conseguia-se o objetivo duplo de fortalecer o
governo amigo e ainda por cima os oposicionistas eram
incriminados.
b) No s todos ficaram perplexos mas tambm partiram
desesperanados.
c) O carnaval ritualiza o reincio da vida com a desentronizao do
rei e com a entronizao de um outro.
d) A expanso do narcotrfico no Brasil deve-se desinformao dos
males causados pelas drogas e falta de um melhor policiamento.
e) O tcnico da seleo ficou cheio de esperanas ao convocar
jogadores tarimbados e ao saber que eles estavam disponveis.
LINGSTICA TEXTUAL TC "LINGSTICA TEXTUAL" \f C \l "1"
Para no ser enganado pela articulao do contexto, necessrio que
se esteja atento coeso e coerncia textuais.
Coeso textual o que permite a ligao entre as diversas partes de
um texto. Diz-se que um texto tem coeso quando seus vrios
enunciados esto organicamente articulados entre si, quando h
concatenao entre eles . A conexo entre os vrios enunciados fruto
das relaes de sentido que existem entre eles. A ttulo de
exemplificao do que foi dito, observe-se o texto a seguir:
sabido que o sistema do Imprio Romano dependia da escravido,
sobretudo para a produo agrcola. sabido ainda que a populao escrava
era recrutada principalmente entre os prisioneiros de guerra.
Em vista disso, a pacificao das fronteiras fez diminuir
consideravelmente a populao escrava.
Como o sistema no podia prescindir da mo-de-obra escrava, foi
necessrio encontrar outra forma de manter inalterada essa
populao.
Como se pode observar, os enunciados desse texto no esto
amontoados caoticamente, mas estritamente interligados entre si: ao
se ler, percebe-se que h conexo entre cada uma das partes.
Quando escrevemos um texto, uma das maiores preocupaes como
amarrar a frase seguinte anterior. Isso s possvel se dominarmos os
princpios bsicos de coeso. A cada frase enunciada devemos ver se
ela mantm um vnculo com a anterior ou anteriores para no perdermos
o fio do pensamento.
Coerncia textual a relao que se estabelece entre as diversas
partes do texto, criando uma unidade de sentido. Est ligada ao
entendimento, possibilidade de interpretao daquilo que se ouve ou
l.Mas no basta costurar uma frase a outra para dizer que estamos
escrevendo bem. Alm da coeso, preciso pensar na coerncia. possvel
escrever um texto coeso sem ser coerente. Observe:
Os problemas de um povo tm de ser resolvidos pelo presidente.
Este deve ter ideais muito elevados. Esses ideais se concretizaro
durante a vigncia de seu mandato O seu mandato deve ser respeitado
por todos.
Ningum pode dizer que falta coeso a esse pargrafo. Mas de que
ele trata mesmo? Dos problemas do povo? Do presidente? Do seu
mandato? Fica difcil dizer. Embora ele tenha coeso, no tem
coerncia. A coeso no funciona sozinha. No exemplo acima, teramos
que, de imediato, decidir qual a sua palavra-chave: presidente ou
problemas do povo? A palavra escolhida daria estabilidade ao
pargrafo. Sem essa base estvel, no haver coerncia no que se
escrever; e o resultado ser um amontoado de idias. Enquanto a coeso
se preocupa com a parte visvel do texto, sua superfcie, a coerncia
vai mais longe, preocupa-se com o que se deduz do todo.
A coerncia exige uma concatenao perfeita entre as diversas
frases, sempre em busca de uma unidade de sentido. No se pode
dizer, por exemplo, numa frase, que o "desarmamento da populao pode
contribuir para diminuir a violncia", e , na seguinte, escrever:
"Alm disso, o desemprego tem aumentado substancialmente". evidente
a incoerncia existente entre elas.
Assim tambm incoerente defender o ponto de vista contrrio a
qualquer tipo de violncia e ser favorvel pena de morte, a no ser
que no se considere a ao de matar como uma ao violenta.
Recursos de Coeso
Para escrevermos de forma coesa, h uma srie de recursos,
como:
1. Eptetos (palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa)
Glauber Rocha fez filmes memorveis. Pena que o cineasta mais
famoso do cinema brasileiro tenha morrido to cedo.
2. Nominalizaes (emprego de um substantivo que remete a um verbo
enunciado anteriormente)
Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porm, que tal
testemunho no era vlido por serem parentes do assassino.
3. Palavras ou expresses sinnimas ou quase-sinnimas.
Os quadros de Van Gogh no tinham nenhum valor em sua poca. Houve
telas que serviram at de porta de galinheiro.
4. Um termo-sntese
O pas cheio de entraves burocrticos. preciso preencher um
sem-nmero de papis. Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas
essas limitaes acabam prejudicando o importador.
5. Pronomes
Vitaminas fazem bem sade. Mas no devemos tom-las ao acaso.
O colgio um dos melhores da cidade. Seus dirigentes se preocupam
muito com a educao integral.
Aquele poltico deve ter um discurso muito convincente. Ele j foi
eleito seis vezes.
H uma grande diferena entre Paulo e Maurcio. Este guarda rancor
de todos, enquanto aquele tende a perdoar.
6. Numerais
Recebemos dois telegramas. O primeiro confirmava a sua chegada;
o segundo dizia justamente o contrrio.
7. Advrbios pronominais (aqui, ali, l, a)
No podamos deixar de ir ao Louvre. L est a obra-prima de
Leonardo da Vinci: a "Monalisa".
