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RELATÓRIO TÉCNICO TRIMESTRAL RTT SUPERINTENDÊNCIA DOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO Goiânia, Goiás 13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA UHE BELO MONTE EMPRESA NORTE ENERGIA S.A. NÚMERO/CÓDIGO DO DOCUMENTO RT_Nº04_PAASA_17-12-12_NATURAE EMPRESAS PARTICIPANTES JANEIRO/2013
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13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA …licenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Belo Monte/Relatorios... · Figura 13.4.2 - 11 - Número de espécies por guildas tróficas

May 22, 2018

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RELATÓRIO TÉCNICO TRIMESTRAL – RTT

SUPERINTENDÊNCIA DOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO

Goiânia, Goiás

13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA

AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA

UHE BELO MONTE

EMPRESA

NORTE ENERGIA S.A.

NÚMERO/CÓDIGO DO DOCUMENTO

RT_Nº04_PAASA_17-12-12_NATURAE

EMPRESAS PARTICIPANTES

JANEIRO/2013

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i

QUADRO DE CONTROLE DE REVISÕES

REV. DATA HISTÓRICO NOME DO TÉCNICO

FUNÇÃO EMPRESA

00 17.12.12 Criação

Marília L. S. Tonial Elaboração de

Relatório SYSTEMA NATURAE

Valéria P. Palhares Preparação de

Dados SYSTEMA NATURAE

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ii

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 1

2. ATENDIMENTO AOS OBJETIVOS E METAS DO PROJETO ............................... 2

3. FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA ................................................................ 5

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................... 17

5. CRONOGRAMA FÍSICO ..................................................................................... 30

6. INTERFACE COM OUTROS PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS ............... 32

7. PARCERIAS REALIZADAS E RECOMENDADAS .............................................. 33

8. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................ 34

9. EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................. 35

10. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 36

11. AUTORIZAÇÕES E LICENÇAS ....................................................................... 38

12. ANEXOS .......................................................................................................... 39

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QUADROS

Quadro 13.4.2 - 1 - Descrição das áreas amostradas através do método de Censo

Aquático Quali-quantitativo durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte

– Fase pré-enchimento do reservatório....................................................................... 12

Quadro 13.4.2 - 2 - Descrição das áreas amostradas através do método de Censo por

Ponto de Escuta durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte – Fase

pré-enchimento do reservatório. ................................................................................. 15

Quadro 13.4.2 - 3 - Lista de espécies estritamente aquáticas e restritas a hábitats

criados por rios registradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo

Monte – Fase pré-enchimento do reservatório. ........................................................... 18

Quadro 13.4.2 - 4 - Riqueza total de espécies por tipo metodológico registrada durante

a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do

reservatório. ................................................................................................................ 20

Quadro 13.4.2 - 5 - Número de espécies de aves total e exclusivas registrado durante

a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do

reservatório. ................................................................................................................ 20

Quadro 13.4.2 - 6 - Espécies migratórias registradas durante a quarta campanha do

PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório. ......................... 23

Quadro 13.4.2 - 7 - Status de conservação das espécies registradas durante a quarta

campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório. ... 24

Quadro 13.4.2 - 8 - Número de espécies por guildas tróficas registradas durante a

quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do

reservatório. ................................................................................................................ 25

Quadro 13.4.2 - 9 - Descrição de possíveis áreas preferenciais de nidificação de aves

aquáticas registradas e/ou revisitadas na quarta campanha do PAASA da UHE Belo

Monte - Fase pré-enchimento do reservatório............................................................. 27

Quadro 13.4.2 - 10 - Equipe técnica da quarta campanha de campo do PAASA da

UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório. ........................................... 35

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iv

FIGURAS

Figura 13.4.2 - 1 - Áreas de monitoramento do PAASA da UHE Belo Monte. ............... 7

Figura 13.4.2 - 2 - Realização de transecto aquático à montante da cachoeira do

Jericoá, rio Xingu (Foto: Ralder F. Rossi). .................................................................... 8

Figura 13.4.2 - 3 - Equipe técnica realizando censo por ponto de escuta em pedral no

rio Xingu (Foto: Gleyson A. T. Barroso). ..................................................................... 10

Figura 13.4.2 - 4 - Realização de registro visual de aves no rio Xingu (Foto: Valéria P.

Palhares). ................................................................................................................... 10

Figura 13.4.2 - 5 - Realização de censo por ponto de escuta com gravação de

vocalização na Ilha Arapujá, margem esquerda do rio Xingu (Foto: Ralder F. Rossi). 11

Figura 13.4.2 - 6 -Representatividade da riqueza geral e da riqueza de espécies

associadas a hábitats aquáticos registradas durante a quarta campanha amostral do

PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório. ......................... 17

Figura 13.4.2 - 7 - Representatividade da riqueza, abundância e exclusividade de

espécies da quarta campanha amostral do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-

enchimento do reservatório. ........................................................................................ 20

Figura 13.4.2 - 8 - Representatividade das espécies exclusivas e comuns às áreas

amostrais da quarta campanha amostral do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-

enchimento do reservatório. ........................................................................................ 21

Figura 13.4.2 - 9 - Espécies estritamente aquáticas com maior número de registros nas

quatro áreas amostradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte -

Fase pré-enchimento do reservatório. ........................................................................ 22

Figura 13.4.2 - 10 - Espécies restritas aos hábitats criados por rios com maior número

de registros nas quatro áreas amostradas durante a quarta campanha do PAASA da

UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório. ........................................... 22

Figura 13.4.2 - 11 - Número de espécies por guildas tróficas registradas durante a

quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do

reservatório. ................................................................................................................ 25

Figura 13.4.2 - 12 - Vista geral de praia vistoriada na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi). 28

Figura 13.4.2 - 13 - Adultos e jovens de Jacana jacana registrados em praia vistoriada

na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi). ............................................................................... 28

Figura 13.4.2 - 14 - Jovem de Charadrius collaris registrado em praia vistoriada na

área 4 (Foto: Ralder F. Rossi). ................................................................................... 28

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v

Figura 13.4.2 - 15 - Filhote de Phaetusa simplex registrado em praia vistoriada na área

4 (Foto: Ralder F. Rossi). ........................................................................................... 28

Figura 13.4.2 - 16 - Ninho de P. simplex com filhotes e ovo registrado em praia da área

4 (Foto: Ralder F. Rossi). ........................................................................................... 28

Figura 13.4.2 - 17 - Jovem de Rynchops niger registrado em praia vistoriada na área 4

(Foto: Ralder F. Rossi). ............................................................................................... 28

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1. APRESENTAÇÃO

O presente Relatório Técnico trata das atividades e dos resultados da quarta

campanha de campo do Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e

Semiaquática (PAASA) na área de influência da UHE Belo Monte, no período entre 12

de novembro e 12 de dezembro de 2012, por contrato entre a Leme Engenharia Ltda.

(LEME) e a Systema Naturae Consultoria Ambiental Ltda. (NATURAE).

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2. ATENDIMENTO AOS OBJETIVOS E METAS DO PROJETO

2.1. OBJETIVOS

O Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semiaquática (PAASA) possui

objetivos específicos a serem alcançados por diferentes metas a serem adotadas ao

longo das etapas previstas para a execução do projeto. Dessa forma, são elencados a

seguir os objetivos propostos, acompanhados das ações adotadas e situação ou

previsão para seu atendimento.

Acompanhamento da movimentação da avifauna aquática e semiaquática da

região antes, durante e após a formação dos reservatórios da UHE Belo Monte,

confrontando com a situação pré-implantação.

Em atendimento. Este objetivo deverá ser alcançado após a formação dos

reservatórios da UHE Belo Monte, sendo que as atividades executadas até o

momento permitiram o levantamento de dados referenciais sobre a riqueza e o

padrão estrutural de distribuição da avifauna, necessários para futuras

comparações com os dados gerados nas campanhas e etapas posteriores de

implantação do empreendimento.

Geração de subsídios para a análise do efeito do empreendimento sobre esse

componente da fauna, respondendo as questões relacionadas aos reflexos de

modificação de hábitat, dando ênfase ao estado de conservação.

