Ano I • Número 2 • maio/2011 www.peloproximo.com.br A demência e a doença de Alzheimer Os benefícios da terapia assistida por animais no tratamento da doença A demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio global e progressivo das funções cognitivas. Caracterizando-se também por déficits cognitivos em múltiplas esferas não associados, necessariamente, com o prejuízo da consciência. O quadro é, geralmente de natureza crônica e progressiva, e sua evolução interfere sensivelmente com as atividades pessoais, sociais e de trabalho desses pacientes. Todas as demências têm em comum um grave prejuízo na habilidade de aprender novas informações (Brandt e Rich,1995). 1º Mutirão no Abrigo João Rosa foi um sucesso Toxoplasmose, polêmica global Feira de adoção em Nova Friburgo SP lança programa pioneiro de Cão-Guia no país (...) Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no indivíduo. Tais alterações são naturais e gradativas. Seu cão é agressivo? Veja as dicas Nise Silveira, a precursora da Pet Terapia no Brasil
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Ano I • Número 2 • maio/2011www.peloproximo.com.br
A demência e a doença de AlzheimerOs benefícios da terapia assistida por animais no tratamento da doença
A demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio global e progressivo das funções cognitivas. Caracterizando-se também por déficits cognitivos em múltiplas esferas não associados, necessariamente, com o prejuízo da consciência. O quadro é, geralmente de natureza crônica e progressiva, e sua evolução interfere sensivelmente com as atividades pessoais, sociais e de trabalho desses pacientes. Todas as demências têm em comum um grave prejuízo na habilidade de aprender novas informações (Brandt e Rich,1995).
1º Mutirão no Abrigo João Rosa foi um sucesso
Toxoplasmose, polêmica global
Feira de adoção em Nova Friburgo
SP lança programa pioneiro de Cão-Guia no país
(...) Envelhecer pressupõe
alterações físicas, psicológicas e
sociais no indivíduo. Tais alterações
são naturais e gradativas.
Seu cão é agressivo? Veja as dicas
Nise Silveira, a precursora da Pet Terapia no Brasil
Ano I • Número 2 • maio/2011www.peloproximo.com.br
EditorialCaros leitores,
A edição deste mês está recheada de
novidades. No 2º número do jornal,
abordaremos o tema Demência e Alzheimer
e os benefícios da terapia assistida por
animais no tratamento da doença com a
assistente social Rita de Cássia da
Associação Brasileira de Alzheimer. Uma
matéria especial sobre mitos e verdades da
castração, o programa pioneiro de Cão Guia
lançado este mês em São Paulo e vai
conhecer a brasileira precursora da pet
terapia no Brasil.
Na coluna Direito Animal, a Dra. Andréa
Lambert traz informações sobre a polêmica
da toxoplasmose muito discutida nos
últimos dias e esclarece a sua forma de
contágio.
Teremos também uma seção de dicas de
primeiros socorros que você poderá aplicar
no seu animal de estimação em uma
situação emergencial.
Os outros destaques, ficam por conta do
mutirão realizado em prol do Abrigo João
mmmmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmm
Rosa para os nossos amados anjos de
quatro patas e a Feira de Adoção do Projeto
AmiCão AmiCat realizada em Nova Friburgo
com os cães e gatos resgatados em parceria
com o Pêlo Próximo.
E, por fim, saberão um pouco mais sobre o
programa de rádio "Sempre Pelos Animais",
comandado pela nossa amiga Luisa
Nóbrega.
Tenho certeza de que todos irão adorar!
mmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmm
Roberta AraujoCoordenadora Geral do Projeto Pêlo Próximo
02
Editorial
ROBERTA ARAÚJO - COORDENADORA DO PROJETO PÊLO PRÓXIMO
“ p e r d o a d o s ” p o r s e r e m m i ú d o s e
aparentemente indefesos.
Aqui vamos abordar os motivos mais comuns
para esse tipo de problema.
O primeiro passo para tratarmos o cão
agressivo é saber o que motiva a
agressividade.
E x i s te m v á r i a s c a u s a s p a r a e s s e
comportamento. Mas antes de procurar ajuda
de um adestrador ou comportamentalista,
leve-o ao veterinário. Faça no bichinho uma
série de exames que descartem problemas de
saúde. Os animais também ficam mal-
humorados se estiverem sentindo dor ou
irritação.
Bem, descartando a doença, a agressividade
pode ter outros motivos. Os mais comuns são:
Neste caso, temos que acima de tudo fazer
com que o cão confie em nós. É um processo
lento e que exige muita paciência de toda a
família.
Alguns cães quando estão com medo, podem
ter seu instinto de defesa ativado. Ele pode
achar que tal situação ou pessoa oferece
perigo, então poderá morder para se
defender.
Fazer com que o cão sinta-se integrante da
matilha e socializá-lo, são exercícios
fundamentais e que vão ajudar no processo
de ligação entre você e o peludo.
Mas lembre-se: Assim como existem pessoas
diferentes, cada cão tem seu próprio tempo
para aprender. Não exija demais, seja
paciente. Quando se consegue estabelecer a
comunicação com o cão, o resultado é
maravilhoso.
Esse tipo de problema é muito comum
quando os donos tratam o cão com excesso
de carinho e atenção, isto é, não conseguem
impor limites.
A linguagem humana e a canina são muito
distintas. Quando um cão percebe que
consegue "manipular" os membros da casa,
está entendendo que ele é o mais forte. A
partir daí só Deus sabe o que pode acontecer.
mmmmmmmmmmmmmmmmm
Agressão por medo
Agressão por dominância
Um cão não negocia, não pede “por favor”. Sei
que para as leis humanas isso pode soar um
tanto cruel, injusto... Mas para os cães não
existe igualdade de direitos.