8. Elipse
O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sesso s oito
horas em ponto e (ele) fez ento seu discurso emocionado.
9. Repetio do nome prprio (ou parte dele)
Lygia Fagundes Teles uma das principais escritoras brasileiras
da atualidade. Lygia autora de "Antes do baile verde", um dos
melhores livros de contos de nossa literatura.
10. Metonmia (processo de substituio de uma palavra por
outra)
O governo tem-se preocupado com os ndices de inflao. O Planalto
diz que no aceita qualquer remarcao de preo.
11. Associao
So Paulo sempre vtima das enchentes de vero. Os alagamentos
prejudicam o trnsito, provocando engarrafamentos de at 200
quilmetros.
OS CONECTIVOS
Uma preocupao de quem escreve ver se os conectores esto
empregados com preciso. A toda hora estamos fazendo uso deles. Por
isso, a seguir ser dada uma lista sucinta dos conectivos e suas
respectivas funes:
*Conjunes, locues conjuntivas, preposies e locues
prepositivas
1. adio e, nem, tambm, no s... mas tambm
2. alternncia ou...ou, quer...quer, seja...seja
3. causa porque, j que, visto que, graas a, em virtude de, por
(+ infinitivo)
4. concluso logo, portanto, pois
5. condio se, caso, desde que, a no ser, que, a menos que
6. comparao- como, assim como
7. conformidade- conforme, segundo
8. conseqncia- to...que, tanto...que, de modo que, de sorte que,
de forma que, de maneira que
9. explicao- pois, porque, porquanto
10. finalidade- para que, a fim de que,para (+ infinitivo)
11. oposio- mas, porm, todavia, embora, mesmo que, apesar de (+
infinitivo)
12. proporo medida que, proporo que, quanto mais, quanto
menos
13. tempo quando, logo que, assim que, toda vez que,
enquanto
Pronomes relativos: que quem - cujo onde
Ao empregar um pronome relativo, devemos ter o seguinte
cuidado:
1. Observar a palavra a que ele se refere para evitar erros de
concordncia verbal
Encontramos um bom nmero de pessoas que estavam reivindicando os
mesmos direitos dos vinte funcionrios vitoriosos. (que = as quais-
pessoas)
2. Observar o fragmento de frase de que faz parte. Pode haver um
verbo ou um substantivo que exija uma preposio. Nesse caso, ela
deve preceder o pronome relativo.
Ningum conseguiu at hoje esquecer a cilada de que ele foi vtima.
(de que= da qual cilada). A preposio de foi exigida pelo
substantivo vtima.
As dificuldades a que voc se refere so normais dentro de sua
carreira. (a que= s quais dificuldades). O verbo referir-se pede a
preposio a.
As Transies
Alguns dos conectores citados tambm aparecem iniciando frases,
como se fossem uma espcie de ponte entre um pensamento e outro. O
conhecimento desses elementos de transio ajuda a dar maior
organicidade ao pensamento, o que faz o texto progredir mais
facilmente. Saber usar os termos de transio deve ser uma preocupao
constante de quem deseja escrever bem. Eles so muito teis ao
mudarmos de pargrafo porque estabelecem pontes seguras entre dois
blocos de idias.
Eis os mais importantes e suas respectivas funes:
1. afetividade: felizmente, queira Deus, pudera, Oxal, ainda bem
(que).
2. afirmao: com certeza, indubitavelmente, por certo,
certamente, de fato.
3. concluso: em suma, em sntese, em resumo.
4. conseqncia: assim, conseqentemente, com efeito.
5. continuidade: alm de, ainda por cima, bem como, tambm.
6. dvida: talvez, provavelmente, qui.
7. nfase: at, at mesmo, no mnimo, no mximo, s.
8. excluso: apenas, exceto, menos, salvo, s, somente, seno.
9. explicao: a saber, isto , por exemplo.
10. incluso: inclusive, tambm, mesmo, at.
11. oposio: pelo contrrio, ao contrrio de.
12. prioridade: em primeiro lugar, primeiramente, antes de tudo,
acima de tudo, inicialmente.
13. restrio: apenas, s, somente, unicamente.
14. retificao: alis, isto , ou seja.
15. tempo: antes, depois, ento, j, posteriormente.
TC "Exerccios" \f C \l "1" 01. Utilizando os recursos de coeso,
substitua os elementos repetidos quando necessrio:
a) O Brasil vive uma guerra civil diria e sem trgua. No Brasil,
que se orgulha da ndole pacfica e hospitaleira de seu povo, a
sociedade organizada ou no para esse fim promove a matana impiedosa
e fria de crianas e adolescentes. Pelo menos sete milhes de crianas
e adolescente, segundo estudos do Fundo das Naes Unidas para a
Infncia (Unicef), vivem nas ruas das cidades do Brasil.b) Todos
ficam sempre atentos quando se fala de mais um casamento de
Elizabeth Taylor. Casadoura inveterada, Elizabeth Taylor j est em
seu oitavo casamento. Agora, diferentemente das vezes anteriores, o
casamento de Elizabeth Taylor foi com um homem do povo que
Elizabeth Taylor encontrou numa clnica para tratamento de
alcolatras, onde ela estava. Com toda pompa, o casamento foi
realizado na casa do cantor Michael Jackson e a imprensa ficou
proibida da assistir ao casamento de Elizabeth Taylor com um homem
do povo.Ningum sabe se ser o ltimo casamento de Elizabeth Taylor.c)
A poesia s vezes se impe por sua prpria fora. Mesmo quem nunca leu
Carlos Drummond de Andrade sabe que ele um grande poeta. Carlos
Drummond de Andrade marcou no s a literatura brasileira, mas tambm
a vida cotidiana de muitas pessoas com suas crnicas publicadas no
Jornal de Brasil. A poesia de Carlos Drummond de Andrade tambm se
preocupou com nossa vida cotidiana.Nesses momentos a poesia de
Carlos Drummond de Andrade nos faz refletir sobre sentimentos
advindos de certos fatos que, ditos de outra forma, no nos teriam
tocado tanto.
