SARACEVIC Part I Establishing a Theoretical Framework
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Studying the Value of Library and Information Services.
Part I. Establishing a Theoretical Framework
SARACEVIC, T. KANTOR, P. B. Studying the value of library and information
services: establishing a theoretical framework. Parte I. Journal of the American
Society for Information Science. 48(6):527–542, 1997.
Estudando o valor da Biblioteca e Serviços de Informação.
Parte 1. Estabelecendo um Quadro Teórico
Tefko Saracevic e Paul. B. Kantor
Escola de Estudos de Comunicação, Informação e Livraria, Rutgers
University, 4 Huntington St., New Brunswick, NJ 08903. E-mail:
tefko@scils.rutgers.edu and kantor@scils.rutgers.edu
De tudo que possuímos existem dois valores. Ambos pertencem à coisa tanto quanto,
mas não da mesma maneira ... Por exemplo, um sapato é usado para vestir e é usado
para troca. Ambos são usos do sapato.
A palavra VALOR tem dois diferentes significados: algumas vezes expressa a utilidade
de algum objeto particular e algumas vezes expressa o poder de compra que a posse
do objeto transmite.
Um pode ser chamado de “valor em uso” e o outro de “valor de troca”. Adam Smith. “
Uma investigação da natureza e das causas da riqueza nas nações”.
Este relatório é derivado de um extenso estudo patrocinado pelo Conselho de
Recursos Bibliotecários. Os dois dos objetivos do estudo foram: desenvolvimento da
taxonomia do valor de uso da biblioteca e serviços de informação baseados nos
acessos dos usuários e a proposição de métodos e instrumentos para estudos
similares de biblioteca e serviços de informação em geral. Os resultados
correspondentes são relatados em duas partes. Nesta primeira parte nós discutimos
conceitos subjacentes relacionados ao valor que precisam ser clareados a fim de
desenvolver qualquer estudo de valor e nós estabelecemos uma teoria do valor de uso
da informação e de serviços de informação. Nós examinamos a noção do valor na
filosofia e economia em relação aos serviços de informação e às bibliotecas, assim
como a relação entre valor e relevância. Nós desenvolvemos dois modelos: um
relacionado ao uso da informação e outro ao uso das bibliotecas e serviços de
informação. Eles são uma estrutura teórica para estudo pragmático do valor e um guia
para o desenvolvimento de uma Taxonomia Derivada de Valor no Uso de Bibliotecas e
de Serviços de Informação. Na segunda parte deste relatório, nós apresentamos a
metodologia empregada no desenvolvimento da Taxonomia, a taxonomia por ela
mesma, e os resultados dos testes da Taxonomia. Nós acreditamos que a taxonomia
cobre a maioria das dimensões de valor relacionadas ao uso de bibliotecas e de
serviços de informação.
1- Introdução
Organização do relatório.
Nós relatamos um estudo empírico de valor das bibliotecas e dos serviços de
informação, os quais resultam em uma Taxonomia Derivada de Valor no Uso de
Bibliotecas e de Serviços de Informação. O termo “derivado” no nome da Taxonomia
reflete o fato que ela é derivada do que os usuários tinham que dizer sobre o valor dos
serviços recebidos. Para providenciar a estrutura para estudo nós também
endereçamos algumas perguntas que imediatamente vinham a mente:
Por que é importante o estudo de valor de bibliotecas e de serviços de
informação?
O que é “valor”, afinal?
O que constitui valor em relação à informação e aos serviços de informação?
Existe um arcabouço teórico prolífico/fértil e de aproximação para o estudo de
valor de tais serviços?
Na parte 1 deste relato, nós nos focamos nas questões acima. A primeira questão,
sobre importância, é enfocada diretamente na Introdução e indiretamente através de
muitas outras seções. A segunda questão é discutida na Secção 2, onde nós refletimos
sobre o tratamento ao termo “valor” na filosofia e na economia. A terceira questão,
dirigida com valor de informação e desenvolvimento de um modelo de uso de
informação, nós enfocamos na Seção 3, enquanto na Seção 4 nós refletimos sobre
valor e relevância. Na Seção 5, nós descrevemos alguns trabalhos relacionados que
estudaram o valor de biblioteca e serviços de informação. Na seção 6, nós tratamos de
questões relacionadas ao estabelecimento de definições e um modelo de uso de
bibliotecas e de serviços de informação. Juntos, os conceitos e os modelos elaborados
servem como uma estrutura para uma teoria de valor orientada ao uso de bibliotecas e
serviços de informação.
A parte II é devotada ao estudo propriamente dito: importância da Taxonomia,
metodologia de coleta e análise de dados, apresentação de resultados Taxonômicos;
testes estatísticos de Taxonomia e implicações práticas e teóricas. Na parte 1, nós
oferecemos uma variedade de dimensões de valor de uso de bibliotecas e de serviços
de informação. A Taxonomia apresentada na Parte II mostra essas dimensões ou
facetas em detalhes.
A clarificação do valor de uso de bibliotecas e de serviços de informação exige três
passos. No primeiro passo, atributos ou dimensões de valor precisam ser identificados
e organizados em alguma estrutura racional. No segundo passo, procedimentos para
cálculo/avaliação do valor de acordo com cada dessas dimensões precisam ser
desenvolvidos. Finalmente, no 3º passo, dados precisam ser coletados e analisados de
acordo de acordo com as dimensões e procedimentos identificados nos passos
precedentes. Ambas as partes deste estudo se focaram profundamente apenas na
primeira ao mesmo tempo em que algumas sugestões são oferecidas para a segunda e
o terceira. Nós acreditamos que o conceito teórico presente na parte I e os aspectos
pragmáticos, a taxonomia, em particular, presente na Parte II, podem ser
generalizadas. Eles fornecem uma fundamentação para o segundo e terceiro passos,
denominados para o desenvolvimento e condução de estudos pragmáticos do valor
das bibliotecas e dos serviços de informação.
1.2 Importância do estudo de valor
Comumentemente, bibliotecas e sistemas de valor e os serviços que eles fornecem
têm sido avaliados por um longo tempo. Eles foram apoiados pela sociedade,
comunidades, organizações, instituições e usuários porque havia uma crença implícita
ou afirmação explícita que eles forneciam um valor único, mais frequentemente
intangível ou mesmo simbólico, mais do que monetário. Recentemente, a importância
e a urgência de determinar o valor da biblioteca e dos serviços de informação de uma
maneira mais utilitária, explícita e específica, tem aumentado por um número de
razões.
Primeiro, o papel social da informação está mudando representado pela evolução da
“sociedade de informação”. Informação está assumindo um papel mais central em
muitos aspectos da vida. Como consequência, a função e as expectativas em relação à
biblioteca e aos serviços de informação estão também mudando.
Segundo, bibliotecas e centros de informação estão em transição ao longo de muitas
dimensões. Eles estão substituindo o modelo de coleção completa para o modelo “just
in time” e “just in case” para fornecer acesso aos recursos de informação localizados
em qualquer lugar. Recursos de informação eletrônicos e de rede estão fornecendo
novas maneiras de acesso e uso.
Terceiro, muitos dos “players” envolvidos habilitaram-se com modernas tecnologias de
informação e redes e estão começando a fornecer serviços de informação – e eles
estão competindo diretamente com bibliotecas e centros de informação. Essa
crescente competição pelos consumidores e recursos confronta bibliotecas e sistemas
de informação com aumentada necessidade de justificação e avaliação.
Isso significa que devemos focar explicitamente o assunto de valor fornecido pelos
serviços oferecidos. De modo crescente, serviços têm que ser justificados com dados
concretos. Justificações às instituições, organizações e comunidades patrocinadoras
têm que incluir demonstrações plausíveis e acreditáveis do valor que a biblioteca e
serviços de informação fornecem.
Sendo o valor uma proposição complexa, é difícil lidar com ambas, teoria e prática. É
difícil especificar o significado de valor nas bibliotecas e nos serviços de informação.
Apesar de uma ampla literatura sobre o assunto, nenhum acordo nos conceitos
básicos tem emergido e nenhuma teoria adequada de valor para tais serviços foi
desenvolvida. É muito mais difícil desenvolver e aplicar uma base teórica metodológica
para uma coleção pragmática de dados concretos. Não é surpreendente, então, que
apenas alguns estudos têm enfocado o valor da biblioteca e dos serviços de
informação.
1.3- Objetivos do estudo
Esta seção aparece em ambas às partes do artigo a fim de torná-las (ambas as partes)
uniformes. Este artigo é o resultado de um estudo de 15 meses patrocinado em larga
parte pelo Conselho em Pesquisas Bibliotecárias. O objetivo do estudo foi focar o
problema de desenvolvimento de modelos e métodos para estudo de valor e custo das
bibliotecas e dos serviços de informação de um modo que possa ser pragmaticamente
generalizado e aplicado para serviços, possibilitando conduzir semelhante estudo. O
objetivo prático do estudo foi fornecer às bibliotecas e sistemas de informação em
geral, e aqueles orientados em direção ao estudo tal como em grandes bibliotecas de
pesquisa, em particular, com métodos para coletar informação a respeito do valor e
custo de seus serviços – informação que irá ajudar na justificação e tomada de decisão.
No processo, nós também trabalhamos no desenvolvimento de um quadro teórico
para avaliar as biblioteca e os serviços de informação. Os objetivos do estudo eram
desenvolver e testar uma taxonomia de valor das bibliotecas e dos serviços informação
baseada na avaliação do usuário, determinar o custo associado com serviços
específicos, desenvolver métodos para combinar e correlacionar custo e dados de
valor e fornecer descrição detalhada e manuais que permitiriam a replicação desses
tipos de estudo.
Este artigo é um de uma série de artigos sobre esse estudo. O artigo é dirigido e
restringido para relatar apenas o primeiro objetivo, isto é, o artigo lida apenas com
quadro e descrição de valor. Na sequencia, artigos relacionados tratam de custo e da
correlação de custo e valor (Abels, Kantor, & Saracevic, 1996; outros artigos estão em
preparação). Um relato do estudo em progresso que pode ser considerado o precursor
deste artigo foi apresentado em uma conferência (Kantor & Saracevic, 1995).