Quando o dono não tem conhecimento dessas
leis, corre o grande risco de permitir que o cão
se torne o líder supremo. Tente mexer na
vasilha de comida ou simplesmente tirar do
lugar preferido um cão que se acha líder da
casa! O primeiro engraçadinho que ousar leva
uma dentada ou na melhor das hipóteses um
bom e alto rosnado dizendo: “Quem você
pensa que é para me desafiar assim?”
Vejo muitos casos em que o cão está com o
seu dono e quando outra pessoa se aproxima,
ele late, rosna e em alguns casos chega até a
morder. A atitude mais comum que vejo é o
dono acariciar o cachorro e falar num tom
macio: “Calma, tudo bem, é amigo.”
Bem, partindo do princípio que o cão não fala
português e entende o nosso tom de voz e a
nossa postura, nesse momento o dono está
passando a seguinte informação para o cão:
“Isso, muito bem! É isso que quero que você
faça!”
Confesso que em alguns casos percebo
claramente que o dono “gosta” dessa
demonstração de “amor” e “proteção” do seu
fiel escudeiro. Bem... Lamento informar que
agindo assim você não tem um cão, você tem
um problema. Costumo falar que esse é um
típico caso onde o cão tem um humano e não
ao contrário.
Para evitar dramas como esse, eduque seu
cão para que ele entenda que é muito amado,
mas quem manda é você! Não abra exceções!
Ele não vai ficar chateado ou magoado se a
família mostrar a ele o seu lugar na
hierarquia. Muito pelo contrário! Ele se sentirá
protegido e amado, portanto será muito mais
calmo e feliz.
mmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmm
Elaine Natal - Adestradora especialista em
comportamento canino
Tel: (21) 9786-1220 / 8045-6820
www.clubedaspatinhas.com.br
Coluna comportamento animal
Palestra
Projeto Pêlo Próximo realiza palestra para os novos voluntários no Centro de Estudos Costa Leivas
Encerramos a última etapa de seleção dos
novos voluntários do Projeto Pêlo Próximo,
com a palestra da coordenadora Roberta
Araújo, que esclareceu a importância do
trabalho realizado nas instituições visitadas e
a p r o v e i t o u p a r a r e a f i r m a r o
comprometimento de todos que estão
entrando no grupo. Durante a palestra, os
novos voluntários tiveram oportunidade de
t i r a r d ú v i d a s t a m b é m c o m a
c o m p o r t a m e n t a l i s t a E l a i n e N a t a l ,
adestradora e comportamentalista do Pêlo
Próximo e com a Dra. Renata Leivas,
veterinária parceira do Projeto. As visitas dos
voluntários e pets terapeutas deste mês de
maio já estão agendadas.mmmmmmmmm
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08
Um programa especial dedicado aos nossos animais
Todos os sábados, a partir das 12h00, na Rádio
Continental AM 1520AM, a psicóloga e amante
dos animais, Luisa Nóbrega, apresenta o
programa Sempre Pelos Animais, com
assuntos voltados para os nossos melhores
amigos.
O Programa Sempre Pêlos Animais teve inicio
em Maio 2010, a partir de uma parceria com a
Rádio Continental, onde Luisa atua na
produção e apresentação de forma voluntária
com o objetivo de levar informação e
conscientizar as pessoas para a participação
ativa pela justiça e bem estar animal. Além
disso, o programa conta ainda, com enquetes,
dicas de livros, filmes, sites, noticias,
entrevistas divulgação de eventos em prol do
bem estar animal.
Luisa Nóbrega atua há cerca de 10 anos em
proteção de animais, principalmente na área
educativa, mas também auxiliando em
adoções, encaminhando para esterilizações e
procura sempre destacar a importância dos
animais de estimação para a saúde e
desenvolvimento equilibrado das pessoas.
O programa tem sua divulgação através da
Internet (Orkut, Twitter e Facebook), além de
um mailing de pessoas que amam os animais e
que recebem semanalmente a pauta do
programa. O sucesso é tanto, que Luisa já
conquistou ouvintes de Portugal, França e
Colômbia.
Para quem tiver oportunidade de acompanhar
o programa aos sábados, a transmissão é feita
também pelo site da Radio Continental em
tempo real, alcançando assim grande número
de ouvintes.
O destaque do programa é o quadro de
ENTREVISTAS, que conta sempre com a
participação de profissionais da área de saúde
e comportamento animal, advogados,
representantes de ONGs, da Prefeitura e de
projetos que beneficiem os animais.
Para os vegetarianos, o programa reserva ainda
um quadro de CULINÁRIA NATURAL, com o
objetivo de estimular a redução do consumo de
carne, pelo bem dos animais e pelo equilíbrio
ecológico. No ultimo sábado de cada mês, a
nutricionista Michelle Panizza, apresenta uma
receita simples e saborosa para os ouvintes e
para os ouvintes que participam da enquete do
d ia , o so r te io de um a lmoço com
acompanhante no Restaurante Bardana
Natural.
-“Nosso objetivo é incentivar o consumo de
produtos conscientes, procurando divulgar e
estabelecer parcerias com empresas que não
testam seus produtos em animais” – finaliza
Luisa.
Programa SEMPRE PELOS ANIMAIS Produção e Apresentação: Luisa Nobrega - RJTel.:(21)9317-4599Rádio Continental 1520AMwww.continental1520.com.brDia: Sábados - Horário: das 12 às 13h Orkut/facebbok: [email protected]: @sempreanimais
Voluntários doam seu tempo para ajudar animais abandonados
09
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A demência e a doença de AlzheimerOs benefícios da terapia assistida por animais no tratamento da doença
O envelhecimento populacional trás
consigo novas realidades. Estudos
epidemiológicos afirmam que a
incidência de pessoas portadoras de
incapacidades variam de 0,2% a 20% no
total da população.
