AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA GESTÃO, AUDITORIA E CONTROLADORIA APROVADA NOTA: 8,5 A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Autor: JUNIOR CESAR PEREIRA [email protected]Orientador: Me. WILSON ANTUNES DE AMORIM COMODORO/2013
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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA
GESTÃO, AUDITORIA E CONTROLADORIA
APROVADA
NOTA: 8,5
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Gestão, Auditoria e Controladoria.
COMODORO/2013
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, nosso senhor absoluto sem sua luz e compaixão
não teria como conquistar e lutar pelos meus objetivos.
À minha esposa Ivi Carvalho e a minha filha Maria Eduarda, razões de tudo que
faço, pela paciência e carinho, compreendendo minhas ausências e mudanças de
humor, e mesmo assim, sempre estiveram presentes em todos os momentos que
precisei.
À minha mãe e meu pai pelo carinho e amor incondicional, que não mediram
esforços para oferecer a melhor educação e conhecimento de vida, mostrando que a
devemos ser humildes em aprender e que o respeito ao próximo é o que dignifica o
caráter do homem.
A todos os familiares e amigos, em especial aos colegas de trabalhão que por
algumas vezes sacrificaram suas folgas e momentos com seus familiares para me
substituir nos dias de alua.
Agradeço também minha orientador, Professor Ms. Wilson Antunes de Amorim, pela
atenção dedicada na orientação deste trabalho.
A todos os professores da AJES, sempre muito profissionais e amigos, que com
muita dedicação profissionalismo transmitiram seus conhecimentos.
Dedico este trabalho a DEUS e minha família,
por terem me dado forças e carinho para
nunca desistir da busca dos meus objetivos.
“Quando o ritmo de mudança dentro da empresa for ultrapassado pelo ritmo da mudança fora dela, o fim está próximo”.
(Jack Welch)
RESUMO
Este estudo revê como objetivo demonstrar a importância do fluxo de caixa nas micro e pequenas empresas (MEP’s). A justificativa para a escolha do presente tema se deve a importância de instrumentos contábeis que auxiliem no desenvolvimento das micro e pequenas empresas. A metodologia utilizada nesse estudo foi a pesquisa bibliográfica. Com relação aos resultados do estudo foi possível mostrar que diversas pesquisas revelam que muitas das micro e pequenas empresas que abrem suas portas no Brasil não conseguem sobreviver por mais de três ou quatro anos, dentre os inúmeros fatores que colaboram para isso estão: a falta de planejamento, desconhecimento de estratégia de mercado, competitividade acirrada e muitas vezes até desleal, encargos tributários e sociais elevados. Levando a conclusão de que o fluxo de caixa permite ao gestor acompanhar o ritmo de suas vendas, de seus recebimentos e assim projetar investimentos, compras, contratações, expansões, enfim, é essencial para que o empresário possa diagnosticar a saúde de sua empresa e assim complementar com outros recursos administrativos que se fazem necessários em tomadas de decisões. Palavras-chave: Fluxo de Caixa; Planejamento; Controle.
2.3 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS............................................................. 22
CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS ............................................. 24
3.1 APLICAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA NAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS (MPE’S) ............................................................................................ 24
3.2 MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .................................................................................................................... 26
3.3 PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA ....................................................... 28
3.4 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA .................................................................. 30
Segundo o ranking das maiores economias mundial (PIB nominal), o Brasil
ocupa atualmente a posição da 6ª maior economia mundial, com projeção de ocupar
um posto acima em 2016, ultrapassando o Reino Unido (World Economic Outlook –
FMI, 2014).
Apesar de existir alguns incentivos para as micro e pequenas empresas,
ainda falta ao empreendedor que planeja abrir pela primeira vez seu próprio negócio
habilidade de mercado saber lhe dar com as dificuldades que a empresa possa
passar, investimentos mal feitos e momentos inoportunos, falta de controle da
movimentação de compra e venda e pessoal são ingredientes perfeitos para a
falência de uma empresa, então o administrador tem que ser uma pessoa habilitada
com as artimanhas que o mercado sempre está propondo, aproveitar momentos e
oportunidades ter sempre à mão relatórios que mostre as necessidades da empresa
e aponte suas falhas para que ele (administrado) possa agir de maneira responsável
evitando erros e perda de riquezas, já que para as micro e pequenas empresas
qualquer valor que deixar de ser contabilizado pode representar futuras
complicações que pode as vezes ser irreversível para a sustentação e solidificação
da empresa.
As micros e pequenas empresas apresentam papel muito importante para a
economia brasileira, cada empresa que por um motivo ou outro vier a fechar suas
portas, indiretamente estará afetando as projeções de crescimento de sua
economia, uma vez que pessoas serão demitidas e consequentemente parando de
contribuir com a previdência gerando e assim comprometendo o sistema
previdenciário nacional, o capítulo irá mostras o que diferencia as micros e
pequenas empresas, seu papel para economia nacional, metodologias, ferramentas
de auxilio para o administrador evitar erros em suas decisões, maximizando receita
e minimizando custos, projetando longevidade em suas ações comerciais. O objeto
de estudo é o Fluxo de Caixa que é evidenciado através da Demonstração de Fluxo
de Caixa (DFC), uma demonstração de grande importância na análise da empresa,
porque evidencia as modificações ocorridas nas disponibilidades da
entidade (Caixa e Bancos Conta Movimento, principalmente).
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Note que, apesar do nome, a DFC não evidencia apenas as mudanças na
conta Caixa, mas em todas as contas de disponibilidades. Um conceito importante é
o de equivalentecaixa, que corresponde às aplicações de liquidez imediata, conta
integrante do disponível da empresa, e que representa as aplicações que podem
ser resgatadas imediatamente, apresentando, portanto, baixo risco de alteração de
seu valor.