A realização desses objetivos exigiu um projeto e estudo empírico envolvendo a coleta
e análise de uma grande quantidade de dados de um número diferente de serviços de
muitas bibliotecas como descrito na Parte II ( incluindo lógica, método e resultados,
mais apêndices apresentando instrumentos, procedimentos e manuais para uso de
replicação) são apresentados no relatório final (Kantor, Saracevic, & D’Esposito-
Wachtmann, 1995) . Um manual orientando à aplicação da taxonomia é apresentado
separadamente (Huttenlock, Dawson, Saracevic & Kantor, 1995).
2. O que é “valor”?
A dificuldade de tratar com valor de biblioteca e serviços de informação pode ser
comparada aos problemas e às ambiguidades no tratamento de valor aos outros
campos e em situações pragmáticas. Valor tem muitas dimensões, atributos ou
predicados. Lidar com valor é um desafio em qualquer campo. Ainda, em qualquer
consideração ou modelo de comportamento individual, organizacional, ou social
baseado na intencionalidade humana, valor é um conceito intermediador
indispensável para estabelecer e guiar ações, relações, prioridades e mudanças. Nós
nos reportamos à filosofia e economia para clarear o significado de valor. Nós
sintetizamos algumas das maiores visões desses dois campos que parecem mais
relevantes e úteis para estabelecer um arcabouço teórico para o estudo de valor nas
bibliotecas e serviços de informação.
2.1 Visões da filosofia
Como uma noção fundamental humana, o conceito de valor tem desafiado filósofos da
antiguidade até hoje. Filósofos consideram valor como mérito de algo e o processo de
avaliação como uma estimativa, apreciação ou medida de seu mérito. Nos seus
trabalhos, mérito parece ser um termo primitivo indefinido. Eles consideram que valor
está relacionado a, mas não é sinônimo de “bom”, “desejável” ou “que vale a pena” e
que pode ser positivo ou negativo. A teoria de valor, ou axiologia, é uma ramo da
filosofia que lida com a natureza e avaliação de valor.
Uma preocupação persistente tem sido distinguir vários tipos de dimensões de valor,
como exemplificado pelas aspas nesta parte por Aristóteles e Adam Smith. A
classificação deles, distinguindo entre valor de uso e valor de troca, é ainda válida.
Porém, classificações mais elaboradas têm emergido, as quais incluem investigação de
predicados de diferentes tipos de valor( Attfield, 1987;Perry, 1954). Na filosofia, é
comum a distinção entre:
Valor intrínseco, ser bom ou digno dele mesmo. É básico para todas as outras.
Experiências boas ou saudáveis podem ser consideradas como valores
intrínsecos.
Valor extrínseco ou instrumental, o qual é um meio/recurso para, ou contribui
para algo que é intrinsicamente valoroso. Frequentemente relacionado a uma
atividade. Um exemplo poder ser um exercício que contribui com uma boa
saúde.
Valor inerente, alguma coisa cuja experiência, contemplação ou entendimento
contribuem para valor intrínseco. Frequentemente relaciona-se com uma
entidade. Um exemplo pode ser um valor estético de um trabalho de arte que
contribui para boas experiências.
Valor contributivo, alguma coisa que contribui para o valor total no qual é uma
parte e no qual pode ser um contingente na existência de outras partes ou
atividades. Frequentemente relaciona-se a um constituinte/elemento.
Vantagem ou utilidade de um produto usado para um dado propósito pode ser
um exemplo.
Vamos agora estender esses conceitos para informação ou serviços de informação:
Se “ser informado” tem valor intrínseco, similar a experiências saudáveis e
boas, então nós podemos considerar que informação pode ter valor extrínseco
ou instrumental porque pode contribuir para ou avançar um estado de uma
pessoa de “ser informada” (ou melhor informada).
Um serviço de informação tem um valor contributivo se ele fornece tal
informação. Em particular, ele pode ter valor contributivo de valor se a
informação fornecida serve para alguma aplicação ou decisão por uma pessoa
informada.
Finalmente, alguma coisa que pode “conter” informação, tal qual um objeto de
informação (ex. um objeto com potencial de conter informação) um artigo bem
escrito ou um livro bem desenhado podem ter valor inerente/próprio.
Em outras palavras, o valor de ser informado é intrínseco. O valor da informação é
extrínseco ou instrumental. O valor de um serviço de informação é contributivo. O
valor de um objeto de informação pode ser inerente/próprio dele mesmo. Enquanto
essas não são as mesmas, elas são aproximadamente relacionadas. As sutis diferenças
e relações são uma fonte de dificuldades sem fim/intermináveis, até mesmo confusas.
Nós, além disso, discutimos sobre o valor da informação na Seção 3 e sobre valor dos
serviços de informação na Seção 6.
É difícil mostrar o valor intrínseco de ser informado ou o valor inerente de um objeto
de informação. É um tanto mais fácil observar o valor extrínseco ou instrumental da
informação e o valor contributivo de um serviço de informação quando ele fornece
informação ao usuário que torna-se melhor informado. É um tanto mais fácil observar
o valor contributivo de um serviço de informação quando a informação fornecida serve
para um dado fim, e está sendo relatada para um fim - tal como informação de
utilidade na tomada de decisão. Esse último aspecto de valor contributivo é o mais
importante conceito quando estuda-se o valor da biblioteca e serviços de informação.
A importância de estabelecer o contexto de valor e o estudo de valor envolvendo
pessoas tem também sido considerada na teoria social por Nobel Laureate, Gunnar
Myrdal:
Uma premissa de valor não deveria ser dada arbitrariamente: ela
precisa ser relevante e significativa em relação à sociedade na
qual nós vivemos. Pode, por isso, apenas ser apurada por um
exame do que as pessoas efetivamente desejam.
Essas considerações contribuem para nosso quadro, como elaborado abaixo. Nós
fazemos distinções entre valor de informação e valor de serviços de informação, e com
base nisso nós estabelecemos modelos de uso de informação e uso de serviço de
informação. Nós consideramos valor em relação ao contexto. Nós estudamos o que os
usuários tinham para dizer sobre valor e nós construímos um modelo facetado no qual
a estrutura da taxonomia é baseada.
2.2 VISÕES DA ECONOMIA
Os economistas consideram valor como mérito/merecimento de algo que contribui
para a riqueza. É um conceito base dos economistas. A classificação de Adam Smith de
valor de troca e valor de uso permanece válida com, é claro, alguma elaboração
moderna do tema. Lidando com medida de valor de troca em economia é
consideravelmente mais fácil do que em outros campos porque (como explicado pelo
Nobel laureado Coase em uma conversa em 1975 visando atingir os bibliotecários).
A grande vantagem que a economia possui é que os economistas podem usar a
“medição pelo viés do dinheiro”.
Infelizmente, se considerar valor de informação e serviços de informação esse viés de
medição não pode ser facilmente aplicado. Para a maioria das bibliotecas e dos
serviços de informação, não há mercado no sentido econômico onde dinheiro é
trocado diretamente e por isso não podemos usar a medição pelo viés do dinheiro.
Outras formas de medidas são necessárias. Na maior parte, ao invés, nós precisamos
lidar com o valor de uso.
VALOR DE TROCA. Dois conjuntos distintos das teorias econômicas que estão em
utilização relacionados ao valor têm emergido seguindo a classificação do valor de
troca e do valor de uso. No primeiro conjunto, existem um número de elaborações,
alguns com considerável sofisticação resultando de uma interação de uma economia
de mercado. Em um tratamento formal clássico o Nobel laureado G. Debreu (1950,
p.1) chama isso de “teoria de valor”, enquanto lidando com:
...sistema de preço ou função de valor definida no espaço da
mercadoria:
(1) explicação dos preços das mercadorias resultando da interação de
agentes econômicos de uma propriedade privada através de mercados
(2) e a explicação do papel dos preços de um estado ideal de economia.
Heilbroner (1988) comentou que tais teorias de valor orientadas ao preço são de fato
teorias de preço. A força delas está na concentração na troca em termos de preços, e
tal qual, essas teorias foram com sucesso aplicadas em relação a numerosas
mercadorias e análise de mercado. Relacionada a essas teorias está frequentemente
aplicada a técnica de análise custo benefício, “a qual é essencialmente aplicada a
teoria de preço, tendo como seu objetivo o valor monetário que é ganho e que é
perdido seguindo um curso particular de ação” (Coase, 1994, p.40). Pragmaticamente,
em um sentido mais restrito, porém muito importante sentido de despesas ou de
investimentos, o valor de troca é medido em termos de retorno de investimentos,
significando trocas e retornos financeiros (equivalentes). A fraqueza da teoria do valor
de troca (ou de preço) é, primeira, que ela não envolve o segundo tipo de valor
denominando valor de uso que tem também grande significância econômica, e
segundo, que ela não pode ser aplicadas no mercado que não envolva preços e trocas
monetária, como nos casos de muitos serviços de informação.
Uma das áreas onde este conceito de preço de valor de troca e análise de custo
benefício em geral, e as derivações pragmáticas de ROI em particular, não têm sido
ainda aplicadas com sucesso é na informação e nos serviços de informação. Enquanto
que as organizações, instituições e comunidades financiadoras gostariam ter um custo
benefício direto ou nas respostas às perguntas do tipo ROI sobre o valor recebido nos
investimentos de tais serviços, isso não pode ser alcançado diretamente (REPO, 1989).
A razão encontra-se nas particularidades que fazem a informação um fenômeno único.
