Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) POLO DO OURO · 2012-12-23 · REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Presidenta DILMA VANA ROUSSEFF ... Idade do Turista
Post on 16-Dec-2018
223 Views
Preview:
Transcript
2
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu
conteúdo.
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
(PDITS) – POLO DO OURO
Governo do Estado de Goiás
Goiás Turismo
VERSÃO FINAL
Atualizada em 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
2
Ficha Técnica
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS
Governador MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR Vice-Governador JOSÉ ELITON DE FIGUEIREDO JÚNIOR
Presidente da Agência Estadual de Turismo - Goiás Turismo APARECIDO SPARAPANI
Diretor do PRODETUR NELSON HENRIQUE DE CASTRO RIBEIRO Diretora de Pesquisas Turísticas do Estado de Goiás - IPTUR FLÁVIA DE BRITO RABELO
Diretor de Gestão, Planejamento e Finanças JOSÉ ADRIANO DONZELLI
Diretor de Desenvolvimento Turístico RICARDO SILVA Diretor de Infraestrutura e operações turísticas SANDRA MENDEZ SOARES
PRODETUR GOIÁS Diretor do Prodetur NELSON HENRIQUE RIBEIRO DE CASTRO Gerente de Gestão e Monitoramento VALDINHO ALVES DE SOUZA Gerente Técnica DRA. ELIANE LOPES BRENNER Coordenadora Técnica CRISTIANE RICCI MANCINI Especialista em Turismo AMANDA FERREIRA SILVA
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
3
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidenta
DILMA VANA ROUSSEFF
Vice-Presidente
MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER
MINISTÉRIO DO TURISMO Ministro
GASTÃO DIAS VIEIRA
SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Secretário
FABIO RIOS MOTA
DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Diretor
CARLOS HENRIQUE MENEZES SOBRAL
COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS
Claudio Corrêa Vasques - Coordenador
Ana Carla Fernandes Moura - Técnica Nível Superior
Marina Neiva Dias - Técnica Nível Superior
Miranice Lima Santos - Técnica Nível Superior
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
4
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – FGV
Diretor do Projeto
RICARDO SIMONSEN
Supervisor do Projeto
FRANCISCO EDUARDO TORRES DE SÁ
Coordenador do Projeto
LUIZ GUSTAVO MEDEIROS BARBOSA
Equipe
André Coelho – Técnico em Planejamento Turístico e Patrimônio Histórico
Carlyle Falcão – Técnico em Planejamento Turístico e Projetos de Infraestrutura
Cristiane Rezende – Técnica em Planejamento Turístico e Cultura
Emilia Zouain – Técnica em Planejamento Ambiental e Urbanismo
Erick Lacerda – Técnico em Administração
Fabíola Barros – Técnica em Administração
Leonardo Vasconcelos – Técnico em Economia do Turismo e Análises de Viabilidade Econômicas
Marcel Levi – Técnico em Fortalecimento da Gestão do Turismo
Paola Lohmann – Técnica em Planejamento Turístico e Monitoramento
Roberto Pascarella – Técnico em Planejamento Turístico
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
5
Sumário
Ficha Técnica ................................................................................................................................ 2
Sumário ......................................................................................................................................... 5
Índice de Ilustrações .................................................................................................................... 8
Introdução ................................................................................................................................... 12
Resumo Executivo ...................................................................................................................... 14
1. Justificativa da Seleção da Área Turística – Polo do Ouro .......................................... 32
1.1 Critérios para Seleção dos Polos Turísticos do Prodetur Nacional em Goiás ............ 34
1.2 Caracterização do Polo do Ouro .................................................................................... 40
1.3 Acessibilidade e Conectividade ..................................................................................... 40
1.4 Nível de Uso Atual ou Potencial ..................................................................................... 42
1.5 Condições Físicas e Serviços Básicos dos Municípios ............................................... 43
1.6 Quadro Institucional e Aspectos Legais ........................................................................ 51
2. Formulação de Objetivos do PDITS ............................................................................... 52
2.1 Objetivo Geral do Polo do Ouro ..................................................................................... 52
2.2 Objetivos Específicos do Polo do Ouro ......................................................................... 52
3. Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas ..................................... 54
3.1 Análise de Demanda Atual .............................................................................................. 54
3.1.1 Perfil Quantitativo da Demanda Atual ............................................................................ 57
3.1.2 Perfil Qualitativo da Demanda Atual .............................................................................. 61
3.1.3 Balanço das Campanhas de Promoção ....................................................................... 100
3.1.4 Identificação dos Segmentos e Portfólio de Produtos ............................................... 100
3.2 Análise da Demanda Potencial ..................................................................................... 102
3.3 Análise da Oferta Turística no Polo ............................................................................. 114
3.3.1 Análise dos Atrativos Turísticos do Polo do Ouro...................................................... 114
3.3.2 Análise dos Serviços e Equipamentos Turísticos ...................................................... 139
3.3.3 Nível de Serviço ............................................................................................................. 147
3.3.4 Preços, Promoção e Comercialização ......................................................................... 147
3.3.5 Necessidade de Capacitação ........................................................................................ 149
3.3.6 Sistema de Promoção e Comercialização ................................................................... 151
3.4 Análise das Infraestruturas Básicas e Serviços Gerais do Polo ................................ 153
3.4.1 Rede de Acesso ao Polo – Sistemas de Transportes ................................................. 154
3.4.2 Sistema de Abastecimento de Água ............................................................................ 161
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
6
3.4.3 Sistema de Esgotamento Sanitário .............................................................................. 162
3.4.4 Sistema de Limpeza Urbana e Disposição de Resíduos Sólidos ............................... 165
3.4.5 Rede de Drenagem Pluvial ............................................................................................ 167
3.4.6 Transporte Urbano ........................................................................................................ 167
3.4.7 Sistemas de Comunicação ........................................................................................... 168
3.4.8 Sistemas de Cobertura de Iluminação Pública ............................................................ 169
3.4.9 Serviços de Saúde ......................................................................................................... 171
3.4.10 Serviços de Segurança ................................................................................................. 175
3.4.11 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) .................................................................. 177
3.5 Análise do Quadro Institucional do Polo do Ouro ...................................................... 178
3.5.1 Arranjo institucional para a Gestão do Turismo no Polo do Ouro ............................. 184
3.6 Análise dos Aspectos Socioambientais do Polo do Ouro .......................................... 196
3.6.1 Perfil do Polo ................................................................................................................. 197
3.6.2 Identificação e Avaliação de Impactos ......................................................................... 202
3.6.3 Gestão Ambiental Pública ............................................................................................. 211
3.6.4 Gestão Ambiental nas Empresas Privadas ................................................................. 222
3.6.5 Controle Territorial e Planejamento ............................................................................. 223
3.6.6 Grau de Participação Comunitária ............................................................................... 228
3.7 Diagnóstico Estratégico ................................................................................................ 230
3.7.1 Priorização dos Segmentos Turísticos ........................................................................ 230
3.7.2 Priorização dos Atrativos Turísticos ............................................................................ 235
4. Estratégia de Desenvolvimento Turístico do Polo do Ouro ....................................... 240
4.1 Análise SWOT ................................................................................................................ 242
4.2 As Jornadas Participativas ........................................................................................... 245
4.3 Estratégias de Desenvolvimento Turístico .................................................................. 251
5. Plano de Ação e Investimentos Necessários ao Desenvolvimento do Polo do
Ouro ................................................................................................................................ 257
5.1 Visão Geral das Ações .................................................................................................. 260
5.2 Dimensionamento do Investimento Total .................................................................... 274
5.3 Seleção e Priorização das Ações ................................................................................. 282
5.4 Descrição das Ações a Serem Implementadas nos Primeiros 18 Meses do
Programa ........................................................................................................................ 287
5.5 Marco de Resultados por Ação para os Primeiros 18 Meses de Implantação do
PDITS .............................................................................................................................. 290
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
7
5.6 Avaliação dos Impactos Ambientais Decorrentes da Implementação das
Ações do Programa ....................................................................................................... 294
6. Feedback: Acompanhamento e Avaliação .................................................................. 302
Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 307
Sites Institucionais .................................................................................................................. 311
ANEXO 1- Relatório dos Eventos Participativos ................................................................... 312
ANEXO 2- Listas de Presenças ................................................................................................ 317
ANEXO 3- Convite Enviado ..................................................................................................... 319
ANEXO 4- Registro Fotográfico .............................................................................................. 321
ANEXO 5- Portaria da ANAC – Inscrição do Aeródromo Público de Pirenópolis ................ 327
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
8
Índice de Ilustrações
Gráfico 1: Setores da Economia (R$ mil) – Pirenópolis.......................................................... 46
Gráfico 2 : Setores da Economia (R$ mil) – Cidade de Goiás.................................................47
Gráfico 3: Setores da Economia (R$ mil) – Corumbá de Goiás..............................................48
Gráfico 4: Setores da Economia (R$ mil) – Abadiânia.............................................................49
Gráfico 5: Setores da Economia (em mil) – Jaraguá............................................................... 50
Gráfico 6: Setores da Economia (R$ mil) – Cocalzinho de Goiás.......................................... 51
Gráfico 7: Estado de Origem......................................................................................................66
Gráfico 8: Município de Origem do Entrevistado.....................................................................66
Gráfico 9: Quantidade de Homens e Mulheres Entrevistados................................................67
Gráfico 10: Idade dos Entrevistados.........................................................................................68
Gráfico 11: Motivação da Viagem..............................................................................................69
Gráfico 12: Principal Atrativo (Motivação-Lazer).....................................................................69
Gráfico 13: Renda Mensal e Individual dos Entrevistados.....................................................70
Gráfico 14: Nível de Escolaridade dos Entrevistados.............................................................71
Gráfico 15: Fontes de Informação sobre o Destino.................................................................71
Gráfico 16: Tipo de Hospedagem Utilizada............................................................................. 70
Gráfico 17: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Alimentação............................ 71
Gráfico 18: Composição do Gasto Turístico - Gastos com Hospedagem........................... 72
Gráfico 19: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Atrativos e Passeios.............. 73
Gráfico 20: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Compras Pessoais................. 73
Gráfico 21: Composição do Gasto Turístico – Gastos com outros itens.............................74
Gráfico 22: Composição do Gasto Turístico – Total de Gastos na Viagem.........................75
Gráfico 23: Estado de Origem do Turista de Pirenópolis..................................................... 77
Gráfico 24: Gênero do Turista de Pirenópolis....................................................................... 77
Gráfico 25: Idade do Turista de Pirenópolis........................................................................... 78
Gráfico 26: Motivação da Viagem............................................................................................ 78
Gráfico 27: Renda dos Entrevistados..................................................................................... 79
Gráfico 28: Escolaridade dos Entrevistados......................................................................... 80
Gráfico 29: Fonte de Informações sobre o Destino............................................................... 80
Gráfico 30: Caracterização do Grupo de Viagem................................................................... 83
Gráfico 31: Tamanho do Grupo............................................................................................... 83
Gráfico 32: Utilização de Serviços de Agenciamento........................................................... 84
Gráfico 33: Meio de Transporte Utilizado para Chegar ao Destino...................................... 84
Gráfico 34: Meio Hospedagem Utilizado.................................................................................85
Gráfico 35: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Alimentação (R$)................... 86
Gráfico 36: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Transporte Interno (R$)..........87
Gráfico 37: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Hospedagem (R$)...................88
Gráfico 38: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Atrativos e Passeios (R$).......89
Gráfico 39: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Compras Pessoais (R$)......... 90
Gráfico 40: Composição do Gasto Turístico – Total de Gastos na Viagem (R$)................ 90
Gráfico 41: Perfil X Idade (%) Corumbá.................................................................................. 92
Gráfico 42: Perfil X Renda (%) Corumbá................................................................................ 93
Gráfico 43: Perfil X Motivação (%) Corumbá.......................................................................... 93
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
9
Gráfico 44: Distribuição dos mercados Corumbá..................................................................93
Gráfico 45: Gasto Médio Diário no município de Corumbá.................................................. 94
Gráfico 46: Tempo médio de permanência no destino Corumbá........................................ 94
Gráfico 47: Local de Hospedagem em Corumbá................................................................... 95
Gráfico 48: Hábitos de viagem dos turistas em Corumbá.................................................... 95
Gráfico 49: Perfil X Idade Abadiânia...................................................................................... 97
Gráfico 50: Perfil X Renda Abadiânia.................................................................................... 97
Gráfico 51: Perfil X Motivação Abadiânia............................................................................. 98
Gráfico 52: Distribuição dos mercados Abadiânia............................................................. 101
Gráfico 53: Cinco Pacotes Turísticos mais vendidos no Brasil........................................ 101
Gráfico 54 – Presença do Produto Brasil nos catálogos das operadoras internacionais102
Gráfico 55: Segmentos Hierarquizados................................................................................234
Gráfico 56: Atrativos Hierarquizados no Polo do Ouro..................................................... .241
Tabela 1: Área de abrangência do PDITS deste relatório.................................................... 34
Tabela 2: Regiões Turísticas de Goiás, segundo o Plano Estadual de Turismo...............35
Tabela 3: Distâncias entre cidades do Polo (em km)........................................................... 42
Tabela 4: Viagens Rotineiras e Domésticas em Goiás (2005 - 2007).................................. 55
Tabela 5: Quantidade de Viagens por Origem e Tipo de Viagem – Goiás (2007).............. 56
Tabela 6: Destinos x Caracterização da Demanda............................................................... 57
Tabela 7: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem em Pirenópolis...58
Tabela 8: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem na Cidade de
Goiás......................................................................................................................................... 59
Tabela 9: Cenários e Taxas de Crescimento......................................................................... 60
Tabela 10: Estimativa de Crescimento do Fluxo Turístico................................................... 60
Tabela 11: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos..........................76
Tabela 12: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos..........................89
Tabela 13: Identificação dos Segmentos no Polo do Ouro................................................101
Tabela 14: Principais atrativos Polo do Ouro:Situação Atual............................................101
Tabela 15: Principais Parâmetros das Viagens Rotineiras e Domésticas........................ 103
Tabela 16: Viagens Rotineiras e Domésticas: total e participação de Goiás (2007).........104
Tabela 17: Estimativa de mercado para o Polo do Ouro.....................................................105
Tabela 18 - Quadro de Origens e Destinos dos Fluxos de Turistas das Viagens
Domésticas, por UF (em%)....................................................................................................113
Tabela 19: Avaliação dos principais atrativos naturais do Polo do Ouro.........................117
Tabela 20: Avaliação dos Atrativos Culturais do Polo do Ouro.........................................127
Tabela 21: Avaliação geral dos principais atrativos turísticos do Polo do Ouro.............137
Tabela 22: Visão Consolidada de Equipamentos e Serviços Turísticos no Polo............ 139
Tabela 23: Informações sobre os Meios de Hospedagem no Polo do Ouro.................... 141
Tabela 24: Estabelecimentos de Alimentação e Bebidas no Polo do Ouro..................... 142
Tabela 25: Valor Médio de Hospedagem..............................................................................148
Tabela 26: Situação Atual das Condições de Capacitação no Polo do Ouro...................149
Tabela 27: Ações de Promoção realizadas pela Goiás Turismo 2009 e 2010...................152
Tabela 28: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Goiânia (em
milhões de passageiros).......................................................................................................157
Tabela 29: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília (em
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
10
milhões de passageiros)........................................................................................................155
Tabela 30: Principais Rodovias e Condições de Pavimentação do Polo..........................156
Tabela 31: Projetos de Melhoria nas Rodovias do Polo.....................................................157
Tabela 32: Abastecimento de Água nos Municípios do Polo.............................................161
Tabela 33: Esgotamento Sanitário na Cidade de Goiás......................................................163
Tabela 34: Produção de Lixo Urbano e Sistema de Depósito Existente...........................166
Tabela 35: Sistema de Limpeza Urbana e Gestão de Resíduos Sólidos nos Municípios do
Polo..........................................................................................................................................166
Tabela 36: Número de Telefones Públicos no Polo do Ouro............................................. 169
Tabela 37: Número de Agências de Correio no Polo do Ouro............................................169
Tabela 38: Taxa de Atendimento de Eletricidade Urbana e Rural – Polo do Ouro............170
Tabela 39: Número de Consumidores de Energia no Polo do Ouro...................................171
Tabela 40: Leitos por 1.000 hab. Estado de Goiás...............................................................171
Tabela 41: Número de Estabelecimentos de Saúde e Leitos Hospitalares no Polo do
Ouro...........................................................................................................................................172
Tabela 42: Tipos de Estabelecimentos de Saúde no Polo do Ouro....................................172
Tabela 43 - Serviços de Saúde no Polo..................................................................................174
Tabela 44: Polícia Civil no Polo do Ouro................................................................................175
Tabela 45: Polícia Militar no Polo do Ouro.............................................................................176
Tabela 46: Corpo de Bombeiros no Polo do Ouro.................................................................176
Tabela 47: IDH dos Municípios que Compõem o Polo do Ouro...........................................177
Tabela 48: Arranjo Institucional Pirenópolis..........................................................................186
Tabela 49: Arranjo Institucional da Cidade de Goiás...........................................................187
Tabela 50: Arranjo Institucional Abadiânia ...........................................................................188
Tabela 51: Arranjo Institucional Jaraguá............................................................................... 189
Tabela 52: Arranjo Institucional de Cocalzinho de Goiás.....................................................190
Tabela 53: Contratação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste –
Estado de Goiás........................................................................................................................191
Tabela 54: Síntese de Indicadores Socioeconômicos...........................................................193
Tabela 55: Participação do Setor de Serviços no PIB municipal.........................................199
Tabela 56: Ocorrências Impactantes Observadas com Frequência no Meio Ambiente.....199
Tabela 57: Impactos Ambientais Observados nas Áreas Piloto..........................................203
Tabela 58: Arranjo Institucional para a Gestão do Meio Ambiente no Polo Do Ouro........208
Tabela 59: Resultados das Oficinas – A Percepção da Comunidade Sobre o Meio Ambiente
....................................................................................................................................................217
Tabela 60: Distribuição dos Recursos por Eixos Estratégicos – PPCerrado.....................218
Tabela 61: Ações Estaduais – Orçamento Previsto..............................................................220
Tabela 62: Estrutura Pública de Planejamento e Gestão Urbana........................................221
Tabela 63: Unidades de Conservação do Polo Do Ouro......................................................224
Tabela 64: Conselhos Gestores Municipais..........................................................................225
Tabela 65: Valoração por Fatores de Hierarquização – Segmentos Turísticos.................229
Tabela 66: Avaliação dos Segmentos Segundo os Fatores de Avaliação.........................231
Tabela 67: Resultados da Hierarquização dos Segmentos.................................................232
Tabela 68: Valoração por Fatores de Hierarquização – Atrativos Turísticos....................233
Tabela 69: Avaliação dos Atrativos Segundo os Fatores de Avaliação.............................236
Tabela 70: Compilação das Notas dos Atrativos................................................................. 237
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
11
Tabela 71: Quadro Resumo das Estratégias de Ação......................................................... 238
Tabela 72: Resumo da Relação entre os Componentes e as Estratégias do Plano Estadual
de Turismo de Goiás.............................................................................................................. 255
Tabela 73: Visão Geral das Ações de Turismo no Polo do Ouro...................................... 258
Tabela 74: Dimensionamento do Investimento Total......................................................... 260
Tabela 75: Ações e Investimentos Previstos com Financiamento do BID para o
PRODETUR Nacional Goiás no Polo do Ouro.....................................................................275
Tabela 76: Impactos dos Projetos previstos para o Polo do Ouro................................... 285
Tabela 77: Instrumentos de Avaliação Ambiental – Polo do Ouro....................................293
Tabela 78: Acompanhamento dos Projetos.........................................................................299
Figura 1: Área de abrangência do PDITS dos Polos Ouro, Chapada dos Veadeiros e Vale
do Araguaia............................................................................................................................. 35
Figura 2: Classificação do Plano Estadual de Turismo..................................................... 39
Figura 3: Polo do Ouro.......................................................................................................... 41
Figura 4: Situação Geográfica do Polo do Ouro..................................................................43
Figura 5:Estratégia para o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
(PDITS) Goiás.......................................................................................................................... 55
Figura 6: Parque Estadual dos Pirineus..............................................................................123
Figura 7: Reserva Ecológica Vargem Grande.....................................................................123
Figura 8: Reserva Ecológica Vagafogo................................................................................128
Figura 9: Parque Estadual da Serra Dourada......................................................................124
Figura 10: Salto de Corumbá.................................................................................................125
Figura 11: Lago Corumbá IV..................................................................................................126
Figura 12: Cachoeirinha do Saraiva......................................................................................126
Figura 13: Rio das Almas......................................................................................................127
Figura 14: Teatro Pirenópolis................................................................................................135
Figura 15: Festa do Divino, Pirenópolis...............................................................................135
Figura 16: Cavalhadas de Pirenópolis.................................................................................136
Figura 17: Casa de Cora Coralina.........................................................................................136
Figura 18: Casa Dom Inácio..................................................................................................137
Figura 19: Principais Atrativos do Polo do Ouro................................................................138
Figura 20: Mapa com as Principais Rodovias do Estado de Goiás...................................160
Figura 21: Organograma da Goiás Turismo........................................................................183
Figura 22: Focos de Incêndio na Cidade de Goiás (setembro, 2010)................................206
Figura 23: Incêndio na Serra dos Pireneus – 2010..............................................................207
Figura 24: Incêndio no Parque Estadual Serra Dourada (2010).........................................207
Figura 25: Degradação da paisagem por lavra de Quartzito - Pirenópolis-GO................209
Figura 26: Pontos de Amostragem no Rio das Almas – Pirenópolis................................215
Figura 27: Programa Nascentes: Nascente do Rio Vermelho em 2002 e 2006.................216
Figura 28: Mata ciliar do Rio Vermelho em 2002 e 2006.....................................................217
Figura 29: Modelo de Governança – PPA Cerrado.............................................................222
Figura 30: Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de
Benefícios da Biodiversidade – Goiás.................................................................................229
Figura 31: Matriz SWOT do Polo do Ouro...........................................................................252
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
12
Introdução
O Estado de Goiás está iniciando a preparação de uma operação de crédito a ser contratada
junto a entidade internacional de financiamento, como parte integrante do Programa Nacional
de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR Nacional, que está sendo desenvolvido e
apoiado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID.
Nesse contexto, faz-se necessária a elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável – PDITS, para definir objetivos, estratégias e ações, que serão
implementadas pela Administração Pública para alavancar o desenvolvimento do turismo nos
municípios que fazem parte dos polos definidos como áreas prioritárias para a atividade turística.
A partir do PDITS, serão priorizadas e selecionadas aquelas ações objeto do investimento do
referido programa ao longo dos quatro anos de execução previstos para o PRODETUR
Nacional.
O Governo do Estado de Goiás definiu o Polo do Ouro como uma das cinco áreas prioritárias
para a estruturação da atividade turística. No caso do Polo do Ouro, o Estado de Goiás
selecionou os seis municípios com maior potencial turístico que pertencem ao chamado
“Caminho do Ouro” em referência à saga dos Bandeirantes no Estado de Goiás (em particular o
bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera II), marcada pela exploração do ouro,
são eles: Pirenópolis; Cidade de Goiás; Corumbá de Goiás; Abadiânia; Jaraguá; e Cocalzinho.
A Agência Goiana de Turismo – Goiás Turismo conduziu o diálogo com a sociedade e a
construção deste plano, primando pela sua exequibilidade e garantindo a participação popular, o
planejamento integrado das ações do setor, o desenvolvimento sustentável e formatando um
planejamento estratégico que possa indicar as ações a serem desenvolvidas nos próximos anos
no setor de turismo no Estado de Goiás.
A metodologia de construção do plano envolveu: pesquisas de informações em bases primárias
e secundárias; entrevistas com gestores públicos e empresários do setor; entrevistas com
entidades de governança que atuam no Polo; visita de campo para observação in loco da
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
13
realidade da atividade e também para melhor conhecimento e avaliação dos atrativos e
equipamentos turísticos presentes no Polo; além de três reuniões públicas com participação da
sociedade civil nas fases de diagnóstico, construção do Plano de Ação e validação pública dos
investimentos e prioridades definidas.
No decorrer da construção deste plano, o Estado de Goiás estruturou o Instituto de Pesquisas de
Turismo – IPTUR em função da reconhecida necessidade de se produzir informaçoes sobre o
setor e a atividade turística. Desta forma, este plano carece de informações detalhadas e séries
históricas que permitam a análise de comportamentos de consumo e desenvolvimento da
atividade no Estado. As poucas informações sobre estudos de demanda e prestação de serviços
na área do turismo foram obtidas através das secretarias municipais ou de pesquisas pontuais
realizadas pelo Governo do Estado em períodos festivos, datas comemorativas e alta
temporada, mesmo assim, essas pesquisas já possuem mais de cinco anos de realizadas.
As informações secundárias foram obtidas através de pesquisas em base de dados de
organismos oficiais, tais como: IBGE; IPEA; RAIS/MTE; Ministério das Cidades; ANTT;
INFRAERO; entre outros.
As pesquisas de campo foram particularmente importantes para levantar a situação atual dos
atrativos, serviços e equipamentos turísticos do Polo, bem como para identificar a política pública
de turismo em curso nos municípios que compõem o Polo. As pesquisas de campo, realizadas
através de questionário estruturado e entrevistas semi estruturadas, compuseram o diagnóstico
do Polo, bem como foram essenciais para o levantamento das informações existentes em
termos de planos; legislação; política ambiental; arranjo institucional; investimentos municipais; e
prioridades de governo.
Este plano apresenta um diagnóstico detalhado das condições da infraestrutura e dos serviços
básicos na área em estudo, alertando os gestores públicos e privados para a necessidade de se
ampliar estruturas relevantes ao bom atendimento das necessidades geradas pelo incremento
na população flutuante de turistas na área.
Por fim, o plano propõe um conjunto de ações a serem desenvolvidas pelo Governo Estadual
para incentivar o desenvolvimento da atividade turística no Polo do Ouro.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
14
Resumo Executivo
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS do Polo do Ouro foi
desenvolvido de acordo com o termo de referência e com o Regulamento Operacional – ROP do
Programa de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR Nacional.
O Polo do Ouro está localizado territorialmente, no centro do Estado em sentido leste-oeste,
área serviu de rota para os Bandeirantes que desbravaram o interior do Brasil em expedições no
século XVII, em busca de riquezas minerais e do conhecimento deste vasto território ainda
desconhecido, abrindo novas rotas e povoando recantos até então inóspitos do cerrado
brasileiro. Justamente por essa característica histórica, os municípios do Polo do Ouro viveram
um período de grande desenvolvimento e riqueza, preservados até os tempos atuais nas
cidades e edificações que persistiram à ação do tempo e foram reconhecidas como Patrimônio
Histórico Mundial (UNESCO) ou Nacional (IPHAN).
Esses municípios apresentam graus de desenvolvimento econômico e turístico diferenciados,
porém, complementam-se em relação aos atrativos e segmentos turísticos principais e
potenciais. Economicamente, o Polo possui na atividade terciária sua maior geração de riquezas
(em torno de 50% a 60% do PIB municipal), seguido pela atividade agrícola (entre 15% e 20%
do PIB municipal) que ainda apresenta-se como importante fonte de riqueza e geração de
emprego nos campos do cerrado central do Estado. Dentro da atividade terciária, cresce em
importância e faturamento, as atividades ligadas ao setor do turismo, tais como: receita hoteleira,
alimentos e bebidas, agências de viagem e equipamentos turísticos privados.
Após o levantamento da base de informações existentes e dos dados secundários referentes
aos municípios e, mais especificamente, do setor de turismo, pode-se afirmar que o principal
segmento em desenvolvimento no Polo é o de Turismo Cultural, sendo identificados ainda os
segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura como potenciais.
Os municípios de Pirenópolis e Goiás são os mais desenvolvidos turisticamente e já possuem
uma infraestrutura turística relativamente organizada para atendimento dos atuais fluxos de
visitantes que se deslocam para o destino. Sendo assim, é natural que o segmento de turismo
cultural seja, reconhecidamente, o principal. É também nestes dois municípios que desponta a
realização de eventos, sobretudo aqueles ligados a atividades culturais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
15
O município de Pirenópolis é um dos destinos mais procurados atualmente no Estado de Goiás e
já é comercializado em agências de viagem nos principais mercados emissores regionais e
nacionais. No segmento de turismo cultural, os principais atrativos deste destino são o seu
polígono de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN,
reconhecidamente: o Theatro Pirenópolis; a Matriz de Nossa Senhora do Rosário; e as Igrejas
de Nosso Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora do Carmo. Também em Pirenópolis, é possível
verificar o potencial de desenvolvimento de atrativos naturais particulares, como a Reserva
Ecológica de Vargem Grande e o Santuário Silvestre Vagafogo. Em ambos os casos, a
estruturação e exploração destas áreas pertencem à iniciativa privada e estes atrativos
despontam como os principais em número de visitas e capacidade de atração e retenção de
turistas no Polo.
A Cidade de Goiás, assim como Pirenópolis, já apresenta um fluxo permanente de turistas que
se deslocam em busca de conhecer o conjunto de edificações que fizeram deste destino
Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Em Pirenópolis sobressaem-se como atrativos
culturais o centro histórico, tombado pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural da
Humanidade, e a Igreja da Boa Morte; mais recentemente, os Centros Culturais Goiandira de
Couto e a Casa de Cora Coralina também tem apresentado crescente procura por parte dos
turistas.
Já os municípios de Jaraguá, Abadiânia e Cocalzinho, além dos próprios Cidade de Goiás e
Pirenópolis, possuem atrativos naturais de grande beleza e apelo para exploração turística que
fazem dos segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura, grandes potenciais para diversificar
a oferta e atrair um maior número de turistas para o Polo.
Apesar de possuírem infraestrutura turística ainda incipiente, a relação de proximidade com os
dois principais centros receptivos de turistas do Polo pode beneficiar o desenvolvimento do
turismo nestes municípios e fortalecer todo o Polo através da diversificação da oferta de
produtos turísticos, incorporando os segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura.
Neste contexto, diante do potencial turístico do Polo do Ouro, o objetivo principal do
PRODETUR – Goiás é apontar caminhos e diretrizes para consolidá-lo como destino turístico já
amadurecido e dinamizá-lo para que se torne competitivo no mercado turístico, sendo este
PDITS uma atuação direta do Estado de Goiás, representando esforços de apoio ao
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
16
desenvolvimento regional e integrado do turismo com o objetivo geral de Ampliar o papel
desempenhado pelo setor turístico no desenvolvimento do Estado reduzindo as desigualdades
sociais através da geração de emprego e renda.
Tratando-se da Demanda Turística do Polo do Ouro, os dados coletados por meio da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE apontam que os dois principais destinos do Polo
receberam juntos mais de 400 mil turistas no ano de 2011. Este turista é essencialmente
regional, sobretudo oriundo do próprio Estado de Goiás e do Distrito Federal, devido,
principalmente, à facilidade de acesso pela proximidade.
O município de Abadiânia é uma exceção que recebe, segundo informações do município,
semanalmente, cerca de 7.000 pessoas destinadas à Casa Dom Inácio de cura alternativa, os
demais municípios apresentam baixos índices de turistas internacionais. Nos principais destinos
do Polo, Pirenópolis e Cidade de Goiás, verifica-se a predominância de um turista jovem, com
idade entre 20 e 40 anos, e com alto poder aquisitivo, renda entre R$ 2.000,00 e R$ 5.000,00, e
que busca estes destinos para atividades de lazer. Nos demais municípios, o perfil do turista
indicado é o mesmo, ou seja, entre 20 e 40 anos, porém com menor poder aquisitivo, com renda
até R$ 1.000,00.
É importante ressaltar que Abadiânia constitui em um destino diferenciado em se tratando do
perfil do turista que o visita e da estrutura de serviços turísticos agregados. O Município recebe
um grande fluxo de turistas, sobretudo internacional, com idade acima dos 40 anos e maior
poder aquisitivo, que se desloca ao destino em busca dos tratamentos espirituais realizados na
Casa Dom Inácio, centro de curas espirituais radicado no município. Tratando-se ainda de
Abadiânia, este contingente de 7.000 pessoas/semana permanece no destino por um período
prolongado, em função de aguardar horário para atendimento, e comumente viaja acompanhado
de familiares, apresentando também uma estrutura de gastos mais sofisticada. Porém, o destino
apresenta uma estrutura informal de equipamentos e prestadores de serviço, que precisa ser
trazida para a formalização. Da mesma forma, por lidar com um público diferenciado, é
necessário também investimentos na qualificação da mão de obra e dos profissionais que atuam
na área.
Há necessidade de implementação de uma política de monitoramento de dados turísticos
como: fluxo; perfil de visitantes; gasto e tempo médio de estadia; valores ainda não
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
17
existentes para a gestão do Polo do Ouro. Estas informações não somente vêm ao
encontro da facilitação da tomada de decisão em gestão pública, como também se
caracteriza como primordial para estudos, de demanda potencial e prospecção do aumento
ou variação de visitantes na localidade.
As Campanhas de Promoção são visivelmente incipientes para o Polo, a limitação do mercado
também é fruto das deficiências nesta área. O PDITS aponta a Elaboração e Implementação do
Plano de Marketing e Comercialização para o Polo, a criação do catálogo de ofertas,
implantação de ações de promoção e fortalecimento dos segmentos de cada município a fim de
fortalecer a imagem e as ações de promoção do Polo.
Os Segmentos Identificados no Polo foram o Cultural, Ecoturismo, e Aventura. O Segmento
Cultural é o que possui mais atrativos consolidadosno Polo. Em relação aos segmentos de
Ecoturismo e Turismo de Aventura, o Polo apresenta-se de forma mais homogênea, mas ainda a
ser consolidada, com a presença do Parque Estadual dos Pirineus, ocupando parte dos
territórios dos municípios de Pirenópolis e Cocalzinho; do Parque Estadual Serra Dourada na
cidade de Goiás; e do Parque Estadual da Serra de Jaraguá, no município homônimo. Estes
parques estaduais proporcionam um grande conjunto de atrativos naturais para exploração de
Ecoturismo, tais como: cachoeiras; trilhas; matas; fauna e flora do cerrado; bastante propícias ao
desenvolvimento de atividades como: caminhadas; moutain bike; tirolesa; rafting; rappel; entre
outros esportes de aventura em todo o território do Polo.
Apesar de todo esse potencial e de já possuir um fluxo considerável de turistas que procuram o
Polo, existem problemas e deficiências que impedem o maior desenvolvimento da atividade
turística no Polo. Primeiramente, as informações sobre a atividade turística são muito superficiais
e constituem-se essencialmente de pesquisas realizadas pela Goiás Turismo em eventos e
datas festivas, traçando um perfil não muito preciso deste turista que se desloca ao Polo. Desta
forma, é essencial que se invista na estruturação do sistema estadual de informações turísticas.
As ações do Instituto de Pesquisa Turística de Goiás – IPTUR são fundamentais para a
estruturação de uma rede de informações permanentes e para a construção de séries históricas
de informação que permitam análises mais complexas acerca do desenvolvimento da atividade
turística no Polo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
18
Compõe ainda este Plano, a Análise da Oferta Turística que analisa as condições atuais dos
atrativos e a oferta de equipamentos turísticos atuais, os sistemas se promoção e
comercialização atualmente utilizados e a situação da mão de obra.
Com relação aos atrativos, a Cidade de Goiás e Pirenópolis são os município mais estruturados
neste quesito, estes são os mais ricos em conservação do patrimônio da Região do Ouro. A
Cidade de Goiás, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial,
possui uma riquissima gama de atrativos do segmento, assim como em Pirenópolis. Os demais
municípios do Polo têm influência regional complementar por possuírem produtos muito
específicos, como a questão religiosa espiritualista em Abadiânia. Os atrativos naturais não são
o principal objetivo dos visitantes do Polo, mas a riqueza de atrativos deste segmento também é
extremamente relevante.
No campo dos atrativos culturais, é preciso investir na qualificação dos dois principais destinos
do Polo - Pirenópolis e Cidade de Goiás. Em ambos os casos foi detectada a precariedade do
sistema de esgotamento sanitário e de fornecimento de energia elétrica para a área urbana,
onde se localizam os principais atrativos. Também foi detectada a necessidade de se investir na
sinalização turística, tanto rodoviária quanto interpretativa nos locais dos atrativos. Da mesma
forma, seria interessante realizar um trabalho de roteirização dos dois principais centros
históricos tombados, aumentando a possibilidade de interação entre o turista e o atrativo
visitado.
No campo dos atrativos naturais, com exceção dos refúgios particulares operados em
Pirenópolis, os demais atrativos encontram-se necessitando de infraestrutura de acesso,
sinalização e estruturação do atrativo em si (trilhas; sinalização; equipamentos públicos; centros
receptivos de turistas; entre outras ações), tornando os recursos naturais em produtos vendáveis
e prontos para serem comercializados. Os Parques Estaduais da Serra dos Pirineus, Serra
Dourada e Serra do Jaraguá necessitam de intervenções na sua infraestrutura para poder atingir
seu potencial de atração de turistas e aliar o uso turístico com a preservação dos ambientes.
Em alguns casos, o atrativo se encontra em estado avançado de uso por parte da população
local, porém, sem estar preparado para tal, o que tem gerado situações de degradação
ambiental pelo uso desordenado. Em relação à Gestão Ambiental, as principais deficiências são
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
19
a falta dos estudos de capacidade de carga, Planos de Manejo ou de Gestão para as áreas
utilizadas turisticamente.
Com relação a Análise dos Serviços e Equipamentos Turísticos, as melhores estruturas
estão também em Pirenópolis e na Cidade de Goiás, o Polo apresenta uma boa oferta de
equipamentos de hospedagem, mas apresenta carência em relação aos serviços de
agenciamento e operações turísticas. Com relação ao nível de capacitação da oferta atual,
existe a necessidade de promoção de projetos de educação na área. Para o Polo do Ouro, é um
item de grande importância, dada a quantidade de trabalhos informais presentes no setor de
turismo e a necessidade de capacitação identificada pelas autoridades de turismo da região.
Do ponto de vista da Infraestrutura Geral e dos Serviços Básicos, os principais problemas
que precisam ser objeto da atenção estadual são: (i) apesar de o modal rodoviário ser a única
ligação para o Polo, as rodovias se constituem em pista simples e com trechos necessitando de
reparos; (ii) os índices de cobertura do esgotamento sanitário coletado e tratado ainda são muito
baixos e a operação do sistema no Polo do Ouro é basicamente municipal, ou seja, a SANEAGO
(órgão estadual de saneamento) apenas opera o sistema da Cidade de Goiás; (iii) presença de
alagamentos e inundações em períodos chuvosos que dificultam a atividade turística em
determinados períodos do ano; (iv) instabilidade da rede elétrica no fornecimento às áreas
urbanas dos municípios do Polo; e (v) à exceção de Pirenópolis, não existem grupamentos
especiais da Polícia Militar para atendimento a turistas.
A Análise Institucional do Polo revela um segundo ponto importante de ser ressaltado: à
baixa capacidade das secretarias municipais em planejar, implementar, monitorar e avaliar
políticas públicas de turismo, visando o desenvolvimento do setor na economia local. A falta de
infraestrutura e capacitação de pessoal dificultam a execução de projetos que realmente
impactem no setor. Uma boa alternativa seria a criação dos fundos municipais de turismo que
proveriam recursos para investimento e manutenção de equipamentos turísticos e fortalecimento
da governança local, combatendo outro problema detectado que é o esvaziamento dos
Conselhos Municipais de Turismo e a pouca articulação da governança local.
Apesar de quase todos os municípios possuírem planos diretores, é preciso revisar o documento
da Cidade de Goiás, inclusive para traçar de forma mais planejada os movimentos urbanos
oriundos do crescimento do número de pessoas que visitam a cidade e o possível crescimento
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
20
da população em função do aumento da atividade turística; bem como para contemplar a
atividade turística como importante vetor de desenvolvimento econômico para o município e
auxiliar no planejamento e incentivo ao desenvolvimento deste setor.
Todos esses elementos são consolidados na Matriz SWOT, apresentada no capítulo que trata da
Estratégia de desenvolvimento do Polo. A análise desta matriz identifica o Polo dentro de um
quadrante de crescimento, indicando que existem muitos pontos fracos a serem sanados, mas
excelentes oportunidades que podem alavancar a atividade turística nos destinos.
Em função de todas essas informações apresentadas, a estratégia central do Polo do
Ouro consiste em ampliar os investimentos na infraestrutura turística para consolidar o
segmento de turismo cultural e agregar valor ao destino com a estruturação do
segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura.
O desenvolvimento dessas estratégias permitirá o alcance do objetivo principal traçado para o
Polo do Ouro, qual seja: ampliar a participação do setor de turismo no PIB do Estado
contribuindo para a redução da desigualdade social através da geração de emprego e
renda.
Com a finalidade de fazer frente às carências diagnosticadas e na busca por atingir os objetivos
propostos foram traçadas estratégias vinculadas a cada componente do previsto neste
Plano para o Polo Turístico. São eles:
• Componente 1 – Produto Turístico: Estruturação de produtos turísticos integrados e
qualificados para o Polo do Ouro.
• Componente 2 – Comercialização: Promoção da visibilidade do destino turístico a partir de
produtos integrados e de qualidade
• Componente 3 – Fortalecimento Institucional: Gestão integrada e eficaz entre o setor
público e privado voltada à consolidação do Polo do Ouro.
• Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos: Expansão e melhoria da
infraestrutura e dos serviços básicos essenciais ao desenvolvimento sustentável e a
compatibilização da oferta turística com a capacidade de carga da infraestrutura instalada.
• Componente 5 – Gestão Ambiental: Promoção da sustentabilidade ambiental do destino
turístico, com a consequente melhoria da qualidade de vida da população local.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
21
Todos esses elementos são consolidados na Matriz de SWOT apresentada no capítulo que trata
da Estratégia de desenvolvimento do Polo. A análise desta matriz identifica o Polo dentro de um
quadrante de crescimento, indicando que existem muitos pontos fracos a serem sanados,
mas excelentes oportunidades que podem alavancar a atividade turística nos destinos.
Após a descrição das Estratégias, apresenta-se o Plano de Ação que consolida todo o esforço
deste documento e analisa a correlação existente entre o objetivo geral, as estratégias de curto,
médio e longo prazos, e as ações propostas para o desenvolvimento da atividade no Polo.
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
ESTRATÉGIA 1: CONSOLIDAR O POLO COMO IMPORTANTE DESTINO DE TURISMO CULTURAL NO CENÁRIO NACIONAL
Implantar projetos de sinalização turística do Polo
Desenvolver e implantar projeto de sinalização turística rodoviária e interpretativa para os principais atrativos turísticos do Polo Conforme necessidade exposta nas páginas: 90,97,77,106,112,115 e 207
Programa de capacitação continuada
Implantar programas de capacitação continuada de pessoal para serviços turísticos e de gestão empresarial. Formar parcerias com a rede de educação para o turismo atualmente presente no Polo (universidades, CEP, Secretarias Municipais e Estaduais, Sistema "S" etc) para garantir a capacitação da mão de obra para o turismo no Polo Conforme necessidade exposta na página 108.
Requalificar o Estádio das Cavalhadas para a realização das Cavalhadas
Realizar adequações no espaço que atualmente acontece as cavalhadas para torná-lo um espaço multiuso e com melhor infraestrutura para o turista Conforme necessidade exposta nas páginas: 88 e 105
Realização de inventário cultural
Levantar e identificar a influência de outros saberes (patrimônio imaterial e artesanal) na identidade da cultura local para qualificar a oferta do produto cultural Conforme necessidade exposta nas páginas: 88 e 75
Roteirização dos atrativos turísticos
Criar circuitos integrando os atrativos culturais e naturais do Polo Conforme necessidade exposta na página 104
Implantar Sinalização Turística Interpretativa
Implantação de sinalização turística nos principais atrativos do município de Jaraguá.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
22
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
em Jaraguá Conforme necessidade exposta na página 136
ESTRATÉGIA 2: DIVERSIFICAR A OFERTA TURÍSTICA A PARTIR DA ESTRUTURAÇAO DOS ATRATIVOS DE ECOTURISMO
Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus
Desenvolver projeto de utilização turística e implementar infraestrutura turística para visitação a partir dos municípios de Cocalzinho e Pirenópolis (recepção, centro de visitantes, trilhas, sinalização, etc.) Conforme necessidade exposta na página 71
Implantar a Passarela da Moda na BR 153
O comércio têxtil é um grande atrativo de turistas para o município de Jaraguá. Estes turistas são fundamentais para o incremento do turismo no município e para divulgar o potencial do segmento de Ecoturismo no mercado regional Conforme necessidade exposta na página 157
Fortalecer e qualificar produtos turísticos naturais auto-sustentáveis e já comercializados no mercado
O mercado regional e sobretudo estadual já consome alguns principais atrativos do segmento Ecoturismo. Porém, é necessário estruturar estes atrativos com serviços e equipamentos turísticos para melhor receber o turista e preservar o ambiente Conforme necessidade exposta na página 192
Implantar estrutura para a orla do Rio Corumbá (urbanismo, lazer e turismo)
Desenvolver projeto urbanístico e implementar infraestrutura turística na orla do Rio Corumbá em Corumbá de Goiás Conforme necessidade exposta na página 74
Desenvolver projeto e implantar sinalização turística viária e indicativa o entorno do Rio Corumbá
Desenvolver projeto e implementar sinalização turística viária e indicativa para o atrativo Rio Corumbá Conforme necessidade exposta na página 74
Formatar produto turístico de Jaraguá
Potencializar a cidade já conhecida regionalmente como centro de produção têxtil, com destaques para a complementariedade do turismo de aventura (parapente) e turismo cultural (festas da cidade) Conforme necessidade exposta na página 57
Estruturar atrativos para que seja possível a prática segura do turismo de aventura (Parapente) em Jaraguá
Instalação de sinalização e acesso para rampas de parapente, acesso e sinalização para cachoeiras etc). Entre os atrativos favoráveis à prática do turismo de aventura estão Praia D 'Aldeia e a cachoeira do Saraiva Conforme necessidade exposta na página 74
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
23
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Estruturar Centro de Atendimento ao Turista (CAT) em Abadiânia
Dotar o município de espaço adequado para a prestação do serviço de informação ao Turista. Conforme necessidade exposta na página 136
Estruturar os Produtos Turísticos do Ecoturismo em Abadiânia
Identificar e estruturar as cachoeiras, Lago de Corumbá e principais atrativos turísticos, para receber visitantes (viabilizar acesso, implantar sinalização turística, realizar estudo de capacidade de carga etc) Conforme necessidade exposta na página 32
Estruturar as condições de acesso aos atrativos naturais em Cocalzinho
Definir os principais atrativos e estruturar os acessos com a alternativa mais adequada (pavimento, paralelepípedo, estradas-parque etc) Conforme necessidade exposta na página 127
Implementar a Sinalização Turística em Cocalzinho
Implantação de sinalização turística nos principais atrativos do município de Jaraguá. Conforme necessidade exposta na página 136
Instalar Portal de Entrada no acesso ao município de Cocalzinho
Valorizar a entrada do municipio de Cocalzinho. Conforme necessidade exposta na página 112
COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
ESTRATÉGIA 1: DESENVOLVER A IMAGEM E O POSICIONAMENTO DE MERCADO PARA O POLO DO OURO
Elaborar e Implementar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro, incluindo ações de marketing direto com públicos finais prioritários
Criação de plano estratégico de mercado e comercialização para o Polo, que identifique ícone, marca e mercados para realizar campanhas promocionais, criar estratégias de articulação com agências e operadoras de turismo nacionais - teste de alteração. Conforme necessidade exposta na página 111
Criar catálogo de oferta (atrativos e serviços) para o Polo
Identificação dos principais atrativos turísticos de todos os municípios do Polo e criação do catálogo para comercialização de acordo com os roteiros criados e identificados no item da Estratégia do Produto Turístico Conforme necessidade exposta na página 111
Implantar ações de promoção para o Polo com os diversos canais
Desenvolver ações junto aos principais canais de comercialização para promover os atrativos locais e inserir o Polo nos roteiros
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
24
COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
de comercialização
comercializados Conforme necessidade exposta na página 111
Fortalecer a imagem da Cidade de Goiás como Patrimônio Cultural da Humanidade
Ampliar ações para divulgar a Cidade de Goiás como produto turístico de patrimônio histórico universal junto aos agentes de turismo de destinos emissores Conforme necessidade exposta na página 112
Fortalecer a imagem de Corumbá como destino de ecoturismo
Divulgar os principais atrativos naturais do município junto aos principais canais de comercialização e aos públicos finais prioritários Conforme necessidade exposta na página 112
Fortalecer a imagem de Jaraguá como centro de Compras e Polo Têxtil
Mapear e catalogar a localização das empresas locais (do ramo têxtil) e criar mapas e material de divulgação para o turista Conforme necessidade exposta na página 112
Fortalecer a imagem de Abadiânia como centro de cultura alternativa
Criar planejamento de mercado que destaque Abadiânia como destino de turismo de saúde - Viabilizar uma área pública no Lago da Corumbá IV Conforme necessidade exposta na página 112
Fortalecer a imagem de Cocalzinho como porta de entrada ao Parque Estadual dos Pirineus
Promover o município como o detentor das melhores vistas para a Serra dos Pirineus Conforme necessidade exposta na página 112
ESTRATÉGIA 2: IMPLANTAR AÇÕES DE PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DOS DESTINOS DO POLO
Implementação do Plano de Marketing para o Polo do Ouro
A partir da definição das ações elencadas no Plano de Marketing as ações deverão ser implementadas em acordo com o plano de ação estabelecido Conforme necessidade exposta na página 111
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
ESTRATÉGIA 1: FORTALECER O SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO DESTINO
Realizar de forma sistemática pesquisas de mercados turísticos para o polo
Definição de um sistema de informações turísticas indicando quais as pesquisas que devem ser realizadas e em que periodicidade e aplicação destas pesquisas no decorrer dos cinco anos do programa Conforme necessidade exposta na página 61
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
25
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Revisar o Plano Diretor Municipal da Cidade de Goiás
Plano Diretor d a Cidade de Goiás já está defasado necessitando de uma atualização, inclusive para inclusão do turismo como importante atividade econômica do município Conforme necessidade exposta na página 144
Revisar o Plano Diretor Municipal de Corumbá de Goiás
Garantir que o Plano Diretor Municipal contemple a atividade turística como importante atividade econômica municipal Conforme necessidade exposta na página 147
Estruturar e informatizar o Setor Público responsável pelo planejamento da atividade turística
Reengenharia de processos de gestão, cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Revisar o Plano Diretor Municipal de Cocalzinho
Garantir que o Plano Diretor Municipal contemple a atividade turística como importante atividade econômica municipal Conforme necessidade exposta na página 148
ESTRATÉGIA 2: FORTALECER A GOVERNANÇA DO SETOR NOS DESTINOS DO POLO
Fortalecer as entidades da governança local
Criar meios para engajar o envolvimento comum entre a iniciativa privada, o setor público e o terceiro setor para fortalecer a política do turismo local através do COMTUR Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Implementar ações de captação de investimentos privados
Fomentar/fornecer incentivos para implantação de empresas privadas para ampliar a oferta de serviços e equipamentos turísticos no Polo Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Mobilizar as instâncias municipais de turismo em torno do Plano Estadual de Turismo
Articular com os municípios do polo as ações a serem desenvolvidas localmente de forma a potencializar os recursos investidos e implementar as ações previstas no Plano Estadual de Turismo Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Equipar, capacitar (técnica) e estruturar secretarias municipais de turismo
Estruturar as secretarias municipais de turismo para o melhor desempenho de suas funções. Esta estruturação poderá incluir capacitação técnica, estruturação física, aquisição de equipamentos, estruturação de processos, entre outras ações Conforme necessidade exposta nas páginas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
26
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
142 a 153
Capacitação dos Gestores Municipais de Planejamento, Fazenda e Meio Ambiente
Capacitação técnica de profissionais de secretarias que possuam relação com o turismo e que se beneficiem também do desenvolvimento do setor de turismo de forma sustentável Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Criar e implantar programas de incentivo e/ou sensibilização para aumentar a legalização (formalidade) no setor privado
Desenvolver plano específico para incentivar a formalização das empresas que atuam no setor de turismo e inclusão no CADASTUR, seja via constituição de pessoa jurídica ou de empreendedores individuais Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Reativar e fortalecer os Conselhos Municipais de Turismo nos municípios do Polo
Garantir a representatividade e regularidade das reuniões Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Fortalecer os Conselhos municipais de Meio Ambiente
Em função do desenvolvimento do segmento de ecoturismo, é fundamental que se fortaleçam os Conselhos de Meio Ambiente nos municípios do Polo, garantindo a utilização sustentável dos recursos naturais Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
ESTRATÉGIA 1: AMPLIAR A OFERTA DE INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS NOS MUNICÍPIOS DO POLO, SOBRETUDO NAS ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICA
Implantar sistema de esgotamento sanitário que atenda às áreas turísticas nos municípios que integram o Polo
Ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário no polo, melhorando a experiência do turista no destino e também visando à preservação ambiental dos atrativos naturais Conforme necessidade exposta na página 118
Implantar saneamento básico em toda a cidade de Pirenópolis
Universalizar o saneamento básico no centro urbano onde se localizam os atrativos culturais patrimônio nacional e principais produtos turísticos do município Conforme necessidade exposta na página 118
Implantar o projeto Beira Rio em Pirenópolis
Instalação de orla de proteção, área de lazer e projeto urbanístico do Rio das Almas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
27
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Conforme necessidade exposta na página 171
Ampliação do fornecimento de energia elétrica em Pirenópolis
Regularização da oferta de energia nos municípios. Atualmente Pirenópolis sofre com a oscilação e intermitência no serviço de energia Conforme necessidade exposta na página 127
Implantar sistema de esgotamento sanitário na Cidade de Goiás - Córregos da Prata e Manoel Gomes
Ampliar o sistema de esgotamento sanitário no município para contemplar áreas turísticas Conforme necessidade exposta na página 120
Garantir a ampla cobertura de água tratada nos municípios do Polo
Ampliação do sistema de abastecimento de água no polo visando garantir a oferta a todos os estabelecimentos e áreas comerciais do município, bem como nos principais atrativos identificados Conforme necessidade exposta na página 118
Criar e implantar projetos que aumentem a eficiência da cobertura da drenagem urbana
Implementar ações de melhoria no sistema de drenagem urbana dos municípios do polo, sobretudo Pirenópolis, Cidade de Goiás e Cocalzinho que possuem patrimônio histórico na área urbana Conforme necessidade exposta na página 124
Disponibilizar/restaurar lixeiras no centro histórico de Pirenópolis
Ampliar a cobertura do sistema de coleta de lixo urbano em Pirenópolis através do aumento do mobiliário urbano de lixeiras nos atrativos do município Conforme necessidade exposta na página 122
N]ESTRATÉGIA 2: FACILITAR OS ACESSOS AO POLO E AOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
Recuperar e/ou pavimentar estradas, rodovias e vicinais que interligam os destinos turísticos da região
Realizar investimentos na melhoria dos acessos aos atrativos turísticos do Polo, sobretudo aos atrativos naturais adequados aos estudos de capacidade de carga, plano de manejo e/ou plano de gestão dos atrativos turísticos Conforme necessidade exposta na página 111
Recuperar os terminais rodoviários dos municípios do Polo
Adequar os terminais para atender ao turista com qualidade, dotando de infraestrutura básica (bancos, iluminação, banheiros, limpeza, lanchonetes etc.) Conforme necessidade exposta na página 113
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
28
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
ESTRATÉGIA 1: ESTRUTURAR UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO POLO
Implementar programas de gestão de resíduos sólidos
Implantar ações para destinação adequada (aterros sanitários, controlados, usina etc.) dos resíduos sólidos dos municípios do Polo, inclusive identificando a melhor formatação da gestão (consórcio ou autônomo). Conforme necessidade exposta na página 122
Implantar sistema de coleta seletiva e campanhas de conscientização
Adotar ações de educação ambiental para melhoria da limpeza urbana e conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental e o uso turístico dos recursos naturais Conforme necessidade exposta na página 122
Criar código municipal do meio ambiente em Pirenópolis
Disciplinar o uso e a proteção do patrimônio natural do município, visando à preservação, recuperação e uso sustentável deste patrimônio. Conforme necessidade exposta nas páginas 172 e 173
Ampliar o ensino de educação ambiental nas escolas públicas
Conscientizar os alunos da rede pública e particular do Polo sobre a importância da preservação ambiental e da adoção de medidas ambientalmente sustentáveis para preservação do patrimônio natural Conforme necessidade exposta na página 165
Garantir que o município de Jaraguá tenha autonomia de licenciamento ambiental e instalar/ampliar fiscalização ambiental
Articular com as entidades Federais e Estaduais de fiscalização ambiental para concessão da autonomia do município para o licenciamento ambiental visando à agilização da instalação de empresas no destino Conforme necessidade exposta na página 169
Regulamentar e monitorar o destino dos resíduos da indústria têxtil em Jaraguá
Disciplinar a destinação dos dejetos industriais do município, cuja emissão de resíduos tóxicos da indústria têxtil ainda é feita em corpos de água no município - Rio Monjolinho e Parí Conforme necessidade exposta na página 154
Monitorar/fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras de extração de areia e de olarias em Abadiânia
Disciplinar as atividades econômicas potencialmente poluidoras para adotarem práticas sustentáveis e de menor impacto. Adoção de medidas de mitigação ou compensação ambiental Conforme necessidade exposta na página 154
ESTRATÉGIA 2: IMPLEMENTAR AÇÕES DE RECUPERAÇÃO E
Definir e implantar políticas que reduzam os impactos/impeçam o crescimento urbano
Identificar os instrumentos existentes no Polo (Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo etc.) e fortalecer a política de controle urbano.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
29
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL VISANDO A AMPLIAÇÃO DAS ÁREAS NATURAIS UTILIZADAS TURISTICAMENTE
desordenado Conforme necessidade exposta nas páginas 173 e 180
Implantar planos de manejo e conselhos gestores em Unidades de Conservação com uso turístico
Garantir regulamentação municipal para o turismo nas UCs Conforme necessidade exposta na página 173
Estruturar turisticamente unidades de conservação (sinalização, acesso, capacitação e cadastro de condutores de visitantes, centros de visitantes etc.).
