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Anais – Simposio LAPCOM - UFJF

Feb 23, 2023

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Khang Minh
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APRESENTAÇÃO

O Simpósio de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial aconteceu nos dias 19 e 20 de março e foi organizado pela Liga Acadêmica de Patologia e Cirurgia Oral e Maxilofacial (LAPCOM) da Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares. Desde a sua criação, em 2016, a liga já foi responsável por outros 4 eventos presenciais, entretanto a pandemia do coronavírus em 2020 trouxe consigo a necessidade de adaptar nossas atividades ao ensino remoto. Foi nesse preceito que a LAPCOM idealizou o Simpósio, visando disseminar o conhecimento e expandir o alcance da liga, englobando o maior número possível de estudantes e profissionais da área.

O Simpósio contou com a presença de 6 palestrantes e com mais de 16 mil inscritos, de todos os estados brasileiros. O evento, em seus dois dias, somou mais de 35 mil visualizações no YouTube e contou com 170 trabalhos submetidos abrangendo 5 categorias: relato de caso, revisão sistemática, revisão simples de literatura, relato de experiência e pesquisa científica. Os trabalhos aprovados foram posteriormente apresentados por vídeo. O interesse no Simpósio de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial foi expressivo e superou as nossas maiores expectativas. Acreditamos que a magnitude do evento foi reflexo do trabalho de excelência que tem sido realizado na LAPCOM e do esforço e dedicação dos ligantes na organização do evento. Estamos ansiosos para o futuro da liga e para outras edições bem sucedidas do Simpósio da LAPCOM.

Os nossos mais sinceros agradecimentos a comissão organizadora por tornar tudo isso possível.

Liga Acadêmica de Cirurgia e Patologia Oral e MaxiloFacial -

Gestão 2021

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COMISSÃO ORGANIZADORA Professora Orientadora: Sibele Nascimento de Aquino

Presidente: Laís Heringer Mendes Coelho

Diretoria: Mayse Garcia Genelhu de Abreu

Pollyana Pereira Luciano de Souza

Juliana Jadyvisky dos Santos

Ligantes: Ana Laura Barbosa Marques Avelar

Braion Starly Ferreira dos Santos

Breno Araújo Borges Castro

Davi Cunha Bernardo

Gustavo Leite Coelho Martins de Oliveira

Hemily Duarte Silva

Iara Vieira Ferreira

Iasmyn Paranhos de Oliveira

Larissa da Silva Araújo

Laura Martins Curtinhas

Maryelle Lopes de Paula

Rafaela Caires Santos

Regina Mara Santos de Almeida

Sabrina Gomes Martins Soares

Samantha Silva Neves

Thaynara Alves de Freitas

Colaboradores: Diener Maick Piske

Comissão Científica: Ana Emília Farias Pontes

Carlos Eduardo Alcântara

Cleidiel Aparecido Araújo Lemos

Cleverton Corrêa Rabelo

Daniele Sorgatto Faé

Fernanda de Oliveira Bello Correa

Fernanda Mombrini Pigatti

Francielle Silvestre Verner

Janaina Cristina Gomes

Lucas de Paula Lopes Rosado

Mabel Miluska Suca Salas

Maria Beatriz Freitas D'Arce

Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda

Mônica Regina Pereira Senra Soares

Rafael Binato Junqueira

Renato Assis Machado

Rodrigo Furtado de Carvalho

Rose Mara Ortega

Sibele Nascimento de Aquino

Taís de Souza Barbosa

Tuélita Marques Galdino

Valdir Andrade

Valéria de Oliveira

Palestrantes: Celeste Sánchez Romero

Danilo Costa Rodrigues

Felipe Paiva Fonseca

Fernanda Boos Lima

Márcio Ajudarte Lopes

Sérgio Bruzadelli Macedo

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SUMÁRIO RELATO DE CASO ____________________________________________ 11 Carcinoma de células escamosas não queratinizante em orofaringe: desafio diagnóstico ____________ 11

Lesão em borda lateral de língua: carcinoma espinocelular e leucoplasia com displasia moderada _ 12

Ameloblastoma em região posterior de mandíbula: relato de caso __________________________________ 13

Carcinoma espinocelular e carcinoma verrucoso simultaneamente em borda lateral de língua: relato

de caso ______________________________________________________________________________________________ 14

Relato de caso: fibroma ossificante periférico em maxila____________________________________________ 15

Ceratocisto odontogênico: aspectos clínicos e radiográficos clássicos ______________________________ 16

Carcinoma espinocelular envolvendo assoalho de boca e mandíbula: relato de caso ________________ 17

Mucocele de aspecto atípico em região sublingual: relato de caso __________________________________ 18

Leucoeritroplasia extensa em palato: relato de caso ________________________________________________ 19

Sialolitíase em glândula submandibular: relato de caso _____________________________________________ 20

Lipoma pleomórfico sem componente adiposo em mucosa jugal: relato de um caso raro e análise

imuno-histoquímica _________________________________________________________________________________ 21

Osteonecrose maxilar associada ao uso de bisfosfonatos: diagnóstico e tratamento ________________ 22

Tratamento cirúrgico conservador de ameloblastoma extenso em mandíbula _______________________ 23

Tratamento de fratura de média energia em terço médio de face: relato de caso clínico ____________ 24

Assimetria facial decorrente de neurofibromatose tipo i: relato de caso ____________________________ 25

Reconstrução e reabilitação de maxila atrófica com enxerto autógeno de calota craniana - relato de

caso _________________________________________________________________________________________________ 26

Ressecção mandibular para tratamento de ameloblastoma e reconstrução com enxerto autógeno de

crista ilíaca - relato de caso _________________________________________________________________________ 27

Tratamento de hiperplasia condilar: relato de caso clínico __________________________________________ 28

Sinusite maxilar odontogênica pelo deslocamento de raiz dental durante exodontia de molar superior:

relato de caso do diagnóstico ao tratamento ________________________________________________________ 29

Mucocele oral provocada por mordida acidental: relato de caso _____________________________________ 30

Tratamento de anquiloglossia parcial através de frenectomia: relato de caso _______________________ 31

Frenectomia labial superior com fins ortodônticos para fechamento de diastema ___________________ 32

Tratamento de sequela de fratura orbitária: relato de caso __________________________________________ 33

Lipoma intrabucal: relato de caso clínico ____________________________________________________________ 34

Características clínico-patológicas e tratamento do ameloblastoma unicístico: relato de caso ______ 35

Abordagem cirúrgica associada à crioterapia de ameloblastoma mandibular unicístico com

seguimento de 19 anos ______________________________________________________________________________ 36

Tratamento de fratura bilateral em mandíbula atrófica: relato de caso ______________________________ 37

Abordagem cirúrgica para retratamento de fratura mandibular após tratamento conservador com fio

de kirschner: relato de caso _________________________________________________________________________ 38

Diagnóstico e reabilitação da amelogênese imperfeita: um relato de caso __________________________ 39

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6 Granuloma central de células gigantes: importância do diagnóstico diferencial ____________________ 40

Diagnóstico complementar de disfunção temporomandibular utilizando imagem por infravermelho: um

relato de caso clínico ________________________________________________________________________________ 41

Granuloma por corpo estranho em língua: relato de caso ___________________________________________ 42

Características clínicas, radiográficas e tratamento do ameloblastoma unicístico: relato de caso ___ 43

Hiperplasia angiolinfoide na cavidade oral: relato de caso __________________________________________ 44

Conduta cirúrgica de fratura bilateral de mandíbula: relato de caso ________________________________ 45

Nódulo assintomático na língua: relato de caso clínico ______________________________________________ 46

Reabilitação de paciente após sequela tardia de avulsão dentária: relato de caso ___________________ 47

Síndrome trichorrinofalangeana tipo 1: relato de caso ______________________________________________ 48

Fibroma odontogênico central bilateral em maxila __________________________________________________ 49

Tumor odontogênico epitelial calcificante: relato de caso ____________________________________________ 50

Granuloma piogênico: relato de caso ________________________________________________________________ 51

Ameloblastoma periférico em maxila ________________________________________________________________ 52

Adenoma pleomórfico em mucosa juga _____________________________________________________________ 53

Manejo odontológico de osteomielite associada a displasia cemento-óssea florida: relato de caso 54

Intervenção precoce de odontoma composto na mandíbula: relato de caso _________________________ 55

Osteomielite mandibular pós fratura de mandíbula __________________________________________________ 56

Tratamento cirúrgico de anquilose da articulação temporomandibular ______________________________ 57

Procedimento minimamente invasivo guiado por ultrassom na articulação temporomandibular: relato

de caso ______________________________________________________________________________________________58

Queratocisto: relato de caso e técnica cirúrgica _____________________________________________________ 59

Linfoma plasmablástico em paciente com prévio diagnóstico de câncer de cólon ___________________ 60

Osteonecrose por bisfosfonatos em paciente portadora de mieloma múltiplo _______________________ 61

Hamartoma leiomiomatoso em cavidade oral de bebê com 2 meses de idade: relato de caso _______ 62

Pseudoaneurisma de artéria maxilar como complicação de discopexia da atm ______________________ 63

Fotobiomodulação no tratamento e controle da dor da herpes zoster: relato de caso _______________ 64

Contribuição da ultrassonografia para o diagnóstico e tratamento do angioleiomioma bucal: relato de

caso _________________________________________________________________________________________________ 65

Manejo terapêutico de canino inferior transmigrado: relato de caso _________________________________ 66

Acometimento simultâneo de queilite actínica e queilite angular: relato de um caso ________________ 67

Exodontias múltiplas de restos radiculares com lesões periapicais associadas _____________________ 68

Lesões bucais extensas da paracoccidioidomicose em paciente do gênero feminino ________________ 69

Hiperplasia epitelial focal em paciente de meia idade: relato de caso. _______________________________ 70

Carcinoma epidermóide localizado em palato: relato de caso clínico ________________________________ 71

Terapêutica odontológica em manifestação oral da síndrome de stevensjohnson durante tratamento

oncológico: relato de caso ___________________________________________________________________________ 72

Cirurgia de odontoma composto em paciente pediátrico _____________________________________________ 73

A importância do dentista no diagnóstico do câncer bucal: relato de caso ___________________________ 74

Abordagem cirúrgica de fratura de maxila e mandíbula decorrente de acidente motociclístico ______ 75

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7 Displasia fibrosa poliostótica ________________________________________________________________________ 76

Transmigração dentária de canino inferior __________________________________________________________ 77

Benefício antecipado em cirurgia ortognática: relato de caso ________________________________________ 78

Tratamento cirúrgico de fratura do complexo zigomático: relato de caso ____________________________ 79

Miositeossificante traumática do músculo temporal tratada por coronoidectomia bilateral e fisioterapia

agressiva: relato de caso ___________________________________________________________________________ 80

Princípios da perioimplantodontia aplicados à carga imediata unitária ______________________________ 81

Recobrimento radicular associado ao enxerto de tecido conjuntivo subepitelial e à proteína derivada

da matriz de esmalte (emdogain®) __________________________________________________________________ 82

Amelogênese imperfeita, hipomaturada: aspectos clínicos e radiográficos __________________________ 83

Associação da aplicação de oleato de etanolamina (ethamolin) e remoção cirúrgica no tratamento de

linfangioma bucal __________________________________________________________________________________ 84

Tratamento cirúrgico de rânula em paciente infantil: relato de caso _________________________________85

Ameloblastoma periférico - caso clínico ____________________________________________________________ 86

Tratamento cirúrgico para a remoção de corpo estranho em seio maxilar: relato de caso___________ 87

Atuação dos cirurgiões-dentistas no diagnóstico de ulceração traumática múltipla em língua em duas

usf-gv: relato de caso clínico _______________________________________________________________________ 88

Candidíase oral atípica em paciente psoríasico tratado com secuquinumabe: um efeito adverso ____ 89

Enxerto ósseo com matriz inorgânica de hidroxiapatita no tratamento cirúrgico de cisto radicular em

maxila: relato de caso _______________________________________________________________________________ 90

Acesso coronal para tratamento de fratura em terço superior da face ______________________________ 91

Displasia fibrosa monostótica em maxila: relato de caso ____________________________________________ 92

Fechamento de comunicação buco-sinusal com o corpo adiposo de bichat _________________________ 93

Tratamento cirúrgico em ferimento extenso em face ________________________________________________ 94

REVISÃO SISTEMÁTICA ______________________________________ 95 O surgimento de manifestação orais em pacientes de covid-19 ______________________________________ 95 O papel do peptídeo svvyglr na facilitação da regeneração tecidual por arcabouços de biomateriais a

partir da estimulação da angiogênese _______________________________________________________________ 96 Traumas de face: revisão de literatura 2010 a 2020, brasil ___________________________________________ 97 Tratamento cirúrgico versus funcional das fraturas condilares revisão sistemática da literatura ___ 98 Traumatismo dentário como vicissitude em pacientes com transtorno do espectro do autismo – revisão

sistemática da literatura ____________________________________________________________________________ 99 Histoplasmose orofaríngea associada ao vírus da imunodeficiência humana _______________________ 100 Perfil dos pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço e hpv positivos: revisão de

literatura ___________________________________________________________________________________________ 101 Anquiloglossia em recém-nascidos: dificuldades no aleitamento materno e benefícios da frenotomia

_____________________________________________________________________________________________________ 102 Eficácia da artrocentese no tratamento da desordem temporomandibular articular ________________ 103

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8 A aplicação de i-prf como adjuvante no tratamento da dor na articulação temporomandibular _____ 104 Doença de crohn - hematologia e manifestações orais _____________________________________________ 105 Neuralgia do nervo glossofaríngeo: contribuições da anatomia na prática do cirurgião dentista ____ 106 Utilização da imunoglobulina humana como adjuvante aos corticosteroides no tratamento do pênfigo

vulgar ______________________________________________________________________________________________ 107 Hipomineralização molar incisivo no paciente infantil ______________________________________________ 108 Conduta de tratamento frente a divergentes causas de hiperplasia fibrosa ________________________ 109 Utilização de ozonioterapia como coadjuvante terapêutica no tratamento de osteonecrose dos

maxilares induzida por bisfosfonatos _______________________________________________________________ 110 Prevalência da queilite actínica em trabalhadores rurais no brasil: uma revisão de literatura _______ 111 Terapia celular para regeneração de fissuras lábio-palatina: uma revisão sistemática _____________ 112 Utilização da laserterapia de baixa potência no tratamento da neuralgia do trigêmeo ______________ 113 Lesão periférica de células gigantes: diagnóstico diferencial, tratamento e conduta clínica ________ 114 O papel preventivo do cirurgião-dentista frente ao aparecimento de complicações buco-dentais em

pacientes de unidade de terapia intensiva (uti) _____________________________________________________ 115 Prevalência de injúrias na dentição decídua e suas sequelas: uma revisão de literatura ___________ 116 A relação entre a bulimia nervosa e o desgaste no esmalte dentário: revisão de literatura ________ 117 Hipótese diagnóstica de carcinoma espinocelular em base de língua com metástase linfonodal em

região cervical _____________________________________________________________________________________ 118 Utilização do corpo adiposo bucal para tratamento de comunicação buco-sinusal _________________ 119 Atuação odontológica em pacientes oncológicos pediátricos _______________________________________ 120 O uso da terapia fotodinâmica no manejo da candidíase oral _______________________________________ 121 Ação das drogas lícitas e ilícitas nas alterações da cavidade oral: uma revisão de literatura _______ 122 Eficácia da artroscopia e artrocentese no tratamento de distúrbios internos da articulação

temporomandibular ________________________________________________________________________________ 123 Complicações orais resultantes da radioterapia ____________________________________________________ 124 Distração osteogênica alveolar com finalidade de implantes dentários: revisão de literatura ______ 125 Quais os recursos usados na cirurgia ortognática minimamente invasiva? Revisão de literatura ___ 126 Associação de língua fissurada com psoríase: revisão sistemática e meta-análise ________________ 127 A toxina botulínica como alternativa para o tratamento da disfunção temporomandibular _________ 128 Cisto dentígero: abordagem das modalidades de tratamento _______________________________________ 129 Principais fatores de risco relacionados com o desenvolvimento do câncer bucal _________________ 130 Atuação da ozonioterapia em dentes cariados ______________________________________________________ 131 Sindrome da apnéia obstrutiva do sono: importância do conhecimento do cirurgião dentista e a

intervenção odontológica ___________________________________________________________________________ 132 Tumor odontogênico adenomatóide_________________________________________________________________ 133 Osteonecrose dos maxilares e sua relação com bisfosfonatos _____________________________________ 134 Cirurgia ortognática como preponderante no aumento da qualidade de vida _______________________ 135 Coronectomia: método preventivo para extração de terceiro molar na região de nervo alveolar inferior

_____________________________________________________________________________________________________ 136

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9 Técnicas rotatórias piezoelétricas versus técnicas rotatórias convencionais no pós-operatório da

extração de terceiros molares impactados _________________________________________________________ 137 Modificação dos tecidos moles associados a cirurgia ortognática: revisão de literatura ____________ 138 Extração como uma alternativa de caninos inferiores impactados na mandíbula. Revisão de literatura

_____________________________________________________________________________________________________ 139 Aspecto estético cicatricial influenciado pela técnica da cirurgia de lip lift _________________________ 140 Abordagens pré-operatórias em pacientes hipertensos ____________________________________________ 141 Repercussão neurológica do trauma maxilofacial __________________________________________________ 142 Reabilitação com implantes e protoco: uma revisão de literatura __________________________________ 143 A utilização do terceiro molar para transplante dental autógeno ___________________________________ 144 Medidas terapêuticas adotadas para a osteoartrite da articulação temporomandibular ____________ 145 Manifestações orais da covid-19 e suas relações com o quadro sistêmico e o prognóstico: revisão

integrativa da literatura atual_______________________________________________________________________ 146 Abordagens cirúrgicas em pacientes odontopediátricos acometidos por fissura lábio palatina _____ 147 Tumores odontogênicos ceratocísticos em pacientes com síndrome do carcinoma nevoíde basocelular

_____________________________________________________________________________________________________ 148 Cirurgia ortognática e a qualidade de vida submetida ao paciente __________________________________ 149 Cistos odontogênicos: aspectos gerais e epidemiológicos __________________________________________ 150 Aspectos epidemiológicos dos cistos odontogênicos inflamatórios _________________________________ 151 Resultados estéticos em tratamento orto-cirúrgico versus camuflagem ortodôntica para pacientes

com maloclusão esquelética _______________________________________________________________________ 152 Abordagem cirúrgica à pacientes com coagulopatias hereditárias _________________________________ 153 O uso da inteligência artificial como ferramenta facilitadora para o diagnóstico radiográfico: revisão

de literatura ________________________________________________________________________________________ 154 Utilização de enxerto autógeno de crista ilíaca pós ressecção de ameloblastoma em mandíbula.

Revisão de literatura _______________________________________________________________________________ 155 Uma análise dos traumas faciais em crianças ______________________________________________________ 156 Efeitos da pandemia do novo coronavírus nos serviços de ctbmf ___________________________________ 157 Infecções odontogênicas: angina de ludwig _________________________________________________________ 158 Uso da camomila como terapia complementar ao tratamento da mucosite oral ____________________ 159 Lesões maxilofaciais associadas ao hiv ____________________________________________________________ 160 Laserterapia de baixa potência no tratamento e prevenção de mucosite oral em pacientes sob

tratamento antineoplásico: revisão de literatura ___________________________________________________ 161 Técnica do retalho pediculado do corpo adiposo bucal no tratamento de fístula buco sinusal: uma

revisão de literatura ________________________________________________________________________________ 162

REVISÃO SIMPLES DE LITERATURA _________________________ 163 Diagnóstico e cuidados a quelite actínica: prevalência e fatores associados em trabalhadores garis

expostos a radiação solar. __________________________________________________________________________ 163

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10 Manifestações bucais em pacientes submetidos à quimioterapia, e a importância do cirurgião-dentista

dentro da equipe multidisciplinar ___________________________________________________________________ 164 A importância do cirurgião dentista no diagnóstico de doenças sistêmicas: paracoccidioidomicose 165 Odontologia preventiva e sua relação com a trombose do seio cavernoso (tsc) ____________________ 166 Doença periodontal e doença inflamatória intestinal: uma possível associação bidirecional? _______ 167 Utilização do tórus palatino e mandibular como material para enxerto ósseo autógeno na odontologia

atual ________________________________________________________________________________________________ 168 Odontectomia parcial intencional como tratamento para terceiros molares inferiores impactados _ 169 Parestesia do nervo alveolar inferior pós exodontia de terceiros molares _________________________ 170 Abordagens e condutas sobre os principais tipos de ameloblastoma na clínica odontológica ______ 171 Osteonecrose induzida por bisfosfonato ____________________________________________________________ 172 Sarcoma de kaposi e sua associação a aids ________________________________________________________ 173

Benefícios da artrocentese em pacientes portadores de disfunção temporomandibular ____________ 174

RELATO DE EXPERIÊNCIA ___________________________________ 175 Abordagem acadêmica sobre a importância da conscientização e da prevenção de patologias orais:

relato de experiência _______________________________________________________________________________ 175 Vicissitudes da atuação de estudante com fissura labiopalatina no curso de graduação em odontologia:

relato de experiência _______________________________________________________________________________ 176 Ciência como base para desenvolvimento da prática clínica: relato da experiência no projeto _____ 177 Confecções de macromodelos anatômicos funcionais no ensino e na aprendizagem da anatomia –

relato de experiência _______________________________________________________________________________ 178 Vicissitudes da atuação de monitores de cirurgia maxilofacial durante a pandemia do coronavírus:

relato de experiência _______________________________________________________________________________ 179 A importância das atividades online desenvolvidas por ligas acadêmicas frente ao isolamento social

imposto pela covid-19 ______________________________________________________________________________ 180 Perfil dos atendimentos e efetividade das medidas de prevenção em um projeto “adequação bucal do

paciente com neoplasia maligna de cabeça e pescoço” _____________________________________________ 181

PESQUISA CIENTÍFICA ______________________________________ 182 Análises dos procedimentos de diagnóstico e cirúrgico do câncer em região de cabeça e pescoço no

rio grande do norte _________________________________________________________________________________ 182 Prevalência de gengivite descamativa em pacientes com líquen plano oral ________________________ 183 Relação da expressão de foxp3 com aspectos clínicos e histopatológicos associados à transformação

maligna da leucoplasia oral ________________________________________________________________________ 184 Perfil espacial do câncer na região de glândula parótida analisados 18 anos no nordeste brasileiro 185

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SIMPÓSIO DE PATOLOGIA E CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL Liga Acadêmica de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares

Simpósio de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial

Dias 19 e 20 de março de 2021

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Rëlåtø dë çåßø

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS NÃO QUERATINIZANTE EM OROFARINGE: DESAFIO DIAGNÓSTICO

Breno Araújo Borges Castro¹.; Gustavo Leite Coelho Martins de Oliveira¹.; Daniele Sorgatto Faé¹., Bruno Augusto Linhares Almeida Mariz2., Oslei Paes de Almeida2.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Faculdade de Odontologia de Piracicaba – FOP UNICAMP

Introdução: O Carcinoma de Células Escamosas (CEC) representa, aproximadamente, 94% de todas as malignidades orais. Sua etiologia é multifatorial e pode estar vinculado a um conjunto de fatores intrínsecos ou extrínsecos. Em lesões intraorais, os locais mais acometidos são borda lateral de língua seguido por assoalho de boca, e em ordem decrescente de frequência outros sítios de envolvimento são o palato mole, gengiva, mucosa jugal, mucosa labial e palato duro. Suas características clínicas podem se apresentar como lesões leucoplásicas, eritroplásicas, leucoeritroplásicas bem como lesões tumorais exofiticas e endofíticas. Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar o diagnóstico de um CEC não queratinizante em região de orofaringe. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 50 anos de idade, compareceu à clínica com queixa de lesão em boca há 60 dias e tosse. Relatou ainda dor na região. Ao realizar o exame extraoral, linfonodos palpáveis na região submandibular e cervical à direita foram observados. Ao exame intraoral, foi observada lesão em palato se estendendo para orofaringe, com fístula em palato mole à direita, associada à área eritematosa extensa, com discreto aumento de volume em palato duro e mole. Tomografia computadorizada de feixe cônico não evidenciou destruição óssea. Foi realizada biópsia incisional, cuja análise histopatológica foi inespecífica, sendo observadas ilhas de células neoplásicas malignas em meio a estroma de tecido conjuntivo fibroso. Notou-se necrose e intensa atipia celular nas ilhas. Para o diagnóstico definitivo de CEC não queratinizado, realizou-se reações laboratoriais de imuno-histoquímica. Os marcadores Ki67, CK14, p63 foram positivos, enquanto os marcadores CK7, S100, P16 e actina de músculo liso foram negativos. Conclusão: Esse caso destaca a dificuldade do diagnóstico do CEC em palato, com características clínicas e histopatológicas inespecíficas, sendo necessária a utilização de imuno-histoquímica para diagnóstico conclusivo.

Palavras-chave: carcinoma de células escamosas, imuno-histoquímica, diagnóstico.

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Rëlåtø dë çåßø

LESÃO EM BORDA LATERAL DE LÍNGUA: CARCINOMA ESPINOCELULAR E LEUCOPLASIA COM DISPLASIA

MODERADA

Davi Cunha Bernardo¹.; Hemily Duarte Silva¹.; Renan Sales2., Fernanda Mombrini Pigatti1., Rose Mara Ortega1., Daniele Sorgatto Faé¹.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Clínica Privada

Introdução: O câncer bucal é o sexto tumor mais comum e está entre as dez principais causas de morte no mundo. É uma doença multifatorial que possui como fatores etiológicos o consumo de álcool, o tabagismo, deficiências alimentares, vírus HPV e a exposição excessiva à luz solar. Ele pode ser precedido por lesões que possuem um maior risco de transformação em um tumor maligno, as chamadas desordens potencialmente malignas. As mais comuns são a leucoplasia, a eritroplasia e a queilite actínica. A borda lateral de língua e o assoalho bucal são os locais de maior probabilidade de desenvolvimento do carcinoma espinocelular (CEC). O diagnóstico precoce é a forma de melhorar o prognóstico do paciente, aumentando sua qualidade de vida e diminuindo tratamentos complexos e invasivos. Objetivo: O trabalho objetiva relatar um caso clínico de CEC. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 56 anos de idade compareceu a consultório odontológico para avaliação de mancha na língua, com histórico de biópsia prévia sem diagnóstico definido. Ao exame intraoral observou-se presença de lesão leucoplásica extensa em borda lateral de lingual, dorso lingual e assoalho bucal do lado direito, com evolução de 2 anos. A hipótese diagnóstica foi de líquen plano e leucoplasia e foram realizadas duas biópsias incisionais, uma na região anterior e outra na região posterior de língua. Através da análise histopatológica concluiu-se que se tratava de um carcinoma espinocelular na região anterior e a região posterior apresentava hiperceratose, acantose e displasia moderada. Conclusão: Esse caso destaca a importância da realização adequada de biópsia, incluindo em locais diferentes para lesões de grande extensão, para que sejam realizados diagnóstico e tratamento adequados.

Palavras-chave: carcinoma espinocelular, leucoplasia, câncer bucal.

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Rëlåtø dë çåßø

AMELOBLASTOMA EM REGIÃO POSTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Juliana Jadyvisky dos Santos¹.; Iasmyn Paranhos de Oliveira¹.; Denis Tales Reis2.; Fernanda Mombrini Pigatti1.; Rose Mara Ortega1.; Daniele Sorgatto Faé¹.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE

Introdução: O ameloblastoma é uma neoplasia odontogênica benigna de origem epitelial, de crescimento lento e assintomático, localmente agressivo e que acomete predominantemente a mandíbula. Radiograficamente é descrito como lesão radiolúcida multilocular, com aspecto de “bolhas de sabão" ou “favos de mel”. A expansão vestibular e lingual das corticais e a reabsorção das raízes dos dentes adjacentes ao tumor é comum. É classificado como ameloblastoma, ameloblastoma unicístico e periférico. O tratamento varia desde enucleação seguida por curetagem até a ressecção em bloco. A recidiva pode ocorrer anos após o tratamento inicial e o período de 5 anos livre de doença não indica cura. Objetivo: O presente resumo tem como objetivo relatar um caso de ameloblastoma em mandíbula. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 14 anos, procurou serviço de cirurgia com histórico de lesão em região posterior de mandíbula, lado esquerdo, com aumento de volume na região há cerca de quatro meses. Observou-se expansão da cortical óssea e rompimento por vestibular e lingual. A punção aspirativa revelou líquido de coloração escura. O material de tecido mole, irregular, fibro-elástico e pardo-enegrecido medindo 1,3 x 0,8 x 0,4 cm. Aspectos microscópicos revelaram lesão cística, exibindo revestimento epitelial com células basais hipercromáticas, em paliçada e células luminais eosinofílicas. Adjacente às células luminais notou-se áreas semelhantes ao retículo estrelado. Observou-se tecido conjuntivo fibroso, vascularizado, com infiltrado inflamatório crônico mínimo. Esses aspectos indicaram diagnóstico de ameloblastoma. Conclusão: O tratamento do ameloblastoma, na maioria dos casos, é cirúrgico e radical. A avaliação clínica e radiográfica dos pacientes pode auxiliar, entretanto o exame histopatológico é conclusivo para o diagnóstico e conduta terapêutica do caso.

Palavras-chave: ameloblastoma, mandíbula, diagnóstico, tratamento.

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CARCINOMA ESPINOCELULAR E CARCINOMA VERRUCOSO SIMULTANEAMENTE EM BORDA LATERAL DE LÍNGUA: RELATO

DE CASO

Laís Heringer Mendes Coelho¹.; Iara Vieira Ferreira¹.; Daniele Sorgatto Faé¹.; Gleicilaine Rodrigues Gonçalves2.; Letícia Fernandes Dias2.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família

Introdução: O carcinoma espinocelular (CEC) pode se manifestar de muitas formas em boca, como: lesões brancas, erosivas, ulceradas ou proliferativas. As lesões podem ocorrer tanto em lábio quanto no interior da cavidade bucal, sendo a língua e o assoalho bucal os sítios mais acometidos. O carcinoma verrucoso é uma variante de baixo grau do carcinoma espinocelular oral e a lesão surge como uma placa espessa, difusa, bem delimitada, indolor, com projeções papilares ou verrucosas na superfície. O diagnóstico histopatológico de carcinoma verrucoso é desafiador e requer uma biópsia incisional adequada. Objetivo: O trabalho objetiva relatar um caso clínico de CEC e carcinoma verrucoso presente em borda lateral de língua simultaneamente. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 85 anos de idade, compareceu a unidade de saúde da família para avaliação de lesão em língua. Ao exame intraoral observou-se presença de lesão verruciforme em região anterior da borda lateral de língua do lado esquerdo, com coloração semelhante à mucosa bucal. Foi observada ainda uma lesão extensa em borda lateral de língua, adjacente a lesão verrucosa, mas em região posterior, de aspecto nodular, exofítico, medindo cerca de 3 cm, com superfície verrucosa e esbranquiçada, assintomática. Com as hipóteses diagnósticas de carcinoma verrucoso e CEC, foram realizadas duas biópsias incisionais, uma na região anterior e outra na região posterior. Através do histopatológico concluiu-se que se tratava de um carcinoma verrucoso na região anterior e CEC na região posterior. Conclusão: Este relato de caso mostrou uma lesão oral que apresentou áreas de carcinoma verrucoso e CEC. Destaca-se a importância da realização adequada da biópsia, principalmente em lesões extensas, para que assim o tratamento e prognóstico sejam adequados.

Palavras-chave: carcinoma espinocelular, carcinoma verrucoso, neoplasias malignas.

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RELATO DE CASO: FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO EM MAXILA

Laura Martins Curtinhas¹.; Ana Laura Barbosa Marques Avelar¹.; Daniele Sorgatto Faé¹., Renan Sales2., Rose Mara Ortega1.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares Introdução: Processos proliferativos de caráter inflamatório em resposta a diversos tipos de agressões à cavidade oral são bastante comuns e geralmente se manifestam como lesões nodulares. O fibroma ossificante periférico é um tipo de lesão nodular proliferativa, não neoplásica, que acomete principalmente a gengiva, na região de papila interdental. Sua patogênese ainda é incerta, mas acredita-se que advenha do ligamento periodontal. Objetivo: Relatar um caso clínico de fibroma ossificante periférico e ressaltar os aspectos histológicos dessa lesão. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, compareceu ao consultório com queixa principal de “aumento de gengiva entre os dentes” há cerca de 06 meses. À oroscopia, a lesão apresentava-se como um nódulo de base séssil de consistência fibro-elástica, de superfície lisa, com coloração semelhante à mucosa, assintomática e localizado na região de gengiva entre os dentes pré-molares no lado direito. Procedeu-se a biópsia excisional. Os aspectos histopatológicos revelaram fragmento de mucosa exibindo epitélio escamoso estratificado pavimentoso ceratinizado e hiperplásico. Adjacente ao epitélio, notou-se a presença de tecido de granulação e em profundidade, tecido conjuntivo fibroso celularizado, com presença de numerosas trabéculas mineralizadas. Após a análise histopatológica foi confirmado o diagnóstico de fibroma ossificante periférico. Conclusão: É fundamental que os aspectos da lesão sejam reconhecidos, considerando a semelhança de sua apresentação clínica à outras lesões que acometem a gengiva. Além disso, deve-se destacar a realização da biópsia excisional e envio do material para análise anatomopatológica para diagnóstico definitivo.

Palavras-chave: fibroma ossificante periférico, fibroma, lesão reacional.

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CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS CLÁSSICOS

Maryelle Lopes de Paula¹.; Samantha Silva Neves¹.; Daniele Sorgatto Faé¹.; Fernanda Mombrini Pigatti1.; Rose Mara Ortega1.; Celso Najar Rios2.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE

Introdução: O ceratocisto odontogênico é um cisto do desenvolvimento originado a partir de restos celulares da lâmina dental, tende a ser agressivo, porém benigno e com potencial para recidivas. A mandíbula é acometida em 60 a 80% dos casos, com predileção para o envolvimento do corpo posterior e do ramo da mandíbula, com discreta preferência por homens. Objetivo: Discutir como se demonstra radiograficamente, clinicamente, histologicamente e condutas tomadas diante do caso. Relato de caso: Paciente do sexo masculino,13 anos, compareceu ao consultório com achado radiográfico de lesão radiolúcida circunscrita na região do 48, com cerca de 5cm de diâmetro com extensão para o ramo mandibular, preservando as corticais, com hipótese diagnóstica de ceratocisto odontogênico. Na macroscopia, fragmento de tecido mole, fixado em formol, elíptico, superfície lisa, fibro-elástica, coloração parda, medindo 1,3 x 0,4 x 0,3 cm e 2 fragmentos incluídos em um cassete. Na microscopia, lesão cística, epitélio de revestimento estratificado pavimentoso paraceratinizado, por vezes, corrugada. Notou-se hipercromatismo na camada basal e células dispostas em paliçada. Observou-se interface plana de tecido conjuntivo e uma cápsula cística composta por tecido conjuntivo fibroso vascularizado. Com base nos achados histopatológicos, concluiu-se que se tratava de um ceratocisto odontogênico. Conclusão: É importante observar as características histopatológicas para chegar a um diagnóstico definitivo, pois o ceratocisto pode se assemelhar a outros cistos do desenvolvimento como o cisto dentígero, periodontal lateral, radicular e residual. Tratamento pode ser realizado através de enucleação, curetagem, marsupialização e descompressão e o acompanhamento clínico e radiográfico é essencial para evitar recidivas.

Palavras-chave: ceratocisto, cisto odontogênico, cisto de desenvolvimento.

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CARCINOMA ESPINOCELULAR ENVOLVENDO ASSOALHO DE BOCA E MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Pollyana Pereira Luciano de Souza¹.; Mayse Garcia Genelhu de Abreu¹.; Daniele Sorgatto Faé¹.; Ricardo Axer Avelino2.; Rose Mara Ortega1.; Fernanda Mombrini Pigatti1.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Clínica Privada

Introdução: Mucocele é causada pela ruptura de um ducto de glândula salivar, resultando no extravasamento de mucina para dentro dos tecidos moles próximos. Predominantemente ocorre em lábio inferior, caracterizando-se como uma bolha, de tamanho variável, coloração igual à mucosa adjacente ou azulada. Geralmente é assintomática e autolimitante, mas há lesões de natureza crônica que necessitam de excisão cirúrgica. Objetivo: Este trabalho visa apresentar uma mucocele com apresentação clínica atípica e seus aspectos histopatológicos. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 18 anos, compareceu ao consultório odontológico apresentando lesão sublingual, com histórico de redução e aumento de volume. O exame clínico evidenciou hiperplasia e glossocele. Devido ao tamanho e localização da lesão, optou-se pela realização de uma biópsia excisional e o material foi enviado ao Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares para análise histopatológica. Na macroscopia foi analisado o fragmento de tecido mole fixado em formol, de formato elíptico, superfície lisa, consistência fibro-elástica, coloração parda e medindo 0,8x0,4x0,4cm. Os aspectos microscópicos revelaram fragmentos de mucosa oral, exibindo epitélio estratificado pavimentoso paraceratinizado. Em lâmina própria observou-se formação de cavidade exibindo tecido de granulação na periferia e centralmente observou-se material mucóide, escassos macrófagos espumosos e células inflamatórias. Esses aspectos foram compatíveis com mucocele. Conclusão: A realização da biópsia é indispensável como exame complementar ao exame clínico, auxiliando no diagnóstico definitivo das alterações do sistema estomatognático, especialmente em casos como a mucocele, que pode assumir aspectos clínicos diversificados.

Palavras-chave: mucocele, lesão sublingual, biópsia excisional.

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MUCOCELE DE ASPECTO ATÍPICO EM REGIÃO SUBLINGUAL: RELATO DE CASO

Rafaela Caires Santos¹.; Larissa da Silva Araújo¹.; Daniele Sorgatto Faé¹.; Celso Najar Rios2.; Rose Mara Ortega1., Fernanda Mombrini Pigatti1.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE

Introdução: Mucocele é causada pela ruptura de um ducto de glândula salivar, resultando no extravasamento de mucina para dentro dos tecidos moles próximos. Predominantemente ocorre em lábio inferior, caracterizando-se como uma bolha, de tamanho variável, coloração igual à mucosa adjacente ou azulada. Geralmente é assintomática e autolimitante, mas há lesões de natureza crônica que necessitam de excisão cirúrgica. Objetivo: Este trabalho visa apresentar uma mucocele com apresentação clínica atípica e seus aspectos histopatológicos. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 18 anos, compareceu ao consultório odontológico apresentando lesão sublingual, com histórico de redução e aumento de volume. O exame clínico evidenciou hiperplasia e glossocele. Devido ao tamanho e localização da lesão, optou-se pela realização de uma biópsia excisional e o material foi enviado ao Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares para análise histopatológica. Na macroscopia foi analisado o fragmento de tecido mole fixado em formol, de formato elíptico, superfície lisa, consistência fibro-elástica, coloração parda e medindo 0,8x0,4x0,4cm. Os aspectos microscópicos revelaram fragmentos de mucosa oral, exibindo epitélio estratificado pavimentoso paraceratinizado. Em lâmina própria observou-se formação de cavidade exibindo tecido de granulação na periferia e centralmente observou-se material mucóide, escassos macrófagos espumosos e células inflamatórias. Esses aspectos foram compatíveis com mucocele. Conclusão: A realização da biópsia é indispensável como exame complementar ao exame clínico, auxiliando no diagnóstico definitivo das alterações do sistema estomatognático, especialmente em casos como a mucocele, que pode assumir aspectos clínicos diversificados.

Palavras-chave: mucocele, lesão sublingual, biópsia excisional.

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LEUCOERITROPLASIA EXTENSA EM PALATO: RELATO DE CASO

Regina Mara Santos de Almeida¹.; Thaynara Alves de Freitas¹.; Daniele Sorgatto Faé¹.; Rose Mara Ortega1.; Fernanda Mombrini Pigatti.1; Renato Álvares Cabral2.; Sibele Nascimento de Aquino¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Universidade Vale do Rio Doce - Univale Introdução: A leucoplasia oral é definida como uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença. É considerada a desordem potencialmente maligna mais comum, representando 85% dessas lesões. A etiologia é desconhecida, associada ao tabaco e álcool, sendo mais comum em homens acima dos 50 anos. A aparência clínica é variada, pode estar associada à eritroplasia, sendo nesses casos comumente observada displasia epitelial. Objetivo: Relatar caso clínico de paciente diagnosticado com leucoeritroplasia, com presença de displasia epitelial. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 59 anos, compareceu ao consultório para consulta. Ao exame clínico, observou-se a presença de lesão plana, de fundo eritematoso, com áreas esbranquiçadas e com evolução de mais de um ano, na região de palato duro direito. A hipótese diagnóstica foi leucoplasia/eritroplasia. Foi realizada biópsia incisional da lesão e realizada análise histopatológica. Os aspectos microscópicos revelaram fragmento de mucosa oral, que exibia epitélio estratificado pavimentoso hiperqueratinizado, acantótico, com áreas de hiperplasia e displasia epitelial moderada. Em lâmina própria, foi observada a presença de áreas de destruição da camada basal, tecido conjuntivo fibroso, infiltrado inflamatório crônico moderado a intenso e presença de vasos. O diagnóstico foi de hiperceratose, acantose e displasia moderada, compatível com diagnóstico clínico de leucoeritroplasia e a paciente foi encaminhada para remoção cirúrgica da lesão. Conclusão: A leucoeritoplasia oral é uma lesão oral potencialmente maligna, sendo importante a realização da biópsia nas áreas mais comprometidas para descartar displasia intensa, processos neoplásicos e realizar o tratamento adequado da lesão.

Palavras-chave: leucoeritroplasia, desordem potencialmente maligna, biópsia.

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SIALOLITÍASE EM GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: RELATO DE CASO

Maria Fernanda Moreira Alves¹.

¹ Universidade de Guarulhos – UnG

Introdução: A Sialolitíase é uma alteração das glândulas salivares, representada pela obstrução da glândula ou de seu ducto excretor devido a formação de um sialolito, resultando na diminuição do fluxo salivar. A glândula submandibular é mais acometida , seguida da glândula parótida e sublingual. A sialolitíase pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em adultos acima de 40 anos, tendo um predileção pelo gênero masculino. O tratamento vai depender do tamanho e localização do sialolito, podendo variar de estimulação da saliva até a remoção cirúrgica do sialolito com sua glândula envolvida. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é apresentar um relato de caso clínico, da faculdade de Guarulhos. Relato de caso: Paciente SLT, sexo feminino, 47 anos, compareceu à Clínica de Diagnóstico Bucal, queixando-se de inchaço na região direita do rosto. Na história da doença atual, a paciente relatou episódios recorrentes de aumento volumétrico em região de glândula submandibular. No entanto, o crescimento notado, naquele momento, apesar de indolor, julgava ser atípico pois não evoluiu com remissão como nas outras vezes e o tempo de evolução era próximo a 20 dias. No exame físico extra bucal, foi observada assimetria facial em razão de aumento em região submandibular direita. No exame físico intra bucal, constatou-se área endurecida em região de assoalho bucal à direita. O exame radiográfico oclusal mandibular revelou estrutura radiopaca alojada em região submandibular direita. A ultrassonografia de glândulas salivares maiores evidenciou estrutura hiperecogênica, medindo aproximadamente 2,5 x 1,9 cm, localizada em segmento inferior do ducto secundário da glândula submandibular direita, gerando dilatação e edema glandular. Diante dos achados clínicos e dos exames complementares, a hipótese diagnóstica foi de Sialolitíase submandibular. Procedeu-se a uma avaliação conjunta do cirurgião de cabeça e pescoço e do cirurgião bucomaxilofacial para planejamento do caso. A paciente foi submetida à cirurgia para remoção do sialolito em ambulatório. O material coletado foi encaminhado para avaliação histopatológica. A paciente se encontra em proservação. Conclusão: O diagnóstico precoce da Sialolitíase é fundamental para um correto tratamento. Se existe sialodenite prévia, o paciente deve ser medicado com antibiótico até a melhora do quadro para uma intervenção cirúrgica posterior. Para os sialolitos localizados na metade anterior do ducto, estes necessitam de uma intervenção cirúrgica para sua remoção, na maioria dos casos. Palavras-chave: sialolitíase, submandibular, sialolito, cirurgia.

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LIPOMA PLEOMÓRFICO SEM COMPONENTE ADIPOSO EM MUCOSA JUGAL: RELATO DE UM CASO RARO E ANÁLISE

IMUNO-HISTOQUÍMICA

John Lennon Silva Cunha1.; Carolina Peres Mota2.; Ivan José Correia Neto3.; Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque-Júnior4.; Sílvia Ferreira de Sousa2.; Bruno Augusto Benevenuto de Andrade5.; Oslei Paes de Almeida1, Ciro Dantas Soares1.

1 Universidade Estadual de Campinas (FOP/UNICAMP) 2 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 3 Universidade de São Paulo (USP) 4 Universidade Tiradentes (UNIT) 5 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Introdução: Os lipomas pleomórficos são variantes histológicas extremamente raras na cavidade oral. Devido à significativa sobreposição de achados morfológicos com diversos tumores benignos e malignos de tecidos moles, e especialmente na ausência de adipócitos, o diagnóstico é desafiador. Objetivo: Relatar as características clínico-patológicas e imunohistoquímicas de um caso raro de uma variante livre de gordura do lipoma pleomórfico em cavidade oral. Relato de caso: Uma paciente do sexo feminino, 48 anos, caucasiana, apresentou-se no serviço de estomatologia clínica com um nódulo indolor em mucosa jugal esquerda de coloração semelhante a mucosa circunjacente. Microscopicamente, a lesão apresentou células fusiformes atípicas e numerosas células gigantes multinucleadas do tipo “floret-like” imersas em um estroma de conjuntivo densamente colagenizado. Análises imunohistoquímicas foram realizadas e a lesão exibiu forte positividade para vimentina e CD34. A triptase de mastócitos destacou numerosos mastócitos distribuídos por todo o estroma tumoral. Proteína S-100, pan-citoqueratina (AE1/AE3), desmina, α-SMA, EMA, CD68, STAT6, Bcl-2, MDM2 e CDK4 foram negativos. Foi realizada excisão cirúrgica conservadora, e nenhuma recidiva foi observada após 13 meses de acompanhamento. Conclusão: A análise histopatológica e imunohistoquímica cuidadosa dessas lesões é recomendada para garantir o diagnóstico correto e fornecer tratamento adequado por meio de uma abordagem cirúrgica conservadora. Palavras-chave: lipoma, patologia bucal, neoplasias bucais.

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OSTEONECROSE MAXILAR ASSOCIADA AO USO DE BISFOSFONATOS: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Jailton Gomes Amancio da Silva¹.; Cleiton Rone dos Santos Lima¹.; Gabriel Araujo da Silva².; Yuri Kalinin³.; Ivan José Correia Neto4.

¹ Faculdade de Odontologia de Pernambuco ² Universidade Cidade de São Paulo ³ Universidade Metodista de São Paulo 4 Universidade de São Paulo Introdução: Os bisfosfonatos são fármacos sintéticos utilizados em casos de osteoporose pós-menopausa. Estas drogas apresentam alguns efeitos colaterais conhecidos, porém, recentemente foi identificada uma nova complicação, com manifestação bucal, denominada Osteonecrose Associada aos Bisfosfonatos, também conhecida como Osteonecrose dos Maxilares. Objetivo: Descrever um caso clínico de osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bisfosfonatos, bem como suas características clínicas e a conduta adotada. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 69 anos, diabética e hipertensa não compensada. Na anamnese, relatava ter realizado tratamento para osteoporose com alendronato de sódio por cerca de quatro anos. Ao exame clínico intra-oral, apresentava exposição óssea, há seis meses, em região anterior de maxila, sem sintomatologia. Ao exame radiográfico panorâmico, apresentava área mista mal definida, sem sequestro ósseo central. Como o quadro clínico não apresentava sintomatologia, nem sequestro ósseo, foi proposto tratamento conservador com bochechos diários com clorexidina 0,12% com acompanhamento mensal. Após cinco meses, apresentou áreas de sequestro ósseo, sendo então solicitada tomografia computadorizada de feixe cônico para avaliação e planejamento cirúrgico. Foi realizada sequestrectomia em dois tempos cirúrgicos. Os fragmentos foram submetidos à análise histopatológica que evidenciaram fragmentos de tecido ósseo lamelar com focos de necrose multifocal. A paciente segue em acompanhamento, sem novas exposições ósseas. Conclusão: O quadro favorece o diagnóstico de osteonecrose dos maxilares por uso de alendronato. A paciente segue em acompanhamento e posteriormente será reabilitada com próteses removíveis. Palavras-chave: osteonecrose, osteonecrose associada a bisfosfonatos, diagnóstico, tratamento.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR DE AMELOBLASTOMA EXTENSO EM MANDÍBULA

Thaís Cristina Esteves Pereira¹.; André Caroli Rocha².; Alessandro Antônio Costa Pereira¹.; Nelson Pereira Marques¹.; João Adolfo Costa Hanemann¹.

