3 o EEMED-1996 ENCONTRO ESPÍRITA DE MEDIUNIDADE 3º Encontro Espírita Sobre a Mediunidade Tema Central: A Influência Moral dos Médiuns “Todo homem pode tornar–se médium mas, a questão, não é ser médium, é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.” (Kardec em R. E., 1863, pág. 213) Centro Espírita Léon Denis
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Apostila do 3º Encontro Espírita sobre Mediunidade - Tema
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3o E E M E D - 1 9 9 6 ENCONTRO ESPÍRITA DE MEDIUNIDADE
Influência do Médium sobre o Espírito ............................................................................................. 5
Muito se pedirá àquele que muito recebeu ........................................................................................ 6
Exposições de Altivo Pamphiro – Exposição de 29.08.95 ................................................................. 7 Tema Central: A Influência Moral do Médium ..............................................................................................7
Perguntas relativas à exposição do dia 29.08.95 ............................................................................. 11
Roteiros evangélicos para o servidor da Seara de Jesus ................................................................. 28
Aula de 19.09.95 ................................................................................................................................ 33 Correlações entre Pensamento, Oração e Mediunidade..............................................................................33
Perguntas sobre a exposição de 19.09.95 ....................................................................................................40
Aula do dia 03.10.95 ......................................................................................................................... 44 A Atração de Espíritos na Mediunidade.......................................................................................................44
Resumo das respostas às perguntas da exposição de 03.10.95........................................................ 52
Mensagem para o dia do 3o. Encontro de Mediunidade ................................................................. 53
Mensagem para o 3o. Encontro Espírita sobre a Mediunidade ...................................................... 55
1a. Vibração em 05 de junho de 1996 ............................................................................................... 56
3a Vibração em 19 de junho de 1996 ................................................................................................ 57
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Espelho Mental
“6. O espírito que se comunica por um médium transmite diretamente seu
pensamento, ou esse pensamento tem por intermediário o espírito encarnado do médium?
É o espírito do médium que o interpreta, porque está ligado ao corpo que serve
para falar, e é preciso um laço entre vós e os espíritos estranhos que se comunicam, como
é necessário um fio elétrico para transmitir uma notícia ao longe, e no fim do fio uma
pessoa inteligente a recebe e a transmite”. (L.M – Cap. XIX, Segunda Parte, item 223)
Os Espíritos foram claros ao dizer que o espírito do médium é o intérprete de seus
pensamentos.
Sendo intérprete dos pensamentos dos espíritos comunicantes, é natural que a mensagem
transmitida contenha algo do médium, assim como o espelho que reflete uma imagem o faça de
acordo com as suas possibilidades.
Um espelho embaçado ou partido evidentemente refletirá imagem com tais distorções,
embora o objeto refletido se mantenha íntegro.
O espelho mental do médium, portanto, é de fundamental importância no processo das
comunicações intelectuais.
Semelhante às águas de um lago, o médium necessita zelar pela sua serenidade mental, para
que a mensagem dos espíritos se reflita com a fidelidade possível.
É importante que o medianeiro, principalmente nas horas que antecedem uma reunião
mediúnica, se preserve de abalos emocionais, de conversas desgastantes, de leituras exaustivas, de
programas televisivos ou radiofônicos.
O ideal seria que o médium, preparando–s e para uma tarefa, pudesse ouvir alguma música
suave, de preferência orquestrada.
É lógico que a preparação maior do médium deve acontecer no dia– a– dia; mas, como sobre
a Terra ninguém consegue fugir às lutas, poucas horas em que ele consiga se isolar dos problemas
serão de grande valia para que os espíritos não encontrem tantos obstáculos mentais ...
Compararíamos, ainda, a mente do médium a uma janela do tipo veneziana. Não raro, os
nossos pensamentos conseguem alcançá–lo somente através de algumas poucas frestas... E devemos
nos contentar com essa reduzida possibilidade, como igualmente o médium.
Muitos medianeiros manifestam a sua contrariedade por não lograrem resultados mais
positivos com as suas faculdades; ora, se eles não nos oferecem melhores condições de trabalho,
com que direito esperariam mais de nossa parte?! ...
Diremos mesmo, sem qualquer preocupação com a modéstia, que nós, os desencarnados, até
temos feito muito, em face das condições de trabalho que nos são oferecidos.
Às vezes, para conseguirmos escrever algumas linhas por dia através de um médium
psicógrafo, precisamos postar– nos junto a ele quase que dia inteiro, à espera que encontre tempo
para nós e nos ofereça sintonia.
Os confrades espíritas reclamam da pequena produção de romances mediúnicos, mas onde
estarão os médiuns que, além de predisposição natural para Literatura, tenham paciência suficiente
para recebê–los?! ...
Para muitos espíritos, tem sido desanimadora a tarefa de tutelar um médium.
Além destes obstáculos apontados por nós, existem aqueles outros que se encarregam de
criar os espíritos interessados em conturbar o intercâmbio positivo entre os dois mundos.
A facilidade com que os médiuns refletem os pensamentos dos espíritos infelizes é
impressionante! Acontece, inclusive, que pelas “frestas da veneziana” a que nos referimos o
médium, oscilando na sintonia, capte, ao mesmo tempo, idéias que lhe são sugeridas pelos espíritos
amigos e idéias que lhe vêm dos espíritos perturbadores. Por isto, numa mensagem podemos
encontrar um pensamento de grande conteúdo filosófico e outro constituído de banalidades.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Para entendermos melhor o fenômeno a que acabamos de nos referir, recorramos à imagem
do rádio em que uma emissora vê–se “invadida” por outra em sua própria freqüência ...
A freqüência mental em que o médium procura manter–se em sintonia, estável em suas
emoções, tem significado fundamental na mediunidade.
Como percebemos, o assunto é complexo, mas não devemos nos entregar ao desalento.
A mente vige na base de tudo, e, se queremos êxito em nossos empreendimentos, busquemos
o equilíbrio.
Só de os médiuns tomarem consciência do que expomos será de grande proveito, porque,
assim, poderão manter–se vigilantes e aprender a “selecionar” as idéias que captam.
Creiam que nós, espíritos comunicantes, também estamos sujeitos a essas oscilações mentais
e não é igualmente sem grande esforço que conseguimos sustentar a sintonia na transmissão que
desejamos.
Livro: SOMOS TODOS MÉDIUNS
Carlos A. Bacelli/ Odilon Fernandes
1a. Edição 1993
Capítulo 18 – Espelho Mental, pg. 77
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Influência do Médium sobre o Espírito
(Médium, Sra. SCHMIDT)
Só os Espíritos superiores podem comunicar–se indistintamente por todos os médiuns e
manter com todos a mesma linguagem. Mas eu não sou um Espírito superior, e, por isso, às vezes
sou um pouco material. Contudo, sou mais adiantado do que pensais.
Quando nos comunicamos por um médium, a emanação de sua natureza se reflete mais ou
menos sobre nós. Por exemplo, se o médium é dessas naturezas em que predomina o coração,
desses seres mais adiantados, capazes de sofrer por seus irmãos; enfim, dessas almas devotadas,
grandes que a infelicidade tornou fortes e que ficaram puras no meio da tormenta, então o reflexo
faz bem, no sentido de nos corrigirmos espontaneamente e nossa linguagem se ressentir. Mas no
caso contrário, se nos comunicamos por um médium de outra natureza, menos elevada, pura e
simplesmente nos servimos de sua faculdade como de um instrumento. É então que nos tornamos o
que chamas de um pouco material. Dizemos coisas espirituais, se quiseres, mas pomos de lado o
coração.
Pergunta – Os médiuns instruídos, de espírito culto, são mais aptos a receber comunicações
elevadas que os não instruídos?
Resposta – Não; repito. Só a essência da alma se reflete sobre os Espíritos; mas os Espíritos
superiores são os únicos invulneráveis.
ALFREDO DE MUSSET
(Revista Espírita de l860, pg. 200)
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Muito se pedirá àquele que muito recebeu
10. O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele
queira o amo, será rudemente castigado. – Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas
dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá a quem muito se houver dado e maiores contas serão
tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado. (S. LUCAS, cap. XII, vv. 47 a 48.)
11. Vim a este mundo para exercer um juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem
cegos.
– Alguns fariseus que estavam com ele, ouvindo essas palavras, lhe perguntaram: Também nós, então,
somos cegos?
– Respondeu–lhe Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas, agora, dizeis que vedes e é por isso
que em vós permanece o vosso pecado.
(S. JOÃO, cap. IX, vv. 39 a 41)
12. Principalmente no ensino dos Espíritos é que estas máximas se aplicam. Quem quer que
conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, é certamente culpado; contudo, além de o
Evangelho, que os contém, achar–se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro
destas quantos há que não o lêem, e, entre os que o lêem, quantos os que não o compreendem!
Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a maioria dos homens.
O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo–
as e comentando– as, para pô–las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito;
todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem receber, pois que os
Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio
de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com
a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para
melhorar–se , que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração,
que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado
aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de
conhecer a verdade.
Os médiuns que obtém boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal,
porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho,
reconheceriam que a ele é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições
que escrevem, ou que lêem escritas por outros, tem por única preocupação aplicá–las aos demais,
confirmando assim estas palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não
vedes a trave que está no vosso.” (Cap. X, no. 9.)
Por esta sentença: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecados”, quis Jesus significar que a
culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão
de ser, e eram, com efeito, os mais esclarecidos da sua nação, mais culposos se mostravam aos
olhos de Deus, do que o povo ignorante. O mesmo se dá hoje.
Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que
houverem aproveitado, muito será dado.
O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos
que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.
O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará
também o número dos escolhidos.
(E.S.E – Cap. XVII – Muitos os chamados. Muito se pedirá àquele que muito recebeu – itens 10, 11 e 12 –
Allan Kardec – Ed. FEB)
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Exposições de Altivo Pamphiro – Exposição de 29.08.95
Tema Central: A Influência Moral do Médium
“Quando se fala em INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM (distinguem–se ) dois aspectos
principais:
1o — A moral propriamente dita, que é aquela vibração que você (possui), que atrai os Bons
Espíritos (para junto do médium). (Isto é) a INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM atraindo os
Bons Espíritos para junto (dele).
