CONGRUENCIAS E DIVERGÊNCIAS DO CONTEÚDO DAS …

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SOacuteCIO - ECONOcircMICO

CURSO DE POacuteS - GRADUACcedilAtildeO EM ADMINISTRACcedilAtildeO

AREA DE CONCENTRACcedilAtildeO Poliacuteticas e Gestatildeo Institucional

CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

NOacuteS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL COM

EcircNFASE NA SUA HARMONIZACcedilAtildeO

JULIANA FAVERO BRANDAtildeO

FLORIANOacutePOLIS

2000

Juliana Favero Brandatildeo

CONGRUEcircNCIAS E DIVERGENCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA NOS

PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL COM

EcircNFASE NA SUA HARMONIZACcedilAtildeO

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Curso de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Administraccedilatildeo

Orientadora lise Maria Beuren Dra

Florianoacutepolis dezembro de 2000

CONGRUENCIAS E DIVERGENCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL COM

EcircNFASE NA SUA HARMONIZACcedilAtildeO

Juliana Favero Brandatildeo

Esta dissertaccedilatildeo foi julgada adequada para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em

Administraccedilatildeo (aacuterea de concentraccedilatildeo em Poliacuteticas e Gestatildeo Institucional) e aprovada na

sua forma final pelo Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade

Federal de Santa Catarina

Coordenador do Curso

Apresentada agrave Comissatildeo Examinadora integrada pelos professores

______________________________[ l l f y A A n t m

lise Maria Beuren Dra (orientador)

Eloise Helena Livramento Dellagndioacute Dra (membro)

Paulo Cesar da Cunha Mayagrave^Dr (membro)

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a DEUS e a meu pai (junto dele) por saber que em

nenhum momento me deixaram soacute

Minha profunda gratidatildeo a minha matildee Elidia pelos sacrifiacutecios que fez para que

eu hoje alcanccedilasse mais uma conquista Por me apoiar e incentivar em todas as horas de

minha vida Agradeccedilo tambeacutem a Sr Francisco companheiro inseparaacutevel dela

Sincero agradecimento a minha orientadora Prof Dr3 lise Maria Beuren por sua

confianccedila seu empenho sabedoria e amizade que marcaram tanto minha trajetoacuteria

acadecircmica Minha admiraccedilatildeo especial agrave sua dedicaccedilatildeo

Aos amigos inesqueciacuteveis do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Custos para a

Gestatildeo Empresarial - NUPEC que participaram e contribuiacuteram nesta caminhada Ana

Luacutecia Cristiane Verocircnica Artur Mere e Fabian

Aos colegas do curso de mestrado Luciana Merlin Sueli e Emanuelle

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aos professores do Curso de

Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo (CPGA) pelo crescimento intelectual e de vida

proporcionados Aos professores e servidores do Curso de Ciecircncias Contaacutebeis pela

atenccedilatildeo sempre dispensada

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico - CNPq

pelo apoio financeiro recebido

SUMAacuteRIO

LISTA DE QUADROS viacutei

RESUMO viii

ABSTRACT ix

1 INTRODUCcedilAtildeO 111 Tema e problema 112 Objetivos 413 Justificaccedilatildeo do estudo514 Organizaccedilatildeo do trabalho 72 O MERCOSUL 821 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais 8211 Modalidades de Acordos Comerciais 8212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina 1022Origem do MERCOSUL 12

3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBIL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL 1431 A profissatildeo contaacutebil na Argentina 14311 Prerrogativas Profissionais15312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo15313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 1832 A profissatildeo contaacutebil no Brasil18321 Prerrogativas Profissionais20322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo20323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2333A profissatildeo contaacutebil no Paraguai23331 Prerrogativas Profissionais24332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo25333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2634 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai27341 Prerrogativas Profissionais 27342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo28343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 304 METODOLOGIA 3141 Especificaccedilatildeo do problema 31411 Perguntas de pesquisa 31412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos 32413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise 3342 Delineamento da pesquisa3543 Coleta e anaacutelise dos dados3644 Limitaccedilotildees da pesquisa 37

5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA3951 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis 39511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina 39512 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 41513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai 45514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 4752 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 53521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina53522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 58523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai64524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 7053 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 77531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina7753 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 83533 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai92534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai956 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA10661Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 10662 Anaacutelise das divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria11163 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 1157 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES 12271 Conclusotildees 12272 Recomendaccedilotildees124

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS125

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

RESUMO

Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

ABSTRACT

In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

sprouting between countries with common interests In this context the economic

blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

in the harmonisation searching of these statements

1 INTRODUCcedilAtildeO

Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

11 Tema e problema

A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

dobradas

Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

patrimoniais

Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

2

domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

humanidade o faz

A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

3

a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

MERCOSUL

b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

poliacuteticas comerciais comuns

c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

os princiacutepios do MERCOSUL e

d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

em cada paiacutes que atua6

Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

eficaz no mercado mundial

6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

4

Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

culturasrdquo

Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

12 Objetivos

O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

Paraguai e Uruguai

bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

5

bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

obrigatoacuteria nestes paiacuteses

bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

integrante do MERCOSUL e

bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

13 Justificaccedilatildeo do estudo

Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

novas oportunidades de negoacutecios

Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

processo de gestatildeo empresarial

Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

6

Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

principalmente que devem ser superados

Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

MERCOSUL

Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

7

14 Organizaccedilatildeo do trabalho

O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

contexto atual

No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

limitaccedilotildees da pesquisa

O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

recomendaccedilotildees para futuros estudos

2 O MERCOSUL

Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

origem do MERCOSUL e seu contexto atual

21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

firmados na Ameacuterica Latina

211 Modalidades de Acordos Comerciais

Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

econocircmica entre regiotildees

a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

9

paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

b) Zona de Livre Comeacutercio

As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

c) Uniatildeo Aduaneira

Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

d) Mercado Comum

Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

10

fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

serviccedilosrdquo

Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

macroeconocircmicasrdquo

Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

Banco Central comunitaacuteriordquo

Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

por este

212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

11

iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

concretos

O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

natildeo obteve o efeito desejado21

Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

AL ADI

De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

Alcance Parcial

21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

12

Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

22 Origem do MERCOSUL

Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

13

forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

ano de 2001

Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

internacional27

O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

paiacutes

31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

pertence sua atividade

A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

15

poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

Ciencias Econoacutemicas

A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

normas legais de regulamentaccedilatildeo

311 Prerrogativas Profissionais

Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

questotildees previstas no artigo33

312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

16

Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

funccedilotildees a saber

ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

(Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

organismo intermediaacuterio36

Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

17

Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

consideram parte integrante este convecircniordquo39

De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

aprovados pelo CECYT

38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

18

313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

Contaacutebeis42

Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

19

Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

20

Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

Standards Committee (IASC)rdquo

No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

normas legais de regulamentaccedilatildeo

321 Prerrogativas Profissionais

As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

contadoresrdquo

Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

21

O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

Decreto-Lei 9295-46

No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

com o Decreto-Lei ndeg 9929546

Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

22

Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

nos trabalhos por esta emitidos

Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

23

eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

Profissatildeo

Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

da profissatildeo

323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

Coacutedigo Comercial Brasileiro

33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

24

No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

Administracioacuten Publica o de Empresas56

No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

exercem a profissatildeo ilegalmente

Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

331 Prerrogativas Profissionais

Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

25

elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

Paraguai

26

O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

27

34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

Universidade da Repuacuteblica

Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

341 Prerrogativas Profissionais

Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

satildeo dispersas e parciais

Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

28

nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

devoluccedilatildeo de impostos

342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

Gremiales constam as seguintes

ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

29

c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

Estatuto prevecirc

a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

30

o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

Normas do Banco Central

70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

4 METODOLOGIA

Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

41 Especificaccedilatildeo do problema

Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

paiacuteses-membros do MERCOSUL

Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

411 Perguntas de pesquisa

Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

perguntas de pesquisa

a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

e Uruguai

b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

32

c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

obrigatoacuteria nestes paiacuteses

d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

do MERCOSUL

e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

Profissatildeo contaacutebil

Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

Contabilidaderdquo

Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

33

Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

Harmonizaccedilatildeo

De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

envolvidas no fenocircmenordquo

77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

34

Profissatildeo contaacutebil

Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

demonstraccedilotildees

Harmonizaccedilatildeo

A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

do MERCOSUL

U

35

42 Delineamento da pesquisa

De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

formas de estudo

bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

fenocircmeno e

bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

consequumlecircncias de um fenocircmeno

Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

elaboraccedilatildeo do trabalho

81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

36

A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

43 Coleta e anaacutelise dos dados

O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

indireta

A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

de laboratoacuterio88

A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

38

por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

integrantes do MERCOSUL

Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

em outros paiacuteses

Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

demonstraccedilotildees

Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

Contabilidade naquele paiacutes a saber

bull Lei das Sociedades Comerciais

bull Comissatildeo Nacional de Valores e

bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

43

anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

regime de competecircnciardquo

Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios

Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

independentes ()rdquo

Coacutedigo Comercial

Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

44

0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

Normas Brasileiras de Contabilidade

Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

bull Balanccedilo Patrimonial

bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

45

contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

poliacuteticas e administrativas do conjunto99

513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

Contabilidade naquele paiacutes a saber

bull Lei do Comerciante

bull Comissatildeo Nacional de Valores

bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

Lei do Comerciante

A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

46

Comissatildeo Nacional de Valores

A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

na bolsa de valoresrdquo101

Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

independente

A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

serem divulgadas pelas sociedades

a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

47

Colegio de Contadores do Paraguai

O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

tenha sito feito de tais fundosrdquo108

A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

saber

bull Lei das Sociedades Comerciais

bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

48

bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

Lei das Sociedades Comerciais

A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

como miacutenimo

a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

naquela data

b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

49

c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

e) Bolsa de Valores

f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

Repuacuteblica e

i) Coleacutegio de Advogados

O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

organismos puacuteblicos a saber

a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

50

Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

51

d) a NIC n 14 seraacute optativa117

Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

saber

- Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

- Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

01011990)

- Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

- Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

- Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

optativas

No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

elaboraccedilatildeo118

Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

52

apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

organismos profissionais de outros paiacuteses

No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

- paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

- paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

contexto do sistema de custos histoacutericos

- paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

53

Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

Accounting Standards Committee - IASC

52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

Lei das Sociedades Comerciais

A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

Resultados e das Notas Complementares

a) Balanccedilo Geral

O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

que segue

- o efetivo dinheiro em caixa e bancos

- os creacuteditos provenientes das atividades sociais

- os bens de troca

- as aplicaccedilotildees em geral

- os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

- os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

- os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

54

- toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

- as diacutevidas

- as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

- toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

- receitas de exerciacutecios futuros

- o capital social

- as reservas legais

- utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

- toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

resultado

No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

da Lei das Sociedades Comerciais

ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

Ainda neste mesmo artigo consta que

- deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

- o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

contas a que correspondam

- natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

- ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

com o fim de determinar o resultadordquo124

123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

55

- os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

correspondam ao exerciacutecio

- as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

- os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

c) Notas Complementares

Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

(CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

integrantes da entidade126

A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

56

com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

delas

a) Balanccedilo Geral

O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

- no caixa e bancos

- outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

- os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

imobilizados

- os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

passivos correntes

Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

encerramento do balanccedilo

b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

57

Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

- os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

- os custos incorridos para atingir estes ingressos

- os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

- os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

- os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

- os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

rubrica os efeitos do imposto de renda

c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

ou acionistas e resultados acumulados130

Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

seguintes informaccedilotildees

- o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

- as variaccedilotildees do periacuteodo e

- o saldo final do periacuteodo

d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

Aplicaccedilotildees de Fundos

Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

determinado131

Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

58

Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

nas Normas Brasileiras de Contabilidade

Lei das Sociedades Anocircnimas

Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

640476

a) Balanccedilo Patrimonial

No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

ativo passivo e patrimocircnio liquido

132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

59

O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

- ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

subsequente

- ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

exerciacutecio seguinte

- ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

diferido

Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

em

- passivo circulante

- passivo exigiacutevel a longo prazo

- resultados de exerciacutecio futuros e

- patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

n640476136 deveraacute discriminar

- o saldo do iniacutecio do periacuteodo

os ajustes de exerciacutecios anteriores

- as reversotildees de reservas

- o lucro liacutequido do exerciacutecio

- as transferecircncias para reservas

- os dividendos propostos

- a parcela dos lucros incorporada ao capital e

- o saldo ao fim do periacuteodo

c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

59

O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

- ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

subsequente

- ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

exerciacutecio seguinte

- ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

diferido

Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

em

- passivo circulante

- passivo exigiacutevel a longo prazo

- resultados de exerciacutecio futuros e

- patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

n640476 deveraacute discriminar

- o saldo do iniacutecio do periacuteodo

os ajustes de exerciacutecios anteriores

- as reversotildees de reservas

- o lucro liacutequido do exerciacutecio

- as transferecircncias para reservas

- os dividendos propostos

- a parcela dos lucros incorporada ao capital e

- o saldo ao fim do periacuteodo

c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

60

A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

n640476137 os seguintes itens

- a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

- a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

vendidos e o lucro bruto

- as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

deduzidas das respectivas receitas

- o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

- o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

- as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

previdecircncia de empregados

- o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

social

d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

financeira da companhiardquo138 devendo conter

- nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

investimentos e direitos do ativo imobilizado

- nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

61

- o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

- os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

exerciacutecio

Normas Brasileiras de Contabilidade

O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

apresentaccedilatildeo das mesmas

Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

62

Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

a) Balanccedilo Patrimonial

A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

agrupadas da seguinte forma

- O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

antecipadas

- Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

- Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

- Circulante

- Exigiacutevel a longo prazo

- Resultados de exerciacutecio futuros

Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

contas

- Capital

Reservas de capital

- Reservas de reavaliaccedilatildeo

- Reservas de lucros

- Lucros ou prejuiacutezos acumulados

b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

ordenada o que segue

- ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

63

- as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

- o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

- ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

T 3 deve expor

- ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

64

- os saldos no final do periacuteodordquo145

e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

- o resultado liacutequido do periacuteodo

- as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

provenientes de capital de terceiros de longo prazo

- as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

reembolsos de capital

- a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

- a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

de Valores

Coleacutegio de Contadores do Paraguai

Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

65

Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

contaacutebeis

b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

a) Balanccedilo Geral

No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

normalmente constam

- Terrenos e edifiacutecios

- Instalaccedilotildees e equipamentos

- Outras categorias de ativos

- Depreciaccedilatildeo Acumulada

Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

Ativos a Longo Prazo encontra-se

- Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

66

- Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

Contas a receber de associadas Outras

- Goodwill

- Patentes Marcas e Ativos semelhantes

- Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

NIC 5148

- Disponibilidades

- Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

- Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

antecipadamente

- Estoques

Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

abranger

- ldquoEmpreacutestimos Garantidos

- Empreacutestimos natildeo Garantidos

Empreacutestimos Intercompanhias

- Empreacutestimos de Associadasrdquo149

No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

- Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

- Partes correntes e passivos a longo prazo

- Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

despesa

148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

67

A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

- Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

contratos de venda incluindo prazos e quantias

- Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

segue

- ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

68

relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

existam

ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

Comissatildeo Nacional de Valores

A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

a) Balanccedilo Geral

Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

correntes

No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

seguintes itens

- Disponibilidades

- Investimentos Temporaacuterios

- Creacuteditos por Venda

- Outros Creacuteditos

- Bens de Troca

Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

Natildeo Corrente evidencia-se

- Creacuteditos por vendas

- Outros Creacuteditos

153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

69

- Bens de Troca

- Bens de Uso

- Investimentos

- Ativos Intangiacuteveis

- Outros Ativos

No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

- Diacutevidas

- Provisotildees

Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

que compreende

- Diacutevidas

- Provisotildees

No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

seguinte forma

- Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

irrevogaacuteveis

- Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

Reavaliaccedilatildeo

- Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

sem destinaccedilatildeo

b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

- Vendas

- Custos das Vendas

- Resultado Bruto

- Gastos de Comercializaccedilatildeo

- Gastos de Administraccedilatildeo

155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

70

- Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

- Outras Entradas e Saiacutedas

- Resultados Financeiros

- Imposto de Renda

- Resultados Ordinaacuterios

- Resultados Extraordinaacuterios

- Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

seguinte forma

- Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

- Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

Lei das Sociedades Comerciais

156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

71

A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

quando houverem

Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

sofridasrdquo

a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

71

A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

quando houverem

Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

sofridasrdquo

a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

72

Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

interessadosrdquo161

Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

correntes e natildeo correntes

No Ativo Corrente deveratildeo constar

- Disponibilidades

- Investimentos temporaacuterios

- Creacuteditos e

- Bens de Troca

Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

- Creacuteditos a Longo Prazo

- Bens de Troca Natildeo Correntes

- Investimentos a Longo Prazo

- Bens de Uso e

- Intangiacuteveis

No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

- Diacutevidas

- Provisotildees

5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

73

Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

- Diacutevidas a longo Prazo

- Provisotildees natildeo correntes

Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

- Capital

- Aportes e Compromissos a Capitalizar

- Ajustes ao Patrimocircnio

- Reservas

- Resultados Acumulados

Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

13

A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

os investimentos de acionistas

Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

- terrenos e edifiacutecios

- maquinaacuterio e equipamento

- outras categorias de ativos devidamente identificados e a

162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

74

- depreciaccedilatildeo acumulada

Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

seguintes

- investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

companhias associadas

- contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

receber de companhias associadas e outras

- creacutedito mercantil

- patentes marcas e ativos similares

- gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

diferidos

Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

- Efetivos

- Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

- Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

- Inventaacuterios

Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

Prazo que deve evidenciar

- empreacutestimos bancaacuterios

- contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

- Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

- Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

n200993

b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

- ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

75

- Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

- Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

n200993

b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

- ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

76

de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

- NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

- NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

- NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

- NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

de los Protones

- o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

- o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

77

- o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

Contaacutebeis Adequadas

53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

de Serviccedilos respectivamente

a) Balanccedilo Geral

No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

78

O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

encerramento do periacuteodo

De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

- Caixa e Bancos

Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

valores com poder de liquidez ou similares

- Investimentos

ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

entidaderdquo169

- Creacuteditos

ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

natildeo tem esta caracteriacutestica

- Bens de Troca

167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

79

ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

- Bens de Uso

Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

compras destes bens

- Ativos intangiacuteveis

ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

futura de produzir rendasrdquo11

- Outros ativos

Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

anterior

No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

classificados como correntesrdquo172

A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

- Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

- Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

80

173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

- Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

- vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

imposto incidentes sobre as mesmas

- reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

- Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

- Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

sua obtenccedilatildeo

173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

81

- Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

na informaccedilatildeo complementar

- Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

presta

- Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

- Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

- Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

- Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

imposto diferido

- Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

estas

Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

82

c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

consideradordquo180

d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

(capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

deve ser informada adequadamenterdquo183

179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

83

Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

Notas Explicativas

a) Balanccedilo Patrimonial

Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

entidade

Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

estabelecidos ou esperadosrdquo186

Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

84

As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

Balanccedilo Patrimonial188

A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

- Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

- Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

85

subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

exerciacutecio social

- Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

- Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

seguinte

- Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

8 6

Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

subdivide nos subgrupos que seguem

a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

183202

b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

87

reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

nessa exploraccedilatildeordquo

c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

Lei n640476210 art 183 que

ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

88

a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

registar o que segue

Capital

ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

realizadardquo216

211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

89

Reservas

ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

deve-se registrar

- ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

90

No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

computadas

- ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

- os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

subsequumlentesrdquo223

A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

92

i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

Paraguai

a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

distribuiccedilatildeordquo229

No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

conforme a Resoluccedilatildeo n592231

229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

93

Disponibilidades

ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

Investimentos

Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

Creacuteditos

ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

realizaccedilatildeo

Bens de Troca

ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

Bens de Uso

ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

Ativos Intangiacuteveis

ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

94

Outros Ativos

ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

anterioresrdquo

O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

classificam-se

- Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

- Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

95

534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

como denominado no Uruguai

a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

96

classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

Disponibilidades

Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

moeda nacional e estrangeira

Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

Investimentos Temporaacuterios

Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

97

etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

Creacuteditos

ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

Bens de Cambio

Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

98

Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

Creacuteditos a Longo Prazo

ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

Bens de Cambio natildeo Correntes

ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

subgrupo

Investimentos a Longo Prazo

ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

esta conta da mesma forma

Bens de Uso

Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

liacutequido

250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

99

Intangiacuteveis

ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

contas do Passivo Circulante

Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

Diacutevidas

As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

Provisotildees

ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

100

A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

que segue

Dividas a Longo Prazo

ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

Provisatildeo natildeo Corrente

ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

Aportes e Compromissos a Capitalizar

httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

101

ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

aporte pendente de integralizaccedilatildeo

Ajustes do Patrimocircnio

ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

Reservas

ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

Resultados Acumulados

ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

102

necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

uma das contas

O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

expressa demonstraccedilatildeordquo269

Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

seguinte conteuacutedo

Ingressos Operacionais

ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

103

serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

seguros e fretes nas vendas etc)

Ingressos Operacionais Liacutequidos

ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

operacionaisrdquo273

Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

Resultados Diversos

ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

Resultados Financeiros

ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

separadamente

Resultados Extraordinaacuterios

ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

negativosrdquo277

Imposto de Renda

272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

Disponiacutevel na internet

273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

Disponiacutevel

Disponiacutevel

Disponiacutevel

Disponiacutevel

Disponiacutevel

na

na

na

na

na

internet

internet

internet

internet

internet

104

ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

natildeo satildeo mais considerados como anexos

c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

- ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

105

que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

paiacuteses-membros do MERCOSUL

61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

- Balanccedilo Patrimonial

- Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

- Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

- Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

- Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

107

paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

destacam-se para o estudo

a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

com a denominaccedilatildeo Investimentos

c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

108

principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

especiacutefica

e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

Natildeo Corrente

Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

109

No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

respectivamente encontram alguma congruecircncias

a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

pendentes de integralizaccedilatildeo

b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

110

Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

receitas

f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

Resultados Diversos

g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

e as destinaccedilotildees destes recursos

Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

I l l

62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

pesquisados

No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

durante o exerciacutecio seguinte

b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

Receber

c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

conta

112

d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

possibilidade de renda futura

e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

pesquisados

No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

linha do Balanccedilo Patrimonial

No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

113

Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

liacutequido na demonstraccedilatildeo

b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

Devem ser apresentados por ramo de atividade

d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

Resultados Financeiros

e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

Despesas Operacionais

f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

Operacionais

g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

114

demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

inferecircncias sobre este tiacutetulo

i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

minoritaacuterios respectivamente

j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

social

k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

congruecircncias eou divergecircncias

Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

115

Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

Normas Contaacutebeis Adequadas

Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

paiacuteses

Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

profundamente

A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

conteuacutedo

Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

116

Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

Patrimocircnio Liacutequido

A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

paiacutes-membro do MERCOSUL

Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

BRASIL CFC NBC T 3

PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

URUGUAI Decreto 103991

ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

Previsotildees natildeo correntes

PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

RESERVASRESULTADOS

ACUMULADOS

Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

117

apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

todos

Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

todo

Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

Patrimonial

Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

LEI 640476PARAGUAI

Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

Decreto n103991RESULTADOS

ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

EXTRAORDINAacuteRIOS

Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

Lucro Bruto Despesas Operacionais

Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

Exerciacutecio

Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

Exerciacutecio

Ingressos Operacionais I ocais Exterior

Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

118

A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

social passado

Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

incidentes sobre estas

Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

das vendas

Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

pesquisados

Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

paiacuteses-membros do MERCOSUL

A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

conforme normatizaccedilotildees verificadas

119

Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

BRASIL Lei n640476

PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

Recursos no inicio do exerciacutecio

Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

Recursos ao final do exerciacutecio

CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

Outras causas de origens de recursos

Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

de Contas a Receber

Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

Permanentes Pagamento de saldos iniciais

de Diacutevidas

AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

Recursos no inicio do exerciacutecio

Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

Recursos ao final do exerciacutecio

CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

Outras causas de origem de recursos por tipo

Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

representam saiacuteda de recursos

Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

representam entradas de recursos

Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

de UsoAumento de Passivos

Correntes Aumento de Passivos Natildeo

Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

Correntes Outros

APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

Correntes Outros TOTAL

Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

final desta

Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

exigida nos paiacuteses pesquisados

120

Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

Decreto n103991SALDO INICIAL

VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

SALDO FINAL DO PERIacuteODO

Para as seguintes contas

APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

RESULTADOS ACUMULADOS

Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

SUBTOTAL

SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

TOTAL

A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

sociedade

Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

conteuacutedo e estrutura

Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

121

Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

para a realizaccedilatildeo de novos estudos

71 Conclusotildees

A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

em cada paiacutes que atua

Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

utilidade junto aos usuaacuterios

Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

123

no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

emitidas em cada paiacutes

Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

legislaccedilatildeo brasileira

Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

Patrimocircnio Liacutequido

Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

124

Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

mesmas

Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

com globalizaccedilatildeo dos mercados

72 Recomendaccedilotildees

A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

objetos de pesquisa

Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998

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LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985

LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986

MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998

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POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 1995

POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994

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URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet http www ain gub uydocs200_993 htm (outubro2000)

VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995

YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996

  • [llfyAAntm
    • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
    • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
    • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
    • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
      • 4METODOLOGIA
      • 41Especificaccedilatildeo do problema
      • 43Coleta e anaacutelise dos dados
        • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
        • Coacutedigo Comercial
        • Normas Brasileiras de Contabilidade
        • Colegio de Contadores do Paraguai
          • Normas Brasileiras de Contabilidade
            • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
              • Lei das Sociedades Comerciais
              • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
              • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
              • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Juliana Favero Brandatildeo

    CONGRUEcircNCIAS E DIVERGENCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

    DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA NOS

    PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL COM

    EcircNFASE NA SUA HARMONIZACcedilAtildeO

    Dissertaccedilatildeo apresentada ao Curso de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Administraccedilatildeo

    Orientadora lise Maria Beuren Dra

    Florianoacutepolis dezembro de 2000

    CONGRUENCIAS E DIVERGENCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

    DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

    NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL COM

    EcircNFASE NA SUA HARMONIZACcedilAtildeO

    Juliana Favero Brandatildeo

    Esta dissertaccedilatildeo foi julgada adequada para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em

    Administraccedilatildeo (aacuterea de concentraccedilatildeo em Poliacuteticas e Gestatildeo Institucional) e aprovada na

    sua forma final pelo Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade

    Federal de Santa Catarina

    Coordenador do Curso

    Apresentada agrave Comissatildeo Examinadora integrada pelos professores

    ______________________________[ l l f y A A n t m

    lise Maria Beuren Dra (orientador)

    Eloise Helena Livramento Dellagndioacute Dra (membro)

    Paulo Cesar da Cunha Mayagrave^Dr (membro)

    AGRADECIMENTOS

    Agradeccedilo primeiramente a DEUS e a meu pai (junto dele) por saber que em

    nenhum momento me deixaram soacute

    Minha profunda gratidatildeo a minha matildee Elidia pelos sacrifiacutecios que fez para que

    eu hoje alcanccedilasse mais uma conquista Por me apoiar e incentivar em todas as horas de

    minha vida Agradeccedilo tambeacutem a Sr Francisco companheiro inseparaacutevel dela

    Sincero agradecimento a minha orientadora Prof Dr3 lise Maria Beuren por sua

    confianccedila seu empenho sabedoria e amizade que marcaram tanto minha trajetoacuteria

    acadecircmica Minha admiraccedilatildeo especial agrave sua dedicaccedilatildeo

    Aos amigos inesqueciacuteveis do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Custos para a

    Gestatildeo Empresarial - NUPEC que participaram e contribuiacuteram nesta caminhada Ana

    Luacutecia Cristiane Verocircnica Artur Mere e Fabian

    Aos colegas do curso de mestrado Luciana Merlin Sueli e Emanuelle

    A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aos professores do Curso de

    Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo (CPGA) pelo crescimento intelectual e de vida

    proporcionados Aos professores e servidores do Curso de Ciecircncias Contaacutebeis pela

    atenccedilatildeo sempre dispensada

    Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico - CNPq

    pelo apoio financeiro recebido

    SUMAacuteRIO

    LISTA DE QUADROS viacutei

    RESUMO viii

    ABSTRACT ix

    1 INTRODUCcedilAtildeO 111 Tema e problema 112 Objetivos 413 Justificaccedilatildeo do estudo514 Organizaccedilatildeo do trabalho 72 O MERCOSUL 821 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais 8211 Modalidades de Acordos Comerciais 8212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina 1022Origem do MERCOSUL 12

    3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBIL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL 1431 A profissatildeo contaacutebil na Argentina 14311 Prerrogativas Profissionais15312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo15313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 1832 A profissatildeo contaacutebil no Brasil18321 Prerrogativas Profissionais20322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo20323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2333A profissatildeo contaacutebil no Paraguai23331 Prerrogativas Profissionais24332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo25333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2634 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai27341 Prerrogativas Profissionais 27342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo28343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 304 METODOLOGIA 3141 Especificaccedilatildeo do problema 31411 Perguntas de pesquisa 31412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos 32413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise 3342 Delineamento da pesquisa3543 Coleta e anaacutelise dos dados3644 Limitaccedilotildees da pesquisa 37

    5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA3951 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis 39511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina 39512 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 41513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai 45514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 4752 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 53521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina53522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 58523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai64524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 7053 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 77531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina7753 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 83533 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai92534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai956 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA10661Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 10662 Anaacutelise das divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria11163 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 1157 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES 12271 Conclusotildees 12272 Recomendaccedilotildees124

    REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS125

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

    Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

    Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

    Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

    RESUMO

    Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

    organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

    paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

    que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

    Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

    MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

    Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

    usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

    os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

    conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

    outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

    demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

    contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

    contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

    indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

    diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

    integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

    e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

    divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

    harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

    ABSTRACT

    In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

    organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

    sprouting between countries with common interests In this context the economic

    blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

    economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

    Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

    in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

    must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

    Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

    know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

    countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

    the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

    accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

    information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

    pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

    standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

    work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

    compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

    in the harmonisation searching of these statements

    1 INTRODUCcedilAtildeO

    Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

    Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

    Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

    apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

    11 Tema e problema

    A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

    afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

    primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

    mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

    Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

    escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

    medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

    contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

    devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

    0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

    dobradas

    Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

    dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

    facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

    administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

    tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

    patrimoniais

    Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

    Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

    1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

    2

    domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

    a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

    a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

    continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

    humanidade o faz

    A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

    observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

    reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

    das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

    desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

    informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

    Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

    informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

    que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

    Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

    relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

    aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

    Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

    denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

    aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

    forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

    Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

    formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

    econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

    barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

    Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

    Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

    membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

    integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

    5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

    3

    a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

    movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

    MERCOSUL

    b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

    poliacuteticas comerciais comuns

    c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

    os princiacutepios do MERCOSUL e

    d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

    Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

    membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

    encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

    Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

    paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

    transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

    instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

    ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

    em cada paiacutes que atua6

    Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

    harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

    para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

    No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

    profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

    cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

    consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

    internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

    importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

    contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

    A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

    com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

    eficaz no mercado mundial

    6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

    4

    Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

    processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

    assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

    divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

    pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

    recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

    Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

    transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

    entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

    culturasrdquo

    Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

    contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

    sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

    paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

    Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    12 Objetivos

    O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

    congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

    vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

    bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

    Paraguai e Uruguai

    bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

    5

    bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

    obrigatoacuteria nestes paiacuteses

    bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

    integrante do MERCOSUL e

    bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

    13 Justificaccedilatildeo do estudo

    Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

    por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

    novas oportunidades de negoacutecios

    Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

    do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

    vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

    As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

    parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

    de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

    profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

    competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

    desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

    como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

    processo de gestatildeo empresarial

    Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

    proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

    possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

    MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

    nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

    investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

    8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

    6

    Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

    praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

    acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

    compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

    principalmente que devem ser superados

    Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

    ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

    Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

    apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

    adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

    MERCOSUL

    Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

    cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

    regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

    congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

    obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

    subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

    demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

    praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

    leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

    avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

    9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

    7

    14 Organizaccedilatildeo do trabalho

    O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

    primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

    do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

    apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

    O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

    acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

    contexto atual

    No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

    paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

    No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

    em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

    limitaccedilotildees da pesquisa

    O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

    contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

    Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

    legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

    integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

    No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

    encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

    vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

    Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

    recomendaccedilotildees para futuros estudos

    2 O MERCOSUL

    Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

    comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

    origem do MERCOSUL e seu contexto atual

    21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

    Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

    comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

    firmados na Ameacuterica Latina

    211 Modalidades de Acordos Comerciais

    Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

    internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

    superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

    regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

    Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

    alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

    Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

    econocircmica entre regiotildees

    a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

    A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

    de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

    MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

    9

    paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

    inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

    b) Zona de Livre Comeacutercio

    As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

    paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

    importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

    ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

    fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

    comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

    c) Uniatildeo Aduaneira

    Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

    Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

    tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

    Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

    comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

    importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

    d) Mercado Comum

    Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

    econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

    12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

    CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

    10

    fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

    serviccedilosrdquo

    Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

    anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

    capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

    harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

    e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

    Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

    Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

    conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

    que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

    macroeconocircmicasrdquo

    Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

    uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

    Banco Central comunitaacuteriordquo

    Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

    unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

    por este

    212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

    Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

    desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

    poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

    18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

    11

    iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

    concretos

    O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

    Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

    espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

    natildeo obteve o efeito desejado21

    Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

    principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

    Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

    em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

    afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

    da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

    prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

    dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

    estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

    abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

    Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

    integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

    busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

    1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

    AL ADI

    De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

    o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

    Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

    participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

    Alcance Parcial

    21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

    12

    Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

    maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

    22 Origem do MERCOSUL

    Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

    competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

    desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

    na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

    Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

    assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

    No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

    nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

    na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

    Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

    desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

    Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

    tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

    Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

    Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

    O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

    mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

    significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

    de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

    maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

    vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

    Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

    quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

    25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

    13

    forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

    Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

    a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

    Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

    membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

    ano de 2001

    Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

    Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

    desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

    incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

    Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

    internacional27

    O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

    acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

    Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

    a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

    consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

    27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

    3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

    Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

    contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

    da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

    profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

    paiacutes

    31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

    Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

    Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

    universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

    pertence sua atividade

    A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

    Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

    Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

    inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

    Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

    os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

    profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

    A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

    profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

    emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

    As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

    assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

    Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

    sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

    29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

    15

    poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

    conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

    Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

    Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

    conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

    resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

    Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

    Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

    fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

    entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

    Ciencias Econoacutemicas

    A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

    prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

    normas legais de regulamentaccedilatildeo

    311 Prerrogativas Profissionais

    Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

    Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

    Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

    Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

    econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

    estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

    e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

    questotildees previstas no artigo33

    312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

    32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

    16

    Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

    regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

    Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

    A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

    Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

    unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

    Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

    funccedilotildees a saber

    ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

    O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

    Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

    (Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

    organismo intermediaacuterio36

    Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

    que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

    distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

    deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

    tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

    Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

    organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

    CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

    34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

    17

    Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

    vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

    obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

    Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

    Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

    FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

    atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

    a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

    coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

    consideram parte integrante este convecircniordquo39

    De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

    para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

    Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

    aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

    respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

    pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

    obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

    aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

    O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

    necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

    Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

    FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

    Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

    FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

    emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

    aprovados pelo CECYT

    38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

    18

    313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

    Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

    contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

    profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

    cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

    Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

    Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

    32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

    No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

    categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

    formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

    formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

    Contaacutebeis42

    Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

    de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

    expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

    os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

    ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

    de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

    c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

    41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

    19

    Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

    pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

    direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

    de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

    Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

    estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

    Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

    ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

    Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

    controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

    Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

    Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

    Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

    exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

    contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

    especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

    Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

    Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

    Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

    definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

    a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

    e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

    oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

    44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

    20

    Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

    Standards Committee (IASC)rdquo

    No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

    prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

    normas legais de regulamentaccedilatildeo

    321 Prerrogativas Profissionais

    As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

    ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

    Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

    compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

    Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

    contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

    contadoresrdquo

    Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

    privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

    previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

    Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

    foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

    entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

    exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

    perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

    322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

    Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

    forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

    Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

    49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

    21

    O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

    o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

    congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

    A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

    foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

    natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

    autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

    de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

    Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

    Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

    pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

    de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

    funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

    Decreto-Lei 9295-46

    No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

    orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

    contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

    Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

    com o Decreto-Lei ndeg 9929546

    Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

    Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

    ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

    contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

    Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

    Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

    O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

    Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

    profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

    Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

    50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

    22

    Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

    nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

    ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

    um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

    Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

    proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

    Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

    anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

    em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

    mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

    perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

    Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

    assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

    profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

    nos trabalhos por esta emitidos

    Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

    Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

    Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

    contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

    instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

    contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

    Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

    Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

    teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

    CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

    Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

    profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

    conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

    denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

    52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

    23

    eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

    Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

    conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

    Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

    Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

    teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

    Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

    Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

    Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

    Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

    Profissatildeo

    Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

    mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

    Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

    Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

    da profissatildeo

    323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

    Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

    que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

    pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

    contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

    denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

    Coacutedigo Comercial Brasileiro

    33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

    54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

    24

    No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

    dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

    Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

    Administracioacuten Publica o de Empresas56

    No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

    contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

    exercem a profissatildeo ilegalmente

    Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

    Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

    para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

    uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

    Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

    Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

    contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

    Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

    Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

    A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

    inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

    regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

    331 Prerrogativas Profissionais

    Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

    contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

    56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

    25

    elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

    ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

    de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

    armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

    m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

    n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

    o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

    liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

    Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

    exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

    conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

    332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

    No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

    profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

    Paraguai

    26

    O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

    classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

    bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

    O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

    Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

    fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

    a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

    Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

    mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

    Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

    nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

    Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

    como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

    forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

    333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

    No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

    a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

    Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

    60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

    27

    34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

    No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

    Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

    denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

    Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

    De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

    Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

    impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

    um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

    projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

    Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

    Universidade da Repuacuteblica

    Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

    em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

    profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

    341 Prerrogativas Profissionais

    Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

    profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

    satildeo dispersas e parciais

    Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

    Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

    eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

    63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

    28

    nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

    profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

    puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

    devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

    No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

    contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

    contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

    nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

    devoluccedilatildeo de impostos

    342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

    Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

    chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

    O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

    denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

    criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

    diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

    outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

    Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

    Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

    como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

    Gremiales constam as seguintes

    ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

    61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

    29

    c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

    No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

    Estatuto prevecirc

    a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

    O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

    no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

    exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

    Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

    seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

    de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

    68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

    30

    o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

    compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

    entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

    Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

    obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

    NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

    tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

    Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

    resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

    343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

    72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

    Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

    da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

    Normas do Banco Central

    70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

    4 METODOLOGIA

    Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

    Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

    de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

    Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

    realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

    perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

    analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

    dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

    41 Especificaccedilatildeo do problema

    Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

    harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

    paiacuteses-membros do MERCOSUL

    Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

    constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

    411 Perguntas de pesquisa

    Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

    perguntas de pesquisa

    a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

    e Uruguai

    b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

    32

    c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

    obrigatoacuteria nestes paiacuteses

    d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

    do MERCOSUL

    e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

    412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

    Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

    comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

    Profissatildeo contaacutebil

    Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

    Contabilidaderdquo

    Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

    oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

    Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

    legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

    contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

    14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

    fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

    33

    Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

    Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

    ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

    fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

    Harmonizaccedilatildeo

    De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

    como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

    tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

    conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

    413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

    A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

    Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

    objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

    envolvidas no fenocircmenordquo

    77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

    34

    Profissatildeo contaacutebil

    Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

    acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

    Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

    para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

    movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

    Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

    apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

    Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

    obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

    demonstraccedilotildees

    Harmonizaccedilatildeo

    A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

    e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

    do MERCOSUL

    U

    35

    42 Delineamento da pesquisa

    De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

    formas de estudo

    bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

    tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

    bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

    fenocircmeno e

    bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

    consequumlecircncias de um fenocircmeno

    Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

    primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

    descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

    populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

    evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

    MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

    exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

    harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

    acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

    esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

    precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

    Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

    conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

    uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

    Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

    elaboraccedilatildeo do trabalho

    81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

    36

    A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

    pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

    um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

    43 Coleta e anaacutelise dos dados

    O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

    Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

    encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

    pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

    obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

    preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

    esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

    pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

    indireta

    A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

    os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

    de laboratoacuterio88

    A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

    recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

    divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

    ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

    cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

    esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

    85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

    38

    por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

    integrantes do MERCOSUL

    Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

    entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

    em outros paiacuteses

    Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

    nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

    disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

    componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

    demonstraccedilotildees

    Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

    que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

    subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

    DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

    51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

    das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

    perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

    respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

    contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

    informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

    Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

    sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

    existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

    seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

    base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

    representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

    511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

    A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

    Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

    Contabilidade naquele paiacutes a saber

    bull Lei das Sociedades Comerciais

    bull Comissatildeo Nacional de Valores e

    bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

    43

    anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

    Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

    No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

    registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

    aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

    criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

    regime de competecircnciardquo

    Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

    que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

    auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

    Mobiliaacuterios

    Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

    Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

    regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

    Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

    o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

    Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

    aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

    a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

    b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

    alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

    independentes ()rdquo

    Coacutedigo Comercial

    Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

    10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

    95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

    44

    0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

    registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

    anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

    Normas Brasileiras de Contabilidade

    Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

    demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

    emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

    Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

    conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

    Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

    Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

    A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

    dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

    fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

    ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

    As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

    entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

    natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

    seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

    bull Balanccedilo Patrimonial

    bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

    bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

    bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

    Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

    Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

    97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

    45

    contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

    as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

    Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

    das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

    aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

    Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

    que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

    integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

    interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

    poliacuteticas e administrativas do conjunto99

    513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

    A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

    Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

    Contabilidade naquele paiacutes a saber

    bull Lei do Comerciante

    bull Comissatildeo Nacional de Valores

    bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

    Lei do Comerciante

    A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

    seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

    Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

    elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

    bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

    98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

    46

    Comissatildeo Nacional de Valores

    A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

    Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

    na bolsa de valoresrdquo101

    Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

    demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

    Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

    deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

    independente

    A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

    perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

    contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

    mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

    Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

    serem divulgadas pelas sociedades

    a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

    c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

    d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

    e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

    101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

    47

    Colegio de Contadores do Paraguai

    O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

    de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

    em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

    emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

    providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

    Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

    como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

    A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

    contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

    outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

    demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

    A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

    os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

    tenha sito feito de tais fundosrdquo108

    A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

    nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

    514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

    A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

    Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

    Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

    saber

    bull Lei das Sociedades Comerciais

    bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

    106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

    48

    bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

    Lei das Sociedades Comerciais

    A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

    de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

    sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

    encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

    art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

    encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

    como miacutenimo

    a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

    naquela data

    b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

    c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

    Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

    A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

    Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

    trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

    103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

    200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

    de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

    comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

    assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

    emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

    Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

    a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

    b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

    110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

    49

    c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

    d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

    e) Bolsa de Valores

    f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

    g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

    h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

    Repuacuteblica e

    i) Coleacutegio de Advogados

    O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

    1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

    forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

    mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

    e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

    esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

    organismos puacuteblicos a saber

    a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

    O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

    estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

    comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

    de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

    O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

    Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

    aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

    obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

    112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

    50

    Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

    nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

    serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

    a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

    b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

    c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

    d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

    demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

    comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

    tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

    Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

    ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

    Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

    1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

    dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

    Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

    junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

    profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

    Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

    ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

    a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

    do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

    b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

    c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

    114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

    51

    d) a NIC n 14 seraacute optativa117

    Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

    Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

    profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

    a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

    O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

    Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

    procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

    Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

    saber

    - Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

    - Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

    adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

    01011990)

    - Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

    - Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

    adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    - Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

    optativas

    No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

    profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

    elaboraccedilatildeo118

    Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

    n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

    Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

    para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

    117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

    118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

    52

    apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

    de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

    elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

    relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

    CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

    de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

    doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

    textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

    Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

    publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

    os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

    Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

    organismos profissionais de outros paiacuteses

    No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

    o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

    normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

    circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

    O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

    obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

    optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

    - paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

    - paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

    contexto do sistema de custos histoacutericos

    - paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

    se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

    120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

    53

    Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

    extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

    Accounting Standards Committee - IASC

    52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

    A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

    da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

    Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

    Lei das Sociedades Comerciais

    A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

    alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

    Resultados e das Notas Complementares

    a) Balanccedilo Geral

    O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

    que segue

    - o efetivo dinheiro em caixa e bancos

    - os creacuteditos provenientes das atividades sociais

    - os bens de troca

    - as aplicaccedilotildees em geral

    - os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

    - os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

    - os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

    54

    - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

    Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

    - as diacutevidas

    - as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

    - toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

    - receitas de exerciacutecios futuros

    - o capital social

    - as reservas legais

    - utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

    - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

    resultado

    No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

    da Lei das Sociedades Comerciais

    ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

    Ainda neste mesmo artigo consta que

    - deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

    - o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

    contas a que correspondam

    - natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

    A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

    - ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

    deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

    com o fim de determinar o resultadordquo124

    123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

    55

    - os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

    correspondam ao exerciacutecio

    - as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

    - os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

    A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

    em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

    da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

    adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

    Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

    Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

    do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

    exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

    c) Notas Complementares

    Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

    Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

    notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

    Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

    A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

    (CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

    contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

    definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

    terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

    integrantes da entidade126

    A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

    e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

    exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

    125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    56

    com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

    conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

    Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

    satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

    Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

    Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

    delas

    a) Balanccedilo Geral

    O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

    ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

    Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

    base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

    referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

    Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

    - no caixa e bancos

    - outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

    - os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

    imobilizados

    - os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

    passivos correntes

    Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

    Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

    passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

    encerramento do balanccedilo

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

    No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

    resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

    121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    57

    Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

    - os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

    - os custos incorridos para atingir estes ingressos

    - os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

    - os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

    - os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

    - os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

    Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

    rubrica os efeitos do imposto de renda

    c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

    As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

    classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

    ou acionistas e resultados acumulados130

    Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

    seguintes informaccedilotildees

    - o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

    - as variaccedilotildees do periacuteodo e

    - o saldo final do periacuteodo

    d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

    Aplicaccedilotildees de Fundos

    Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

    mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

    determinado131

    Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

    do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

    direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

    130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    58

    Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

    aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

    diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

    522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

    Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

    nas Normas Brasileiras de Contabilidade

    Lei das Sociedades Anocircnimas

    Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

    exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

    clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

    deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

    demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

    Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

    Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

    explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

    640476

    a) Balanccedilo Patrimonial

    No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

    patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

    situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

    grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

    ativo passivo e patrimocircnio liquido

    132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

    59

    O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

    - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

    subsequente

    - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

    exerciacutecio seguinte

    - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

    diferido

    Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

    em

    - passivo circulante

    - passivo exigiacutevel a longo prazo

    - resultados de exerciacutecio futuros e

    - patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

    reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

    b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

    A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

    n640476136 deveraacute discriminar

    - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

    os ajustes de exerciacutecios anteriores

    - as reversotildees de reservas

    - o lucro liacutequido do exerciacutecio

    - as transferecircncias para reservas

    - os dividendos propostos

    - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

    - o saldo ao fim do periacuteodo

    c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

    134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

    59

    O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

    - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

    subsequente

    - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

    exerciacutecio seguinte

    - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

    diferido

    Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

    em

    - passivo circulante

    - passivo exigiacutevel a longo prazo

    - resultados de exerciacutecio futuros e

    - patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

    reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

    b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

    A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

    n640476 deveraacute discriminar

    - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

    os ajustes de exerciacutecios anteriores

    - as reversotildees de reservas

    - o lucro liacutequido do exerciacutecio

    - as transferecircncias para reservas

    - os dividendos propostos

    - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

    - o saldo ao fim do periacuteodo

    c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

    134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

    60

    A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

    n640476137 os seguintes itens

    - a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

    - a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

    vendidos e o lucro bruto

    - as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

    deduzidas das respectivas receitas

    - o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

    - o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

    - as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

    beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

    previdecircncia de empregados

    - o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

    social

    d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

    640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

    financeira da companhiardquo138 devendo conter

    - nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

    amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

    futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

    recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

    prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

    investimentos e direitos do ativo imobilizado

    - nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

    ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

    investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

    131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

    138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

    61

    - o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

    representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

    - os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

    do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

    exerciacutecio

    Normas Brasileiras de Contabilidade

    O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

    normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

    Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

    estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

    apresentaccedilatildeo das mesmas

    Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

    usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

    financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

    das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

    Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

    divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

    usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

    usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

    Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

    A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

    os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

    Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

    139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

    62

    Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

    Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    a) Balanccedilo Patrimonial