d) O rio Mississipi, Pai de Todos os Rios, como dizem os
americanos, uma serpente caudalosa que rasga os Estados Unidos de
norte a sul. Das Montanhas Rochosas aos Montes Apalaches, o rio
Mississipi abastece-se de afluentes menos famosos em 31 dos
cinqenta Estados americanos. O rio Mississipi tem 3800 quilmetros
de extenso e irriga as terras mais frteis do planeta, na regio que
se convencionou chamar de meio-oeste. Planta-se milho, soja e trigo
com baixos custos de adubagem e excelente produtividade, e os
agricultores aceitam de bom grado as cheias peridicas do rio
Mississipi, um fenmeno que se repete desde as eras glaciais. So
elas que fertilizam o solo e tornam excepcionais as colheitas.
02. A conexo de alguns perodos abaixo est prejudicada por causa
da ausncia de preposio junto aos pronomes relativos. Assinale a
alternativa em que esse fato no ocorreu (no h problema de
conexo.)
a) Enxergo, em atitudes desse tipo, uma questo mais profunda,
que a falta de conscincia profissional. Uma sociedade que acontecem
casos assim nunca ser respeitada.
b) A escola o lugar de onde podem sair futuros cidados
conscientes com os quais se poder construir uma nao mais crtica de
si mesma.
c) O lixo domstico, que a maioria dos pases no reaproveita, um
dramtico problema. Imaginemos ento o lixo atmico o qual no h espao.
Ainda no chegou uma tecnologia adequada para manuse-lo. Outra
questo muito sria a do lixo industrial que poucos sabem lidar. So
vinte milhes de toneladas por ano de que temos de nos livrar.
d) O envolvimento de menores de ambos os sexos na prtica de
crimes uma verdade que no podemos fugir. Os poderes constitudos
deveriam parar e refletir sobre esse fato com que os jornais enchem
suas pginas diariamente. De nada adiantou o Estatuto da Criana e do
Adolescente de que muitos delinqentes adultos se valem para incitar
menores prtica de roubos e assassinatos.
e) Falta dinheiro para tudo no Brasil, mas as mordomias
continuam. A verdade que os impostos os quais o governo mantm sua
mquina emperrada so mal empregados. H notcias de que rgos pblicos
compram copos de cristal, talheres de prata, porcelanas finas,
luxos de que no querem abrir mo, mesmo sabendo das dificuldades por
que o povo passa.
03. Indique a opo que completa o fragmento de forma coesa e
coerente.
A equiparao de salrio pressupe o confronto de produtividade,
qualitativa e quantitativamente, entre o trabalhador que recebe
mais e o que recebe menos...
a) entretanto, esse confronto s ser possvel e correto caso os
empregados estejam em servio simultaneamente.
b) medida que os empregados possam estar em servio
simultaneamente nunca se deve confrontar a produtividade.c)
conseqentemente no se devem equiparar os vencimentos entre
empregados comparando a produtividade.
d) quando talvez pudessem desconsiderar as diferenas de
qualidade e quantidade de trabalho.
e) nem sempre se deve considerar o trabalho simultneo e
equivalente para fins de equiparao da produtividade salarial.
04. (AFRF-1996) Indique o conjunto de elementos
seqencializadores que, preenchendo as lacunas, na ordem dada,
confere coeso ao texto.
Em menos de trs dcadas, o Brasil foi capaz de transformar o seu
extenso contingente de mo-de-obra rural, com poucos laos de
assalariamento, em um amplo mercado de trabalho urbano. Em 1940,
cerca de 2/3 da populao residia na zona rural e 1/3 na cidade,
_______________ , em 1980, essa proporo j havia se invertido. A
concentrao industrial nas regies Sul e Sudeste favoreceu os
movimentos migratrios, ________________ a ausncia de mecanismos e
garantia de renda e a secular concentrao da posse da terra
estimularam ainda mais o xodo rural. A brutal transferncia
inter-regional de populao o trao mais evidente da violncia social
ocorrida no campo. O enorme crescimento do mercado de trabalho
urbano tornou-se um importante elemento de presso para o
rebaixamento dos salrios e para a abertura do leque salarial. A
formao de um mercado geral para trabalhadores de baixa ou nenhuma
qualificao combinada existncia de indstrias com distintos nveis de
produtividade e, _____________ capacidade diferenciada de pagamento
de salrios levaram constituio de uma ampla base de trabalhadores
mal remunerados, o que favoreceu o aumento da disparidade entre os
menores e os maiores salrios.
a) ainda que / enquanto que / portanto
b) mas / ao passo que / contudo
c) embora / portanto / todavia
d) sendo que / enquanto / portanto
e) contudo / posto que / da
05. Assinale a opo que constitui seqncia lgica e coesa para o
texto abaixo e possa aparecer como sua seqncia imediata:
A escola desempenha a funo social de reprodutora da estrutura de
classes, mas de tal modo que a discriminao dentro dela no seja
percebida como tal, mas como algo natural.