2o — A INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM (exercendo) uma ação saneadora no seu
próprio organismo, de modo que, moralizado, (tenha) um organismo sadio e “puro” para que os
Espíritos Benfeitores (se aproximem) do médium sem se “sentir mal”, ao aproximar–se dele.
Resumindo: Há então dois aspectos a observar no tema da INFLUÊNCIA MORAL: a moral
atraindo Bons Espíritos e a moral tornando nosso organismo bastante equilibrado a ponto de um
Espírito Benfeitor (aproximar–se ) de nós e não sentir (qualquer) mal estar.
3o — O terceiro aspecto da INFLUÊNCIA MORAL (diz respeito) ao poder de irradiação.
Quanto mais o médium for moralizado, tanto mais elevação ele terá. Quanto mais elevado ele for
tanto maior será o seu poder de irradiação.
Então a moralização precede a capacidade de irradiação que um médium possa ter:
irradiação do ponto de vista de vibração superior.
Observemos a seqüência: eu me moralizo, eu me torno um homem de bem, por isso eu vou
me elevando espiritualmente. Me elevando espiritualmente eu vou sendo capaz de irradiar mais
ainda, ter uma potência mediúnica maior; ter uma maior penetração fluídica, até mesmo, a
penetração fluídica nos doentes. Maior será meu poder de radiação, em função da minha elevação e,
a minha elevação é função da minha moralidade.
Por isso eu posso influir decisivamente sobre os outros.
MORALIDADE ELEVAÇÃO PODER DE RADIAÇÃO
Quanto ao aspecto de FENÔMENO não nos esqueçamos da informação de Allan Kardec e
que Emmanuel, no livro Seara dos Médiuns, também fala de maneira muito concludente. Emmanuel
faz distinção entre o fenômeno mediúnico propriamente dito praticado com a intenção de despertar
uma criatura e fenômeno mediúnico (aí já dito por Kardec) com o sentido de tornar uma criatura
mais elevada. Emmanuel diz assim: “Para despertar uma pedra (é preciso usar) dinamite; para
despertar um pássaro basta o leve sol da manhã.”
Em O L. M. (Livro dos Médiuns) Kardec diz que a mediunidade de efeitos físicos, quando
praticada por Espíritos superiores tem assim uma outra conotação. São fenômenos de elevação,
fenômenos mais delicados; (enquanto que) os Espíritos inferiores provocam fenômenos menos
delicados, mais grosseiros, fenômenos que, até mesmo, possam agredir a sensibilidade da gente.
Por exemplo: queima de roupas. Há Espíritos inferiores que nos fenômenos de efeito físico
eles queimam as roupas. (outro exemplo) Atirar pedras para despertar a atenção das pessoas. Que
tipo de Espírito é esse? Com toda a certeza um Espírito sem grande potencial moral, sem grande
elevação, portanto, sem grande amor.
Kardec continua: “Já os Espíritos superiores produzem fenômenos mais delicados como por
exemplo, o perfume. O perfume é uma forma de delicadeza. A transformação de uma coisa delicada
para a criatura provando que um Espírito Superior moralmente, um Espírito Elevado, um Espírito
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Bondoso NUNCA iria chamar a sua atenção através de um ato tão grosseiro. O Espírito superior
teria a delicadeza de chamar a sua atenção por um gesto menos grosseiro.
A I.M.M. ((Influência Moral do Médium) se vê aí, nessa hora, porque geralmente os
médiuns dessa categoria de fenômeno são médiuns inferiores ou médiuns devedores diante da Lei.
Há casos em que os médiuns são convocados ao trabalho por intermédio de um espírito
bastante grosseiro que o derruba, que o faz sofrer, que o faz passar mal. Com isso o médium procura
uma Casa Espírita com o objetivo de se livrar do problema. Com o tempo ele vem a saber que
aquele problema é um problema mediúnico e ele até passa a ser Espírita, a se renovar, a trabalhar.
Então diríamos: que categoria de Espírito foi essa, que fez esse tipo de fenômeno tão
grosseiro assim? Poderíamos até dizer que foi um Espírito bom (que fez aquilo com boa finalidade)
mas não um Espírito superior. Porque é assim como uma pessoa que para chamar atenção gritasse
ou, para chamar alguém desse um berro que fosse ouvido daqui ... um grito estentórico. E aquele
outro que para chamar alguém pedisse: “Fulano, vai chamar Beltrano.” Esse demonstraria uma certa
dose de educação. Ele não precisaria gritar tanto porque ele demonstraria um pouco de falta de
delicadeza.
Então a moral do médium é testada e analisada em todos esses momentos: nos momentos de
atração dos Espíritos, nos momentos em que os Espíritos comparecem fazendo exercícios
mediúnicos grosseiros ou exercícios mediúnicos suaves.
E o médium por sua vez saberá que tal Espírito que se apresenta para ele, tal será a sua
natureza (do médium). O médium que se vê a braços com Espíritos dessa categoria dirá assim: “Ou
eu sou muito inferior ou então eu sou tão insensível que foi preciso um Espírito inferior que
atingisse o meu físico antes de atingir o meu senso moral, ou senso de observação. Eu tive que ser
atraído por um aspecto inteiramente físico ao invés de ser atraído por um aspecto moral”.
É uma análise que a própria criatura faz de si mesma. Então se ela faz essa análise, ela vai
dizer assim: “Gente, eu tenho que me encaminhar com maior determinação na direção do Bem para
que eu fuja desse assédio ou dessa companhia espiritual”.
A moral do médium portanto nessa fase inicial da mediunidade é vista nesta hora. Você pode
sentir isso.
À medida que o médium vai progredindo no seu trabalho ele por sua vez também vai
observando que categoria de Espíritos está se apresentando através dele. Se são Espíritos bons, se
são Espíritos Superiores, se são trabalhadores ou se são perseguidores. Nós temos de fazer a
distinção.
Você começa o seu trabalho (mediúnico). Vê, desde o início, Espíritos Superiores. Você dirá
assim: “Será que foi a minha moral que atraiu estes Espíritos ou será que eu estou tendo uma
oportunidade para não me desviar?” É um questionamento. Às vezes a gente pode ser tolo o
bastante para se achar superior.
Mas, às vezes, aquilo é só uma forma de apoio para a gente não se desvirtuar. É apoio. Puro
apoio.
Por outro lado você tem um Espírito claramente, notoriamente inferior ao seu lado, mesmo
no desenvolvimento mediúnico. Então você dirá assim: “Gente, eu ainda não consegui me livrar
desse tipo de Espírito. Devo estar precisando trabalhar mais ainda. Devo precisar de uma cota maior
de doação.” É outra análise.
(Tudo) isso já no exercício da mediunidade. Já estamos passando para a fase do médium em
pleno exercício.
Se o médium sente continuamente a presença do Espírito inferior ou sente que não consegue se
livrar da presença daquele Espírito ele diz assim: “Ou a minha moral ainda não está elevada ou
então eu ainda preciso desse tipo de companhia”. Para chamar atenção sobre o que? Sobre a minha
vigilância? Sobre a necessidade de ser humilde? Sobre a necessidade de ser coerente com o Bem?
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Há uma indagação a ser feita e deve partir não do fenômeno em si e sim da presença dos
Espíritos. Porque aí a gente sente aonde está a nossa moralização.
Então o médium à medida que vai avançando no seu exercício, na sua prática mediúnica,
deve ver se já houve uma mudança vibracional em torno dele e, se já houve uma mudança de
presença espiritual, junto a ele. Se o seu “guia” está melhorando ou não. É uma avaliação que a
gente procura fazer.
Há uma outra fase. Isso se passa já com o tempo. Não se passa com 1 – 2 anos, não. É o
exercício para onde nos conduz a nossa mediunidade.
Há médiuns que passam um bom período de tempo num determinado gênero de
mediunidade e não conseguem sair daquele gênero de atividade.
Por exemplo: Você começa a dar passe e não consegue sair do serviço de passe. Aí você diz
assim: “Será que isso é uma tarefa minha? Ou será que é falta de progresso do meu Espírito?”
Isso se fala em MEDIUNIDADE, tá? Quem não é MÉDIUM não tem muito mais o que
fazer: é palestra, é dar passe e olhe lá. Eu estou falando em MÉDIUM, hein!...
Aí a gente diz assim: “Gente, não é possível! Fulano começou a dar passes há 30 anos atrás.
30 anos depois ele não fez nada além do passe. Só continua no passe (em termos de TAREFA
MEDIÚNICA).
Se ele tem MEDIUNIDADE e continua só na tarefa do passe é legítimo perguntar: “Porque?
Porque isso?” Será que é um compromisso ou será que a pessoa não se corrigiu, não se modificou
em nada ...
Quando você tem um compromisso você não consegue ter outro gênero de sensibilidade.
Sua mediunidade não lhe arrasta para gênero de ..... atividade nenhuma. É como se a mediunidade
fosse apenas encaminhada para aquele gênero de tarefa. Uma vez o Dr. Hermann escrevendo para
uma pessoa disse assim: “ – Minha filha (era uma senhora) você dê passes a sua vida inteira. Você
vai desencarnar dando passes. Não faça outro gênero de atividade mediúnica. Seu compromisso é
só com o passe. Não faça mais nada. Só passe”.
E eu fiquei me perguntando: – “Que tipo de compromisso essa pessoa teria que a
Espiritualidade “tenha decretado” que ela só poderia fazer ou utilizar a mediunidade de passes? Que
tipo de compromisso seria esse?”. – “Não sei”. Mas era uma espécie de “decretação”: – “Você
não faça mais nada na sua vida a não ser dar passes”.
Então aí já é um compromisso. Você não cresce é porque pura e simplesmente não há outro
serviço a fazer.
Mas as vezes o espírito indica assim para você: “Você é médium de passes, você é médium
de desobsessão, você é médium da palavra” e, a pessoa passa uma temporada e não entrou em outra
faixa de serviço. Porque ela não quis ou por que ela não foi atraída moralmente, ou não sentiu
atraída para aquele gênero de atividades.
Se ela não se sentiu atraída por aqueles gêneros de mediunidades nós temos que verificar se
aquilo é um falta de atração mesmo ou se ela mesma, a criatura, se sente perfeitamente incompatível
com aquele gênero de atividade.
Esse é o aspecto MORAL. Porque a moral não é só de um ponto de vista. Moral é de um
ponto de vista amplo.
