Jornal Brasileiro de Ciência Animal – JBCA, v.3, n.6, suplemento, 2010. Anais do IX Congresso Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária Congresso Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária Jornal Brasileiro de Ciência Animal - JBCA Búzios-RJ, 28-31 de outubro de 2010
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Jornal Brasileiro de Ciência Animal – JBCA, v.3, n.6, suplemento, 2010.
Anais do IX Congresso Brasileiro de
Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
Congresso Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
Jornal Brasileiro de Ciência Animal - JBCA
Búzios-RJ, 28-31 de outubro de 2010
Anais do IX Congresso Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
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SÁ, L.R.M. Determinação e caracterização de enfermidades que acometem Calitriquídeos e
Cebídeos (Estudo multidisciplinar). Dissertação (Mestrado em Patologia Experimental e
Comparada) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 174 p., 1999.
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PIERMATTEI, D. L.; FLO, G. L.; DECAMP, C. E. Ortopedia e tratamento de fraturas de
pequenos animais. 4º ed. São Paulo: Manole. p. 111 – 134, 2009
FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 3º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p. 159 – 175,
2008.
Ilustrações:
Fig. 1: Imagens radiográficas do membro fraturado do sagui-do-tufo-branco.
Fig. 2: Imagens radiográficas do membro fraturado do sagui-do-tufo-branco com a redução feita a partir de pino intramedular e cerclagem com fio de nylon.
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Fig. 3: Animal com 15 dias de pós-operatório, já utilizando o membro operado marcado com a seta vermelha.
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AGENESIA UNILATERAL DE RIM, CORNO UTERINO E OVÁRIO EM CADELA – RELATO DE CASO
1Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2Médico(a) Veterinário(a), Residente da Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais, Hospital Veterinário da Universidade Federal do
Paraná, Curitiba. 3Médica Veterinária, Mestranda, Curso de Pós-graduação em Ciência Veterinária - Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 4Professora Doutora do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Contato: (41)3350-5731, [email protected]. Departamento de Medicina Veterinária. Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
RESUMO
A agenesia de corno uterino é rara em gatas e cadelas e pode estar acompanhada de
agenesia renal unilateral, porém devido à origem embrionária diferente, o ovário ipsilateral pode
estar presente. Relata-se o caso de uma cadela sem raça definida de 1 ano de idade que foi
encaminhada para ovariohisterectomia (OH) eletiva. O animal apresentava cios regulares e era
nulípara. Após abordagem da cavidade abdominal, constatou-se ausência do corno uterino, ovário
e rim direito. O rim, ovário e corno uterino esquerdo não apresentavam alterações macroscópicas
aparentes. Durante a realização de OH, as alterações congênitas de útero e ovário devem ser
consideradas, apesar de existirem poucos relatos desta agenesia em cães.
1 Netto VD, Saad R, Rasslan S (2001). Videotoracoscopia no Trauma de Tórax. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 28. Disponível em: http://www.cbc.org.br/upload/pdf/revista/01022001%20-%2006.pdf > Acesso em: 2 maio de 2010. 2 Beck CAC et al. (2004). Toracoscopia nas Hérnias Diafragmáticas de Cães. Ciência Rural, 34. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/cr/v34n6/a29v34n6.pdf>. Acesso em: 10 julho de 2010. 3 Oliveira HA (2009). Estudo da Regeneração Simpática Pós Simpaticotomia Seletiva Experimental (Ramocotomia). Tese de Doutorado. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. São Paulo, 113 p.
4 Vachon AM, Fischer A (1998). Thoracoscopy in the horse: diagnostic and therapeutic indications in 28 cases. Equine Veterinary Journal, 30: 467-475.
5 Peroni JF et al. (2001). Equine Thoracoscopy: Normal Anatomy and Surgical Techinique. Equine Veterinary Journal, 33: 231-237. 6 Zoppa ALV (2001). Toracoscopia em Equinos: Técnica e Emprego com Método de Avaliação da Cavidade Pleural. Ciência Rural, 31: 825-830.