Em atendimento. Esse objetivo deverá ser atingido integralmente nas etapas

posteriores ao enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte, sendo que para

isso tenha que ser observada as metas de estabelecer um quadro do atual estado

de conservação dos diferentes fragmentos florestais presentes nas áreas a serem

monitoradas, com base na confrontação de dados previamente inventariados, e de

estimar a riqueza e abundância das aves associadas aos ambientes aquáticos das

áreas afetadas pela inserção da UHE Belo Monte, durante todas as etapas

construtivas do empreendimento. Dessa forma, os dados referenciais estão sendo

registrados ao longo das campanhas de campo previstas para a etapa de

implantação do empreendimento e servirão como referencial para futuras

comparações a serem realizadas nas etapas posteriores à sua implantação.

Proposição de medidas mitigadoras para espécies de alta sensibilidade

A ser atendido. Este objetivo será atendido a partir do atendimento integral dos

dois primeiros objetivos do Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e

Semiaquática (PAASA) da UHE Belo Monte.

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2.2. METAS

Este projeto tem como meta principal o cumprimento dos objetivos definidos, pautados

nas metas específicas apresentadas a seguir, e que serão executadas durante seis

anos, considerando o período de três anos antes do enchimento do reservatório do

Xingu e três após a formação do mesmo, conforme apresentado a seguir:

Estabelecer um quadro do atual estado de conservação dos diferentes fragmentos

florestais presentes nas áreas a serem monitoradas com base na confrontação de

dados previamente inventariados (EIA) e aqueles incorporados neste

monitoramento, até o terceiro ano da implantação de projeto.

Em atendimento. Com a realização das campanhas amostrais estão sendo

coletados dados comparativos referenciais necessários para o confronto das

informações. Os resultados deverão ser apresentados ao final do terceiro ano de

implantação do projeto.

Propor medidas para conservação das espécies, em especial as ameaçadas,

encontradas nas áreas sob influência do empreendimento após o terceiro ano da

implantação do projeto.

Em atendimento. Com a realização das campanhas amostrais estão sendo

coletados dados referenciais sobre a ocorrência, riqueza e o padrão estrutural de

distribuição da avifauna, com destaque para as espécies migratórias e espécies

ameaçadas de extinção. Esta meta deverá ser alcançada integralmente nas etapas

posteriores à implantação do empreendimento.

Constituir um banco de dados com informações sobre a ocorrência e distribuição

das espécies no sistema durante todas as etapas construtivas até pós-enchimento,

criando uma coleção de referência das espécies de aves para a região da AID.

Em atendimento. As informações geradas pelo Projeto de Monitoramento da

Avifauna Aquática e Semiaquática (PAASA) da UHE Belo Monte estão disponíveis

em um banco de dados (planilha eletrônica do programa Excel), com incremento a

cada campanha amostral e serão utilizadas para a avaliação da necessidade de

adoção de medidas mitigatórias ou conservacionistas na área de estudo.

Registrar e avaliar os parâmetros ecológicos das espécies, em particular as

bioindicadoras, durante todas as etapas desse projeto até o sexto ano da

execução de projeto.

Em atendimento. As informações acerca dos parâmetros ecológicos da avifauna

da área de estudo estão sendo coletadas através da realização de transectos para

a obtenção de dados sobre a composição de espécies e abundância de espécimes

da avifauna aquática e da avifauna associada aos hábitats criados por rios.

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Estimar a riqueza e abundância das aves associadas aos ambientes aquáticos das

áreas afetadas pela inserção da UHE Belo Monte, durante todas as etapas

construtivas até o terceiro ano da implantação de projeto.

Em atendimento. Os dados necessários para realização de estimativas de riqueza

e abundância da avifauna na área de estudo, e suas comparações ao longo do

espaço e do tempo estão sendo coletados e armazenados no banco de dados do

PAASA.

Fornecer dados sobre a importância dos ambientes aquáticos, bem como sítios

reprodutivos ou locais de interesse que deverão ser protegidos e conservados,

identificando espécies e hábitats/formações de interesse para conservação, com

vistas à manutenção de máxima diversidade.

Em atendimento. As informações acerca da distribuição da avifauna na área de

estudo, bem como sua utilização durante o processo reprodutivo das espécies

estão sendo coletadas e armazenadas no banco de dados do PAASA e serão

utilizadas como subsídios para a tomada de decisão sobre a necessidade de

adoção de medidas mitigatórias ou conservacionistas na área de estudo.

Ampliar o conhecimento sobre as populações de aves aquáticas e semiaquáticas e

suas potenciais dependências a determinados sítios de forrageio e reprodução,

buscando mecanismos de manejo que resultem em ações de conservação e

manutenção da biodiversidade.

Em atendimento. Assim como informado para as metas anteriores a esta, as

informações acerca da avifauna distribuída para a área de estudo estão sendo

coletadas e servirão como referência para avaliações futuras sobre esse tema.

Identificar possíveis alterações nos padrões das populações das aves associadas

aos ambientes aquáticos, como alterações de abundância e riqueza, e flutuações

sazonais (migração).

Em atendimento. Esta meta deverá ser alcançada integralmente ao final do

terceiro ano de implantação do projeto.

Subsidiar recomendações que possam minimizar a influência dos impactos

ambientais dentro do ciclo de vida das possíveis espécies ameaçadas e

estabelecer meios para sua aplicabilidade.

Em atendimento. Esta meta deverá ser alcançada integralmente ao final do

terceiro ano de implantação do projeto.

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3. FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

3.1. ÁREAS AMOSTRAIS

No PBA foram estabelecidas seis regiões para o desenvolvimento do PAASA, e dentro

dessas seis regiões foram apontadas cinco áreas de monitoramento, descritas abaixo

e representadas na Figura 13.4.2 - 1.

Área 1 (Controle)

Corresponde à região de confluência do rio Iriri com o rio Xingu até a porção final do

reservatório principal (UTM 22M 316892 e 9577302 a 22M 348607 e 9606557). Nesta

área os estudos foram conduzidos nas duas margens do rio Xingu, rio Iriri, igarapé

Lages, contemplando-se ainda três ilhas localizadas no rio Xingu (Ilha Urubuquara,

Ilha Grande e Ilha Dona Esther).

Quanto à fitofisionomia, os trechos amostrados nas margens dos rios e no igarapé

apresentam predominantemente Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras, havendo

ainda vegetação secundária e pasto sujo. Nos ambientes insulares, há o predomínio

de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, com a ocorrência ainda de formações pioneiras

com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais) de portes arbustivo e

arbóreo.

Área 2 (Reservatório Principal)

Representa a área do reservatório principal, partindo do Sítio Pimental até a porção

final do reservatório (remanso) (UTM 22M 395551 e 9619941 a 22M 348607 e

9606557). As amostragens foram realizadas em ambas as margens do rio Xingu, e em

nove ilhas (Ilha Bom Jardim II, Ilha do Velhaco, Ilha da Taboca, Ilha da Marciana, Ilha

Pimental, Ilha Bacabal, Ilha Arapujá, Ilha do Murici e numa ilha sem denominação,

sendo referenciada pela equipe técnica como ilha SN 2).

Quanto à fitofisionomia, os trechos amostrados nas margens do rio Xingu apresentam

predominantemente Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras, havendo ainda Floresta

Ombrófila Densa Aluvial, vegetação secundária e pasto sujo. Nas ilhas há o

predomínio de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, com a ocorrência de formações

pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais) de portes

herbáceo, arbustivo e arbóreo, e ainda áreas com associação entre Floresta Ombrófila

Aberta com Palmeiras e Floresta Ombrófila Aberta Aluvial.

Área 3 (Trecho de Vazão Reduzida)

Esta área representa o Trecho de Vazão Reduzida e a região do povoado de Belo

Monte (UTM 22M 395551 e 9619941 a 423863 e 9654411). As amostragens foram

realizadas nas duas margens do rio Xingu, rio Bacajá, e igarapés Ituna, Bacajaí e Itata,

e ainda em cinco ilhas (Ilha Pimental, Ilha da Praia do Caitucá, Ilha José Guilherme,

Ilha Paquiçamba e ilha SN 3).