(...) Envelhecer pressupõe
alterações físicas, psicológicas e sociais
no indivíduo. Tais alterações são
naturais e gradativas.
Neri (1995:73) coloca que: O
g r a n d e d e s a f i o h o j e é v e r o
envelhecimento numa perspectiva de
desenvolvimento, isto é, conciliar os
conceitos de envelhecimento e
desenvolvimento ao longo da vida. Um
bom desenvolvimento significa um bom
envelhecimento. Ou seja, o alicerce de
uma boa velhice se encontra na infância
e na juventude. Isso quer dizer que
desenvolvimento e envelhecimento são
processos concorrentes significa que as
mudanças evolutivas classificadas
como crescimento, ganho ou progresso
e, as que apontamos como perdas e
degeneração se fazem presentes da
infância à velhice.
A Demência: Aspectos gerais
A demência é uma síndrome caracterizada
pelo declínio global e progressivo das funções
cognitivas. Caracterizando-se também por
déficits cognitivos em múltiplas esferas não
associados, necessariamente, com o prejuízo
da consciência. O quadro é, geralmente de
natureza crônica e progressiva, e sua
evolução interfere sensivelmente com as
atividades pessoais, sociais e de trabalho
desses pacientes. Todas as demências têm
em comum um grave prejuízo na habilidade
de aprender novas informações (Brandt e
Rich,1995).
O diagnóstico de doença de Alzheimer é
baseado em exames clínicos, excluindo-se
outras causas possíveis para o transtorno.
Nenhum tes te i so ladamente pode
estabelecer o diagnóstico.
Segundo os critérios do Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-IV
(1995), a demência tem como característica
principal o desenvolvimento de múltiplos
déf ic i ts cogni t i vos , ent re estes , o
comprometimento da memória e pelo menos
mais uma função, tais como: afasia (prejuízo
da linguagem), apraxia (prejuízo da
capacidade de executar atividades motoras,
apesar de não apresentar comprometimento
n a s e s t r u t u r a s r e s p o n s á ve i s p e l a motr ic idade) , agnosia (pre ju ízo no reconhecimento ou identificação de objetos, apesar do funcionamento sensorial estar intacto) ou prejuízo do funcionamento executivo (comprometimento da capacidade para planejar, organizar, sequenciar e abstrair, etc.).Estes déficits cognitivos devem ser graves a p o n to d e te r e m r e p e r c u s s õ e s n o funcionamento social ou ocupacional do indivíduo, com prejuízos em relação a um funcionamento anterior. Além disso, podem estar associados a sintomas psicológicos e compor tamentais como: ansiedade, depressão, perturbações do humor e do sono, delírios, alucinações, que podem levar ao stress no meio familiar (DSM-IV, 1995).
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Ano I • Número 2 • maio/2011
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Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer (DA) é a forma mais
comum de demência (LOPES e BOTTINO,
2002; RODGERS, 2004) e foi descrita pela
primeira vez em 1906, por um psiquiatra
alemão chamado Alois Alzheimer (1865-
1915), que identificou em uma de suas
pacientes, a senhora August D., um quadro de
d é f i c i t d e m e m ó r i a , a l t e r a ç õ e s
comportamentais e incapacidade de realizar
atividades rotineiras. A essa descrição ele
adicionou duas alterações anatômicas que
encontrou ao examinar o cérebro da senhora
August, após sua morte. O nome da doença foi
uma homenagem à importante descoberta
feita pelo Dr. Alzheimer.
A doença de Alzheimer é um tipo específico de
demência. Sendo a mais comum das
síndromes neurocomportamentais e a que
produz maior deterioração da saúde e da
qualidade de vida. O quadro é geralmente de
natureza crônica e progressiva e, sua
evolução interfere sensivelmente com as
atividades pessoais, sociais e de trabalho
desses pacientes.
Estágios clínicos
Durante o processo de envelhecimento, 15%
das pessoas desenvolvem incapacidade
cogni t iva progress iva . Deste tota l ,
aproximadamente 5% das pessoas acima de
65 anos e 20% das pessoas acima de 80 anos
desenvolvem demência de grau moderado a
grave. A mais importante causa de demência,
e de maior incidência, é a doença de
Alzheimer (DA) (Bottino e Almeida,1995).
O esquecimento é o sintoma que acontece
mais precocemente, mas pode ser difícil de
detectar nos estágios iniciais da doença. A
memória para eventos recentes apresenta-se
inicialmente mais comprometida que a
memória para eventos remotos. Outras
dificuldades cognitivas são os déficits de
atenção e concentração, alterações de
comportamento, outros sintomas e sinais
psiquiátricos.
O início do quadro nem sempre pode ser bem
delimitado e há poucas queixas do paciente.
