INFORMATIVO EPIDEMIOLÓGICO AGRAVOS AGUDOS … · 3- Dicas para uma boa investigação: ... devendo-se coletar amostras clínicas para ambas situações. ... Hemocultura, Soro para
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EDITORIAL
A investigação de casos de óbitos suspeitos por doenças agudas transmissíveis baseia-se na vigilância sindrômica, isto é, a investigação prioriza o conjunto das principais manifestações clínicas, visando captar casos de doenças transmissíveis de forma oportuna, o que pode contribuir para a adoção precoce e precisa de medidas de controle.
Assim, foi selecionado um grupo de doenças para serem investigadas prioritariamente, levando em consideração a sua importância epidemiológica em termos de magnitude (incidência e mortalidade), gravidade (letalidade) e, para algumas delas, a situação epidemiológica específica na região sul do Brasil. Assim, sugere-se investigar prioritariamente óbitos nos quais há suspeita de doenças como meningococcemia ou choque séptico, arboviroses, leptospirose, hantavirose, rickettsioses, entre outras, de acordo com a situação clínica que precedeu o óbito.
Todos os óbitos suspeitos por doenças agudas transmissíveis devem ser notificados imediatamente, via telefone, para o distrito de ocorrência e o de residência, assim como para o Centro de Epidemiologia (3350-9371) ou plantão da SMS (99961-5194 à noite, feriados e finais de semana), visando obter apoio na investigação, recomendação para coleta de exames complementares, armazenamento, transporte de amostras e demais medidas cabíveis.
Caso não haja amostras clínicas disponíveis, coletar amostras pós-mortem de secreção respiratória (swab nasofaríngeo), sangue (punção intracardíaca) e líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor).
NESTA EDIÇÃO:
INVESTIGAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA DE
ÓBITOS SUSPEITOS DE
DOENÇAS AGUDAS
TRANSMISSÍVEIS
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE (SMS)
CENTRO DE EPIDEMIOLOGIA (CE)
ALCIDES AUGUSTO SOUTO DE OLIVEIRA
Diretor do Centro de Epidemiologia
Equipe de Agravos Agudos Transmissíveis
CLÁUDIA LYSENKI FAGUNDES
DANIELA MARIA WASZAK DA SILVA
EDILENE SPERANDIO DA SILVA
LEIA REGINA DA SILVA
LETÍCIA CONCEIÇÃO M. COUTINHO
LÚCIA HELENA N. TONON
MARCELO VETTORELLO
MARION BURGER
NILCÉA FONSECA
INFORMATIVO EPIDEMIOLÓGICO – AGRAVOS AGUDOS TRANSMISSÍVEIS
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE ÓBITOS SUSPEITOS DE DOENÇAS AGUDAS TRANSMISSÍVEIS
ANO 2017 (Atualização do volume 02 de 2014)
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A vigilância epidemiológica tem como finalidade fornecer subsídios para a execução
de ações de controle de doenças e agravos (informação para a ação) e, por isto, necessita
de informações atualizadas sobre a ocorrência dos mesmos. A principal fonte destas
informações é a notificação de agravos e doenças pelos profissionais de saúde.
A portaria do Ministério da Saúde n°204 de 17 de fevereiro de 2016 apresenta a
relação vigente de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação
compulsória, devendo ser notificados todos os casos suspeitos ou confirmados.
Objetivos:
Detectar casos e/ou surtos de doenças para a adoção de ações oportunas e custo-efetivas.
Melhorar a oportunidade no diagnóstico, tratamento, notificação e instituição de medidas epidemiológicas de controle em caso de doenças e agravos de notificação.
Ampliar a definição etiológica das doenças.
Aumentar a sensibilidade na confirmação de doenças e agravos de notificação.
Detectar doenças emergentes e reemergentes.
Fortalecer o sistema de vigilância em saúde local.
Avaliar o impacto das medidas aplicadas.