¹ Universidade Federal de Alfenas. Alfenas-MG. ² Hospital Regional Sul. São Paulo - SP. Introdução: O ameloblastoma é uma neoplasia odontogênica benigna que acomete os ossos maxilares e que apresenta um comportamento agressivo e destrutivo. Seu tratamento é, na maioria das vezes, radical, causando mutilação nos pacientes; e ainda assim apresenta altas taxas de recidiva. Objetivo: relatar um caso clínico de um paciente portador de um ameloblastoma extenso em mandíbula tratado de maneira conservadora. Relato do caso: paciente do gênero masculino, 24 anos, compareceu à Clínica de Estomatologia da UNIFAL-MG, encaminhado pela sua cirurgiã-dentista, para avaliação de lesão em mandíbula. Durante a anamnese, o paciente relatou ter notado o aparecimento de um aumento volumétrico, assintomático, há aproximadamente um ano. O exame físico extrabucal revelou a presença de uma tumefação localizada em região massetérica do lado esquerdo. À oroscopia, notou-se a presença de uma área ulcerada localizada posteriormente ao dente 37 e o apagamento do fundo de vestíbulo nessa região. Os exames radiográfico e tomográfico demonstraram a presença de uma lesão radiolúcida, multilocular, localizada em corpo e ramo mandibular esquerdo, causando expansão das corticais vestibular e lingual. Foi realizada uma biópsia incisional e o diagnóstico microscópico foi de Ameloblastoma Plexiforme. O paciente foi encaminhado ao Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Regional Sul, em São Paulo-SP, e submeteu-se à excisão cirúrgica conservadora da lesão e exodontias do 36, 37 e 38. Atualmente, o paciente encontra-se em proservação em nossa Clínica e não apresenta sinais de recidiva da lesão. Conclusão: este relato de caso clínico ilustra a possibilidade de se tratar ameloblastomas extensos de forma conservadora, evitando mutilações e sequelas graves, sobretudo em pacientes jovens. Palavras-chave: ameloblastoma, tumores odontogênicos, tratamento.

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TRATAMENTO DE FRATURA DE MÉDIA ENERGIA EM TERÇO MÉDIO DE FACE: RELATO DE CASO CLÍNICO

SALLES LS¹.; ARNAUT DR¹.; BRITO WF¹.; MAGALHÃES HT¹.; SILVA AHA².; MENEZES VCB².

¹ Centro Universitário Newton Paiva ² Clínica Privada, Rua Araguari 1705, sl801, 30190-111 Belo Horizonte/MG, Brasil. Introdução: As fraturas que acometem o processo zigomático são de extrema complexidade e é necessária conhecimento anatômico e experiência do cirurgião, para o tratamento adequado. O zigoma atua como dissipador e transmissor das forças mastigatórias, além de oferecer proteção ao globo ocular. Objetivo: Relatar o caso de tratamento de fratura do complexo zigomático com foco na estética pós operatória. Relato de caso: Paciente 44 anos, sexo masculino, vítima de acidente ciclístico e encaminhado ao Hospital Santa Rita, na cidade de Contagem/MG. Ao exame clínico observou-se parestesia infraorbitária, equimose subconjuntival esquerda, blefarohematoma esquerdo, degrau em bordo orbitário esquerdo, oculomotricidade normal e pupilas fotoreagentes. Paciente nega diplopia esquerda. Ao exame de imagem, tomografia computadorizada, observou-se imagem sugestiva de deslocamento do osso zigomático esquerdo, fratura de assoalho orbitário esquerdo, fratura de parede lateral e medial de orbita esquerda. Paciente foi submetido às incisões infra orbital e palpebral superior, com redução cruenta da fratura e fixação interna rígida com mini-placas e parafusos de titânio sistema 2.0, na sequência de sutura frontozigomática, rebordo infraorbitário e assoalho de órbita. Foi suturado por planos, em bloco cirúrgico sob anestesia geral. Conclusão: O conhecimento anatômico da região onde se pretende abordar cirurgicamente é primordial para a escolha da melhor técnica cirúrgica e material cirúrgico, minimizando possíveis complicações e favorecendo a reabilitação estética e funcional. Palavras-chave: órbita, malar, trauma.

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ASSIMETRIA FACIAL DECORRENTE DE NEUROFIBROMATOSE TIPO I: RELATO DE CASO

Bárbara Maia¹.; Larissa Souza, André Aguiar¹.; Samila Rezende¹.; André Silva,Gustavo Meyer¹.; Belini Maia¹.

¹ PUC-MG Introdução: A neurofibromatose tipo I caracteriza-se como uma doença autossômica dominante com alto grau de variabilidade da expressão clínica. Manifestações que contemplam o complexo bucomaxilofacial também são descritas na literatura envolvendo, direta ou indiretamente, o cirurgião-dentista no diagnóstico e no tratamento desta síndrome.Dentre diversas manifestações clínicas, a assimetria facial é uma delas, porém é extremamente rara. Objetivo: Relatar a manifestação clínica e alternativas de correção da assimetria facial decorrente de neurofibromatose tipo I. Relato de caso: Paciente IMP, 27 anos, diagnosticada com neurofibromatose aos 9 anos, compareceu ao ambulatório queixando-se de assimetria hemi facial esquerda, com consequente deformidade funcional e estética. Ao exame físico observou-se manchas “café com leite” e aumento de volume na região da parótida esquerda. Foi realizado ressecção tumoral (paratidectomia com linfadenectomia). Após a ressecção, foi realizado reconstrução mandibular com prótese de ATM. Após a instalação da prótese de ATM, foi realizada cirurgia ortognática para correção da assimetria facial, visto que havia uma discrepância dos maxilares em relação a base do crânio.Após dois anos da cirurgia, a paciente apresentava uma assimetria facial decorrente da neurofibromatose. Com isso, foi optado por realizar uma nova cirurgia com finalidade estética, através da confecção e instalação de próteses de PMMA. Conclusão: Assimetria facial decorrente da neurofibromatose é uma condição rara, porém devastadora. Entretanto,em casos onde grandes destruições ósseas foram utilizadas formas de reabilitação, como: próteses de ATM, cirurgia ortognática e biovolume de PMMA. Palavras-chaves: patologia, cirurgia ortognática, neurofibromatose.

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RECONSTRUÇÃO E REABILITAÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA COM ENXERTO AUTÓGENO DE CALOTA CRANIANA - RELATO DE

CASO

Wilson Silva Falco Afonso¹.; Cristóvão Marcondes de Castro¹.; Izabella Sol¹.; Daniela Meneses Santos¹.; Jonas Dantas Batista¹.; Claudia Jordão Silva¹.

¹ Universidade Federal de Uberlândia Introdução: A maxila é uma estrutura óssea contendo seis paredes, que dão suporte ao globo ocular, delimitam cavidades oral e nasal, constitui a região anterior do palato, a margem alveolar e alojam os seios maxilares. As reabsorções ósseas da maxila ocorrem devido a traumas, ablação de tumores e hipotrofia por desuso, além de fatores congênitos. A indicação para uma reconstrução maxilar dependerá principalmente da extensão do defeito, na qual se busca a estruturação do arco maxilar, propiciando condições para a reabilitação dental com implantes osteointegrados e oclusão normal. Objetivo: O objetivo desse trabalho é apresentar um caso de reconstrução de maxila com enxerto autógeno de calota craniana e posterior reabilitação. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 52 anos, sem alergias ou comorbidades, compareceu ao serviço de CTBMF da Universidade Federal de Uberlândia (Uberlândia, MG) com queixa estética e funcional. Ao exame clínico, observou-se edentulismo superior e inferior associado a atrofia maxilar grave. Espessura limitada e deficiência vertical foram notadas no rebordo alveolar, estando associadas a queixas de falta de retenção da prótese pelo paciente. Exames radiográficos e tomográficos evidenciaram reabsorção severa do rebordo maxilar. Foi então realizada a reconstrução sob anestesia geral com enxerto de calota craniana para restaurar o volume da crista superior, com associação de levantamento bilateral do seio maxilar para aumento da altura da região posterior, e restauração com implantes endósseos. Conclusão: Por conseguinte, o osso autógeno atua como um importante material osteogênico e osteoindutor, além de expressar propriedade osteocondutora devido à liberação dos fatores de crescimento durante a cicatrização. Palavras-chave: maxila atrófica, edentulismo, enxerto autógeno, reabilitação.

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RESSECÇÃO MANDIBULAR PARA TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA E RECONSTRUÇÃO COM ENXERTO

AUTÓGENO DE CRISTA ILÍACA - RELATO DE CASO

Wilson Silva Falco Afonso¹.; Cristóvão Marcondes de Castro¹.; Izabella Sol¹.; Daniela Meneses Santos¹.; Claudia Jordão Silva¹.; Lair Mambrini Furtado¹.

¹ Universidade Federal de Uberlândia Introdução: Ameloblastomas são neoplasias odontogênicas epiteliais benignas, caracterizados por proliferações semelhantes aos pré-ameloblastos e ao retículo estrelado do órgão do esmalte. Sendo um dos tumores odontogênicos mais comuns, se distingue pelo comportamento clinicamente agressivo, apesar da natureza benigna, apresentando grande potencial de destruição dos tecidos locais e grande expansão óssea, o que favorece maior morbidade e risco de recorrência após o tratamento. Imaginologicamente visualizado como lesões císticas, uniloculares ou multiloculares. Objetivo: O objetivo deste estudo foi relatar o caso de um paciente acometido por ameloblastoma unicístico, com posterior reconstrução mandibular. Relato de caso: Homem de 65 anos, foi encaminhado por cirurgião-dentista ao Programa de Cuidados Específicos às Doenças Estomatológicas da Universidade Federal de Uberlândia, apresentando lesão radiolúcida extensa em região posterior de mandíbula direita, apresentando-se clinicamente como um aumento em fundo de vestíbulo. Paciente negou alergias e comorbidades. Foi então realizada biopsia incisional e análise histopatológica do fragmento, que confirmou o diagnóstico de ameloblastoma. Optou-se pela ressecção do tumor sob anestesia geral. Após 13 meses de acompanhamento radiográfico e clínico iniciou-se planejamento de reconstrução do defeito com enxerto de cristã ilíaca. Após realização de terapia hiperbárica na região, foi realizado enxerto autógeno de crista ilíaca associado ao uso de L-PRF. Conclusão: Devido ao alto índice de recidiva das lesões tratadas de forma mais conservadora, o tratamento mais preconizado para o ameloblastoma é a ressecção cirúrgica. Além disso, o enxerto com osso autógeno possui propriedades importantes, como osteocondução e osteoindução. Palavras-chave: neoplasia, ameloblastoma, ressecção, enxerto autógeno.

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TRATAMENTO DE HIPERPLASIA CONDILAR: RELATO DE CASO CLÍNICO

SALLES LS¹.; ALBUQUERQUE DR¹.; ANDRADE RV¹.; JAEGER F¹.; ARAUJO AVA¹.; MOTTA GF¹.; COELHO RCP¹.; PINTO-JUNIOR AAC¹.

¹ Equipe CTBMF Hospital Evangélico de Belo Horizonte Introdução: A hiperplasia condilar (HC) é uma doença idiopática rara, sua etiologia não está clara e é provavelmente multifatorial, relacionada a trauma prévio, patologias locais, influência hereditária, hormonal ou genética, com predileção pelo sexo feminino. O tratamento proposto, se a patologia estiver ativa é a condilectomia alta, porém se inativa, lança mão de cirurgia ortognática. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente diagnosticada com HC. Relato de caso: Paciente de 23 anos, sexo feminino, apresentou-se com queixa estética facial e funcional mastigatória, com piora progressiva em curto período. Ao exame físico, observou-se laterognatismo mandibular, mordida cruzada posterior esquerda, mordida aberta posterior direita e dor à palpação em região pré-auricular esquerda. Exames complementares revelaram aumento das dimensões do côndilo esquerdo em relação ao direito (tomografia) e hipercaptação em côndilo esquerdo (cintilografia óssea) compatível com diagnóstico de HC. A paciente foi submetida à condilectomia alta sob anestesia geral, visando a interrupção do crescimento da cabeça da mandíbula. A paciente evoluiu sem complicações e, atualmente, encontra-se em acompanhamento de 10 meses, sem sinais de recidiva e em tratamento para correção da deformidade dentoesquelética através de cirurgia ortognática, em segundo tempo cirúrgico. Conclusão: A condilectomia alta parece ser uma boa opção para a HC e a definição de realização do tratamento em uma ou duas etapas dependerá principalmente da severidade da hiperplasia. Palavras-chave: côndilo mandibular, hiperplasia, cirurgia ortognática.

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SINUSITE MAXILAR ODONTOGÊNICA PELO DESLOCAMENTO DE RAIZ DENTAL DURANTE EXODONTIA DE MOLAR SUPERIOR:

RELATO DE CASO DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO

Douglas Teixeira da Silva¹.; Marcelo Dias Moreira de Assis Costa².; Étore Goulart Chagas².; Lia Dietrich¹.; Ludmila Cássia Lopes Pinheiro¹.; Luiz Renato Paranhos².

¹ Prática Privada ² Universidade Federal de Uberlândia Introdução: Durante a exodontia de molares superiores pode ocorrer o deslocamento de fragmentos radiculares em direção ao seio maxilar, ocasionando a sinusite maxilar odontogênica aguda. Objetivo: Este estudo teve por objetivo relatar, desde o diagnóstico até tratamento, de um caso de sinusite maxilar odontogênica originada por um fragmento de raiz dental deslocado para o seio durante uma extração dental prévia. Relato de caso: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética local sob protocolo #3.543.535 (CAAE:17973319.6.0000.8078). Uma paciente do sexo feminino, 13 anos, compareceu à consulta odontológica acompanhada da mãe para uma avaliação com queixa de dor no lado esquerdo do rosto há 3 meses. Relatou que na semana anterior houve rápida evolução do quadro clínico, apresentando sinais característicos de sinusite, rinorreia, dor de cabeça e nos olhos. O exame clínico demonstrou dor à palpação na região bucal do primeiro molar superior esquerdo, extraído há 4 meses. Foi solicitada a tomografia computadorizada de feixe-cônico que mostrou a presença de um corpo estranho dentro do seio maxilar. Concluído o diagnóstico final da sinusite maxilar odontogênica, o tratamento selecionado foi antibioticoterapia profilática 3 dias antes e remoção cirúrgica do fragmento por meio de acesso ao seio maxilar pela técnica Caldwell-Luc. A paciente ficou em observação semanal por um mês, até remissão total dos sintomas. Conclusão: O correto diagnóstico, planejamento e o uso adequado das técnicas cirúrgicas descritas na literatura são essenciais para a prevenção das iatrogenias. Do mesmo modo o profissional deve estar preparado para solucionar eventuais complicações. Neste caso a paciente recebeu o tratamento adequado, teve o problema solucionado e não apresentou novas intercorrências. Palavras-chave: doença iatrogênica, sinusite maxilar, relato de casos, complicações pós-operatórias.

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MUCOCELE ORAL PROVOCADA POR MORDIDA ACIDENTAL: RELATO DE CASO

Samara Crislâny Araújo de Sousa¹.; Clara Martins Maia¹.; Ismael Lima Silva¹.; Layla Beatriz Barroso de Alencar¹.; Vitória Freitas de Araújo¹.; José Henrique de Araújo Cruz².; Raquel Lira Braga da Silva³.; Douglas Benício Barros Henrique³.; Bruno Firmino de Oliveira³.

¹ Universidade Federal de Campina Grande ² Pós-graduando em Ortodontia pela FUNORTE Núcleo Campina Grande ³ Pós-graduando pelo Instituto de Odontologia das Américas – IOA Campina Grande Introdução: Mucocele oral é definida como fenômeno de retenção ou extravasamento de muco, decorrente de traumatismos mecânicos, que comprimem e vedam o ducto das glândulas salivares menores, impossibilitando a secreção de saliva. Embora existam outras modalidades de tratamento para essa lesão, a remoção cirúrgica com bisturi é considerada a mais comum. Objetivo: relatar um caso de excisão cirúrgica de mucocele em mucosa labial inferior e discutir acerca das diferentes terapias, cirúrgicas ou não. Relato de caso: Paciente E.P.C., 37 anos de idade, gênero masculino, feoderma, procurou atendimento odontológico no Centro de Saúde Odontominas (Patos-PB), referindo “bolha no lábio que aumentava e diminuía ao longo do dia” que persistia há 2 meses após mordedura acidental. Ao exame clínico intraoral verificou-se lesão com aproximadamente 4 mm de diâmetro, na região mediana da mucosa labial inferior, de aspecto bolhoso, delimitada, de base séssil, superfície lisa e flutuante à palpação, com coloração semelhante a mucosa circunjacente. A hipótese diagnóstica foi de mucocele e a conduta terapêutica compreendeu a remoção cirúrgica da lesão com bisturi e glândulas associadas. Após antissepsia extra-oral e intra-oral com clorexidina a 2% e 0,2%, respectivamente, realizou-se anestesia infiltrativa e seguiu-se com incisão em forma de elipse utilizando lâmina de bisturi de aço inox estéril N° 15 e exérese da lesão com auxílio de pinça Adson. As glândulas salivares menores próximas à lesão foram removidas. Procedeu-se com a divulsão dos tecidos e síntese por meio de sutura simples com fio de seda 4.0. Conclusão: A remoção completa da mucocele e glândulas salivares acessórias, bem como a ausência de recidivas, caracterizou o sucesso na abordagem do caso. Palavras-chave: mucocele, cirurgia bucal; diagnóstico bucal.

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TRATAMENTO DE ANQUILOGLOSSIA PARCIAL ATRAVÉS DE FRENECTOMIA: RELATO DE CASO

Samara Crislâny Araújo de Sousa¹.; Clara Martins Maia¹.; Ismael Lima Silva¹.; Layla Beatriz Barroso de Alencar¹.; Vitória Freitas de Araújo¹.; José Henrique de Araújo Cruz².; Raquel Lira Braga da Silva³.; Douglas Benício Barros Henrique³.; Bruno Firmino de Oliveira³.

¹ Universidade Federal de Campina Grande ² Pós-graduando em Ortodontia pela FUNORTE Núcleo Campina Grande ³ Pós-graduando pelo Instituto de Odontologia das Américas – IOA Campina Grande Introdução: a anquiloglossia é uma anormalidade de desenvolvimento caracterizada pela inserção anormal do frênulo lingual na região de ápice da língua, dificultando a amplitude de movimentos desse órgão. Objetivo: relatar um caso clínico de tratamento de frenectomia lingual convencional em paciente com anquiloglossia parcial. Relato de caso: Paciente P.B.S., gênero masculino, 16 anos de idade, leucoderma, procurou a Clínica de Odontologia do Centro de Saúde Odontominas (Patos-PB) referindo “língua presa”. Durante a anamnese foi constatado a dificuldade do paciente de pronunciar determinados fonemas, quadro característico de indivíduos com alterações na motricidade lingual. Ao exame clínico intraoral, foi evidenciado freio lingual curto, inserido próximo à ponta da língua, causando limitação da amplitude dos movimentos do órgão. Durante os testes de fala e deglutição, observou-se que essa inserção baixa do freio era a causa da dificuldade na fala do paciente. Diante disso, foi realizado frenectomia lingual de forma convencional. Assim, após exame clínico, realizou-se antissepsia intraoral através do bochecho com solução de clorexidina a 0,2% e extraoral com clorexidina a 2%. Posteriormente, sob efeito de anestesia bilateral com Cloridrato de Lidocaína a 2% associado à Epinefrina 1:100.000, a língua foi laçada com fio de sutura seda 3.0 para estabilização e, em seguida, foi fixada com pinça hemostática, enquanto a incisão era realizada com lâmina de bisturi no 15. Por conseguinte, divulsionou-se com tesoura metzenbaum e a sutura foi feita com fio de sutura seda 4.0. Conclusão: O pós-operatório deste procedimento demonstra melhoria na capacidade de movimentação do órgão com previsibilidade positiva quando associada a tratamento fonoaudiológico para uma reeducação. Palavras-chave: anquiloglossia, freio lingual, odontologia.

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FRENECTOMIA LABIAL SUPERIOR COM FINS ORTODÔNTICOS PARA FECHAMENTO DE DIASTEMA

Clara Martins Maia¹.; Samara Crislâny Araújo de Sousa¹.; Joane Lílian de Oliveira Alves¹.; Myllena Silva Queiroz¹.; Rosana Marques da Silva¹.; José Henrique de Araújo Cruz².; Raquel Lira Braga da Silva³.; Douglas Benício Barros Henrique³.; Bruno Firmino de Oliveira³.

¹ Universidade Federal de Campina Grande ² Pós-graduando em Ortodontia pela FUNORTE Núcleo Campina Grande ³ Pós-graduando pelo Instituto de Odontologia das Américas- IOA Campina Grande Introdução: o freio labial é uma dobra na membrana mucosa que vai do lábio superior ou inferior à mucosa alveolar. O seu posicionamento anormal pode resultar em consequências funcionais e estéticas, ocasionando prejuízos à integridade da saúde bucal. Objetivo: relatar o caso clínico de freio labial superior fibroso associado a diastema interincisal em paciente ortodôntico. Relato de caso: Paciente L.G.M., gênero masculino, 16 anos de idade, leucoderma, em tratamento ortodôntico interceptativo, foi encaminhado pelo ortodontista da Clínica de Odontologia do Centro de Saúde Odontominas (Patos-PB), com indicativo de frenectomia labial superior. O motivo para indicação cirúrgica foi presença de freio labial superior fibroso, que caso fosse mantido, não permitiria a estabilidade do caso após o fechamento do espaço interincisivo. Ao exame clínico intraoral, foi evidenciado freio lingual curto e hipertrófico, inserido próximo à papila interincisivos. A conduta terapêutica compreendeu a frenectomia labial superior de forma convencional. Após exame clínico, realizou-se antissepsia intraoral através do bochecho com solução de clorexidina a 0,2% e extraoral com clorexidina a 2%. Posteriormente, sob efeito de anestesia infiltrativa regional do nervo alveolar superior complementando na região de rebordo junto à inserção mais baixa do freio, com Cloridrato de Lidocaína a 2% associado à Epinefrina 1:100.000, foi realizada a fixação do freio labial com pinça hemostática, enquanto a incisão era realizada com lâmina de bisturi nº 15. Por conseguinte, divulsionou-se com tesoura metzenbaum e a sutura foi feita com fio de sutura seda 4.0. Conclusão: o tratamento indicado foi eficaz caracterizado pela estabilidade pós-cirúrgica, pois ocorreu o fechamento do diastema da linha média maxilar. Palavras-chave: freio labial, diastema, ortodontia.

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TRATAMENTO DE SEQUELA DE FRATURA ORBITÁRIA: RELATO DE CASO

Gabriel Sousa Lima.; Mirlany Mendes Maciel Oliveira¹.; Daniela Meneses Santos¹.; Cristovão Marcondes de Castro Rodrigues. Instituiçã¹.; Izabella Sol¹.; Marcelo Caetano Pereira da Silva¹.; Claudia Jordão Silva¹.; Claudia Jordão Silva¹.

¹ Universidade Federal de Uberlândia Instituição Introdução: O tratamento de sequelas de traumas orbitais é uma atividade desafiadora. As fraturas envolvendo órbita, complexo zigomático e naso-óbito-etmoidal correspondem a 30 a 50% das fraturas faciais. A orbita é uma pirâmide de base quadrangular nas quais suas paredes variam consideravelmente em espessuras, onde as fraturas do terço médio e anterior da órbita são muito comuns. Objetivo: é discorrer sobre o tratamento de sequelas de fraturas orbitárias, por meio de uma exemplificação. Relato de caso: paciente do gênero masculino, 27 anos, vítima de fratura panfacial em junho de 2017, foi operado pelo serviço de CTBMF da Universidade Federal de Uberlândia. No pós operatório, paciente seguiu com sequelas devido ao trauma e foi decidida uma nova abordagem. Foi realizado ressonância magnética que não evidenciou alteração da morfologia da musculatura ou formação de conteúdo expulsivo. Concomitantemente foi solicitado tomografia de face que evidenciou posicionamento tridimensional de material de osteossíntese. Como planejamento foi confeccionado biomodelo 3D, espelhamento do lado esquerdo no lado direito para dobra de tela de titânio no pré- operatório. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, realizando acesso subciliar a direita, divulsão por planos, acesso e retirada do material de osteossíntese previamente instalado. Em seguida, foi realizada instalação de nova tela de titânio, associada a Geofoam E L- PRF. No pós operatório, foi observada melhora da distopia e diplopia ocular. Conclusão: dessa forma, uma completa avaliação oftalmológica do paciente é obrigatória para evitar lesões oculares e preservar a visão. Além disso, a intervenção cirúrgica deve basear-se em um comprometimento funcional ou estético. Palavras-chave: fraturas, sequelas, órbita.

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LIPOMA INTRABUCAL: RELATO DE CASO CLÍNICO

Anna Luísa de Castro Mafra Rodrigues¹.; Bárbara de Oliveira Horvath Pereira¹.; Rayana de Souza e Silva¹.; Cláudio Maranhão Pereira¹.

¹ UNIP (Universidade Paulista) – DF. Introdução: Os lipomas são alterações mesenquimais benignas originadas de células do tecido adiposo, sendo comumente recobertos por uma fina camada de cápsula fibrosa. São considerados um dos tumores mais frequentes no corpo humano, sendo de raro aparecimento na cavidade oral e região maxilofacial. Na cavidade bucal, geralmente se apresentam como massas nodulares moles, de crescimento lento, bem delimitado, indolores, de rara recidiva e assintomática, com sua base séssil ou pediculada, única ou lobulada. Tal neoplasia é idiopática e seu diagnóstico baseia-se em suas características clínicas em conjunto com a análise histopatológica da lesão, que possibilita uma conclusão mais exata. O tratamento dessa neoplasia é feito pela excisão cirúrgica total e conservadora, diminuindo a possibilidade de recidiva. Objetivo: Relatar um caso clínico de um paciente do sexo masculino, com 47 anos de idade e história de nódulo em região de fundo de sulco vestibular esquerdo inferior há cerca de um ano. Além disso, evidenciar a importância do diagnóstico e tratamento corretos desse tipo de alteração mesenquimal. Relato de caso: Foram realizados a anamnese e o exame clínico minucioso com o paciente. Ele foi submetido à biópsia excisional e, após a análise histopatológica, constatou-se o diagnóstico de lipoma intrabucal. Conclusão: É de suma importância o conhecimento, pelo cirurgião-dentista, das alterações e patologias que podem acometer a cavidade bucal. O diagnóstico correto e o estabelecimento de uma conduta clínica ideal são fundamentais para a qualidade de vida e restabelecimento das funções estomatognáticas do paciente. Palavras-chave: lipoma, neoplasias, biópsia.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-PATOLÓGICAS E TRATAMENTO DO AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO: RELATO DE CASO

Gilberto Abdala Silva¹.; Fabio Franceschini Mitri¹.; Anaíra Ribeiro Guedes Fonseca Costa¹.; Jonas Dantas Batista¹.; João César Guimarães Henriques¹.

¹ Universidade Federal de Uberlândia Introdução: O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno de origem epitelial, localmente invasivo, de curso lento e que apresenta consideráveis taxas de recidivas. É considerado o tumor odontogênico benigno mais relevante clinicamente, sendo atualmente classificado como “ameloblastoma”, “ameloblastoma unicístico” e “ameloblastoma periférico ou extraósseo”. A variante unicística é a segunda mais prevalente, respondendo por aproximadamente 15% de todos os ameloblastomas, mostrando características singulares especialmente em pacientes mais jovens. Objetivo: Este trabalho tem por finalidade aclarar os aspectos clínicos, imaginológicos, histopatológicos, terapêuticos e prognósticos envolvidos com o ameloblastoma unicístico do subtipo mural. Relato de caso: O presente trabalho relata o caso do atendimento de um paciente adulto jovem acometido pelo tumor na região de corpo e ramo da mandíbula, com envolvimento do segundo e terceiro molar inferior direito. Neste caso clínico, o tratamento de escolha para o ameloblastoma unicístico foi, inicialmente, a marsupialização da lesão e posteriormente a enucleação com ostectomia periférica e exodontia dos dentes envolvidos. Conclusão: Esta opção de tratamento demonstrou bons resultados, diminuindo os danos ao paciente quando bem indicada, para isso é essencial um diagnóstico precoce e assertivo associando características clínicas e histopatológicas. O paciente segue em proservação cautelosa, visto que o padrão de proliferação do tipo mural requer uma maior atenção dada a sua maior possibilidade de recidiva. Palavras-chave: ameloblastoma, tumores odontogênicos, osso e ossos, mandíbula.

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ABORDAGEM CIRÚRGICA ASSOCIADA À CRIOTERAPIA DE AMELOBLASTOMA MANDIBULAR UNICÍSTICO COM

SEGUIMENTO DE 19 ANOS

Gabriel Sousa Lima¹.; Daniela Meneses Santos¹.; Cristovão Marcondes de Castro Rodrigues¹.; Izabella Sol¹.; Vinícius Lima de Almeida¹.; Ricardo Pedro da Silva¹.; Danyella Carolyna Soares dos Reis¹.; Claudia Jordão Silva¹.

¹ Universidade Federal de Uberlândia Instituição Introdução: O Carcinoma de Células Escamosas (CEC) representa, aproximadamente, 94% de todas as malignidades orais. Sua etiologia é multifatorial e pode estar vinculado a um conjunto de fatores intrínsecos ou extrínsecos. Em lesões intraorais, os locais mais acometidos são borda lateral de língua seguido por assoalho de boca, e em ordem decrescente de frequência outros sítios de envolvimento são o palato mole, gengiva, mucosa jugal, mucosa labial e palato duro. Suas características clínicas podem se apresentar como lesões leucoplásicas, eritroplásicas, leucoeritroplásicas bem como lesões tumorais exofiticas e endofíticas. Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar o diagnóstico de um CEC não queratinizante em região de orofaringe. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 50 anos de idade, compareceu à clínica com queixa de lesão em boca há 60 dias e tosse. Relatou ainda dor na região. Ao realizar o exame extraoral, linfonodos palpáveis na região submandibular e cervical à direita foram observados. Ao exame intraoral, foi observada lesão em palato se estendendo para orofaringe, com fístula em palato mole à direita, associada à área eritematosa extensa, com discreto aumento de volume em palato duro e mole. Tomografia computadorizada de feixe cônico não evidenciou destruição óssea. Foi realizada biópsia incisional, cuja análise histopatológica foi inespecífica, sendo observadas ilhas de células neoplásicas malignas em meio a estroma de tecido conjuntivo fibroso. Notou-se necrose e intensa atipia celular nas ilhas. Para o diagnóstico definitivo de CEC não queratinizado, realizou-se reações laboratoriais de imuno-histoquímica. Os marcadores Ki67, CK14, p63 foram positivos, enquanto os marcadores CK7, S100, P16 e actina de músculo liso foram negativos. Conclusão: Esse caso destaca a dificuldade do diagnóstico do CEC em palato, com características clínicas e histopatológicas inespecíficas, sendo necessária a utilização de imunohistoquímica para diagnóstico conclusivo. Palavras-chave: carcinoma de células escamosas, imunohistoquímica, diagnóstico.

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TRATAMENTO DE FRATURA BILATERAL EM MANDÍBULA ATRÓFICA: RELATO DE CASO

Marcos Dyllan de Souza BRAGA¹.; Bruno de Macedo SANTANA².; Altamir Oliveira de FIGUEIREDO FILHO².; Fabrício Souza LANDIM².; Nelson Studart ROCHA².; Fábio Andrey da Costa ARAÚJO².

¹ Universidade Paulista - UNIP ² Universidade de Pernambuco (UPE). Hospital Universitário Oswaldo Cruz Introdução: Os principais agentes etiológicos das fraturas mandibulares são os acidentes automobilísticos seguidos dos episódios de quedas e as agressões. A fratura atrófica da mandíbula edêntula é uma patologia importante para os cirurgiões devido às dificuldades associadas à perda severa de tecido ósseo e à má qualidade e vascularização desse tecido. Objetivo: Apresentar um caso de osteossíntese de fratura bilateral de mandíbula em paciente idoso vítima de queda à própria altura utilizando sistema de placa 2.4 locking. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 82 anos de idade, encaminhado ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, queixando-se de dor ao mastigar e dormência do lábio direito. Na anamnese paciente relatou ter sido vítima de queda da própria altura durante caminhada, negando perda de consciência ou vômito. Considerando dados colhidos na anamnese paciente classificado com ASA II. Paciente foi submetido intubação nasotraqueal, o acesso cirúrgico de escolha foi o submandibular, para acesso amplo das linhas de fratura. Após acesso as fraturas foram reduzidas e simplificadas por meio da fixação de miniplacas de do sistema 2.0 com parafusos monocorticais na região da base da mandíbula. Com as linhas de fraturas estabilizadas e contorno anatômico mandibular restabelecido, uma placa do sistema 2.4 locking modelada e fixada com parafusos bicorticais. Após seis meses o paciente retornou ao serviço não apresentando queixas nem alterações aos exames de imagem, recebendo alta do ambulatório. Conclusão: A individualização do tratamento de fraturas mandibulares é de fundamental importância, especialmente em pacientes edêntulos que apresentam mandíbulas atróficas. Palavras-chave: Ferimentos e lesões, Reconstrução, Redução Aberta, Arcada Edêntula.

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ABORDAGEM CIRÚRGICA PARA RETRATAMENTO DE FRATURA MANDIBULAR APÓS TRATAMENTO CONSERVADOR COM FIO DE

KIRSCHNER: RELATO DE CASO

Marcos Dyllan de Souza BRAGA¹.; Bruno de Macedo SANTANA².; Altamir Oliveira de FIGUEIREDO FILHO².; Fabrício Souza LANDIM².; Nelson Studart ROCHA².; Fábio Andrey da Costa ARAÚJO².

¹ Cirurgião-Dentista. Universidade Paulista-UNIP ² Universidade de Pernambuco (UPE). Hospital Universitário Oswaldo Cruz Introdução: A escolha do tratamento correto como primeira abordagem das fraturas dos ossos faciais é importante para redução da morbidade operatória. Técnicas conservadoras ou não convencionais podem ter efeito paradoxal se não forem bem indicadas, sendo necessária uma segunda abordagem para tratamento definitivo. Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar um caso de retratamento de fratura de corpo mandibular direito, fixada anteriormente com fio de kirschner. Relato de caso: Paciente Z. F. C., 25 anos, sem comorbidades associadas, encaminhado ao serviço de cirurgia bucomaxilofacial por queixar-se de desoclusão dentária após fratura mandibular fixada anteriormente com fio de kirschner. A hipótese diagnóstica foi acidente de trabalho. Ao exame clínico e intra oral, apresentou-se sintomático, com assimetria facial, encurtamento do perímetro do arco mandibular e má oclusão. Ao exame de imagem notou-se a presença de desalinhamento dos segmentos ósseos fraturados O paciente foi então, submetido a redução e fixação óssea sob anestesia geral e instalação de duas miniplacas do sistema 2.0 nas zonas de tensão e compressão. O acompanhamento clínico e radiográfico nos meses subsequentes demonstrou correta consolidação óssea, simetria facial, ausência de sintomas, abertura bucal funcional com excursões de lateralidade favoráveis, denotando o sucesso do tratamento. Conclusão: O tratamento de fixação óssea através do fio de kirschner apresenta indicações reduzidas dentro dos traumatismos faciais atuais. A decisão por redução e fixação e pelo uso de miniplacas para tratamento definitivo como primeira escolha pode ser considerado a conduta menos invasiva frente a indicação de cada caso e a possibilidade de novas abordagens após condutas conservadoras. Palavras-chave: Fios Ortopédicos, Pseudoartrose, Ferimentos e Lesões, Fixadores Internos.

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DIAGNÓSTICO E REABILITAÇÃO DA AMELOGÊNESE IMPERFEITA: UM RELATO DE CASO

Anna Cecilia Silva Santana¹.; Vitor Carvalho Rodrigues¹.; Antônio Afonso Sommer¹.; Patricia Cristine de Oliveira Afonso Pereira¹.; Rodrigo Soares de Andrade¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM Introdução: Durante o desenvolvimento dental, o esmalte é normalmente sintetizado como uma matriz extracelular, fenômeno conhecido como amelogênese. A falha nesse processo pode acarretar na má formação do esmalte dental, denominada de Amelogênese Imperfeita (AI). A AI, por causar uma deficiência qualitativa e/ou quantitativa do esmalte dental, apresenta características como hipersensibilidade, estética insatisfatória, dimensão vertical reduzida, mordida aberta anterior, acúmulo de placa e maior susceptibilidade à cárie e à gengivite. Objetivo: Relatar um caso de AI, descrevendo as principais características da doença, o diagnóstico e o plano de tratamento reabilitador, visando a melhoria da estética e o reestabelecimento da função do sistema estomatognático da paciente. Relato de caso: M.A.S.B., sexo feminino, 5 anos, leucoderma, deu entrada no Centro Clínico Odontológico do UNIPAM com queixa álgica em vários dentes. Na entrevista clínica a responsável informou que os dentes da criança tinham os mesmos defeitos dos dentes da mãe e do irmão. Durante o exame clínico foi observado: perda de estrutura dentária generalizada, alteração de cor, superfícies rugosas, hipersensibilidade e comprometimento estético. O tratamento envolveu restaurações com cimento de ionômero de vidro e resina composta, extração de raízes residuais dos incisivos superiores anteriores e confecção de um mantenedor de espaço funcional e estético. Conclusão: O diagnóstico precoce associado a um correto plano de tratamento é essencial para uma abordagem mais conservadora e com foco na prevenção dos efeitos da AI. Em casos avançados, restaurar a função e a estética é primordial para melhorar a qualidade de vida do paciente. Palavras-chave: amelogênese imperfeita; características clínicas; reabilitação oral.

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GRANULOMA CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Éwerton Machado Veloso¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Diego Machado de Oliveira¹.; Ridalton Carlos de Morais¹.; Guilherme da Rocha Scalzer Lopes².; Jefferson David Melo de Matos².; Leonardo Jiro Nomura Nakano².; Valdir Cabral Andrade¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares (UFJF-GV) ² Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Introdução: O granuloma central de células gigantes (GCCG) é uma lesão benigna, intraóssea, que consiste em um tecido fibroso com focos de hemorragia, agregação de células gigantes multinucleadas e trabéculas ósseas. Objetivo: Relatar caso clínico de paciente diagnosticada com GCCG. Relato de caso: Paciente de 59 anos, sexo feminino, compareceu ao consultório odontológico privado queixando-se de "incômodo no fundo de vestíbulo". Ao exame intraoral, detectou-se mobilidade no implante dentário na região do 14 e fístula gengival vestibular em maxila anterior, explorando-a através do cateterismo, que indicou alteração inflamatória no dente 13 ao exame radiográfico, além de espessamento do ligamento periodontal e extensa perda óssea. Realizou-se o tratamento endodôntico nos dentes 13 e 14, porém houve insucesso no reparo tecidual e progressiva reabsorção óssea observada na proservação. Nesta perspectiva, a paciente foi encaminhada para a clínica de cirurgia da UFJF-GV para curetagem da lesão acompanhada de tomografia computadorizada, em que observou-se lesão radiolúcida extensa e rarefação óssea envolvendo os elementos dentários 12, 13 e 14. Durante o procedimento, os dentes próximos à lesão apresentaram-se com mobilidade, intervindo-se posteriormente com esplintagem. O material coletado foi enviado para análise histopatológica que revelou características sugestivas de GCCG. Para diagnóstico diferencial do tumor marrom do hiperparatireoidismo, solicitou-se exame bioquímico do sangue para avaliação dos níveis de hormônio PTH e dosagem de cálcio e fósforo, que confirmou o diagnóstico de GCCG. Conclusão: Este caso destaca a importância da correlação entre os achados clínicos, laboratoriais, radiográficos e histopatológicos para o correto diagnóstico e tratamento da paciente. Palavras-chave: cirurgia maxilofacial, granuloma de células gigantes, patologia bucal.

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DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR UTILIZANDO IMAGEM POR INFRAVERMELHO: UM RELATO DE CASO CLÍNICO

Débora Pereira de Almeida¹.; Guilherme Baranda Morais de Souza¹.; Fernanda Gomes do Espírito Santo¹.; Thaynara Dorigheto Fernandes¹.; Mabel de Freitas Lopes¹.; Luciano Ambrósio Ferreira¹.

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA. Introdução: A imagem por infravermelho consiste em um exame complementar para avaliar a temperatura corporal com base na emissão de radiação infravermelha. Trata-se de uma técnica não ionizante e não invasiva que captura e registra a distribuição térmica da superfície cutânea avaliada por meio das alterações na microcirculação dos pacientes frente a diferentes condições patológicas. Objetivos: O presente relato teve como objetivo demonstrar a utilização do exame complementar por infravermelho no diagnóstico diferencial de Disfunção Temporomandibular de origem muscular e articular. Relato de Caso: Paciente CFAF, 30 anos, sexo masculino, chegou na clínica de DTM da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Queixou-se de dor articular que irradiava para o lado direito da face. Através do exame de palpação e exame funcional, verificou-se a presença de crepitação durante movimentos, desvio corrigido, dores durante a palpação da ATM, retrodiscal, músculo pterigóideo medial direito e masseter bilateral. A imagem infravermelha demonstrou aumento de temperatura na ATM do lado direito compatível com atividade inflamatória, além da hipertermia na região de inserção do masséter direito sugerindo ponto gatilho miofascial em atividade. Conclusão: Segundo os estudos, a termografia é um exame útil para diagnóstico diferencial de dor orofacial muscular e articular manifestadas na região da articulação temporomandibular (ATM). Embora pouco utilizada na Odontologia, a termografia se apresenta como um exame complementar eficaz para detecção de inflamações articulares, assim como de pontos gatilho miofasciais. Palavras-chave: odontologia, músculos mastigatórios, disfunções da articulação temporomandibular, termografia infravermelha.

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GRANULOMA POR CORPO ESTRANHO EM LÍNGUA: RELATO DE CASO

Vitor Carvalho Rodrigues¹.; Luiz Fernando Braga de Andrade¹.; Victor Hugo Pereira Sousa¹.; Helvécio Marangon Júnior¹.; Douglas Magalhães de Paula¹.; Rafael Martins Afonso Pereira¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM Introdução: Substâncias estranhas ao organismo podem penetrá-lo por trauma local, provocando inicialmente uma resposta inflamatória aguda, mediada por neutrófilos que, quando falham ao lidar com corpos estranhos, gera uma resposta inflamatória granulomatosa. Os granulomas de corpo estranho são coleções de células gigantes do tipo corpo estranho, frequentemente circundadas por células mononucleares, formadas pela fusão de macrófagos. A formação de granuloma tem sido associada a uma variedade de condições, como: granulomas de sílica no lábio, resultante da injeção de silicone; reação de células gigantes de corpo estranho provocada por alginato hemostático; e implantação acidental do amálgama dentário. O correto diagnóstico clínico e imaginológico é fundamental para que o cirurgião-dentista escolha uma conduta terapêutica e cirúrgica apropriada, visando o melhor tratamento possível, sem nenhum prejuízo para o paciente. Objetivo: Descrever um relato de caso de um granuloma de corpo estranho, formado na língua, a partir da penetração de um espinho de pequi, em um paciente de 76 anos. Relato de caso: O paciente deu entrada no consultório queixando-se de forte dor na região lateral esquerda da língua. Frente a isso, foi realizada uma ultrassonografia da lesão e, posteriormente, a remoção cirúrgica da mesma, que foi submetida à análise histopatológica. Ao exame microscópico, evidenciou-se uma reação inflamatória local do tipo corpo estranho, caracterizada pela proliferação de macrófagos e infiltrado mononuclear predominantemente linfocítico. Conclusão: O tratamento cirúrgico, associado a um correto exame complementar, produziu resultados satisfatórios ao paciente, com excelente recuperação e ausência de sequelas. Palavras-chave: corpo estranho; granuloma; histopatológico.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, RADIOGRÁFICAS E TRATAMENTO DO AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO: RELATO DE CASO

Bruno Vieira Albernaz¹.; Noemi de Oliveira Souto¹.; Gustavo Amaral Lauand¹.; Antonio Dionízio de Albuquerque Neto².; Vinicius Pollo².

¹ Faculdade Pitágoras de Uberlândia; ² Associação Brasileira de Odontologia – Campinas Introdução: O Ameloblastoma Unicístico (AU) é um tumor de epitélio odontogênico, benigno, que tem preferência por pacientes jovens e afeta em 90% dos casos a mandíbula na região posterior. É assintomático, de crescimento lento, indolor e pode causar assimetria facial. Radiograficamente se exibe com uma imagem radiolúcida, circunscrita que pode envolver ou não uma coroa de um dente. Suas características histopatológicas podem-se apresentar 3 subtipos: Luminal; Intraluminal e Mural. Objetivo: Apresentar as características clínicas, radiográficas de um AU e tratamento através enucleação com osteotomia periférica da loja óssea. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 52 anos de idade, sem histórico de distúrbios sistêmicos, compareceu a clínica particular devido dor no dente 37. Ao exame clínico não apresentava assimetria facial, nem aumento volumétrico na região intraoral e com ausência dor na região contralateral. Solicitou-se então radiografia panorâmica e foi constatado imagem radiolúcida, circunscrita, sem envolvimento de dente incluso na região de corpo da mandíbula direita. Assim, foi realizada uma biópsia incisional e o diagnóstico após análise histopatológica foi de AU Intraluminal. Deste modo, a paciente foi agendada para exérese da lesão no próprio consultório. Inicialmente usou 4 tubetes de articaína, seguido de incisão, enucleação com osteotomia periférica de aproximadamente de 1,5mm nas margens de toda lesão e subsequente realizado a sutura. Paciente segue com acompanhamento radiográfico sem recidivas. Conclusão: Pode concluir que a enucleação e osteotomia periférica possibilita o tratamento conservador do AU sem a necessidade de ressecção da área, desde que não haja evidências de recidivas no controle radiográfico periódico por no mínimo 5 anos. Palavras-chave: ameloblastoma, cirurgia oral, tumor.

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HIPERPLASIA ANGIOLINFOIDE NA CAVIDADE ORAL: RELATO DE CASO

Evellyn Maria Silva de Almeida¹.; Ellen Amanda Silva de Santana¹.; Ana Cláudia da Silva Araújo¹.

¹ Universidade Federal de Pernambuco. Introdução: A hiperplasia angiolinfoide com eosinofilia (HALE), é considerada uma lesão vascular benigna rara, cuja etiologia e patogênese permanecem desconhecidas, que acomete, principalmente, o tecido cutâneo e subcutâneo da região de cabeça e pescoço, incluindo ossos maxilares, glândulas salivares, tecidos musculares e pele mas incomum na cavidade oral. Pode aparecer como uma lesão única ou múltiplas. Objetivo: Relatar um caso raro da hiperplasia angiolinfoide na cavidade oral, evidenciando as suas implicações no paciente. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 50 anos, procurou o Serviço de Diagnóstico Oral da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com queixa de lesão assintomática em mucosa labial superior com cerca de 7 anos de evolução. O exame extraoral revelou discreto aumento de volume na região subnasal. O exame intraoral revelou nódulo localizado no plano submucoso na mucosa labial superior, firme à palpação, com aspecto tumoral e cor semelhantes à mucosa. Muitos casos de HALE são relatados por surgirem de um trauma prévio, o que não aconteceu no presente relato. Essa lesão pode ser tratada através de injeção intralesional de isotretinoína, glicocorticoides, interferon alfa e terapia de irradiação. No entanto, a excisão cirúrgica é considerada a terapia mais eficaz, realizada no caso do presente relato. O prognóstico, após a ressecção cirúrgica, é favorável. Conclusão: Destarte, as regiões de cabeça e pescoço mais acometidas são orelha e couro cabeludo. Casos em cavidade oral são raros. Prurido, dor, ulceração e sangramento podem estar associados, embora não tenham sido vistos no presente caso. Pode se apresentar de forma solitária, como no presente caso, ou de forma múltipla e disseminada. Palavras-chave: hiperplasia, sistema estomatognático, hemangioma.

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CONDUTA CIRÚRGICA DE FRATURA BILATERAL DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Jorge Henrique Oliveira Leite¹.; Milena Gomes Melo Leite¹.; Eliandro de Souza Freitas¹.; Ana Júlia Desideri Vieira¹.; João Lucas Pereira da Silva Dixo Lopes¹.; Magno Vinícius Silva Batista¹.; Luan Augusto Reges de Souza².; Francisco Amadis Batista Ferreira².

¹ Universidade do Estado do Amazonas ² Fundação Hospital Adriano Jorge Introdução: Fraturas de mandíbula ocorrem com grande incidência devido a sua projeção no terço inferior da face, resultando em comprometimentos estéticos e funcionais. Agressões físicas e acidentes de trânsito são os fatores etiológicos mais associados nessas fraturas. Objetivo: Relatar o caso de manejo de fratura mandibular bilateral em região de ângulo direito e parassínfise esquerda. Relato de Caso: Paciente J.F.P, sexo masculino, 38 anos, melanoderma, vítima de agressão física há 1 mês, admitido no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) da Fundação Hospital Adriano Jorge queixando-se de dificuldade mastigatória e dor. No exame físico, notou-se assimetria facial por edema na região de ângulo mandibular direito, sem limitação de abertura bucal. No exame intraoral, notou-se mordida aberta anterior por contato prematuro em região posterior mandibular esquerda, com desnível oclusal. A tomografia computadorizada da face revelou fratura linear sem deslocamento em ângulo mandibular direito e fratura com deslocamento em parassínfise esquerda. O tratamento cirúrgico foi com acesso intraoral para redução e fixação com 2 placas sistema 2.0mm em parassínfise esquerda e 1 placa sistema 2.0mm em linha oblíqua externa em ângulo mandibular direito. O paciente encontra-se em proservação de 4 meses com oclusão dentária estável, sem queixas álgicas e sem dificuldades mastigatórias. Conclusão: O correto manejo das fraturas mandibulares por parte da equipe de CTBMF é essencial para restabelecer a estética e a função do paciente. O método de tratamento mais empregado consiste na fixação interna rígida, instituída o mais breve possível, gerando resultados satisfatórios sem sequelas ou complicações póscirúrgicas. Palavras-chave: fraturas mandibulares; mandíbula; fixação de fratura.