Realizar investimentos na estruturação das UCs com uso turístico visando o aproveitamento sustentável dos recursos naturais Conforme necessidade exposta nas páginas 175 e 176
Realizar estudo de capacidade de carga e implementar controle desta capacidade nos atrativos culturais e naturais do Polo
Implementar medidas de preservação dos atrativos turísticos através do controle de visitantes baseado em estudos que apontem a real capacidade de suporte do patrimônio cultural e natural no Polo Conforme necessidade exposta na página 131
Criar usina de reciclagem que atenda aos municípios de Cocalzinho, Corumbá de Goiás e Pirenópolis.
Implantar usina de reciclagem, em acordo com o Plano de Gestão de resíduos sólidos, para contemplar os municípios de Cocalzinho, Corumbá e Pirenópolis e prover destinação e reuso adequado ao lixo coletado nestes municípios. Conforme necessidade exposta na página 178
Regulamentar destinação do lixo domiciliar em Cocalzinho
Implementar as ações indicadas no plano de gestão de resíduos sólidos para o município de Cocalzinho eliminando o lixão que atualmente serve ao município e se localiza na entrada da sede da cidade Conforme necessidade exposta na página 178
Implantar parque ecológico em Abadiânia
Identificar, cercar e proteger o parque ecológico existente no entorno da atual nascente de água que atende o município de Abadiânia - e atualmente fragilizado pela inexistência de demarcação e limitações ao acesso. Conforme necessidade exposta na página 157
Para acompanhamento e avaliação dos resultados das ações do PDITS do Polo do Ouro
propõe-se uma série de indicadores para medição do grau de desenvolvimento da
atividade turística no Polo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
30
Assim, o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, é um
instrumento de planejamento e gestão do desenvolvimento do turismo em sua área de
abrangência, de maneira integrada entre as diversas instituições envolvidas com o turismo,
tendo em vista a exploração racional dos recursos turísticos, respeitando o meio ambiente
natural e construído a identidade cultural das populações residentes no local em que o turismo
acontece.
O documento é composto pelos seguintes capítulos:
Justificativa da Seleção da Área Turística - Polo do Ouro – constituída pela análise da
importância dos atrativos turísticos, da acessibilidade e conectividade, do nível de uso atual e
potencial, das condições físicas e serviços básicos e do quadro institucional e aspectos legais da
Área Turística.
Formulação dos Objetivos do PDITS - Polo do Ouro - enumera os objetivos gerais e
específicos para o PDITS.
Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas – apresenta a análise do
mercado turístico, da infraestrutura básica e dos serviços gerais do Polo, do quadro institucional
e dos aspectos socioambientais dos municípios pertencentes a ele.
Estratégias de Desenvolvimento Turístico do Polo do Ouro – engloba a definição das
estratégias de turismo para o Polo, levando em conta a valorização e a exploração dos principais
atrativos.
Plano de Ação – apresenta a visão geral do conjunto de ações e projetos de investimento a
serem realizados para o alcance dos objetivos do PDITS do Polo e traz também o quadro onde
são indicados os investimentos totais a serem realizados; a metodologia utilizada para
priorização das ações e a Matriz de Investimento do PRODETUR Nacional; quadros descritivos
das ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses do Programa; identifica
os impactos ambientais positivos e negativos que poderão surgir a partir da implementação das
ações propostas; e apresenta o programa de gestão ambiental.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
31
Feedback: Acompanhamento e Avaliação - indica os atores e os mecanismos necessários
para promover o monitoramento da evolução da situação do turismo no Polo e a avaliação dos
resultados.
Como já dito, a metodologia adotada para a elaboração deste documento segue a estrutura e o
conteúdo constantes nos Termos de Referência para a sua consecução e se baseia em
pesquisas primárias e secundárias de natureza quantitativa e qualitativa.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
32
1. Justificativa da Seleção da Área Turística – Polo do Ouro
O Governo de Goiás assume que o turismo, em função de sua amplitude e diversificação,
apresenta-se como uma importante e promissora frente de negócios capaz de gerar empregos,
distribuir renda, captar divisas e proporcionar melhoria da qualidade de vida. Neste sentido,
adota a estratégia de caracterizar o turismo como uma das suas vertentes prioritárias de
desenvolvimento sustentável, tornando o Estado um importante destino tanto para goianos
quanto para os demais brasileiros e turistas estrangeiros.
Sob essa perspectiva, e tendo como linha de governo a defesa de que não há desenvolvimento
sem planejamento, o Estado de Goiás, em um primeiro momento, construiu ao longo do ano de
2007 o Plano Estadual de Turismo de Goiás (2008-2011). Por meio deste, oferece uma proposta
de linha de desenvolvimento continuado da atividade turística por meio de ações de investimento
no setor, tendo como princípio orientador a integração e a necessidade de incremento do
número de destinos turísticos efetivamente comercializados em todo o Estado.
A atividade turística no Estado de Goiás tem se desenvolvido muito em função da presença de
importantes destinos turísticos no contexto nacional, como é o caso de Goiânia, Caldas Novas,
Alto Paraíso, Pirenópolis e Cidade de Goiás que, mesmo assim, ainda apresentam problemas
estruturais em áreas como infraestrutura básica, equipamentos turísticos, apoio e capacitação,
dentre outros. Desta forma o Plano Estadual de Turismo reconhece a importância destes
destinos para a consolidação da atividade turística no Estado, mas também traça estratégias
para que esses destinos consolidados sirvam de alavancadores de outros destinos menos
conhecidos e ainda pouco explorados.
Por possuírem atratividade turística reconhecida, aspectos estruturais favoráveis para o
desenvolvimento da atividade e segmentos com potencial para serem explorados, esses
destinos tenderão a ser priorizados nas ações de curto prazo, já que possuem altos níveis de
visitação e são responsáveis pelo posicionamento de Goiás no mercado turístico. Em
decorrência disto, recebem maior atenção no que diz respeito ao seu crescimento sustentado,
uma vez que são considerados capazes de induzir o desenvolvimento sustentável do turismo na
região em que se encontram.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
33
Figura 2: Área de abrangência do PDITS dos Polos Ouro, Chapada dos Veadeiros e Vale do Araguaia
Fonte: Goiás Turismo, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
34
Os municípios do Estado de Goiás serão descritos como integrantes de Polos turísticos, de
acordo com suas classificações no Plano Estadual. Ao todo, foram estabelecidos cinco Polos
estratégicos de desenvolvimento do turismo a serem contemplados pelo PRODETUR Nacional
Goiás: Polo do Ouro; Polo Chapada dos Veadeiros; Polo do Vale do Araguaia; Polo dos Negócios;
e Polo das Águas.
Este relatório será composto pela justificativa de planejamento do Polo do Ouro, do qual fazem
parte os municípios inseridos na tabela a seguir.
Tabela 2: Área de abrangência do PDITS deste relatório
Polo Municípios População
Ouro
1. Pirenópolis 23.006
2. Cidade de Goiás 24.727
3. Corumbá de Goiás 10.361
4. Abadiânia 15.757
5. Jaraguá 41.870
6. Cocalzinho 17.407
Fonte: Censo/ IBGE, 2010
1.1 Critérios para seleção dos Polos turísticos do Prodetur Nacional
em Goiás
De acordo com o Plano Estadual do Turismo, o Estado de Goiás é composto por nove regiões
turísticas (tabela 2), já anteriormente definidas como integrantes das políticas do Plano Nacional
de Turismo 2007-2010, por meio do Programa de Regionalização do Turismo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
35
Tabela 2: Regiões Turísticas de Goiás, segundo o Plano Estadual de Turismo
Região Turística Municípios Integrantes
Agroecológica Rio Verde; Jataí, Mineiros; Chapadão do Céu; e Serranópolis.
Águas Caldas Novas; Rio Quente; Itumbiara; Lagoa Santa; Três Ranchos; São
Simão; Buriti Alegre; Cachoeira Dourada; e Inaciolândia.
Biosfera Alto Paraíso; Formosa; Cavalcante; Colinas do Sul; São Domingos; São
João d‟Aliança; Guarani de Goiás; Posse.
Engenhos Luziânia e Silvânia
Negócios e
Eventos Anápolis; Goiânia; Hidrolândia; Trindade; e Aparecida de Goiânia.
Nascentes do
Oeste Mossâmedes e Paraúna
Ouro Pirenópolis; Cidade de Goiás; Corumbá de Goiás; Abadiânia; Jaraguá; e
Cocalzinho.
Vale do Araguaia Aruanã; São Miguel do Araguaia; Aragarças; Nova Crixás; e Piranhas.
Serra da Mesa Niquelândia; Minaçu; Porangatu; e Uruaçu.
*Destinos indutores
Fonte: Plano Estadual de Turismo – GO, 2007
A partir dessas regiões turísticas já existentes, a Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo
adotou um sistema de classificação dos municípios turísticos com a finalidade de identificar o nível
de desenvolvimento e de infraestrutura turística disponível em cada um deles.
Combinando os critérios técnicos já adotados pela Política Nacional de Turismo para direcionar
apoio técnico e financeiro a projetos turísticos nos municípios (Sistema Cores de Gestão
Estratégica de Destinos), à metodologia de avaliação da competitividade turística adotada pela
Fundação Getulio Vargas e aos critérios adotados pelo BID para financiar projetos de
desenvolvimento turístico, o sistema de classificação adotado pelo Estado de Goiás resultou na
identificação, em nível básico, do desenvolvimento da atividade turística em cada um desses
municípios turísticos.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
36
Segundo o Plano Estadual, foram vetores desta seleção os seguintes critérios técnicos de
classificação:
Existência de Conselho Municipal de Turismo;
Existência de Fundo Municipal de Turismo;
Realização do Inventário da Oferta Turística;
Elaboração de um Plano Municipal de Turismo;
Número de Leitos Disponíveis;
Existência de Centros de Atendimento ao Turista em Operação;
Número de Cadastros de Prestadores de Serviços Turísticos; e
Números de Meios de Hospedagem que Enviam Boletins de Ocupação Hoteleira.
De acordo com os critérios de classificação acima, configuraram-se três grupos de municípios:
Cristal: classificação para municípios que apresentaram entre 20 e 40 pontos para
a existência, funcionamento e regularização da infraestrutura e serviços turísticos
avaliados.
Esmeralda: classificação para municípios que apresentaram entre 41 e 60 pontos
para a existência, funcionamento e regularização da infraestrutura e serviços
turísticos avaliados; e
Diamante: classificação para municípios que apresentaram mais de 60 pontos
para a existência, funcionamento e regularização da infraestrutura e serviços
turísticos avaliados;
A partir desse critério de classificação, os municípios foram pontuados e identificados como
prioritários para as ações, com vistas ao desenvolvimento turístico.
O mapa a seguir apresenta como esses municípios se distribuem.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
37
Figura 2: Classificação do Plano Estadual de Turismo
Fonte: Goiás Turismo, 2012.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
38
Para os casos que já possuíam um fluxo turístico constante e uma dinâmica de desenvolvimento
do turismo instalada – municípios Cristal, Esmeralda e Diamate - houve adequação à metodologia
do BID e estes passaram a integrar uma nova espacialização do turismo denominada Polo, para a
qual as ações do PRODETUR Nacional em Goiás serão direcionadas.
Um Polo passa a ser conceituado como um grupo de municípios: (1) contíguos que possuem
recursos turísticos complementares; compartilham impactos diretos e indiretos gerados pelo
turismo e concordam em desenvolver suas capacidades de gerenciamento de fluxos turísticos; ou
(2) não contíguos, que trabalham com um circuito de atrativos complementares (como por
exemplo, os municípios de Goiás com os restantes dos municípios do Polo do Ouro).
1.2 Caracterização do Polo do Ouro
Do ponto de vista histórico, a região é conhecida como Caminho do Ouro, denominação que se
refere à Saga dos Bandeirantes no Estado de Goiás (em particular o bandeirante Bartolomeu
Bueno da Silva, o Anhanguera II), marcada pela exploração do ouro. Em decorrência da
relevância deste passado, o Polo do Ouro conserva um patrimônio histórico e cultural de imenso
valor unindo o turismo histórico, o turismo religioso e o ecoturismo.
De acordo com a categorização do Governo do Estado, o Polo contempla:
2 municípios Diamante: Pirenópolis (Patrimônio Histórico Nacional) e a Cidade de
Goiás (Sítio Histórico do Patrimônio Mundial);
1 município Esmeralda: Corumbá de Goiás (Sítio Histórico Estadual); e
3 municípios Cristal: Abadiânia, Jaraguá e Cocalzinho.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
39
Figura 3: Polo do Ouro
Fonte: Goiás Turismo, 2008
Os municípios que integram o Polo do Ouro estão, territorialmente, localizados em uma região do
Estado de Goiás que serviu de percurso dos Bandeirantes e suas expedições desde, o século
XVII, em busca dos trajetos mais viáveis para a exploração de pedras e minerais – em especial, o
ouro. Percorrendo as trilhas indígenas e os caminhos traçados pela natureza, evitando as
serranias, os desbravadores diminuíam as distâncias entre as áreas de exploração aurífera e os
canais de escoamento das riquezas extraídas destas terras, de modo a reduzir as cargas de
impostos típicas da política territorial do Brasil Colônia.
Nesses caminhos do ouro foram fundados os municípios que hoje integram o Polo, seja por
concentrarem um rico patrimônio histórico e artístico deste período, seja pelas paisagens de
cerrado conservadas ao longo do tempo. Os municípios de Pirenópolis e Cidade de Goiás se
apresentam como os principais indutores do turismo da região, oferecendo estrutura turística
desenvolvida para um fluxo regular de visitantes, tendo como principal mercado o regional
(provenientes, especialmente, de Goiás e Brasília). Estes dois destinos são responsáveis pela
imagem que caracteriza a região, sobretudo por seus títulos de patrimônio nacional e mundial
respectivamente.
Enquanto Pirenópolis guarda resquícios das passagens dos Pirineus: a Cidade de Goiás, primeira
capital do Estado, homônimo, acumula em um amplo núcleo, tombado como patrimônio histórico e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
40
cultural pela UNESCO, um centro histórico com museus, igrejas e acervo arquitetônico preparado
para a visitação.
Corumbá e Jaraguá, apesar de também contarem com patrimônios culturais e atrativos naturais
como cachoeiras e parque estadual, apresentam vocações diferenciadas e estrutura turística de
qualificação incipiente, sem uma demanda turística consolidada e regular.
Abadiânia apresenta características únicas e fluxo de visitantes independente das características
comuns ao Polo do Ouro. Apesar de concentrar alguns casarios e igrejas que fazem referência ao
período de auge da exploração do ouro, a maior parte dos seus visitantes é proveniente do
exterior e atraído pelo turismo de saúde, em função da presença de um centro de terapia
espiritual radicado na cidade – Casa Dom Inácio.
Por fim, Cocalzinho de Goiás disponibiliza para os turistas uma particular experiência de contato
com a natureza. Seu relevo, inserido dentro do território do Parque Estadual dos Pirineus, expõe
diversas nascentes; cachoeiras; cavernas; grutas; mirantes; e trilhas, viabilizando o ecoturismo e
configurando a região como „berço das águas‟.
1.3 Acessibilidade e conectividade
No Polo do Ouro, a acessibilidade comercial ocorre principalmente por via rodoviária pelas
estradas GO-070, BR-153 e BR-060. A região também tem acesso complementar pelas estradas
estaduais GO-331, GO-431 e GO-225.
O acesso turístico também ocorre basicamente por via rodoviária, havendo transporte regular de
ônibus de Brasília e Goiânia para a maioria das cidades e transporte não regular entre as cidades
do Polo. Do ponto de vista do desenvolvimento, seria importante maximizar a organização
logística, ainda que dependente de um único modal.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
41
Figura 4: Situação Geográfica do Polo do Ouro
Fonte: Goiás Turismo (Plano Estadual de Turismo), 2008
Os aeroportos de Goiânia e Brasília estão em um raio de 200 km, praticamente equidistantes da
maioria das cidades componentes do Polo e justificam, até o momento, a inviabilidade econômica
de aeroportos localizados em alguns destinos turísticos. Há aeródromos para pousos privados na
região e, se necessário, é possível o desenvolvimento de pistas de pouso comercial. Não há
modal ferroviário ou hidroviário para uso em transporte turístico.
A proximidade com os aeroportos de Brasília e Goiânia dá característica especial aos destinos da
região, que possuem estratégias de transporte confortável de passageiros entre as capitais e os
atrativos turísticos, principalmente para operações de agências de viagem. Por exemplo, o
potencial turístico pode ser maximizado ao se estabelecerem novos modelos de transporte
independente para região, atendendo ao aumento do fluxo de turistas, principalmente para
Pirenópolis e Cidade de Goiás.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
42
Tabela 3: Distâncias entre cidades do Polo (em km)
P
iren
óp
olis
Cid
ad
e d
e
Go
iás
Co
rum
bá
Ab
ad
iân
ia
Jara
gu
á
Co
calz
inh
o
Pirenópolis 0 142 22 57 51 25
Cidade de Goiás 142 0 160 130 109 165
Corumbá 22 160 0 39 75 18
Abadiânia 57 130 39 0 102 55
Jaraguá 51 109 75 102 0 78
Cocalzinho 25 165 18 55 78 0
Fonte: AGDR, 2010.
1.4 Nível de uso atual ou potencial
É um pressuposto importante do Governo do Estado de Goiás o desenvolvimento do turismo
sustentável, tanto no que se refere ao uso atual, quanto no uso potencial de seus atrativos.
O turismo sustentável tem como característica norteadora a condição de seus atrativos turísticos
serem ambientalmente adequados, economicamente viáveis e socialmente justos. Portanto, torna-
se fundamental para a prática do turismo o estudo da capacidade de carga dos atrativos turísticos,
ou seja, uma mensuração de qual o limite máximo suportável de impacto que esses recursos
turísticos podem sofrer. O estudo da capacidade de carga turística está atrelado a métodos de
identificação e avaliação de impactos socioambientais.
O Estado de Goiás realiza, de forma não regular, levantamentos da demanda atual em alguns
municípios desse Polo, sistemática atrelada apenas a alguns municípios e ligada em especial à
realização de eventos – Carnaval, réveillon, festival e festas populares. Os municípios que
atualmente fazem parte dos Polos do Ouro não possuem estudos sistematizados que utilizem
uma metodologia amparada em indicadores de sustentabilidade confiáveis e contínuos que
reflitam os limites da atividade turística para além do qual se produz a saturação dos
equipamentos, a degradação do meio ambiente ou a redução da qualidade da experiência
turística. Em algumas cidades do Polo existem ainda unidades de Instituições de Ensino Superior
com departamentos de pesquisas em turismo – como a Universidade de Brasília e a Universidade
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
43
Estadual de Goiás – entretanto, não existem estudos sistematizados e que armazenem série
histórica com dados específicos da região do Ouro.
A identificação e caracterização dos atrativos naturais e artificiais, do patrimônio histórico e
cultural, das vias de acesso à região, dos serviços turísticos ofertados, das condições gerais da
população local, da infraestrutura básica na região e da capacidade de carga dos atrativos
turísticos, contribuirão para o zoneamento ambiental e turístico com vistas à construção de um
cenário sustentável na região.
1.5 Condições físicas e serviços básicos dos municípios
Aqui serão tratadas somente as condições físico-geográficas do Polo, uma vez que os aspectos
referentes ao abastecimento de água, ao provimento de energia elétrica, ao saneamento e à
segurança serão abordados na análise da infraestrutura básica e dos serviços gerais. Destaca-se
que, a priori, as informações levantadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) eram relativas ao
ano de 2007, contudo, durante a revisão do PDITS, a equipe do PRODETUR-Goiás encontrou
informações mais recentes (2008), disponíveis no site do IBGE/ Cidades e fez a substituição dos
dados.
O solo e a vegetação são típicos do Cerrado, ou seja, em sua maior parte a vegetação é
semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules
retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água – disponível nos solos do cerrado
abaixo de dois metros de profundidade, mesmo durante a estação seca.
Essa característica muda ao se aproximar das margens dos rios, onde se encontram solo firme e
substituição da paisagem de gramíneas por vegetação mais alta (matas de galeria), também
característica do Cerrado. Em geral, têm-se a formação de um planalto, com altitudes médias de
1.000 m. Há variações nas altitudes, como, por exemplo, a região da Serra dos Pirineus, o que
favorece as opções de atrativos turísticos, principalmente de ecoturismo, e contribui para o
equilíbrio das temperaturas.
O clima é caracterizado por dois períodos distintos: seco, com baixos níveis pluviométricos no
inverno, que vai de maio a setembro; e chuvoso, com abundância de águas, no verão, que vai de
outubro a abril.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
44
A temperatura média anual oscila de 20 a 23ºC graus, sendo os meses de setembro e outubro os
mais quentes e junho e julho os mais frios. Nas estações de pico de temperaturas, pode-se
alcançar 5ºC e 35ºC graus.
PIRENÓPOLIS
De acordo com o IBGE Cidades, Pirenópolis possuía em 2010, aproximadamente, 23 mil
habitantes, em uma área de 2,2 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos
setores agropecuário e de serviços, tendo este último maior participação no PIB local, que totaliza
R$ 182.027 mil.
Gráfico 1: Setores da Economia (R$ mil) – Pirenópolis
Fonte: IBGE, 2009.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
45
CIDADE DE GOIÁS
De acordo com o IBGE/Cidades, a Cidade de Goiás possuía em 2010, aproximadamente, 24,8 mil
habitantes, em uma área de 3,1 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca no
setor de serviços, e tem distribuição equilibrada nos setores agropecuário e industrial do PIB local,
totalizando R$ 207.813 mil.
Gráfico 2 : Setores da Economia (R$ mil) – Cidade de Goiás
Fonte: IBGE, 2009
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
46
CORUMBÁ DE GOIÁS
De acordo com o IBGE Cidades, Corumbá de Goiás possuía em 2010, aproximadamente, 10,4 mil
habitantes, em uma área de 1,1 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos
setores agropecuário e de serviços e tem PIB local de R$ 62.773 mil.
Gráfico 3: Setores da Economia (R$ mil) – Corumbá de Goiás
Fonte: IBGE, 2009.
ABADIÂNIA
De acordo com o IBGE Cidades, Abadiânia possuía em 2010, aproximadamente, 15,8 mil
habitantes, em uma área de 1,1 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos
setores agropecuário e de serviço e apresenta PIB local de R$ 82.400 mil.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
47
Gráfico 4: Setores da Economia (R$ mil) – Abadiânia
Fonte: IBGE, 2009
JARAGUÁ
De acordo com o IBGE Cidades, Jaraguá possuía em 2010, aproximadamente, 42 mil habitantes,
em uma área de 1,9 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos setores de
serviços, que tem maior participação no PIB local, que totaliza R$ 211 milhões. Os setores
agropecuário e industrial também têm participação equilibrada.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
48
Gráfico 5: Setores da Economia (em mil) – Jaraguá
Fonte: IBGE, 2009
COCALZINHO DE GOIÁS
De acordo com o IBGE Cidades, Cocalzinho possuía em 2010, aproximadamente, 18 mil
habitantes, em uma área de 1,8 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos
setores de serviços, tendo o setor agropecuário significativa participação no PIB local, que é de
R$ 112.800 mil.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
49
Gráfico 6: Setores da Economia (R$ mil) – Cocalzinho de Goiás
Fonte: IBGE, 2009
1.6 Quadro institucional e aspectos legais
A gestão do turismo no Polo do Ouro está condicionada à cooperação das estruturas
organizacionais existentes a nível local, uma vez que estas orientam as relações entre as várias
partes da região, seguindo orientação do Governo Estadual e as linhas de desenvolvimento do
Governo Federal.
A gestão do turismo para execução dos PDITS está a cargo do Governo Estadual, através da
Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo. Os seis municípios envolvidos neste produto
possuem representação de turismo, em nível de secretaria municipal ou empresa pública. Em
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
50
acordo com o Programa de Regionalização do Turismo, parte integrante do Plano Nacional de
Turismo, os municípios do Polo possuem representação no Fórum Regional de Turismo, instância
de governança regional que atua de forma cooperada com o Governo Estadual.
Os Órgãos Municipais de Turismo, apoiados, em alguns casos, por seus respectivos Conselhos
Municipais de Turismo, tem como atribuições:
Mobilizar os segmentos organizados para o debate e indicação de propostas
locais para a região;
Integrar os diversos setores locais em torno da proposta de regionalização;
Participar de debates e formulação das estratégias locais para o desenvolvimento
da região; e
Planejar e executar ações locais, integradas às regionais.
Entre os organismos públicos estaduais comprometidos e envolvidos na coordenação, execução e
coexecução deste PDITS, destaca-se:
Goiás Turismo – Agência Goiana de Turismo. Sua finalidade é planejar, fomentar
e executar a política de desenvolvimento econômico no setor do turismo;
identificar, atrair e apoiar investimentos voltados à expansão das atividades
produtivas no Estado; estimular, apoiar e orientar as atividades de turismo e de
expansão dos investimentos no setor; planejar e incentivar as parcerias com a
iniciativa privada, ações e programas de implantação de empreendimentos
estruturadores e fomentadores da economia estadual; e promover a adequação da
política de planejamento do Estado à política do Governo Federal, contribuindo
para um modelo de gestão descentralizada, porém, orientada pelas políticas do
Ministério do Turismo.
Além dessa organizaçõe ocupada diretamente em promover a atividade turística no Estado, há
outros órgãos que dão suporte às atividades fins do turismo como:
Agência Goiana de Desenvolvimento Regional - AGDR;
Secretaria de Estado da Educação - SEDUC;
Secretaria de Estado da Cultura - SECULT;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
51
Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP;
Secretaria de Estado de Infraestrutura - SEINFRA;
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH;
Companhia de Saneamento de Goiás S/A - Saneago; e
Celg Distribuição S/A - CELG.
A função desses órgãos, não finalísticos do turismo e que apoiam a atividade, estará mais
detalhada no item ”Análise do Quadro Institucional do Polo do Ouro” (no item 3.5 deste relatório).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
52
2. Formulação de Objetivos do PDITS
2.1 Objetivo Geral do PDITS do Polo do Ouro
O objetivo geral do Polo do Ouro é ampliar a participação do setor de turismo no PIB do Estado
contribuindo para a redução da desigualdade social através da geração de emprego e renda.
2.2 Objetivos Específicos do PDITS do Polo do Ouro
Constituem-se objetivos específicos do Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo
Sustentável – PDITS, do Polo do Ouro:
Curto Prazo: O Estudo de Imagem de Mercado do destino Pirenópolis (principal
receptivo do Polo) aponta que os turistas passam em média 02 dias na cidade.
Adotando-se este número como o TMP (Tempo Médio de Permanência) do Polo,
também se pode projetar para o período de dois anos um TMP de 2,5 dias.
Médio Prazo: Aumento do tempo de permanência média dos turistas no Polo. Pode-se
projetar um TMP de 3 dias no prazo de cinco anos1.
Longo Prazo: Em dez anos, projeta-se que o TMP seja de 5 dias.
1 Este TMP será calculado a partir da somatória de dias permanecidos nos municípios do Polo
ininterruptamente. As projeções foram realizadas com base no aumento do fluxo turístico para
o Estado.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
53
Figura 5 – Estratégia para o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) Goiás
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Refeito pela UCP/PRODETUR –Goiás.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
54
3. Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas
Nesta seção, apresentamos a avaliação da situação estrutural da atividade na Área Turística
cobrindo a demanda turística atual e a oferta do Polo, desde seus atrativos até o estado de suas
infraestruturas e dos serviços básicos, o quadro institucional e os aspectos socioambientais
relacionados com as atividades turísticas.
A priori, este diagnóstico foi elaborado pela equipe da Fundação Getúlio Vargas – FGV, o
documento passou por análise no Ministério do Turismo e foi identificada a necessidade de
reformulação, também foram identificadas falhas nas comprovações de realização das oficinas
participativas. Diante disto, a equipe do PRODETUR-Goiás refez a busca de dados, e as oficinas
que proporcionaram a participação e contribuição de atores locais, a partir do emprego de
técnicas específicas, de modo que o diagnóstico fosse atualizado e viesse a atender às demandas
do Plano.
O diagnóstico apresentado a seguir é uma versão atualizada fruto da análise dos dados colhidos
durante a primeira fase, complementados com os dados buscados, no segundo momento, pela
equipe da Goiás Turismo e as demandas identificadas nas oficinas. Foram obtidos novos dados e
contatos e procedeu-se à revisão da Matriz de prioridades.
3.1 Análise de Demanda Atual
O Estado de Goiás possui um posicionamento geográfico estratégico no território nacional, uma
vez que se encontra na região Central de um país de extensões continentais e detém, em seu
território, dois aeroportos – o da capital do Estado, em Goiânia, com opções de conexões
nacionais, e o da capital do Distrito Federal, Brasília, considerado importante hub internacional.
Atualmente, este aeroporto é considerado pela Infraero o terceiro do país em movimento de voos.
Para efeitos deste Plano, foi abordada, no âmbito do Estado de Goiás, a pesquisa da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE (2009), um Estudo que abrange informações sobre o
dimensionamento e caracterização do mercado interno de viagens e identificando os principais
centros emissores e receptores de turistas, a receita gerada pelo turismo interno, o perfil sócio
demográfico dos turistas.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
55
Os dados da Pesquisa FIPE (2009) de caracterização e dimensionamento do mercado doméstico
de turismo no Brasil demonstram que Goiás aumentou em 0,2% sua participação tanto no
mercado emissivo quanto receptivo entre os anos de 2005 e 2007. A pesquisa demonstra que
Goiás recebe cerca de 500.000 turistas a mais do que emite, o que representa 1.800.000 viagens
a mais do que emite. Estes dados fazem com que Goiás tenha um balanço de pagamentos
positivo no turismo doméstico.
Tabela 4: Viagens Rotineiras e Domésticas em Goiás (2005 - 2007)
2005 2007
Turistas que viajaram em Goiás
Goianos que viajaram para outros Estados
Turistas que viajaram em Goiás
Goianos que viajaram para outros Estados
Total de consumidores de turismo doméstico
Goiás1
1.640.892 1.123.000
Viagens domésticas –
Goiás2
4.299.886 2.912.826 5.198.000 3.402.000
Viagens domésticas –
Goiânia
1.933.272
Viagens domésticas – Caldas Novas
1.449.954
Viagens Rotineiras – Goiás
2
5.368.000 5.020.000
Fonte: FIPE, 2006 e 2009
1. Este dado é calculado a partir do número de domicílios que apresentaram propensão a viajar multiplicado pelo número de pessoas de qualquer faixa de renda que viajam por domicílio. A FIPE não divulgou os dados de consumidores de turismo em Goiás no ano de 2005. 2. Viagens domésticas são viagens não rotineiras realizadas dentro do território nacional, com no mínimo um pernoite. São consideradas viagens rotineiras aquelas que se realizam com regularidade a uma mesma destinação com um limite mínimo de 10 vezes de frequência ao mesmo destino no ano. A sua estimativa é feita baseada no número de consumidores de turismo multiplicado pela média de viagens/ano por domicílio com propensão a viajar.
O estudo da FIPE (2009) também fez um ranking dos 30 destinos nacionais mais visitados pelos
brasileiros. Goiás tem dois destinos entre eles: Goiânia, que ficou em 12º lugar, recebendo quase
2 milhões de viagens domésticas, e Caldas Novas no 15º lugar, com quase 1,5 milhão de viagens
domésticas.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
56
Análise dos Fluxos das Viagens Rotineiras e Domésticas para o Estado de Goiás
A análise dos dados da Pesquisa FIPE (2009) sobre a origem do fluxo nacional das viagens
rotineiras e domésticas para Goiás reforça a relevância de São Paulo e Minas Gerais, enquanto
estados emissores para Goiás, e demonstra que o DF foi responsável por cerca de 900 mil
viagens rotineiras e 650 mil domésticas para o Estado.
Tabela 5: Quantidade de Viagens por Origem e Tipo de Viagem – Goiás (2007)
ORIGEM Rotineiras Domésticas
Número de Viagens % Número de Viagens %
GO 3.618.000 67,4 1.524.000 29,3
DF 897.000 16,7 654.000 12,6
SP 368.000 6,9 402.000 7,7
MG 295.000 5,5 1.648.000 31,7
PA 47.000 0,9 119.000 2,3
TO 45.000 0,8 107.000 2,1
MT 9.000 0,2 66.000 1,3
BA 4.000 0,1 354.000 6,8
PR 0 0,0 86.000 1,7
Subtotal 5.283.000 98,4 4.960.000 95,4
Outros Estados 85.000 1,6 238.000 4,6
TOTAL 5.368.000 5.198.000
Fonte: FIPE, 2009
Especificamente em relação ao turismo doméstico, os números demonstram que os maiores
emissores são provenientes das localidades mais próximas do Estado de Goiás, como Minas
Gerais e Distrito Federal, que juntos são responsáveis por quase 45% do total de emissões para o
Estado. Mostra também que, ao se somar os números de Goiás, DF, São Paulo e Minas Gerais,
estes representam 97% do fluxo de viagens rotineiras e 81% das viagens domésticas. Os dados
demonstram também que o goiano é responsável por 67% das viagens rotineiras e 30% das
viagens domésticas para o próprio estado.
Os resultados indicam a relevância do mercado oriundo do próprio Estado, com predominância da
Capital, e de estados vizinhos que são grandes emissores. Demonstram também que é preciso
aprimorar a estratégia de captação de turistas oriundos de estados mais distantes
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
57
Para apresentar a demanda turística específica do Polo foram utilizados vários estudos sobre o
tema, sendo eles: o perfil dos visitantes que frequentam os destinos indutores do turismo regional
no Estado, realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiás – IFG (2009)
e o Estudo de Imagem e Mercado elaborado pelo SEBRAE Goiás em 2007.
3.1.1 Perfil Quantitativo da Demanda Atual
Através da realização de trabalho de campo nos municípios do Polo, foi possível estabelecer uma
relação entre cada um dos destinos nele apresentados, bem como a tabela abaixo:
Tabela 6: Destinos x Caracterização da Demanda
Destino Demanda – Preferência
Abadiânia Destino secundário. Demanda regular com frequencia de 7.000 pessoas/semana em
visitação ao Casa Dom Inácio, mas sazonal para o ecoturismo
Cidade de Goiás
Segundo principal destino do Polo do Ouro. Demanda expressiva e regular, de caráter
estadual e regional, para o turismo cultural e visitação aos patrimônios históricos e mais
recentemente tem crescido a demanda turística pelos atrativos naturais
Cocalzinho
A demanda é, predominantemente, estadual e ainda incipiente, bastante concentrada
nos fins de semana e feriados. O destino tem como maior fator de atratividade o Parque
Estadual dos Pirineus
Corumbá de Goiás
A demanda vem crescendo de forma contínua, apesar de ainda se constituir de visitantes
de apenas um dia. Demanda ainda incipiente. Segmentos prioritários: cultural (pelo
conjunto arquitetônico tomabado pelo IPHAN) e ecoturismo
Jaraguá
Demanda regular, com boa integração entre o polo têxtil local e o turismo de negócios e
eventos. No ecoturismo e turismo de aventura, demanda incipiente, mas com grande
potencial para ampliar o tempo médio de permanência
Pirenópolis
Principal destino do Polo. Demanda expressiva e regular, principalmente de caráter
estadual e regional. Forte competitividade no segmento de turismo cultural (pelo
patrimônio histórico) e Ecoturismo (pela diversidade de opções de contato com a
natureza)
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
A estimativa do número de visitantes nos principais municípios turísticos do Polo foi feita a partir
da utilização de três variáveis: (1) a taxa de ocupação dos leitos ofertados nos municípios; (2) a
média de permanência dos hóspedes nos meios de hospedagem; e (3) da porcentagem do
número de visitantes que se hospedam em pousadas.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
58
As duas primeiras variáveis são levantadas pela Diretoria de Pesquisas Turísticas da Goiás
Turismo (DPES) junto aos meios de hospedagem através do Boletim da Ocupação Hoteleira
(BOH). Apesar de já ter avançado bastante desde o início de sua coleta (2010), o número de
BOHs enviados pelos municípios ainda não é suficiente para se afirmar que a amostragem está
em um nível de confiança desejado para projeções estatísticas, que é o que se está fazendo aqui.
Muitos municípios ainda não enviam o BOH, em alguns apenas um ou dois empreendimentos
enviam. Dos municípios abaixo listados, apenas Pirenópolis e a Cidade de Goiás têm um número
razoável de meios de hospedagem enviando BOH.
A terceira variável, a porcentagem do número de visitantes que se hospedam em pousadas, foi
gerada em alguns municípios pela pesquisa de perfil do visitante realizada em 2009 e 2010 pelo
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Em outros, buscou-se um
parâmetro através da consulta a pessoas que vivenciam, tecnicamente, o turismo nos municípios.
Diante do exposto, ressalta-se que a análise dos resultados apresentados deve ser feita ciente de
que podem ter uma significativa margem de erro. Apesar disto, optou-se por utilizá-los no intuito
de propiciar uma base para se analisar o fluxo de visitantes nos destinos.
Para os principais municípios do Polo, Pirenópolis e Cidade de Goiás têm os seguintes dados:
Tabela 7: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem em Pirenópolis
PÓLO DO OURO 2011
PIRENÓPOLIS
Taxa de Ocupação
Leitos
Hospedados
Fluxo de
Hospedes nos MH
Total de Visitantes
do Destino
Janeiro 35% 31.632 14.185 33.774
Fevereiro 22% 18.726 8.397 19.994
Março 24% 21.934 9.836 23.418
Abril 27% 24.218 10.860 25.857
Maio 20% 18.690 8.381 19.955
Junho 21% 18.867 8.461 20.145
Julho 41% 36.972 16.580 39.475
Agosto 30% 27.633 12.392 29.504
Setembro 23% 20.034 8.984 21.390
Outubro 21% 18.748 8.407 20.017
Novembro 23% 20.514 9.199 21.902
Dezembro 26% 23.618 10.591 25.216
Média / Total 26% 281.586 126.272 300.647
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
59
Fonte: Estimativa baseada na taxa de ocupação de seis meios de hospedagem e na pesquisa do IFG, 2011
A Tabela 8 apresenta a estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem na Cidade de
Goiás, segue a tabela 8
Tabela 8: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem na Cidade de Goiás
PÓLO DO OURO 2011
CIDADE DE GOIÁS
Taxa de Ocupação Hospedados Fluxo de
Hospedes nos MH
Total de Visitantes
do Destino
Janeiro 14% 4.372 1.829 5.380
Fevereiro 10% 2.885 1.207 3.550
Março 14% 4.606 1.927 5.668
Abril 25% 7.780 3.255 9.574
Maio 16% 5.098 2.133 6.273
Junho 36% 11.028 4.614 13.571
Julho 34% 10.910 4.565 13.427
Agosto 25% 7.941 3.323 9.772
Setembro 26% 8.177 3.421 10.063
Outubro 33% 10.541 4.410 12.971
Novembro 18% 5.484 2.295 6.749
Dezembro 20% 6.298 2.635 7.750
Média / Total 22% 81.119 35.615 104.749
Fonte: Estimativa baseada na taxa de ocupação de seis meios de hospedagem e na pesquisa do IFG, 2011
Não foram encontradas informações específicas sobre a taxa de ocupação para os demais
municípios do Polo do Ouro. No entanto, nota-se a presença de um perfil de turista
essencialmente da Região Centro-Oeste, com forte presença do próprio goiano, que se desloca
até os destinos deste Polo em veículo particular. É possível ainda detectar o papel de extrema
relevância que desempenha a cidade de Brasília para estes municípios, não apenas com o
próprio residente, mas também como ponto de partida de turistas de outras regiões que
encontram nesta cidade o aeroporto mais próximo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
60
Projeções de Demanda Futura
As estimativas relacionadas à demanda turística foram elaboradas a partir da estimativa do
número de visitantes do destino indutor do Polo (Pirenópolis) e da taxa geométrica de crescimento
projetada para o crescimento do turismo brasileiro (5,5%)2.
Levando-se em consideração a situação atual do Polo, foram utilizados três cenários para a
projeção: um otimista que assume o crescimento da atividade econômica igual à média brasileira
(5,5%); um moderado (4,0%); e um pessimista, bastante inferior à taxa média projetada para o
crescimento do turismo no Brasil.
Os cenários e as respectivas taxas de crescimento estão apresentados no quadro a seguir:
Tabela 9: Cenários e Taxas de Crescimento
CENÁRIO INDICADOR 2011 – 2016 2017 – 2022 2023 – 2028
Otimista Fluxo Turístico 5,5% 5,5% 5,5%
Moderado Fluxo Turístico 4,0% 4,0% 4,0%
Pessimista Fluxo Turístico 2,0% 2,0% 2,0%
Fonte: PDITS Polo do Ouro com base na metodologia utilizada pela Technum Consultoria para elaboração do PDITS do Polo das Águas Termais, 2009.
A partir desses dados elaboraram-se projeções de fluxo de turistas no Polo do Ouro, conforme
apresentado abaixo:
Tabela 10: Estimativa de Crescimento do Fluxo Turístico
ANO PESSIMISTA MODERADO OTIMISTA
2011 300.647 300.647 300.647
2012 306.660 312.673 317.183
2013 312.793 325.180 334.628
2014 319.049 338.187 353.032
2015 325.430 351.714 372.449
2016 331.939 365.783 392.934
2 Fonte: WTTC – Word Travel and Tourism Council/ Conselho Mundial de Turismo, 2007.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
61
2017 338.577 380.414 414.545
2018 345.349 395.631 437.345
2019 352.256 411.456 461.399
2020 359.301 427.914 486.776
2021 366.487 445.031 513.549
2022 373.817 462.832 541.794
2023 381.293 481.346 571.592
2024 388.919 500.599 603.030
2025 396.697 520.623 636.197
2026 404.631 541.448 671.187
2027 412.724 563.106 708.103
2028 420.978 585.630 747.048
Fonte: WTTC - World Travel and Tourism Council/Conselho Mundial de Viagens e Turismo, 2007.
3.1.2 Perfil Qualitativo da Demanda Atual
Os estudos existentes que traçam o perfil da demanda do Polo são pontuais. A partir das
entrevistas com os gestores públicos estaduais e locais e das entrevistas com os
empresários hoteleiros realizadas no ano de 2010 (primeira coleta de dados realizada pela FGV),
foi possível fazer uma delimitação inicial do Perfil Qualitativo da Demanda Atual do Polo do Ouro,
diante disso é possível afirmar que, de forma agregada para o Polo, predominam os visitantes na
faixa etária de 20 a 40 anos, de classes C e D, tendo como motivação da viagem a presença dos
patrimônios históricos e da rica natureza do local, em particular de toda a região do Parque
Estadual dos Pirineus e do Parque Estadual da Serra Dourada. Sendo assim fortemente
influenciada pela sazonalidade que determina as características das águas, conforme o regime de
chuvas – três a seis meses de seca no inverno e grande precipitação no verão.
A excessão a essa regra é o município de Abadiânia, devido caráter peculiar do seu turista
principal, com mais de 40 anos e com a motivação de viagem e participar dos rituais de cura da
Casa Dom Inácio. Também se verifica que nos destinos mais consolidados, Pirenópolis e Cidade
de Goiás, a renda dos turistas é maior que nos demais destinos, uma vez que também possui
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
62
infraestrutura mais sofisticada para atender esse tipo de turista, que deseja serviços mais
profissionais.
No que toca à distribuição dos mercados, o público pode ser classificado em estadual, regional e
nacional, com uma parcela muito pequena de mercado internacional registrada em Pirenópolis –
cerca de 8%, Cidade de Goiás – cerca de 3%, e com alta expressividade em Abadiânia – cerca de
69%, conforme serão detalhados em seguida.
Não há pesquisas que meçam o nível de valorização da qualidade da oferta atual e determinação
da imagem percebida da àrea turistica, em alguns municípios faltam também informações a
respeito da estrutura (composição) do gasto turístico, percepção da imagem da Área Turística
como é o caso de Jaraguá, Cocalzinho e Abadiânia. Com excessão de Abadiânia, que tem um
perfil totalmente diferente das demais cidades do Polo, pode-se fazer a correlação das
caraceristicas de Pirenópolis e Cidade de Goiás, principais municípios do Polo, com os demais
municípios, possibilitando perceber a similaridade do perfil da demanda. Não foram encontrados
registros de dados que possibilitem a definição das tendências de comportamento e hábitos de
informação e compra específicos para o Polo.
Mesmo assim, complementarmente, através da análise das pesquisas pontuais com alguns
municípios do Polo nota-se que a principal motivação das viagens para o Polo é o Lazer ligado ao
segmento cultural.
O SEBRAE realizou a pesquisa do Perfil do Turista e dos Segmentos de Oferta (2012), que tem
por objetivo identificar o Perfil do Turista de cada região brasileira em relação aos segmentos
ofertados e assim alcançar a eficácia das ações de marketing do turismo Brasileiro. Tendo em
vista o carater regional do turista do Polo do Ouro, serão utilizadas informações básicas para a
caracterização do Perfil do Turista.
O relatório da pesquisa analisou o perfil do turista em relação à perecepção, interesses e
impressões sobre viagens, regiões e motivações e apontou que existem vários grupos principais
que realizam estas viagens, para a análise do perfil do Polo retrataremos o recorte grupal formado
pelas pessoas ssoas que viajaram pelo menos uma vez nos ultimos 12 meses, pertencentes a
classes C e têm entre 25 – 45 anos. Este grupo apresenta sentimentos de valorização e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
63
reconhecimento da natureza e da diversidade cultural, deram pouco destaque para os aspectos
negativos, demonstram grande motivação em viajar.
O estudo também realizou análise das contribuições por segmento de turismo. Para o Segmento
Cultural, os entrevistados consideram que, no geral, o Turismo Cultural é uma modalidade “cara”
de turismo, foi ressaltada a percepção dos preços altos, embora exista o interesse pelo
enriquecimento pessoal e pela ampliação do conhecimento. A percepção de preço demonstrou
estar vinculada a ofertas e destinos tradicionais e consolidados, e também a espetáculos, shows e
festividades importantes do calendário cultural brasileiro, contudo, o reconhecimento para a
diversidade de opções do segmento foi freqüentemente citado como ícone nacional. A
diversidade cultural dos povos e das regiões do Brasil – identificada claramente pelos
consumidores – não produziu relações que ocasionassem percepção de maior valor (intangível)
em comparação ao impacto dos preços classificados como elevados. Outro tema apontado
em alguns discursos foi a sensação de superficialidade das vivências culturais – sentimentos de
pouca interação com as manifestações culturais, maior contato com o patrimônio imaterial e a
reprodução sistemática para comunicar uma cultura - influenciam na percepção de valor da oferta
cultural.
Adiante, separando por município do Polo, será feita uma caracterização mais específica do Perfil
Qualitativo da Demanda do Polo.
Perfil qualitativo da demanda turística na Cidade de Goiás
A Goiás Turismo, por meio da empresa De Fato, realizou pesquisa de caracterização da demanda
turística real na Cidade de Goiás no período de alta temporada no ano de 2012.
As coletas de dados foram realizadas entre os dias 22/07 e 26/07, porém, ainda não foram
disponibilizados os relatórios totais da mesma. Ainda assim, é possível utilizarmos os dados
parciais como subsidio para traçar o perfil do turista do município.
Todos os turistas entrevistados eram brasileiros, com residência permanente no país. Quanto ao
estado de origem, os dados são apresentados no gráfico a seguir:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
64
Gráfico 7: Estado de Origem
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
A maioria dos turistas brasileiros é do próprio Estado de Goiás, seguido dos que saem do Distrito
Federal e São Paulo. Consequentemente, Goiânia é o município que mais envia turistas à Cidade
de Goiás.
Gráfico 8: Município de Origem do Entrevistado
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
65
Gráfico 9: Quantidade de Homens e Mulheres Entrevistados
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
66
Gráfico 10: Idade dos Entrevistados
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
67
Gráfico 11: Motivação da Viagem
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Dos entrevistados, 80% são homens, a maioria com idade entre 20 e 40 anos, 61,82% vão ao
destino realizar atividades de lazer sendo, nessa categoria, atraídos principalmente pela as
atividades de natureza/ecoturismo (52,90%), conforme o Gráfico 12:
Gráfico 12: Principal Atrativo (Motivação-Lazer)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
68
A respeito da renda dos entrevistados temos:
Gráfico 13: Renda Mensal e Individual dos Entrevistados
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
69
Com relação ao nível escolar dos entrevistados:
Gráfico 14: Nível de Escolaridade dos Entrevistados
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
A maioria dos entrevistados (56,36%), já conhecia o destino e 21,82% se tratava de casais com
filhos. Todos os entrevistados pernoitaram no destino, e a maioria (20,81%) passou 7 noites no
destino.
Gráfico 15: Fontes de Informação sobre o Destino
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
70
Não foi relatada, por nenhum dos entrevistados, a utilização de serviços de agências para a
organização da viagem, 100% dos entrevistados utilizaram veículo próprio para chegar ao destino.
Gráfico 16: Tipo de Hospedagem Utilizada
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Chama a atenção que o tipo mais utilizado como meio de hospedagem foi a casa de amigos ou
parentes. Tal fato não contribui para o incremento da economia local.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
71
Gráfico 17: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Alimentação
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
72
Gráfico 18: Composição do Gasto Turístico - Gastos com Hospedagem
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Refletindo o dado anterior é altíssima a porcentagem de turistas que não gastam nada com
serviços de hospedagem no destino.
A pesquisa revelou, ainda, que a porcentagem de pessoas que não gastam com alimentação no
destino supera a daquelas que gastam, sendo que 23,64% dos entrevistados afirmaram tal
situação.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
73
Gráfico 19: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Atrativos e Passeios
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Gráfico 20: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Compras Pessoais
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
74
Gráfico 21: Composição do Gasto Turístico – Gastos com outros itens
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
As taxas de gastos com atrativos e passeios, compras pessoais e outros itens também registram
como majoritária a porcentagem de turistas que não gastam no destino.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
75
Gráfico 22: Composição do Gasto Turístico – Total de Gastos na Viagem
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Também foi perguntado aos visitantes se houve a intenção de ir a outra cidade em vez da Cidade
de Goiás, 76,36% dos entrevistados responderam que não e 23,64% respondeu que sim. Dentre
as cidades que poderiam ser destino no lugar da Cidade de Goiás estavam Pirenópolis (61,5%),
do mesmo Polo (Ouro), Aruanã (7,7%) do Polo do Vale do Araguaia. Outro dado relevante é que
70,91% dos turistas afirmaram terem tido suas expectativas atendidas plenamente, 16,36%
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
76
afirmaram que suas expectativas foram atendidas em partes e 10,91% que estas foram
superadas. Por fim, 98,18% dos entrevistados pretendem retornar ao destino.
Tabela 11: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Perfil qualitativo da demanda turística de Pirenópolis
Também através da empresa De Fato, foi realizada a pesquisa de caracterização da demanda
turística real no município de Pirenópolis nos períodos de alta e baixa temporada no ano de 2012.
As coletas de dados no período de alta temporada foram realizadas entre os dias 22/07 a 26/07, e
identificaram o perfil do turista de Pirenópolis. Todos os turistas entrevistados eram brasileiros,
com residência permanente no país. Quanto ao estado de origem, os dados são apresentados na
tabela a seguir:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
77
Gráfico 23: Estado de Origem do Turista de Pirenópolis
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
A maioria dos turistas brasileiros é do Distrito Federal, seguido dos que saem de Goiás, São
Paulo e Rio de Janeiro.
Gráfico 24: Gênero do Turista de Pirenópolis
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
78
Gráfico 25: Idade do Turista de Pirenópolis
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Dos entrevistados, 68,25% são homens e 82,4% vão ao destino realizar atividades de lazer
(Gráfico 26).
Gráfico 26: Motivação da Viagem
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
79
A respeito da renda dos entrevistados temos; Gráfico 27: Renda dos Entrevistados
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
80
Com relação ao nível escolar dos entrevistados:
Gráfico 28: Escolaridade dos Entrevistados
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
A maioria dos entrevistados já conhecia o destino e estava acompanhado por amigos e em
pequenos grupos geralmente (38% acompanhados de 2 pessoas e 23% em grupos de 3
pessoas). 99,2% os entrevistados pernoitaram no destino.
Gráfico 29: Fonte de Informações sobre o Destino
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
81
Gráfico 30: Caracterização do Grupo de Viagem
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Gráfico 31: Tamanho do Grupo
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
82
Gráfico 32: Utilização de Serviços de Agenciamento
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
É relevante o número de entrevistados que utilizou o serviço de agências para organizar a viagem
ao destino (96,03%), 97,02% utilizaram veículo próprio a maioria utilizou como meio de
hospedagem as pousadas.
Gráfico 33: Meio de Transporte Utilizado para Chegar ao Destino
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
83
Gráfico 34: Meio Hospedagem Utilizado
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
84
Gráfico 35: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Alimentação (R$)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
85
Observa-se no gráfico 35 um gasto relevante com alimentação no destino, 19,05% gastam
aproximadamente R$ 200,00 com este item.
Com relação aos gastos com transporte interno, 92,46% dos entrevistados relataram não ter
gastos. Esse dado reflete outra característica já citada, o grande numero de pessoas que utilizam
veículos próprios.
O índice de gastos com hospedagem varia muito, sendo que 23,02% dos entrevistados afirmam
não ter gastos com este item e os demais se dividem com gastos que variam entre R$40,00 e
R$2.000,00. Com relação ao item gastos com atrativos e passeios e com o item despesas
pessoais a maioria dos entrevistados também afirma não gastar nada.
Gráfico 36: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Transporte Interno (R$)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
86
Gráfico 37: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Hospedagem (R$)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
87
Gráfico 38: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Atrativos e Passeios (R$)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
88
Gráfico 39: Composição do Gasto Turístico – Gastos com Compras Pessoais (R$)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Gráfico 40: Composição do Gasto Turístico – Total de Gastos na Viagem (R$)
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
89
Quando se trata das tendências de valorização da qualidade da oferta atual e determinação da
imagem percebida da Área Turística, no caso de Alto Paraíso, a pesquisa traz a avaliação do
entrevistado quanto aos aspectos básicos do destino, conforme gráfico a seguir.
Tabela 12: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos
Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012
Também foi perguntado aos visitantes se houve a intenção de ir a outra cidade em vez de
Pirenópolis, 80,56% dos entrevistados responderam que não e 19,44% respondeu que sim.
Dentre as cidades que poderiam ser destino no lugar de Pirenópolis estavam Caldas Novas
(53,06%), pertencente ao Polo das Águas Termais, Chapada dos Veadeiros (14,29%) e Goiânia
(8,16%) que pertence ao Polo de Negócios e Eventos. Outro dado relevante é que 61,11% dos
turistas afirmou terem tido suas expectativas atendidas plenamente e 22,22% que estas foram
superadas. Por fim, 99,21% dos entrevistados pretendem retornar ao destino.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
90
Perfil Qualitativo da Demanda Turística de Corumbá de Goiás
A pesquisa3 encomendada pela Goiás Turismo para a elaboração do Plano Estadual de Turismo
traz informações quanto às tendências de comportamento e hábitos de informação e compra de
alguns dos municípios do Polo, dentre eles Corumbá de Goiás, mesmo não sendo tão atualizada,
esta é a pesquisa mais completa em termos de caracterização da demanda no município.
O apelo cultural traduz o produto de Corumbá que atrai, principalmente, a faixa etária de 22 a 40
anos (59,25%), seguida pela faixa etária de 16 a 21 anos (20,75%). As demais faixas são
residuais, indicativos de público jovem, com menor poder aquisitivo, apesar de dividido entre os
perfis de classes sociais. A hipótese se comprova ao analisar a renda e a motivação da viagem.
No primeiro caso, há predominância das faixas de renda entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 e entre
R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00 (21% para cada um). Porém, se somarmos o universo de
entrevistados que declararam renda de até R$ 1.000,00 esse percentual sobe para 41%. A
principal motivação de viagem é a realização de atividades turísticas (69,5%), seguido pelos
turistas que declararam estar apenas “de passagem” pelo município (19,75%). O motivo de
negócios obteve uma pequena participação das respostas de motivação para a visita (1,5%).
Gráfico 41: Perfil X Idade (%) Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
3 Esta pesquisa foi realizada no ano de 2007, financiada pelo Ministério do Turismo e coordenado pelo Instituto
Casa Brasil de Cultura. A empresa que executou a pesquisa foi a Brasil Central Turismo Responsável. Estas
informações foram levantadas com as agências de viagem e os hotéis nos municípios do Polo (com exceção de
Cocalzinho).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
91
Gráfico 42: Perfil X Renda (%) Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
Gráfico 43: Perfil X Motivação (%) Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
A distribuição dos mercados é fortemente concentrada no território regional/estadual (94,75%). O
mercado nacional é representado por 5,25% dos visitantes e não foram registradas presença de
estrangeiros.
Gráfico 44: Distribuição dos mercados Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
92
Uma informação relevante diz respeito ao gasto médio diário dos turistas no município. O grupo
que representa a maior parcela dos turistas, os oriundos do interior do Estado de Goiás, é
também o grupo que apresenta o maior gasto médio diário (R$ 74,21), seguido pelos turistas de
outros estados (R$ 72,50).
Gráfico 45: Gasto Médio Diário no município de Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
No período pesquisado o Tempo Médio de Permanência (TMP) no município de Corumbá de
Goiás foi predominantemente localizado na faixa de um a três dias (77%), com apenas 8,75% dos
entrevistados tendo declarado ficar no destino por tempo superior a esse.