Você diz que não trabalha porque não tem moral. A gente interpreta: “Não sou elevado o
bastante.” Mas às vezes há uma conceituação. – “Não sou elevado o bastante para o trabalho.” Há
pessoas que tem medo de determinados trabalhos: – “Desobsessão, não! Isso eu não faço!”
Porque? – “Porque não!” A gente sente que a pessoa tem medo de enfrentar a Espíritos obsessores,
a Espíritos sofredores. – “Faço qualquer serviço, menos desobsessão. Tenho medo desse trabalho.”
É um aspecto moral isso também!
E, finalmente há um aspecto da moral que atrai os Bons Espíritos que é a moral calcada no
desejo de servir. O seu sentimento é de servir. É um sentimento moral, totalmente moral esse desejo
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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de servir. – “Vou fazer todo bem que estiver ao meu alcance.” é meu desejo de servir. Há uma
espécie de candidatura prévia ao serviço do bem, E os Espíritos se sentem atraídos por nós quando
declaramos que desejamos servir.
Ou então eles sentem que nós não somos pessoas assim que tem o sentimento de servir. –
“Ah! Fulano de Tal é muito bom médium. Infelizmente não posso contar com ele.”– “Porque?” –
“Ele não tem nenhum desejo de servir. Falta a ele sentimento enobrecido. Ele vai ficar à mercê das
forças exteriores até que resolva adquirir o desejo ou valorize o desejo de servir.”
Então nesta hora nós podemos ver que a moral tem a ver muito com o homem. Porque só
tem desejo de servir quem tem sentimento no coração, entre outras coisas. Há humildade mas há o
sentimento de amor que nos diz assim: “Posso e devo fazer alguma coisa. Vou fazer.” É o desejo de
servir. Os Guias Espirituais observam a todos nós e vêem se nós estamos realmente com esse
sentimento no coração.
Quando nós vamos sentindo que esse sentimento está crescendo na nossa almas nós vamos
dizendo o que? Nós vamos sentindo sem que a gente perceba, uma obrigatoriedade de melhorar. É
uma obrigação. – “Eu vou adquirindo a obrigação de melhorar.” “Eu sei que eu tenho de
melhorar.” “O que é que eu vou dizer diante dos Espíritos que se servem de mim, se eu não
melhoro?”
E há ocasiões em que as pessoas por causa desse desejo moral de melhorarem para trabalhar,
até evitam certas práticas no dia de seu trabalho mediúnico: alimentação, certas companhias, certas
brincadeiras, certos assuntos. Porque intimamente elas procuram se preservar para os seus Guias
Espirituais. É como se fosse um compromisso da gente para com o Espírito. É como se a pessoa
dissesse assim: – “Gente, eu não posso me apresentar desse modo para o meu Guia.” É um
compromisso moral. É um compromisso isso.
Quando o médium tem esse sentimento no coração ele adianta muito os seus passos porque
ele já está, antecipadamente, se colocando em condições íntimas de convivência com aquele
Benfeitor Espiritual. A gente sabe que aquele Benfeitor não tem certas necessidades, certas atitudes,
não convive mais com certos problemas. Então a gente se preserva para ele.
Esta cautela vocês observam que está inteiramente no campo moral.
— “Vou para o trabalho mediúnico. Mas não tem nada demais eu assistir isso ou aquilo ...”
Não! Tem sim! A minha mente vai ficar cheia daquelas imagens e eu não posso fazer isso. Até o
cuidado em andar em certos lugares!... Porque nós não sabemos o que nós vamos observar. Porque
o cuidado moral da gente vai até esse ponto.
Apresentando nosso organismo para os Guias para que eles possam encontrar em nós
perfeitos trabalhadores do Bem, amparados na própria renovação, sustentados pelo próprio
sentimento de crescimento espiritual e portanto com o sentimento moral mais elevado.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
11
Perguntas relativas à exposição do dia 29.08.95
P – 01 (A respeito do medo, por parte do médium, de enfrentar certas tarefas mediúnicas).
R – 01 Porque você tem medo de enfrentar aquele gênero de atividades.
P – 02 ....
R – 02 Você tem medo de enfrentar aquele tipo de Espírito, aquele tipo de serviço, aquele tipo de
convivência. Problema moral.
Não é problema físico não, entendeu?
Porque nós temos o medo físico. Mas, na obsessão, você não tem o medo físico, você tem o
medo moral, mesmo. Você, por exemplo, não vai se meter num ambiente de bandidos. Porque
aquilo é um medo físico que você tem. É um medo físico. Você não tem nem medo moral porque
você é capaz até de enfrenta–los, no papo. Mas o medo físico você teria porque ninguém vai se
meter num covil.
Mas na obsessão você tem o medo moral.
– “Gente, o que será que esses camaradas vão fazer comigo depois?”
– “Que conseqüências poderão advir da minha convivência com esses Espíritos?”
– “Espírito perverso! Será que ele vai atrás de mim, vai me perseguir depois?”
É o medo moral!
– “Será que ele vai depois olhar minha vida pessoal e ele vai descobrir isso ou aquilo?”
– “Como é que eu fico?”
É o medo moral!
Então há pessoas que tem medo de enfrentar a desobsessão. Não é pelo trabalho em si não.
(Você pode não ter isso e portanto você não conhece esse medo, mas conheço muita gente que tem
esse medo).
P – 03 .....
R – 03 Mas há esse medo moral.
P – 04 ....
R – 04 A nossa natureza íntima.
P – 05
R – 05 Com pessoas com as quais a gente vai ter que conversar e ela bota o dedo no nosso nariz: –
“Escuta, quem é você?”.
P – 06 ....
R – 06 Com os médiuns em geral.
P – 07...
R – 07 Está ligado às pessoas que vão movimentar suas forças mediúnicas e não ao Guia.
P – 08
R – 08 É.
P – 09 ...
R – 09 Não nos esqueçamos que o Benfeitor é aquele que nos acompanha de mais perto, que pode
ser chamado de Guia.
Mas nós temos os controladores da nossa mediunidade. Esses conduzem a nossa força
mediúnica. Esses necessariamente não precisam ser elevados. Agora quem conduz todo o processo,
esse há de ser elevado para saber o que está fazendo contigo e para saber aonde te leva.
P – 10 ...
R – 10 Outros núcleos.
P – 11
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
12
R – 11 Hum, hum..
P – 12 ...
R – 12 É moralmente também.
P – 13 ...
R – 13 É do controlador?
P – 14 ...
R – 14 O Guia não se liga diretamente ao médium. A não ser quando o médium esteja na altura
dele.
Você não considere isso nem como um sinal de inferioridade. Considere isso como um sinal
de caminhada. (É como se você estivesse no 1o. ano de um curso. Você vai encontrar o instrutor,
que até pode saber muito, mas que vai ter que falar ao nível do seu conhecimento. E já aquele que
está no último ano do curso, teoricamente, ele já vai falar com (o instrutor) como um igual.
No 1o ano o instrutor vai tratar você com uma certa distância, como quem diz: – “Você
chegou agora. Não sabe muita coisa”.
Mas já no último ano (você será tratado) quase como um igual. Você é quase igual ao
instrutor.)
Então num dado momento os Benfeitores deixam você aprendendo: aprendendo a
mediunidade, aprendendo a conviver com o fluído, aprendendo a conviver com o Mundo Invisível.
Ele (coloca) você junto a um Espírito que está assim te ensinando as primeira letras. Ou vai falar
com você como se você estivesse aprendendo as primeiras letras.
P – 15 ...
R– 15 Mesmo na mediunidade conturbada. Só que aí, na mediunidade conturbada é um Espírito
um pouco pior.
P – 16 ...
R – 16 Espírito pior.
P – 17 ...
R – 17 Estariam amaciando o instrumento, tornando o instrumento mais dúctil.
P – 18 ...
R – 18 É como um carro novo.
P – 19 ...
R – 19 É.
P – 20 ...
R – 20 É preparando a sua própria sensibilidade.
Você presta atenção numa coisa: você renasce.
No momento de seu renascimento você está começando a crescer, se preparar para a vida.
No se preparar para a vida você também esta melhorando a sua sensibilidade.
O corpo de um garoto novo é um corpo mais sadio mas sem muita sensibilidade. Até pelo
fato de comer em quantidades enormíssimas. Parece que o organismo ainda está com seu
metabolismo desajeitado. Depois de um certo tempo você vai sentido menos necessidades
orgânicas. Parece que a sua vida mental se acentua. É natural que as necessidades vão sendo
trocadas. Você já chegou a um nível diferenciado de vida.
Isso todo mundo conhece.
Imagine agora o corpo perispiritual.
Num primeiro momento (ele) renasceu para sustentar a massa física. A partir do momento
que a massa física se acomodou ele como “diz” assim: – “Não preciso ficar tão preso a essa massa
física”. “Já eu posso começar a voltar a minha origem que é a origem plena do Espírito.” “Já posso
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
13
começar a “esquecer” essa pressão enorme (do) organismo ao qual estou preso.” “Já posso começar
a pensar em termos já da sensibilidade que eu tenho.”
Aí chega o Espírito. Você é médium. Chega o Espírito e diz assim para você:
– “Está na hora de trabalharmos juntos.”
O que é trabalhar juntos?
– “Fazer este retorno à Espiritualidade acompanhado. Agora você vai ter um
acompanhamento, o meu acompanhamento.”
É o seu guia que está falando isso. Guia é o Espírito que está junto dele (do médium).
– “Você terá meu próprio acompanhamento”.
Ele vai dizer assim para você:
– “Olhe, você está percebendo o que que é o Mundo Invisível?”
– “Não, estou percebendo uma forma de sensibilização em torno de mim.”
Aí ele lhe retira do corpo, se seu organismo ... (Isso tudo partindo do princípio que você é
médium para isso...)
– “Olhe só como é o Mundo Invisível.” (Aí ele tira você do corpo).
O seu perispírito por enquanto está muito apegado à matéria. Você esqueceu “o Mundo
Espiritual”. Aí quando ele tira você do corpo ele mostra a você o seu mundo de origem. Aí você se
encanta!
– “Deus do Céu!” Mas é tudo isso?”
A gente se encanta porque o perispírito ainda está muito preso ao corpo. Mas em realidade é
aquele mundo de onde você veio. É aquele mundo de onde você veio.