Do ponto de vista clínico, a doença se inicia
com comprometimento cognitivo progressivo,
com redução da capacidade de registrar
informações, com esquecimentos de fatos e
situações no curto prazo, progredindo para a
perda de memória das informações de médio
e longo prazo. O indivíduo passa a ter mais
dificuldade em se exprimir, faltam-lhe
palavras ou frases, as suas rotinas diárias,
m e s m o b á s i c a s , s e to r n a m m a i s
complicadas, e há desorientação no tempo e
no espaço, mesmo em relação aos locais nos
mmmmmmmmmmmmmmm
da doença de Alzheimer (DA) costuma ser didaticamente descrita em três estágios. O curso da doença de Alzheimer é lento, insidioso e sua investigação requer o afastamento de todas as possibilidades e evidências patológicas passíveis de serem encontradas nas demais demências. Sua evolução apresenta estágios bem distintos, com comprometimentos a nível cognitivo e funcional bem delimitados: o primeiro, que geralmente dura de 2 a 3 anos, é caracterizado pelo distúrbio da memória, que habitualmente é o prime iro sintoma a ser percebido, além de alterações das funções visuo-espaciais, da linguagem, aprendizado e concentração, fazendo com que o indivíduo tenha dificuldades em lidar com situações mais complexas. Problemas de memória envolvendo particularmente fatos recentes são comuns. Discretas alterações de personalidade como: menor espontaneidade ou certa apatia, tendência a evitar contatos sociais e desinteresse também ocorrem nos estágios iniciais da doença. O segundo estágio é caracterizado por uma deterioração mais acentuada da memória e pelo aparecimento de sintomas como afasia, apraxia e alterações visuo-espaciais. Surgem dificuldades do pensamento abstrato ou redução do desempenho intelectual. O indivíduo começa a ter dificuldades com cálculos numéricos, com a compreensão de textos ou com a organização de sua rotina d iá r ia de t raba lho . A l te rações de comportamento e da aparência podem ser o b s e r v a d a s , b e m c o m o a g i t a ç ã o , irritabilidade, teimosia e redução na capacidade de se vestir adequadamente. Sintomas extrapiramidais podem ser observados em alguns pacientes como: alterações de postura, de marcha, de tônus muscular e sinais de parkinsonismo. O terceiro estágio ou estágio terminal, todas as funções mentais estão gravemente afetadas. A pessoa atingida torna-se confusa ou desorientada em relação ao tempo e espaço. Pode divagar ou confabular tornando-se incapaz de estruturar uma conversa, c o m u n i c a n d o - s e a t r a v é s d e s o n s incompreensíveis ou permanecendo em mutismo. Mostra-se desatento, não cooperativo, com bruscas alterações de humor, ficando progressivamente acamada, com incontinência urinária e fecal, tornando-se totalmente incapaz de cuidar de si própria. Podem aparecer sinais e sintomas neurológicos como rigidez, tremor, reflexos primitivos e crises convulsivas. A deterioração corporal é rápida e a morte se dá em conseqüência de problemas que ocorrem em estados de grave deterioração da saúde. A duração média da doença desde o início da sua manifestação até a morte pode variar de 2 anos a mais de 20 anos.
quais a pessoa esta habituada a conviver.
Geralmente um familiar busca ajuda ao
perceber alguma incapacidade de adaptação
a um evento estressor, perda e/ou mudança,
algum comportamento inadequado ou
mesmo fuga. O indivíduo passa a extraviar
pertences, esquecer o fogão ligado, repetir
perguntas e histórias e, a perder-se em locais
familiares.
Os 3 A's em doença de Alzheimer: agnosia
(dificuldade em reconhecer faces, pessoas ou
identificar objetos), afasia (dificuldade para
denominar objetos, gerar ou executar a
palavra e/ ou compreender a palavra falada),
apraxia (dificuldade em executar atos
motores simples ou complexos), causam
grandes transtornos para todos os envolvidos
n o c u i d a d o c o m o p a c i e n t e .
Nos estágios finais observa-se que o
comprometimento da função do aparelho
cognitivo como mediador da relação sujeito
com o ambiente e com os outros, colocando
nas mãos do “cuidador” a responsabilidade
de oferecer um cuidado que, não apenas
garanta a manutenção da vida, mas que
sustente a dignidade do individuo e uma
subjetividade possível. Na literatura
especializada a sintomatologia
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A d e m ê n c i a é u m a s í n d r o m e
neuropsiquiátrica decorrente de inúmeras e
diferentes causas que podem ser reversíveis
ou não.
Os estudos epidemiológicos indicam que
entre as demências, a do tipo Alzheimer vem
se configurando como a doença de maior
prevalência e incidência na população idosa.
No entanto, não é raro encontrar casos
iniciados antes dos 65 anos, casos esses
considerados de início pré-senil e cuja
atenção é menor em relação ao grupo idoso
(Engelhardt et al., 2001).
Em vir tude dos diferentes quadros
demenciais existentes, o declínio das
capacidades cognitivas constitui um
instrumento relevante numa formulação
diagnóstica para as demências que, segundo
o DSM-IV (1995), é imprescindível que haja a
presença de declínio da memória, seguida da
manifestação de mais um dos itens abaixo
relacionados: afasia, apraxia, agnosia e
perturbação do funcionamento executivo –
atividades que envolvam a capacidade de
planejamento, organização, discernimento,
julgamento, abstração. A prevalência de
demências na velhice possui diferentes
representações e repercussões no contexto
econômico, político, social e cultural, assim
como entre as pessoas e as famílias afetadas.
Hoje temos a mídia cada vez mais
notificando-nos de todas as descobertas e,
matérias explicativas sobre várias doenças.
Mesmo assim, o diagnóstico de uma doença
degenerativa tende a ser representado pelo
paciente e sua família com uma exclusão
social.
A doença de Alzheimer pode ser considerada
u m a d o e n ç a f a m i l i a r p o r , m u d a r
drasticamente o cotidiano das famílias. É
necessário que se busque conhecer e
identificar toda a trajetória da demência para
que se possa entender a percepção e o
significado desse evento na vida das famílias,
dos portadores e cuidadores.
O modo como a família lida e maneja com o
diagnóstico de doença progressiva, depende
de muitos fatores entre eles podemos citar:
rede de apoio formal e informal.
