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Continente Africano Revisão 8º anos Professora Christie
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8º ano trimestral

Jan 22, 2018

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Continente Africano Revisão 8º anos

Professora Christie

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Capítulo 13

Raízes do subdesenvolvimento

africano

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Um dos principais motivos do subdesenvolvimentoafricano é a forma de ocupação e exploração, quecorresponde à forma de colonização que ocorreunão somente na África, mas também na América eÁsia.

A África permaneceu, durante muito tempo,servindo como ponto de apoio às caravanasportuguesas que iam em direção à Índia, até essemomento não existia de forma efetiva aexploração.

No século XVI, os europeus começaram a capturarnegros africanos com o intuito de vendê-los (comomercadoria) para o trabalho escravo, eles foramdistribuídos por vários países do mundo, o Brasil foio país que mais utilizou mão de obra escrava. Aescravidão perdurou por três séculos.

Subdesenvolvimento Africano e suas raízes

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A colonização da África no século XIX

No século XIX, a Europa já tinha iniciado oprocesso de industrialização; como a atividadeexigia grande quantidade de matéria prima, houvea expansão da exploração na África e na Ásia, mashouve outro motivo que fez intensificar oaumento da exploração, foi a descolonização daAmérica do Norte.

Impulsionados pelo crescimento industrial, ospaíses que tinham iniciado sua estruturaçãopromoveram um encontro para definir a divisãodo continente africano e estabelecer quais áreasseriam exploradas, essa foi denominada deConferência de Berlim, na qual participaram:Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, entre outros.Nesse mesmo período aconteceram váriasexpedições ditas ‘científicas’ na África, mas naverdade a intenção primordial era a de detectar econhecer os recursos minerais existentes.

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A Conferência de Berlim

A Conferência de Berlim estabeleceu a partilha e provocou umadesestruturação nas sociedades africanas, com isso surgiram inúmerosproblemas: os europeus, na partilha, mudaram as fronteiras nativase incitaram a rivalidades étnicas, pois quando as fronteiras foramestabelecidas, em razão da diversidade cultural, muitos grupos rivais ficaramjuntos e outros se separaram; houve uma mudança produtiva, pois deixaramo cultivo de subsistência para atender aos interesses europeus, essesintroduziram a monocultura e a extração mineral. Em todo esse processo, oseuropeus não tiveram respeito com os africanos, pois não levaram em contaa identidade cultural do povo.

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As resistências e a dominação cultural

• Com a presença dos europeus, que impuseram sua cultura,alguns grupos se rebelaram e se confrontaram. Como os africanosnão tinham armas, foram facilmente derrotados, até porque oseuropeus possuíam experiência em guerras.

• As imposições culturais foram no sentido de fazê-los vestirroupas, já que alguns grupos tribais não tinham esse costume,mudança de hábitos alimentares, mudança da língua e religião(introduzindo o catolicismo), mudança produtiva, enfim, houve aperda da identidade cultural, essa dominação ocorreu até ametade do século XX.

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Até no início do século XX, somente a Libéria eraindependente, em 1920, o Egito; em 1940, Etiópia e a Áfricado Sul.

• Embora tenha ocorrido a descolonização, o processo deestruturação da África enfrenta vários problemas, taiscomo dificuldades internas que remetem às questõespolíticas, as lutas tribais, que são heranças da partilha; osgovernos ditatoriais, que muitas vezes sãoextremamente corruptos, a dependência financeira e oneocolonialismo

O processo de descolonização

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Capítulo 14

Apropriação do espaço geográfico

na África

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A economia da maioria dospaíses africanos é baseada nodesenvolvimento de atividadesprimárias, e o grande volume daprodução destina-se àcomercialização e principalmenteà exportação.As atividades primárias que maisse destacam são a agricultura(monocultora de produtostropicais), introduzida durante acolonização por meio do sistemade plantation e as atividadesextrativas mineral e vegetal.

É nas atividades primárias que está empregada a maior parte dapopulação economicamente ativa (PEA) desses países, comalgumas exceções, como nos casos da África do Sul, Argélia,Egito e Tunísia. A atividade industrial é bem pouco difundida,sendo a África o continente com o menor índice deindustrialização no mundo.

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Pecuária

Extrativismo vegetalAgricultura Comercial

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A agricultura na África Islâmica - de forma tradicional, comrecursos técnicos básicos e de baixa produtividade.

A maioria dos camponeses dessa região se dedicam àatividades pecuárias ( de ovinos e caprinos)

Na África Subsaariana - grandes lavouras monocultorascultivadas em terras com maior fertilidade.

As atividades agropecuárias são praticadas de maneiras distintas na África Islâmica e na África Subsaariana.

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Mesmo com a presença do maior deserto domundo, o Saara com cerca de 10.000.000km²e também de muitas áreas de climasemiárido, na África Islâmica sãodesenvolvidos importantes cultivos agrícolas,principalmente nas regiões litorâneas daArgélia, Tunísia e Líbia, e nas áreas de solosférteis na margem do Rio Nilo, no Egito.