A DFC não é uma demonstração obrigatória pela Lei 6.404/76. Entretanto há
proposta no Congresso Nacional para introdução de modificações na Lei das S.A.,
transformando a DFC em peça obrigatória para as companhias.
Entretanto, até momento, esta demonstração permanece como facultativo
sabemos que a contabilidade calcula o resultado do exercício segundo o regime de
competência (resultado econômico). Assim, na demonstração do Resultado do
Exercício (DRE), as receitas e despesas apresentadas lá figuram porque seus fatos
geradores ocorreram, independentemente de ter havido pagamento ou
recebimento, isto é, saída ou entrada de numerário no Caixa (Caixa em sentido
amplo, significando Caixa ou Bancos Conta Movimento).
Nesse cenário este estudo tem como objetivo pesquisar os aspectos
relevantes no planejamento de fluxo de caixa nas micros e pequenas empresas
apresentando um método possível de ser implantado, uma vez que se trata de uma
ferramenta extremamente importante para o administrador se posicionar dentro de
um ambiente de constantes mudanças, exigindo conhecimento detalhado das
circunstancias que podem afetar nas tomadas de decisões da empresa, que muitas
das vezes por falta de informações leva o administrador se colocar de maneira
equivocada diante de certas situações comprometendo o futuro do empreendimento.
Justifica-se a escolha do presente tema baseando-se no fato de que toda
empresa busca ampliar seu mercado, seu leque de oferta, reduzir custos e
multiplicar seus rendimentos, para isso é necessário que esteja bem estruturada que
existam pessoas comprometidas e que seu produto ou serviço tenha uma boa
aceitação, para garantir essas qualidades deve também dispor de excelentes
ferramentas administrativas para que ofereça recursos necessários em uma boa
gestão. Os desafios a enfrentar para a conquista de um espaço no mercado exigem
do empresário bom conhecimento – conhecimento dos potenciais clientes, dos
produtos que eles desejam, de como os podem adquirir, dentro outros fatores
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(SEBRAE – 2004b), estas ferramentas permitem administrar melhor os
investimentos garantindo retorno e gerando riquezas, é importante salientar que uma
das principais causas de fracassos das micro e pequenas empresas estão
relacionadas a falhas gerenciais na condução de seus negócios.
O trabalho é divido em capítulos. Primeiramente é introduzido o tema em
que é exposto o problema de pesquisa, em seguida, expõem-se o objetivo geral e os
específicos, além da justificativa do estudo, metodologia de pesquisa, a organização
do trabalho, encerramento e as limitações da pesquisa. O estudo segue uma
fundamentação teórica, onde apresenta algumas definições de micro e pequenas
empresas e considerações sobre os seu ciclo de atividades. A abordagem a respeito
do planejamento em uma empresa será assunto apresentado como ferramenta
fundamental para que o administrador possa traçar objetivos e metas afim de
garantir rentabilidade e crescimento da empresa, utilizando de outras habilidades
administrativas peculiares ao empreendedorismo e a arte de administrar e gerenciar
negócios visando retorno dos investimentos e capitalização. O trabalho traz alguns
conceitos a respeito de caixa e as atividades que constitui seu fluxo.
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CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O planejamento de fluxo de caixa sua importância como ferramenta como
finalidade principal o controle das atividades financeiras e operacionais da empresa
Neste capítulo, são abordadas as questões fundamentais do trabalho. Expõem-se
conceitos de planejamento e fluxo de caixa, bem como sua importância para as
empresas. Também são definidas. Dentre tais empresas, as que compõem o foco
desta pesquisa.
1.1 DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA
O tamanho da empresa não modifica a sua natureza ou os princípios da sua
administração, não altera os princípios básicos dos administradores, e ainda assim
não afeta de modo algum a administração do trabalho e do trabalhador. O tamanho
afeta de algum modo à sua estrutura administrativa, pois cada tamanho estabelece
um comportamento e uma atitude diferente dos órgãos administrativos (DRUKER,
2009).
Os critérios que classificam o tamanho de uma organização estabelecem um
importante fator de apoio às micro e pequenas empresas, aceitando que
estabelecimentos dentro dos limites instituídos possam adquirir os benefícios e
incentivos prestados nas legislações. (SEBRAE 2008)
Para Druker (2009), o parâmetro mais comum é o número de funcionários,
pois na medida em que a empresa cresce seu quadro de funcionários aumenta, e a
empresa passa por uma modificação de estrutura e de comportamento. Mas embora
seja um critério relevante, o número de funcionários não é determinante, podendo
existir empresas com número reduzido de funcionários e características de uma
grande empresa.
Visto as dificuldades de se estabelecer o tamanho da empresa, Druker
(2009), afirma que a estrutura administrativa, especialmente a estrutura da alta
administração, é o único critério de confiança para medir o tamanho de uma
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empresa. Afirma ainda que uma empresa é do tamanho da sua estrutura
administrativa.
A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi instituída
em 14 de dezembro de 2006 (Lei Complementar Federal 123/2006). No intuito de
fortalecer as MPE’s e assim contribuir com a geração de emprego, redução da
informalidade e distribuição de renda, com ampla participação da sociedade civil e
empresariais e órgãos ligados ao Estado, a Lei Geral uniformizou o conceito de
Micro e Pequena Empresa ao enquadrá-las com base em sua receita bruta anual.
A Microempresa será a sociedade empresária, a sociedade simples, a
empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente
registrados nos órgãos competentes, que aufira em cada ano calendário, a receita
bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Se a receita bruta anual for superior a R$
360.000,00 e igual ou inferior é R$ 3.600.000,00, a sociedade será enquadrada
como Empresa de Pequeno Porte. Estes valores referem-se a receitas obtidas no
mercado nacional.