Gráfico 46: Tempo médio de permanência no destino Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
Com relação ao local de hospedagem utilizado pelos turistas, percebe-se que a grande maioria
utilizou os serviços de hotel/pousada (32,5%), porém, chama a atenção o alto uso de
equipamentos de camping (28,75%) que pode ser explicado pelo perfil do público frequentador
jovem e com alto índice localizado na faixa etária dos 16 aos 21 anos. Também chama a atenção
a quantidade de turistas que declararam não estar hospedado na cidade (31%), revelando um
perfil de visitante que não pernoita no destino.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
93
Gráfico 47: Local de Hospedagem em Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
Por fim, a análise do item dos hábitos de viagem revela a predominância dos viajantes
acompanhados, sobretudo em grupos de amigos (27,5%) e família (23,5%). Também é expressiva
a quantidade de turistas que declararam viajar em casal (20,75%). Este perfil confirma
características associadas a jovens que prevalece no destino.
Gráfico 48: Hábitos de viagem dos turistas em Corumbá
Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2002.
Os municípios de Pirenópolis e Corumbá de Goiás são geograficamente próximos no Polo,
consequentemente a semelhança entre os dois destinos é bem significativa, sendo o perfil do
turista também bastante aproximado. Neste sentido, a caracterização do turista de Corumbá pode
ser agregada com a caracterização do perfil do turista de Pirenópolis.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
94
Perfil Qualitativo da Demanda Turística de Abadiânia
Para o município de Abadiânia foram utilizados os dados da pesquisa realizada pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Turismo local4. O público consumidor do produto de Abadiânia é
bem distinto dos demais destinos do Polo do Ouro, com uma análise de perfil bem peculiar.
Também está concentrado nos atrativos de apelo cultural, mas diferentemente do apelo do
patrimônio cultural e colonial, destaca-se pelo segmento religioso.
Principal motivo de visitantes em Abadiânia, a Casa Dom Inácio foi fundada por João Teixeira de
Faria, há mais de 30 anos, e tem funções de propiciar curas espirituais e caridade, através dos
dogmas da doutrina espírita. Este equipamento é responsável pela atração de cerca de 7.000
pessoas por semana ao município de Abadiânia, segundo dados da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Turismo.
A presença no município da Casa Dom Inácio, um centro de cura espiritual alternativo - atrai,
principalmente, a faixa etária de 40 a 60 anos (42%), sendo a maioria turistas estrangeiros. As
demais faixas são equilibradas, indicativos de público variado, mas com poder aquisitivo
concentrado entre os perfis de classes sociais. A hipótese se comprova ao analisar a renda e a
motivação da viagem. No primeiro caso, há concentração das faixas de renda maiores e maior
concentração dos visitantes em classes A e B, fato explicado pela motivação religiosa (outros).
4 Não existem informações sobre metodologia, período de aplicação e número de respondentes para a pesquisa. Da
mesma forma, não existem informações sobre gastos, tempo de permanência, hospedagem e hábitosde viagem dos
turistas.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
95
Gráfico 49: Perfil X Idade Abadiânia
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010
Gráfico 50: Perfil X Renda Abadiânia
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
96
Gráfico 51: Perfil X Motivação Abadiânia
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010
A distribuição dos mercados é fortemente concentrada nos visitantes internacionais (69%). Ao
contrário dos demais destinos do Polo, o território regional/estadual é reduzido (16%). O mercado
nacional é representado por 15% dos visitantes.
Gráfico 52: Distribuição dos mercados Abadiânia
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010
Apesar de não existirem dados acerca do tempo médio de permanência no destino, as entrevistas
com os gestores e empresários locais apontam para uma média de cinco dias de permanência,
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
97
em função da espera para atendimento na Casa Dom Inácio e do tempo de tratamento
necessário. Esse potencial é pouco explorado e o município ainda não conseguiu aproveitar este
perfil diferenciado de turista para alavancar a atividade turística.
A especificidade do turismo em Abadiânia não permite especificar ou correlacionar o Perfil do
Turista do município. Não há dados que dimensionem o comportamento, hábitos de informação e
compra da viagem, composição dos gastos turísticos e da valorização da qualidade da oferta atual
e determinação da imagem percebida da área turistica.
Perfil Qualitativo da Demanda Turística de Jaraguá
É possível desenvolver um contexto qualitativo para a demanda em Jaraguá, baseado nas
informações da Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo, da Pesquisa de Competitividade da
FGV e das oficinas dos PDITS.
O público consumidor do produto de Jaraguá não aparece bem distribuído pelos atrativos. Há
forte concentração na área de negócios e pouca procura pelos atrativos naturais, pois ainda estão
em fase de amadurecimento enquanto produto. O maior apelo para o deslocamento a este
município é o Polo Têxtil, de acordo com informações levantadas durante a realização do trabalho
de campo, e está ligado ao perfil dos comerciantes, atraindo as faixas etárias de 40 a 60 anos.
Estes números são indicativos de público maduro e de melhor poder aquisitivo, importante para o
crescimento do destino turístico. Apesar disto, o município possui atrativos naturais ainda
inexplorados que podem ser estruturados para a prática do Ecoturismo.
A hipótese poderá ser comprovada ao analisar, futuramente, os dados de renda e a motivação da
viagem. Estima-se que haja concentração de motivo de viagem a Negócios, dando mais
dinamismo às características dos diversos destinos do Polo do Ouro.
Perfil qualitativo da demanda turística de Cocalzinho
Assim como Jaraguá, ainda não existem dados de perfil turístico para Cocalzinho, porém, é
possível desenvolver um contexto qualitativo, se baseado nas informações de Pirenópolis. Ou
seja, uma vez considerado o público alvo do Parque Estadual dos Pirineus, pode-se inferir que o
perfil turístico seja o mesmo da cidade vizinha (detalhado em páginas anteriores).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
98
Por meio da visão geral dos dados colhidos para a delimitação do Perfil do Turista do Polo do
Ouro, percebe-se a concentração de dados para o município de Pirenópolis e Cidade de Goiás.
Há uma carência de dados mais específicos dos demais municípios do Polo, fato que demonstra a
necessidade de fortalecimento do IPTur (Instituto de Pesquisas Turísticas do Estado de Goiás.
3.1.3 Balanço das Campanhas de Promoção
Neste tópico deverá ser realizada a análise das campanhas de promoção sob a ótica da
demanda, essencialmente analisando a imagem projetada do destino no mercado nacional e
internacional e os produtos mais comercializados atualmente. No item 3.3.6. deste relatório
(Sistema de Promoção e Comercialização) será analisado o tema sob a ótica da oferta, o que
consiste em apurar quais os produtos ofertados nos mercados nacional e internacional
atualmente, quanto se tem investido nestas campanhas de promoção e quais os canais de
marketing utilizados. Desta forma, a visão sobre o tema contemplará tanto a imagem do destino
percebida pelo mercado (ótica da demanda), quanto a visão da imagem e posicionamento de
mercado pretendido pelos destinos componentes do Polo (ótica da oferta).
Segundo o Plano Cores do Brasil do Ministério do Turismo, o destino da Região Centro Oeste
mais comercializado nacionalmente é Caldas Novas/GO e Rio Quente/GO, mesmo assim este
destino é apenas o 17º mais comercializado nacionalmente. Não foi registrada a comercialização
dos destinos do Polo do Ouro. Este resultado já era de se esperar em função do caráter regional
do turismo na região e também devido à falta de investimentos na promoção e comercialização
dos atrativos turísticos do polo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
99
Gráfico 53: Cinco Pacotes Turísticos mais vendidos no Brasil
Fonte: Plano Cores do Brasil, Ministério do Turismo, 2005.
Do ponto de vista do mercado internacional, o Rio de Janeiro é o destino mais visitado do Brasil.
Segundo o Plano Aquarela, este destino é, juntamente com Petrópolis, o mais comercializado
pelos operadores internacionais, seguido por destinos como Recife, Salvador, e Foz do Iguaçú.
Não existem referências a um destino localizado no Estado de Goiás.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
100
Gráfico 54 – Presença do Produto Brasil nos catálogos das operadoras internacionais
Fonte: Plano Aquarela, Ministério do Turismo, 2007
Esses resultados demonstram o caráter incipiente e fortemente regional da atividade turística na
região. É importante que o Governo de Goiás invista na estruturação dos produtos turísticos e na
promoção e comercialização destes destinos visando a ampliação do fluxo de pessoas, a partir da
maior presença nas prateleiras de comercialização das grandes operadoras nacionais, ampliando
o raio de atuação deste Polo, mesmo que para outros Estados vizinhos.
3.1.4 Identificação dos Segmentos e Portfólio de Produtos
A partir do diagnóstico realizado e da atual oferta de atrativos concentrados nos municípios que
compõem a região, é possível concluir que o Polo do Ouro concentra atrativos mais consolidados
no segmento cultural, para os quais há evidente fluxo turístico, inclusive a Casa Dom Inácio. Há
ainda atrativos naturais preservados – como o Parque Estadual dos Pirineus e o Parque Estadual
da Serra Dourada, que possuem evidente fluxo turístico regional, mas com potencial de
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
101
comercialização pouco explorado nos mercados nacional e internacional para os segmentos de
aventura e ecoturismo.
Tabela 13 – Identificação dos Segmentos no Polo do Ouro
Período Segmentos a serem Trabalhados
Segmento Consolidado Cultural
Segmentos - curto prazo (0 a 2 anos) Cultural/Ecoturismo
Segmentos - médio prazo (2 a 5 anos) Ecoturismo
Segmentos - longo prazo (5 a 10 anos) Aventura
Fonte: FGV, 2010
Tabela 14: Principais atrativos Polo do Ouro:Situação Atual
Tipo de
motivação Principais Atrativos do Polo Pontos fortes Pontos críticos
Turismo
cultural
Pirenópolis
- Centro Histórico (Igreja de Nosso
Senhor do Bonfim, Igreja de Nossa
Senhora do Carmo, Theatro
Pirenópolis)
Cidade de Goiás
- Centro Histórico (Igreja de São
Francisco, Museu de Arte Sacra, Centro
Cultural Goiandira do Couto)
- Casa de Cora Coralina
- Patrimônios da
União e da
Humanidade
(UNESCO)
- Preservados
- Fluxo de visitantes
- Conservação
- Infraestrutura turística
Ecoturismo
Pirenópolis
- Parque Estadual dos Pirineus
Cidade de Goiás
- Parque Estadual da Serra Dourada
-Vegetação
(Cerrado)
- Preservado
- Acesso
- Infraestrutura turística
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
102
Tipo de
motivação Principais Atrativos do Polo Pontos fortes Pontos críticos
Corumbá de Goiás
-Salto de Corumbá
Turismo de
saúde ou
religioso
Abadiânia
- Casa Dom Inácio
- Fluxo de visitantes
- Atrativo para
outros produtos
- Capacidade limitada de
desenvolvimento
enquanto produto
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
3.2 Análise da Demanda Potencial
O produto turístico do Polo do Ouro, como já mencionado, apoia-se em dois pilares básicos: o
patrimônio histórico das cidades de Pirenópolis, Cidade de Goiás e Corumbá de Goiás, e na
exuberância da natureza local, sobretudo nos destinos de Abadiânia, Jaraguá e Cocalzinho. A
situação geográfica privilegiada, fronteira com o Distrito Federal, um dos principais polos
emissores de turistas do país, do terceiro maior aeroporto nacional em movimentação de
passageiros, torna o acesso a este território bastante facilitado e convidativo. Ao mesmo tempo,
sua localização central no Estado de Goiás permite o deslocamento desde a sede estadual,
Goiânia, que dista 127 km de Pirenópolis e 143 km da Cidade de Goiás, facilitando o acesso dos
turistas em veículos particulares ou mesmo em ônibus de linha comercial ou turístico.
As informações disponíveis sobre a atividade turística no Polo do Ouro não nos permitem
projeções acuradas sobre a demanda turística potencial específica. No entanto, é necessário,
possível e importante destacar alguns estudos mais amplos na tentativa de dimensionar a
demanda potencial para o Polo.
Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM levantou os
segmentos preferidos pelo mercado nacional. Entre os segmentos podem ser destacados: sol e
praia (classificado em 1º lugar), pesca, ecoturismo e circuitos histórico-culturais. Nestes termos,
uma fatia das preferências do mercado nacional pode ser direcionada para o Polo do Ouro,
ampliando consideravelmente a demanda.
Soma-se a esse panorama favorável ao crescimento do turismo na região a localização
privilegiada que o Estado de Goiás tem em relação aos demais Estados brasileiros e a
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
103
proximidade com o Aeroporto Internacional de Brasília, que o coloca mais perto dos emissores
internacionais.
O principal estudo de caracterização e dimensionamento do mercado turístico nacional é realizado
pela FIPE a partir de demanda do Ministério do Turismo. Trata-se de uma pesquisa que tem como
universo a população residente em domicílios permanentes e urbanos no Brasil, pertencente aos
grupos de renda, classificados segundo os seguintes estratos: de 0 a 4 salários mínimos; de 4 a
15 salários mínimos; e mais de 15 salários mínimos por Unidades da Federação e por estratos de
capital e interior. A última pesquisa de uma série que se iniciou em 1998 foi realizada em 2007
(FIPE, 2009).
A FIPE analisa o mercado de turismo categorizando-o em dois tipos de viagens: domésticas e
rotineiras. Viagens domésticas são viagens não rotineiras realizadas dentro do território nacional,
com no mínimo um pernoite. São consideradas viagens rotineiras aquelas que se realizam com
regularidade a uma mesma destinação com um limite mínimo de 10 vezes de frequência ao
mesmo destino no ano. O dimensionamento do mercado é feito a partir do número de
consumidores de turismo multiplicado pela média de viagens/ano por domicílio com propensão a
viajar. Alguns dos parâmetros gerados pela pesquisa FIPE (2009) são:
Tabela 15: Principais Parâmetros das Viagens Rotineiras e Domésticas
Domicílios Urbanos – Viagens Rotineiras
Domicílios com Propensão a Viajar 8%
Média de Viagens por Domicílio 19,1
Pessoas que Viajam por Domicílio 2,14
Domicílios Urbanos – Viagens Domésticas
Domicílios com Propensão a Viajar 38%
Número Médio de Pessoas que Viajam por Domicílio 2,7
Número Médio de Viagens Realizadas por Domicílio 3,24
Viajam por Lazer 80%
Viajam a negócios 9%
Viajam Outros 10%
Fonte: FIPE, 2009
Os parâmetros foram gerados a partir de amostragem que permite uma estatística nacional, não
havendo um desmembramento dos dados a nível estadual. No entanto, diante da necessidade de
se dimensionar o mercado potencial dos destinos de Goiás, estes parâmetros serão utilizados
para realizar um cruzamento com os dados do Censo de 2010 (IBGE, 2011). Diante deste fato,
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
104
ressalta-se que os dados gerados a partir desta análise devem ser utilizados com a devida cautela
por apresentarem margem de erro de difícil dimensionamento.
A tabela 16 apresenta os resultados da pesquisa FIPE, demonstrando o total de viagens rotineiras
e de turistas e viagens domésticas geradas em 2007 no Distrito Federal, em Minas Gerais e em
São Paulo, que são os principais emissores de turistas para Goiás. Outro dado relevante
apresentado pela pesquisa é a quantidade destas viagens que tiveram Goiás como destino.
Tabela 16: Viagens Rotineiras e Domésticas: total e participação de Goiás (2007)
Viagens
Rotineiras Destino Goiás Turistas
Domésticos Viagens
Domésticas Destino Goiás
Distrito Federal 1.401.000 897.000 64,0% 959.000 2.339.000 654.000 28,0%
Minas Gerais 12.241.000 295.000 2,4% 7.088.000 25.144.000 1.648.000 6,6%
São Paulo 46.879.000 368.000 0,8% 15.709.000 50.780.000 402.000 0,8%
Fonte: FIPE, 2009
Os dados da Tabela 16 demonstram que embora a participação de Goiás no mercado de Brasília
seja satisfatória, nos mercados de Minas Gerais e São Paulo ela ainda pode ser ampliada. Como
exemplo, apenas 6.6% dos mineiros e 0,8% dos paulistas optou por Goiás como o destino para as
viagens domésticas, enquanto que somente 2,4% dos paulistas e 0,8% dos mineiros o fizeram
para viagens rotineiras.
Devido às características das viagens rotineiras, é mais complexo ampliar este volume. No caso,
destinos em Goiás mais próximos a estes estados, como a Região das Águas, teriam maior
capacidade de ampliar e explorar mais o mercado de viagens rotineiras.
No caso das viagens domésticas, turistas de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo,
representam cerca 81,7% do fluxo para o Estado. Minas é o maior emissor para Goiás,
representando quase 32% do número de viagens domésticas realizadas, enquanto que São Paulo
representa quase 8% do total. Diante deste quadro, o que se apresenta enquanto perspectiva
para o Estado de Goiás são as regiões aqui analisadas é:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
105
Há potencial para ampliar a diversidade de mercados, já que o atual está
concentrado em praticamente quatro Estados, incluindo Goiás;
Há potencial para se ampliar a participação no total de viagens originadas nos
estados de Minas Gerais e São Paulo;
Baseado nos dados de 2007, cada 1% de aumento na participação de Goiás no
mercado emissivo de viagens domésticas de São Paulo significa o incremento de 500.000
viagens domésticas, o equivalente a 10% de todo o fluxo de viagens domésticas para o
Estado naquele ano;
Da mesma forma, a cada 1% de aumento na participação de Goiás enquanto
destino dos turistas mineiros, haveria o incremento de 5% do fluxo total para o Estado;
Uma maior participação de Goiás no mercado destes dois estados provavelmente
representará acréscimo de fluxo em todos os três Polos, já que os produtos dos mesmos
se encaixam nos perfis de viajantes paulistas e mineiros; e
Se considerarmos que nos últimos anos houve crescimento significativo do
mercado de turismo no Brasil, estes números podem ser ainda mais significantes.
A partir dos parâmetros da FIPE, utilizando-se o número dos domicílios urbanos nas microrregiões
do Estado de Goiás e de um ajuste nos números para balancear a projeção com o crescimento
populacional entre 2007 e 2010, estimou-se a quantidade de turistas para o Polo do Ouro.
A tabela 17 demonstra que há um potencial de cerca de 260.000 turistas rotineiros e 950.000
turistas domésticos nas microrregiões mais próximas e que apresentam identidade com o Polo do
Ouro.
Tabela 17: Estimativa de mercado para o Polo do Ouro.
Microrregião
ROTINEIRAS DOMÉSTICAS Motivo da Viagem Doméstica
Turistas Viagens Turistas Viagens Lazer Negócios Outros
Anápolis 31.090 593.820 114.564 371.189 298.065 28.018 2.886
Anicuns 6.177 117.983 22.762 73.749 59.221 5.567 573
Ceres 12.316 235.229 45.382 147.038 118.072 11.099 1.143
Entorno de Brasília 53.319 1.018.386 196.475 636.579 511.173 48.050 4.949
Goiânia 129.685 2.476.978 477.878 1.548.326 1.243.306 116.871 12.038
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
106
Meia Ponte 21.365 408.079 78.730 255.085 204.833 19.254 1.983
Rio Vermelho 4.427 84.547 16.312 52.850 42.438 3.989 411
TOTAL 258.378 4.935.022 952.104 3.084.816 2.477.107 232.848 23.983
Fonte: DPES – Goiás Turismo, 2012
Dados da FIPE demonstram que 67,4% dos goianos realizam suas viagens rotineiras no próprio
estado. Demonstram também que, no Brasil, cerca de 60% dos turistas de viagens rotineiras se
hospedam na casa de amigos ou parentes. Diante deste quadro:
As microrregiões apresentam um potencial de cerca de 170.000 turistas de viagens
rotineiras (67,4% do total);
Em se considerando que viajantes que visitam amigos e parentes (60%) já têm um
destino fixo, infere-se que os 40% restantes, ou 68.000 turistas são o mercado potencial
de turistas que realizam viagens rotineiras; e
Aplicando-se os mesmos parâmetros, estes 68.000 turistas vão gerar em torno de
1,3 milhões de viagens rotineiras por ano.
No caso das viagens domésticas, os dados da FIPE demonstram que 29,3% dos goianos realizam
suas viagens domésticas no próprio Estado. Demonstram também que, no Brasil,
aproximadamente, 55% dos turistas de viagens domésticas se hospedam na casa de amigos.
Diante deste quadro e considerando-se apenas turistas que viajam a lazer:
As microrregiões apresentam um potencial de cerca de 276.000 turistas de viagens
domésticas (29% dos que viajam a lazer);
Em se considerando que viajantes que visitam amigos e parentes (55%) já têm um
destino fixo, infere-se que é de 125.000 o mercado potencial de turistas que realizam
viagens domésticas; e.
Aplicando-se os mesmos parâmetros, estes 125.000 turistas vão gerar cerca de
320.000 viagens domésticas por ano.
O Estudo de Imagem e Mercado desenvolvido para o município de Pirenópolis, e financiado pelo
SEBRAE Goiás, no ano de 2008, apresentou a visão do Trade Turístico Brasileiro, através de
aplicação de pesquisa de opinião com 210 agências e operadoras de turismo, das cinco regiões
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
107
do país. Do total das entrevistadas, apenas 36% delas tinham conhecimento sobre o Estado de
Goiás. E a maior parte dos que informaram conhecer, o fez porque estabelecia associação das
informações sobre o Estado ao destino turístico de Caldas Novas.
Aproximadamente, 43% dos entrevistados não responderam ou não sabiam por que não
comercializavam os produtos turísticos de Goiás, a explicação mais plausível é a falta de
demanda. Na entrevista ficam evidente que as dificuldades estão na desinformação, na ausência
de produtos formatados em pacotes turísticos, no desconhecimento dos destinos turísticos do
Estado, fatores que dificultam e ou limitam efetivamente a comercialização junto ao consumidor
final. Não há divulgação e, consequentemente, não há demanda. Presença dos destinos turísticos
de Goiás no portfólio das agências e operadoras: 40% Caldas Novas; 33% Goiânia; 15% Rio
Quente Resort; 3% Pirenópolis, 2% Chapada dos Veadeiros; 1% Cidade de Goiás.
A pesquisa procurou mapear a visão do trade turístico brasileiro em relação aos segmentos de
interesse, 64% dos entrevistados colocam como comercializadoras de produtos no segmento de
ecoturismo. O Estado de Goiás, e em particular Pirenópolis, possui imenso potencial para atender
as expectativas deste mercado.
Em relação ao turismo cultural, 65% informou que comercializa produtos que possuam atrativos
de caráter cultural. O turista atual não apenas procura por lazer, aventura e descanso; o destino
turístico que possui condições de oferecer identidade, agregar elementos singulares, obterá
maiores possibilidades de êxito junto ao consumidor final. Pirenópolis e a Cidade de Goiás
possuem grande acervo cultural, com seus sítios históricos, gastronomia própria, festas
populares, elementos que ajustam aos quesitos básicos deste segmento.
Essa mesma pesquisa identificou os mercados concorrentes para o Polo com posicionamento
consolidado, imagem turística definida e identidade focada em turismo cultural – Salvador: Ouro
Preto; Paraty; Tiradentes; Petrópolis; Campos do Jordão; e Diamantina; bom como Lençóis na
Chapada Diamantina pela combinação de ecoturismo/aventura, mas com uma marca de cidade
patrimônio; e, por fim, Bonito como destino referência em ecoturismo/aventura.
O Estudo de imagem realizado pelo SEBRAE Goiás 2012, para região turística Reserva da
Biofesra Goyaz, reuni duas pesquisas sobre demanda potencial, com foco no turismo na natureza:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
108
Estudo de Mercado do Turismo Sustentável da Amazônia Legal – Proecotur/Ministério do Meio
Ambiente 2008 e Perfil do turista de aventura e de ecoturista no Brasil – ABETA, 2010.
As viagens de natureza combinam interesses e motivações de diferentes segmentos que
envolvem atividades ao ar livre e em ambientes naturais, como o sol e praia. De acordo com a
pesquisa da Amazônia Legal, o total de viagens internacionais em 2008 demonstra que os
maiores mercados emissores para este tipo de turista são: Alemanha e Estados Unidos
respectivamente. Já em relação ao segmento, os países mais expressivos são: Alemanha,
Canadá, Inglaterra e França.
A pesquisa apresenta também as atividades que os turistas americanos realizaram em suas
viagens de férias internacionais, entre 1996 a 2006. Em 2006 foram estimadas 24 milhões de
viagens, as excursões ecológicas foram as atividades que mais cresceram em 10 anos.
Perfil do turista por mercado
Internacional
América do Norte
+ 50% são mulheres;
50% tem idade inferior a 35 anos e 30% tem entre 35 a 54 anos;
46% tem formação universitária; e
29% das residências têm crianças.
Europa
52% são mulheres;
50% têm menos de 35 anos;
51% vivem em grandes cidades;
30% das residências têm crianças; e.
Preferências: pesca, observação de pássaros, pesquisa de plantas e trekking.
Nacional
A pesquisa indica que 62% dos turistas de natureza têm até 39 anos;
73% tem formação superior;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
109
O turista de natureza pode viver sozinho, mas prefere viajar acompanhado de
familiares e amigos;
86% dos turistas de natureza são de classe A e B – Pirâmide social IBGE;
O carro é o meio de transporte utilizado pela maioria dos turistas de natureza;
91% diz que viaja, principalmente, nas férias;
Os turistas de natureza preferem situações de ócio e que envolvem aspectos
culturais;
A água é o elemento mais valorizado pelo turista de natureza, seguido pelos
aspectos culturais que envolvem o destino;
Segundo a pesquisa, a melhor região para viagens de natureza é o Nordeste,
seguido pelo Sudeste. O Centro Oeste apresentou apenas 13% da preferência dos
turistas do segmento; e
A web é o principal meio para informação sobre viagens e também para a compra
de serviços turísticos.
O estudo apresenta também os produtos ou destinos presentes nos catálogos das empresas
filiadas à Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA), que juntas respondem
por cerca de 85% dos pacotes turísticos comercializados no país, além dos estandes de venda na
feira da ABAV 2011 e os sites. Goiás está presente em, aproximadamente, 20% dos catálogos,
apenas com 2 destinos, Rio Quente Resorts e Chapada dos Veadeiros, sendo este último um
destaque entre as ofertas especializadas de ecoturismo.
Com base nos dados da ABETA e Ministério do Turismo, o turista de aventura gasta em média
R$ 293,00 diariamente, e o turista doméstico de lazer R$ 48,34. A estimativa de gasto médio do
turista de natureza e predominante regional é de R$ 120,00.
Principais Mercados concorrentes
Segundo o Estudo de Imagem e Mercado desenvolvido para o município de Pirenópolis, e
financiado pelo SEBRAE Goiás no ano de 2008, os destinos de turismo cultural no portfólio das
210 agências e operadoras entrevistadas: 32% Minas Gerais; 31% São Paulo; 7% Salvador; 5%
Europa; 3% Rio de Janeiro; 3% São Luiz; 2% Petrópolis; 1% Blumenau; 1% Brasília; 1% Cidade
de Goiás; 1% Recife; 13% outros.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
110
Considerando o estudo do Ministério do Turismo, Plano Aquarela 2004 - 2010 (diretrizes para
promoção internacional), destacam-se no Brasil quatro destinos ou produtos posicionados no
segmento de ecoturismo ou turismo de natureza: Cataratas de Foz do Iguaçu, inclui como
destinos líderes do receptivo internacional e o mais visitado destino de natureza do país; Pantanal
Matogrossense está entre os destinos líderes de natureza do Brasil, atraindo brasileiros e
estrangeiros; Amazônia é considerada internacionalmente como um dos santuários naturais do
planeta; e Fernando de Noronha, destino que combina perfeitamente a imagem de natureza com
ofertas de sol, praia e aventura.
Expansão da Demanda
No tocante à expansão da demanda, como apontado pelo relatório do World Travel Market, 2008,
a ascensão, na América Latina, de um expressivo contingente para a classe média, associado a
taxas de juros menores, que facilitam o financiamento das viagens, respondem pela expansão do
turismo na região, tanto a nível interno, como externo.
A expansão do turismo no Brasil se inscreve nesse quadro, associado ainda a uma política
consistente do Ministério do Turismo, conduzida nos últimos anos, que inclui, para o mercado
interno, ações como o lançamento de pacotes diferenciados com preço promocional e ações de
incentivo, por exemplo, para a terceira idade, que trouxeram um novo público consumidor para o
mercado turístico nacional e ampliaram a demanda do mercado já existente.
De acordo com pesquisa5 da FGV, publicada em março de 2009, 66% do empresariado nacional
do turismo, distribuído pelos diferentes segmentos, tem uma percepção positiva do setor e uma
expectativa de crescimento.
Como não há registro de fluxo para os destinos aqui analisados, não é possível fazer uma
projeção numérica. Mas, considerando-se as análises do cenário brasileiro, sabe-se que as
tendências apontam para o crescimento e que medidas precisam ser tomadas para que este se
dê de forma sustentável.
Porém, os números apresentados pelo Ministério do Turismo podem apontar a tendência de
crescimento do fluxo de pessoas nos mercados nacionais. Analisando a Tabela 18. percebe-se
5 Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, 2009.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
111
que os maiores emissores para o destino do Estado de Goiás são os Estados de MG, SP e o DF,
além do próprio Estado de GO. No entanto, apenas 3,3% dos viajantes nacionais se destinaram
ao Estado. A figura apresenta os Estados de SP, MG e RJ como os principais destinos de turistas
e os estados de SP, MG e RS como os principais emissores de turistas. Desta forma, é possível
que, a partir da análise dos dados apresentados pelo MTur, possa se traçar um perfil do turista
que atualmente já se destina ao Estado de Goiás e verificar o potencial para ampliar esse fluxo de
pessoas.
Sendo assim, pode-se concluir que existe uma considerável demanda latente para ampliação da
participação de mercado do destino, junto aos turistas dos Estados de MG, SP, RS e DF. Esta
demanda poderá significar um grande aumento de fluxo de turistas no curto prazo e também
poderá contribuir de forma significativa para o amadurecimento do destino e veiculação do Polo
do Ouro nas prateleiras dos principais operadores turísticos nacionais.
Os principais fatores limitantes da demanda potencial para estes destinos no Polo do Ouro são: (i)
para acessar os municípios, o turista deve, necessariamente, se deslocar por meio terrestre, uma
vez que não existe aeroporto local no Polo. Este deslocamento, apesar de em distância não muito
longa, é um fator limitante da demanda; (ii) as agências e as operadoras turísticas não ofertam o
produto, sobretudo devido à falta de infraestrutura nos atrativos para receber os visitantes. O
Parque Estadual dos Pirineus é um exemplo deste grande potencial inexplorado devido à
insuficiente infraestrutura turística; (iii) existe uma dificuldade em se acessar informações oficiais
sobre a região, principais atrativos e divulgação oficial dos destinos. Apesar de fazer parte dos
materiais promocionais oficiais do Governo Estadual, ainda existe pouca informação adicional às
agências e na internet.
Sobre os padrões de qualidade mínimos a serem respeitados durante a experiência turística,
incontestavelmente, deve haver uma dedicação no sentido de otimizar os benefícios baseados
numa maior eficiência na prestação dos serviços, a fim de obter a satisfação do visitante e do
residente. Deve-se considerar a qualidade dos serviços de todo o sistema turístico do Polo.
Pautado em três variáveis básicas, qualidade dos serviços, dos produtos turísticos e um preço
acessível, o desenvolvimento da atividade turística se pauta no sentido de alcançar a satisfação
da demanda. Face à atual competitividade em todos os campos da atividade turística, o diferencial
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
112
é a qualidade na prestação dos serviços. O preço e a relação entre ambos, são as variáveis
fundamentais que determinam a eleição de um destino.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
113
Tabela 18 - Quadro de Origens e Destinos dos Fluxos de Turistas das Viagens Domésticas, por UF (em%)
Fonte: Ministério do Turismo, 2009
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
114
3.3 Análise da Oferta Turística no Polo
A análise da oferta turística realizada neste tópico do relatório contempla o detalhamento dos
seguintes itens:
Análise das condições atuais dos atrativos turísticos do Polo;
Identificação e análise da oferta de equipamentos turísticos atuais (serviços e
equipamentos turísticos), abrangendo as seguintes dimensões:
Hotelaria (dados secundários);
Capacidade, número de quartos e número de leitos (dados secundários);
Número de empregos gerados pela atividade do turismo (dados secundários);
Taxas de ocupação; e
Nível de investimento e ritmo histórico;
Identificação dos principais sistemas de promoção e comercialização; e
Identificação da necessidade de capacitação de mão - de - obra para o turismo
3.3.1 Análise dos Atrativos Turísticos do Polo do Ouro
O diagnóstico dos produtos e atrativos turísticos localizados no Polo do Ouro implica em
priorização de alguns destinos. Como já destacado na etapa Justificativa da Seleção da Área
Turística deste documento, Pirenópolis e Cidade de Goiás já apresentam maior nível de
desenvolvimento do produto turístico. Este estágio é resultante, em parte, dos títulos de
patrimônios da União e da Humanidade, que geram evidente visibilidade nos mercados nacionais
e internacionais. O município de Jaraguá está em fase de consolidação de sua oferta, atualmente
ligada ao turismo de negócios e de aventura.
A cidade de Pirenópolis é o principal destino do Polo do Ouro. Sua proximidade com Brasília e
sua herança histórica, são recursos que a colocam como concentradora de investimentos em
Turismo. Possui uma diversidade de características que a tornam o mais importante destino da
região e entre os quatro mais importantes destinos de Goiás (Pirenópolis, Caldas Novas, Goiânia
e Alto Paraíso). Alia o seu conjunto urbanístico e arquitetônico, sua história centenária e atrativos
naturais de rara beleza cênica a um volume expressivo de oferta de serviços de hospedagem,
alimentação, atividades (turismo de lazer, natureza e aventura) e compras.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
115
Seguindo a característica principal do Polo do Ouro, a Cidade de Goiás também é rica em
Patrimônio Histórico Cultural e oferece, paralelamente, atrativos naturais que servem para compor
os modelos de venda de produtos turísticos e aumentar o tempo de estada dos visitantes na
cidade ou região.
O destino é um dos mais ricos em conservação do patrimônio da região do ouro e busca
posicionamento no mercado por meio de priorização de seu produto turístico cultural. Sua
demanda é regulada por eventos e feriados, tendo a sazonalidade como seu principal desafio.
Os municípios de Abadiânia, Corumbá e Cocalzinho, têm influência regional complementar por
possuírem produtos muito específicos, como a questão religiosa espiritualista em Abadiânia.
No entanto, a maioria dos produtos turísticos precisa de ajustes de infraestrutura e qualidade para
suprir o potencial aumento da demanda. No diagnóstico a seguir, foram avaliados dados de oferta
segundo as principais fontes de turismo a nível Estadual e Federal, além de visitas de campo. As
informações serão divididas por destino turístico e utilização dos mesmos critérios de divisão do
Anexo A do Termo de Referência. Há dados não presentes em alguns municípios, fazendo com
que a identidade turística do Polo do Ouro fique mais ajustada segundo as características de seus
principais destinos – Pirenópolis e Cidade de Goiás.
3.3.1.1 Análise dos Atrativos Naturais do Polo do Ouro
A cidade de Pirenópolis concentra um representativo acervo de igrejas, monumentos e praças em
um conjunto arquitetônico caracterizado pela história e cultura da região do Ouro. Sendo assim,
os atrativos naturais não são o principal objetivo dos visitantes, mas oferecem uma boa alternativa
para composição do mix de produtos de lazer no destino. Parques e Reservas Ambientais
Patrimoniais destacam-se neste quesito.
A pequena cidade de Cocalzinho apresenta grande potencial turístico pelos atrativos naturais, em
especial o Parque Estadual dos Pirineus. Para os produtos mais isolados, os hotéis fazenda da
região são as principais vias de acesso. Segundo a Goiás Turismo, é um destino cuja demanda se
concentra nos fins de semana e feriados, motivados por seus hotéis fazenda, que atuam de
maneira independente para captação de público, principalmente de Brasília. Há destaque para as
atividades de aventura (tirolesa, cavalgada, off road), necessitando de atenção especial no
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
116
sentido de possibilitar o acesso aos atrativos naturais onde se praticam essas atividades. Hoje,
aproveita a demanda existente em Pirenópolis, em razão da cooperação da iniciativa privada dos
municípios. Em razão da Agricultura Familiar, tem potencialidade para oferecer outros tipos de
Turismo para a região.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
117
Tabela 19: Avaliação dos principais atrativos naturais do Polo do Ouro
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Parque Estadual dos Pirineus
(Ecoturismo/Turismo de Aventura)
Pirenópolis
Área de cerrado rupestre de altitude com formações rochosas de grande beleza; Presença de nascentes de rios; Pico dos Pirineus, ponto mais alto da região com 1.385 m de altitude; Grande potencial para o turismo de aventura, em escaladas e rappel; Presença de todos os tipos de fitofisioinomias (paisagens vegetais) do cerrado brasileiro; e Variedade de formações como: matas; campos; nascentes; veredas; e cerrados
Infraestrutura para visitação turística deficiente (sinalização dentro do atrativo, rotas e trilhas, equipamentos de serviço ao turista).
Reserva Ecológica Vargem Grande
(Ecoturismo )
Reserva Particular de Patrimônio Natural; Presença de trilhas em mata fechada; Presença de cachoeiras, entre as quais se destaca a de Santa Maria; Presença de praia fluvial com areia branca e área própria para prática do mergulho; e Boa infraestrutura geral e de estacionamento.
Difícil acesso para os frequentadores.
Santuário Silvestre Vagafogo
(Ecoturismo)
Reserva Particular de Patrimônio Natural; Criado em 1990 para promover a educação ambiental, ecoturismo e a produção sustentável de alimentos; Presença de trilha interpretativa de percurso total de 1.500m, devidamente sinalizada, através de passarelas suspensas de madeira; e Presença de piscina natural e cachoeira dentro da área de preservação.
Infraestrutura turística deficiente, sem recepção aos visitantes nem visitas guiadas.
Balneário Cachoeira Grande
(Ecoturismo/Turismo
Cidade de Goiás
Destaque pela grande área verde e de lazer que mistura as opções de banho com as de diversão na areia ou nas áreas de mata aberta; e
Existe a necessidade de adequação para formatação enquanto produto turístico; e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
118
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Aventura) É possível passar o dia e há opção de alimentação rápida.
Infraestrutura turística deficiente, sinalização ruim e de difícil acesso.
Parque Estadual Serra Dourada (Ecoturismo e
Turismo de Aventura)
Criado em 2003, e está em fase de efetivação turística. Pela beleza da fauna e flora, já vem se tornando opção de turismo. Muitas plantas só ocorrem nesta localidade; Presença de trilhas entre os labirintos de pedras (Cidade de Pedras) na paisagem de cerrado rupestre; e Presença de artesanato local com as areias retiradas da região.
Acesso difícil em extensa caminhada ou através de veículos off-road; Falta sinalização dentro da área do parque; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; e Existe a necessidade de adequação para formatação enquanto produto turístico.
Salto de Corumbá
(Ecoturismo e Turismo Aventura)
Corumbá de Goiás
Presença de cachoeira do Rio Corumbá, que renasceu nos anos 80, depois de um século desaparecida devido ao desvio feito no rio por mineradores; Área de praia fluvial e diversas áreas de banho ao longo do rio; Situada a 15 minutos da cidade de Corumbá de Goiás com fácil acesso a visitantes em veículos; Tem queda de água com 80 metros de altura; O passeio pode ser complementado pela visitação ao clube Salto Corumbá, dotado de completa infraestrutura para o turismo ecológico, e que pode ser usado para passar o dia ou uma temporada; e O usuário conta com diversos serviços de lazer, como eventos culturais e atividades esportivas, para atender a todos os gostos.
Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo de aventura.
Prainha
(Ecoturismo)
Reduto dos amantes do ecoturismo, possui opções de banho e áreas para contemplação da natureza; Fácil acesso com pavimento para veículos; Atrativo de uso gratuito; Existência de área para estacionamento e montagem
Não existe regulamentação no uso da área; Não existe estudo de capacidade de carga para uso turístico; e Uso desordenado levando a presença
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
119
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
de acampamentos; e Presença de equipamentos turísticos (bar, restaurante).
de lixo e áreas sem proteção ambiental degradadas.
Lago Corumbá IV (Turismo de Pesca,
Náutico e Ecoturismo)
Abadiânia
Ainda pouco explorado, o Lago de Corumbá IV tem potencial turístico a ser desenvolvido; É formado pelo represamento do Rio Corumbá e banha os municípios de: Luziânia; Santo Antônio do Descoberto; Alexânia; Abadiânia; e Silvânia. Seus recursos hídricos são destinados à geração de energia elétrica e abastecimento da Região do Entorno do Distrito Federal; Distância de 100km de Brasília; e Área propícia do desenvolvimento de turismo de pesca, náutico e do ecoturismo.
Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo.
Parque Estadual da Serra de Jaraguá
(Ecoturismo e Turismo de Aventura)
Jaraguá
Criado em 1998 possuindo, no ponto mais alto, 520 m de altitude e opções de várias trilhas e platôs de observação da natureza; Presença de túneis que remontam à época da escravidão; Rica expressão do bioma do cerrado; Para os amantes dos esportes radicais, em Jaraguá é possível encontrar clubes de voo livre que fazem saltos de parapente em nível 3 de dificuldade; A maior parte dos saltos acontece nos períodos de pré-verão, quando ocorrem ventos mais apropriados aos voos de altitude, porém, é possível ter acesso ao esporte durante todos os meses do ano; e Os voos na localidade são facilitados também pelos diversos pontos de resgate ao longo das rodovias e, por isso, muitos turistas buscam a região para sua prática.
Nenhuma área foi desapropriada pelo Governo Estadual; Não foi formalmente implantado; É preciso melhorar a sinalização; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo.
Jaraguá Local rico em piscinas naturais e pequenas quedas A Cachoeirinha do Saraiva se encontra
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
120
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Cachoeirinha do
Saraiva (Ecoturismo)
de água, proporcionando uma excelente opção de lazer.
fora da cidade; É preciso melhorar a sinalização; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo.
Rio das Almas (Ecoturismo e
Turismo de Pesca) Pirenópolis
Permite variadas possibilidades de aproveitamento turístico. A Praia da Aldeia é o ponto de maior destaque entre os turistas.
Ainda demanda sinalização e infraestrutura adequada para suportar o possível aumento de visitantes; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo.
Parque Estadual
dos Pirineus Cocalzinho
Criado em 1987, o parque fica a 20 km de distância
da cidade. É uma área de relevante beleza, abriga
uma rica biodiversidade do bioma cerrado
caracterizada por formações rupestres, campos de
altitude, veredas, e outros tipos de vegetação
terrestres e brejosas; diferenciadas por condições de
substratos, como as associadas aos cursos de água
- florestas de galerias, matas ciliares e buritizais.
Acesso difícil em extensa caminhada ou
através de veículos off-road;
Falta sinalização dentro da área do
parque;
Não possui estudo de capacidade de
carga para uso turístico; e
Existe a necessidade de adequação
para formatação enquanto produto
turístico.
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
121
Figura 6: Parque Estadual dos Pirineus
Fonte: Portal Pirenópolis Tur, 2012
Figura 7: Reserva Ecológica Vargem Grande
Fonte: Portal Reserva Ecológica Vargem Grande, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
122
Figura 8: Reserva Ecológica Vagafogo
Fonte: Portal Santuario da Vida Silvestre Vaga Fogo, 2010
Figura 9: Parque Estadual da Serra Dourada
Fonte: Portal Via Rural, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
123
Figura 10: Salto de Corumbá
Fonte: Projeto Geoparques, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
124
Figura 11: Lago Corumbá IV
Fonte: Portal OLX, 2012
Figura 12: Cachoeirinha do Saraiva
Fonte: Portal da Cidade de Jaraguá, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
125
Figura 13: Rio das Almas
Fonte: Portal da Cidade de Jaraguá, 2012
3.3.1.2 Análise dos Atrativos Culturais do Polo do Ouro
De uma forma geral, no Polo, o conjunto de edificações e artefatos de uso público destaca-se
entre os turistas, principalmente pelo grau de interatividade com o Ciclo do Ouro, da exploração
do interior do país e o processo de colonização em geral. Além disto, dá destaque ao produto
turístico de Pirenópolis por seu tombamento pela União e da Cidade de Goiás por se tratar de
Patrimônio Histórico da Humanidade, tombado pela UNESCO. Também em Corumbá cabe a
citação do conjunto de edificações históricas do centro da cidade. Os turistas encontram, em
edifícios e monumentos característicos da época do iclo do ouro, a história da exploração do
interior do país e também do processo de colonização. O conjunto urbanístico e arquitetônico de
Corumbá é tombado pelo IPHAN, o que agrega valor à visita turística e faz de Corumbá um
destino com boa projeção para o crescimento da indústria do lazer. Como exemplos da variedade
de atrativos deste segmento, na cidade, destacam-se: o Casarão Municipal 13 de Maio, o Centro
Histórico da Cidade de Corumbá e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha de França.
Entre as festas e as manifestações culturais, destacam–se as Cavalhadas, a Festa do Divino e a
Procissão do Fogaréu. Estas festas fazem parte do calendário de quase todas as cidades do Polo
do Ouro. As Cavalhadas são manifestações expressivas da cultura goiana e conhecidas
nacionalmente. O ritual dura três dias seguidos e os preparativos começam uma quinzena antes,
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
126
no início da Festa do Divino. Durante uma semana os cavaleiros se reúnem em um campo não
oficial para ensaios das corridas que vão executar nos dias do evento. A Cavalhada é uma
dramatização do combate entre Mouros e Cristãos, com o triunfo dos cristãos, após séculos de
invasão moura na Península Ibérica.
Já a Festa do Divino, que acontece tradicionalmente 40 dias após a Páscoa, reúne a população
de Pirenópolis e grande número de fiéis católicos de todas as regiões do Estado. Também tem
destaque como uma das mais tradicionais do ciclo de festas goiano. Por fim, destaca-se a
Procissão do Fogaréu, que é uma tradicional procissão católica realizada anualmente na cidade
de Goiás, na Quarta-Feira Santa. Apesar da representatividade dos atrativos culturais do Polo,
faz-se importante a sistematização das informações nos mesmos possibilitando assim, sua melhor
utilização como atrativo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
127
Tabela 20: Avaliação dos Atrativos Culturais do Polo do Ouro
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Matriz de Nossa Senhora do
Rosário
Pirenópolis
Considerado o maior e mais antigo monumento da Cidade de Goiás, foi construída entre 1728 e 1732, e restaurada em 1997; Conjunto estrutural sacrocolonial; e Possui o Museu do Rosário localizado na sala do consistório, que apresenta uma exposição permanente com painéis com textos e imagens que contam a história deste monumento, desde sua construção até o restauro, após incêndio ocorrido em 2002.
Divulgação muito restrita ao mercado regional; Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados.
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Construída entre 1750 a 1754 por iniciativa do escravocrata e Sargento Mor Antônio José dos Campos, em estilo colonial; e Possui três altares e bela imagem do Senhor do Bonfim, em tamanho natural, trazida da Bahia.
Precisa de pequenas reformas e precisará de adequação para um eventual aumento expressivo de visitantes.
Igreja de Nossa Senhora do
Carmo
Construída em 1750 por iniciativa dos escravocratas Luciano Nunes Teixeira e Antônio Rodrigues Frota, em estilo colonial; Já está em estudo para implantação, com verba do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, o Museu de Arte Sacra, que será administrado pela Diocese e terá em seu acervo imagens sacras, altares, peças de prata e outros utensílios da liturgia. Será instalado nas duas laterais da igreja, enquanto o corpo central continuará sendo palco de missas; e A sustentabilidade do museu se dará pela cobrança de entrada e venda de lembranças e publicações relacionadas com a arte sacra.
Precisa de pequenas reformas e precisará de adequação para um eventual aumento expressivo de visitantes.
Theatro Pirenópolis
Construído em 1899 por iniciativa de Sebastião Pompeu de Pina com o apoio da comunidade pirenopolina; Com trabalhos em madeira utilizando técnicas tradicionais e apresentando fachada em forma de chalé, teve importância histórica no início da República; Foi totalmente restaurado em 1999, mantendo-se as características históricas, mas adquirindo funcionalidades
Falta sinalização interpretativa.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
128
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
modernas, possui acessibilidade, com palco de 7 x 7 metros (49 m²) e 160 poltronas
Festa do Divino
Cidade de Goiás
Registrada como patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo IPHAN em 2010, começou a ser festejada em Pirenópolis no ano de 1819; Já faz parte do calendário de eventos oficiais do Estado e atrai um grande público, sobretudo regional.
Divulgação muito restrita ao mercado regional; Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados.
Cavalhadas
Festejada em Pirenópolis desde 1826, este evento representa a luta da resistência cristã contra a invasão moura na Península Ibérica; e Este evento é um dos principais no calendário cultural do Estado e atrai grande quantidade de turistas.
Divulgação muito restrita ao mercado regional; e Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados. Local onde acontece o evento precisa de intervenções urgentes.
Centro Cultural Goiandira de
Couto
Goiandira do Couto é pintora goiana com reconhecimento internacional por suas técnicas de pintura em areia; Destaca-se pela utilização de areias da Serra Dourada, o que proporciona textura e coloração especiais a seus quadros; Além da visita às obras, é possível obter informações sobre as telas e comprá-las; Boa infraestrutura local com visitas guiadas diariamente; e Acesso pago para ajudar na preservação do acervo e da infraestrutura.
Pequena estrutura para receber grandes visitações.
Casa de Cora Coralina
Cora Coralina, chamada em nascimento como Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma poetisa e contista brasileira, nascida em Cidade de Goiás em 20 de agosto de 1889, e falecida em Goiânia em 10 de abril de 1985; Tem bastante influência no contexto cultural goiano por dedicar parte da sua vida a escrever sobre o cotidiano do centro-oeste.
Pequena estrutura para receber grandes visitações.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
129
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Destacou-se pela forma e pela simplicidade de seu trabalho, principalmente na fase final de sua vida, quando passou a adotar o Pseudônimo Cora Coralina e caracterizou-se pela transformação interior e a “perda do medo”; Sua obra é referência turística, principalmente regionalmente; Local com mini-auditório e peças que lembram a vida da autora; e Bom estado de conservação pela existência da Fundação Cora Coralina.
Igreja da Boa Morte
Sua construção foi concluída em 1779. No ano de 1921, um incêndio destruiu o altar-mor, a sacristia e ainda várias imagens de madeira atribuídas ao escultor Veiga Valle. Em 1969 a Igreja passou a sediar o Museu de Arte Sacra da Boa Morte; e É o único edifício da cidade que apresenta elementos característicos do barroco em sua fachada e é de sua porta principal que sai, toda quarta-feira da Semana Santa, a Procissão do Fogaréu; e Desde 1969, a igreja abriga o Museu de Arte Sacra da Boa Morte, que possui imagens sacras de vários autores, com destaque para o artista Veiga Valle. Coroas, cálices, castiçais, tocheiros e lampadários dos séculos XVIII e XIX, peças de origem portuguesa e telas com temas religiosos completam o acervo.
Pequena estrutura para receber grandes visitações.
Festival Internacional de Cinema e Vídeo
Ambiental – FICA
Tem destaque local e internacional e vem crescendo em número de participantes; Possui a maior premiação da América Latina no gênero: R$ 240 mil em prêmios; Possui uma programação multicultural paralela, pondo em cena espetáculos que valorizam a criação musical, o teatro, a dança e literatura; e O evento está consolidado, sendo a 12ª edição no ano de 2010.
Divulgação muito restrita ao setor; Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados.
Procissão do Na Quarta Feira, acontece a Procissão do Fogaréu, única neste Divulgação muito restrita ao
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
130
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Fogaréu estilo realizada no Brasil. Simboliza a busca e prisão de cristo; A procissão tem início por volta das 00:00hs., com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, saindo de frente da porta do Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na praça principal; e É um dos mais movimentados eventos turísticos regionais, trazendo mais de dez mil visitantes, por ano.
mercado regional; e Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados.
Centro Histórico de Corumbá
Corumbá de Goiás
A contemplação e interação com os equipamentos coloniais são o principal motivo de visita dos turistas; O Centro Histórico é composto por edificações do Séc. XVIII e também construções em estilos Art déco e Eclético; e Como Corumbá é uma das cidades mais antigas do Estado de Goiás, seu centro histórico merece destaque entre o total de sítios históricos do Estado.
Falta sinalização turística e interpretativa; Infraestrutura de serviços e equipamentos turísticos é precária; e Divulgação muito restrita ao mercado regional.
Igreja Matriz de Nossa Senhora
da Penha da França
(Padroeira)
Foi construída pelos escravos, inaugurada em 1771; e Suas paredes são de taipa com mais de 1m de largura. Possui 3 altares que, assim como o forro da capela, têm pinturas sacras das décadas de 1850 e 60. Ainda há piso original de laje em mesanela nas sacristias, no andar inferior das torres e no assoalho sob o qual estão os altares de sepulturas; e Sob seu piso estão enterrados alguns dos bandeirantes paulistas como Diogo Pires Moreira, fundador de Corumbá, e Bartolomeu Bueno da Silva, filho do sertanista homônimo, que em 1736 iniciou a colonização de Goiás, além do padre português Manoel da Silva Maya, que dirigiu a construção inicial.
Pequena estrutura para receber grandes visitações.
Festa da Congada
Festa que representa a mistura de raças brasileiras e reúne elementos das tradições tribais de Angola e do Congo, com influências Ibéricas no que se refere à religiosidade; e Animada por danças, cantos e música, a procissão acaba numa Igreja onde, com a presença de uma corte e seus vassalos,
Festa de caráter regional e acontece em vários locais do Brasil; e Não faz parte do calendário oficial comercializado pelas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
131
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
acontece a cerimônia de coroação do Rei Congo e da Rainha Ginga de Angola - uma personagem da história africana, a Rainha Njinga Nbandi, do século 17.
agências de turismo da região.
Casa Dom Inácio
Abadiânia
Principal motivo de visitantes em Abadiânia, foi fundada por João Teixeira de Faria, há mais de 30 anos, e tem funções de propiciar curas espirituais e caridade. A entidade está localizada em ponto de fácil acesso e vem sofrendo reformas por parte de seus colaboradores. Por não se tratar de um produto turístico, deve ser avaliado com reservas, pois não se propõe a prestar serviço por lucro. Segundo informações de associações ligadas à entidade, através dos ensinamentos da Doutrina Espírita, procura-se a assistência física e espiritual a doentes com diversos problemas, através: de cirurgias; passes; energizações; medicamentos; água fluidificada; música; alimentação alternativa; e abrigo a pessoas que busquem tratamentos diversos; e É importante ressaltar que a visitação a esta entidade, aproximadamente de 7.000 pessoas por semana, fomentou a construção de hotéis e restaurantes no município, o que contribuiu para o fortalecimento do comércio. Perfil de turista diferenciado, internacional, mais idoso e de maior poder aquisitivo.
Não se constitui em um produto turístico, logo não é passível de comercialização.
Igreja de Nossa Senhora da
Abadia
É um potencial produto turístico; A estrutura está bem conservada e em seu interior está guardada a imagem de Nossa Senhora da Abadia, com possibilidade de observação direta; A Igreja é aberta a visitação todos os dias e celebra missa domingo às 17h 30; e A devoção à santa é característica local e regional, pois, segundo informações locais, já no século XIX havia tradição de rezas e curandeirismo na região, em nome desta santa.
Pequena estrutura para receber grandes visitações; e Ainda não se trata de um produto turístico comercializado.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
132
Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos
Festa de Nossa Senhora da
Abadia
A Festa é a representação do agradecimento de seus moradores à padroeira da cidade. Ocorre em 15 de agosto e faz a localidade receber romarias de diversas regiões vizinhas. Soma-se ao calendário de festas as representações juninas e outras festas religiosas, como São Miguel Arcanjo, com menos influência turística.
Festa de caráter regional; e Não faz parte do calendário oficial comercializado pelas agências de turismo da região.
Centro Histórico de Jaraguá
Jaraguá
Há um conjunto de edificações que também se destaca em Jaraguá. Casarões e igrejas do período colonial se misturam à composição das novas construções da cidade, principalmente a Igreja Matriz, Igreja de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Alguns dos monumentos estão descaracterizados internamente e externamente; e Não integra roteiros comercializados.
Sem referência Cocalzinho
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
133
Figura 14: Teatro Pirenópolis
Fonte: Goiás Turismo, 2011
Figura 15: Festa do Divino, Pirenópolis
Fonte: Portal O Estadão/Fotos, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
134
Figura 16: Cavalhadas de Pirenópolis
Fonte:Portal Pirenópolis Tur, 2012
Figura 17: Casa de Cora Coralina
Fonte: Goiás Turismo, 2011
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
135
Figura 18: Casa Dom Inácio
Fonte: SISTUR/Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, 2011
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
136
Figura 19: Principais Atrativos do Polo do Ouro
Fonte: IBGE. Divisão municipal, 2001
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
137
Tabela 21: Avaliação geral dos principais atrativos turísticos do Polo do Ouro
Atrativo (Bom/Ruim) Sinalização (Bom/Ruim)
Acesso (Bom/Ruim) Conservação (Boa/Ruim)
Recepção Turística (Sim/Não)
Gratuito (Sim/Não) Visita Guiada
(Sim/Não)
Parque Estadual dos Pirineus
Bom Bom Bom Sim Sim Sim
Reserva Ecológica Vargem Grande Bom Bom Bom Sim Não Sim
Reserva Ecológica Vagafogo Bom Bom Bom Não Não Não
Cachoeira Grande Ruim Ruim Ruim Não Sim Não
Parque Estadual Serra Dourada
Ruim Ruim Bom Sim Sim Não
Salto de Corumbá Bom Bom Bom Sim Não Sim
Prainha Ruim Bom Ruim Não Sim Não
Parque Estadual da Serra de Jaraguá Ruim Ruim Bom Não Sim Não
Cachoeirinha do Saraiva
Ruim Ruim Bom Não Sim Não
Parque Estadual dos Pirineus (Cocalzinho)
Ruim Ruim Ruim Não Sim Não
Matriz de Nossa Senhora do Rosário
Bom Bom Bom Sim Não Sim
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Bom Bom Bom Não Não Não
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Bom Bom Bom Não Não Não
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
138
Atrativo (Bom/Ruim) Sinalização (Bom/Ruim)
Acesso (Bom/Ruim) Conservação (Boa/Ruim)
Recepção Turística (Sim/Não)
Gratuito (Sim/Não) Visita Guiada
(Sim/Não)
Theatro Pirenópolis
Bom Bom Bom Sim Sim Sim
Centro Cultural Goiandira de Couto
Bom Bom Bom Sim Não Sim
Casa de Cora Coralina
Bom Bom Bom Sim Não Sim
Igreja da Boa Morte Ruim Bom Ruim Não Sim Não
Centro Histórico de Corumbá
Ruim Bom Ruim Sim Sim Sim
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha da França
Ruim Bom Ruim Não Sim Sim
Casa Dom Inácio Bom Bom Bom Sim Sim Não
Igreja Nossa Senhora D’Abadia
Ruim Bom Bom Não Sim Não
Festa Nossa Senhora D’Abadia
Ruim Bom Bom Não Sim Não
Centro Histórico de
Jaraguá Ruim Bom Bom Não Sim Não
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
139
3.3.2 Análise dos Serviços e Equipamentos Turísticos
Neste tópico serão analisados os principais indicadores oriundos dos Serviços de Hospedagem,
de Alimentação e de Atendimento ao Turista. Neste contexto, os seguintes fatores foram levados
em consideração para efeitos de avaliação da oferta agregada dos destinos turísticos na
dimensão serviços e equipamentos turísticos: (i) Sinalização Turística Viária; (ii) Centro de
Atendimento ao Turista; (iii) Empresas Organizadora de Eventos; (iv) Capacidade dos Meios de
Hospedagem; (v) Capacidade do Turismo Receptivo; e (vi) Restaurantes.