Vigilância Epidemiológica de Agravos Transmissíveis de Notificação Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN
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1- Investigação de óbitos (“QUEM deve ser investigado?”):
1.1- Casos notificados e/ou confirmados que evoluíram para óbito
1.2- Óbitos que se encaixam na definição de caso suspeito de interesse epidemiológico
2- Passos para investigação de casos suspeitos de agravos agudos que evoluíram para óbito (“COMO investigar”):
2.1- Confirmar a ocorrência e local do óbito imediatamente após o caso ser informado;
2.2- Verificar se foi encaminhado para necropsia ou serviço de verificação de óbito (SVO);
2.3- Verificar se há amostras biológicas disponíveis nos laboratórios de análises clínicas, serviços de patologia, Instituto Médico Legal – IML/SVO ou Unidade de Pronto Atendimento – UPA. Se não houver amostras disponíveis, solicitar que o serviço de assistência as colete o quanto antes (líquor, sangue/soro, secreções, etc.);
2.4- Assegurar o armazenamento e envio adequado das amostras clínicas ao Lacen-PR;
2.5- Entrevistar a família, se possível pessoalmente.
3- Dicas para uma boa investigação:
3.1- Seja ativo, não espere a informação e resultados chegarem até você;
3.2- Acompanhe pessoalmente o andamento das amostras;
3.3- Divida as informações com a equipe para que sempre alguém possa responder pela investigação;
3.4- Sempre que possível, faça uma cópia do prontuário e imprima os resultados laboratoriais disponíveis no serviço de atendimento;
3.5- As informações coletadas são sigilosas e somente as autoridades poderão divulgá-las;
3.6- Respeite o luto e sentimento da família, seja discreto.
4- Vigilância sindrômica e exames a serem solicitados em cada situação:
OBS.: Alguns casos se enquadrarão em mais de um quadro sindrômico (por exemplo SRAG + sepse), devendo-se coletar amostras clínicas para ambas situações.
4.1- SÍNDROME FEBRIL OU SÍNDROME FEBRIL ÍCTERO-HEMORRÁGICA AGUDA:
Sepse, Meningococcemia, Leptospirose, Febre Maculosa, Febre Amarela, Dengue ou outras Arboviroses, Hantavirose, Malária, Hepatites, Febre Purpúrica, Febre Tifóide.
Exames para o Laboratório Local: Hemograma com plaquetas, Proteína C Reativa, Uréia, Creatinina, Transaminases e Bilirrubinas. Líquido Cefalorraquidiano (LCR ou líquor) para exame quimiocitológico (nº de leucócitos com diferencial, proteínas, glicose), bacterioscopia e cultura.
Exames para o LACEN: Soro e Líquor para pesquisa de meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae (solicitar no GAL “pesquisa de meningites bacterianas”). Hemocultura ou Placa com crescimento bacteriano. De acordo com a história clínica e epidemiológica: Sorologias para lepto, hanta, arbovírus, etc, Soro para teste rápido de dengue e para pesquisa de arbovírus por PCR (biologia molecular); Sangue em tubo com EDTA e Sangue em tubo com heparina para pesquisa de Leptospira; Lâminas com esfregaços de gota espessa para pesquisa de malária.
Agravos Agudos Transmissíveis
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4.2- Síndrome Respiratória Aguda:
Influenza e outros vírus respiratórios causadores de SRAG (síndrome respiratória aguda grave – RSV, Adenovirus, Parainfluenza, Metapneumovirus, etc), Hantavirose, Coqueluche, Pneumococo, Psitacose
Exames para o Laboratório Local: Hemograma com plaquetas, Proteína C Reativa, Gasometria. Ver laudo Rx de tórax ou outro exame de imagem recente.