Rio Nilo - Egito

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• Na África Subsaariana são cultivadas: café, cana-de-açúcar,

amendoim algodão, chá, banana, abacaxi e cacau. Assim essa

região destaca-se como grande produtora e exportadora

mundial desses produtos.

• As condições climáticas limitam o desenvolvimento das

atividades agropecuárias em diversas regiões do continente

africano.

• No Saara o desenvolvimento da agropecuária de subsistência

restringe-se aos oásis espalhados na imensidão do deserto.

Os oásis são utilizador para irrigar

as áreas em sua volta permitindo

a produção de frutas, cereais,

hortaliças e pequenas criações de

animais.

Na África Islâmica, existem vários

oásis importantes para a

população que vive em meio do

Saara.Oásis no Saara - Argélia

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Por que muitos países africanos têm que importar alimentos?

• A agricultura de subsistência, ou para o consumo próprio, secaracteriza pelo uso de instrumentos e técnicas rudimentarese tem baixo rendimento.

• O lavrador faz a queimada para limpar o terreno e,posteriormente, com a enxada, tira os torrões de terra e faz asemeadura, utilizando as próprias cinzas, ricas em potássio,como fertilizante.

• O uso constante de queimadas prejudica o solo, obrigando oagricultor a se deslocar para outras áreas, onde reproduz omesmo sistema de cultivo. O fogo ateado às matas destrói osmicrorganismos do solo e transforma troncos e folhas emcinzas, impedindo a formação da matéria orgânicafundamental à manutenção da fertilidade do solo.

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Desertificação do Sahel• Nas últimas décadas, a região do Sahel tem sido afetada pelo avanço

da desertificação, processo que se inicia com a degradação das terras e leva solosprodutivos a se tornarem completamente estéreis, semelhantes aos desertos.

As principais causas dessa desertificação são:

• Desmatamento – cortes das árvores para lenha, cercas e quebra ventos;

• Criação de gado (pisoteio do gado destrói a vegetação e deixa o solo maisexposto, além de se alimentarem de galhos mais baixos e gramíneas);

• Construção excessiva de poços artesianos

que exauri os lençóis freáticos.

Poço artesanal no Senegal

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Uma estrutura fundiária desigual

• Na África Subsaariana, convive, lado a lado, uma agricultura monocultoracomercial, desenvolvida em grandes propriedades rurais, e umaagricultura de subsistência, realizada por comunidades que exploram aterra de forma coletiva.

• Nas comunidades nativas os agricultores são pobres e eles não recebemassistência do governo. A tecnologia é rústica e a produtividade é baixa. Jánas propriedades dos brancos, os recursos empregados são maisavançados (mecanização agrícola, sementes selecionadas, melhoramentogenético)

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A fome na ÁfricaCausas naturais

A África passa por uma crise de pobreza e fome, onde que umdas principais causas é a causa naturais que inclui a seca, clima,terremotos, inundações, pragas de insetos, falta de chuva eágua, falta de semente e muitas outras causas que já deixarammuitos mortos.

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Causas humanas

Citamos acima algumas causa da pobreza na África, porém apior delas é a causa humanas que inclui conflitos civis, guerrasque impedem a chegada de alimentos nas regiões, invasões,destruição de colheitas, distribuição ineficientes dos alimentose muito mais.

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E a monocultura, qual a sua relação com a fome? A produção monocultora produz reflexos sociais negativos, issoacontece porque o cultivo de alimentos (inhame, mandioca,sorgo), que fazem parte da dieta local, não é produzido para darlugar a produtos de exportação. Por não serem autossuficientesna produção de alimentos, esses países são obrigados a importar,o que agrava ainda mais os problemas ligados à fome.

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África –Mineração

A abundância de jazidas minerais foi um dosaspectos naturais da África que mais atraíram oscolonizadores europeus, os quais necessitavamcada vez mais de matérias-primas para abastecer acrescente industrialização de seus países.

• A maior parte do território africano é constituídode terrenos geologicamente muito antigos (Pré-Cambriano) e portanto bastante desgastados pelaação erosiva. Assim há um afloramento de rochase minerais.

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Atualmente, apenas cinco países africanos exploram jazidasde diamante em seus territórios, produzindo cerca de 45% dototal mundial desse mineral. Na Namíbia, no sudoeste daÁfrica, a exploração de diamantes e outros minérios, como ourânio, o chumbo e o cádmio gera grande parte do PIB. Amineração é realizada, sobretudo, por empresas europeias,norte-americanas e sul-africanas.

Mina em Botsuana no

sul da África.As minas de diamantessão exploradas desdeseu descobrimento.

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Rede de Transportes

O sistema de transportes é bastante precário e constitui um entrave aodesenvolvimento industrial africano. Implantado pelos colonizadores,tinha como principal finalidade possibilitar o escoamento de matérias-primas e gêneros agrícolas para os portos marítimos, de onde osprodutos seguiam para as metrópoles. Por isso, hoje a África ressente-seda falta de uma rede rodoviária e ferroviária que interligue eficazmentesuas regiões.