As doenças dos idosos, em geral, são
crônicas, múltiplas, perduram por vários
anos, exigem serviços de saúde, demandam
de cuidados permanentes e podem gerar
dependência e incapacidade.
Destacamos também o sentimento de perda
que se renova a cada dia com o agravamento
dos sintomas, a frustração perante a ausência
ou chance de cura, a irritabilidade, o
afastamento do convívio social e, o
sentimento de não estar fazendo o suficiente.
mmmmmmmmmmmmmmmmmmm
mmmmmmm
Benefícios da terapia assistida por animais
no tratamento da doença
Abordamos a demência e a doença de
Alzheimer e, como falarmos da participação
desses pacientes em Terapia utilizando
animais? Com a evolução da doença o doente
perde muitas habilidades. Ao depararmos
com esse trabalho visualizamos um resgate
no tempo. Lembranças de animais e, também
nos surpreendemos com: lembrar nomes e se
recordar de um cão que não estava presente
n a q u e l e d i a . . . m e m ó r i a r e c e n t e
A Terapia Assistida com Animais demonstrou
ser uma atividade que minimiza os efeitos
negativos do envelhecimento acompanhado
de uma doença crônica degenerativa e
progressiva. As brincadeiras desenvolvidas
com os animais permitem criar meios de
manter a mente, as emoções, a comunicação
e os relacionamentos em atividade.
O idoso traz uma bagagem da infância, a
vivência de jovem e de adulto e, mais a sua
experiência atual da velhice, o que o leva a
possuir certamente o significado do lúdico
(terapêutico).
A atividade lúdica desenvolvida pela Terapia
Assistida com Animais (TAA) oferece
mmmmmmmmmmmmmmm
múltiplos benefícios, possibilita o dialogo
sobre diferentes opiniões (raças de cães,
pássaros, tamanhos, cores...), regras (quando
e para quem jogar determinado objeto), jogos
(boliche, escovação...) e experiências (nome
do seu animal, de quem ganhou, para quem
deu...).
O trabalho realizado com animais é uma
forma de estimulação geral (cognitiva e
funcional).
Os desafios desse trabalho demandam em
adaptações para os jogos, o toque, o
acariciar... Existindo com os animais e os
terapeutas uma troca permanente de afeto,
de carinho, de sentimentos, lembranças da
infância.. .
Com a terapia tudo revive, o corpo não usado,
a mente parada, afetos anestesiados e os
"amigos de 4 pa t as” e sque c idos .
É uma atividade muita rica para trabalhar
com idosos, uma vez que promove o falar do
seu passado, a aceitação de normas e/ou
regras para a atividade, a verbalização, a
percepção visual, o exercício físico em si,
como também poder reconstruir fatos de uma
determinada época de sua vida...
mmmmmmmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmm
Rita de Cassia Maia Ribeiro
Assistente Social
Especialista em Gerontologia
Especialista em Psicogeriatria
Ano I • Número 2 • maio/2011
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www.pousadaresidencial.com
SP lança programa pioneiro de Cão-Guia no país
O governador Geraldo Alckmin lançou dia 20,
o Programa do Cão-Guia e anunciou a
construção do Centro de Referência para o
Cão-Guia em um prédio sustentável, na USP.
O p r o j e t o t e m c o m o o b j e t i v o a
implementação do Centro de Referência para
o Cão-Guia em parceria com a Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
(FMVZ). O valor da obra está orçado em R$ 2,5
milhões. Além da criação e treinamento de
cães-guia para pessoas com deficiência
visual, o programa definirá os parâmetros em
relação ao uso do cão-guia e os métodos de
treinamento.
“Duas notícias boas: primeiro, o Centro de
Treinamento e Estudos do Cão-Guia e, a outra,
o programa, através da secretaria dos Direitos
da Pessoa com Deficiência. Nós temos 145
mil pessoas cegas no Estado de São Paulo, e
perto de dois milhões de pessoas com
deficiência visual. E o cão-guia vai dar mais
liberdade para as pessoas pegarem o metrô, o
trem, poderem ir aos espaços públicos,
poderem se locomover com mais segurança,
com mais tranquilidade”, declarou Alckmin.
Os filhotes de cachorro que farão parte do
treinamento serão entregues, em um
primeiro momento, a uma família adotiva,
selecionada pelo programa, e que cuidará do
cão durante um ano.
visitados mensalmente por
um membro do Centro para verificar o
desenvolvimento do animal.
Após o primeiro ano com a família, o cão é
encaminhado ao Centro de Treinamento, por
onde passará por um adestramento intensivo,
específico para guia de cegos. Nessa etapa, o
animal será avaliado permanentemente por
treinadores qualificados, contratados pelo
centro e avaliados clinicamente por
veterinários da FMVZ.
O treinamento terá duração de quatro a seis
meses, dependendo da evolução do animal.
Centro será o primeiro público deste tipo no
País
O prédio do Centro de Referência foi
planejado para ser um edifício sustentável,
levando em consideração o respeito ao meio
ambiente. Ele terá captação de água da chuva
para reuso e prevê o uso de equipamentos de
geração de energia passiva (como a energia
solar).
Além disso, as áreas de canis, destinadas à
permanência , apoio , t ratamento e
treinamento, terão baias cobertas e
descobertas para cães em treinamento,
Os filhotes serão maternidade e filhotes, isolamento, adoção e
sala de banhos para os cães. O local terá
capacidade para até 92 cães.