Exames para o LACEN: Sorologias (de acordo com epidemiologia), Swab ou Aspirado Nasofaríngeo em meio de transporte viral para pesquisa por biologia molecular (PCR) para influenza e outros vírus respiratórios; Swab alginatado semeado em meio de Regan-Lowe para pesquisa de coqueluche (cultura e PCR); e Swab orofaríngeo em meio de transporte de Stuart para cultura de bactérias (pesquisa de Streptococcus pyogenes ou StreptoA).
4.3- Síndrome Neurológica Aguda:
Meningites, Encefalites virais, Poliomielite, Botulismo, Febre Maculosa, Rickettsioses
Exames para o Laboratório Local: Hemograma com plaquetas, Proteína C Reativa, Ureia, Creatinina, Transaminases. Líquido Cefalorraquidiano (LCR) para exame quimiocitológico (nº de leucócitos com diferencial, proteínas, glicose), bacterioscopia e cultura.
Exames para o LACEN: LCR para bacterioscopia, cultura, látex e PCR (biologia molecular) para pesquisa de bactérias (meningococo, pneumococo, Haemophilus influenzae) e pesquisa de vírus (Enterovirus, CMV, EBV, HSV1, HSV2, Herpes vírus tipo 6, etc), Hemocultura, Soro para Prova do Látex e para PCR (biologia molecular) para pesquisa de bactérias (Meningococo, Pneumococo, Haemophilus influenzae), assim como Sangue em EDTA para pesquisa de vírus (Citomegalovírus- CMV, Epstein-Barr vírus- EBV, Herpes, etc). Sorologias de acordo com a história epidemiológica, Soro para teste rápido de dengue e para pesquisa de arbovírus por PCR (biologia molecular). Fezes in natura para pesquisa vírus (incluindo pólio) e bactérias (Campylobacter). Se suspeita de Botulismo: fezes in natura, lavado gástrico e soro para pesquisa de toxina botulínica, assim como Amostras de alimentos suspeitos (de acordo com a história). Amostras ambientais (água, alimentos, animais, etc) conforme suspeita.
Verificar se há alguma Tomografia ou Ressonância magnética cérebro-espinhal.
4.4- Síndrome Renal (Insuficiência Renal Aguda):
Hantavirose, Leptospirose
Verificar se há algum exame de imagem (Rx de tórax, etc)
Exames para o Laboratório Local: parcial de urina com sedimento corado e urocultura com antibiograma (coletar amostra por punção supra-púbica). Hemograma com plaquetas, Proteína C Reativa, Ureia, Creatinina, Transaminases, Bilirrubinas, Fosfatase Alcalina, LDH
Exames para o LACEN: sorologias de acordo com a história epidemiológica (Hantavirose, Leptospirose, Dengue, Febre maculosa, Hepatites, etc). Sangue em tubo com EDTA para pesquisa de Leptospirose e PCR para vírus (Hantavírus, CMV, EBV, Herpes, etc). Hemocultura. Sangue em tubo com heparina para isolamento de leptospira. Pesquisa de E.coli O157 nas fezes (se quadro suspeito de síndrome hemolítico urêmica).
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4.5- Síndrome diarréica aguda:
Diarréias por contaminação alimentar, Cólera
Exames para o Laboratório Local: Parasitológico de fezes. Hemograma com plaquetas, Proteína C Reativa, Ureia, Creatinina, Transaminases, Bilirrubinas, Glicemia, Provas de Coagulação.
Exames para o LACEN: Fezes in natura e/ou em meio de transporte Cary-Blair para pesquisa de bactérias, vírus e parasitas. Hemocultura. Sorologias de acordo com a história epidemiológica. Amostras ambientais (água, alimentos, animais, etc.) de acordo com a história epidemiológica.
4.6- Intoxicação Exógena e/ ou Envenenamento (agravo de interesse epidemiológico):
Exames para o Laboratório Local: Gerais: Hemograma, Glicemia, Eletrólitos, Uréia, Creatinina, Bilirrubinas, CPK, Transaminases, Gasometria arterial, Parcial de Urina com sedimento corado. Específicos: Tempo de Protrombina, Tempo de Coagulação, Ferro Sérico.