A empresa de pequeno porte não perderá o seu enquadramento se obter
adicionais de receitas de exportação, até o limite de R$ 3.600.000,00. As faixas de
receita bruta variam nos estados que adotam sublimites, por contribuírem com
menos de 5% do PIB.
A Lei Geral também criou o Microempreendedor Individual, que é pessoa
que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário optante pelo
Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 60.000,00. O
Microempreendedor pode possuir um único empregado e não pode ser sócio ou
titular de outra empresa.
1.2 CICLO DE VIDA DAS MPE’S NO CENÁRIO NACIONAL
Ao abrir as portas de uma empresa o empresário está criando expectativa de
sucesso empresarial, lucratividade, expansão dos negócios, mas, para isso se é
necessário que o empresário tenha conhecimento e ferramentas adequadas para
seguir com esse objetivo, nada muito diferente do homem que quando tem um filho,
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imagina que esse será uma pessoa bem influente, bem sucedida, igualmente os pais
tem que ter o conhecimento de como educar seus filhos e possuir meios para
alcançar o que deseja ao filho. Pois bem, no meio comercial as empresas nascem a
partir da visão de seu criador (empresário) que certamente através de
planejamentos e estudos já definiu seu mercado, seu perfil de clientes e o tipo de
produto a oferecer e tem em mãos as principais ferramentas para atingir seu alvo,
que é a expansão e lucratividade.
No entanto muitos pais de empresas que surgem não apitos para tal
atividade não conhecem seu cliente, não oferece o produto em potencial e por fim
não possuem e não conhecem as ferramentas necessárias, essas são algumas das
razões que muitas das empresas que se abrem no Brasil praticamente mais da
metade delas não conseguem atingir sua maturidade e morrem, ou seja, fecham
suas portas encerram suas atividades pior ainda deixando aos seus idealizadores
uma herança muitas das vezes muito indesejável com dívidas, tanto para seus
colaboradores, fornecedores e o fisco.
É lamentável que parte desses fracassos poderiam ser evitados, bastando
para tal que o empresário ao ter a iniciativa de começar uma atividade comercial,
tenha o mínimo de conhecimento para saber como lhe dar com eventuais
dificuldades, concorrências, disputa de mercado e inovações, só assim essas
empresas terão longevidade e se distanciando cada vez mais o fechamento deste
ciclo (nascer, crescer, envelhecer e morrer), é importante que as MPE’s tenham o
maior tempo possível em plena atividade, pois, sua contribuição para a economia
nacional é fundamental para a alavancagem do produto interno, juntando riquezas,
gerando empregos especializados e mais importante proporcionando o acumulo de
conhecimento ao trabalhador que procura se destacar profissionalmente dentro da
organização em que trabalha.
De acordo com Adizes (1993), as empresas, assim como os organismos
vivos, apresentam padrões previsíveis de comportamento em seus estágios de
desenvolvimento e enfrentam problemas específicos ao avançarem por esses
estágios.
O grande objetivo de Adizes (1993) é estudar o que afeta a flexibilidade e o
autocontrole, e analisar como gerir esses fatores, para que a organização atinja e
permaneça na Plenitude. Dessa forma o autor afirma que o sucesso e o fracasso de
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qualquer organização dependem da sua capacidade de enfrentar os desafios
apresentados pelo crescimento, e de efetuar transições saudáveis de um estágio do
seu desenvolvimento para outro (ADIZES, 1993).
As etapas que compreendem o modelo de Adizes (1993), denominadas de
Estágios de Crescimento, abrangem: Namoro, Infância, Toca–Toca, Adolescência,
Plenitude.
1. Namoro: O primeiro estágio do Ciclo de Vida de acordo com o modelo de
Adize é a fase onde é firmado o compromisso do fundador para com a empresa.
Sobre sua importância, Adizes (1993), afirma que “firmar um compromisso intenso e
inabalável é a chave do sucesso, pois quando uma organização nascer, esse
compromisso – ou a sua ausência – é que a manterá viva ou que a matará”. Ele
finaliza dizendo, que quando a organização finalmente tiver testado o compromisso
e assumido um risco substancial (assinar um cheque no valor do primeiro aluguel do
escritório, por exemplo) ela está deixando para trás o estágio do Namoro e assim
entrando no seguinte.
2. Infância: Nesse estágio, o autor afirma que o enfoque principal deixa de
ser as ideias e as possibilidades, e passa a ser a produção de resultados, isto é, a
satisfação das necessidades. Acaba-se o período de pensar e agora o mais
importante é o “agir”. Adizes (1993), ainda afirma que uma organização deixa de ser
criança e passa para o próximo estágio seguinte do Ciclo de Vida organizacional,
quando a sua situação de caixa e suas atividades começam a se estabilizar.
3. Toca–Toca: Adizes (1993), afirma que a organização está no estágio
Toca-Toca ou organização Toca-Toca, quando a ideia já está funcionando, o
problema do fluxo de caixa negativo está resolvido e as vendas estão aumentando.
Não mais existe o ideal de sobreviver e sim de crescer, florescer. Para ele a
organização pode passar para o próximo estágio ou cair na “cilada do fundador”. E
ainda acrescenta que, “nas fases anteriores o fundador é basicamente a empresa e
a empresa o fundador. Mas agora a empresa já está razoavelmente bem
estabelecida e o fundador já não pode agir como se estivesse num show individual”.
4. Adolescência: Os conflitos existentes entre a velha guarda e a nova
guarda, o fundador e o gerente profissional, o fundador e a empresa e entre as
metas da empresa e as metas individuais devem ser bem resolvidos, caso contrário
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levará a empresa ao que o autor chama de divórcio. Em caso de sucesso a empresa
passa para o estágio seguinte do seu ciclo de vida.