    A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

    Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

    agrupadas da seguinte forma

    - O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

    antecipadas

    - Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

    superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

    - Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

    As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

    - Circulante

    - Exigiacutevel a longo prazo

    - Resultados de exerciacutecio futuros

    Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

    contas

    - Capital

    Reservas de capital

    - Reservas de reavaliaccedilatildeo

    - Reservas de lucros

    - Lucros ou prejuiacutezos acumulados

    b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

    A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

    custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

    ordenada o que segue

    - ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

    devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

    prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

    63

    - as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

    - o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

    atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

    c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

    De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

    DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

    - ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

    do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

    d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

    A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

    T 3 deve expor

    - ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

    - as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

    impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

    143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

    144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

    64

    - os saldos no final do periacuteodordquo145

    e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

    normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

    - o resultado liacutequido do periacuteodo

    - as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

    provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

    provenientes de capital de terceiros de longo prazo

    - as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

    pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

    aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

    os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

    reembolsos de capital

    - a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

    - a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

    523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

    Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

    conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

    de Valores

    Coleacutegio de Contadores do Paraguai

    Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

    abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

    145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

    65

    Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

    Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

    a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

    contaacutebeis

    b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

    c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

    Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

    demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

    Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

    a) Balanccedilo Geral

    No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

    ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

    ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

    prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

    Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

    normalmente constam

    - Terrenos e edifiacutecios

    - Instalaccedilotildees e equipamentos

    - Outras categorias de ativos

    - Depreciaccedilatildeo Acumulada

    Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

    devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

    Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

    Ativos a Longo Prazo encontra-se

    - Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

    em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

    IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

    66

    - Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

    de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

    Contas a receber de associadas Outras

    - Goodwill

    - Patentes Marcas e Ativos semelhantes

    - Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

    No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

    NIC 5148

    - Disponibilidades

    - Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

    - Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

    administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

    Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

    antecipadamente

    - Estoques

    Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

    abranger

    - ldquoEmpreacutestimos Garantidos

    - Empreacutestimos natildeo Garantidos

    Empreacutestimos Intercompanhias

    - Empreacutestimos de Associadasrdquo149

    No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

    - Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

    - Partes correntes e passivos a longo prazo

    - Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

    diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

    Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

    despesa

    148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

    67

    A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

    e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

    Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

    Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

    - Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

    accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

    o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

    e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

    de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

    adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

    contratos de venda incluindo prazos e quantias

    - Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

    sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

    reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

    Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

    segue

    - ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

    c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

    A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

    faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

    150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

    68

    relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

    existam

    ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

    Comissatildeo Nacional de Valores

    A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

    das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

    Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    a) Balanccedilo Geral

    Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

    Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

    correntes

    No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

    seguintes itens

    - Disponibilidades

    - Investimentos Temporaacuterios

    - Creacuteditos por Venda

    - Outros Creacuteditos

    - Bens de Troca

    Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

    Natildeo Corrente evidencia-se

    - Creacuteditos por vendas

    - Outros Creacuteditos

    153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

    69

    - Bens de Troca

    - Bens de Uso

    - Investimentos

    - Ativos Intangiacuteveis

    - Outros Ativos

    No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

    - Diacutevidas

    - Provisotildees

    Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

    que compreende

    - Diacutevidas

    - Provisotildees

    No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

    seguinte forma

    - Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

    irrevogaacuteveis

    - Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

    Reavaliaccedilatildeo

    - Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

    sem destinaccedilatildeo

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

    A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

    Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

    - Vendas

    - Custos das Vendas

    - Resultado Bruto

    - Gastos de Comercializaccedilatildeo

    - Gastos de Administraccedilatildeo

    155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

    70

    - Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

    - Outras Entradas e Saiacutedas

    - Resultados Financeiros

    - Imposto de Renda

    - Resultados Ordinaacuterios

    - Resultados Extraordinaacuterios

    - Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

    c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

    Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

    seguinte forma

    - Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

    nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

    - Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

    nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

    de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

    classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

    524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

    Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

    segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

    Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

    Lei das Sociedades Comerciais

    156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

    71

    A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

    sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

    apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

    elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

    de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

    quando houverem

    Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

    adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

    racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

    sofridasrdquo

    a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

    Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

    final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

    assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

    Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

    destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

    elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

    A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

    esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

    sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

    contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

    opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

    157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

    71

    A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

    sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

    apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

    elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

    de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

    quando houverem

    Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

    adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

    racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

    sofridasrdquo

    a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

    Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

    final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

    assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

    Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

    destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

    elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

    A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

    esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

    sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

    contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

    opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

    157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

    72

    Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

    De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

    evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

    comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

    diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

    interessadosrdquo161

    Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

    requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

    Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

    a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

    Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

    Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

    correntes e natildeo correntes

    No Ativo Corrente deveratildeo constar

    - Disponibilidades

    - Investimentos temporaacuterios

    - Creacuteditos e

    - Bens de Troca

    Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

    - Creacuteditos a Longo Prazo

    - Bens de Troca Natildeo Correntes

    - Investimentos a Longo Prazo

    - Bens de Uso e

    - Intangiacuteveis

    No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

    - Diacutevidas

    - Provisotildees

    5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

    73

    Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

    - Diacutevidas a longo Prazo

    - Provisotildees natildeo correntes

    Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

    - Capital

    - Aportes e Compromissos a Capitalizar

    - Ajustes ao Patrimocircnio

    - Reservas

    - Resultados Acumulados

    Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

    obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

    expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

    para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

    13

    A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

    informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

    Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

    explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

    demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

    Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

    apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

    na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

    Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

    ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

    do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

    os investimentos de acionistas

    Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

    - terrenos e edifiacutecios

    - maquinaacuterio e equipamento

    - outras categorias de ativos devidamente identificados e a

    162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

    74

    - depreciaccedilatildeo acumulada

    Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

    arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

    No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

    seguintes

    - investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

    companhias associadas

    - contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

    contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

    receber de companhias associadas e outras

    - creacutedito mercantil

    - patentes marcas e ativos similares

    - gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

    diferidos

    Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

    - Efetivos

    - Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

    - Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

    funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

    companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

    - Inventaacuterios

    Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

    Prazo que deve evidenciar

    - empreacutestimos bancaacuterios

    - contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

    intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

    renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

    Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

    diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

    Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

    Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

    segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

    - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

    pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

    periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

    dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

    pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

    submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

    - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

    distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

    superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

    Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

    considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

    refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

    somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

    n200993

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

    A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

    n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

    - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

    c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

    Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

    163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

    75

    - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

    pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

    periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

    dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

    pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

    submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

    - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

    distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

    superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

    Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

    considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

    refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

    somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

    n200993

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

    A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

    n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

    - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

    c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

    Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

    163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

    76

    de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

    demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

    A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

    recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

    a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

    apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

    Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

    mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

    sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

    ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

    aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

    de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

    todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

    informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

    Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

    Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

    Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

    20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

    - NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

    obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

    - NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

    - NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

    - NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

    de los Protones

    - o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

    - o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

    inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

    164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

    77

    - o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

    informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

    Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

    as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

    Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

    Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

    Contaacutebeis Adequadas

    53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

    obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

    531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

    Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

    Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

    Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

    das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

    de Serviccedilos respectivamente

    a) Balanccedilo Geral

    No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

    Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

    situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

    se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

    165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    78

    O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

    entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

    correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

    forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

    correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

    encerramento do periacuteodo

    De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

    que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

    tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

    sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

    Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

    - Caixa e Bancos

    Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

    valores com poder de liquidez ou similares

    - Investimentos

    ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

    explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

    entidaderdquo169

    - Creacuteditos

    ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

    dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

    vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

    natildeo tem esta caracteriacutestica

    - Bens de Troca

    167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    79

    ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

    se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

    vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

    - Bens de Uso

    Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

    os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

    compras destes bens

    - Ativos intangiacuteveis

    ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

    incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

    contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

    futura de produzir rendasrdquo11

    - Outros ativos

    Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

    anterior

    No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

    as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

    classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

    vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

    balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

    classificados como correntesrdquo172

    A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

    - Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

    - Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

    representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

    que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

    171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    80

    173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

    e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

    A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

    nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

    proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

    referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

    Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

    periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

    resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

    exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

    aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

    A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

    resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

    - Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

    - vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

    imposto incidentes sobre as mesmas

    - reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

    originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

    - Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

    atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

    - Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

    sua obtenccedilatildeo

    173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    81

    - Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

    simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

    custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

    na informaccedilatildeo complementar

    - Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

    relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

    presta

    - Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

    razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

    produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

    Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

    entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

    controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

    - Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

    por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

    exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

    - Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

    classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

    em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

    exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

    - Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

    aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

    imposto diferido

    - Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

    resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

    estas

    Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

    atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

    participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

    Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

    178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

    82

    c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

    Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

    os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

    ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

    das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

    motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

    consideradordquo180

    d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

    A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

    diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

    sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

    Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

    Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

    integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

    origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

    O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

    composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

    (capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

    E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

    Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

    natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

    As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

    vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

    deve ser informada adequadamenterdquo183

    179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

    83

    Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

    destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

    As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

    teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

    normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

    53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

    Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

    reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

    conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

    Notas Explicativas

    a) Balanccedilo Patrimonial

    Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

    como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

    Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

    representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

    pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

    entidade

    Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

    ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

    No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

    Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

    se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

    contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

    as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

    estabelecidos ou esperadosrdquo186

    Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

    84

    As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

    realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

    contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

    As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

    respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

    dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

    Balanccedilo Patrimonial188

    A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

    Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

    estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

    No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

    seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

    - Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

    imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

    outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

    imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

    ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

    equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

    com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

    quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

    - Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

    direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

    normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

    oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

    de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

    p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

    85

    subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

    exerciacutecio social

    - Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

    produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

    serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

    Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

    entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

    e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

    fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

    base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

    - Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

    antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

    seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

    Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

    antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

    durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

    n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

    seguinte

    - Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

    Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

    Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

    especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

    respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

    Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

    deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

    retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

    contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

    8 6

    Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

    Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

    estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

    No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

    grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

    classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

    sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

    companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

    companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

    exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

    possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

    Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

    O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

    e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

    subdivide nos subgrupos que seguem

    a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

    que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

    Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

    Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

    183202

    b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

    consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

    tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

    maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

    sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

    p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

    87

    reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

    satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

    autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

    imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

    manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

    finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

    subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

    Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

    contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

    dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

    utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

    corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

    propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

    exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

    prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

    ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

    direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

    nessa exploraccedilatildeordquo

    c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

    formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

    acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

    acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

    subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

    Lei n640476210 art 183 que

    ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

    1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

    88

    a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

    No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

    companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

    seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

    passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

    De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

    a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

    prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

    subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

    b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

    estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

    do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

    A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

    subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

    exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

    n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

    O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

    registar o que segue

    Capital

    ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

    reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

    social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

    realizadardquo216

    211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

    89

    Reservas

    ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

    outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

    Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

    deve-se registrar

    - ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

    Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

    aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

    Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

    lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

    deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

    registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

    Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

    ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

    compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

    b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

    Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

    descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

    muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

    217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

    BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

    90

    No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

    computadas

    - ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

    - os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

    c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

    Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

    Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

    estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

    os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

    imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

    subsequumlentesrdquo223

    A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

    do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

    Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

    d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

    Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

    seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

    se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

    Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

    entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

    desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

    22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

    e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

    evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

    abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

    222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

    BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

    92

    i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

    Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

    conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

    5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

    Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

    utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

    das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

    Paraguai

    a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

    No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

    Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

    Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

    acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

    decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

    distribuiccedilatildeordquo229

    No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

    ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

    recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

    se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

    entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

    Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

    conforme a Resoluccedilatildeo n592231

    229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

    93

    Disponibilidades

    ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

    poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

    fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

    dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

    complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

    caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

    Investimentos

    Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

    aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

    realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

    5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

    Creacuteditos

    ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

    bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

    venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

    outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

    estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

    registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

    realizaccedilatildeo

    Bens de Troca

    ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

    haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

    Bens de Uso

    ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

    e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

    Ativos Intangiacuteveis

    ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

    tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

    na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

    232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

    94

    Outros Ativos

    ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

    anterioresrdquo

    O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

    certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

    classificam-se

    - Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

    - Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

    que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

    A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

    de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

    participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

    b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

    Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

    natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

    ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

    apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

    c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

    aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

    somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

    n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

    236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

    95

    534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

    Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

    analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

    emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

    Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

    n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

    documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

    a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

    momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

    Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

    como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

    expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

    variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

    aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

    miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

    sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

    O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

    Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

    Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

    pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

    contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

    Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

    Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

    comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

    como denominado no Uruguai

    a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

    Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

    passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

    241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

    96

    classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

    produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

    consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

    Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

    circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

    NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

    incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

    prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

    que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

    prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

    conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

    No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

    ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

    o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

    Disponibilidades

    Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

    agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

    moeda nacional e estrangeira

    Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

    item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

    contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

    por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

    embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

    bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

    Investimentos Temporaacuterios

    Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

    faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

    empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

    tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

    243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

    97

    etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

    mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

    de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

    Creacuteditos

    ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

    para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

    por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

    temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

    constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

    daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

    Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

    apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

    para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

    entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

    subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

    Bens de Cambio

    Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

    encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

    produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

    separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

    empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

    de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

    seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

    de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

    gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

    245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

    98

    Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

    ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

    grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

    Creacuteditos a Longo Prazo

    ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

    o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

    Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

    Bens de Cambio natildeo Correntes

    ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

    realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

    subgrupo

    Investimentos a Longo Prazo

    ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

    com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

    comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

    esta conta da mesma forma

    Bens de Uso

    Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

    estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

    sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

    moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

    minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

    subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

    liacutequido

    250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

    99

    Intangiacuteveis

    ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

    aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

    Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

    dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

    Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

    Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

    certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

    13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

    as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

    prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

    contas do Passivo Circulante

    Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

    Diacutevidas

    As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

    obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

    importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

    origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

    existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

    financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

    sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

    Provisotildees

    ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

    representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

    originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

    quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

    concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

    produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

    255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

    256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

    100

    A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

    diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

    No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

    que segue

    Dividas a Longo Prazo

    ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

    o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

    segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

    anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

    Provisatildeo natildeo Corrente

    ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

    vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

    No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

    as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

    natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

    contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

    O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

    CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

    ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

    Aportes e Compromissos a Capitalizar

    httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

    260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

    101

    ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

    Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

    capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

    social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

    aporte pendente de integralizaccedilatildeo

    Ajustes do Patrimocircnio

    ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

    incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

    variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

    Reservas

    ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

    Resultados Acumulados

    ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

    especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

    A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

    b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

    A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

    separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

    operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

    URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

    102

    necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

    uma das contas

    O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

    exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

    ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

    Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

    resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

    Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

    exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

    expressa demonstraccedilatildeordquo269

    Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

    Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

    econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

    anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

    de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

    de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

    Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

    seguinte conteuacutedo

    Ingressos Operacionais

    ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

    no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

    nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

    Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

    descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

    267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

    103

    serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

    seguros e fretes nas vendas etc)

    Ingressos Operacionais Liacutequidos

    ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

    bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

    Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

    ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

    ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

    operacionaisrdquo273

    Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

    ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

    administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

    estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

    Resultados Diversos

    ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

    empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

    Resultados Financeiros

    ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

    financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

    separadamente

    Resultados Extraordinaacuterios

    ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

    deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

    negativosrdquo277

    Imposto de Renda

    272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

    Disponiacutevel na internet

    273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

    n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

    n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

    n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

    n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

    n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

    Disponiacutevel

    Disponiacutevel

    Disponiacutevel

    Disponiacutevel

    Disponiacutevel

    na

    na

    na

    na

    na

    internet

    internet

    internet

    internet

    internet

    104

    ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

    acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

    Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

    Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

    O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

    Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

    compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

    Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

    Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

    natildeo satildeo mais considerados como anexos

    c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

    sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

    - ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

    Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

    como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

    278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

    105

    que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

    da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

    6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

    DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

    Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

    conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

    MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

    Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

    sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

    E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

    paiacuteses-membros do MERCOSUL

    61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

    divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

    MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

    Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

    demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

    - Balanccedilo Patrimonial

    - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

    - Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

    - Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

    - Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

    No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

    todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

    pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

    107

    paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

    grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

    Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

    respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

    componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

    Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

    se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

    na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

    contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

    destacam-se para o estudo

    a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

    esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

    imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

    conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

    denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

    Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

    utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

    registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

    ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

    b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

    nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

    natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

    eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

    Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

    Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

    Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

    com a denominaccedilatildeo Investimentos

    c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

    entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

    provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

    daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

    conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

    outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

    108

    principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

    registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

    como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

    d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

    assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

    agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

    Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

    satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

    especiacutefica

    e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

    designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

    bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

    os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

    Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

    f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

    contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

    representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

    empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

    Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

    do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

    obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

    Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

    de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

    encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

    caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

    Natildeo Corrente

    Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

    Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

    apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

    No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

    geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

    analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

    seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

    109

    No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

    respectivamente encontram alguma congruecircncias

    a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

    subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

    legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

    devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

    pendentes de integralizaccedilatildeo

    b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

    Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

    se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

    c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

    quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

    prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

    demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

    Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

    Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

    paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

    convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

    a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

    Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

    deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

    b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

    encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

    bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

    Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

    denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

    c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

    Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

    os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

    denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

    d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

    Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

    110

    Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

    tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

    e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

    nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

    gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

    os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

    do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

    O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

    receitas

    f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

    valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

    empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

    e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

    Resultados Diversos

    g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

    parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

    normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

    Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

    paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

    variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

    e as destinaccedilotildees destes recursos

    Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

    divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

    na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

    A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

    Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

    das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    I l l

    62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

    divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

    divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

    deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

    realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

    Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

    pesquisados

    No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

    podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

    do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

    Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

    demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

    integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

    e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

    a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

    representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

    durante o exerciacutecio seguinte

    b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

    antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

    de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

    podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

    Receber

    c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

    Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

    e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

    apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

    valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

    especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

    pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

    conta

    112

    d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

    brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

    Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

    direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

    possibilidade de renda futura

    e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

    paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

    para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

    evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

    Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

    deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

    Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

    Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

    conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

    exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

    pesquisados

    No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

    Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

    meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

    linha do Balanccedilo Patrimonial

    No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

    grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

    No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

    apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

    Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

    As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

    Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

    a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

    se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

    deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

    vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

    Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

    observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

    113

    Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

    da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

    impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

    Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

    liacutequido na demonstraccedilatildeo

    b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

    operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

    os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

    publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

    Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

    c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

    da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

    Devem ser apresentados por ramo de atividade

    d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

    Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

    Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

    na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

    compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

    Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

    apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

    Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

    satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

    apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

    Resultados Financeiros

    e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

    Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

    Despesas Operacionais

    f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

    argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

    Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

    Operacionais

    g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

    alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

    114

    demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

    resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

    h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

    n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

    se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

    Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

    inferecircncias sobre este tiacutetulo

    i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

    apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

    partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

    minoritaacuterios respectivamente

    j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

    n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

    a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

    social

    k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

    Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

    anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

    A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

    incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

    elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

    A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

    Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

    nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

    evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

    estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

    congruecircncias eou divergecircncias

    Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

    Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

    2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

    115

    Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

    apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

    63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

    contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

    O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

    se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

    paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

    Normas Contaacutebeis Adequadas

    Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

    membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

    Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

    coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

    paiacuteses

    Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

    oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

    contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

    Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

    profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

    profundamente

    A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

    pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

    parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

    diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

    demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

    conteuacutedo

    Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

    contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

    exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

    demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

    116

    Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

    Patrimocircnio Liacutequido

    A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

    paiacutes-membro do MERCOSUL

    Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

    ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

    BRASIL CFC NBC T 3

    PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

    URUGUAI Decreto 103991

    ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

    ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

    ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

    Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

    PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

    EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

    PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

    RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

    Previsotildees natildeo correntes

    PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

    Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

    ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

    Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

    RESERVASRESULTADOS

    ACUMULADOS

    Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

    facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

    e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

    demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

    divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

    117

    apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

    todos

    Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

    destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

    os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

    total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

    todo

    Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

    positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

    forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

    encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

    Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

    subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

    Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

    demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

    Patrimonial

    Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

    Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

    Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

    FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

    LEI 640476PARAGUAI

    Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

    Decreto n103991RESULTADOS

    ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

    Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

    Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

    VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

    atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

    em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

    EXTRAORDINAacuteRIOS

    Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

    Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

    Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

    Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

    Lucro Bruto Despesas Operacionais

    Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

    Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

    Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

    do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

    Exerciacutecio

    Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

    em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

    Exerciacutecio

    Ingressos Operacionais I ocais Exterior

    Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

    Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

    dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

    Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

    Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

    118

    A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

    evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

    social passado

    Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

    conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

    os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

    primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

    absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

    incidentes sobre estas

    Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

    da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

    Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

    das vendas

    Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

    demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

    Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

    pesquisados

    Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

    na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

    Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

    paiacuteses-membros do MERCOSUL

    A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

    Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

    conforme normatizaccedilotildees verificadas

    119

    Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

    ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

    BRASIL Lei n640476

    PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

    URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

    v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

    Recursos no inicio do exerciacutecio

    Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

    Recursos ao final do exerciacutecio

    CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

    Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

    Outras causas de origens de recursos

    Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

    de Contas a Receber

    Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

    Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

    Permanentes Pagamento de saldos iniciais

    de Diacutevidas

    AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

    ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

    APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

    AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

    VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

    Recursos no inicio do exerciacutecio

    Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

    Recursos ao final do exerciacutecio

    CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

    Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

    Outras causas de origem de recursos por tipo

    Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

    Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

    ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

    representam saiacuteda de recursos

    Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

    representam entradas de recursos

    Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

    pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

    Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

    de UsoAumento de Passivos

    Correntes Aumento de Passivos Natildeo

    Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

    Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

    Correntes Outros

    APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

    Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

    Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

    Correntes Outros TOTAL

    Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

    A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

    paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

    destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

    destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

    Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

    apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

    exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

    final desta

    Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

    exigida nos paiacuteses pesquisados

    120

    Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

    FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

    CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

    Decreto n103991SALDO INICIAL

    VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

    SALDO FINAL DO PERIacuteODO

    Para as seguintes contas

    APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

    Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

    RESULTADOS ACUMULADOS

    Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

    Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

    SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

    Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

    SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

    MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

    SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

    AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

    Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

    LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

    Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

    DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

    REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

    RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

    SUBTOTAL

    SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

    TOTAL

    A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

    medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

    sociedade

    Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

    explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

    exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

    Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

    conteuacutedo e estrutura

    Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

    Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

    121

    Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

    primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

    modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

    7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

    Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

    constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

    para a realizaccedilatildeo de novos estudos

    71 Conclusotildees

    A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

    acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

    de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

    e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

    evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

    Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

    e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

    transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

    instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

    ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

    em cada paiacutes que atua

    Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

    profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

    dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

    necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

    internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

    importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

    comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

    utilidade junto aos usuaacuterios

    Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

    harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

    123

    no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

    evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

    profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

    mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

    Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

    do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

    emitidas em cada paiacutes

    Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

    divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

    estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

    Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

    divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

    Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

    legislaccedilatildeo brasileira

    Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

    lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

    Patrimocircnio Liacutequido

    Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

    demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

    Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

    demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

    conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

    Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

    niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

    que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

    como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

    124

    Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

    congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

    conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

    permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

    Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

    da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

    dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

    mesmas

    Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

    direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

    do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

    governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

    com globalizaccedilatildeo dos mercados

    72 Recomendaccedilotildees

    A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

    objetos de pesquisa

    Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

    integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

    Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

    divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

    utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

    harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

    dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

    REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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    LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985

    LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986

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    POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994

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    • [llfyAAntm
      • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
      • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
      • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
      • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
        • 4METODOLOGIA
        • 41Especificaccedilatildeo do problema
        • 43Coleta e anaacutelise dos dados
          • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
          • Coacutedigo Comercial
          • Normas Brasileiras de Contabilidade
          • Colegio de Contadores do Paraguai
            • Normas Brasileiras de Contabilidade
              • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                • Lei das Sociedades Comerciais
                • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
                • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
                • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      CONGRUENCIAS E DIVERGENCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

      DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

      NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL COM

      EcircNFASE NA SUA HARMONIZACcedilAtildeO

      Juliana Favero Brandatildeo

      Esta dissertaccedilatildeo foi julgada adequada para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em

      Administraccedilatildeo (aacuterea de concentraccedilatildeo em Poliacuteticas e Gestatildeo Institucional) e aprovada na

      sua forma final pelo Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade

      Federal de Santa Catarina

      Coordenador do Curso

      Apresentada agrave Comissatildeo Examinadora integrada pelos professores

      ______________________________[ l l f y A A n t m

      lise Maria Beuren Dra (orientador)