Os dados foram levantados através do sistema de informações turísticas da Goiás Turismo e do
Ministério do Trabalho e Emprego – Rais.
A avaliação desses fatores para os municípios aqui analisados pode ser vista na Tabela 22, de
forma consolidada. . Os dados foram obtidos a partir das informações fornecidas pela Diretoria De
Pesquisas- Goiás Turismo, em 2012.
Tabela 22: Visão Consolidada de Equipamentos e Serviços Turísticos no Polo
Município Sinalização
(Boa/Média/Ruim) CAT
(Sim/Não) Organizadora
de Eventos
Hospedagem (N°. De
Estabelecimentos/ N°. UH´s/N°. de
Leitos*)
N°. De Agências
de turismo
N°. De Estabelecimento de restauração e
bebidas
Pirenópolis Média Sim 0 96 / 1181 / 2.944 5 66
Cidade de Goiás
Média Sim 2 29 / 387 / 1.000 2 67
Corumbá de Goiás
Ruim Sim 0 11 / 211 / 684 0 20
Abadiânia Ruim Não 0 35 / 674 / 1338 2 14
Jaraguá Ruim Não 1 10 / 221 / 394 1 14
Cocalzinho Ruim Não 0 3 / 60 / 124 1 4 Fonte: Sistema de Informações Turísticas – SISTUR / Diretoria de Pesquisas Turísticas – Goiás Turismo, 2012
A classificação da Sinalização Turística Viária em Boa, Média ou Ruim, conforme apresentado na
Tabela 22, considerou a avaliação dos seguintes fatores durante pesquisa de campo pela FGV:
Se o destino possui sinalização turística viária e se a mesma segue os padrões
recomendados pelo Ministério do Turismo;
Se a sinalização turística viária está conservada, limpa, bem fixada e, quando for
o caso, iluminada corretamente;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
140
Se a sinalização turística viária traz informações disponíveis em língua
estrangeira;
Se existe sinalização turística descritiva nos atrativos turísticos do destino; e
Se as informações contidas na sinalização descritiva estão disponíveis em língua
estrangeira.
Se para todos estes fatores há identificação positiva, então a Sinalização é considerada Boa.
Quando dois destes fatores não são identificados positivamente, a Sinalização é considerada
Média. Quando mais de dois fatores não são identificados positivamente, a Sinalização é
considerada Ruim.
A partir da avaliação de equipamentos turísticos do Polo do Ouro, observa-se que os municípios
de Pirenópolis e Cidade de Goiás, apresentam as melhores infraestruturas de equipamentos e
serviços turísticos, inclusive apresentando um razoável número de unidades habitacionais e
equipamentos de hospedagem. A pouca promoção do Polo pode ser verificada na falta de
agências de viagem, o número é bastante reduzido em todos os municípios, sendo que
Cocalzinho e Corumbá não possuem estabelecimentos desta natureza.
Para melhor compreensão dos números apresentados na tabela de consolidação de informações,
descreve-se em seguida cada item analisado.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGENS
Os serviços de hotelaria e equipamentos de hospedagens constituem-se na base da atividade
turística, em conjunto com a rede de alimentação presente em um destino. Este setor é importante
na geração de empregos e também na manutenção da estrutura familiar, uma vez que muitos dos
estabelecimentos são familiares, inclusive sem apresentar registro de funcionários nos dados da
RAIS.
Os dados oficiais da RAIS 2010 apresentam os números de empregos formais gerados pela
atividade hoteleira em cada município. Os números apresentados não abrangem a realidade dos
pequenos estabelecimentos, em sua grande maioria familiares, que não apresentam funcionários
registrados com carteira de trabalho, sendo operados pela própria família proprietária.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
141
Apesar de não ser possível segmentar esses estabelecimentos por porte, número de UH´s ou
mesmo por serviços ofertados, estes números apresentam uma visão mais próxima da realidade
quanto ao número de estabelecimentos de hospedagem no Polo.
Tabela 23: Informações sobre os Meios de Hospedagem no Polo do Ouro
Município N°.
Estabelecimentos RAIS*
Estabelecimentos cadastrados no CADASTUR**
N°. De outros tipos de
alojamento não
especificados*
N°. Empregos*
Pirenópolis 34 56 14 373
Cidade de Goiás
32 10 1 76
Corumbá de Goiás
3 2 0 16
Abadiânia 17 6 2 57
Jaraguá 5 6 0 31
Cocalzinho 3 1 1 28
* Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, 2010 **Empreendimentos cadastrados no CADASTUR – Coordenação Regional de Serviços Turísticos – CRST, Goiás Turismo, 2012.
Na cidade de Pirenópolis, existem registrados 34 meios de hospedagem, espalhados entre a área
urbana e a rural do município. Há mais de 2.944 leitos ofertados e dividem-se em diversas
categorias, desde simples acomodações de estilo cama e café (bed & breakfast) até suítes em
pousadas de luxo. Nos hotéis urbanos há a exigência de reforma e adaptação de algumas
estruturas para o atendimento ao público mais exigente e há a necessidade de modernização dos
equipamentos. É também neste município que se registram as maiores remunerações médias no
setor, inclusive em função da maior diversidade de categorias de meios de hospedagem.
Os hotéis da área rural estão bem estruturados e, em geral, oferecem bom produto (custo-
benefício) para os turistas que buscam isolamento. O maior gargalo da hotelaria no momento é a
adequação ao processo de formalização de todas as áreas dos negócios de hospedagem.
Na Cidade de Goiás, existe registro no Cadastur (Cadastro Turístico do Ministério do Turismo), de
seis meios de hospedagem, porém os dados da RAIS 2010 apontam para a existência de 32
estabelecimentos, entre hotéis e hospedagens familiares. Estes somam, aproximadamente, 1.000
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
142
leitos ofertados e estão disponíveis principalmente nas categorias mais econômicas, pousadas ou
hospedagens familiares, mas há algumas (poucas) opções de luxo. O maior problema da hotelaria
no município é a adequação ao processo de formalização de todas as áreas dos negócios de
hospedagem e a capacitação para atendimento ao turista.
O maior gargalo da hotelaria, encontrado nas cidades de Corumbá de Goiás e Cocalzinho, no
momento é a adequação à demanda, pois o parque hoteleiro não é suficiente para períodos de
alta temporada. Os cinco meios de hospedagem identificados na cidade de Corumbá e os três de
Cocalzinho são suficientes para o atendimento do fluxo de turistas normal, porém, deficiente nos
períodos de alta temporada. Os leitos ofertados estão disponíveis, principalmente, nas categorias
mais econômicas, pousadas, hospedagens familiares e hotéis fazenda.
Nos municípios de Abadiânia e Jaraguá, o maior problema é a capacitação para atendimento ao
turista, principalmente, em línguas assim como a adequação ao processo de formalização de
todas as áreas dos negócios de hospedagem. Enquanto no primeiro município existem 17 meios
de hospedagem registrados, no segundo são identificados apenas cinco. Estes estão disponíveis
principalmente nas categorias mais econômicas, pousadas ou hospedagens familiares, sem
opções de luxo.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE ALIMENTAÇÃO (A&B)
Os bares e restaurantes também fazem parte da complexa cadeia produtiva da atividade turística,
prestando serviços que denotam a hospitalidade dos destinos, sendo por vezes os próprios
atrativos turísticos da localidade. A Tabela 24 apresenta o total de estabelecimentos do tipo
alimentos e bebidas, incluídos os restaurantes, bares e lanchonetes.
Tabela 24: Estabelecimentos de Alimentação e Bebidas no Polo do Ouro
Município N°. Estabelecimentos
RAIS*
Estabelecimentos cadastrados no CADASTUR**
N°. De Serviços
Ambulantes de
Alimentação*
N°. Empregos*
Pirenópolis 33 1 0 107
Cidade de Goiás 22 1 1 94
Corumbá de Goiás 5 0 0 15
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
143
Município N°. Estabelecimentos
RAIS*
Estabelecimentos cadastrados no CADASTUR**
N°. De Serviços
Ambulantes de
Alimentação*
N°. Empregos*
Abadiânia 13 2 0 202
Jaraguá 11 3 0 105
Cocalzinho 1 0 0 6
*Relação Anuial de Informações Sociais - RAIS, 2010. **Empreendimentos cadastrados no CADASTUR – Coordenação Regional de Serviços Turísticos – CRST, Goiás Turismo, 2012.
O dado curioso na análise desta tabela é apresentado em relação ao município de Abadiânia,
Pirenópolis e Jaraguá, que despontam como os principais empregadores no setor e apresentam
as maiores relações entre o número de estabelecimentos e o número de funcionários registrados.
É também em Abadiânia, que as maiores médias salariais são registradas, superando inclusive a
cidade de Pirenópolis, maior centro do Polo.
Este resultado é atribuído ao efeito do perfil do turista que visita a cidade de Abadiânia, com maior
poder aquisitivo e de uma faixa etária mais elevada, é um turista mais exigente e que permanece
mais tempo no destino6, utilizando mais os serviços de alimentação local. Esse perfil gera a
necessidade de o empresário se qualificar melhor e prestar um serviço de mais qualidade, o que
por sua vez gera a necessidade de maior número de funcionários. As médias salariais mais
elevadas são explicadas também pelo perfil do turista no município, que apresenta gasto médio
mais elevado.
De uma forma geral, apenas as cidades de Pirenópolis e Goiás apresentam uma diversificada
oferta de alimentação. Em Pirenópolis, há boa oferta de restaurantes, tanto para culinária típica
quanto para pratos internacionais. Há oferta para todos os gostos e preços na cidade, com menor
incidência de restaurantes caros. Nos 33 restaurantes registrados há fiscalização da ANVISA
quanto à adequação a processos de higiene e já há projetos de capacitação em cooperação entre
Secretaria de Saúde, Goiás Turismo e organizações de classe. Ainda há incidência de comércio
informal no setor de gastronomia.
6 De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente e das entrevistas com os empresários locais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
144
No município de Corumbá de Goiás existem no setor de gastronomia, 5 restaurantes formais,
somam-se aos estabelecimentos informais para atendimento ao público em geral e aos turistas,
segundo a RAIS. O maior gargalo do setor para o turismo é a formalização e a capacitação para
atendimento aos turistas e incentivo formal de priorização das questões ambientais e de
estabelecimento de padrões turísticos.
Apesar de apresentar maior número de estabelecimentos e maior remuneração média no setor, o
município de Abadiânia não apresenta grande diversidade na oferta de serviços e equipamentos
de alimentação. A maior parte dos estabelecimentos é familiar e sem muita opção de variedade
culinária.
Os principais problemas do setor no Polo são: (i) informalidade; (ii) baixa capacitação dos
prestadores de serviço; e (iii) necessidade de modernização dos equipamentos para melhor
receber o turista.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO E OPERAÇÃO TURÍSTICA
Há poucos roteiros turísticos regionais elaborados e comercializados regional ou nacionalmente.
Os produtos turísticos do Polo devem ser elaborados de forma que os destinos turísticos sejam
contemplados de forma integrada aumentando-se assim o tempo de permanência dos visitantes
no Polo. Esta falta de estrutura de agências de turismo dificulta também a expansão do Polo e a
comercialização dos destinos.
Na cidade de Pirenópolis, o atendimento comercial aos turistas é feito por seis empresas de
receptivo regional. Há 40 guias registrados e 20 em operação comprovada. Os pacotes são
escalonados por segmento e, quando possível, por público alvo. Nos períodos de maior visitação
é possível encontrar maior diversidade de opções, enquanto nos períodos de baixa é necessário
adequar-se aos pacotes pré-estabelecidos.
Na Cidade de Goiás, o atendimento de receptivo comercial aos turistas é feito por duas empresas
de receptivo locais em parceria com quatro grandes Empresas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Segundo estes operadores, a estada média dos turistas é de 3 dias e a maioria dos pacotes são
vendidos com destinos integrados, como Pirenópolis e Rio Araguaia. Os pacotes são escalonados
por segmento e, quando possível, por público alvo. Nos períodos de maior visitação é possível
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
145
encontrar maior diversidade de opções, enquanto nos períodos de baixa é necessário adequar-se
aos pacotes pré-estabelecidos.
Nos municípios de Corumbá, Jaraguá e Cocalzinho, o atendimento de receptivo é precário e não
há agências formais, apesar de os registros da RAIS apontarem duas agências em Jaraguá. Há
guias e condutores de turismo, mas não foi identificado nenhum curso de formação na área. A
estada média dos turistas é de um dia e a maioria dos produtos é vendida para o segmento
cultural.
Por fim, no município de Abadiânia o atendimento de receptivo comercial aos turistas é feito por
empresas de outras regiões e há grande incidência de turistas que viajam por conta própria, por
meio de informações de outros turistas ou em contato direto com a Casa Dom Inácio. Os poucos
pacotes são escalonados pelo segmento cultural e, quando possível, por público alvo. A maior
recomendação da Goiás Turismo é a de que os pacotes passem a ser estruturados em conjunto
com outros destinos, mas há dificuldade de adequação das ofertas dada a especificidade do
produto de Abadiânia.
No CADASTUR, em 2012, estão cadastradas 1 Agência de Turismo em Abadiânia, 1 em Jaraguá,
9 em Pirenópolis e nenhuma nos municípios de Cocalzinho, Corumbá e Goiás.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE EVENTOS
No geral, o Polo do Ouro não é destino para realização de eventos, convenções e realizações
técnicas ou científicas. Na realidade, os eventos que ocorrem na região são, em sua grande parte,
de caráter regional e com interesse local. Porém, a atratividade de um destino cultural que
congrega em seus limites dois patrimônios culturais, um nacional e outro mundial, e que ainda
possui boa oferta de atrativos naturais, pode funcionar como um reforço ao desenvolvimento deste
tipo de atividade no Polo.
Com relação à infraestrutura instalada no Polo do Ouro para a realização de eventos, verifica-se
existência apenas na cidade de Pirenópolis. Há variados locais para eventos, mas não há um
centro de convenções/eventos estruturado. O Cavalhódromo foi projetado para ser um espaço de
uso múltiplo, mas não tem funcionado como tal, sendo utilizado somente para seu propósito
básico, a realização das Cavalhadas. As opções dividem-se entre o Teatro de Pirenópolis, com
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
146
capacidade para 200 pessoas, a Pousada dos Pirineus, com 1.200 lugares e a Universidade
Estadual de Goiás, com auditório para 160 pessoas e 15 salas para 40 pessoas.
Nas demais cidades do Polo não existe infraestrutura de centro de convenções/eventos para a
realização de eventos de qualquer natureza nem os hotéis possuem estrutura adequada à
recepção destes eventos. Também não foram identificadas no Polo empresas
organizadoras/promotoras de eventos, nem empresas de montagem de feiras e assessoramento
na realização de eventos.
ESTRUTURA DE SINALIZAÇÃO TURÍSTICA E ATENDIMENTO AO TURISTA
A sinalização turística é um item que necessita de atenção imediata. A maioria dos destinos não
apresenta sinalizações ou, então, estas são insuficientes para indicar os acessos aos atrativos, ou
mesmo proporcionar o entendimento da natureza, ou importância do que está sendo observado.
Isto dificulta a localização dos principais pontos turísticos da localidade e empobrece a experiência
turística.
À exceção de Pirenópolis e Cidade de Goiás, os demais municípios são muito mal sinalizados.
Ainda assim, estes dois municípios apresentam sinalização turística apenas nos centros
“tombados” e próximos aos atrativos. Não foi verificada qualquer sinalização turística interpretativa
junto aos atrativos. Tanto nos atrativos quanto no acesso, a sinalização não se encontra bem
conservada e precisa de reestruturação para dar informação precisa aos visitantes.
Para receber os turistas em Pirenópolis, o CAT é de boa qualidade, com atendimento a turistas e
venda de artesanato. Está localizado em área central e de fácil acesso. O atendimento é feito
diariamente de 08h as 17h. Na Cidade de Goiás, há apenas um Centro de Atendimento ao Turista
e há poucas informações panfletárias disponíveis, sendo a maioria em língua portuguesa, o
mesmo ocorrendo na cidade de Corumbá de Goiás.
Nos municípios de Abadiânia, Jaraguá e Cocalzinho, não há local de atendimento e informação ao
turista e há poucas informações panfletárias disponíveis, sendo a maioria em língua portuguesa,
apenas em Abadiânia encontrou-se material em língua inglesa.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
147
3.3.3 Nível de Serviço
Este item trata especificamente do grau de diversificação dos serviços ao turista e faz breve
avaliação das possibilidades de melhora para atendimento da demanda. Em geral, os destinos do
Polo do Ouro têm poucos produtos consolidados e muitas oportunidades de crescimento para o
turismo. Assim, há, de forma geral, baixa qualificação nos setores e necessidade de padronização
dos serviços prestados.
Ainda não há estudos que permitam estabelecer os níveis de faturamento, de uso, de
investimento e ocupação dos equipamentos turísticos localizados no Polo, que possibilitem uma
análise mais aprofundada dos níveis de serviço atuais. O Plano Estadual de Turismo de Goiás
prevê que tais estudos serão desenvolvidos pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Turísticas de
Goiás – IPTUR, que terá como objetivos, entre outros, o de criar um banco de dados para a
região, aprimorar o sistema de turismo e implantar a Conta Satélite de Turismo no Estado.
Os produtos turísticos mais importantes possuem infraestrutura básica de atendimento e serviços.
Contam com área de recepção para turistas, guias especializados e serviços de estacionamento.
Porém, há necessidade de implementação de padrões de qualidade ou de projeto de adequação
de indicadores de atendimento e variedade de serviços.
Dados de pontos fortes e fracos das oficinas regionais indicam que já há projetos em execução ou
recentemente finalizados, com instituições de classe e sistema S, para incentivo à organização do
produto turístico, contando com sistema de recepção; área de interação; produção associada e
venda de artesanato; e infraestrutura interna e externa. Porém, nas mesmas discussões, são
levantadas necessidades de diversificação e ampliação das atividades de capacitação, com
objetivo de atender a todos os segmentos com negócios em turismo.
3.3.4 Preços, Promoção e Comercialização
Este item busca valorizar o posicionamento do Polo e seus canais de comercialização, como
internet, feiras de turismo e mídia de massa. Há destaque nos destinos do Polo do Ouro para a
comercialização via internet e para busca direta em agências. Este último item tem relevância
para este trabalho dada a quantidade de pessoas da região que retornam aos destinos visitados.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
148
Conforme dados da avaliação de mercado, há grande participação de público local na distribuição
dos visitantes e, por isto, há fidelização de clientes com algumas operadoras e agências regionais.
No setor de hospedagens, os preços variam de acordo com o tipo de hospedagem e há
necessidade de maior cuidado quanto à questão da formalização.
Tabela 25: Valor Médio de Hospedagem
Município Valor Médio
Pirenópolis 100,00
Cidade de Goiás 70,00
Corumbá de Goiás 40,00
Jaraguá 60,00
Abadiânia 50,00
Cocalzinho 40,00
Fonte: Secretarias municipais de turismo, 2010
Vários destinos tem web site próprio e é possível conseguir informações sobre os produtos
turísticos neste canal. As agências de turismo que comercializam a região estão bem localizadas
nas ferramentas de busca e é possível acessar pacotes e ofertas para fins de semana e feriados
com relativa facilidade na web.
Segundo pesquisas de marketing por destino7, desenvolvida pelo Governo do Estado de Goiás, a
cidade de Pirenópolis possui maior procura oriunda das cidades do Estado de Goiás e do Distrito
Federal. Dados da mesma pesquisa indicam que a falta de demanda, pouca utilização dos demais
canais de distribuição e falta de divulgação aparecem entre os principais motivos para não
comercialização do destino pelas principais operadoras.
Pela condição regional de seu produto, a informação turística oriunda de parentes e amigos tem
forte influência na promoção e comercialização do destino, além de internet jornais e revistas.
7 Estudo de Imagem de Mercado do Destino Pirenópolis
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
149
3.3.5 Necessidade de Capacitação
Este item identifica o nível de capacitação da oferta atual e indica a necessidade de promoção de
projetos de educação na área. Para o Polo do Ouro, é um item de grande importância, dada a
quantidade de trabalhos informais presentes no setor de turismo e a necessidade de capacitação
identificada pelas autoridades de turismo da região.
Nos levantamentos de informações de campo foi possível obter as seguintes informações sobre o
tema da capacitação no Polo:
Tabela 26: Situação Atual das Condições de Capacitação no Polo do Ouro
Pirenópolis Cidade de
Goiás Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho
Existe alguma instituição de qualificação profissional no município?
Sim Não Não Não Não Não
Existe alguma entidade de fora do município que ofereça cursos de qualificação profissional para o setor?
Sim, sobretudo sistema “S”
Sim, sobretudo sistema “S”
Não Não Não Não
Existe oferta de curso livre de turismo no município de forma regular?
Sim
Sim, por universidades estaduais e particulares
Não Não Não Não
Existe oferta de cursos técnicos em turismo no município?
Não Sim Não Não Não Não
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
150
Pirenópolis Cidade de
Goiás Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho
Existe oferta de curso de graduação em Turismo no município
Sim, e são geograficamente
acessíveis
Sim, e são geograficamente
acessíveis Não Não Não Não
Existe sede de entidade do Sistema “S” que ofereça cursos de qualificação no município?
Não Não Não Não Não Não
Fonte: Elaborado pela FGV com questionários e entrevistas em campo, 2010.
Como se pode observar na análise destas informações, o Polo encontra-se atualmente sem
opções de qualificação profissional e empresarial para melhorar os serviços prestados aos turistas
que lá chegam. Apenas, esporadicamente, existe a oferta de cursos de qualificação na região,
geralmente atrelado a algum projeto de entidade extra-governamental e ainda assim apenas nos
municípios de Pirenópolis e Cidade de Goiás.
Pirenópolis, por exemplo, possui equipamentos turísticos na informalidade que, por isso,
enfrentam dificuldade para se adequar a padrões de qualidade de serviço e atendimento. Em
geral, há boa relação entre os serviços e o público consumidor, mas, com o crescimento da
demanda e a diversificação dos visitantes, principalmente internacionais, fica evidente a
necessidade de capacitação em todos os níveis da indústria turística.
Há necessidade de formalização, qualificação de proprietários, gerentes e funcionários dos
principais meios de hospedagem e restaurantes. Já existem projetos em execução com
organizações de classe e o sistema SEBRAE/SENAC e cursos de graduação em Turismo, em
Pirenópolis e Cidade de Goiás. Ainda há, entretanto, necessidade de maior número de
treinamento.
Na organização setorial de artesanatos e produção associada foi identificada a necessidade de
estruturação e capacitação dos envolvidos para organização da produção, tornando assim o
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
151
modelo cooperativo mais forte e melhor representado nos mercados mais expressivos e,
principalmente, na adequação dos produtos ao mercado internacional.
Há destinos, como Cidade de Goiás, com instituições de qualificação para cursos de Guias de
Turismo, Condutores de Turistas, qualificação para profissionais atuantes em bares e restaurantes
e hotelaria. Além disto, há evidências de cursos técnicos em turismo e expansão de processos de
capacitação no setor, mas ainda de forma incipiente, isolada e sem participação governamental.
Por fim, nos municípios de Goiás e Pirenópolis são ofertados cursos superiores em Turismo, e
neste último também existe curso de Gastronomia, ofertados pela Universidade Estadual de Goiás
– UEG. Em 2012, existem em Pirenópolis 3 turmas de Turismo em andamento e 3 turmas de
Gastronomia em andamento. Na Cidade de Goiás, também existem 3 turmas de Turismo em
andamento.
3.3.6 Sistema de Promoção e Comercialização
O Plano Estadual de Turismo prevê diversas ações para promoção e comercialização do produto
turístico goiano no âmbito regional, nacional e internacional. Essas ações incluem: campanhas
institucional dos destinos; desenvolvimento da marca do Polo e identidade dos produtos; criação
de uma rede de assessoria de imprensa; criação de um portal para o Polo; oficialização de um
calendário de eventos; confecção de material promocional; participação em feiras de turismo;
realização de fam tours; entre outras.
Todas as ações deverão integrar os destinos do Polo do Ouro e o mais importante, deverão seguir
um plano integrado de marketing. Atualmente não existe Plano de Marketing e Comercialização
para o Estado de forma integrada. Sendo assim, os esforços de promoção atuais consistem em
divulgar todo o Estado de Goiás, com a sua pluralidade e diversidade de destinos e opções de
segmentos e atrativos turísticos.
A partir dos estudos que começarão a ser realizados pelo IPTUR, espera-se que se inicie a
estruturação de uma base de informações que subsidiará a construção das estratégias de
promoção para cada polo e para o Estado como um todo. Estas informações deverão analisar os
principais mercados a serem alvo de campanhas promocionais e ações de comercialização junto
aos operadores turísticos e aos consumidores finais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
152
Nos anos de 2009 e 2010 foram realizados diversos convênios com o Ministério do Turismo com o
objetivo de realizar a promoção dos diversos destinos do Estado de Goiás. A tabela abaixo
apresenta as ações de Promoção financiadas através destes convênios.
Tabela 27: Ações de Promoção realizadas pela Goiás Turismo 2009 e 2010
Convênio Valor (R$) Ações Previstas
704.566.2009 350.878,00
- Participação na 11ª edição da Adventure Sports Fair; - Participação no 21° FESTIVAL DE TURISMO DE GRAMADO; - Produção e confecção do Projeto Gráfico de Guia Região sendo 8 modelos, Catálogo, Roteiros, Postais, Sacolas, Camisetas, Show Case Goiás; - Produção e realização do evento “workshop de turismo de Goiás” em São Paulo; e - Produção e realização do evento “workshop de turismo de Goiás” no Rio de Janeiro.
722.309.2009 434.915,94
- Realização de FAMTUR em Goiânia; - Participação na 12ª edição da Adventure Sports Fair; - Participação no 22° FESTIVAL DE TURISMO DE GRAMADO; - Participação na 14ª VIRRP 2010; e - Realização de 01 Workshop para promoção e divulgação dos destinos turísticos de Goiás na cidade de Belo Horizonte.
706.869.2009 265.539,05
- Anúncio - Revista Especializada (mercado Europeu); - Veiculação de vídeo com inserção de 30 segundos por voo durante 30 dias em companhia aérea internacional; - Realização de Famtour com 4 agentes de viagem ingleses e alemães e Press-trips com 7 jornalistas europeus e Americanos; e - Produção de Material promocional para divulgação internacional (pen-drives com informações turísticas, brindes, guias de turismo, folheteria, entre outros).
Fonte: Elaborado pela FGV com informações fornecidas pela Goiás Turismo, 2010
Todas estas ações elencadas nos esforços de promoção e comercialização não diferenciam os
polos presentes no Estado. Apesar de o material promocional produzido apresentar cada uma das
regiões turísticas do Estado, a divulgação nestes canais apresentados ainda é realizada com uma
linguagem de comunicação que agrega todo o Estado. Isto significa que não existem ações
específicas em mercados específicos visando divulgar especificamente um polo ou região do
Estado. Todas as ações promocionais apresentam o Estado de Goiás, não existindo ações
isoladas para a promoção do Polo do Ouro em mercados regionais, nacionais ou internacionais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
153
3.4 Análise das Infraestruturas Básicas e Serviços Gerais do Polo
Para o Estado de Goiás, provisão de infraestrutura é entendida como uma responsabilidade que
envolve os três níveis de governo: local, regional e nacional. De acordo com o Plano Estadual de
Turismo de Goiás, as ações e planos estratégicos referentes à infraestrutura estão inseridos no
Subprograma de Apoio à Infraestrutura. Neste planejamento, as ações são divididas
regionalmente e de acordo com a fonte de recursos. Como há uma menor disponibilidade de
recursos Estaduais, há a necessidade de priorização de obras sob esta administração financeira,
que se dedicam a estruturas de curtos e médios prazos. Os recursos oriundos do Governo
Federal, em geral, são destinados a obras de maior amplitude, estruturas que geram resultados a
médio e longos prazos.
Em avaliação geral, para o turismo, o Polo do Ouro é predominantemente atendido por
infraestrutura já utilizando sua capacidade máxima de suporte a demanda e, por conseguinte,
encontrando problemas isolados de superutilização em períodos de grande fluxo turístico. É objeto
deste trabalho prover o Estado de recursos para o desenvolvimento do turismo e de ampliação da
capacidade de carga dos destinos.
Segundo o Plano Estadual, entre as deficiências identificadas na região do Polo do Ouro,
destacam-se: a má conservação de estradas estaduais e federais, com aumento já projetado de
fluxo em médio prazo; sinalização rodoviária e turística inadequada: sistema de coleta e
tratamento de esgoto ainda em ampliação, queda ocasional de energia elétrica (em períodos de
maior fluxo); e inadequação das estruturas de saúde para períodos de variação abrupta de
temperatura (chuvas).
O desenvolvimento do turismo no Polo do Ouro requer a existência de uma infraestrutura capaz
de atender à população residente e à população flutuante. Nenhum dos destinos é exclusivamente
turístico e, dadas as características sociais e históricas de formação dos municípios goianos,
justifica-se o investimento em turismo integrado com base no desenvolvimento social, que chega
por intermédio desta atividade e de seus desdobramentos em outros negócios.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
154
3.4.1 Rede de acesso ao Polo – Sistemas de Transportes
No caso do Polo do Ouro, o conceito de rede de transportes é mais bem aproveitado pelos turistas
estrangeiros e residentes em outros Estados que, por força da necessidade geográfica, precisam
utilizar diferentes modais de transporte para seu deslocamento até os principais pontos turísticos
da região. Ainda assim, não haverá variações entre os dois principais motores do turismo
brasileiro: os transportes aeroviários e rodoviários.
O acesso aos destinos do Polo se dá prioritariamente por rodovias. Pirenópolis possui pista de
pouso – aeródromo, com capacidade para pequenos aviões, não atendendo a grande fluxo de
passageiros ou vôos comerciais. A portaria da ANAC Nº 969/SAI, de 17 de maio de 2011,
inscreve o Aeródromo Público de Pirenópolis no cadastro oficial de aeródromos abrindo-o ao
tráfego aéreo.
3.4.1.1 Sistema de Transportes Aéreo
Dois aeroportos servem à região do Polo do Ouro. O Aeroporto Internacional de Goiânia e o
Aeroporto Internacional de Brasília. A variação média de tempo para acesso aos aeroportos é de
60 a 180 minutos, dependendo do destino turístico. Porém, o aeroporto de Brasília é o mais
utilizado pelos turistas internacionais para chegar à região, dada sua maior capilaridade de malha
aérea.
O aeroporto de Goiânia possui pista de pouso, atualmente, com 2.200m por 45m, podendo operar
com aeronaves de médio porte tipo B-737, Airbus 320, B-707 e, eventualmente, B-767. Há
planejamento para aumento da capacidade da pista para pouso de aviões maiores. A construção
do novo aeroporto está com as obras suspensas pela INFRAERO por determinação do Tribunal
de Contas da União.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
155
Tabela 28: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Goiânia (em milhões
de passageiros)
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Movimento de
passageiros
(doméstico e
internacional)
991.607 1.236.466 1.376.383 1.546.476 1.554.000 1.772.424 2.348.648 2.802.002
Fonte: Infraero - 2012
Dados da Infraero indicam que Aeroporto Internacional de Brasília – Juscelino Kubitscheck, é o
terceiro em movimentação de aeronaves e o quarto em movimentação de passageiros do Brasil.
Por sua localização estratégica, é considerado hub da aviação civil, ou seja, ponto de conexão
para destinos em todo o País. Com isso, a movimentação de pousos e decolagens é bastante
intensa. Para atender a esta demanda, em dezembro de 2005 foi entregue a segunda pista de
pousos e decolagens que ampliou a capacidade operacional do aeroporto para 555 mil pousos e
decolagens por ano.
Tabela 29: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília (em milhões
de passageiros)
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Movimento de
passageiros
(doméstico e
internacional)
6.840.843 9.426.569 9.699.911 11.119.872 10.443.393 12.213.826 14.347.061 15.398.737
Fonte: Infraero - 2012
Por fim, a estrutura de acesso aéreo ao Polo do Ouro está em condições para atender aos turistas
por meio dos aeroportos de Brasília e Goiâna. Há necessidade urgente de investimentos,
principalmente no aeroporto de Goiânia, que não oferece conforto e não tem uma boa distribuição
de conexões nacionais e internacionais, há necessidade de investimento na intermodalidade.
A construção de rodoviárias ou pontos especiais de transferência para o modal rodoviário nos
aeroportos poderá beneficiar os turistas independentes em viagem ao Polo. Como apresentado
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
156
nas tabelas anteriores, os aeroportos têm tido aumento frequente de passageiros nos últimos
cinco anos e há necessidade de planejar para evitar superlotação e prejuízo do turismo.
Apesar da proximidade destes dois grandes aeroportos, percebe-se que a limitação de acesso
aéreo é um dos fatores limitantes de demanda. Porém, a rede de acesso rodoviária ao Polo
ameniza em parte esse problema, conforme apresentado em seguida.
3.4.1.2 Sistema Rodoviário de Transportes
O Polo do Ouro tem acesso rodoviário facilitado pelo eixo da BR-070 e tem localização
privilegiada entre Goiânia e Brasília. Porém seu acesso ainda não é totalmente duplicado e a
sinalização, apesar de existente, não é eficiente do ponto de vista turístico. As principais rodovias
na malha viária deste Polo são apresentadas no mapa da Figura 20. Já as condições, mais
atualizadas, das principais rodovias estaduais e federais que atravessam os municípios do Polo
são apresentadas na tabela 30.
Mesmo operando com alto tráfego, a BR-070, principal rodovia do Polo, ainda suporta o fluxo de
turistas, mas há necessidade de melhorar os acessos às cidades e a distribuição viária, por meio
de sinalização, dentro das mesmas, facilitando o acesso ao produto turístico e proporcionando
circulação apropriada dentro da região.
Tabela 30: Principais Rodovias e Condições de Pavimentação do Polo
Município Rodovia Condição
Abadiânia BR - 060 Pista dupla no trecho Anápolis / Abadiânia / Alexânia
GO - 338 Pista simples
Cocalzinho de Goiás BR - 414 Pista Simples
BR - 070 Pista Simples
Corumbá de Goiás BR - 414 Pista Simples
GO - 225 Pista Simples
Cidade de Goiás GO - 070 Pista Simples
GO -164 Pista Simples
Jaraguá BR - 153 Pista Simples
GO - 080 Pista Simples
GO - 427 Pista Simples
Pirenópolis GO – 431 Pista Simples
GO – 225 Pista Simples
GO - 338 Pista Simples Fonte: Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
157
Sobre a manutenção das estradas, atualmente, há projetos para pavimentação e duplicação de
rodovia apresentados na tabela 31.
Tabela 31: Projetos de Melhoria nas Rodovias do Polo
Município Rodovia Serviço/Obra
Cocalzinho de Goiás BR – 070 (Trecho Cocalzinho / BR 153- Jaraguá)
Obras de pavimentação em andamento. Responsabilidade: DNIT
Cidade de Goiás GO – 070 (trecho Inhumas / Goiás)
Projeto de duplicação da rodovia em fase de licitação
Jaraguá BR - 153 Obras de pavimentação em andamento. Responsabilidade: DNIT
Pirenópolis GO – 431 (ligação com Caxambú)
Obras de pavimentação em andamento
Fonte : Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
158
Figura 20: Mapa com as Principais Rodovias do Estado de Goiás
Fonte: Plano de Desenvolvimento de Transportes do Estado de Goiás - 2007
A BR-070 é, em quase toda sua extensão, pavimentada, com trecho duplicado dentro do Distrito
Federal e de mão única. Apesar de boas condições gerais, carece de recuperações de asfalto,
principalmente nas proximidades de Cocalzinho. Segundo o Banco de Informações e Mapas do
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
159
Ministério dos Transportes, há trechos em ampliação já planejados e trecho com obras em
execução, principalmente para recuperação do asfalto. Esta rodovia é de grande importância para
o acesso ao Polo do Ouro e está listada entre as prioridades de infraestrutura para a região.
De acordo com informações do Ministério do Turismo e do Ministério dos Transportes, a
sinalização da BR-070 apresenta variações em seu curso no Estado de Goiás. Na saída de
Brasília, apresenta-se bem sinalizada e segue com informação técnica até Pirenópolis, onde
recebe poucas indicações turísticas. Nos trechos seguintes, há menor incidência de sinalização
turística, mas razoável identificação para as principais conexões da estrada. Na chegada à Cidade
de Goiás, há carência de sinalização para os principais pontos de lazer.
As BRs 414 e 153 estão em boas condições de conservação, mas há maior destaque para a BR-
153, que possui trechos duplicados e com boa sinalização na chegada a Goiânia (ao sul do Polo
do Ouro). Ainda assim, na região do Ouro, a estrada possui boa sinalização e tem canteiros bem
conservados. Há ocupação territorial à beira da estrada em pontos isolados, principalmente nas
chegadas às cidades, mas, em geral, apresenta fluidez de tráfego.
As rodovias Estaduais GO-338 e GO-225, também dão acesso aos destinos do Polo, se buscadas
rotas alternativas e, assim como as rodovias federais, apresentam trechos duplicados, mas
prevalecem os de pista simples. Segundo a Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP,
as pistas apresentam remendos esparsos e pavimento irregular, laterais roçadas e elementos de
drenagem limpos e pintados. As faixas de sinalização estão em condições precárias,
principalmente no trecho do 22 km, entre Corumbá de Goiás e Pirenópolis.
A Cidade de Goiás tem fluxo oriundo de Goiânia maior que as demais cidades do Polo do Ouro.
Segundo a AGETOP, a rodovia GO-070 (futura conexão direta entre as duas cidades citadas) vem
sofrendo melhorias e duplicação, que já atendeu à cidade de Inhumas (metade do caminho entre
a nova e antiga capital do Estado). Porém, ainda há trecho a ser construído e asfaltado, para
conectar a estrada diretamente à Cidade de Goiás.
Corumbá de Goiás possui acesso viário bem sinalizado, mas não existe sinalização turística. O
município beneficia-se do acesso pela radial BR- 414, que corta o município é facilitado pelas BRs
070 e 153, mantidas pelo Governo Federal, fazendo com que a gestão Municipal ou Estadual
tenha oportunidade de direcionar futuros investimentos de acessos aos pontos turísticos.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
160
Abadiânia, estando localizada às margens da BR-060, possui acesso facilitado pela sinalização
viária, mas não possui sinalização turística. Além da BR-060, o município beneficia-se também
pela BR-070, mantidas pelo Governo Federal, fazendo com que a gestão Municipal ou Estadual
tenha oportunidade de direcionar futuros investimentos para acessos aos pontos turísticos. Os
visitantes que chegam ao município de ônibus são obrigados a desembarcar ou embarcar em
pontos localizados na rodovia que atende ao município. Além de pouco sinalizado, o acesso aos
pontos turísticos não é 100% asfaltado nas vias que cortam o destino turístico, havendo a
necessidade de priorização e planejamento para verificar a necessidade de pavimentação de
acesso.
Cocalzinho de Goiás possui acesso sinalizado para quem chega pela principal rodovia de acesso,
mas não há sinalização turística que oriente os visitantes. Beneficia-se do acesso pelas rodovias
federais BR-414 e BR-070. A rodoviária é atendida por linhas diretas que interligam o Polo
Industrial de Anápolis ao município, operadas por empresas de ônibus regulares que oferecem
conexões com Brasília, Goiânia e cidades vizinhas, além de ligações alternativas de linhas
intermunicipais que atravessam o município. Além de pouco sinalizado, o acesso aos pontos
turísticos não é 100% asfaltado, havendo a necessidade de priorização e planejamento de
pavimentação de acesso.
Jaraguá é a cidade mais populosa do Polo do Ouro, mas carece de infraestrutura de sinalização
para acesso aos seus pontos turísticos principais. Dados da Secretaria de Transporte indicam que
há oito empresas de ônibus operando em sua rodoviária e que há partidas regulares para todas as
cidades do Polo do Ouro. Como já relatado em exemplos anteriores, também em Jaraguá, há
sinalização turística viária, mas está em condições precárias, limitando-se a informações de
acessos aos destinos e não possuindo, portanto, sinalização descritiva nos atrativos.
Ainda dentro do tema, há necessidade de investimento nos terminais rodoviários de embarque e
desembarque de ônibus nos destinos turísticos. Além da precariedade de infraestrutura, há
necessidade de planejamento e reestruturação de todo o sistema de transporte rodoviário (ônibus
de passageiros), para adequação de horários e legalização do uso deste modal para o turismo,
dificultando o deslocamento dos turistas ao Polo.
Como atualmente o principal mercado consumidor deste Polo é o próprio residente no Estado de
GO e os turistas que partem do DF, que se deslocam, em sua maior parte, em veículo particular,
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
161
as rodovias cumprem bem seu papel de ligação do Polo com estes principais mercados, porém
com muita carência de manutenção. Pensando na ampliação do fluxo de turistas será necessário
realizar investimentos na melhoria destas rodovias.
3.4.2 Sistema de Abastecimento de Água
No Polo do Ouro, os municípios atendidos pela Empresa de Saneamento de Goiás - SANEAGO
são Pirenópolis, Cidade de Goiás, Jaraguá e Cocalzinho. Nestas localidades, há tratamento de
água do tipo convencional com um sistema de abastecimento público que conduz água potável
até os domicílios e áreas comerciais. Os dados sobre este sistema de abastecimento nestes
municípios é apresentado na Tabela 32, que ainda não atende a 100% das populações urbanas.
Tabela 32: Abastecimento de Água nos Municípios do Polo
Fonte: SANEAGO – junho 2010
De acordo com o Relatório Anual da Qualidade da Água Distribuída, emitido pela SANEAGO, em
2008, na cidade de Goiás, os mananciais Córrego do Bacalhau, Poço Goiás (Conjunto
Felicíssimo), Córrego Pedro Ludovico e Poço Goiás (Vila Iracy) apresentavam boa qualidade de
água para ser tratada para consumo humano.
Os municípios que compõem o Polo do Ouro estão situados sob a Bacia Hidrográfica do Rio
Araguaia. Nesta bacia, foram identificadas práticas agropecuárias e de desmatamento que podem
ocasionar a poluição e a degradação dos mananciais do Córrego do Bacalhau e Pedro Ludovico.
Já no Conjunto Felicíssimo e Vila Iracy, foram identificados efluentes sem tratamento que podem
ocasionar a poluição e degradação do poço tubular profundo.
Quanto à existência de estações de tratamento de água no Polo do Ouro, de acordo com dados
da SANEAGO, os municípios de Pirenópolis, Cidade de Goiás e Jaraguá possuem estações com
este fim. Também de acordo com dados da SANEAGO, os municípios de Pirenópolis, Jaraguá e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
162
Cocalzinho tiveram concluídos, entre os anos de 2005 e 2007, projetos de ampliação de sistemas
de tratamento de água.
Os municípios de Abadiânia e Corumbá de Goiás são atendidos, respectivamente, no que tange à
prestação de serviços de saneamento básico, pela FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) e
pela SAAE (Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto) de âmbito municipal e por esse motivo
não aparecem na tabela acima.
O município de Abadiânia possui, de acordo com representantes do Governo Municipal, boa
qualidade de água para consumo e fornecimento contínuo para a população. De acordo com
dados do IBGE (2000), 60,2% dos domicílios do município são atendidos com rede geral
canalizada. A Prefeitura de Abadiânia alega que o percentual da população atendida por este
sistema chegou a 92% na área urbana em 2008, e que o índice de estabelecimentos de serviços,
comércio e meios de hospedagem interligados a esta rede chegou a 38% no mesmo ano –
estimativa municipal da cobertura da área urbana em que se concentram estes serviços. Existe
uma estação de tratamento de água que atende ao destino, sob a qual há uma política de
monitoramento da qualidade do produto ofertado, que determina as condições de potabilidade. Já
a Prefeitura de Corumbá de Goiás não possui nenhum tipo de dado a respeito do abastecimento
de água do município, também não foi possivel levantar informações junto à SAAE para
detalhamento das condições do sistema de abastecimento de água em Corumbá.
Em nenhum dos municípios foram registradas deficiências de abastecimento nos
estabelecimentos comerciais e turísticos, da mesma forma, não foram identificados problemas no
abastecimento de água que possam ser empecilhos ao aumento do fluxo de turistas no Polo.
3.4.3 Sistema de Esgotamento Sanitário
Dados da Saneago indicam que 36,9% da população urbana do Estado é atendida através de
sistemas de coleta de esgoto (dados consolidados 2008), sendo 29,9% o índice de população
atendida com tratamento de esgoto. Neste ano, a extensão de rede coletora atingiu 4.888.127 m e
o número de estações de tratamento (ETEs) em operação totalizou 478.
8 ver: site Saneago - www.saneago.com.br
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
163
A SANEAGO desenvolve iniciativas sobre a qualidade dos processos de coleta e tratamento de
esgotos e seus impactos socioambientais, como exemplificado a seguir9:
Programa de Educação Socioambiental: Este programa contempla palestras
nas escolas sobre a conservação da água, o uso correto das redes coletoras de
esgotos sanitários, o acondicionamento adequado dos resíduos sólidos e a
preservação das matas e florestas ou sua recuperação através de revegetação,
além de orientações na elaboração e implantação de projetos sociais que venham
beneficiar a comunidade.
No Polo do Ouro, somente na Cidade de Goiás, o programa já foi elaborado e apresentado às
autoridades locais.
Os municípios do Polo do Ouro, apesar de seu potencial turístico, não possuem infraestrutura
adequada de esgotamento sanitário. Diante deste cenário, é possível constatar a necessidade de
investimentos na implantação de SES (Sistema de Esgotamento Sanitário), em toda área urbana,
para melhorar a qualidade de vida da população residente.
Nos municípios do Polo do Ouro cobertos pela SANEAGO, apenas a Cidade de Goiás possui 28%
de sua população atendida por um sistema público de coleta de esgoto, conforme apresentado na
tabela 33.
Tabela 33: Esgotamento Sanitário na Cidade de Goiás
Fonte: SANEAGO – 2010
Tanto o município de Goiás, quanto os municípios de Jaraguá e Pirenópolis, apresentam
investimentos previstos em projetos de Esgotamento Sanitário para os próximos anos.
No município de Cocalzinho de Goiás não existem investimentos previstos em projetos desse tipo.
9 ver: site Saneago - www.saneago.com.br
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
164
Em Pirenópolis, o processo de instalação da rede de coleta de esgoto doméstico, coordenado
pela Saneago, está em andamento. O fato de a cidade possuir diversos atrativos tombados pela
União (IPHAN) torna o processo de execução de obras ainda mais lento, porém, ainda mais
necessário. É de fundamental importância resolver o problema da falta de coleta e tratamento de
esgoto em Pirenópolis por se tratar do principal destino do Polo e também por ter como principal
apelo o turismo cultural, que se realiza em área urbana e estimula o aglomerado de pessoas em
pequenos espaços geográficos.
Já a cidade de Corumbá de Goiás (gestão SAAE municipal) está entre os municípios de Goiás
que foram contemplados a partir de 2010 com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento
(PAC) do Governo Federal.
No município de Abadiânia (gestão da FUNASA), houve projetos de ampliação da rede coletora
de esgoto, mas não há previsão para novos investimentos em projetos de ampliação na área a
curto prazo. De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura, responsável pelo acompanhamento
das atividades da FUNASA, a rede coletora existente adota a configuração de separador absoluto
(há fluxo independente de esgoto e de águas pluviais). Ainda de acordo com dados fornecidos
pela gestão municipal, o índice de estabelecimentos de serviços, comércio e meios de
hospedagem interligados a esta rede chegou a 38% da área turística. Existe uma estação de
tratamento de esgoto que atende ao destino, com percentual de 84% de esgoto tratado, segundo
a Gestão Municipal.
Apesar de, na cidade de Corumbá de Goiás, a rede coletora de esgoto ser de responsabilidade da
Prefeitura, segundo consta no próprio Plano Diretor Municipal, não há dados conclusivos sobre a
abrangência da cobertura desta rede. Dados do IBGE (2000) demonstram que existem menos de
5% dos domicílios ligados à rede geral de esgotamento sanitário.
A precariedade da infraestrutura de sistemas de esgotamento sanitário para o Polo já constitui
fator de risco para o meio ambiente, conforme avaliação de representantes de governos locais,
durante as oficinas realizadas para construção do PDITS. Da mesma forma, a constante presença
de pontos com esgoto a céu aberto e áreas desassistidas pela coleta de esgotamento, têm
prejudicado o desenvolvimento da atividade turística, sobretudo nos períodos chuvosos. É preciso
investir neste setor para sanar esses problemas com urgência.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
165
3.4.4 Sistema de Limpeza Urbana e Disposição de Resíduos Sólidos
As cidades do Polo do Ouro têm modelo diferenciado de tratamento do lixo. Em geral, a maior
parte da população é atendida pela coleta e há local específico para o despejo dos resíduos. A
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH desenvolve trabalho de
conscientização junto aos municípios turísticos para melhor adequação das condições de
tratamento e armazenamento dos resíduos. Recentemente, o Órgão Estadual realizou um
levantamento preliminar das condições dos espaços de destinação de lixo doméstico gerado em
área urbana e rural em todas as regiões administrativas do Estado e constatou que menos de 2%
dos municípios possuem como ambiente de alocação dos resíduos sólidos espaços na categoria
aterro sanitário.
Há preocupação maior nos períodos de alta temporada, quando se percebe o despreparo dos
destinos para recolher o lixo e executar a limpeza urbana em menor intervalo de tempo. Estes
problemas já estão em análise e vêm experimentando interferência em atividades de cooperação
entre governos federal, estadual e municipal – por intermédio do Ministério da Integração Nacional
por meio do programa Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).
Há necessidade, portanto, de avançar nas atividades de destino dos resíduos e destruição dos
mesmos.
As Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Pirenópolis, Cocalzinho, Corumbá e
Abadiânia estão nas etapas finais da implementação de um consórcio intermunicipal, em parceria
com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e como parte da
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), da Secretaria de
Desenvolvimento do Centro-Oeste.
A Lei Nº 11.445/200 tornou obrigatória a elaboração da Política e do Plano de Saneamento Básico
para a RIDE. Os municípios terão até dezembro de 2014 para elaborar o Plano, que inclui quatro
eixos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e aterro sanitário.
Os dados mais recentes sobre a produção de lixo urbano, bem como as características de sistema
de limpeza urbana e destinação de resíduos sólidos são apresentadas nas tabelas 34 e 35. Na
limpeza pública, cabe ressaltar, nos municípios, o processo de conscientização da população
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
166
liderado pela Comissão de Limpeza Pública Municipal, principalmente para os períodos de alta
temporada.
Tabela 34: Produção de Lixo Urbano e Sistema de Depósito Existente
Município
Produção de lixo urbano (toneladas / dia)
Sistema de depósito
Abadiânia 8 Lixão
Cocalzinho de Goiás 10 Lixão
Corumbá de Goiás 6,5 Aterro Controlado
Cidade de Goiás 12 Lixão
Jaraguá 20 Aterro controlado
Pirenópolis 15 Aterro controlado
Fonte: SEMARH – Estudo desenvolvido de agosto 2008 a abril 2009
Tabela 35: Sistema de Limpeza Urbana e Gestão de Resíduos Sólidos nos Municípios do
Polo
Há coleta regular de lixo?
Há coleta seletiva de resíduos?
Há serviço público de varrição e manutenção de meio fios?
Há icineração de resíduos?
Há usina de compostagem de lixo?
Abadiânia Sim Não Sim Não Não
Cocalzinho de Goiás
Sim Não Sim Não Não
Corumbá de Goiás
Sim Não Sim Não Não
Cidade de Goiás
Sim Não Sim Não Não
Jaraguá Sim Não Sim Não Não
Pirenópolis Sim Não Sim Não Não
Fonte: Elaborado por FGV – pesquisa de campo junto aos municípios- 2009
Portanto, é necessário se investir no sistema de coleta e destinação de resíduos sólidos para
melhor receber o turista e manter a limpeza local. O sistema atual já não atende à demanda da
população residente e já apresenta sinais de estrangulamento nos momentos de maior fluxo de
turistas. Um potencial aumento deste fluxo agravará ainda mais a situação.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
167
3.4.5 Rede de Drenagem Pluvial
O sistema da drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área
urbana. A sua função é captar e dispor racionalmente o escoamento superficial gerado pelas
chuvas, protegendo a infraestrutura existente. Quando esta função, é menosprezada pelas
administrações municipais, é comum as cidades apresentarem problemas de inundação,
danificando pavimentos e outras obras de infraestrutura. Nessa situação, as águas pluviais podem
entrar nas tubulações de águas servidas, colapsando todo o sistema. Isto ocorre porque o
escoamento superficial sempre ocorrerá, exista ou não sistema de drenagem, pois o fluxo busca
as partes baixas das cidades.
Em todas as cidades do Polo, há ocorrências isoladas de inundações, com possibilidades de
consequências para a saúde pública e danos materiais à estrutura urbana e turística. A rede de
drenagem pluvial não atende todas as áreas urbanas e há danos à atividade turística. Há
necessidade de investimento na adequação dos critérios de escoamento de águas. Os municípios
têm propostas isoladas de soluções de escoamento, mas há carência de planejamento que
atenda ao Polo continuamente.
No caso de Pirenópolis e Cidade de Goiás, este problema é ainda mais sério em função de ser o
sítio histórico o principal atrativo dos municípios. Em ambos os casos, o Centro Histórico Urbano
tem problemas sérios de drenagem pluvial, inclusive pela falta de sistema de esgotamento e rede
coletora de águas pluviais com destinação e tratamento adequado. A experiência do turista pode
ser prejudicada em função destes alagamentos, inclusive por não conseguir se deslocar pelo
município e pelos atrativos.
3.4.6 Transporte Urbano
Um destino turístico se caracteriza por seus equipamentos e pela facilidade de acesso aos
mesmos. O transporte urbano, apesar de originalmente projetado para atender à população local,
é de grande utilidade para os turistas independentes e é indicador de desenvolvimento da
infraestrutura da cidade.
Em Pirenópolis, Cidade de Goiás, Corumbá e Jaraguá, há linha regular de ônibus, porém não há a
circulação de ônibus urbanos nos principais atrativos turísticos, em especial nos atrativos naturais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
168
O acesso deve ser feito por carro ou veículo fretado, mas é evidente a baixa oferta de opções de
estacionamento no entorno das áreas turísticas. Representantes da iniciativa privada e da gestão
local alegam que, nos períodos de maior circulação de turistas (fins de semana e feriados), o fluxo
maior de carros no centro histórico agrava o problema de insuficiência de vagas de
estacionamento. Como os principais monumentos históricos Casas de Cultura, Igrejas e Praças)
estão localizados em Centro Histórico, o acesso dos turistas também pode ser feito a pé. Este
componente, inclusive, é explorado como parte integrante do produto turístico cultural.
Em Abadiânia e Cocalzinho não há linha regular de ônibus e não há conexões para os principais
atrativos turísticos. O acesso deve ser feito por carro ou ônibus fretado e há poucas opções de
estacionamento.
3.4.7 Sistemas de Comunicação
Sobre os sistemas de comunicação, os municípios do Polo possuem infraestrutura que atende às
necessidades da população e à atual demanda turística. Um ponto de atenção é a inexistência da
Rede de Banco 24h nos municípios do Polo, o que constitui uma restrição quanto à prestação de
serviços para a atividade turística, dado que este serviço concentra diversas bandeiras de bancos
nacionais para operações de saque em espécie e pagamentos, com cartões de crédito e débito.
As características dos sistemas de comunicação serão descritas nos próximos parágrafos.
Todos os municípios possuem acesso a TV aberta, de grande amplitude no Estado e com boa
cobertura urbana ou rural. O sistema de televisão também pode ser acessado por meio de
antenas parabólicas, captando sinal aberto dos satélites. A TV paga pode ser acessada via cabo
ou via satélite, e está disponível para todos os municípios do Polo. Não há restrições para acesso
a programação por rádio. No que diz respeito a jornais e revistas, há disponibilidade de acesso a
periódicos regionais, estaduais e nacionais em todos os municípios. Geralmente há pouco acesso
à literatura em língua estrangeira.
Nas cidades componentes do Polo, há operação regular de telefonia cabeada e celular com
cobertura em 100% da área urbana. A maioria das operadoras de telefonia celular possui acordos
de operação digital nos centros urbanos. Quanto à existência de telefones públicos, a tabela
abaixo apresenta a quantidade de telefones por município do Polo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
169
Tabela 36: Número de Telefones Públicos no Polo do Ouro
Pirenópolis Cidade de Goiás
Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho
N°. de telefones públicos
120 218 48 92 207 92
Fonte: Site Anatel, 2010
O uso da internet é disponibilizado em banda larga e via rede discada, com possibilidade de
acessos em lan houses e, em poucos casos, em hotéis. Nos CATs não é disseminada a prática de
uso gratuito de internet para pesquisa de atrativos turísticos.