Aí você diz:
– Deus! É tudo isso?”
– “É, é tudo isso.”
É o mundo de onde você veio.
Ou então (o Espírito) “pega você” e diz assim:
– “Presta atenção numa outra forma de inteligência além da sua.”
Aí ele atua sobre a sua mente. Dois choques de personalidades: a sua personalidade e
personalidade dele. Ele “entra” no seu mecanismo mental. Você sente aquele choque. A sua força
contra a força dele. Ele terá que ser mais forte para poder te dominar ...............você.
Naquele momento você dirá:
– “Gente, tem alguém que pensa de modo diferente do que eu penso.”
Aí você diz assim:
– “Como é que eu tive essa percepção quando o guia estava junto de mim?
E como é que eu não percebi isso antes? Tão claro agora.”
Mas foi o convívio das inteligências: a dele, superior a sua. No fundo aquele Guia está , sem
palavras, dizendo a você:
– “Olha, este é o teu mundo, só que você está aí nessa carne.”
O que é que os Espíritos dizem a todos os médiuns de trabalho?
– “Persevera, luta. Um dia tudo isto passa.” (Principalmente quando o médium esta em
prova ...)
– “Tudo isso passa. Um dia você volta para um mundo melhor.”
A gente até exclama:
– “Poxa”, mas esta volta está demorada ...
Mas porque? Porque além da prova em si, existe uma coisa que o médium ignora que é o
processo de moralização para a convivência com esses Espíritos.
– “Olha, se você não for igual a mim você não vai conviver com esse Plano.”
Como (se fosse) em qualquer profissão. O “camarada” dissesse:
– “Você vai ter que estudar tudo isso senão você não vai poder sentar ali no banco que eu
sento, na cadeira que ocupo.”
Então você diz:
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
14
– “Tá”, então “tá bom”.
Você vai começar a estudar, a estudar, a estudar ... No fundo você está vendo aonde é que
você vai chegar, porque é como se você visse o Guia ou visse o seu mundo. Mas só que você tem
que chegar lá.
Então quando um Espírito faz assim com a gente, ele coloca a mão dele e diz assim:
– “O mundo é esse, a mensagem é essa.”
Ele está dizendo a você:
– “Você veio dessa região e você tem que reaprender.
P – 21 ...
R – 21 No corpo.
Aí o médium diz assim para o Guia:
– “Como é que pode o Guia exigir isso de mim? Eu não tenho capacidade (para isso!)”.
A gente olha para o Guia. Vê que o Guia pode, tem condição, é um bom Guia. Vê a altura
espiritual dele, vê que ele pode.
– “Você deixa de ser preguiçoso. Vai atrás da conquista, que você (consegue).”
Pode. Porque se ele está mostrando isso a você é porque você é desse local. Por qualquer
razão você perdeu ele. Não vamos nem discutir se veio em missão, ou se perdeu porque fez
bobagem, isso não entra na nossa discussão. Por qualquer razão você perdeu esse local. Então trata
de trabalhar para ver se você volta para ele quando desencarnar. Por qualquer razão você foi
exilado. Para voltar vai ter que dar muito sacrifício. Muita cota de sacrifício.
Por isso que o médium sempre terá que trabalhar. A função dele é essa porque ele está
sempre no débito.
P – 22 ...
R – 22 Mas às vezes essa lembrança da gente é para reavivar a nossa memória espiritual.
P – 23 ...
R – 23 É.
P – 24 ...
R – 24 Aí você vê quanto tem que se esforçar moralmente para voltar para aquele mundo de luz. É
isso que nós temos entender como MORAL. Não é só moral de comportamento. “Bonzinho”, não
fazer nada de errado, não. É moral também no processo de aprendizado, de crescimento.
Tem muita gente que confunde. Pensa que moral é só o comportamento, se isola.
Não se esqueçam daquela história de Humberto de Campos, a respeito do cavalo branco.
“Havia um homem santo (Ele disse que queria ser santo).. Então a primeira coisa que ele
fez foi não se alimentar de carne. Ele só ia comer vegetais. Ia ter a comida mais pura possível.
Como passo seguinte para a sua moralização ele resolveu só andar de branco. A imagem da
pureza. Só vestir branco.
A fase seguinte foi o isolamento do mundo. Foi para o campo, no meio do mato. Tudo puro.
Ambiente puro.
Ao morrer pensou que fosse ser recebido com fanfarras, do outro lado. Não apareceu
ninguém para saudá–lo. E ele se viu numa situação de extremo sofrimento. Rezou muito pedindo a
um bom Espírito que o viesse socorrer porque, em realidade, ele estava perdido naquela situação.
– “Mas porque isso? Fiz tudo!”
O Guia depois de muito tempo apareceu.
Ele contou:
– “Olha, eu fiz tudo isso: alimentação sadia, roupas claras, me isolei do mundo.”
Havia ao longe, no campo um cavalo pastando. O cavalo era branco.
O Guia disse:
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
15
– “Aquele ali só come capim, vive no campo e está vestido de branco e no entanto, é só um
cavalo.”
Moral da história: Há que se acrescentar alguma coisa. Há que acrescentar o serviço. Senão a
gente fica como o cavalo.
(Está razoavelmente entendido o que é moral na mediunidade?).
(L.M., item 162) “Os seres invisíveis, que revelam sua presença por efeitos sensíveis, são,
em geral, Espíritos de ordem inferior e que podem se dominados pelo ascendente moral. A
aquisição desse ascendente é o que se deve procurar.”
“Para alcançá–lo preciso é que o médium passe do estado de médium natural ao de
voluntário.”
Pergunta–se : A moralização é que vai fazer o desenvolvimento do médium passando de um estado
para o outro?
R – Quando nós estamos naquela categoria de médium natural significa que nós não estamos
dominando o fenômeno. Se nós não estamos dominando o fenômeno nós estamos sujeitos a um
Espírito.
Quando a gente domina o fenômeno significa que nós estamos ou de parceria com o Espírito
ou então superiores ao Espírito que movimenta o fenômeno.
Então é uma conseqüência do desenvolvimento moral da gente.
Médium natural é aquele médium em que o fenômeno ocorre independente de qualquer
coisa: Eu estou aqui, o fenômeno se dá ali. A cadeira se movimenta, eu jogo uma pedra nela. Eu
sou um médium natural.
Eu passo para médium voluntário. Mesmo que eu tenha a vontade ou que eu sinta que das
minhas mãos pode sair uma pedra que a atinja eu vou dizer assim:
– “Porque é que eu vou fazer isso?”
Então eu passei a ser um médium que controla o fenômeno. Eu sou um médium voluntário.
Para eu fazer isso eu tive que crescer espiritualizando– me ao ponto de poder dominar o
fenômeno ou ao Espírito.
Então foi um crescimento moral.
P – Para alcançar o estado de médium voluntário a etapa ou hiato que gente tem de alcançar é a
moralização...
R – É a moralização. Porque se não houver essa moralização você não consegue se impor ao
Espírito. Só isso.
P – Então a passagem do estado de médium natural a médium voluntário resulta do crescimento
moral, de um desenvolvimento moral?
R – Claro! Só isso!
(L.M., item 209) “No médium aprendiz a fé não é condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os
esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam.”
Pergunta–se : Qual o papel da fé na continuidade do desenvolvimento mediúnico?
R – A fé não é a condição rigorosa no médium aprendiz, isto é, nos fenômenos iniciais da
mediunidade.
Se você tem um bom sentimento você começa a desenvolver os seus dons mediúnicos ... Se
vocês prestarem atenção a quem começou na Doutrina Espírita pelo fenômeno e associou o
conhecimento o desenvolvimento é bem mais rápido.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
16
Quem começou só pelo fenômeno, se não tiver essa boa vontade, o desenvolvimento é
................................. porque é um conhecimento que não tem razão de ser. A pessoa diz:
– “Porque eu estou fazendo esse negócio? Não me interessa isso. Não tenho nada a ver com
a mediunidade. O que é isso? Não me interessa coisa nenhuma. Isso não tem nenhum valor para
mim. Porque é que eu estou tendo isso aí?”
Se você tem a boa vontade você diz:
– “Não. Esse sentimento objetiva uma tarefa em si mesma. Então eu vou fazer esta tarefa
muito bem feita. Vou dar o máximo de mim nessa tarefa.”
E o médium moralizado.
Então a fé não é indispensável mas é conseqüência. Ela virá como conseqüência do seu
sentimento íntimo de boa vontade. Aí você tem sentimento íntimo de boa vontade para com o
fenômeno; a sua convicção, a sua determinação, o seu espírito de convivência com o fato mediúnico
cresce.
É o que acontece com a maioria de nós que tem mediunidade. Começou indo a Centro
Espírita por causa da mediunidade, ingressou no estudo doutrinário e seguiu à frente paralelamente.
É difícil desenvolver mediunidade sem desenvolver sentimento.
(Você mesma que dirige um grupo de desobsessão). Você vê como é difícil algumas pessoas
terem perseverança no trabalho, porque elas não tem sentimento de auxílio. Então elas vêm à
sessão, não vêm a sessão, faltam à sessão, vêm quando querem; tem sempre uma justificativa.
Porque? São todas justificativas do ponto de vista assim humano, perfeitas. De um ponto de vista,
de um auxílio totalmente inconsistentes. É um médium imaturo.
P – 25 ...
R – 25 Todas às vezes que um Espírito superior nos informa alguma coisa é justamente para nos
estimular.
P – 26...
R – 26 Mas aí tem fé e não tem amor.
P – 27
R – 27 É difícil entender, mas existe.
Você vê por exemplo uma pessoa com objeto de culto inferior. Ela não está cheia de fé?
Aonde é que está o sentimento superior aí?
Quando a gente amava lá um pedaço de pedra que a gente botava num altar qualquer... A
gente não era cheio de fé? Mas o sentimento era simples demais! Ao ponto de botar na pedra toda a
nossa convicção. Compreendeu?
É um estágio, é uma mudança que a gente vai fazendo ...
“Erich Fromm (livro: Eram os Deuses Astronautas?) relata que um piloto perdido na
Oceania aterrissou em uma das ilhas, habitada por tribos selvagens que jamais tinham visto um
avião. Para aqueles selvagens aquele homem era um ser que veio do Céu. Então foi entronizado
como um deus.