a) Assim, os padres culturais expressos no vocabulrio, nas
estruturas das frases e nas maneiras de relacionamento vigente nas
classes dominantes so aceitos, sem questionamentos, como os mais
corretos e adequados , pela escola.
b) Logo, podemos concluir que o fracasso dos estudantes oriundos
das classes trabalhadoras se deve, primordialmente, sua prpria
capacidade de origem.
c) Portanto, s o acesso dos filhos das classes operrias escola
poder ocasionar a diminuio das diferenas sociais, em nosso pas.
d) Esse o motivo a justificar a distribuio dos estudantes em
turmas, de acordo com suas classes sociais de origem.
e) Essa dissimulao da discriminao tem como objetivo, antes de
mais nada, proporcionar aos estudantes uma interao mais livre e
igualitria.
O trecho a seguir servir de referncia para as questes 06 e
07.
No modelo econmico do capitalismo (considerando aqui a concepo
clssica de capitalismo, tal como ele foi compreendido pelas teorias
marxistas), as relaes de produo implicam diviso de trabalho entre
aqueles que so donos do capital e aqueles que vendem a mo-de-obra.
Esse modo de produo a base econmica da sociedade capitalista. Na
metfora marxista do edifcio social, a base econmica chamada de
infra-estrutura, e as instncias poltico-jurdicas e ideolgicas so
denominadas superestrutura. Valendo-se dessa metfora, Althusser
levanta a necessidade de se considerar que a infra-estrutura
determina a superestrutura (materialismo histrico), ou seja, que a
base econmica que determina o funcionamento das instncias
poltico-jurdicas e ideolgicas de uma sociedade. A ideologia parte
da superestrutura do edifcio - , portanto, s pode ser concebida
como uma reproduo do modo de produo, uma vez que por ele
determinada. Ao mesmo tempo, por uma ao de retorno da
superestrutura sobre a infraestrutura, a ideologia acaba por
perpetuar a base econmica que a sustenta. Nesse sentido que se pode
reconhecer a base estruturalista da teoria de Althusser, na medida
em que a infra-estrutura determina a superestrutura e ao mesmo
tempo perpetuada por ela, como um sistema cuja circularidade faz
com que seu funcionamento recaia sobre si mesmo.(Anlise do discurso
Introduo Lingstica).
06. Assinale a opo incorreta em relao aos elementos do
texto.
a) Em ...tal como ele foi compreendido pelas teorias
marxistas... o pronome pessoal ele refere-se no texto a
capitalismo.
b) Em Na metfora marxista do edifcio social,...a expresso
metfora marxista , no texto, refere-se a modo de produo.
c) Em ... uma vez que por ele determinada...o pronome pessoal
ele ,no texto, refere-se a modo de produo.d) Em ... ideologia acaba
por perpetuar a base econmica que a sustenta... o pronome oblquo a
refere-se ideologia.e) Em ... superestrutura e ao mesmo tempo
perpetuada por ela...o pronome pessoal reto ela refere-se
superestrutura.07. Em relao ao texto, assinale a afirmao
incorreta.
a) A ausncia da preposio em , exigida pelo verbo
implicar(=acarretar) , em... as relaes de produo implicam diviso de
trabalho...fere um princpio da regncia verbal.
b) Preserva-se a correo gramatical e o sentido se for substituda
a locuo conjuntiva na medida em que em .. a base estruturalista da
teoria de Althusser, na medida em que a infra-estrutura determina a
superestrutura...por uma vez que.
c) O emprego da vrgula antecedendo a conjuno e em ... a base
econmica chamada de infra-estrutura, e as instncias
poltico-jurdicas... recomendvel.
d) O conector portanto em . A ideologia parte da superestrutura
do edifcio - , portanto, s pode ser concebida como...pode ser
substitudo por pois , sem prejuzo da coeso e coerncia textual.
e) O cltico se pode ficar em posio encltica em relao ao
infinitivo reconhecer , em Nesse sentido que se pode reconhecer a
base estruturalista da teoria de Althusser, sem prejuzo das normas
de colocao pronominal.
08. Indique a opo que completa com coerncia e coeso o trecho
abaixo.O fato concreto que, de lado a lado, no caberia ter
comemorado tanto o supervit do ano do lanamento do Real, com o qual
se costuma confrontar o resultado desfavorvel de 1995.
a)Nem tampouco entrar em pnico, agora, pelo temor de que algo
novo tenha surgido, na rea fiscal, capaz, por si s, de inviabilizar
o plano de estatizao.
b)De qualquer forma, mesmo a contragosto, os governos estaduais
e municipais sero levados a ajustar-se rapidamente.
c)Ao suspender, neste ano, o reajuste de salrios de incio de
exerccio, o governo federal parece sinalizar uma mudana de
postura.
d)O que significa que preciso se fazer um esforo especial para
aumentar a eficincia dos atuais nveis dos gastos pblicos.
e)
O problema antigo, complexo e de difcil soluo, mas isso no
significa que as despesas no possam parar de crescer nesse
setor.
09. (TRF-2001) Texto
Recentemente, revelia do Governador de Minas Gerais, que havia
vetado o projeto, foi implantado no estado um Cdigo de Defesa do
Consumidor que est sendo chamado de cdigo do sonegador - , cujos
efeitos j se fazem sentir com a paralisao de boa parte das
atividades de fiscalizao. At algumas empresas idneas j perceberam
que aquele cdigo s vai beneficiar o sonegador, favorecendo
conseqentemente a concorrncia predatria. Por isso j estudam medidas
judiciais visando a sua revogao (Folha de S.Paulo, 19/8/2000, com
adaptaes).