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NÓDULO ASSINTOMÁTICO NA LÍNGUA: RELATO DE CASO CLÍNICO

Gerlane Lima Oliveira¹.; Emily Silva e Silva¹.; Hannah Elizabete Lobato de Oliveira1¹.; Douglas Magno Guimarães¹.

¹ Centro Universitário do Estado do Pará-Cesupa Introdução: A língua é um sítio frequente para lesões benignas de tecido mole, das mais variadas origens, variando desde lesões de origem neural, passando por lesões não neoplásicas ou até lesões reacionais. Objetivo: O presente trabalho tem como finalidade relatar um caso clínico e discutir o diagnóstico diferencial de um paciente de 45 anos, sexo feminino, que compareceu a Clínica de Medicina Oral do Centro Universitário do Pará para avaliação de lesão na língua. Relato de caso: Mulher referiu-se o início da lesão há três meses com sensação de queimação esporádica, negou outros sintomas como dor, crescimento rápido, febre e sangramento. A cor da superfície do tumor varia da cor de uma mucosa normal para rosa pálido. O histórico médico não era significativo, referia uso de atenolol 50mg uma vez ao dia e não fazia uso de produtos derivados do tabaco ou exposta ao tabaco passivo. O exame clínico revelou uma pápula avermelhada com superfície lisa, palpação firme e na forma séssil medindo aproximadamente 2 x 2mm localizada próxima à linha medial do dorso da língua. Realizou-se a biópsia excisional e o resultado histopatológico expôs fragmento de tecido de estômago. Dessa forma, a análise identificou a enfermidade como coristoma gástrico. Conclusão: Diante dos fatos mencionados, é importante que o cirurgião-dentista consiga reconhecer essa lesão para o correto diagnóstico, tratamento e proservação, visto que é um tumor benigno raro e que ocasiona danos na qualidade vida do paciente Palavras-chaves: Língua; Diagnóstico Diferencial; Lesão Nodular.

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REABILITAÇÃO DE PACIENTE APÓS SEQUELA TARDIA DE AVULSÃO DENTÁRIA: RELATO DE CASO

Victoria Concli Brusamarello¹.; Lucas Borin Moura¹.

¹ Universidade Católica de Pelotas Introdução: A avulsão dentária é o total deslocamento do dente de seu alvéolo, podendo levar a perda do elemento dentário. Atualmente podemos lançar mão de técnicas e ferramentas para a reabilitação destes pacientes, a tecnologia e o fluxo digital podem nos dar uma maior previsibilidade do resultado final, auxiliando no planejamento reverso dos casos para a exata localização dos implantes e próteses finais. Através de recursos como estes se pode proporcionar aos pacientes um tratamento reabilitador personalizado ao caso e suas necessidades, atendendo suas demandas estéticas e proporcionando uma previsibilidade do tratamento. Objetivo: Relatar um caso clínico de reabilitação oral complexa utilizando um fluxo digital, enxertia óssea, próteses e implantes de paciente que apresentou sequelas tardias 12 anos após o reimplante dentário por trauma de avulsão. Relato de caso: O presente caso relata o tratamento de paciente que sofreu sequela de avulsão dentária anos após trauma com reimplante tardio sem acompanhamento posterior. Inicialmente feito o diagnóstico sugestivo de cisto odontogênico inflamatório foi realizada a exodontia dos elementos envolvidos, enucleação do cisto e regeneração óssea guiada para futura instalação de implantes. No mesmo procedimento foi instalada uma prótese parcial removível. Dez meses após foi realizado planejamento dos implantes dentários e após aguardar o tempo de osteointegração foram instalados para colocação das próteses, devolvendo função, estética e harmonia para o paciente. Conclusão: Concluiu-se que através de um fluxo digital e do planejamento reverso é possível ter uma maior previsibilidade em casos de reabilitações complexas elevando as chances de sucesso e suprindo as demandas do paciente. Palavras-chave: avulsão dentária, cisto periapical inflamatório, reabilitação oral, fluxo digital.

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SÍNDROME TRICHORRINOFALANGEANA TIPO 1: RELATO DE CASO

Victor Hugo Pereira Sousa¹.; Juliana de Lima Gonçalves².; Cláudia de Alvarenga Diniz Fonseca³.; Adriana Boeri Freire Taburini².; Heloisa de Sousa Gomes².; Hercílio Martelli Júnior²-³.; Vitor Carvalho Rodrigues¹.; Rodrigo Soares de Andrade¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. ² Centro de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – UNIFENAS ³ Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Introdução: A síndrome Trichorrinofalangeana do tipo 1 (TRPS1) é uma desordem genética rara de origem autossômica dominante que afeta diretamente o cromossomo 8q24. Em portadores desta condição é possível observar manifestações esqueléticas, craniofaciais e orais. As principais características são alopecia parcial ou total, lábio superior fino, sulco nasolabial longo e pouco delimitado, nariz bulboso e orelhas de implantação baixa. Objetivos: Objetiva-se com este trabalho apresentar um relato de caso raro de uma paciente pediátrica portadora de TRPS1, com características fenotípicas, especialmente intraorais, diferentes das descritas na literatura até o momento. Relato de caso: Trata-se de uma paciente leucoderma, do sexo feminino, de 10 anos, que foi encaminhada ao Centro de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais de Minas Gerais, Brasil. Em um primeiro momento, foi gerada a hipótese diagnóstica de Displasia Fibrosa Craniofacial devido às graves alterações craniofaciais constatadas. Mas, junto ao desenvolvimento do tratamento, particularidades que não comungavam com o diagnóstico anterior foram observadas, sugerindo melhor investigação através de um médico geneticista. Logo, foi definido o diagnóstico assertivo de TRPS1. No entanto, além dos traços usuais dessa síndrome, manifestações incluindo a presença de fenda palatina, ausência de cartilagem nasal e telangiectasia no epitélio também foram encontradas. Tais achados podem agregar a uma nova concepção ao espectro fenotípico dessa desordem. Conclusão: A difusão de conhecimentos e peculiaridades fenotípicas nunca observadas faz-se de extrema importância para contribuir com o diagnóstico e fomentar o desenvolvimento de novos discernimentos científicos. Palavras-chave: Síndrome Trichorrinofalangeana tipo 1, manifestações orais, mutações.

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FIBROMA ODONTOGÊNICO CENTRAL BILATERAL EM MAXILA

Iasmyn Paranhos de Oliveira¹.; Juliana Jadyvisky dos Santos¹.; Thalia Thamyres Basilio Vieira¹.; Maria Eduarda Coelho Gomes¹.; Danillo Costa Rodrigues².; Valdir Cabral Andrade¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora/ Governador Valadares ² Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes Introdução: O fibroma odontogênico central (FOC), pode ser definido como uma neoplasia benigna, geralmente presente na maxila, sendo visto como uma alteração rara, predominante no sexo feminino, que acomete uma ampla faixa etária. Objetivo: Este trabalho visa relatar um caso clínico de FOC bilateral em maxila, através de um estudo qualitativo de relato de caso e breve revisão bibliográfica, nas plataformas Scielo e SpringerLinks com os descritores: Fibroma, Odontogenic Tumor, Squamous, incluindo artigos de 2015 a 2021. Relato de caso: Se apresentando como um estroma de tecido conjuntivo fibroso, contendo quantidade de epitélio odontogênico inativo em seu meio, o FOC representa apenas 1,5% das neoplasias odontogênicas. Ademais, relata-se o caso de um paciente, 32 anos, sexo feminino, apresentando em exame intraoral, lesão mista bilateral em maxila. Corroborando com a revisão, a tomografia computadorizada demonstrou expansão das corticais ósseas, na região posterior de maxila direita e esquerda, estendendo até os processos palatinos e zigomáticos. Além disso, o histopatológico averiguou proliferação de células fusiformes em meio a estroma colagenizado, possuindo mitoses e focos de calcificação, características compatíveis com o diagnóstico de FOC descrito na literatura. Normalmente, esta neoplasia é tratada por meio de enucleação e curetagem vigorosa, sendo que a resposta ao tratamento é boa, as recidivas são atípicas e o prognóstico é excelente. Conclusão: Apesar da raridade, é importante conhecer suas características clínicas, radiográficas e histológicas, a fim de oferecer ao paciente um tratamento adequado e um diagnóstico diferencial dos tumores odontogênicos, bem como fazer seu acompanhamento através dos exames anteriormente citados. Palavras-chave: Tumor odontogênico escamoso, Neoplasia, Patologia bucal.

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TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE: RELATO DE CASO

Ellen Amanda Silva de Santana¹.; Evellyn Maria Almeida da Silva¹.; Allan Francisco Costa Jaques¹.; Gabrielle Holanda da Silva¹.; Ana Cláudia da Silva Araújo¹.

¹ Universidade Federal de Pernambuco Introdução: O tumor odontogênico epitelial calcificante (TCE), também conhecido como tumor de Pindborg, é um tumor odontogênico benigno raro que representa aproximadamente 1% entre os tumores odontogênicos. É uma neoplasia odontogênica totalmente derivada de tecido epitelial, apresentando características clínicas, radiográficas e histopatológicas relevantes para seu diagnóstico diante dos demais tumores odontogênicos. A histogênese do tumor ainda não está clara. Na escolha da terapêutica mais eficaz, que pode variar de intervenção conservadora a uma ressecção mais agressiva. Objetivo: Enfatizar a necessidade de correlacionar os achados radiográficos, clínicos e histopatológicos e a importante influência das características tumorais no seu diagnóstico e no plano de tratamento mais efetivo diante das variantes existentes. Relato de caso: Uma paciente de 26 anos apresentou a queixa principal de inchaço na região lombar direita da mandíbula há 1,5 anos. O inchaço estava associado à dor intermitente nos últimos 6 meses. A paciente queixava-se também de afrouxamento dos dentes na região do edema. Com base nos achados clínicos e radiográficos, foi feito o diagnóstico diferencial de cisto odontogênico calcificante (COC) e cisto dentígero. A partir dos achados histológicos, foi dado um diagnóstico final de tumor odontogênico epitelial calcificante (TCE). Levando em consideração a natureza agressiva da lesão, foi planejada a ressecção segmentar da mandíbula seguida de reconstrução. Conclusão: O tumor odontogênico epitelial calcificante é um tumor odontogênico com histologia distinta, no entanto é essencial a correlação clínica, radiográfica e histológica adequada para se chegar ao diagnóstico correto e ao planejamento do tratamento desse tumor. Palavras-chave: tumor odontogênico epitelial calcificante, tumor de Pindborg, patologia oral, neoplasia odontogênica benigna.

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GRANULOMA PIOGÊNICO: RELATO DE CASO

Matheus Callegari Ductra¹.; Maiana Schmidt Miranda¹.; Silene Barbieri¹.

¹ Faculdade CNEC- Santo Ângelo/RS Introdução: O granuloma piogênico é uma lesão benigna da cavidade bucal, de natureza não neoplásica. Possui sinônimos como, tumor gravídico, tumor telanctásico, tumor de gestação ou granuloma gravídico. É uma lesão reacional e multifatorial, resultante de agressões repetitivas e irritação local. Objetivo: Ressaltar a importância da semiologia e reconhecimento de lesões reacionais benignas na cavidade oral. Caso clínico: a paciente N.S idade de 53 anos, do gênero feminino, raça branca e profissão do lar, veio com a queixa de uma “bolinha” que vem crescendo na região anterior inferior. Não está sob tratamento médico e não possuí doenças sistêmicas, sem hábitos deletérios como o uso de tabaco e álcool, e possuí boa higiene oral. A lesão é nodular, exofítica, pediculada, circunscrita, de aproximadamente 1 cm. A palpação é endurecida no centro e flácida nas bordas. Superfície lisa, de coloração que varia do rosa ao avermelhado, brilhante, indolor, e que sangra ao escovar. Localizada na gengiva vestibular entre os elementos 32 e 33. Não relata ter tido trauma ou irritação na região. As hipóteses levantadas eram acerca de Granuloma piogênico ou fibroma ossificante periférico.O tratamento elegido foi a excisão cirúrgica total da lesão (biópsia excisional), com o intuito de proporcionar a paciente um diagnóstico histopatológico diferencial, pois isso auxiliaria a avaliação da condição, gestão do paciente e prognóstico da lesão. Conclusão: O diagnóstico definitivo foi de Granuloma piogênico, através da clínica semiológica, associado ao exame anatomopatológico, visto que a lesão apresentava características clínicas e histológicas compatíveis com a hipótese. Palavras chaves: Granuloma Piogênico, Cirurgia Bucal, Diagnóstico, Estomatologia.

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AMELOBLASTOMA PERIFÉRICO EM MAXILA

Milena Moraes de Carvalho².; Bruno Augusto Linhares Almeida¹.; Oslei Paes de Almeida¹.; Carine Ervolino de Oliveira².; Noé Vital Ribeiro Júnior².; João Adolfo Costa Hanemann².

¹ Universidade Estadual de Campinas ² Universidade Federal de Alfenas Introdução: O ameloblastoma periférico é uma rara variante de tumor odontogênico benigno. Ele surge nos tecidos moles e tem como local de predileção a mandíbula posterior, fazendo com que sua ocorrência em maxila o torne ainda mais atípico. Objetivo: Relatar um raro caso clínico de ameloblastoma periférico em maxila. Relato de caso: Paciente J.L.C., 51 anos, gênero masculino, procurou a Clínica de Estomatologia com a queixa de lesão no palato. Na anamnese, o paciente relatou uma evolução de aproximadamente 15 anos, crescimento lento e ausência de sintomatologia. No exame físico extrabucal não foram observadas alterações significativas. À oroscopia, notou-se a presença de um nódulo firme, de base séssil, normocorado, localizado na mucosa palatina na região dos dentes 13 e 14, medindo aproximadamente dois centímetros em sua maior extensão. Os exames imaginológicos não evidenciaram alterações ósseas. Com base nesses aspectos, sugeriu-se como hipóteses diagnósticas Fibroma Ossificante Periférico e Hiperplasia Fibrosa Inflamatória. Sob anestesia local, realizou-se a excisão cirúrgica da lesão e os cortes microscópicos corados em H.E. revelaram epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado e hiperplásico. Na lâmina própria, observou-se tecido conjuntivo fibroso com células epiteliais odontogênicas com padrão ameloblástico. O exame imunoistoquímico revelou positividade para os marcadores Citoqueratina-5, Citoqueratina-14 e p-63. Com base em todos esses aspectos, estabeleceu-se o diagnóstico de Ameloblastoma Periférico. O paciente permanece em proservação em nossa clínica, sem recidivas até o momento. Conclusão: Lesões raras necessitam de acurados exames clínicos e microscópicos; exames complementares podem ser ferramentas úteis para se alcançar o diagnóstico. Palavras-chave: ameloblastoma, tumores odontogênicos, maxila.

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ADENOMA PLEOMÓRFICO EM MUCOSA JUGAL

Milena Moraes de Carvalho¹.; Laura Cruz Mamani¹.; Vanessa Silvestre de Aquino Silva¹.; Carine Ervolino de Oliveira¹.; Alessandro Antônio Costa Pereira¹.; João Adolfo Costa Hanemann¹.

¹ Universidade Federal de Alfenas Introdução: O Adenoma Pleomórfico é o tumor benigno de glândula salivar mais comum. Apesar disso, sua ocorrência na mucosa jugal é muito rara em adultos e crianças. Objetivo: Apresentar um caso incomum de Adenoma Pleomórfico em mucosa jugal. Relato de caso: Paciente H.B.F.G., 68 anos, gênero feminino, foi encaminhada para a Clínica de Estomatologia para avaliação de uma lesão em mucosa jugal. Na anamnese a paciente relatou que a lesão era assintomática, com duração aproximada de 2 anos. No exame físico extrabucal não foram observadas alterações. À oroscopia, notou-se a presença de um nódulo submucoso, de consistência firme, bem delimitado e circunscrito, móvel, recoberto por mucosa íntegra e normocorada, localizado em mucosa jugal esquerda, medindo aproximadamente 1 cm em sua maior extensão. Com base nesses aspectos, sugeriu-se como hipóteses diagnósticas Neoplasia Mesenquimal Benigna e Neoplasia Benigna de Glândula Salivar. Realizou-se biopsia excisional da lesão e os cortes microscópicos corados em H.E. revelaram tecido conjuntivo fibroso, denso e capsular limitando a área, com proliferação de células epiteliais e mioepiteliais plasmocitoides e redondas, difusas ou formando estruturas ductais. Notava-se áreas hialinas e mixomatosas. Glândulas salivares menores e focos de moderado inflamatório mononuclear também foram observados. Com base em todos esses aspectos, estabeleceu-se o diagnóstico de Adenoma Pleomórfico. A paciente permanece em proservação em nossa clínica, sem recidivas até o momento. Conclusão: Embora seja uma neoplasia frequente, sua ocorrência em mucosa jugal é rara e, portanto, seu diagnóstico requer alto índice de suspeita. Além disso, deve ser considerada no diagnóstico diferencial de outras lesões nesse mesmo sítio em pacientes jovens e adultos. Palavras-chave: adenoma pleomórfico, neoplasia benigna, diagnóstico.

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MANEJO ODONTOLÓGICO DE OSTEOMIELITE ASSOCIADA A DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA: RELATO DE CASO

Dennise de Araujo Reis¹.; Allana Soares Silva¹.; Beatriz Simas de Oliveira¹.; Irving Manoella de Carvalho Carneiro Sampaio¹.; Isis Carolina de Oliveira Cordeiro¹.; Izabelle Alves Mendes de Oliveira¹.; Marina Souza de Oliveira Lins¹.; Viviane Almeida Sarmento¹.; Thaís Feitosa Leitão de Oliveira Gonzalez¹.

¹ Universidade Estadual de Feira de Santana. Introdução: A Displasia Cemento-óssea Florida (DCOF) é uma lesão fibro-óssea caracterizada pela substituição do osso normal por tecido fibroso em mais de um quadrante, sendo geralmente assintomática e de etiologia desconhecida. A mesma afeta com maior frequência mulheres melanodermas e de meia idade, tendo predileção pela região mandibular. Dentre as principais complicações associadas a essa patologia, destaca-se a osteomielite. Objetivo: Apresentar um caso clínico de osteomielite associada a DCOF, evidenciando aspectos importantes do manejo odontológico. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 64 anos, melanoderma, apresentou exposição óssea pós exodontia, na região mandibular posterior direita, acompanhada de sintomatologia dolorosa grau cinco. O diagnóstico foi realizado a partir de Radiografia Panorâmica e Tomografia Computadorizada, a qual evidenciou áreas hiperdensas em região de molares superiores e inferiores sugestivas de DCOF. Apresentavam-se ainda áreas hipodensas na região mandibular, com descontinuidade do rebordo alveolar e da cortical lingual, bem como afilamento da cortical óssea vestibular, sugerindo osteomielite. A condução do caso foi realizada por meio de sessões terapêutico-profiláticas com laser de baixa potência, irrigação com clorexidina 0,12% e antibioticoterapia. Após o tratamento, houve redução significativa da inflamação e infecção, e a escala de dor foi reduzida a zero. Conclusão: É fundamental que o profissional realize um diagnóstico criterioso da DCOF, e tenha conhecimento das possíveis complicações pós-traumáticas associadas à mesma. Para isso, as características clínicas, demográficas e, especialmente as imaginológicas, tornam-se imprescindíveis, pois permitem um maior conhecimento acerca da lesão, e um adequado manejo clínico. Palavras-chave: osteomielite, radiografia panorâmica, mandíbula.

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INTERVENÇÃO PRECOCE DE ODONTOMA COMPOSTO NA MANDÍBULA: RELATO DE CASO

Caroline Amaro da Silva¹.; Luciano Aparecido de Almeida-Junior¹.; Maya Fernanda Manfrin Arnez¹.; Adriana Sasso Stuani¹.; Alexandra Mussolino de Queiroz¹.; Francisco Wanderley Garcia Paula-Silva¹.

¹ Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto – SP Introdução: Odontoma é um tumor odontogênico composto por tecidos de origem ectomesenquimal. De acordo com a morfologia, são classificados em odontoma composto, o qual possui estruturas semelhantes ao elemento dental (esmalte, polpa, dentina e cemento) e odontoma complexo, que apresenta estruturas odontogênicas desordenadas. Tal anomalia pode desencadear distúrbios estéticos, fonéticos e maloclusões dentárias se não tratada precocemente. Objetivo: Relatar um caso clínico de odontoma composto, na região de canino inferior esquerdo decíduo, em paciente odontopediátrico. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 8 anos de idade, compareceu à Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da Universidade de São Paulo (USP) com queixa principal de protuberância intra-oral inferior esquerda. Ao exame clínico, observou-se um abaulamento na região apical do 73 e, ao exame radiográfico, revelou-se uma imagem radiopaca bem delimitada semelhante a dentículos, envolvidos por rebordo radiolúcido entre as raízes dos dentes 73 e 74, ocasionando impactação do canino permanente. O tratamento indicado foi a enucleação da lesão, sendo removido um total de 20 dentículos, além do canino e do primeiro molar decíduo. Os espécimes retirados foram enviados para análise histopatológica, evidenciando material mineralizado semelhante a cemento, dentina e tecido conjuntivo frouxo, confirmando o diagnóstico. Após o tratamento, a paciente foi acompanhada por 4 anos. Conclusão: Passados 180 dias da remoção do odontoma, o dente 33 se posicionou corretamente para sua erupção. O resultado final, depois de 4 anos, apresentou condições oclusais e estéticas satisfatórias, demonstrando a importância dos exames clínicos e radiográficos para detecção precoce de anomalias dentárias. Palavras-chave: odontoma, tumor odontogênico, odontopediatria.

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OSTEOMIELITE MANDIBULAR PÓS FRATURA DE MANDÍBULA

Ianca Luiza Martins Batista¹.; Thainá Ângela da Silva Mendes².; André Henrique de Almeida e Silva³.; Carlos Eduardo Assis Dutra¹.; Leandro Napier de Souza¹.; Sergio Monteiro Lima Junior¹.; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima¹.

¹ Universidade Federal de Minas Gerais ² Universidade de Campinas ³ Rede MaterDei de Saúde Introdução: A osteomielite é uma condição óssea inflamatória que geralmente se inicia como uma infecção da cavidade medular, podendo afetar o osso cortical e se estender rapidamente ao periósteo da área afetada. A mandíbula é o local mais afetado da cabeça e pescoço, devido a presença de placa corticais com pouca vascularização. O tratamento irá variar de acordo com o estágio da doença, mas se baseia no uso de antimicrobianos, cirurgias de ressecção óssea ou a utilização de câmaras de oxigênio hiperbárico. Devido ao uso de terapia antibiótica tal condição passou a ter maior associação com alterações sistêmicas tais como imunossupressão, diabetes mellitus e má nutrição. Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de diabetes mellitus, hipertensão, hipotireoidismo e dislipidemia. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 71 anos, compareceu ao serviço de cirurgia com histórico de dor na região mandibular do lado esquerdo com duração de 40 dias. Relatou a ocorrência trauma na região mandibular há um ano seguido de infecção no local. Ao exame clínico o paciente apresentou drenagem purulenta intra-oral e fístula submandibular. O exame tomográfico revelou destruição óssea mandibular do lado esquerdo, compatível com o diagnóstico de osteomielite. A terapia antibiótica consistiu na utilização de clindamicina em associação com ciprofloxacino e o tratamento cirúrgico se deu pela realização de ressecção do corpo da mandíbula do lado acometido e fixação com placa de reconstrução. Optou-se por não realizar qualquer enxerto no primeiro momento, justamente pelo risco de contaminação e recidiva do caso. Conclusão: O paciente evoluiu sem intercorrências ou infecção e encontra-se em acompanhamento pós-operatório há 02 anos sem sinais de complicações. Palavras chaves: osteomielite, diabetes mellitus, reconstrução mandibular.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ANQUILOSE DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Ianca Luiza Martins Batista¹.; Júlia Arrighi Silva¹.; Carlos Eduardo Assis Dutra¹.; Leandro Napier de Souza¹.; Sergio Monteiro Lima Junior¹.; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima¹.

¹ Universidade Federal de Minas Gerais Introdução: A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação ginglimoartroidal que conecta a mandíbula ao crânio, sendo composta pelo côndilo mandibular, eminência articular do osso temporal, disco articular, fossa mandibular, líquido sinovial, cápsula articular e ligamentos, permitindo a realização dos movimentos mandibulares. Alterações patológicas na ATM afetam diretamente a funcionalidade e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente. A prótese da ATM, é uma opção no tratamento de pacientes que, por trauma, patologias ou artrose, apresentam distúrbios que impeçam a realização dos movimentos mandibulares adequadamente e que já perderam estrutura articular devido à doença. Objetivo: O presente trabalho visa apresentar o relato de caso de uma paciente submetida a cirurgia de substituição total da ATM em decorrência de uma anquilose pós-traumática. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 55 anos, com histórico de fratura condilar do lado direito por projétil de arma de fogo não tratada cirurgicamente na época. A paciente evoluiu para uma severa limitação da abertura bucal e dificuldade mastigatória, levando-a a procurar o serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. Após análise das imagens tomográficas, observou-se uma anquilose ATM. Dessa forma, o tratamento proposto foi a substituição total da articulação por uma prótese articular prototipada. Conclusão: No pós-operatório, a paciente evoluiu com melhora importante da abertura bucal e, consequentemente, melhora da função mastigatória. Palavras-chave: articulação temporomandibular, anquilose, côndilo mandibular.

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PROCEDIMENTO MINIMAMENTE INVASIVO GUIADO POR ULTRASSOM NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:

RELATO DE CASO

Paulo Ricardo de Andrade¹.; Márcio André de Medeiros Oliveira Júnior¹.; Júlia Tereza Moreira Assunção¹.; Mabel De Freitas Lopes¹.

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA Introdução: Procedimentos cirúrgicos, invasivos ou minimamente invasivos na Articulação Temporomandibular possuem indicações específicas para transtornos que acometem modificações de forma e função dos componentes intrarticulares, como o disco da ATM. Os procedimentos invasivos guiados por ultrassom garantem a visualização das estruturas articulares em tempo real, maior segurança e confiabilidade da técnica. Objetivo: O relato apresenta uma técnica minimamente invasiva por viscossuplementação da ATM, indicada para tratamento dos distúrbios morfofuncionais que acometem a ATM. Relato de caso: Paciente AANS, 40 anos, sexo feminino, com diagnóstico clínico de artralgia inflamatória, osteoartrose e deslocamento do disco das ATM bilateral. Queixava-se de dor facial e relatava bruxismo. Foi submetida à terapia infiltrativa minimamente invasiva por injeções de hialuronato de sódio em ambas as articulações. O método terapêutico contou com a utilização do exame de ultrassom para complementação diagnóstica e guia de injeção nos espaços articulares discais superior e inferior. Obteve-se analgesia e aumento da amplitude de abertura bucal a curto prazo. Os resultados mostraram-se efetivos, promovendo lubrificação suplementar, reabilitação funcional e permanente analgesia juntamente com terapia oclusão para controle parafuncional ao longo de um ano. Conclusão: O caso apresentado ilustra a viscossuplementação guiada por ultrassom como terapia infiltrativa intrarticular minimamente invasiva, com a utilização de medicamentos e exames de imagem acessíveis e apresentação de resultados satisfatórios em curto e médio prazo acompanhados. Ensaios clínicos controlados com amostras significativas devem ser realizados para compreensão da real eficácia no tratamento das DTM. Palavras-chave: síndrome da disfunção da articulação temporomandibular, viscossuplementação, disco articular e ácido hialurônico.

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QUERATOCISTO: RELATO DE CASO E TÉCNICA CIRÚRGICA

Emily Cristina Ghiggi¹.; Marina Pereira Silva¹.; Geraldo Luiz Griza¹.; Natasha Magro Érnica¹.; Eleonor Álvaro Júnior¹.

¹ Universidade Estadual do Oeste do Paraná Introdução: O queratocisto odontogênico é um cisto de desenvolvimento epitelial dos maxilares, acometendo, principalmente, a maxila e a mandíbula. Sendo uma lesão cística intraóssea que se origina do resto celular da lâmina dentária. Possui crescimento lento, assintomático. Entretanto possui comportamento agressivo e altas taxas de recidiva. Normalmente encontrado em radiografias de rotina. É mais prevalente no sexo masculino entre a 2ª e 3ª décadas, e representando 10% dos cistos odontogênicos. Objetivo: Relatar um caso de queratocisto em região posterior de mandíbula. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 31 anos de idade, compareceu na clínica de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial da Universidade Estadual Do Oeste Do Paraná queixando-se de dor intensa na mandíbula no lado direito. Durante exame clínico observou-se infecção na região posterior de mandíbula lado direito, além de limitação de abertura bucal e parestesia do nervo alveolar inferior. Na imagem radiográfica, notou-se área radiolúcida unilocular com borda esclerótica definida na região do dente 38. Foi realizada enucleação cirúrgica da lesão, e remoção do dente envolvida, em centro cirúrgico com anestesia geral. Após, a peça cirúrgica foi enviada ao laboratório para análise. Diagnostico diferencial desta lesão inclui cisto dentígero, ameloblastoma e cistos radiculares. O queratocisto pode apresentar altas taxas de recidivas de até 62%, entretanto tendem apresentar bom prognostico, algumas recidivas podem demorar até 10 anos para manifestações clínicas e radiográficas. Os casos de transformação maligna são incomuns e raros Conclusão: O paciente permanece em acompanhamento há 2 meses sem sinais de parestesia, melhora da abertura bucal e redução do edema. Palavras-chave: tumores odontogênicos, cistos ósseos, descompressão.

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LINFOMA PLASMABLÁSTICO EM PACIENTE COM PRÉVIO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE CÓLON

Fabrício Henrique Pereira de Souza¹.; Laura Gabriela González Valdés².; Alicia Rumayor Piña³.; Jorge Esquiche León4.

¹ Mestrando em Diagnóstico e Cirurgia Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP ² Cirurgia Maxilofacial. Clinica Privada. Saltillo, México. ³ Facultad de Odontología, Unidad Saltillo. Universidad Autónoma de Coahuila. Saltillo, México 4 Patologista Oral, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Introdução: O linfoma plasmablástico (LP), de acordo com a Organização Mundial da Saúde (2017) corresponde a cerca de 2% dos linfomas não-Hodgkin. Acomete principalmente pacientes adultos, não incomumente apresentando quadros de imunossupressão, e clinicamente caracterizados por um aumento de volume indolor e difuso. Histologicamente, o LP é caracterizado por uma proliferação sólida de células linfoides com morfologia plasmablástica ou imunoblástica. O seu curso clinico é agressivo. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clinico de um paciente com LP com prévio diagnóstico de câncer de cólon. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 40 anos de idade, feoderma, relata aumento de volume em região mandibular direita com cerca de 5 meses de evolução. A história médica refere que o paciente teve diagnóstico de câncer de cólon há 4 anos. Ao exame clinico intrabucal foi evidenciado um aumento de volume em mandíbula, na região dos dentes 44 ao 48, com forte suspeita de doença mestastática. Foi realizada biopsia incisional e os achados histopatológicos, imunoistoquímicos de hibridização in situ revelaram LP associado ao vírus Epstein-Barr. O paciente foi encaminhado ao serviço de hematopatologia e oncologia, para avaliação, estadiamento e tratamento. Conclusão: O LP deve ser incluído no diagnóstico diferencial de extensas massas tumorais afetando mandíbula. A apresentação metacrônica de duas neoplasias malignas primarias é incomum, porém, relatos similares são encorajados para contribuir na elucidação dos seus mecanismos etiopatogénicos, Palavras-chave: Linfoma plasmablástico; Cavidade oral; Imunoistoquímica: Vírus Epstein-Barr.

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OSTEONECROSE POR BISFOSFONATOS EM PACIENTE PORTADORA DE MIELOMA MÚLTIPLO

Larissa Couto de Freitas¹.; Laura Cruz Mamani¹.; Vanessa Silvestre de Aquino da Silva¹.; Carine Ervolino de Oliveira¹.; Alessandro Antônio Costa Pereira¹.; João Adolfo Costa Hanemann¹.

¹ Universidade Federal de Alfenas Introdução: O mieloma múltiplo é uma neoplasia maligna caracterizada pela proliferação clonal de células plasmáticas neoplásicas na medula óssea. Bisfosfonatos são antirreabsortivos que diminuem a taxa de morbidade esquelética, melhoram a qualidade de vida e aumentam a taxa de sobrevida de pacientes com mieloma múltiplo. Objetivo: Apresentar um caso de osteonecrose por bisfosfonatos após exodontia e seu tratamento. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 67 anos, foi encaminhada para a Clínica de Estomatologia com queixa de dor na região mentual esquerda. Durante a anamnese, relatou estar em tratamento de mieloma múltiplo e em uso de Pamidronato 90mg (EV) e Talidomida. Em outubro de 2018, foi submetida a exodontia do 35. À oroscopia, notou-se que a mucosa bucal apresentava-se edemaciada, hiperêmica e com fístula que drenava conteúdo purulento na região do 35. Radiografia panorâmica e TC de feixe cônico evidenciaram área radiopaca, com contornos irregulares, circundada por halo radiolúcido, localizada no corpo da mandíbula próximo à região de 35 e 36, medindo 1,5cm em sua maior extensão. Com base nos aspectos clínicos e imaginológicos, sugeriu-se como hipótese diagnóstica Osteonecrose por Bisfosfonatos. A paciente foi medicada com Clindamicina 300 mg, 3 vezes ao dia por 15 dias e, em seguida, foi realizada a excisão cirúrgica do sequestro ósseo com curetagem da loja cirúrgica. Após 6 meses do início do tratamento, encontra-se assintomática e com neoformação óssea satisfatória no local da cirurgia. Conclusão: Pacientes submetidos à terapia antirreabsortiva devem ser submetidos a exodontias antes de seu início, devendo estas serem evitadas durante a terapia e sendo recomendada a suspensão da medicação em pacientes com exposição prolongada aos bisfosfonatos. Palavras-chave: Osteonecrose associada aos bisfosfonatos; mieloma múltiplo; extração dentária.

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HAMARTOMA LEIOMIOMATOSO EM CAVIDADE ORAL DE BEBÊ COM 2 MESES DE IDADE: RELATO DE CASO

Kelly Rodrigues Mota¹.; Ana Caroliny Nascimento Oliveira¹.; Maísa Carla Lins Moura¹.; Patricia Batista Lopes do Nascimento¹.; Priscylla Gonçalves Correia Leite de Marcelos¹.; Valdeci Elias dos Santos Junior¹.; Daniela Maria Carvalho Pugliesi¹.

¹ Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas (FOUFAL) Introdução: Hamartomas são malformações congênitas, de aspecto tumoral, porém benignas, caracterizadas pela proliferação celular de um determinado tecido pertencente à área afetada. E, apesar da sua capacidade de formação em qualquer região do corpo, é considerado incomum na cavidade oral, sendo raros os hamartomas leiomiomatosos, compostos por músculos lisos. Objetivo: Relatar um caso raro de hamartoma leiomiomatoso na região anterior da maxila de uma bebê latino-americana, 2 meses de idade, com enfoque em seu diagnóstico e tratamento Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 2 meses de idade, compareceu à consulta odontológica, acompanhada de seus genitores, com a queixa principal de que apresentava um crescimento tecidual atípico na região anterior da maxila que vinha dificultando o ato da amamentação e seu ganho de peso. Ao exame clínico foi observado um nódulo pedunculado, cerca de 1,5cm, com superfície lisa e coloração semelhante à mucosa adjacente, localizado na região de freio labial superior e inserido na papila incisiva. Após sugerir a hipótese clínica de epúlide congênita, a lesão foi submetida a uma biópsia excisional e encaminhada à análise histopatológica, no qual revelou proliferação de feixes musculares lisos através das colorações por Hematoxilina e Eosina e Tricômico de Gomori, levando ao diagnóstico final de hamartoma leiomiomatoso. Após o tratamento de escolha, a paciente foi acompanhada por um período de 6 meses a 1 ano e, em ambas as visitas, não foram observadas alterações e nem recidivas. Conclusão: Hamartomas em cavidade oral são condições raras, de origem incerta, sendo a epúlide congênita o diagnóstico diferencial principal. Quando diagnosticado e tratado precocemente melhora a qualidade de vida do paciente e evita complicações futuras. Palavras-chave: Hamartoma, músculo liso, cavidade oral, criança.

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PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA MAXILAR COMO COMPLICAÇÃO DE DISCOPEXIA DA ATM

Júlia Arrighi Silva¹.; Sergio Monteiro Lima Junior¹.; André Henrique de Almeida e Silva².; Larissa Silva Souza³.; André Aguiar do Nascimento³.; Ricardo Augusto Delfino².; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima¹.

¹ Universidade Federal de Minas Gerais ² Rede Mater Dei de Saúde ³ Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais Introdução: Os pseudoaneurismas são causados por uma lesão incompleta da parede arterial com extravasamento de sangue contido pelos tecidos vizinhos. Essa complicação vascular após acessos cirúrgicos para a articulação temporomandibular (ATM) é rara, sendo associada à traumas da artéria maxilar ou temporal durante a manipulação cirúrgica. Objetivo: O objetivo desse relato é apresentar um pseudoaneurisma de artéria maxilar com subsequente embolização das artérias temporais como complicação de cirurgia de discopexia da ATM. Relato de caso: Paciente MXF, gênero masculino, 27 anos, submetido à discopexia por acesso pré-auricular da ATM do lado esquerdo 30 dias antes. Evoluiu com área pulsátil persistente de grande volume no lado operado. O paciente foi submetido à angiotomografia arterial (AngioTC) de cabeça e pescoço para avaliar as artérias da região. O exame confirmou o diagnóstico de um pseudoaneurisma de artéria maxilar, localizado em sua porção distal, quando a mesma se bifurca em artérias temporais profundas anterior e posterior na altura do músculo pterigoideo lateral. As artérias temporais foram embolizadas e não estavam mais visíveis. O paciente foi submetido a um procedimento cirúrgico para intervenção realizando-se uma aterectomia e clampeamento da artéria maxilar, evoluindo sem intercorrências. Conclusão: O desfecho do tratamento de um pseudoaneurisma arterial depende do diagnóstico precoce e correto, bem como do uso de exames de imagem com capacidade de detalhar a lesão e sua extensão. Além disso, a técnica de tratamento depende da localização, anatomia do pseudoaneurisma e de sua alimentação e drenagem. Dessa forma, a abordagem adequada que considera todos esses fatores resulta em um melhor prognóstico para o paciente. Palavras-chave: pseudoaneurisma, artéria maxilar, articulação temporomandibular.

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FOTOBIOMODULAÇÃO NO TRATAMENTO E CONTROLE DA DOR DA HERPES ZOSTER: RELATO DE CASO

Marina Souza de Oliveira Lins¹.; Allana Soares Silva¹.; Beatriz Simas de Oliveira¹.; Dennise de Araujo Reis¹.; Irving Manoella de Carvalho Carneiro Sampaio¹.; Isis Carolina de Oliveira Cordeiro¹.; Izabelle Alves Mendes de Oliveira¹.; Viviane Almeida Sarmento ¹.; Thaís Feitosa Leitão de Oliveira Gonzalez¹.

¹ Universidade Estadual de Feira de Santana Introdução: O herpes zoster é uma doença que se manifesta após reativação do vírus Varicella-Zoster, causador da varicela e por sua vez apresenta-se como erupções cutâneas de um lado do corpo, no trajeto do nervo acometido pelo vírus. A fotobiomodulação, se trata da emissão do laser de baixa potência (LBP) com objetivo terapêutico, e vem se destacando como opção de tratamento inovadora e não invasiva para casos de herpes zoster. Objetivo: Por meio deste trabalho objetiva-se relatar um caso clínico de uma paciente com diagnóstico de herpes zoster, a qual fez uso do laser de baixa potência no tratamento. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 32 anos, com diagnóstico de herpes zoster, com manifestações cutâneas na região de cabeça e pescoço, se apresentando como lesões bolhosas e posteriormente, como crostas. Como recurso terapêutico, foi utilizado o LBP nas fases prodrômicas, a qual antecede o aparecimento das lesões, aguda e também no controle da neuralgia pós–herpética, fase que possivelmente a paciente desenvolveria um quadro de crônica, porém houve um total controle e bons resultados evitando essa condição. Conclusão: A fotobiomodulação vem sendo cada vez mais utilizada no tratamento do herpes zoster, incluindo a fase prodrômica, aguda e também na neuralgia pós herpética. Estes bons resultados são justificados pela ação analgésica e anti-inflamatória obtida através do LBP e assim é possível agir reduzindo a sintomatologia dolorosa, inflamação e edema, além de não gerar efeitos colaterais. Palavras-chave: Herpes zoster, laser de baixa potência, fotobiomodulação.

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CONTRIBUIÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO ANGIOLEIOMIOMA BUCAL:

RELATO DE CASO

Beatriz Simas de Oliveira¹.; Allana Soares Silva¹.; Dennise de Araujo Reis¹.; Edval Reginaldo Tenorio Júnior².; Isis Carolina de Oliveira Cordeiro¹.; Izabelle Alves Mendes de Oliveira¹.; Marina Souza de Oliveira Lins¹.; Thaís Feitosa Leitão de Oliveira Gonzalez¹.; Viviane Almeida Sarmento¹.

¹ Universidade Estadual de Feira de Santana ² Universidade Federal da Bahia Introdução: Angioleiomioma (ALM) é uma neoplasia benigna dérmica ou subcutânea/submucosa, de origem perivascular, que apresenta crescimento lento e etiologia incerta, tendo como hipóteses disfunções hormonais, estase venosa, pequenos traumas e alterações genéticas. Sua manifestação em cavidade bucal é rara, mas quando ocorre, apresenta-se principalmente em lábio, seguido pelo palato, mucosa jugal e língua. Além das características clínicas e histológicas, os exames de imagem complementam o diagnóstico e direcionam o plano de tratamento adequado dessa neoplasia. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso raro de ALM bucal. Relato de caso: Mulher de 57 anos procurou atendimento odontológico devido a nódulo violáceo de crescimento lento, indolor, na face interna da mucosa labial, com evolução de aproximadamente cinco anos. A punção aspirativa foi positiva para pequena quantidade de sangue e a vitropressão determinou discreto esmaecimento de sua coloração. O exame de ultrassonografia com doppler revelou uma área hipoecoica de limites bem definidos e vascularização predominantemente periférica. A hipótese de diagnóstico foi de neoplasia de tecido conjuntivo benigna. Foi realizada uma biópsia excisional sob anestesia local e exame anatomopatológico da peça cirúrgica, o qual revelou tratar-se de um angioleiomioma. A paciente segue em proservação há um ano sem sinais de recidiva. Conclusão: As manobras semiotécnicas e os exames de imagem, quando bem utilizados, são importantes para um correto diagnóstico e decisão terapêutica do ALM bucal. Palavras-chave: angioleiomioma, diagnóstico, ultrassonografia.

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MANEJO TERAPÊUTICO DE CANINO INFERIOR TRANSMIGRADO: RELATO DE CASO

Ana Júlia de Paula Candeia¹.; Mariany Pucetti Gonçalves¹.; Gabriele Pires Fonseca¹.; Karla Arrigoni Gomes¹.; Marcelo Santos Bahia².; Neuza Maria Souza Picorelli Assis¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora ² Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto Introdução: A transmigração consiste em um evento raro e pode ser considerada presente quando mais de 50% do dente cruza a linha média. O dente mais comumente acometido por este evento é o canino mandibular. A principal teoria aceita para sua etiologia é o deslocamento do germe dental durante a fase de embriogênese. Objetivo: relatar um caso clínico de canino mandibular. Relato de caso: paciente, KHDB, gênero masculino, 14 anos, ASA I, foi referido ao Serviço Especial de Cirurgia Oral, da Universidade Federal de Juiz de Fora, para tratamento ortocirúrgico. Na tomografia computadorizada de feixe cônico, foi observado que o dente 33 se encontrava transmigrado para a linha média. O tratamento proposto foi a exodontia. No preparo préoperatório o paciente recebeu as seguintes medicações: ansiolítico, profilaxia antibiótica com amoxicilina 2g e dexametasona, 8mg, todos administrados 1 hora antes do procedimento. Foi realizada antissepsia e aposição dos campos cirúrgicos. Em seguida, fez-se o bloqueio do nervo alveolar inferior e anestesias complementares; posteriormente, o acesso vestibular, seguido de osteotomia, odontosecção da coroa, remoção do elemento dental, curetagem do saco pericorornário e sutura. O tecido curetado foi enviado para biópsia histopatológica. Foram prescritos anti-inflamatório, analgésico e clorexidina 0,12%. O paciente retornou 7 dias após o procedimento para remoção das suturas. Conclusão: A transmigração de elementos dentais é considerada um evento raro e o que tratamento varia conforme a época em que foi realizado o diagnóstico, visto que quando feito em dentição decídua há a possibilidade de recuperação da sua posição ideal na arcada, ao passo que quando houve a rizogênese completa, a melhor conduta terapêutica é a exodontia. Palavras-chave: tratamento, transmigração dentária, dente transmigrado.

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ACOMETIMENTO SIMULTÂNEO DE QUEILITE ACTÍNICA E QUEILITE ANGULAR: RELATO DE UM CASO

Joane Lílian de Oliveira Alves¹.; Clara Martins Maia¹.; Myllena Silva Queiroz¹.; Rosana Marques da Silva¹.; Ederlan de Souza Nascimento¹.; George João Ferreira do Nascimento¹.; Cyntia Helena Pereira de Caralho¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande Introdução: A Queilite actínica é uma reação inflamatória crônica e potencialmente maligna que afeta o lábio quando há exposição prolongada ao sol, sendo o lábio inferior o mais afetado em razão de sua anatomia. A Queilite angular é uma infecção mista envolvendo Candida albicans e Staphylococcus aureus e apresenta-se como fissuras eritematosas, descamativas e dolorosas localizadas na comissura labial, unilateral ou bilateral Objetivo: O objetivo com este trabalho foi apresentar um caso clínico de Queilite actínica e Queilite angular e relatar a conduta clínica aplicada e o tratamento proposto. Relato de caso: Paciente C.B.F., sexo feminino, leucoderma, 45 anos, empregada doméstica, compareceu a Clínica Escola de Odontologia da UFCG para remoção de resto radicular. Durante o exame físico extra-oral foi observado a presença de múltiplas lesões fissuradas e ulceradas no vermelhão do lábio inferior, associadas a ressecamento labial e descamação. O aspecto ulcerado também foi encontrado na comissura labial durante o exame. Baseado na realização de um detalhado exame clínico formulou-se a hipótese de Queilite actínica e queilite angular, considerando-se a história e o aspecto clínico da paciente. A conduta adotada, nesse caso, foi a prescrição de miconazol gel, dexpantenol e protetor labial com FPS e a paciente foi orientada a retornar nas duas semanas seguintes para controle clínico das lesões. Conclusão: A terapia empregada foi conservadora e eficaz caracterizado pela regressão total das lesões. Palavras-chave: queilite, exame físico, odontologia.

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EXODONTIAS MÚLTIPLAS DE RESTOS RADICULARES COM LESÕES PERIAPICAIS ASSOCIADAS

Heliza Gomes Silva¹.; Franciany Martins Cordeiro¹.; João Gabriel Regis da Silva¹.; Myllenna Nayara de França Alves¹.; Rebeca Cecília Vieira de Souza¹.

¹ Faculdades Nova Esperança – FACENE Introdução: Com a progressão de lesões cariosas e consequente destruição coronária, há uma cronificação de uma infecção na região perirradicular, como focos de infecção, as quais podem dar origem a infecções sistêmicas graves, como a endocardite bacteriana e infecções intracranianas. Portanto, quando não são possíveis opções mais conservadoras, como o tratamento endodôntico da raiz residual para preservação do rebordo alveolar, a exodontia torna-se o tratamento de escolha. Objetivo: Relatar um caso com múltiplas exodontias de restos radiculares e remoção de lesões perirradiculares associadas. Relato de caso: Paciente sexo feminino, melanoderma, ASA I, 37 anos, procurou o atendimento odontológico da Clínica Escola Nova Esperança queixando-se de “dor”, relatando que a “prótese está solta”. Na anamnese, a paciente relata ser tabagista há cerca de vinte e um anos e ter feito uso de Ibuprofeno e Amoxicilina sem prescrição, a fim de minimizar a dor. Ao exame clínico constatou-se presença de raízes residuais dos elementos 15, 12, 24, 25, 38, 37 e 48, ausência dos elementos 16, 14, 11, 21, 22, 26, 36, 35 e 46. Como exames complementares, indicou-se radiografia panorâmica, a partir da qual notou-se presença de lesões periapicais nas raízes residuais. O tratamento consistiu em exodontias múltiplas, curetagem e prescrição de Clavulin, Tylex e Ibuprofeno, sendo preservado os demais dentes não comprometidos, para serem utilizados como pilares de sustentação protética para uma posterior reabilitação. Conclusão: Uma boa qualidade de vida requer o controle da saúde sistêmica e bucal. A busca tardia do atendimento odontológico pelo paciente, devido a realidade sócio-econômica, leva a realização de tratamentos mais invasivos ao invés de tratamentos conservadores. Palavras chaves: exodontias múltiplas, infecção, restos radiculares.

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LESÕES BUCAIS EXTENSAS DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM PACIENTE DO GÊNERO FEMININO

Elisângela de Souza Santos Dias ¹.; Marta Miyazawa¹.; Ana Paula Pôssa¹.; Zoilo Pires de Camargo¹.; Evandro Monteiro de Sá Magalhães¹.; Alessandro Antônio Costa Pereira¹.; João Adolfo Costa Hanemann¹.