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Os ambientes amostrados nas margens dos rios e igarapés são predominantemente

caracterizados pela presença de Floresta Ombrófila Aberta com Cipó, com ocorrência

de Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras, Floresta Ombrófila Densa Aluvial, pasto

sujo, vegetação secundária e uma zona de extração mineral. Nas ilhas há o

predomínio de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, com a ocorrência de formações

pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais) de portes

herbáceo, arbustivo e arbóreo, e ainda áreas com associação entre Floresta Ombrófila

Aberta com Palmeiras e Floresta Ombrófila Densa Aluvial, e áreas de pastagem.

Área 4 (Jusante)

Esta área localiza-se na região entre o povoado de Belo Monte e a cidade de Senador

José Porfírio, correspondendo ao trecho à jusante da casa de força principal (UTM

22M 423863 e 9654411 a 391255 9722312). As amostragens foram realizadas nas

duas margens do rio Xingu, rio Tamanduá, nos igarapés Croatá, Guará, Limão,

Tamanduazinho, Tucunareí I, Jôa e Paraná, e ainda na ilha SN 1.

Os ambientes amostrados nas margens dos rios e igarapés são predominantemente

caracterizados pela presença de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Floresta

Ombrófila Densa Submontana associada a Floresta Ombrófila Aberta Submontana

com cipó e ainda pela associação entre Floresta Ombrófila Densa, vegetação

secundária e pastagem. Nas ilhas há o predomínio de Floresta Ombrófila Densa

Aluvial, com a ocorrência de formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre

(vegetação de pedrais) de porte arbustivo e com palmeiras.

Área 5 (Reservatório Intermediário)

Corresponde ao Reservatório Intermediário, cuja formação está prevista para o

primeiro trimestre de 2016, quando deverão ser iniciadas as atividades de

monitoramento nesta área.

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Figura 13.4.2 - 1 - Áreas de monitoramento do PAASA da UHE Belo Monte.

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Pag - 8

3.2. METODOLOGIAS E ESFORÇO AMOSTRAL

Para o registro de aves aquáticas e semiaquáticas foram aplicadas as metodologias e

os esforços amostrais descritos a seguir:

3.2.1. Censo Aquático para Registros Quali-quantitativos

Para os estudos são demarcados transectos ao longo dos quais são realizados censos

por contagem direta (Bibby et al., 1993), sendo o trajeto registrado com auxílio de

GPS. Utiliza-se embarcação com motor de popa (40 HP) (Figura 13.4.2 - 2), numa

velocidade de 10 a 15 km/h, onde os ornitólogos observam e contabilizam as aves

com auxílio de binóculos.

Na realização dos censos aquáticos são demarcados 10 transectos de 8 km de

extensão em cada área. Em cada dia de amostragem são percorridos dois transectos

no período vespertino, definidos de forma a contemplar a variedade de ambientes de

cada área, totalizando 16 km percorridos por dia (2 transectos x 8 km x 1 tarde) ou 80

km por área (2 transectos x 8 km x 5 tardes) ou 320 km percorridos por campanha (2

transectos x 8 km x 5 tardes x 4 áreas).

Para o auxílio na identificação são utilizados guias de campo (Sigrist, 2008; Van Perlo,

2009). Os censos são realizados no período entre 15:00h e 18:00h, devido a maior

movimentação das aves aquáticas nesse horário (Rodrigues & Michelin, 2005).

Além do registro das espécies e sua abundância, são anotadas em fichas de campo

todas as informações referentes ao tipo de hábitat, tipo de registro (avistamento ou

vocalização), localização geográfica, condições climáticas, entre outras.

Figura 13.4.2 - 2 - Realização de transecto aquático à montante da cachoeira do Jericoá, rio Xingu (Foto: Ralder F. Rossi).

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Pag - 9

3.2.2. Censo Terrestre para Registro de Aves Associadas aos Hábitats Criados por Rios

Os censos terrestres envolvem a demarcação de transectos ao longo dos quais as

observações são feitas em pontos de escuta (Figura 13.4.2 - 3). Esta metodologia é

originalmente descrita para ser realizada em ambientes terrestres, como ilhas, praias,

pedrais e borda de floresta na margem do rio, porém, como esta campanha foi

realizada em período de enchente do rio Xingu, a maioria dos locais de monitoramento

encontravam-se inundados, impossibilitando o deslocamento terrestre da equipe.

Dessa forma, nesses locais as amostragens foram realizadas com auxílio de barco a

motor de popa (40 HP), sendo os transectos realizados em bordas de floresta na

margem de rios, igarapés e ilhas parcialmente alagadas.

Em cada uma das quatro áreas amostrais são selecionados cinco locais, e em cada

um destes locais é demarcado 1 (um) transecto de aproximadamente 2 km, ao longo

do qual são delimitados 20 pontos de escuta equidistantes 100 m.

Para cada local é despendido uma manhã de amostragem, com as atividades tendo

início as 06:00h e término as 12:00h, totalizando 5 (cinco) manhãs de amostragem por

área amostral.

Durante a realização dos censos são despendidos, no mínimo, 10 minutos de

observação visual e auditiva por ponto de escuta, totalizando três horas e 20 minutos

de observação por dia (10 minutos x 20 pontos de escuta x 1 manhã) ou 16 horas e

quarenta minutos por área (10 minutos x 20 pontos de escuta x 5 manhãs) ou 66 horas

e 40 minutos por campanha (10 minutos x 20 pontos de escuta x 5 manhãs x 4 áreas).

As aves são registradas com auxílio de binóculos e, sempre que possível, fotografadas

(Figura 13.4.2 - 4). Para cada indivíduo são registradas a espécie, o hábitat e todas as

informações referentes ao tipo de registro (avistamento ou vocalização), localização

geográfica, condições climáticas, entre outras.

Durante os censos, quando possível, são gravadas as vocalizações das espécies

registradas, utilizando-se de equipamentos específicos para estudos da avifauna,

como gravador digital Marantz PMD661 e microfone unidirecional Sennheiser ME66

(Figura 13.4.2 - 5). As vocalizações gravadas são analisadas posteriormente por

programas específicos.

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Figura 13.4.2 - 3 - Equipe técnica realizando censo por ponto de escuta em pedral no rio Xingu (Foto: Gleyson A. T. Barroso).

Figura 13.4.2 - 4 - Realização de registro visual de aves no rio Xingu (Foto: Valéria P. Palhares).

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Figura 13.4.2 - 5 - Realização de censo por ponto de escuta com gravação de vocalização na Ilha Arapujá, margem esquerda do rio Xingu (Foto: Ralder F. Rossi).

A transcrição dos dados brutos obtidos com a aplicação das duas metodologias e

anotados nas fichas de campo encontra-se no Anexo 13.4.2 - 2 (meio digital em

formato Excel).

O Quadro 13.4.2 - 1 apresenta a descrição dos trechos amostrados para o registro da

avifauna aquática, e o Quadro 13.4.2 - 2Erro! Fonte de referência não

encontrada.Erro! Fonte de referência não encontrada., a descrição dos trechos

amostrados para o registro da avifauna restrita aos hábitats criados por rios.

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Quadro 13.4.2 - 1 - Descrição das áreas amostradas através do método de Censo Aquático Quali-quantitativo durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte – Fase pré-enchimento do reservatório.