O piloto aproveitou–se da situação porque era melhor do que ser morto.
Num dado momento ele conseguiu fazer uma canoa e se mandou.”
Os nativos disseram assim:
– “Deus do Céu! O nosso deus foi embora.”
Mas o piloto não pôde levar o avião.
Então eles fizeram um altar para o avião.
Passado o tempo outros viajantes chegaram à ilha e perguntaram:
– “O que é aquilo?”
– “Isto foi um instrumento em que um dos nossos deuses veio à Terra.”
– “Um deus?”
– “É. Foi um deus que veio aqui.”
– “E aonde está este deus?”
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
17
– “Ah! um dia ele pegou o barco e foi embora.”
Esses índios estavam cheio de fé, mas era só um teco– teco (o objeto de veneração).
P – 28 ...
R – 28 A gente tem que ter fé. Por isso que Kardec diz assim: a fé não é condição rigorosa do
fenômeno. Porque ele teve pureza de intenção. Teve desejos. Teve boa vontade. A fé no ponto de
vista que ele põe aqui já é uma fé religiosa, já é uma fé de sentimento. Já é uma fé superior.
Nessa fase de fé tem que fazer estas distinções, estes períodos em que a gente entra ......... É
o progresso da alma da gente.
P – Então, de uma maneira muito simplificada a gente pode dizer que no desenvolvimento da
mediunidade:
a) existe o desenvolvimento da faculdade que é automático;
b) existe o progresso da mediunidade que está diretamente relacionado ao progresso moral
do médium?
Quais seriam as virtudes a serem desenvolvidas para o médium acompanhar o
desenvolvimento mecânico da faculdade com o progresso moral?
Que virtudes o médium deve se esforçar para cultivar para, a par do desenvolvimento da
faculdade, ou seja, habilidade, na produção do fenômeno mediúnico, haver crescimento no teor dos
fenômenos?
R – Resumindo:
Eu quero crescer no meu fenômeno mediúnico. O que eu tenho que fazer para crescer? Para
junto do fenômeno crescer a moralização e ganhar a presença de um Bom Espírito? O que você tem
que fazer?
Eu começo meu trabalho mediúnico:
– “Desejo servir a Deus.”
O que você entende como servir a Deus?
– Você vai começar a procurar crescer no conhecimento, no sentimento e no entendimento.
Você conhece e você tem que entender os outros. Além de você melhorar o sentimento
pessoal, sentimento em relação à vida, sentimento em relação a tudo.
Então nestes 3 degraus você começa a buscar a figura daqueles Espíritos que conhecem, que
amam e que compreendem.
Eles conhecem. Repare bem um Dr. Bezerra de Menezes: ele conhece as nossas almas, as
nossa fraquezas, conhece as nossas possibilidades de progresso, de atuação.
Ele não dá tarefa que a gente não possa cumprir.
Ele entende as nossas limitações. Tem que entender. Tem que ter bastante entendimento.
E simultaneamente nós temos que crescer em que? É nos sentimentos. Porque se eu não
puser o sentimento de sempre alcançar regiões mais elevadas ele (o Bom Espírito) vai dizer para
mim assim:
– “Você é um limitado!”
Porque você conhece. Compreende. Mas não está alcançando região mais elevada . Você
ficou parado no tempo.
E o amor dá o crescimento para a alma da gente. Se você não tiver amor você não cresce.
Você está sempre limitado.
P – 29 ...
R – 29 Só vai depender de nós. Não vai depender de mais ninguém. Porque o amor é uma coisa
que só vai depender de você. Ninguém pode ter por você. Nem ninguém pode te dar.
Conhecimento uma pessoa pode te dar. Pode passar, não te dar. Mas o amor não passa, amor você
constrói.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
18
P – 30 ...
R – 30 Seria o produto disto tudo não: Amor é conseqüência de todo um processo evolutivo. Isso
faz parte. Esses 2 itens fazem parte do processo.
Porque amor (você tem que botar na cabeça o seguinte) ... Ninguém progride às custas dos
outros. Você progride por você mesmo. No conhecimento você é ajudado. No amor a ajuda é
menor. Porque o amor ou você tem ou você não tem. Alguém tem que chegar, dizer para você e
você dizer assim:
– “Eu sinto! eu sinto amor.”
P – 31 ...
R – 31 Ele é estimulado mas você só vai ter aquele amor no momento em que você sentir.
Olha a figura de Judas, olha a figura de Pedro, olha a figura dos outros apóstolos todos.
Dizem assim: “João Evangelista era o discípulo amado.”
Os exegetas, hoje em dia, dizem que João não era o mais amado, mais o discípulo que mais
amava. Por isso Jesus gostava tanto dele. Era o que mais O amava.
P – 32 ...
R – 32 Não podia ter preferência.
P – 33 ...
R – 33 A “turma” que interpreta o Evangelho diz: João não era o discípulo que Jesus mais amava.
Era o que mais amava a Jesus. Totalmente diferente.
P – 34 ...
R – 34 Você pega Simão Pedro.
Era um espírito decidido. Claro que era amoroso. Tanto era amoroso que Jesus confiou–lhe a
Igreja. Mas vejam: porque Jesus não confiou a João a Igreja? Porque provavelmente junto ao amor
que Simão Pedro tinha, Simão Pedro deveria ter outras coisas, um das quais chamada bom senso,
que João não deveria ter esse bom senso, provavelmente. (A gente aí já está querendo interpretar a
História). Porque Simão Pedro era um pessoa sólida. Ele tinha os pés na terra.
P – 35 ...
R – 35 Ele tinha os pés na terra. Tanto é que na luta entre Paulo e os demais discípulos o que é que
ele diz que viu? Ele viu uma cruz. Quando ele viu a cruz ele interpretou a disputa entre Paulo e os
discípulos que iam de Jerusalém para a Igreja onde Paulo estava...
Ele entendeu que aquilo era uma luta que estaria ocorrendo entre as 2 correntes do
Cristianismo e ele entendeu que dependendo ............................... Todo mundo cobrava dele.
É quando Simão Pedro tem a visão (Isto é relatado em Ato dos Apóstolos e também no livro
PAULO E ESTEVÃO). Ele relata isso muito mais tarde. Então ele conta que quando ele viu a cruz,
ele não viu a cruz, ele viu um símbolo, o símbolo do equilíbrio. Um travessão, outro travessão.
Ele viu o símbolo do equilíbrio. Então ele teve que ter uma atitude de equilíbrio. Ele
virou–se para os irmãos e disse:
– “Se eu tive um atitude errada para qualquer um de vocês peço desculpas. Porque não foi a
minha intenção passar noção de preferência para ninguém. Eu peço desculpa a vocês dois. Vamos
pegar o texto do Evangelho. Vamos continuar a ler ...”
P – 36 ...
R – 36 Era a cabeça do equilíbrio. Talvez João Evangelista não fosse esse equilíbrio. Por muito
amar ele poderia dizer:
– “Ah! deixa dessa bobagem! Para que circuncisão?”
E iria acabar com a festa lá de Jerusalém.
(Pedro) era a cabeça. Era a cabeça do equilíbrio. É o sentimento do amor que a gente
adquire. Ele não teria esse equilíbrio se não fosse o sentimento do amor.
Nota.: Ver o livro PAULO E ESTEVÃO, cap. “As lutas do Evangelho”, pg. 374 a 382 e 385 a 396.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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(LM, item 227) “Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento,
exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral.”
Pergunta–se : Isto é do ponto de vista fluídico ou moral?
R – É moral com repercussão no fluídico.
Porque não nos esqueçamos, o fluído tem a ver com a nossa moral.
Então você diz assim: – “Eu sintonizo com Jerônimo de Praga. É o caso de Léon Denis.
O Guia dele era Jerônimo de Praga. Era um ser liberto. Enfrentou a Igreja Católica e era um
demolidor. Ele era um espírito que enfrentava. Ele não temeu enfrentar a fogueira. Mas manteve
seus pontos de vista. Léon Denis não temeu perder a amizade de grandes amigos na defesa de um
ponto de vista. Tinha que ter um guia desse. Nesse sentimento de amor o crescimento espiritual fez
com que seu próprio fluído fosse transformado. O fluído dele, Léon Denis, (foi) ficando aproximado
do fluído de Jerônimo.
Então a ação é fluída e é moral. É moral e é fluídica.
O fluído será o resultado dessa moralização.
Então quando Kardec diz assim: “Não exerce modificação... não passa de um instrumento...
exerce entretanto a influência sob o ponto e vista moral.
E vocês vão dizer assim:
– “Como é que um médium de desobsessão sintoniza com determinados Espíritos ?”
Das mais variadas formas. Duas explicações:
1o — O sentimento de socorro: Médium de desobsessão que não tiver o sentimento de
socorrer ao próximo não trabalha. Aquilo que ele (A.) disse: Ele tem medo. De um ponto de vista
moral e fluídico. Ele não trabalha. Ele tem que ter sentimento para ele poder atrair aquela variedade
de vibrações.
2o — Por outro lado, quando ele não é médium de desobsessão: quando a gente observa os
chamados médiuns flexíveis. Estes se adaptam a vários gêneros de comunicação.
O caso do Chico que “pega “aquele “bando “de Espíritos, lá de tudo que é jeito. É porque ele
tem um sentimento muito grande que abriga no seu coração as variedades de inteligências a sua
volta.
E aí você vai entender agora porque há médiuns que são limitados. Eles não conseguem
“abrir” muito a mediunidade. A mediunidade é para determinadas tarefas. Isso às vezes é uma
limitação mediúnica.
A gente diz: E uma limitação mediúnica. Mas, o que é uma limitação mediúnica? É sinal de
que o médium não tem grande abertura. É o que faz o médium às vezes dizer: “Eu não consigo
perceber exatamente o que, o Espírito quis dizer”... Não tem (o Espírito) nenhuma afinidade com
ele, médium. Não tem afinidade e ainda não tem aquele poder de absorção tão grande que aquele
Espírito carrega consigo. Também pode não ter desenvolvido o sentimento de amor.
P – 37 ...
R – 37 Num universo maior.
P – 38 ...
R – 38 É.
Pergunta: A partir daí a gente pode fazer sempre a correlação que a flexibilidade da faculdade vai
ser dependente da moralidade?