¹ Universidade Federal de Alfenas Introdução: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença granulomatosa sistêmica causada pelo fungo termodimórfico do gênero Paracoccidioides e das espécies P. brasiliensis e P. Lutzii. Objetivo: Apresentar um relato de caso clínico de manifestações bucais da PCM. Relato do caso: Paciente L. L. M., 70 anos, gênero feminino, foi encaminhada à Clínica de Estomatologia da UNIFAL-MG, com queixa de lesão sintomática. Durante anamnese a paciente relatou o aparecimento das lesões há aproximadamente 5 meses. A história médica revelou a presença de diabetes mellitus e hipertensão arterial e uso contínuo de losartana e metformina. Ao exame físico extrabucal nenhuma alteração foi observada. À oroscopia, notou-se a presença de lesões ulceradas superficiais granulomatosas, apresentando um leito leucoplásico entremeado por pontos purpúreos, estendendo-se por todo o rebordo alveolar superior, mucosa labial superior, mucosa jugal bilateral e palatos duro e mole. Com base nos aspectos clínicos, sugeriu-se como hipótese diagnóstica Paracoccidioidomicose. Foi solicitado exame sorológico e realizada uma biópsia incisional. A análise microscópica confirmou o diagnóstico de PCM e a sorologia foi negativa para P. brasiliensis; entretanto o Western Blott foi positivo para P. lutzii. A paciente foi encaminhada para tratamento com o médico pneumologista. Um mês após o início do tratamento a paciente retornou à Clínica de Estomatologia apresentando cicatrização completa das lesões. Atualmente, a paciente encontra em proservação em nossa clínica e sem sinais de recidiva das lesões. Conclusão: Este relato de caso ilustra as manifestações bucais exuberantes da PCM numa paciente do gênero feminino causada pelo P. lutzii, identificado através da análise molecular. Palavras-chave: Paracoccidioidomicose, biópsia, sorologia.

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HIPERPLASIA EPITELIAL FOCAL EM PACIENTE DE MEIA IDADE: RELATO DE CASO.

Lucas Francisco Arruda Mendonça¹.; Tássia Caroline da Costa Mendes².; Jeconias Câmara².; Gerson de Oliveira Paiva Neto¹-².

¹ Centro Universitário CEUNI-FAMETRO. ² Hospital Universitário Getúlio Vargas – HUGV. Introdução: A hiperplasia epitelial focal, ou doença de Hack, é uma patologia epitelial causada pelos tipos 13 e 32 do papilomavírus humano (HPV), a qual costuma afetar pacientes com descendência indígena, dentre outras etnias. A regressão da lesão costuma ser espontânea, tendo relatos na literatura de remissão após meses ou anos, porém o tratamento pode incluir excisão cirúrgica, crioterápica ou ablação a laser de dióxido de carbono (CO2), especialmente em caso de comprometimento estético por parte das lesões. Objetivo: Por não ser uma lesão muito prevalente na clínica odontológica rotineira, o presente artigo se propõe a relatar um caso clínico de Doença de Heck em paciente proveniente do estado do Amazonas. Relato de caso: Paciente gênero masculino, de 54 anos, compareceu a clínica para um exame semiológico de rotina onde a partir do exame intra-oral foram constatadas lesões normocrômicas, indolores, múltiplas, localizada em mucosa de lábio superior e inferior, medindo cerca de 2x2 mm, possuindo superfície plana, base séssil e que confluíam para formar um padrão em “pedras de calçamento”, sugerindo clinicamente, Doença de Hack. Foi realizada biópsia excecional de uma das lesões para análise histopatológica, a qual revelou acantose com formações hiperplásicas e células mitosoides, retificando diagnóstico preestabelecido. Ademais isso, paciente segue em proservação. Conclusão: A doença de Hack é uma patologia rara que acomete, em sua maioria, a mucosa oral de crianças e adultos jovens. Entretanto, outras faixas etárias podem desenvolver essa enfermidade. Destarte, o cirurgião dentista deve estar atento às particularidades de cada paciente, bem como as particularidades epidemiológicas das lesões bucais para instituir um correto diagnóstico baseado na literatura. Palavras-chave: Patologia, Hiperplasia, HPV.

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CARCINOMA EPIDERMÓIDE LOCALIZADO EM PALATO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Bruna Cristine Ferreira dos Santos¹.; João César Guimarães Henrique².; Sérgio Vitorino Cardoso².; Cizelene do Carmo Faleiros Veloso Guedes².

¹ Faculdade Patos de Minas. ² Universidade Federal de Uberlândia Introdução: O Carcinoma Epidermóide, conhecido como Carcinoma de Células Escamosas, apesar de ser uma das neoplasias mais comuns, representa um grande problema de saúde pública mundialmente. Objetivo: é relatar um caso de um paciente, com diagnóstico de Carcinoma Epidermóide na região do palato. Relato de Caso: Paciente LMB, 71 anos, gênero masculino, etilista e ex tabagista, se apresentou à clínica de Estomatologia com queixa de lesão na boca, com evolução de 2 meses e com crescimento rápido. Durante a anamnese relatou ser hipertenso, ter enfisema pulmonar e angina. Ao exame extrabucal apresentava à palpação nódulo submandibular esquerdo de 2,5 cm e no exame intrabucal apresentava lesão exofítica, eritematosa e com áreas esbranquiçadas em palato duro e mole à esquerda, com 4 cm de diâmetro. Diante dos achados clínicos a hipótese diagnóstica foi de Carcinoma Epidermóide. Foi realizado biópsia incisional e o material encaminhado para análise histopatológica. O laudo veio como Carcinoma Epidermóide e o paciente foi encaminhado para tratamento no Hospital do Câncer de Uberlândia. O estadiamento clínico foi T4N1Mx e o tratamento proposto foi radioterapia, concomitante à quimioterapia, na qual o paciente passou por acompanhamento odontológico no pré, trans e pós tratamento radioterápico para prevenir ou amenizar os efeitos decorrentes do tratamento antineoplásico. Paciente após 3 meses do término do tratamento apresentou regressão total da lesão e sem sinais de recidiva e manterá em acompanhamento médico e odontológico. Conclusão: o Cirurgião-Dentista deve conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, permitindo na maioria das vezes um melhor prognóstico da lesão. Palavras-chaves: carcinoma de células escamosas, dentista, cavidade oral.

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TERAPÊUTICA ODONTOLÓGICA EM MANIFESTAÇÃO ORAL DA SÍNDROME DE STEVENSJOHNSON DURANTE TRATAMENTO

ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO

Bruna Cristine Ferreira dos Santos¹.; Jéssica Brenda Rodrigues Medeiros Morais².; Izabella Sol².; Cristóvão Marcondes de Castro Rodrigues².; Dhiancarlo Rocha Macedo².

¹ Faculdade Patos de Minas. ² Universidade Federal de Uberlândia Introdução: A Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é relatada como uma incomum reação de hipersensibilidade tardia associada principalmente ao uso de medicamentos, e que se manifesta prioritariamente através de erupções cutâneas, ulcerações nas membranas mucosas que revestem a boca, órgão genital e olhos. Objetivo: Apresentar um caso clínico de manifestação da SSJ, após uso de Dimaleato de Afatinibe. Relato de Caso: Paciente sexo masculino, 38 anos, diagnosticado com adenocarcinoma de pulmão, durante à realização de exames de imagem foram constatadas múltiplas metástases incluindo carcinomatose meníngea. Devido ao quadro metastático a equipe médica optou por iniciar radioterapia e terapia medicamentosa coadjuvante com Dimaleato de Afatinibe. Após 25 dias do uso desta medicação o paciente compareceu ao pronto socorro médico apresentando rash cutâneo pruriginoso proeminente em tronco, e membros, conjuntivite purulenta e mucosite intensa associado à disfagia. Foi realizada a suspensão do Dimaleato de Afatinibe e internação do paciente para tratamento multiprofissional. Devido à presença de ulceras em cavidade oral e lesões crostosas e sanguinolentas em lábios, no dia da internação, foi solicitado acompanhamento odontológico. Para o tratamento da mucosite e levando em consideração o estado imunológico que o paciente se encontrava, a equipe de odontologia hospitalar realizou a prescrição de fluconazol sistêmico, vitamina E, propionato de clobetasol com nistatina para bochechos, bochechos com hidróxido de alumínio e magnésio, e aplicações diárias de laser de baixa potência, sendo observado a resolução das manifestações orais e cutâneas. Conclusão: O acompanhamento odontológico é de suma importância para prevenção de infecções oportunistas e reparo das lesões bucais. Palavras-chave: síndrome de stevens-johnson, mucosite oral, afatinibe, neoplasias pulmonares.

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CIRURGIA DE ODONTOMA COMPOSTO EM PACIENTE PEDIÁTRICO

Jorge Henrique de Proença Silveira¹.; Camila Pereira de Souza¹.; Christyan Moretti¹.

¹ Universidade Paulista Introdução: Os Odontomas Compostos são os tumores odontogênicos mais comuns , considerados distúrbios do desenvolvimento. São constituídos por estruturas que se assemelham a dentículos agrupados, frequentemente diagnosticados em pacientes pediátricos por meio de exames radiográficos. Objetivo: Relatar a exérese de um Odontoma Composto, na clínica de Odontopediatria da FOUNIP, em masculino de 13 anos. Relato de caso: O paciente em questão e os pais, relataram a não erupção do dente 11. Em anamnese intrabucal, notou-se a ausência relatada e a retenção prolongada do 51. Observou-se, palpando, um aumento de volume no fundo do sulco vestibular: uma lesão de consistência dura, assintomática. Em seguida, radiografia periapical mostrou a presença de uma lesão semelhante ao tecido dental, no ápice do dente 51 e mesial do 12. Neste contexto, estabeleceu-se a hipótese de Odontoma Composto. Posteriormente, confirmada pelo anatomopatológico. A sequência cirúrgica consistiu na anestesia dos nn. alveolar superior anterior e nasopalatino, com Lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000. Foi realizada incisão em envelope na região palatina e descolamento do retalho mucoperiosteal. Logo em seguida foi realizada a exérese do dente 51 com uso de alavancas e fórceps. Após a exérese do dente decíduo, irrigou-se com soro 0,9%. Posteriormente, realizou-se osteotomia com broca esférica sob intensa irrigação com soro, propiciando acesso adequado à lesão. Procedeu-se com a exérese da lesão com auxílio de alavancas. Realizou-se a inspeção e regularização da loja óssea com limas para osso e irrigação abundante com soro, em seguida foi realizado o reposicionamento do retalho e sutura com fio de seda 4-0. Conclusão: O correto diagnóstico e tratamento do Odontoma Composto permitem bom PO e plano de reabilitação. Palavras Chave: odontoma, cirurgia, odontopediatria, radiologia.

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A IMPORTÂNCIA DO DENTISTA NO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER BUCAL: RELATO DE CASO

Santos BCF¹.; Henriques JCG².; Cardoso SV².; Guedes CCFV².

¹ Faculdade Patos de Minas. ² Universidade Federal de Uberlândia. Introdução: O Carcinoma de Células Escamosas, conhecido como Carcinoma Epidermóide, apesar de ser uma das neoplasias mais comuns, representa um grande problema de saúde pública mundialmente. Objetivo: É relatar um caso de um paciente, com diagnóstico de Carcinoma de Células Escamosas na região do palato. Relato de Caso: Paciente 71 anos, sexo masculino, etilista e ex tabagista, se apresentou à clínica de Estomatologia com queixa de lesão na boca, com evolução de 2 meses e com crescimento rápido. Durante a anamnese relatou ser hipertenso, ter enfisema pulmonar e angina. Ao exame extrabucal apresentava à palpação nódulo submandibular esquerdo de 2,5 cm e no exame intrabucal apresentava lesão exofítica, eritematosa e com áreas esbranquiçadas em palato duro e mole à esquerda, com 4 cm de diâmetro. Diante dos achados clínicos a hipótese diagnóstica foi de Carcinoma de Células Escamosas. Foi realizado biópsia incisional e o material encaminhado para análise histopatológica. O laudo veio como Carcinoma de Células Escamosas e o paciente foi encaminhado para tratamento no Hospital do Câncer de Uberlândia. O estadiamento clínico foi T4N1Mx e o tratamento proposto foi radioterapia, concomitante à quimioterapia, na qual o paciente passou por acompanhamento odontológico no pré, trans e pós tratamento radioterápico para prevenir ou amenizar os efeitos decorrentes do tratamento antineoplásico. Paciente após 3 meses do término do tratamento apresentou regressão total da lesão e sem sinais de recidiva e manterá em acompanhamento médico e odontológico. Conclusão: O Cirurgião-Dentista deve conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, permitindo na maioria das vezes um melhor prognóstico da lesão. Palavras-chaves: carcinoma de células escamosas, dentista, cavidade oral.

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ABORDAGEM CIRÚRGICA DE FRATURA DE MAXILA E MANDÍBULA DECORRENTE DE ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO

Bruna Ribeiro Múltari¹.; Edimar Antônio Nogueira Mota¹.; Arivaldo Conceição¹.; Victor Benjamin¹.; Daniel Galvão Nogueira Meireles².

¹ Faculdade Maria Milza. ² Universidade Tiradentes. Introdução: O traumatismo é um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo e as lesões decorrentes deste que atingem a região bucomaxilofacil estão entre as mais comuns nos centros de tratamento de emergência/urgência. Podemos destacar os acidentes motociclísticos, os quais representam um alto potencial de morbidade, mortalidade, invalidez, desfiguração e custos de cuidados médicos para as vítimas devido à alta energia do impacto. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de caso de um paciente admitido no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus - BA, o qual cursou com desfiguração facial devido a fraturas em face após acidente motociclístico. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 23 anos, deu entrada na emergência do Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus – BA vítima de acidente motociclístico, cursando com trauma em face. Ao exame físico foi notado distopia oclusal, maxila instável e presença de mobilidade atípica a manipulação mandibular. Ao exame de imagem foi observado sinais sugestivos de fratura de maxila em região de sutura intermaxilar e fratura de corpo mandibular bilateral. O tratamento de escolha para o caso em questão foi a redução aberta e estabilização com sistema de fixação interna rígida sob anestesia geral. Conclusão: As lesões maxilofaciais, além de afetarem uma proporção significativa de pacientes vítimas de traumas são frequentemente associadas à desfiguração, comprometimento funcional, morbidade severa e custo financeiro considerável. Por isso, a identificação das lesões e o estabelecimento de um plano de tratamento devem ser rapidamente constituídos para de essa forma reduzir a curto e longo prazo as possíveis consequências das lesões faciais. Palavras-chave: Traumatismos Maxilofaciais, Fraturas Mandibulares, Assimetria Facial.

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DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA

Iury de Almeida Chaves¹.; Izadora Damásio Santos de Almeida¹.; Leonardo de Freitas Silva².

¹ UniFTC. ² Fatec. Introdução: A displasia fibrosa é uma condição de caráter benigno e recidivante, considerada uma lesão fibro-óssea que se caracterizada pela substituição do osso normal por uma proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado por trabéculas ósseas irregulares. É resultante de uma mutação pós-zigótica do gene GNAS 1 que pode ocorrer durante o período embrionário ou durante a vida pós natal. A displasia fibrosa pode ser monostótica ou poliostótica, de acordo com o número de ossos envolvidos. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo descrever através de um caso clínico as etapas do diagnóstico de displasia fibrosa poliostótica. Relato de caso: O paciente F.J.F, melanoderma, sexo masculino, 37 anos de idade, queixava-se de aumento de volume na face. Na avaliação clínica, notou-se assimetria facial, sendo mais acentuada do lado esquerdo e aumento de volume indolor bilateral na região de rebordo alveolar superior e inferior de consistência sólida. Foi realizada radiografia panorâmica, que evidenciou uma imagem levemente radiopaca com aspecto de vidro fosco despolido, com bordas escleróticas na região. Foi solicitada tomografia computadorizada da face mostrando envolvimento da maxila e mandíbula, revelando assim, a hipótese diagnóstica de displasia fibrosa poliostótica. Em seguida foi realizada a biopsia incisonal no rebordo alveolar da maxila e da mandíbula e encaminhado para avaliação histopatológica. Assim confirmando o diagnóstico de displasia fibrosa poliostótica. Conclusão: O estabelecimento correto do diagnóstico da displasia fibrosa é de suma importância, pois a partir deste é que se desenvolve um plano de tratamento específico para a doença. Palavras-chave: Displasia Fibrosa Óssea, Ossos Faciais, Tomografia Computadorizada de Emissão, Osteotomia.

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TRANSMIGRAÇÃO DENTÁRIA DE CANINO INFERIOR

Izadora Damásio Santos de Almeida¹.; Iury de Almeida Chaves¹.; Leonardo de Freitas Silva².

¹ UniFTC. ² Fatec. Introdução: A transmigração é quando ocorre uma migração pré-eruptiva de um dente através da linha média. Geralmente afeta os caninos mandibulares permanentes e a sua etiologia é ignota, no entanto diversos fatores etiológicos podem estar envoltos com casos de transmigração, tais como o crescimento ectópico da raiz do dente, retenção ou perda prematura de um dente decíduo, espaço insuficiente e comprimento excessivo da coroa. Objetivo: O objetivo é demonstrar através de relato de caso clínico, as etapas do procedimento de extração de um canino transmigrado na região mentoniana da mandíbula. Relato de caso: O paciente W.R.R.B, melanoderma, sexo masculino, 15 anos de idade, procurou tratamento ortodôntico devido a apinhamento dental e presença de canino decíduo não esfoliado. Através da radiografia panorâmica foi visualizado o canino mandibular incluso do lado esquerdo em posição horizontal e com parte de sua coroa cruzando a linha média mandibular. O procedimento foi realizado sob anestesia local, em seguida foi feita uma incisão linear em fundo de sulco vestibular com extensão de canino esquerdo a canino direito. Então, o descolamento mucoperiosteal e osteotomia foram executadas. Procedeu-se assim a retirada do elemento dentário, seguido da curetagem com remoção do capuz pericoronário, limagem, irrigação com soro fiosiológico, e sutura do acesso, primeiramente do plano muscular e, em seguida, da mucosa com fio absorvível. O paciente foi orientado quanto aos cuidados pós-operatórios, a prescrição medicamentosa e ao retorno após sete dias, no qual, teve boa cicatrização, sem queixas álgicas e sem alterações locais. Conclusão: A partir dos dados da literatura e ao analisar clínica e radiograficamente o caso em questão, o tratamento mais viável foi a remoção cirúrgica. Palavras-chave: Dente não Erupcionado, Mandíbula, Dente Canino, Osteotomia.

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BENEFÍCIO ANTECIPADO EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO

Noemi de Oliveira Souto¹.; Bruno Vieira Albernaz¹.; José da Cruz Luna Neto².; Henrique Cabrini Moreira³.; Vithoria Bresser de Albuquerque³.; Antônio Dionizio de Albuquerque Neto³.

¹ Faculdade Pitágoras de Uberlândia. ² Centro Universitário do Norte – UNINORTE. ³ Associação Brasileira de Odontologia – Campinas. Introdução: A abordagem tradicional de uma cirurgia ortognática consiste em uma ortodontia pré-cirúrgica para alinhamentos necessários e descompensação de incisivos e arco. Após esse processo, o paciente passa pela cirurgia para a correção das deformidades dento-faciais e finaliza a última etapa com tratamento ortodôntico. Outra abordagem cirúrgica existente é a de benefício antecipado, que se realiza o tratamento cirúrgico antes de qualquer tratamento ortodôntico. O benefício antecipado não altera significativamente a técnica cirúrgica, o tipo de má oclusão que existia é substituído por uma nova que é tratada após a cirurgia com tratamento ortodôntico. Além disso, o método evita o agravamento do perfil pré-operatório devido à descompensação dos incisivos que a técnica tradicional proporciona. Objetivo: Apresentar através de um relato de caso o benefício antecipado em cirurgia ortognática e discutir as principais vantagens e cuidados no manejo destes casos. Relato de Caso: Paciente do gênero feminino, 23 anos sem histórico de distúrbios sistêmicos, compareceu a clínica particular com queixa de maloclusão e insatisfeita com sua estética facial. Solicitou-se a documentação ortodôntica e foi constatado deformidade dento facial classe III e retrusão maxilar. A opção de tratamento de escolha foi a de benefício antecipado, ou seja, a cirurgia foi realizada previamente ao tratamento ortodôntico. Procedeu-se então com uma osteotomia Le Fort I para avanço de 2,5mm de maxila e correção da linha média, em seguida realizou-se a osteotomia sagital do ramo mandibular para recuo de 2,5 mm com avanço de mento de 4 mm. Conclusão: A cirurgia de benefício antecipado beneficia o paciente reduzindo o tempo de tratamento, rápida melhoria no perfil e consequentemente satisfação do paciente. Palavras-chave: sugery first; benefício antecipado; cirurgia ortognática.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO: RELATO DE CASO

Igor Cavalcante Guedes¹.; Maísa Oliveira Aguillera².; Muryllo Eduardo Sales dos Santos².; Athilla Arcari Santos².; José Carlos Garcia de Mendonça³.; Gustavo Silva Pelissaro³.; Ellen Cristina Gaetti-Jardim³.

¹ Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. ² Residente em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HU/UFMS). ³ Preceptor da Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HU/UFMS). Introdução: O osso zigomático é o osso mais fraturado no terço médio da face. As causas desses traumas incluem acidentes de trânsito, agressões, quedas e lesões esportivas. Objetivo: Relatar um caso de paciente do sexo masculino, 38 anos de idade, com histórico de acidente motociclístico, apresentando-se ao Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian. Relato de caso: Ao exame clínico o paciente apresentou equimose periorbitária e hiposfagma a esquerda, múltiplos ferimentos dermoabrasivos e cortocontusos em região de cabeça e pescoço, sendo alguns já suturados. À palpação, grande afundamento em região de rebordo infraorbitário esquerdo. Aos exames tomográficos foram constatadas fraturas do complexo zigomáticoorbital (rebordo supra e infraorbital além de pilar zigomático maxilar e arco zigomático, todos do lado esquerdo). Diante dos achados clínicos e imaginológicos foi realizado procedimento cirúrgico sob anestesia geral com abordagens intrabucal e transcutânea para redução e fixação com placas e parafusos de titânio, sendo essas placas de 1,5mm para rebordo infra orbital e 2.0mm em rebordo superior e pilar zigomático-maxilar. Nos acompanhamentos pós-operatórios o paciente não apresentou queixas estéticas e/ou funcionais. Conclusão: Os bons resultados foram obtidos com o correto reposicionamento ósseo e a fixação rígida com parafusos e placas. O diagnóstico e, por tanto, o tratamento incorreto de fraturas de zigoma podem trazer problemas estéticos e morfológicos graves, devido a sua forte contribuição para a largura e protrusão médio-facial. Palavras-chave: fraturas zigomáticas, redução aberta, fixação de fratura.

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MIOSITE OSSIFICANTE TRAUMÁTICA DO MÚSCULO TEMPORAL TRATADA POR CORONOIDECTOMIA

BILATERAL E FISIOTERAPIA AGRESSIVA: RELATO DE CASO

Janyara Cristina Amaral¹.; Juliana Reuter Pereira¹.; Andressa Bolognesi Bachesk¹.; Ricardo Augusto Gonçalves Pierri.¹; Liogi Iwaki Filho¹.

¹ Universidade Estadual de Maringá. Introdução: A Miosite Ossificante Traumática (MOT) é uma doença rara que afeta os tecidos moles após um trauma e dificilmente afeta os músculos da mastigação. A ocorrência no músculo temporal é incomum, sendo o trismo o sintoma mais prevalente. O diagnóstico da patologia é obtido por meio do exame clínico e tomográfico. A ressecção de estruturas adjacentes à ossificação, é bem indicada por promover bons resultados na amplitude da abertura bucal, porém, a sua manutenção depende de uma terapia miofuncional agressiva. Objetivo: Este estudo objetiva relatar um caso raro de MOT no músculo temporal. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, foi encaminhado para a Equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial com quadro de trismo de origem desconhecida. O paciente passaria por um procedimento endoscópico que exigiria anestesia geral, no entanto, houve a impossibilidade de intubação, pois, mesmo com a administração da anestesia, o ganho em abertura bucal foi insuficiente, sendo necessário o adiamento do procedimento. Durante a anamnese, descreveu um trauma sofrido há 13 anos que resultou em fratura do complexo órbito-zigomático-maxilar esquerdo e desde então, apresentou diminuição progressiva na amplitude da abertura bucal. Conforme as informações obtidas, a hipótese diagnóstica mais aceita foi MOT. O tratamento visou restaurar a amplitude dos movimentos mandibulares, com abordagem conservadora, através da coronoidectomia bilateral e fisioterapia de abertura bucal, o que possibilitou realizar o procedimento endoscópico previsto com mais segurança. Conclusão: Conclui-se a importância do conhecimento da patologia por todos os profissionais da saúde como diagnóstico diferencial principalmente para descartar doenças mais agressivas, como o osteossarcoma. Palavras-chave: tratamento conservador, miosite ossificante, terapia miofuncional.

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PRINCÍPIOS DA PERIOIMPLANTODONTIA APLICADOS À CARGA IMEDIATA UNITÁRIA

Vitor Dias Bizarria¹.; Vitor Carvalho Rodrigues¹.; Leonardo Biscaro Pereira¹.; Marcos Bilharinho Mendonça¹.; Danilo Pereira Borges².; Daniella Cristina Borges¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. ² Faculdade SLMandic Introdução: O crescente desenvolvimento tecnológico da implanodontia contemporanea apresenta aos profissionais da área odontológica um desafio, que consiste na busca de uma arquitetura gengival esté tica, que satisfaça os objetivos do profissional e, também, o resultado esperado pelo paciente que é submetido a esse tipo de tratamento. Implantes osseointegrados podem ser instalados cirurgicamente, em diversas fases temporais, após a extração dentária. A escolha do prazo depende de fatores estruturais ósseos, esté ticos e funcionais. A técnica de implante imediato pós-exodontia preserva as cristas marginais ósseas, o que é determinante para o sucesso esté tico da reabilitação. Objetivo: Relatar um caso clinico de instalação de implante imediato após extração dentária, associado ao enxerto ósseo e enxerto de tecido conjuntivo, restabelecendo a esté tica e função do paciente. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 34 anos, encaminhado pelo endodontista para exodontia do dente 43, pois apresentava-se com extensa reabsorção interna. Após análise tomográfica e elaboração de um planejamento cirúrgico integrado, foi feita a exodontia. A reabilitação foi realizada com instalação imediata de implante cone morse ancorado na parede óssea lingual do alvéolo, preenchimento do “GAP” entre o implante e a parede vestibular com biomaterial e adaptação de enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. Por fim, foi instalado o componente protético e confeccionado o provisório imediato em dente de estoque. Conclusão: A instalação de implantes imediatos após exodontia representa uma técnica viável e previsivel de reabilita ção, principalmente na região anterior, permitindo excelentes resultados esté tico-funcionais e uma maior satisfação do paciente. Palavras-chave: estética, implante, carga imediata.

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RECOBRIMENTO RADICULAR ASSOCIADO AO ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO SUBEPITELIAL E À PROTEÍNA DERIVADA

DA MATRIZ DE ESMALTE (EMDOGAIN®)

Vitor Dias Bizarria¹.; Vitor Carvalho Rodrigues¹.; Leonardo Biscaro Pereira¹.; Danilo Pereira Borges².; Daniella Cristina Borges¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. ² Faculdade SLMandic Introdução: As recessões gengivais são caracterizadas por um deslocamento apical da margem gengival, podendo afetar um ou mais dentes, provocando além de alterações estéticas, hipersensibilidade dentinária. Durante o diagnóstico e plano de tratamento para esses casos, algumas etapas clínicas prévias devem ser observadas como: etiologia, a classificação da recessão e a existência de lesões cervicais não cariosas. Uma abordagem previsível para o recobrimento radicular é a utilização do enxerto de tecido conjuntivo subepitelial associada às proteínas derivadas da matriz do esmalte (Emdogain®) com o intuito de aumentar o potencial regenerativo das estruturas periodontais. Objetivo: Apresentar, um relato de caso, no qual foi realizado recobrimento radicular associado ao Emdogain®. Caso clínico: Paciente gênero masculino, apresentava recessão gengival nos dentes 31 e 41, do tipo RT2 A-. A técnica cirúrgica adotada foi da tunelização associada com o enxerto de tecido conjuntivo subepitelial e aplicação de Emdogain. O resultado obtido, atingiu as expectativas estético-funcionais do paciente com o recobrimento total das recessões. Conclusão: Diante do resultado obtido, podemos concluir que a técnica empregada é segura e previsivel quando bem indicada e executada. Palavras-chave: recessão gengival, diagnóstico, emdogain.

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AMELOGÊNESE IMPERFEITA, HIPOMATURADA: ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS

Maria Eduarda Coelho Gomes¹.; Gabrielle Cristiny Moreira¹.; Fernanda Mombrini Pigatti¹.; Sibele Nascimento de Aquino¹.; Rose Mara Ortega¹.; Rafael Binato Junqueira¹.; Lilian Azevedo de Souza Nunes².; Francielle Silvestre Verner¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares. ² Clínica Privada, São Paulo. Introdução: Amelogênese imperfeita (AI) é uma má formação limitada ao esmalte dental, que pode afetar a dentição decídua e permanente. A AI é considerada um defeito hereditário que ocorre durante a odontogênese. No entanto, a dentina apresenta-se normal, assim como a câmara pulpar e a morfologia radicular. Existem três tipos de AI, sendo: hipoplásica, hipocalcificada e hipomaturada. Diante das opções de tratamento, estes têm como principal objetivo otimizar a saúde oral do paciente, melhorar o aspecto clínico, aliviar dor e prevenir a atrição. Objetivo: Este trabalho visa relatar o caso clínico de um paciente do sexo masculino, 8 anos de idade, leucoderma que compareceu ao serviço odontológico com queixa principal de dentes amarelados desde início dos processos eruptivos e atraso na cronologia de erupção dos dentes permanentes. Relato de caso: Previamente, na investigação da história médica do paciente foi relatado alterações otorrinolaringológicas e pneumonias, com uso de antibióticos por tempo prolongado. Ao exame clínico o esmalte dentário se soltava facilmente e apresentava característica semelhante à dentina. Exames radiográficos e tomografia computadorizada evidenciaram disparidades entre a cronologia de erupção e a idade do paciente. A partir do conjunto de dados, foi estabelecido o diagnóstico de AI do tipo hipomaturada. O paciente encontra-se em proservação clínica e radiográfica para planejamento do caso e estabelecimento das medidas terapêuticas. Conclusão: Em relação a AI é importante a determinação do diagnóstico de forma precoce sendo os resultados de exames radiográficos associados a um exame clínico, fundamentais para um correto diagnóstico e tratamento, restabelecendo estética e função. Palavras-chave: Amelogênese Imperfeita, Esmalte dentário, Tomografia computadorizada, Diagnóstico.

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ASSOCIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE OLEATO DE ETANOLAMINA (ETHAMOLIN) E REMOÇÃO CIRÚRGICA NO TRATAMENTO DE

LINFANGIOMA BUCAL

Camila Soares Santos¹.; Caroline Soares Santos¹.; Beatriz Medina Coelli Barbosa¹.; João Paulo de Araújo¹.; Macelo Sivieri de Araújo¹.; Paulo Roberto Henrique¹.

¹ Universidade de Uberaba Introdução: Linfangiomas são tumores benignos de vasos linfáticos que afetam geralmente a cabeça e o pescoço. Esses podem ter origem congênita ou constituir lesões que se desenvolvem ao longo da vida. Objetivo: O objetivo desse estudo foi realizar a associação de aplicações de Oleato de etanolamina juntamente com a remoção cirúrgica no intuito de reduzir o tamanho da lesão bucal, uma vez que esta apresentava sinais de infiltração. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, feoderma, com 22 anos de idade, natural de Uberaba – MG e com colesteatoma do mesmo lado da lesão bucal, relatou durante a anamnese que havia um “incômodo na bochecha do lado esquerdo”. No exame intrabucal, notou-se a presença de múltiplas pápulas e nódulos arroxeados na mucosa jugal do lado esquerdo, dessa forma foi realizada a biópsia incisional e o exame histopatológico, na qual confirmou-se a hipótese de linfagioma. Antes da aplicação do esclerosante, este foi diluído na proporção de 1/2 em anestésico sem vasoconstritor e aplicado usando uma seringa de insulina, diretamente na lesão, foram executadas 3 aplicações com intervalos de 21 dias. Após 1 mês a última aplicação do esclerosante as lesões menores desapareceram, contudo persistiu um nódulo circunscrito, exofítico, fibrosado na qual foi realizada a sua remoção cirúrgica. Concomitante a aplicação do Ethamolin, confeccionou-se uma placa miorrelaxante para evitar que a paciente continuasse a morder sua mucosa jugal, considerando a falta de sensibilidade em decorrência da paralisia facial gerada pelo colesteatoma. Conclusão: Conclui-se que obteve sucesso na combinação de Ethamolin com a remoção cirúrgica, na qual a paciente após 3 meses de proservação alcançou total recuperação dos tecidos afetados pela lesão linfangiomatosa. Palavras-chave: Linfagioma, Tumor benigno, Ethamolin, Remoção cirúrgica.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE RÂNULA EM PACIENTE INFANTIL: RELATO DE CASO

Monique Gonçalves da Costa¹.; Mateus Diego Pavelski¹.; Leonardo Perez Faverani¹.; Osvaldo Magro Filho¹.

¹ Faculdade de Odontologia de Araçatuba - FOA UNESP Introdução: Rânulas são alterações na mucosa bucal caracterizadas pelo extravasamento e acúmulo de muco no interior dos tecidos, frequentemente são associadas a ocorrência de trauma ou obstrução do ducto da glândula . A rânula pode ser simples ou mergulhante, quando a pressão do fluido disseca através do músculo milo-hioideo para o espaço submandibular. Objetivo: O objetivo do presenta trabalho é relatar um caso clínico de rânula mergulhante, abordando suas principais características e possíveis modalidades de tratamento. Relato de caso: Paciente J.N.B, sexo feminino, foi encaminhada ao serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilo facial devido a presença de edema intra e extraoral nas regiões de assoalho bucal do lado esquerdo e região cervical esquerda respectivamente. Foi realizada anamnese na qual a responsável relatou que a paciente havia sido submetida a dois procedimentos cirúrgicos anteriores, ambos sem sucesso. Ao exame clínico observou-se aumento volumétrico intraoral com envolvimento unilateral esquerdo, além de edema extraoral na região cervical esquerda. Com base nos aspectos clínicos e na história da lesão, o diagnóstico estabelecido foi o de rânula mergulhante. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico de marsupialização sob anestesia local. Foi realizada incisão superficial e divulsão tecidual na região de assoalho bucal do lado esquerdo tentando contornar toda a capsula da lesão. Devido ao rompimento da rânula durante o procedimento cirúrgico, realizou-se a sutura das margens da lesão as margens do tecido integro. Paciente seguiu em acompanhamento por um ano e meio, sem sinais de recidiva da lesão. Conclusão: Conclui-se que a marsupialização é uma técnica eficaz, de baixa complexidade e boa aceitação pelo paciente. Palavras- chave: rânula, patologia, cirurgia bucal.

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AMELOBLASTOMA PERIFÉRICO - CASO CLÍNICO

Caroline Soares Santos¹.; Camila Soares Santos¹.; Beatriz Medina Coelli Barbosa¹.; João Paulo de Araújo¹.; Macelo Sivieri de Araújo¹.; Paulo Roberto Henrique¹.

¹ Universidade de Uberaba Introdução: O ameloblastoma periférico é um tumor odontogênico de partes moles incomuns, derivado de elementos odontogênicos epiteliais e mesenquimais. Podem apresentar crescimento lento, amolecimento dos dentes, má-oclusões e são assintomáticas. Embora histologicamente classificado como neoplasia benigna é um tumor que tem índice de recidiva pós-tratamento elevado. Objetivo: Este estudo tem como objetivo relatar um caso clínico de ameloblastoma periférico, visando esclarecer as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e a opção de tratamento para o ameloblastoma periférico. Relato de caso: No relato de caso clínico, paciente do sexo feminino 48 anos, feoderma, natural de Uberaba, relatou apresentar “carocinho na gengiva”. A anamnese revelou que a paciente era diabética controlada, Pressão Arterial e o pulso dentro da normalidade. O exame extrabucal não mostrou alterações significantes. No exame intrabucal observou-se que a paciente é edentada total superior e parcial inferior, fazendo uso de prótese total superior. No espaço interdentário dos dentes 33 e 34, notou-se um nódulo que media aproximadamente 1cm de diâmetro. A lesão da cor da mucosa, séssil, lisa e de limites precisos. O exame radiográfico periapical e panorâmico mostraram reabsorção óssea extensa na região do 33 e 34. Foi realizado biópsia excisional da lesão, e o material obtido pela biópsia foi encaminhado para exame anátomo-patológico e o resultado foi de ameloblastoma periférico. Conclusão: Portanto, conclui-se que é de suma importância um bom planejamento e diagnóstico, obtido através da anamnese, histórico do paciente e exame clínico, com imagens radiográficas e tomográficas. Além disso, um acompanhamento pós-operatório por anos é imprescindível, devido ao caráter agressivo da lesão e às grandes taxas de recorrência. Palavras-chave: Ameloblastoma periférico, exame clínico, radiografias.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA A REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO EM SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO

Monique Gonçalves da Costa¹.; Mateus Diego Pavelski¹.; Leonardo Perez Faverani¹.; Osvaldo Magro Filho¹.

¹ Faculdade de Odontologia de Araçatuba - FOA UNESP Introdução: O deslocamento de corpos estranhos para o interior dos seios faciais é uma situação de ocorrência rara, e sua etiologia pode estar associada a diferentes fatores, como iatrogenias, traumas penetrantes e acidentes ou complicações decorrentes de cirurgias bucais. Embora haja relatos de acometimento dos demais seios faciais, os seios frontal e maxilar são os mais frequentemente envolvidos. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar a resolução de uma complicação cirúrgica decorrente de um corpo estranho alojado em seio maxilar. Relato de caso: Paciente T.S.L, sexo masculino, foi encaminhado ao serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial devido a presença de uma broca no seio maxilar esquerdo decorrente de um incidente durante a exodontia do elemento 26. Após a realização da anamese e exame físico, o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia local para a remoção do corpo estranho. Foi realizada incisão em fundo de vestíbulo maxilar esquerdo, na mesma região do acesso utilizado para a exodontia, foi feito o descolamento mucoperiosteal e exposição do seio maxilar. Posteriormente, foi efetuada a osteotomia na parede anterior do seio maxilar por meio da qual a broca foi removida. Por fim, realizou-se sutura intrabucal para o fechamento do retalho por primeira intenção. Conclusão: Apesar da ocorrência rara, a presença de corpos estranhos nos seios faciais pode acarretar prejuízos locais e sistêmicos para o paciente, logo, é imprescindível que o cirurgião dentista tenha a destreza e cuidado necessário para evitar esse tipo de acidente, e uma vez que ele ocorra é de grande importância que se tenha o domínio anatômico da região e o treinamento específico para intervir. Palavras-chave: cirurgia bucal, seio maxilar, corpos estranhos.

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ATUAÇÃO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS NO DIAGNÓSTICO DE ULCERAÇÃO TRAUMÁTICA MÚLTIPLA EM LÍNGUA EM DUAS

USF-GV: RELATO DE CASO CLÍNICO

Gleicilaine Rodrigues Gonçalves³.; Ayla Norma Ferreira Matos4.; Christiane Carvalho Murta Botelh³.; Letícia Fernandes Dias5.; Sibele Nascimento de Aquino¹.; Simone Bastos Santos Monteiro ³.; Viviane Cristina Salgado Dias²

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares ² Nutricionista Tutora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família de Governador Valadares – RMSF GV ³ Cirurgiã-dentista preceptora do Programa de RMSF GV 4 Universidade Vale do Rio Doce 5 Residente do Programa de RMSF GV Introdução: O trauma agudo ou crônico na mucosa bucal pode originar ulcerações superficiais que geralmente regeneram em poucos dias, mas em alguns casos permanecem por longos períodos. A ação irritativa repetida é capaz de levar à ceratose friccional, caracterizada pela presença de placa branca única ou isolada, com espessura irregular e variável. Objetivo: Apresentar um caso clínico de ulceração traumática múltipla em língua em duas Unidades de Saúde da Família do município de Governador Valadares-MG. Relato de caso: Paciente RNA, 44 anos, melanoderma, sexo masculino, etilista, tabagista, procurou o serviço de odontologia, acompanhado por sua nora, com queixa de lesão dolorosa em língua. Ao exame físico extra-bucal foram observadas escoriações no nariz, má higiene corporal e estado geral ruim. Ao exame físico intra-bucal, apresentava múltiplas lesões ulceradas sintomáticas, localizadas no bordo lateral de língua, bilateral, medindo aproximadamente 3cm, 8mm e 5mm. O paciente recebeu tratamento medicamentoso para dor e tratamento interprofissional. Em outra consulta realizada, constatou-se a presença de lesão esbranquiçada com áreas eritematosas em borda lateral de língua bilateral e presença de um nódulo de cerca de 0,5cm em seu maior diâmetro, alterando o quadro inicialmente observado. O paciente foi submetido a duas biópsias excisionais, conduzidas por especialista em estomatopatologia da UFJF/GV. O laudo de ambos fragmentos foram conclusivos para aspectos compatíveis com ceratose friccional. Conclusão: A coordenação do cuidado foi estabelecida através da atuação interprofissional e proservação do caso. Além disso, a realização da biópsia e histopatologia da lesão, em parceria com a instituição de ensino, permitiu estabelecer um correto diagnóstico e tratamento. Palavras-chave: ceratose, atenção primária à saúde, úlcera bucal, diagnóstico.

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CANDIDÍASE ORAL ATÍPICA EM PACIENTE PSORÍASICO TRATADO COM SECUQUINUMABE: UM EFEITO ADVERSO

Flávia Cristina Teixeira Ramos¹.; Bruna Michalski dos Santos¹.; Ana Gabriela Bausen¹.; Marcello Alves Marinho¹.; Luciana Freitas Bastos¹.; Nara Regina de Oliveira Quintanilha².; Eliane Pedra Dias².; Bruna Lavinas Sayed Picciani²

¹ Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ ² Universidade Federal Fluminense - UFF Introdução: Secuquinumabe é um anticorpo monoclonal de imunoglobulina humana que neutraliza a interleucina (IL)- 17A, sendo eficaz no tratamento da psoríase e da artrite psoriásica. Entretanto, a IL-17A é essencial no mecanismo de proteção contra infecções fúngicas, podendo os pacientes tratados com este medicamento desenvolver candidíase. Objetivo: O objetivo deste relato é demonstrar um caso de candidíase oral atípica durante o tratamento com secuquinumabe, destacando a importância do cirurgião-dentista no acompanhamento destes pacientes. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 50 anos, I SIMPÓSIO ONLINE DE PATOGIA E CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL Liga Acadêmica de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares I Simpósio Online de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial Dias 19 e 20 de março de 2021 branca, foi encaminhada ao serviço devido lesões orais sintomáticas. Durante a anamnese, a mesma relatou psoríase desde a infância, artrite psoriásica há 10 anos e estar em uso de secuquinumabe há 6 meses. A paciente ainda relatou que após 60 dias do uso da medicação observou lesões em língua, sendo realizadas duas biópsias inconclusivas e uso de corticoide oral, sem sucesso. Ao exame extraoral, a paciente não apresentava lesão cutânea. Ao exame intraoral, observou-se atrofia de papilas em dorso de língua, formando uma área eritematosa bem delimitada, placas brancas não destacáveis em bordas laterais de língua, sendo as lesões sintomáticas. Foi realizado raspado das lesões para exame citopatológico, sendo compatível com candidíase oral. Os blocos das biópsias, foram recortados e novas lâminas foram confeccionadas, sendo o laudo histopatológico de candidíase. Foi prescrito antifúngico tópico e as lesões regrediram em 30 dias. A paciente encontra-se em acompanhamento há 5 meses sem lesão oral. Conclusão: Podemos concluir, que os pacientes em uso de bloqueadores de IL-17, devem ser monitorados por um cirurgião-dentista, a fim de evitar complicações orais pelo uso da droga, evitando a suspensão do tratamento. Palavras-chave: candidíase, psoríase, secuquinumabe.

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ENXERTO ÓSSEO COM MATRIZ INORGÂNICA DE HIDROXIAPATITA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CISTO

RADICULAR EM MAXILA: RELATO DE CASO

Luisa Rodrigues dos Santos¹.; Maria Eduarda de Moura Lucas¹.

¹ Universidade Vale Do Rio Doce – UNIVALE Introdução: A maxila é a região prevalente no aparecimento de lesões císticas, entre elas, os cistos radiculares; sua parte anterior é o local de predileção dos mesmos. O tratamento é cirúrgico e, havendo perda de tecido ósseo, opta-se por realizar enxertia. Substitutos ósseos xenógenos podem ser utilizados quando o suprimento de osso autógeno é limitado, estimulando osteoblastos a formarem novo osso. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo, por meio de relato de caso clínico, abordar a utilização de enxertos ósseos xenógenos de hidroxiapatita após remoção cirúrgica de cisto radicular em maxila. Relato de caso: O tratamento proposto foi a remoção cirúrgica do cisto radicular, sob anestesia local em ambiente ambulatorial, através de acesso em retalho triangular na região vestibular; e para recuperação do tecido, utilizou-se enxerto ósseo xenógeno de matriz inorgânica de hidroxiapatita, juntamente com membrana colágena. O paciente de 48 anos, sexo masculino, está com acompanhamento clínico e radiográfico durante 2 anos e não apresenta reicidiva. Conclusão: Os cistos radiculares, apesar de serem moderadamente comuns, podem ser tardiamente diagnosticados devido à falta de sintomatologia, como no caso relatado, onde clinicamente não haviam características e o paciente não se queixava de sintomas. Assim sendo, destaca-se a importância da inclusão do exame de imagem na rotina odontológica, para diagnóstico e tratamento precoces. O uso de enxertos ósseos xenógenos, em especial aqueles à base de hidroxiapatita é uma alternativa para a neoformação óssea em regiões onde houve perda de paredes ósseas ou em outras cavidades acometidas por lesões císticas. Palavras-chave: cirurgia oral, cisto radicular, enxerto ósseo, enxerto xenógeno.

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ACESSO CORONAL PARA TRATAMENTO DE FRATURA EM TERÇO SUPERIOR DA FACE

Ana Clarice Silva Lima¹.; Francisco Antônio de Jesus Costa Silva¹.; Maria Cândida de Almeida Lopes¹.

¹ Universidade Federal do Piauí – UFPI Introdução: As fraturas do osso frontal ocorrem com muita frequência em unidades de atendimento em cirurgia oral e maxilofacial, dessa forma, o acesso coronal torna-se uma excelente opção para o tratamento, visto que é uma abordagem versátil, com boa exposição e excelente resultado estético. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente possuidor de fratura do terço superior da face. Relato de caso: O trabalho se trata de um paciente do sexo masculino, vítima de acidente motociclístico que foi admitido no Hospital de Urgência de Teresina para o serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Ao exame físico observou-se lacerações e edema em face, equimose periorbital, hemorragia subconjutival e ptose palpebral. A partir da tomografia computadoriza constatou-se a presença de fratura no terço superior de face, com fragmentação de uma porção do osso frontal. Com isso, o paciente foi encaminhado para o centro cirúrgico, sendo submetido à anestesia geral com intubação por via orotraqueal. Em seguida, foi realizado o acesso coronal, divulsionando as camadas do couro cabeludo, denominada, também, de ´´SCALP`` - S, pele; C, tecido subcutâneo; A, aponeurose e musculo; L, tecido areolar frouxo; P, pericrânio. Após o divulsionamento, realizou-se a redução óssea e fixação com placa do sistema 1.5mm, reanatomizando a região fraturada. Fora realizado o acompanhamento do paciente em ambiente ambulatorial o qual apresentou boa cicatrização, sem sinais de infecção ou hematomas pósoperatório. Conclusão: Diante do resultado obtido conclui-se que o acesso coronal, quando planejado e executado de maneira cuidadosa e baseado nos princípios cirúrgicos, oferece grandes vantagens para o tratamento. Palavras-chave: Surgery, Fracture, Face.

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DISPLASIA FIBROSA MONOSTÓTICA EM MAXILA: RELATO DE CASO

Annelise Lopes Cunha e Silva¹.; Bianca Monteiro de Oliveira da Silva¹.; Tiago Novaes Pinheiro¹.; Antônio Jorge Araújo de Vasconcelos II¹.; Myrian Salles Vieira¹.; Lioney Nobre Cabral¹.