ÁREA AMOSTRAL

DESCRIÇÃO FITOFISIONÔMICA DA

ÁREA AMOSTRAL TRANSECTO

LOCALIZAÇÃO EXTENSÃO

(KM)

DATA DE REALIZAÇÃO DAS

ATIVIDADES RIO/IGARAPÉ/

ILHA COORDENADAS (UTM)

Área 1

Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais);

Vegetação secundária; e

Pasto sujo

1 Ilha Urubuquara -

rio Xingu Início: 22M 346948 e 9606534 Final: 22M 343001 e 9602213

8 Km 12.11.2012

2 Ilha Grande - rio

Xingu Início: 22M 351365 e 9604987 Final: 22M 347497 e 9599092

8 Km 06.12.2012

3 Rio Xingu Início: 22M 340201 e 9600498 Final: 22M 340896 e 9595646

8 Km 13.11.2012

4 Rio Xingu Início: 22M 344789 e 9593612 Final: 22M 340185 e 9590593

8 Km 05.12.2012

5 Rio Xingu Início: 22M 335377 e 9589269 Final: 22M 341116 e 9593522

8 Km

04.12.2012

6 Rio Xingu Início: 22M 332451 e 9584590 Final: 22M 338242 e 9587858

8 Km

7 Rio Xingu Início: 22M 326895 e 9586466 Final: 22M 331199 e 9589212

8 Km

03.12.2012

8 Rio Xingu Início: 22M 324343 e 9575102 Final: 22M 326782 e 9581761

8 Km

9 Rio Iriri (foz) e Ilha D.

Esther - rio Xingu Início: 22M 315566 e 9577656 Final: 22M 322224 e 9579348

8 Km

17.11.2012

10 Rio Xingu Início: 22M 321272 e 9577182 Final: 22M 322116 e 9572022

8 Km

Área 2

Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais);

1 Ilha da Sumaúma -

rio Xingu Início: 22M 348755 e 9608970 Final: 22M 353531 e 9613047

8 Km 07.12.2012

2 Ilha Bom Jardim II -

rio Xingu Início: 22M 359055 e 9613281 Final: 22M 354359 e 9607169

8 Km 13.11.2012

3 Ilha Domingo Vieira

- rio Xingu Início: 22M 360084 e 9617928 Final: 22M 364997 e 9622170

8 Km

08.12.2012

4 Ilha do Pedrão - rio

Xingu Início: 22M 362496 e 9627539 Final: 22M 358561 e 9623530

8 Km

5 Rio Xingu - Ilha de

Serra Início: 22M 368103 e 9636464 Final: 22M 369065 e 9630049

8 Km 12.12.2012

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Pag - 13

Quadro 13.4.2 - 1 - Continuação.

ÁREA AMOSTRAL

DESCRIÇÃO FITOFISIONÔMICA DA

ÁREA AMOSTRAL TRANSECTO

LOCALIZAÇÃO EXTENSÃO

(KM)

DATA DE REALIZAÇÃO DAS

ATIVIDADES RIO/IGARAPÉ/

ILHA COORDENADAS (UTM)

Área 2

Associação entre Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras e Floresta Ombrófila Aberta Aluvial,

Vegetação secundária; e

Pasto sujo

6 Rio Xingu - Igarapé

Panela Início: 22M 363935 e 9642101 Final: 22M 364162 e 9635110

8 Km 12.12.2012

7 Ilha do Daniel - rio

Xingu Início: 22M 378113 e 9638614 Final: 22M 373084 e 9643337

8 Km

09.12.2012

8 Rio Xingu- Igarapé

Trindade Início: 22M 372544 e 9645037 Final: 22M 379523 e 9645949

8 Km

9 Rio Xingu Início: 22M 385417 e 9628428 Final: 22M 390675 e 9624736

8 Km

21.11.2012

10 Rio Xingu- Ilha da

Taboca

Início: 22M 390450 e 9627158 Final: 22M 387034 e 9633718

8 Km

Área 3

Floresta Ombrófila Aberta com Cipó;

Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais);

Associação entre Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras e Floresta Ombrófila Densa Aluvial,

Vegetação secundária; e

Pasto sujo / áreas de pastagem

1 Rio Xingu e Igarapé

Ituna Início: 22M 419320 e 9629025 Final: 22M 416834 e 9632413

8 Km

22.11.2012

2 Rio Xingu Início: 22M 396774 e 9613443 Final: 22M 399580 e 9607827

8 Km

3 Rio Xingu Início: 22M 396451 e 9605452 Final: 22M 401879 e 9600336

8 Km

23.11.2012

4 Rio Xingu Início: 22M 408491 e 9602367 Final: 22M 414914 e 9604994

8 Km

5 Rio Xingu Início: 22M 419022 e 9614346 Final: 22M 411817 e 9614436

8 Km

24.11.2012

6 Rio Xingu e rio

Bacajá Início: 22M 421257 e 9610838 Final: 22M 417199 e 9611762

8 Km

7 Rio Xingu Início: 22M 422135 e 9618767 Final: 22M 423165 e 9613459

8 Km

25. 11.2012

8 Rio Xingu Início: 22M 417214 e 9626315 Final: 22M 418125 e 9620766

8 Km

9 Rio Xingu Início: 22M 417974 e 9628111 Final: 22M 422677 e 9625168

8 Km

11.12.2012

10 Rio Xingu Início: 22M 419320 e 9629025 Final: 22M 416834 e 9632413

8 Km

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Pag - 14

Quadro 13.4.2 - 1 - Continuação.

ÁREA AMOSTRAL

DESCRIÇÃO FITOFISIONÔMICA DA

ÁREA AMOSTRAL TRANSECTO

LOCALIZAÇÃO EXTENSÃO

(KM)

DATA DE REALIZAÇÃO DAS

ATIVIDADES RIO/IGARAPÉ/

ILHA COORDENADAS (UTM)

Área 4

Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas;

Associação entre Floresta Ombrófila Densa Submontana e Floresta Ombrófila Aberta Submontana com cipó;

Associação entre Floresta Ombrófila Densa, vegetação secundária e pastagem;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial; e

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais)

1 Rio Xingu Início: 22M 388720 e 9697456 Final: 22M 394916 e 9694853

8 Km

27.12.2012

2 Rio Xingu - Igarapé

Limão Início: 22M 384779 e 9714150 Final: 22M 385568 e 9706987

8 Km

3 Furo Xingu e Rio

Tamanduá Início: 22M 388720 e 9697456 Final: 22M 394916 e 9694853

8 Km

28.11.2012

4 Rio Xingu Início: 22M 382603 e 9702407 Final: 22M 381594 e 9694685

8 Km

5 Rio Xingu Início: 22M 394432 e 9684845 Final: 22M 390831 e 9691802

8 Km

29.11.2012

6 Rio Tamanduá Início: 22M 400512 e 9683350 Final: 22M 399192 e 9689106

8 Km

7 Rio Xingu Início: 22M 394529 e 9681060 Final: 22M 399521 e 9675567

8 Km

30.11.2012

8 Rio Xingu - Ilha do

Galo Início: 22M 399789 e 9678870 Final: 22M 404082 e 9672166

8 Km

9 Rio Xingu Início: 22M 405310 e 9667219 Final: 22M 408235 e 9661137

8 Km

01.12.2012

10 Rio Xingu e Igarapé

Limão Início: 22M 411306 e 9659084 Final: 22M 418056 e 9658259

8 Km

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Pag - 15

Quadro 13.4.2 - 2 - Descrição das áreas amostradas através do método de Censo por Ponto de Escuta durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte – Fase pré-enchimento do reservatório.

ÁREA AMOSTRAL

DESCRIÇÃO FITOFISIONÔMICA DA

ÁREA AMOSTRAL

LOCALIZAÇÃO EXTENSÃO DO TRANSECTO

(KM)

DATA DE REALIZAÇÃO

DAS ATIVIDADES RIO/IGARAPÉ/ILHA COORDENADAS (UTM)

Área 1

Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais);

Vegetação secundária; e

Pasto sujo

Local 1: Ilha Grande - rio Xingu Início: 22M 344608 e 9604208 Final: 22M 346158 e 9605261

2 Km 06.12.2012

Local 2: Ilha Grande - rio Xingu Início: 22M 348140 e 9600043 Final: 22M 348182 e 9601708

2 Km 05.12.2012

Local 3: Ilha do Espelho - rio Xingu

Início: 22M 346758 e 9595223 Final: 22M 345899 e 9594314

2 Km 04.12.2012

Local 4: rio Xingu - Travessão 17

Início: 22M 329594 e 9589110 Final: 22M 330969 e 9588984

2 Km 03.12.2012

Local 5: Ilha Dona Esther - rio Xingu

Início: 22M 320496 e 9578454 Final: 22M 321851 e 9579172

2 Km 17.11.2012

Área 2

Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais);

Associação entre Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras e Floresta Ombrófila Aberta Aluvial,

Vegetação secundária; e

Pasto sujo

Local 1: Ilha SN 2 - rio Xingu Início: 22M 357360 e 9613075 Final: 22M 357468 e 9614661

2 Km 07.12.2012

Local 2: Ilha da Barriguda - rio Xingu

Início: 22M 366217 e 9633566 Final: 22M 366573 e 9634865

2 Km 08.12.2012

Local 3: Ilha Arapujá - rio Xingu Início: 22M 368129 e9644983 Final: 22M 366402 e 9644697

2 Km 12.12.2012

Local 4: Ilha do Murici - rio Xingu

Início: 22M 379433 e 9640234 Final: 22M 379980 e 9638887

2 Km 09.12.2012

Local 5: Ilha Tabocal - rio Xingu Início: 22M 391713 e 9625654 Final: 22M 393146 e 9624701

2 Km 21.11.2012

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Pag - 16

Quadro 13.4.2 - 2 - Continuação.