Assinale a opo que apresenta inferncia coerente com as idias do
texto:
a) O Governador de Minas Gerais est em posio favorvel ao projeto
do Cdigo de Defesa do Contribuinte.
b) O Cdigo de Defesa do Contribuinte, em Minas Gerais, tornou as
atividades de fiscalizao mais geis.
c) H ironia quando se chama o Cdigo de Defesa do Contribuinte de
cdigo do sonegador.
d) As empresas que sonegam impostos estudam medidas judiciais
para revogar o Cdigo de Defesa do Contribuinte.
e) As empresas idneas de Minas Gerais tm sido beneficiadas em
relao s suas concorrentes a partir do Cdigo de Defesa do
Contribuinte.
10. (MPOG) Texto
______(1)______ a globalizao tem aspectos altamente positivos,
criando pontes entre as naes, em substituio aos antigos muros que
as separavam, e permitindo ______(2)______ uma ampla divulgao e
utilizao das tecnologias mais modernas. ________(3)______ evidente
que a globalizao pode tornar-se, em determinados casos, um elemento
destruidor da cultura nacional e da escala de valores de uma
sociedade. Cabe ______(4)______ ao Estado, tendo em vista o
contexto nacional, ser um fiscal e catalisador eficiente do nvel
adequado da globalizao que interessa ao pas, abrindo a sua
economia, num mundo que no mais admite que as naes se transformem
em verdadeiras autarquias, ______(5)_______ protegendo
adequadamente os valores humanos, econmicos, intelectuais e morais
do Pas e dos cidados.
Assinale a opo incorreta em relao s lacunas do texto.
a) O texto permaneceria correto se iniciado pela expresso No h
dvida de que (1).
b) opcional o uso de tambm, entre vrgulas, em (2).
c) Como se trata de uma oposio de idias, correto o uso de
Entretanto em (3)
d) O articulador sinttico correto para (4) conquanto.e) Em (5),
para acentuar a oposio de idias, seria correto colocar todavia.11.
Examine a estrutura sinttico-semntica do perodo a seguir e marque
aquele que apresenta problema quanto coeso e coerncia com o texto
abaixo:
No h dvida de que, com o desenvolvimento, as barreiras da diviso
sexual do trabalho vo sendo derrubadas, crescendo o nmero de
mulheres que realizam o mesmo tipo de atividade que os homens.a)
Mas este fato no revoga os preconceitos seculares quanto
inferioridade da mulher, o que d lugar a forte desigualdade entre
homens e mulheres que realizam o mesmo tipo de atividade que os
homens.b)Estes vm sendo substitudos pelas mulheres nas funes de
professor, gari, datilgrafo e at de motorista e cobrador de veculos
coletivos.
c)Esta discriminao da mulher no trabalho estende-se, portanto,
alm do salrio diferenciado; verifica-se nos critrios de promoo e no
desrespeito s necessidades biolgicas.
d)Todavia, quando as mulheres no possuem qualificao
profissional, so obrigadas a ganhar a vida em empregos
domsticos.
e)No entanto, medida que elas conseguem penetrar em ocupaes
tradicionalmente masculinas, h uma tendncia baixa do salrio.
12.(MPOG 2005) Assinale a opo que no constitui continuidade
coesa, coerente e gramaticalmente correta para o texto abaixo.
A oportunidade e a ameaa encontram-se no mesmo ponto: o
imperativo de fazer da causa verde tema central, no perifrico, de
nossa estratgia de desenvolvimento. Para isso, um futuro governo
brasileiro deve comprometer-se com a promoo de todo o espectro de
biotecnologias, desde as energticas at as medicinais. Na fidelidade
a esse compromisso, deve
a) recorrer, sem dogma, tanto iniciativa privada quanto ao
empreendimento pblico, assegurando neste critrio de concorrncia
econmica, gesto profissional, autonomia decisria (com participao
das populaes diretamente atingidas) e experimentalismo
institucional e tcnico.
b)promover o que convm em todas as reas da economia depende da
multiplicao de elos diretos entre os setores mais avanados e os
mais atrasados de nossa produo e de nossa fora de trabalho, cada um
desses elos como uma fonte ao mesmo tempo de empregos novos e de
ganhos de produtividade nos empregos existentes.
c)comear a comercializar os produtos dessas iniciativas, em todo
o mundo, no sob o controle de multinacionais, mas sob nosso
controle, como resultados e recursos de um modelo de industrializao
e de desenvolvimento que interessar a muitos.
d)desenvolver a Amaznia no como parque ou como cenrio de uma
atividade agropastoril ou extrativa predatria e autodestrutiva, mas
como grande laboratrio coletivo desse experimento nacional.
e)organizar a proteo do ambiente em todo o pas, fora dos parques
nacionais, para no ficar no regime binrio: parque ou vale-tudo. E
deve transformar esse encontro do brasileiro com a natureza
brasileira em palco privilegiado do aprofundamento de nossa
democracia, mostrando como se podem conjugar percia tcnica,
realismo econmico e participao social.