Quanto à presença de agências dos Correios, a tabela abaixo apresenta a quantidade por
município do Polo.
Tabela 37: Número de Agências de Correio no Polo do Ouro
Pirenópolis Cidade de Goiás
Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho
N°. de agências dos Correios
3 3 1 1 2 1
Fonte: Site Correios, 2010.
Não foram registrados problemas no sistema de comunicação que possam ser impeditivos do
aumento de demanda turística no Polo.
3.4.8 Sistemas de Cobertura de Iluminação Pública
A Companhia de Energia de Goiás – CELG é a responsável pela gestão do fornecimento elétrico
e mantém relação direta com as prefeituras locais para adequação e avaliação nas necessidades
de ampliação do sistema. Nos últimos anos houve pouco investimento em energia elétrica na
região. Para o período de 2011 a 2014, de acordo com informações fornecidas pela CELG, é
previsto um investimento de, aproximadamente, R$ 53 milhões no sistema de abastecimento de
energia elétrica para os municípios que integram o Polo.
Em geral, os municípios do Polo do Ouro possuem boa cobertura em sua área urbana e nos
principais pontos turísticos urbanos, mas há deficiência na estabilidade do serviço. Como o Polo
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
170
tem características culturais fortes, a maioria de seus produtos encontra-se dentro da área de
cobertura de energia elétrica. O maior problema encontrado não diz respeito à cobertura, mas sim
à estabilidade do sistema, que sofre quedas repentinas em momentos de maior utilização ou
mediante condições climáticas instáveis, sobretudo no município de Pirenópolis.
A instabilidade ainda não compromete a exposição do produto turístico principal – cultural, mas já
começa a apresentar sinais de estrangulamento, necessitando de investimentos com certa
urgência. Também os atrativos naturais - cachoeiras e o Parque Serra dos Pirineus – que se
encontram em distritos de área rural são igualmente atendidos por abastecimento de energia
elétrica (conforme tabela 38).
O fornecimento atende a grande maioria da população e áreas de interesse turístico, conforme
apresentado na tabela 38. Na tabela 39, há o detalhamento deste fornecimento por classe de
consumidor, com destaque para o abastecimento residencial e rural. Há fornecimento contínuo e
ininterrupto na rede utilizada, fora dos períodos de alta temporada.
Em épocas de maior fluxo de turistas, a demanda torna-se maior do que a capacidade instalada, o
que gera a necessidade de instalação de geradores em meios de hospedagem de maior porte e
utilização de fornecimento especial para eventos. Esta maior incidência de fluxo de visitantes
contribui para maior consumo e baixa performance de um dos indicadores de estabilidade, o FEC
(Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), em especial na Cidade de
Goiás e nas regiões urbanas de Jaraguá e Pirenópolis. Em todas estas regiões, o desempenho
está aquém das metas estabelecidas, neste indicador, pela CELG.
Tabela 38: Taxa de Atendimento de Eletricidade Urbana e Rural – Polo do Ouro
Estado Município Índice de Atendimento
TOTAL (%)
Índice de Atendimento
Urbano (%)
Índice de Atendimento
Rural (%)
GO Abadiânia 98,03 98,49 96,51
GO
Cocalzinho de
Goiás 97,93 98,27 96,90
GO
Corumbá de
Goiás 93,58 94,00 92,73
GO
Cidade de
Goiás 95,85 96,02 95,05
GO Jaraguá 96,71 96,96 95,06
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
171
Estado Município Índice de Atendimento
TOTAL (%)
Índice de Atendimento
Urbano (%)
Índice de Atendimento
Rural (%)
GO Pirenópolis 98,10 98,40 97,01
Fonte: ANEEL; IBGE; CELG-DC-SCE (2008)
Quanto ao número de consumidores de energia existentes no Polo:
Tabela 39: Número de Consumidores de Energia no Polo do Ouro
Fonte: CELG , 2010
3.4.9 Serviços de Saúde
O Estado de Goiás possui a maior relação de leitos para cada 1.000 habitantes da região Centro -
Oeste. Os dados apresentados nesta análise permitem medir a cobertura hospitalar e o
atendimento à saúde para os munícipes – sistema este compartilhado com o turista e população
itinerante quando necessário. A Tabela a seguir apresenta o número de leitos hospitalares para
cada 1.000 habitantes, ao final do ano de 2005, segundo os Estados da região Centro - Oeste.
Tabela 40: Leitos por 1.000 hab. Estado de Goiás
Tabela: Número de Leitos para 1.000 habitantes por Unidade de Federação
Região Centro-Oeste - 2005
UF
Número de Leitos para 1.000 habitantes
População Residente
Centro -Oeste 2,62 13.040.246
Mato Grosso do Sul 2,73 2.267.094
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
172
Mato Grosso 2,39 2.807.482
Goiás 2,90 5.628.592
Distrito Federal 2,13 2.337.078 Fonte: Dados IBGE, 2005
Quando avaliada a evolução do número de estabelecimentos de saúde no período 1999-2005, no
Brasil e em Grandes Regiões, o Centro - Oeste foi a região brasileira que apresentou maior taxa
de crescimento de número de estabelecimentos de saúde (82,56%) quando comparado à taxa de
crescimento Brasil (37,18%), mesmo ocupando a 4º posição, no ano de 2005, entre as grandes
regiões brasileiras, quando analisado o volume absoluto de estabelecimentos.
No Polo do Ouro, conforme dados do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Sáude - CNES,
Tabela 41, destaca-se a ausência de leitos hospitalares em Abadiânia, caracterizada pela
existência de estruturas de atendimento de serviços básicos como Postos e Centros de Saúde.
Tabela 41: Número de Estabelecimentos de Saúde e Leitos Hospitalares no Polo do Ouro
Município No. de Estabelecimentos No. de Leitos Hospitalares
Abadiânia 17 0
Cocalzinho de Goiás 9 35
Corumbá de Goiás 7 29
Cidade de Goiás 27 155
Jaraguá 27 91
Pirenópolis 18 61 Fonte: CNES, 2012
Avaliando-se os tipos de Estabelecimentos de Saúde existentes no Polo e os serviços médicos
oferecidos (tabela 42), destaca-se a Cidade de Goiás pela combinação das variáveis quantidade
de estabelecimentos e diversidade de serviços prestados, uma vez que apresenta o maior número
de tipo de serviços, dentre os municípios do Polo.
Tabela 42: Tipos de Estabelecimentos de Saúde no Polo do Ouro
Abadiânia Cocalzinho
de Goiás Corumbá de Goiás
Cidade de
Goiás Jaraguá Pirenópolis
Posto de Saúde 8 5 8 Centro de Saúde / Unidade
Básica 6 4 2 4 11 4
Hospital Geral 1 1 3 2 2 Pronto Socorro Geral 1 Consultório Isolado 1 3 2
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
173
Abadiânia Cocalzinho
de Goiás Corumbá de Goiás
Cidade de
Goiás Jaraguá Pirenópolis
Clinica Especializada / Ambulatório de Especialização
1 1 3
Centro de Atenção Psicossocial
1
Central de Regulação de Serviços de Saúde 1
Unidade Móvel Pré-Hospitalar Urgência /
Emergência 1 1 2 1
Unidade Mista 1 Unidade de Diagnose e
Terapia 3 1 4 7 1
Unidade de Vigilância em
Saúde 1 1 1
Fonte: CNES, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
174
Tabela 43 - Serviços de Saúde no Polo
Abadiânia de Goiás
Cocalzinho de Goiás
Corumbá de Goiás
Cidade de Goiás
Jaraguá Pirenópolis
Estratégia de Saúde da Família x x x x x x
Regulação Assistencial dos Serviços de Saúde x x
Estratégia Agentes Comunitários da Saúde x
Serviço de Apoio à família x
Serviço de Diagnóstico por Anatomia Patológica x x
Serviço de Atenção ao Paciente com Tuberculose x x x x x x
Serviço de Controle de Tabagismo x
Serviço de Atenção PsicosSocial x
Serviço de Atenção ao pre Natal parto e Nascimento x x x x x x
Serviço de Atenção à Saúde Auditiva x
Serviço de Atenção à Saúde Reprodutiva x x x
Diagnóstico por Imagem x x x x x x
Fisioterapia x x x x
Diagnóstico por Métodos Gráficodinâmicos x x x x x x
Hemoterapia x x x
Triagem NeoNatal x
Urgências x x x
Vigilância em Saúde x x x x x x
Serviço de Reabilitação x
Serviço de Endoscopia x x
Serviço de Oftalmologia x
Central SAMU 192 x
Posto de Coleta de Materiais Biológicos x x x
Diagnóstico por Laboratório Clínico x x x x x x
Fonte: CNES– 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
175
Em todos os municípios do Polo, as estruturas de atendimento de saúde concentram-se nas
sedes administrativas ou próximas às áreas de concentração de empreendimentos turísticos
(restaurantes, meios de hospedagem e serviços em geral). Entretanto, como se pratica Turismo
de Aventura e Ecoturismo em alguns atrativos destes municípios, como nos Parques Serra dos
Pirineus e Jaraguá, na Serra Dourada e em cachoeiras, o eventual aumento não monitorado da
atividade turística, nestes municípios, demandaria planejamento da gestão pública local e estadual
para a oferta de suporte técnico adequado ao cidadão e ao turista.
3.4.10 Serviços de Segurança
Ao tratar sobre políticas municipais para segurança pública no Brasil, ainda existe carência de
indicadores que permitam estabelecer padrões e comparações sobre prevenção de criminalidade
e eficiência sobre a gestão de serviços de segurança pública. Da mesma forma, há esta carência
quando se trata do estabelecimento de causas (como deficiência educacional, níveis de pobreza
da população e desemprego) para índices de criminalidade, bem como seu impacto sobre outros
aspectos da gestão municipal como a gestão do sistema de saúde. Para o desenvolvimento de
turismo, é imprescindível para o turista doméstico e internacional uma boa política de gestão de
segurança, preferencialmente com aparato especializado para seu atendimento.
Neste tópico, avaliou-se a existência e suficiência de grupamentos de polícias civil e militar, além
de Corpo de Bombeiros, nos municípios integrantes do Polo. As informações foram obtidas junto a
estas entidades.
Tabela 44: Polícia Civil no Polo do Ouro
Abadiânia de
Goiás
Cocalzinho
de Goiás
Corumbá de
Goiás
Cidade de
Goiás (*)
Jaraguá Pirenópolis
Efetivo 6 5 5 29 14 15
N°. de Viaturas 2 2 1 13 2 4
Estutura Física 1 1 1 3 1 1
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás – 2010
(*) A Cidade de Goiás possui uma Delegacia Regional de Polícia; uma Delegacia de Polícia Municipal e um Grupo Especial de
Repressão a Narcóticos.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
176
Tabela 45: Polícia Militar no Polo do Ouro
Abadiânia
de Goiás
Cocalzinho
de Goiás
Corumbá de
Goiás
Cidade de
Goiás
Jaraguá Pirenópolis
Efetivo 42 37 19 108 22 61
N°. de Viaturas 6 6 4 20 6 21
Estutura Física 1 1 1 1 1 1
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, 2010
Tabela 46: Corpo de Bombeiros no Polo do Ouro
Abadiânia de
Goiás
(atendida
por
Anápolis)
Cocalzinho
de Goiás
(atendida por
Pirenópolis)
Corumbá de
Goiás
(atendida por
Pirenópolis)
Cidade de
Goiás
Jaraguá Pirenópolis
Efetivo 121 22 22 26 24 22
N°. de
Viaturas
32 12 12 9 7 12
Estrutura
Física
Não há. Está
previsto um
destacamento
para Unidade.
Não Há Não há 1 1 1
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, 2010
Somente em Pirenópolis a Polícia Militar possui grupamento com treinamento especial para
atendimento ao turista. Nos demais municípios que integram o Polo, não existem grupamentos
específicos para este fim.
Em abril de 2009, a Prefeitura de Pirenópolis assinou convênio com o Ministério da Justiça,
tornando-se um dos 12 municípios do país selecionados para o PRONASCI (Programa Nacional
de Segurança Pública com Cidadania). A partir da celebração deste convênio, serão planejadas e
executadas ações em conjunto com o Ministério da Justiça de forma a articular políticas de
segurança com ações sociais, priorizar a prevenção de crimes e buscar atingir as causas da
criminalidade. Entre os principais eixos do PRONASCI, destacam-se a valorização dos
profissionais de segurança pública, a reestruturação do sistema penitenciário, o combate à
corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
177
Outro aparato de segurança fundamental para a operacionalização da atividade turística nos
municípios que compõem o Polo do Ouro é a existência de estruturas do Corpo de Bombeiros,
presente na região e subordinado à Secretaria da Segurança Pública do Estado.
Na cidade de Pirenópolis, a 11ª Companhia Independente de Bombeiro Militar – CIBM/Pirenópolis
mantém um contingente operacional de 22 homens para atender áreas de risco, entre elas o
entorno do Rio das Almas e as cachoeiras do Abade; Bom Sucesso; Meia Lua; do Rosário;
Lázaro; Lagoa do Samuel; Rio Corumbá; e Salto do Corumbá. Nos períodos de maior
concentração de turistas nos municípios do Polo (principais feriados e períodos de férias) são
mantidos dois homens para atendimento a emergências na Lagoa do Samuel, no município de
Cocalzinho de Goiás, e no Rio Corumbá e na Cachoeira Salto de Corumbá, em Corumbá de
Goiás.
3.4.11 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Tabela 47: IDH dos Municípios que Compõem o Polo do Ouro
Município / EstadoIDHM,
1991
IDHM,
2000
IDHM-
Renda,
1991
IDHM-
Renda,
2000
IDHM-
Longevida
de, 1991
IDHM-
Longevida
de, 2000
IDHM-
Educação,
1991
IDHM-
Educação,
2000
Cidade de Goiás 0,652 0,736 0,615 0,655 0,626 0,705 0,714 0,847
Jaraguá 0,636 0,728 0,579 0,653 0,637 0,727 0,691 0,803
Abadiânia 0,652 0,723 0,593 0,628 0,656 0,743 0,706 0,797
Corumbá de Goiás 0,654 0,716 0,578 0,635 0,699 0,73 0,685 0,782
Pirenópolis 0,638 0,713 0,579 0,64 0,663 0,711 0,673 0,789
Cocalzinho de Goiás 0,614 0,704 0,576 0,596 0,632 0,735 0,633 0,78
ESTADO DE GOIÁS 0,7 0,776 0,661 0,718 0,654 0,74 0,741 0,86
Fonte : PNUD - 1991/2000
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
178
Segundo dados do PNUD, o IDH de Goiás e dos seis municípios que integram o Polo do Ouro
estão classificados como tendo médio desenvolvimento, de acordo com tabela acima. Entre 1991
e 2000, houve uma melhora no índice em todos os municípios da área turística analisada.
Em 1991, todos os municípios do Polo encontravam-se perto do limite inferior de baixo
desenvolvimento humano, com destaque para Cocalzinho de Goiás (0,614). Em 2000, todos os
municípios apresentaram índices que os afastaram de tal proximidade. Os avanços ocorridos são
consequência, principalmente, do aumento significativo dos indicadores referentes à educação em
todos os municípios do Polo. Neste contexto, os municípios da Cidade de Goiás e Cocalzinho de
Goiás se destacam com o crescimento do IDH-M Educação, entre os anos de 1991 e 2000. Vale
ressaltar que no caso de Cocalzinho de Goiás, o crescimento do IDH-M de Educação e do IDH-M
de Longevidade contribuíram para a melhora de posicionamento do município.
3.5 Análise do Quadro Institucional do Polo do Ouro
A gestão institucional da atividade turística no Estado de Goiás é realizada pela Goiás Turismo,
instituição autárquica criada pela lei 13.550 de 11 de novembro de 1999 sob o nome de AGETUR
(Agência Estadual de Turismo). A atual nomenclatura é adotada desde a reforma administrativa
do Estado em 2008. A Goiás Turismo é uma Autarquia com autonomia administrativa, financeira e
patrimonial e encontra-se vinculada à administração direta através da Secretaria de Estado de
Indústria e Comércio.
De acordo com o regimento interno da Goiás Turismo, a esta Autarquia compete:
Executar a política estadual de turismo, compreendendo a identificação, o
desenvolvimento e a exploração de potenciais turísticos do Estado, execução de
ações relacionadas com o turismo, administração do autódromo internacional, dos
aeroportos estaduais localizados em polos turísticos, gestão do contrato de
concessão de exploração do Centro de Convenções de Goiânia, captação de
recursos, prestação de serviços técnicos relacionados com o turismo, o
monitoramento de seus impactos socioeconômicos, ambientais e culturais e a
qualificação de profissionais;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
179
Propiciar o fortalecimento e o crescimento do turismo no Estado de Goiás,
visando intensificar sua contribuição para a geração de renda, ampliação do
mercado de trabalho, elevação dos padrões do bem - estar social, integração
nacional e valorização do patrimônio natural, cultural e técnico - científico;
Fomentar o desenvolvimento do turismo no Estado de Goiás e os processos
sócio-econômico, cultural e técnico-científico, atraindo-o para os Municípios
goianos e sediando, em suas dependências: convenções; feiras; exposições;
congressos; seminários; conferências; e outros eventos de caráter local, regional,
nacional e internacional, atendendo particularidades setoriais, de acordo com a
estrutura e vocação de cada Município;
Promover a divulgação de eventos econômicos, culturais, científicos e
empresariais, em articulação com as demais autarquias estaduais, visando o
desenvolvimento do turismo no Estado de Goiás;
Estimular a ampliação dos negócios turísticos para gerar e atrair novos
empreendimentos, visando o desenvolvimento sócio-econômico do Estado de
Goiás;
Contribuir para a qualidade dos serviços turísticos, no âmbito do Estado de Goiás,
que devem ser compatíveis com as características de mercado e com os
investimentos em turismo;
Garantir padrões internacionais de qualidade na prestação de serviços turísticos,
atendendo produtivamente às necessidades dos turistas;
Participar de planos e programas turísticos coordenados pelo Governo Federal e,
ao mesmo tempo, promover e facilitar o intercâmbio com as demais entidades
turísticas municipais, estaduais, nacionais e internacionais;
Firmar convênios, acordos, contratos, intercâmbios ou parcerias com pessoas
físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras, a fim
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
180
de facilitar e/ou participar de atividades e processos destinados à melhoria, ao
aperfeiçoamento e à inovação do setor turístico;
Pesquisar fontes de financiamento na esfera do Governo Federal, de organismos
internacionais, públicos ou privados, com vistas ao fomento das atividades
turísticas do Estado de Goiás;
Planejar e desenvolver programas e projetos em articulação com organismos
públicos ou privados, com o intuito de desenvolver empreendimentos turísticos no
Estado de Goiás.
Administrar os aeroportos estaduais localizados em polos turísticos.
Para realizar estas atribuições de forma satisfatória, a Goiás Turismo está estruturada conforme o
organograma apresentado na sequência. Na estrutura funcional da existem cinco Diretorias, além
de toda a estrutura do Gabinete da Presidência, para realizar as funções específicas. Cada
diretoria possui uma estrutura própria de gerências para dar suporte técnico e operacional no
desempenho de suas funções, totalizando dez gerências ligadas às diretorias e duas gerências
ligadas diretamente à presidência.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
181
Figura 21: Organograma da Goiás Turismo
Fonte: Goás Turismo, 2012.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
182
A Goiás Turismo, vinculada à Secretaria de Estado de Indústria Comércio e Turismo estará
envolvida na coordenação e execução do PRODETUR Nacional e contará com os seguintes
órgãos na coexecução do Programa:
Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH – tem como
finalidade atuar conjuntamente com os diversos órgãos na preservação e
recuperação do meio ambiente no Estado e administrar a oferta e outorga dos
recursos hídricos para diversos fins, os recursos florestais e a biodiversidade
visando o desenvolvimento sustentável;
Agência Goiana de Esporte e Lazer – AGEL – atua oferecendo à sociedade
acesso a serviços que utilizem o esporte e o lazer como uma ferramenta de
profissionalização, inclusão, promoção e integração social;
Secretaria Estadual de Cultura – SECULT - adota medidas que visem ao
levantamento e à preservação, na esfera estadual, do patrimônio imaterial,
histórico, artístico e arquitetônico, atuando em estreita colaboração com os
municípios. Deve estabelecer critérios e diretrizes para a criação e gestão de
fundos destinados aos municípios e vinculados à Secretaria; e apoiar os
municípios na construção de produtos turísticos culturais;
Companhia Energética de Goiás – CELG – o objetivo desta instituição é contribuir
com soluções e serviços sustentáveis nas áreas de energia, suprindo as
deficiências do segmento nos municípios do Polo que apresentam problemas com
o abastecimento de energia;
Secretaria de Gestão e Planejamento – SEGPLAN – sua função é Planejar e
coordenar o planejamento do Estado e dar apoio ao desenvolvimento municipal,
operacionalizando por meio de convênios e contratos firmados com os municípios
e também com entidades sem fins lucrativos, projetos de desenvolvimento
sustentável.
Saneamento de Goiás - SANEAGO – a função da empresa é dar suporte nas
ações de ampliação e melhoramento da infraestrutura pública no que diz respeito
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
183
ao fornecimento de água tratada e esgotamento sanitário dos municípios turísticos
do Polo;
Conselho Regional do Polo do Ouro – é a organização representativa dos poderes
público, privado, do terceiro setor e da sociedade civil organizada de todos os
Municípios componentes do Polo do Ouro. Seu objetivo é criar uma interlocução
regional para a operacionalização do PRODETUR Nacional. Com esse Conselho
Regional, espera-se descentralizar as ações de coordenação do processo,
deslocando-as do Estado para a região turística. O Conselho tem como função: i)
organizar e coordenar os diversos atores para que trabalhem com o foco centrado
na região turística, levando em conta as peculiaridades de cada Município; ii)
avaliar e endossar os projetos elaborados pelos diversos atores da região; iii)
mobilizar parceiros regionais que integrem o PRODETUR Nacional; iv) trabalhar o
planejamento e a gestão dos produtos e roteiros turísticos juntamente com os
municípios; v) integrar as ações intrarregionais e interinstitucionais; vi) realizar o
planejamento, acompanhamento, monitoria e avaliação das estratégias
operacionais do PRODETUR Nacional no Polo do Ouro; e vii) viabilizar meios de
captar recursos e otimizar seu uso; e
Fórum Estadual de Turismo - tem a finalidade de integrar a cadeia produtiva do
turismo no Estado, operacionalizando o Plano Estadual de Turismo de Goiás,
constituindo-se em um canal de ligação entre o Governo e os destinos turísticos
do Polo do Ouro. Juntamente com a Goiás Turismo, o Fórum Estadual de Turismo
exerce as seguintes funções: i) elaborar diretrizes e estratégias estaduais
alinhadas às políticas nacionais de turismo; ii) planejar e coordenar as ações, em
âmbito estadual e regional; ii) articular, negociar e estabelecer parcerias em
âmbito Estadual e Regional; e iii) monitorar e avaliar as ações do PRODETUR
Nacional, em âmbito estadual e regional.
A identificação e o entendimento dessa rede e a interação das Instituições nela atuantes constitui
fator essencial para potencializar e agilizar a execução das ações inerentes ao PDITS – Polo do
Ouro. A capacidade de interação está diretamente relacionada às condições existentes para o
cumprimento da finalidade de cada organismo que compõe o arranjo para gestão e execução do
PRODETUR Nacional.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
184
Há outros agentes na implementação das ações do Plano de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável do Polo do Ouro, que complementam o quadro institucional do PRODETUR
NACIONAL - Goiás, no sentido de reforçarem a necessidade de um modelo de gerenciamento
para o Programa como uma rede de parcerias e não iniciativas isoladas e pontuais, tais como:
Entidades de Ensino e Pesquisa – Universidades; Centro Federal de Educação
Tecnológica; Escolas Técnicas; SENAI; SEBRAE; SENAC; e outras;
Organizações Não Governamentais / Organizações Sociais;
Convention and Visitors Bureau;
Entidades representativas do Setor Produtivo do Turismo;
Assembléia Legislativa Estadual; e
Câmaras Legislativas Municipais.
Os Conselhos Municipais de Turismo foram mencionados pelos próprios representantes
municipais com sendo ativos e como espaços públicos aonde as comunidades participavam das
discussões sobre o turismo. Porém, um Conselho de Turismo ativo não significa também cobrar
legitimamente aos representantes eleitos orçamento apropriado e um fundo para atividade
turística. O Estado deve oferecer suporte aos conselheiros para que tenham facilidade de acesso
às reuniões setoriais e a cursos de capacitação gerencial, aumentando assim a eficácia destas
instâncias de governança. O município, por sua vez, deve tratar o Conselho de Turismo como
parceiro, sendo coautores nos projetos e também mantendo um canal de interlocução com as
comunidades locais.
3.5.1 Arranjo institucional para a Gestão do Turismo no Polo do Ouro
Para a análise institucional do Polo do Ouro, foram levados em consideração os seguintes
fatores estruturantes: Secretaria ou Empresa de Turismo; Conselho de Turismo; Políticas
Públicas e Planejamento Municipal; Secretaria ou Fundação de Cultura; e Secretaria ou
Empresa de Meio Ambiente. A seguir, são colocadas algumas observações:
A estrutura municipal para apoio ao turismo foi avaliada em termos de sua
exclusividade com o setor, sob a forma de secretaria ou empresa pública, bem
como a existência em seus quadros de um corpo técnico permanente e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
185
especializado. Adicionalmente, buscou-se ainda avaliar sua autonomia em função
da existência de fontes próprias de recursos, bem como o nível percentual dos
mesmos em relação ao total de seu orçamento, e também a presença de políticas
municipais de incentivo à instalação de equipamentos e empresas do setor de
turismo no município;
Outro fator estudado foi a efetividade de eventuais instâncias de governanças
locais relacionadas com o turismo nos municípios. Uma instância operante é a
garantia de continuidade de ações e também a possibilidade de maior
transparência na gestão pública da atividade;
Um Plano Diretor Municipal atualizado e que contemple o turismo é também um
bom indicador de bons princípios que dão sustentabilidade à atividade, assim
como políticas de sensibilização para a importância da atividade turística nas
comunidades receptoras e de conscientização dos turistas em relação ao respeito
a estas mesmas comunidades. Também foram analisadas fontes disponíveis de
financiamento e incentivos fiscais para a atividade. Por fim, verificou-se a eventual
utilização de mecanismos atuais de participação popular na administração de
prefeituras, tais como: o orçamento participativo, e as audiências públicas, como
forma de consulta à população sobre programas para o turismo;
A cultura é um dos recursos originais do turismo, por isso, a existência de uma
secretaria ou fundação de cultura é condição importante para o município gerir as
atividades que serão insumos do turismo. Além da organização encarregada pela
gestão da atividade procurou-se avaliar a presença no aparato gerencial público
do Conselho de Cultura, de leis de fomento à cultura, de um fundo para a
atividade e de produções culturais associadas ao turismo; e
Do mesmo modo, o meio ambiente fornece os recursos naturais para a formação
de produtos turísticos. A saúde ambiental do destino é determinante para a
qualidade da experiência turística. Neste sentido, verificou-se a existência de um
órgão ou empresa municipal encarregada pelo setor ambiental, de um Conselho e
de um fundo para o meio ambiente, bem como de um código ambiental municipal
em vigor.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
186
O arranjo institucional e políticas públicas dos municípios do Polo do Ouro para o turismo foram
analisados com base nas variáveis estabelecidas, e no levantamento realizado nos municípios do
Polo. A seguir, é apresentado um quadro síntese situacional, para cada município, do aparato
institucional da área turística em estudo:
Tabela 48: Arranjo Institucional Pirenópolis
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Complementado pela Goiás Turismo, 2012
Variáveis Fatores
Secretaria de Turismo
Secretaria exclusiva
Sem orçamento
Equipamentos deficientes
Pessoal reduzido. Apenas 3
funcionários e sem
capacitação
Não há Fundo de Turismo
Conselho Turismo
Ativo
Há 6 representantes
do trade turístico e 5 do
município
Políticas e planejamento
público
Plano Diretor atualizado
contemplando o turismo
Redução 50% IPTU no Centro
Histórico
Não há linhas financiamento para turismo
Dificuldades em obter
licenciamento ambiental e
regularização fundiária
Não há política de
sensibilização da
comunidade para o
turismo nem para o turista
Não há orçamento
participativo nem
audiências públicas para o turismo
Secretaria de Cultura
Secretaria exclusiva de
cultura
Sem orçamento
Sem Conselho e
sem fundo de cultura
Não há lei de incentivo a
cultura
Há projeto de turismo cultural
implantado por órgão
federal
Secretaria Meio
Ambiente
Secretaria exclusiva
Existe conselhomas
não existe fundo de meio
ambiente
Não há código
municipal ambiental em
vigor
Há uma pedreira que polui o Rio
das Almas e produz muito
resíduos sólidos
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
187
Tabela 49: Arranjo Institucional da Cidade de Goiás
Variáveis Fatores
Secretaria de Turismo
Secretaria de Cultura, Turismo e Trânsito
Sem informação
sobre orçamento
Carência de equipamentos
Não há pessoal
capacitado
Não há Fundo de Turismo
Conselho Turismo
Ativo
Políticas e planejamento
público
Plano Diretor em vigor há 12 anos. Lei Municipal nº 206 de
29/08/1996
Não foi informado
se há incentivos
fiscais
Não foi informado se
há linhas financiamento para turismo
Não há política de
sensibilização da
comunidade para o
turismo nem para o turista
Não há orçamento
participativo; sem
audiências públicas para
o turismo
Secretaria de Cultura
Secretaria de Cultura, Turismo e Trânsito
Sem informação
sobre orçamento
Existe um Conselho,
mas não há fundo de cultura
Não há lei de incentivo a
cultura
Há projeto de turismo cultural
implementado pela
secretaria
Secretaria Meio
Ambiente
Secretaria exclusiva. Existe um Conselho
ativo
Existe um Fundo,
mas está inativo e
os recursos
vão para o cofre da
Prefeitura
Não há código
municipal ambiental em
vigor
Existência de mineiradora e
retirado de areia do rio
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Complementado pela Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
188
Tabela 50: Arranjo Institucional Abadiânia
Variáveis Fatores
Secretaria de Turismo
Secretaria de Meio
Ambiente e Turismo
Orçamento de R$
21.450,00, sendo que
apenas 46% foi
executado
Carência de equipamentos
Não há pessoal
suficiente e capacitado. Apenas 2
funcionários na secretaria
toda
Não há Fundo de Turismo
Conselho Turismo
Ativo
Políticas e planejamento
público
Plano Diretor em vigor há 16 meses
contemplando o turismo;
Programa de Ações
Prioritárias
Não foi informado
se há incentivos
fiscais
Não foi informado se
há linhas financiamento para turismo
. Não há política de
sensibilização da
comunidade para o
turismo nem para o turista
Não há orçamento
participativo; sem
audiências públicas para o turismo
Secretaria de Cultura
Secretaria de Educação e
Cultura
Sem orçamento
Existe um Conselho,
mas não há fundo de cultura
Não há lei de incentivo a
cultura
Não há projeto de
turismo cultural
Secretaria Meio
Ambiente
Secretaria de Meio
Ambiente e Turismo
Não existe um
Conselho
Não há código
municipal ambiental
nem fundo do meio
ambiente
Existência de mineiradora e
retirado de areia do rio
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Complementado pela Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
189
Tabela 51: Arranjo Institucional Jaraguá
Variáveis Fatores
Secretaria de Turismo
Secretaria de Turismo e
outras pastas
Sem orçamento
Carência de equipamentos
Não há pessoal
capacitado
Não há Fundo de Turismo
Conselho Turismo
Não existe
A sociedade
não se envolve com o
turismo
Políticas e planejamento
público
Plano Diretor em vigor há 6
meses contemplando
o turismo
Não há incentivos
fiscais
Não há linhas financiamento para turismo
Não há política de
sensibilização da
comunidade para o
turismo nem para o turista
Não há orçamento
participativo; sem
audiências públicas para o turismo
Secretaria de Cultura
Secretaria deCultura e
outras pastas
Sem orçamento
Existe o Conselho,
mas não há fundo de cultura
Não há lei de incentivo a
cultura
Não há projeto de
turismo cultural
Secretaria Meio
Ambiente
Secretaria de Meio
Ambiente e outras pastas
Existe o Conselho e Fundo
Municipal de Meio
Ambiente
Não há código
municipal ambiental
Existência de areia retirada
do rio e as lavanderias que jogam
resíduos no rio
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Complementado pela Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
190
Tabela 52: Arranjo Institucional de Corumbá de Goiás
Variáveis Fatores
Secretaria de Turismo
Secretaria de Turismo
Esporte e Lazer
Orçamento para o turismo
indefinido
Carência de equipamentos
Não há pessoal
capacitado
Não há Fundo de Turismo
Conselho Turismo
Existe, porém está inativo
Não há conscientização
para a importância do
turismo
Não há envolvimento
da comunidade
sobre questões do
turismo
Políticas e planejamento
público
Plano Diretor em vigor há 5
anos contemplando
o turismo
Não há incentivos
fiscais
Não há linhas de
financiamento para turismo
Há política de sensibilização
da comunidade
para o turismo, mas não para o
turista
Não há orçamento
participativo; sem
audiências públicas para o turismo
Secretaria de Cultura
Secretaria de Cultura e
outras pastas Sem orçamento
Existe o Conselho,
mas não há fundo de cultura
Não há lei de incentivo a
cultura
Não há projeto de
turismo cultural
Secretaria Meio
Ambiente
Secretaria de Meio
Ambiente e outras pastas
Existe o Conselho,
porém encontra-se
inativo
Não há código
municipal ambiental, nem fundo
para o meio ambiente
Existência de hidroelétrica e
agricultura utilizando
agrotóxicos
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Complementado pela Goiás Turismo, 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
191
Tabela 53: Arranjo Institucional de Cocalzinho de Goiás
Variáveis Fatores
Secretaria de Turismo
Secretaria de
Turismo e Meio
Ambiente
Sem orçamento
Carência de equipamentos
Sem pessoal capacitado
Sem Fundo de Turismo
Conselho Turismo
Inativo
A comunidade
não se envolve com o
turismo
Políticas e planejamento
público
Não há informação
sobre o Plano
Diretor;
Não há incentivos
fiscais
Não há linhas financiamento para turismo
Não há política de
sensibilização da
comunidade para o
turismo nem para o turista
Não há orçamento
participativo; sem
audiências públicas para
o turismo
Secretaria de Cultura
Secretaria de Cultura e outras pastas
Sem informação
sobre orçamento
Sem informação
sobre Conselho, ou
fundo de cultura
Sem informação
sobre incentivo a
cultura
Sem informação projeto de
turismo cultural
Secretaria Meio
Ambiente
Secretaria de
Turismo e Meio
Ambiente
Sem informação
Sem informação
Sem informação
Sem informação
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010. Complementado pela Goiás Turismo, 2012.
No Polo do Ouro constataram-se deficiências em todas as secretarias municipais de turismo em
relação às estruturas físicas (mobiliário e equipamentos) e de pessoal. Falta desde espaços
físicos adequados para operações administrativas rotineiras até equipamentos de informática para
armazenamento de banco de dados, instalação de softwares e emissão de relatórios. As
secretarias também carecem de equipes permanentes (concursados) com formação em Turismo
(pelo menos um técnico) e também de técnicos em Estatística, gestão do Meio Ambiente e
Cultura. Apenas em Pirenópolis constatou-se técnicos concursados com formação apropriada.
Tal situação advém, principalmente, da falta de orçamento para as Secretarias em todos os
municípios do Polo, mesmo naqueles em que há uma secretaria exclusiva para o turismo, como é
o caso de Pirenópolis. Também se verificou a inexistência de um fundo do turismo em todos
municípios, que poderia atenuar este quadro. Outra importante constatação é a quase completa
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
192
falta de políticas de incentivo à instalação de empresas no setor. À exceção de Pirenópolis, que
disponibiliza redução de 50% do IPTU para empresas instaladas no centro da cidade, nenhum
outro município possui ferramentas de atração de investimentos.
Os Conselhos de Turismo aparecem como inativos em 04 municípios e inexistente em Jaraguá.
Apenas em Pirenópolis ele é atuante com 06 representantes do trade turístico e 05 do município
que se reúnem periodicamente. Esses conselhos são previstos no Plano Nacional de Turismo e
são a interlocução apropriada entre o município, a região turística, e o Estado. Foi relatado
durante as oficinas participativas que o grande problema de funcionamento destes conselhos é a
baixa participação da sociedade organizada, provavelmente pela falta de interesse ou
desconhecimento popular sobre a atividade turística.
Os Conselhos de Turismo assumem a função consultiva e em alguns casos deliberativas. São
espaços públicos previstos na Constituição Federal que permitem a sociedade manifestar aos
dirigentes públicos seus anseios sobre determinados setores. Se não há participação da
sociedade organizada nos Conselhos de Turismo, é porque faltam informações às comunidades
sobre a dimensão econômica do turismo para que este seja percebido como oportunidade de
desenvolvimento. Também são por meio dos conselhos que os projetos de turismo são discutidos
antes de serem implementados, ou seja, é o local onde o setor público consulta a sociedade sobre
o planejamento turístico local.
De uma maneira geral, no que diz respeito ao planejamento municipal, os municípios possuem um
Plano Diretor atualizado e contemplando o turismo nas suas diretrizes ordenadoras. A Cidade de
Goiás possui o Plano Diretor mais antigo em vigência (12 anos), portanto, precisando ser
atualizado. Cocalzinho não tinha apresentado, até o momento da elaboração deste relatório,
informações sobre seu Plano. Constatou-se a ausência de leis de incentivo fiscal para o turismo,
com exceção de Pirenópolis, onde há redução de 50% do IPTU para imóveis localizados no
Centro Histórico.
No que tange a linhas de financiamento voltadas ao fomento da indústria de turismo, destaca-se
o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste – FCO, criado pela Lei Nº 7.827 de
1989, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região, mediante
a execução de programas de financiamento aos setores produtivos. Os agentes financeiros
envolvidos neste programa são: Banco do Brasil, Goiás Fomento e Sincoov.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
193
Tabela 54: Contratação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste –
Estado de Goiás
FCO QUANTIDADE VALOR (R$ Mil)
PROGRAMA EMPRESARIAL 3.413 297.696
TURISMO 447 21.451 Fonte: Goiás Turismo/Governo do Estado de Goiás, 2009
O aspecto institucional cultural municipal do Polo do Ouro está composto por Secretarias de
Cultura em todos os municípios, porém, Pirenópolis é o único a possuir uma Secretaria própria.
Nos demais municípios, a cultura divide a secretaria com outros segmentos, sendo o caso mais
ambíguo o da Cidade de Goiás, onde a atividade cultural é gerida pela Secretaria de Cultura,
Turismo e Trânsito. Não há orçamentos municipais previstos para a gestão destas secretarias no
Polo, tampouco leis de incentivo à cultura e fundos de cultura, o que causa estranheza em se
tratando de destinos com forte apelo pelo turismo cultural. Neste sentido, Pirenópolis e Cidade de
Goiás trabalham com o turismo cultural, tendo os órgãos competentes já implementando projetos
no segmento turístico cultural.
Ainda na dimensão institucional municipal cultural, verificou-se a existência de Conselhos de
Cultura em 04 municípios, excluindo Cocalzinho e Pirenópolis. A falta de leis de incentivo à cultura
e de fundos de cultura é um forte indicativo de que estes conselhos são pouco eficazes.
A dimensão institucional ambiental municipal do Polo é composta por secretarias e conselhos de
meio ambiente em todos os municípios (Cocalzinho não informou seu quadro institucional para o
meio ambiente), sendo que em Pirenópolis e Cidade de Goiás os órgãos municipais são
exclusivos do segmento. Preocupante e comum a todos os municípios é a ausência de códigos
municipais de meio ambiente, que poderiam regular atividades potencialmente poluidoras e gerar
outros dispositivos de proteção ao meio natural. Nesse aspecto, poder-se-ia ter instrumentos
legislativos mais fortes que inibiriam as mineradoras que assoreiam as margens do rio com a
retirada de areia e despejam material poluente em suas águas. Também não há nenhum
município que conte com um fundo municipal de meio ambiente.
Haverá dificuldade em implementar e monitorar os programas de turismo para o Polo do Ouro,
pois as Secretarias de Turismo carecem de equipamentos e pessoal especializado, à exceção da
Secretaria de Turismo de Pirenópolis que possui técnicos em turismo. Porém, mesmo esta não
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
194
possui orçamento previsto no planejamento municipal, a exemplo de todas outras Secretarias dos
Municípios.
As Prefeituras devem prever no seu Plano Plurianual um orçamento próprio para desenvolver a
atividade turística. Deste modo, o município poderá adquirir equipamentos apropriados e
contratar, via concurso, uma equipe técnica permanente que seja capaz de elaborar e implantar
projetos, assim como acompanhar os programas de turismo previstos a nível regional, estadual e
nacional.
A existência de um fundo de turismo também ajudaria a mitigar a carência de recursos para
investimentos em equipamentos. O Estado deve dar suporte ao setor público do turismo,
provendo uma linha específica de financiamento para o reaparelhamento dos Órgãos Municipais
de Turismo e cursos para a capacitação gerencial pública do turismo nos municípios.
Os Conselhos Municipais de Turismo estão esvaziados pela falta de participação da sociedade
organizada e das entidades do setor privado. Não se trata destas organizações constarem apenas
como membros do Conselho, mas de participarem ativamente na construção do processo
dialógico com o setor público, no plano consultivo e se possível no deliberativo, em prol do
desenvolvimento turístico local. Um Conselho de Turismo ativo significa cobrança legítima ao
município de orçamento para a atividade, de um fundo para o turismo e de discussão de projetos
turísticos que visem o desenvolvimento sustentável local. O Estado deve oferecer suporte aos
conselheiros para que tenham facilidade de acesso às reuniões setoriais e a cursos de
capacitação gerencial, aumentando assim a eficácia dessas instâncias de governança. O
município, por sua vez, deve tratar o Conselho de Turismo como parceiro, de forma a atuarem
como coautores nos projetos e mantendo um canal de interlocução com as comunidades locais.
Se há um desejo da administração municipal fazer do turismo uma opção de desenvolvimento
sustentável local, a atividade tem que ser incentivada, fomentada. Apesar de o turismo estar
contemplado nos Planos Diretores Municipais de todos os governos locais do Polo do Ouro,
inexistem leis de incentivos fiscais, a exceção de Pirenópolis, que oferece 50% de desconto do
IPTU no Centro Histórico.
A Prefeitura Municipal poderia criar incentivos ao Turismo como: redução temporária de ISS para
novos empreendimentos turísticos; dedicar um percentual da arrecadação municipal para formar
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
195
um Fundo de Turismo; redução gradativa do IPTU, conforme o tamanho do empreendimen; e
outras ações que poderão surgir segundo as demandas do Conselho Municipal de Turismo, para
o financiamento da atividade. O Estado deve intermediar junto às organizações financeiras de
fomento (BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, outras), linhas de crédito para a
iniciativa privada, pequenos e médios empreendimentos em condições semelhantes àquelas
concedidas às grandes empresas. Em resumo, deve haver vontade política municipal e estadual
para tornar o turismo um segmento importante para o desenvolvimento local.
Os recursos culturais do Polo são, sem dúvida, as principais forças que podem gerar fluxos
turísticos para o destino e que devem ser mais bem explorados. Para isto, precisam de mais
recursos que poderão vir de: fundos de cultura (a serem criados); de convênios com o Estado
(Secretaria de Cultura – SECULT); do Governo Federal (IPHAN); do setor privado (parcerias
público-privada); e do terceiro setor (OSCIPS). Deste modo, devem-se viabilizar projetos de
restauração e preservação do patrimônio histórico - cultural e ao mesmo tempo, novos produtos
culturais com a ajuda dos operadores e agências de turismo.
Os municípios devem dotar as suas Secretarias de Turismo com orçamento próprio para as
mínimas atividades de gestão da cultura. O Conselho de Cultura tem que assumir uma postura
ativa para legitimar cobranças de investimentos para o setor e assegurar a continuidade de ações
que promovam o turismo cultural como um vetor de desenvolvimento local. Incentivos fiscais (nos
três níveis de governo) podem ser utilizados como forma de beneficiar pessoas físicas e jurídicas
interessadas em investir na preservação e restauro do patrimônio histórico-cultural do Polo. A
cavalhada, presente principalmente em Pirenópolis e Corumbá, pode ser melhor explorada,
especialmente se associada ao turismo equestre e o rural.
Parques, Rios e Cachoeiras, formam os recursos naturais do Polo. Apesar da Legislação
Ambiental Estadual e Federal, os municípios do Polo ainda não dispõem de legislação ambiental
específica que reforcem a proteção deste patrimônio natural. Os Governos locais devem dispor de
uma legislação ambiental que iniba e fiscalize as atividades potencialmente poluidoras (dragas
nos rios, pedreira, indústria têxtil), que também crie mais Unidades de Conservação e
regulamente as atividades nestas áreas. Um fundo de meio ambiente pode ser criado e
financeiramente alimentado (entre outras fontes) por multas advindas das infrações ambientais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
196
Ressalta-se que não foram encontradas ações no sentido de incentivar ou facilitar a constituição
de empresas como a isenção de tributos ou mesmo descontos. Além disso não há política de
investimentos específica para a Área Turistica
3.6 Análise dos Aspectos Socioambientais do Polo do Ouro
O PRODETUR Nacional em Goiás terá como fator predominante o desenvolvimento do turismo
sustentável, com o objetivo de conservação e manutenção ambiental. Desta forma, os aspectos
ambientais, tanto no sentido estrito dos recursos naturais, como no sentido amplo que o termo
significa, serão contemplados de forma intensiva em dois níveis de atuação:
No planejamento turístico deverão ser observados, sempre, fatores que possam
promover a maximização dos impactos positivos e a minimização dos impactos
negativos decorrentes da atividade turística, além disto, deve-se ter como
premissas a conservação do meio ambiente, a valorização da cultura e dos
hábitos e atividades locais; e
Nas intervenções resultantes do Programa, sempre que necessário, serão
elaborados os estudos de impacto ambiental pertinentes em consonância com a
legislação em vigor, seguindo, assim, os trâmites legais do processo e
promovendo o desenvolvimento sustentável local.
Alguns dos municípios que integram o Polo do Ouro já são objetos de Programas Sociais e de
Desenvolvimento Sustentável, aplicados por Órgãos do Governo Estadual e Federal, além de
integrantes do Sistema S, com ações que indiretamente beneficiam e complementam a atividade
turística. Entre os municípios beneficiados estão: Pirenópolis; Corumbá de Goiás; e Cocalzinho,
que fazem parte do APL de Quartzito, resultado da ação do programa da Região Integrada de
Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), da Secretaria de Desenvolvimento do
Centro-Oeste. O APL, atualmente em processo de instalação e capacitação, envolve cerca de 60
micro - empreendedores organizados em Cooperativa que recebem capacitação e orientações
técnicas para a gestão de pedreiras e o beneficiamento da areia de quartzito. O trabalho é,
inclusive, um dos objetos de observação de visitas técnicas e realizações científicas destacadas
por empresários de Pirenópolis como fomentadoras de fluxo turístico.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
197
3.6.1 Perfil do Polo
O Polo do Ouro está inserido em três regiões do sistema de planejamento estadual. Na Região do
Entorno do Distrito Federal estão os municipios de Abadiânia, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de
Goiás e Pirenópolis. Na Região Centro Goiano (Eixo BR 153) situa-se o municipio de Jaraguá e
na Região Noroeste Goiano (Estrada do Boi), a Cidade de Goiás.
A Região do Entorno do Distrito Federal, segundo os estudos da Agenda 21 do Estado de Goiás,
concentra a segunda maior população do Estado, com uma taxa de crescimento populacional
acima da média do País e do Estado, em virtude das cidades mais próximas de Brasília terem se
transformado em cidades-dormitório. Embora esteja entre as regiões de melhor desempenho do
PIB, a região tem o menor PIB per capita entre as dez regiões que compõem o sistema de
planejamento estadual, apresentando um cenário de grandes carências sociais, o que é atribuído
a esta explosão populacional.
Sua grande fonte de geração de trabalho e renda ainda é a agricultura, mas a agropecuária e a
mineração também são representativos; a indústria e o turismo já têm alguma expressão e
possuem grande potencial de crescimento.
A Região Central do Estado de Goiás (Eixo BR 153) tem um dos maiores PIB‟s do Estado e uma
das maiores arrecadações de ICMS. No entanto, o IDH e a taxa de analfabetismo não
acompanham esta tendência. A região tem vivido um intenso processo de industrialização
concentrados nos municípios de Anápolis, com predominância do polo farmacêutico; Goianésia,
com o processamento de cana de açúcar e uma indústria de tomate; Rubiataba, com usina de
cana de açúcar e fábrica de móveis; e Jaraguá, a única cidade da região incluída no Polo do Ouro,
com indústrias de confecções em plena expansão, formando um APL.
O Noroeste Goiano é, juntamente com o Nordeste Goiano, a região mais pobre do Estado. É uma
região de baixo índice de desenvolvimento e um dos menores índices de arrecadação de ICMS,
com indicadores sociais que caracterizam uma situação de subdesenvolvimento. A base de sua
economia é o agronegócio. Suas atividades econômicas mais importantes são a pecuária, a
agricultura, a mineração e o turismo. A falta de perspectiva tem levado a juventude a emigrar em
busca de oportunidade de trabalho.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
198
De acordo com os estudos da Agenda 21 a região enfrenta problemas relacionados com
assentamentos rurais sem infraestrutura adequada, com a ocupação desordenada de terra e
práticas agropecuárias inadequadas. Estes problemas têm resultado em impactos ambientais
significativos como o desgaste do solo, desmatamento da vegetação ciliar do Rio Araguaia e seus
afluentes e assoreamento, contribuindo para o desequilíbrio ambiental da região.
Conforme Tabela 55, que apresenta a síntese de indicadores socioeconômicos, os municípios que
compõem o Polo somaram em 2009 uma população estimada de 125.368 habitantes – 2,12% da
população do Estado, distribuídos em 11.119km2. O município de maior população é Jaraguá,
com quase o dobro da população do segundo colocado – a Cidade de Goiás, que invertidamente
é o que tem a maior área (quase o dobro de Jaraguá). De acordo com dados levantados junto ao
IBGE e SEPLAN/GO, o Índice de Gini dos municípios não apresenta grande variação, oscilando
entre 0,41 e 0,42 pontos. A situação da região quanto a este indicador é favorável, considerando-
se que os valores para o país e o Estado no mesmo período foram de 0,56 e 0,45
respectivamente.
Economicamente, a região ancora-se na produção agropecuária, tendo um rebanho de 693.450
cabeças de gado, com maior concentração no município de Goiás, com 245.100 cabeças, e na
produção agrícola de cereais – milho (34.335 ton.) e soja (23.760 ton.) IBGE, 2009. No entanto,
outros produtos têm grande relevância na economia regional. Os municípios de Pirenópolis,
Corumbá e Cocalzinho de Goiás são os maiores produtores de quartzito ornamental do Estado, e
em Jaraguá o APL de confecção está em plena expansão, sendo o município reconhecido como
um dos maiores polos de confecção do Centro-Oeste, com cerca de 800 empreendimentos
instalados.
A análise da Tabela 55 levanta alguma preocupação, pois é sabido o impacto causado pela
pecuária e os danos provocados pela expansão de monoculturas, como é o caso da produção de
soja e milho. Observa-se também a produção de lenha, em particular no município de Goiás.
Quanto aos outros dados sobre a economia local, destaca-se que a produção mineral também
pode resultar em graves impactos e deve ser realizada observando uma severa gestão ambiental
para não resultar em danos ambientais irreparáveis.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
199
Tabela 55: Síntese de Indicadores Socioeconômicos
Nome do Município
Km 2
População (2009)
PIB per Capita (2007)
Índice de Gini (2003)
Rebanho Bovino
cabeças (2008)
Produção (2007)
Principal Produto Agrícola
(2007) Carvão
ton. Lenha
m 3
Abadiânia 1.044 13.378 4.949 0,42 49.000 - 250
Soja 10.260 ton.
Cocalzinho de Goiás
1.788 15.296
4
.
7
7
2
0,42 75.900 10 100 Soja
13.500 ton.
Corumbá de Goiás 1.062
9.372 5.533 0,41 61.500 - 600 Milho
5.320 ton.
Cidade de Goiás 3.108
24.605 8.188 0,42 245.100 - 12.400 Milho 9.275
ton.
Jaraguá 1.889 41.772 6.487 0,42 135.950 - 920
Milho 17.500 ton.
Pirenópolis 2.228 20.945 5.600 0,41 126.000 35 7.850
Milho 12.240 ton.
Fonte: Elaborado por FGV – base IBGE, 2007 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e SEPLAN/GO, 2011
Em todos os municípios do Polo o Setor de Serviços tem expressiva participação no PIB, com
mais de 50% de participação. Os municípios com maior participação do Setor de Serviços no PIB
municipal são Abadiânia (60,07%) e Cidade de Goiás (51,93%), conforme Tabela 56.
Tabela 56: Participação do Setor de Serviços no PIB Municipal
Municípios PIB
Setor de serviços
Valor adicionado % do PIB
Abadiânia 62.551.000 37.572.000 60,07
Cocalzinho de Goiás 70.451.000 41.921.000 59,50
Corumbá de Goiás 50.849.000 28.976.000 56,98
Cidade de Goiás 200.371.000 104.052.000 51,93
Jaraguá 252.770.000 146.829.000 58,09
Pirenópolis 114.584.000 68.332.000 59,63
Fonte: Elaborado por FGV – base IBGE, 2007 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
200
Os municípios que compõem o Polo do Ouro estão incluídos no Bioma Cerrado, que é um dos 34
hotspots mundiais e segundo maior Bioma Brasileiro, com grande valor ambiental justamente por
fazer fronteira com outros biomas – a Amazônia, a Caatinga, o Pantanal e a Mata Atlântica, o que
lhe confere grande riqueza de Biodiversidade. Além desta característica, suas chapadas guardam
as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco. No entanto,
os índices de desmatamento observados nos últimos anos colocam-no como um dos ambientes
mais ameaçados do planeta – estima-se que de sua vegetação nativa restam apenas 20%,
conforme estudos da Conservação Internacional – Brasil10. Dados da pesquisa "Indicadores de
Desenvolvimento Sustentável" – IDS/2010 (IBGE) apontam que a cobertura vegetal do Cerrado,
no conjunto, está reduzida à metade, sendo que 85.074km² (4,2% do total) foram destruídos entre
2002 e 2008.
Cabe ressaltar que apenas 7,5% do território do Cerrado é protegido, sendo que apenas 2,2%
constitui área protegida em unidades de proteção integral federais (IBGE, 2010)11, bem menos
que a Amazônia, que conta com 24% do seu território protegido.
A vegetação do Cerrado é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas.
As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água disponível
nos solos do Cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação seca. Esta
característica muda ao se aproximar das margens dos rios, onde se encontra solo firme e
substituição da paisagem de gramíneas por vegetação mais alta (matas de galeria), também
característica do Cerrado. Em geral, tem-se a formação de um planalto, com altitudes médias de
1.000 m. Há variações nas altitudes, como, por exemplo, a região da Serra dos Pirineus, o que
contribui para o equilíbrio da temperatura e favorece as opções de atrativos turísticos.
O clima é caracterizado por dois períodos distintos: seco, com baixos níveis pluviométricos no
inverno, que vai de maio a setembro: e chuvoso, com abundância de águas, no verão, que vai de
outubro a abril. A temperatura média anual oscila de 20 a 23ºC graus, sendo os meses de
setembro e outubro os mais quentes e junho e julho os mais frios. Nas estações de pico de
temperaturas, pode-se alcançar 35 e 5ºC graus respectivamente.
10
MACHADO, Ricardo B. et al. Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro. Conservação Internacional – Brasil, 2004. 11
IBGE. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável - IDS, 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
201
A hidrografia, de acordo com Lima (2010, p.17):
“[...] é composta por uma extensa rede de nascentes, córregos e rios de
fundamental importância para o Brasil, sendo considerado o “berço das águas”
por comportar as nascentes das três maiores Bacias Hidrográficas da América
Latina: a Amazônica (Araguaia-Tocantins) que tem 78% de suas nascentes no
Cerrado, a do Paraná-Paraguai que possui 48%, e a do São Francisco que
dispõe de quase 50% de seu volume de água proveniente do Cerrado.”
Conforme Barbosa apud Moysés e Silva (2008, p. 198)12, o valor ambiental do Cerrado para o
sistema hidrológico da América do Sul é inestimável. Além de responder pela distribuição de água
para as suas principais hidrográficas, no Cerrado:
“[...] situam três grandes aquíferos, responsáveis pela formação e
alimentação dos grandes rios do continente: o aquífero Guarani, associado ao
arenito Botucatu e a outras formações areníticas, mais antigas responsáveis pelas
águas que alimentam a bacia do Paraná. Os aquíferos Bambuí e Urucuia [...]
responsáveis pela formação e alimentação dos rios que integram as bacias do São
Francisco, Tocantins, Araguaia e outras, situadas na abrangência do Cerrado.”
Os municípios que integram o Polo do Ouro estão territorialmente localizados em uma região do
Estado de Goiás que serviu de percurso aos Bandeirantes e suas expedições desde o século XVII
em busca dos trajetos mais viáveis para a exploração de pedras e minerais – em especial, o ouro.
A história regional deixou de legado um rico Patrimônio Cultural e Arquitetônico para o Polo,
inserido no antigo Caminho do Ouro percorrido pelos Bandeirantes. Os municípios de Goiás -
primeira capital do Estado - e Pirenópolis mantêm até hoje tradições culturais que servem de
grande atrativo para turistas, juntamente com seu casario. O município de Pirenópolis teve o seu
conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico tombado pelo IPHAN - Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1989; e a Cidade de Goiás, reconhecida em 2001
como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pela UNESCO.