ÁREA AMOSTRAL

DESCRIÇÃO FITOFISIONÔMICA DA

ÁREA AMOSTRAL

LOCALIZAÇÃO EXTENSÃO DO TRANSECTO

(KM)

DATA DE REALIZAÇÃO

DAS ATIVIDADES RIO/IGARAPÉ/ILHA COORDENADAS (UTM)

Área 3

Floresta Ombrófila Aberta com Cipó;

Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais);

Associação entre Floresta Ombrófila Aberta com Palmeiras e Floresta Ombrófila Densa Aluvial,

Vegetação secundária; e

Pasto sujo / áreas de pastagem

Local 1: Ilha Pimental - rio Xingu Início: 22M 395229 e 9615947 Final: 22M 396043 e 9614275

2 Km 22.11.2012

Local 2: Ilha SN 5 - rio Xingu Início: 22M 405834 e 9601295 Final: 22M 407621 e 9601700

2 Km 24.11.2012

Local 3: Ilha SN 4 - rio Xingu Início: 22M 412351 e 9608624 Final: 22M 413978 e 9609640

2 Km 23.11.2012

Local 4: Ilha SN 3 - rio Xingu Início: 22M 416997 e 9613332 Final: 22M 418337 e 9614111

2 Km 25.11.2012

Local 5: Ilha Paquiçamba - rio Xingu

Início: 22M 418206 e 9629970 Final: 22M 419498 e 9630949

2 Km 11.12.2012

Área 4

Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas;

Associação entre Floresta Ombrófila Densa Submontana e Floresta Ombrófila Aberta Submontana com cipó;

Associação entre Floresta Ombrófila Densa, vegetação secundária e pastagem;

Floresta Ombrófila Densa Aluvial; e

Formações pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre (vegetação de pedrais)

Local 1: Igarapé Guará Início: 22M 385550 e 9711079 Final: 22M 384528 e 9710958

2 Km 27.11.2012

Local 2: Ilha da Preguiça Início: 22M 386987 e 9689456 Final: 22M 386871 e 9691354

2 Km 28.11.2012

Local 3: Ilha do Furo do Cacau Início: 22M 396135 e 9683266 Final: 22M 397598 e 9682111

2 Km 29.11.2012

Local 4: Ilha da Mucura Início: 22M 401145 e9 676810 Final: 22M 402653 e 9675650

2 Km 30.11.2012

Local 5: Igarapé Paraná Início: 22M 420484 e 9656767 Final: 22M 420187 e 9658235

2 Km 01.12.2012

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4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. RIQUEZA DE ESPÉCIES

Como resultado da quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte realizada na fase

pré-enchimento do reservatório foram realizados 6.025 registros de aves distribuídas

entre 24 ordens, 58 famílias, 177 gêneros e 230 espécies.

Através do método de censo quali-quantitativo foram registradas 132 espécies, e

destas, 30 são consideradas aves estritamente aquáticas e 23 são restritas a hábitats

criados por rios.

Com a aplicação do método de censo por pontos de escuta teve-se como resultado o

registro de 197 espécies, das quais 19 são consideradas estritamente aquáticas e 29

são associadas a hábitats criados por rios.

Dessa total de 230 espécies registradas, 32 são consideradas como estritamente

aquáticas e 36 como espécies de ocorrência restrita a hábitats criados por rios. Assim,

nessa quarta campanha de monitoramento foram registradas 68 espécies associadas

a hábitats aquáticos lato sensu (Remsen & Parker III, 1983; Sick, 1997) (Quadro

13.4.2 - 3) (Figura 13.4.2 - 6).

Figura 13.4.2 - 6 -Representatividade da riqueza geral e da riqueza de espécies associadas a hábitats aquáticos registradas durante a quarta campanha amostral do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Área 1 Área 2 Área 3 Área 4

de

esp

éci

es

Riqueza geral Espécies estritamente aquáticas Espécies restritas a hábitats criados por rios

Page 24: 13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA …licenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Belo Monte/Relatorios... · Figura 13.4.2 - 11 - Número de espécies por guildas tróficas

Pag - 18

Quadro 13.4.2 - 3 - Lista de espécies estritamente aquáticas e restritas a hábitats criados por rios registradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte – Fase pré-enchimento do reservatório.

TAXA NOME COMUM ESTRITAMENTE

AQUÁTICA

RESTRITAS A HÁBITATS

CRIADOS POR RIOS

Anhima cornuta Anhuma x

Anhinga anhinga Biguatinga x

Ara severus Maracanã-guaçu x

Aramides cajanea Saracura-três-potes x

Aramus guarauna Carão x

Ardea alba Garça-branca-grande x

Ardea cocoi Garça-moura x

Atticora fasciata Peitoril x

Attila cinnamomeus Tinguaçu-ferrugem x

Bubulcus ibis Garça-vaqueira x

Busarellus nigricollis Gavião-belo x

Buteogallus schistaceus Gavião-azul x

Butorides striata Socozinho x

Cairina moschata Pato-do-mato x

Calidris fuscicollis Maçarico-de-sobre-branco x

Celeus flavus Pica-pau-amarelo x

Cephalopterus ornatus Anambé-preto x

Charadrius collaris Batuíra-de-coleira x

Chloroceryle aenea Martinho x

Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde x

Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno x

Chordeiles rupestris Bacurau-da-praia x

Crotophaga major Anu-coroca x

Crypturellus cinereus Inhambu-preto x

Crypturellus undulatus Jaó x

Dendrocygna autumnalis Asa-branca x

Donacobius atricapilla Japacanim x

Egretta thula Garça-branca-pequena x

Eurypyga helias Pavãozinho-do-pará x

Furnarius figulus Casaca-de-couro-da-lama x

Galbula ruficauda Ariramba-de-cauda-ruiva x

Gymnoderus foetidus Anambé-pombo x

Heliornis fulica Picaparra x

Hydropsalis climacocerca Acurana x

Hydropsalis leucopyga Bacurau-de-cauda-barrada x

Hylophylax punctulatus Guarda-várzea x

Hypocnemoides maculicauda Solta-asa x

Inezia subflava Amarelinho x

Jacana jacana Jaçanã x

Megaceryle torquata Martim-pescador-grande x

Mesembrinibis cayennensis Coró-coró x

Mycteria americana Cabeça-seca x

Myrmotherula multostriata Choquinha-estriada-da-amazônia x

Nasica longirostris Arapaçu-de-bico-comprido x

Opisthocomus hoazin Cigana x

Pandion haliaetus Águia-pescadora x

Paroaria gularis Cardeal-da-amazônia x

Phaethornis rupurumii Rabo-branco-do-rupununi x

Phaetusa simplex Trinta-réis-grande x

Phalacrocorax brasilianus Biguá x

Pilherodius pileatus Garça-real x

Page 25: 13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA …licenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Belo Monte/Relatorios... · Figura 13.4.2 - 11 - Número de espécies por guildas tróficas

Pag - 19

Quadro 13.4.2 - 3 - Continuação.

