Trauma raquimedular [Modo de Compatibilidade] · Introdução Trauma Raquimedular (TRM) – lesão da medula espinhal concomitante às injúrias da coluna vertebral. – ocorre em
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Trauma raqimedular
Introdução
Trauma Raquimedular (TRM)
– lesão da medula espinhalconcomitante às injúrias dacoluna vertebral.
– ocorre em cerca de 15 a 20%das fraturas da coluna.
Epidemiologia
No BrasilIncidência : de 32 a 52 casos/milhão de hab
Nº casos/ano : 8.000
Custo : 300 milhões de dólares/ano
Sexo : preferencialmente masculino
Faixa etária : entre 15 e 40 anos
Etiologia
• Acidente automobilístico
• Quedas de nível
• Mergulho em água rasa
• Ferimento por arma de fogo ou branca
Considerações anatômicas
Formação da coluna vertebralSão 33/34 vértebras divididas daseguinte forma:
- 7 cervicais
- 12 torácicas- 5 lombares- 5 sacrais - 4/5 coccígeas
Considerações anatômicas
A medula espinhal no adulto
possui cerca de 45 cm
A cauda eqüina localiza-se na
parte baixa do canal vertebralformada pelas raízes dos nervosespinhais.
Considerações anatômicas
Dermátomo
é a área da pele que leva informações sensitivas
de cada raiz nervosa.
Miótomo
é o grupo de músculos que cada raiz inerva.
Anatomia
Anatomia
Mecanismo de lesão
HiperflexãoHiperextensãoCarga axialCarga lateralFerimentos penetrantes
Relação anatomia e fisiologia
Deficts neurológicos secundários a lesão esquelética ao nível ou acima de T 10 relacionam-se com lesões medulares
Entre T10 e L1, o defict neurológico é causado por lesão na medula e nas raízes
A medula termina em L1 e abaixo deste nível neurológico, relacionam-se unicamente com lesão das raízes
Fisiopatologia
As lesões neurologicas que acompanham as fraturas podem ser:
Primárias ocorem no mometo da lesão, por 4 mecanismos básicos: contusão, compressão, estiramento e laceração
Secundários: resultam de processos reacionais e podem ser pela isquemia e/ou edema
TRM
Fisiopatologia
Mecanismo da lesão primária da medulaFase aguda (até 8h do trauma)- Transferência de energia cinética
- Rompimento dos axônios
- Lesão de células nervosas
- Ruptura dos vasos sangüíneos
Avaliação do paciente no local do acidente
reconhecimento de lesões e prevenção de lesões adicionais no transporte
considerar a presença de lesão da coluna vertebral
e a manutenção da imobilização até definição
diagnóstica
Transporte da Vítima
Prancha longa (em bloco) ou maca do tipo colher
Colar cervical + apoios laterais da cabeça
Virar a prancha ou aspirar VAS se vômitos
Transporte da Vítima
Algumas condições: prancha curta ou Ked
Estabilização da ColunaCervical
Quando colocar um colar cervical - Glasgow < 14 (?)
- Lesão neurológica em vítima trauma - Vítima projetada ou encarcerada - Atropelamento ou capotamento - Queda > 3m - Tentativa de enforcamento
- Acidente de submersão
Avaliação Clínica
Anamnese dor na colunaperda de sensibilidade e/ou mobilidade em mmperda de consciência secundária ao trauma
2. Exame físico (ATLS)respiração abdominalpriapismo (sem estímulo sexual)sinal de lesão na face ou pescoço
Avaliação Clínica
3. Exame neurológico - Perda de resposta aos estímulos dolorosos
abaixo da lesão- Incapacidade de realizar movimentos
voluntários nos membros
- Alterações no controle de esfíncteres
- Choque neurogênico:
- queda de PA e bradicardia
Importante Definir Clinicamente
• Nível da lesão neurológica– Refere-se ao segmento mais caudal da
medula espinhal que apresenta as funções sensitiva e motora normais em ambos os lados.
• Nível sensitivo– Refere-se ao segmento mais caudal da
medula espinhal que apresenta sensibilidade normal.
Classificação
• Lesão medular completa– quando existe ausência de sensibilidade e
função motora nos segmentos sacrais baixos.
• Lesão medular incompleta– quando é observada preservação parcial das
funções motoras abaixo do nível da lesão
Classificação
Tetraplegia– perda da função motora e sensitiva nos
segmentos cervicais.
Paraplegia– perda da função motora e sensitiva nos
segmentos torácicos, lombares ou sacrais.
Neuroimagem
- Rx AP/ Perfil - Radiografia dinâmica
contra-indicada em paciente com déficit neurológico
ou inconsciente
- Ressonância magnética
auxilia o diagnóstico do TRM e sempre que possível
leve ser utilizada na fase inicial do diagnóstico
Deslocamento Atlanto-occipital
Espondilolistese
Fratura Vertebral
Fragmento Impactado
Tratamento Cirúrgico
Na Impossibilidade do tratamento definitivo
Tração de coluna
Objetivos:• Manter a redução da fratura
• Realinhar o canal vertebral
Compressão Medular
Secção Medular
Hérnia Discal Pós-Traumática
Síndromes Medulares
� da medula centralprincipalmente na região cervical e apresentacomprometimento maior dos membros superioresque dos inferiores.
Síndromes Medulares
� da medula anterior
ocorre preservação da propriocepção e perda da
função motora e sensibilidade dolorosa.
Síndromes Medulares
da medula posteriorocorre perda da sensibilidade profunda.
Síndromes Medulares
• Brown-Séquardocorre na hemisecção medular e ocasiona
perda da função motora e proprioceptiva do ladoda lesão e perda da sensibilidade a dor e atemperatura do lado oposto.
Síndromes Medulares
• da cauda eqüinalesão isolada dos nervos espinhais da caudaeqüina. QC depende da raiz atingida:
- paresia de membros inferiores- arreflexia- distúrbio da sensibilidade- incontinência vesical e fecal
Tratamento Clínico
Precoceno momento do atendimento ABC (ATLS)
Metilprednisolona até 8h após o trauma Dose de ataque 30 mg / kgDose de manutenção 5,4 mg / kg / 23h
Tratamento Cirúrgico
Indicações• instabilidade do segmento vertebral• lesão neurológicaObjetivos• preservar a anatomia e função da medula• restaurar o alinhamento da coluna vertebral • estabilizar o segmento lesado • prevenir as complicações gerais e locais • restabelecer de forma precoce o paciente
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