(Adaptado de Roberto Mangabeira Unger, Folha de S.Paulo,
21/6/2005
ACENTUAO GRFICA TC "ACENTUAO GRFICA" \f C \l "1" O acento grfico
existe para evitar confuses e dificuldades na leitura e
entendimento de certas palavras escritas. Veja a confuso que esta
frase pode causar se a me, ao escrever este bilhete, no souber
acentuar corretamente:
Informo secretaria que meu filho no pode trazer os
documentos.
A quem os documentos devem ser entregues: secretria ou
secretaria? Ele no pode (no presente) ou no pde (no passado) trazer
os documentos?
No texto que segue, algumas palavras foram transcritas sem o
necessrio acento grfico. Identifique essas palavras e
acentue-as.
A miseria no Brasil j tem tamanho do Estado de So Paulo.
Pesquisa elaborada pelo Instituto de Pesquisa Economica Aplicada
(IPEA), da Secretaria de Planejamento da Presidencia da Republica,
estima em 31.679.095 o numero de indigentes no pais, o equivalente
populao paulista. So 9,2 milhes de familias cuja renda permite, no
maximo, a compra de uma cesta basica de alimentos por ms.
As historias desses brasileiros formam uma especie de manual de
sobrevivencia. (Folha de S.Paulo)
ACENTUAO TNICA
Slaba tnica: a slaba pronunciada com mais intensidade.
Oxtonas : so palavras cuja slaba tnica a ltima .
ali, procurar, urubus, Nobel, refm Monosslabos Tnicos:
pronunciados intensamente
Vou pr os pacotes ali.
Queremque eu d uma contribuio.
Monosslabos tonos: pronunciados fracamente
Vou seguir por ali.
Precisam de colaborao.
REGRAS GERAIS
1.Acentuao das oxtonas Acentuam-se as terminadas em:
a, as; e, es; o, os: guaran, atrs, buqu, voc, cip, retrs
em , ens : armazm, retm, tambm, vaivm, vaivns
2. Acentuao dos Monosslabos
Acentuam-se as terminadas em:
a) a , as: c, j, gs, Brs
b) e, es: p, ms, trs, vs
c) o , os : p, s, vs, ns, ps
3. Acentuao de Hiatos
* Acentuam-se o i e o u (2 vogal tnica) dos hiatos, quando
estiverem sozinhos na slaba ou seguidos de S: ba, egosmo, pas,
sada.
ATENO
ruim, cair, Raul, raiz caiu
tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH
xiita, sucuuba (espcie de rvore)- hiatos formados por vogais
idnticas- no se acentuam.
* Acentua-se a primeira vogal tnica dos hiatos o / e: crem,
enjo, abeno, revem.
MAS: compreendem, perdoou, semeeis
4. Acentuao dos ditongos
Acentuam-se os ditongos tnicos abertos u, i, i: assemblia,
hotis, constri, fogaru, chapus, fiis
5. . Acentuao dos verbos
* Nos verbos TER e VIR , coloca-se acento circunflexo na 3
pessoa do plural, do presente do indicativo: ele tem - eles tm //
ele vem - eles vm
* Nos derivados: ele mantm - eles mantm // ele provm - eles
provm
ele contm - eles contm // ele intervm - eles intervm
Nos verbos LER, DAR, CRER E VER , dobra-se o EE , na 3 pessoa do
plural, do presente do indicativo e DAR , no presente do
subjuntivo.
Ele l - eles lem
Ele cr - eles crem
Ele v - eles vem
Que ele d - que eles dem
Estrangeirismos e Latinismos
As palavras latinas e estrangeiras, quando no incorporadas ao
nosso idioma, no so acentuadas graficamente, como versus, sui
generis etc. Entretanto h forma j incorporadas, ou seja,
aportuguesadas, como libi, qurum, mdium, frum, dficit que seguem as
regras de acentuao.
ORTOGRAFIA / SIGNIFICAO DAS PALAVRAS
Na lngua portuguesa, diversos fatores dificultam a escrita
correta de certas palavras. Um desses fatores, por exemplo,
relaciona-se possibilidade de alguns fonemas admitirem diferentes
grafias .
H alguns procedimentos que podem diminuir as dificuldades
relativas ortografia
conhecer as orientaes ortogrficas;
consultar, sempre que necessrio, o dicionrio;
memorizar a grafia das palavras
A ortografia do portugus j foi bem diferente da atual, e houve
momentos em que as pessoas que escreviam gozavam de relativa
liberdade na escolha das letras. Hoje em dia, a forma escrita da
lngua regida por convenes ortogrficas, que no devem ser
desobedecidas em contextos mais formais.
Ortografia a parte da Gramtica que se ocupa da correta
representao escrita das palavras. Grafar corretamente uma palavra
significa adequar-se a um padro estabelecido por lei.
ORIENTAES ORTOGRFICAS
O objetivo deste guia expor ao leitor, de maneira objetiva, as
alteraes introduzidas na ortografia da lngua portuguesa pelo Acordo
Ortogrfico da Lngua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de
dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, So Tom e Prncipe,
Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e, posteriormente, por Timor
Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no
54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo meramente ortogrfico; portanto, restringe-se lngua
escrita, no afetando nenhum aspecto da lngua falada. Ele no elimina
todas as diferenas ortogrficas observadas nos pases que tm a lngua
portuguesa como idioma oficial, mas um passo em direo pretendida
unificao ortogrfica desses pases.
Este guia foi elaborado de acordo com a 5. edio doVocabulrio
Ortogrfico da Lngua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia
Brasileira de Letras em maro de 2009.Mudanas no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras
k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I JKL M N O P Q R ST U VWXYZ
As letras k, w e y, que na verdade no tinham desaparecido da
maioria dos dicionrios da nossa lngua, so usadas em vrias situaes.