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OVÁRIO-HISTERECTOMIA VIA NOTES HÍBRIDA EM CADELAS - RELATO DE 22
CASOS
OVARIOHYSTERECTOMY IN DOGS BY HYBRID NOTES – TWENTY-TWO CASES
1 Professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da Universidade de Passo Fundo (UPF). Professor do
Mestrado em Medicina de Pequenos Animais da Universidade de Franca (UNIFRAN). [email protected] 2 Doutorando da UNESP- Jabuticabal. 3 Mestranda em Ciências Veterinárias. 4 Professor do Curso de Medicina Veterinária da FAMV/UPF. 5 Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da FAMV/UPF. 6 Médica veterinária do Hospital Veterinário da FAMV/UPF.
Introdução
Desde sua concepção e desenvolvimento inicial em 20071,2, a ovário-histerectomia via
Natural Transluminal Endoscopic Surgery (NOTES) híbrida têm se apresentado como técnica
segura e adequada para caninos de diferentes conformações anatômicas. Atualmente, vêm sendo
utilizada em animais hígidos e com determinadas doenças associadas ao trato reprodutivo, tais
como hiperplasia e prolapso vaginais. No presente relato, são trazidos 22 casos encaminhados ao
Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, nos quais esse novo acesso foi empregado.
Material e métodos
Previamente a operação, procedia-se a sondagem vesical após anti-sepsia da cavidade
vaginal com PVP-I a 0,1% (10mL/kg). Com os animais posicionados e em decúbito dorsal,
promovia-se a introdução do primeiro portal através da cicatriz umbilical pela técnica aberta,
sendo utilizadas para esse fim, cânulas de 4mm (n= 1) ou 5mm (n=21). A cavidade foi insuflada
com CO2 medicinal (1 a 2L/min.) até se obter a pressão de 10 a 12 mmHg. Sob visão direta, foi
introduzido uma cânula de 5mm (15 pacientes) ou 10 mm (sete cães) através da vagina, sendo, por
esse portal, posicionados os instrumentos operatórios para hemostasia e diérese. Os pacientes
foram então colocados em decúbito lateral direito, a partir da fixação conjunta dos membros
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anteriores ao lado da mesa3, expondo-se assim o ovário esquerdo. Procedia-se a ruptura do
ligamento suspensor com pinça de apreensão ou de Maryland. O ovário era então fixado
temporariamente à parede muscular com sutura transparietal aplicada externamente à cavidade.
Promovia-se dissecção entre o mesométrio e mesovário, facilitando a hemostasia dos vasos
ovarianos com a aplicação de clipes de titânio (9/21) ou eletrocirurgia bipolar (12/21). Após a
secção do mesovário e vasos ovarianos com tesoura de Metzenbaum, o paciente era reposicionado
para a exposição do ovário direito. As manobras de hemostasia e diérese realizadas nos ligamentos
e vasos ovarianos esquerdos foram repetidas do lado esquerdo. Os ovários e os cornos uterinos
eram tracionados através da ferida vaginal e expostos da cavidade. A hemostasia dos vasos
uterinos era obtida externamente ao abdome por duas ligaduras transfixantes com poliglactina 910,
aplicadas a partir da técnica das três pinças. O coto vaginal remanescente, ora invertido, era então
reposicionado com o dígito do cirurgião na cavidade pélvica, e a cavidade abdominal reavaliada
para a certificação da ausência de hemorragia. Com o abdome desinsuflado, a ferida abdominal
era ocluida com poliglactina 910 e náilon monofilamentar.