Serviço:
Escola de Cães-Guia Helen Keller
www.caoguia.org.br
Projeto Cão-Guia - ONG Integra
www.projetocaoguia.com.br
Cão Guia Brasil
http://www.caoguiabrasil.com.br
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14
Boa noite, Elaine. Tenho um cachorro (SRD) de 1 ano e 5 meses, inteligente,super
ativo,"limpíssimo"e muito agressivo com estranhos! Quinta passada tive uma experiência
horrorosa: ele mordeu uma pessoa. Mordeu MESMO!A minha pergunta é: sendo um cão
amado e bem tratado, de onde vem essa agressividade toda? É "genético","hormonal" ou
comportamental? Moro em uma casa com bom espaço, ele tem atenção, é MUITO querido,
mas algumas vezes, até brincando, ele me machuca!O que você acha dos florais? O q posso e
devo fazer p melhorar essa agressividade?Aguardo sua resposta. Um abraço. Daniela
Medrado/RJ
Olá Daniela,
? A agressividade pode ser Genética, Hormonal ou comportamental.
? Os florais funcionam muito bem quando aliados ao treinamento e aulas comportamentais.
? Ele tem espaço, atenção, amor, carinho, porém você deve estar esquecendo de impor
regras. Pela sua narrativa, seu cão é o que chamamos de dominante. Para ele na hierarquia,
ele está sempre no topo, o líder. O que nós chamamos de "família, o cão vê como "matilha",
porém com regras diferentes. Na matilha, é necessário que exista um líder! Para a maioria
dos donos, ser um líder significa que o cão vai gostar menos dele. Isso é um grande engano! É
impressionante o carinho e a alegria demonstrados pelos cães quando o líder os agrada, ou
quando volta de uma caçada ou de algum passeio. Se você conseguir ser o líder do seu cão,
ele o respeitará e amará muito mais. Entender como funciona o mundo canino, lhe dá uma
nova visão sobre seu cão e também a forma correta como ele deve ser educado. Os valores
dos cães são diferentes dos nossos e quanto menos relutarmos em aceitar este fato, menos
problemas teremos.
Cartas dos leitores
Algumas dicas para ter um cão submisso e feliz
?Castração. A testosterona é um dos motivos da agitação, marcação de território e até
agressividade. Quando um cão é castrado, ele para de produzir a testosterona, ficando assim
muito mais fácil ter controle sobre ele. Além disso, é comprovado que diminui em até 99% a
chance de ele ter tumores ou câncer de próstata.
?Não permitir que o cão puxe na hora de passear
?Não deixe que coloque as duas patas dianteiras sobre o dono – isso em cães dominantes,
não é um abraço, é um desafio: Na matilha, subir em outro cão com as patas da frente é sinal
de desafio.
?Nunca permitir que ele rosne para ao dono ou para qualquer membro da matilha/família
?Socializar seu cão com o mundo lá fora (outros cães, pessoas, barulhos e lugares
diferentes, exercícios, Correr, brincar com outros cães, ser submisso ao seu líder, ter comida e
água, um lugar para dormir bem, viver numa matilha estável e controlada).
?Não deixar que o cão impeça que o dono passe
?Sempre alimentar o cão depois de você e sua família comer
?Não deixar brincar de morder, mesmo que seja de brincadeira (lembram de como os
filhotes determinam a hieraquia?).
?Sempre escovar seu cão. Na matilha, só o líder tem o direito de manipular os outros
membros da matilha, além de fortalecer o vínculo entre vocês.
Para casos de cães extremamente dominantes, além de um dono com postura firme, pode-
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Amicão & Amicat consegue adoção para 57 animais em Nova FriburgoCampanha contou com o apoio do Projeto Pêlo Próximo
Pêlo Próximo quer levar a terapia animal para Nova
Friburgo
Até o final deste ano, o Projeto Pêlo Próximo,
atravessará a ponte para desenvolver em parceria
com o Amicão & Amicat, o trabalho de pet terapia nas
instituições de idosos e orfanatos de Nova Friburgo. O
grupo irá selecionar alguns animais do projeto, que se
enquadram no perfil exigido e dará início a um
trabalho de adestramento para preparar esses cães
para as visitas, que serão realizadas mensalmente na
cidade. Além de beneficiar centenas de pessoas que
perderam tudo nas enchentes , os cães que serão
selecionados pela equipe.
"Nossa idéia é mostrar que todo o animal tem o seu
valor, independente de ter ou não um dono. Ele
também pode dar e receber amor, levar alegria e
qualidade de vida aos visitados”.- afirma Roberta
Araújo, coordenadora geral do Pêlo Próximo.
A primeira campanha de adoção de animais
de Nova Friburgo, organizada pelo Projeto
Amicão & Amicat, em frente ao IENF, na Praça
Dermeval Barbosa Moreira no dia 16 de abril,
atingiu um número recorde de adoções. A
campanha teve um público estimado de 400
pessoas e 57 animais foram adotados (21
gatos e 36 cães).
A campanha de adoção, que contou com o
apoio do Projeto Pêlo Próximo, teve por
objetivo incentivar a adoção de cães e gatos
que foram resgatados durante a enchente
que perderam seus donos e conscientizar a
população contra o abandono desses
animais. Todos os adotantes preencheram
uma ficha e receberam um manual de
p r o c e d i m e n t o s , e l a b o r a d o p e l a
comportamentalista Elaine Natal, para
auxiliar na adaptação do novo membro da
família.Para maiores informações sobre o Projeto
Amicão & Amicat, entre em contato através dos
telefones (22) 9289-5352|(22) 9212-6756 ou
visite o site www.amicaoamicat.com.br
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Ano I • Número 2 • maio/2011
Nise da Silveira a precursora da pet terapia no BrasilO auxílio dos animais aos pacientes psiquiátricos
Nise da Silveira nasceu em 1906, em Maceió.