Por exemplo:
na escrita de smbolos de unidades de medida: km (quilmetro), kg
(quilograma), W (watt);
na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados):
show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William,
kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letraupara
indicar que ela deve ser pronunciada nos gruposgue,gui,que,qui.
Como eraComo fica
agentaraguentar
argirarguir
bilngebilngue
cinqentacinquenta
delinqentedelinquente
eloqenteeloquente
ensangentadoensanguentado
eqestreequestre
freqentefrequente
lingetalingueta
lingialinguia
qinqnioquinqunio
sagisagui
seqnciasequncia
seqestrosequestro
tranqilotranquilo
Ateno:o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em
suas derivadas. Exemplos: Mller, mlleriano.
Mudanas nas regras de acentuao
1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das
palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima
slaba).
Como eraComo fica
alcalidealcaloide
alcatiaalcateia
andrideandroide
apia(verbo apoiar)apoia
apio(verbo apoiar)apoio
asterideasteroide
biaboia
celulideceluloide
clarabiaclaraboia
colmiacolmeia
CoriaCoreia
debilidedebiloide
epopiaepopeia
esticoestoico
estriaestreia
estrio (verbo estrear)estreio
geliageleia
hericoheroico
idiaideia
jibiajiboia
jiajoia
odissiaodisseia
paraniaparanoia
paranicoparanoico
platiaplateia
tramiatramoia
Ateno:essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim,
continuam a ser acentuadas as palavras oxtonas e os monosslabos
tnicos terminados emisei(s). Exemplos: papis, heri, heris, di
(verbo doer), sis etc.
2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento noie
noutnicos quando vierem depois de um ditongo.
Como eraComo fica
baicabaiuca
bocaivabocaiuva*
caulacauila**
*bacaiuva = certo tipo de palmeira**cauila = avarentoAteno: se a
palavra for oxtona e oiou ouestiverem em posio final (ou seguidos
des), o acento permanece. Exemplos: tuiui, tuiuis, Piau;
se oiou ouforem precedidos de ditongo crescente, o acento
permanece. Exemplos: guaba, Guara.
3. No se usa mais o acento das palavras terminadas
ememeo(s).
Como eraComo fica
abenoabenoo
crem (verbo crer)creem
dem (verbo dar)deem
do (verbo doar)doo
enjoenjoo
lem (verbo ler)leem
mago (verbo magoar)magoo
perdo (verbo perdoar)perdoo
povo (verbo povoar)povoo
vem (verbo ver)veem
vosvoos
zozoo
4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para,
pla(s)/pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera.
Como eraComo fica
Eleprao carro.Eleparao carro.
Ele foi aoploNorte.Ele foi aopoloNorte.
Ele gosta de jogarplo.Ele gosta de jogarpolo.
Esse gato templosbrancos.Esse gato tempelosbrancos.
Comi umapra.Comi umapera.
Ateno:- Permanece o acento diferencial em pde/pode.Pde a forma
do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3
pessoa do singular.Pode a forma do presente do indicativo, na 3
pessoa do singular.Exemplo: Ontem, ele nopdesair mais cedo, mas
hoje elepode.
- Permanece o acento diferencial em pr/por.Pr verbo.Por
preposio. Exemplo: Voupro livro na estante que foi feitapormim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos
verbosterevir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter,
conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:Eletemdois carros.
/ Elestmdois carros.Elevemde Sorocaba. / Elesvmde
Sorocaba.Elemantma palavra. / Elesmantma palavra.Eleconvmaos
estudantes. / Elesconvmaos estudantes.Eledetmo poder. / Elesdetmo
poder.Eleintervmem todas as aulas. / Elesintervmem todas as
aulas.
- facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase
mais clara. Veja este exemplo: Qual aformadafrmado bolo?
5. No se usa mais o acento agudo noutnico das formas (tu)
arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos
verbosarguireredarguir.
6. H uma variao na pronncia dos verbos terminados
emguar,quarequir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar,
enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas
pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente
do subjuntivo e tambm do imperativo. Veja:
se forem pronunciadas comaouitnicos, essas formas devem ser
acentuadas.Exemplos:verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua,
enxguam; enxgue, enxgues, enxguem.verbo delinquir: delnquo,
delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam.
se forem pronunciadas comutnico, essas formas deixam de ser
acentuadas.Exemplos (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser
pronunciada mais fortemente que as outras):verbo enxaguar: enxaguo,
enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.verbo
delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua,
delinquas, delinquam.
Ateno: no Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, aquela
comaeitnicos.
Uso do hfen com compostos
1. Usa-se o hfen nas palavras compostas que no apresentam
elementos de ligao. Exemplos: guarda-chuva, arco-ris, boa-f,
segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joo-ningum, porta-malas,
porta-bandeira, po-duro, bate-boca.
*Excees: No se usa o hfen em certas palavras que perderam a noo
de composio, comogirassol, madressilva, mandachuva, pontap,
paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hfen em compostos que tm palavras iguais ou quase
iguais, sem elementos de ligao. Exemplos: reco-reco, bl-bl-bl,
zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom,
pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega,
corre-corre.
3. No se usa o hfen em compostos que apresentam elementos de
ligao. Exemplos: p de moleque, p de vento, pai de todos, dia a dia,
fim de semana, cor de vinho, ponto e vrgula, camisa de fora, cara
de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos:
maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me
livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete
cabeas, faz de conta.