Resultados e discussão
Para a execução das cirurgias, foi necessário utilizar 20,78±15,98L de CO2 (n=13). Os
procedimentos cirúrgicos duraram 86,09±36,75min., com poucas intercorrências transoperatórias,
sendo estas observadas apenas no período considerado dentro da curva de aprendizado. Constatou-
se uma laceração superficial de baço; uma ocorrência de enfisema subcutâneo; um caso de
sangramento de retorno associado ao ovário esquerdo; e uma hemorragia associada à gordura
pélvica. Todos os pacientes evoluíram adequadamente, sem a necessidade de hemoterapia ou
reintervenção cirúrgica. A utilização de único portal abdominal demonstrou ser apropriada, pois
permitiu a adequada escolha do ponto de introdução do acesso vaginal, evitando-se lesões
vesicais, intestinais ou ureterais nessa etapa. Além disso, o campo de visão obtido pelo
posicionamento do endoscópio rígido na parede muscular parece ser superior ao possibilitado
quando esse instrumento é colocado pela vagina. Durante o decorrer do aprimoramento técnico,
constatou-se que o melhor posicionamento para a introdução do portal vaginal foi o ventro-lateral
junto à cérvix, o qual permitia ampla visão do ponto de punção e acompanhamento visual dessa
etapa, além de possibilitar a perfuração da vagina com menores riscos de lesões iatrogênicas. De
outra forma, a partir dessa posição, foi possível aplicar as três pinças caudalmente à ferida de
acesso na maioria dos animais, condição que possibilitou completa oclusão vaginal e a ausência de
hemorragias vaginais no pós-operatório. Nos pacientes de maior porte e naqueles com maior
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quantidade de gordura abdominal, foi necessário dilatar a ferida vaginal por divulsão ou por
incisão com a tesoura de Metzenbaum para a exteriorização de cornos do útero e ovários, haja
vista suas dimensões e a presença de considerável quantidade de tecido adiposo nos ligamentos
uterinos e ovarianos. Constatou-se que a exteriorização do trato reprodutivo para a etapa
convencional do procedimento se configurou como a de maior dificuldade técnica, principalmente
naqueles animais com maior deposição de tecido adiposo no mesométrio e no mesovário.
Verificou-se ainda que a passagem de um portal de 10mm facilitou a exteriorização dos ovários e
cornos uterinos através da vagina, possibilitando que um dos ovários fosse posicionado no interior
da cânula anteriormente ao seu tracionamento através do acesso vaginal. Conclusão - Os
resultados obtidos nesses pacientes permitem afirmar que a extirpação do útero e ovários por
NOTES híbrida é segura e adequada para cadelas, podendo ser incluída como alternativa à OSH
por procedimentos convencionais, videolaparoscópicos ou vídeo-assistidos.
1 Professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da Universidade de Passo Fundo (UPF). Professor do
Mestrado em Medicina de Pequenos Animais da Universidade de Franca (UNIFRAN). Hospital Veterinário da Universidade de
Passo Fundo. Bairro São José, BR 285 – Km 171, caixa postal 611, CEP 99052900, Passo Fundo, RS. [email protected] 2 Médico Veterinário do Curso de Medicina Veterinária da FAMV/UPF. 3 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária de UFRGS. 4 Professor do Curso de Medicina Veterinária da FAMV/UPF. 5 Acadêmico(a) do Curso de Medicina Veterinária da FAMV/UPF.
Introdução
A utilização de LESS (laparoendoscopic single-site surgery) vêm continuamente se
desenvolvendo em diferentes especialidades médicas. Nesse conjunto de procedimentos, pode-se
se lançar mão do posicionamento de portais convencionais através de ferida cutânea única de
acesso1, ou se utilizar diferentes dispositivos comercialmente disponíveis, dentre os quais destaca-
se o TriPortTM (Advanced Surgicial Concepts, Baton Rouge, LA). Cirurgias de complexas estão
sendo executadas com este equipamento na Medicina, tais como a nefrectomia radical e a
nefrectomia parcial2,3. Contudo, na Medicina Veterinária, seu uso ainda é muito incipiente. O
presente trabalho descreve o emprego do referido dispositivo em duas cadelas com alterações
uterinas e com hérnias umbilicais na realização de ovariosalpingohisterectomia (OSH).