TAXA NOME COMUM ESTRITAMENTE

AQUÁTICA

RESTRITAS A HÁBITATS

CRIADOS POR RIOS

Phimosus infuscatus Tapicuru-de-cara-pelada x

Pipra fasciicauda Uirapuru-laranja x

Podilymbus podiceps Mergulhão-caçador x

Progne tapera Andorinha-do-campo x

Pygochelidon melanoleuca Andorinha-de-coleira x

Rostrhamus sociabilis Gavião-caramujeiro x

Rynchops niger Talha-mar x

Sakesphorus luctuosus Choca-d'água x

Sclateria naevia Papa-formiga-do-igarapé x

Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora x

Sternula superciliaris Trinta-réis-anão x

Tachycineta albiventer Andorinha-do-rio x

Tigrisoma lineatum Socó-boi x

Todirostrum maculatum Ferreirinho-estriado x

Turdus fumigatus Sabiá-da-mata x

Urubitinga urubitinga Gavião-preto x

Vanellus cayanus Batuíra-de-esporão x

No Anexo 13.4.2 - 3 (meio digital em formato Excel) encontram-se os dados de

riqueza e abundância das aves registradas por área amostral, juntamente com

informações relacionadas ao status de conservação (Machado et al., 2008; IUCN,

2012; CITES, 2011; SEMA, 2009), endemismo (Silva, 1995; Silva & Santos, 2005;

Sick, 1997; Pinheiro & Dornas, 2009), guildas tróficas (Sick, 1997; Santos, 2004;

Dário, 2008), importância econômica, cinergismo, risco epidemiológico (Luna et al.,

2003; Nunes & Tomas, 2004) e comportamento migratório (CEMAVE, 2005; CBRO,

2011). Para a nomenclatura seguiu-se CBRO (2011).

O mapeamento dos transectos realizados por área amostral encontra-se nos Anexos

13.4.2 - 6 a 13.4.2 - 9. No Anexo 13.4.2 - 10 encontra-se a coletânea fotográfica de

parte da avifauna aquática e semiaquática registrada nessa quarta campanha de

monitoramento.

4.2. RIQUEZA E EXCLUSIVIDADE DE ESPÉCIES POR ÁREA AMOSTRAL

Dentre as áreas estudadas, as áreas 1 e 4 foram as que apresentaram a maior riqueza

de aves, com 171 e 157 espécies registradas, respectivamente. Nas áreas 2 e 3 foi

registrada a mesma quantidade de 137 espécies (Quadro 13.4.2 - 4).

Um total de 64 (27,83%) espécies de aves apresentou registro exclusivo entre as

quatro áreas. A área 1 foi onde registrou-se o maior número de espécies exclusivas

(28 espécies), seguida pela área 4 (18 espécies), área 2 (10 espécies) e área 3 (oito

espécies) (Quadro 13.4.2 - 5) (Figura 13.4.2 - 7).

Das 230 espécies registradas nessa campanha, um total de 77 espécies (33,48%) foi

registrado em todas as quatro áreas amostradas (Figura 13.4.2 - 8).

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Pag - 20

Quadro 13.4.2 - 4 - Riqueza total de espécies por tipo metodológico registrada durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

ÁREAS

AMOSTRAIS

Nº TOTAL DE

ESPÉCIES

CENSO QUALI-

QUANTITATIVO

PONTOS DE

ESCUTA

Área 1 171 80 129

Área 2 137 76 103

Área 3 137 61 105

Área 4 157 82 128

Quadro 13.4.2 - 5 - Número de espécies de aves total e exclusivas registrado durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

ÁREAS

AMOSTRAIS

Nº TOTAL DE

ESPÉCIES

Nº DE

INDIVÍDUOS

Nº DE

ESPÉCIES

EXCLUSIVAS

ESPÉCIES

ESTRITAMENTE

AQUÁTICAS

ESPÉCIES

RESTRITAS À

HÁBITATS

CRIADOS POR

RIOS

Área 1 171 1.402 28 24 25

Área 2 137 1.640 10 19 29

Área 3 137 1.128 8 20 30

Área 4 157 1.855 18 27 27

Figura 13.4.2 - 7 - Representatividade da riqueza, abundância e exclusividade de espécies da quarta campanha amostral do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

0

5

10

15

20

25

30

0

200

400

600

800

1,000

1,200

1,400

1,600

1,800

2,000

Área 1 Área 2 Área 3 Área 4

de

esp

éci

es

exc

lusi

vas

Riq

ue

za/A

bu

nd

ânci

a

Riqueza Abundância Espécies exclusivas

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Pag - 21

Figura 13.4.2 - 8 - Representatividade das espécies exclusivas e comuns às áreas amostrais da quarta campanha amostral do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

4.3. ABUNDÂNCIA DE ESPÉCIES

As espécies estritamente aquáticas mais abundantes nessa campanha foram

Phalacrocorax brasilianus, com 326 registros, seguida de Anhinga anhinga (n=86),

Ardea cocoi (n=83) e Phaetusa simplex (n=81) (Figura 13.4.2 - 9).

Dentre as espécies restritas a hábitats criados por rios teve-se como mais abundantes

Opisthocomus hoazin (n=656), Todirostrum maculatum (n=134), Sakesphorus

luctuosus (n=131), Tachycineta albiventer (n=130) e Stelgidopteryx ruficollis (n=123)

(Figura 13.4.2 - 10).

0

5

10

15

20

25

30

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Área 1 Área 2 Área 3 Área 4

de

esp

écie

s e

xclu

siv

as

Riq

ue

za/E

sp

écie

s c

om

un

s

Riqueza Espécies comuns as quatro áreas Espécies exclusivas

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Pag - 22

Figura 13.4.2 - 9 - Espécies estritamente aquáticas com maior número de registros nas quatro áreas amostradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

Figura 13.4.2 - 10 - Espécies restritas aos hábitats criados por rios com maior número de registros nas quatro áreas amostradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

4.4. ESPÉCIES MIGRATÓRIAS

Nessa quarta campanha de monitoramento na área de influência da UHE Belo Monte

foram registradas quatro espécies de aves que apresentam comportamento migratório

de acordo com o CEMAVE (2005): Pandion haliaetus, Elanoides forficatus, Calidris

fuscicollis e Sturnella militaris. Para o CBRO (2011), apenas P. haliaetus e C.

fuscicollis são migratórias, sendo as demais, E. forficatus e S. militaris, residentes.

0 100 200 300 400

Phalacrocorax brasilianus

Anhinga anhinga

Ardea cocoi

Phaetusa simplex

Rynchops niger

Sternula superciliaris

Megaceryle torquata

Nº de indivíduos

0 200 400 600 800

Opisthocomus hoazin

Todirostrum maculatum

Sakesphorus luctuosus

Tachycineta albiventer

Stelgidopteryx ruficollis

Paroaria gularis

Chordeiles rupestris

Myrmotherula multostriata

Hypocnemoides maculicauda

Nº de indivíduos

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Pag - 23

Dessas quatro espécies, duas possuem relação com ambientes aquáticos (P.

haliaetus e C. fuscicollis), e são visitantes do Hemisfério Norte (Quadro 13.4.2 - 6).

Quadro 13.4.2 - 6 - Espécies migratórias registradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

TAXA NOME COMUM

ESPÉCIES

ESTRITAMENTE

AQUÁTICAS

ESPÉCIES

RESTRITAS

À HÁBITATS

CRIADOS

POR RIOS

CEMAVE (2005)

CBRO (2011)

Elanoides forficatus Gavião-tesoura

VN R

Calidris fuscicollis Maçarico-de-sobre-branco x VN VN

Sturnella militaris Polícia-inglesa-do-norte

VS R

Pandion haliaetus Águia-pescadora x VN VN

VN=Visitante do Hemisfério Norte; VS=Visitante do Hemisfério Sul; R = residente.

4.5. ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Para analisar o status oficial de conservação da avifauna da área de influência da UHE

Belo Monte, a lista de espécies registradas nesta quarta campanha foi contrastada

com as seguintes listas oficiais: Red List of Threatened Animals (IUCN, 2012),

Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora

(CITES, 2011), Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (Machado

et al., 2008) e Lista de Animais Ameaçados do Estado do Pará (SEMA, 2009).

Do total de 230 espécies identificadas, cinco estão categorizadas em ao menos uma

das listas supracitadas. Destas cinco espécies, uma consta como Criticamente em

Perigo, outra como Quase Ameaçada e duas como Vulnerável na Red List of

Threatened Animals da IUCN; uma consta do Apêndice I da CITES; uma está

classificada como Vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de

Extinção; e uma consta como Vulnerável e outra como Em Perigo na Lista de Animais

Ameaçados do Estado do Pará.