As noções de ROI e de troca medidas em termos monetários por si só não estão
apenas limitando, mas também inadequando e enganando quando considerados os
serviços baseados em informação ou mesmos outros intangíveis envolvendo valores
intrínsecos, tais como educação e instituição relacionadas como universidades, que
fornecem valor contributivo. A questão geral está levantada: em que medida pode o
valor intrínseco tal qual está sendo informado e o subsequentemente valor extrínseco,
tal como informação, e o relacionado valor contributivo de serviços de informação ser
endereçados pelos valores de troca econômicos? Até agora, não muito bem.
VALOR DE USO. Para direcionar sobre as limitações das teorias do valor de troca ou as
teorias de valor de preço, um segundo grupo de teorias econômicas emergiu baseado
no valor de uso. Isso foi feito para estender o tratamento de valor econômico para as
dimensões de valor intrínsecas, tais como exigências, necessidades, utilidades,
satisfações, prazer, dores e preferência. O conceito de economia unificada chamado
“utilidade” emergiu e as teorias resultantes são chamadas de teorias utilitárias.
Algumas delas são formais e muito especializadas, tais como a teoria da diminuição da
utilidade marginal. Até agora, as teorias utilitárias, enquanto populares, orientadas por
muitos economistas e acadêmicos, têm tido resultados mistos de análise de mercado
ou explicação de atividades econômicas ( ex. Coase, 1994 p.43 diz “até o presente ela [
teoria utilitária] tem sido largamente estéril). Ainda assim, ela é uma teoria utilitarista
e, correspondentemente ao valor de uso, em relação à teoria de troca e de valor de
troca, a informação e os serviços de informação podem ser frutuosamente ligados,
como discutido em algum detalhe mais tarde.
PROBLEMA DE VALOR. A questão de endereçar a alguma forma unificada as várias
concepções de valor (tais como aqueles representados nas teorias de troca e teorias
utilitárias) é a proposição mais difícil, como é a mesma questão em todas as áreas.
Heilbroner (1988. P.105, 107) discutiu o “problema do uso”.
Há uma problemática geral de valor- uma questão central que pode ser
discernida dentro do amplo espectro, definições e concepções que o
sujeito abraça? .....
A problemática geral do valor, como eu a vejo, é o esforço de ligar a
superfície do fenômeno da vida econômica a alguma estrutura interior
ou ordem... O valor da teoria é... à busca por processos ou estruturas
que transmitem configuração ordenada ao mundo empírico
aparentando arcos em preenchimentos de ferro sob a influência de um
magneto. (Ênfase no original)
A mesma dificuldade é experimentada quando na investigação do valor de serviços de
informação. Nosso estudo é de fato restrito à superfície do fenômeno do uso da
informação. Entretanto, especificando uma estrutura e derivando uma Taxonomia, nós
estamos fornecendo uma ferramenta para possibilitar ir debaixo da superfície.
O que cria valor? Passando de atributos específicos à preocupações mais amplas de
consequências externas visíveis nós vimos que o valor da economia é relacionado à
criação de riqueza. A questão que os economistas buscaram em Adam Smith é : a
resposta tradicional a essa questão foi que o valor é criado pela terra (recursos
naturais), trabalho e capital, depois foi adicionada a gestão. Algumas teorias
sublinharam/ressaltaram o trabalho (ex. Marx), outras capital, mais atualmente as
teorias capitalistas incluem uma combinação de todas. Com a evolução da ordem
social para uma sociedade pós-industrial (Bell,1973), ou sociedade “pós-capitalista”
(Drucker,1994) ou o que nós comumente chamamos de “sociedade de informação) um
grupo diferente de fatores contributivos tem emergido.
Os recursos econômicos básicos,- ‘os meios de produção’, para usar o termo dos economistas – não são mais o capital, nem os recursos naturais ( a ‘terra’ do economista), nem ‘trabalho’. É e será conhecimento ... Valor é agora criado por ‘produtividade’ e ‘inovação’ ambas aplicações do conhecimento no trabalho. O principal grupo social da sociedade do conhecimento será o dos ‘trabalhadores do conhecimento’ – executivos do conhecimento que sabem como alocar conhecimento para uso produtivo, assim como os capitalistas sabiam como alocar capital para uso produtivo; profissionais do conhecimento, empregados do conhecimento... O desafio da economia da sociedade pós- capitalista será, portanto, a produtividade do trabalho do conhecimento e o trabalhador do conhecimento. (Ênfase no original)(Drucker, 1994,p.5).
A frase pós alguma coisa sugere transição. Pós-industrial e pós-capitalista denota uma
sociedade em transição. O pensamento econômico a respeito do valor está também
em transição. Respostas, as quais, também constituem valor estão sendo modificadas -
isso está incluído no desafio emitido por Drucker. Se nós aceitamos a premissa de Bell
e Drucker que o conhecimento (e por extensão a informação) está se tornando central
na ordem econômica, então isso segue que o valor da informação está crescendo e
aumentando significantemente. Isso tem implicações enormes para biblioteca e
serviços de informação. Contudo, isso não significa que eles estão subitamente e na
presente configuração sendo impulsionados para um papel central. Não mesmo. Isso
significa que eles estão encarando muitos desafios, como fazem outras instituições em
transição. Definir seu próprio valor é um deles.
3. VALOR DE INFORMAÇÃO
Nesta seção, nós consideramos essas abordagens ao estudo de valor da informação.
Nós sintetizamos a abordagem aos estudos de valor de informação na economia e
adaptamo-las à informação como obtido pelos usuários da biblioteca e serviços de
informação. Para fazer isso, nós desenvolvemos um modelo de uso de informação e
então fornecemos uma lógica para aplicação desse modelo. Nós fazemos uma
distinção entre valor de informação e o modelo de uso de informação como
apresentado nesta seção, e o valor dos serviços de informação e o modelo de uso dos
serviços de informação como apresentado na Seção 6. A razão para desenvolver um
modelo de uso de informação e mais tarde do uso do serviço de informação é simples
e direto: a fim de lidar com valor de uso da informação e dos serviços de informação
nós primeiro temos que estabelecer os elementos ou dimensões de uso. Nós
assumimos que o valor é relacionado ao uso. Essa é a nossa premissa central.
3.1 – O QUE É INFORMAÇÃO?
Primeiro, é claro, nós temos que refletir sobre o significado da informação. Um
número de interpretações existem, as quais são assumidas em um dado tratamento
do valor da informação. Nós podemos apresenta-las em uma escala na qual a
informação está relacionada em três sentidos. No primeiro e mais restritivo fim da
escala, informação é considerada exclusivamente como proprietária de ou contendo
uma mensagem (texto, gravação, documento...). Como um exemplo, a teoria de
Shannon de informação assumiu essa interpretação.
Mais adiante, em uma interpretação mais ampla, informação é considerada em
relação à cognição. Isso resulta da interação de duas estruturas cognitivas, uma
“mente” e (ampliadamente) um “texto”. Informação é o que afeta ou muda o estado
de uma mente. Em casos de serviços de informação, informação é mais
frequentemente relacionada à transmissão por meio de um texto, documento ou
gravação , ex., o que um leitor pode entender de um texto ou documento. A
interpretação por Tague-Suitcliff (1995,p. 11-12) encaixa-se:
Informação é um intangível que depende da conceituação e do
entendimento de um ser humano. Registros contêm palavras ou
figuras (tangíveis) absolutamente, mas elas contêm informação
relativas somente ao próprio usuário...Informação é associada
com uma transação entre texto e leitor, entre uma gravação e
um usuário.
Ainda mais adiante, em um sentido mais amplo de informação, ela é relacionada não
apenas às estruturas cognitivas, mas também à motivação ou intencionalidade, e por
isso é relacionada ao contexto social ou horizonte mais amplo, como cultura, trabalho
ou problema em questão. Do ponto de considerar o valor da biblioteca e serviços de
informação, nós precisamos também incluir o contexto e assim tratar a informação em
uma interpretação mais ampla.
Na definição de nossa estrutura para o estudo do valor, nós consideramos ambos, o
segundo, baseada na concepção interativa e cognitiva de informação e a terceira
concepção de informação inserida em um contexto representado pela
intencionalidade em relação a alguma razão, tarefa, ou problema em questão. Em
outras palavras, nós sugerimos que no estudo de valor dos serviços de informação nós
não podemos tratar “a mensagem isolada”, nós precisamos considerar a informação
no seu sentido cognitivo e contextual.
3.2 ABORDAGENS PARA O ESTUDO DO VALOR DA INFORMAÇÃO
A questão do valor da informação tem sido enfocada em poucos campos, mas
primariamente nos trabalhos relacionados a economia da informação. Seguindo a
classificação de Ahituv e Neuman, (1986,cap.3), as abordagens do valor da informação
podem ser distinguidas em :
Abordagem do valor normativo : aplicação do modelos formal e rigoroso
envolvendo informação e incerteza e/ou utilidade em relação à tomada de
decisão. A abordagem é baseada em um número de suposições subjacentes
que tomam restrição significativa no tipo de informação considerada e tipo de
aplicação em situações reais.
Abordagem de valor realista. Uma abordagem anterior e posterior medindo o
efeito da informação fornecida pelos novos (ou dado tipo de) serviços de
informação no resultado de decisões e/ou performance dos tomadores de
decisão. Junto com a abordagem normativa, essa abordagem assume a
informação como uma exclusiva, identificável variabilidade e compartilha a
dificuldade de resolvê-la de outra ou variáveis intervenientes que também
afetam o complexo processo da tomada de decisão.
Abordagem de valor percebido. Avaliação subjetiva pelos usuários de
informação, do valor ou benefícios de dada informação. Isso assume que os
usuários podem reconhecer o valor da informação (os benefícios
ganhos/perdidos). Se escalas forem usadas, assume-se que eles podem colocar
o valor em alguma posição ou, se termos monetários forem usados, que eles
possam traduzir o valor em unidades monetárias.