Metodologia:
Caso 1 - Foi encaminhada para OSH uma cadela da raça poodle, com três anos e 4,8kg, hígida aos
exames clínicos e complementares, para a realização de OSH eletiva. A paciente foi posicionada
em decúbito dorsal, realizando-se incisão sobre a hérnia umbilical e remoção do falciforme que ali
se encontrava. O defeito da parede abdominal foi ampliado, obtendo-se uma ferida de
aproximadamente 2 cm, através da qual foi posicionado o TriPortTM. O corno uterino esquerdo foi
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então fixado à parede abdominal ventral com sutura transparietal, e os vasos uterinos e o corpo do
útero submetidos à hemostasia por eletrocirurgia bipolar. Após a secção do corpo e vasos uterinos,
a paciente foi colocada em decúbito obliquo, facilitando a exposição do ovário direito.
Posteriormente à ruptura do ligamento suspensor e fixação do corno uterino direito à parede
muscular com sutura transparietal, procedeu-se a hemostasia do mesovário com pinça bipolar,
seguida da secção dos vasos ovarianos com tesoura de Metzenbaum. Os tecidos extirpados foram
removidos da cavidade em conjunto com o dispositivo. Realizou-se a laparorrafia e a aproximação
do tecido subcutâneo com poliglactina 910 2-0 em padrão de Sultan, enquanto a pele foi ocluida
em padrão interrompido simples, com náilon monofilamentar 5-0.
Caso 2 – Uma cadela da raça Pastor Alemão, com 29,5kg e 18 meses de idade, foi atendida com
suspeita de piometra, apresentando na avaliação hematológica hipoalbuminemia. Não foram
constatadas alterações nos parâmetros bioquímicos, contudo ao exame ultrasonográfico, verificou-
se a presença de conteúdo uterino, compatível com piometra. Optando-se pela OSH via LESS, o
paciente foi posicionado de em decúbito dorsal. A operação foi realizada de forma similar à
descrita no caso 1, contudo foram aplicados clipes hem-o-lok nos vasos uterinos, método de
hemostasia também utilizado no mesovário direito. Já nos vasos ovarianos do lado esquerdo,
aplicou-se sutura extracorpórea com poliglactina 910 1. Considerando a presença de conteúdo no
interior do órgão, procurou-se realizar a oclusão e secção do corpo do útero de forma vídeo-
assistida, expondo o trato reprodutivo a partir da remoção do dispositivo. Foi então procedida a
sutura transfixante no corpo do útero pelo método convencional, procurando aplicá-la no ponto
mais caudal que a exposição permitia. Contudo, ao se reposicionar o endoscópio e reinsuflar a
cavidade, verificou-se a permanência de parte do corpo uterino, optando-se então pala aplicação
de ligadura extracorpórea com poliglactina 910 1 próximo à cérvix, seguida da remoção do coto
residual. A parede muscular foi ocluida em padrão de Sultan com mesmo fio, e a pele em padrão
interrompido simples com náilon monofilamentar 4-0.
Resultados e discussão
As cirurgias foram completadas em 81 e 190 min., respectivamente, sem a ocorrência de
complicações trans-operatórias. Na avaliação macroscópica do útero de ambos os pacientes,
constatou-se aumento de volume e a presença de líquido. Nos dois casos se verificou que a o
defeito herniário permitiria o posicionamento do dispositivo através do abdome, condição a qual
motivou se empregar essa nova tecnologia num procedimento até então não descrito. A sequência
técnica de ambas operações seguiu os passos previamente realizados para a OSH com três portais
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e para a OSH vídeo-assistida com dois portais4, adaptando-se as manobras à condição de mínima
triangulação providenciada pelo equipamento. Segundo o conhecimento dos autores, esses são os
primeiros dois casos nos quais esse dispositivo foi utilizado a partir de hérnias previamente
existentes, possibilitando a realização de ovário-histerectomias terapêuticas em cadelas, com
mínima lesão muscular de acesso. Conclusão: Pode-se realizar de forma eficiente e segura OSH
terapêutica em cadelas por LESS utilizando o TriPortTM. Em casos de hérnia umbilical em cães, o
dispositivo pode ser posicionado através da ampliação do defeito herniário, permitindo mínima
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3. Hedlund CS, Fossum TW (2007). Surgery of the Oral Cavity and Oropharynx. In: Small
Animal Surgery. 3. ed. St. Louis: Mosby Elsevier. 339-371.