Foi a única mulher, entre os 156 alunos da
Faculdade de Medicina da Bahia, que
graduou-se em 1926. Em 1927 seu pai
morreu, a mãe mudou-se para a casa do pai, e
Nise, decidida como sempre, pegou um navio
para o Rio de Janeiro. Começou sua carreira
em psiquiatria no hospital que na época era
popularmente chamado de hospício da Praia
Vermelha (hoje Hospital Pinel), em 1933.
Nas décadas de 50 e 60, a psiquiatra
junguiana Nise da Silveira utilizou animais na
terapia de pacientes internos. Ela percebeu a
facilidade com que esquizofrênicos se
vinculavam a cães. Em seu trabalho pioneiro
com essas pessoas, a médica desenvolveu o
conceito de afeto catalisado. Ela parte da
idéia de que é importante que o paciente
conte com a presença não invasiva de um co-
terapeuta que permaneça com o doente,
funcionando como ponto de apoio seguro a
partir do qual o doente possa se organizar
psiquicamente. Após ilustrar exemplos de co-
terapeutas humanos, Silveira afirma que
animais são “excelentes catalisadores”.
Segundo ela, eles “reúnem qualidades que os
fazem muito aptos a tornar-se ponto de
referência estável no mundo externo”,
facilitando a retomada de contato com a
realidade.
A aproximação dos internos do Centro
Psiquiátrico Pedro II no Rio de Janeiro,
começou por acaso quando foi encontrada
uma cadelinha abandonada e faminta no
terreno do hospital. Silveira tomou-se nas
mãos e, percebendo a atenção de um dos
internos, perguntou-lhe se gostaria de tomar
conta do bichinho “com muito cuidado”.
Diante da resposta afirmativa, a psiquiatra
deu o nome à cachorrinha de Caralâmpia
(personagem da A terra dos meninos pelados
de Graciliano Ramos, inspirada em Nise da
Silveira). Os resultados terapêuticos da
incumbência assumida pelo paciente foram
excelentes. Em sua obra, a médica faz
referência a outros casos em que ocorrem
relações afetivas entre pacientes e animais:
Abelardo, paciente temido por sua
irritabilidade e força física, assumia postura
tranqüila e centrada quando tomava conta de
alguns cães e gatos, mostrando-se apto a
cuidar deles e investir afeto. Já a paciente
Djanira teve sua capacidade criativa como
pianista retomada por meio da relação com
bichos. Nem sempre, porém as relações eram
amistosas. “Os animais recebem também
mmmmmmmmmmmmmmmm
projeções de conteúdos do inconsciente que os tornam alvos de ódio ou temor excessivo”, escreveu
a psiquiatra (Sabia Althausen)
Frases de Nise da Silveira:
“O cão é um animal ideal para esse papel. Dá afeto incondicional sem pedir nada em troca, não
provoca frustrações, traz alegria ao ambiente do hospital”.
“Um dia, apareceu por lá uma cachorra que os funcionários estavam sempre enxotando. Então
eu botei nela o nome de Nise e disse para eles: agora, vocês vão ter que enxotar a chefe do
serviço: "Passa fora, Nise...”
“Já os gatos são esquivos, têm uma maneira de querer bem talvez mais semelhante à dos
esquizofrênicos. São os meus mestres e grandes companheiros”.
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Mitos e verdades sobre a castração de cães e gatos
A palavra castração assusta. Muitas pessoas
ainda associam castração à mutilação
gratuita e crueldade. Comprovações
científicas desmentem o preconceito e
mostram que a esterilização previne vários
problemas de saúde dos animais domésticos.
A castração consiste em uma cirurgia feita em
cães e gatos, fêmeas e machos, para impedir
que se reproduzam sem controle. Para cada
bebê que nasce, 15 cães e 45 gatos também
podem nascer. Em seis anos, uma cadela e
seus descendentes podem gerar 64 mil
filhotes!!
No caso das gatas esse número é ainda maior.
Isso expl ica o grave problema da
superpopulação desses animais, com a morte
de milhares deles. Isso pode ser evitado por
meio da informação.
Como funciona?
Consiste na retirada do útero, trompas e
ovários, no caso das fêmeas. Nos machos, na
retirada dos testículos
A cirurgia, feita com anestesia geral, é
simples, mas deve ser executada apenas por
veterinários devidamente habilitados. Em
torno de uma semana o animal estará
totalmente recuperado.
A castração pode ser feita a partir dos 2
meses de idade. Para as fêmeas é
recomendado castrar antes do primeiro cio.
mmmmmmmm.
1) Diminui drasticamente o risco de doenças nas vias uterinas, do câncer de mama, útero, próstata e testículos;
2) Elimina a Gravidez Psicológica, comum em algumas fêmeas após o término do cio, o que ocasiona aumento das mamas (muitas vezes com edema), a produção de leite e irritabilidade excessiva;
3) Elimina o risco do câncer dos órgão genitais;
4) Diminui o risco das fugas e brigas, que podem acarretar acidentes graves e até fatais;
5) Acaba com os latidos, uivos e miados excessivos que ocorrem por ocasião do cio;
6) Elimina os estados de excitação por falta de cruzamento (e o embaraço com as visitas!);
7) Elimina a inconveniente perda de sangue das cadelas no período de cio, assim como as desagradáveis reuniões de machos na porta de sua residência;
Mitos sobre a Castração:
1)"Castração engorda?”O animal não engorda devido à castração e sim pela diminuição de suas atividades físicas, necessitando, portanto, mais exercícios. A quantidade de alimento também poderá ser diminuída.
2)"Eu não posso pagar!”O custo da operação será amplamente compensado por futuros gastos com alimentação, vacinas, etc. do animal gestante e das crias. Ou de eventuais complicações no parto ou ainda despesas com cirurgias e medicamentos decorrentes de doenças em animais não castrados (ex. Piometra). Hoje, várias clínicas realizam castrações a preços reduzidos ou facilitam o pagamento.
