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10/03/2012 1 Vida e Morte TÍTULO DA PALESTRA (Org. por Sérgio Biagi Gregório) (Org. por Sérgio Biagi Gregório)
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10/03/20121Vida e Morte TÍTULO DA PALESTRA (Org. por Sérgio Biagi Gregório)

Apr 17, 2015

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10/03/2012 1Vida e Morte

TÍTULO DA PALESTRA

(Org. por Sérgio Biagi Gregório)(Org. por Sérgio Biagi Gregório)

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Vida e MorteIntrodução

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De onde viemos?

Para onde vamos?

O que estamos fazendo aqui?

Qual a essência da vida?

Por que temos de morrer?

Qual a causa dos sofrimentos?

Tudo acaba com a morte?

Ser ou não ser?

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Vida e MorteConceito

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É um conjunto de fenômenos de toda a espécie (particularmente de nutrição e reprodução) que, para os seres que têm um grau elevado de organização, se estende do nascimento (ou da produção do germe) até a morte.

• Vida

Do lat. mortem - é a cessação da vida e manifesta-se pela extinção das atividades vitais: crescimento, assimilação e reprodução no domínio vegetativo; apetites sensoriais no domínio sensitivo.

No âmbito da Doutrina Espíritaâmbito da Doutrina Espírita, é o desprendimento total do Espírito do corpo físico em consequência da ruptura do laço fluídico, que prende ou liga um ao outro, quando então há o falecimento.

• Morte

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Vida e MorteAspectos Históricos da Morte

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Na Antiguidade prevalecia o sentimento natural e duradouro de familiaridade com a morte.

Sócrates, por exemplo, ensinava-nos que a filosofia nada mais era do que uma preparação para a morte.

Nas sociedades tribais, o problema da morte não existia porque o indivíduo tinha um peso muito diminuto com relação à coletividade.

Deixando de viver, a pessoa imediatamente fazia parte da "sociedade dos mortos", inclusive, com a possibilidade de se comunicar com os vivos.

• Antiguidade

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Vida e MorteAspectos Históricos da Morte

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Devido à influência da religião, a população era educada no sentido de aceitar a morte como um destino inexorável dos deuses.

Dentro desse contexto, cada qual esperava passivamente a sua passagem deste para o outro mundo.

Além disso, esse período caracterizava-se também pelo sentimento de respeito ao morto, inclusive com as cerimônias religiosas, a observância do tempo de luto, as visitas ao cemitério etc.

Como as pessoas morriam em casa, as crianças podiam passar e brincar junto ao féretro, que geralmente ocupava o lugar mais destacado da casa.

• Idade Média

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Vida e MorteAspectos Históricos da Morte

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Depois da Revolução Industrial, a morte começa a ser interdita (proibida).

Deixamos aos hospitais a incumbência de cuidar dos velhos e dos doentes.

Em certo sentido, a morte é um fracasso da medicina.

Depois de morto, o defunto é encaminhado ao necrotério, onde se faz o velório.

Tudo isso longe das crianças.

Para elas, diz-se que teve um sono duradouro e está descansando nos jardins do Éden.

A sofisticação chega ao ponto de se criar o "Funeral Home", casa de embelezamento de cadáveres. (Aries, 1977)

• Idade Moderna

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Vida e MorteCaráter da Vida

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O primeiro caráter que encontramos na vida é o da ocupaçãoocupação.

Viver é ocupar-seocupar-se; viver é fazerfazer; viver é praticarpraticar.

É um por e tirar das coisa, é um mover-se daqui para ali.

Porém, se olharmos com mais atenção, a ocupação com as coisas não é propriamente ocupação, mas preocupaçãopreocupação.

Preocupamo-nos, primeiramente, com o futuro, que não existe, para depois acabar sendo uma ocupação no presente que existe.

• Ocupação

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Vida e MorteCaráter da Vida

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Pelo fato de escolhermos, de termos um propósito, tanto vil como altruísta, nossa vida é não-indiferençanão-indiferença.

O animal, a pedra e o vegetal estão no mundo, mas são indiferentesindiferentes.

O ser humano não, ele tem que vivenciar a sua vida.

A vida se interessa: primeiro, com serser, e segundo, com ser isto ou aquiloser isto ou aquilo; interessa com existirexistir e consistirconsistir.