As três abordagens formam uma escala em termos de restrição. A primeira
abordagem, a abordagem normativa de valor, é até agora a mais rigorosa; ela alcança
o rigor por ser mais restritiva. A medida da informação por necessidade, toma a mais
estreita visão de informação. Isto é, a estreita visão restringe da medida os atributos
de informação e o contexto, pela exclusão de atributos e aspectos mais amplos ( como
discutido acima). Em contraste, nós acreditamos que a informação, em respeito ao seu
uso no contexto real (em oposição ao abstrato) de tomada de decisão e como
fornecido pelos serviços de informação, incorpora aspectos mais amplos. Como
desejável que esse rigor é, a abordagem normativa não tem sido aplicada com sucesso
na teoria ou prática relacionada ao valor da biblioteca e serviços de informação (REPO,
1989).
A abordagem de valor realística tem menos restrições no tipo de informação e serviços
de informação aplicados e menos rigor. Ela tem sido aplicada em um número de
variações na avaliação da biblioteca e serviços de informação. Essas são revisadas em
pesquisas de estudos na economia e e/ou o valor da biblioteca e serviços de
informação por King, Roderer, and Olsen (1982), Cummings ( 1986), Koenig (1990), and
Feeney and Grieves (1994); Repo(1989), conduz compreensivamente e criticamente
com uma variedade de abordagens e estudos de valor da informação em uma
economia peculiar.
Quando nós vamos para o outro fim de escala, para a abordagem de valor percebido,
nós afrouxamos o rigor e a precisão e, acima de tudo, nós temos grande dificuldade de
lidar com o que tem sido chamado de “coleção unida (untidy) de atributos de
dissimulação”. Porém, nós ganhamos por admitir os julgamentos dos usuários, os
quais, afinal, são os principais receptores de um serviço de informação. Usando essa
abordagem, diversos estudos (revisados acima) envolveram usuários na avaliação de
biblioteca e serviços de informação. O nosso continua nessa linha de pesquisa.
Contanto que os pressupostos e as subsequentes limitações dai decorrentes,
vantagens e desvantagens de todas as abordagens, são compreendidas e não
ignoradas pode-se proceder com qualquer abordagem e / ou interpretar os resultados
de um estudo tendo os pressupostos de uma determinada abordagem em questão.
Mas, para sublinhar: a suposição de que se entende por informação, e as restrições de
uma determinada abordagem têm que ser reconhecidas.
3.3 ABORDAGEM NORMATIVA
Devido ao rigor e à sua conveniência, vamos revisar a abordagem normativa em
detalhe para ver o que podemos adaptar dos conceitos e do rigor. Os avanços nas
teorias da incerteza e informação, uma área da economia da informação tem sido
pesquisada por Hirshleifer and Riley (1992). Ela pode ter um potencial para o
desenvolvimento de um quadro teórico para estudo do valor da informação. A teoria
fornece:
Uma rigorosa fundamentação para análise da tomada de decisão individual e do equilíbrio de mercado sob condições onde agentes econômicos estão incertos sobre sua própria situação e/ou sobre as oportunidades oferecidas para eles pelas relações de mercado... Uma primeira distinção fundamental é entre as economias da incerteza e as economias de informação. Na economia da incerteza cada pessoa adapta para sua ou seu dado estado de limitada informação por escolher a melhor ‘possibilidade’ de ação disponível. Na economia de informação, em contraste, os indivíduos podem tentar superar a sua ignorância pela ação “informacional” operacionais designados para gerar, ou caso contrário, adquirir novo conhecimento antes que uma decisão final seja tomada. (Ênfase no original) (ibid p.1-2)
Os autores fornecem os seguintes exemplos. Na economia da incerteza, um indivíduo
precisa agir com base nas atuais crenças ex., decidindo ou não carregar um guarda-
chuva baseada na estimativa presente de uma chance de chover; enquanto na
economia da informação uma pessoa está tipicamente tentando chegar em crenças
improváveis, ex., analisando um relatório do clima antes de pegar o guarda-chuva.
Uma informação pode ser considerada como causando a diferença entre as crenças
fixas e as melhoradas/aperfeiçoadas ou, em termos cognitivos, entre diferentes
estados de conhecimento do tomador de decisão. O valor da informação é calculado
como a diferença entre a expectativa do (tomador da decisão) e a utilidade da decisão
tomada sem a informação e a expectativa da melhor escolha possível na decisão
tomada após receber e analisar a informação. Em outras palavras, o valor da
informação repousa no melhoramento das decisões tomadas. Indivíduos podem, em
alguma extensão, superar a “ignorância” deles ou incerteza por alguma ação
informacional, tal como usando um serviço de informação. Essa abordagem da teoria
da decisão tem sido aplicada para análise da distribuição/co-participação de preços,
receitas de vendas, medidas de prevenção de acidentes, e situações similares onde a
informação tinha atributos reduzidos/limitados e utilidade definida.
As medidas da “utilidade esperada” usada nesse tratado para expressar o valor da
informação são baseadas nas probabilidades e na razão formal probabilística. Essas são
ferramentas poderosas usadas em muitas áreas com grande sucesso. Porém, o uso de
tais ferramentas exige dois pressupostos chave, raramente discutidos. Primeiro,
assume-se que o tomador de decisão pode, de fato, selecionar a melhor decisão, com
ou sem informação. Como mencionado, isso restringe o tipo de “informação” que
pode ser negociada com e exclui outros aspectos de cognição e da razão e outras
variáveis que entram na tomada de decisão, ex., assumindo uma conexão linear direta
entre informação e decisão, como no relatório sobre o clima e na decisão sobre o
guarda-chuva. Segundo, assume-se/isso pressupõe que o tomador de decisão pode, de
fato, atribuir/especificar/fixar utilidades e probabilidades.
A teoria fornece uma distinção entre uma “mensagem” e um “serviço de mensagem”
ou, na nossa linguagem, entre informação e serviço de informação. “Uma vez que você
não pode nunca saber antecipadamente o que você aprenderá, você nunca pode
comprar uma mensagem, mas apenas um serviço de mensagem - um grupo de
possíveis alternativas de mensagens. (ibid p.168) Vamos agora explorar o valor da
informação com uma visão de alguma adaptação de conceitos elaborados nesta
seção em um quadro teórico. Mas primeiro, nós expandimos uma relação importante
e frequentemente confusa .
3.4 RELAÇÃO ENTRE INFORMAÇÃO E SERVIÇO DE INFORMAÇÃO.
A relação entre informação e serviço de informação é complexa como é a relação
entre valor de informação e valor de serviços de informação. O serviço de informação
é o mecanismo ou organização que fornece a informação (sobre o estado do mundo
ou conhecimento público) para um usuário. No caso no qual o usuário usa a
informação para tomar decisões, nós podemos pensar no usuário como um tomador
de decisão. Quando a informação é disseminada, o serviço de informação tem
completado seu papel no processo. Mas o usuário não tem realizado ainda a atividade
cognitiva, (ex., revisando a avaliação do estado do mundo ou aumentando o estado
dele/dela de conhecimento) e, certamente, não realizado alguma aplicação baseada na
atividade cognitiva. No caso do tomador de decisão, a aplicação é selecionar a melhor
decisão possível com algum valor correspondente esperado.
Para reconhecer a distinção e a conexão entre valor informação e valor de serviços de
informação, nós temos desenvolvido dois distintos, mas relacionados modelos: um de
uso de informação, elaborado depois e outro do uso de serviços de informação,
elaborado na Seção 6.
3.5 AQUISIÇÃO - COGNIÇÃO - APLICAÇÃO DO MODELO DE USO DE INFORMAÇÃO
Nós assumimos que os usuários dos serviços de informação estão engajados em
alguma tarefa ou estão lidando com um problema em questão que fornece as razões
para a busca de informação e por conseguinte usar o serviço. Em outras palavras,
tomamos a terceira, a mais ampla concepção de informação, onde não apenas os
aspectos cognitivos e interativos são refletidos, mas a intencionalidade está envolvida
também. Nós então postulamos um modelo de uso da informação. Nós chamamos isso
de aquisição -cognição- aplicação, ou modelo A-C-A. É o nosso modelo básico ou de
início de nosso estudo. O modelo envolve três atividades ou fases em um ciclo relatado
à informação obtida de um serviço de informação:
1-Aquisição: o processo de aquisição de informação ou objetos potencialmente
transmissores de informação, relacionado à alguma intenção.
2-Cognição: o processo de absorção, entendimento e integração da informação.
3-Aplicação: o processo de uso (potencial) da nova informação entendida de modo
novo ou cognitivamente processada.
Nós fazemos uma diferença entre esse modelo A-C-A do uso de informação e um
modelo apresentado mais tarde (Seção 6.4) de uso de serviços de informação, que nós
chamamos de modelo Razão – Interação - Resultados- ou modelo R-I-R. Como já
mencionado, mas elaborado depois, há uma conexão, mas também uma importante
diferença entre o uso da informação e uso de serviços de informação, o qual é
refletido em avaliação de valor e chama por diferentes modelos. Cada modelo
representa através de seus elementos as dimensões ou facetas envolvidas na avaliação
de valor. O primeiro modelo (A-C-A) reflete as facetas envolvidas no valor da
informação e o segundo, modelo (R-I-R) e aquele envolvido no valor dos serviços de
informação.
As três fases do ciclo podem ser empacotadas juntas em uma sequência curta ou
podem ser algum período de tempo que passa entre eles. Aquisição pode envolver
algum serviço de informação que forneça algum material de informação ou
informação. Cognição envolve algumas mudanças no estado de conhecimento dos
usuários- nós não especificamos a natureza dessas mudanças, se existirem. Poderá
haver um número de tipos de usos da Aplicação ,uma delas pode ser a tomada de
decisão. A abordagem da teoria de decisão assume a tomada de decisão como
Aplicação. Tipicamente, o ciclo pode ser repetido muitas vezes pela mesma tarefa ou
problema, ex., um usuário pode usar um serviço várias vezes em respeito ao mesmo
ou à evolução do problema.