12
MOYSÉS, A.; SILVA, E. Rodrigues da. Ocupação e urbanização dos cerrados do Centro-Oeste e a formação de uma rede urbana concentrada e desigual. Cadernos metrópole 20 pp. 197-220 20 sem. 2008. Disponível em: http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/cm_artigos/cm20_142.pdf . Acesso em: outubro, 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
202
3.6.2 Identificação e Avaliação de Impactos
Com o processo de interiorização resultante da mudança da capital do país, a partir da década de
1960, o cerrado passou a conviver com uma ocupação acelerada e indiscriminada que ocasionou
a fragmentação de habitats – um dos problemas mais sérios que tem a enfrentar. O crescimento
da população, a ampliação da malha viária, o avanço da pecuária extensiva e o deslocamento da
fronteira agrícola resultaram no desmatamento, em queimadas, uso de fertilizantes e agrotóxicos,
comprometendo grandes áreas do cerrado goiano, provocando perdas irreparáveis.
Um problema ambiental de gravíssimas consequências, uma vez que é irreversível, é exposto por
Barbosa apud Moysés e Silva (2008, p. 199), os aquíferos não estão sendo recarregados.
Segundo os autores:
“[...] Isto ocorre porque a recarga dos aquíferos se dá pela suas bordas nas áreas
planas, onde a água pluvial infiltra e é absorvida cerca de 60% pelo sistema
radicular da vegetação nativa, alimentado no primeiro momento o lençol freático e
lentamente vai abastecendo e se armazenando nos lençóis mais subterrâneos.
Com a ocupação dos chapadões de forma intensa, que trouxe como consequência
a retirada da cobertura vegetal, sua substituição por vegetações temporárias de
raiz subsuperficial, a água da chuva precipita, porém não infiltra o suficiente para
reabastecer os aquíferos. Consequência, com o passar dos tempos, estes vão
diminuindo de nível, provocando, num primeiro momento, a migração das
nascentes, das partes mais altas, para as mais baixas e diminuição do volume das
águas, até chegar o ponto do desaparecimento total do curso d‟água.”
A ameaça mais recente ao Bioma é o cultivo extensivo da cana de açúcar, do milho e da soja,
visando à produção de etanol e biodiesel. Os benefícios ambientais dessa nova fonte energética
não devem resultar no crescimento do desmatamento e conversão de áreas destinadas à
produção de alimentos para a produção de energia de forma desordenada. Outros riscos
associados à monocultura da cana de açúcar referem-se à contaminação do solo e de águas
subterrâneas pelo uso da vinhaça como fertilizante.
Estudos do IBGE, 2007, quanto a ocorrências de impactos observados no meio ambiente, nos
destinos que compõe o Polo, podem ser analisadas através da Tabela 57 - Ocorrências
impactantes observadas com frequência no meio ambiente. De acordo com as informações, o
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
203
impacto de maior recorrência são as queimadas, presentes em todos os municípios. A este
impacto, seguem a poluição do recurso água, o assoreamento de corpos da água e o
desmatamento, presentes nos municípios de Abadiânia, Corumbá de Goiás, Cidade de Goiás e
Pirenópolis. A escassez de água foi registrada em Abadiânia, Cidade de Goiás e Pirenópolis.
Tabela 57: Ocorrências Impactantes Observadas com Frequência no Meio Ambiente
Polo / Destinos Poluição
do ar
Poluição do
recurso água
Assoreamento de
corpos da água
Escas sez do
recurso água
Desmatamen
to
Queima das
Contami nação do
solo
Abadiânia Sim Sim Não Sim Não Sim Não
Cocalzinho de Goiás
Sim Não Sim Não Sim Sim Não
Corumbá de Goiás
Não Sim Sim Não Não Sim Não
Cidade de Goiás
Não Sim Não Sim Sim Sim Sim
Jaraguá Não Não Sim Não Sim Sim Não
Pirenópolis Não Sim Sim Sim Sim Sim Não
Total de ocorrências
2
4
4
3
4
5
0
Fonte: Elaborado por FGV – base IBGE, 2007 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011
A ocorrência de incêndios em 2010 fez com que o Estado fosse incluído na lista de emergência
pelo Ministério do Meio Ambiente. O longo período de estiagem e os casos de irresponsabilidade
ambiental fizeram com que o número de focos de incêndio, até setembro deste ano, chegasse a
totalizar 8.877 focos, cerca de seis vezes maior que o acumulado em 2009, conforme dados do
INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais. Em setembro, o acumulado de focos de incêndio pode
ser observado na Figura 22 – Focos de Incêndio na Cidade de Goiás (setembro, 2010).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
204
Figura 22: Focos de Incêndio na Cidade de Goiás (setembro, 2010)
Fonte: INPE – Instituto de Pesquisas Espaciais, 2010
Como resultado dos incêndios de 2010, cerca de 40% da vegetação do Parque Estadual Serra
dos Pireneus foi destruída (Figura 23). No Parque, que se estende por terras dos municípios de
Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás, podem ser encontradas todas as
variedades dos ecossistemas do Cerrado, como, por exemplo: as matas de galeria; campos e
matas rupestres; os campos limpos; úmidos e semi-inundáveis; matas semi-caducas; e campos
de murundu. Este incêndio, conforme apuração do Corpo de Bombeiros da Cidade de Goiás, foi
provocado por turistas acampados no pé da Serra13.
13
Segundo o Site do Corpo de Bombeiros, 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
205
Figura 23: Incêndio na Serra dos Pireneus – 2010
Fonte: Portal Agita Pirenópolis,2010
Outro incêndio de grandes proporções que atingiu o Polo em 2010 foi o do Parque Estadual da
Serra Dourada, na cidade de Goiás, área que é apontada pelo IBAMA como uma das mais críticas
do Estado (Figura 24).
Figura 24: Incêndio no Parque Estadual Serra Dourada (2010)
Fonte: Site do Corpo de Bombeiros, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
206
Para que a degradação de Ecossistemas do Cerrado não se agrave, é importante, no
planejamento de políticas e ações de manejo, uma abordagem abrangente que envolva todos os
componentes (fauna, flora, aquíferos) e atores locais (Governo, Iniciativa Privada e Sociedade
Civil Organizada). A Educação Ambiental da população e de turistas é uma ação que não pode
ser postergada, pois, como vimos, incêndios têm tido origem também na atividade turística na
região.
Em Pirenópolis, o potencial da atividade mineradora é considerado pelos representantes do
Governo Municipal um fator de poluição no que tange à qualidade do ar em áreas distantes do
perímetro urbano e qualidade da água. Segundo Faleiro e Lopes (2010)14, apesar de ser
importante gerador de empregos diretos e indiretos e fonte de divisas para o Município, a
atividade envolve aspectos negativos que devem ser minimizados por uma gestão ambiental
responsável.
Os principais impactos provocados pela mineração no município ocorrem em dois momentos: o da
lavra, onde os impactos são maiores, e do beneficiamento. Entre os impactos na fase da lavra
tem-se: a remoção da vegetação e degradação paisagística (Figura 25); supressão da vegetação;
supressão e migração da fauna; interferência na movimentação das águas de subsuperfície e
rebaixamento do lençol freático; emissão de gases e partículas sólidas; compactação e
impermeabilização do solo pelo transporte; emissão de gases e partículas sólidas. Entre os
impactos na fase de beneficiamento, pode-se mencionar: a geração de rejeitos; o carreamento de
partículas para cursos de água; a degradação paisagística; partículas sólidas em suspensão; a
geração de ruídos e os problemas de saúde ocupacional.
14
FALEIRO, F. Fernandes e LOPES, L. Maria. Aspectos da Mineração e Impactos da Exploração de Quartzito em Pirenópolis-GO. Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. 4, n. 11 agos/2010. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/atelie/article/viewPDFInterstitial/11968/7909 . Acesso em out., 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
207
Figura 25: Degradação da paisagem por lavra de Quartzito - Pirenópolis-GO.
Fonte: FALEIRO, 2010
No entanto, a Prefeitura Municipal está atenta e segundo informações da AMIP – Associação de
Mineradores de Pirenópolis, as empresas de mineração estão se organizando e demonstram uma
preocupação crescente com a questão ambiental e da saúde dos trabalhadores.
Estudo realizado por Gazoni et al (2006)15 buscou reconhecer quais os impactos sobre o meio
ambiente decorrentes do turismo no município de Pirenópolis. Foram analisadas áreas com maior
ocorrência de atividades turísticas que envolvem o consumo de bens ambientais e identificados os
ambientes pelos quais os turistas passam necessariamente. As seguintes áreas piloto foram
selecionadas através de critérios de frequentação, proximidade de Pirenόpolis e facilidade de
acesso:Cachoeira do Abade; Mirante do Ventilador; RPPN Vargem Grande; Cachoeira Meia Lua;
e Cachoeira Usina Velha. Neste estudo, os indicadores de impactos ambientais foram extraídos
de textos do Manual de Ecoturismo de Base Comunitária (WWF, 2003). Conforme os autores, os
impactos do turismo nos locais piloto selecionados incluem a geração de lixo, a exposição de
raízes e a compactação do solo, entre outros indicadores analisados (Tabela 58).
15
GAZZONI, Jefferson L. et al. Percalços no Caminho ao Paraíso: Repercussões Socioambientais do Turismo em Pirenόpolis-GO. Disponivel em: www.anppas.org.br/encontro.../TA395-07032006-231333.DOC . Acesso em out., 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
208
Tabela 58: Impactos Ambientais Observados nas Áreas Piloto
Ponto Indicadores
Cachoeira
do Abade
Vegetação Solo Fauna (avistamento, som,
estrume, outros)
Outros aspectos
antrópicos
Raízes
expostas Compactação X
Presente
Presença de
lixo
Espécies
exóticas
Rochas riscadas
e/ou pintadas X
Coleta de
material
Troncos
riscados
e/ou
alterado
Erosão X Ausente X Presença de
fogueira
RPPN
Vargem
Grande -
Cachoeira
Santa
Maria
Raízes
expostas X Compactação
Presente
Som de
pássaros (Não
foi possível a
identificação)
Presença de
lixo
Espécies
exóticas
Rochas riscadas
e/ou pintadas
Coleta de
material
Troncos
riscados/
alterados
Erosão Ausente
Presença de
fogueira
RPPN
Vargem
Grande -
Cachoeira
do Lázaro
Raízes
expostas X Compactação
Presente
Seriemas,
borboletas,
cobra
,pássaros (s/
identificação)
Presença de
lixo
Espécies
exóticas X
Rochas riscadas
e/ou pintadas
Coleta de
material
Troncos
riscados
e/ou
alterado
Erosão Ausente
RPPN
Vargem
Grande -
Cachoeira
Meia Lua
Raízes
expostas X Compactação X
Presente
Presença de
lixo X
Espécies
exóticas X
Rochas riscadas
e/ou pintadas
Coleta de
material
Troncos
riscados X Erosão Ausente X
Presença de
fogueira X
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
209
Ponto Indicadores
e/ou
alterado
Mirante
do Ventila
dor
Raízes
expostas Compactação
Presente Seriema
Presença de
lixo
Espécies
exóticas X
Rochas riscadas
e/ou pintadas
Coleta de
material
Troncos
riscados
e/ou
alterado
X Erosão
Ausente
Presença de
fogueira X
Fonte: GAZZONI, Jefferson L. et al. Percalços no Caminho ao Paraíso: Repercussões Socioambientais do Turismo em
Pirenόpolis-GO
Como resultado do estudo as medidas foram adotadas. Na Reserva Particular do Patrimônio
Natural Vargem Grande, na Cachoeira Santa Maria as espécies arbóreas localizadas ao longo da
trilha foram identificadas com seu nome científico e o nome pelos quais são conhecidas na região.
No acesso à trilha da Cachoeira Abade passou-se a entregar a cada visitante, um saquinho
plástico para que deposite seu lixo; no verso do ingresso pode-se ler as regras de uso deste bem
ambiental; e nos trechos de maior declividade da trilha foram utilizadas as pedras de Pirenópolis
para o calçamento de modo a evitar processos erosivos; também foram feitos pequenos canais
para a drenagem de água de chuva.
Para os demais municípios do Polo, não foram encontrados estudos sobre os impactos do
turismo.
Cabe destacar para os demais municípios os seguintes aspectos, identificados na pesquisa
primária:
Em Abadiânia foram indicadas como atividades potencialmente poluidoras a
extração fluvial de areia e a mineração;
Na cidade de Goiás, a partir das oficinas estratégicas e dos questionários
respondidos, a administração do lixo aparece como um problema ambiental.
Quando há coleta, esta não é realizada de forma seletiva, o lixo é transportado em
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
210
caminhões improvisados, de caçamba aberta, depositado em um aterro
completamente irregular e não passa por tratamento;
Na cidade de Corumbá de Goiás, também a partir de oficinas estratégicas e de
questionários analisados, ressalta-se a preocupação da comunidade quanto à
inexistência de reserva florestal no município, tendo em vista o já crescente
processo de degradação das matas e fauna. Esta última foi bastante afetada pelo
desmatamento e caça predatória, o que ocasionou a extinção de espécies como: a
onça, o caetetu e a capivara. Outras espécies encontram-se já ameaçadas como:
a anta, o veado, a cutia e o tatu. Também não há, hoje, no município, áreas
determinadas à caça e à pesca, sendo restrita a fiscalização para o cumprimento
de leis e normas federais, o que, certamente, constitui fator de risco para eficácia
da mesma;
Na cidade de Jaraguá existe a preocupação da Administração Municipal em
intensificar a Fiscalização Ambiental sobre o despejo de resíduos tóxicos das
fábricas de roupas, principalmente, nos Rios Monjolinho e Parí. Neste ano a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente visitou a Superintendência de Meio
Ambiente da cidade de Rio Verde, no Sudoeste Goiano. O município de Rio Verde
é uma das quatro cidades do interior de Goiás que realizam o licenciamento
ambiental no próprio município, ação que será implantada pela Prefeitura de
Jaraguá. Nesta visita, representantes da Secretaria analisaram o processo de
licenciamento ambiental, desde a orientação técnica ao contribuinte e protocolo
até a emissão definitiva da Licença Ambiental;
Hoje, em Jaraguá, as Licenças Ambientais são emitidas pela Secretaria Estadual
de Meio Ambiente, o que torna o processo moroso e complicado para os
empreendedores jaraguenses. Por isto, a Prefeitura designou que o licenciamento
seja municipalizado, de forma a beneficiar o empresariado local e ter um maior
controle do Patrimônio Ambiental do Município;
Os primeiros passos já foram tomados, como o envio para a Câmara Municipal da
Lei que cria o Sistema de Licenciamento Ambiental do Município, a reformulação
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
211
do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e o levantamento técnico das
atividades potencialmente poluidoras da cidade; e
Para os municípios de Abadiânia e Cocalzinho de Goiás, foram realizadas, em
2004, análises de paisagens e vegetação da região, de forma a mapear e verificar
o estado de conservação dos principais cursos de água e fitofisionomias. Os
principais cursos de água foram escolhidos de acordo com o Sistema de
Informações Geográficas do Estado de Goiás (Base Cartográfica Digital Vetorial).
As fitofisionomias dos 26 pontos analisados em Abadiânia e dos 45 pontos
analisados em Cocalzinho de Goiás foram consideradas com bom estado de
conservação.
3.6.3 Gestão Ambiental Pública
No Estado de Goiás, o responsável pela formulação, coordenação, articulação e execução da
política Estadual de gestão e proteção dos recursos ambientais e de gerenciamento dos recursos
hídricos é a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás –
SEMARH. Criada em 1995, através da Lei Nº 12.603, alterada pela Lei Nº 13.456, de 16 de abril
de 1999, e posteriormente pela Lei Nº 14.383, de 31 de dezembro de 2002, a Secretaria atua no
Estado como o coordenador do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, integrando
também o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos.
Dividida em 4 Superintendências, a Secretaria distribui da seguinte forma as suas
responsabilidades:
A Superintendência de Recursos Hídricos é responsável pela implementação da
Política Estadual de Recursos Hídricos e seus instrumentos: outorga de direito de
usos das águas de domínio do Estado (atividade de maior demanda de esforços
do Órgão), Plano Estadual de Recursos Hídricos, Comitês de Bacia Hidrográfica e
Conselho Estadual de Recursos Hídricos-CERH;
A Superintendência de Biodiversidade e Florestas responde pela coordenação,
orientação e supervisão das atividades de preservação, conservação, pesquisa e
uso sustentável da biodiversidade no Estado, como também pela coordenação da
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
212
formulação e implementação da política estadual de biodiversidade, pela
promoção do mapeamento, inventário e monitoramento da cobertura vegetal e da
fauna silvestre do Estado;
A Superintendência de Gestão e Proteção Ambiental é a gestora da Agenda
Marrom do Estado, devendo implementar a Política de Gestão e Proteção
Ambiental e Controle da Poluição, assim como a Política de Incentivo à Produção
de Uso Sustentável no Estado de Goiás; e
Algumas responsabilidades da Secretaria são compartilhadas com a Agência
Ambiental de Goiás: a coordenação e gestão do Sistema Estadual de Unidades de
Conservação – SEUC; a implantação, gestão e administração das unidades de
conservação estaduais; a administração dos recursos financeiros derivados de
compensação financeira sejam aquelas relativas ao aproveitamento dos recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica, as previstas pela Resolução
002/1996, do CONAMA, pela Lei Federal Nº 9.985 de 18 de julho de 2000, e pela
Lei Estadual N° 14.247, de 29 de julho de 2002, como também os recursos de
compensações previstas pelo Artigo 10 da Lei estadual Nº 14.241, de 29 de julho
de 2002, regulamentada pelo Decreto N° 5.899, de 09 de fevereiro de 2004.
A Agência responde também pelo monitoramento da qualidade das águas, realizando análises
laboratoriais de efluentes industriais, de águas de poços e nascentes e de outras fontes
causadoras de poluição, através do Departamento de Monitoramento Ambiental.
A Agência responde ainda pelo monitoramento da qualidade das águas, realizando análises
laboratoriais de efluentes industriais, de águas de poços e nascentes e de outras fontes
causadoras de poluição, através do Departamento de Monitoramento Ambiental.
Entre os rios que atravessam o territorio do Polo do Ouro é realizado o monitoramento, a da
Agência Ambiental de Goiás realiza o monitoramento apenas dos rios das Almas e Vermelho. O
Rio das Almas é um dos principais afluentes do Rio Tocantins. O rio atravessa o município de
Pirenópolis e tem sido impactado pelo lançamento de esgoto. O Rio Vermelho, que faz parte da
história da Cidade de Goiás e é um dos principais afluentes do Rio Araguaia teve suas matas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
213
ciliares duramente suprimidas para dar lugar a pastagens e tem sido também degradado com o
lançamento de esgoto sem tratamento.
Os pontos de amostragem do Rio das Almas são apresentados no croqui da Figura 26.
Figura 26: Pontos de Amostragem no Rio das Almas – Pirenópolis.
Fonte: Site da SEMARH Goiás, 2011
De acordo com os últimos resultados divulgados pela Agência Ambiental de Goiás a qualidade
das águas do rio sofre uma variação sazonal e pontual. Entre os pontos 1 e 4 foi observada uma
redução dos valores básicos de referência em função da proximidade com o aglomerado urbano.
No ponto 1 as análises indicaram padrões dentro dos limites para águas de classe 2; no ponto 2
nota-se uma alteração, mas ainda assim a maioria dos parâmetros físico-químicos se situaram
dentro de valores tolerados pela legislação para corpos hídricos de classe 2; no ponto 3 foi
observado um aumento ainda maior, em virtude da pressão urbana e no ponto 4, situado à jusante
os valores demonstram a capacidade de assimilação do rio, situando-se dentro da faixa para
águas de classe 2.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
214
Entre as ações prioritárias do município de Pirenópolis destaca-se a recuperação do Rio das
Almas. Através de convênio assinado com a Prefeitura, teve início em 2009, projeto de parceria
entre o Ministério do Turismo e o IPHAN no valor de R$ 6,825 milhões, que deverá promover a
requalificação urbana da orla, com a recuperação do paisagismo, de calçadas, construção de
ciclovias, instalação de mobiliário urbano, iluminação e equipamentos turísticos16.
O Estado tem se empenhado também para a recuperação do Rio Vermelho, com projetos de
recomposição da mata ciliar e investimento para o tratamento de esgoto. Um exemplo é o
Programa Nascentes, da Policia Civi de Goiás, que teve como foco a recuperação de nascentes e
matas ciliares degradadas do Estado. Os trabalhos realizados na nascente do Rio Vermelho e
suas matas ciliares entre 2002 e 2006 mostram resultados animadores (Figura 27).
Na cidade de Goiás foram realizadas, em 2010, obras na área de saneamento no valor de R$
168.910,00. Entre 2006 e maio de 2010 foram concluídos projetos para o melhoramento do
sistema de saneamento pela SANEAGO no valor de R$ 1.750.242,27 (SEPLAN/GO, 2010)
Figura 27: Programa Nascentes: Nascente do Rio Vermelho em 2002 e 2006
Fonte: Projeto Nascentes, 2010
16
Segundo dados do IPHAN, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
215
Figura 28: Mata ciliar do Rio Vermelho em 2002 e 2006
Fonte: Projeto Nascentes, 2010
Em Jaraguá, igualmente, o Estado está investindo seriamente na solução dos problemas de
saneamento. Está em andamento projeto de R$ 268.000,00 e já foram concluídos projetos da
SANEAGO, entre 2006 e 2010 no valor de R$ 12.573.904,37 (SEGPLAN/GO).
Na área de fiscalização, a Agência Ambiental de Goiás tem intensificado suas ações e investido
na modernização de equipamentos para o melhor desempenho de suas funções, tendo iniciado a
conferência do avanço do desmatamento e ações de recuperação ambiental através de
geoprocessamento. Sua equipe de fiscais está apta a realizar todos os procedimentos
necessários e prestar informações ao público.
O arranjo institucional para a gestão do meio ambiente pode ser analisada através da Tabela 59.
De acordo com informações do IBGE (2007) todos os muncípios contam com um Órgão Gestor na
área de Meio Ambiente, mas apenas a Cidade de Goiás e Pirenópolis possuem uma Secretaria
exclusiva para a gestão do meio ambiente. Corumbá, Cidade de Goiás, Jaraguá e Pirenópolis têm
Conselho, mas somente na Cidade de Goiás e Pirenópolis, o Conselho havia se reunido nos
últimos doze meses. Cidade de Goiás, Jaraguá e Pirenópolis, contam com o Fundo Municipal de
Meio Ambiente, mas o Fundo não havia financiado ações ou projetos nos últimos doze meses.
Com exceção de Corumbá e Pirenópolis todos os municípios declararam realizar licenciamento
ambiental e, Cocalzinho de Goiás e Pirenópolis declararam não possuir legislação especifica para
o meio ambiente.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
216
No entanto, nenhum município declarou possuir Código Ambiental; a legislação consiste em leis
esparsas ou capítulo/artigo do Plano Diretor. Somente Pirenópolis encaminhou processo de
elaboração da Agenda 21, entretanto, não tem o Fórum da Agenda 21 instalado.
Esse cenário preocupa, pois a questão ambiental parece não ter merecido a atenção necessária
na gestão dos municipios que integram o Polo. A Cidade de Goiás apresenta-se como o município
que está com melhor estrutura para a gestão ambiental e Cocalzinho de Goiás, o que demanda
maior investimento para a estruturação da gestão do meio ambiente.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
217
Tabela 59: Arranjo Institucional para a Gestão do Meio Ambiente no Polo Do Ouro
Municípios Variáveis
Abadiânia Cocalzinho de Goiás
Corumbá de Goiás
Cidade de Goiás
Jaraguá Pirenópolis
Possui órgão gestor - tipo Secretaria em conjunto com outra
política
Secretaria em conjunto com outra
política
Secretaria em conjunto com outra política
Secretaria exclusiva
Secretaria em conjunto com outra política
Secretaria exclusiva
Possui Conselho Municipal de Meio Ambiente - ano de criação
Não Não Inativo Sim - 1997 Sim /2001 Sim - 1997
O Conselho se reuniu nos últimos 12 meses
Não aplicável Não aplicável Não Sim Não Sim
Possui Fundo Municipal de Meio Ambiente
Não Não Não Inativo Sim Não
O Fundo financiou ações / projetos nos últimos 12 meses Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não Não Não aplicável
Realiza licenciamento ambiental
Sim Não informado Não Sim Sim Não
Possui legislação especifica para o meio ambiente - forma Não Não Não
Sim - Capítulo ou artigo do plano
diretor Não Não
Possui processo de elaboração de Agenda 21 - estágio Não Não Não Não Não
Sim - Elaboração do plano de
desenvolvimento sustentável
Fórum da Agenda 21 local se reuniu com que frequência nos últimos 12 meses Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não
Fonte: Elaborado por FGV– dados do IBGE, 2007. Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2009 e dados da pesquisa primária, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
218
Nas oficinas realizadas para a elaboração do PDITS foram apontados pelos municípios os
problemas que mais os incomodam (pontos fracos), como aqueles que podem ser melhor
aproveitados (pontos fortes) e foram sugeridas ações para maior proteção e conservação do meio
ambiente. Na Tabela 60, apresentamos o resultado das Oficinas do PDITS e a percepção da
comunidade sobre a gestão do meio ambiente. Os problemas com a falta de saneamento básico e
o lançamento de esgoto em cursos da água estiveram presentes na maioria dos municipios como
ponto fraco. Como ponto forte, o que mereceu maior atenção dos participantes foi a importância
da existência de Unidades de Conservação dentro do território.
Tabela 60: Resultados das Oficinas – A Percepção da Comunidade Sobre o Meio Ambiente
Municípios Pontos Fortes Pontos Fracos
Abadiânia - -
Cocalzinho de Goiás - -
Corumbá de Goiás Existência de Secretaria do Meio Ambiente; Ensino de educação ambiental nas escolas públicas; Existência do Parque Estadual dos Pirineus no território municipal; e Rio Corumbá é o principal fornecedor de água para o lago que abastece Brasília (Corumbá IV) - Rio Areias, Rio Ponte Alta, Rio Barragem, Rio Baio.
Falta de saneamento básico; e Lançamento de esgoto in natura no Rio Corumbá.
Cidade de Goiás Existência de aterro sanitário que atende ao município; e Existência de Brigada de Corpo de Bombeiros no município.
Falta de coleta seletiva de lixo; Lançamento de resíduos sólidos nos afluentes do Rio Vermelho; Alto número de residências não ligadas à rede de coleta de esgoto; Ineficiência de cobertura da drenagem urbana; Existência de loteamentos sem infraestrutura básica de saneamento; e Ameaças à nascente do Rio Vermelho por lançamento de esgoto in natura.
Jaraguá O município está conquistando autonomia para licenciamento ambiental; O município é abrangido pelo Parque Estadual Serra do Jaraguá (UC de Proteção Integral); O município possui projeto de viveiro público de mudas para o paisagismo da cidade; e Está em andamento a elaboração do plano de arborização urbana.
Falta fiscalização ambiental; O Parque Estadual Serra do Jaraguá (UC de Proteção Integral) não possui plano de manejo; Emissão de efluentes da indústria em corpos de água; O aterro controlado está sem fiscalização; Cobertura insuficiente de coleta e tratamento de esgoto doméstico; Plano de arborização urbana ainda não foi aprovado; e Cobertura insuficiente de coleta e tratamento de esgoto doméstico.
Pirenópolis Existência de Parques e RPPNs com diversos atrativos; Existência de plano de manejo do Parque Estadual dos Pirineus; e
Falta de controle de capacidade de carga nos atrativos culturais e naturais; Falta de recursos para a aplicação do
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
219
Municípios Pontos Fortes Pontos Fracos
Bom desenvolvimento econômico dos atrativos naturais (bom aproveitamento privado, lucro dividido com as comunidades e sem repasse para o poder público).
plano de manejo (já pronto) e para a estruturação do Parque Estadual dos Pirineus; Falta de convênio com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMARH; Falta de legislação para atrativos naturais; Índice de poluição no Rio das Almas; e Falta de legislação ambiental municipal.
Fonte: Elaborado por FGV – dados das Oficinas para a elaboração do PDITS, 2010
Outra iniciativa que deverá ter um reflexo bastante positivo em toda a região é o Plano de Ação
para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), lançado
em 2010, pelo Ministério do Meio Ambiente. O Plano, segundo o MMA, é
“[...] uma ação estratégica do Governo Federal articulada às políticas nacionais,
como a Política Nacional da Biodiversidade e a Política Nacional dos Recursos
Hídricos. Articula-se ainda com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima
(PNMC) e com os planos estaduais de redução e controle de desmatamento e
queimadas.”
De acordo com o documento, o Plano compõe-se de ações no âmbito federal (MMA e vinculadas)
e ações estaduais, enviadas pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAS). São 22 ações
estratégicas no plano federal com orçamento de R$ 440.932.530,50. Destes, R$ 401.897.730,50,
estão garantidos e a diferença, no valor de R$ 39.034.800,00, dependem da captação de recursos
extras. Para a implementação das ações foi definido o modelo de governança apresentado na
Figura 29.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
220
Figura 29: Modelo de Governança – PPA Cerrado
Fonte: MMA – Ministério do Meio Ambiente. PPCerrado, 2010
As ações se distribuem em três eixos estratégicos: (i) monitoramento e controle; (ii) áreas
protegidas e ordenamento territorial e (iii) fomento às atividades sustentáveis. O orçamento das
ações federais (MMA e vinculadas) tem a seguinte distribuição dentro dos eixos estratégicos
(Tabela 61).
Tabela 61: Distribuição dos Recursos por Eixos Estratégicos - PPCerrado
Ações do MMA e
vinculadas
Orçamento (R$)
Previsto Extra Total
Monitoramento e
controle 59.701.765,00 30.693.500,00 90.395265,00
Áreas protegidas e
ordenamento
territorial
12.146.374,00 5.260.000,00 17.406.374,00
Fomento às
atividades
sustentáveis
330.049.591,50 3.081.300,00 333.130.891,50
Total 401.897.730,50 39.034.800,00 440.932.530,50
Fonte: MMA – Ministério do Meio Ambiente. PPCerrado,2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
221
As ações dos Estados inseridos no Bioma contribuem para o Programa com o total de R$
141.069.877,60 distribuídos conforme Tabela 62 – Ações Estaduais – orçamento previsto. Goiás
contribui com o total de R$ 17.639.000,00.
Tabela 62: Ações Estaduais – Orçamento Previsto
Ações dos
Estados
Orçamento Previsto (R$)
DF GO BA TO MG Total
Monitora
mento e
controle
3.266.733 5.495.000 3.340.000 7.566.910 20.491 19.689.134,00
Áreas
protegidas
e
ordenamen
to territorial
624.400 12.144.000 12.894.206 8.558.880 51.605.795,6 85.827.281,60
Fomento às
atividades
sustentá
veis
100.000 0,00 3.450.000 2.559.100 29.444.362 35.553.462,00
Total 3.991.133 17.639.000 19.684.206 18.684.890 81.070.648,60 141.069.877,60
Fonte: MMA – Ministério do Meio Ambiente. PPCerrado,2010
Com a realização da pesquisa primária pode-se constatar que a maior parte dos municípios
destinam seus resíduos sólidos em áreas construídas com critérios técnicos e caráter de aterro
sanitário. Entretanto, a falta de fiscalização e de Legislações Municipais específicas que
determinassem a autonomia municipal para o monitoramento da atividade resultou em uma boa
parte de aterros sanitários com características de aterros controlados e lixões a céu aberto.
As Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás, Corumbá
de Goiás e Abadiânia estão finalizando a implementação de um consórcio intermunicipal, em
parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e como parte
da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), da Secretaria de
Desenvolvimento do Centro-Oeste visando solucionar o grave problema de coleta e destinação do
lixo.
O Plano Plurianual 2008-2011 apresenta diferentes programas diretrizes onde a incidência direta
sobre a proteção e conservação do meio ambiente é que deverão contribuir para a
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
222
sustentabilidade do Turismo. A preocupação com a proteção do Meio Ambiente está presente nos
programas:
Prevenção e Combate a Incêndio, Salvamento, Resgate e Defesa Civil;
Policiamento Repressivo e Investigativo;
Desenvolvimento da Competitividade, que trata especificamente sobre a
implementação da Agenda 21 do Estado;
Energia e Telecomunicações, que prevê o fomento ao desenvolvimento de fontes
de energia renováveis;
Desenvolvimento de Microbacias, através do desenvolvimento da cadeia
produtiva aquícola;
Planejamento Urbano e Cidades Sustentáveis; e
Fortalecimento da Gestão Municipal, que visa promover a qualificação do sistema
de gestão territorial e controle social e, particularmente, no Programa Goiás
Qualidade Ambiental.
3.6.4 Gestão Ambiental nas Empresas Privadas
A partir das informações coletadas, verificou-se que as empresas do Setor de Turismo no Polo
ainda não se preocuparam com a busca de certificação. Este é um desafio a ser superado na
busca da qualidade e sustentabilidade do turismo na região. No entanto, iniciativas demonstram
que há uma sensibilização para uma gestão ambiental sustentável. No municipio de Pirenópolis,
por exemplo, com vistas à sua inclusão na lista de cidades-base do Mundial de 2014, está sendo
feito um grande esforço para a concretização de projetos de qualificação do trade, em parceria
com a Agência Goiana de Turismo.
Pelo número de RPPNs o município evidencia sua preocupação com o Meio Ambiente. Entre as
RPPNs destaca-se o Santuário da Vida Silvestre Vagafogo, primeira RPPN do Estado. Com um
sólido programa de Ecoturismo, a RPPN oferece trilhas autoguiadas, atividades de aventura,
Educação Ambiental, alimentação orgânica e venda de produtos orgânicos produzidos
artesanalmente na fazenda.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
223
3.6.5 Controle Territorial e Planejamento
A capacidade institucional e organizacional para o planejamento municipal e para a gestão urbana
dos destinos turísticos do Polo do Ouro é apresentada na Tabela 63 - Estrutura Pública de
Planejamento e Gestão Urbana construída com dados do IBGE (2007)17, complementado com
dados de pesquisa primária. De acordo com as informações, todos os municípios possuem Plano
Diretor, mas nenhum deles possui instância de governança na área.
Excetuando Jaraguá, nenhum município declarou pertencer a área de influência de
empreendimentos com significativo impacto ambiental e, todos, com exceção de Jaraguá,
informaram integrar área de interesse turístico.
Apenas Cocalzinho de Goiás informou ter Lei específica de Estudo de impacto de vizinhança. Os
demais estão, assim, descumprindo a Lei N°. 10.257/2001 – Estatuto da Cidade, que prevê esta
ferramenta de planejamento urbano para todos os municípios. O Estudo de Impacto de Vizinhança
– EIV destina-se a projetos que não estão sujeitos ao EIA – Estudo de Impacto Ambiental, mas
que podem impactar o meio urbano, sua paisagem, suas atividades e Patrimônio Natural e
Cultural.
Com exceção de Abadiânia, todos os municípios informaram ter lei de parcelamento do solo.
Quanto à lei de zoneamento ou equivalente, somente Abadiânia e Jaraguá não o possuem.
Abadiânia e Cocalzinho informaram não contar com legislação específica sobre zona e/ou área
de interesse especial, o que deixa o seu patrimônio ambiental, cultural, histórico, paisagístico,
arquitetônico ou arqueológico, enfim, seu patrimônio turístico, mais vulnerável. E Jaraguá informou
ignorar se tem ou não este tipo de lei.
17
IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2009.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
224
Tabela 63: Estrutura Pública de Planejamento e Gestão Urbana
Municípios Variáveis
Abadiânia
Cocalzinho de Goiás
Corumbá de Goiás
Cidade de Goiás
Jaraguá Pirenópolis
Plano Diretor Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Conselho Municipal de política urbana, desenvolvimento urbano, da
cidade ou similar - ano
Não Não Não Não Não Não
O conselho realizou reunião nos últimos 12 meses
Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável
O município integra área de influência de empreendimentos com
significativo impacto ambiental
Não Não Não Não Sim Não
O município integra área de interesse turístico
Sim Sim Sim Sim Não Sim
O município possui legislação específica sobre zona e/ou área de
interesse especial - tipo
Não Não Sim / ambiental,
histórico, cultural
Sim / ambiental, histórico, cultural,
paisagístico, arquitetônico, arqueológico
Ignorado Sim / ambiental, histórico, cultural
Lei de parcelamento do solo Não Sim Sim Sim Sim Sim
Lei de zoneamento ou equivalente Não Sim Sim Sim Não Sim
Código de obras Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Lei específica de Estudo de impacto de vizinhança
Não Sim Não Não Não Não
Fonte: Elaborado por FGV – base IBGE, 2007- Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2009 e dados da pesquisa primária, 2010.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
225
Quanto a definição de áreas protegidas, o Sistema Estadual de Unidades de Conservação
(SEUC) foi instituído pela Lei Nº. 12.247/02, regulamentada pelo Decreto Estadual Nº. 5.806/03. O
Polo do Ouro conta com diversas unidades de conservação de diferentes categorias em níveis
Municipal, Estadual e Federal (Tabela 64).
Tabela 64: Unidades de Conservação do Polo Do Ouro
UCs Categoria Área Total /
Ano de criação
Localização
Parque Estadual da Serra Dourada
Estadual - Unidade de Proteção
Integral
30.000 hab - 2003 Mossâmedes, Cidade de Goiás e Buriti de
Goiás
Parque Ecológico da Serra de
Jaraguá
Estadual - Unidade de Proteção
Integral
2.862,28 hab – 1998
Jaraguá
Parque Estadual dos Pirineus
Estadual - Unidade de Proteção
Integral
2.833,26 hab – 1987
Pirenópolis/Cocalzinho de Goiás/Corumbá de
Goiás
ARIE Águas de São João
Estadual - Unidade de Uso
Sustentável
26,49 hab - 2000 Cidade de Goiás
(Distrito de São João)
APA da Serra dos Pireneus
Estadual - Unidade de Uso
Sustentável
19.966,74 hab - 2000
Pirenópolis/Cocalzinho de Goiás/Corumbá de
Goiás
APA da Serra Dourada
Estadual - Unidade de Uso
Sustentável
16.851,00 hab - 2000
Cidade de Goiás/Mossâmedes
RPPN Fazenda Santa Mônica
Reserva Particular de Proteção Ambiental
215,03 hab - 2001 Corumbá
RPPN Fazenda Gleba Vargem
Grande I
Reserva Particular de Proteção Ambiental
390,00 hab Pirenópolis
RPPN Fazenda Vaga Fogo
Reserva Particular de Proteção Ambiental
17,00 hab - 1990 Pirenópolis
RPPN Fazenda Cachoeira Boa
Vista
Reserva Particular de Proteção Ambiental
108,25 hab Cocalzinho de Goiás
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
226
UCs Categoria Área Total /
Ano de criação
Localização
RPPN Santuário de Vida Silvestre Flor das Águas
Reserva Particular de Proteção Ambiental
43,31 hab – 141 Pirenópolis
RPPN Santuário de Gabriel
Reserva Particular de Proteção Ambiental
65,20 hab - 168 Pirenópolis
RPPN Fazenda Arruda
Reserva Particular de Proteção Ambiental
- Pirenópolis
Fonte: Elaborado por FGV – base Agência Ambiental de Goiás e dados da pesquisa primária,2010.
Como pode ser observado, o Polo não possui nenhuma UC federal. Por outro lado, tem inúmeras
RPPNs, que vêm a complementar as iniciativas públicas de proteção do meio ambiente,
demonstrando o nível de conscientização da sociedade civil e seu desejo de uso sustentável da
natureza para o turismo. Entre as Unidades estaduais, nem todas estão totalmente regularizadas
e com plano de manejo.
As áreas especiais de preservação ambiental do Estado foram classificadas em níveis de
prioridade considerando sua importância ambiental e os riscos a que estão expostas. O mapa a
seguir (Figura 30) apresenta estas áreas e nele é possível observar níveis de prioridade
extremamente alta e muito alta na área compreendida pelo Polo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
227
Figura 30: Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e
Repartição de Benefícios da Biodiversidade – Goiás
Fonte: Elaborado por FGV – base mapa "Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização
Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira", MMA
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
228
3.6.6 Grau de Participação Comunitária
Alguns dados quanto às instâncias de governança no Polo chamam a atenção. A preocupação
com a educação e direitos da criança e adolescente fica transparente – todos os municípios
possuem Conselhos de Educação, de Direitos da Criança e do Adolescente, e Conselho Tutelar.
Da mesma forma, todos possuem Conselho de Saúde.
No entanto, temas de importância no mundo contemporâneo como a segurança e gênero não
sensibilizaram os atores regionais – nenhum município tem Conselho de Segurança e Conselho
de Direitos da Mullher. Da mesma forma poderia se dizer da questão de direitos humanos –
apenas a cidade de Goiás conta com um conselho nesta área.
Corumbá de Goiás, Cidade de Goiás e Jaraguá tem Conselho de Cultura, mas Pirenópolis,
destino onde o Patrimônio Cultural é da maior relevância, não tem esta instância de Governança.
O conjunto de conselhos gestores municipais do Polo é apresentado na Tabela 65.
De modo geral, os Municípios que integram o Polo do Ouro têm iniciativas de organização da
sociedade civil bastante atuante, como: a Associação de Condutores de Visitantes de Pirenópolis
– ACV; a Associação de Desenvolvimento Comunitário de Caxambu – Promessa de Fututro,
também em Pirenópolis, que desenvolve todo um trabalho com foco na conservação do meio
ambiente e produção orgânica; a ONG Cenesc – Centro de estudos e exploração sustentável do
Cerrado (Pirenópolis), que tem como objetivo promover a experimentação de técnicas
sustentáveis de uso dos recursos naturais do Cerrado, visando a sua conservação. Também é
importante mencionar a presença no Polo de iniciativas de expressão na área ambiental, como o
ECOCENTRO IPEC – Instituto de Permacultura (Pirenópolis).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
229
Tabela 65: Conselhos Gestores Municipais
Municípios
Conselhos Gestores Municipais
Conselho de Controle e Acompanhamento Social do FUNDEF
Conselho de Alimentação Escolar
Conselho de Educação
Conselho de Cultura
Conselho de direitos da criança e do adolescente
Conselho de direitos do idoso
Conselho de saúde
Conselho de segurança pública
Conselho Tutelar
Conselho de direitos humanos
Conselho dos direitos da mulher
Abadiânia Sim Não Sim Não Sim Sim Sim Não Sim Não Não
Cocalzinho
de Goiás Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Não Sim Não Não
Corumbá
de Goiás Não Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Sim Não Não
Cidade de
Goiás Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Não
Jaraguá Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Não
Pirenópolis Sim Sim Sim Nao Sim Não Sim Não Sim Não Não
Fonte: Elaborado por FGV – base: Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública, 2009 e dados da pesquisa primária, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
230
3.7 Diagnóstico Estratégico
Neste tópico do trabalho se procede com a avaliação dos segmentos identificados como
prioritários e dos atrativos identificados como turísticos ou com potencial turístico. Na realidade,
espera-se poder realizar esta hierarquização à luz de tudo o que já foi diagnosticado e analisado
nos itens anteriores. Sendo assim, inicialmente, foram hierarquizados os segmentos que serão
priorizados no desenho do Plano e deverão ser refletidos nas estratégias no próximo capítulo e,
em seguida, foram hierarquizados os atrativos que deverão compor o quadro de investimentos do
município.
3.7.1 Priorização dos Segmentos Turísticos
No caso dos segmentos a serem priorizados para o desenvolvimento da política pública de
turismo no Polo do Ouro, foram levados em consideração cinco fatores:
Demanda atual: este fator avalia se o segmento já é responsável atualmente pela
demanda turística na região de acordo com as pesquisas da Agência Goiana de
Turismo – Goiás Turismo / Governo do Estado;
Demanda potencial: este fator analisa qual a capacidade que o segmento possui
de atrair novos turistas ao destino, a partir do Plano Cores do Brasil e da avaliação
técnica dos principais mercados emissores;
Adequação ao perfil do município: este fator avalia se o segmento em questão
está alinhado com as atividades econômicas atualmente desenvolvidas nos
municípios do Polo, reforçando o caráter transversal do turismo na região;
Capacidade de complementaridade com outros segmentos: este fator analisa
a capacidade em se trabalhar mais de um segmento como parte de uma
estratégia de complementação de atrativos e diversificação da oferta turística; e
Adequação ao posicionamento turístico desejado pelo município: este fator
analisa se o segmento em questão está alinhado com a imagem que o destino
deseja projetar de seus produtos no mercado atual e potencial.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
231
Para cada um desses fatores foram atribuídas notas que variaram de 0 a 3, conforme tabela
apresentada na sequência.
Tabela 66: Valoração por Fatores de Hierarquização – Segmentos Turísticos
Fator Avaliado Nota 0 Nota 1 Nota 2 Nota 3
Fator 01: Demanda Atual
Principal motivação de 0 a 5% dos turistas
Principal motivação de 6 a 10% dos turistas
Principal motivação de 11 a 15% dos turistas
Principal motivação de mais de 15% dos turistas
Fator 02: Demanda Potencial
Segmento sem capacidade de atração de turistas
Segmento com baixa capacidade de atração de turistas
Segmento com boa capacidade de atração de turistas
Segmento com alta capacidade de atração de turistas
Fator 03: Adequação ao Perfil do Polo
Não existe relação entre o segmento e o perfil econômico da região
Existe uma relação fraca entre o segmento e o perfil econômico da região
Existe uma boa relação com o perfil econômico da região
Existe uma relação forte com as principais atividades econômicas da região
Fator 04: Capacidade de
complementaridade
Não é possível criar estratégia conjunta com outro segmento
Segmento que depende de outro para se viabilizar
Segmento que pode ser viável só mas ganha quando associado a outro
A estratégia conjunta fortalecerá os segmentos trabalhados
Fator 05: Adequação ao
posicionamento desejado
Não é o posicionamento turístico desejado
Não é o posicionamento desejado, mas é posicionamento atual.
Pode ser uma imagem secundária, mas não é o posicionamento principal.
Corresponde à imagem que o município deseja projetar
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
A partir desses elementos, os segmentos foram avaliados e as notas foram atribuídas seguindo o
escalonamento apresentado acima. Desta forma, montou-se a tabela abaixo com as notas
atribuídas aos diversos segmentos identificados no destino.
Para finalizar a análise da priorização dos segmentos, foi atribuído peso 2 aos fatores 1 e 5
(Demanda atual e Adequação ao posicionamento desejado, respectivamente) por se entender que
esses fatores são mais relevantes à escolha dos segmentos a serem priorizados. Desta forma, os
segmentos foram classificados e hierarquizados a partir da soma das notas atribuídas a cada fator
após aplicado os pesos definidos.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
232
Tabela 67: Avaliação dos Segmentos Segundo os Fatores de Avaliação
Segmento Avaliado Fator 01 Fator 02 Fator 03 Fator 04 Fator 05 Pontuação
Pesca 0 0 0 0 0 0
Náutico 0 0 0 0 0 0
Cultural 3 3 3 3 3 21
Esportes/Aventura 1 2 3 3 2 14
Sol e Praia 0 0 0 0 0 0
Rural 1 2 2 2 1 10
Ecoturismo 2 3 3 3 3 19 Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
Sendo assim, o gráfico abaixo apresenta a ordem dos segmentos a serem hierarquizados no
desenvolvimento da política pública de Turismo Local e das estratégias para implementação das
mesmas.
Gráfico 55: Segmentos Hierarquizados
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
A partir dos resultados, pode-se concluir que o segmento de Turismo Cultural é o de maior
relevância no destino e também é o que apresenta maior potencial de dinamização da atividade
turística no Polo. Este segmento deve ser priorizados no desenvolvimento das estratégias e da
Política Pública de Turismo para o Polo do Ouro, trabalhando em conjunto com o segmento de
Ecoturismo, que apresenta bom potencial para o desenvolvimento na região.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
233
Importante ressaltar neste resultado que o Turismo Cultural se posiciona como principal segmento
do Polo, porém ainda necessita de muito esforço para estruturação e qualificação do destino de
forma a se tornar um segmento vendável nacional e internacionalmente. Da mesma forma, o
Ecoturismo se apresenta com excelente potencial de desenvolvimento em função da presença
dos parques estaduais e dos atrativos naturais existentes na região, mas ainda carece bastante
de infraestrutura e qualificação destes atrativos. Sendo assim, é mais prudente tratar este
segmento como potencial de curto/médio prazo para começar a mostrar os resultados em termos
de aumento de fluxos de turistas no longo prazo.
A tabela abaixo apresenta os principais desafios à estruturação e consolidação dos segmentos
apontados como principais neste estudo:
Tabela 68: Resultados da Hierarquização dos Segmentos
Segmento Situação Atual x Situação Desejada Prioridades de Investimento
Turismo Cultural
Atualmente, o segmento de Turismo Cultural é o mais importante e consolidado do Polo. A presença de uma cidade considerada Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO (Cidade de Goiás) e de uma cidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, como Patrimônio Nacional (Pirenópolis) já são suficientes para atrair um grande número de pessoas interessadas em conhecer os centros históricos preservados da Época do Ouro e também para conhecer um pouco mais da história do povoamento brasileiro no seu interior, realizado pelos Bandeirantes. Além dessas duas cidades históricas, existe ainda no Polo uma grande movimentação de pessoas no município de Abadiânia em função da Casa Dom Inácio. Apesar de os turistas buscarem este destino com fins medicinais, o fato de não se praticar a medicina tradicional faz deste turista um turista do segmento cultural, que busca culturas alternativas para seus problemas médicos. Sendo assim, este segmento se reforça com este grande contingente de pessoas que se deslocam até o Polo em busca das culturas alternativas de cura e prática medicinal.
Investimento na qualificação dos atrativos culturais presentes (recuperação de prédios históricos, acervos de museus, embutimento de fiação nos centros históricos, recuperação da pavimentação histórica, entre outros); Investimento na criação de roteiros temáticos para facilitar a compreensão e a interação do turista com o patrimônio histórico; Investimentos na sinalização turística, sobretudo a interpretativa, e na capacitação de guias de turismo para potencializar a experiência de conhecer o patrimônio edificado e sua história; Investimentos na infraestrutura geral e de serviços básicos também como forma de preservar o patrimônio histórico; Investimentos em pesquisas e estudos de mercado que permitam conhecer melhor o turista que se desloca até este Polo;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
234
Segmento Situação Atual x Situação Desejada Prioridades de Investimento
Este segmento pode ser trabalhado em conjunto com o Ecoturismo, fortalecendo o destino e apresentando o Polo como um destino plural, onde se pode aliar a cultura e o saber ao contato com a natureza, potencializando ainda mais a atividade turística na região.
Investimentos na promoção e divulgação do destino no mercado nacional e internacional.
Ecoturismo
O segmento de Ecoturismo destaca-se no Polo do Ouro como potencial de se desenvolver em curto e médio prazo motivado, sobretudo, pela busca aos atrativos naturais presentes nos Parques Estaduais da Serra dos Pireneus e da Serra de Jaraguá, além dos atrativos naturais presentes em todos os municípios do Polo.
As cachoeiras presentes em abundância no Polo também atraem visitantes para realizar as trilhas que levam a estes balneários e contemplar também a natureza local. O Ecoturismo guarda ainda uma grande interseção com o segmento de Esportes/Aventura e pode ser explorado, praticamente, durante todo o ano, sem sofrer interferência de sazonalidades.
Além disso, este segmento é sempre potencializado quando trabalhado em conjunto com outro segmento. É objetivo da Goiás Turismo que este segmento se consolide como agregado aos demais segmentos e se torne também marca do Polo.
Investimentos na estruturação dos parques e das áreas identificados com potencial de atração turística (acesso, acessibilidade, sinalização, iluminação, dotação de equipamentos de recepção e serviços ao turista, desenvolvimento de trilhas ecológicas, etc.);
Capacitação de guias de turismo com foco exclusivo nos atrativos naturais e áreas de proteção ambientais, podendo servir de guias nas trilhas ecológicas dos parques;
Investimento na adequação da legislação ambiental e nos Planos de Manejo, Gestão e Manutenção das áreas priorizadas;
Investimentos na infraestrutura de apoio à atividade de ecoturismo e nas pesquisas para identificação e caracterização do perfil do turista deste segmento no Polo.
Divulgação e promoção do destino de ecoturismo nos mercados estadual e regional.
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
235
3.7.2 Priorização dos Atrativos Turísticos
Da mesma forma que os segmentos foram priorizados, os atrativos apontados com potencial
turístico passaram pelo mesmo processo, porém utilizando-se de fatores diferentes. No caso dos
atrativos, foram avaliados, para fins de hierarquização, os atrativos naturais e culturais que foram
analisados no item da oferta. Importante ressaltar que neste tópico foram hierarquizados os
atrativos, finalizando o processo de identificação e análise da importância dos atrativos na região.
Os fatores utilizados na hierarquização dos atrativos estão apresentados a seguir:
Singularidade do atrativo: este fator analisa o caráter singular, único, que cada
atrativo possui. Este fator deverá indicar quais os atrativos mais diferenciados em
relação ao conjunto;
Condições de acesso ao atrativo: este fator irá analisar como estão as
condições de acesso até o atrativo e como estão as condições de locomoção
dentro do atrativo;
Condições de infraestrutura: este fator analisa se existem no atrativo
infraestruturas para bem receber o turista e tornar sua experiência agradável e
singular;
Nível de uso atual: este fator analisa a demanda atual pelo atrativo;
Nível de uso potencial: este fator analisa a capacidade do atrativo em atrair
potenciais turistas;
Condições físicas e de serviços básicos do atrativo: este fator analisa como
está o atrativo em relação à sua estrutura de conservação. Neste fator leva-se em
consideração a existência de mobiliário público e as condições dos serviços
básicos apresentadas pelo atrativo; e
Arranjo institucional e legal: este fator analisa a questão da gestão e
manutenção dos atrativos.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
236
A partir da definição dos fatores de avaliação, foi montada a matriz de avaliação para os atrativos
turísticos. Estes fatores deverão ser aplicados a todos os atrativos de forma a priorizar os
investimentos necessários ao desenvolvimento da atividade turística.
Tabela 69: Valoração por Fatores de Hierarquização – Atrativos Turísticos
Fator Avaliado Nota 0 Nota 1 Nota 2 Nota 3
Fator 01: Singularidade do
Atrativo
Atrativo sem nenhuma característica singular
Atrativo com pequena singularidade
Atrativo de grande singularidade
Atrativo de alta singularidade e apelo turístico
Fator 02: Condições
acesso
Acesso difícil sem via asfaltada e em condições precárias
Acesso sem via asfaltada, mas em boas condições
Acesso em via asfaltada em condições precárias
Acesso em via asfaltada em boas condições
Fator 03: Condições
infraestrutura
Não possui centro de recepção de visitantes, lojas e equipamentos (bar/restaurante) e estacionamento
Não possui centro de visitantes, mas possui equipamentos (bar/restaurante) e estacionamento
Possui centro de recepção de turistas e estacionamento, mas não possui lojas e equipamentos
Possui centro de recepção de visitantes, possui lojas e equipamentos e estacionamento
Fator 04: Nível de uso atual
Atrativo não tem visitação atualmente
Atrativo possui pouca visitação atualmente
Atrativo bastante visitado atualmente
Principal atrativo em número de visitação atual
Fator 05: Nível de Uso potencial
Atrativo sem potencial de atração de turistas
Atrativo com potencial de atração mas com pouca capacidade de uso
Atrativo com alto potencial de atração de turistas e com boa capacidade de uso
Atrativo com alto potencial de atração de turistas e com estudo de capacidade de carga
Fator 06: Condições
físicas e serviços básicos
Atrativo sem fornecimento de água, arruamento interno, ligação com sistema de esgoto e iluminação pública
Atrativos com fornecimento de água, mas sem arruamento interno, sem ligação com sistema de esgoto e sem iluminação pública
Atrativo com fornecimento de água e arruamento interno, mas sem ligação ao esgotamento sanitário e sem iluminação pública
Atrativo com fornecimento de água, arruamento interno, ligação ao esgotamento sanitário e iluminação pública
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
237
Fator Avaliado Nota 0 Nota 1 Nota 2 Nota 3
Fator 07: Arranjo institucional e
legal
Atrativo sem marco legal instituído e sem plano de manejo e plano de gestão e manutenção
Atrativo com marco legal instituído, mas sem plano de manejo e plano de gestão e manutenção
Atrativo com marco legal instituído e com plano de manejo, mas sem plano de gestão e manutenção
Atrativo com marco legal instituído e com planos de manejo e de gestão e manutenção
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
A partir desses elementos os atrativos foram avaliados e as notas foram atribuídas seguindo o
escalonamento apresentado acima. Desta forma, montou-se a tabela abaixo com as notas
atribuídas aos diversos segmentos identificados no destino.
Para finalizar a análise da priorização dos atrativos, foi atribuído peso 2 aos fatores 1, 2 e 4
(Singularidade do atrativo, Condições de acesso e Nível de uso atual, respectivamente, por se
entender que estes fatores são mais relevante à escolha dos atrativos a serem priorizados. Desta
forma, os atrativos foram classificados e hierarquizados a partir da soma das notas atribuídas a
cada fator após aplicado os pesos definidos. Sendo assim, a tabela abaixo apresenta a ordem dos
segmentos a serem hierarquizados no desenvolvimento da política pública de turismo local e das
estratégias para implementação das mesmas.
