Módulo 2 – O dinamismo civilizacional da Europa Ocidental nos séculos XIII a XIV – espaços, poderes e vivências Unidade 1 - A identidade civilizacional da Europa Ocidental 1.2.2 – O renascimento das cidades e a dinamização das trocas Escola Secundária de Lagoa História A 10º ano Ano letivo 2014/2015 Carcassone, França
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A identidade civilizacional da Europa Ocidental - O renascimento das cidades e a dinamização das trocas
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Módulo 2 – O dinamismo civilizacional da Europa Ocidental nos séculos XIII a XIV – espaços, poderes e vivências
Unidade 1 - A identidade civilizacional da Europa Ocidental
1.2.2 – O renascimento das cidades e a dinamização das trocas
Jacques Le Goff: “Essas cidades, ao contrário daquelas da Antiguidade romana, não tinham um papel agressivo. Mas era necessário proteger seus habitantes, suas igrejas, suas casas seus entrepostos e os instrumentos de trabalho(...). A muralha assegurava a proteção. (...) seus muros, ameias e torres, pelos campanários das igrejas e observatórios móveis de vigília (...) enfim, pelas torrinhas privadas dos burgueses ricos, através de
tudo isso a cidade medieval impunha uma imagem de poder e de riqueza.”
In: As cidades medievais estão no gênese do estado moderno. (2005)
As cidades cresceram mas também transformaram-se.No passado, as cidades eram centros de natureza
política, militar ou religiosa, fortemente dependente da importância do nobre ou bispo que as habitavam.
Transformação das cidades
Estabelecimento de banqueiros, artesãos, mercadores e lojistas;
As cidades medievais assumem natureza económica;
As cidades medievais animam-se.
O surto urbano
Doc. 16 – B, p. 28
“ os mercadores itinerantes, homens desenraizados e sem terra”, fixaram-se nas áreas fora das muralhas das cidades – os “burgos de fora”;
O burgo “velho” e o “novo” juntavam-se e rodeavam-se de novas muralhas;
Surge um novo grupo social – a burguesia - (Conceito, p. 29);
Nobres procuravam divertimento e bens
de luxo
Cidades = Centros de atração
Peregrinos em busca de
hospitalidade e melhores
condições de vida
A dinamização das trocas locais e regionais
Apesar das feiras internacionais animarem muitas cidades, em certas épocas do ano, a economia baseava-se nos pequenos mercados de natureza agrícola, estalecendo ligação entre as cidades e os campos próximos. Quando as distâncias entre campo-cidade eram muito elevadas, as ligações eram feitas
pelos almocreves.
A dinamização das trocas locais e regionais
Para o camponês estes mercados eram essenciais, pois os senhores cobravam pesadas rendas, motivando-o a
produzir cada vez mais e a vender os seus produtos. Para além dos camponeses, os senhores leigos e
eclesiásticos, também comercializavam os seus produtos nos mercados.
Responda às questões 4 e 5, da ficha nº 8, página 28 do Caderno de Aluno.
4 - Refira, apoiando-se no doc. 3, a evolução das cidades europeias entre os séculos XI e XVI.
5- Utilizando os dados da imagem do doc. 4, relacione o renascimento urbano e a revitalização da economia.
4- Refira, apoiando-se no Doc. 3, a evolução das cidades europeias entre os séculos XI e XIV. Entre os séculos XI e XIV verificou-se um desenvolvimento urbano que se pode confirmar pelo aumento da área amuralhada de algumas das principais cidades europeias. 5-Utilizando os dados da imagem do Doc. 4, relacionar o renascimento urbano e a revitalização da economia monetária.O Doc. 4 apresenta-nos a imagem de uma rua da cidade italiana de Siena, na primeira metade do século XIV. O número de lojas abertas e o movimento da rua, povoada de mercadores e agricultores que a ela afluem para vender e comprar produtos, são o reflexo da revitalização económica que se verificou entre os séculos XI e XIV. O alargamento dos circuitos mercantis e o aumento do volume de mercadorias transacionadas fizeram ressuscitar a economia monetária. Doravante, para a realização das pequenas trocas ou de grandes negócios, tornou-se necessária a utilização da moeda e, por isso, nas ruas das cidades, além das lojas e oficinas, tornam-se comuns os estabelecimentos de cambistas ou banqueiros.