¹ Universidade do Estado do Amazonas. Introdução: A displasia fibrosa é uma condição de desenvolvimento caracterizada pela substituição do osso normal por uma proliferação de tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado por trabéculas ósseas irregulares que pode acometer apenas um osso (monostótica), múltiplos ossos do corpo (poliostótica) ou ossos cranianos adjacentes (craniofacial). Objetivo: Visa demonstrar o manejo clínico de uma lesão que pode ser da rotina de um cirurgião-dentista. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 17 anos, melanoderma, compareceu à clínica de Estomatologia da POUEA com a seguinte queixa principal “Apareceu um negócio dentro da boca”. Durante o exame intra-oral verificou-se um crescimento no rebordo alveolar posterior esquerdo da maxila tendo um abaulamento tanto por vestibular quanto palatina, aspecto firme a palpação, com evolução de 4 meses. Afirma também que a irmã teve os mesmos sintomas não especificar qual foi o diagnóstico dado para a lesão. A paciente foi encaminhada a fazer um exame de tomografia computadorizada de maxila e ao ser feita a sua análise constatou-se a hipótese diagnóstica de displasia fibrosa. Diante do quadro clínico optou-se por fazer uma biópsia incisional, após ter feitos os exames pré-operatórios, em região vestibular na altura do elemento 26 com remoção de fragmento dimensionado em 1 x 0,8 x 0,6 cm e curetagem de elementos menores. A peça foi encaminhada para a análise histopatológica, em que o laudo revelou como diagnóstico Displasia Fibrosa. Conclusão: A paciente retornou 7 dias depois para remoção da sutura e proservação, sendo que a paciente foi encaminhada para um cirurgião bucomaxilofacial para que consiga fazer a correção cirúrgica em ambiente hospitalar devido à extensão da lesão e queixa estética. Palavras-chave: displasia fibrosa monostótica, diagnóstico diferencial, patologia bucal.

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FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL COM O CORPO ADIPOSO DE BICHAT

Bruna Alves da Costa¹.; Andrea Kelly do Monte Silva¹.; Caio Alberto Aquino de Lima¹.; Gabriely Joana da Silva¹.; Pháblo Müller Felix de Arruda¹.; Thayná Maria Veloso Brasileiro¹.; Éweton Daniel Rocha Rodrigues¹.

¹ Centro Universitário Brasileiro. Introdução: A comunicação buco-sinusal (CBS) é uma complicação comum de ocorrer após exodontias de dentes posteriores, os quais, podem ter raízes próximas ao seio maxilar, isso faz com que a cavidade tenha acesso ao seio maxilar. O tratamento deve ser iniciado com um exame clínico, onde será analisada a localização e extensão, posteriormente deve ser realizado o fechamento através de um procedimento cirúrgico. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever o relato de caso e a técnica para fechamento da CBS utilizando a Bola de Bichat. Relato de caso: A paciente gênero feminino, chegou à clínica relatando dor na região superior esquerda. No exame clínico foi observado que após uma exodontia naquela área, haviam sinais clínicos sugestivos de fístula CBS, além de sinais clínicos compatíveis com sinusite no seio maxilar. Solicitou-se a radiografia panorâmica e uma oclusal da maxila. Em seguida, foram prescritos fármacos para controle da dor e descongestão nasal. Após 7 dias, a paciente retornou com melhora clínica, e os exames de imagem comprovaram a presença da fístula bucosinusal. O planejamento se deu através do fechamento da fístula com o corpo adiposo da Bola de Bichat, com acesso pela região vestibular, ao qual foi feito uma incisão relaxante na região anterior. Após o acesso realizado, a fístula foi debridada sendo removido o trajeto fistuloso. Foi feito o avanço do corpo adiposo da Bola de Bichat, suturado sobre a fístula e em seguida o retalho vestibular foi suturado sobre a região da CBS. Conclusão: A técnica utilizada é uma alternativa indicada para o tratamento de CBS, devido às qualidades oferecidas pela Bola de Bichat que apresenta alta taxa de sucesso. No caso relatado não houve complicações, apresentando resultado satisfatório após 1 mês. Palavras-chave: Comunicação Buco-Sinusal, Bola de Bichat, Fístula.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO EM FERIMENTO EXTENSO EM FACE

Amanda Galvão Souza¹.; Ana Beatriz Leme de Andrade¹.; Carla Cecília Lira Pereira de Castro¹.; Francisco Alves de Souza Júnior¹.; Maxsuel Bezerra da Silva¹.; Demóstenes Alvez Diniz¹.

¹ Universidade de Pernambuco Introdução: Lesões faciais extensas que abrangem tecidos moles e fraturas ósseas geralmente são advindas de acidentes automobilísticos, quedas, agressões físicas, entre outros. Tais ferimentos podem variar quanto às suas características clínicas e seu grau de complexidade. Sabendo que a região facial desempenha diversas funções e esses traumatismos podem vir a afetá-las diminuindo a qualidade de vida do indivíduo, sendo altamente importante uma abordagem adequada e precisa para cada caso trabalhado, visando a restituição funcional e estética do indivíduo como propósito final. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar o caso clínico de um ferimento extenso facial decorrente de trauma por acidente motociclístico. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 35 anos, foi atendido na urgência do Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra em Recife, vítima de acidente motociclístico cursando com ferimento extenso em face e couro cabeludo. Aos exames de imagem constatou-se fratura em parede anterior de osso frontal sem deslocamento. O procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia geral com limpeza cirúrgica, irrigação copiosa com soro fisiológico, seguido de sutura por planos anatômicos. Após o procedimento, foi iniciada a profilaxia antitetânica e antibiótica, com o caso evoluindo sem sinais de infecções e complicações pós-operatórias, seguindo de acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Desta forma, acidentes motociclísticos podem levar a lesões extensas faciais com alterações estético-funcionais, exigindo diagnóstico correto e equipe multidisciplinar para alcançar sucesso neste tratamento. Palavras-chave: Ferimentos e Lesões, Suturas, Traumatismos Faciais.

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O SURGIMENTO DE MANIFESTAÇÃO ORAIS EM PACIENTES DE COVID-19

Maria Edvania Caetano da Silva¹.; Isaine Priscila Abreu da Silva¹.; Daniel Felipe Fernandes Paiva².

¹ Centro Universitário Mário Pontes Jucá. ² Universidade Estadual de Campinas. Introdução: Diversas lesões cutâneas orais podem surgir em consequência da ação de agentes virais seja por ação direta nas células mucosas ou pelo comprometimento do sistema imunológico que tais infecções causam no organismo. Objetivo: Diante do atual quadro de pandemia, decorrido pelo vírus SARS-CoV-2, espera-se com essa revisão sistemática subsidiar achados odontológicos causados pela COVID-19 e auxiliar o cirurgião-dentista a atuar seguindo os preceitos da saúde baseada em evidência. Metodologia: Para tal, foi usada a estratégia de busca baseada nos descritores MeSH: “SARS-CoV-2 OR COVID-19” AND “Oral Manifestations” nas bases de dados PUBMED, Embase, Cochrane Libery e coleção principal da Web of Science sem restrições do tipo de estudo ou do ano de publicação. Ao final da leitura na íntegra dos artigos foram selecionados 15 trabalhos que retratavam o tema proposto. Revisão Sistemática: A associação entre doenças bucais e infecção por SARS-CoV- 2 ainda é pouco investigada. O aparecimento de tais lesões pode estar relacionado à ação direta ou indireta do SARS-CoV-2 sobre as células da mucosa oral, coinfecções, comprometimento da imunidade e reações adversas a medicamentos. Resultados: No entanto, as manifestações bucais dessa doença parecem ser subnotificadas, principalmente devido aos períodos de lockdown e à falta de educação em saúde para com os pacientes. Conclusão: Em virtude ao pouco tempo de estudo do novo coronavírus apesar dos primeiros achados se caracterizarem por ulcerações e bolhas orais, ainda é notável a necessidade de maiores estudos com metodologia mais precisa, bem como avaliação patológica de maior especificidade. Palavras-chave: Manifestações orais, COVID-19, Saúde bucal, Infecção viral.

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O PAPEL DO PEPTÍDEO SVVYGLR NA FACILITAÇÃO DA REGENERAÇÃO TECIDUAL POR ARCABOUÇOS DE

BIOMATERIAIS A PARTIR DA ESTIMULAÇÃO DA ANGIOGÊNESE

Eduardo Victor Vieira de Lima¹.; Alana Lima dos Santos¹.; Silvana Maria Coelho da Silva¹.; Tiago Cacau Sousa Santos².

¹ Universidade Federal do Ceará ² Centro Universitário Fametro. Introdução: Engenharia tecidual baseada em arcabouços de biomateriais para reparação de tecidos tem sido reconhecida como uma estratégia promissora. Porém, a formação bemsucedida de tecidos complexos em arcabouços é altamente dependente de uma vascularização adequada, e a sua promoção por arcabouços modificados por peptídeos têm sido uma das técnicas mais exploradas para alcançá-la. Ao contrário de peptídeos inespecíficos comuns, a sequência Ser-Val-Val-Tyr-Gly-Leu-Arg (SVVYGLR) da osteopontina é um polipeptídio proangiogênico que facilita a adesão e migração de células endoteliais, mas que não interage com outros tipos de células. Objetivo: O presente trabalho objetiva revisar a literatura acerca da utilização e eficácia do peptídeo SVVYGLR (SV) na facilitação da regeneração tecidual por arcabouços de biomateriais a partir da estimulação da angiogênese. Metodologia: Foi realizada uma busca na plataforma PubMed utilizando-se os descritores “SVVYGLR” e “Regeneration”, sendo incluídas publicações dos últimos 5 anos, das quais, após a leitura dos resumos, uma foi excluída por não se enquadrar no tema, totalizando 7 artigos. Revisão Sistemática: A literatura revisada contempla o uso in vitro e in vivo do peptídeo, associado a arcabouços de biomateriais, na regeneração dos tecidos ósseo, epitelial, muscular, vascular e nervoso. Resultados: Em todos os estudos realizados, houve uma notável melhora da angiogênese e não foi constatada nenhuma rejeição ao peptídeo, tornando assim o ambiente mais propício à regeneração tecidual, pelo aumento do suprimento sanguíneo e da diferenciação celular. Conclusão: O peptídeo SV se mostra como uma ferramenta viável, e sem efeitos indesejados, para estimular a regeneração de diversos tecidos em diversas lesões, sejam elas cirúrgicas ou não. Palavras-chave: regeneração, svvyglr, peptídeo, angiogênese, arcabouço.

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TRAUMAS DE FACE: REVISÃO DE LITERATURA 2010 A 2020, BRASIL

Jainy Estefany Martins¹.; Daiany Araújo da Silva¹.; Ana Júlia Rodrigues da Cruz Faria¹.; Regina Coeli Cançado Peixoto Pires¹.

¹ Universidade de Itaúna. Introdução: O traumatismo é considerado um importe problemas de saúde pública no mundo e os danos que afetam a região bucomaxilofacial estão entre os mais comuns nos centros de emergência/urgência. Os dados epidemiológicos das fraturas faciais são fundamentais para o planejamento e a avaliação de saúde coletiva. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura dos levantamentos epidemiológicos em pacientes vítimas de fraturas faciais em diversas regiões do Brasil no período de 2010 a 2020 analisando seus objetivos, metodologia e resultados, tendo o traumatismo de face como evento de interesse. Metodologia: As bases de dados utilizadas para o rastreamento foram BIREME, SciELO e revistas. Os estudos foram examinados quanto ao ano de publicação, localidade, amostra, objetivos, metodologia e resultados. Revisão sistemática: Empregando as palavras epidemiologia, traumatismos faciais, saúde pública e trauma foram encontrados 43186 artigos nas bases BIREME e SciELO. Considerando os critérios de inclusão, 9 artigos foram selecionados. Os estudos foram analisados em função das seguintes variáveis: sexo, faixa etária, região anatômica e etiologia do trauma facial. Resultados: Houve maior ocorrência dos traumas faciais no sexo masculino (89%). A faixa etária foi analisada em anos e os mais acometidos foram de 21 a 30 anos (34%). No que se refere à região anatômica, a mandíbula foi o local de maior incidência nos traumatismos faciais (43%). A etiologia dos traumas mais frequente foram os acidentes de trânsito em cinco artigos (56%). Conclusão: A necessidade de novos estudos de levantamentos epidemiológicos dos traumas faciais é constante, assim como todas as doenças e agravos, na busca de alternativas para controle e prevenção destes. Palavras-chave: epidemiologia, traumatismos faciais, saúde pública, trauma.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO VERSUS FUNCIONAL DAS FRATURAS CONDILARES REVISÃO SISTEMÁTICA DA

LITERATURA

Marina Rosa Barbosa¹.; Demostenes Alves Diniz².; Jessica da Silva Cunha².; Francisco Alves de Souza Júnior².; Ana Beatriz Leme².; Maxsuel Bezerra da Silva².; Amina Kadja Martins Cahú³.; Sérgio Bartolomeu de Farias Martorelli¹.

¹ Faculdade de Odontologia do Recife, FOR; ² Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra, UPE. ³ Centro Universitario Brasileiro, UNIBRA. Introdução: As fraturas condilares são as fraturas maxilofaciais com maior controvérsia na literatura a respeito das formas de tratamento, uma vez que, no procedimento de escolha, envolve questões relacionadas à idade, localização e tipo de fratura, grau de deslocamento do segmento fraturado, presença de outras fraturas faciais associadas, ausência de dentes, o restabelecimento da oclusão dentária e o tempo decorrido do trauma, fatores estes que direcionam a escolha do tipo de abordagem terapêutica. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura atual sobre o tratamento das fraturas condilares, destacando suas indicações, limitações, vantagens e desvantagens. Metodologia: Seleção de artigos científicos na base de dados eletrônica PubMed e Medline utilizando os descritores: mandibular condyle, mandibular fractures, mandibular injuries, indexados no período de 2015 a 2020. Revisão Sistemática: Seleção pareada pelo método picot, após os critérios de elegibilidade foram analisados 27 artigos integralmente publicados em língua inglesa. Foram selecionados, 02 casos clínicos, 01 estudo in vitro, e apenas 10 estudos randomizados,07 revisões sistemáticas e meta-análise. Resultados: Este estudo mostrou-se bem sucedido, embora requeira um maior número de pesquisas clínicas em especiais randomizadas com um maior número de pacientes e aplicações para se obter conclusões mais significantes Conclusão: O tratamento conservador continua a ser a melhor opção para pacientes pediátricos e cooperativos, sendo considerado seguro, eficaz e prático. Se comparado aos métodos cirúrgicos com acessos extra e intraorais, a abordagem intraoral a melhor opção dos tratamentos cirúrgicos, devido à ausência de cicatrizes visíveis, sem lesão do nervo facial, com acesso rápido à fratura. Palavras-chave: Traumatismos Mandibulares; Mandíbula; Cirurgia Buco-maxilo-facial; Fixação Interna.

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TRAUMATISMO DENTÁRIO COMO VICISSITUDE EM PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO – REVISÃO

SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Ana Paula Lisboa Antonieto¹.; Felipe Henrique Barbosa Ribeiro¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Thayná Cristina Ferreira Costa¹.; Kennedy Martinez de Oliveira¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares Introdução: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) compromete o desenvolvimento motor e psiconeurológico, por isso há risco de traumatismo dentário. Objetivo: Analisar a associação entre o TEA e o traumatismo dentário através da literatura. Metodologia: Realizou-se a revisão sistemática nas plataformas SciELO e PubMed, através dos descritores “dental trauma” and “autism”, recuperando-se 28 artigos. Excluiu-se os que não tinham correlação com a temática, revisões bibliográficas, duplicatas e metanálises; restando 11 estudos. Revisão Sistemática: Indivíduos com TEA são mais suscetíveis a traumatismos dentários como consequência de quedas, devido ao comprometimento da coordenação motora. O tônus muscular alterado frequentemente resulta em mordida aberta, incompetência labial e exposição dos incisivos centrais superiores, predispondo-os a fraturas e traumas. Resultados: A maioria dos artigos demonstrou que indivíduos com TEA possuem maior incidência de traumatismo dentário, enquanto outros inferiram que as estatísticas se equiparam com o da população sem TEA e um elucidou que os pacientes com o transtorno têm menor experiência com traumas na dentição. Evidenciou-se que os dentes mais afetados são os incisivos centrais superiores, enquanto as lesões mais recorrentes foram: fratura de esmalte, luxação, avulsão na dentição decídua e fratura esmalte-dentina sem exposição pulpar na dentição permanente. A faixa etária de até 5 anos de idade foi a mais acometida. Conclusão: Indivíduos com TEA tendem a ser mais acometidos por traumatismo dentário e tendem a reagir com autopreservação diante de situações estressantes, assim cabe ao cirurgião-dentista estabelecer formas de manejo juntamente com o auxílio familiar e orientar a utilização de protetores bucais como meio de prevenção. Palavras-chave: transtorno do espectro do autismo, traumatismo dentário, atendimento odontológico.

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HISTOPLASMOSE OROFARÍNGEA ASSOCIADA AO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

Felipe Henrique Barbosa Ribeiro¹.; Ana Paula Lisboa Antonieto¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Thayná Cristina Ferreira Costa¹.; Kennedy Martinez de Oliveira¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares Introdução: Histoplasmose é uma doença fúngica granulomatosa endêmica no Brasil, causada pelo Histoplasma capsulatum. Tal patologia compromete regiões incomuns, como a orofaringe, majoritariamente, em pacientes que apresentam histoplasmose disseminada, que está altamente associada à imunossupressão pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Objetivo: Correlacionar a Histoplasmose Orofaríngea ao HIV, apresentando um panorama geral da doença. Metodologia: Realizou-se a revisão sistemática nas bases de dados SciELO e PubMed, através dos descritores “Oropharyngeal histoplasmosis” and “HIV”, recuperandose 17 artigos. Os critérios de inclusão foram pesquisas originais, ensaios clínicos e casos clínicos. Excluiu-se aqueles sem relação com o tema, além de revisões bibliográficas e metanálises, selecionando-se 10 estudos. Revisão Sistemática: Os autores elucidaram que a ocorrência de manifestações clínicas na região bucal é um achado em portadores de histoplasmose. Com a presença do HIV, a ocorrência de lesões bucais é ainda mais frequente. Dentre os sinais e sintomas clínicos mais comuns estão úlceras orais, nódulos na língua, perda de peso, febre, úlceras orofaríngeas e lesões mucocutâneas. Resultados: 90% dos artigos demonstraram que a histoplasmose orofaríngea é um sinal clínico prevalente da histoplasmose disseminada, principalmente em soropositivos. 50% dos estudos elucidaram que a melhor forma de realizar o diagnóstico é pela biópsia e da análise histopatológica. Conclusão: As manifestações clínicas orais decorrentes da histoplasmose podem gerar ambiguidade no diagnóstico e impasses na intervenção, o que remete à notoriedade da inclusão desta patologia na análise diferencial, principalmente, no que tange às lesões orais ulcerativas em pacientes imunocomprometidos. Palavras-chave: histoplasmose, hiv, orofaringe.

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PERFIL DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO E HPV POSITIVOS: REVISÃO DE

LITERATURA

Ana Paula Lisboa Antonieto¹.; Felipe Henrique Barbosa Ribeiro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Rose Mara Ortega¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Avançado de Governador Valadares, MG Introdução: A carcinogênese relacionada ao HPV (Papiloma Vírus Humano) é atribuída a um grupo de cânceres de cabeça e pescoço que compreendem o carcinoma de células escamosas (CEC) e surgem sobretudo na orofaringe. O HPV-18 é o mais comum em casos de cânceres de cabeça e pescoço, envolvido em 70% destes, enquanto o HPV-16 é associado a 95% dos cânceres de orofaringe. Duas etiologias distintas estão associadas: uso de tabaco e álcool e a infecção por HPV, podendo coexistir. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi elaborar o perfil dos pacientes portadores de carcinomas de cabeça e pescoço e que eram positivos para o HPV. Metodologia: Foram selecionados 8 artigos utilizando os descritores “head and neck cancer’’, ‘’squamous cell carcinoma’’ e ‘’human papillomavirus’’ no período de 2010 a 2017, no site PubMed. Revisão de Literatura: Na inter-relação entre o HPV e carcinoma de orofaringe, a predominância foi de homens com idade média de 54 anos portadores de hábitos nocivos, como fumo e bebida alcoólica. Porém, a infecção oral por HPV é comum em fumantes e não-fumantes e é uma causa de câncer de orofaringe em ambos os grupos. Resultados: Constatou-se que 13-16% dos indivíduos com CEC são não-etilistas e não-tabagistas. Já na inter-relação entre o HPV e o carcinoma cervical, não houve considerável prevalência de gênero, com idade média de detecção de 49 anos, com hábitos nocivos presentes. Conclusão: Concluiu-se que o HPV está muito associado aos casos de CEC na região da orofaringe. Foi notado também a presença de hábitos nocivos nos indivíduos acometidos. Assim, pudemos concluir que o perfil dos pacientes diagnosticados com CEC na região de cabeça e pescoço positivos para o HPV não difere muito dos pacientes diagnosticados com a mesma neoplasia, mas negativos para o HPV. Palavras-chave: head and neck câncer, squamous cell carcinoma, cervical câncer, human papillomavirus.

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ANQUILOGLOSSIA EM RECÉM-NASCIDOS: DIFICULDADES NO ALEITAMENTO MATERNO E BENEFÍCIOS DA FRENOTOMIA

Emanoel Silva Pereira¹.; Arilson Peres da Costa Junior².

¹ Faculdade de Integração do Sertão-FIS ² Estácio de Sá Juiz de fora. Introdução: O aleitamento materno é uma prática essencial para o desenvolvimento de estruturas orofaciais. Além de oferecer inúmeros benefícios aos recém-nascidos, estes amplamente descritos na literatura. O freio lingual é uma estrutura anatômica que tem importante participação no ato da sucção, fala e alimentação. Um freio lingual curto ou aderido ao assoalho bucal interfere nos movimentos da língua, o que pode dificultar o ganho de peso em bebês e incomodo no mamilo da mãe durante o ato de amamentar. Objetivo: Avaliar criticamente os artigos existentes na literatura brasileira e estrangeira acerca dos benefícios da cirurgia de frenotomia em bebês acometidos com anquiloglossia. Metodologia: A metodologia do trabalho constituiu em buscas de artigos publicados em língua portuguesa e inglesa nas bases de dados BVS, Scielo e PubMed, entre os anos de 2016 e 2021. Foram identificados 80 artigos através das combinações de palavras chaves, sendo 15 que foram utilizados por apresentarem resultados condizentes com o objetivo dessa revisão. Revisão Sistemática: Encontrei 80 artigos, eliminei 50 duplicatas, após ler o resumo eliminei 15 artigos, sobrando 15 artigos utilizados para essa revisão. Resultados: 10 artigos falam sobre as dificuldades do aleitamento em recém-nascidos com anquiloglossia, bem como lesões no mamilo da lactante. 5 artigos mostram a importância e benefícios da frenotomia. Conclusão: A anquiloglossia pode ser facilmente diagnosticada, mas que ainda gera controvérsias entre os profissionais quanto ao tratamento e quanto aos critérios de diagnóstico. A maioria dos estudos apontam para uma melhora significativa na amamentação e relatos de injurias aos mamilos pelas mães após a realização da frenotomia, a qual não provoca complicações póscirúrgicas importantes. Palavras-chave: freio lingual, recém nascidos, aleitamento materno, frenotomia, anquiloglossia.

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EFICÁCIA DA ARTROCENTESE NO TRATAMENTO DA DESORDEM TEMPOROMANDIBULAR ARTICULAR

Fernanda Gomes do Espírito Santo¹.; Júlia Tereza Moreira Assunção¹.; Débora Pereira de Almeida¹.; Mabel de Freitas Lopes¹.

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG. Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) interfere negativamente na qualidade de vida dos indivíduos. Como terapêutica a primeira escolha sempre deve ser conservadora, não invasiva e reversível. Porém, sem sucesso terapêutico, a cirúrgica deve ser considerada, como a artrocentese. Objetivo: O estudo propõe discutir a artrocentese como conduta terapêutica da DTM articular. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa na base indexadora PubMed utilizando as palavras-chave: arthrocentesis; temporomandibular disorders; temporomandibular joint, incluindo suas variações pelo Mesh para elaboração da frase de pesquisa. Como critérios de inclusão e exclusão, a busca foi restrita aos últimos dez anos, feita em humanos e artigos originais, após esta etapa avaliou-se os títulos, resumos e resultados das evidências científicas. Revisão Sistemática: A artrocentese da ATM é uma terapia minimamente invasiva que consiste na lavagem da ATM por meio de agulhas estéreis, diminuindo a dor e/ou aumentando a mobilidade mandibular. Indicada quando há insucesso das terapias convencionais, deslocamento do disco com ou sem redução, doenças inflamatórias da ATM, entre outros. Contraindicada quando há presença de abcesso local, bacteremia, tumor maligno. Suas complicações são relativamente baixas, apresentando prognostico favorável. Resultados: Incialmente a pesquisa apresentou 69 evidências científicas, após adoção dos critérios, encontrou-se 41 artigos, dos quais foram selecionados seis que se relacionaram com objetivo do tema. Os estudos analisados enfatizaram melhora significativa dos sinais e sintomas. Conclusão: A artrocentese é uma modalidade terapêutica simples, menos invasiva e eficaz para DTM, que apresenta um número mínimo de complicações e grandes benefícios clínicos. Palavras-chave: Artrocentese, desordens temporomandibulares, articulação temporomandibular.

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A APLICAÇÃO DE I-PRF COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DA DOR NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Talita Oliveira Barreto¹.; Helder Barreto Valiense¹.

¹ Faculdade de Ilhéus – CESUPI. Introdução: A fibrina rica em plaquetas (PRF) é um biomaterial autólogo, rico em leucócitos e fatores de crescimento que proporciona uma aceleração no processo de reparo tecidual tanto em tecidos moles como em tecidos duros. Devido a avanços nas pesquisas, foi desenvolvido sua forma monomêrica, ou seja, líquida, concentrado de fibrina rica em plaquetas em forma líquida injetável (i-PRF). Dentre as variadas aplicabilidades do i-PRF está a sua atuação como adjuvante no tratamento de disfunção temporomandibular (DTM), a qual de acordo com a American Academy of Orofacial é classificada como um grupo de condições muscoesqueléticas e neuromusculares que atinge as articulações temporomandibulares (ATM), os músculos da mastigação e os tecidos adjacentes. Objetivo: O devido trabalho tem como objetivo relatar através da literatura a eficácia da injeção de fibrina rica em plaquetas quanto à sua ação analgésica, como auxílio para o tratamento de disfunção temporomandibular. Metodologia: Foram selecionados 40 trabalhos nas bases PubMed, SciELO, Elsevier, Google Acadêmico, Capes e bibliotecas de teses e dissertações. Resultados: Na literatura, foram observados casos com melhora significativa quanto à sintomatologia dolorosa em pacientes com DTM, porém os efeitos ainda não são claros suficientemente. Conclusão: Conclui-se que levando em consideração a eficiência do material estudado, sua aplicação será de grande valia não só para o tratamento de dores na ATM, mas também para diversas áreas da odontologia. Palavras-chave: Disfunção temporomandibular, i-PRF, analgesia.

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DOENÇA DE CROHN - HEMATOLOGIA E MANIFESTAÇÕES ORAIS

Felipe Henrique Barbosa Ribeiro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Ana Paula Lisboa Antonieto¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Thayná Cristina Ferreira Costa¹.; Kennedy Martinez de Oliveira¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares. Introdução: A doença de Crohn é um estado patológico inflamatório, que pode se manifestar ao longo do tubo digestivo, sendo mais prevalente no íleo do intestino delgado e nos cólons do intestino grosso. Objetivo: Correlacionar a doença de Crohn à hematologia e às manifestações orais. Metodologia: O método utilizado foi a revisão da literatura nas plataformas SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Utilizou-se os descritores em português: “Doença de Crohn”, “Odontologia” e “Manifestações Orais”. O primeiro filtro utilizado foi temporal, selecionando-se apenas artigos dos últimos 5 anos. Dos 322 artigos recuperados, eliminou-se as revisões bibliográficas, meta-análises, duplicatas e aqueles estudos que não possuíam correlação com a temática. Por fim, selecionou-se 20 que mais foram compatíveis com o objetivo. Revisão de literatura: As manifestações orais mais descritas na literatura foram: ulcerações profundas e lineares, lesões aftosas, pioestomatite vegetante, lesões granulomatosas, lesões polipoides, hiperplasia da mucosa gengival, mucogengivite, quelite angular e inchaço labial, sendo as duas primeiras manifestações supracitadas as mais incidentes nos pacientes diagnosticados. Resultados: 100% dos artigos selecionados apontaram correlação entre a doença de Crohn e as manifestações na cavidade oral. Com relação à Hematologia, os pacientes demonstram: desnutrição protéico-calórica, hipoalbuminemia, anemia, leucocitose, trombocitose, aumento nos níveis séricos de proteína C reativa (PCR) e de velocidade de hemossedimentação. Conclusão: Esta revisão demonstrou que o cirurgião-dentista deve atuar em uma equipe multiprofissional, garantindo a integralidade e a humanização do paciente acometido pela doença de Crohn. Palavras-chave: doença de crohn, manifestações bucais, patologia.

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NEURALGIA DO NERVO GLOSSOFARÍNGEO: CONTRIBUIÇÕES DA ANATOMIA NA PRÁTICA DO CIRURGIÃO DENTISTA

Igor Cukierman Segal¹.; Vanessa Souza-Mello¹.

¹ Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Introdução: A neuralgia do nervo glossofaríngeo (NGF), apresenta aspectos semelhantes à neuralgia do nervo trigêmeo, ocorrendo em pessoas em torno dos 50 anos. Entretanto, a localização anatômica é o que os diferencia e pode orientar o diagnóstico. Objetivo: Descrever as características clínicas da NGF e como identificá-las, além de introduzir métodos de diagnóstico diferencial, com ênfase na importância do conhecimento anatômico para o cirurgião dentista. Metodologia: Foi realizada busca bibliográfica nas bases PubMed e Scielo, além da utilização de livros que versam sobre o assunto proposto. Resultados: Na NGF, a dor encontra-se nas amígdalas e no ouvido, sendo comum irradiar da garganta para o ouvido, pelo envolvimento do ramo timpânico do nervo glossofaríngeo. A etiologia é desconhecida, porém relatos prévios da literatura consideraram que causas secundárias como neoplasias e aneurismas na fossa craniana posterior contribuem. Na maioria das vezes a dor ocorre de forma unilateral, e o desconforto é caracterizado por dores breves, de tipo "choque elétrico", com início e término abruptos, afetando orelha, base da língua, fossa tonsilar ou abaixo do ângulo da mandíbula, sendo difícil para o paciente identificar quais as áreas de origem da dor. Essa dor pode ser precipitada pela fala, mastigação, deglutição, bocejo ou pelo toque de um instrumento rombo na amígdala do lado afetado. A DTM pode desencadear dor parecida e, por isso, o diagnóstico diferencial é importante, sendo um deles a aplicação de benzocaína a 20% na região posterior da língua. Conclusão: Em conclusão, o conhecimento anatômico é importante para o diagnóstico da neuralgia do nervo glossofaríngeo, tanto para a identificação do problema quanto para o estabelecimento do diagnóstico diferencial. Palavras-chave: neuralgia do nervo glossofaríngeo, diagnóstico, anatomia, odontologia.

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UTILIZAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA HUMANA COMO ADJUVANTE AOS CORTICOSTEROIDES NO TRATAMENTO DO

PÊNFIGO VULGAR

Jéssika Guilherme de Almeida Gonçalves¹.; Emmily Nauany Silvino Diniz¹.; José Lucas Medeiros Torres¹.; Lisandra Thaís Silva Souza¹.; Luiz Gabriel Pacífico Santos¹.; Maria Clara Silva de Vasconcelos¹.; Mirelly Morgana de Almeida Melo¹.; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de Melo².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande – UFCG ² Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Introdução: O pênfigo vulgar é uma doença mucocutânea autoimune crônica, caracterizada por acantólise e formação de bolhas intraepidérmicas decorrentes do ataque de autoanticorpos às estruturas da epiderme. A terapia convencional consiste em altas doses de corticosteroides sistêmicos e agentes imunossupressores, contudo abordagens terapêuticas adjuvantes, como a imunoglobulina humana, têm sido consideradas. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura avaliando os benefícios da imunoglobulina humana adjuvante ao tratamento do pênfigo vulgar. Metodologia: Foram pesquisados artigos científicos, indexados nas bases de dados Google acadêmico e PubMed, entre os anos de 2016 e 2020, tendo como critérios de inclusão a abordagem direta do tema nos idiomas Inglês e Português. Resultados: O tratamento do pênfigo vulgar tem o intuito de atingir e manter a remissão da doença, e deve ser iniciado o mais precocemente possível. A terapêutica com imunoglobulina humana como adjuvante apresenta poucos efeitos colaterais e é indicada para os casos em que há resistência ao tratamento habitual, ou contra-indicações aos corticosteroides. O modo de ação desse tratamento alternativo é complexo, envolvendo a remoção seletiva de anticorpos patogênicos e inibição de diferentes funções de células T. Conclusão: Tendo em vista as diversas vantagens dessa modalidade terapêutica, a imunoglobulina humana possui elevado potencial de resolução, provendo redução dos efeitos adversos observados com os corticosteroides. Entretanto, apresenta elevado custo e não é considerado um medicamento de primeira escolha. Dessa forma, é necessário o conhecimento do profissional acerca desse tratamento, favorecendo a escolha apropriada do medicamento para determinados pacientes. Palavras-chave: pênfigo, patologia bucal, corticosteroides.

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HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR INCISIVO NO PACIENTE INFANTIL

Débora Pereira de Almeida¹.; Guilherme Baranda Morais de Souza¹.; Thaynara Dorigheto Fernandes¹.; Fernanda Gomes do Espírito Santo¹, Renata Tolêdo Alves¹.; Camila Faria Carrada¹.

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA. Introdução: A hipomineralização molar incisivo (HMI) é considerada uma patologia de tecido duro em que ocorre um defeito de desenvolvimento dentário e apresenta origem sistêmica. Ela acomete, pelo menos, um dos primeiros molares permanentes, frequentemente com incisivos associados. É um defeito qualitativo do esmalte que pode ter sua extensão e severidade variada. Tem etiologia pouco estabelecida, que se associa com fatores pré, peri e pós natais. Nos estudos, sua prevalência varia entre 2,5% a 23,2%. Apresenta-se com coloração variada entre banco a creme-marrom, esmalte amolecido e poroso. Objetivos: Pesquisar e avaliar a ocorrência e o tratamento da Hipomineralização Molar incisivo em pacientes infantis. Metodologia: Foram estudados artigos de ensaios clínicos controlados e randomizados, em inglês e português, dos últimos cinco anos, em humanos, nas bases de dados Scielo e PubMed. Foram excluídos estudos não relevantes ao tema com métodos pouco claros e publicações em resumo. Dos estudos encontrados, apenas sete artigos foram selecionados após avaliar os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Segundo os estudos, os dentes com Hipomineralização Molar Incisivo podem levar ao maior acúmulo de biofilme na superfície dental, maior risco a cárie dentária, possibilidade de hipersensibilidade dentinária e insatisfação estética do paciente. As indicações para tratamento variam de acordo com o grau de severidade, podendo incluir procedimentos preventivos e invasivos. Conclusão: O manejo precoce dessa condição, ainda na infância, ajuda a prevenir a morbimortalidade molar permanente e afeta positivamente a qualidade de vida do paciente. Palavras-Chave: hipomineralização, hipomineralização molar incisivo, hipoplasia do esmalte dentário, esmalte, lesões hipomineralizadas em segundos molares decíduos.

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CONDUTA DE TRATAMENTO FRENTE A DIVERGENTES CAUSAS DE HIPERPLASIA FIBROSA

Mirelly Morgana de Almeida Melo¹.; Emmily Nauany Silvino Diniz¹.; Jéssika Guilherme de Almeida Gonçalves¹.; José Lucas Medeiros Torres¹.; Lisandra Thaís Silva Souza¹.; Luiz Gabriel Pacifico Santos¹.; Márcia Maria de Siqueira Leite Bezerra¹.; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de Melo².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande – UFCG ² Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Introdução: A hiperplasia fibrosa é uma lesão de etiologia multifatorial, mas geralmente representada pelo uso de prótese dentária parcial ou total mal adaptada, sendo ocasionada por traumas que resultam numa resposta proliferativa do tecido conjuntivo fibroso. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura relatando o repertório de tratamento e aspectos histopatológicos de dois casos com diferentes etiologias de hiperplasia fibrosa, demonstrando semelhanças e distinções existentes. Metodologia: Foram pesquisados artigos científicos, nas categorias de relatos de casos e revisões de literatura, indexados em bases de dados SCIELO e Google Acadêmico, entre os anos de 2009 a 2018. Resultados: O tratamento adequado para casos divergentes de hiperplasia fibrosa pode variar, pois o mesmo depende do fator etiológico. Porém, a primeira etapa, que consiste na biópsia excisional, é semelhante quando o diagnóstico suspeito é a lesão abordada. Porém, na segunda etapa é realizada a eliminação do fator causal, então diante de dois casos de hiperplasia fibrosa ocasionada por fatores diferentes, a conduta do tratamento também será distinta para ambos. Conclusão: Conclui-se que a hiperplasia fibrosa pode ser consequência não apenas do uso de prótese mal adaptada, mas de vários fatores envolvidos com o trauma, então nota-se a importância de compreender a etiologia da lesão para realizar uma conduta de tratamento específica para cada caso, eliminando o fator incidente, seja ele uma prótese mal adaptada ou outros princípios. Palavras-chave: biópsia, hiperplasia, terapêutica.

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UTILIZAÇÃO DE OZONIOTERAPIA COMO COADJUVANTE TERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE OSTEONECROSE DOS

MAXILARES INDUZIDA POR BISFOSFONATOS

José Lucas Medeiros Torres¹.; Emmily Nauany Silvino Diniz¹.; Jéssika Guilherme de Almeida Gonçalves¹.; Mirelly Morgana de Almeida Melo¹.; Márcia Maria de Siqueira Leite Bezerra¹.; Maria Clara Silva de Vasconcelos¹.; Lisandra Thaís Silva Souza¹.; Marcela Côrte Real Fernandes².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande – UFCG ² Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Introdução: A ozonioterapia tem sido uma técnica terapêutica muito explorada na Odontologia como um meio auxiliar ao tratamento de patologias inerentes à cavidade oral, potencializando resultados de técnicas já existentes. Dessa forma, por apresentar atividade estimulante sobre os sistemas imunológico e circulatório, a ozonioterapia pode ser empregada como uma adição ao tratamento de osteonecrose dos maxilares induzida por bisfosfonatos (ONMB). Objetivo: Evidenciar a eficácia da utilização de ozonioterapia como uma terapêutica coadjuvante no tratamento de ONMB. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, tendo como critérios de inclusão a abordagem direta do tema nos idiomas Inglês e Português, cujas datas de publicação ocorreram entre os anos de 2010 e 2020. Resultados: A ozonioterapia é uma técnica de baixo custo, capaz de promover estímulo vascular, imunológico e reparador, bem como apresenta propriedades bactericida, fungicida e virustática, contribuindo na destruição e supressão do crescimento de microrganismos patogênicos. Assim sendo, por ativar a circulação sanguínea, o ozônio beneficia a diapedese e a fagocitose em vasos sanguíneos de pequeno calibre presentes nos maxilares, promovendo eficácia contra patologias relacionadas à necrose. Além disso, antibioticoterapia e métodos cirúrgicos conjugados ao tratamento com ozônio têm possibilitado efeitos favoráveis na estabilização e na redução da osteonecrose em pacientes que utilizam bisfosfonatos por via intravenosa a longo prazo. Conclusão: Tendo em vista as diversas vantagens dessa modalidade terapêutica, a ozonioterapia pode ser caracterizada como uma técnica auxiliar viável e eficaz ao tratamento de ONMB, provendo redução de custos e adversidades. Palavras-chave: Osteonecrose, Ozônio, Patologia bucal.

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PREVALÊNCIA DA QUEILITE ACTÍNICA EM TRABALHADORES RURAIS NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Antônio Lopes Júnior¹.; Gabriel Ramos Rúbio¹.; Fabiana de Freitas Bombarda Nunes¹.

¹ Rede de Ensino Doctum Introdução: A queilite actínica se caracteriza por variáveis alterações em seu revestimento epitelial e em muitos casos podem preceder o desenvolvimento do câncer, tornando-se assim um sinal de alerta. Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico acerca da queilite actínica no Brasil, salientando a importância de um diagnóstico precoce. Metodologia: Foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados Pubmed, LILACS e BVS, utilizando as palavras chaves Câncer Oral, Radiação UV e Trabalhadores Rurais, incluindo estudos entres os anos de 2005 a 2020. Revisão de literatura: A população masculina, acima de 40 anos, é a mais afetada devido a maioria dos trabalhadores rurais serem homens. A exposição crônica à radiação UV é considerada o principal fator etiológico, o que explica o lábio inferior ser o principal sítio desta lesão. Além disso, a melanina pode se tornar uma proteção natural contra os raios UV, sendo assim a queilite actínica atinge em sua grande maioria a população branca. Portanto, o diagnóstico precoce é imprescindível, visto que há um potencial de transformação maligna, que pode ocorrer em 17% dos casos, tendo como resultado, o carcinoma de células escamosas. Resultados: A partir desta revisão de literatura foi detectado que entre os trabalhadores rurais brasileiros, há uma alta prevalência de queilite actínica, podendo chegar ao índice de 43%. Sendo também a lesão com potencial de malignidade mais encontrada neste grupo. Conclusão: É necessário que a população esteja ciente da importância dos cuidados durante as atividades solares. Ao diagnosticar essas lesões precocemente, pode-se proporcionar um melhor prognóstico e menores consequências para esses indivíduos. Palavras-Chave: Câncer oral, Trabalhadores rurais, Raios ultravioleta.

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TERAPIA CELULAR PARA REGENERAÇÃO DE FISSURAS LÁBIO-PALATINA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Jéssica da Conceição de Souza Macêdo¹.; Williams Alexandre Dutra Filho².; Leandro Alváro Alcantara Aguiar³.

¹ Cirurgiã-Dentista formada pela Uninassau Recife-PE ² Uninassau Recife-PE ³ UFPE- Campus Recife Introdução: A fissura lábio-palatina representa uma das anomalias congênitas mais comuns da região craniofacial. Sua etiologia é multifatorial, e prejudica a estética, fonética, deglutição, mastigação e a respiração. Atualmente, o tratamento mais utilizado é a abordagem cirúrgica, como a utilização de enxerto. Contudo, há uma busca de pesquisadores para a utilização de células-tronco como uma alternativa para o tratamento da doença, dada sua capacidade de formar e transformar órgãos e tecidos. Objetivo: Fazer um levantamento por meio de uma revisão sistemática da literatura, das vantagens e desvantagens do uso de célulastronco para regeneração das fissuras lábio-palatina. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura no período janeiro à julho de 2020. Os descritores utilizados estão constados no DesC, e foram “células tronco”, “odontologia”, “terapia celular” e “fissura lábio-palatina”. OS trabalhos inclusos são entre 2007 à 2020, sendo originais e de revisão de literatura. Os excluídos foram os que não tinha relação com o tema. Revisão Sistemática: As vantagens da utilização das células-tronco no tratamento da doença é a baixa ocorrência de casos de rejeições imunológicas e de infecções paralelas no ato e pós cirúrgico, além de proporcionar um maior conforto para o paciente em relação à técnica de enxerto, pois não precisará se submeter a muitas intervenções. Sua desvantagem está no risco da migração celular para outras partes do corpo, e gerar displasias, e na contraindicação de retirar células de tecidos com alguma patologia. Resultados e Conclusão: foram encontrados 15 artigos, sendo filtrados 11 destes. A terapia celular mostra ter eficiência terapêutica menos invasiva que técnicas convencionais e apresenta pouca contraindicação. Palavras-chave: fissura lábio-palatina, células-tronco, odontologia e terapia celular.

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UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA NO TRATAMENTO DA NEURALGIA DO TRIGÊMEO

Emmily Nauany Silvino Diniz¹.; José Lucas Medeiros Torres¹.; Jéssika Guilherme de Almeida Gonçalves¹.; Mirelly Morgana de Almeida Melo¹.; Márcia Maria de Siqueira Leite Bezerra¹.; Maria Clara Silva de Vasconcelos¹.; Luiz Gabriel Pacífico Santos¹.; Camilla Siqueira de Aguiar².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande – UFCG ² Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Introdução: A neuralgia do trigêmeo corresponde a uma dor facial intensa, geralmente unilateral, relacionada aos ramos do nervo trigêmeo, principalmente o maxilar e o mandibular, podendo ocorrer de maneira espontânea ou ser desencadeada por estímulos inócuos, como mastigar e falar. O laser de baixa potência possui propriedades terapêuticas anti-inflamatórias, analgésicas e biológicas, correspondendo a um método seguro e não farmacológico de tratamento para a neuralgia do trigêmeo. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo evidenciar na literatura as contribuições do laser de baixa potência no tratamento da neuralgia do trigêmeo. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, onde foram selecionados artigos nos idiomas português, inglês e espanhol através de uma pesquisa nas bases de dados SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão foram estabelecidos por meio de abordagem direta do tema, cujas datas de publicação priorizadas foram entre os anos de 2010 a 2020. Resultados: Foi encontrado que os lasers de baixa potência contribuem para a atenuação da dor através de vários mecanismos, como a diminuição dos níveis de histamina, serotonina, prostaglandinas, acetilcolina e bradicinina, que são substâncias inflamatórias e/ou indutoras da dor. Em contrapartida, contribui com o aumento dos níveis de endorfina, da produção de ATP, da microcirculação local, da circulação dos linfonodos e do limiar de dor nas fibras nervosas, e apresenta diminuição do edema. Conclusão: Portanto, foi possível observar que o uso de lasers no tratamento da neuralgia do trigêmeo proporciona uma diminuição da dor trigeminal nas primeiras aplicações, sem quaisquer efeitos colaterais, podendo evitar o uso de drogas e cirurgias como tratamentos de primeira escolha. Palavras-chave: lasers, neuralgia do trigêmeo, dor facial.

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LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, TRATAMENTO E CONDUTA CLÍNICA

Gabrielly Soares Martins Duarte Guimarães¹.; Ilky Pollansky Silva e Farias¹.

¹ União de Ensino Superior de Campina Grande-UNESC Faculdades Introdução: A Lesão Periférica de Células Gigantes (LPCG) é um processo proliferativo não neoplásico, sua origem está associada com algum componente inflamatório, seja um trauma ou agressão crônica em uma determinada região do rebordo alveolar, mucosa jugal ou palato. Objetivo: Realizar uma revisão discutindo a LPCG, suas características clínicas, diagnóstico diferencial e tratamento. Metodologia: Realizou-se um levantamento bibliográfico pelas bases de dados SciELO, MEDLINE, BVS, e Google Acadêmico, através de uma busca seletiva no período de 2018 a 2021. Foram encontrados 22 artigos em português e inglês, incluindo relatos de caso e revisões sistemáticas, destes, foram excluídos aqueles sem relevância clínica. Utilizou-se os descritores: Lesão Periférica de Células Gigantes. Diagnóstico Diferencial. Processo Proliferativo Não Neoplásico. Revisão de literatura: A LPCG é uma hiperplasia benigna, decorrente de um trauma ou irritação local crônica. Possui uma coloração que varia de vermelho à azul-arroxeado, com ausência de sangramento. Pode ser feito diagnóstico diferencial com Granuloma Piogênico, Fibroma Ossificante Periférico e Hiperplasia Fibrosa Inflamatória. Resultados: A LPCG pode acometer a gengiva e rebordo alveolar, apresenta-se como uma lesão nodular exofítica de base séssil ou pediculada, o tratamento consiste na remoção da causa da irritação ou excisão e curetagem óssea afim de remover todos os resquícios da lesão para evitar recidiva. Conclusão: É fundamental conhecer a etiologia da LPCG, visto que pode ser confundida clinicamente pela semelhança a outras lesões, dessa forma, o diagnóstico diferencial e o conhecimento do cirurgião dentista são essenciais para executar o tratamento adequado e estabelecer um bom prognóstico para o paciente. Palavras-Chave: Lesão periférica de células gigantes. Diagnóstico diferencial. Processo proliferativo não neoplásico.

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O PAPEL PREVENTIVO DO CIRURGIÃO-DENTISTA FRENTE AO APARECIMENTO DE COMPLICAÇÕES BUCO-DENTAIS EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

Alícia Eliege da Silva¹.; Juliermeson Alves da Silva¹.; Ricardo Jorge Alves Figueiredo¹.

¹ Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró - FACENE RN. Introdução: As Unidades de Terapia Intensivas (UTI´s) são voltadas para o atendimento de pacientes em estado de saúde crítico, onde encontram-se debilitados e impossibilitados de exercerem funções rotineiras, como a realização da higiene oral e manutenção da saúde bucal. Objetivo: O propósito desse trabalho é descrever por meio de um levantamento bibliográfico a importância do cirurgião-dentista (CD) na prevenção de complicações provenientes de alterações orais dentro dessas unidades. Metodologia: O trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Google Acadêmico. Foram selecionados 9 artigos publicados na língua portuguesa e inglesa, entre os anos de 2013 e 2020. Revisão sistemática: Muitas manobras são realizadas em UTI´s, como o uso de medicação e a necessidade de intubação, que em conjunto com a falta de higienização oral potencializa a proliferação de patógenos e o surgimento de doença periodontal, halitose, candidíase, xerostomia, ressecamento labial e gengivite. Adicionalmente, as alterações bucais podem interferir e contribuir para o agravamento de condições sistêmicas. Resultados: O cirurgião-dentista atua diagnosticando e controlando alterações orais. Através de medidas básicas, como a escovação, limpeza da saburra lingual e utilização do antisséptico, o CD consegue manter a saúde oral prevenindo infecções. Conclusão: Conclui-se que é de suma importância a presença desses profissionais dentro das UTI´s, sendo os mesmos capazes de atuarem na prevenção de complicações oriundas desse ambiente. Através da sua avaliação e tratamento é possível reduzir fatores que possam trazer complicações locais e afetar negativamente o quadro sistêmico do paciente, diminuindo o tempo de internação e melhorando o desfecho clínico. Palavras-chave: alterações orais, UTI, cirurgião-dentista.