5. Plenitude: De acordo com Adizes (1993, p.61), “o estagio de plenitude é o
ponto mais favorável na curva do ciclo de vida, quando a organização atinge um
equilíbrio de autocontrole e de flexibilidade”. E finaliza dizendo que “as organizações
plenas sabem o que estão fazendo, pra onde estão indo e como chegar lá”.
6. Estabilidade: Segundo Adizes (1993, p. 67), “esta fase é o primeiro dos
estágios do envelhecimento do Ciclo de Vida Organizacional”. O autor afirma que
apesar da empresa estar forte, ela está perdendo sua flexibilidade. Vai chegando o
fim do crescimento e começando o período do declínio, pode-se dizer que a
empresa passa a se acomodar. Em termos organizacionais, a empresa passa adotar
uma atitude do tipo “se não estiver quebrado, não precisa concertar”. E começa a
perder o espírito de criatividade, inovação e incentivo às mudanças que a levaram à
plenitude. A partir da plenitude, o movimento ao longo do ciclo de vida é um
processo de deterioração contínua.
1.3 PLANEJAMENTO – DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA
Segundo Oliveira (1999, p. 34), o conceito de planejamento pode ser
definido como:
[...] o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcances dos objetivos e desafios estabelecidos para a empresa.
O planejamento é essencial para a eficácia de uma boa administração.
Planejar significa traçar objetivos, escolher qual caminho será seguido para o melhor
funcionamento de uma empresa. Não adianta querer abrir nosso próprio negócio se
nosso objetivo não está claro, pois não será possível fazer planos para alcançá-lo,
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ou se sabemos apenas por onde começar, mas nem imaginamos os próximos
passos da empresa.
Segundo Megginson (1986), o planejamento proporciona a base para a ação
efetiva, com a qual os gestores podem prever e preparar-se para mudanças que
possam afetar os objetivos organizacionais. Por permitir maior penetração e
abrangência às organizações, o planejamento pode provocar uma série de
modificações nas características e atividades empresariais, tanto em nível de
estrutura (alterações nas responsabilidades, nos níveis de autoridade,
descentralização, comunicação, procedimento, instruções), quanto em nível das
pessoas (capacitação, substituição, transferências de funções, avaliação, etc) ou em
nível de tecnologia (investimento em conhecimento, equipamentos, novos
processos, etc)
O planejamento pode e deve ser mudado, afinal, o mundo está em
constantes mudanças e nós temos obrigação de segui-lo, pois agindo de outra
maneira, estaremos colocando nossa vida profissional em jogo. A maneira de atingir
nossos objetivos vai se adequar a cada época, por isso é importante estar bem
informado e fazer nosso planejamento caminhar junto à atualidade.
No Brasil, milhares de pequenas empresas fecham por ano e têm como uma
das causas a falta de planejamento. Portanto, o conhecimento sobre Administração
é indispensável, uma vez que conhecendo melhor sobre tal área, podemos definir de
maneira mais apropriada quais os melhores recursos a serem usados, quais
métodos vão ajudar no alcance do objetivo, quais os profissionais que fazem o perfil
da empresa, quais tecnologias podem usar e muitos outros. Mais importante que
abrir uma empresa é saber administra-la, e se o planejamento não está caminhando
junto ao fim desejado é necessário que se faça uma análise profunda, traçando
novos planos para esta caminhada. Planos esses que sejam adequados à época e à
empresa, pois só conseguiremos uma carreira empresarial bem sucedida se
soubermos planejar o que temos, em busca do nosso objetivo.
A importância do planejamento nas empresas é fundamental para que seja
atingidos os objetivos idealizados pelos seus empreendedores, com finalidades
claras de alcançar os projetos, metas e planos presentes abrangendo e totalizando o
progresso no futuro. Como peça-chave o planejamento é necessário para que os
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índices de erros e desperdícios sejam reduzidos possibilitando lucratividade e
crescimento.
Planejamento para Lacombe e Heilborn (2003) é a determinação de um
caminho que leva a alcançar os resultados. É baseado em objetivos, fatos e
estimativas acerca de cada alternativa. Enfim é definir previamente o que fazer,
como fazer, quando fazer, onde fazer e por quem deve ser feito. Estes autores ainda
salientam que planejamento se refere às decisões tomadas no presente, que são
executadas no presente, os resultados é que são obtidos no futuro. Se não houver
planejamento no presente, não haverá os resultados esperados no futuro.
O planejamento pode ser em nível estratégico, onde normalmente, é de
responsabilidade dos níveis superiores da empresa, e diz respeito tanto à
formulação de objetivos quanto a seleção dos cursos de ação a serem seguidos
para sua consecução, considerando as condições externas e internas à empresa e
sua evolução esperada. Sua sobrevivência a longo prazo, crescimento e eficácia.
Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p. 163):
o planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa, mas também, e principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está inserida.
Já o planejamento tático é utilizado para traduzir os objetivos gerais e as
estratégias da alta diretoria em objetivos e atividades mais específicas. Tem como
principal desafio promover contato eficaz entre o nível estratégico e o nível
operacional.
Segundo Fischmann e Almeida (1991), planejamento tático é um
planejamento de curto prazo, que predomina a parte quantitativa e abrange decisões
administrativas e operacionalizações, visando à eficiência e eficácia da empresa.
E finalmente o planejamento operacional focaliza no trabalho junto aos
funcionários não administrativos, implementando os planos específicos definidos do
planejamento tático.
Para Oliveira (2002), planejamento operacional pode ser considerado como a
formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de
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desenvolvimento e implantação estabelecidas. Os planejamentos operacionais
correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático.