3.7 APLICAÇÃO DO MODELO A-C-A.
A fim de mostrar que o ciclo de Aquisição, Cognição e Aplicação estabelecem valor da
informação mesmo sem referência à concepção probabilística (como na teoria de
decisão, na perspectiva da incerteza e informação revisada acima), nós consideramos
um evento típico do uso da biblioteca em uma pesquisa na biblioteca. (O exemplo
poderia ser estendido para outros tipos de bibliotecas e centros de informação).
Um estudante vai a uma biblioteca a fim de consultar algum livro ou artigo para
informar-se melhor sobre o estado de conhecimento dele ou de algum campo de
interesse antes de uma tarefa de escrever um artigo - tal qual esta. Ele pode ler o livro
ou artigo, emprestá-lo, ou copiar certas páginas ou transcrever passagens ou frases à
mão. Ir para a biblioteca e pegar alguns artigos ou livros representa a fase do ciclo
denominada Aquisição.
Na fase Cognitiva, o processo cognitivo toma lugar, em parte durante a leitura ou
cópia, e continua por algum tempo depois. No fim, quando o estudante compromete-
se ele mesmo com a fase de Aplicação, que é a tarefa de escrita, ele escreve
pensamentos particulares expressados em dadas palavras, e não outras. A
introspecção revela que as decisões para escrever palavras em um papel é uma tarefa
muito complexa, influenciada por muitos fatores. Há, certamente, nenhuma maneira
em muitas situações para traçar o impacto específico desse evento específico de uso
de biblioteca na formulação de um artigo. Assim, podemos argumentar que não houve
nenhum uso considerando a perspectiva da teoria de decisão na tentativa de
derivar/obter valor.
Não obstante, nós discutiremos que é sensível considerar a abordagem de tomada de
decisão em consideração do valor, mas sem as probabilidades e razões probabilísticas.
Para ajudar a clarear o nosso raciocínio, nós podemos pensar nas decisões possíveis,
como colocando em algum espaço abstrato de possíveis decisões, representadas na
figura 1.
Os conjuntos da figura 1 são suposições para representar todos os possíveis artigos
que esse estudante pode escrever sobre seu tema. Nós podemos pensar neles como
os artigos que o estudante poderia ter escrito sobre seu tema e os que ele poderia ter
rejeitado. Um conjunto de possíveis artigos, são os artigos que o estudante poderia ter
escrito se ele nunca tivesse ido à biblioteca e nem emprestado aqueles livros e os
artigos em particular (opções disponíveis “sem biblioteca”). O outro conjunto são os
artigos que o aluno poderia ou pode escrever depois que visitou a biblioteca. [Existem
algumas citações lidas nos livros que também são visíveis agora, mas não eram visíveis
para ele anteriormente. Esses são itens representados no segundo grupo e não no
primeiro]. Agora, a curva pode sugerir que a segunda curva simplesmente cerca a
primeira. Isso é, tendo lido mais, o estudante poderia certamente escrever o mesmo
artigo que ele poderia escrever sem ter lido ou ele poderia escrever um diferente. No
entanto, recorrendo novamente à introspecção, afirmamos que após exposto a
determinadas informações, certas linhas de expressão escrita tornaram-se
inaceitáveis para ele. Em outras palavras, existe uma região (opção ''não viável após
uso da biblioteca'') que está contido no primeiro grupo e não é mais contida no
segundo, porque ele ficaria constrangido ou se sentiria que ele estava correndo o risco
de erro caso ele o escrevesse. Do mesmo modo, há um conjunto de expressões
alternativas (incluindo as cotações mínimas de ou referências a novos materiais
recolhidos) que está disponível para ele agora e não estava disponível antes. Estes
representam os itens que estão no segundo grupo, mas não estão no primeiro grupo.
[ou seja, o estudante tem duas opções: poderia ter escrito um texto como se ele não
tivesse aprendido algo a mais, ou poderia ter escrito um bom texto, visto que ele
adquiriu novos conhecimentos].
Para ser de alguma forma mais rigorosos sobre isso, supomos que todos os itens que
estão disponíveis são, em última instância, tão bons como qualquer uma das
alternativas que ele agora constatou/julgou inaceitável, então nos sentimos
confortáveis em afirmar que a visita à biblioteca aumentou o valor do artigo que será
escrito por esse estudante. [Para ser de alguma forma mais rigorosos sobre isso, pode-
Opção
disponível
após o uso
da
biblioteca
Estas opções
são
disponíveis
com ou sem o
uso da
biblioteca
Esta opção é disponível com
o uso da biblioteca
Esta opção não é viável
depois do uso da biblioteca
Esta curva contém opções em
o uso da biblioteca
se supor que todos os itens agora disponíveis para o estudante após a visita à
biblioteca, aumentaram bastante o valor do seu artigo]. Nós não necessitamos uma
complexa estrutura probabilística, mas simples razões como as apontadas nesse
parágrafo.
Um novo artigo pode ser escrito devido as novas alternativas adquiridas. E,
correspondentemente, ele não é escrito do grupo de alternativas agora consideradas
inaceitáveis. Em uma comparação de pares, não importa qual desse incontável número
de alternativas é escolhido, o artigo será melhor escrito por ele ter visitado a biblioteca
do que se ele não tivesse visitado. Por um lado, o novo artigo poderá ser escrito entre
a gama de possibilidades que pertencem à ambos os grupos. Nesse caso, a visita à
biblioteca talvez não tenha nenhum efeito.
Assim, sem recorrer ao cálculo explícito de qualquer tipo de medida de utilidade,
podemos, não obstante, dizer que informação adquirida a partir de uma biblioteca
exibe o seu valor na Aplicação e o produto final (nesse caso o artigo escrito) mesmo
que não podemos especificar como a ação foi uma decisão escolhida em alguma lista
finita pequena.
Assim, nós podemos separar o serviço de informação da informação e considerar o
problema do valor do serviço de informação ele mesmo/ a si mesmo sem avaliar a
informação independentemente dos usuários e dos serviços para eles. É útil considerar
outros. Por exemplo, os serviços de saúde são avaliados de maneira que não nos
obrigam a atribuir valor para a própria saúde. Serviços financeiros são avaliados de
suas próprias complexas maneiras sem recorrer a valores de finanças. Essa é a
justificativa para a abordagem tomada nesse estudo.
4. RELEVÂNCIA E VALOR DE INFORMAÇÃO
Relevância é uma noção chave na ciência de informação porque é central no projeto e
avaliação dos sistemas e técnicas de recuperação da informação (IR). É também um
fenômeno complexo com uma longa e turbulenta história da ciência da informação,
voltando aos anos de 1950. (para uma revisão, veja Saracevic, 1975 e Schamber,1994).
Em geral, relevância, segundo Webster, significa ser significante tendo um assunto em
questão. Como muitos outros conceitos, relevância assume significado mais específico
relacionado em contextos mais específicos e aplicações. No contexto da comunicação
humana, relevância é o critério ou atributo que reflete a efetividade da troca de
informação entre as pessoas (ou pessoas e objetos) nos contatos comunicativos. Essa
eficácia envolve cognição e estruturas cognitivas e comunicação como um processo
interativo. Em aplicações relacionadas a sistemas de informação e IR, relevância é o
atributo ou critério que reflete a efetividade da troca de informação entre pessoas (ex.,
usuários) e sistemas de informação em contatos de comunicação baseados na
avaliação das pessoas. Dada à dinâmica natural da troca de informação e comunicação
em geral, a relevância torna-se... “um conceito dinâmico que depende do julgamento
do usuário, da qualidade do relacionamento entre informação e a necessidade de
informação em um certo ponto de tempo” (Schamber, Eisenberg & Nilan,1990)
Relevância como um critério e julgamento humano de relevância de objetos
recuperados (tais como documentos, textos, dados, imagens) como um instrumento
de medida, as medidas de precisão e de revocação são amplamente usadas na
avaliação de sistemas de recuperação da informação. A força dessa medida é que ela
envolve pessoas – usuários- os julgadores da efetividade da performance. A ameaça é
a mesma: envolve julgamento de pessoas, com todos os perigos da subjetividade e
variabilidade.
Relevância indica uma relação e o mesmo acontece com VALOR como discutido acima.
Na relevância, algumas relações tem sido estudadas/investigadas. Um (UNEASY)
consenso tem emergido na CI que operacionalmente nós podemos distinguir três
relações entre três facetas (algumas vezes chamados tipos) de relevância:
Relevância topical- Relação (grau de correspondência) entre um tópico
expresso na consulta representada em um sistema de informação e nos tópicos
cobertos nos objetivos recuperados.
Relevância cognitiva- Relação entre o estado de conhecimento e informação
cognitiva necessária de um usuário e os objetos fornecidos pelo arquivo do
sistema.
Relevância situacional ou utilidade - relação entre a atividade ou problema em
questão e os objetivos recuperados (ou arquivos). Relaciona a eficácia da
utilidade na tomada de decisão.
Praticamente, os sistemas IR acessam apenas a relevância topical – eles respondem a
todas as perguntas - esperando que os objetos recuperados possam ter também
relevância cognitiva e mesmo mais utilidade. Contudo, um usuário pode julgar um
objeto por qualquer ou por todas as outras facetas ou tipos de relevância– para um
usuário pode ter três facetas dinamicamente. Dificuldades aparecem quando um
objeto é de relevância topical, mas não tem relevância cognitiva ou de utilidade, ou
inversamente. Se os itens são de relevância cognitiva ou de utilidade, mas não são
refletidos na questão, eles não são ou não podem ser recuperados. A variedade de
tratamento da questão (modelando usuário, expansão da pergunta baseado em
relevância de feedback) foram iniciadas para superar essas dificuldades com o objeto
para ter a consulta correspondente, tanto quanto possível da relevância cognitiva e /
ou relevância situacional ou utilidade. Por exemplo, um número de técnicas de IR
(revisadas por Kantor, 1994) tem sido desenvolvidas com o objetivo de fornecer
sistemas de IR com alguma chance de discernir o estado cognitivo e/o estado
situacional do usuário.