Algumas espécies estão citadas em mais de uma lista, daí a discrepância no número

total de espécies (Quadro 13.4.2 - 7). Ressalta-se que nenhuma dessas cinco

espécies é associada a ambientes aquáticos,

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Pag - 24

Quadro 13.4.2 - 7 - Status de conservação das espécies registradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

ESFERA LISTA CATEGORIA ESPÉCIE

Internacional IUCN ( 2012)

Criticamente em

Perigo Anodorhynchus hyacinthinus

Vulnerável Penelope pileata

Vulnerável Pyrilia vulturina

Quase ameaçada Spizaetus ornatus

CITES (2011) Apêndice I Anodorhynchus hyacinthinus

Nacional

Livro Vermelho da

Fauna Brasileira

(Machado et al., 2008)

Vulnerável Anodorhynchus hyacinthinus

Estadual

Lista de Animais

Ameaçados do Pará

(SEMA, 2009)

Vulnerável Anodorhynchus hyacinthinus

Em Perigo Thamnophilus aethiops

4.6. GUILDAS TRÓFICAS

A maioria das espécies registradas nessa quarta campanha de monitoramento é

exclusivamente insetívora (n=90), seguida por espécies onívoras (n=35), frugívoras

(n=32), piscívoras (n=18) e carnívoras (n=12). Um total de 13 espécies é

representante de mais de uma guilda trófica. Esse resultado reflete o padrão clássico

para comunidades de aves típicas da região neotropical, com a maioria das espécies

alimentando-se de artrópodes e frutos.

Quando se analisa apenas as espécies aquáticas lato sensu, verifica-se que as

estritamente aquáticas são em sua maioria piscívoras (n=18), enquanto as espécies

restritas a hábitats criados por rios são em sua maioria insetívoras (n=18) (Figura

13.4.2 - 11) (Quadro 13.4.2 - 8).

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Pag - 25

Figura 13.4.2 - 11 - Número de espécies por guildas tróficas registradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

Quadro 13.4.2 - 8 - Número de espécies por guildas tróficas registradas durante a quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

GUILDA ESPÉCIES

TOTAIS

ESPÉCIES ESTRITAMENTE

AQUÁTICAS

ESPÉCIES RESTRITAS A HÁBITATS CRIADOS

POR RIOS

Insetívora 90 2 18 Onívora 35 6 5 Frugívora 32 4 Piscívora 18 18 Carnívora 12 1 1 Granívora 10 1 Carnívora de invertebrados 7 2 Nectarívora 5 1 Necrófaga 4 Folívora 2 2 Malacófaga 2 1 1

Mais de uma guilda 13 4 1

4.7. ÁREAS PREFERENCIAIS DE NIDIFICAÇÃO

Nesta campanha a equipe técnica identificou e vistoriou cinco novas praias na área

amostral 4 com indícios de reprodução de aves aquáticas. Também foram revisitados

os locais que na campanha anterior foram identificados como possíveis áreas

preferenciais de nidificação. Ressalta-se que em virtude da influência do ciclo sazonal

no rio Xingu, alguns locais nem sempre oferecem condições de serem revisitados a

cada campanha, como é o caso de praias e ilhas que se mantém submersas nos

períodos de enchente e cheia. O Quadro 13.4.2 - 9 apresenta a descrição dos locais

vistoriados e revisitados nesta quarta campanha, com informações de espécies e

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

Mais de uma guilda

Insetívora

Onívora

Frugívora

Piscívora

Carnívora

Granívora

Carnívora de invertebrados

Nectarívora

Necrófaga

Folívora

Malacófaga Espécies totais

Espécies estritamente áquaticas

Espécies restritas a hábitats criados por rios

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Pag - 26

espécimes registrados e de georreferenciamento. As Figura 13.4.2 - 12 a Figura

13.4.2 - 17 apresentam o registro fotográfico dos ambientes e indivíduos monitorados.

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Pag - 27

Quadro 13.4.2 - 9 - Descrição de possíveis áreas preferenciais de nidificação de aves aquáticas registradas e/ou revisitadas na quarta campanha do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

PONTOS AMOSTRAIS DE ÁREAS PREFERENCIAIS DE NIDIFICAÇÃO

ÁREAS LOCALIZAÇÃO ESPÉCIES N A J F NH O COORDENADAS

(UTM) OBSERVAÇÃO

3

Praia da Barra, margem direita do rio Xingu, nas proximidades do rio Bacajá

Phaetusa simplex 3 3 22M 422872 e 9613862 Local identificado no campo 2

Rynchops niger 47 46 1

Praia da Cahoeira do Jericoá, margem esquerda do rio Xingu

Ausência de registro 22M 419551 e 9628418 Local identificado no campo 2

4

Praia Juventa, margem direita rio Xingu, nas proximidades do povoado de Vila Nova

Vanellus cayanus 2 2

22M 399098 e 968056 Local identificado no campo 3

Charadrius collaris 23 22 1

Jacana jacana 37 28 9

Sternula superciliaris 6 6

Phaetusa simplex 10 4 11 5

Rynchops niger 52 38 2 122

Praia do Munhenhem, margem esquerda do rio Xingu

Charadrius collaris 3 2 1 22M 388407 e 9690174 Local identificado no campo 4

Praia São Cosme, nas proximidades do arquipélago do Embaubal

Jacana jacana 63 26 37

22M 388580 e 9702899 Local identificado no campo 4 Sternula superciliaris 15 5 101

Rynchops niger 96 68 203 10

Praia do Meio, margem esquerda do rio Xingu

Calidris alba 2 2

22M 389219 e 9683366 Local identificado no campo 4

Charadrius collaris 10 9 1

Sternula superciliaris 8 7 1

Phaetusa simplex 37 37

Rynchops niger 8 6 2

Praia Santa Maria, margem esquerda do rio Xingu

Vanellus cayanus 2 2

22M 403905 e 9668643 Local identificado no campo 4

Charadrius collaris 2 2

Phaetusa simplex 17 11 6 14

Rynchops niger 4 4 14

Chordeiles rupestris 74 74

Praia Cranari, à jusante do povoado de Belo Monte

Tringa solitaria 1 1

22M 418389 e 9657410 Local identificado no campo 4

Vanellus cayanus 2 2

Charadrius collaris 2 2

Phaetusa simplex 11 6 5 3

Rynchops niger 2 2 Legenda: N = Número total de indivíduos; A = Adulto; J = Jovem; F = Filhote; NH = Ninhos; O = Ovos; x1 = Um jovem predado; x2 = Três filhotes predados; x 3 = Dois jovens predados; x 4 = Ovo não eclodido.

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Figura 13.4.2 - 12 - Vista geral de praia vistoriada na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi).

Figura 13.4.2 - 13 - Adultos e jovens de Jacana jacana registrados em praia vistoriada na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi).

Figura 13.4.2 - 14 - Jovem de Charadrius collaris registrado em praia vistoriada na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi).

Figura 13.4.2 - 15 - Filhote de Phaetusa simplex registrado em praia vistoriada na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi).

Figura 13.4.2 - 16 - Ninho de P. simplex com filhotes e ovo registrado em praia da área 4 (Foto: Ralder F. Rossi).

Figura 13.4.2 - 17 - Jovem de Rynchops niger registrado em praia vistoriada na área 4 (Foto: Ralder F. Rossi).

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Pag - 29

4.8. ÁREAS PREFERENCIAIS DE ALIMENTAÇÃO

Nessa campanha não foi identificada nenhuma área de forrageamento da avifauna

associada a ambientes aquáticos.