Considerando que toda atividade de uma empresa seja feita de forma
planejada, a chance desta empresa ficar mais tempo no mercado é muito grande,
pois estará atenta com as prováveis mudanças que podem ocorrer no decorrer de
determinado período. Os empresários terão como projetar novos produtos, enxergar
necessidades de contratações, expandir mercado enfim poderá projetar para
empresa uma meta em curto ou longo prazo, mas sempre procurando minimizar os
erros e maximizando a lucratividade.
1.4 DEFINIÇÃO DE CAIXA
Pode-se definir fluxo de caixa como a movimentação de valores no caixa da
empresa alterando o montante acumulado, a contabilidade diz que o fluxo de caixa é
positivo quando entra dinheiro e negativo quando sai. Quando um produto é vendido
ou um serviço é prestado recursos entram na empresa através da conta caixa
aumentando assim seu ativo, da mesma maneira quando cria obrigações, valores
são apontados em uma conta do passivo que irá confrontar com os valores em ativo,
a adoção da ferramenta fluxo de caixa possibilita que o administrador tenha uma
visão ampliada da situação financeira da empresa, o fluxo de caixa de uma
organização está associado seguintes atividades:
Operacional – Refere-se ao fluxo de caixa gerado pelas operações de uma
empresa, como por exemplo, receitas, custos, despesas administrativas, etc. O
fluxo de caixa operacional está diretamente ligado a demonstração de resultados
(DRE) e variação no capital de giro. Contudo, lucro e fluxo de caixa são conceitos
distintos.
Financiamento – Atividades de financiamento são as formas de obter
recursos e repagá-los, como por exemplo, um empréstimo, um aporte de capital,
pagamento de uma dívida, etc. O fluxo de caixa financeiro está diretamente ligado
à como a empresa financia suas necessidades por recursos e paga suas
obrigações com investidores e bancos. Há duas fontes de financiamento possíveis:
dívida e patrimônio líquido.
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Investimento – Atividade de investimento são formas de a empresa alocar
recursos em ativos que trarão benefícios futuros, como por exemplo, uma nova
máquina num complexo fabril, capital de giro, pesquisa e desenvolvimento, a
compra de outra empresa, etc. Os investimentos geram o aumento de um
benefício/lucro.
Outro tipo de fluxo de caixa muito recorrente em avaliação de empresas é
o Fluxo de Caixa Livre (free cash flow). Este fluxo de caixa é a soma do fluxo de
caixa operacional o fluxo de investimento. De uma maneira mais simples, podemos
dizer que é o resultado operacional mais os itens não-caixa, menos investimentos
em capital de giro, imobilizado e outros ativos. Outra leitura possível é o considerá-lo
como fluxo de caixa disponível para o pagamento das fontes de financiamento, isto
é, a dívida e os investidores.
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CAPÍTULO II
METODOLOGIA DE PESQUISA
2.1 TIPO DE PESQUISA
Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica exploratória pelo suporte que esta
dá a todas as fases de qualquer tipo de estudo, uma vez que auxilia na construção
de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração
do relatório final. A pesquisa bibliográfica procura estudar e explicar um determinado
problema a partir de referências teóricas que abrange a leitura, análise e
interpretação de obras literárias, periódicos, legislação etc., capaz de fornecer
respostas adequadas ao tema proposto.
Assim, as pesquisas bibliográficas exploratórias buscam oferecer uma visão
preliminar sobre um determinado fenômeno e constituem-se na primeira fase de
uma investigação mais profunda. Para Gil (2002, p.42), a pesquisa é um “processo
formal e sistemático de desenvolvimento do método científico”.
Segundo Gil (2002, p. 44), as pesquisas ou estudos exploratórios têm como
principal objetivo.
Desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, com vistas na formação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. (...) Este tipo de pesquisa é realizada especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.
Ademais, contribui na compreensão e esclarecimentos de um problema a
partir de referências publicadas em documentos, realizada independentemente ou
como parte de outra investigação, enquanto a pesquisa exploratória tem como
objetivo aprimorar ideias e proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explícito.
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Esta metodologia de pesquisa envolve todo um acervo que deve ser
submetido a uma triagem para a identificação e avaliação dos documentos e textos
relacionados ao tema da pesquisa, quanto à efetiva utilidade para sua pesquisa e
outros parâmetros de qualidade, atualização, confiabilidade do documento, a partir
da qual se estabelece um plano de leitura.
De acordo com Cervo & Bervian (2002, p. 66), “a pesquisa bibliográfica é o
meio de formação por excelência, constituindo o procedimento básico para os
estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre
determinado tema”. É a partir do referencial teórico, capaz de fornecer respostas
adequadas ao tema proposto, que se faz acompanhar de anotações que servirão
para delinear a fundamentação teórica do estudo.
Enfim, a pesquisa contribui para a compreensão e esclarecimentos de um
problema a partir de referências publicadas em documentos, realizada de forma
independente ou como parte de outra investigação.
2.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os procedimentos e métodos adotados na pesquisa focam-se no momento
em que o pesquisador usando de suas anotações bibliográficas expõe a sequência
de execução do seu trabalho com as respectivas técnicas e métodos em cada uma
das etapas.
Deseja-se através da pesquisa apresentar o caminho planejado pelo
pesquisador, quantificando e qualificando de forma prática todos os dados obtidos
que venha a ser exercida na sistematização dos resultados da pesquisa, em que o
pesquisador reúne a revisão bibliográfica e apresenta o material constituído para
alcançar respostas ao objeto de estudo proposto.
A importância da metodologia reside nas técnicas e métodos aplicados em
cada uma das etapas, práticas estas que proporcionam um avanço qualitativo
quando incorporadas a uma forma de trabalho ou de pensamento que levam o
indivíduo a adquirir hábitos e posturas mais críticas.