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PREVALÊNCIA DE INJÚRIAS NA DENTIÇÃO DECÍDUA E SUAS SEQUELAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Márcia Maria de Siqueira Leite Bezerra¹.; Maria Clara Silva de Vasconcelos¹.; José Lucas Medeiros Torres¹.; Emmily Nauany Silvino Diniz¹.; Lisandra Thaís Silva Souza¹.; Mirelly Morgana de Almeida Melo¹.; Jéssika Guilherme de Almeida Gonçalves¹.; Camilla Siqueira de Aguiar².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB ² Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE Introdução: As injúrias dentais são lesões comuns na dentição decídua devido à vulnerabilidade das crianças ao trauma durante a erupção dentária. Traumas na dentição decídua podem causar diferentes sequelas, afetando negativamente o dente lesado, o sucessor permanente - que por muitas vezes passa despercebido até o tempo de erupção - ou ambos. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar na literatura a prevalência e as principais sequelas provocadas por injúrias traumáticas na dentição decídua. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura no qual foram analisados artigos publicados entre o período de 2016 e 2021, indexados na base de dados do PubMed. As chaves de busca utilizadas estão cadastrados no MeSH e DeCS. No total, foram encontrados 28 artigos e, após análise, selecionados 23 deles. Resultados: A prevalência mundial de lesões dentárias traumáticas em dentes decíduos é de 22,7%, variando em 14,2% na região da Europa, 26,5% na região das Américas e 27,0% na região do Sudeste Asiático. A literatura sugere que lesões ocorridas durante a odontogênese podem causar mudanças nos incisivos primários e seus sucessores. A extensão da complicação para o sucessor permanente depende do estágio de desenvolvimento do dente e a intensidade do trauma. Exames são realizados para avaliar a causa do dano, predominando o teste de vitalidade pulpar. A intrusão e extrusão dental são as sequelas mais comuns, com uma prevalência de 56.9%. Conclusão: Conclui-se que a prevalência de injúria aos decíduos é de 22,7% e as principais sequelas são a extrusão e a intrusão dentárias. O reconhecimento e o tratamento de lesões na dentição decídua interferem diretamente na gravidade da sequela, podendo ocorrer distúrbios de desenvolvimento em sucessores permanentes. Palavras-chave: traumatismos dentários; dente decíduo; avulsão dentária.

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A RELAÇÃO ENTRE A BULIMIA NERVOSA E O DESGASTE NO ESMALTE DENTÁRIO: REVISÃO DE LITERATURA

Marcela de Souza Cruz¹.; José Cleyton de Oliveira Santos¹.; Mayara Pereira de Ávila¹.; Maria José Vieira Santos Nobre¹.; Shayemili de Farias Durval¹.; Thaís Santos de Matos¹.

¹ Universidade Federal de Sergipe Introdução: A bulimia é um transtorno alimentar no qual o paciente utiliza de métodos compensatórios para evitar o ganho de peso após episódios de compulsão alimentar, um desses métodos é a prática da indução ao vômito, a qual acarreta vários danos fisiológicos, dentre eles danos à saúde bucal. Objetivo: Conhecer a relação entre a bulimia e o desgaste na estrutura dental. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizou-se busca nas bases PubMed e SciELO, com os descritores ‘’dental erosion’’ e ‘’bulimia’’, foram incluídos artigos publicados nos idiomas inglês e português. Revisão de literatura: A prática excessiva da indução do vômito leva ao contato do ácido gástrico com a cavidade bucal, fator que interfere no equilíbrio daquela região. Como consequência, pacientes podem apresentar a erosão dentária, que é considerada uma manifestação extraesofágica do refluxo gastrointestinal, caracterizada pela perda irreversível da estrutura mineral presente no dente. Logo, como consequência o paciente terá a sensibilidade aumentada devido a exposição da dentina e pode desenvolver pequenas rachaduras e/ou fissuras no esmalte. Resultados: A regurgitação leva com frequência a uma distribuição típica de erosão dental nos arcos dentários, por isso pacientes bulímicos possuem maior incidência no aparecimento de cáries, aumento dos níveis de desmineralização, queilite angular e mucosa desprovida da sua proteção contra traumas e desidratação. Desse modo, conhecer a bulimia e seus impactos frente a saúde bucal é importante para a promoção de saúde no cliente. Conclusão: A bulimia é um fator de risco para o desgaste do esmalte dentário, dessa forma, faz-se necessário que o profissional de saúde identifique as manifestações clínicas e associe à doença em questão. Palavras-chaves: bulimia, erosão dentária, desgaste dos dentes.

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HIPÓTESE DIAGNÓSTICA DE CARCINOMA ESPINOCELULAR EM BASE DE LÍNGUA COM METÁSTASE LINFONODAL EM REGIÃO

CERVICAL

Luiz Gabriel Pacífico Santos¹.; Lisandra Thaís Silva Sousa¹.; Marcelo Antônio de Souza Silva e Silva¹.; Mirelly Morgana de Almeida Melo¹.; Jéssika Guilherme de Almeida Gonçalves¹.; Emmily Nauny Silvino Diniz¹.; Vinícius Grangeiro Leite Bezerra¹.; Marcela Côrte Real Fernandes².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. ² Mestranda em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Introdução: Carcinoma de células escamosas (CCE), também conhecido como carcinoma espinocelular, representa cerca de 90% das neoplasias malignas encontradas na cavidade oral. O CCE de orofaringe, em específico o de base de língua, apresenta um comportamento agressivo, silencioso e com um diagnóstico tardio, o que acarreta o desenvolvimento de metástase na região linfática cervical. Objetivo: demonstrar algumas características comuns a uma lesão de carcinoma espinocelular em base de língua com metástase linfática cervical. Metodologia: o presente estudo corresponde a uma revisão de literatura do tipo narrativa, com dados coletados a partir de artigos científicos indexados nas bases de dados PubMed/MedLine, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde nos anos de 2003 a 2015. Resultados: O CCE de orofaringe apresenta forte tendência a comprometimento da região cervical, principalmente devido à abundante rede de drenagem linfática da base da língua. Primariamente, a neoplasia maligna pode se mostrar em forma de mancha branca, vermelha ou eritematosa, especialmente no terço posterior da língua. Devido à baixa sintomatologia, os pacientes passam a demonstrar sintomas quando há um crescimento expressivo do tumor, o que se evidencia por dor á deglutição (odinofagia) e presença de linfonodos metastáticos no pescoço. Conclusão: As características comuns encontradas na literatura foram as presenças de mancha branca ou vermelha, especialmente no terço posterior da língua, linfonodos cervicais edemaciados e odinofagia. Em posse dessas informações, o dentista tem o dever de reconhecer os sinais de CCE nesta região de língua durante um simples exame de rotina, ainda em fase inicial. Palavras-chave: carcinoma de células escamosas, diagnóstico, metástase linfática.

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UTILIZAÇÃO DO CORPO ADIPOSO BUCAL PARA TRATAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL

Vinícius Grangeiro Leite Bezerra¹.; Luiz Gabriel Pacífico Santos¹.; Lisandra Thaís Silva Sousa¹.; Marcelo Antônio de Souza Silva e Silva¹.; Márcia Maria de Siqueira Leite Bezerra¹.; Maria Clara Silva de Vasconcelos¹.; José Lucas Medeiros Torres¹.; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de Melo².; Jorge Pontual Waked¹.

¹ Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. ² Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Introdução: A comunicação buco-sinusal (CBS) é uma entidade patológica caracterizada pela comunicação direta entre a cavidade bucal e o seio maxilar e ocorre com maior frequência após exodontias de molares superiores devido à íntima relação dos ápices desses dentes com o assoalho do seio maxilar. As comunicações podem ser evidenciadas por meio de procedimentos clínicos e/ou radiográficos como radiografias panorâmicas e a tomografia computadorizada. O uso de retalhos locais (bucal ou palatino) e do Corpo Adiposo Bucal (CAB) são os procedimentos mais utilizados no tratamento destas comunicações. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar a utilização do CAB como estrutura doadora de enxerto para fechamento de comunicação buco-sinusal. Metodologia: O presente estudo corresponde a uma revisão de literatura do tipo narrativa com dados coletados a partir de artigos científicos presentes nas bases de dados PubMed/MedLine, Google Acadêmico, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde nos anos de 2015 a 2020. Resultados: Nos últimos anos o CAB tem sido amplamente utilizado na cirurgia bucal como enxerto para fechamento de defeitos intra-bucais, tais como a comunicação buco-sinusal. Fatores como a facilidade de acesso anatômico, preservação da profundidade do sulco vestibular, maior conforto ao paciente no pós-operatório, alta taxa de sucesso e excelente fonte de suprimento sanguíneo, responsável por minimizar a ocorrência de necroses e infecções, são os responsáveis pela sua crescente utilização. Conclusão: Conclui-se que o corpo adiposo bucal configura-se como uma excelente estrutura doadora de enxerto para o fechamento de CBS por atenuar os problemas geralmente encontrados quando da utilização de outras técnicas e/ou estruturas. Palavras-chave: cirurgia bucal, fístula bucoantral, corpo adiposo.

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ATUAÇÃO ODONTOLÓGICA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS

Alana Livia Almeida de Lucena¹.; Luanna Souza Munduruca Brandão¹.; Alessandra Valente Pires¹.

¹ Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana - UNEF Introdução: o câncer infanto juvenil é uma neoplasia maligna que apresenta um crescimento desordenado e acelerado de células com maior grau anaplásico que pode afetar outros órgãos e tecidos através da corrente sanguínea. Essa doença acomete crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos e corresponde de 1% a 3% dos tumores malignos em todo o mundo. A oncoterapia envolve, geralmente, a quimioterapia e a radioterapia, as quais possuem ações não seletivas que destroem tanto as células cancerígenas, quanto as células normais com alta atividade mitótica, podendo ocasionar alterações na função e na integridade dos tecidos da cavidade oral. Objetivo: o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sistemática sobre a atuação odontológica em pacientes oncológicos pediátricos. Metodologia: para a realização desta revisão sistemática, foram selecionados artigos nas bases de dados do Scielo, PubMed, e Google Acadêmico. Revisão de literatura: o conhecimento sobre os efeitos dessas terapias antineoplásicas mostra que pacientes oncológicos apresentam necessidades odontológicas significativas que demandam atendimento antes, durante e pós à oncoterapia. Manifestações orais, como xerostomia, mucosite e cárie por radiação, podem provocar desconforto para esses pacientes e atraso no tratamento antineoplásico. Conclusão: nesse sentido, é de fundamental importância a atuação do cirurgião-dentista dentro da equipe multidisciplinar no tratamento oncológico, para que possa não só estar minimizando os desconfortos desencadeado pelas terapias, como também dar uma vida digna para esses pacientes. Palavras-chave: oncoterapia, câncer infanto juvenil e manifestações orais.

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O USO DA TERAPIA FOTODINÂMICA NO MANEJO DA CANDIDÍASE ORAL

Caroline Rodrigues Thomes¹.; Jonata Leal dos Santos².; David Wilkerson dos Santos Silva².; Roberta Del Piero Teixeira¹.; Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa¹.

¹ Universidade Federal do Espírito Santo ² Faculdade Pitágoras – Imperatriz MA Introdução: A candidíase oral (CO) é um problema de saúde crescente devido à introdução de novos medicamentos, envelhecimento da população e aumento da prevalência de doenças crônicas. A terapia fotodinâmica (TFD) é uma técnica utilizada com o intuito de causar a necrose celular realizando a desinfecção das regiões orais contaminadas. As células são coradas com um fotorreceptor e irradiadas com uma luz laser vermelha de baixa potência que leva a morte celular por meio da apoptose. Objetivo: Analisar o uso da terapia fotodinâmica no manejo da candidíase oral por meio de uma revisão de literatura. Metodologia: Foi realizada uma busca bibliográfica no portal eletrônico PubMed por meio das palavras-chaves “Candidisis oral” e “Photodynamic Therapy”, com base em artigos publicados em inglês nos últimos cinco anos. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados oito artigos para leitura e análise na íntegra. Revisão de literatura/ Resultados: A terapia fotodinâmica antifúngica tem sido empregada com sucesso na diminuição da contagem de Candida albicans e outras espécies de Candida. O efeito antifúngico dependente da cepa e a influência do meio biológico são questões importantes a serem consideradas. Além disso, a escolha do fotossensibilizador a ser empregado na TFD deve levar em consideração as características do fungo e do meio a ser tratado, bem como a profundidade de penetração da luz na pele. Conclusão: A terapia fotodinâmica é promissora como um agente adjuvante no manejo da candidíase oral, mas, são necessários mais estudos clínicos randomizados a longo prazo que busquem comprovar a sua eficácia assim como estabelecer um protocolo clínico de uso. Portanto, o tratamento padrão-ouro para tal doença continua sendo o uso de fármacos antifúngicos. Palavras-chave: Candidíase oral, Odontologia, Terapêutica.

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AÇÃO DAS DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS NAS ALTERAÇÕES DA CAVIDADE ORAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Marianne Pereira de Moura¹.; Daniella de Andrade Monteiro¹.; Ieli Lima da Silva¹.; Geovana Lemos da Silva¹.; Raoni Sting Santos de Sena¹; Roberto Lucas Martins Gomes¹.; Irani de Farias Cunha Júnior¹.

¹ Universidade Federal de Pernambuco- UFPE. Introdução: Como todo composto químico a utilização de drogas lícitas ou ilícitas causarão modificações na saúde bucal do indivíduo podendo desencadear processos patológicos mais severos e afetar sua saúde sistêmica. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar a influência do uso de drogas na saúde bucal e como o cirurgião-dentista pode auxiliar esses pacientes de forma ampla. Metodologia: Utilizou-se para a construção desta Revisão de Literatura 41 artigos, em português, inglês e espanhol, extraídos do Google Acadêmico, Biblioteca Virtual de Saúde de Odontologia, Scielo e Pubmed pelos descritores Drogas e saúde bucal, uso de drogas e histórico das drogas. Revisão de Literatura: O abuso de drogas é um fator importante no surgimento de patologias orais e sistêmicas no indivíduo. Condições como a frequência de uso, dose, interações medicamentosas e resposta do sistema imunológico são de extrema importância no entendimento dessa problemática que atinge parte da população mundial. Resultados: O surgimento de xerostomia, influenciando no surgimento de cáries, periodontite e aumento de biofilme bucal, além de estomatite de contato, glossite, hiperplasia de gengival e até mesmo perfuração de palato duro são algumas das consequências causadas pelo abuso de drogas. Conclusão: Assim, é possível perceber que os efeitos adversos provenientes do uso de drogas resultam em condições orais e sistêmicas desfavoráveis. As desvantagens em relação à exposição bioquímica são inúmeras e intensificam-se pelo seu uso contínuo. Por tratar-se de um problema de saúde mundial, deve ser analisada com coerência e de forma multidisciplinar, cumprindo de forma eficiente uma boa anamnese, minimizando o tempo necessário à recuperação e garantindo o tratamento adequado ao paciente. Palavras-chave: Abuso de drogas, Drogas e a cavidade oral, Saúde bucal.

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EFICÁCIA DA ARTROSCOPIA E ARTROCENTESE NO TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS INTERNOS DA ARTICULAÇÃO

TEMPOROMANDIBULAR

Julia Tereza Moreira Assunção¹.; Paulo Ricardo de Andrade¹.; Fernanda Gomes do Espírito Santo¹.; Mabel de Freitas Lopes¹.

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora- SUPREMA. Introdução: Os desarranjos internos (DI) da articulação temporomandibular (ATM) são disfunções dos componentes intra-articulares que podem causar dor, limitação nos movimentos e outros sintomas. A artroscopia é um procedimento minimamente invasivo que utiliza um artroscópico que permite uma visualização direta das estruturas da ATM, sendo empregado para fins diagnósticos e terapêuticos. A artrocentese é uma técnica de lavagem do compartimento superior da articulação que tem como objetivo principal eliminar mediadores inflamatórios. Objetivo: investigar estudos sobre a eficácia da artroscopia e artrocentese para o tratamento de distúrbios internos da articulação temporomandibular. Métodos: Foram realizadas buscas de artigos nas bases de dados Pubmed e Scielo, publicados nos últimos 10 anos, utilizando as palavras chaves "temporomandibular disorder", " arthroscopic", "arthrocentesis". Foram excluídos artigos relacionados a outras desordens articulares. Resultados: Foram encontrados 30 artigos citando a artrocentese e artroscopia como tratamentos para DI da ATM. Os dois métodos reduziram a dor, melhora na abertura máxima de boca e movimentos funcionais mandibulares. Porém a artroscopia associada a lavagem da ATM apresentou resultados mais satisfatórios devido ao maior diâmetro da agulha utilizado nessa técnica o que leva ao aumentando a pressão intra-articular e velocidade do fluido de lavagem permitindo uma melhor eliminação de mediadores inflamatórios e aderências. Conclusão As evidências indicam que a artroscopia associada a lavagem da ATM é eficaz para o diagnóstico dos desarranjos internos, diminuição dos fatores inflamatórios, eliminação de aderências e promove assim, a redução dos sinais e sintomas. Palavras chaves: internal derangement, temporomandibular disorder, arthroscopic e arthrocentesis.

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COMPLICAÇÕES ORAIS RESULTANTES DA RADIOTERAPIA

Thalia Thamyres Basilio Vieira¹.; Maria Eduarda Coelho Gomes¹.; Iasmyn Paranhos de Oliveira¹.; Juliana Jadyvisky dos Santos¹.; Gabrielle Cristiny Moreira¹.; Fernanda Mombrini Pigatti¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora/ Governador Valadares. Introdução: O tratamento de indivíduos com diagnóstico de câncer em cabeça e pescoço é complexo e deve ser provido por cirurgiões-dentistas capacitados. As sequelas orais resultantes da radioterapia podem causar problemas durante e depois da radiação e interferem diretamente na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Analisar as produções científicas disponíveis sobre as complicações orais decorrentes da radioterapia. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura a partir do levantamento de relatos de casos publicados no período entre 2015 e 2021, nas bases de dados Pubmed/Medline e Scielo. Foram utilizados como descritores: "radiotherapy"; "cancer" e "oral health", tendo como critério de inclusão que sejam relatos de caso com pacientes submetidos à radioterapia em região de cabeça e pescoço, sendo na língua português ou inglês Assim, 12 foram eleitos para a presente revisão. Resultado: 10 (84%) dos artigos descreveram que entre as complicações mais comuns estão a mucosite e a xerostomia. Ademais, 9 (75%) dos artigos relataram sobre como os pacientes ficam mais susceptíveis a doenças causadas por fungos, como a candidose e apenas 2 (16%) destacaram a disgeusia, a osteorradionecrose e a cárie de radiação. Outrossim, destes 12 casos, 10 (84%) eram mulheres e em todos (100%) acima de 30 anos. Conclusão: As complicações bucais decorrentes da radioterapia são frequentes e afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes, limitando o bem-estar individual e social. Dessa maneira, há uma quantidade considerável de estudos referentes a essa temática abordando, também, a importância de uma equipe médica multidisciplinar e composta por fonoaudiólogos, cirurgiões-dentistas e psicólogos, para que juntos possam minimizar ou até prevenir as sequelas. Palavras-chave: Radioterapia; Câncer; Saúde Bucal.

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DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA ALVEOLAR COM FINALIDADE DE IMPLANTES DENTÁRIOS: REVISÃO DE LITERATURA

Jonata Leal dos Santos².; Caroline Rodrigues Thomes¹.; David Wilkerson dos Santos Silva².; Elisama de Oliveira Mendes².; Iago Gomes Albuquerque³.; Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa¹.

¹ Universidade Federal do Espírito Santo. ² Faculdade Pitágoras – Imperatriz ³ Centro Universitário INTA – UNINTA Introdução: Em tempos remotos, a Implantodontia limitava-se na falta de tecido suficiente para instalação dos implantes. Em razão disto, várias técnicas foram desenvolvidas na tentativa de remediar esses percalços, sendo uma delas, a distração osteogênica (DO), que tem como objetivo o ganho de tecido ósseo e mole, tanto no sentido vertical quanto horizontal. Objetivo: Evidenciar o uso da distração osteogênica com a finalidade de instalar implantes dentários Metodologia: O estudo foi realizado por meio de buscas bibliográficas nos portais eletrônicos Google Acadêmico, e PubMed, com os seguintes descritores chave: Osteogenic distraction for implants. Revisão Sistemática/Resultados: A DO consiste no estímulo de formação óssea entre dois fragmentos ósseos fraturados por osteotomia incompleta e mecanicamente tracionados no decorrer do tempo. Estudos mostram que a DO é uma técnica eficaz para o crescimento ósseo do rebordo alveolar atrófico, possibilitando também o crescimento de vasos sanguíneos e nervos. Autores relataram um índice de distração de 1-2mm/dia e o período de consolidação óssea entre 4 a 6 semanas. Dor e a possibilidade de fratura do distrator foram relatados, além da necessidade da colaboração do paciente para o sucesso do procedimento. Conclusão: Acredita-se que a utilização da osteodistração para aumento da altura óssea dos rebordos alveolares seja confiável frente a necessidade de um aumento ósseo maior que 4-5 mm que são impossibilitados pelos enxertos ósseos devido à ausência de tecidos moles para o recobrimento. Apesar da DO ter demonstrado resultados satisfatórios, mais estudos randomizados são necessários para melhor aplicação da técnica. Palavras-chave: Distração Osteogênica, implantodontia, tecido ósseo.

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QUAIS OS RECURSOS USADOS NA CIRURGIA ORTOGNÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA? REVISÃO DE LITERATURA

Jonata Leal dos Santos².; Caroline Rodrigues Thomes¹.; David Wilkerson dos Santos Silva².; Elisama de Oliveira Mendes².; Iago Gomes Albuquerque³.; Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa¹.

¹ Universidade Federal do Espírito Santo. ² Faculdade Pitágoras – Imperatriz ³ Centro Universitário INTA – UNINTA Introdução: A cirurgia ortognática vem se modernizando ano após ano, adicionando técnicas cirúrgicas menos mutilantes, com potencial de reduzir o sangramento intraoperatório, minimizar os traumas dos tecidos, edema e lesões proporcionando um melhor pós-operatório para o paciente comparado com as abordagens convencionais. Objetivos: Elucidar os recursos atualmente utilizados nas cirurgias ortognáticas que as tornam minimamente invasiva. Material e Método: Essa pesquisa foi realizada por meio de buscas bibliográficas nos portais eletrônico Google Acadêmico, Scielo e PubMed, com os seguintes descritores chave: Cirurgia ortognática minimamente invasiva, vídeo-endoscópico bucomaxilofacial. Foram encontrados quatro artigos em português e inglês. Os critérios de inclusão foram trabalhos com abordagem em cirurgias bucomaxilofacias minimamente invasivas, os demais foram excluídos. Revisão Sistemática/Resultados: Conforme encontrado nos estudos, as técnicas menos invasivas são realizadas através de vídeo-endoscópio e dispositivo piezoelétrico, que auxiliam na visualização intraoral de estruturas importantes, minimizam a necessidade de grande incisões e lesão dos tecidos adjacentes. As técnicas minimamente invasivas de osteotomias tipo Le Fort I são muito usadas por ser uma região de muitas estruturas nobres, sendo realizadas com segurança e bons resultados, assim como as do tipo Le Fort II, Le Fort III e osteotomias mandibulares. Conclusão: Apesar da cirurgia minimamente invasiva ter se mostrado eficaz e com grande potencial de tornar-se uma tendência nas cirurgias maxilofaciais, ainda existem poucos estudos relacionando-as com as técnicas convencionais. Portanto, mais pesquisas são necessárias para evidenciar esses métodos. Palavras-chaves: Cirurgia ortognática. Minimamente invasiva. Osteotomia. Maxilofacial.

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ASSOCIAÇÃO DE LÍNGUA FISSURADA COM PSORÍASE: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE

Rosa Raquel Pinto Guedes Marques¹.; Katherine Azevedo Batistela Rodrigues Thuller¹.; Cristiano Magalhães Moura Vilaça¹.; Lilian Rocha dos Santos¹.; Cinthya Cristina Gomes¹.; Rebeca de Souza Azevedo¹.; Lívia Azeredo Alves Antunes¹.; Heron Fernando de Souza Gonzaga¹.; Bruna Lavinas Sayed Picciani¹.

¹ Universidade Federal Fluminense. Introdução: A psoríase é uma doença inflamatória crônica cutâneo-articular de grande importância na prática clínica. Tem uma base genética e imunológica e afeta ambos os sexos. A ocorrência de lesões orais na psoríase é rara e controversa. A língua fissurada (FT), também conhecida como língua fissurata, língua plicata ou língua sulcada, é uma alteração oral frequentemente observada na população em geral. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática e metanálise com o objetivo de abordar a prevalência de língua fissurada em pacientes adultos com psoríase. Métodos: Esta revisão foi registrada no PROSPERO (CRD42019124438) e realizada através dos padrões PRISMA. Uma busca nas bases de dados eletrônicas PubMed, Web of Science, Scopus, Lilacs e Gray Literature foi realizada para artigos publicados até 20 de dezembro de 2018. Os termos MeSH usados foram: "Língua fissurada", "Língua sulcada", "Lesão oral”, “Psoríase”, “Artropatia psiriática”. Os artigos foram analisados na íntegra por dois pesquisadores de forma independente, que aplicaram os critérios de inclusão e avaliação da qualidade para revisões sistemáticas de prevalência. Um padrão de efeitos aleatórios foi aplicado para a meta-análise. Resultados: Nove estudos foram incluídos nesta revisão sistemática. Os resultados da meta-análise desses 9 estudos mostram que os a prevalência, I Simpósio Online de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial Dias 19 e 20 de março de 2021 I SIMPÓSIO ONLINE DE PATOGIA E CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL Liga Acadêmica de Patologia e Cirurgia Oral e MaxiloFacial Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares totalizando 26,211% das lesões fissuradas, é alta em pacientes adultos com psoríase. O clínico geral deve estar ciente dessas lesões orais. Conclusões: A associação de língua fissurada em pacientes adultos com psoríase é forte. Futuros estudos podem contribuir ainda mais para a força dessa associação. Palavras-chave: língua fissurada, língua sulcada, lesão oral, psoríase, artropatia psiriática.

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A TOXINA BOTULÍNICA COMO ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Dara Vitória Pereira Lopes Silva¹.; Müller Gomes dos Santos¹.; Bruna Borges Nery¹.; Albert da Paixão Silva¹.; Taniele Andrade Teixeira da Hora¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) abrange um conjunto de distúrbios que envolvem estruturas musculoesqueléticas associadas à cabeça e pescoço, tendo como principal sintomatologia dor. A toxina botulínica é muito conhecida por sua utilização na medicina estética e tem sido indicada como método terapêutico para pacientes com DTM. Objetivo: Revisar na literatura sobre o uso da toxina botulínica como uma escolha no tratamento da disfunção temporomandibular. Metodologia: Foi realizado um estudo nas bases de dado LILACS e SciELO com artigos publicados entre os anos de 2015 a 2021 e utilizando os seguintes descritores: Toxina botulínica tipo A; Dor e Reabilitação. Revisão de literatura: A DTM é causada por uma dor miofascial crônica que resulta comumente de hiperatividade da musculatura mastigatória por apertamento ou bruxismo e hipermobilidade do côndilo. Essa disfunção tem como uma opção de tratamento o uso da toxina botulínica tipo A (TxB-A), com o intuito de aliviar a sintomatologia dolorosa. A TxB-A é proveniente de uma bactéria anaeróbica gram-positiva, o clostridium botulinum, que age basicamente inibindo a liberação exocitótica da acetilcolina nos terminais nervosos motores levando a uma diminuição da contração muscular. Esta característica a torna útil, clínica e terapeuticamente, em uma série de condições onde existe excesso de contração muscular, como é o caso da DTM. Resultados e Conclusão: A aplicação da toxina botulínica em músculos comprometidos pela doença e com dor, reduz o sofrimento desses indivíduos acometidos, sem efeitos colaterais significativos, no entanto, é imprescindível mais estudos que comprovem definitivamente que a toxina botulínica tipo A tenha resultado significativo para tratamento de DTM. Palavras-chave: Toxinas botulínicas tipo A, Dor, Reabilitação.

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CISTO DENTÍGERO: ABORDAGEM DAS MODALIDADES DE TRATAMENTO

Eduardo Kailan Unfried Chuengue¹.; Leandro Deangeles Pereira Marques¹.; Tiago Ferreira de Paula¹.; Dione Ferreira da Silva¹.; Bruno da Silva Peris¹.; Laurijane Santos do Nascimento².; James de Alencar Vieira².; Raquel Gava Tozzi².; Neide Garcia Ribeiro Castilho¹-².

¹ Faculdade Estácio São Paulo de Rondônia - Estácio FSP. ² Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia - HEURO. Introdução: Os cistos odontogênicos acometem os ossos gnáticos e, constituem uma cavidade patológica envolta por epitélio, com material semi-sólido ou fluido no seu interior, podendo apresentar-se de diversas formas, sendo o cisto dentígero o segundo mais frequente. Trata-se de uma lesão benigna derivada do epitélio odontogênico da coroa de um dente impactado e, seu diagnóstico ocorre, na maioria das vezes, nos exames de rotinas. Objetivo: Identificar as modalidades de tratamento do cisto dentígero, considerando as características inerentes à lesão e ao paciente. Metodologia: Revisão da literatura a partir do levantamento em bases de dados eletrônicos (PubMed, ScieLO) com uso de descritores em saúde (DeCs). Para a inclusão dos trabalhos, considerou-se: disponibilidade na íntegra, idioma (inglês e português) e tempo de publicação (últimos 10 anos), sendo excluídos os que não apresentaram tais características e não envolveram seres humanos. Resultados: Utilizou-se 15 trabalhos científicos e, após análise constatou-se as modalidades de tratamento: a) marsupialização associada ou não a descompressão, empregada em lesões de grandes proporções com a finalidade de descompressão da cavidade cística e, b) enucleação, consiste na remoção total da lesão e extração do dente envolvido, indicada em lesões menores e distantes de estruturas anatômicas importantes. Considerando as características do paciente, o primeiro tratamento é mais indicado para jovens devido a facilidade da neoformação tecidual, já o segundo apresenta características contrárias. Conclusão: Nos atendimentos odontológicos de rotina, o cirurgião dentista deve se atentar quanto a presença da lesão, com realização de diagnóstico e implementação do tratamento considerando as características do paciente e da lesão. Palavras-chave: cistos odontogênicos, cirurgia bucal, cirurgião dentista, cisto dentígero.

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PRINCIPAIS FATORES DE RISCO RELACIONADOS COM O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER BUCAL

Eduardo Kailan Unfried Chuengue¹.; Leandro Deangeles Pereira Marques¹.; Tiago Ferreira de Paula¹.; Dione Ferreira da Silva¹.; Bruno da Silva Peris¹.; Laurijane Santos do Nascimento².; James de Alencar Vieira².; Raquel Gava Tozzi².; Neide Garcia Ribeiro Castilho¹-².

¹ Faculdade Estácio São Paulo de Rondônia - Estácio FSP. ² Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia - HEURO. Introdução: Aos poucos o câncer vem se destacando entre as principais causas de morbimortalidade no mundo, constituindo um problema de saúde pública, ocupando o sexto lugar entre os tipos de cânceres mais incidentes na população em geral. Acrescenta-se que de todos os casos de cânceres que acometem cabeça e pescoço, 40% ocorrem na cavidade bucal e, referente aos fatores etiológicos encontram-se aqueles de origem intrínseca e extrínseca. Objetivo: Elencar os principais fatores etiológicos relacionados com o desenvolvimento do câncer bucal. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura em bases de dados eletrônicos (PuBMed, ScieLO) que utilizou-se de descritores em saúde (DeCs) para a busca dos trabalhos científicos, sendo incluídos aqueles que constavam disponíveis e na íntegra, nos idiomas inglês e português e publicados nos últimos 10 anos, sendo excluídos os que não contemplaram os critérios pré-estabelecidos, não abordaram o câncer bucal e os que envolveram animais. Resultados: Selecionou-se um total de 20 artigos científicos e, constatou-se que dentre os fatores etiológicos extrínsecos encontram-se: tabagismo, exposição solar, etilismo, dieta, traumatismo e higiene oral inadequada e, quanto aos fatores intrínsecos, observou-se: papilomavírus humano, predisposição genética e condições sociodemográficas. Conclusão: O desenvolvimento do câncer bucal conta com aspectos etiológicos multifatoriais (intrínsecos e extrínsecos) e, ao se ter maior número desses fatores associados aumenta drasticamente as chances para o aparecimento da doença. Assim, é fundamental identificar tais fatores para propor medidas profiláticas para aqueles que são passíveis de modificação e, investigação periódica para detecção precoce de alterações, afim de traçar tratamentos adequados. Palavras-chave: fatores de risco, câncer bucal, perfil de saúde, epidemiologia.

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ATUAÇÃO DA OZONIOTERAPIA EM DENTES CARIADOS

Karolayne Duarte Silva¹.; Jéssica Carvalho Rocha de Souza¹.; Karoline Goveia de Almeida¹.; Fernanda Mombrini Pigatti¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares. Introdução: A cárie dentária é caracterizada pela desmineralização do dente, e quando não tratada, leva à cavitação, dor e eventual perda do dente. Uma opção eficaz no seu tratamento é o ozônio, que age sob os ácidos graxos da membrana celular bacteriana, causando a perda de funções e a morte do microrganismo. Há inúmeras vias de manejo do ozônio, como a aplicação sob a forma de gás, água ionizada, óleo e autohemoterapia (maior e menor). Objetivo: Analisar a produção científica acerca dos efeitos da ozonioterapia na prevenção e tratamento de dentes cariados. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura utilizando-se de 4 revisões sistemáticas e 3 ensaios clínicos controlados. Aplicou-se os descritores, “cárie”, “ozone therapy”, “dentistry” para as bases Medline, PubMed e BVS, considerando publicações em língua inglesa, portuguesa e espanhola. Revisão de Literatura: Nota-se que há poucos estudos sobre eficácia e utilização da Ozonioterapia no Brasil. Apesar de ser um método barato e eficaz no tratamento e prevenção da cárie, ele não é muito utilizado em consultórios do país. Resultados: Obteve-se 32 artigos, sendo 7 eleitos pelos títulos e resumos, onde 4 eram revisões sistemáticas e 3 ensaios clínicos. Dos estudos, 66,7% afirmaram que o ozônio foi eficaz para o tratamento de cárie e 33,3% não constataram eficácia significativa. Ademais 40% deles afirmam uma ação do uso preventivo do ozônio contra a cárie dentária. Conclusão: Entendese que a ozonioterapia é uma proposta com grande potencial no tratamento e prevenção de dentes cariados. A literatura evidencia que seu potencial terapêutico no controle da infecção o torna uma alternativa útil nos ambientes odontológicos. Entretanto, ainda existe uma certa precariedade em estudos na área. Palavras-chave: cárie dentária, ozônio, controle, eficácia, bactéria.

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SINDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO: IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO CIRURGIÃO DENTISTA E A

INTERVENÇÃO ODONTOLÓGICA

RODRIGUES, Carla Silva¹.; NERES, Clislem Keila Alves¹.; LEITE, Eduarda Freitas Menezes¹.; SIQUEIRA, Isaac Brito².; FERRAZ, Daniel¹.

¹ Centro Universitário de Tecnologia e Ciência – UniFTC. ² Centro Universitário Maurício de Nassau – Uninassau. Introdução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é de caráter multifatorial, caracterizada por obstrução respiratória durante o sono, que resulta em despertares noturnos. Os sintomas são principalmente sonolência diurna grave, fadiga, ronco exacerbado e bruxismo. As características clínicas frequentes do portador da síndrome estão associadas à obesidade, idade avançada, estresse, depressão, tabagismo e deficiência cardíaca. Objetivo: Discorrer sobre a SAOS, seu diagnóstico, morbidades associadas e a importância da intervenção odontológica. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados Scielo e PubMed utilizando os termos cadastrados no DeCS “Apneia do sono obstrutiva”, “tratamento odontológico”, “SAOS”, e “Obstructive Sleep Apnea Syndrome”, em artigos publicados em inglês e português entre os anos 2015 e 2020, com classificação B3 à superior. Sendo selecionados cinco para esta revisão de literatura. Resultado: Mediante a leitura bibliográfica seleta, é notório o progresso da odontologia no diagnóstico auxiliar por avaliações craniofaciais e no tratamento da SAOS. A terapêutica intra-oral mais indicada é o avanço mandibular (MAD), que realizará a expansão do espaço nasofaríngeo através da protrusão da mandibula induzida pelo dispositivo durante o sono. É principalmente empregado em casos leves e moderados da doença e ainda em casos graves, quando outros tratamentos eletivos como o aparelho CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) e a cirurgia ortognática não forem bem aceitos pelo paciente. Conclusão: Portanto, é importante que o cirurgião dentista tenha conhecimento acerca do tema, para que este esteja apto a diagnosticar, encaminhar e\ou tratar de forma correta a SAOS, almejando maior qualidade e expectativa de vida aos pacientes. Palavras-chave: Apneia do Sono Obstrutiva. SAOS. Tratamento odontológico. Obstructive Sleep Apnea Syndrome.

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TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE

Müller Gomes dos Santos¹.; Dara Vitória Pereira Lopes Silva¹.; Bruna Borges Nery¹.; Julyana Da Silva Freire¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Introdução: O Tumor Odontogênico Adenomatoide (TOA) é uma rara lesão benigna, que acomete, mais comumente, pacientes do sexo feminino (2:1) e jovens. A maxila é o local de maior ocorrência, com predileção pela região anterior com envolvimento do canino permanente. Geralmente ocorre o afastamento de unidades dentarias adjacentes devido à expansão do tumor é muito mais comum que reabsorções de raiz. Radiograficamente mostra uma imagem unilocular circunscrevendo um dente nãoerupcionado, às vezes com radiopacidades no centro e esclerose na periferia. Objetivo: Analisar as características do TOA e o tratamento mais viável para essa lesão. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: Lilacs, Medline e Scielo. Como critério de inclusão observa-se artigos científicos em inglês e português, publicados nos últimos anos. Como critério de exclusão optou-se por textos incompletos. Revisão de literatura: Clinicamente, a lesão é caracterizada por um aumento de volume, de crescimento lento e progressivo, podendo haver ou não a presença de sintoma. Acomete principalmente a região anterior da maxila de pacientes do sexo feminino na segunda década de vida, especialmente adolescentes, e geralmente é descoberto em exame radiográfico de rotina como uma lesão radiolúcida unilocular envolvendo a coroa de um dente canino incluso. Resultados e Conclusão: O TOA não apresenta tendência à recidiva, sendo tratado cirurgicamente por enucleação e curetagem, limitadas à remoção da lesão. O reconhecimento das características clínicas e radiográficas dos cistos e tumores odontogênicos é de grande importância visto que são lesões que podem possuir características bem semelhantes, fazendo com que haja inúmeras possibilidades diagnósticas. Palavras-chave: Tumores odontogênicos, diagnóstico diferencial, neoplasias Bucais, patologia bucal.

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OSTEONECROSE DOS MAXILARES E SUA RELAÇÃO COM BISFOSFONATOS

Müller Gomes dos Santos¹.; Dara Vitória Pereira Lopes Silva¹.; Bruna Borges Nery¹.; Julyana Da Silva Freire¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Introdução: A associação entre o uso dos bisfosfonatos e uma forma peculiar de osteonecrose dos maxilares tem sido relatada, principalmente, em pacientes submetidos a exodontias. A osteonecrose dos maxilares é uma alteração óssea que pode ser induzida pelo uso de drogas indicadas para o tratamento de pacientes com osteoporose e tumores malignos. Objetivo: Analisar através de uma revisão da literatura a associação entre o uso dos bisfosfonatos com a osteonecrose dos maxilares. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: Lilacs, Medline e Scielo dos últimos 20 anos, utilizando os seguintes descritores: Osteonecrose, bisfosfonatos, doenças maxilares, extração dentária, metástase neoplásica. Revisão de literatura: Os bisfosfonatos diminuem a reabsorção óssea ao inibirem o recrutamento dos osteoclastos e promoverem a seu apoptose. Com o decréscimo da atividade osteoclástica, ocorre o bloqueio da liberação de fatores de crescimento. A remodelação óssea fica comprometida tornando-se frágil e quebradiça. A osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bisfosfonatos tem sido relatada principalmente em pacientes submetidos a intervenções odontológicas invasivas, como as exodontias. Resultados e Conclusão: Estamos falando de uma condição relativamente nova, não existindo, portanto, um protocolo de tratamento definido. Os pacientes que necessitam o uso dos bisfofonatos devem ser submetidos a um exame odontológico criterioso, no qual todos os procedimentos necessários sejam realizados previamente ao seu uso. Além disso, é importante considerar a possibilidade de substituição do medicamento, observando o estado geral do paciente e a relação risco-benefício. Palavras-chave: Osteonecrose, bisfosfonatos, doenças maxilares extração dentária, metástase neoplásica.

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CIRURGIA ORTOGNÁTICA COMO PREPONDERANTE NO AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA

Julyana da Silva Freire¹.; Müller Gomes dos Santos¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Introdução: A cirurgia ortognática se caracteriza como um ramo da cirurgia bucomaxilofacial que oferece uma opção de tratamento ortocirúrgico indicado para pacientes que apresentam deformidades dentofaciais severas. Assim, esse procedimento cirúrgico possibilita aos pacientes resultados funcionais e estéticos, proporcionando mudanças significativas na qualidade de vida. Objetivo: Identificar na literatura os impactos da cirurgia ortognática na qualidade de vida. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa na base de dados LILACS, MEDLINE E SCIELO com artigos dos anos 2010 – 2021. Revisão de Literatura: A cirurgia ortognática consiste em um procedimento realizado em conjunto pelo ortodontista e pelo cirurgião bucomaxilofacial que trata da correção cirúrgica das deformidades dentofaciais tendo importância na correção da oclusão e da estética facial. Isso significa que os aspectos psicossociais estão diretamente relacionados a esse tipo de tratamento, pois a aparência facial influencia a formação da imagem corporal, da identidade e da autoestima visto que, os benefícios que podem ser gerados por meio dela vão desde a melhora da oclusão, mastigação, fonação, respiração, sintomatologia dolorosa em articulação temporomandibular, estética facial até mesmo a inserção de indivíduos no convívio em sociedade, tornando esse procedimento um importante instrumento na melhora da qualidade de vida de muitos pacientes. Resultados e Conclusão: De acordo com a literatura consultada a reparação da aparência facial interfere com a saúde em geral. A cirurgia ortognática é um procedimento capaz de oferecer melhora da qualidade de vida para pacientes portadores de deformidades dentofaciais, por meio dos aspectos funcionais, estéticos e psicossociais. Palavras-chave: Cirurgia ortognática; deformidades dentofaciais, qualidade de vida, variáveis psicossociais.

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CORONECTOMIA: MÉTODO PREVENTIVO PARA EXTRAÇÃO DE TERCEIRO MOLAR NA REGIÃO DE NERVO ALVEOLAR INFERIOR

SOUSA, Mariana Isabele¹.; BARROS, Felipe Augusto¹.; CHIAPPETTA, Vitória Cezar¹.; PIMENTA, Regis Penha¹.

¹ Universidade de Sorocaba – UNISO. Introdução: A coronectomia é um protocolo cirúrgico empregado nas extrações dos terceiros molares inferiores, quando a proximidade com o nervo alveolar inferior (NAI) pode gerar lesões. Objetivo: Esse trabalho visa destacar a importância do conhecimento anatômico e a tomada de prioridade do profissional mediante a escolha da técnica realizada a fim de prevenir lesões ao nervo, que podem ser irreparáveis. Exames como radiografia panorâmica e tomografia computadorizada são importantes para o planejamento cirúrgico. A técnica consiste na extração apenas da coroa, mantendo a raiz no osso alveolar. Metodologia: Foram realizadas pesquisas de revisão literária e sistemáticas, com base de dados publicados no PubMed, Google Acadêmico e Scielo num período de 2004 à 2019 no idioma inglês. Revisão: As raízes deixadas após a coronectomia não produzem complicações dolorosas, infecciosas, ou predisponentes ao desenvolvimento de patologias e a migração das raízes costuma ocorrer nos primeiros 12 meses após a cirurgia, mas pode ser visível radiograficamente a partir do 3º. mês, onde a radiolucidez comprova a migração das raízes e não infecção, evidenciando a necessidade ou não de reoperação, a taxa de reoperação é baixa e, quando ocorre, é devida a sintomatologia, exposição radicular ou presença de esmalte residual. A migração da raiz não é um indicativo da reoperação, desde que não exista os fatores pré disponentes citados. Resultado: A maioria das reoperações foram realizadas após 6 meses, indicando a importância do acompanhamento pós-operatório e apesar de ser uma desvantagem da técnica, não é um fracasso. Conclusão: As complicações, de dor e alveolite apesar de existirem na técnica, apresentam menos incidência em relação a exodontia total do elemento em questão. Palavras-chaves: coronectomia, terceiro molar, extração, nervo alveolar inferior.

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TÉCNICAS ROTATÓRIAS PIEZOELÉTRICAS VERSUS TÉCNICAS ROTATÓRIAS CONVENCIONAIS NO PÓS-OPERATÓRIO DA

EXTRAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES IMPACTADOS

David Wilkerson dos Santos Silva².; Caroline Rodrigues Thomes¹.; Jonata Leal dos Santos².; Elisama de Oliveira Mendes².; Iago Gomes Albuquerque³.; Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa¹.

¹ Universidade Federal do Espírito Santo. ² Faculdade Pitágoras – Imperatriz. ³ Centro Universitário INTA – UNINTA. Introdução: A remoção cirúrgica de terceiros molares inferiores impactados pode ocasionar vários efeitos colaterais pós-operatórios, incluindo dor, inchaço, trismo, lesão nervosa, sangramento e cavidades secas. Mediante isso os instrumentos piezoelétricos vêm sendo introduzidos na cirurgia oral e maxilofacial com a proposta de reduzir esses sintomas no pósoperatórios. Objetivo: Comparar a eficácia de técnicas rotatórias piezolétricas versus técnicas rotatórias convencionais no pós-operatório das cirurgias de extração de terceiros molares impactados. Métodos: Foi realizada uma busca bibliográfica no portal eletrônico PubMed por meio do uso dos descritores “Piezoelectric surgery” e “Third molar”, selecionando artigos em inglês publicados entre 2015 a 2020. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados 6 artigos para análise completa. Resultados: As técnicas com dispositivos piezoelétricas promovem efeitos pós-operatórios benéficos nas cirurgias de extração de terceiros molares impactados relacionados à dor, trismo, edema pós-operatório e maior conforto durante a extração, porém apresentando diferenças estatisticamente significativas somente nos parâmetros de edema pós-operatório quando comparadas as técnicas rotatórias convencionais. Em contrapartida, o uso de técnicas rotatórias piezoelétricas apresentou desvantagens quanto ao maior tempo na realização do procedimento cirúrgico. Conclusão: O uso de técnicas rotatórias piezoelétricas nas cirurgias de extração de terceiros molares reduz as complicações pós-operatórias, porém, mais estudos clínicos randomizados são necessários para validar nossas descobertas e fornecer orientação para aplicações clínicas. Palavras-chave: Extração dentária, Piezocirurgia, Terceiro molar.

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MODIFICAÇÃO DOS TECIDOS MOLES ASSOCIADOS A CIRURGIA ORTOGNÁTICA: REVISÃO DE LITERATURA

Elisama de Oliveira Mendes¹.; Jonata Leal dos Santos¹.; David Wilkerson dos Santos Silva¹.; Ana Beatriz Cruvinel Borges².; Caroline Rodrigues Thomes³.; Tatiana Mesquita Basto Maia¹.

¹ Faculdade Pitágoras – Imperatriz. ² Centro Universitário Alfredo Nasser ³ Universidade Federal do Espírito Santo. Introdução: Os tecidos moles tem grande importância sobre uma estética facial agradável, e através de movimentos esqueléticos em pacientes que apresentam deformidades nos ossos da face para um melhor equilíbrio harmônico, é importante a previsibilidade de que forma os tecidos alteraram após a cirurgia. Objetivo: Analisar as possíveis mudanças de tecidos moles no perfil de pacientes submetidos a cirurgia ortognática. Metodologia: Estudo desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Biblioteca Virtual Saúde. Portanto, a pesquisa foi baseada em estudos publicados entre 2015 a 2021, tanto português quanto inglês. Foram selecionados 8 artigos, com critérios de clareza, e enfoque na resposta de tecidos moles associados a cirurgia ortognática. Relato Sistemática: A previsão de mudanças dos tecidos moles faciais após a cirurgia ortognática, é de grande importância para alcançar a aparecia estética e a oclusão funcional. Para um planejamento mais preciso, esses efeitos podem ser avaliados através de traçados cefalométricas sobre radiografia. Nesse estudo observa-se graus de modificação relevantes nos pontos de projeção nasal, lábio inferior/superior, ponto pogônio, e incisivos centrais, sendo estes maior na mandíbula. Desse modo, a avaliação dos tecidos moles faciais de como irão se alterar, depende de aspectos como técnica cirúrgica, elasticidade do tecido mole, espessura do tecido, entre outros. Conclusão: Com base nos estudos obtidos, há uma grande influência que a cirurgia ortognática causa nos tecidos moles, assim uma análise facial cautelosa e minuciosa é indispensável para resultados previsíveis. Palavras-chave: Cirurgia ortognática, Tecidos moles, Cefalometria.