Nós podemos conectar as três facetas de relevância em IR para uma perspectiva mais
ampla. Na Filosofia, Schutz (1970) lidou extensivamente com relevância como uma
propriedade que determina as conexões e relações em nosso mundo social. Ele sugere
que uma pessoa em algum momento tem um “tema” – o objeto presente ou aspecto
de concentração – e um “horizonte” – espaço físico, experiências próprias, prática
social (social background) que são potencialmente relevantes para o tema.
Subsequentemente, ele definiu três tipos básicos e independentes de relevância, as
quais estão em interação dinâmica em um “sistema de relevâncias”.
Relevância topical - Percepção de algo problemático que é separado do
horizonte para formar um tema, ex. do ponto de vista de um leitor, a parte do
livro que o leitor decide ler tem relevância topical.
Relevância interpretativa- Envolve o horizonte, o estoque de conhecimentos,
experiências passadas e similares, na compreensão do significado para que o
tema possa ser relacionado.
Relevância motivacional- Envolve seleção. Quais das muitas interpretações
alternativas são selecionadas? Refere-se ao curso da ação a ser adaptado.
Enquanto Schutz lida com uma arena maior do que a ciência da informação e
concentra nas pessoas e sua relações com o mundo social em que vivem, as categorias
que ele sugeriu correspondem bem às facetas operacionais de relevância distinguidas
da ciência de informação. Eles representam uma seleção do tópico ou problema em
questão, a cognição na interpretação, e a consequente seleção de interpretação e ou
ação.
Na última faceta ou tipo de relevância, a saber, relevância situacional ou utilidade na CI
corresponde à relevância motivacional que para Shcutz diz respeito ao valor de uso da
informação, como discutido na seção anterior. Num certo número de aspectos, eles
são os mesmos. Contudo, valor de uso tem uma variedade de dimensões que a
relevância não cobre, e, além disso, ele não parte dos pressupostos de relevância.
Entretanto, nós podemos argumentar o seguinte: nenhuma (informação ou objeto
potencialmente coberto de informação) fornecido pela biblioteca ou pelo serviço de
informação pode ser relevante sem ter valor. Em outras palavras, relevância e valor
estão relacionados. Assim, questões de relevância precisam ser levantadas quando se
refletir sobre valor. Contudo, relevância, mesmo envolvendo usuários é muito mais
operacional e ligada ao sistema, enquanto valor envolve muito mais dimensões
relacionadas com intenção do usuário, experiências, interação com o sistema e
utilidade, e utilização do resultado.
Para sublinhar, enquanto valor e relevância são distintos, eles também são
relacionados. Essa relação motiva um número de questões sobre relevância que
perguntamos nas entrevistas de usuários enquanto exploramos suas percepções de
valor. Isso também motiva um número de categorias específicas na nossa Taxonomias
apresentadas na Parte II. Mas o fato de que a relevância não é equivalente ao valor
motiva perguntas adicionais em entrevistas de usuários e dimensões adicionais ou
facetas na Taxonomia que não são relacionadas à relevância.
5. VALOR DA BIBLIOTECA E SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO.
5.1 Critério de avaliação. Suas relações na dimensão de valor.
Bibliotecários têm uma grande tradição de avaliação, as quais começaram com a
emergência da biblioteconomia no fim do século 19 e concentraram-se por um longo
tempo depois na avaliação como observação dos padrões estabelecidos e melhores
práticas, relacionadas a participações, representações, arranjos, espaço, quadro de
funcionários, operações, etc. critérios derivados dos padrões e boas práticas não
refletem dimensões de valor. Avaliação dos sistemas de RI iniciaram nos anos de 1950
e concentraram-se mais na relevância. No fim dos anos 70, um número de estudos
emergiu e usou diferentes perspectivas e critérios de avaliação para bibliotecas e
serviços de informação (King,1978). A abordagem para avaliação de biblioteca e de
serviços de informação tem sido frequentemente dicotomizada/bifurcada na
abordagem centrada no sistema e centrada no usuário. (Dervin & Nilan, 1978). Embora
não haja e não deve haver qualquer conflito entre os dois - são muito relacionados -
há uma forte escola de advocacia para a necessidade de avaliação centrada no usuário,
como articulado por Orr (1973) e, mais recentemente, por Bawden (1991).
ESTUDOS CENTRADOS NOS USUÁRIOS. Tais estudos têm sido conduzidos usando uma
variedade de critérios e medidas associadas: satisfação, sucesso, utilidade, relevância,
plenitude, especificidade, precisão, oportunidade, impacto, esforço, dificuldade,
fracasso, frustação e similares (Baker &Lancaster,1991; Kantor, 1994; Robertson &
Hancock-Beaulieu,1992; Saracevic, 1995;Saracevic & Kantor, 1988). Um número desses
critérios e medidas associadas reflete uma ou outra dimensão de valor, mas múltiplas
dimensões são necessárias para capturar a riqueza do valor de uso. Nesses estudos nós
estamos interessados na avaliação do uso dos usuários no acesso a sistemas, serviços e
resultados, envolvendo um número de dimensões, como refletido na Taxonomia
apresentada na parte II.
Mais recentemente, Tague-Suitcliff (1995) isolou os aspectos cognitivos e usou o
critério de informatividade (INFORMATIVENESS) como uma base para a avaliação
formal dos serviços de informação. Para derivar uma medida de avaliação, ela
concentrou-se no registro ou fontes de informação e considerou sua informatividade,
isto é, sua habilidade para prover informação ao usuário:
Nós dizemos que um texto contém mais informação, é mais informativo
para um leitor do que outro texto... Nós consideramos que, em certo
sentido, um texto nos ensinou mais sobre um assunto do que o outro.
Informatividade é outra dimensão relacionada a valor. Informatividade tem um maior
apelo para ser considerada não somente em uma dimensão, mas uma maior dimensão
quando consideramos o valor de registros ou documentos fornecidos pelos serviços de
informação. Se alguém pudesse operacionalizar a estrutura formal que ela
desenvolveu para medir a informatividade, isso poderia ser uma significativa
contribuição para medir a dimensão do valor que é refletida na informatividade.
Estudos centrados nos sistemas- O modelo de adição de valor. Como
mencionado, as bibliotecas têm sido avaliadas na perspectiva do sistema com
base em padrões e melhores práticas, mas o critério usado não tem relação
com valor. Porém, o valor das bibliotecas e de sistemas de informação têm
também sido tratados na perspectiva do sistema por considerar o critério do
valor agregado, o qual é melhor desenvolvido na economia. Nós necessitamos
esclarecer a distinção e relação entre valor agregado e a abordagem de valor
de uso.
“Taylor” (1986) têm proposto que as bibliotecas e centros de informação têm
“adicionado/agregado valor” às informações e aos recursos de informações. Esse
aspecto do valor está relacionado diretamente às operações das bibliotecas e
sistemas de informação em vez de aos usuários. Bibliotecas relacionam valor pela
variedade de operações que podem ser convenientemente agrupadas em uma
coleção (desenvolvendo uma coleção de registros ou arquivos) descrição
(classificação, indexação e outras identificações), acesso (incluindo provisões para
a busca e recuperação) e apresentação e disseminação. A ênfase é tentar estimar o
valor que é adicionado à informação e aos objetos da informação pelas bibliotecas
e sistemas de informação. Isto é uma noção útil/vantajosa para resolver atividades
das bibliotecas dentro de diversas funções. Mas, valor considerado nos termos de
valor agregado assume e implica usos e usuários potenciais, mas não
concentra/transforma em valor as experiências dos usuários. Os processos ou
funções das bibliotecas e sistemas de informação entram apenas diretamente na
percepção dos usuários e dimensões de valor e usuários podem raramente
discerni-los. Usuários não são um bom foco de estudo para o estudo do processo
de valor agregado. Assim, outras construções teóricas e outros critérios de medida
de valor são necessários se nós queremos considerar usuários e usos.
O modelo de valor agregado não é rejeitado aqui; suas aplicações relacionadas às
bibliotecas são consideradas apropriadas. Contudo, o modelo é simplesmente
considerado inapropriado quando considerar usuários como nós aqui fizemos. No
Modelo de Aquisição-Cognição- Aplicação de uso da informação esses processos
de valor agregado servem para facilitar a Aquisição pelo usuário (necessidade e
busca) da informação e dos objetos da informação. Infelizmente, não
obstante/apesar de uma substancial literatura dos processos de valor agregado das
bibliotecas e sistemas de informação, não tem havido muito progresso na medição
baseada em experiências empíricas.
5.2 ESTUDOS REPRESENTATIVOS.
Nós não fornecemos uma compreensiva revisão aqui, por causa das restrições de
espaço. O leitor é convidado para revisar o que já foi citado na Seção 3.2. Nós
devemos mencionar aqui apenas poucos estudos que (a) contém dados e (b)
diretamente relatam nosso trabalho.
Um de nossos poucos estudos de valor de uso de um serviço de informação que
incluiu substancial evidência empírica relacionado com a descrição de valor foi o
estudo de impacto usando MEDLINE por clínicos (Lindberg et al.,1993; Wilson et
al,1989). Baseado na técnica de incidentes críticos a análise resultou em três
taxonomias: razões porque indivíduos necessitam de informação da MEDLINE,
impacto de informação obtido na tomada de decisão sobre medicamentos e
impacto de resultados de atividades profissionais. Esse é o estudo mais fechado
relacionado com nossos esforços da taxonomia e foi um importante estímulo para
nosso próprio trabalho.
