Controlo da Dor no Idoso
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Dor no Idoso
Módulo 6: Higiene no Idoso
Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde
Mariana Rei N.º12
2013/2014
Colégio D. José I
Conceito de
Dor“Efeito de um mal que o
corpo experimenta.”
Sensação corporal;
Mal-estar emocional;
Atividade de evitamento.
Sistema Sensorial
Informa o indivíduo sobre o seu ambiente e sobre o estado do seu
organismo
Dor 61-80 %
stress
Qualidade de vida
A Dor tem
um Impacto
Psicológico
Condicionantes
para uma
“velhice”
Controlo da
Dor: um desfio
em equipa
Idoso
Família
Médicos e Profissionais
C. Saúde
Enfermeiro
C. Saúde
Profissionais
Unidade DorFarmácia
Comissão Feridas
Outros…
Não há testes objetivos para medir a dor, a sua presença e a intensidade devem ser avaliadas e
medidas pelo que o doente exprime...
Para tal é importante:
Monitorizar, reavaliar e registar a dor por rotina;
Inquirir obrigatoriamente a presença de dor em todos os idosos, tentando obter,em primeiro lugar, a autoavaliação do idoso, mesmo que seja uma respostasim/não à pergunta “tem dor?”.
Valorizar na primeira observação do idoso as alterações comportamentais ecognitivas e as possíveis manifestações de dor em repouso, em movimento edurante os cuidados e estar atento a outros indicadores, nomeadamente:
oA expressão facial;o Os movimentos corporais;oAs verbalizações ou vocalizações;oA alteração das relações interpessoais;oAs alterações do estado mental.
Classificação da Dor:
Classificação Topográfica
Classificação Fisiopatológica
Classificação Temporal
FocalRadicularReferidaCentral
Dor nociceptivaDor sem lesão tecidular ativa
AgudaCrónicaRecidivante
Classificação Fisiopatológica
Dor Nocicetiva
Devida a uma lesão tecidular contínua, estando o Sistema Nervoso central íntegro.
É originada nos nociceptores, mecânicos, térmicos ou químicos junto da área física em que ocorre o estímulo
que a origina.
Dor Sem Lesão Tecidular Ativa
Devida a compromisso neurológico (dor neuropática) ou de origem psicossocial (dor psicogénica).
Dor Neuropática é uma dor provocada por uma lesão ou uma doença no sistema nervoso. Normalmente são
descritas como sensações agudas, de queimadura ou de choque elétrico, ou ainda como sensações de
formigueiro. É de difícil tratamento e frequentemente torna-se crónica. É muitas vezes incapacitante.
Dor Psicogénica é de origem emocional, e é rara, podendo no entanto ser muito incapacitante e de difícil
tratamento.
Classificação Temporal da Dor
Aguda
Crónica
Recidivante
Dor aguda: É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada. Normalmente há uma definição temporal
e/ou causal para a dor aguda.
Dor crónica: É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação temporal e/ou causal, que causa
sofrimento, podendo manifestar-se com várias características e gerar diversos estádios patológicos.
Dor recidivante: Característica da doença que recidiva, que acontece de forma recorrente ou repetitiva.
Características da Dor
o Localização
o Irradiação
o Carácter ou qualidade
o Intensidade
o Duração
o Evolução
o Relação com funções orgânicas
o Fatores desencadeastes
o Fatores de alívio
o Manifestações associadas
Fatores Desencadeantes ou Agravantes
o Alimentação
o Execução de Esforço
o Repouso
o Peso
o Movimento
o Compressão local
Fluxograma de Avaliação da Dor no Idoso
Comunica?
Aparenta dor mas
não colabora
Avaliar dor (escala qualitativa ou
numérica)
Avaliar mal-estar, sofrimento
(escala comportamental)
Refere e aparenta
dor
Localizar Dor
História da Dor
Tratar a dor
Tabela – Resumo da avaliação
Identificar a presença de dor no idoso qualquer que seja o contexto de observação.
