Cultura, ideologia e indústria cultural

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Mídia, consumo e indústria cultural

Roberto Mosca Junior

+Objetivos

Compreender o papel dos meios de comunicação na formação da nossa identidade social.

Entender como o poder da mídia é determinante na formação da nossa maneira de pensar, agir e sentir.

Analisar como alguns autores compreenderam este fenômeno.

+Liberdade ou controle?

Submetidos a uma sociedade de massa, aos poucos vamos perdendo nossa capacidade reflexiva e somos enganados por um jogo de imagens e sons que tomamos como verdadeiras.

+A história dos meios de comunicaçãoAté 1440: conhecimentos restritos1440: surgimento da imprensa e maior acesso à

cultura escrita.Século XIX: desenvolvimento da imprensa, jornais,

livros, telefone e rádio.Final do século XIX e início do XX: cinema e televisão;

o ver passa a ter preponderância sobre o ouvir. Década de 1960: internet, sistema de comunicação

sem controle central, baseado numa rede O século XX assistiu à explosão da publicidade.

+A vida “mercadoria”A busca por prazeres individuais articulada pelas

mercadorias oferecidas está o tempo todo direcionada e orientada por campanhas publicitárias sucessivas.

Podemos observar, de um lado, a mercadoria como centro das práticas cotidianas e, de outro, uma constante orientação para que o modelo de conduta seja sempre articulado através do ato de consumir.

+A avalanche publicitária

Através dos bens ofertados, a publicidade promete o bem-estar, o conforto, a eficiência, a felicidade e o sucesso.

A publicidade vende de tudo, sem distinção, como se a sociedade de massa fosse uma sociedade sem classes.

O prazer se compra: “Prazer de dirigir”, “prazer de comer”, “prazer de morar”, etc...

+Ideologia

Para Marx, a ideologia corresponde às representações da classe dominante que tentam se tornar válidas para todos.

Para ele, “as ideias dominantes em qualquer época são sempre as ideias da classe dominante.”

Para Marx, a ideologia inverte a realidade, na medida em que os indivíduos não conseguem desenvolver plena consciência de suas vidas.

+Expressões da Ideologia

Elabora um discurso homogêneo e universal que identifica a realidade social com o que as classes dominantes pensam sobre ela.

Defende a ideia de que vivemos em uma comunidade sem conflitos e contradições.

Atrela a ideia de felicidade ao amor romântico, à estabilidade financeira e profissional, bem-estar existencial e material.

+Dominação e controle O pensador italiano Antonio Gramsci (1891-1937) analisa a questão da

dominação com base no conceito de hegemonia e aparelhos de hegemonia.

Hegemonia é o processo pelo qual a classe dominante consegue fazer com que o seu estilo de vida seja aceito pelos dominados.

Isso é feito pelos aparelhos de hegemonia, práticas intelectuais, livros, jornais, escolas, música, teatro, etc...

+Dominação e controle O sociólogo francês Pierre Bourdieu desenvolveu o conceito de violência

simbólica para identificar formas culturais que se impõem como verdades.

A violência simbólica é um conjunto de regras não escritas nem ditas, mas que tem um efeito opressor sobre a vida das pessoas.

+Indústria Cultural

Para alguns teóricos, os meios de comunicação são alienantes, impedindo os indivíduos de levantar questionamentos, mascarando e manipulando a realidade.

Outros teorizam que a televisão, o rádio e o cinema podem democratizar as informações, facilitando o alcance destas.

+ESCOLA DE FRANKFURT (1924) Max Horkheimer e Theodor Adorno utilizam o termo INDUSTRIA CULTURAL

que:

Banaliza a arte e faz com que o público perca o senso crítico, tornando-se um mero receptor dos produtos ofertados.

Provoca uma fuga da realidade e faz com que o indivíduo se aliene para poder continuar aceitando passivamente a exploração do sistema capitalista.

+Outra visão da indústria cultural

Para outro autor, Walter Benjamim, a indústria cultural não tem apenas esse poder avassalador e manipulador.

Ela pode ajudar a desenvolver o conhecimento, pois leva a arte e a cultura a um maior número de pessoas.

Os indivíduos não só absorvem e reproduzem automaticamente o que recebem, mas pensam, criticam e reelaboram a informação.

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