Tabela 70: Avaliação dos Atrativos Segundo os Fatores de Avaliação
Atrativos Avaliados Fator 01
Fator 02 Fator 03 Fator 04 Fator 05 Fator 06 Fator 07
Parque Estadual dos Pirineus (Pirenópolis)
2 3 2 1 3 2 2
Reserva Ecológica Vargem Grande
1 3 2 1 2 2 3
Reserva Ecológica Vagafogo
1 3 1 1 2 2 3
Cachoeira Grande 1 1 1 1 2 1 1 Parque Estadual Serra Dourada
2 2 1 1 3 2 2
Salto de Corumbá 1 3 2 1 2 1 1 Prainha 1 2 1 1 2 1 0 Parque Estadual da Serra de Jaraguá
2 2 2 1 3 1 0
Cachoeirinha do Saraiva 1 2 1 1 2 1 0 Parque Estadual dos Pirineus (Cocalzinho)
2 1 1 1 2 1 1
Matriz de Nossa Senhora do Rosário
1 2 1 1 1 1 1
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
1 2 1 1 1 1 1
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
2 2 1 1 2 1 1
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
238
Theatro Pirenópolis 2 2 2 1 2 1 1 Centro Cultural Goiandira de Couto
2 2 3 2 3 2 2
Casa de Cora Coralina 2 2 3 2 3 2 2 Igreja da Boa Morte 1 2 1 1 1 1 1 Centro Histórico de Corumbá
2 2 1 1 2 1 1
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha da França
1 2 1 1 1 1 1
Casa Dom Inácio 2 2 2 2 2 1 2 Igreja Nossa Senhora D’Abadia
1 2 1 1 1 1 1
Festa Nossa Senhora D’Abadia
1 2 2 1 1 1 1
Centro Histórico de Jaraguá 2 2 1 1 2 1 1
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
Tabela 71: Compilação das Notas dos Atrativos
Atrativos Avaliados Nota Final do Atrativo Centro Cultural Goiandira do Couto 22 Casa de Cora Coralina 22 Parque Estadual dos Pirineus (Pirenópolis) 21 Reserva Ecológica Vargem Grande 19 Casa Dom Inácio 19 Reserva Ecológica Vaga Fogo 18 Parque Estadual Serra Dourada 18 Salto de Corumbá 16 Parque Estadual da Serra de Jaraguá 16 Theatro Pirenópolis 16 Igreja de Nossa Senhora do Carmo 15 Centro Histórico de Corumbá 15 Centro Histórico de Jaraguá 15 Parque Estadual dos Pirineus (Cocalzinho) 13 Festa Nossa Senhora D’Abadia 13 Prainha 12 Cachoeirinha do Saraiva 12 Matriz de Nossa Senhora do Rosário 12 Igreja de Nosso Senhor do Bonfim 12 Igreja da Boa Morte 12 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha de França 12 Igreja Nossa Senhora D’Abadia 12 Cachoeira Grande 11 Fonte: FGV, 2010
Em função dos fatores de avaliação e da hierarquização dos atrativos aplicados, é possível
verificar que o Centro Cultural Goiandira Couto e a Casa de Cora Coralina, são os atrativos do
Polo mais relevantes, atualmente, para o desenvolvimento da atividade turística. Estes dois
atrativos, reforçam o Segmento Cultural preponderante no Polo. Os prédios históricos e os
Centros Históricos Urbanos também são relevantes neste contexto e devem ser priorizados na
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
239
formatação da estratégia de desenvolvimento do turismo local, inclusive na estruturação de
material promocional. É possível verificar no gráfico abaixo que além deste atrativo, também
alcançaram nota superior a 15 pontos (em um total de 30) os seguintes atrativos: (i) Parque
Estadual dos Pirineus; (ii) Reserva Ecológica de Vargem Grande; (iii) Reserva Ecológica de
Vagafogo; (iv) Parque Estadual da Serra Dourada; (v) Salto de Corumbá; (vi) Parque Estadual da
Serra de Jaraguá; (vii) Theatro Pirenópolis; e (viii) a Casa Dom Inácio.
Gráfico 56: Atrativos Hierarquizados no Polo do Ouro
Fonte: FGV, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
240
4. Estratégia de Desenvolvimento Turístico do Polo do Ouro
Este capítulo apresenta a estratégia para o desenvolvimento sustentável do Turismo no Polo do
Ouro no âmbito do PRODETUR NACIONAL GOIÁS. Neste sentido, é preciso ressaltar que esta
estratégia foi alinhada e concebida levando em conta os principais pontos do Plano Estadual de
Turismo de Goiás e do PRODETUR NACIONAL, ou seja: (1) consolidar destinos turísticos já
amadurecidos que precisam ser aprimorados; (2) transformar o Estado em um destino mais
competitivo nos mercados regional, nacional e internacional; (3) fomentar a ampliação espacial
dos destinos turísticos do Estado, visando à interiorização e desconcentração da atividade; e (4)
assumir o turismo como alavanca para o desenvolvimento, potencializando o desempenho da
atividade e a criação de um ambiente adequado e atrativo para investimentos privados nacionais e
internacionais.
Neste processo, dois pontos adquirem maior relevância. Primeiro, assume-se que o Estado
emerge como protagonista deste processo cabendo a este: (1) direcionar as políticas públicas
para as áreas social e de infraestrutura de forma a buscar uma padrão sustentável de
desenvolvimento; (2) estimular o desenvolvimento dos serviços e empreendimentos privados com
o objetivo de incrementar a renda, o nível de emprego e a qualidade de vida dos residentes nos
locais turísticos em questão; e (3) coordenar e disseminar ações e hábitos de preservação do
patrimônio ambiental, histórico e cultural (importante diferencial das localidades e produtos
turísticos).
Segundo, a reflexão sobre a atividade turística demanda um envolvimento de toda a sociedade,
tornando-se imprescindível a interatividade entre Governo, Empresários e a Sociedade Civil. Esta
interatividade deve ser viabilizada por meio de mecanismos provenientes da parceria público-
privada, visando o desenvolvimento do turismo, em consonância com a tendência mundial no
setor. Assim, buscou-se o planejamento participativo, contando com representantes dos setores
público e privado, incluindo as organizações sociais.
Após a execução do PDITS, a participação comunitária acontecerá por meio do Fórum Estadual
de Turismo, citado no Arranjo Institucional, o qual terá atribuições de assessoria no
acompanhamento e fiscalização das ações previstas.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
241
O objetivo da participação do Fórum no PRODETUR Nacional Goiás é tornar mais transparente as
relações entre os profissionais responsáveis e a comunidade, enfrentando problemas
conjuntamente e tomando decisões que reduzam os riscos de erro, uma vez que une pontos de
vista da equipe técnica com os da população beneficiada. Além disto, o fórum deve assegurar que
as atividades foram programadas e realizadas de acordo com os objetivos estabelecidos a longo
prazo.
Criado em dezembro de 2003, o Fórum Estadual do Turismo de Goiás é o principal instrumento de
descentralização das ações definidas no Plano Nacional do Turismo. É o elo entre o Governo
Federal e os destinos turísticos, sendo responsável por avaliar e ordenar as demandas do Estado,
das Regiões Turísticas e de seus municípios.
É importante ressaltar que boa parte dos municípios dos Polos Turísticos já possui Conselhos
Municipais de Turismo, que deverão ser consultados no decorrer da implementação das ações do
PRODETUR Nacional Goiás. Além disto, é recomendável que sejam fortalecidos os Fóruns
Regionais do Turismo dos Polos. Os membros do Fórum Estadual, dos Fóruns Regionais e dos
Conselhos Municipais locais terão acesso a todos os relatórios relativos aos aspectos técnicos, de
monitoria e de avaliação das atividades realizadas, com a possibilidade de comentá-las e revisá-
las, assim como fornecer informações aos grupos locais, através dos demais Conselhos
Municipais colaboradores da atividade turística – como o de Cultura e o de Meio Ambiente.
O diagnóstico estratégico contemplou as seguintes análises da área e das suas atividades
turísticas: (1) demanda turística atual de Goiás; (2) demanda turística potencial (sem dados
relevantes); (3) atrativos turísticos dos municípios do Polo; (4) equipamentos e serviços turísticos
existentes no Polo; (5) capacitação de mão de obra para o turismo; (6) infraestrutura básica e dos
serviços gerais; (7) análise social dos municípios do Polo (envolvendo os sistemas de
abastecimento de água; de esgotamento sanitário; de limpeza urbana; e disposição de resíduos
sólidos; de drenagem pluvial; e de saúde); e (8) análise dos aspectos socioambientais.
A compilação dos dados da seção anterior permitiu a realização da atividade de diagnóstico
estratégico da área turística selecionada e de sua área de influência. A metodologia utilizada para
a análise dos dados compreendeu três etapas: (1) a construção do modelo de análise SWOT; (2)
a validação dos resultados pelas Jornadas Participativas; e (3) a definição das grandes linhas
norteadoras estratégicas.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
242
4.1 Análise SWOT
O termo SWOT é a junção das iniciais (em inglês) dos quatro elementos-chave desta ferramenta
de análise, são eles: (1) strenghts - pontos fortes; (2) weaknesses - pontos fracos; (3)
opportunities – oportunidades; e (4) threats – ameaças.
A análise SWOT apresenta-se como uma das mais conhecidas ferramentas de planejamento
estratégico, utilizada para auxiliar a síntese das diversas análises ambientais efetuadas de forma
a obter a melhor posição estratégica possível. Na prática, isto significa identificar as variáveis
internas que podem ser controladas e que influenciam de forma positiva (forças) ou de forma
negativa (fraqueza) o alcance dos objetivos em um determinado contexto para aproveitar ou evitar
situações que não podem ser controladas, uma vez que são provenientes do ambiente externo
(oportunidades e ameaças).
A Matriz SWOT, metodologicamente, é um poderoso exercício em que as questões se ordenam e
entrecruzam e não tem como foco estabelecer escalas de prioridade na leitura que foi
desenvolvida. Trata-se de um estágio do processo de construção de propostas e de uma forma
gráfica de registro das questões apontadas ao longo da análise da realidade, seja sob a ótica da
administração pública, seja sob a perspectiva dos inúmeros fatores externos à administração que
sobre ela interferem.
A Matriz SWOT permite a leitura das variáveis a partir de suas linhas e colunas e do registro
gráfico da relação de intensidade existente no cruzamento de cada casa dos dois eixos –
horizontal e vertical, considerada a realidade da área analisada. Como referencial para esta
análise, foi adotada a seguinte codificação em cores:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
243
COR INTENSIDADE DA RELAÇÃO ENTRE OS
FATORES*
VERMELHA FORTE
LARANJA MÉDIA
AMARELA FRACA
BRANCA INEXISTENTE
* Oportunidades x Forças
* Oportunidades x Fragilidades
* Ameaças x Forças
* Ameaças x Fragilidades
Nessa análise, verifica-se que, quanto mais intensa for a relação entre determinados fatores,
maior é a indicação de que, àquele campo, corresponderá a fixação de uma linha estratégica para
desenvolvimento do turismo no Polo do Ouro. O diagrama a seguir busca a compreensão da
natureza da ação necessária relativa ao desenvolvimento do turismo, indicada pelo cruzamento de
duas variáveis, em cada quadrante.
Matriz SWOT – Características Próprias de cada Quadrante
AMBIENTE INTERNO
FORÇAS FRAGILIDADES
AM
BIE
NT
E E
XT
ER
NO
OP
OR
TU
NID
AD
ES
CAPITALIZAÇÃO/DESENVOLVIMENTO
CRESCIMENTO
FORÇAS x OPORTUNIDADES
FRAGILIDADES x OPORTUNIDADES
Desenvolvimento.
Resultado mais rápido - consolidação do desenvolvimento.
Campos mais acessíveis. Ambiente preparado – sinal aberto.
Eliminar ou minimizar os pontos fracos,
para aproveitar as oportunidades. Intervenções para não perder as
oportunidades presentes.
PRIORIDADE 1
PRIORIDADE 2
AM
EA
ÇÃ
S
MANUTENÇÃO
SOBREVIVÊNCIA
FORÇAS x AMEAÇAS
FRAGILIDADES x AMEAÇAS
Monitorar ameaças.
Exercer o controle sobre a situação. Manter ou aperfeiçoar as forças.
Gestão do ambiente interno.
Eliminar ou minimizar, ao máximo, as fragilidades e monitorar as ameaças.
PERIGO! INTERVIR COM URGÊNCIA!
PRIORIDADE 3
PRIORIDADE 4
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
244
Quadrante 1: Diante de um dado de realidade que representa Força identificada no
ambiente interno tida como fator impulsor, em cruzamento com uma Oportunidade
detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir em função de capitalizar o que
está acessível, obtendo, assim, respostas rápidas rumo ao DESENVOLVIMENTO;
Quadrante 2: igualmente, diante de um dado da realidade que representa Força
identificada no ambiente interno, tida como fator impulsor, agora em cruzamento com uma
Ameaça Detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir no sentido de manter
as forças e de monitorar as ameaças, tendo como resultante a MANUTENÇÃO. Esta ação
requer uma postura proativa e assertiva, na medida em que os atores do ambiente interno
não podem interferir diretamente para superação das ameaças, que estão fora de seu
controle;
Quadrante 3: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa uma
Fragilidade – uma barreira ao desenvolvimento , em cruzamento com uma Oportunidade,
tem-se a indicação de ações que levem à reversão da fragilidade, de forma a não
desperdiçar a Oportunidade apresentada pelo ambiente externo. Assim, ter-se-á como
resultante o CRESCIMENTO, ainda que este possa vir de forma lenta, dependendo das
dificuldades a serem enfrentadas para eliminação ou minimização da fragilidade em tela; e
Quadrante 4: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa também
uma Fragilidade - uma barreira ao desenvolvimento em cruzamento com uma Ameaça
detectada no ambiente externo, tem-se a indicação clara de intervenções urgentes,
prioritárias, para eliminar ou minimizar a fragilidade interna e, desta forma, com forças
repostas, poder SOBREVIVER às ameaças externas.
Mediante o resultado da análise desta Matriz, pode-se identificar no Polo do Ouro, o predomínio
do conjunto oportunidades e pontos fracos indicando uma postura estratégica de crescimento.
Este crescimento é viabilizado pela necessária alteração de um quadro estrutural onde existem
muitos pontos fracos, os quais impedem ou dificultam o aproveitamento das oportunidades.
Cabe destacar que a construção da Matriz SWOT e sua posterior análise obedeceram aos
princípios metodológicos estabelecidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, em
seu manual de elaboração do PDITS, ou seja, o planejamento participativo, contando com
representantes dos setores público e privado, que intervenham ou possam ser afetados pelo
turismo, incluindo as organizações sociais, como veremos no item a seguir.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
245
4.2 Cenário Interno e Cenário Externo
Jornadas Participativas
As jornadas participativas consistem na metodologia que possibilita o envolvimento de atores
locais na identificação das ações para o desenvolvimento turístico do Polo. Conforme já exposto
no item 3, foram identificadas falhas nas comprovações de realização das primeiras oficinas
participativas, realizadas em novembro de 2009. Diante disto, a equipe do PRODETUR Goiás
refez as oficinas que proporcionaram a participação e contribuição de atores locais, a partir do
emprego de técnicas específicas, de modo que o diagnóstico fosse atualizado e viesse a atender
às demandas do Plano.
Seguindo a metodologia de construção de um plano de desenvolvimento de turismo integrado de
forma participativa e levando-se em consideração as colocações e o debate com o trade turístico
local, foram três jornadas participativas no ano de 2009 e outras três ocorridas no ano de 2012.
Foi utilizada a metodologia do Ministério do Turismo, tanto nas oficinas realizadas em 2009,
quanto nestas realizadas em 2012, subdividindo-se da seguinte forma: (1) apresentação do PDITS
para todos os participantes; (2) coleta de dados e de informações; (3) aplicação de ferramenta de
diagnóstico estratégico (Matriz SWOT) por Polo e por município; e (4) aplicação de ferramenta de
priorização.
Finalizando o processo de construção participativa do PDITS, foi realizada a terceira oficina para
apresentação da versão preliminar do documento e validação pública das estratégias e
investimentos apontados como prioritários dentro do contexto do Polo do Ouro. Esta terceira
oficina encerrou o ciclo de construção do PDITS para o Polo e contou com a ampla participação
de toda a sociedade envolvida e do trade turísticos, além de representantes dos Governos
Municipais, Estadual e Federal.
As oficinas foram realizadas com representantes das localidades envolvidas no projeto,
mobilizados pela Goiás Turismo, no formato de reunião técnica, quais sejam: (a) Secretarias de
Turismo Municipal e Estadual; (b) corpo de técnicos do Governo; (c) representantes de entidades
privadas; (d) representantes de entidades de classe; (e) representantes do Sistema S; e (f)
comunidade local.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
246
De forma a melhor proceder com o diagnóstico estratégico, durante a primeira jornada de 2012,
realizou-se uma dinâmica onde foi aplicada uma ferramenta de diagnóstico estratégico – Matriz
SWOT – de forma a permitir que os destinos integrantes do Polo pontuassem os pontos fortes e
os pontos fracos do desenvolvimento do turismo sustentável para o Polo (em geral).
Buscou-se por meio desse procedimento um planejamento participativo, contando com
representantes de variadas organizações. Tal procedimento corrobora uma das premissas que
norteia a elaboração deste PDITS, que considera fundamental assumir que a atividade turística
demanda um envolvimento de toda a sociedade, tornando-se imprescindível a interatividade entre
Governo, empresários e a sociedade civil. Esta interatividade deve ser viabilizada por meio de
mecanismos provenientes da parceria público privado visando o desenvolvimento do turismo, em
consonância com a tendência mundial no setor.
Os resultados obtidos – reunião de dados e informações relevantes de forma a viabilizar a
elaboração de proposta de ações estratégicas preliminares para os municípios e para o Polo –
foram discutidos e corroborados em uma segunda jornada participativa de validação.
Na segunda jornada os participantes confirmaram, alteraram ou complementaram as linhas de
ações sugeridas a partir do diagnóstico estratégico. Esta validação foi realizada em plenária para
o Polo e em grupo por municípios para ações sugeridas aos destinos turísticos. Por fim, os
presentes priorizaram as linhas de ações para fortalecer pontos fortes com vistas a potencializar
as oportunidades e para minimizar as ameaças a partir da eliminação dos pontos fracos,
contribuindo para o desenvolvimento turístico sustentável no Estado de Goiás.
A partir do diagnóstico da situação atual do Polo, acrescido das contribuições dos participantes
das jornadas participativas foram apresentadas as forças, oportunidades, fragilidades e ameaças,
consolidadas para o Polo do Ouro.
Em relação à análise das variáveis internas ao Polo do Ouro, os pontos fortes identificados
foram:
Proximidade de dois dos principais aeroportos da região Centro - Oeste (Brasília e
Goiânia);
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
247
Existência de uma rica diversidade – ainda a ser explorada, no que se refere ao
patrimônio natural, histórico e cultural brasileiro na região;
Potencial para o desenvolvimento do turismo de saúde na cidade de Abadiânia;
Existência no Polo de uma cidade considerada Patrimônio da Humanidade
(Cidade de Goiás) pela UNESCO, e de cidades consideradas Patrimônio Histórico
Nacional (Pirenópolis e Corumbá de Goiás18);
Existência de uma instância de governança regional ativa – Fórum Regional do
Turismo;
Existência no Polo de cidade (Jaraguá) que concentra intensa atividade comercial
e industrial;
Proximidade de dois dos maiores centros urbanos da região Centro - Oeste:
Goiânia e Brasília;
Existência do Aeródromo Público de Pirenópolis;
Atividades do turismo religioso;
Existência de belas paisagens;
Atividades do Ecoturismo;
Fachadas históricas; e
Proximidade com Polo de Negócios e Eventos (Anápolis).
Em relação à análise das variáveis internas ao Polo do Ouro, os pontos fracos identificados
foram:
Os municípios do Polo não são integrados por uma estratégia turística efetiva e
sistemática;
Inexistência de estudos referentes ao inventário, comercialização e promoção
integrada dos destinos turísticos existentes no Polo;
Inexistência de estudos socioeconômicos sistemáticos sobre o impacto do turismo
para o Polo;
Baixa qualificação dos prestadores de serviços (como, por exemplo: condutores,
guias e comerciantes) para o atendimento turístico;
Inexpressividade das associações de classe e entidades do setor no turismo;
Secretarias Municipais mal equipadas e sem orçamento;
18
De acordo com a unidade regional do IPHAN, localizada em Cidade de Goiás, o processo de tombamento do centro histórico de Corumbá de Goiás é de 2002, mas ainda não foi oficializado.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
248
Gestores públicos sem qualificação e capacitação profissional para a gestão
eficiente do turismo na região;
Inexistência ou inadequação de Planos Diretores Municipais;
Ausência de sinalização turística;
Terminais rodoviários inexistentes ou precários;
Baixa oferta de linhas rodoviárias intermunicipais;
Precariedade na conservação das rodovias e vicinais que interligam os municípios
do Polo;
Precariedade nos sistemas de gestão dos resíduos sólidos (domésticos,
industriais e hospitalares);
Ausência de infraestrutura turística e de estrutura de gestão (conselho gestor,
plano de manejo etc) das Unidades de Conservação (UCs);
O sistema de esgotamento sanitário apresenta-se insuficiente nas áreas turísticas;
Transporte terrestre insuficiente (De Goiânia e Brasília para o Polo);
Segurança;
Guias (capacitação);
Poluição visual e sonora;
Falta de informações nos CAT‟s de cada município sobre os demais do Polo; e
Poucos locais para convenções e feiras.
Em relação à análise do ambiente externo ao Polo do Ouro, as oportunidades identificadas
foram:
Interesse por parte do Governo brasileiro (nos âmbitos Municipal, Estadual e
Federal) em promover políticas públicas de crescimento e desenvolvimento
econômico – por meio do turismo sustentável na região Centro - Oeste brasileira;
Preocupação de todos os setores da sociedade - inclusive o setor público - com
relação à conservação dos recursos naturais brasileiros;
Interesse por parte do governo brasileiro (nos âmbitos municipal, estadual e
federal) em promover o desenvolvimento social por meio da valorização cultural;
Pontual crescimento de mercado de turismo interno em decorrência da inibição do
fluxo turístico internacional (gripe A-H1N1);
Nova categoria de clientes em potencial mediante o aumento da participação das
camadas sociais de menor poder aquisitivo no fluxo de turismo nacional;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
249
Crescimento do interesse do turista estrangeiro em destinos que preservem os
recursos naturais e culturais;
Possibilidades para o Turismo de Aventura;
Desenvolvimento da atividade turística nos períodos de férias (não apenas aos
fins de semana); e
Promoção compartilhada entre os Polos.
Por fim, em relação à análise do ambiente externo ao Polo do Ouro, as ameaças identificadas
foram:
Potencial agravamento de uma situação de crise financeira internacional com
possíveis reflexos no país, gerando uma maior dificuldade para a liberação de
recursos financeiros do Setor de Turismo;
Incremento do processo de crescimento urbano sem controle ou políticas de
desenvolvimento, criando um quadro de acelerada degradação dos recursos
naturais da região;
Descontinuidade das políticas voltadas ao turismo em decorrência das trocas de
gestão (Municipal, Estadual e Federal);
Aumento do índice de informalidade no mercado de trabalho de turismo no Brasil;
Excurcionistas (apenas passam o dia e não têm gastos no destino); e
Política (Escândalos de corrupção nas esferas do Governo).
A Matriz SWOT reflete o alinhamento das forças e fragilidades no eixo vertical e das
oportunidades e ameaças no eixo horizontal. Permite também a análise das possibilidades e as
consequências de manter ou alterar rumos, buscando aproveitar oportunidades e vantagens,
evitar os riscos e neutralizar as fragilidades atuais.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
250
Figura 31: Matriz SWOT do Polo do Ouro
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
251
4.3 Estratégias de Desenvolvimento Turístico
Após o diagnóstico estratégico, foram definidas as prioridades de desenvolvimento da atividade
turística para o Polo do Ouro de forma a estabelecer as grandes linhas de ação necessárias para
que os objetivos sejam alcançados durante o período de vigência deste PDITS.
Com base no diagnóstico realizado e nas áreas críticas de intervenção, as estratégias
determinaram as prioridades de desenvolvimento da atividade turística considerando os cinco
componentes do PDITS, ou seja, buscando: (1) o posicionamento turístico desejável para a área e
as estratégias de comercialização necessárias para sua consolidação; (2) as linhas de produto e
os tipos de turismo nos quais é necessário concentrar esforços; (3) as infraestruturas e os
serviços básicos requeridos; (4) o quadro institucional, com especial ênfase no apoio ao
investimento turístico e ao fortalecimento da gestão pública do turismo a nível local; e (5) as
diretrizes socioambientais requeridas para preservar os ativos naturais e patrimoniais da área
durante o desenvolvimento da atividade turística.
Para alcançar os objetivos propostos para o Polo, a estratégia central do Polo do Ouro consiste
em ampliar os investimentos na infraestrutura turística para consolidar o segmento de turismo
cultural e agregar valor ao destino com a estruturação do segmentos de Ecoturismo e Turismo de
Aventura.
Para concretizar essa estratégia, são traçadas as estratégias para cada componente do
PRODETUR Nacional, conforme descrito em seguida:
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
Objetivo Geral: Valorização do contexto cultural para a requalificação e o desenvolvimento de
atrativos turísticos, alavancando investimentos e competitividade.
O Polo do Ouro possui sua vocação turística centrada no segmento do Turismo Cultural, em
função de dois de seus municípios serem considerados Patrimônio Histórico (Pirenópolis –
Patrimônio Histórico Nacional e Goiás – Patrimônio Histórico Mundial) e já apresentarem
considerável fluxo de turistas anual, sendo considerados como municípios “Diamante” na
classificação estadual de turismo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
252
Dessa forma, é necessário desenvolver ações que valorizem o contexto cultural dos destinos do
Polo do Ouro como diferencial competitivo frente a outros atrativos locais e nacionais. Ao mesmo
tempo, a região apresenta potencial para o desenvolvimento do ecoturismo a partir da exploração
do Parque Estadual da Serra dos Pireneus e dos atrativos naturais proporcionados pelo Rio
Corumbá, com cachoeiras e corredeiras propícias à prática de esportes e contemplação.
Com isso, esse destino pode se diversificar e oferecer ao seu turista a opção do ecoturismo
agregado ao turismo cultural. A estratégia delimitada para o Polo do Ouro, no tocante ao produto
turístico, consiste em valorizar o turismo cultural e desenvolver o potencial do ecoturismo.
Estratégia 1: Consolidar o Polo como importante destino de turismo cultural no
cenário nacional; e
Estratégia 2: Diversificar a oferta turística a partir da estruturação dos atrativos de
ecoturismo.
COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
Objetivo Geral: Fortalecimento da imagem do Polo como destino de cultura e novo
posicionamento para o ecoturismo, garantindo a utilização estratégica integrada dos canais de
comercialização.
Apesar de possuir um grande acervo de edificações e sítios históricos pertencentes ao patrimônio
nacional e mundial, o Polo do Ouro é pouco conhecido nacional e internacionalmente,
necessitando de maior exposição e divulgação nos canais nacionais e internacionais de
comercialização.
Dessa forma, é necessário criar um projeto de branding para o Polo, mediante um Plano de
marketing que consolide a imagem que se deseja firmar e também apresente as ações que devem
ser desenvolvidas para alcançar esses objetivos. As ações de comercialização são de importância
estratégica para o Polo, pois somente assim será possível atrair o turista para conhecer os
atrativos culturais e naturais presentes neste destino.
Por fim, é essencial desenvolver um plano de comunicação e comercialização que agregue o
elemento do Ecoturismo ao roteiro do Turismo Cultural das cidades-patrimônio de Pirenópolis e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
253
Cidade de Goiás, fazendo assim com que os municípios de Corumbá, Jaraguá, Abadiânia e
Cocalzinho de Goiás se integrem neste Polo de forma completa e harmônica.
Estratégia 1: Desenvolver a imagem e o posicionamento de mercado para o Polo
do Ouro; e
Estratégia 2: Implantar ações de promoção e comercialização dos destinos do
Polo.
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Objetivo Geral: Concepção, desenvolvimento e implementação de mecanismos institucionais e
sistema de informações e pesquisas turísticas para todo o Estado de Goiás. Gestão Integrada e
Participativa.
A experiência analisada em programas anteriores apresenta o componente do Fortalecimento
Institucional como um grande desafio a ser enfrentado. Isto se deve, principalmente, ao fato de
que muitos investimentos foram realizados na estruturação das Secretarias Municipais e
Estaduais, na aquisição de equipamentos e na estruturação de Conselhos Regionais que, nem
sempre, apresentaram resultados positivos.
Apesar de já desenvolver um trabalho interessante e estruturado junto aos municípios, a Agência
Goiana de Turismo, Goiás Turismo, necessita estruturar melhor a relação com estes órgãos e
também com os diversos atores envolvidos na governança do Setor.
Sendo assim, é essencial que os investimentos deste componente consigam gerar o
comprometimento dos municípios e do trade local desde o começo da implementação do
programa, fortalecendo as instâncias de discussão e deliberação sobre os temas relacionados ao
setor do turismo.
Por todos esses elementos, as ações de fortalecimento institucional têm importância estratégica
para o êxito do programa, porém, talvez seja o componente de mais difícil implementação, à
medida que envolve tantos atores e uma diversidade de instâncias e anseios.
Estratégia 1: Fortalecer o sistema de informações do Polo; e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
254
Estratégia 2: Fortalecer a governança do setor nos destinos do Polo.
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Objetivo Geral: Melhoria da infraestrutura de serviços públicos e de acesso às áreas turísticas.
A atividade turística possui como característica particular o fato de ter um caráter transversal com
outras áreas do desenvolvimento local. Apesar dos investimentos na infraestrutura e nos serviços
básicos não se enquadrarem na categoria de investimentos em Turismo, esta atividade é
impactada pela situação das infraestruturas nos destinos turísticos. Isto significa que, apesar de
abastecimento de água, por exemplo, não se tratar de um investimento direto no Setor do turismo,
é um investimento estratégico para o setor, uma vez que sem água não existe possibilidade de
permanência do turista em um destino.
Da mesma forma, os acessos rodoviários e o saneamento básico são fundamentais para o
desenvolvimento da atividade turística em um destino ou região por se tratar de condição básica
para permitir uma boa experiência de um atrativo ou destino turístico.
Estratégia 1: Ampliar a oferta de infraestrutura geral e serviços básicos nos
municípios do Polo, sobretudo nas áreas de interesse turístico; e
Estratégia 2: Facilitar os acessos ao Polo e aos atrativos turísticos.
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
Objetivo Geral: Concepção e Sistematização de Modelo de Gestão Ambiental.
Embora a atividade turística gere grandes impactos positivos, a exemplo do incremento
econômico e geração de emprego e renda, além da valorização do patrimônio natural e cultural
das localidades, é importante considerar que esta atividade também pode provocar impactos
negativos. Daí a necessidade de identificar os impactos já observados e considerá-los nas futuras
etapas de ordenamento das atividades turísticas.
A busca por um padrão de desenvolvimento que seja capaz de conjugar as variáveis econômicas
e ambientais é a principal razão da existência deste componente em um programa de
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
255
desenvolvimento local baseado na atividade turística, uma vez que a implementação das ações
previstas pode gerar um passivo ambiental, caso não seja pensado, desde o início, em um
sistema de gestão ambiental capaz de monitorar e tomar medidas necessárias em casos de
danos ao meio ambiente.
É importante ressaltar, porém, que as atividades turísticas em geral se utilizam dos recursos
naturais para seu desenvolvimento. No caso do Polo do Ouro, o Ecoturismo está se
apresentando como importante potencial a ser desenvolvido de forma agregada ao turismo
cultural. Sendo assim, é de extrema importância a observação dos padrões ambientais de
desenvolvimento das atividades turísticas. O uso econômico dos recursos naturais deve ser
pensado, pesado, monitorado e avaliado constantemente, sob pena de esgotá-los e, com isto,
findar com a atividade econômica e com o meio ambiente.
Estratégia 1: Estruturar um sistema de gestão ambiental no Polo; e
Estratégia 2: Implementar ações de recuperação e preservação ambiental visando
a ampliação das áreas naturais utilizadas turisticamente.
O conjunto das estratégias de ação, por componente, são apresentadas na tabela a seguir:
Tabela 72: Quadro Resumo das Estratégias de Ação
COMPONENTE ESTRATÉGIAS
ESTRATÉGIA DO PRODUTO
TURÍSTICO
Estratégia 1: Consolidar o Polo como importante
destino de turismo cultural no cenário nacional
Estratégia 2: Diversificar a oferta turística a partir da
estruturaçao dos atrativos de ecoturismo
ESTRATÉGIA DA
COMERCIALIZAÇÃO
Estratégia 1: Desenvolver a imagem e o
posicionamento de mercado para o Polo do Ouro
Estratégia 2: Implantar ações de promoção e
comercialização dos destinos do Polo
FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Estratégia 1: Fortalecer o sistema de informações do
Polo
Estratégia 2: Fortalecer a governança do setor nos
destinos do Polo
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
256
COMPONENTE ESTRATÉGIAS
INFRAESTRUTURA GERAL E
SERVIÇOS BÁSICOS
Estratégia 1: Ampliar a oferta de infraestrutura geral
e serviços básicos nos municípios do Polo,
sobretudo nas áreas de interesse turística
Estratégia 2: Facilitar os acessos ao Polo e aos
atrativos turísticos
GESTÃO AMBIENTAL
Estratégia 1: Estruturar um sistema de gestão
ambiental no Polo
Estratégia 2: Implementar ações de recuperação e
preservação ambiental visando a ampliação das
áreas naturais utilizadas turisticamente
Fonte: Elaborado pela FGV, 2011
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
257
5. Plano de Ação e Investimentos Necessários ao
Desenvolvimento do Polo do Ouro
O Plano de Ação apresenta uma visão geral do conjunto de atividades e projetos de investimento
a serem realizados para consecução das estratégias e alcance dos objetivos determinados pelo
diagnóstico, independentemente da fonte de financiamento a ser mobilizada e das entidades por
eles responsáveis.
O presente Plano de Ação foi elaborado tendo por base as oficinas realizadas para a construção
do Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável – PDITS, bem como as
definições e diretrizes contidas no Plano Estadual de Turismo de Goiás. Desta forma, os objetivos,
estratégias e priorização das ações apresentadas a seguir são fruto de um trabalho de construção
coletiva e participação dos atores interessados no desenvolvimento do setor turístico da região,
quais sejam: Governo Estadual, Governos Municipais, comunidades envolvidas, atores locais e
Trade Turístico local.
A construção deste Plano de Ação segue uma lógica para apresentação da “visão geral do
conjunto de atividades e projetos de investimento a serem realizados”.
Para o Polo do Ouro, especificamente, os principais objetivos são aumentar a participação do
turismo na receita dos municípios e estruturar os principais produtos turísticos do segmento
cultural, incluindo dentro de suas metas a melhoria das condições de infraestrutura para
atendimento do turismo regional e mercados nacional e internacional.
A tabela abaixo demonstra a relação entre as estratégias adotadas pelo Governo Estadual para o
desenvolvimento do setor turístico e como o PRODETUR Nacional impactará nestas estratégias a
partir da execução de ações em seus cinco componentes.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
258
Tabela 73: Resumo da Relação entre os Componentes e as Estratégias do Plano Estadual de Turismo de Goiás
Estratégias do Plano de Turismo do Estado de Goiás
Contribuição do Componente 1
Contribuição do Componente 2
Contribuição do Componente 3
Contribuição do Componente 4
Contribuição do Componente 5
Consolidar destinos turísticos já amadurecidos que precisam ser aprimorados
Melhoria dos atrativos já visitados e requalificação dos atrativos com potencial turístico
Elaboração de posicionamento de mercado e branding para consolidar os destinos maduros
Fortalecimento da Governança do Polo para a ação conjunta na melhoria do destino turístico
Investimentos na melhoria da infraestrutura e dos serviços básicos do Polo
Fortalecimento do monitoramento ambiental e dos mecanismos regulatórios para implantação de sistema de gestão ambiental
Transformar o Estado em um destino mais competitivo nos mercados regional, nacional e internacional
Investimentos na diversificação dos produtos turísticos, consolidando o turismo cultural e agregando o ecoturismo
Investimentos na promoção nacional e internacional dos destinos estruturados pelo PRODETUR Nacional
Desenvolvimento de ações conjuntas entre o trade, os municípios, as associações de classe e o Governo Estadual.
Investimentos na infraestrutura a fim de melhorar os acessos aos destinos e facilitar o deslocamento dos turistas no Polo
Preservação ambiental e uso dos ativos ambientais como atrativos turísticos respeitando os preceitos do desenvolvimento sustentável
Fomentar a ampliação espacial dos destinos turísticos do Estado, visando à interiorização e desconcentração da atividade
Estruturação do Polo do Ouro e sua diversificação para o ecoturismo como forma de ajudar na distribuição espacial dos turistas que chegam ao Estado
Promoção de novos destinos turísticos ainda pouco conhecidos e explorados pelos turistas nacionais e internacionais
Melhoria na governança local a fim de ajudar na melhoria da prestação dos serviços e dos produtos, gerando mais fluxo turístico na região
Investimentos em energia e saneamento para aumentar a capacidade de receber turistas no Polo
Estudos de capacidade de carga importantes para delimitar os usos possíveis nos destinos, e desconcentrar a atividade de maneira sustentável
Assumir o turismo como alavanca para o desenvolvimento, potencializando o desempenho da atividade e a criação de um ambiente adequado e atrativo para investimentos privados nacionais e internacionais
Diversificação da oferta turística como forma de gerar mais oportunidades para o envolvimento e ganhos da comunidade local
Realização de programas de promoção que abordem também a questão das estratégias para captação de investimentos privados para o Polo
Atribuição de funções estratégicas aos Conselhos Municipais e ao Conselho Regional do Polo para a reivindicação de ações estruturadoras e a criação de ambiente propício para a atividade turística no Polo
Os investimentos que se farão no Polo devem ter consequências na facilitação da instalação de investimentos privados, ajudando na criação deste ambiente propício ao desenvolvimento das atividades do setor turístico
Estruturação do sistema de gestão ambiental a fim de facilitar o andamento dos procedimentos necessários à instalação de investimentos privados no polo, tais como: estudos, licenciamento e monitoramento ambientais
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
259
Para consolidar o Polo do Ouro como destino turístico no Estado de Goiás e atingir o objetivo de
ampliar a participação do setor turístico nas economias locais e a infraestrutura geral de uso
público, os investimentos previstos estão agrupados a partir dos principais objetivos de cada
componente do programa. Nas oficinas do PDITS foram levantadas as ações que devem ser
executadas na região e elencadas as prioridades para a consolidação do destino, algumas delas
acrescidas conforme demandas das oficinas realizadas no ano de 2012. Conforme apresentado
na tabela anterior, cada componente do PRODETUR Nacional possui papel fundamental para a
implantação das estratégias de desenvolvimento do setor turístico no Estado de Goiás. Porém,
cada componente do programa também possui um objetivo geral a ser alcançado a partir do
conjunto de investimentos do programa.
Importante ressaltar que neste Plano de Ação serão tratadas as todas elencadas pelos Municípios
a partir da realização do diagnóstico e das oficinas no PDITS.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
260
5.1 Visão Geral das Ações
Tabela 74: Visão Geral das Ações de Turismo no Polo do Ouro
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
ESTRATÉGIA 1: CONSOLIDAR O POLO COMO IMPORTANTE DESTINO DE TURISMO CULTURAL NO CENÁRIO NACIONAL
Implantar projetos de sinalização turística do Polo
Desenvolver e implantar projeto de sinalização turística rodoviária e interpretativa para os principais atrativos turísticos do Polo Conforme necessidade exposta nas páginas: 90,97,77,106,112,115 e 207
Sinalização turística rodoviária e interpretativa implementada nos principais atrativos turísticos do Polo do Ouro
Programa de capacitação continuada
Implantar programas de capacitação continuada de pessoal para serviços turísticos e de gestão empresarial. Formar parcerias com a rede de educação para o turismo atualmente presente no Polo (universidades, CEP, Secretarias Municipais e Estaduais, Sistema "S" etc) para garantir a capacitação da mão de obra para o turismo no Polo Conforme necessidade exposta na página 108.
Profissionais e empresários capacitados e aptos a desenvolverem suas atividades de forma profissional
Requalificar o Estádio das Cavalhadas para a realização das Cavalhadas
Realizar adequações no espaço que atualmente acontece as cavalhadas para torná-lo um espaço multiuso e com melhor infraestrutura para o turista Conforme necessidade exposta nas páginas: 88 e 105
Estádio das Cavalhadas requalificado e adequado a multiusos
Realização de inventário cultural
Levantar e identificar a influência de outros saberes (patrimônio imaterial e artesanal) na identidade da cultura local para qualificar a oferta do produto cultural
Expressões da cultura local identificadas e devidamente catalogadas para uso
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
261
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Conforme necessidade exposta nas páginas: 88 e 75
Roteirização dos atrativos turísticos
Criar circuitos integrando os atrativos culturais e naturais do Polo Conforme necessidade exposta na página 104
Aumento da permanência média do turista através da vivência dos roteiros propostos
Implantar Sinalização Turística Interpretativa em Jaraguá
Implantação de sinalização turística nos principais atrativos do município de Jaraguá. Conforme necessidade exposta na página 136
Atrativos de Jaraguá sinalizados de forma clara e eficaz.
ESTRATÉGIA 2: DIVERSIFICAR A OFERTA TURÍSTICA A PARTIR DA ESTRUTURAÇAO DOS ATRATIVOS DE ECOTURISMO
Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus
Desenvolver projeto de utilização turística e implementar infraestrutura turística para visitação a partir dos municípios de Cocalzinho e Pirenópolis (recepção, centro de visitantes, trilhas, sinalização, etc.) Conforme necessidade exposta na página 71
Infraestrutura turística implementada no Parque Estadual dos Pirineus.
Implantar a Passarela da Moda na BR 153
O comércio têxtil é um grande atrativo de turistas para o município de Jaraguá. Estes turistas são fundamentais para o incremento do turismo no município e para divulgar o potencial do segmento de Ecoturismo no mercado regional Conforme necessidade exposta na página 157
Passarela da moda implementada em Jaraguá
Fortalecer e qualificar produtos turísticos naturais auto-sustentáveis e já comercializados no mercado
O mercado regional e sobretudo estadual já consome alguns principais atrativos do segmento Ecoturismo. Porém, é necessário estruturar estes atrativos com serviços e equipamentos turísticos para melhor receber o turista e preservar o ambiente Conforme necessidade exposta na página 192
Atrativos turísticos qualificados e dotados de infraestrutura turística
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
262
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Implantar estrutura para a orla do Rio Corumbá (urbanismo, lazer e turismo)
Desenvolver projeto urbanístico e implementar infraestrutura turística na orla do Rio Corumbá em Corumbá de Goiás Conforme necessidade exposta na página 74
Urbanização da orla do Rio Corumbá com equipamentos turísticos implementados
Desenvolver projeto e implantar sinalização turística viária e indicativa o entorno do Rio Corumbá
Desenvolver projeto e implementar sinalização turística viária e indicativa para o atrativo Rio Corumbá Conforme necessidade exposta na página 74
Sinalização turística implementada no entorno do Rio Corumbá
Formatar produto turístico de Jaraguá
Potencializar a cidade já conhecida regionalmente como centro de produção têxtil, com destaques para a complementariedade do turismo de aventura (parapente) e turismo cultural (festas da cidade) Conforme necessidade exposta na página 57
Produto turístico Jaraguá formatado com indicação dos atrativos e roteiros a serem trabalhados
Estruturar atrativos para que seja possível a prática segura do turismo de aventura (Parapente) em Jaraguá
Instalação de sinalização e acesso para rampas de parapente, acesso e sinalização para cachoeiras etc). Entre os atrativos favoráveis à prática do turismo de aventura estão Praia D 'Aldeia e a cachoeira do Saraiva Conforme necessidade exposta na página 74
Equipamentos turísticos qualificados e complementados de acordo com o projeto do produto turístico Jaraguá (item anterior)
Estruturar Centro de Atendimento ao Turista (CAT) em Abadiânia
Dotar o município de espaço adequado para a prestação do serviço de informação ao Turista. Conforme necessidade exposta na página 136
Dotar o Município de Abadiânia de local para atendimento da demanda turística.
Estruturar os Produtos Turísticos do Ecoturismo em Abadiânia
Identificar e estruturar as cachoeiras, Lago de Corumbá e principais atrativos turísticos, para
Equipamentos turísticos qualificados e
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
263
COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
receber visitantes (viabilizar acesso, implantar sinalização turística, realizar estudo de capacidade de carga etc) Conforme necessidade exposta na página 32
complementados de acordo com o projeto do produto turístico Jaraguá (item anterior)
Estruturar as condições de acesso aos atrativos naturais em Cocalzinho
Definir os principais atrativos e estruturar os acessos com a alternativa mais adequada (pavimento, paralelepípedo, estradas-parque etc) Conforme necessidade exposta na página 127
Principais atrativos naturais providos de acesso
Implementar a Sinalização Turística em Cocalzinho
Implantação de sinalização turística nos principais atrativos do município de Jaraguá. Conforme necessidade exposta na página 136
Sinalização turística do Município de Cocalzinho instalada.
Instalar Portal de Entrada no acesso ao município de Cocalzinho
Valorizar a entrada do municipio de Cocalzinho. Conforme necessidade exposta na página 112
Portal de Entrada no acesso ao municpío instalado
COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
ESTRATÉGIA 1: DESENVOLVER A IMAGEM E O POSICIONAMENTO DE MERCADO PARA O POLO DO OURO
Elaborar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro, incluindo ações de marketing direto com públicos finais prioritários
Criação de plano estratégico de mercado e comercialização para o Polo, que identifique ícone, marca, mercados para realizar campanhas promocionais, criar estratégias de articulação com agências e operadoras de turismo nacionais - teste de alteração
Plano de Marketing elaborado para todo o Polo
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
264
COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Conforme necessidade exposta na página 111
Criar catálogo de oferta (atrativos e serviços) para o Polo
Identificação dos principais atrativos turísticos de todos os municípios do Polo e criação do catálogo para comercialização de acordo com os roteiros criados e identificados no item da Estratégia do Produto Turístico Conforme necessidade exposta na página 111
Catálogo de oferta turística elaborado
Implantar ações de promoção para o Polo com os diversos canais de comercialização
Desenvolver ações junto aos principais canais de comercialização para promover os atrativos locais e inserir o Polo nos roteiros comercializados Conforme necessidade exposta na página 111
Ações de comercialização implementadas
Fortalecer a imagem da Cidade de Goiás como Patrimônio Cultural da Humanidade
Ampliar ações para divulgar a Cidade de Goiás como produto turístico de patrimônio histórico universal junto aos agentes de turismo de destinos emissores Conforme necessidade exposta na página 112
Ações de divulgação da cidade de Goiás implementadas
Fortalecer a imagem de Corumbá como destino de ecoturismo
Divulgar os principais atrativos naturais do município junto aos principais canais de comercialização e aos públicos finais prioritários Conforme necessidade exposta na página 112
Ações de promoção implementadas
Fortalecer a imagem de Jaraguá como centro de Compras e Polo Têxtil
Mapear e catalogar a localização das empresas locais (do ramo têxtil) e criar mapas e material de divulgação para o turista Conforme necessidade exposta na página 112
Material de divulgação criado e divulgado
Fortalecer a imagem de Abadiânia como centro de cultura alternativa
Criar planejamento de mercado que destaque Abadiânia como destino de turismo de saúde - Viabilizar uma área pública no Lago da Corumbá
Material de divulgação criado e divulgado
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
265
COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
IV Conforme necessidade exposta na página 112
Fortalecer a imagem de Cocalzinho como porta de entrada ao Parque Estadual dos Pirineus
Promover o município como o detentor das melhores vistas para a Serra dos Pirineus Conforme necessidade exposta na página 112
Material de divulgação criado e divulgado
ESTRATÉGIA 2: IMPLANTAR AÇÕES DE PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DOS DESTINOS DO POLO
Implementação do Plano de Marketing para o Polo do Ouro
A partir da definição das ações elencadas no Plano de Marketing as ações deverão ser implementadas em acordo com o plano de ação estabelecido Conforme necessidade exposta na página 111
Ações do Plano de Marketing implementadas
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
ESTRATÉGIA 1: FORTALECER O SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO DESTINO
Realizar de forma sistemática pesquisas de mercados turísticos para o polo
Definição de um sistema de informações turísticas indicando quais as pesquisas que devem ser realizadas e em que periodicidade e aplicação destas pesquisas no decorrer dos cinco anos do programa Conforme necessidade exposta na página 61
Pesquisas de mercado realizadas e sistema de informações turísticas implementadas
Revisar o Plano Diretor Municipal da Cidade de Goiás
Plano Diretor d a Cidade de Goiás já está defasado necessitando de uma atualização, inclusive para inclusão do turismo como importante atividade econômica do município Conforme necessidade exposta na página 144
Plano Diretor da Cidade de Goiás revisado e aprovado
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
266
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Revisar o Plano Diretor Municipal de Corumbá de Goiás
Garantir que o Plano Diretor Municipal contemple a atividade turística como importante atividade econômica municipal Conforme necessidade exposta na página 147
Plano Diretor da cidade de Corumbá revisado e aprovado
Estruturar e informatizar o Setor Público responsável pelo planejamento da atividade turística
Reengenharia de processos de gestão, cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Órgão Estadual de Turismo estruturado para desenvolver as atividades turísticas
Revisar o Plano Diretor Municipal de Cocalzinho
Garantir que o Plano Diretor Municipal contemple a atividade turística como importante atividade econômica municipal Conforme necessidade exposta na página 148
Plano Diretor da cidade de Cocalzinho revisado e aprovado
ESTRATÉGIA 2: FORTALECER A GOVERNANÇA DO SETOR NOS DESTINOS DO POLO
Fortalecer as entidades da governança local
Criar meios para engajar o envolvimento comum entre a iniciativa privada, o setor público e o terceiro setor para fortalecer a política do turismo local através do COMTUR Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Governança fortalecida e participando ativamente das decisões do setor
Implementar ações de captação de investimentos privados
Fomentar/fornecer incentivos para implantação de empresas privadas para ampliar a oferta de serviços e equipamentos turísticos no Polo Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Ações de captação de investimentos privados implementadas
Mobilizar as instâncias municipais de Articular com os municípios do polo as ações a Plano Estadual de Turismo
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
267
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
turismo em torno do Plano Estadual de Turismo
serem desenvolvidas localmente de forma a potencializar os recursos investidos e implementar as ações previstas no Plano Estadual de Turismo Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
implementado
Equipar, capacitar (técnica) e estruturar secretarias municipais de turismo
Estruturar as secretarias municipais de turismo para o melhor desempenho de suas funções. Esta estruturação poderá incluir capacitação técnica, estruturação física, aquisição de equipamentos, estruturação de processos, entre outras ações Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Secretarias Municipais de Turismo qualificadas a atuar com melhor desempenho
Capacitação dos Gestores Municipais de Planejamento, Fazenda e Meio Ambiente
Capacitação técnica de profissionais de secretarias que possuam relação com o turismo e que se beneficiem também do desenvolvimento do setor de turismo de forma sustentável Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Técnicos das secretarias de Planejamento, Fazenda e Meio Ambiente capacitados
Criar e implantar programas de incentivo e/ou sensibilização para aumentar a legalização (formalidade) no setor privado
Desenvolver plano específico para incentivar a formalização das empresas que atuam no setor de turismo e inclusão no CADASTUR, seja via constituição de pessoa jurídica ou de empreendedores individuais Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Aumento do grau de formalização das empresas atuantes no setor de turismo
Reativar e fortalecer os Conselhos Municipais de Turismo nos municípios do Polo
Garantir a representatividade e regularidade das reuniões
Fortalecimento da governança do setor de turismo no município
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
268
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Fortalecer os Conselhos municipais de Meio Ambiente
Em função do desenvolvimento do segmento de ecoturismo, é fundamental que se fortaleçam os Conselhos de Meio Ambiente nos municípios do Polo, garantindo a utilização sustentável dos recursos naturais Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153
Conselhos ambientais dos municípios fortalecidos
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
ESTRATÉGIA 1: AMPLIAR A OFERTA DE INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS NOS MUNICÍPIOS DO POLO, SOBRETUDO NAS ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICA
Implantar sistema de esgotamento sanitário que atenda às áreas turísticas nos municípios que integram o Polo
Ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário no polo, melhorando a experiência do turista no destino e também visando à preservação ambiental dos atrativos naturais Conforme necessidade exposta na página 118
Aumento do volume de esgoto captado e tratado adequadamente
Implantar saneamento básico em toda a cidade de Pirenópolis
Universalizar o saneamento básico no centro urbano onde se localizam os atrativos culturais patrimônio nacional e principais produtos turísticos do município Conforme necessidade exposta na página 118
Sistema de saneamento implementado
Implantar o projeto Beira Rio em Pirenópolis
Instalação de orla de proteção, área de lazer e projeto urbanístico do Rio das Almas
Orla do Rio das Almas implementada e urbanizada adequadamente
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
269
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Conforme necessidade exposta na página 171
Ampliação do fornecimento de energia elétrica em Pirenópolis
Regularização da oferta de energia nos municípios. Atualmente Pirenópolis sofre com a oscilação e intermitência no serviço de energia Conforme necessidade exposta na página 127
Fornecimento constante e adequado de energia no município
Implantar sistema de esgotamento sanitário na Cidade de Goiás - Córregos da Prata e Manoel Gomes
Ampliar o sistema de esgotamento sanitário no município para contemplar áreas turísticas Conforme necessidade exposta na página 120
Sistema de saneamento ampliado
Garantir a ampla cobertura de água tratada nos municípios do Polo
Ampliação do sistema de abastecimento de água no polo visando garantir a oferta a todos os estabelecimentos e áreas comerciais do município, bem como nos principais atrativos identificados Conforme necessidade exposta na página 118
Oferta de água adequada em toda a região turística do município
Criar e implantar projetos que aumentem a eficiência da cobertura da drenagem urbana
Implementar ações de melhoria no sistema de drenagem urbana dos municípios do polo, sobretudo Pirenópolis, Cidade de Goiás e Cocalzinho que possuem patrimônio histórico na área urbana Conforme necessidade exposta na página 124
Redução dos problemas de alagamentos decorrentes de problemas fluviais e pluviais
Disponibilizar/restaurar lixeiras no centro histórico de Pirenópolis
Ampliar a cobertura do sistema de coleta de lixo urbano em Pirenópolis através do aumento do mobiliário urbano de lixeiras nos atrativos do município Conforme necessidade exposta na página 122
Redução do lixo urbano não coletado e melhoria da limpeza nos atrativos do município
Recuperar e/ou pavimentar estradas, Realizar investimentos na melhoria dos acessos Melhoria dos acessos aos
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
270
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
N]ESTRATÉGIA 2: FACILITAR OS ACESSOS AO POLO E AOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
rodovias e vicinais que interligam os destinos turísticos da região
aos atrativos turísticos do Polo, sobretudo aos atrativos naturais adequados aos estudos de capacidade de carga, plano de manejo e/ou plano de gestão dos atrativos turísticos Conforme necessidade exposta na página 111
atrativos naturais do Polo
Recuperar os terminais rodoviários dos municípios do Polo
Adequar os terminais para atender ao turista com qualidade, dotando de infraestrutura básica (bancos, iluminação, banheiros, limpeza, lanchonetes etc.) Conforme necessidade exposta na página 113
Terminais rodoviários qualificados para o uso turístico
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
ESTRATÉGIA 1: ESTRUTURAR UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO POLO
Implementar programas de gestão de resíduos sólidos
Implantar ações para destinação adequada (aterros sanitários, controlados, usina etc.) dos resíduos sólidos dos municípios do Polo, inclusive identificando a melhor formatação da gestão (consórcio ou autônomo) Conforme necessidade exposta na página 122
Gestão dos resíduos sólidos implementada nos municípios do Polo
Implantar sistema de coleta seletiva e campanhas de conscientização
Adotar ações de educação ambiental para melhoria da limpeza urbana e conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental e o uso turístico dos recursos naturais
Campanhas de educação ambiental e coleta seletiva implementada
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
271
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
Conforme necessidade exposta na página 122
Criar código municipal do meio ambiente em Pirenópolis
Disciplinar o uso e a proteção do patrimônio natural do município, visando à preservação, recuperação e uso sustentável deste patrimônio Conforme necessidade exposta nas páginas 172 e 173
Código Ambiental municipal criado e implementado
Ampliar o ensino de educação ambiental nas escolas públicas
Conscientizar os alunos da rede pública e particular do Polo sobre a importância da preservação ambiental e da adoção de medidas ambientalmente sustentáveis para preservação do patrimônio natural Conforme necessidade exposta na página 165
Campanhas de educação ambiental implementadas na rede escolar
Garantir que o município de Jaraguá tenha autonomia de licenciamento ambiental e instalar/ampliar fiscalização ambiental
Articular com as entidades Federais e Estaduais de fiscalização ambiental para concessão da autonomia do município para o licenciamento ambiental visando à agilização da instalação de empresas no destino Conforme necessidade exposta na página 169
Autonomia ambiental concedida
Regulamentar e monitorar o destino dos resíduos da indústria têxtil em Jaraguá
Disciplinar a destinação dos dejetos industriais do município, cuja emissão de resíduos tóxicos da indústria têxtil ainda é feita em corpos de água no município - Rio Monjolinho e Parí Conforme necessidade exposta na página 154
Resíduos industriais com destinação adequada
Monitorar/fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras de extração de areia e de olarias em Abadiânia
Disciplinar as atividades econômicas potencialmente poluidoras para adotarem práticas sustentáveis e de menor impacto. Adoção de
Atividades potencialmente poluidoras monitoradas e mecanismos de preservação
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
272
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
medidas de mitigação ou compensação ambiental Conforme necessidade exposta na página 154
ambiental implementado
ESTRATÉGIA 2: IMPLEMENTAR AÇÕES DE RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL VISANDO A AMPLIAÇÃO DAS ÁREAS NATURAIS UTILIZADAS TURISTICAMENTE
Definir e implantar políticas que reduzam os impactos/impeçam o crescimento urbano desordenado
Identificar os instrumentos existentes no Polo (Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo etc.) e fortalecer a política de controle urbano Conforme necessidade exposta nas páginas 173 e 180
Política de controle urbano implementado
Implantar planos de manejo e conselhos gestores em Unidades de Conservação com uso turístico
Garantir regulamentação municipal para o turismo nas UCs Conforme necessidade exposta na página 173
Unidades de conservação regulamentadas e com planos de manejo e gestão atualizados
Estruturar turisticamente unidades de conservação (sinalização, acesso, capacitação e cadastro de condutores de visitantes, centros de visitantes etc.)