Avaliar a dor por rotina considerando que os idosos podem não a manifestar
Considerar como dor outros termos usados pelos idosos para a expressar;
Escolher a Escala Numérica ou a Escala Qualitativa como primeira alternativa
Recorrer a observação comportamental completa
Usar diagramas ou, em alternativa, considerar os locais que o idoso apontar
Detetar as possíveis causas de dor
Completar sempre a avaliação da história da dor com as outras dimensões (social, cultural, espiritual, espiritual e psicológica)
Solicitar a colaboração de familiares e/ou cuidadores
Classificação da Intensidade da Dor
o Escalas visuaiso Escalas numéricaso Escalas faciaiso Questionário de dor McGill (MPQ)
Escalas qualitativa
Escala Numérica
• Régua dividida em 11 partes iguais, numeradasde 0 a 10;
• Apresenta-se na horizontal ou na vertical;
• A classificação numérica indicada pelo idososerá assinalada na folha de registo com a horae data.
Escala Qualitativa
• Solicita-se ao idoso que classifique a intensidade da sua Dor de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor Ligeira”, “Dor Moderada”, “Dor Intensa” ou “Dor Máxima”;
• Estes adjetivos devem ser registados na folha de registo, com data e hora.
Escala de Faces Wong Baker
o Solicita-se ao idoso que classifique a intensidade dasua dor de acordo com a mímica representada emcada face desenhada.
o Regista-se no processo do idoso o númeroequivalente à face selecionada pelo doente.
Escala Visual Analógica (EVA)
• Linha horizontal ou vertical, com 10 cm de comprimento que temassinalada numa extremidade a classificação “Sem Dor” e, na outra, aclassificação “Dor Máxima”.
• O idoso faz um traço ou cruz, perpendicular à linha, ponto querepresenta a intensidade da sua Dor.
• É útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quaisos procedimentos que têm surtido melhores resultados, assim como sehá alguma deficiência no tratamento, de acordo com o grau de melhoraou piora da dor.
• É a mais usual.
Questionário de Dor McGill (MPQ)
Elaborado em 1975 porMelzack, na UniversidadeMcGill, no Canadá, com oobjetivo de fornecer medidasqualitativas de dor que possamser analisadas estatisticamente.
Avalia qualidades:o Sensoriaiso Afetivaso Temporais
Terapêuticas farmacológicas para o controlo da dor no Idoso
São medicamentos que, não sendo verdadeiros analgésicos, contribuem para o alívio da dor, potenciando os
analgésicos nos vários fatores que podem agravar o quadro álgico. São exemplo, entre outros, os antidepressivos, os
ansiolíticos, os anti convulsivantes, os corticosteroides, os relaxantes musculares e os anti-histamínicos.
As técnicas farmacológicas mais conservadoras envolvem, fundamentalmente, a utilização de fármacos analgésicos e
adjuvantes.
Os analgésicos podem ser opioides (morfina, por exemplo, e codeína) e não opioides (os anti-inflamatórios não
esteroides e os antipiréticos, como o paracetamol e o metamizol).
Terapêuticas não farmacológicas para o controlo da dor no Idoso
o Exercícioo Aplicação do Calor ou Frioo Massagemo Diatermia e Ultrassonso Imobilização
Deve ser adaptado às necessidades e preferências de cadaidoso, e realizado, no mínimo, durante oito a dozesemanas. Os exercícios melhoram a capacidade funcionale diminui a dor.
É benéfica nos espasmos musculares ou nador neuropática periférica. Ter especialcuidado empresença de alterações cognitivas ou dasensibilidade, por exemplo nos diabéticos.
Está indicada nos espasmosmusculares, devendo serrealizada por profissionais.
Têm indicação no alívio dador músculo‐esqueléticaprofunda.
Tem benefício no alívio da dor osteoarticular, serealizada por curtos períodos (alguns dias).Se prolongada aumenta o risco de capsulite adesiva e dediminuição permanente da amplitude articular.
o Cirurgiao Estimulação Elétrica
Nervosa Transcutânea (TENS)
o Educação do Idoso e Cuidador
o Estratégias Cognitivaso Distração
Terapêuticas não farmacológicas para o controlo da dor no Idoso
Tem demonstrado bons resultados emprogramas individuais ou em grupo, desdeque adaptados àsnecessidades do idoso e à sua capacidade decompreensão.
Pode ser benéfica em diversos tiposde dor, nomeadamente fraturacostal.
Em programas individuais ou em grupo, têmcomo objetivo alterar as atitudes e crençasdo idoso e promover a modificação daexperiência da dor e sofrimento.
A artroplastia está indicada em idosos compatologia dolorosa que a justifique. A neuroablação é benéficaem idosos com dor refratária e esperança devida curta.
A utilização de técnicas como a música, leitura, ou outra, tem demonstrado benefício no controlo da dor no idoso.
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