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EXTRAÇÃO COMO UMA ALTERNATIVA DE CANINOS INFERIORES IMPACTADOS NA MANDÍBULA. REVISÃO DE

LITERATURA

Elisama de Oliveira Mendes¹.; Jonata Leal dos Santos¹.; Ana Beatriz Cruvinel Borges².; Caroline Rodrigues Thomes³.; Tatiana Mesquita Basto Maia¹.

¹ Faculdade Pitágoras – Imperatriz. ² Centro Universitário Alfredo Nasser ³ Universidade Federal do Espírito Santo. Introdução: O dente canino apresenta um papel funcional e estético importante, e a erupção alterada desses dentes é de suma importância. Todo elemento dentário que se apresenta impactado pode estimular alterações sistêmicas e dentarias, bem como reabsorção e até perda de dentes adjacentes. Objetivo: Relatar uma estratégia de tratamento por extração de um canino impactado na região da mandíbula. Metodologia: Esta revisão foi baseada nos estudos publicados de 2011 até 2021, tanto português quanto inglês, usando as bases de dados como: PubMed, Google Acadêmico, Scielo. Foram selecionados 7 artigos, extraindo clareza e enfoque nos dados em questão da pesquisa. Relato Sistemática: Os resultados do estudo realizado permitem uma evidência sólida, devido os caninos serem classificados como dentes frequentemente mal posicionados, a ocorrência de canino impactado na mandíbula é pouco comum, sendo mais comum em caninos maxilares. A extração/ remoção cirúrgica se torna mais viável devido as possíveis complicações, especialmente se for por infecção, sintomatologia, lesão aos dentes vizinhos ou qualquer tipo de anormalidade associado. Nesse caso de impactação dentária dos caninos em mandíbula, o tratamento sugerido para a maioria dos casos é a extração, sendo mais fácil, rápida e favorável do que as possíveis falhas dos outros meios de tratamento, como o autotransplante ou tracionamento cirúrgico. Conclusão: De acordo com os estudos achados, devido poucas ocorrências clínicas de caninos impactados na mandíbula, se torna menos discutido na literatura comparado aos caninos superiores. Sendo assim, embora tenha outras formas de tratamentos, respectivamente ao dente canino impactado, a mais sugerida é a extração do elemento, que evita associações patológicas e uma possível complicação posterior. Palavras-chave: Canino, Mandíbula, Impactado.

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ASPECTO ESTÉTICO CICATRICIAL INFLUENCIADO PELA TÉCNICA DA CIRURGIA DE LIP LIFT

Eduarda Freitas Menezes Leite¹.; Clislem Keila Alves Neres¹.; Matheus da Silva Santos¹.; Onaldo Aguiar Filho¹.

¹ Universidade de Tecnologia e ciências – UNIFTC. Introdução: A sociedade vem se tornando cada vez mais vaidosa. Com o processo de envelhecimento a mudança no lábio superior pode ser um efeito agravante para a aparência de uma face envelhecida. A cirurgia de Lip Lift promove a elevação desse lábio. Mas, caso não ocorra o devido cuidado com a área da incisão a cicatrização do procedimento pode ficar prejudicada e não ser esteticamente favorável. Objetivo: O presente trabalho possui como objetivo revisar as técnicas cirúrgicas para realização desse procedimento e dentre elas analisar a qual oferece uma cicatriz menos visível. Metodologia: foi realizada uma busca de artigos nas seguintes bases de dados: google acadêmico e PUBMED. Foram utilizados artigos relevantes da última década, escritos nas línguas inglesa e francesa. Revisão: O lábio superior sofre alterações que impedem uma visão clara dos dentes superiores provocando um aspecto envelhecido. A técnica descrita por Hinderer em 1963 envolve a excisão de uma seção predeterminada da pele sob a base do nariz rente às narinas e a columela. E ressalta a importância de não ter uma única cicatriz na continuidade de uma narina a outra, pois o medo é a visibilidade da mesma. Resultados: Os dados encontrados ainda não oferecem uma concordância unânime sobre qual a melhor técnica. Entretanto grande parte assume que a técnica de “suspensão do lábio superior” possui pontos positivos. Já que a sua incisão fica localizada no septo nasal, o que propicia o principal benefício da técnica, a ausência de uma cicatriz visível. Conclusão: Independente da técnica a ser utilizada conclui-se que o procedimento de Lip Lift apresenta bons resultados de rejuvenescimento labial e que a área da incisão deve ser tratada com cuidado para prevenir o aparecimento de cicatrizes hipertróficas. Palavras-chave: Lip Lift, Cicatriz, Cirurgia, Rejuvenescimento Labial.

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ABORDAGENS PRÉ-OPERATÓRIAS EM PACIENTES HIPERTENSOS

Lorrayne Cesario Maria¹.; André Alberto Câmara Puppin¹.; Robson Rezende de Almeida¹.; Amanda Dias Messias¹.; Renata Pittella Cançado¹.

¹ Universidade Federal do Espírito Santo. Introdução: A importância da avaliação pré-operatória em pacientes hipertensos está relacionada com o risco de uma elevação aguda da pressão arterial (PA) durante o procedimento cirúrgico, podendo desencadear um acidente vascular encefálico e infarto do miocárdio. Objetivo: Relatar as abordagens pré-operatórias a serem realizadas em pacientes hipertensos. Metodologia: Buscou-se artigos publicados nas bases de dados PubMed, BIREME e Scielo, no período de 2010 a 2020, com as seguintes palavras-chave: “Oral surgery”, “Dentistry” e “Hipertension”. Revisão de Literatura: Durante a anamnese é preciso investigar se o paciente possui o diagnóstico de hipertensão, a forma de tratamento, os medicamentos utilizados, a adesão do paciente ao tratamento, presença de sintomas de hipertensão e o nível de estabilidade da doença. Resultados: Após a anamnese é realizada a aferição da PA. O valor máximo de PA considerado seguro para cirurgias eletivas em nível ambulatorial é de 140/90 mmHg. Recomenda-se que sejam feitas consultas curtas matinais, o estabelecimento de uma boa relação profissional-paciente, redução de estresse e ansiedade por métodos farmacológicos e/ou nãofarmacológicos e uma técnica anestésica correta. Em relação aos anestésicos locais é indicado o uso de até 2 tubetes de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000 ou prilocaína 2% com felipressina 0,03 UI/ml. Conclusão: As abordagens pré-operatórias em pacientes hipertensos iniciam-se na anamnese, onde será identificada a história clínica do paciente, posteriormente é realizada a aferição da PA. É preciso estabelecer uma boa relação-profissional e lançar mão de métodos para redução de estresse e ansiedade. Além disso, é importante ter o conhecimento dos anestésicos locais indicados e da quantidade de tubetes indicados. Palavras-chave: “oral surgery”, “dentistry”, “hipertension”.

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REPERCUSSÃO NEUROLÓGICA DO TRAUMA MAXILOFACIAL

Matheus da Silva Santos¹.; Clislem keila Alves Neres¹.; Eduarda Freitas Menezes Leite¹.; Hemersom Lucas Lima de Jesus¹.; Onaldo Aguiar Filho¹.

¹ Universidade de Tecnologia e Ciências - UNIFTC. Introdução: O trauma de face merece destaque devido às consequências que gera, além de frequentemente estarem associados a lesões dos nervos cranianos, fratura de base de crânio, traumatismo intracraniano e repercutirem em âmbito fisiológico, funcional e psicológico. Objetivo: Descrever os sinais e sintomas neurológicos em um trauma maxilofacial. Metodologia: Foram utilizados nessa revisão artigos relevantes B4 a superior, de língua inglesa e portuguesa, publicado entre 2015 e 2020. Revisão de Literatura: Lesões traumáticas é mundialmente a principal causa de morte entre pessoas de 5 a 44 anos. Traumatismo facial é o nome que se dá a qualquer ferimento físico localizado na região da face. A avaliação inicial inclui uma história detalhada e avaliação física e neurológica, nos quais a função sensorial e cortical e o estado hemodinâmico são verificados. O escore Escala de Coma de Glasgow é a ferramenta mais comumente usada para avaliação dos níveis alterados de consciência. É importante avaliar os movimentos oculares, pupilas, simetria facial e funções laríngeas. A lesão dos nervos cranianos pode ocorrer devido a forças de cisalhamento, aceleração ou desaceleração rápidas, lesão da base do crânio e lesões craniocerebrais penetrantes. Resultados: Os sinais e sintomas neurológicos podem variar conforme a gravidade do trauma. Alteração no estado mental, anormalidades pupilares, paralisia dos músculos da expressão facial, parestesia facial e fraqueza dos músculos da mastigação demonstram lesão neurológica. Rinorreia e otorreia de liquor associada a outros sinais são sugestivos de fratura de base de crânio. Conclusão: As repercussões neurológicas são de grande importância em um trauma de face, visto que, está intrinsecamente relacionada com funções fisiológicas consideráveis. Palavras-chave: Fratura face, sinais e sintomas, avaliação neurológica.

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REABILITAÇÃO COM IMPLANTES E PROTOCO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Caroline Liberato Marchiolli¹.; Renan Lemos da Silva¹.; Maria Eduarda de Freitas Santana Oliveira¹.; Luana Ferreira Oliveira¹.; Vitória Parmejane de Oliveira¹.; Luciana Estevam Simonato¹.; André Luis da Silva Fabris¹.

¹ Universidade Brasil. Introdução: Os implantes ósseointegrados trouxe tecnologia e inovação a odontologia, permitindo reabilitação de pacientes edêntulos totais ou parciais. Um planejamento clinico integrado adequado é fundamental para o sucesso do procedimento. Os métodos iniciais de protocolo cirúrgico-protético era requerer que os implantes fossem submergidos dentro do osso alveolar coberto pela mucosa para permitir cicatrização sem carga. Hoje em dia a evidencia cientifica nos mostra que um protocolo de carga imediato acelera a reabilitação para que seja colocado implantes com níveis elevados de ósseointegração e bio estética aceitável. Objetivo: O objetivo deste presente trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre reabilitação com implantes e protocolo. Metodologia: Scielo e Pubmed no período de 2010 a 2020. Revisão de literatura: A carga é imediata é uma técnica eficaz que promove aos pacientes vantagens ao paciente como, a diminuição do número de procedimentos, redução de custo da reabilitação do tratamento protético e implementação dos implantes no mesmo dia da cirurgia gerando menor sofrimento. O planejamento protético é muito importante pois visa superar deficiências de retenção e estabilidade das próteses mucosuportadas, trazendo vantagem no aspecto psicológico e na função mastigatória assim oferente melhor qualidade de vida aos pacientes. Conclusão: Podemos concluir que tanto para o profissional como para o paciente o emprego de critérios bem definidos, por um diagnóstico e planejamento reverso, associados a técnicas cirurgias e protéticas, torna possível ter sucesso nos tratamentos de reabilitação e com isso, melhorando a função mastigatória, estética e a auto estima do paciente. Palavras-chave: Reabilitação sob implantes, ósseo integração, implantodontia.

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A UTILIZAÇÃO DO TERCEIRO MOLAR PARA TRANSPLANTE DENTAL AUTÓGENO

CHIAPPETTA, Vitória Cezar¹.; BARROS, Felipe Augusto¹.; SOUSA, Mariana Isabele¹.; BERSI, Aline B. N. D. P¹.

¹ Universidade de Sorocaba – UNISO. Introdução: Denomina-se transplante dental a transferência de um dente de um alvéolo para o outro, sendo um procedimento realizado cirurgicamente. Objetivo: O objetivo consistiu em verificar se o terceiro molar como dente a ser transplantado tem relevância no resultado cirúrgico e também se o grau de rizogênese pode ser um fator considerável para o sucesso operatório. Além disso o trabalho discute se o transplante dentário realmente é uma alternativa plausível de tratamento. Metodologia: Para a revisão de literatura foram utilizados artigos relacionados ao terceiro molar como transplante dentário autógeno. A plataforma DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) serviu como base para a obtenção dos termos para a então realização das buscas por artigos datados de 2004 à 2020 nas plataformas Scielo e Pubmed. Revisão: O primeiro trabalho publicado foi em 1950, sendo considerado um método antigo, tal procedimento era realizado em caninos, pré-molares e terceiros molares. Atualmente considera-se uma parte da odontologia moderna, devido a facilidade que o procedimento traz em relação a outros métodos reabilitadores. Resultado: Para realizar o ato cirúrgico, o dente a ser transplantado deve estar em condições favoráveis, preferencialmente com as raízes no estágio inicial de formação. Os pacientes com maiores indicações a esse procedimento são os adolescentes e adultos jovens, devido a raiz dental estar com rizogênese incompleta. Conclusão: O tratamento possui elevados níveis de sucesso, e apresenta melhor custo-benefício para o paciente em relação aos implantes dentais. Palavras-chaves: transplante dental, cirurgia, autógeno, terceiro molar.

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MEDIDAS TERAPÊUTICAS ADOTADAS PARA A OSTEOARTRITE DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Taniele Andrade Teixeira da Hora¹.; Bruno Vidal Andrade¹.; Bianca Fernandes Silva¹.; Dara Vitória Pereira Lopes Silva¹.; Maria Mariana Martins Maia¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Introdução: A osteoartrite é a doença articular mais comum que afeta a articulação temporomandibular (ATM) destruindo cartilagem articular e osso. Seu início e sua progressão são influenciados por fatores mecânicos que levam ao carregamento excessivo ou desequilibrado da ATM. Objetivo: Revisar na literatura as medidas adotadas em pacientes que possuem osteoartrite da articulação temporomandibular. Metodologia: A revisão da literatura foi realizada a partir das bases de dados Pubmed e Lilacs, utilizando os descritores “temporomandibular joint and osteoarthritis and treatment”, tendo os critérios de inclusão artigos no período de 2015 a 2020, resultando em 211 artigos, dos quais 187 foram excluídos. Resultados: Diferentes tratamentos de osteoartrite da articulação temporomandibular são relatados na literatura, abrangendo desde procedimentos não invasivos (talas, massagem, exercícios e medicamentos) até os procedimentos invasivos (artrocentese, viscosuplemetação com ácido hialurônico ou injeções de corticosteroides). Os objetivos principais do tratamento são a redução ou eliminação da dor, restabelecimento dos movimentos mandibulares normais e a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Existem diferentes tratamentos para a osteoartrite da articulação temporomandibular, todos possuindo uma boa eficácia quando submetidos ao estágio e etiologia correta. O acompanhamento multiprofissional é o mais adequado para uma melhor recuperação do paciente. Palavras-chave: Osteoartrite; Articulação temporomandibular; Tratamento.

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MANIFESTAÇÕES ORAIS DA COVID-19 E SUAS RELAÇÕES COM O QUADRO SISTÊMICO E O PROGNÓSTICO: REVISÃO

INTEGRATIVA DA LITERATURA ATUAL

Dayviddy Lucas Magalhães Silva¹.; Laura Cesário Oliveira¹.; Fabrício Campos Machado¹.; Rodrigo Soares de Andrade¹.; Thiago de Amorim Carvalho¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM Introdução: A pandemia da COVID-19 doença causada pelo SARS-Cov 2, gerou um grande impacto nas ações de assistência em saúde já que sua patogenia ainda não está completamente esclarecida e os estudos científicos demonstram que se trata de uma infecção polissistêmica que pode inclusive apresentar manifestações estomatológicas diversas. Objetivo: Identificar as principais manifestações estomatológicas da infecção pelo coronavírus relatadas na literatura, estabelecendo a relação destas alterações bucais com o quadro sistêmico e o prognóstico do paciente quando possível. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura, com a seguinte pergunta elaborada por meio da estratégia PICO: “quais as relações entre a COVID19 e as manifestações orais no que se diz respeito às áreas acometidas na cavidade bucal e o prognóstico sistêmico dos pacientes com a infecção?”. Utilizou-se dos MESH Terms “oral manifestations” “COVID-19” associadas pelo operador booleano “and”. Resultados: A pesquisa inicial pelas chaves de busca resultou em 54 artigos potencialmente elegíveis, e após aplicação da estratégia PRISMA para revisões sistemáticas, 11 artigos foram selecionados para análise qualitativa. Revisão Integrativa: Percebe-se que as manifestações orais mais comumente associadas à COVID-19 são lesões ulceradas e candidose oral, embora não seja claro o nexo causal entre essas alterações e a COVID-19. Em relação ao prognóstico não há na literatura o estabelecimento de relações entre a presença de manifestações bucais e um prognóstico mais ou menos sombrio. Conclusão: As úlceras orais parecem ser as manifestações mais presentes, embora mais estudos sejam necessários para estabelecer uma real relação de causa-efeito e associar o prognóstico à presença de manifestações orais. Palavras-chave: coronavírus, odontologia, estomatologia.

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ABORDAGENS CIRÚRGICAS EM PACIENTES ODONTOPEDIÁTRICOS ACOMETIDOS POR FISSURA LÁBIO

PALATINA

Thainara de Almeida Monteiro Caldas¹.; Lillyan Ferreira de Morais¹.; Davi Clementino Carneiro².

¹ Centro Universitário Superior da Paraíba – UNIESP ² Universidade Federal da Paraíba – UFPB Introdução: A fissura lábio palatina (FLP) constitui a malformação mais comum diagnosticada na região craniofacial, ela resulta das falhas na fusão anatômica dos processos faciais, entre a 4ª e a 12ª semana da gestação, e podem ser classificadas, quanto à localização anatômica. Os fatores etiológicos apontados são os genéticos, sobretudo, os relacionados ao próprio indivíduo (mutações e polimorfismo), fatores ambientais, tais como: carência nutricional, etilismo e tabagismo. Objetivo: Esse estudo objetiva a apresentação de abordagens cirúrgicas mais comumente utilizadas em pacientes pediátricos acometidos por FLP e seus resultados. Metodologia: Para a realização deste estudo, utilizou relevantes literaturas e artigos científicos publicados. Revisão da Literatura: A fissura lábio palatina pode ser tratada com diferentes abordagens cirúrgicas, sendo a palatoplastia de melhor escolha, consistindo em fechar o palato duro com os tecidos moles adjacentes à fissura. Já a queiloplastia consiste na reconstrução dos lábios, por meio de técnicas cirúrgicas como a de Spina e Millard devendo ser realizada a partir do 3 mês de vida. Resultados: Verificou-se que a utilização da técnica de queiloplastia apresenta melhores resultados estéticos, além de ser facilmente reprodutível e pode ser associada a outras técnicas que também vem sido amplamente consideradas, como a técnica de Veau modificada e de Furlow. Conclusão: A metodologia para tratamento cirúrgico de FLP em pacientes pediátricos vem possibilitando melhores resultados estéticos a partir de suas adaptações e melhorias. A Odontopediatria tem papel fundamental na minimização das possíveis dificuldades relacionadas também a alimentação, respiração, fonação e de inclusão social do paciente. Palavra-Chave: fenda labial, fissura palatina, cirurgia, odontopediatria.

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TUMORES ODONTOGÊNICOS CERATOCÍSTICOS EM PACIENTES COM SÍNDROME DO CARCINOMA NEVOÍDE BASOCELULAR

Ana Flávia Martins Lima¹.; Jaciane Expedita Bueno¹.; Renata Mendes Moura¹.

¹ Instituto Nacional de Ensino Superior e Pós Graduação Padre Gervásio - INÁPOS Introdução: A Síndrome do Carcinoma Nevoíde Basocelular (SCNB), também conhecida como Síndrome de Gorlin-Goltz consiste em uma patologia hereditária, rara, de caráter autossômico dominante e penetrância completa. Surge como resultado de mutações no gene supressor tumoral PTCH1 (patched homolog 1 da Drosophila), localizado no braço longo do cromossomo nove (q22.3-q31) responsável pela codificação de uma proteína transmembranar (Ptc, de patched), que controla o desenvolvimento dos tecidos normais. Esse defeito em uma das cópias do gene supressor do DNA, torna-o incapaz de impedir a incidência de uma neoplasia. Objetivo: Este trabalho objetiva, abordar o tratamento de tumores odontogênicos ceratocísticos (TOC) em pacientes com SCNB. Metodologia: Revisão que aborda a relação entre TOC e SCNB, dados obtidos nas plataformas Pubmed e Sciello, buscando artigos recentes e coerentes com a temática desejada. Revisão Literatura: Pacientes com SCNB manifestam múltiplos carcinomas basocelulares, ceratocistos odontogênicos, depressões palmares e plantares, calcificações ectópicas da foice cerebral. O TOC surge como uma tumefação na região do ângulo da mandíbula, de aspecto radiolúcido e assintomático, uma lesão de parede fina, onde a remoção somente com enucleação apresenta altas taxas de recidivas. O tratamento de TOC vem ser a descompressão e massurpialização, ou ainda a enucleação seguida de curetagem com solução Carnoy, que visa diminuir as recidivas e atuar como tratamento conservador. A ressecção parcial ou total com reconstrução da mandíbula é indicada em casos de múltiplas recorrências ou lesões mais agressivas. Resultados: A revisão mostra que é comum TOC em pacientes com SCNB, tendo alto risco recidivo se realizado tratamento somente com enucleação. Conclusão: Conclui-se que pacientes que apresentam múltiplos TOC, a ocorrência SCNB deve ser investigada. Palavra Chave: Síndrome, tumores odontogênicos ceratocísticos, carcinomas basocelulares.

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CIRURGIA ORTOGNÁTICA E A QUALIDADE DE VIDA SUBMETIDA AO PACIENTE

Caroline Liberato Marchiolli¹.; Renan Lemos da Silva¹.; Maria Eduarda de Freitas Santana Oliveira¹.; Luana Ferreira Oliveira¹.; Vitória Parmejane de Oliveira¹.; Luciana Estevam Simonato¹.; André Luis da Silva Fabris¹.

¹ Universidade Brasil Introdução: A cirurgia ortognática trata das deformidades dentofaciais, possibilitando ao paciente que possui oclusão inadequada correção, melhora na condição respiratória aumento da auto estima e maior qualidade de vida. A cirurgia ortognatica é o ramo da cirurgia bucomaxilofacial que trabalha junto com uma equipe multidisciplinar, principalmente a ortodontia. Objetivo: O objetivo deste presente trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre a cirurgia ortognática e a qualidade de vida do paciente submetido. Metodologia: Scielo e Pubmed no período de 2012 a 2016. Revisão de literatura: Disfunções graves da maloclusão requerem um tratamento combinado de ortodontia e de cirurgia ortognática são chamadas de dentofaciais, para diferenciar dos casos mais simples que podem ser tratados somente pela ortodondia. As técnicas cirúrgicas ortognáticas e seu impacto psicossocial tem excelente benefícios obtidos com a sua realização, incluindo aumento da auto estima e melhor convívio social. É importante alertar o paciente sobre o tratamento cirúrgico em relação a seus padrões, desejos e preocupações, pois, seu estado físico, emocional e mental é indispensável para sabermos direcionar o tratamento. Conclusão: Hoje em dia vemos que há um grande interesse pelo tema qualidade de vida e nas práticas envolvendo a área da saúde, e que cada vez mais os pacientes estão buscando melhoria em seu cotidiano, o que melhor contribui para sua saúde física, mental e social. Podemos concluir que é interessante que haja uma pesquisa com maior abrangência e lucidez a condição da melhoria da estética obtida ou não, já que esse conceito é individual e cada um possui seu próprio padrão de beleza almejado. Palavras-chave: Cirurgia ortognática, bucomaxilofacial, maloclusão.

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CISTOS ODONTOGÊNICOS: ASPECTOS GERAIS E EPIDEMIOLÓGICOS

NERES, Clislem Keila Alves¹.; RODRIGUES, Carla Silva¹.; LEITE, Eduarda Freitas Menezes¹.; SANTOS, Matheus Silva¹.; SANDRINI, Alindra¹.

¹ Centro Universitário de Tecnologia e Ciência – UniFTC. Introdução: Os cistos odontogênicos são comuns na prática odontológica. Quando comparados aos tumores odontogênicos essa discrepância se torna ainda mais evidente, visto que mesmo em laboratórios especializados, os espécimes desses tumores não passam de 1% de todo material recebido. Segundo a classificação dos cistos maxilares proposta pela Organização Mundial da Saúde em 2017, os cistos orais dividem-se em cistos de desenvolvimento e cistos inflamatórios. Objetivo: O objetivo desta revisão é descrever aspectos gerais e epidemiológicos dos cistos odontogênicos. Metodologia: Utilizou-se para este levantamento artigos relevantes de classificação de Qualis B4 a superior, de língua inglesa e portuguesa, publicado nos últimos dez anos. Revisão: Na classificação de cistos de desenvolvimento se enquadra os cistos: dentígero, ceratocisto odontogênico, periodontal lateral, gengival, odontogênico glandular. Os quais possuem etiologia pouco esclarecida. Em contrapartida, para a formação de um cisto inflamatório é necessário um estímulo inflamatório que gere liberação de endotoxinas que propiciem seu surgimento, nessa classe enquadram-se: os radiculares/residual e colaterais inflamatórios. Resultado: Estudos a respeito da prevalência dos cistos odontogênicos têm sido realizados em vários países justificando a diversidade epidemiológica entre diferentes populações. Estudos recentes concluem que segundo o padrão de distribuição histológica, o cisto periapical é a lesão odontogênica mais predominante. Conclusão: Diante do grande número de lesões císticas dos maxilares que apresentam características clínicas e radiográficas semelhantes, o diagnóstico deve partir de minuciosa anamnese, detalhado exame físico, bem como exames complementares por imagem e laboratoriais (histopatológico). Palavras-chave: Cistos odontogênicos, Patologia Bucal, Epidemiologia.

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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS INFLAMATÓRIOS

NERES, Clislem Keila Alves¹.; RODRIGUES, Carla Silva¹.; LEITE, Eduarda Freitas Menezes¹.; SANTOS, Matheus Silva¹.; SANDRINI, Alindra¹.

¹ Centro Universitário de Tecnologia e Ciência – UniFTC. Introdução: Em raras exceções, cistos com revestimento epitelial nos ossos do corpo são vistos somente nos ossos gnáticos, sendo achados comuns na odontologia. Objetivo: O objetivo desta revisão é descrever aspectos epidemiológicos dos cistos odontogênicos inflamatórios. Metodologia: Foi utilizado para este levantamento artigos relevantes de classificação de Qualis B4 a superior, de língua inglesa e portuguesa, publicado nos últimos 10 anos. Revisão: Cisto é definido como uma cavidade patológica frequentemente revestida por epitélio e preenchida usualmente por líquido, semi-líquido ou gás que se desenvolve a partir de algum estímulo. A hipótese mais aceita para formação de cistos inflamatórios é que seu surgimento se dá a partir de um estimulo inflamatório, resultado da polpa dentaria necrótica e infectada, a qual libera endotoxinas, que propicia assim o seu desenvolvimento. Resultados: De acordo a análise da literatura, o cisto periapical inflamatório foi o mais prevalente entre as populações analisadas, seguido pelo cisto dentígero, cisto radicular lateral, cisto residual e paradentário. Tendo mulheres ligeiramente mais afetadas que homens, com maior acometimento de leucodermas, podendo a cometer até 80% dos grupos estudados. Idade e localização anatômica diferiram de acordo com cada lesão, embora a região anterior de maxila tenha sido bastante afetada. Conclusão: Analisar a prevalência e características dos cistos odontogênicos inflamatórios delineia o perfil epidemiológico destas lesões, o que auxilia de forma significativa a implementação de estratégias de abordagem, auxiliando concomitantemente para um melhor prognóstico para o paciente acometido. Palavras-chave: Cistos odontogênicos, Patologia Bucal, Epidemiologia.

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RESULTADOS ESTÉTICOS EM TRATAMENTO ORTO-CIRÚRGICO VERSUS CAMUFLAGEM ORTODÔNTICA PARA PACIENTES COM

MALOCLUSÃO ESQUELÉTICA

Victor Hugo Pereira Sousa¹.; Vitor Carvalho Rodrigues¹.; Rafael Martins Afonso Pereira¹.

¹ Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM Introdução: As discrepâncias esqueléticas em ossos maxilares propiciam padrões estéticos e oclusais inadequados, ocasionando na busca constante de pacientes pela solução destes problemas. Sabe-se que estas alterações admitem correções somente durante a fase pré-puberal onde há maior maleabilidade óssea. No entanto, nem sempre são realizadas a tempo, restando apenas opções de maior complexidade como a cirurgia ortognática ou a camuflagem ortodôntica em indivíduos adultos. Objetivos: elucidar por meio de uma revisão da literatura, qual alternativa terapêutica soluciona de maneira mais eficaz as queixas estéticas dos pacientes associadas às maloclusões esqueléticas. Metodologia: utilizou-se descritores e operadores booleanos como “Jaw discrepancies AND Orthodontic camouflage AND Orthognathic surgery”, foram selecionados artigos científicos publicados na última década nas plataformas: “PubMed”, “Scielo”, “MedLine” e “Lilacs”. Revisão sistemática: Na maioria das vezes, os resultados funcionais e estéticos são melhor obtidos pelo tratamento orto-cirúrgico com cirurgia ortognática. Contudo, o alto custo e a maior probabilidade de complicações convenientes à complexidade do procedimento, trazem como alternativa terapêutica a camuflagem ortodôntica, a qual realiza a compensação das alterações esqueléticas por meio de movimentações dentárias. Resultados e conclusão: devido a fatores éticos, inviabiliza-se a realização de estudos em grupos controle que comparem as alternativas de tratamento para discrepâncias esqueléticas em pacientes adultos. Constata-se que a camuflagem ortodôntica é uma opção de tratamento funcional para as maloclusões esqueléticas. Porém, no que diz respeito à queixa estética, o tratamento orto-cirúrgico, com cirurgia ortognática, continua sendo o padrão ouro. Palavras-chave: camuflagem ortodôntica, cirurgia ortognática, maloclusões esqueléticas.

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ABORDAGEM CIRÚRGICA À PACIENTES COM COAGULOPATIAS HEREDITÁRIAS

Bruna Borges Nery¹.; Albert da Paixão Silva¹.; Dara Vitória Pereira Lopes Silva¹.; Muller Gomes dos Santos¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Introdução: As coagulopatias hereditárias são doenças hemorrágicas resultantes de deficiência quantitativa e/ou qualitativa de uma ou mais proteínas plasmáticas (fatores de coagulação). Pacientes acometidos são um desafio na clínica odontológica desde a escolha dos medicamentos até técnicas anestésicas, devido a possíveis complicações em procedimentos mais invasivos. Objetivo: Revisar a literatura sobre a abordagem cirúrgica de pacientes que apresentam coagulopatias hereditárias e o manejo na clínica odontológica. Metodologia: Utilizou-se artigos das bases de dados BVS e PubMed, entre 2015 e 2020. Os descritores utilizados foram coagulopatias hereditárias, manejo odontológico e hemostasia cirúrgica. Revisão de literatura: A lesão de um tecido é o fator primário gerador do rompimento da continuidade do endotélio, em pacientes com coagulopatias hereditárias, isso se torna preocupante. As técnicas usadas pelos cirurgiões-dentistas estão associadas à hemorragia que podem sofrer um aumento decorrente de distúrbios hereditários da coagulação. Por isso, tratamentos cirúrgicos que oferecem riscos devem ter uma atenção maior do profissional. Para o controle da dor de origem odontológica deve ser feito com fármacos derivados de paracetamol ou dipirona, e a aspirina e seus derivados são contra-indicados devido a atividade inibitória da agregação plaquetária. Assim como a anestesia troncular que deve ser evitada, dando-se preferência às anestesias infiltrativas, intrapulpar e interligamentar. Conclusão: Os pacientes com coagulopatias podem ser submetidos a procedimentos odontológicos, desde que sejam tomados os cuidados necessários e que o cirurgião-dentista tenha segurança e conhecimento adequando sobre o processo de hemostasia. Descritores: Coagulopatias hereditárias, manejo odontológico e hemostasia cirúrgica.

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O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO FERRAMENTA FACILITADORA PARA O DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO:

REVISÃO DE LITERATURA

Bruno Natan Santana Lima¹.; Marcos Antônio Lima dos Santos¹.; Julia Valeska Santana dos Santos¹.; Graziane Ribeiro Couto¹.; Amanda Caroline Meireles¹.; Felipe de Almeida Florencio¹.; Wilton Mitsunari Takeshita¹.

¹ Universidade Federal de Sergipe. Introdução: A inteligência artificial (IA) é caracterizada como um conjunto de itens (algoritmos, robótica e redes neurais) que permitem com que um software obtenha características intelectuais comparáveis a um ser humano. A IA tem sido utilizada na medicina para auxiliar no diagnóstico diversos tipos de cânceres, pólipos colorretais, osteoartrites do quadril e avaliação da idade óssea. Na odontologia, ela tem sido utilizada como uma ferramenta e inovadora e facilitadora para o diagnóstico radiográfico. Objetivo: Evidenciar a importância da utilização da inteligência artificial como ferramenta facilitadora para o diagnóstico radiográfico. Metodologia: Realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed, SciELO, LILACS. Os descritores foram selecionados por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH). Revisão de Literatura: Através das redes neurais convulsionais, o conhecimento humano tem sido mapeado para o aprendizado de máquina, mediante a inteligência artificial. Por intermédio deste, é possível diagnosticar cistos e tumores, osteoporose, lesões no seio maxilar e sinusite. Resultados: Observou-se que a IA vem se tornando uma ferramenta promissora para o diagnóstico radiográfico, a partir de exames tomográficos e panorâmicos, sendo utilizada na detecção de cáries, no diagnóstico da Síndrome de Sjogren, assim como na avaliação do estágio de desenvolvimento de terceiros molares inferiores em radiografias panorâmicas. Conclusão: Conclui-se que a inteligência artificial tem sido visada como uma nova ferramenta para o diagnóstico radiográfico, a qual beneficiará, não apenas os cirurgiões dentistas durante o planejamento e diagnóstico de patologias, mas também, melhorar a qualidade no atendimento dos pacientes. Palavras-chave: Inteligência artificial, Dignóstico radiográfico, Redes neurais convulsionais e Patologia Oral.

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UTILIZAÇÃO DE ENXERTO AUTÓGENO DE CRISTA ILÍACA PÓS RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA. REVISÃO

DE LITERATURA

Indara de Melo Souza¹.; Alexandre M. de Moraes¹.; Adriana Terezinha Novelino¹.; Marcelo José Uzeda¹.; Marcos Kalil¹.; Rodrigo Britto Figueiredo Resende¹.

¹ UFF. Introdução: O ameloblastoma é o segundo tumor odontogênico benigno mais comum, com perfil de crescimento lento, infiltrativo e agressivo. Apresenta predileção pela região posterior da mandíbula, sendo por vezes assintomático, podendo atingir grandes proporções. Sua origem advém do epitélio odontogênico e o diagnóstico deve ser realizado por meio de exames de imagem e uma biópsia incisional para exame histopatológico. O tratamento é cirúrgico, podendo-se utilizar técnicas conservadoras ou radicais. O osso autógeno, é considerado o “padrão ouro” quando se opta pela enxertia reconstrutora nesse tipo de lesão. Objetivo: Apresentar vantagens e a eficácia do uso do enxerto autógeno. Metodologia: Revisão da literatura. Revisão de Literatura: Defeitos ósseos na maxila ou mandíbula, podem ser corrigidos por meio de técnicas de enxertia. O enxerto autógeno pode ser vascularizado ou não vascularizado. A área doadora deve ser extra oral, uma vez que as mandibulectomias produzem defeitos grandes. Assim, os enxertos são comumente retirados da crista ilíaca, fíbula,costelas e outros ossos. Resultados: Enxertos não vascularizados de crista ilíaca, quando utilizados dentro da sua indicação, apresentam algumas vantagens: melhor contorno facial, melhor volume e altura óssea, maior disponibilidade óssea para posterior reabilitação com implantes e cicatrizes menos visíveis. Conclusão: O plano de tratamento deve sempre considerar a reconstrução e a reabilitação do paciente, devolvendo estética e função. Quanto às possibilidades de enxertia, o osso autógeno ainda é a melhor opção para a reconstrução de grandes defeitos ósseos. Além disso, é o mais acessível no que tange ao custo-benefício financeiro e biológico, se comparado aos enxertos vascularizados e às próteses customizadas. Palavras Chave: Ameloblastoma, Tumores Odontogênicos, Enxerto Autógeno.

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UMA ANÁLISE DOS TRAUMAS FACIAIS EM CRIANÇAS

Thainara de Sousa Silva¹.; Rafaella Sandra Nazareth Costa¹.; Valdir Cabral Andrade¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus GV. Introdução: Em crianças, as fraturas buco-maxilo-faciais costumam ser menos frequentes devido ao meio social protegido em que se inserem e também por fatores anatômicos que tendem a proteger o paciente pediátrico de acidentes mais graves, todavia elas acontecem. Entre as causas do trauma infantil estão, principalmente, as quedas de própria altura e acidentes automobilísticos. Objetivo: Analisar a literatura, por meio de uma revisão sistemática a fim de entender a etiologia e manejo dos traumas faciais em crianças. Metodologia: Foi realizada uma consulta às bases de dados SciELO, LILACS e Google Schoolar. Os descritores utilizados para a pesquisa foram ‘’trauma facial em crianças’’, ‘’fraturas em pacientes pediátricos’’, ‘’etiologia do trauma facial infantil’’. No total, 6 em português foram escolhidos. Revisão sistemática: Os traumas de face em crianças ocorrem, na maioria dos casos, por quedas da própria altura e acidentes automobilísticos, Na primeira infância, é comum que o paciente seja vítima de quedas devido ao início da deambulação. Em crianças com idade escolar, os acidentes automobilísticos e desportivos são os que mais acontecem. Resultados: 80% dos artigos afirmam que o gênero masculino prevalecia no número de casos. Em relação às causas, 100% dos trabalhos mencionam acidentes com veículos e quedas como as principais. Entre os pacientes vítimas de queda, a maioria apresentava idade entre 1 e 12 anos, com predomínio da primeira infância. Os tratamentos conservadores são os mais utilizados. Conclusão: O trauma facial infantil não é recorrente, mas acontece. É importante que a prevenção seja constante a fim de que não aconteçam acidentes, sobretudo com crianças entre 1 e 4 anos. Os tratamentos fechados são os mais indicados para essa faixa etária. Palavras-chave: Cirurgia, Pesquisa em Odontologia, Pediatria.

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EFEITOS DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS NOS SERVIÇOS DE CTBMF

Thainara de Sousa Silva¹.; Rafaella Sandra Nazareth Costa¹.; Valdir Cabral Andrade¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus GV. Introdução: Em dezembro de 2019, foi identificado na China um novo vírus que se espalhou pelo mundo, causando a doença COVID-19. A cirurgia buco-maxilo-facial (CTBMF) é uma especialidade com alto fator de risco para essa infecção. Dessa forma, os atendimentos de CTBMF foram reorganizados na maior parte dos países, priorizando cirurgias de emergência. Objetivo: Realizar uma revisão à literatura de forma a entender como estão acontecendo os atendimentos da cirurgia buco-maxilo-facial durante a pandemia do Sars-Cov 2. Metodologia: Foram realizadas consultas às bases de dados PUBMED, Scielo e Lilacs. Os descritores foram: ‘’maxillofacial surgery and covid-19’’, ‘’cirurgia maxilofacial e covid-19’’ e ‘’maxillofacial and management and covid-19’’. Foram selecionados 6 artigos mais relevantes. Revisão de literatura: A pandemia trouxe a necessidade de redobrar os cuidados para evitar a infecção dos profissionais da CTBMF. Os níveis de cirurgias eletivas diminuíram na maior parte dos países, bem como a presença da telemedicina tornou-se relevante neste cenário. Resultados: A literatura afirma que máscaras PFFP2 ou N95 são essenciais durante os atendimentos, bem como o uso de trajes descartáveis. As superfícies devem ser desinfetadas com solução de hipoclorito de sódio 0,1% ou outros saneantes. Alguns autores mencionam que em atendimentos de emergência, caso necessário intubação, esta deve ser feita pelo anestesista com máscaras PFF2 e, após 20 minutos, a equipe deve entrar na sala. Conclusão: Posto isso, tornou-se entendível que os cirurgiões buco-maxilo-faciais precisaram redobrar a atenção quanto à biossegurança e operar com equipes reduzidas. Novas medidas foram adotadas durante a triagem e consultas, a fim de minimizar a exposição dos profissionais ao vírus. Palavras-chave: Pesquisa em Odontologia, Cirurgia, Pandemia.

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INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS: ANGINA DE LUDWIG

Maria Eduarda de Freitas Santana Oliveira¹.; Caroline Liberato Marchiolli¹.; Vitória Parmejane de Oliveira¹.; Renan Lemos da Silva¹.; Luana Ferreira Oliveira¹.; Luciana Estevam Simonato¹.; André Luis da Silva Fabris¹.

¹ Universidade Brasil – Campus Fernandópolis / SP. Introdução: A angina de Ludwig é uma celulite tóxica, aguda, firme, que envolve os espaços fasciais submandibular e sublingual bilateralmente, e o espaço submentoniano, provocando o enrijecimento do assoalho bucal, dificuldade na deglutição, elevação da língua e risco de obstrução das vias aéreas. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre as causas e complicações da angina de Ludwig. Metodologia: Foi realizada a busca bibliográfica nos bancos de dados do Lilacs e Scielo, onde foram selecionados 8 artigos pulicados entre os anos 2006 e 2020. Revisão de Literatura: A etiologia é mais frequentemente odontogênica, porém outras causas são descritas na literatura como abscessos amigdalianos, fraturas mandibulares infectadas e lacerações do pavimento bucal. O diagnóstico é eminentemente clínico e o paciente geralmente apresenta-se com dispneia, trismo e um aspecto toxémico. O tratamento consiste na manutenção das vias aéreas, o que pode ser feito por intubação endotraqueal ou traqueostomia, antibioticoterapia intravenosa em altas doses, intervenção cirúrgica para descompressão dos espaços envolvidos e remoção do agente etiológico. As complicações podem levar ao comprometimento dos espaços parafaríngeos, fasceíte necrosante, mediastinite e, até, ao óbito. Conclusão: A Angina de Ludwig não é comum, entretanto é uma condição potencialmente fatal, devido ao risco de obstrução das vias aéreas iminente e a disseminação da infecção, sendo um tratamento de caráter emergencial, dessa forma o profissional da saúde deve estar apto para realizar o diagnóstico de forma rápida e eficiente afim de reduzir os riscos ao paciente. Palavras-chave: angina de Ludwig, obstrução das vias respiratórias, infecção focal.

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USO DA CAMOMILA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR AO TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL

Matheus da Silva Santos¹.; Clislem Keila Alves Neres¹.; Eduarda Freitas Menezes Leite¹.; Hemerson Lucas Lima de Jesus¹.; Onaldo Aguiar Filho¹.

¹ Universidade de Tecnologia e Ciências - UniFTC. Introdução: A mucosite oral é uma complicação inflamatória comumente manifestada nos pacientes submetidos à terapia antineoplásica, em decorrência do agressivo regime terapêutico empregado. A dor, ardência e desconforto são sintomas significantes, que podem se acentuar durante a alimentação ou higienização oral. Objetivo: Explorar a literatura sobre o uso das propriedades farmacológicas da Camomila como terapia complementar ao tratamento da mucosite oral. Metodologia: Foi utilizado nessa revisão artigos na banca de dados do PUBMED e Google Acadêmico, de língua inglesa e portuguesa, publicado entre 2015 e 2020. Revisão: A mucosite oral é um dos principais efeitos colaterais agudos induzidos pelo tratamento radioterápico em cabeça e pescoço. É caracterizado por áreas de ulceração, com a formação de uma membrana superficial fibrinopurulenta, resultando em dor e desconforto. Por conseguinte, a camomila é considerada uma planta medicinal com potencial terapêutico, por possuir propriedades anti-inflamatórias e bacteriostáticas que pode ser coadjuvante em inúmeros tratamentos, além de serem empregadas em alguns centros oncológicos para a prevenção e tratamento da mucosite oral. Resultados: A Camomila possui princípios contendo propriedades antimicrobiana, revestimento das mucosas, e anti-inflamatória inibindo a produção da cicloxigenase-2, resultando na redução da inflamação da mucosite oral. Estudos relatam que o bochecho do chá de camomila frio causa alívios de sintomas da mucosite oral, afirmando que o uso desta erva tem potencial anti-inflamatório. Conclusão: A camomila apresenta propriedades farmacológicas favoráveis no tratamento complementar da mucosite oral, porém, carece de mais estudos a fim de ter um maior embasamento científico. Palavras-chave: Mucosite Oral, Camomila, Anti-inflamatório.

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LESÕES MAXILOFACIAIS ASSOCIADAS AO HIV

Lavínia Kaline Nascimento Chaves¹.; Maria Luana Barbosa de Sousa¹.; Maria Gabriela Brito de Santana¹.; Gabriela Miranda de Paula¹.; Elicláudio Alves da Silva Júnior¹.; Priscila Soto Reinaux Monteiro¹.; Carla Letícia Araújo Nascimento Leite².; Nyedja Tatyane Pereira Alves³.

¹ Universidade Federal de Pernambuco. ² Centro Universitário Unibra. ³ Facipe/Unit Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) leva a uma deterioração gradativa do sistema imunológico e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças oportunistas e neoplasias. Os principais sinais clínicos dessa doença aparecem na cavidade oral, dessa forma, o cirurgião-dentista é fundamental no diagnóstico precoce e tratamento dessas lesões. Objetivo: Apresentar uma revisão de literatura abarcando as principais lesões maxilofaciais associadas ao HIV. Revisão de Literatura: As manifestações relacionadas à infecção pelo HIV podem ser divididas em dois grupos: o grupo I são lesões que ocorrem na cabeça e pescoço, sendo mais comumente associadas ao HIV, como, por exemplo: candidíase, leucoplasia, gengivite ulcerativa necrosante (GUN) e o Sarcoma de Kaposi. Além destas, também têm-se as infecções virais por citomegalovírus (CMV), herpes, papiloma vírus e varicela-zoster. Já o grupo II abrange lesões possivelmente associadas com o HIV. As lesões são classificadas em: Infecções Fúngicas, Bacterianas, Virais e Neoplásicas. Resultados: O diagnóstico precoce das lesões orais associadas ao HIV, ajudam durante o tratamento e prognóstico dos portadores do vírus. Um aspecto que pode interferir na predominância e severidade da doença periodontal é a utilização de antirretrovirais, de forma que em indivíduos infectados que estavam em tratamento, pode-se avaliar uma diminuição significativa da prevalência de manifestações bucais do HIV. Conclusão: A partir destes resultados, fica claro a viabilidade e a importância do diagnóstico precoce de portadores do vírus HIV pelo cirurgião-dentista, no qual poderá auxiliar no tratamento em uma relação multiprofissional, melhorando a qualidade de vida destes pacientes. Palavras-chave: Infecções Oportunistas, Lesões Maxilofaciais, HIV.

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LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE MUCOSITE ORAL EM PACIENTES SOB

TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO: REVISÃO DE LITERATURA

Thaynara Dorigheto Fernandes¹.; Wellington Dorigheto Andrade Vieira².; Maria Inês da Cruz Campos².

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA ² Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Introdução: A radioterapia e a quimioterapia são terapêuticas aplicadas para o tratamento oncológico. A mucosite oral (MO) é um dos efeitos colaterais mais comuns do tratamento antineoplásico, sendo lesões ulcerativas que se manifestam na cavidade bucal destes pacientes. Os tratamentos são diversificados e buscam amenizar a sintomatologia dolorosa das lesões, diminuir sua severidade ou preveni-las. A terapia com laser de baixa potência (TTLP) se destaca como uma alternativa eficaz na prevenção e no tratamento da MO e apresentam resultados promissores. Objetivo: Elucidar os efeitos e benefícios da laserterapia de baixa potência na prevenção e no tratamento de MO. Metodologia: Foi realizada revisão de literatura com publicações entre 2014 e 2021, tendo banco de dados o PubMed, Lilacs e MedLine. Descritores utilizados foram: Mucosite oral, tratamento, laserterapia. Dos artigos pesquisados, 15 foram selecionados para inclusão desta revisão. Resultados: O laser de baixa potência vem sendo utilizada como forma de tratamento, agindo como estimulador da atividade celular. O TTLP acelera a cicatrização, devido a propriedades imunomoduladoras, principalmente diminuindo a produção de citocinas pró inflamatórias. Porém, não há um protocolo estabelecido, mas utiliza-se o aparelho, com aplicações tópicas no local das lesões, diariamente, antes de cada sessão. Conclusão: Pode-se concluir melhora na qualidade de vida dos pacientes tratados quando comparados com os pacientes controle, porém, poucos cirurgiões dentistas atuam nessa área. Palavras-chave: Mucosite oral, tratamento, laserterapia.

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TÉCNICA DO RETALHO PEDICULADO DO CORPO ADIPOSO BUCAL NO TRATAMENTO DE FÍSTULA BUCO SINUSAL: UMA

REVISÃO DE LITERATURA

Thaynara Dorigheto Fernandes¹.; Wellington Dorigheto Andrade Vieira².; Maria Inês da Cruz Campos².