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A questão central é que uma pesquisa não se resume no levantamento de
dados ou de fatos, pois é necessário correlacionar as teorias existentes aos
resultados da pesquisa. Assim, pode-se considerar a metodologia como uma forma
de exposição didática que apresenta o método escolhido como direção para o
encaminhamento da pesquisa.
O referencial teórico tem por objetivo apresentar a revisão da literatura
existente sobre o tema que está sendo abordado. A revisão de literatura é a
fundamentação teórica do estudo proposto. É a partir dela que a pesquisa é
contextualizada e ganha consistência.
A discussão dos resultados é baseada nas perspectivas e interpretações da
literatura citada e ponderações sobre os demais conhecimentos adquiridos ao longo
do estudo.
Segundo Demo (1994, p. 36), "o conhecimento teórico adequado acarreta
A pesquisa foi conduzida através da leitura e releitura dos textos relacionados
ao tema, sendo os tópicos mais interessantes anotados em fichamentos para
posterior revisão e avaliação.
Os procedimentos utilizados para a elaboração do presente trabalho se
pautaram em diversos conceitos e opiniões especializadas existentes acerca do
tema em discussão, optando-se pelos posicionamentos considerados mais
acertados, utilizando, para tanto, técnicas explicativas e o método bibliográfico.
2.3 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS
O método se caracteriza como um instrumento básico e fundamental que
ordena o pensamento do pesquisador em relação ao objeto, de forma sistemática,
que traça o modo de proceder do pesquisador na busca da consecução de seu
objetivo pré-estabelecido para a construção do conhecimento.
A adoção de métodos de pesquisa deve ser caracterizada de acordo com o
enfoque a ser conferido na própria pesquisa. A escolha de um método a ser utilizado
23
num estudo requer do pesquisador, uma atitude científica para melhor desenvolvê-lo
ao longo do processo, aprimorando a percepção e a sensibilidade de compreensão
para melhorar delimitar sua fundamentação.
A elaboração da presente monografia passou pelas seguintes fases: escolha
do tema, pesquisa bibliográfica, documentação, análise crítica, construção, redação.
A escolha do tema é o ponto de partida da pesquisa e da própria monografia, é o
pilar do processo.
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CAPÍTULO III
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
3.1 APLICAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA NAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS (MPE’S)
A administração das necessidades de caixa nas empresas, atualmente é
muito importante, visto que as alterações de mercado são cada vez mais rápidas,
considerando a globalização da economia como uma gigantesca onda influenciadora
capaz de direcionar o caminho das riquezas mundiais, é sabido que inúmeras
empresas têm fracassado e interrompido seus negócios por incapacidade de
administrar a entra e saída de recursos em seu caixa.
O fluxo de caixa é um documento detalhado que proporciona informações
atualizadas deixando de se importar com dados já obsoletos que capazes de definir
ou de se concluir uma analise financeira da empresa, é uma ferramenta que
apresenta informações claras apontando a real situação das finanças da empresa
de maneira full time. A economia mundial ditam as regras e as empresas de maneira
geral tem que se adaptar com a realidade é imprescindível que os administradores
estejam atentos e informados da situação financeira de sua empresa, pois a
qualquer momento um novo desafio pode surgir ou uma nova oportunidade de
negócio pode aparece como uma grande chance de alavancagem da organização
colocando em destaque seus produtos ou serviços.
A importância da aplicação do Fluxo de Caixa nas micros e pequenas
empresas e a sua finalidade informativa diante à Demonstração do Resultado do
Exercício, reforça a necessidade desta ferramenta para administração financeira da
empresa se apresentando em forma de relatórios detalhados os recursos
disponíveis e suas obrigações a curto e longo prazo, orientando assim
administradores financeiros a tomarem decisões de forma cautelosa evitando erros
que certamente poderia comprometer a sustentabilidade da empresa.
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O fluxo de caixa é capaz de informar as origem e aplicações de todos os
recursos que a empresa dispõe, assim ao se referir em fluxo de caixa é necessário
que se entenda que se está se falando da movimentação financeira da empresa, a
elaboração do fluxo de caixa consiste um empenho desdobrado de seus gestores
para que se aproveite todas as informações que o fluxo de caixa pode oferecer,
mas, o administrador tem que ter noção que não basta tão somente um fluxo de
caixa implantado e bem planejado é necessário que se faça uso de outras
ferramentas administrativas complementares e pessoas capacitadas, receita que
não é exclusividade de empresas de grande porte.
As origens e os destinos do dinheiro de uma empresa são respondidos pelo
Fluxo de Caixa, que analisa as entradas e as saídas disponíveis na contabilidade da
organização de maneira cronológica favorecendo um melhor entendimento nas
interpretações das informações coletadas e consequentemente melhor
aproveitamento dos recursos disponibilizados por esta ferramenta.
Outra importante colaboração do fluxo de caixa é oferecer condições para que
as empresas consigam encontrar o equilíbrio financeiro, apontando as fontes de
entradas dos recursos e também setores onde estão ocorrendo maiores gastos, ao
administrador cabe observar essas informações a partir delas tomar alguma decisão,
o mercado pela sua dinâmica requer habilidade e agilidade das pessoas que estão
responsáveis para controlar o destino de uma organização, entender o significado
dos dados apresentados nas demonstrações de resultados pode evitar que
empresas sólidas venha a ruir e se comprometer financeiramente, então é notório o
tamanho da importância de uma empresa seja ela de qual porte for, te implantado o
fluxo de caixa como ferramenta administrativa para orientação nas tomadas de
decisões financeiras.
Os principais objetivos da demonstração do fluxo de caixa são avaliar alternativas de investimento; avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários; avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de liquidez; e certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados. (MATARAZZO, 1998, p. 370)
O fluxo de caixa da empresa é um dos eventos mais fundamentais no quais são baseadas as mensurações contábeis. Os gestores e os investidores em particular estão bastante interessados no fluxo de caixa gerado pelos ativos da empresa. Este fluxo de caixa não é somente o problema central de
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sobrevivência da empresa, mas é essencial para que os objetivos da empresa sejam alcançados. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 75).