* Excees: gua-de-colnia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, p-de-meia, ao deus-dar, queima-roupa.
4. Usa-se o hfen nos compostos entre cujos elementos h o emprego
do apstrofo. Exemplos: gota-d'gua, p-d'gua.
5. Usa-se o hfen nas palavras compostas derivadas de topnimos
(nomes prprios de lugares), com ou sem elementos de ligao.
Exemplos:Belo Horizonte -belo-horizontinoPorto Alegre
-porto-alegrenseMato Grosso do Sul -mato-grossense-do-sulRio Grande
do Norte -rio-grandense-do-nortefrica do Sul -sul-africano6. Usa-se
o hfen nos compostos que designam espcies animais e botnicas (nomes
de plantas, flores, frutos, razes, sementes), tenham ou no
elementos de ligao. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada,
peixe-do-paraso, mico-leo-dourado, andorinha-da-serra,
lebre-da-patagnia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino,
peroba-do-campo, cravo-da-ndia.
Obs.: no se usa o hfen, quando os compostos que designam espcies
botnicas e zoolgicas so empregados fora de seu sentido original.
Observe a diferena de sentido entre os
pares:a)bico-de-papagaio(espcie de planta ornamental) -bico de
papagaio(deformao nas vrtebras).b)olho-de-boi(espcie de peixe)
-olho de boi(espcie de selo postal).Uso do hfen com prefixosAs
observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas
por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que
podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo,
hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais1. Usa-se o hfen diante de palavra iniciada porh.
Exemplos:anti-higinicoanti-histricomacro-histriamini-hotelproto-histriasobre-humanosuper-homemultra-humano
2. Usa-se o hfen se o prefixo terminar com a mesma letra com que
se inicia a outra palavra.
Exemplos:micro-ondasanti-inflacionriosub-bibliotecriointer-regional
3. No se usa o hfen se o prefixo terminar com letra diferente
daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:autoescolaantiareointermunicipalsupersnicosuperinteressanteagroindustrialaeroespacialsemicrculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra comear
porrous, dobram-se essas letras.
Exemplos:minissaiaantirracismoultrassomsemirreta
Casos particulares1. Com os prefixossubesob, usa-se o hfen tambm
diante de palavra iniciada porr.
Exemplos:sub-regiosub-reitorsub-regionalsob-roda
2. Com os prefixoscircumepan, usa-se o hfen diante de palavra
iniciada porm,nevogal.
Exemplos:circum-muradocircum-navegaopan-americano
3. Usa-se o hfen com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps,
pr, pr, vice.
Exemplos:alm-maralm-tmuloaqum-marex-alunoex-diretorex-hospedeiroex-prefeitoex-presidenteps-graduaopr-histriapr-vestibularpr-europeurecm-casadorecm-nascidosem-terravice-rei
4. O prefixocojunta-se com o segundo elemento, mesmo quando este
se inicia poroouh. Neste ltimo caso, corta-se oh. Se a palavra
seguinte comear comrous, dobram-se essas letras.
Exemplos:coobrigaocoediocoeducarcofundadorcoabitaocoerdeirocorrucorresponsvelcosseno
5. Com os prefixospreere, no se usa o hfen, mesmo diante de
palavras comeadas pore.
Exemplos:preexistentepreelaborarreescreverreedio
6. Na formao de palavras comab,obead, usa-se o hfen diante de
palavra comeada porb,dour.
Exemplos:ad-digitalad-renalob-rogarab-rogar
Outros casos do uso do hfen1. No se usa o hfen na formao de
palavras comnoequase. Exemplos:(acordo de)no agresso(isto um)quase
delito2. Commal*, usa-se o hfen quando a palavra seguinte comear
por vogal,houl.
Exemplos:mal-entendidomal-estarmal-humoradomal-limpo
* Quandomalsignifica doena, usa-se o hfen se no houver elemento
de ligao. Exemplo: mal-francs. Se houver elemento de ligao,
escreve-se sem o hfen. Exemplos:mal de lzaro, mal de sete dias.3.
Usa-se o hfen com sufixos de origem tupi-guarani que representam
formas adjetivas, como au, guau, mirim.
Exemplos:capim-auamor-guauanaj-mirim
4. Usa-se o hfen para ligar duas ou mais palavras que
ocasionalmente se combinam, formando no propriamente vocbulos, mas
encadeamentos vocabulares. Exemplos:ponte Rio-Niterieixo Rio-So
Paulo
5. Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma
palavra ou combinao de palavras coincidir com o hfen, ele deve ser
repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta--se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex--alunos.1. A Letra X e o Dgrafo
CH
Usa-se a letra X
aps um ditongo: caixa , trouxa , paixo. Exceo : recauchutar e
seus derivados
aps o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca, enxurrada,
enxugar
Exceo: encher e seus derivados ; palavras iniciadas por ch que
recebem en-: encharcar (de charco)
aps o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico. Exceo :
mecha
nas palavras de origem indgena ou africana e nas palavras
inglesas aportuguesadas: xavante, xingar, xerife, xampu, xar.
2. As Letras G e J
Usa-se a letra G
nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem: barragem,
contagem, fuligem, ferrugem, vertigem . Excees: pajem,
lambujem.
nas palavras terminadas em -gio, -gio, -gio, -gio, -gio:
contgio, colgio, prestgio, relgio, refugio
Usa-se a letra J
nas formas dos verbos ter