Exames para o IML: Nas intoxicações agudas, o sangue (soro e plasma) e a urina são as amostras mais usadas. O líquido de lavagem gástrica, vômitos, restos de alimentos e medicamentos encontrados junto ao paciente também são importantes.
5- Acessar o GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL (GAL): preencher todos os campos necessários. No campo de informações clínicas informar ser um caso de óbito. No campo observações iniciar como ÓBITO e incluir os resultados de exames (LCR, hemograma), dados clínicos, destacando a situação e data/hora em que ocorreu o óbito e coleta dos exames, assim como a história epidemiológica relevante para a suspeita diagnóstica. PRIORIZAR A SEQUÊNCIA PARA A INVESTIGAÇÃO DE ACORDO COM CADA CASO. Por exemplo, no soro: 1º meningites bacterianas, 2º leptospirose, 3º febre maculosa, 4º arbovírus/dengue, etc.
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6- Coleta, rotulagem, armazenamento e transporte de amostras para o diagnóstico laboratorial. Acrescentar data e hora da coleta, especificando se for post-mortem: REALIZAR OS EXAMES ACIMA MESMO SE HOUVER CONSENTIMENTO DA FAMÍLIA PARA REALIZAÇÃO DE NECRÓPSIA OU INDICAÇÃO DE ENCAMINHAMENTO PARA O IML (óbito de paciente sem assistência médica prévia ou óbito em residência ou via pública).
Amostras de soro:
Quando se pretende fazer análise bioquímica ou
sorológica, deverá ser coletada uma amostra de
soro. Esta será obtida através da coleta de sangue
em tubo sem anticoagulante de tampa vermelha
(sem gel) ou em tubo de tampa amarela (com gel
separador). Estes tubos contêm ativador de coágulo
e deve-se, imediatamente após a coleta,
homogeneizá-los por inversão de 5 a 8 vezes,
mantendo a seguir em repouso na posição vertical
por 30 minutos para retrair o coágulo e então
centrifugar a uma velocidade de 3.000 rpm durante
10 minutos. Coletar no mínimo 2 tubos.
Pesquisar no Lacen:
Sorologia para dengue, hepatites, malária, leptospirose, hantavirose, febre tifóide, febre amarela, febre maculosa, febre purpúrica, outras arboviroses.
Pesquisa de sepse (prova do látex e PCR para meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae).
Pesquisa Arboviroses- pesquisa SIMULTÂNEA de DENGUE, CHIKUNGUNYA e ZIKA por biologia molecular RT-PCR em amostra sanguínea coletada até o 5º dia do início dos sintomas (fase aguda das arboviroses)
Pesquisar no laboratório local: Proteína C Reativa, ASO (se StreptoA), outras sorologias.
Amostras de sangue total ou plasma
em tubo com EDTA:
Coleta de sangue em tubo de tampa lilás. Este tubo contêm o anticoagulante EDTA e deve-se, imediatamente após a coleta, homogeneizá-lo por inversão de 5 a 8 vezes, mantendo a seguir em repouso na posição vertical. Não precisa centrifugar. Coletar no mínimo 2 tubos.
Pesquisar no Lacen: PCR em tempo real para Leptospirose e alguns vírus (CMV, EBV, etc.) Pesquisar no laboratório local: Hemograma
Amostras de sangue total
em tubo com heparina:
Coleta de sangue em tubo de tampa verde. Este tubo contem o anticoagulante heparina e também deve-se homogeneizá-lo por inversão de 5 a 8 vezes, mantendo a seguir em repouso na posição vertical. Não precisa centrifugar. Coletar 1 tubo.