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5. CRONOGRAMA FÍSICO

PRODUTO ATIVIDADES DO

PRODUTO DATA DE

INÍCIO DATA DE TÉRMINO

% CONCLUÍDA

Equipe técnica

Mobilização e treinamento das equipes 02/01/12 30/03/12 100%

Contato com as instituições 02/01/12 29/06/12 100%

Execução

Obtenção de Licença de captura, coleta 02/01/12 23/04/12 100%

Campanhas de campo 02/01/12 29/09/17 17%

Campanha 1 19/03/12 06/04/12 100%

Campanha 2 20/06/12 21/07/12 100%

Campanha 3 03/09/12 27/09/12 100%

Campanha 4 12/11/12 12/12/12 100%

Campanha 5 01/03/13 31/03/13 0%

Campanha 6 01/06/13 30/06/13 0%

Campanha 7 01/09/13 30/09/13 0%

Campanha 8 01/12/13 30/12/13 0%

Campanha 9 01/03/14 31/03/14 0%

Campanha 10 01/06/14 30/06/14 0%

Campanha 11 01/09/14 30/09/14 0%

Campanha 12 01/12/14 30/12/14 0%

Campanha 13 01/03/15 31/03/15 0%

Campanha 14 01/06/15 30/06/15 0%

Campanha 15 01/09/15 30/09/15 0%

Campanha 16 01/12/15 30/12/15 0%

Campanha 17 01/03/16 31/03/16 0%

Campanha 18 01/06/16 30/06/16 0%

Campanha 19 01/09/16 30/09/16 0%

Campanha 20 01/12/16 30/12/16 0%

Campanha 21 01/03/17 31/03/17 0%

Campanha 22 01/06/17 30/06/17 0%

Campanha 23 01/09/17 30/09/17 0%

Relatórios consolidados 02/04/12 29/12/17 8,3

Etapa 1 02/04/12 29/06/12 100%

Etapa 2 01/10/12 31/12/12 0%

Etapa 3 01/04/13 28/06/13 0%

Etapa 4 01/10/13 31/12/13 0%

Etapa 5 01/04/14 30/06/14 0%

Etapa 6 01/10/14 31/12/14 0%

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PRODUTO ATIVIDADES DO

PRODUTO DATA DE

INÍCIO DATA DE TÉRMINO

% CONCLUÍDA

Etapa 7 01/04/15 30/06/15 0%

Etapa 8 01/10/15 31/12/15 0%

Etapa 9 01/04/16 30/06/16 0%

Etapa 10 03/10/16 30/12/16 0%

Etapa 11 03/04/17 30/06/17 0%

Etapa 12 02/10/17 29/12/17 0%

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Pag - 32

6. INTERFACE COM OUTROS PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS

Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos (PMASA) – durante a

realização da quarta campanha de campo, a equipe técnica do projeto PMASA

realizou amostragens nas mesmas áreas onde são realizados os estudos do PAASA.

Assim, houve um fluxo de informações entre as equipes dos dois projetos, com

importantes registros de avistamentos de mamíferos aquáticos e semiaquáticos pela

equipe do PAASA, assim como o registro fotográfico de aves aquáticas e

semiaquáticas pela equipe do PMASA.

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7. PARCERIAS REALIZADAS E RECOMENDADAS

Nesta quarta campanha não houve parceria realizada ou recomendada.

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8. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

No momento não há considerações e recomendações a respeito das atividades do

PAASA.

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9. EQUIPE TÉCNICA

A equipe técnica da quarta campanha de campo da Fase pré-enchimento do PAASA

da UHE Belo Monte foi composta por técnicos da NATURAE conforme apresentado no

Quadro 13.4.2 - 10.

Quadro 13.4.2 - 10 - Equipe técnica da quarta campanha de campo do PAASA da UHE Belo Monte - Fase pré-enchimento do reservatório.

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO CTF IBAMA

Gleyson Araújo Tomaz Barroso Téc. Seg. Trabalho

(NATURAE) Técnico -

Ismael Xavier Martins Coord. de logística

(NATURAE) Biól. Esp. 2.196.484

Marília Luz Soares Tonial Analista de Dados

(NATURAE) Biól. M. Sc. 2.136.324

Ralder Ferreira Rossi Biólogo de campo

(NATURAE) Biól. 1.871.252

Roberto Leandro da Silva Coord. Técnico

(NATURAE) Biól. M. Sc. 2.136.137

Valéria Paula Palhares Bióloga de campo

(NATURAE) Biól. 2.843.392

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Pag - 36

10. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Press. London.

CBRO (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos). 2011. Lista das Aves do Brasil.

Versão 25.01.2011. Disponível em http://www.cbro.org.br.

CEMAVE (Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres) –

Lista das Espécies de Aves Migratórias Ocorrentes no Brasil. 2005. Disponível em

www.ibama.gov.br/cemave

CITES (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and

Flora). 2011. Disponível em www.cites.org/eng/resources/species.html/.

DÁRIO, F. R. Estrutura trófica da avifauna em fragmentos florestais na Amazônia

Oriental – Trofic structure of avifauna in east Amazonian forest fragments.

Conscientiae Saúde, 7(2): 169-179. 2008.

IUCN (International Union for Conservation of Nature). 2012. Red List of Threatened

Species. Version 2012.2. Disponível em http:/www.iucn.redlist.org.

LUNA, E. J. A., PEREIRA, L. E. & SOUZA, R. P. I. Encefalite do Nilo Ocidental, nossa

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MACHADO, A. B. M., DRUMMOND, G. M. & PAGLIA A. P. Livro vermelho da fauna

brasileira ameaçada de extinção. Volume II. 908 p. Brasília / Belo Horizonte: MMA /

Fundação Biodiversitas. 2008.

NUNES, A. P. & W. M. TOMAS. Aves Migratórias Ocorrentes no Pantanal:

Caracterização e Conservação. Corumbá, MS: Embrapa Pantanal. 2004.

PINHEIRO, R. T. & DORNAS, T. Distribuição e conservação das aves na região de

Cantão, Tocantins: ecótono Amazônia/Cerrado. Biota Neotropica, 9(1): 186-205. 2009.

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SICK. H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Nova Fronteira. 1997.

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Pag - 38

11. AUTORIZAÇÕES E LICENÇAS

Não se aplica a esse projeto pelo fato das atividades realizadas não envolverem

capturas de espécimes, nem tampouco coleta de material biológico, apenas

observações.

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Pag - 39

12. ANEXOS

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13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA

3. Fundamentação Metodológica

Anexo 13.4.2 - 6 - Mapeamento da Malha Amostral

Área 1

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Pag - 41

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13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA

3. Fundamentação Metodológica

Anexo 13.4.2 - 7 - Mapeamento da Malha Amostral

Área 2

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Pag - 43

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13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA

3. Fundamentação Metodológica

Anexo 13.4.2 - 8 - Mapeamento da Malha Amostral

Área 3

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Pag - 45

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13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA

3. Fundamentação Metodológica

Anexo 13.4.2 - 9 - Mapeamento da Malha Amostral

Área 4

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Pag - 47

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13.4.2 PROJETO DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA AQUÁTICA E SEMIAQUÁTICA

4. Apresentação dos Resultados

Anexo 13.4.2 - 10 - Coletânea fotográfica parcial da

avifauna estritamente aquática e da avifauna restrita a

ambientes criados por rios registrada na quarta

campanha do PAASA da UHE Belo Monte

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Pag - 49

Mycteria americana (Cabeça-seca) (Foto: Daniell N. A. Villar).

Phalacrocorax brasilianus em pedral no rio Xingu (Biguá) (Foto: Daniell N. A. Villar).

Detalhe da captura de peixe por um espécime de P. brasilianus (Biguá) (Foto: Daniell N. A. Villar).

Anhinga anhinga (Biguatinga) (Foto: Daniell N. A. Villar).

Tigrisoma lineatum (Socó-boi) (Foto: Ralder F. Rossi).

Vista geral de ambiente aquático e espécimes de Ardea alba (Garça-branca-grande) (Foto: Daniell N. A. Villar).

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Pag - 50

Pandion haliaetus (Águia-pescadora) (Foto: Ralder F. Rossi).

Busarellus nigricollis (Gavião-belo) (Foto: Daniell N. A. Villar).

Jovem de Rostrhamus sociabilis (Gavião-caramujeiro) (Foto: Ralder. F. Rossi).

Buteogallus schistaceus (Gavião-azul) (Foto: Ralder F. Rossi).

Urubitinga urubitinga (Gavião-preto) (Foto: Ralder F. Rossi).

Heliornis fulica (Picaparra) (Foto: Ralder F. Rossi).

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Pag - 51

Vanellus cayanus (Batuíra-de-esporão) (Foto: Ralder F. Rossi).

Charadrius collaris (Batuíra-de-coleira) (Foto: Ralder F. Rossi).

Detalhe da captura de peixe por um espécime de Phaetusa simplex (Trinta-réis-grande) (Foto: Daniell N. A. Villar).

Rynchops niger (Talha-mar) (Foto: Ralder F. Rossi).

Chordeiles rupestris (Bacurau-da-praia) (Foto: Ralder F. Rossi).

Tachycineta albiventer (Andorinha-do-rio) (Foto: Ralder F. Rossi).