3) “Eu sempre arrumo pra quem dar os filhotes”Nem sempre isso é verdadeiro, sendo mais comum a atitude de querer se livrar de um problema. É sempre bom lembrar que uma fêmea pode gerar dezenas de filhotes que, por sua vez, crescerão e terão outras crias, multiplicando o problema. Para que deixar novos filhotes nascerem se não há lares suficientes para os que já existem?
mmmmmmmmmm
mmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmmm
4) “Ele não tomará mais conta da casa.”
Os animais castrados não perdem o instinto
de proteger seu território. Por outro lado,
perde o indesejável costume de urinar em
diversos cantos. Cabe ainda lembrar que
animais castrados ficarão mais caseiros,
deixando de se envolver em brigas na disputa
de fêmeas.
5) “Mas ela precisa ter pelo menos uma cria...”
Ter uma cria não acrescenta saúde ao animal
e sim mais animais ao problema. Pesquisas
mostram que, quanto mais cedo for realizada
a castração, menores as chances da fêmea
desenvolver câncer de mama. A castração
também prevenirá o surgimento de Piometra,
doença freqüente em fêmeas adultas.
6) “Meu animal vai sofrer?”
A cirurgia, feita sob anestesia geral, é indolor.
Dentro de um ou dois dias, o animal estará
brincando e retomará suas atividades
normais.
7) “Eu estarei interferindo na natureza do meu
animal?”
Seu animal não tem escolha, segue apenas o
instinto. É dever do proprietário intervir e
prevenir nascimentos indesejados. O animal
será beneficiado e não subtraído de algo.
mmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmm
Vantagens da Castração:
8) Diminuiu o hábito dos gatos de urinar em
paredes e móveis para marcar território. A
urina também perde o odor forte e
desagradável.
Ajude a combater a superpopulação o
abandono: castre seu cão ou gato, machos e
fêmeas!
Fonte: Arca Brasil
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Ano I • Número 2 • maio/2011
Coluna Novidade para seu Pet
1 – Comedouro com Tampa Automática
Se você é fissurado por pets e também quer cuidar bem de seu bichinho, este comedouro é ideal. Com tampa automática, este recipiente protege a comida de bactérias, impurezas e animais que possam infectar a ração de seu animal. É só o cachorro ou gato chegar perto do sensor, que as duas portinhas abrem sozinhas. Seu depósito interno de alumínio é removível, e pode ser lavado com água e sabão. Mais higiene para casa e zelo pelo seu bichinho. [http://www.mimapet.com.br]
2 - Casinha Penco EcológicaPreocupados em oferecer maior conforto aos nossos melhores amigos, desenvolvemos a casa ecológica para cães, muito mais prática do que as encontradas até então no mercado e testadas em nossos próprios cães. [http://www.pencoecologica.com.br]
3 - Lixador de unhas PremiumAs unhas do seu cão ou gato crescem para garantir que as patas cumpram sua função de garra. Mas os cães e gatos domésticos não precisam mais tanto dessa função das patas. Por esse motivo as unhas crescem além o desejado. Esse crescimento aliado ao fato de a maioria dos cães e gatos domésticos viverem em terrenos lisos (carpete, pisos etc.), faz com que o crescimento das unhas se torne mesmo um problema. Surge então a necessidade de aparar as unhas do seu animalzinho de estimação. Há vários instrumentos para realizar esse trabalho, mas a maioria deles exige habilidade profissional para não ferir o bichinho. Com o LIXADOR PREMIUM não há esse risco. Qualquer pessoa pode aparar as unhas do animal com segurança e conforto para ele. Esse produto foi desenvolvido para não causar qualquer risco para você ou seu bichinho. Ele possui uma lixa protegida por uma capa de acrílico com uma fenda de tamanho suficiente para a unha do seu animal. Essa tampa de acrílico não permite que o bicho se fira tentando morder a lixa em movimento e dá mais segurança para você. O produto segue com 4 resistentes lixas que vão durar muitas e muitas lixadas até que você tenha que trocá-las. Você não vai precisar ir ao veterinário tantas vezes só para cortar as unhas do seu bichinho. Funciona com duas pilhas médias não incluídas. [http://www.petsupermarket.com.br]
Menino paga tratamento de câncer vendendo desenhos na internet
Os pai dele, Katie e Wiley, tiveram de ver o filho enfrentar semanas de sofrimento com o tratamento de quimioterapia e outros procedimentos dolorosos, mas tinham esperanças, já que os médicos haviam dito que o tipo de câncer de Aidan tem uma taxa de cura de 90%. Só que com as contas de hospital se acumulando, os Reed tiveram de colocar a casa da família à venda. Foi aí que surgiu a ideia de transformar um hobby de Aidan em fonte de recursos. “Eu gosto de desenhar cavaleiros, bobos da corte, palhaços assustadores e alienígenas", disse Aidan ao Survivors Club, uma organização que ajuda pessoas que enfrentam adversidade. “Eu também gosto de me vestir de palhaços bons e palhaços malvados. Eu posso ser um lobo ou um zumbi..."
Sucesso Durante o tratamento, Aidan gostava de desenhar monstros. Estes desenhos foram colocados à venda na internet pela tia do menino, Mandi Ostein.
Um menino americano de 5 anos conseguiu pagar o próprio tratamento de câncer vendendo 3.000 desenhos de monstros, palhaços e alienígenas na internet, muitos deles feitos na cama do hospital. Aidan Reed, que vive em Kansas City, nos Estados Unidos foi diagnosticado com leucemia em setembro do ano passado.