Pesquisar no Lacen: Isolamento de Leptospira sp
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Kit do LACEN para coletar amostras em casos de meningites bacterianas
Solicitar exames para o LACEN via GAL (Gerenciador de Ambiente Laboratorial):
Frasco de Agar chocolate: Cultura de líquido cefalorraquidiano
LCR em frasco estéril: Bacterioscopia, Cultura, Prova do látex e PCR (biologia
molecular) para N.meningitidis (meningo), H.influenzae (Hi), S.pneumoniae (pneumo)
Kit do LACEN para coletar amostras em casos de meningococcemia :
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ORIENTAÇÃO PARA A UTILIZAÇÃO DO KIT DO LACEN
PARA COLETA DE SORO E HEMOCULTURA EM CASOS SUSPEITOS DE MENINGOCOCCEMIA
Hemocultura 1. Coletar sangue total e transferi-lo com seringa e agulha estéreis para o
frasco de hemocultura do Kit do Lacen/PR, após assepsia da tampa
de borracha com álcool 70%;
2. Para coletas de 1 até 5 mL utilizar o frasco de tampa amarela
(pediátrico). Para coletas de 5 a 10 mL de sangue, utilizar o frasco de
tampa habitualmente verde ou azul;
3. Transportar ao Lacen em ar ambiente. Esta amostra pode permanecer
em ar ambiente por até 48 horas, mas deve ser encaminhada ao
Lacen/PR o quanto antes possível.
Coleta de amostra de SORO para realização da prova do Látex e PCR para pesquisa de meningococo, pneumococo e H.influenzae
1. Coletar aprox. 5mL de sangue total em um tubo sem anticoagulante de
tampa amarela (com gel separador) devidamente identificado com os
dados do paciente;
2. Imediatamente após a coleta, homogeneizar este tubo contendo a
amostra de sangue por inversão (5 a 8 vezes) e mantê-lo em repouso
na posição vertical em ar ambiente por aprox. 30 minutos (até 2 horas)
para retração do coágulo.
3. Armazená-lo de forma refrigerada (não muito gelado!!!, parte debaixo
da geladeira ou caixa de isopor com gelox) ou então transportá-lo
imediatamente para realizar a centrifugação em um laboratório a
3.000 rpm durante 10 minutos.
Caso não tenha nenhum laboratório local para realizar esta centrifugação, deve-se
levar ou encaminhar esta amostra de sangue em tubo de tampa amarela com gel
separador devidamente identificado para o LABORATÓRIO MUNICIPAL DE
CURITIBA (LMC), para que o técnico de lá faça a centrifugação e encaminhe o(s)
soro(s) para o Lacen/PR.
Assim como o frasco de HEMOCULTURA, esta amostra de SORO deverá ser encaminhada
para o SETOR DE MENINGITES BACTERIANAS DO Lacen/PR, juntamente com informações
clínicas e resultados laboratoriais disponíveis, para realização dos exames solicitados (prova
do látex e PCR no SORO e Hemocultura no Sangue). Em caso de dúvidas, observar as
orientações do envelope do kit ou o Manual de Coleta do Lacen/PR.
Lembrar que o LMC somente poderá levar ao Lacen/PR as amostras que chegarem até sexta-
feira ao meio dia. Após este horário, deve-se informar o plantonista da epidemiologia para que
organize o transporte (pelo menos da hemocultura) ao Lacen/PR antes de 48h (sábado ou domingo).
A centrifugação do tubo com gel poderia ser feita no laboratório conveniado das UPAs (questão a ser
negociada com as UPAs!!).
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COLETA DE AMOSTRAS RESPIRATÓRIAS PARA PESQUISA DE VÍRUS RESP. E INFLUENZA
A coleta das amostras de secreção respiratória é feita preferencialmente por swab combinado (secreção de naso e orofaringe com 3 swabs de Rayon acondicionados em meio de transporte viral). A coleta por aspirado nasofaríngeo ("bronquinho") pode continuar a ser feita, caso o profissional prefira.
No momento do transporte, preparar o isopor com “gelox” congelados, colocar o pote de plástico com a amostra dentro da caixa de isopor e lacrá-la com fita adesiva.