R – A partir daí nós vamos entender que a flexibilidade da mediunidade vai depender da
moralidade, do espírito de serviço e das condições físicas do médium. Porque, no tempo, o médium
vai perdendo seu fluído. Então ele vai se limitando. Mas ele limita a comunicação, não limita a
percepção.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
20
Então vamos explicar mais um pouco isso aí. O médium aumenta na medida de seu amor, o
seu poder de percepção, mas, ele limita o poder da comunicação. A velhice, por exemplo, limita o
poder das comunicações, mas ele percebe muito mais.
Vamos voltar a falar do Chico. Ainda hoje se vocês presenciarem o Chico psicografando
uma mensagem ... Aquilo que nós vimos, ele escrever 20 – 30 páginas de papel ofício em 2
minutos, agora ele demora 3 – 4 horas. É uma limitação do ponto de vista físico, fluídico. Mas a
percepção dele está cada vez mais aberta:
– “Olha, Fulano está aí do teu lado fazendo isso, fazendo aquilo, fazendo aquilo outro.”
Mas Fulano já não consegue escrever por ele... Então ele está aumentando cada vez mais o
poder mediúnico dele porque está se libertando do corpo, está cada vez mais vivendo a vida de
Espírito, mas, em compensação, os neurônios, o braço, tudo aquilo já não está mais funcionando.
(Neurônio não deixa de funcionar, mas a gente está falando assim ........). O braço dele fica assim.
Para escrever a letra A o braço fica assim exatamente nesta dificuldade que eu estou fazendo para
vocês.
Então do ponto de vista de comunicação o médium perde a flexibilidade mais do ponto de
vista da ampliação de sensibilidade não tem limite.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
21
Introdução
1. O tema “Influência Moral do Médium” (I.M.M.) sugere a você: (Preencha com as primeiras idéias que o tema lhe sugerir)
2. Qual a correlação entre as idéias acima e a PRÁTICA MEDIÚNICA?
3. Para estabelecer as correlações DOUTRINÁRIAS entre o tema e a PRÁTICA
MEDIÚNICA estudemos os textos:
3.1 Textos do Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE)
O que é um médium?
O que é a mediunidade?
Cap. XXVI – DAI GRATUITAMENTE
Mediunidade gratuita – item 9
A MEDIUNIDADE
Natureza / Mecanismo
“Faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode
contar.
...
A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar–se uma
profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade.
Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula.”.
Cap. XXVIII – PRECES ESPÍRITAS
Para os médiuns, item 9 Prefácio
a) Cumprimento da promessa evangélica
VULGARIZAÇÃO da mediunidade
INICIAÇÃO do Povo
Doutrina Secreta (Depois da Morte, Léon Denis)
Atos II: 17 e 18 ...”vosso filhos e filhas profetizarão”...
b) – [Cada um pudesse obter ] a PROVA DA IMORTALIDADE Com esse objetivo é que os
Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra e a mediunidade se revela em pessoas de
todas as idades e de todas as condições.
Comentários:
1. LM, item 1: “Tomamos, conseguintemente, por ponto de partida, a existência, a sobrevivência e a
individualidade da alma, existência, sobrevivência e individualidade que tem no Espiritualismo a
sua demonstração teórica e dogmática e, no Espiritismo, a demonstração positiva.”
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
22
2. LM, item 2: CONSEQUÊNCIAS da existência da alma e sua individualidade após a morte:
1o – sua natureza difere da do corpo;
2o – goza da consciência de si mesma;
3o – a alma vai para alguma parte;
4o – pluralidade dos mundos habitados;
5o – o mundo Espiritual tem uma população intermundos (?):
6o – impossibilidade da realização das penas e recompensas futuras, de acordo com a Teologia,
sem lugar circunscrito.
CONSEQUÊNCIAS da existência de um mundo Invisível habitado pelas almas dos homens que já
não estão ligados a corpos carnais, isto é, ESPÍRITOS!
Observação do seu “funcionamento”
Conhecer as leis que regem este Mundo
Finalidade deste Mundo Invisível
Correlação deste com o mundo corpóreo.
Conclusão:
1. LM, item 292 22a : “Quanto mais vos identificardes com o mundo que vos espera, tanto menos
saudosos vos sentireis desse onde agora estais. Eis, em suma, o fim da revelação”.
2. ESE, cap. XXVIII item 9: “Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da
Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos especiais. ... Para
penetrar no mundo invisível, deu–lhe a mediunidade”.
OS MÉDIUNS
ESE, cap. XXVIII, item 9: “Os médiuns são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os
ensinos dos Espíritos: ou melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíritos para se
expressarem aos homens por maneira inteligível.
... a missão que desempenham visto ter por fim rasgar os horizontes da vida eterna.
Os Espíritos vêm instruir o homem sobre seus destinos, a fim de o reconduzirem à senda do bem.
Aí têm os médiuns o de que devem compenetrar–se bem, para não fazerem mau uso de suas
faculdades. Aquele que, médium, compreende a gravidade do mandato de que se acha investido,
religiosamente o desempenha. Sua consciência lhe profligaria, como ato sacrílego, utilizar por
divertimento e distração, para si e para os outros, faculdades que lhe são concedidas para fins
sobremaneira sérios e que o põem em comunicação com os seres além– túmulo. Como intérpretes
do ensino dos Espíritos, têm os médiuns de desempenhar importante papel na transformação que se
opera.”
serviços boa diretriz que imprimem às suas faculdades
dar contas do uso que hajam feito de um dom que lhes foi concedido para o bem
de seus semelhantes
LM, item 226 3a : Os médiuns que fazem mau uso das faculdades, que não se servem delas para o
bem, ou que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão as conseqüências dessa falta.
“Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio de mais se
esclarecerem e o não aproveitam”.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
23
4. Revelações da literatura mediúnica sobre médiuns e mediunidade
4.1 Textos de MISSIONÁRIOS DA LUZ (24a edição FEB)
Cap. 1 – O PSICÓGRAFO
pg. 13: “Temos seis comunicantes prováveis, mas, na presente reunião, apenas compareceu um
médium em condições de atender. .... Portanto .... o grupo de aprendizes e de obreiros terrestres
somente receberá o que se relacione com o interesse coletivo”.
“Julguei que o médium fosse a máquina, acima de tudo”.
“A máquina também gasta, ... e estamos diante de mecanismo demasiadamente delicado”.
... “nos serviços mediúnicos, preponderam os fatores morais. ... O médium, para ser fiel ao mandato
superior, necessita clareza e serenidade, como o espelho cristalino dum lago.”
pg. 14: “Este irmão não é um simples aparelho. É um espírito que deve ser tão livre quanto o nosso
e que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e
humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas.
Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outros recebam. Em suma, deve
servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. Sem essa compreensão consciente do
espírito de serviço, não poderia atender aos propósitos edificantes. Naturalmente, ele é responsável
pela manutenção dos recursos interiores, tais como a tolerância, a humildade, a disposição fraterna,
a paciência e o amor cristão; ...”
Comentários:
1. Numa reunião mediúnica regular os resultados obtidos podem ser aquém das expectativas da
Espiritualidade, devido ao despreparo do elemento humano.
2. O Espírito do médium é o intérprete do pensamento da Espiritualidade.
Sua inquietude perturba a projeção do pensamento da Espiritualidade sobre sua mente.
3. O Espírito do médium é tão livre quanto o do comunicante e não simples máquina de produção
de fenômenos/comunicações.
4. Participa conscientemente do intercâmbio mediúnico ao manter as condições de acesso à permuta
com as regiões mais elevadas: renúncia, abnegação, humildade, tolerância, disposição fraterna,
paciência e o amor cristão.
4.2 Textos de OS MENSAGEIROS (24a Edição FEB)
Cap. 3 – NO CENTRO DO MENSAGEIROS
pg. 22: “O Centro prepara entidades afim de que se transformem em cartas vivas de socorro e
auxílio aos que sofrem no Umbral, na Crosta e nas Trevas... Este serviço é a cópia de quantos se
vêm fazendo nas mais diversas cidades espirituais dos planos superiores. Preparam–se aqui
inúmeros companheiros para a difusão de esperanças e consolos, instruções e avisos, nos diversos
setores da evolução planetária. ... Organizamos turmas compactas de aprendizes para a
reencarnação. Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas... Tarefeiros do conforto espiritual
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
24
encaminham–se para os círculos carnais, em quantidade considerável, habilitados pelo nosso
Centro de Mensageiros”.
pg. 22 e 23: “... essa preparação não constitui, ainda, a realização propriamente dita. Saem milhares
de mensageiros aptos para o serviço, mas são muito raros os que triunfam. Alguns conseguem
execução parcial da tarefa, outros muitos fracassam de todo. O serviço legítimo não é fantasia. É
esforço sem o qual a obra não pode aparecer nem prevalecer. Longas fileiras de médiuns e
doutrinadores para o mundo carnal partem daqui, com as necessárias instruções, porque os
benfeitores da Espiritualidade Superior, para intensificarem a redenção humana, precisam de
renúncia e de altruísmo. Quando os mensageiros se esquecem do espírito missionário e da dedicação
aos semelhantes, costumam transformar–se em instrumentos inúteis. Há médiuns e mediunidade,
doutrinadores e doutrina, como existem a enxada e os trabalhadores. Pode a enxada ser excelente,
mas, se falta espírito de serviço no cultivador, o ganho da enxada será inevitavelmente a ferrugem.
Assim acontece com as faculdades psíquicas e com os grandes conhecimentos. A expressão
mediúnica pode ser riquíssima: entretanto, se o dono não consegue olhar além dos interesses
próprios, fracassará fatalmente na tarefa que lhe foi conferida. Acredite, meu caro, que todo trabalho
construtivo tem as batalhas que lhe dizem respeito. São muito escassos os servidores que toleram as
dificuldades e reveses das linhas de frente. Esmagadora percentagem permanece a distância do fogo
forte. Trabalhadores em conta recuam quando a tarefa abre oportunidades valiosas.”
pg. 23: “... é imprescindível considerar que a manutenção do vaso, para recolher (as bênçãos do
Senhor) é dever que nos assiste.”
pg. 24: “O programa de nossa administração espiritual: preparo de espíritos que se transformem em
cartas vivas de Jesus para a Humanidade encarnada”
[ Epístola de Paulo, pg. 425 a 427 do livro PAULO E ESTEVÃO].