¹ Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA ² Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Introdução: A comunicação bucosinusal, consiste na formação de um trajeto direto entre a cavidade oral e o seio maxilar, com rompimento da membrana sinusal. Podem ocorrer por exodontia de dentes superiores posteriores devido à relação anatômica entre os ápices das raízes e o assoalho do seio maxilar ou após traumas, remoção de cistos e tumores. Objetivo: Elucidar a eficácia da técnica do retalho pediculado do corpo adiposo bucal no tratamento de fístula bucosinusal. Metodologia: Foi realizada revisão sistematizada de literatura com publicações entre 2014 e 2021, banco de dados: PubMed, Lilacs e MedLine. Descritores utilizados: comunicação bucosinusal, tratamento e corpo adiposo bucal. Dos artigos pesquisados, 11 foram selecionados para esta revisão. Resultados: A técnica proporciona o mínimo de desconforto para o paciente, é passível de ser realizada sob anestesia local, não aparenta cicatrizes visíveis, permite a possibilidade de ser associada a outros retalhos e receber ajustes após uma semana. Somando-se a isso, a técnica utilizando retalho pediculado do corpo adiposo bucal para tratamento da fístula bucosinusal não modifica a profundidade do sulco vestibular, evitando a necessidade de um segundo procedimento cirúrgico para reabilitação protética do paciente. Conclusão: A utilização do retalho pediculado do corpo adiposo bucal é uma técnica eficaz no fechamento da fístula bucosinusal. Palavras-chave: comunicação bucosinusal, tratamento e corpo adiposo bucal.

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DIAGNÓSTICO E CUIDADOS A QUELITE ACTÍNICA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES

GARIS EXPOSTOS A RADIAÇÃO SOLAR.

Mateus de Sena Costa Santos¹.; Allan Émerson Lázaro Nogueira¹.; Emanuelle Louyde Ferreira de Lima¹.

¹ Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró Introdução: Mesmo com medidas preventivas cada vez mais rígidas adotadas para garantir a saúde dos trabalhadores ainda é recorrente a detecção de lesões originadas pela exposição solar. A quelite actínica é considerada uma lesão potencialmente maligna, caracterizada por um processo inflamatório crônico que atinge em 95% dos casos o lábio inferior. Acomete principalmente homens com mais de 50 anos e leucodermas, sendo este o tema base do estudo. Objetivo: O objetivo do estudo foi realizar uma revisão de bibliografia para entender quais os principais fatores de risco acerca dessa condição, e quais medidas devem ser aplicadas para impedir que está patologia acometa o profissional gari, mediante sua exposição diária a radiação solar. Metodologia: Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: Lilacs, Pubmed e Google acadêmico, utilizando os descritores: quelite actínica e radiação solar, contemplando artigos atuais e com metodologia robusta. Revisão Simples: A partir dessas buscas, foi observado que os cuidados com a proteção solar e outras medidas gerais para profissionais garis são de extrema importância, pois a exposição solar excessiva a estes trabalhadores geram lesões degenerativas e aceleração no processo de envelhecimento, facilitando assim o desenvolvimento de neoplasias malignas. Conclusão: Sendo assim, se mostra necessário que os órgãos públicos e privados que regulamentam a profissão atuem promovendo campanhas de prevenção para garantir que este profissional se proteja da radiação solar e evite problemas como a quelite ou neoplasia de cunho mais grave.

Palavras-chave: Quelite, Radiação, Actínica, Gari.

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MANIFESTAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA, E A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA

DENTRO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Anne Daiane Souto Luz da Silva¹.; Paula Beatriz de Siqueira Melo Galindo¹.; Emyllie Ariel Justino de Moura Silva¹.; Rafael de Souza Carvalho Saboia¹.

¹ Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA) Introdução: Analisa-se que as neoplasias malignas são uma das principais causadoras de morte no mundo, onde seu tratamento com a quimioterapia pode ter um efeito direto na cavidade oral, dependendo assim da dosagem, tipo e da periodicidade do uso dos agentes quimioterápicos. Objetivo: analisar a predominância das manifestações orais em pacientes oncológicos que realizam o tratamento quimioterápico, destacando a atuação do cirurgião-dentista durante o processo. Metodologia: Foram realizadas pesquisas nas bases de dados BVS e SciELO com seis artigos em língua portuguesa e período de levantamento bibliográfico entre 2010-2020. Revisão Simples: A cavidade oral é considerada um nicho habitual para várias complicações que podem ser caracterizadas como graves e terem interferências nos resultados da terapia médica, como a mucosite, xerostomia, osteorradionecrose e infeções fúngicas ou virais, afetando a qualidade de vida do paciente. Através da neutropenia, levada pelo uso de quimioterápicos que agem em grande parte das células tumorais, verifica-se que a cavidade oral se torna susceptível a infecções por micro-organismos. Para evitar essas lesões, é importante a atuação do dentista em todos os momentos do tratamento. Resultados: De acordo com as análises feitas, afirma-se que há relação entre o tratamento quimioterápico e as manifestações orais, evidenciando o cuidado com esses agravos, melhorando as condições de vida para o paciente. Conclusão: É essencial que o cirurgião-dentista desempenhe o seu papel dentro da equipe multidisciplinar, desde o diagnóstico até o tratamento, gerando no paciente, um cenário favorável para ser sujeito a terapia quimioterápica, diminuindo e prevenindo efeitos colaterais. Palavras-chave: manifestações bucais; quimioterapia; cirurgião-dentista.

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A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO DENTISTA NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS SISTÊMICAS: PARACOCCIDIOIDOMICOSE

Lara Brasil Reis¹.; Gabriel Araújo Amaral dos Anjos¹.; Isabela das Graças Almeida Rodrigues¹.; Laura Vanessa Medeiros Mendes¹.; Jocimara Dominicano Farles de Almeida Campos².; Arnaud Alves Bezerra Junior³.

¹ Centro Universitário Estácio Juiz de Fora. ² Mestra em Clínica Odontológica pela Universidade Federal de Juiz de Fora ³ Mestre em Periodontia pela Universidade de Taubaté – São Paulo. Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença fúngica causada pelo fungo dimórfico Paracococcidioides brasiliensis. Tem maior prevalência em indivíduos do sexo masculino de meia idade, trabalhadores rurais, fumantes, etilistas crônicos e que moram nas regiões tropicais e subtropicais da América Latina. Tanto a apresentação clínica dessa micose quanto o curso da doença variam para cada paciente. Objetivo: Dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca da paracoccidioidomicose e enaltecer o papel do cirurgião dentista no processo do diagnóstico de doenças sistêmicas. Metodologia: Para isso, foi feita uma busca em artigos relacionados ao tema entre os anos de 2015 até o atual momento utilizando as plataformas Scielo, Lilacs e Pubmed. Revisão Simples: Com referência nas informações, foi analisado que embora a via primária de infecção seja pulmonar, vários sítios anatômicos podem ser acometidos pela disseminação linfo-hematogênica, inclusive a mucosa bucal. As lesões bucais apresentam-se no aspecto granular, eritematoso e ulcerado com um fino pontilhado hemorrágico, geralmente denominada estomatite moriforme. Resultados: Os sítios mais acometidos são lábios, bochechas, soalho de boca, língua e faringe. O periodonto também pode estar comprometido, o que resulta em mobilidade dentária. Conclusão: Conclui-se então que o cirurgião-dentista tem papel fundamental na identificação das manifestações bucais dessa doença, assim como no correto diagnóstico e encaminhamento para tratamento adequado. Uma avaliação clínica criteriosa (anamnese e exame físico) somada à exames complementares, como citologia esfoliativa e biópsia incisional, são procedimentos de grande valia no diagnóstico dessa doença. Palavras-chave: Diagnóstico, Doença Sistêmica, Paracoccidioidomicose, Patologia Bucal.

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ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SUA RELAÇÃO COM A TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO (TSC)

Gabriel Araújo Amaral dos Anjos¹.; Isabela das Graças de Almeida Rodrigues¹.; Lara Brasil Reis¹.; Laura Vanessa Medeiros Mendes¹. Jocimara Domiciano Fartes de Almeida Campos².; Arnaud Alves Bezerra Junior³.

¹ Centro universitário Estácio Juiz de Fora. ² Mestra em Clínica Odontológica pela Universidade Federal de Juiz de Fora ³ Mestre em Periodontia pela Universidade de Taubaté-São Paulo. Introdução: A aplicação de medidas preventivas pelo dentista preserva a saúde bucal e sistêmica de seus pacientes, evitando o desenvolvimento de condições como a trombose do seio cavernoso. Esta doença é caracterizada pela migração de um embolo séptico da região facial para o seio cavernoso. Por ser uma região muito vascularizada e por se relacionar com estruturas nobres, o seu acometimento pode levar ao desenvolvimento de distúrbios oftalmológicos, sepse, AVC e óbito. No âmbito odontológico, infecções pós-operatórias, traumas decorrentes de técnicas anestésicas inadequadas em maxila e celulites faciais de origem odontogênica estão entre as causas desta condição. Embora seja rara, estima-se que 7% da TSC séptica seja de origem dentária e a taxa de mortalidade chega a 40% dos casos. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura acerca da eficácia da odontologia preventiva como medida para evitar o surgimento da TSC de origem odontogênica. Metodologia: Para isso foi realizado uma busca por pesquisas relacionadas ao tema nas plataformas Pubmed, Medscape e Scielo entre os anos de 2012 e 2020. Revisão Simples: Com base nas informações obtidas a TSC causa repercussão sistêmica significativa e a intervenção odontológica minimiza complicações potencialmente fatais. Resultados: Os pacientes acompanhados por dentistas dificilmente desenvolviam infecções dentárias que progredissem para a TSC, diferentemente dos que eram isentos de atendimento odontológico. Conclusão: Com base nesses estudos é possível compreender como medidas de higiene oral, consultas odontológicas de rotina, diagnóstico precoce de processos infecciosos bucais, instituição de antibioticoterapia e intervenções cirúrgicas ideais minimizam o risco de desenvolvimento desta patologia. Palavras-chave: Trombose do Seio Cavernoso, Infecção, Celulites faciais, Embolo Séptico.

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DOENÇA PERIODONTAL E DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL: UMA POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO BIDIRECIONAL?

Isabela das Graças de Almeida Rodrigues¹.; Gabriel Araújo Amaral dos Anjos¹.; Lara Brasil Reis¹.; Laura Vanessa Medeiros Mendes¹.; Arnaud Alves Bezerra Junior².; Jocimara Domiciano Fartes de Almeida Campos³.

¹ Centro Universitário Estácio Juiz de Fora. ² Mestre em Periodontia pela Universidade de Taubaté São Paulo ³ Mestra em Clínica Odontológica pela Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: A doença periodontal (DP) é uma inflamação crônica que afeta os tecidos de sustentação dos dentes. A doença inflamatória intestinal (DII) também é uma inflamação crônica que afeta o trato gastrointestinal, sua etiologia é imprecisa, mas acredita-se que seja resultado de uma resposta imunológica anormal na mucosa gastrointestinal. A DP e DII compartilham semelhanças como característica inflamatória exacerbada e disbiose local. Objetivo: Neste trabalho o objetivo é esclarecer uma possível relação de sinergia da DP e DII, buscando compreender quais os mecanismos que as correlacionam. Metodologia: Para isso foram feitas pesquisas nas plataformas Pubmed e Scielo. Revisão Simples: Com base nas informações analisadas, pacientes portadores de DP são mais propensos a desenvolver e intensificar a DII, assim como o inverso também é possível. Resultados: A inflamação periodontal pode induzir um quadro de inflamação sistêmica de baixo grau, além de que bactérias patogênicas da DP quando ingeridas, podem induzir disbiose intestinal, resultando no aumento de bactérias patogênicas locais e na alteração da barreira epitelial intestinal, o que provoca infiltração de bactérias em outros tecidos e na corrente sanguínea originando endotoxemia e inflamação sistêmica. A DII pode afetar a DP pelos diversos mediadores inflamatórios que libera na corrente sanguínea, além dos neutrófilos periféricos com função metabólica aumentada, o que culmina em maior degradação dos tecidos periodontais. Conclusão: São necessários mais estudos para confirmação desta hipótese, no entanto, dadas as informações é sugerido que o dentista averigue a condição sistêmica de seus pacientes e institua um tratamento odontológico efetivo para que tenha repercussões locais e sistêmicas positivas. Palavras-chave: Doença Periodontal, Inflamação, Doença Inflamatória Intestinal.

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UTILIZAÇÃO DO TÓRUS PALATINO E MANDIBULAR COMO MATERIAL PARA ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO NA

ODONTOLOGIA ATUAL

Lorena Gabriella de Almeida Ferreira¹.; Maria Ester França de Melo¹.

¹ Universidade Católica de Brasília. Introdução: A prática de enxertos ósseos na odontologia está em constante evolução, paralela à utilização de elementos autógenos, que seguem como padrão ouro em casos onde existam perdas relevantes do osso alveolar, consequência de patologias como a periodontite crônica ou ausência do elemento dentário. A absorção do osso alveolar impossibilita procedimentos de implante e traz danos estéticos ao paciente. Como exemplo de material ósseo autógeno há o uso recorrente dos tórus, protuberâncias ósseas de desenvolvimento multifatorial, como enxertos em sítios intrabucais. Objetivo: O objetivo deste trabalho é abordar o que há de mais atualizado nas bases bibliográficas a respeito da utilização dos tórus como enxerto em situações de perda do osso alveolar. Metodologia: Foram utilizados 28 artigos da plataforma pubmed, scielo, livros da área odontológica e dissertações de no máximo 5 anos atrás. Resultados: A taxa de sucesso nos casos de enxerto ósseo utilizando esse material autógeno foi grande. Amostras de tórus mandibular são as mais utilizadas por dispor maior quantidade de tecido ósseo e pela sua maior ocorrência. Pacientes com mais de 40 anos tem maior incidência de insucesso. Conclusão: A literatura relata grandes êxitos no uso dos tórus como material autógeno para enxertos ósseos quando há disponibilidade deste no paciente, devendo ser considerada a opção mais viável. Palavras-Chave: Tórus; Enxerto Ósseo; Reabilitação.

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ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL COMO TRATAMENTO PARA TERCEIROS MOLARES INFERIORES IMPACTADOS

Thamires Inácio Paula¹.; Isabela dos Santos Braz¹.; Roberta Rocha de Aquino¹.; Sydney Mandarino¹.

¹ Centro Universitário Serra dos Órgãos- UNIFESO Introdução: O tratamento de sequelas de traumas orbitais é uma atividade desafiadora. As fraturas envolvendo órbita, complexo zigomático e naso-óbito-etmoidal correspondem a 30 a 50% das fraturas faciais. A orbita é uma pirâmide de base quadrangular nas quais suas paredes variam consideravelmente em espessuras, onde as fraturas do terço médio e anterior da órbita são muito comuns. Objetivo: É discorrer sobre o tratamento de sequelas de fraturas orbitárias, por meio de uma exemplificação. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 27 anos, vítima de fratura panfacial em junho de 2017, foi operado pelo serviço de CTBMF da Universidade Federal de Uberlândia. No pós operatório, paciente seguiu com sequelas devido ao trauma e foi decidida uma nova abordagem. Foi realizado ressonância magnética que não evidenciou alteração da morfologia da musculatura ou formação de conteúdo expulsivo. Concomitantemente foi solicitado tomografia de face que evidenciou posicionamento tridimensional de material de osteossíntese. Como planejamento foi confeccionado biomodelo 3D, espelhamento do lado esquerdo no lado direito para dobra de tela de titânio no pré-operatório. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, realizando acesso subciliar a direita, divulsão por planos, acesso e retirada do material de osteossíntese previamente instalado. Em seguida, foi realizada instalação de nova tela de titânio, associada a Geofoam E L- PRF. No pós operatório, foi observada melhora da distopia e diplopia ocular. Conclusão: Dessa forma, uma completa avaliação oftalmológica do paciente é obrigatória para evitar lesões oculares e preservar a visão. Além disso, a intervenção cirúrgica deve basear-se em um comprometimento funcional ou estético. Palavras-chave: fraturas, sequelas, órbita.

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PARESTESIA DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR PÓS EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES

Yago Trindade de Freitas¹.; Isaura Rayssa Rosa da Silva¹.; Addison Breno Silva da Conceição².

¹ Escola Superior da Amazônia ESAMAZ ² Centro Universitário do Estado do Pará – CESUPA Introdução: A exodontia de terceiros molares é um dos procedimentos mais frequentes na clínica odontológica e está associada a diversos acidentes e complicações, tais como a parestesia, que é um distúrbio neurosensitivo local de natureza temporária ou definitiva, consequente de danos às fibras nervosas. A posição do nervo alveolar inferior se relaciona anatomicamente com as raízes dos terceiros molares, favorecendo o risco de lesionar o nervo em uma cirurgia. Objetivo: O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática através de pesquisas por meio de conhecimentos científicos, evidenciando em formas de diagnóstico, tratamento e prevenção. Metodologia: A busca contou com a seleção de artigos em três bancos de dados: PubMed, SciELO e BVS. Revisão Simples: Os diagnósticos clínicos da parestesia são: formigamento na língua, lábio e bochechas, alterações na mastigação e no paladar, resposta mínima à instrumentação na área inervada e aumento no limiar de temperatura. A melhor forma de prevenção é elaborando um plano de tratamento extenso, junto de análises dos exames de imagem, observando os ápices das raízes do elemento e as estruturas anatômicas. Resultados: Artigos mostram que de 3071 exodontias de terceiros molares, a parestesia esteve presente em 1,4% dos pacientes. Outros estudos mostram que de 94 pacientes, 3 obtiveram a lesão nas primeiras 24 horas. Conclusão: A parestesia pode se reverter espontaneamente, porém, quando não é possível, modalidades terapêuticas devem ser inseridas, como o uso de antineuríticos, antiinflamatórios e a laserterapia de baixa intensidade. Sendo assim, para um melhor prognóstico, o tratamento deve se iniciar o quanto antes. Palavras-chave: Parestesia, nervo alveolar inferior, exodontia.

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ABORDAGENS E CONDUTAS SOBRE OS PRINCIPAIS TIPOS DE AMELOBLASTOMA NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA

Marcelo De Carvalho Almeida¹.; Thaislayne Mirelle dos Santos Cruz².; Carlos Eduardo Palanch Repeke².

¹ Universidade Federal de Sergipe. ² Departamento de Odontologia, UFS Introdução: O ameloblastoma é um tumor benigno comum, indolor, sendo comumente conhecido por sua alta taxa de recorrência e por seu crescimento. Para confirmação do diagnóstico, são realizados exames de imagens, como tomografia computadorizada e radiografia panorâmica, a fim de melhor observar a extensão do tumor ameloblástico o qual se encontra principalmente em região de mandíbula ou de maxila. Objetivo: Elaborar uma revisão sistemática sobre as características clínicas, radiográficas, diagnósticos e os principais tipos de ameloblastomas que acometem as pessoas. Metodologia: A análise foi baseada em uma revisão literária de artigos publicados na base de dados “Pubmed”, no período entre 2015 a 2021 e com linguagem em português e inglês, para fins de estudos. Revisão Simples: O ameloblastoma pode ter origem do órgão do esmalte, lâmina dentária e células basais da mucosa oral. Devido a suas características clínicas-radiográficas diferentes, o ameloblastoma são diferenciados em 3 tipos: sólido convencional ou multicístico, reconhecido por apresentar uma lesão radiolúcida multilocular; unicístico, identificado em pessoas jovens e apresenta uma imagem radiolúcida circunscrita na região de terceiro molar; e o periférico ou extraósseo, sendo uma lesão séssil ou pediculada na região da mucosa gengival. Assim, é importante que o cirurgião- dentista compreenda bem a variedade dos ameloblastomas e suas características, a fim de ter um diagnóstico efetivo. Conclusão: Há diversos meios de diagnosticar um ameloblastoma por conta da região a qual se encontra, sua extensão e sua forma. Com isso, é importante a compreensão dos exames histopatológicos e dos exames de imagens, com o intuito de facilitar a remoção do tumor e de evitar reincidências. Palavras-Chave: diagnosis, ameloblastoma, therapeutics.

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OSTEONECROSE INDUZIDA POR BISFOSFONATO

Luidy Aguiar Santos¹.; Ynngrid Andrade Vieira¹.; Rafaella Maciel Fernandes¹.; Gabrielle Emily do Nascimento Meira¹.; Thaís Cristina Mendes Rodrigues.

¹ Centro Universitário do Triângulo - Unitri Introdução: Os bisfosfonatos são um grupo de medicamentos utilizados no tratamento de doenças osteolíticas, tais como: osteoporose, doença de Paget, osteogênese imperfeita, e também são utilizados como medicamentos antitumorais. O uso dessa medicação pode acarretar resultados indesejáveis na pós-intervenção odontológica, sendo, a osteonecrose a consequência mais comum, uma patologia que se caracteriza pela necrose do tecido ósseo, devido a deficiência na irrigação sanguínea, podendo ocorrer em diversos ossos, inclusive nos maxilares, sendo a mandíbula mais acometida que a maxila. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo revisar a literatura existente sobre a relação entre o uso de bisfosfonatos e o risco de desenvolvimento de osteonecrose nos maxilares pós- intervenção odontológica. Visando contribuir com aspectos relevantes na prevenção e possibilidades de tratamentos desta intercorrência. Metodologia: A análise bibliográfica partiu da revisão literária, através de consulta de artigos científicos nacionais e internacionais, utilizando as bases de dados: Google Scholar e Scielo, os quais argumentam sobre a osteonecrose como resultado mais corriqueiro, consequente ao uso de bisfosfonatos. Resultados: Foi visto que apesar da literatura apresentar várias formas de tratamento, não existe um protocolo definido e a prevenção por meio de uma minuciosa anamnese ainda é a melhor escolha. Conclusão: Diante do exposto, concluiu-se que a melhor forma de tratamento é o conhecimento do cirurgião-dentista sobre essa possível complicação permitindo que a prevenção seja feita. Palavras-chave: bisfosfonato, Fatores de risco, osteonecrose associada aos bisfosfonatos, remodelação Óssea.

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SARCOMA DE KAPOSI E SUA ASSOCIAÇÃO A AIDS

Pedro Ivo Tavares Trindade¹.; João Roberto Trindade Costa Filho².

¹ Centro Universitário UNIESP ² Cirurgião Bucomaxilofacial. Introdução: A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é classificado como doença ou uma patologia em decorrência de uma alteração do sistema imunológico, definida pela apresentação de infecções oportunistas e tumores malignos, dentre elas, o sarcoma de Kaposi. Objetivo: O objetivo desta presente revisão sistemática é aprofundar acerca do sarcoma de Kaposi sua relação com o vírus HIV,tendo em vista que é uma patologia de grande relevância na medicina e odontologia. Metodologia: Foram utilizadas as bases de dados Scielo e Google Acadêmico, além de literatura específica na área. Revisão Simples: O sarcoma de Kaposi é definido como uma neoplasia do endotélio vascular causado pelo herpes-vírus humano tipo 8, porém desde a fase inicial da epidemia de AIDS, muitos diagnósticos ja foram associadaos ao vírus HIV, logo, era notável a incidência. O sarcoma de Kaposi representa a segunda neoplasia maligna mais comum nos pacientes com AIDS nos EUA, os tipos associados à AIDS, como também o tipo endêmico,com incidência em crianças. O SK tem como manifestação diversas lesões de pele ou mucosa oral, no entanto é possível ocorrer o envolvimento visceral de linfonodos. Normalmente uma lesão única é de início diagnósticada, nos casos envolvendo à AIDS, as lesões cutâneas apresentam predileção pela face e membros inferiores. Resultados: É notável a relevância dessa patologia no âmbito tanto da odontologia como da medicina, pois é bastante comum e merece a devida atenção, também muito por conta que tem associação a uma doença que é questão de saúde pública. Conclusão: Podemos notar que o estudo e diagnóstico dessa patologia deve ser sempre colocado como necessário, em virtude das variáveis, por ter um risco para a saúde e envolver uma doença de alta complexidade, a AIDS. Palavras- chave: patologia bucal, hiv, sarcoma de kaposi.

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BENEFÍCIOS DA ARTROCENTESE EM PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Dara Vitória Pereira Lopes Silva¹.; Müller Gomes dos Santos¹.; Tamile Sousa Silva¹.; David Costa Moreira¹.

¹ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. Introdução: A artrocentese da articulação temporomandibular (ATM) é um procedimento cirúrgico, minimamente invasivo, é considerado uma das primeiras opções de tratamento cirúrgico para pacientes portadores de disfunção temporomandibular (DTM), em casos onde não há remissão da sintomatologia à terapia conservadora. Objetivo: Revisar na literatura sobre os benefícios da artrocentese em pacientes portadores de disfunção temporomandibular. Metodologia: Foi realizado um estudo nas bases de dado LILACS e SciELO com artigos publicados entre os anos de 2015 a 2021, utilizando os seguintes descritores: Articulação temporomandibular, Artrocentese e Odontologia. Foram lidos seus resumos, resultando em 06 artigos para o estudo. Revisão de literatura: São indicações para a artrocentese situações em que há o aumento da viscosidade do líquido sinovial dentro da cápsula articular com a formação de aderências e retenções na superfície do disco, causando dores e comprometimento funcional. A técnica tradicional consiste em lavar e injetar medicações no espaço articular utilizando duas agulhas, uma para a entrada da solução e outra para a saída. A injeção do líquido, através da pressão hidráulica, proporciona o rompimento da união adesiva entre superfície do disco e fossa mandibular, além da melhora na abertura bucal, alívio de dores e estalidos. Resultados e Conclusão: Através desse estudo foi possível observar que a artrocentese é uma opção terapêutica benéfica e satisfatória diante da falha no tratamento conservador. Todos os pacientes estudados a partir das literaturas consultadas apresentaram melhora da sintomatologia dolorosa. É um tratamento de baixo custo, que pode ser feito sob anestesia local, tem um bom prognostico e que traz conforto ao paciente. Palavras-chave: Articulação temporomandibular, Artrocentese, Odontologia.

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ABORDAGEM ACADÊMICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO E DA PREVENÇÃO DE PATOLOGIAS ORAIS:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Janaína Cristina Gomes¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares. Introdução: A patologia oral aborda a etiologia, os mecanismos e as alterações morfofuncionais que acometem o complexo buco-maxilo-facial e as estruturas anexas. Portanto, esta especialidade atua sobre os aspectos histopatológicos, objetivando o diagnóstico e o prognóstico dessas alterações. Objetivo: Relatar a experiência discente em um projeto de extensão com abordagem acerca da conscientização e da prevenção de patologias orais. Metodologia: Com o novo Coronavírus, houve a necessidade de adaptar o projeto de extensão com interface em pesquisa “Sorriso do Amanhã” à realidade mundial, tornando as atividades remotas. Sendo assim, a equipe se reúne, debatendo temas de relevância odontológica e social, realizando pesquisas na literatura transformando a linguagem científica acessível ao público-alvo com o objetivo de democratizar a ciência, através do Instagram® por meio de posts, vídeos, reels e enquetes. Relato de Experiência: O projeto supracitado é voltado para crianças, adolescentes, pais e educadores. Portanto, buscou-se temas de relevância para todo o público-alvo, como: gengivite, periodontite, herpes, câncer bucal, bem como doenças sistêmicas com acometimento na cavidade oral, como: diabetes e AIDS. Por conseguinte, os tópicos abordados foram: definição, etiologia, profilaxia, intervenções clínicas e terapêuticas. Através da atuação remota, a população pôde interagir sanando dúvidas, solicitando temáticas, compartilhando experiências, além de se informar acerca dos conteúdos científicos em fontes fiáveis. Conclusão: O projeto proporciona o intercâmbio de textos científicos para uma linguagem direta à comunidade e permite ao discente uma formação mais completa com base no conhecimento, na comunicação, na humanização e no manejo das informações à população. Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial, Diagnóstico, Patologia Bucal.

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VICISSITUDES DA ATUAÇÃO DE ESTUDANTE COM FISSURA LABIOPALATINA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM

ODONTOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Thayná Cristina Ferreira Costa¹.; Felipe Henrique Barbosa Ribeiro¹.; Ana Paula Lisboa Antonieto¹.; Kennedy Martinez de Oliveira¹.; Janaína Cristina Gomes¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares. Introdução: As fissuras labiopalatinas (FLP) são anomalias craniofaciais congênitas, que comprometem o desenvolvimento e o crescimento buco-maxilo-facial, advindas de alterações no processo de morfogênese da face, que é uma etapa embrionária extremamente dinâmica e hermética. No Brasil, estima-se que 1 a cada 650 crianças nasce com algum tipo de FLP, associada a síndromes genéticas ou ocorrendo isoladamente. Objetivo: Relatar a experiência de uma discente com FLP associada à Síndrome de Van der Woude (SVW) no que tange às vicissitudes da atuação acadêmica no curso de graduação em Odontologia. Metodologia: Este estudo trata-se de um relato de experiência com base na vivência cotidiana em atividades acadêmicas e extracurriculares, como: 50 trabalhos científicos apresentados, 4 projetos de extensão, 1 projeto de pesquisa, 1 liga acadêmica e 4 eventos organizados. Relato de Experiência: A graduanda com fissura palatina associada à SVW compõe o corpo discente do curso de Odontologia. Mesmo com cirurgias reparadoras, terapias de fala e instalação da prótese de palato, a insuficiência velofaríngea não foi reabilitada, ocasionando a pouca pressão intra-oral, as articulações compensatórias, a hipernasalidade e a inteligibilidade da fala, o que compromete o estabelecimento da comunicação. Portanto, sua maior dificuldade foi transpor a timidez e a introspecção para se comunicar em público, principalmente com crianças e adolescentes, uma vez que estes não estão habituados com as anomalias craniofaciais e com as intercorrências funcionais desta condição. Conclusão: É extremamente notório que haja incentivo para pessoas com deficiência no âmbito acadêmico e que as instituições de ensino favoreçam a acessibilidade, bem como maior representatividade e visibilidade da causa. Palavras-chave: Anomalias Craniofaciais, Cirurgia Maxilofacial, Fissura Palatina, Reabilitação.

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CIÊNCIA COMO BASE PARA DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA CLÍNICA: RELATO DA EXPERIÊNCIA NO PROJETO

Isaine Priscila Abreu da Silva¹.; Maria Edvania Caetano da Silva¹.; Thiago Alexsandro Ferreira da Silva¹.; Karoline Bittencourt Mendes Leitão².; Mariana Ferreira Martins².; Anna Luísa de Castro Mafra Rodrigues².; Moises João de Oliveira³.; Luana Amorim Morais Da Silva4.; Daniel Felipe Fernandes Paiva5.

¹ Centro Universitário Mario Pontes Jucá ² Universidade Paulista – Campus Brasília ³ Centro Universitário Universus Veritas 4 Universidade Federal do Rio Grande do Norte

5 Universidade Estadual de Campinas Introdução: A pesquisa científica é um dos eixos, os quais sustentam a atividade acadêmica. A compreensão das diversas metodologias propostas na ciência fornece subsídios para o profissional de saúde aprimorar sua atuação e viabiliza a prática clínica, baseada em evidência. Objetivo: O presente trabalho objetiva relatar a experiência da participação do projeto @ArtigoAprovado, no período de agosto de 2020 a janeiro de 2021, bem como, relatar como o mesmo auxiliou no desenvolvimento de uma percepção crítica, a respeito das realidades odontológicas. Metodologia: Embasado em um método de aprendizado ativo, o projeto propõe-se a ensinar todas as etapas do método científico de forma a viabilizar a busca de evidências. Com aulas semanais, em plataformas digitais, e de maneira individualizada, o tema do artigo científico é pensado de acordo com o interesse do aluno. O discente após um momento introdutório realiza cada passo do trabalho sob supervisão do seu orientador. Todos os encontros também contam com momentos reflexivos, os quais também ressaltam a importância da ciência na prática clínica. Ao final, uma revisão de literatura a respeito dos procedimentos em pacientes com câncer de cabeça e pescoço foi desenvolvida. A partir da experiência vivenciada durante os últimos 6 meses, foi notório o desenvolvimento do senso crítico sobre o tema, bem como, a apropriação dos saberes específicos envolvidos no artigo. As técnicas de busca em bases de dados geram autonomia. Conclusão: Assim, é possível concluir que atividades, com intuito de naturalizar o processo científico, na área de saúde, são necessárias para proporcionar a constante atualização do profissional, além da atuação clínica baseada em evidência, sobretudo, nas áreas de cirurgia, as quais exigem constante renovação de conhecimento. Palavras-chave: Prática Clínica Baseada em Evidências, Pesquisa Interdisciplinar, Odontologia Baseada em Evidências.

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CONFECÇÕES DE MACROMODELOS ANATÔMICOS FUNCIONAIS NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DA ANATOMIA – RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Thayná Cristina Ferreira Costa¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Fabíola Alves dos Reis¹.; Carlos Alberto Carranza López¹.; Georje De Martin¹.; Valério Landim de Almeida¹.; Kennedy Martinez de Oliveira¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares – MG Introdução: O ensino anatômico requer interações em peças naturais, muitas vezes escassas. Para transpor esta realidade, são necessários adaptação e aprimoramento. O macromodelo é a alternativa que maximiza a percepção de estruturas não preservadas e é financeiramente vantajoso à compra de peças artificiais. Objetivos: Relato de experiência do projeto de Macromodelos Anatômicos Funcionais da UFJF – Campus Governador Valadares, que visa produzir modelos de estudos. Métodos: Os macromodelos são desenvolvidos a partir de técnicas de esculturas, moldagem e manipulação de materiais como ceras, gessos, resinas, tintas e instrumentais característicos, dividindo a confecção em: planejamento, pré-projeto e execução. Relato de experiência: Para a confecção de uma Articulação Temporomandibular (ATM), utilizou-se cera e instrumentos esculpidores comuns (Lecron, Hollemback 3S e estilete). Peças naturais foram tidas como referência, além das bibliográficas. Inicialmente, derreteu-se a cera, transformando-a em um bloco de 25x10 cm que foi dividido em duas partes. Para a escultura da mandíbula, optou-se por representar o corpo, ramo e a cabeça da mandíbula. Na representação do osso temporal, evidenciou-se a fossa mandibular, o tubérculo articular e os processos mastoide e estiloide. Conclusão: O método utilizado nas práticas é o estudo em peças cadavéricas, o qual é fundamental na aprendizagem e no desenvolvimento do ensino humanizado. No entanto, muitas estruturas não se mantêm preservadas, fazendo surgir a necessidade de modelos auxiliares. A confecção de macromodelos, além de intensificar o aprendizado anatômico e explorar a criatividade dos discentes envolvidos no projeto, objetiva facilitar as percepções estruturais e as assimilações dos conteúdos. Palavras-chave: anatomia, articulação temporomandibular (ATM), modelos anatômicos.

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VICISSITUDES DA ATUAÇÃO DE MONITORES DE CIRURGIA MAXILOFACIAL DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Thayná Cristina Ferreira Costa¹.; Éwerton Machado Veloso¹.; Emilly Dutra Amaral Meggiolaro¹.; Gabriele Cristiny Moreira¹.; Luiza Ribeiro Vargas¹.; Pollyana Pereira Luciano de Souza¹.; Romero Gomes da Silva¹.; Mônica Regina Pereira Senra Soares¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares Introdução: O coronavírus trata-se de uma doença viral que requer distanciamento social como medida de proteção e transmissibilidade. O momento sanitário relacionado à pandemia trouxe desafios para a sociedade, impactando diretamente a educação. A suspensão das aulas fez com que professores e alunos tivessem que se readaptar rapidamente às novas formas de ensinar e aprender. Neste contexto, o uso das tecnologias e as aulas remotas emergiram como alternativas para dar seguimento às atividades curriculares. Objetivo: Relatar a experiência discente acerca da monitoria de cirurgia maxilofacial no ensino remoto emergencial. Metodologia: Este estudo trata-se de um relato de experiência embasado na vivência cotidiana em projeto de monitoria, durante a pandemia advinda do novo coronavírus. Relato de Experiência: A monitoria consiste em acompanhar os discentes quanto às indagações e à aprendizagem tangíveis à matéria de cirurgia maxilofacial. Nesta perspectiva, são funções inerentes aos monitores: sanar questionamentos, auxiliar o docente, orientar acerca do conteúdo programático, além de confeccionar materiais complementares e vídeos instrucionais. Concomitantemente, artigos acerca da temática da pandemia, manuais de cirurgia maxilofacial e formulários de aprendizagem foram elaborados pelos monitores a fim de se aprofundar o conhecimento na área. Durante a pandemia, o isolamento social fez com que houvesse a necessidade de se adaptar o ensino presencial em remoto, sendo assim novas tecnologias foram desenvolvidas a fim de mitigar os impactos na educação. Conclusão: A monitoria, mesmo remotamente, demonstra-se essencial para o processo de ensinoaprendizagem, além de desenvolver no discente a habilidade comunicativa e a capacidade de difusão de conhecimento ao público-alvo. Palavras-chave: cirurgia maxilofacial, infecções por coronavirus, COVID 19, pandemia.

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A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES ONLINE DESENVOLVIDAS POR LIGAS ACADÊMICAS FRENTE AO ISOLAMENTO SOCIAL

IMPOSTO PELA COVID-19

Mariany Gonçalves Pucetti¹.; Ana Júlia de Paula Candeia¹.; Gabriele Pires Fonseca¹.; Karla Arrigoni Gomes¹.; Neuza Maria Souza Picorelli Assis¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: A pandemia do novo coronavírus impôs medidas de contenção que modificaram drasticamente a rotina da sociedade, levando à suspensão de atividades presenciais, inclusive nas universidades. Devido à necessidade de adequação, o uso das redes sociais e das plataformas de comunicação audiovisual foi ampliado. Assim, as Ligas Acadêmicas, como a Liga Acadêmica de Cirurgia Oral e Bucomaxilofacial (LACOB), da Universidade Federal de Juiz de Fora, não tiveram suas atividades suspensas, adotando medidas para transmitir, de forma remota, conteúdo educacional, mesmo durante a pandemia. Objetivo: Analisar o alcance das atividades promovidas pela LACOB, bem como a satisfação do público em relação às mesmas. Metodologia: Foram coletados dados de questionários aplicados após os eventos online promovidos pela Liga, para posterior avaliação dos mesmos. Relato de experiência: Foram desenvolvidos, ao todo, 6 eventos online e gratuitos. Os temas abordados incluíram desde conteúdos generalizados, como dicas para aprovação e escolha da residência, até conteúdos mais específicos, como cirurgia ortognática, trauma e infecções maxilofaciais. A utilização das redes socais e plataformas para transmissão dos eventos permitiu a participação de pessoas de diferentes regiões do país, o que não aconteceria antes da pandemia, com o formato tradicional de realização. De acordo com os questionários aplicados ao final de cada um deles, pode ser constatado que houve uma repercussão e aproveitamento positivos. Conclusão: O alcance das atividades promovidas pela LACOB foi amplo, atingindo outras regiões do país. Além disso, a satisfação do público em relação aos eventos foi muito positiva, demonstrando a importância das Ligas Acadêmicas na difusão do conhecimento, em especial durante a pandemia. Palavras-chave: coronavírus, pandemia, isolamento social, universidades.

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PERFIL DOS ATENDIMENTOS E EFETIVIDADE DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO EM UM PROJETO “ADEQUAÇÃO BUCAL DO

PACIENTE COM NEOPLASIA MALIGNA DE CABEÇA E PESCOÇO”

Raiane Gomes Boy¹.; Keitelin Íris Ferreira dos Santos¹.; Sibele Nascimento Aquino¹.; Fernanda Mombrini Pigatti¹.; Orientador: Rose Mara Ortega¹.

¹ Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares Introdução: Mucosite, cárie de radiação e osteorradionecrose são algumas das muitas complicações bucais resultantes do tratamento de neoplasias malignas na região de cabeça e pescoço. A prevenção destas complicações se dá por uma excelente avaliação e resolução das necessidades odontológicas do paciente, higienização bucal, alimentação e prevenção de infecções. Atualmente, as terapias antineoplásicas de cabeça e pescoço objetivam também o cuidado com os dentes para reabilitação bucal futura, além da prevenção de complicações. Objetivo: O objetivo foi avaliar a efetividade das ações de prevenção contra complicações resultantes do tratamento para o câncer de cabeça e pescoço, assim como fazer um levantamento do perfil dos pacientes atendidos no projeto de extensão: “Adequação bucal do paciente diagnosticado com neoplasia maligna de cabeça e pescoço, visando à reabilitação bucal, em um centro de referência de Governador Valadares – MG”. Metodologia: Um total de 25 pacientes foram atendidos. Os quais foram divididos em: Grupo A (pacientes que passaram por adequação bucal – 11 pacientes) e Grupo B (pacientes que não passaram por adequação bucal – 14 pacientes). Relato de experiência: Os resultados mostraram que houve efetividade nas ações de prevenção do projeto, pois do total de pacientes atendidos no grupo A somente 18% desenvolveram complicações, enquanto que do total de pacientes atendidos no grupo B 100% dos pacientes apresentaram complicações. A neoplasia mais frequente foi o carcinoma de células escamosas (CEC) localizado na orofaringe. Conclusão: Concluímos que a adequação bucal é uma manobra eficiente na prevenção contra complicações da terapia para o câncer de cabeça e pescoço e o perfil dos pacientes atendidos está de acordo com os estudos observados na literatura. Palavras-chave: câncer bucal, radioterapia, quimioterapia e complicações.

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ANÁLISES DOS PROCEDIMENTOS DE DIAGNÓSTICO E CIRÚRGICO DO CÂNCER EM REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO

NO RIO GRANDE DO NORTE

Anna Flávia Silveira Batista¹.; Gilmara Celli Maia de Almeida¹.

¹ Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Introdução: Apesar de todos os avanços no âmbito da saúde, o câncer da região de cabeça e pescoço continua sendo um problema de saúde pública. Assim, torna-se fundamental conhecer a realidade local do sistema de saúde, para que haja subsídios voltados para o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço. Objetivos: Avaliar, no Rio Grande do Norte (RN), os procedimentos de diagnóstico e cirúrgico voltado para detecção e tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Metodologia: Estudo exploratório, com dados secundários disponíveis no DATASUS. Foi analisada a proporção de procedimentos de diagnósticos (PD) e cirúrgicos (PC) na região de cabeça e pescoço, de acordo com os 167 municípios do RN, sendo estes agregados por mesorregião, no período de 2010 a 2019. Resultados: A mesorregião Leste Potiguar foi a que apresentou os maiores números em relação a quantidade de biópsias e de procedimentos cirúrgicos, sendo respectivamente, 3.182(68,6%) e 1007(48,3%), bem como em relação às biópsias de tecidos moles da boca com 586(56,6%), enquanto a Oeste Potiguar apresentou as menores taxas, totalizando 109(10,5%). Dentre as biópsias analisadas, as regiões anatômicas da tireóide e paratireóide são as mais representativas 3.467(75,9%), seguida da região de tecidos moles da boca 919(20,1%). Já os procedimentos cirúrgicos, os mais registrados foram tireoidectomia total 1329(63, 8%), ressecção de lesão de boca 919(20,8%) e ressecção benigna e maligna do crânio 124(2,7%). As biópsias com finalidade diagnóstica foram mais frequentes nas regiões de tireóide e tecidos moles da boca, enquanto a região de glândulas salivares maiores foi a menos prevalente. Conclusão: Os dados indicam uma discrepância entre a quantidade de registros com finalidade diagnóstica e a remoção cirúrgica da lesão. Palavras-Chave: neoplasias bucais, epidemiologia, avaliação dos serviços de saúde, procedimentos cirúrgicos bucais.

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PREVALÊNCIA DE GENGIVITE DESCAMATIVA EM PACIENTES COM LÍQUEN PLANO ORAL

Thaís Cristina Esteves Pereira¹.; Milena Moraes de Carvalho¹.; João Adolfo Costa Hanemann¹.; Carine Ervolino de Oliveira¹.; Suzane Cristina Pigossi¹.; Marina Lara de Carli¹.

¹ Universidade Federal de Alfenas. Introdução: A gengivite descamativa (GD) é um termo clínico que descreve a presença de descamação, erosões, úlceras, vesículas e bolhas em região de gengiva livre e inserida. É uma manifestação clínica comum a várias desordens, provocando lesões que podem ser dolorosas. O líquen plano oral (LPO) é uma desordem que pode causar GD. A prevalência de GD em pacientes com LPO é desconhecida até o presente momento. Objetivo: conhecer a prevalência de lesões de GD em pacientes diagnosticados com LPO na Clínica de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da UNIFAL-MG entre 2000 e 2019. Materiais e métodos: Foi realizada a avaliação retrospectiva dos prontuários de pacientes diagnosticados com LPO na Clínica de Estomatologia da UNIFAL-MG, entre 2000 e 2019. Foram incluídos os pacientes que apresentaram diagnóstico histopatológico de LPO e lesões de GD no momento do exame clínico. Resultados: Dentre os 60 pacientes diagnosticados com LPO, quatorze (23,3%) apresentavam gengivite descamativa no momento do exame clínico. Todos (100%) eram mulheres. A idade variou entre 17 e 63 anos. LPO foi classificado em erosivo em todos (100,0%) os pacientes. Dez (71,4%) pacientes relataram sentir algum grau de sintomatologia dolorosa, além de ardência, queimação e desconforto. O acetonido de triancinolona foi o medicamento de escolha para o tratamento de LPO. A concentração variou entre 0,1%, 0,2% ou 0,3% e foi prescrito para todas (100,0%) as pacientes. Na consulta de proservação de 2 semanas, 9 (64,3%) pacientes compareceram, sendo que 1 apresentou melhora total (11,1%) e 8, melhora parcial (88,9%). Conclusão: conclui-se que a prevalência de GD em pacientes com LPO foi de 23,3% e que o tratamento medicamentoso com corticosteroide tópico foi eficaz para a maioria dos pacientes. Palavras-chave: estomatologia, gengivite descamativa, prevalência, líquen plano oral.

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RELAÇÃO DA EXPRESSÃO DE FOXP3 COM ASPECTOS CLÍNICOS E HISTOPATOLÓGICOS ASSOCIADOS À

TRANSFORMAÇÃO MALIGNA DA LEUCOPLASIA ORAL

Maria Clara Moreira Oliveira¹.; Luciano Nobre de Macêdo¹.; Débora Cury Veloso Bosco Nery¹.; Martinho Campolina Rebello Horta¹.; Giovanna Ribeiro Souto¹.

¹ Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Introdução: A leucoplasia oral (LO) é a lesão potencialmente maligna mais comum da mucosa bucal e vários fatores são associados com aumento do risco transformação maligna. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão de células T regulatórias (T reg) Foxp3+ em amostras de LO e a relação com fatores clínicopatológicos associados com transformação maligna das LO. Metodologia: Amostras de LO de 25 pacientes foram selecionadas no arquivo do laboratório de Patologia Oral e Maxilo Facial da PUC Minas. Os dados clínicos como idade, gênero, localização foram obtidos das fichas de biópsias. As lâminas foram graduadas histopatologicamente e novas lâminas foram confeccionadas para a reação de imunohistoquímica utilizando anticorpo Foxp3. Oito amostras de mucosa oral normal (MON) foram usadas como controle. Dez campos de cada lâmina foram fotografados em aumento de 200x e as células Foxp3+ foram contadas. A densidade média foi comparada entre os grupos e os dados submetidos à análise estatística com software SPSS. Resultados: Observou-se aumento da expressão de células Foxp3+ nas amostras de LO de indivíduos fumantes quando comparados às amostras de MON (P<0.05), aumento nas amostras de LO de indivíduos do gênero feminino (P<0.05) e aumento nas amostras de LO graduadas como displasia epitelial severa quando comparadas às amostras de displasia epitelial moderada (P<0.05). Conclusão: O estudo sugere que células que modulam a resposta imunológica podem estar relacionadas com os aspectos clínicos e histopatológicos associados â transformação maligna da LO. Palavras-chave: Leucoplasia oral; Foxp3; Transformação maligna. O presente estudo foi aprovado de acordo com as leis brasileiras e Declaração de Helsinki pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (número do Parecer: 2.981.619).

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PERFIL ESPACIAL DO CÂNCER NA REGIÃO DE GLÂNDULA PARÓTIDA ANALISADOS 18 ANOS NO NORDESTE BRASILEIRO

Heliza Gomes Silva¹.; Ulisses Estevam Alves Neto¹.; Andressa Cavalcanti Pires¹.

¹ Faculdades Nova Esperança – FACENE Introdução: Os tumores de glândulas salivares representam um grupo muito diverso de neoplasias raras da cabeça e pescoço e em sua maioria estão na região de glândula parótida, sendo geralmente tumores benignos e quando malignos os principais correspondem aos carcinomas mucoepidermóide e adenóide cístico. Objetivo: Analisar a prevalência de casos de neoplasia maligna de glândula parótida no nordeste brasileiro. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, com dados coletados no Instituto Nacional do Câncer (INCA) de acordo com os Registro Nacionais do Câncer (RHC) de pessoas que tiveram neoplasia maligna de glândula parótida, no nordeste brasileiro, dos últimos 18 anos disponível no site, no período de 2000 a 2017. Os dados obtidos foram analisados descritivamente. Resultados: De acordo com os dados coletados, observou-se um total de 2331 casos, sendo 1307 casos (56%) referentes ao sexo masculino, 1024 (44%) o registro do sexo feminino. A ordem crescente de casos com o maior número por estados do Nordeste foi, respectivamente, Sergipe 60 (2%); Maranhão 113 (4%); Alagoas 160 (7%); Piauí 185 casos (7%); Rio Grande do Norte 240 (10%); Paraíba 261 (11%); Pernambuco 327(14%); Bahia 439 casos (19%) e Ceará 546 (23%). Conclusão: É notório que o estado nordestino que houve um maior número de casos de neoplasia maligna foi o estado do Ceara, ocupando mais de vinte por cento dos casos e o estado que houve o menor número de casos foi Sergipe, de acordo com a análise existe uma pequena predileção de indivíduos do sexo masculino com neoplasia maligna na glândula parótida no Nordeste. Palavras chaves: carcinoma, neoplasias bucais, saúde bucal.