É necessária a identificação da caixa como amostra respiratória e a solicitação do GAL (Gerenciador de Ambiente Laboratorial) impressa deve estar fixada na parte externa desta caixa.
A amostra será encaminhada ao LACEN/PR-biologia molecular para pesquisa de vírus Influenza e de outros Vírus Respiratórios. Se a amostra não puder ser transportada logo após a coleta, deve-se identificar bem o frasco, guardá-lo dentro do pote de plástico e acondicioná-lo na geladeira de amostras, onde não seja manuseado até o transporte ao LACEN/PR, o que deverá ocorrer em até 24 h após a coleta.
Observações: Não colocar a caixa de isopor dentro da geladeira. Não armazenar a amostra em geladeira de alimentos, medicamentos ou vacinas.
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COLETA DE SECREÇÃO NASOFARÍNGEA PARA PESQUISA DE COQUELUCHE
O diagnóstico laboratorial deve ser realizado para casos de Surto ou pelas Unidades Sentinelas
através da cultura da secreção nasofaríngea, técnica laboratorial considerada padrão ouro para o
diagnóstico da coqueluche, pois permite o isolamento da Bordetella pertussis. A coleta do espécime
clínico deve ser realizada por um profissional devidamente treinado, utilizando um swab com haste
de aço flexível, estéril e alginatado e o meio de transporte Ágar Regan Lowe (ARL), que é
armazenado em geladeira (2 a 8°C). A coleta deve ser realizada antes do início da antibioticoterapia,
ou no máximo até 3 dias após o seu início. Em condições ideais, a probabilidade de crescimento da
bactéria é em torno de 60% a 76%.
Coleta de secreção nasofaríngea:
• Utilizar swab fino com haste flexível, estéril e alginatado. • Retirar os tubos com meio de transporte da geladeira e deixá-los atingir a temperatura ambiente. • Coletar o material de uma narina. • Identificar o tubo de ensaio com meio de transporte específico (Regan-Lowe) com o nome e idade, indicando se é caso suspeito ou comunicante, bem como a data e horário da coleta. • Introduzir o swab na narina até encontrar resistência na parede posterior da nasofaringe. Manter o swab em contato com a nasofaringe por cerca de 10 segundos e, em seguida, retirá-lo. • Após a coleta, estriar o swab na superfície levemente inclinada do tubo (+2cm) e, a seguir, introduzir na base do meio de transporte. • O swab deve permanecer dentro do respectivo tubo. • O material deverá ser encaminhado ao laboratório imediatamente após a coleta, em temp. amb. • Na impossibilidade do envio imediato após a coleta, incubar em estufa bacteriológica com umidade à temperatura de 35ºC a 37ºC por um período máximo de 48 horas. Encaminhar, em seguida, à temperatura ambiente. • Se o período de transporte do material pré-incubado exceder 4 horas ou se a temp. ambiente local for elevada (>35ºC), recomenda-se o transporte sob refrigeração, à temperatura de 4ºC
COLETA DE SWAB DE OROFARINGE PARA PESQUISA DE STREPTO A INVASIVO (choque tóxico, fasciíte necrotizante, sepse ou meningite por streptoA)
A pesquisa de Streptococcus pyogenes deve ser realizada em casos de fasciíte necrotizante em
pacientes imunocompetentes ou casos de síndrome do choque tóxico (hipotensão arterial com febre alta
de início súbito, hiperemia ocular, astenia, confusão mental, vômitos, diarréia aquosa e erupção cutânea semelhante a uma
queimadura solar em todo o corpo, sobretudo nas palmas das mãos e plantas dos pés, seguida de descamação) ou
mesmo em caso de hemocultura ou líquido cefalorraquidiano (LCR) com crescimento de
estreptococos do grupo A (Streptococcus pyogenes), assim como isolamento desta bactéria de
qualquer sítio estéril em pacientes com quadro clínico de septicemia ou choque séptico.