Comentários:
1. O preparo do trabalhador da mediunidade obedece a planejamento meticuloso no Plano
Espiritual.
2. A assistência do Cristo aos homens se faz através dos “poderes do Espírito” (PAULO E
ESTEVÃO, pg. 425 “Não te atormentes com as necessidades de serviço.”)
3. As tendências superiores da personalidade são causas de fracasso de vasto contingente de
aprendizes do trabalho espiritual que “interpretam dificuldades como punições” quando TODO
OBSTÁCULO TRADUZ OPORTUNIDADE VERDADEIRAMENTE PRECIOSA aos que já tem
“olhos de ver”.
4. Estudar no livro PAULO E ESTEVÃO 2a Parte:
Cap. VII As Epístolas
Cap. VIII O martírio em Jerusalém
5. Conseqüência da PROVA DA IMORTALIDADE que a mediunidade
proporciona
5.1 A CERTEZA da existência, sobrevivência e individualidade da alma modifica o seu modo
de viver atual?
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
25
5.2 Em que aspectos?
5.3 Qual a repercussão da certeza da imortalidade da alma sobre a prática mediúnica?
5.4 Para estabelecermos as correlações doutrinárias entre o Tema e a Prática Mediúnica
estudemos os textos:
5.4.1 Texto do ESE, cap. XVIII MUITOS OS CHAMADOS
Muito se pedirá àquele que muito recebeu, itens 10, 11 e 12.
“Principalmente ao Ensino dos Espíritos é que estas máximas se aplicam.
...
Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância;
não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico.
Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar–se , que as admira como coisas
interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem
menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem menos melhor
para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.
Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque
muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho,
reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos.
...
Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem
aproveitado, muito será dado”.
5.4.2 Texto do LM, item 292 22a
“Não esqueçais que o fim essencial, exclusivo, do Espiritismo é a vossa melhora e que, para o
alcançardes, é que os Espíritos têm a permissão de vos iniciarem na vida futura, oferecendo– vos
dela exemplos de que podeis aproveitar. Quanto mais vos identificardes com o mundo que vos
espera, tanto menos saudosos vos sentireis desse onde agora estais. Eis, em suma, o fim atual da
revelação.”
5.4.3 Texto do ESE, cap. II , item 1, item 2 – A Vida futura
“Meu reino não é deste mundo.
...
“... e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade.” (S. JOÃO, cap. XVIII, vv. 33,
36 e 37) (item 1)
...
...
“Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as
circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das
maiores preocupações do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande
princípio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seu preceitos
morais, donde vem os que não crêem na vida futura, imaginando que ele apenas falava da vida
presente, não os compreendem, ou consideram pueris.
Esse dogma pode, portanto, ser tido como o eixo do ensino do Cristo, ... É que ele tem de ser o
ponto de mira de todos os homens; só ele justifica as anomalias da vida terrena e se mostra de
acordo com a justiça de Deus.” (item 2)
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
26
Comentários:
1. A ressurreição de Cristo alicerça as promessa das Bem aventuranças no Reino de Deus.
“Ora, se se prega que o Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dentre vós dizer que não
há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também o Cristo não ressuscitou. E,
se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia é também a nossa fé.” (I Coríntios, cap.
15; vv. 12, 13, 14).
2. A mediunidade renovando a prova da imortalidade dada pelo Cristo alicerça o eixo do seu ensino:
a vida futura.
3. Os testemunhos das almas dos mortos solapam os dogmas espiritualistas sobre a vida futura: Céu,
Inferno, Purgatório, Ressurreição da carne, Impossibilidade de comunicação com os mortos,
Manifestação demoníacas.
4. A clareza com que a mediunidade apresenta as condições da vida futura obrigam a reconsiderar
os dogmas espiritualistas sobre a justiça e a bondade de Deus.
5. Os testemunhos espirituais reintroduzem o conceito de vidas sucessivas e pluralidade dos mundos
habitados que as crenças espiritualistas haviam excluídos dos ensinos do Cristo.
6. ESE, cap. II item 5
“A idéia clara e precisa que faça da vida futura proporciona inabalável fé no porvir, fé que acarreta
enormes conseqüências sobre a moralização dos homens, porque muda completamente o ponto de
vista sob o qual encaram a vida terrena.”
6. A fé inabalável na vida futura proporcionada pela mediunidade e suas
conseqüências sobre a atividade mediúnica
“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus,
11:1)
Textos do ESE:
6.1 cap. XIX A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS
“Entende–se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir a
determinado fim.” (item 3)
...
“Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre–lhe velar atentamente pelo
desenvolvimento dos filhos que gerou.
A esperança e a caridade são colorários da fé e formam com esta um trindade inseparável.
...
A fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da
regeneração.” (item 11)
...
“... é o sentimento inato de seus destinos futuros; ...
...
Com a fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.” (item 12)
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
27
6.2 cap. XI AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO
“... a caridade, sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar
felizes. Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé. Na verdade, impulsos generosos se vos
depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm; porém, essa caridade austera, que só com
abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode
inspirá–la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida
eterna.” (item 13)
Comentários:
1. LM, item 209: “No médium aprendiz, a fé não é condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os
esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam”
mas
a continuidade do trabalho, a construção do ESPÍRITO DE SERVIÇO CONSCIENTE EXIGE A
“fé que remove montanhas.”
ESE, cap. XIX, item 2:
“As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má– vontade, em suma, com
que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da
rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras
tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.”
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Roteiros evangélicos para o servidor da Seara de Jesus
Textos extraídos dos livros:
PALAVRA DA VIDA ETERNA
Chico Xavier/Emmanuel – 1a Edição CEC
JESUS NO LAR
Chico Xavier/ Néio Lúcio – 20a Edição FEB
PALAVRAS DA VIDA ETERNA JESUS NO LAR
Lição Título Lição Título
1 Recomecemos 3 Explicações do Mestre
21 Compreendendo 4 A lição da semente
22 Na Palavra e na Ação 38 O argumento justo
23 Adoração e Fraternidade 41 O incentivo santo
24 Liberdade em Cristo 43 A glória do esforço
25 Ouvirás decerto 45 O imperativo da ação
27 Liberdade em Jesus 49 A jornada redentora
28 Na conquista da Liberdade
42 No serviço mediúnico
43 Na mediunidade
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PALAVRAS DE VIDA ETERNA (Emmanuel)
Lição 1 – Recomecemos
Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho.” – JESUS.
(MATEUS, 9:16)
Esquecimento do mal – recomeço do esforço de progresso e elevação – perda real: a
oportunidade desprezada (passada e atual).
Lição 21 – Compreendendo
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro para que a excelência do poder seja de Deus e não
de nós.” – PAULO.
(II Corintíos, 4:7)
Não te espantes, assim, à frente do conflito da luz e da treva em ti mesmo...
Segue a luz e acertará o caminho.
Lição 22 – Na Palavra e na Ação
“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei– o em nome do Senhor Jesus, dando
por ele graças a Deus Pai.” – PAULO.
(Colossenses, 3:17).
Dizes– te cristão ...
Isso quer dizer que o nome do Senhor se encontra empenhado em tuas mãos.
Lição 23 – Adoração e Fraternidade
“Ora, temos da parte dele, este mandamento, que aquele que ama a Deus, ame também a seu
irmão.” – JOÃO
(I JOÃO, 4:21.)
Exibirás dons mediúnicos dos mais excelentes de modo a falares d’Ele, com eficiência e segurança,
às criaturas irmãs ...
Contudo, se não amas a teu irmão, por amor a Ele, Pai Amoroso e Justo, de que te vale o culto filial,
estéril e egoísta?
Lição 24 – Liberdade em Cristo
“Estais pois firmes na liberdade com que o Cristo nos libertou e não vos submetais de novo ao jugo
da escravidão.” – PAULO.
(Gálatas, 5:1).
A liberdade do Cristo é a submissão à Lei de Deus, ainda mesmo com o nosso próprio sacrifício.
Lição 25 – Ouvirás decerto
“Salva– te a ti mesmo e desce da cruz.”
(MARCOS, 15:30).
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Farás da mediunidade um instrumento para a lavoura do bem, ainda mesmo que te custe
imensuráveis sacrifícios.
Lição 27 – Liberdade em Jesus
“Para a liberdade Cristo nos libertou: permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um
jugo de escravidão.” – PAULO.
(Gálatas, 5:1).
“Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos também nossa conduta.” – PAULO.
(Gálatas, 5:25).
liberdade das paixões indomesticadas X cativeiro consciente às nossas obrigações,
perante o Pai Excelso
faço o que quero
X
devo servir
Assimilemos do Mestre o senso da disciplina
Se quisermos ser livres, aprendamos a obedecer
Dever retamente cumprido firmeza
Lição 28 – Na conquista da Liberdade
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade, porém, não useis da liberdade para dar ocasião
à carne; sede, antes, servos uns dos outros pelo amor.” – PAULO.
(Gálatas, 5:13)
Renúncia consciente à nossa própria emancipação serviço espontâneo aos outros
voluntária rendição ao dever por amor aos nossos próprios deveres Liberdade vitoriosa.
Lição 42 – No serviço mediúnico
“Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.” – PAULO.
(I Coríntios, 12:4).
A mediunidade é concedida a cada um para o que for útil, para a nossa própria edificação e segundo
as nossa necessidades.
Lição 43 – Na mediunidade
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não
de nós.” – PAULO.
(II Coríntios, 4:7).
Tribulações e esperanças do ministério (II Coríntios, 4: 7, 8, 9, 16, 17).
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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JESUS NO LAR – (Néio Lúcio)
Lição 3 – Explicações do Mestre
“Se não purificamos o vaso da alma, o conhecimento, não obstante superior, se confunde com as
sujidades de nosso íntimo, como que se degenerando, reduzindo a proporção dos bens que
poderíamos recolher.”
Lição 4 – A lição da semente
“... ainda que o discípulo guarde os pés encarcerados no lodo da Terra, o trabalho infatigável no
bem, no lugar em que se encontra, é o traço indiscutível de sua elevação. Conheceremos as árvores
pelos frutos e identificaremos o operário do Céu pelos serviços em que se exprime.
...
“ – Senhor: que dizer, então, daqueles que conhecem os sagrados princípios da caridade e não os
praticam?
