Controlo da Dor na pessoa com ferida Um trabalho de equipa Unidade Dor Hospital Garcia Orta Madalena Mela Martins 1
Jul 12, 2015
Controlo da Dor na pessoa com ferida
Um trabalho de equipa
Unidade Dor Hospital Garcia Orta
Madalena Mela Martins 1
A Dor tem um impato psicológico …
…dificultaa própria cura da Ferida.
González-Consuerga , R.V. e Verdú, J. (2011). Quality of lve people with venous leg ulcers: na integrative review. Journal of Advanced Nursing,1-19.
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Mais um tipo de Dor ?!….
Dor antecipatória Consequências
– Perturbações no sono– Focalização do pensamento na ulcera– Stress– Fadiga– Preocupação– Redução do bem-estar
Solowiej, K; Mason, V; Upton, D. (2010). Psychological stress and pain in wound care, part 2: a review of pain and stress assessment tools.Journal of wound care, 19:3.
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Controlo da Dor: um desafio em equipa
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O doente é o fio condutor do cuidar
Observação do comportamento
Indicadores de dor– Vocalizações– Expressão facial– Alteração da linguagem corporal– Agitação– Friccionar
Indicadores de stress– Taquipneia– Taquicardia– Tensão muscular– Mãos suadas – Boca seca, voz tensa – Suores frios– Comportamento de evitação
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Disponibilizar uma linguagem para expressar e partilhar a subjectividade da DOR
Intensidade da Dor (quanto dói?)– Escalas Autoavaliação
– Escalas de Heteroavaliação
– Escalas Unidimensionais
– Escalas Muitidimensionais
Padrão da Dor (quando dói?)
Localização (onde dói?)
Factores de agravamento/alívio
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Quando a dor não é controlada pelas intervenções usuais…
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Hospital Garcia Orta, EPE Unidade Dor
Guia Terapêutico
Nome: ______________________________________________________________ Data ___/___/ 2011
Para esclarecer qualquer dúvida não hesite telefone-nos: 212726815. Estaremos sempre à sua disposição de 2ª (Segunda) a 6ª (Sexta) das 9 às 17 horas. TRAGA ESTA FOLHA SEMPRE CONSIGO.
Medicamento
Jejum
Pequeno Almoço
Almoço
Lanche
Jantar
Deitar
Observações
Médicos: Beatriz Gomes Manuel Pedro Silva Alexandra Reis Elsa Verdasca Patrícia O’ Neill
Enfermeiras: Madalena Mela Teresa Rolo Filomena Piza Mª Jorge Cardoso Dulce Guerreiro
Gestão da informação ao doente/família: um cuidado realizado “as vezes que forem necessárias”
Gestão do regime terapêutico
• Importância da abordagem multimodal
• Administração de opióides TTS, PO, SC, epidural
• Prevenção de complicações, nomeadamente infecção
Gestão da terapêutica resgate
• Opióides em SOS, frequência na administração
• Efeitos secundários
• Doses limites de segurança
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Mitos e preconceitos que perpetuam a dor do doente com ferida
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A atenção do profissional é sentido… como um cuidado à pessoa com ferida
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Doentes com úlceras venosas crónicas o que mais valorizaram foi o tempo que as
enfermeiras lhes dispensam, não em termos da execução do penso, mas da escuta
ativa e no reconhecimento das suas preocupações.
Brown, A. (2005). Chronic leg ulcers, part 2: do they affect a patient’ s social life? British Journal of Nursing,18, 986-989.
Prevenção da dor ……desde o 1º tratamento
Combinar métodos farmacológicos com métodos não farmacológicos
Intervenções não farmacológicas
Preferência individual e objectivo do tratamento
Atender às contra-indicações
Implementar intervenções psicossociais e educacionais facilitadoras coping individual e familiar
Registered Nurses Association of Ontario (2007). Nursing Best Practice Guideline :assement e amagement of pain. RNAO, Ontario.
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Intervenções não farmacológicas
• Conforto
• Controlo ambiental
• Envolvimento do doente no tratamento
• Focalização sensorial nos procedimentos
• Promover o auto-controlo
• …..
• Distracção
• Relaxamento
• Música
• Humor
• Aplicação de frio/calor
• TENS
• MENS
• …
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• Comunicação com a equipa multidisciplinar • Trabalho em equipa • Importância registos para a continuidade dos cuidados
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Controlar a dor da pessoa com ferida … ….um direito e um
dever• Artigo 83.o Do direito ao cuidado O enfermeiro, no respeito do direito ao cuidado na saúde ou doença, assume o dever de: b) Orientar o indivíduo para outro profissional de saúde mais bem colocado para responder ao problema, quando o pedido ultrapasse a sua competência; d) Assegurar a continuidade dos cuidados, registando fielmente as observações e intervenções realizadas;
• Artigo 84.o Do dever de informação No respeito pelo direito à autodeterminação, o enfermeiro assume o dever de: a) Informar o indivíduo e a família no que respeita aos cuidados de enfermagem; d) Informar sobre os recursos a que a pessoa pode ter acesso, bem como sobre a maneira de os obter.
• Artigo 89.o Da humanização dos cuidados O enfermeiro, sendo responsável pela humanização dos cuidados de enfermagem, assume o dever de: a) Dar, quando presta cuidados, atenção à pessoa como uma totalidade única, inserida numa família e numa comunidade;
• Artigo 91.o Dos deveres para com outras profissões Como membro da equipa de saúde, o enfermeiro assume o dever de: a) Actuar responsavelmente na sua área de competência e reconhecer a especificidade das outras profissões de saúde, respeitando os limites impostos pela área de competência de cada uma; b) Trabalhar em articulação e complementaridade com os restantes profissionais de saúde;
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Obrigada!
Tsingy of Bemaraha, Morondava region, Madagascar
Fotografia de Yann Arthus-Bertrand (1999) in «A Terra Vista do Céu».