Pacientes com septicemia estreptocócica, mas que sejam imunocomprometidos ou estejam com
varicela, devem ser avaliados caso a caso.
Estas coletas visam investigar possíveis portadores de estreptococos do grupo A associados ao caso
índice, isto é, que pertençam ao mesmo M-tipo de estreptococo do grupo A identificado no paciente.
Coleta de swab de orofaringe: • Abrir bem a boca e com auxílio de um abaixador de língua, introduzir o swab até a parede
posterior da faringe, friccionar firmemente fazendo um movimento em zig-zag de cima para baixo na faringe e após sobre a amígdala direita e esquerda.
• Retirar o swab sem encostar em outras regiões da boca para evitar contaminação. • Introduzir esse swab no meio de transporte Stuart previamente identificado (nome completo e
data da coleta). O swab deve permanecer dentro do respectivo tubo. • O material deverá ser encaminhado ao laboratório imediatamente após a coleta, em
temperatura ambiente, acompanhado da requisição do exame. • A requisição no GAL deverá ser preenchida como "cultura para investigação de
estreptococos beta hemolítico".
Obs.: quando forem coletadas amostras de contatos, no campo “Observações” adicionar o nome do caso índice (contato de _____), o tipo de contato (domicílio, escola, hospital, etc.) e se a pessoa estava assintomática ou descrever os sintomas apresentados.
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PLANTÃO DA SMS CURITIBA (CIEVS/CENTRO DE EPIDEMIOLOGIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE CURITIBA) = 3350-9371 ou 99961-5194 (à noite, feriados e finais de semana)
DISTRITOS SANITÁRIOS DE CURITIBA:
BAIRRO NOVO: 3298-6103 ou email: sve.dsbn@sms.curitiba.pr.gov.br
BOA VISTA: 3355-2695 ou email: sve.dsbv@sms.curitiba.pr.gov.br
BOQUEIRÃO: 3313-5489 ou email: sve.dsbq@sms.curitiba.pr.gov.br
CAJURU: 3361-2314 ou email: sve.dscj@sms.curitiba.pr.gov.br
CIC: 3212-1533 ou email: sve.dscic@sms.curitiba.pr.gov.br
MATRIZ: 3244-1741 ou email: sve.dsmz@sms.curitiba.pr.gov.br
PINHEIRINHO: 3212-1888 ou email: sve.dspn@sms.curitiba.pr.gov.br
PORTÃO: 3350-3776 ou email: sve.dspr@sms.curitiba.pr.gov.br
SANTA FELICIDADE: 3374-5003 ou email: sve.dssf@sms.curitiba.pr.gov.br
TATUQUARA: 3298-2122 ou email: sve.dstq@sms.curitiba.pr.gov.br
PLANTÃO DA SESA-PR (CIEVS/URR PARANÁ) = 99117-3500 ou 3330-4492 ou 3330-4493 ou 0800-6438484 urr@sesa.pr.gov.br
MINISTÉRIO DA SAÚDE – DISQUE SAÚDE: 0800-61-1997
SITES PARA CONSULTAS:
SMS-CURITIBA: http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/
SVS-CURITIBA: http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/vigilancia/epidemiologica/vigilancia-de-a-a-z.html
SESA-PARANÁ: http://www.saude.pr.gov.br/
MINISTÉRIO DA SAÚDE: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-
ministerio/principal/secretarias/svs
GUIA DE VIG. EM SAÚDE DA SVS DE 2016:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/setembro/22/GVS-online.pdf
OMS: www.who.int/en
CDC: www.cdc.gov
MEDCENTER - Desafio clínico 08/2014: Manejo clínico da sepse meningocócica e suas
complicações sistêmicas e metabólicas. Disponível em:
http://www.medcenter.com/contentlistclinicalcase.aspx?pageid=128773&langtype=1046
C o n t a t o s:
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