Tem havido um número de estudos tentando chegar ao valor de troca das
bibliotecas e serviços de informação sem depender do rigor da teoria econômica
do valor da informação, como discutido na seção 3.3. Possivelmente o mais
representativo e mais conhecido desses é o estudo de coleta de dados empíricos
em uma variedade de tipos de bibliotecas de Griffith e King. O capítulo de Griffith
and King (1994) é uma boa síntese do trabalho deles com dados extraídos de um
número de estudos, cujas referências podem ser encontradas na bibliografia deste
artigo. Nesses estudos eles relatam valor para uma variedade de medidas e
concepções, entre elas: o “preço” que os usuários pagam pelo serviço de
biblioteca, relação custo-eficácia das entradas e saídas; valor e características dos
usuários, resultados, ex: impactos ou consequências do uso e valor em relaçaõ às
características do domínio, (ex organizações, sujeitos). Alguns deles refletem valor
de troca e, outros, valor de uso. Um número de características específicas de nossa
taxonomia remete para um número de aspectos estudados por Griffith e King.
5.3 NÍVEIS DE ESTUDO DE VALOR.
O valor de bibliotecas e de serviços de informação pode ser abordado a partir de
um número de níveis. Nós podemos dividi-los em nível social,
institucional/organizacional e individual. Cada nível tem diferentes dimensões de
valor e apelam por diferentes abordagens.
NÍVEL SOCIAL - esse nível ocupa-se do valor que um serviço fornece para a
sociedade ou comunidade. Assim, ele é válido para perguntar sobre o valor [avaliar
o valor] de uma biblioteca nacional, como o valor da Biblioteca National de
Medicina para execução das atividades que s erelacionam com saúde ou o valor
que uma biblioteca pública tem para sua comunidade. É amplamente acordado
que as bibliotecas preservem, organizem e disseminem registros/memória d euma
cultura ou sociedade; assim elas têm um valor social, cultural e educacional
comprovada ao longo de milênios. Na sciências, boas bibliotecas e serviços d
einformação são consideradas indispensáveis para a pesquisa. Valor no nível social
tem sido observado e justificado a longo prazo experiências e realizações culturais
e sociais associadas. Contudo, recentemente abordagens mais específica para
estudar o valor social tem sido solicitadas. As abordagens se concentram no
levantamento de uma amostra representativa de instituições afetadas na área de
interesse e ou indivíduos servidos pelos serviços. Por exemplo, no caso do estudo
envolvendo o impacto da MEDLINE fornecido pela Biblioteca Nacional de Medicina
(citada acima), envolveu um exame de uma amostar de clínicas nos EUA, derivando
amplas conclusões do valor dos serviços de saúde praticados no país.
NÍVEL INSTITUCIONAL/ORGANIZACIONAL – nesse nível nós podemos explorar o
valor de um serviço (interno ou externo) para instituições ou organizações que
seus fundadores ou a casa e em alguma outra maneira, o suportam. Valor deve ser
relacionado com a missão e progresso da instituição (tais como educação,
pesquisa, lucros de alguns produtos ou serviços). Por exemplo, bibliotecas
acadêmicas são consideradas indispensáveis para a pesquisa e educação em
universidades, assim elas têm um valor para a universidade. Centros de informação
corporativos e bibliotecas especializadas fornecem informações consideradas
essenciais para a pesquisa, administração, condução dos negócios, posição
competitiva e similares. Assim, elas têm valor para a organização como um todo.
Habitualmente (tradicionalmente), as universidades têm alocado recursos para as
bibliotecas e serviços de (pela tradição ou fórmulas) com base em experiências de
longo prazo e com base na crença dos valores que tais serviços fornecem para a
realização de sua missão. Agora eles pedem uma demonstração mais específica
de valor. Esta nova realidade chama por abordagens utilizando ferramentas de
custos e análise do custo – benefício, entrevistas focadas em grupos, análise de
gestão e estudos de usuários.
NÍVEL INDIVIDUAL – no nível individual, usuários e usuários potenciais são
convidados a manifestarem sua percepção de valor em relação aos serviços
recebidos e usados. Abordagens incluem análise de incidentes críticos,
levantamento e interação com usuários no momento do uso para avaliar o valor
recebido. Nosso estudo é um exemplo.
CONEXÃO – os níveis não são isolados, eles são interdependentes. Existe uma
relação entre o contexto de valor social ou organizacional e o contexto individual.
No final, as bibliotecas atingem o valor social ou institucional através das pessoas
que servem. Essa relação intrincada foi capturada por Shera (1972, p 48.):
A Biblioteca está contribuindo para o sistema de comunicação
total na sociedade. . . . Embora a biblioteca é um instrumento
criado para maximizar a utilidade dos registos gráficos para os
benefícios da sociedade, ela alcança esse objetivo trabalhando
com o indivíduo e é através do indivíduo que ela atinja a
sociedade.
Shera falou sobre o valor da biblioteca (ou na nossa concepção de serviços de
biblioteca e informação) a partir da perspectiva de benefícios para a sociedade,
mas ao mesmo tempo em que reconhece explicitamente a perspectiva individual e,
implicitamente, das instituições. Estes três contextos são interdependentes, mas
eles começam com o nível individual.
Se uma biblioteca ou um serviço de informação não fornecem valor para o
indivíduo em algum período ou contexto histórico, ela não pode e não fornece valor
no nível social e institucional.
Voltemo-nos para as universidades. Tradicionalmente, as universidades e outras
instituições educacionais foram avaliadas em termos gerais de valor para a
sociedade. No entanto, nesta era de transição e nova realidade econômica, elas
estão sendo chamadas para oferecer diferentes e mais específicos
contabilidades/prestação de contas do seu valor. Consequentemente, as
universidades pedem que seus elementos constitutivos, incluindo as bibliotecas,
explicações de forma diferente e mais especiícas. Todos nós temos um tempo
muito difícil para fazer isto. As universidades não concebem-se em termos de
produção de lucros ou com divisões de fabricação ou linhas de produtos. Então,
métodos econômicos padrões para determinar valor não são apropriados,
tampouco para a universidade como um todo ou para suas partes. É quase
impossível especificar ser específico para responder à pergunta: quanto a
biblioteca beneficia a universidade? Como desejável que seja, acreditamos que as
respostas não podem ser abordadas no nível institucional, com algum grau de
especificidade.
Contudo, nós acreditamos que a questão do valor de uso possa ser
produtivamente explorada no nível individual. Em seguida, uma extensão para o
contexto institucional pode ser tentada. Assim, nossa decisão básica é se
concentrar unicamente na perspectiva individual. Em particular, nós acreditamos
que uma abordagem mais efetiva para avaliar o valor das bibliotecas e dos serviços
de informação como tomadas neste estudo é para:
Focar a atenção nas tarefas específicas e nas razões que trouxeram o usuário
para o serviço;
Fazer perguntas sobre o valor do uso no contexto específico;
Expressar valor na linguagem dos usuários.
6 VALOR DOS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO
Nós discutimos o valor da informação e apresentamos o modelo de Aquisição -
Cognição - Aplicação (A-C-A) de uso da informação na Seção 3. Partimos do
princípio de que o uso e valor da informação diferem do uso e valor dos serviços de
informação. Aqui nós refletimos sobre as diferenças e relações.
Nesta seção nós apresentamos outro modelo chamado modelo de Razões-
Interação-Resultados (R-I-R) que representa o uso dos serviços de informação. Os
elementos do modelo refletem as facetas usadas no estabelecimento do valor dos
serviços de informação. O modelo R-I-R é derivado do modelo A-C-A, mas isso
reflete em um domínio diferente. R-I-R é um modelo especialmente envolvendo
aspectos de um serviço que o modelo A-C-A não faz. R-I-R é um modelo específico
de uso dos serviços de informação que nós desenvolvemos para um estudo
pragmático do valor do acesso do usuário (ou valor de uso) e para o
desenvolvimento de uma Taxonomia Derivada de Valor no Uso da Biblioteca e nos
Serviços de Informação, como apresentado na parte II deste estudo. Nós derivamos
os pressupostos e premissas para o modelo R-I-R dos conceitos incorporados no
modelo A-C-A e mais do que isso, da análise de um processo do uso da biblioteca e,
além disso, de uma análise do processo de uso de biblioteca e serviços de
informação pelos usuários.
6.1 PROCESSO DE USO
Para decompor as relações envolvidas nos componentes servindo como base para
o desenvolvimento do modelo R-I-R, nós usamos as seguintes três premissas para
refletir sobre o processo:
(1) Usuários interagem com uma biblioteca e serviços de informação para uso ou
na tentativa de usar um serviço por alguma razão. Durante a interação as razões
podem ser alteradas ou mudadas, mas essas são sempre as razões.
(2) Como resultado da interação, usuários obtêm respostas e resultados, sejam
eles positivos ou negativos.
(3) Usuários avaliam ou acessam a interação e as respostas ou resultados em
relação à suas razões para o uso do serviço da biblioteca.
Na avaliação de valor, os motivos e as interações podem ser considerada como
uma causa e os resultados ou respostas como um efeito. Quando examinadas em
maior detalhe, contudo, todas elas são construtos complexos e involvem vários
distintos componentes conceituais, dimensões ou facetas. Assim, nós adotamos a
abordagem facetada para desenvolver uma taxonomia de valor de uso.
Na procura e uso do serviço, o usuário se engaja na interação com uma biblioteca
ou serviço de informação. Tradicionalmente, a interação tem sido no local,
envolvendo uma proximidade física ao serviço. Com o advento das tecnologias de
informação e de comunicação e de rede, há um significativo aumento na interação
fora do local. Nós não podemos medir o valor simplesmente pelo uso de livros e
outros materiais nas visitas locais. Assim, nós temos que incluir ambas interações:
locais e fora dos locais.
6.2 DEFINIÇÕES
Agora nós estamos prontos para propor definições. Nós começamos com uma
definição geral de valor relacionada ao estudo de serviços como considerado aqui.
Enquanto os tipos de valor como elucidados na filosofia (intrínseca, instrumental,
inerente e contributiva) não são incompatíveis com os tipos na economia (de troca
e de uso), por razões pragmáticas nós preferimos nos ocupar com o valor dos
serviços de informação em termos de troca e de uso, em vez de em termos dos
tipos propostos na filosofia.