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Capítulo 15

Indústria urbanização e movimentos

populacionais na África

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Industrialização na África• A indústria africana é uma das mais

pobres do mundo.

• O setor que mais se destaca é o ligado àmineração. Mesmo a grande variedadede matérias-primas, sobretudo minerais,que poderia ser utilizada para promovera indústria africana, é destinadabasicamente ao mercado externo.

Atuando nesse panorama, as modestas indústrias africanas dedicam-se, em geral, ao beneficiamento de matérias-primas, comomadeiras, óleos comestíveis, açúcar e algodão, ou aobeneficiamento de minérios para exportação. As poucas cidades queapresentam algumas indústrias estão quase sempre no litoral.O sistema de transportes, bastante precário, constitui um entrave aodesenvolvimento industrial. A África ainda não possui uma rederodoviária e ferroviária que interligue eficazmente suas regiões.

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O setor industrial é muito limitado. Faltam capitais,tecnologia, mão-de-obra especializada, uma melhor rede detransportes e mercado consumidor pois o nível de renda dapopulação é muito baixo. A maior parte dos países africanosé dependente da importação de produtos industrializados.

Fatores que provocam deficiências no setor industrial:

falta de interesse por parte dos empresários locais e dasmultinacionais em investir na implantação de indústrias;

reduzido desenvolvimento tecnológico;

falta de mão-de-obra qualificada;

rede de transportes precária;

mercado consumidor restrito (com baixo poderaquisitivo).

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Economias dependentes, populações debilitadas.

• Na década de 1960, muitas nações africanas tornaram-seindependentes. Empréstimos foram concedidos a juros baixos paraserem empregados na construção de estradas, ferrovias, usinaselétricas, aeroportos, hospitais, escolas, entre outros.

• A maior parte dos empréstimos cedidos por bancos americanos eeuropeus foram desviados para fins militares, como a compra dearmamentos, ou para enriquecer membros corruptos do poderpúblico.

• Os juros desses empréstimos multiplicaram fazendo disparar o valorda dívida externa dos países.

• O pagamento da dívida tem comprometido grande parte do PIB devários países africanos, limitando a capacidade de investir emsetores (saúde e a educação para população.

• Foi construída apenas uma infraestrutura mínima na maioria dospaíses africanos, que passou a atender indústrias e empresasagrícolas multinacionais.

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A baixa qualidade de vida dos africanos é proveniente de diversosfatores. É possível apontar como os principais: a dívida externa e acorrupção.

A dívida externa consome grande parte da receita das nações,além disso, existe ainda o desvio de verbas, de recursos quedeveriam ser investidos em serviços sociais básicos (moradia,saúde, educação, entre outros); por isso, grande parte dapopulação africana não desfruta de políticas assistencialistas.Assim, a qualidade dos serviços públicos é precária, o que resultano pior IDH do mundo.

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A África é o continente que apresenta a maior taxa decrescimento vegetativo do mundo, cerca de 2% ao ano, fato queagrava ainda mais os problemas sociais existentes (epidemia dedoenças, fome, desemprego, e muitos outros). Se ocrescimento populacional africano continuar nesse ritmo, noano de 2020 a população absoluta do continente será deaproximadamente 1,3 bilhão de habitantes.

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Apesar de apresentar taxas de mortalidade elevadas emtodas as faixas etárias, as taxas de natalidade são altas, emmédia, 3,7% ao ano.A expectativa de vida é muito baixa, geralmente umafricano não vive mais que 49 anos. Desequilíbrio que afetadiretamente a população economicamente ativa, pois aquantidade de trabalhadores não é suficiente para manteros jovens que ainda não ingressaram no mercado detrabalho.

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Êxodo rural e urbanização na África

• Causas ligadas ao êxodo rural:

empobrecimento dos solos;

apropriação de áreas agrícolas e pastoris coletivas por propriedades monocultoras;

intensos conflitos políticos e étnicos

Geralmente as taxas de urbanização são muito elevadas nospaíses de maior desenvolvimento industrial. Porém, em paísespredominantemente agrários a população urbana vemcrescendo.

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Desigualdades no espaço urbano africano

Mesmo após o processo de descolonização da África, várioscentros urbanos continuaram apresentando o espaçodividido racialmente. O exemplo mais conhecido foi oApartheid.

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No continente africano existe falta de condições em diversasáreas. Nomeadamente na área de saúde e de acessos, a viase comunicações. Mas também têm falta de condições no quediz respeito ao comércio, educação, alimentação, queenvolve a produção agrícola e o clima que são fatoresnegativos pois contribuem para que continue a haver fomeem África.

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Grandes fluxos migratórios• Século XV e XVI – africanos para América – Escravos.

• Após século XIX – migrações internas em função da introdução das atividades de mineração e plantation.

• Recentemente – êxodo rural. Também tem migração de uma área rural para outra.

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Causas das migrações internas.

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Além dos fatores da migração interna, há outros fatores que têm causado as migrações externas:

• Crises econômicas• Governos Ditatoriais

Consequências:• Perda da PEA• Abandono de aldeias

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