A economia brasileira é muito dependente das MPE’s pela sua abrangência,
geração de emprego e distribuição de renda, o governo entende o tamanho da
importância destas organizações que tenta através de alguns incentivos fiscais
garantir a sobrevivência das mesmas, é certo que mesmo com incentivos as MPE’s
ainda sucumbem com falta de preparo empresarial e de recurso financeiro limitados,
para isso, empresas contam com capital de giro reduzido deve mais do que nunca
encontrar soluções que garanta uma boa administração de suas finanças afim de
garantir sua sobrevivência.
3.2 MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
O objetivo da Demonstração dos Fluxos de Caixa é ofertar informações sobre
entrada de valores de uma empresa durante determinado período. Paralelamente,
auxilia ao administrador compreender e diferenciar sobre os investimentos e
atividades financeiras da empresa.
Mais especificamente, a Demonstração do Fluxo de Caixa pode ajudar
investidores e credores a avaliar a capacidade da empresa de gerar fluxo futuro de
caixa positivo, saldar as obrigações e pagar dividendos. Por intermédio da
Demonstração do Fluxo de Caixa a empresa relata informações para o usuário
acerca da origem do caixa gerado e como esse caixa foi consumido.
Além de suas próprias operações, isto é, manufatura, compra e venda de
bens ou prestação de serviço a empresa pode gerar caixa pela venda de ativos,
emissão de ações, contratação de empréstimos e financiamentos, entre outros.
O uso das informações contidas na Demonstração do Fluxo de Caixa,
conjuntamente com as demais demonstrações contábeis, pode ser uma ferramenta
eficaz para a avaliação da liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa.
Por outro lado é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta
suas limitações. Uma delas é a incapacidade de fornecer informações precisas
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sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações
e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de
competência. Porém, o fluxo de caixa é um instrumento de controle e análise
financeira que juntamente com as demais demonstrações contábeis torna-se
efetivamente um instrumento de apoio à tomada de decisões de caráter financeiro.
Existem dois métodos para elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa:
método direto e indireto. O método direto demonstra os recebimentos e pagamentos
derivados das atividades operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado.
Mostra efetivamente as movimentações dos recursos financeiros ocorridos no
período. Com isso, demonstra os itens diretamente afetados pela movimentação de
caixa. Sendo basicamente o espelho da movimentação da conta Caixa/Bancos.
A demonstração pelo método direto facilita ao usuário avaliar a solvência da
empresa, pois evidencia toda a movimentação dos recursos financeiros, as origens
dos recursos de caixa e onde eles foram aplicados.
As vantagens deste método são: criar condições favoráveis para que a
classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais;
permitir que a cultura de administrador pelo caixa seja introduzida mais rapidamente
nas empresas; e as informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.
Como desvantagens do método direto citam-se: o custo adicional para
classificar os recebimentos e pagamentos; e a falta de experiência dos profissionais
das áreas contábil e financeira em usar as partidas para classificar os recebimentos
e pagamentos.
Já o método indireto, também chamado de método de conciliação, é aquele
no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados a
partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado
que não afetam o caixa da empresa.
Assim, demonstra indiretamente o fluxo financeiro através da comparação do
saldo das contas do Ativo, Passivo e Resultados. Sendo esse modelo semelhante à
DOAR, principalmente pela sua parte inicial, exigindo do usuário maior
conhecimento de contabilidade.
As vantagens apresentadas pelo método indireto são: apresentar baixo custo
pois basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e do final do período), a
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demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na
contabilidade; e conciliar o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional líquido
mostrando como se compõe a diferença.
Como desvantagem deste método pode-se citar o tempo necessário para
gerar as informações pelo regime de competência para só depois convertê-las para
o regime de caixa (se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter
surpresas desagradáveis e tardiamente).
Também pode ser considerada uma desvantagem o fato do método indireto
somente eliminar parte das distorções, na existência de interferência da legislação
fiscal na contabilidade oficial.
3.3 PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA
Para que o administrador possa analisar, compreender e decidir
adequadamente sobre a liquidez da empresa a estrutura de informação do Fluxo de
caixa deve ser clara, precisa e de maneira eficaz demonstrar a saúde financeira da
organização.com informações seguras.
Os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados com a
produção e comercialização dos bens e serviços da empresa. Deve conter como
entradas a cobrança das vendas dos produtos/serviços gerados e comercializados;
como saídas os elementos que estão ligados à geração, administração e
comercialização de tais produtos como: pagamentos a fornecedores, gastos com
serviços públicos, etc.
Os Fluxos de Investimentos envolvem a aquisição e venda de ativos que
serão utilizados na produção de bens e serviços, a concessão e o recebimento de
empréstimos, as movimentações relativas às aplicações financeiras e as
participações em outras empresas. São consideradas entradas de Atividades de
Investimentos: recebimento de empréstimos concedidos, recebimentos por resgate
de aplicações financeiras, recebimento por vendas de participações acionárias em
outras empresas, etc. Como saídas pode-se citar: desembolso por concessão de
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empréstimos, pagamento para aquisição de título financeiros, pagamentos para
aquisição de participação acionária em outras empresas.
Os Fluxos de Financiamento equalizam o somatório dos demais fluxos: no
caso de sobras dos recursos, existe saída para aplicação; no caso de falta de caixa,
existe resgate de investimento ou mesmo captação de recursos. Um dos fatores
mais importantes para o sucesso na gestão de uma empresa é o adequado
planejamento. Portanto, a gestão financeira deve ser cuidadosamente planejada,
executada, acompanhada e avaliada. Isso só é possível quando se estabelece
metas (objetivos, previsões) que orientem a fim de evitar “surpresas inesperadas”.
