• É a principal causa não obstétrica de óbito durante a gravidez 6 – 7% das gestações se complicam por trauma.• < 1% necessita internação.• A mortalidade fetal no trauma fica em torno de 65% (Morte Materna, DPP, Trauma fetal direto, morte inespecífica, CIVD).
• Mulheres vítimas de trauma, gestantes ou não, são atendidas da mesma forma, as prioridades não mudam.• Atenção perguntar a toda mulher vítima de trauma em idade reprodutiva se ela pode estar grávida.• O melhor tratamento para o feto, é o tratamento materno adequado.
A prioridade é a mãe
CRESCIMENTO UTERINORelações anatômicas
• O feto se forma nos primeiros 3 m.• Após o 3o mês o feto já formado e o útero crescem rapidamente.• 5o mês, útero na cicatriz umbilical.• 7o mês, útero no epigástrio.• Feto viável a partir das 24sem.
RELAÇÕES MATERNO/FETAIS
ÚTERO:
1 trimestre 3 trimestre
Feto Intrapélvico Visceras e protegido maternas
protegidas Feto vulnerável DPP
MECANISMO DA LESÃO
Aberto => PAF e arma branca Fechado => AVM, Quedas, Violência doméstica, Queimaduras. O líquido amniótico é protetor fetal Trauma fechado direto à parede abdominal
causam:• Traumatismos diretos na mãe• Traumatismos diretos e indiretos no
feto
MECANISMO DA LESÃO
• Tipos de cinto de segurança e avaliação materno-fetal.• Air Bag
Trauma fetal
Trauma direto (-comum)• Mais comum no final da gravidez.• Fratura do crânio e hemorragia intracraniana – muito associada a fratura pélvica materna.• Desacelerações súbitas • Lesão uterina (lesão uterina com feto viável = cesariana).
Trauma indireto• Hipovolemia materna• Hipoferfusão placentária
Alterações Anatomo fisiológicas Útero,feto e placenta vulneráveisHematológicasCardiológicas e Hemodinâmicas: (DC; FC;PA RespiratóriasGastrintestinaisNeurológicas
Hipovolemia materna• Para que a gestante apresente
sinais de choque hipovolêmico, ela precisa perder de volume entre 1,5 - 2,0 l.
• A estabilidade hemodinâmica materna rapidamente se deteriora quando há perda sanguínea > 2,5 l.
SÍNDROME DA HIPOTENSÃO SUPINA• O aumento uterino leva a compressão da veia cava inferior e da aorta.
Já a partir da 20ª sem de gestação. Reduzindo o retorno venoso e o Débito
cardíaco em 30%.• Levando a:
Hipotensão/ Síncope /Bradicardia fetalA primeira manisfestação da perda
sanguínea materna é o sofrimento fetal e este você não vê.
GESTANTE SEMPRE EM DLE(Decúbito lateral esquerdo)
Procedimentos básicos na cena• Gestante em DLE: – Coloque a paciente na prancha longa • Incline a prancha 20 – 30 ° para esquerda.• Eleve o quadril direito 10 – 15 cm colocando coxim sob a crista ilíaca posterior direita ou desviando manualmente o útero para a esquerda.
MORTALIDADE
• Mortalidade em lesões graves:– Materna alta principalmente por
• Choque hipovolêmico, TCE, lesão hepática/ esplênica, hemorragia retroperitonial (principalmente por fratura de bacia), embolia amniótica e CIVD.
– Morbidade materna• Risco de aborto, amniorrexe prematura,
parto prematuro, DPP, ruptura uterina e hemorragia feto materna.
– Fetal alta principalmente se associada à:• Hipovolemia (80%) e óbito materno • Demais: Trabalho de parto
prematuro(TPP), DPP (50-70%), sofrimento fetal e ruptura uterina (100%).
Considerações especiais • TCE/ Uso do manitol:
Apesar dos conhecidos efeitos benéficos maternos ele causa diminuição do volume sanguíneo fetal, cianose e bradicardia.
• TRM/ Uso da Metilpredinisolona:Seu uso está indicado dentro das 8h iniciais da
lesão e continuado/ 24h, associado a O2 sob máscara e reposição volêmica para evitar a lesão secundária.
• Cesariana de Urgência: - PCR materna/ Manter RCP contínua Iniciar o procedimento dentro dos 4 min de RCP para terminar o nascimento fetal no 5ºminuto após a parada do coração materno.
# Considere:– Idade gestacional > que 20 sem– Viabilidade fetal => IG > 24 - 25 sem– Condições favoráveis de reanimação fetal.