Realizar investimentos na estruturação das UCs com uso turístico visando o aproveitamento sustentável dos recursos naturais Conforme necessidade exposta nas páginas 175 e 176
UCs estruturadas para visitação turística
Realizar estudo de capacidade de carga e implementar controle desta capacidade nos atrativos culturais e naturais do Polo
Implementar medidas de preservação dos atrativos turísticos através do controle de visitantes baseado em estudos que apontem a real capacidade de suporte do patrimônio cultural e natural no Polo Conforme necessidade exposta na página 131
Estudos de capacidade de carga realizados e implementados nos principais atrativos turísticos culturais e naturais
Criar usina de reciclagem que atenda Implantar usina de reciclagem, em acordo com o Usina de reciclagem
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
273
COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS
aos municípios de Cocalzinho, Corumbá de Goiás e Pirenópolis
Plano de Gestão de resíduos sólidos, para contemplar os municípios de Cocalzinho, Corumbá e Pirenópolis e prover destinação e reuso adequado ao lixo coletado nestes municípios Conforme necessidade exposta na página 178
implementada
Regulamentar destinação do lixo domiciliar em Cocalzinho
Implementar as ações indicadas no plano de gestão de resíduos sólidos para o município de Cocalzinho eliminando o lixão que atualmente serve ao município e se localiza na entrada da sede da cidade Conforme necessidade exposta na página 178
Destinação dos resíduos sólidos definidos e implementados
Implantar parque ecológico em Abadiânia
Identificar, cercar e proteger o parque ecológico existente no entorno da atual nascente de água que atende o município de Abadiânia - e atualmente fragilizado pela inexistência de demarcação e limitações ao acesso Conforme necessidade exposta na página 157
Parque ecológico estruturado e implantado
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
274
5.2 Dimensionamento do Investimento Total
Após a identificação das ações por área de atuação para o Polo e por Município, foi elaborado o
correspondente dimensionamento dos investimentos, estruturado em um quadro que indica os
investimentos totais a serem realizados, em Real e Dólar, com a cotação de câmbio utilizada.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
275
Tabela 75: Dimensionamento do Investimento Total
COMPONENTE MUNICÍPIO AÇÃO Cotação U$ 1,00 = 1,77
VALOR (R$ 1.000,00) VALOR (U$ 1.000,00)
1. ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
Polo do Ouro Implantar projetos de sinalização turística do Polo
3.274,50 1.850,00
Polo do Ouro Programa de capacitação continuada 2.301,00 1.300,00
Pirenópolis Requalificar o Estádio das Cavalhadas para a realização das Cavalhadas
5.310,00 3.000,00
Polo do Ouro Realização de Inventário Cultural 265,50 150,00
Polo do Ouro
Roteirização dos Atrativos Turísticos contemplando a integração do Caminho de Cora Coralina com o Caminho do Ouro
6.610,95 3.735,00
Jaraguá Implantar Sinalização Turística Interpretativa em Jaraguá
1.239,00 700,00
Pirenópolis/Cocalzinho Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus
1.770,00 1.000,00
Jaraguá Implantar a Passarela da Moda na BR 153 3.540,00 2.000,00
Polo do Ouro
Fortalecer e qualificar produtos turísticos naturais autossustentáveis e já comercializados no mercado
1.770,00 1.000,00
Corumbá Implantar estrutura para a orla do Rio Corumbá (urbanismo, lazer e turismo)
4.425,00 2.500,00
Corumbá
Desenvolver projeto e implantar sinalização turística viária e indicar o entorno do Rio Corumbá
1.770,00 1.000,00
Jaraguá Formatar produto turístico Jaraguá 442,50 250,00
Estruturar atrativos para que seja possível a prática segura do Turismo de Aventura (Parapente) em Jaraguá
1.770,00 1.000,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
276
COMPONENTE MUNICÍPIO AÇÃO Cotação U$ 1,00 = 1,77
Jaraguá Estruturar Centro de Atencimanto ao Turista (CAT) em Abadiânia
177,00 100,00
Abadiânia Estruturar os produtos turísticos dos segmentos potenciais de Abadiânia
380,55 215,00
Cocalzinho Estruturar as condições de acesso aos atrativos naturais em Cocalzinho
1.770,00 1.000,00
Cocalzinho Implementar sinalização turística 885,00 500,00
Cocalzinho Instalar portal de entrada no acesso ao município de Cocalzinho
442,50 250,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 1: 38.143,50 21.550,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
277
COMPONENTE MUNICÍPIO AÇÃO Cotação U$ 1,00 = 1,77
2. ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
Polo do Ouro Elaborar e Implementar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro, incluindo ações de marketing direto com públicos finais prioritários
619,50 350,00
Polo do Ouro Criar catálogo de oferta (atrativos e serviços) para o Polo
265,50 150,00
Polo do Ouro Implantar ações de promoção com os diversos canais de comercialização
177,00 100,00
Cidade de Goiás Fortalecer a imagem da Cidade de Goiás como Patrimônio Cultural da Humanidade
2.655,00 1.500,00
Corumbá Fortalecer a imagem de Corumbá como Patrimônio Cultural da Humanidade
2.212,50 1.250,00
Jaraguá Fortalecer a imagem de Jaraguá como centro de Compras e Polo Têxtil
708,00 400,00
Abadiânia Fortalecer a imagem de Abadiânia como centro de cultura alternativa
1.062,00 600,00
Cocalzinho Fortalecer a imagem de Cocalzinho como porta de entrada ao Parque Estadual dos Pirineus
1.062,00 600,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 2: 8.761,50 4.950,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
278
COMPONENTE AÇÃO
3. FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Polo do Ouro Realizar de forma sistemática pesquisas de mercados turísticos para o Polo
1.770,00 1.000,00
Cidade de Goiás Revisar o Plano Diretor Municipal da Cidade Goiás 177,00 100,00
Corumbá Revisar o Plano Diretor Municipal de Corumbá de Goiás
177,00 100,00
Polo do Ouro Estruturar e informatizar o setor público responsável pelo planejamento da atividade turística
1.327,50 750,00
Cocalzinho Revisar o Plano Diretor Municipal de Cocalzinho 354,00 200,00
Polo do Ouro Fortalecer as entidades da governança local 885,00 500,00
Polo do Ouro Implementar ações de captação de investimentos privados
442,50 250,00
Polo do Ouro Mobilizar as instâncias municipais de turismo em torno do Plano Estadual de Turismo
1.770,00 1.000,00
Polo do Ouro Equipar, capacitar (técnica) e estruturar secretarias municipais de turismo
973,50 550,00
Polo do Ouro Capacitação dos Gestores Municipais de Planejamento, Fazenda e Meio Ambiente
123,90 70,00
Polo do Ouro Criar e implantar programas de incentivo e/ou sensibilização para aumentar a legalização (formalidade) no setor privado
354,00 200,00
Corumbá Reativar e fortalecer o Conselho Municipal de Turismo em Corumbá de Goiás
354,00 200,00
Polo do Ouro Fortalecer os Conselhos municipais de Meio Ambiente 531,00 300,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 3: 9.239,40 5.220,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
279
COMPONENTE AÇÃO
4. INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS
BÁSICOS
Polo do Ouro Implantar sistema de esgotamento sanitário que atenda às áreas turísticas nos municípios que integram o Polo
18.762,00 10.600,00
Pirenópolis Implantar saneamento básico em toda a cidade 9.735,00 5.500,00
Pirenópolis Implantar o projeto Beira Rio em Pirenópolis
7.080,00 4.000,00
Pirenópolis Ampliação do fornecimento de energia elétrica em Pirenópolis
8.850,00 5.000,00
Polo do Ouro Disponibilizar/restaurar lixeiras nos centros históricos do Polo.
354,00 200,00
Cidade de Goiás Implantar sistema de esgotamento sanitário - Córregos da Prata e Manoel Gomes
6.018,00 3.400,00
Polo do Ouro Garantir a ampla cobertura de água tratada nos municípios do Polo
11.505,00 6.500,00
Polo do Ouro Criar e implantar projetos que aumentem a eficiência da cobertura da drenagem urbana
6.195,00 3.500,00
Polo do Ouro Recuperar e/ou pavimentar estradas, rodovias e vicinais que interligam os destinos turísticos da região
10.266,00 5.800,00
Polo do Ouro Recuperar os terminais rodoviários dos municípios do Polo
885,00 500,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 4: 79.650,00 45.000,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
280
COMPONENTE AÇÃO
5. GESTÃO AMBIENTAL
Polo do Ouro Implementar programas de gestão de resíduos sólidos
1.770,00 1.000,00
Polo do Ouro Implantar sistema de coleta seletiva e campanhas de conscientização
2.655,00 1.500,00
Pirenópolis Realizar e implantar estudo de capacidade de carga 885,00 500,00
Pirenópolis Criar código municipal do Meio Ambiente em Pirenópolis
177,00 100,00
Polo do Ouro Ampliar o Ensino de Educação Ambiental nas escolas públicas
354,00 200,00
Jaraguá Garantir que o município tenha autonomia de licenciamento ambiental e instalar/ampliar fiscalização ambiental
708,00 400,00
Jaraguá Regulamentar e monitorar o destino dos resíduos da indústria têxtil em Jaraguá
619,50 350,00
Abadiânia Monitorar/fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras de extração de areia e de olarias em Abadiânia
885,00 500,00
Polo do Ouro Definir e implantar políticas que reduzam os impactos/impeçam o crescimento urbano desordenado
442,50 250,00
Polo do Ouro Implantar planos de manejo e conselhos gestores em Unidades de Conservação com uso turístico
2.655,00 1.500,00
Polo do Ouro Estruturar turisticamente unidades de conservação (sinalização, acesso, capacitação e cadastro de condutores de visitantes, centros de visitantes etc.)
7.080,00 4.000,00
Polo do Ouro Realizar estudo de capacidade de carga e implementar controle desta capacidade nos atrativos culturais e naturais do Polo
3.540,00 2.000,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
281
COMPONENTE AÇÃO
Cocalzinho Criar usina de reciclagem que atenda aos municípios de Cocalzinho, Corumbá de Goiás e Pirenópolis
3.540,00 2.000,00
Cocalzinho Regulamentar destinação do lixo domiciliar - lixão localizado a uns 4 km da sede do município
885,00 500,00
Abadiânia Implantar Parque Ecológico em Abadiânia 1.770,00 1.000,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 5: 27.966,00 15.800,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS 163.760,40 92.520,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
282
5.3 Seleção e Priorização das Ações
Após a realização do diagnóstico estratégico e levantamento das demandas realizadas na
primeira oficina do Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável, as ações foram
agrupadas pelos componentes do programa, quais sejam: ações para implementação da
Estratégia do Produto Turístico; da Estratégia de Comercialização; do Fortalecimento Institucional;
da Melhoria da Infraestrutura; e dos Serviços Básicos e da Gestão Ambiental.
Na segunda reunião do PDITS os participantes, representantes do Governo Estadual, dos
Governos Municipais, do trade e das associações de classe, realizaram a priorização das ações.
Inicialmente, a equipe da Fundação Getulio Vargas separou as ações demandadas que eram
passíveis de serem financiadas pelo PRODETUR Nacional, a partir do Regulamento Operacional
do Programa, e as agrupou pelos componentes do Programa.
A partir desta lista, os participantes formaram equipes representando os municípios participantes
do programa e realizaram a priorização das ações em duas etapas:
Na primeira etapa os participantes receberam a Matriz de Ações (listagem das
ações financiáveis agrupadas por componente), discutiram e atribuíram uma nota
de 1 a 7 para o grau de importância e para o grau de urgência das ações. Cada
município deveria devolver apenas uma Matriz de Ações preenchida, contendo o
resultado do consenso dos participantes; e
Na segunda etapa, os participantes receberam uma Matriz com quatro
quadrantes, onde deveriam alocar as ações a partir de dois eixos: o eixo das
ordenadas representava o impacto da ação para o desenvolvimento da atividade
turística local e o eixo das abscissas representava o esforço necessário para a
implementação das ações. A partir desta definição, foram identificadas as ações
que seriam priorizadas a curto prazo (ações de baixo esforço e alto impacto), as
que seriam implementadas a médio e a longo prazo (ações de alto esforço e alto
impacto).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
283
A partir dessas duas classificações, as ações priorizadas foram apresentadas ao Governo
Estadual, que discutiu a aderência ao Plano Estadual de Turismo e ao Plano Nacional de Turismo,
assim como a contribuição para implementação das estratégias para o desenvolvimento do
Turismo no Estado de Goiás e no Polo do Ouro.
Após a formatação do PDITS, mais exatamente durante a revisão feita pela equipe do
PRODETUR-Goiás, no ano de 2012, o Governo de Goiás, no intuito de fomentar o
desenvolvimento do Estado, criou o PAI – Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento, um
conjunto de ações positivas a serem implementadas visando acelerar o desenvolvimento
econômico e social de Goiás. O PAI é composto de 40 programas prioritários decorrentes da
integração de programas do PPA 2012-2015 e que se desdobram em um conjunto de ações
impactantes, integrando as áreas: Econômica; Social; de Infraestrutura; de Desenvolvimento
Regional; de Gestão e Institucional; e de Comunicação. Estes programas serão prioritários, o que
garantirá celeridade à sua execução e os revestirá de prioridade máxima para a obtenção de
resultados removendo, legalmente, entraves burocráticos, administrativos, normativos, jurídicos e
outros. Somente os programas e ações que têm asseguradas fontes de recuros a serem
efetivamente arrecadadas comporão o Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento, de forma a
assegurar a efetividade da execução das ações. Ressalta-se, inclusive, que algumas destas
ações contam com recursos do PRODETUR Goiás.
Nesse contexto, o PAI apresenta diversas ações previstas para o desenvolvimento turístico do
Estado, dentre elas destacam-se as seguintes ações que poderão beneficiar a atividade turística
no Polo do Ouro:
PROGRAMA
INTEGRADOR
PROGRAMAS
SUBORDINADOS AÇÔES IMPACTANTES/BENEFÍCIOS
Programa de
Desenvolvimento da
Economia Goiana
Projeto Financiamento as
Micro e Pequenas Empresas
e Empreendedores
Linhas de Crédito dos Empreendedores do
Segmento Turístico
Programa de
Desenvolvimento
Turístico de Goiás
Projeto de Infraestrutura de
Turismo
Implantar infraestrutura turística nos
principais pontos turísticos do Estado
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
284
Programa Estadual de
Meio Ambiente
Projeto de Unidades de
Conservação (Parques
Estaduais)
Criação e Implementação de Unidades de
Conservação: Parque Estadual de Terra
Ronca; Parque Estadual dos Pirineus;
Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco;
APA do Pouso Alto; e APA do João Leite
Programa de
Desenvolvimento
Regional e Polos de
Desenvolvimento
Projeto Polo de
Desenvolvimento Turístico-
Histórico do Eixo
Corumbá/Pirenópolis/
Jaraguá/ Goiás
Construção do Terminal Turístico Balneário
Cachoeira Grande (espaço multiuso, centro
de consciência ambiental, centropoli
esportivo e outros)
Implantação de Terminal Turístico em
Corumbá
Qualificar Profissionalmente (Bolsa Futuro e
SEBRA) e disponibilizar linhas de crédito
(Agência de Fomento e Banco do Povo) aos
empreendedores do segmento do turismo na
região
Implantação da Estrada Temática Caminho
de Cora Coralina
Recuperar Terminais Rodoviários
Construção do Centro de Convenções da
Cidade de Goiás
Sinalização Turística na Cidade de Goiás
Conclusão do Cavalhódromo em Pirenópolis
A presença de ações do PRODETUR Goiás dentre aquelas que são objeto do PAI demonstram o
empenho do Governo Estadual em promover efetivamente as atividades de desenvolvimento
turístico do Estado.
As ações do PDITS do Polo do Ouro foram então selecionadas para fazer parte da matriz de
investimentos do programa, sendo as mais importantes e urgentes priorizadas para os primeiros
18 meses do programa. É importante lembrar que as ações elencadas nas oficinas de 2009 foram
revistas nas oficinas ocorridas em 2012. Algumas foram mantidas, outras retiradas ou acrescidas
resultando na tabela 76.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
285
Tabela 76: Ações e Investimentos Previstos com Financiamento do BID para o PRODETUR Nacional Goiás no Polo do Ouro
COMPONENTE
MUNICÍPIO AÇÃO Cotação US$ 1,00 = 1,77
VALOR (R$ 1.000,00) VALOR (US$ 1.000,00
1. ESTRATÉGIA DO
PRODUTO TURÍSTICO
Polo do Ouro Roteirização dos Atrativos Turísticos contemplando a integração
do Caminho de Cora Coralina com o Caminho do Ouro 6.610,95 3.735,00
Abadiânia Estruturar os produtos turísticos dos segmentos potenciais de
Abadiânia 380,55 215,00
Jaraguá Fortalecer a imagem de Jaraguá como centro de Compras e
Polo Têxtil 708,00 400,00
Corumbá Implantar estrutura para a orla do Rio Corumbá (urbanismo,
lazer e turismo) 4.425,00 2.500,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 1: 12.124,50 6.850,00
COMPONENTE AÇÃO VALOR R$ VALOR US$
2. ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
Polo do Ouro Elaborar e Implementar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro, incluindo ações de marketing direto com públicos finais prioritários.
619,50 350,00
Cidade de Goiás Fortalecer a imagem da Cidade de Goiás como Patrimônio Cultural da
Humanidade 2.655,00
1.500,0
0
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 2: 3.274,50 1.850,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
286
COMPONENTE AÇÃO VALOR R$ VALOR US$
4. INFRAESTRUTURA
GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS
Polo do Ouro Recuperar e/ ou pavimentar estradas, rodovias e vicinais que interligam os destinos turísticos da região.
10.266,00 5.800,00
Polo do Ouro Recuperar os terminais rodoviários dos municípios do Polo 885,00 500,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 4: 11.151,00 6.300,00
COMPONENTE AÇÃO VALOR R$ VALOR US$
5. GESTÃO AMBIENTAL
Polo do Ouro Regulamentar e monitorar o destino dos resíduos da indústria têxtil em Jaraguá
619,50 350,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS DO COMPONENTE 5: 619,50 350,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS 27.523,50 15.550,00
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
287
5.4 Descrição das Ações a serem implementadas nos primeiros 18
meses do Programa
A partir da definição das ações a serem priorizadas para implementação a curto prazo, foram
selecionadas aquelas que deverão iniciar sua execução nos primeiros 18 meses de
funcionamento do PRODETUR Nacional Goiás. Para cada ação destas, foi desenvolvida uma
Ficha de Projeto, contemplando informações mais detalhadas de cada projeto. Para os primeiros
18 meses foram selecionadas as seguintes ações:
Componente 1 – Estratégia do Produto Turístico
Roteirização dos atrativos turísticos
Componente 2 – Estratégia da Comercialização
Elaboração e implementação do Plano de Marketing para o Polo do Ouro,
incluindo ações com públicos finais prioritários
Essas ações encontram-se descritas nas Fichas de Projeto apresentadas na sequência:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
288
Ações 18 primeiros meses
Ação: Roteirização dos atrativos turísticos
Objetivo Criação e implantação de circuitos que promovam a integração dos atrativos culturais e naturais do Polo
Justificativa É importante para o fortalecimento dos atrativos e o aproveitamento integral dos mesmos, além de oferecer mais possibilidades ao visitante
Efeito esperado no desenvolvimento turístico
Espera-se que este projeto ajude no incremento do tempo médio de permanência do turista através da vivência dos roteiros propostos
Benefícios e beneficiários
Roteiros turísticos integrados e consolidados no Polo do Ouro
Responsáveis pela execução
Goiás Turismo
Entidade responsável pela manutenção da obra ou serviço
Goiás Turismo
Custo estimado e fonte de financiamento
R$ 4.779.000,00 (quatro milhões e setecentos e setenta e nove mil reais) Fonte: PRODETUR Goiás/ BID
Gastos estimados de operação/manutenção
Não se aplica
Mecanismos previstos de recuperação de custos
Sem previsão
Indicadores de resultado e fonte de verificação
- Número de visitantes no atrativo - Tempo médio de permanência dos turistas no destino - Número de atrativos visitados no destino
Nível de avanço Aguardando a contratação e elaboração do Projeto Executivo
Fonte: Elaboração própria, PRODETUR Goiás 2012 a partir de dados da FGV, 2011
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
289
Ações 18 primeiros meses
Ação: Elaborar e implementar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro, incluindo ações de marketing direto com públicos finais prioritários
Objetivo Elaborar/Desenvolver parcerias locais e direcionar ações de marketing direto com públicos finais prioritários
Justificativa
É necessário consolidar a imagem que se deseja para o Polo, através de um Plano que apresente as ações que devem ser desenvolvidas para alcançar esses objetivos. As ações de comercialização são de importância estratégica para o Polo, pois, somente assim será possível atrair o turista para conhecer os atrativos culturais e naturais presentes neste destino
Efeito esperado no desenvolvimento turístico
Espera-se que este projeto possa consolidar a imagem do Polo do Ouro criando uma marca que possibilite a conquista de novos mercados e crie estratégias de articulação com agências e operadoras de turismo. Além disto, viabilizará o desenvolvimento de parcerias com a iniciativa privada para implementar ações de marketing direto com públicos finais prioritários
Benefícios e beneficiários
Plano de Marketing implementado e parcerias público privadas estabelecidas
Responsáveis pela execução
Goiás Turismo
Entidade responsável pela manutenção da obra ou serviço
Não se aplica
Custo estimado e fonte de financiamento
R$ 1.239.000,00 (Um milhão duzentos e trinta e nove mil reais) Fonte: PRODETUR Goiás /BID
Gastos estimados de operação
Não se aplica
Mecanismos previstos de recuperação de custos
Sem previsão
Indicadores de resultado e fonte de verificação
- Plano de Marketing elaborado e implementado - Número de parcerias público-privadas consolidadas - Número de agências e Operadoras que comercializam o destino
Nível de avanço Aguardando a contratação e elaboração do Projeto Executivo
Fonte: Elaboração própria, PRODETUR Goiás 2012 a partir de dados da FGV, 2011
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
290
5.5 Marco de Resultados por ação para os 18 meses iniciais de
implantação do PDITS
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
Componente: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
Roteirização dos atrativos turísticos
No geral há poucos roteiros turísticos regionais elaborados e comercializados regional ou nacionalmente e no Polo do Ouro são inexistentes. O tempo de permanência do turista no Polo é baixo
O processo de roteirização atua se forma relevante para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios em que acontece. A implementação de roteiros integrados contribui para o aumento do fluxo de visitantes e tempo de permanência dos mesmos no destino, consequentemente os gastos aumentam gerando movimentação econômica nos municípios
A criação de roteiros integrados dotando o Polo do Ouro de novos produtos a serem comercializados resultando no fortalecimento do Polo e dando opções para as operadoras e agências montarem seus pacotes, posicionando o produto turístico no mercado
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
Componente: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
Elaboração e implementação do Plano de Marketing para o Polo do Ouro, incluindo ações com públicos finais prioritários
Não há ações específicas de divulgação e comercialização para o Polo do Ouro e é notória a necessidade de criação de uma marca para a região o que dificulta o posicionamento do destino no mercado reduzindo ainda sua competitividade. O produto do Polo do Ouro é também
Através da Elaboração e Implantação de um Plano de Marketing é possível fortalecer a imagem do destino e melhorar seu posicionamento no mercado. Além disso, resulta na organização da oferta. A atuação de um plano de Marketing turístico transforma dos produtos em ofertas, ou seja, apresenta
Elaboração de um Plano de Marketing específico para o Polo do Ouro que caracterize o estilo próprio e a marca do produto que ele oferece, estabelecendo ainda, as prioridades do destino em relação à divulgação e comercialização. No sentido de respeitar a diversidade do público
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
291
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
Componente: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
diversificado carecendo de ações direcionadas aos públicos finais especificamente
propostas concretas ao mercado consumidor. A diversidade de características do Polo também exige ações especificas para cada um dos grupos prioritários
consumidor da oferta do Polo, a identificação dos grupos prioritários e as ações especificas a cada um deles minimiza as chances de haver desconectividade nas ações de comercialização do Polo
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
292
5.6 Avaliação dos Impactos Ambientais Decorrentes da
Implementação das Ações do Programa
O desafio da promoção do crescimento do turismo em bases sustentáveis requer um
planejamento estratégico, que abarque todos os possíveis impactos que a atividade poderá
provocar. Conforme alerta Cooper (2007), o ambiente é inevitavelmente modificado pela atividade
turística, uma vez que todo o aparato que a cerca repercute em impactos, sejam positivos ou
negativos, sobre o ambiente que a acolhe.
Entre os impactos positivos mais destacados estão aqueles de ordem econômica: crescimento do
PIB, geração de empregos, incremento da atividade empresarial, entre outros. No entanto, os
impactos socioculturais e socioambientais negativos que podem decorrer do turismo, como por
exemplo: a segregação de moradores; perda de qualidade de vida; criminalidade;
descaracterização da cultura; como também a destruição da paisagem; problemas relacionados à
geração e disposição de resíduos sólidos; desmatamento e redução de habitat; resultam, muitas
vezes, em perdas irreparáveis, que podem neutralizar os resultados econômicos positivos da
atividade.
Apresentamos a seguir uma análise das possibilidades de impactos positivos e negativos que
poderão ser desencadeados pelas ações priorizadas para receber recursos financiados pelo
PRODETUR Nacional, previstas neste Plano. São relacionadas também as medidas de mitigação
que podem ser adotadas pelos órgãos executores, de forma que sejam potencializados os
possíveis impactos positivos e minimizados os negativos. Ao final, são apontadas as necessárias
licenças e estudos que deverão pautar a implementação das ações, conforme a legislação.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
293
Tabela 77: Impactos dos Projetos previstos para o Polo do Ouro
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
Componente 1 - Estratégia do Produto Turístico
Implantar projetos de sinalização turística do Polo
Qualificação do produto turístico Integração da oferta Melhoria das condições de acesso aos atrativos e equipamentos Melhoria da mobilidade Melhoria da competitividade Melhoria da segurança para turistas e população em geral
Impacto visual sobre a paisagem ou patrimônio cultural/histórico
Elaboração de projeto técnico que contemple a integração com o ambiente (urbano e/ou rural), assim como com o sistema de circulação e sinalização viária Acompanhamento do processo de implantação Obediência às normas estabelecidas – DENATRAN, MTur, IPHAN
Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus
Contribuição à conservação dos recursos naturais Adequação da infraestrutura Ordenamento do uso dos atrativos Proteção do patrimônio ambiental do destino Uso sustentável da Unidade de Conservação Criação de oportunidades de promoção de Educação Ambiental Geração de emprego e renda Ampliação de oportunidades de recreação e lazer para moradores e turistas Satisfação do turista Melhoria da competitividade do destino
Erosão e exposição de raízes Compactação do solo Introdução de espécies exóticas Geração de lixo e/ou dejetos Danos a árvores (entalhe) e rochas (pichação) Retirada de espécies Impacto sobre a fauna Risco de fogo acidental ou intencional Problemas de drenagem
Definição de objetivos de uso em conformidade com Plano de Manejo Diagnóstico das áreas destinadas às trilhas (habitats,
fauna, flora, solo e recursos hídricos). Definição de largura das trilhas, de pontos de amostragem e de indicadores. Monitoramento e manutenção regular das trilhas Definição de projeto de coleta e disposição de resíduos gerados pelos visitantes As possíveis intervenções para estruturas e equipamentos devem observar o respeito ao meio ambiente, o uso de técnicas regionais, mão de obra local,
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
294
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
tecnologia e materiais sustentáveis Adoção do uso de monitores ambientais
Jaraguá:
Implantar a Passarela da Moda na BR 153
Dinamização do APL de moda Geração de emprego e renda Divulgação do destino Fortalecimento da imagem do destino Fortalecimento do turismo Valorização de imóveis Melhoria da competitividade do destino
Poluição sonora Aumento do tráfego – congestionamentos Risco de acidentes Aumento da circulação de pessoas Especulação imobiliária Aumento da geração de resíduos durante a obra
Restrição de horários das obras visando à redução de impactos da poluição sonora Estudo da população afetada tendo em vista a maximização de efeitos positivos e minimização dos negativos Melhoria das vias de acesso e de circulação de pedestres Adoção de medidas para socialização do uso do equipamento Gerenciamento de resíduos da construção civil
Abadiânia:
Identificar e estruturar as cachoeiras, Lago de Corumbá e principais atrativos turísticos, para receber visitantes (viabilizar acesso, implantar sinalização turística, realizar estudo de capacidade de carga etc.)
Contribuição à conservação dos recursos naturais Conciliação do uso turístico com a conservação do meio ambiente Melhoria da qualidade dos atrativos turísticos Adequação da infraestrutura Ordenamento do uso dos atrativos Melhoria da segurança no uso dos atrativos Criação de oportunidades de recreação e lazer Geração de emprego e renda Satisfação do turista Fortalecimento da imagem
Supressão de vegetação Introdução de espécies exóticas Geração de lixo e/ou dejetos Poluição de recursos hídricos Danos a árvores (entalhe) e rochas (pichação) Retirada de espécies Impacto sobre a fauna Risco de fogo acidental ou intencional Problemas de drenagem Geração de resíduos da construção civil
Diagnóstico das áreas afetadas (habitats, fauna, flora, solo e recursos hídricos) Definição de largura das trilhas, de pontos de amostragem e de indicadores Monitoramento e manutenção regular das trilhas Definição de projeto de coleta e disposição de resíduos gerados pelos visitantes As possíveis intervenções para estruturas e equipamentos devem observar o respeito ao meio ambiente, o uso de técnicas regionais, mão de obra local, tecnologia e materiais sustentáveis
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
295
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
dos destinos Melhor posicionamento no mercado Melhoria da competitividade do destino
Adoção de visitas guiadas por monitores ambientais Gerenciamento de resíduos de construção civil
Componente 2 - Estratégia da Comercialização
Implementação do Plano de Marketing
Fortalecimento da imagem dos destinos
Melhor posicionamento no mercado
Melhoria da eficácia e eficiência da comercialização
Organização da oferta Organização da demanda Minimização de impactos de
crescimento descontrolado Ampliação de centros
emissivos Consolidação de centros
emissivos Geração de emprego e renda Redução de impactos da
sazonalidade Geração de divisas Aumento da arrecadação Aumento do PIB Ampliação das oportunidades
de negócios
Impactos de crescimento descontrolado
Monitoramento e avaliação para correção de rumos
Componente 3 – Fortalecimento Institucional
Cidade de Goiás:
Revisar o Plano Diretor Municipal
Compatibilização de interesses da coletividade Preservação e restauração dos recursos ambientais Criação de bases para o
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
296
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
desenvolvimento sustentável Otimização da gestão municipal Fortalecimento da atividade turística Fortalecimento da cidadania Melhoria da qualidade de vida
Equipar, capacitar (técnica) e estruturar Secretarias Municipais de Turismo
Aumento da eficiência e eficácia Redução de conflitos Melhor aproveitamento de recursos Melhoria da qualidade dos serviços Fortalecimento da competitividade Diminuição de riscos na tomada de decisões Empoderamento de equipes Satisfação do turista
Capacitação dos Gestores Municipais de Planejamento, Turismo, Fazenda e Meio Ambiente
Aumento da capacidade de integração com outros níveis de governo Requalificação em novas práticas e instrumentos de gestão; Aumento da consciência da relevância da questão ambiental e do conhecimento dos impactos do turismo Melhoria do planejamento Melhoria da interlocução com as instâncias de governança
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
297
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
Aumento da eficiência e eficácia Melhoria da qualidade dos serviços Fortalecimento da competitividade Redução de conflitos Melhor aproveitamento da capacidade instalada – humana e material
Componente 4 – Infraestrutura Geral e Serviços Básicos
Pirenópolis:
Implantar saneamento básico em toda a cidade (que foi implantado de forma parcial) e cobrar o pleno funcionamento da estação de tratamento de esgoto
Melhoria das condições sanitárias e benefícios à saúde da população e de visitantes Redução de riscos de contaminação de pessoas por doenças de veiculação hídrica Redução de riscos de contaminação do solo, do lençol freático e de recursos hídricos Melhoria da qualidade de vida Valorização de imóveis Valorização de atrativos Redução de despesas com o setor de saúde Satisfação do turista Melhoria da imagem do destino Melhoria da competitividade do destino
Poluição sonora durante as obras Eventual supressão de vegetação Risco de especulação imobiliária Geração de resíduos da construção civil
Restrição de horários das obras visando à redução de impactos da poluição sonora Recomposição de vegetação com espécies nativas Estudo da população afetada tendo em vista a maximização de efeitos positivos e minimização dos negativos Gerenciamento de resíduos de construção civil
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
298
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
Cidade de Goiás:
Implantar parte complementar de sistema de esgotamento sanitário - Córregos da Prata e Manoel Gomes
Melhoria das condições sanitárias e benefícios à saúde da população e de visitantes Redução de riscos de contaminação de pessoas por doenças de veiculação hídrica Redução de riscos de contaminação do solo, do lençol freático e de recursos hídricos Melhoria da qualidade de vida Valorização de imóveis Valorização de atrativos Redução de despesas com o setor de saúde Satisfação do turista Melhoria da imagem do destino Melhoria da competitividade do destino
Poluição sonora durante as obras Eventual supressão de vegetação Risco de especulação imobiliária Geração de resíduos da construção civil
Restrição de horários das obras visando à redução de impactos da poluição sonora Recomposição de vegetação com espécies nativas Estudo da população afetada tendo em vista a maximização de efeitos positivos e minimização dos negativos Gerenciamento de resíduos de construção civil
Componente 5 – Gestão Ambiental
Pirenópolis:
Realizar estudo de capacidade de carga e
implementar controle desta capacidade nos
atrativos culturais e naturais do município
Conciliação do uso turístico
com a conservação do meio
ambiente
Proteção do patrimônio
ambiental e cultural
Melhoria da gestão dos
recursos turísticos
Melhoria da qualidade dos
atrativos turísticos
Maximização de
oportunidades e minimização de
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
299
Projetos Impactos Prováveis
Medidas Mitigadoras
Positivo Negativo
riscos
Satisfação dos turistas
Fortalecimento da imagem do
destino
Melhor posicionamento no
mercado
Fortalecimento da
competitividade
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
Tabela 78: Instrumentos de Avaliação Ambiental – Polo do Ouro
Projetos Documentação Ambiental Necessária
Licenças Estudos
Componente 1 - Estratégia do Produto Turístico
Implantar projetos de sinalização turística do Polo
Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus
Autorização do órgão gestor
para a implantação da
infraestrutura
Projeto em conformidade com Plano de
Manejo
Jaraguá:
Implantar a Passarela da Moda na BR 153
Abadiânia:
Identificar e estruturar as Cachoeiras, Lago de Corumbá e principais atrativos turísticos, para receber visitantes (viabilizar acesso, implantar sinalização turística, realizar estudo de capacidade
Licenciamento ambiental estadual: LAS - Licença Ambiental Simplificada
Projeto com descrição detalhada;
Identificação das áreas de influência e
estudo de condições ambientais
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
300
Projetos Documentação Ambiental Necessária
Licenças Estudos
de carga etc.)
Plano de Controle Ambiental
Componente 2 - Estratégia da Comercialização
Implementação do Plano de Marketing
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
Cidade de Goiás:
Revisar o Plano Diretor Municipal
Equipar, capacitar (técnica) e estruturar secretarias municipais de turismo
Capacitação dos Gestores Municipais de Planejamento, Turismo, Fazenda e Meio Ambiente
Componente 4 - Infraestrutura Geral e Serviços Básicos
Pirenópolis:
Implantar saneamento básico em toda a cidade (que foi implantado de forma parcial) e cobrar o pleno funcionamento da estação de tratamento de esgoto
- Licenciamento ambiental estadual - Licenciamento municipal (alvará de construção) - Licenciamentos específicos do IPHAN ou órgão estadual, conforme classificação da proteção dos bens afetados pelas obras
Elaboração de estudo do contexto
urbano e ambiental
Inventário de bens integrados
Caracterização geológico-geotécnica
Elaboração de projeto executivo
Estudo da população afetada tendo em
vista a maximização de efeitos positivos
e minimização dos negativos
EIA/RIMA
Estudo da vegetação (caso de área de
APP) e projeto de integração e proteção
de vegetação nativa
Observância da Resolução CONAMA
n.º 307/2002, que trata dos resíduos da
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
301
Projetos Documentação Ambiental Necessária
Licenças Estudos
construção civil
Cidade de Goiás:
Implantar parte complementar de sistema de esgotamento sanitário - Córregos da Prata e Manoel Gomes
- Licenciamento ambiental simplificado - Licenciamento municipal (alvará de construção) - Licenciamentos específicos do IPHAN ou órgão estadual, conforme classificação da proteção dos bens afetados
Elaboração de estudo do contexto
urbano e ambiental
Inventário de bens integrados
Caracterização geológico-geotécnica
Plano de Controle Ambiental
Elaboração de projeto executivo
Estudo da população afetada tendo em
vista a maximização de efeitos positivos
e minimização dos negativos
PCA – Plano de Controle Ambiental
Estudo da vegetação (caso de área de
APP) e projeto de integração e proteção
de vegetação nativa
Observância da Resolução CONAMA
n.º 307/2002, que trata dos resíduos da
construção civil
Componente 5 – Gestão Ambiental
Pirenópolis:
Realizar estudo de capacidade de carga e implementar controle desta capacidade nos atrativos culturais e naturais do município
Fonte: Elaborado pela FGV, 2010
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
302
6. Feedback: Acompanhamento e Avaliação
Uma vez implementado, o PDITS deve ser monitorado com o objetivo de detectar quaisquer
desvios que possam vir a ocorrer e ser avaliado para mensurar seu desempenho, isto é, verificar
se os resultados pretendidos foram alcançados.
Trata-se de etapa importante no processo de planejamento em que se afere o cumprimento da
programação prevista e o alcance dos objetivos e metas que traduzem os resultados para o
desenvolvimento sustentável do turismo. O acompanhamento e a avaliação de resultados
pressupõe a adoção de mecanismos de feedback para possibilitar o monitoramento do
desempenho do Plano, comparando o previsto e o realizado.
Deve-se verificar a efetividade do programa quanto ao atendimento de seus objetivos. A fixação
de metas decorre da identificação de prioridades e requer, simultaneamente, uma precisa
compreensão dos processos de trabalho envolvidos, dos resultados e dos efeitos esperados do
Programa.
A linha de base para aferição dos índices relativos aos impactos econômicos, sociais, culturais e
ambientais causados pelo desenvolvimento do turismo deve ser estabelecida a partir da análise
da evolução o IDH conforme demonstrado no item 3.4.11 deste Plano. No entanto, a partir do que
foi observado no Diagnóstico Estratégico (Item 3) os dados disponíveis para a construção do
ponto de partida da linha de base para as estatísticas sobre os padrões de comportamento dos
turistas, medidas de desempenho capazes de identificar problemas e estudos sobre satisfação
dos turistas, por vezes, são insuficientes. Neste sentido prevê-se a ação efetiva do IPtur no
sentido de estabelecer as linhas de base. Devido à subjetividade implícita nos indicadores e
considerando a magnitude do PDITS em questão, torna-se importante o fortalecimento do IPTur
para que este consiga estruturar as pesquisas para realização de inventários preliminares dos
aspectos assinalados.
Assim, serão indicados abaixo os atores e os mecanismos propostos necessários para promover
o monitoramento da evolução da situação do turismo na área, avaliar os resultados, bem
como rever o Plano, se necessário. Tais indicadores foram baseados nos objetivos do
PDITS. Os indicadores são:
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
303
Fluxo Turístico no Polo; e
Tempo Médio de Permanência.
Os resultados da avaliação fornecem as bases de informação que permitem a um
destino se adaptar às mudanças do meio. As linhas de base para a comparação destes
indicadores está disponível.
1. Aumento no fluxo de turistas no Polo
Atualmente o Estado de Goiás recebe 3,4% dos turistas domésticos19. A partir da estruturação
dos produtos do Polo do Ouro, espera-se que este percentual se eleve a 3,620% em dois anos
e 3,8% em cinco anos.
2. Aumento no Tempo Médio de Permanência (TMP)
Adotando-se o TMP (Tempo Médio de Permanecia) de Pirenópolis – principal receptivo, cujo
TMP é de 2 dias – como sendo o do Polo, se pode projetar para o período de dois anos um
TMP de 2,5 dias, de 3 dias no prazo de cinco anos21 e de 5 dias para dez anos.
Os indicadores de acompanhamento e avaliação sugeridos também possibilitarão o feedback dos
resultados da ação de pesquisa da atividade turística. Tratam-se ainda, de dados relevantes para
o setor, e que deverão necessariamente ser levantados, a partir das pesquisas do IPtur.
A definição destes indicadores de acompanhamento e avaliação dos resultados do PDITS
possibilita de forma eficaz a análise da forma como este Plano foi implementado, a estruturação
de um marco de resultados e a obtenção de um parâmetro de comparação que possa embasar
futuras previsões e adequações.
19
Segundo dados do Plano Estadual de Turismo, 2008.
20 Aumento projetado em função da taxa média de crescimento do fluxo de viagens domésticas no período
2005-2010.
21 Este TMP será calculado a partir da somatória de dias permanecidos nos municípios do Polo
ininterruptamente. As projeções foram realizadas com base no aumento do fluxo turístico para o Estado.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
304
Tabela 79: Acompanhamento dos Projetos
PROJETOS MECANISMOS DE VERIFICAÇÃO
ATORES ENVOLVIDOS
CO
MP
ON
EN
TE
1
Estudos de mercado Pesquisa de demanda e de oferta Goiás Turismo/ IPTUR/
Unidade de Coordenação do Programa – UCP
Projetos de produtos turísticos culturais
Inventário da oferta cultural e Estudo dos impactos culturais do
turismo
Goiás Turismo/ UCP/Agência Goiana de Cultura – AGEPEL / Agência de Fomento de Goiás
Projetos de produtos turísticos rural e de ecoturismo
Inventário da oferta turística natural
Estudos dos impactos ambientais do turismo
Goiás Turismo/ UCP/ Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH/ Agência de Fomento de Goiás
Projetos de capacitação profissional e empresarial
Pesquisa de demanda Relatórios de Certificação
profissional e empresarial
Goiás Turismo/ UCP/IPTUR
Obras de requalificação de orlas e prédios
Relatórios de progresso Cronograma de obras
Goiás Turismo/ UCP/ Secretaria de Infraestrutura
CO
MP
ON
EN
TE
2
Projetos de marketing e promoção dos destinos
Relatórios de acompanhamento dos projetos
Relatórios de rodadas de negócios
Sistema de informações
Goiás Turismo/ IPTUR/UCP
CO
MP
ON
EN
TE
3
Acompanhamento do Programa
Relatório de progresso do Programa.
UCP
Fortalecimento institucional estadual/ municipal e governanças locais
Relatório de aquisição de materiais/ nequipamentos
Relatório de RH
UCP/ Conselho Estadual de Turismo/ Conselhos Municipais de Turismo
Capacitação gerencial pública
Certificação de gestores públicos. UCP/ Secretaria de Estado Ciência e Tecnologia
CO
MP
ON
EN
TE
4
Obras de requalificação e ampliação em vias de acesso aos destinos
Cronograma físico e financeiro das obras
UCP/SEMARH/Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP
Obras de ampliação de rede de abastecimento de água e esgotamento
Cronograma físico e financeiro das obras
UCP/Saneamento de Goiás - SANEAGO
Obras de implantação de sistema de gestão de resíduos sólidos
Cronograma físico e financeiro das obras
UCP/SANEAGO/ SEMARH
CO
MP
ON
EN
TE
5
Monitoramento e avaliações de impactos ambientais do Programa
Relatório dos impactos ambientais da atividade turística
UCP/SEMARH/Empresa de consultoria ambiental
Implantação de Unidades de Conservação (UC) e planos de manejo
Plano de manejo das UCs Relatório dos impactos
socioambientas da área.
UCP/ SEMARH/ Empresa de consultoria ambiental
Estudos de capacidade de carga e auditorias ambientais
Relatório de capacidade carga e de auditorias da empresa contratada
UCP/ SEMARH/ Empresa Auditora
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
305
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cidades. Disponível em:
<www.ibge.gov.br/cidadesat/ >. Acesso em: 21 ago. 2012.
________, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Perfil da Demanda Turística
Internacional – 2005/2007. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br//>. Acesso em: 25 fev.
2008.
________, Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR. Plano Aquarela – Ficha Técnica de
Produto. Brasília, 2008.
________, Ministério do Meio Ambiente. Plano de Ação para Prevenção e Controle do
Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado). Brasília, 2010. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/ppcerrado_15set_impressao_sem_crditos_182.p
df>. Acesso em: 31 ago. 2012.
________, Ministério da Saúde. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES.
Disponível em: <http://cnes.datasus.gov.br/>. Acesso em: 22 ago. 2012.
________, Ministério do Turismo. Plano Cores do Brasil, 2005. Disponível em: <
http://www.turismo.gov.br/turismo/o_ministerio/publicacoes/cadernos_publicacoes/06planos_mkt.h
tml>. Acesso em: 21 ago. 2012.
Cooper, C. et al. Turismo: princípios e práticas. 3 ed. 2007 São Paulo: Bookman.
GOIÀS, Agência Goiana de Turismo-Goiás Turismo. Diretoria de Pesquisas Turísticas – DPES.
Demanda e Oferta. Goiânia, 2012
________. Plano Estadual de Turismo (2008-2011). Goiânia, 2007.
FALEIRO, F. Fernandes e LOPES, L. Maria. Aspectos da Mineração e Impactos da Exploração
de Quartzito em Pirenópolis-Go. Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. 4, n. 11 agos/2010. Disponível
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
306
em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/atelie/article/viewPDFInterstitial/11968/7909>. Acesso
em: out. 2010.
GAZZONI, Jefferson L. et al. Percalços no Caminho ao Paraíso: Repercussões
Socioambientais do Turismo em Pirenόpolis-GO. Disponível em:
<www.anppas.org.br/encontro.../TA395-07032006-231333.DOC> . Acesso em: out. 2010.
GOIÁS, Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP. Situação das Rodovias Estaduais.
Disponível em: < http://www.agetop.go.gov.br/>. Acesso em: 22 ago. 2012.
GOIÁS, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás - SEMARH.
Estudos sobre Produção de Lixo Urbano e Limpeza Urbana. Goiânia, 2012.
GOIÀS, Secretaria de Segurança Pública – Polícia Civíl. Projeto Nascentes. Goiânia, 2006.
Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/90227474/projeto-nascente-55>. Acesso em: 31 ago.
2012.
INFRAERO, Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Estatísticas. Disponível em:
<http://www.infraero.gov.br/index.php/br/estatistica-dos-aeroportos.html> . Acesso em: 22 ago.
2012.
MACHADO, Ricardo B. et al. Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro.
Conservação Internacional – Brasil, 2004.
MOYSÉS, A.; SILVA, E. Rodrigues da. Ocupação e urbanização dos cerrados do Centro-
Oeste e a formação de uma rede urbana concentrada e desigual. Cadernos metrópole, 2008.
Disponível em:
<http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/cm_artigos/cm20_142.pdf>>. Acesso em:
20 out 2010.
SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE GOIÁS - SEPLAN/SEPIN.
Perfil dos Municípios Goianos. Disponível em: < http://www.seplan.go.gov.br/sepin/>. Acesso
em: 21 ago. 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
307
SEPIN, Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação de Goiás. Perfil dos municípios
Goianos. Disponível em< http://www.seplan.go.gov.br/sepin/>. Acesso em 29/07/12.
SNIS, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Diagnóstico dos Serviços de Água
e Esgotos. Goiânia, 2012.
________. Diagnóstico do Manejo dos Resíduos Sólidos. Goiânia, 2012.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
308
SITES INSTITUCIONAIS
- www.anatel.gov.br
- www.celg.com.br
- www.datasus.gov.br
- www.saneago.com.br
- www.vagafogo.com.br
- www.pirenopolistur.tur.br
- www.agitapirenopolis.com.br
- www.bombeiros.go.gov.br
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
309
ANEXOS
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
310
ANEXO 1 – RELATÓRIO DOS EVENTOS PARTICIPATIVOS
Objeto – 1ª Oficina: Validação do Diagnóstico do Polo Ouro
2ª Oficina: Validação do Plano de Ação
3ª Oficina: Validação da Versão Preliminar
As oficinas de trabalho do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável – PDITS Polo do Ouro aconteceram nos dias 16 e 17 de maio de 2012, no
Auditório da Prefeitura Municipal de Pirenópolis-GO, com o objetivo de apresentação e
validação do Diagnóstico Estratégico da Área Turística, revisão e complementação do
quadro SWOT elaborado, apresentação e priorização das Ações do Plano de Ação e
Validação da Versão Preliminar do PDITS do Polo.
É importante destacar que tais oficinas já haviam acontecido mas, devido às
correções solicitadas pelo MTur, verificou-se a necessidade de realizá-las novamente.
Diante disto, grande parte dos participantes já estavam inteirados do assunto porque
haviam participado das oficinas anteriores, o que facilitou o andamento e o resultado dos
trabalhos.
Para as oficinas foi encaminhado convite (Anexo 1), por parte da Gerência
de Regionalização da Goiás Turismo, a todos os integrantes do trade turístico do Polo,
bem como aos representantes dos respectivos órgãos de turismo dos municípios
componentes do Polo e ao Ministério do Turismo (Anexo 2 – Lista de Presença).
As oficinas foram realizadas partindo de uma apresentação geral, seguidas
de uma discussão e ajustes e finalizando com a discussão dos resultados obtidos ao
longo do processo de validação.
A equipe do PRODETUR Goiás preparou uma apresentação contendo os
seguintes tópicos:
Informações sobre o PRODETUR Nacional;
Informações sobre o PRODETUR Goiás;
O que é o PDITS;
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
311
Principais resultados do Diagnóstico Estratégico;
Validação do Diagnóstico – Processo Participativo;
Matriz Swot e sua validação (Processo participativo);
Estratégia de Desenvolvimento Turístico para o Polo;
Estratégias por componente para o Polo;
Plano de Ação; e
Priorização de Ações – processo participativo.
Após a apresentação, deu-se início ao processo participativo, onde os
convidados foram divididos em grupos por município e foram discutidos e
complementados os seguintes dados: 1) Diagnóstico Estratégico, 2) Análise SWOT e 3)
Plano de Ação, com a priorização das ações.
As contribuições foram sistematizadas e apresentadas a todos os presentes.
Em seguida, a Versão Preliminar foi apresentada:
A estrutura do PDITS (composição);
Objetivo Geral do Polo;
Resultado da Análise de SWOT; e
Resultado das Ações Priorizadas;
1) Diagnóstico Estratégico:
Dados referentes ao Diagnóstico foram validados e atualizados, conforme
disponibilização dos municípios.
2) Análise SWOT:
Durante as oficinas foram acrescentados/ alterados os seguintes itens:
AMBIENTE INTERNO AMBIENTE EXTERNO
PONTOS FORTES:
Proximidade de dois dos principais aeroportos da região Centro Oeste (Brasília e Goiânia);
OPORTUNIDADES:
Interesse por parte do Governo Brasileiro (nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal) em promover políticas públicas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
312
Existência de uma rica diversidade – ainda a ser explorada - no que se refere ao patrimônio natural, histórico e cultural brasileiro na região;
Potencial para o desenvolvimento do turismo de saúde na cidade de Abadiânia;
Existência no polo de uma cidade considerada Patrimônio da Humanidade (Cidade de Goiás) pela UNESCO, e de cidades consideradas Patrimônio Histórico Nacional (Pirenópolis e Corumbá de Goiás22);
Existência de uma instância de governança regional ativa – Fórum Regional do Turismo;
Existência no Polo de cidade (Jaraguá) que concentra intensa atividade comercial e industrial;
Proximidade de dois dos maiores centros urbanos da região Centro Oeste: Goiânia e Brasília;
Existência do Aeródromo Público de Pirenópolis;
Atividades do turismo religioso; Existência de belas paisagens; Atividades do Ecoturismo; Fachadas históricas;e Proximidade com Polo de Negócios e
Eventos (Anápolis).
PONTOS FRACOS:
de crescimento e desenvolvimento econômico – por meio do turismo sustentável - na região Centro-Oeste brasileira;
Preocupação de todos os setores da sociedade - inclusive o setor público - com relação à conservação dos recursos naturais brasileiros;
Interesse por parte do governo brasileiro (nos âmbitos federal, estadual e municipal) em promover o desenvolvimento social por meio da valorização cultural;
Pontual crescimento de mercado de turismo interno em decorrência da inibição do fluxo turístico internacional (gripe A-H1N1);
Nova categoria de clientes em potencial mediante o aumento da participação das camadas sociais de menor poder aquisitivo no fluxo de turismo nacional;
Crescimento do interesse do turista estrangeiro em destinos que preservem os recursos naturais e culturais;
Possibilidades para o Turismo de Aventura;
Desenvolvimento da atividade turística nos períodos de férias (não apenas aos finais de semana); e
Promoção compartilhada entre os Polos.
AMEAÇAS:
Os municípios do Polo não são integrados por uma estratégia turística efetiva e sistemática;
Inexistência de estudos referentes ao inventário, comercialização e promoção integrada dos destinos turísticos existentes no Polo;
Inexistência de estudos socioeconômicos sistemáticos sobre o impacto do turismo para o Polo;
Baixa qualificação dos prestadores de serviços (como, por exemplo: condutores,
Potencial agravamento de uma situação de crise financeira internacional com possíveis reflexos no país, gerando uma maior dificuldade para a liberação de recursos financeiros do Setor de Turismo;
Incremento do processo de crescimento urbano sem controle ou políticas de desenvolvimento, criando um quadro de acelerada degradação dos recursos naturais da região;
Descontinuidade das políticas voltadas ao turismo em decorrência das trocas de
22 De acordo com a unidade regional do IPHAN, localizada em Cidade de Goiás, o processo de tombamento do centro histórico de Corumbá de Goiás é de 2002, mas ainda não foi oficializado.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
313
guias e comerciantes) para o atendimento turístico;
Inexpressividade das associações de classe e entidades do setor no turismo;
Secretarias Municipais mal equipadas e sem orçamento;
Gestores públicos sem qualificação e capacitação profissional para a gestão eficiente do turismo na região;
Inexistência ou inadequação de Planos Diretores Municipais;
Ausência de sinalização turística; Terminais rodoviários inexistentes ou
precários; Baixa oferta de linhas rodoviárias
intermunicipais; Precariedade na conservação das rodovias
e vicinais que interligam os municípios do Polo;
Precariedade nos sistemas de gestão dos resíduos sólidos (domésticos, industriais e hospitalares);
Ausência de infraestrutura turística e de estrutura de gestão (conselho gestor, plano de manejo etc) das Unidades de Conservação (UCs);
O sistema de esgotamento sanitário apresenta-se insuficiente nas áreas turísticas;
Transporte terrestre insuficiente (de Goiânia e Brasília para o Polo);
Segurança;
Guias (capacitação); Poluição visual e sonora; Falta de informações nos CAT‟s de cada
município sobre os demais do Polo; e Poucos locais para convenções e feiras.
gestão (Municipal, Estadual e Federal); Aumento do índice de informalidade no
mercado de trabalho de turismo no Brasil; Excurcionistas (apenas passam o dia e não
têm gastos no destino); e Política (Escandalos de corrupção nas
esferas do governo).
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
314
3) Plano de Ação:
Durante a Priorização das Ações, percebe-se que muitas daquelas que
nas oficinas anteriores foram priorizadas já estão em andamento ou já foram
concluídas. Assim, definiu-se que prevalecerá a nova priorização.
PRIORIDADE ALTA:
– Roteirização dos atrativos turísticos; – Captar recursos e implementar projeto de marketing; – Implantar ações de promoção com os diversos canais de comercialização; – Implementação do Plano de Marketing para o Polo do Ouro; – Recuperar e/ou pavimentar estradas, rodovias e vicinais que interligam os
destinos turísticos da região; e – Recuperar os terminais rodoviários dos municípios do Polo.
PRIORIDADE MÉDIA:
– Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus; – Fortalecer e qualificar produtos turísticos naturais autosustentáveis e já
comercializados no mercado; – Elaborar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro; – Estruturar e informatizar o setor público responsável pelo planejamento da
atividade turística; – Ampliação do fornecimento de energia elétrica em Pirenópolis; e – Implantar sistema de coleta seletiva e campanhas de conscientização.
PRIORIDADE BAIXA:
– Programa de capacitação continuada; – Realizar de forma sistemática pesquisas de mercados turísticos para o Polo; – Criar e implantar programas de incentivo e/ou sensibilização para; aumentar
a legalização (formalidade) no setor privado; – Implantar sistema de esgotamento sanitário que atenda às áreas turísticas
nos municípios que integram o Polo; – Criar e implantar projetos que aumentem a eficiência da cobertura da
drenagem urbana; – Estruturar turisticamente unidades de conservação (sinalização, acesso,
capacitação e cadastro de condutores de visitantes, centros de visitantes etc); e
– Realizar estudo de capacidade de carga e implementar controle desta capacidade nos atrativos culturais e naturais do Polo.
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
315
ANEXO 2 – REGISTROS DOS EVENTOS PARTICIPATIVOS
Lista de Presença – Oficina de Validação do Diagnóstico
Lista de Presença – Oficina de Validação do Plano de Trabalho e Versão Preliminar
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
316
Lista de Presença - Audiência Pública
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
317
ANEXO 3 – REGISTROS DOS EVENTOS PARTICIPATIVOS
Convite Oficinas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
318
Convite – Audiência Pública
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
319
ANEXO 4 – REGISTROS DOS EVENTOS PARTICIPATIVOS
Registro Fotográfico das Oficinas
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
320
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
321
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
322
Registro Fotográfico – Audiência Pública
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
323
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
324
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
325
ANEXO 5 – DOCUMENTOS
Portaria da ANAC que inscreve o Aeródromo Público de Pirenópolis- GO no
cadastro de aeródromos.
top related