Nós iniciamos com a observação já realizada, que, inevitavelmente, valores são
considerados em alguns contextos e limitados a este contexto. Em ambos tipos de
valores (valor de troca e valor de uso), o contexto no qual valor é considerado é
soberano.
Partimos do pressuposto de que valor no interior de algum contexto descreve uma
relação entre um objeto ou objetos (sejam eles tangíveis como produtos ou
intangíveis como ideias ou informação) e seus valores, que podem incluir: mérito,
benefício, impacto, qualidade, utilidade, desejo e/ou custo. O custo pode não ser
necessariamente monetário por natureza, ele pode ser representado pelo tempo
ou esforço. Como na filosofia, nós tratamos “valor/merecimento” como um termo
primitivo. Assim, como um ponto inicial de um nível geral, nós sugerimos que valor
representa uma relação entre um dado objeto e seu valor de troca ou de uso em
um contexto.
Baseado em uma definição e na análise sumarizada, nós podemos agora oferecer
uma definição específica usada neste estudo relacionada ao valor de uso. Nós
propomos que valor de uma biblioteca e de um serviço de informação é uma
avaliação do usuário (ou substituto) da qualidade de uma interação com o serviço e
o valor ou benefício do resultado da interação, relacionado com as razões de uso
de um determinado serviço. Um pressuposto de valor estabelece uma relação
entre a tarefa do usuário por um lado, e a qualidade da interação e o mérito/valor
dos resultados obtidos, por outro lado. O contexto são os usuários individuais e
suas razões ou tarefas dadas que os levam à busca de um serviço.
6.3 RACIOCÍNIOS PARA O MODELO
Integrando os conceitos apresentados nesta Seção e no modelo A-C-A nós
seguimos agora na construção de um modelo que pode ser usado no
desenvolvimento da Taxonomia. Nosso objetivo é descrever através de uma
aplicação da Taxonomia o valor de um serviço para os usuários que os usa e
através disso o que a instituição pode apoiá-lo. Desde que não existe um mercado
interno para isso/esse uso, o valor do serviço de informação não pode ser baseado
em troca, mas precisa ser baseado, como já mencionado, no conceito de valor de
uso. Em outras palavras, quando um usuário pega uma informação de uma
biblioteca em sua própria instituição, tal como um usuário acadêmico usando sua
própria biblioteca da universidade, o usuário não pode trocar aquela informação
por alguma coisa de valor. Em vez disso, o usuário usa aquela informação.
Com respeito ao valor como classificado na filosofia, (Seção 2.1),nós pensamos em
“ser informado” como tendo valor intrínseco para um usuário e, assim, informação
como tendo valor extrínseco ou instrumental, objetos potencialmente carregados
de informação [que transmitem valor], como tendo valor inerente e um serviço de
informação como tendo valor contributivo.
Com respeito às abordagens de estudo de valor (seção 3.2) nós adotamos a
abordagem de valor percebido como uma base para o desenvolvimento do modelo
R-I-R e a taxonomia. Em outras palavras, nós baseamos nossa taxonomia nas
percepções que usuários da informação obtêm e na interação deles no seu
engajamento com o serviço, em relação aos objetivos intrínsecos e/ou sua
instrumentalidade na resolução de problemas ou realização de tarefas.
Nós concluímos, porém, que para usuários, as dimensões conceituais de valor
relacionadas aos serviços de informação estão entrelaçadas com suas próprias
percepções do processo de Aquisição. Assim, enquanto um modelo do valor da
informação poderia focar nos aspectos cognitivos e aspectos de aplicação, um
modelo do valor dos serviços de informação precisa incluir as percepções dos
usuários envolvidos na aquisição da informação de um serviço. Nós concluímos em
adição, que o motivo do usuário para o uso de uma biblioteca e dos serviços de
informação é determinante [o autor usa a expressão puts the cart first]. Essa
motivação caracteriza a aplicação pretendida como a razão para o uso da
informação.
Para dar conta disso, nós desenvolvemos um modelo R-I-R separado do uso dos
serviços de informação derivado do modelo A-I-A e relacionamos ele como
explicado no parágrafo acima. O modelo R-I-R reflete as facetas de valor de uso dos
serviços de informação.
Através desses modelos, nós agora temos respostas sobre como abordar as
questões fundamentais: em quais relações e dimensões se concentrar, em quais
contextos e quem acessará a relação? Em outras palavras: o que estabelece o valor
da biblioteca e dos serviços de informação teoricamente e pragmaticamente, para
satisfazer diferentes contextos?
6.4 O MODELO RAZÕES-INTERAÇÃO- RESULTADOS
Nós sugerimos um modelo de uso do serviço de informação que nós chamamos de
Razões-Interações-Resultados. Este modelo envolve as três amplas dimensões ou
facetas que refletem o valor de uso de um serviço:
(1) Razões para uso da biblioteca e dos serviços de informação nesta ocasião.
Fornece o contexto necessário para acessar outras dimensões ou facetas. Cobre as
causas, motivos, bases, propósitos, expectativas e/ou razão subjacente ao uso da
biblioteca ou serviço de informação. Por que os usuários usam o serviço? O que
eles querem com o serviço? As razões podem ser definidas em diferentes graus de
“mal” até “bem” (FROM ILL TO WELL).
(2) Qualidades associadas de interação com um serviço enquanto usando-o para
uma dada razão. Cobre a avaliação de usuários sobre a qualidade, problemas e
conveniência de vários aspectos de um serviço. Como um usuário avalia o encontro
com a biblioteca ou sistema de informação na busca e obtendo um serviço?
(3) Subsequentes resultados de uma interação ou uso e seus méritos e benefícios.
Cobre as avaliações dos resultados dos usuários? O que fez um usuário sair do
serviço? O que um usuário realizou? A que nível foram as expectativas? Quão
relevantes foram os resultados? Quão útil? Como foram os resultados relacionados
ao aumento/expansão do tempo e/ou dinheiro?
Traduzindo essas facetas dentro de um arcabouço teórico de outras abordagens
onde valor avaliado pelo usuário tem um papel crítico (ex. Gestão Total de
Qualidade- GTQ), interação pode ser considerada “o serviço” e resultados “o
produto” da interação. Como em outras situações, e particularmente como
enfatizado pelo GTQ, o valor para o usuário (valor de uso)é composto de ambos:
qualidade de serviço e benefícios dos resultados em relação a um contexto ou
razão.
Nós estruturamos a taxonomia apresentada na parte II ao longo das três principais
facetas no modelo R-I-R. Em adição, nós, além disso, resolvemos (subdividir) essas
três facetas gerais ou dimensões em subfacetas ou subclasses e cada uma dessas
dentro de categorias específicas. Essas subdivisões são uma elaboração de um
modelo específico para pesquisar bibliotecas que nós estudamos juntos, elas
representam dimensões de valor no uso de bibliotecas e serviços de informação.
7. CONCLUSÕES
Nós relatamos em duas partes um estudo amplo e pragmático do valor da
biblioteca e dos serviços de informação. Na primeira parte, nós empreendemos
uma análise das maiores questões relacionadas ao estudo de valor da biblioteca e
dos serviços de informação e desenvolvemos uma estrutural conceitual e modelos
que servem como uma ( Saracevic -Kantor ou S-K) teoria do uso orientado ao valor
da informação e dos serviços de informação. A teoria serve como um quadro que é
necessário para derivar a taxonomia discutida na parte II e o estudo de valor de tais
serviços em geral. Para revisar os maiores pontos de nossas análises:
É importante estudar o valor da biblioteca e dos serviços de informação em
termos mais específicos do que era antes, porque tais serviços estão em
transição e encaram elevada competição. Patrocinadores (ou investidores)
querem cada vez mais justificadas para os investimentos monetário.
Na filosofia, valor é tratado em termos de intrínseco, extrínseco, inerente e de
valor contributivo. Esses tipos se aplicam à informação e aos serviços de
informação. Contudo, é mais útil, para os propósitos de justificativa,
concentrar-se em valor de troca e valor de uso como tratado na economia.
Os estudos de valor de troca, tampouco, envolvendo a informação em um
sentido mais amplo ou os serviços de informação não têm sido particularmente
prósperos. Estudos do valor de uso, advindos das concepções da economia são
mais apropriados. Em termos de utilidade, refletir sobre o valor de uso de
serviços de informação pode ser calculados/avaliados a partir da avaliação de
valor dos usuários.
Relevância é considerada um critério que reflete a efetividade da troca de
informação entre pessoas, usuários e sistemas de informação em um contato
comunicativo baseado na avaliação das pessoas. Relevância reflete algumas,
mas não todas as dimensões de valor. Contudo, para ter valor informacional ou
ser informação um objeto precisa ser relevante, antes de mais nada.
O valor é e precisa ser considerado em um contexto. Em relação à informação e
aos serviços de informação, o contexto de uso é altamente importante.
O valor da informação e dos serviços de informação diferem. Um pode tentar
avaliar o valor dos serviços de informação sem diretamente avaliar a
informação por ela mesma. Entretanto, nós precisamos de dois modelos: um
reflete o uso da informação e o outro o uso dos serviços de informação, a fim
de avaliar o valor de cada. Ao tempo que os dois modelos são relacionados,
eles são dirigidos para diferentes aspectos.
Um modelo reflete o uso da informação decomposto no ciclo do uso em :
Aquisição, Cognição e Aplicação. Esse é o modelo básico deste estudo.
Um modelo posterior e relacionado é desenvolvido e reflete o uso dos serviços
de informação e incorpora elementos de Razões, Interações e Resultados. Esses
dois modelos servem como base para desenvolver uma abordagem no nosso
estudo e para distinguir facetas de valor. Eles sugerem as questões
perguntadas dos usuários e facetas no desenvolvimento da taxonomia.
Concluimos/tomamos que o valor da biblioteca e serviços de informação é uma
avaliação realizada pelos usuários (ou usuários substitutos) sobre as qualidades
da interação com o serviço e os méritos ou benefícios dos resultados da
interação como relacionados às razões para o uso dos serviços.
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