...
“... representam sementes que dormem, apesar de projetadas no seio dadivoso da terra. Guardarão
consigo preciosos valores do Céu, mas jazem inúteis por muito tempo. Estejamos, porém, convictos
de que os aguaceiros e furacões passarão por elas, renovando–lhes a posição no solo, e elas
germinarão, vitoriosas, um dia. Nos campos de Nosso Pai, há milhões de almas assim, aguardando
as tempestades renovadoras da experiência, para que se dirijam à gloria do futuro. Auxiliemo–las
com amor e prossigamos, por nossa vez, mirando a frente!”
Lição 38 – O argumento justo
“... se vocês se declaram fracos, devedores, endurecidos e maus e não são os primeiros a
trabalharem para se fazerem fortes, redimidos, dedicados e bons em favor da obra da salvação, não
me parece que os anjos devam descer da glória dos Cimos para substituir– nos no campo de lições
da Terra.”
Lição 41 – O incentivo santo
“... se te não é possível, por agora, servir a Nosso Pai Supremo na condição de um homem
purificado, atende aos teus deveres, espalhando reconforto e bom ânimo, na posição do animal
valioso e útil. Nas bênçãos do serviço, serás mais facilmente encontrado pelos mensageiros de Deus,
...
....
O trabalho no bem é o incentivo santo da perfeição.”
Lição 43 – A glória do esforço
“A aquisição de qualidades nobres é a glória infalível do esforço.
...
Quando a criatura, porém, somente trabalha na cota de tempo que lhe é paga pelas mordomias da
Terra, sem qualquer aproveitamento das largas concessões de horas que a Divina Bondade lhe
concede, nada mais receberá, além da remuneração transitória do mundo.”
Lição 45 – O imperativo da ação
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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“O Reino Divino guarda o imperativo da ação por ordem fundamental. ... propaguemos a verdade
salvadora, através dos pensamentos, das palavras, das obras e de nossas próprias vidas. ... Amar
servindo, é venerar o Pai, acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a
nós mesmos. ... é praticar a Lei.”
Lição 49 – A jornada redentora
“Assim é a caminhada do homem para o Reino Celestial.
... é preciso reconhecer a sua condição de cego e aplicar a si mesmo os remédios indicados nos
mandamentos divinos. Alcançado o conhecimento, apesar da zombaria de quantos o rodeiam em
posição de ignorância, é compelido a marchar por si mesmo, e sozinho quase sempre, do escuro vale
terrestre para o monte da claridade divina, aproveitando todas as oportunidades de servir,
indistintamente, ainda mesmo aos próprios inimigos e perseguidores. Quando o servidor do bem
compreende o dever de mobilizar todos os recursos da jornada, em silêncio, sem perda de tempo
com reclamações e censuras, que somente denunciam inferioridade, então estará em condições de
alcançar o Reino dentro do menor prazo, porque viverá plasmando as próprias asas para o vôo
divino, usando para isso a disciplina de si mesmo e o trabalho incessante pela paz e alegria de
todos.”
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
33
Aula de 19.09.95
Correlações entre Pensamento, Oração e Mediunidade.
O que é que nós chamamos de Desenvolvimento Mediúnico (D.M.)?
Já nos entendemos que desenvolver mediunidade nada mais é do que aprimorar um dom que
se chama um dom de relação ou de relacionamento entre os Espíritos e nós. Se nós entendermos que
a nossa mente é uma fonte de energia em busca de uma outra fonte de energia iremos entender que o
exercício da mediunidade nada mais é do que a junção dessas duas forças. Então no momento em
que a minha mente, com o meu potencial de pensamento, com o meu potencial de energia está
associado à mente e ao potencial de energia de uma outra inteligência. Ora, o desenvolvimento da
mediunidade é justamente a aproximação desses dois níveis ou desses dois pólos, ou se vocês
quiserem dizer, dessas duas inteligências.
Diz–se que um médium é desenvolvido na medida em que ele próprio vai crescendo,
melhorando o seu padrão, melhorando o seu entendimento, até atingir o máximo que sua mente é
capaz de atingir.
Há pessoa que não conseguem desenvolver a sua mediunidade muito além de alguns pontos
básicos do exercício mediúnico. Não conseguem, apenas para exemplificar, ir além do passe. Não
conseguem ir além da desobsessão. Não são capazes de desenvolver mais nenhum outro dom. E
quando eu falo num desses dois dons eu não estou querendo dizer, estabelecer uma linha de
comparação: este é melhor do que outro. Só estou querendo dizer que as pessoas não conseguem ir
além de uma única fonte de ação.
Isso porque? Isso porque ela não consegue acelerar a sua mente para a procura de outros
dons.
Como é que essa procura é feita?
Como é que a gente busca esses outros dons mediúnicos?
Nós temos como eu disse duas vertentes: a primeira é o Pensamento e a segunda é a Oração.
O Pensamento é uma busca dos dons partidos de nós mesmos, ou seja, dos dons anímicos,
ou seja, dos dons da própria alma. Aqueles dons como: do fluido, do passe (que nada mais é do que
fluido), da sensibilidade, a busca da percepção através do fenômenos da dupla vista, a própria
sensibilidade mediúnica aplicada à cura e, principalmente, quando nos dedicamos, ao convívio com
o Plano Espiritual, através da intuição. Nessa hora, o pensamento é um elemento básico. Ele é um
elemento de apoio de um ponto de vista exclusivamente de percepção, mas é um elemento básico.
Você não é uma pessoa com boa intuição se não se habituar a pensar. Você não é uma
pessoa com uma boa percepção se não tiver o hábito de pensar.
É difícil um Espírito passar um conceito doutrinário a você, através de sua mente, se você
não tiver capacidade de pensar por si mesmo (a).
Então, é preciso que a gente ponha na nossa mente que um bom desenvolvimento da
mediunidade exige também uma boa capacidade de pensar.
Como é que pensamos bem?
Nós pensamos bem na medida em que estudamos, maturamos, colocamos para fora, isto é,
executamos aquilo que estudamos e amadurecemos.
Então vamos analisar por partes:
ESTUDAR
É preciso estudar para conhecer.
Ninguém fala de uma coisa que não estude. Ninguém pode falar de nada que não sabe.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
34
É preciso amadurecer , ou seja, é preciso que a gente desenvolva raciocínios em torno do
assunto, tenha experiências em torno do assunto, conviva com o assunto, perceba o assunto, sinta
que o assunto é palpitante, sinta que o assunto é palpável, sinta que o assunto é possível existir em
você.
Há pessoas que não acreditam que o assunto possa existir nela; então ela não vai desenvolver
a mediunidade dela. É como um médium que diz assim:
– “Eu nunca vou alcançar esse trabalho. Nunca conseguirei fazer isso.”
Se ela não amadurece esse sentimento, se ela não amadurece essa capacidade de pensar que
é capaz de construir aquilo dentro dela realmente, ela nunca vai alcançar aquilo. Então o médium
precisa sentir, palpitar, perceber aquele dom dentro de si como uma conquista por executar.
Nenhum médium nasce feito. Isso é uma coisa por conquistar, um coisa a ser executada.
E finalmente nós temos o amadurecimento, temos aquilo, que eu disse para você: “por para
fora”, ou seja, executar aquilo que nós aprendemos e aquilo que nós amadurecemos, ou seja, ter a
prática daquele sentimento, daquele aprendizado.
Então veja bem: nós estudamos o Livro do Médiuns (L.M.). Entendemos o que é o L.M.
Amadurecemos a idéia. Mas se nós não começarmos a executar a mediunidade nós não teremos
concluído o aprendizado.
O Pensamento e a Mediunidade, a Mediunidade e o Pensamento é isso: é estudar, é
amadurecer e é executar. Ou seja, “por para fora”.
Então vejamos agora um outro aspecto interessante.
Quando nós vamos estudando, vamos amadurecendo e vamos pondo para fora todo aquele
conhecimento nós também encontramos outras vertentes interessantes.
E o estudo? Selecionar o estudo.
Selecionar o estudo que interessa àquele desenvolvimento. A Doutrina Espírita tem tanta
expansão, tem tanto material para a gente ler, conhecer, se nós formos estudar todos os livros que
existem, nós não vamos conseguir ler tudo e pensar em tudo.
É preciso que numa fase do nosso desenvolvimento a gente selecione a leitura para ficarmos
dentro daquilo que está nos interessando naquela faixa de aprendizado. Ler aquilo. Conhecer aquilo.
Aquilo o que? Mediunidade de cura? Mediunidade de passe? Mediunidade de incorporação? O que
for! Vamos trabalhar aquelas idéias que estão ali.
Então, selecionar a leitura para selecionar o nosso conhecimento. Depois de selecionar a
leitura ir atrás de bons autores. E nós temos que ter também junto da seleção o conhecimento de
bons autores. Tem muito autor que você lê, lê, espreme e não sai nada. Então vocês não
esqueçam dos autores clássicos que dão boa conceituação filosófica. Não esqueçam do próprio
André Luiz, já recentemente, de Emannuel e não esqueçam também de Herculano Pires que tem um
material muito interessante para as nossas idéias. Não esqueçam de Deolindo Amorim que também
tem muito material para a nossa conceituação.
Então a gente vai selecionar (o estudo, o tema) e vai escolher os autores que possam falar
sobre isso. Já não estou nem falando dos clássicos: Kardec, Denis, Delanne. A gente estuda “essa
turminha aí”, depois a gente passa para a turma “mais abaixo”. Se vocês começaram por André Luiz
e por Herculano Pires vocês podem voltar para Kardec porque vocês vão ver que não entenderam
nada de André Luiz, porque vocês não têm base. Senão realmente vocês não vão conhecer nada. Vai
ficar com conhecimento de superfície. Essa é a pura realidade. Não tenham a menor dúvida disso.
Após a seleção da leitura (tema) e dos autores dediquem–se ao estudo. Porque se vocês não
tirarem 15 minutos, meia hora ou uma hora que seja; vocês têm que ter um tempo disciplinar para a
leitura e aprendizado) se não fizerem isso o conhecimento não chega.
Então tem que ter tempo determinado.
3o EENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A MEDIUNIDADE
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Nós sabemos que a vida de todo mundo é difícil, que os problemas aumentam a cada dia,
que a casa da gente está cada vez mais complicado...