• Não-Indiferença

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Vida e MorteCaráter da Vida

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O movimentar-se refere-se ao tempo. O que é?

há que se considerar o tempo cronológico e tempo psicológico.

Em se tratando da vida, temos de considerar o tempo psicológico, ou seja, considerar o presente como um "futuro sido".

No tempo astronômico, o presente é o resultado do passado.

O passado é germe do presente, mas o tempo vital, o tempo existencial em que consiste a vida, é um tempo no qual aquilo que vai ser está antes daquilo que é, aquilo que vai ser traz aquilo que é.

O presente é um "sido" do futuro; é um "futuro sido". (Garcia Morente, 1970, p. 308 a 311).

• O tempo

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Vida e MorteAlguns Aspectos da Morte

10/03/2012 Vida e Morte 10

As religiõesreligiões têm exercido poderosa influência nas "atitudesatitudes" dos indivíduos com relação ao passamento.

No CatolicismoCatolicismo, há a imagem do fogo eterno queimando nossas entranhas;

nas Doutrinas OrientaisDoutrinas Orientais, a volta do Espírito em um corpo animal.

Além da questão religiosa, há os erros de abordagemerros de abordagem:

tudo termina com a morte; tudo termina com a morte;

imersão no desconhecido; imersão no desconhecido;

excesso de preparação para o desenlace; excesso de preparação para o desenlace;

dúvidas com relação à imortalidade e dúvidas com relação à imortalidade e

ilusão de sermos indispensáveis à família.ilusão de sermos indispensáveis à família.

• Influência da Religião

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Vida e MorteAlguns Aspectos da Morte

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Sentido físicofísico: ter um corpo e desaparecer com o corpo.

Sentido psicológicopsicológico: a cada nova idade morre uma fase e nasce outra. O próprio nascimento já é uma morte, porque o bebê separou-se do ventre materno.

Sentido filosóficofilosófico: pensar criticamente está vivo; pensar dogmaticamente, morto.

Sentido religiosoreligioso: a noção da vida eterna. Morrer para nascer de novo.

• Binômino Vida-Morte

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Vida e MorteAlguns Aspectos da Morte

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Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, trata exaustivamente do problema da morte.

Diz-nos que o temor da morte temor da morte decorre da noção insuficiente da vida futura, embora denote também a necessidade de viver e o receio da destruição total.

Segundo o seu ponto de vista, o espírita não teme a morte, porque a vida deixa de ser uma hipótese para ser realidade.

Ou seja, continuamos individualizados e sujeitos ao progresso, mesmo na ausência da vestimenta física.

• Temor da Morte

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Vida e MorteExpectativa para Depois da Morte

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Para o Niilismo, a matéria sendo a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo.

Para o Panteísmo, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum

• Niilismo e Panteísmo

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Vida e MorteExpectativa para Depois da Morte

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Para o Dogmatismo Religioso, a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte.

A sua sorte já está determinada:

os que morreram em "pecadopecado" irão para o fogo fogo eternoeterno;

os justosjustos, para o céu, gozar as delícias do paraísodelícias do paraíso

• Dogmatismo Religioso

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Vida e MorteExpectativa para Depois da Morte

10/03/2012 Vida e Morte 15

Para o Espiritismo, o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante.

Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso.

Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente e fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins".

Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria, através das inúmeras encarnações. (Kardec, 1975 p. 193 a 200)

• Espiritismo

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Vida e MorteConclusão

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Não sejamos como espectadores de vitrine.

Observemos, pensemos e tiremos as nossas conclusões:

quem sabe não estamos agindo como se estivéssemos mortos diante da abertura espiritual que a vida nos concede a cada instante?

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Vida e MorteBibliografia Consultada

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ARIES, P. História da Morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos Dias. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1977. GARCIA MORENTE, M. Fundamentos de Filosofia - Lições Preliminares. 4. ed., São Paulo, Mestre Jou, 1970. KARDEC, A. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo. 22 ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975. KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.  LALANDE, A. Vocabulário Técnico e Crítico de Filosofia. [tradução de Fátima Sá Correia ... et al.]. São Paulo, Martins Fontes, 1993. LEGRAND, G. Dicionário de Filosofia. [Trad. de Armindo José Rodrigues e João Gama]. Lisboa, Edições 70, 1986.

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http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/vida-e-morte.htm