4. Kim H et al. (2008). Malignant mixed tumor in the salivary of gland of a cat. Journal of
Veterinary Science, 9 (3): 331-333.
5. Hammer A. et al. (2001). Salivary gland neoplasia in the dog and cat: survival times and
prognostic factors. Journal of the American animal hospital association, 37: 478-482.
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PROLAPSO RETAL EM ÉGUA PÓS PARTO: RELATO DE CASO
RECTAL PROLAPSE IN MARE AFTER CHILDBIRTH: CASE REPORT
CHEQUE¹, T. C., LIRA2, C.C.S., FREITAS2, M.L.B., NETO2, H.L.S.V., Silva2, D.D., MENEZES2, T.M., SANTA ROSA3, M.G.
¹ Discente de Medicina Veterinária da UFRPE, E-mail: [email protected] ² Discentes de Medicina Veterinária da UFRPE; 3 Professora Adjunta do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE.
O prolapso retal é a inversão da mucosa retal e suas estruturas através do esfíncter do ânus.
É uma patologia que ocorre em qualquer espécie, sendo pouco frequente nos equinos tendo maior
frequência em fêmeas. Em equinos a causa do prolapso retal está associada a tenesmo secundário,
e uma variedade de condições: parto, distocia, prolapso uterino, diarréia, constipação entre outros.
É classificado em: tipo 1- Exposição da mucosa retal e submucosa; tipo 2- Exibição da espessura
total da parede do reto e ampola retal; tipo 3-Exibição da espessura total da parede do reto mais
invasão do cólon menor terminal e o tipo 4- Exibição da espessura total da parede do reto mais
intussuscepção do reto peritoneal. Uma égua Mangalarga, com 09 anos de idade, 465 kg, oriunda
de uma propriedade do Município de Lagoa do Carro - PE, com onze meses de gestação,
desenvolveu prolapso retal após o parto. Segundo relatos o animal foi vermifugado, vacinado e
encontrava-se normal. Alimentava-se com capim Tifton, Pangolão, concentrado, sal mineral e
água. Durante a madrugada a égua pariu um potro, com defeito congênito no maxilar. Ao
amanhecer foi solicitada a presença do veterinário devido à formação de um “caroço” no ânus da
égua. O animal apresentava andar relutante, tremores no corpo e sudorese intensa. Diagnosticado
prolapso de reto tipo 2, o animal foi sedado com acepromazima e realizada epidural alta com
lidocaína a 2% e epinefrina a 2%. O reto foi lavado com água mineral para retirada da debris e a
redução do prolapso foi conduzida após lubrificação da mucosa com Nitrofurazona e em seguida
feita a inversão do reto. Durante este procedimento o animal não manifestou nenhuma resistência
à inversão. A sutura de bolsa de fumo não foi realizada por que o esfíncter anal apresentava
contração. A paciente foi medicada com flunixin meglumina, Gentamicina e Buscopam, além de
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soro anti-tetânico por via intramuscular. Foi recomendada alimentação líquida por 48 horas,
adicionando a esta o óleo mineral. As complicações comuns após o prolapso de reto são recidiva,
estenose retal e obstipação. O diagnóstico correto e o tipo de prolapso têm grande importância
para a sobrevivência do animal. Neste caso o animal não respondeu satisfatoriamente ao
tratamento, vindo a óbito nas primeiras 24 horas pós-procedimentos. A não realização da
necropsia impediu uma avaliação mais detalhada da morte do animal e do insucesso do