Ao se projetar recebimentos e pagamentos com base em conhecimentos
anteriores e expectativas futuras quanto ao que se espera do mercado, é possível se
preparar para enfrentar dificuldades antes que elas ocorram. Assim, trabalhar com
valores previstos e compará-los com o realizado (acontecido na data), além de
mostrar futuras faltas ou sobras de caixa, permite tomar decisões antecipadas sobre
aumento de compras, liquidações, racionalizações de custos, hora certa para fazer
investimentos e até mesmo sobre a possibilidade de retirar mais pró-labore sem
“sangrar” a empresa.
O processo de planejamento do Fluxo de Caixa da empresa consiste em
implantar uma estrutura de informações útil, prática e econômica. A proposta é
dispor de um mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e desembolsos
de caixa da empresa. É importante o planejamento do fluxo de caixa, porque irá
indicar antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos
compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem
saldados.
Com isso, o administrador financeiros estará apto a planejar com a devida
antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em consequência de
reduções cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos pagamentos. Acresce-
se outro papel importante que desempenha o fluxo de caixa que é a possibilidade de
evitar a programação de desembolsos vultosos para período em que o ingresso
orçado sejam baixos por questões de mercado, por exemplo. O planejamento do
fluxo de caixa permite ao administrador financeiro verificar se poderá realizar
aplicações em curto prazo com base na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de
resgate.
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Evitar falta de recursos e consequente crise de liquidez nas empresas ou,
através do seu conhecimento, de forma antecipada, minimizar seus efeitos,
representa uma das principais funções do fluxo de caixa. Através de uma adequada
gestão de caixa pode-se reduzir substancialmente a necessidade de capital de giro,
proporcionando maiores lucros em função, principalmente, da redução das despesas
financeiras. Daí a importância da revisão e análise criteriosa do fluxo de caixa, pois
só assim a empresa poderá aferir os resultados. De nada adianta efetuar projeções
de fluxo de caixa se o mesmo não for utilizado como ferramenta básica no processo
decisório.
3.4 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
A administração do caixa compreende uma tarefa de suma importância para
a empresa. A grande maioria dos fracassos empresariais tem fortalecido a convicção
de que a principal razão da chamada mortalidade precoce das pequenas
empresas é a falta da habilidade gerencial de seus administradores.
Estas empresas normalmente nascem através de uma ideia de negócios
proposta por empresários que conhecem profundamente a função técnica a ser
exercida, porém não se preocupam com a função administrativa financeira da
empresa. Esses empresários acreditam que, produzindo bens de alta qualidade e
demanda, estão dispensados de dedicar tempo à boa administração, relegando esta
tarefa a funcionários sem preparo, ao invés de contratarem alguém apto para fazê-lo
em seu lugar.
Empresa alguma poderá crescer ou mesmo sobreviver, sem um
gerenciamento adequado na área administrativa.
Ë essencial a essa função administrativa o conhecimento dos procedimentos
financeiros e contábeis disponíveis, bem como a sua melhor utilização para o
acompanhamento, controle, ajuste e projeção dos resultados da empresa. Através
do fluxo de caixa procura-se analisar o deslocamento dos recursos financeiros da
empresa. Partindo-se do disponível (caixa, bancos e aplicações no mercado
financeiro), pode-se verificar os caminhos percorridos por uma unidade monetária
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na empresa e, principalmente, de operações que aumentam ou diminuem o nível de
caixa da empresa.
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CONCLUSÃO
Em virtude da globalização dos mercados as empresas devem estar
preparadas caso queiram atender as exigências desse mercado. Como a
competitividade entre empresas é cada vez mais acirrada, a busca de informação é
de fundamental importância para a sobrevivência de qualquer negócio. Mas de nada
adianta buscar informações se elas não forem organizadas e analisadas. Através da
organização e análise das informações é que se pode chegar a um produto final, o
conhecimento. Conhecimento este que define que empresas param e que empresas
continuam no mercado.
Para pequenas empresas uma das principais dificuldades é o controle das
informações principalmente informações da área financeira da empresa. Sem as
informações os gestores tomam suas decisões de forma intuitiva, aumentando os
riscos na gestão do negócio.
Pensando nisso a presente pesquisa propôs uma organização da função
financeira da empresa, com o uso de instrumento para controle do fluxo de caixa, de
forma a contribuir para que o gestor tome decisões financeiras mais acertadas.
Estudos analisados nessa pesquisa concluíram que na maioria das vezes
gestores de pequenas empresas não compreendem o impacto de suas ações
financeiras. Assim alerta-se que a falta de aptidão em sistemas contábeis é um fator
básico de insucessos entre pequenas empresas. Proprietários de pequenas
empresas parecem não dar muita importância às informações financeiras, pelo
simples fato de estarem participando de todo o processo produtivo da empresa, o
que os levam a cometer erros graves.
Por fim concluiu-se que entre os instrumentos gerenciais de caráter mais
dinâmicos, o fluxo de caixa merece destaque, seja por sua estreita relação com a
situação de liquidez da empresa, como pela propriedade de projetor situações
futuras.
As dificuldades encontradas na gestão dos recursos financeiros de uma
empresa, tomando-se por base dados históricos, relatórios elaborados pelo regime
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de competência, fizeram, com que surgisse o fluxo de caixa, bastante evidenciado e
indispensável para a boa gestão das empresas.
É importante ressaltar que os gestores devem estar atentos aos
mecanismos que utilizam no planejamento e acompanhamento do desempenho das
empresas. A visão holística organização e do ambiente em que atua deve ser o
parâmetro para a aferição e ajustes nos instrumentos utilizados.
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