      Eloise Helena Livramento Dellagndioacute Dra (membro)

      Paulo Cesar da Cunha Mayagrave^Dr (membro)

      AGRADECIMENTOS

      Agradeccedilo primeiramente a DEUS e a meu pai (junto dele) por saber que em

      nenhum momento me deixaram soacute

      Minha profunda gratidatildeo a minha matildee Elidia pelos sacrifiacutecios que fez para que

      eu hoje alcanccedilasse mais uma conquista Por me apoiar e incentivar em todas as horas de

      minha vida Agradeccedilo tambeacutem a Sr Francisco companheiro inseparaacutevel dela

      Sincero agradecimento a minha orientadora Prof Dr3 lise Maria Beuren por sua

      confianccedila seu empenho sabedoria e amizade que marcaram tanto minha trajetoacuteria

      acadecircmica Minha admiraccedilatildeo especial agrave sua dedicaccedilatildeo

      Aos amigos inesqueciacuteveis do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Custos para a

      Gestatildeo Empresarial - NUPEC que participaram e contribuiacuteram nesta caminhada Ana

      Luacutecia Cristiane Verocircnica Artur Mere e Fabian

      Aos colegas do curso de mestrado Luciana Merlin Sueli e Emanuelle

      A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aos professores do Curso de

      Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo (CPGA) pelo crescimento intelectual e de vida

      proporcionados Aos professores e servidores do Curso de Ciecircncias Contaacutebeis pela

      atenccedilatildeo sempre dispensada

      Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico - CNPq

      pelo apoio financeiro recebido

      SUMAacuteRIO

      LISTA DE QUADROS viacutei

      RESUMO viii

      ABSTRACT ix

      1 INTRODUCcedilAtildeO 111 Tema e problema 112 Objetivos 413 Justificaccedilatildeo do estudo514 Organizaccedilatildeo do trabalho 72 O MERCOSUL 821 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais 8211 Modalidades de Acordos Comerciais 8212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina 1022Origem do MERCOSUL 12

      3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBIL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL 1431 A profissatildeo contaacutebil na Argentina 14311 Prerrogativas Profissionais15312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo15313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 1832 A profissatildeo contaacutebil no Brasil18321 Prerrogativas Profissionais20322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo20323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2333A profissatildeo contaacutebil no Paraguai23331 Prerrogativas Profissionais24332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo25333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2634 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai27341 Prerrogativas Profissionais 27342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo28343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 304 METODOLOGIA 3141 Especificaccedilatildeo do problema 31411 Perguntas de pesquisa 31412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos 32413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise 3342 Delineamento da pesquisa3543 Coleta e anaacutelise dos dados3644 Limitaccedilotildees da pesquisa 37

      5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA3951 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis 39511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina 39512 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 41513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai 45514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 4752 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 53521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina53522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 58523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai64524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 7053 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 77531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina7753 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 83533 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai92534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai956 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA10661Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 10662 Anaacutelise das divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria11163 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 1157 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES 12271 Conclusotildees 12272 Recomendaccedilotildees124

      REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS125

      LISTA DE QUADROS

      Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

      Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

      Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

      Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

      RESUMO

      Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

      organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

      paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

      que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

      Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

      MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

      Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

      usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

      os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

      conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

      outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

      demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

      contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

      contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

      indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

      diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

      integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

      e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

      divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

      harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

      ABSTRACT

      In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

      organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

      sprouting between countries with common interests In this context the economic

      blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

      economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

      Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

      in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

      must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

      Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

      know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

      countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

      the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

      accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

      information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

      pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

      standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

      work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

      compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

      in the harmonisation searching of these statements

      1 INTRODUCcedilAtildeO

      Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

      Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

      Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

      apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

      11 Tema e problema

      A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

      afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

      primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

      mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

      Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

      escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

      medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

      contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

      devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

      0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

      dobradas

      Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

      dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

      facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

      administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

      tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

      patrimoniais

      Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

      Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

      1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

      2

      domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

      a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

      a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

      continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

      humanidade o faz

      A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

      observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

      reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

      das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

      desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

      informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

      Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

      informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

      que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

      Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

      relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

      aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

      Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

      denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

      aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

      forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

      Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

      formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

      econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

      barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

      Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

      Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

      membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

      integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

      5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

      3

      a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

      movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

      MERCOSUL

      b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

      poliacuteticas comerciais comuns

      c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

      os princiacutepios do MERCOSUL e

      d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

      Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

      membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

      encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

      Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

      paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

      transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

      instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

      ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

      em cada paiacutes que atua6

      Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

      harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

      para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

      No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

      profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

      cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

      consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

      internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

      importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

      contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

      A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

      com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

      eficaz no mercado mundial

      6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

      4

      Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

      processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

      assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

      divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

      pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

      recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

      Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

      transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

      entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

      culturasrdquo

      Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

      contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

      sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

      paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

      Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      12 Objetivos

      O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

      congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

      vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

      bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

      Paraguai e Uruguai

      bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

      5

      bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

      obrigatoacuteria nestes paiacuteses

      bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

      integrante do MERCOSUL e

      bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

      13 Justificaccedilatildeo do estudo

      Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

      por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

      novas oportunidades de negoacutecios

      Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

      do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

      vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

      As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

      parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

      de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

      profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

      competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

      desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

      como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

      processo de gestatildeo empresarial

      Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

      proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

      possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

      MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

      nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

      investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

      8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

      6

      Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

      praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

      acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

      compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

      principalmente que devem ser superados

      Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

      ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

      Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

      apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

      adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

      MERCOSUL

      Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

      cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

      regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

      congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

      obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

      subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

      demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

      praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

      leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

      avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

      9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

      7

      14 Organizaccedilatildeo do trabalho

      O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

      primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

      do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

      apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

      O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

      acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

      contexto atual

      No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

      paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

      No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

      em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

      limitaccedilotildees da pesquisa

      O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

      contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

      Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

      legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

      integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

      No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

      encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

      vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

      Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

      recomendaccedilotildees para futuros estudos

      2 O MERCOSUL

      Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

      comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

      origem do MERCOSUL e seu contexto atual

      21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

      Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

      comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

      firmados na Ameacuterica Latina

      211 Modalidades de Acordos Comerciais

      Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

      internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

      superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

      regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

      Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

      alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

      Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

      econocircmica entre regiotildees

      a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

      A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

      de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

      MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

      9

      paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

      inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

      b) Zona de Livre Comeacutercio

      As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

      paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

      importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

      ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

      fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

      comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

      c) Uniatildeo Aduaneira

      Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

      Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

      tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

      Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

      comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

      importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

      d) Mercado Comum

      Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

      econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

      12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

      CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

      10

      fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

      serviccedilosrdquo

      Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

      anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

      capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

      harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

      e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

      Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

      Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

      conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

      que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

      macroeconocircmicasrdquo

      Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

      uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

      Banco Central comunitaacuteriordquo

      Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

      unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

      por este

      212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

      Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

      desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

      poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

      18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

      11

      iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

      concretos

      O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

      Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

      espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

      natildeo obteve o efeito desejado21

      Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

      principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

      Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

      em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

      afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

      da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

      prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

      dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

      estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

      abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

      Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

      integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

      busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

      1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

      AL ADI

      De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

      o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

      Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

      participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

      Alcance Parcial

      21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

      12

      Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

      maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

      22 Origem do MERCOSUL

      Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

      competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

      desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

      na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

      Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

      assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

      No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

      nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

      na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

      Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

      desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

      Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

      tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

      Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

      Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

      O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

      mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

      significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

      de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

      maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

      vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

      Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

      quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

      25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

      13

      forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

      Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

      a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

      Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

      membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

      ano de 2001

      Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

      Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

      desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

      incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

      Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

      internacional27

      O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

      acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

      Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

      a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

      consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

      27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

      3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

      Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

      contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

      da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

      profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

      paiacutes

      31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

      Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

      Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

      universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

      pertence sua atividade

      A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

      Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

      Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

      inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

      Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

      os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

      profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

      A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

      profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

      emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

      As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

      assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

      Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

      sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

      29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

      15

      poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

      conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

      Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

      Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

      conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

      resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

      Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

      Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

      fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

      entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

      Ciencias Econoacutemicas

      A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

      prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

      normas legais de regulamentaccedilatildeo

      311 Prerrogativas Profissionais

      Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

      Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

      Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

      Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

      econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

      estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

      e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

      questotildees previstas no artigo33

      312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

      32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

      16

      Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

      regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

      Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

      A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

      Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

      unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

      Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

      funccedilotildees a saber

      ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

      O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

      Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

      (Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

      organismo intermediaacuterio36

      Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

      que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

      distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

      deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

      tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

      Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

      organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

      CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

      34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

      17

      Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

      vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

      obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

      Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

      Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

      FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

      atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

      a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

      coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

      consideram parte integrante este convecircniordquo39

      De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

      para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

      Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

      aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

      respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

      pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

      obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

      aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

      O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

      necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

      Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

      FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

      Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

      FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

      emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

      aprovados pelo CECYT

      38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

      18

      313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

      Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

      contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

      profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

      cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

      Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

      Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

      32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

      No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

      categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

      formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

      formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

      Contaacutebeis42

      Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

      de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

      expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

      os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

      ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

      de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

      c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

      41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

      19

      Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

      pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

      direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

      de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

      Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

      estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

      Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

      ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

      Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

      controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

      Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

      Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

      Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

      exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

      contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

      especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

      Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

      Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

      Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

      definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

      a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

      e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

      oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

      44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

      20

      Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

      Standards Committee (IASC)rdquo

      No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

      prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

      normas legais de regulamentaccedilatildeo

      321 Prerrogativas Profissionais

      As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

      ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

      Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

      compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

      Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

      contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

      contadoresrdquo

      Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

      privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

      previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

      Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

      foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

      entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

      exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

      perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

      322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

      Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

      forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

      Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

      49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

      21

      O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

      o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

      congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

      A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

      foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

      natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

      autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

      de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

      Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

      Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

      pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

      de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

      funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

      Decreto-Lei 9295-46

      No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

      orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

      contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

      Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

      com o Decreto-Lei ndeg 9929546

      Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

      Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

      ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

      contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

      Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

      Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

      O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

      Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

      profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

      Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

      50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

      22

      Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

      nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

      ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

      um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

      Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

      proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

      Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

      anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

      em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

      mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

      perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

      Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

      assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

      profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

      nos trabalhos por esta emitidos

      Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

      Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

      Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

      contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

      instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

      contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

      Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

      Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

      teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

      CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

      Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

      profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

      conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

      denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

      52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

      23

      eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

      Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

      conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

      Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

      Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

      teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

      Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

      Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

      Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

      Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

      Profissatildeo

      Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

      mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

      Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

      Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

      da profissatildeo

      323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

      Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

      que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

      pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

      contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

      denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

      Coacutedigo Comercial Brasileiro

      33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

      54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

      24

      No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

      dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

      Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

      Administracioacuten Publica o de Empresas56

      No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

      contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

      exercem a profissatildeo ilegalmente

      Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

      Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

      para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

      uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

      Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

      Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

      contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

      Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

      Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

      A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

      inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

      regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

      331 Prerrogativas Profissionais

      Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

      contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

      56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

      25

      elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

      ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

      de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

      armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

      m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

      n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

      o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

      liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

      Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

      exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

      conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

      332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

      No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

      profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

      Paraguai

      26

      O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

      classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

      bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

      O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

      Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

      fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

      a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

      Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

      mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

      Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

      nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

      Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

      como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

      forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

      333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

      No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

      a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

      Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

      60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

      27

      34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

      No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

      Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

      denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

      Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

      De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

      Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

      impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

      um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

      projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

      Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

      Universidade da Repuacuteblica

      Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

      em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

      profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

      341 Prerrogativas Profissionais

      Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

      profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

      satildeo dispersas e parciais

      Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

      Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

      eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

      63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

      28

      nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

      profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

      puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

      devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

      No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

      contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

      contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

      nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

      devoluccedilatildeo de impostos

      342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

      Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

      chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

      O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

      denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

      criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

      diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

      outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

      Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

      Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

      como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

      Gremiales constam as seguintes

      ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

      61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

      29

      c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

      No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

      Estatuto prevecirc

      a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

      O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

      no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

      exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

      Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

      seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

      de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

      68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

      30

      o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

      compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

      entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

      Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

      obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

      NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

      tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

      Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

      resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

      343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

      72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

      Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

      da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

      Normas do Banco Central

      70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

      4 METODOLOGIA

      Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

      Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

      de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

      Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

      realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

      perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

      analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

      dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

      41 Especificaccedilatildeo do problema

      Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

      harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

      paiacuteses-membros do MERCOSUL

      Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

      constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

      411 Perguntas de pesquisa

      Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

      perguntas de pesquisa

      a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

      e Uruguai

      b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

      32

      c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

      obrigatoacuteria nestes paiacuteses

      d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

      do MERCOSUL

      e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

      412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

      Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

      comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

      Profissatildeo contaacutebil

      Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

      Contabilidaderdquo

      Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

      oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

      Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

      legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

      contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

      14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

      fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

      33

      Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

      Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

      ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

      fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

      Harmonizaccedilatildeo

      De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

      como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

      tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

      conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

      413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

      A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

      Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

      objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

      envolvidas no fenocircmenordquo

      77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

      34

      Profissatildeo contaacutebil

      Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

      acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

      Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

      para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

      movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

      Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

      apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

      Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

      obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

      demonstraccedilotildees

      Harmonizaccedilatildeo

      A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

      e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

      do MERCOSUL

      U

      35

      42 Delineamento da pesquisa

      De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

      formas de estudo

      bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

      tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

      bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

      fenocircmeno e

      bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

      consequumlecircncias de um fenocircmeno

      Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

      primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

      descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

      populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

      evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

      MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

      exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

      harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

      acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

      esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

      precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

      Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

      conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

      uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

      Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

      elaboraccedilatildeo do trabalho

      81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

      36

      A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

      pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

      um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

      43 Coleta e anaacutelise dos dados

      O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

      Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

      encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

      pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

      obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

      preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

      esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

      pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

      indireta

      A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

      os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

      de laboratoacuterio88

      A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

      recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

      divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

      ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

      cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

      esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

      85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

      38

      por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

      integrantes do MERCOSUL

      Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

      entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

      em outros paiacuteses

      Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

      nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

      disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

      componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

      demonstraccedilotildees

      Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

      que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

      subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

      DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

      51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

      das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

      perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

      respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

      contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

      informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

      Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

      sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

      existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

      seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

      base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

      representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

      511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

      A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

      Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

      Contabilidade naquele paiacutes a saber

      bull Lei das Sociedades Comerciais

      bull Comissatildeo Nacional de Valores e

      bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

      43

      anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

      Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

      No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

      registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

      aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

      criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

      regime de competecircnciardquo

      Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

      que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

      auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

      Mobiliaacuterios

      Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

      Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

      regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

      Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

      o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

      Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

      aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

      a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

      b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

      alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

      independentes ()rdquo

      Coacutedigo Comercial

      Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

      10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

      95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

      44

      0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

      registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

      anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

      Normas Brasileiras de Contabilidade

      Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

      demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

      emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

      Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

      conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

      Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

      Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

      A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

      dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

      fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

      ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

      As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

      entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

      natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

      seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

      bull Balanccedilo Patrimonial

      bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

      bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

      bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

      Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

      Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

      97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

      45

      contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

      as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

      Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

      das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

      aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

      Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

      que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

      integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

      interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

      poliacuteticas e administrativas do conjunto99

      513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

      A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

      Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

      Contabilidade naquele paiacutes a saber

      bull Lei do Comerciante

      bull Comissatildeo Nacional de Valores

      bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

      Lei do Comerciante

      A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

      seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

      Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

      elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

      bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

      98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

      46

      Comissatildeo Nacional de Valores

      A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

      Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

      na bolsa de valoresrdquo101

      Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

      demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

      Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

      deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

      independente

      A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

      perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

      contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

      mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

      Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

      serem divulgadas pelas sociedades

      a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

      c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

      d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

      e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

      101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

      47

      Colegio de Contadores do Paraguai

      O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

      de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

      em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

      emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

      providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

      Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

      como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

      A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

      contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

      outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

      demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

      A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

      os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

      tenha sito feito de tais fundosrdquo108

      A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

      nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

      514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

      A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

      Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

      Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

      saber

      bull Lei das Sociedades Comerciais

      bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

      106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

      48

      bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

      Lei das Sociedades Comerciais

      A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

      de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

      sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

      encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

      art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

      encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

      como miacutenimo

      a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

      naquela data

      b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

      c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

      Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

      A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

      Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

      trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

      103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

      200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

      de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

      comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

      assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

      emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

      Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

      a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

      b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

      110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

      49

      c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

      d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

      e) Bolsa de Valores

      f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

      g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

      h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

      Repuacuteblica e

      i) Coleacutegio de Advogados

      O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

      1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

      forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

      mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

      e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

      esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

      organismos puacuteblicos a saber

      a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

      O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

      estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

      comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

      de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

      O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

      Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

      aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

      obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

      112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

      50

      Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

      nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

      serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

      a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

      b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

      c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

      d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

      demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

      comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

      tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

      Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

      ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

      Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

      1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

      dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

      Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

      junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

      profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

      Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

      ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

      a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

      do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

      b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

      c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

      114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

      51

      d) a NIC n 14 seraacute optativa117

      Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

      Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

      profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

      a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

      O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

      Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

      procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

      Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

      saber

      - Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

      - Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

      adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

      01011990)

      - Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

      - Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

      adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      - Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

      optativas

      No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

      profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

      elaboraccedilatildeo118

      Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

      n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

      Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

      para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

      117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

      118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

      52

      apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

      de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

      elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

      relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

      CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

      de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

      doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

      textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

      Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

      publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

      os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

      Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

      organismos profissionais de outros paiacuteses

      No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

      o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

      normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

      circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

      O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

      obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

      optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

      - paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

      - paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

      contexto do sistema de custos histoacutericos

      - paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

      se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

      120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

      53

      Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

      extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

      Accounting Standards Committee - IASC

      52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

      A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

      da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

      Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

      Lei das Sociedades Comerciais

      A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

      alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

      Resultados e das Notas Complementares

      a) Balanccedilo Geral

      O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

      que segue

      - o efetivo dinheiro em caixa e bancos

      - os creacuteditos provenientes das atividades sociais

      - os bens de troca

      - as aplicaccedilotildees em geral

      - os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

      - os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

      - os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

      54

      - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

      Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

      - as diacutevidas

      - as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

      - toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

      - receitas de exerciacutecios futuros

      - o capital social

      - as reservas legais

      - utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

      - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

      resultado

      No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

      da Lei das Sociedades Comerciais

      ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

      Ainda neste mesmo artigo consta que

      - deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

      - o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

      contas a que correspondam

      - natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

      A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

      - ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

      deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

      com o fim de determinar o resultadordquo124

      123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

      55

      - os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

      correspondam ao exerciacutecio

      - as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

      - os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

      A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

      em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

      da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

      adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

      Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

      Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

      do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

      exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

      c) Notas Complementares

      Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

      Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

      notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

      Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

      A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

      (CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

      contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

      definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

      terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

      integrantes da entidade126

      A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

      e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

      exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

      125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      56

      com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

      conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

      Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

      satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

      Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

      Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

      delas

      a) Balanccedilo Geral

      O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

      ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

      Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

      base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

      referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

      Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

      - no caixa e bancos

      - outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

      - os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

      imobilizados

      - os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

      passivos correntes

      Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

      Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

      passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

      encerramento do balanccedilo

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

      No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

      resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

      121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      57

      Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

      - os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

      - os custos incorridos para atingir estes ingressos

      - os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

      - os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

      - os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

      - os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

      Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

      rubrica os efeitos do imposto de renda

      c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

      As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

      classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

      ou acionistas e resultados acumulados130

      Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

      seguintes informaccedilotildees

      - o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

      - as variaccedilotildees do periacuteodo e

      - o saldo final do periacuteodo

      d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

      Aplicaccedilotildees de Fundos

      Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

      mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

      determinado131

      Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

      do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

      direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

      130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      58

      Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

      aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

      diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

      522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

      Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

      nas Normas Brasileiras de Contabilidade

      Lei das Sociedades Anocircnimas

      Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

      exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

      clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

      deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

      demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

      Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

      Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

      explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

      640476

      a) Balanccedilo Patrimonial

      No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

      patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

      situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

      grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

      ativo passivo e patrimocircnio liquido

      132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

      59

      O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

      - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

      subsequente

      - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

      exerciacutecio seguinte

      - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

      diferido

      Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

      em

      - passivo circulante

      - passivo exigiacutevel a longo prazo

      - resultados de exerciacutecio futuros e

      - patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

      reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

      b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

      A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

      n640476136 deveraacute discriminar

      - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

      os ajustes de exerciacutecios anteriores

      - as reversotildees de reservas

      - o lucro liacutequido do exerciacutecio

      - as transferecircncias para reservas

      - os dividendos propostos

      - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

      - o saldo ao fim do periacuteodo

      c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

      134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

      59

      O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

      - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

      subsequente

      - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

      exerciacutecio seguinte

      - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

      diferido

      Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

      em

      - passivo circulante

      - passivo exigiacutevel a longo prazo

      - resultados de exerciacutecio futuros e

      - patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

      reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

      b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

      A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

      n640476 deveraacute discriminar

      - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

      os ajustes de exerciacutecios anteriores

      - as reversotildees de reservas

      - o lucro liacutequido do exerciacutecio

      - as transferecircncias para reservas

      - os dividendos propostos

      - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

      - o saldo ao fim do periacuteodo

      c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

      134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

      60

      A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

      n640476137 os seguintes itens

      - a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

      - a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

      vendidos e o lucro bruto

      - as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

      deduzidas das respectivas receitas

      - o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

      - o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

      - as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

      beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

      previdecircncia de empregados

      - o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

      social

      d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

      640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

      financeira da companhiardquo138 devendo conter

      - nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

      amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

      futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

      recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

      prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

      investimentos e direitos do ativo imobilizado

      - nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

      ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

      investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

      131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

      138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

      61

      - o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

      representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

      - os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

      do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

      exerciacutecio

      Normas Brasileiras de Contabilidade

      O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

      normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

      Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

      estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

      apresentaccedilatildeo das mesmas

      Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

      usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

      financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

      das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

      Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

      divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

      usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

      usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

      Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

      A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

      os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

      Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

      139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

      62

      Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

      Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      a) Balanccedilo Patrimonial

      A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

      Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

      agrupadas da seguinte forma

      - O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

      antecipadas

      - Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

      superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

      - Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

      As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

      - Circulante

      - Exigiacutevel a longo prazo

      - Resultados de exerciacutecio futuros

      Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

      contas

      - Capital

      Reservas de capital

      - Reservas de reavaliaccedilatildeo

      - Reservas de lucros

      - Lucros ou prejuiacutezos acumulados

      b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

      A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

      custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

      ordenada o que segue

      - ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

      devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

      prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

      63

      - as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

      - o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

      atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

      c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

      De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

      DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

      - ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

      do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

      d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

      A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

      T 3 deve expor

      - ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

      - as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

      impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

      143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

      144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

      64

      - os saldos no final do periacuteodordquo145

      e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

      normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

      - o resultado liacutequido do periacuteodo

      - as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

      provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

      provenientes de capital de terceiros de longo prazo

      - as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

      pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

      aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

      os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

      reembolsos de capital

      - a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

      - a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

      523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

      Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

      conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

      de Valores

      Coleacutegio de Contadores do Paraguai

      Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

      abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

      145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

      65

      Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

      Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

      a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

      contaacutebeis

      b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

      c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

      Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

      demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

      Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

      a) Balanccedilo Geral

      No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

      ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

      ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

      prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

      Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

      normalmente constam

      - Terrenos e edifiacutecios

      - Instalaccedilotildees e equipamentos

      - Outras categorias de ativos

      - Depreciaccedilatildeo Acumulada

      Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

      devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

      Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

      Ativos a Longo Prazo encontra-se

      - Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

      em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

      IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

      66

      - Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

      de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

      Contas a receber de associadas Outras

      - Goodwill

      - Patentes Marcas e Ativos semelhantes

      - Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

      No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

      NIC 5148

      - Disponibilidades

      - Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

      - Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

      administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

      Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

      antecipadamente

      - Estoques

      Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

      abranger

      - ldquoEmpreacutestimos Garantidos

      - Empreacutestimos natildeo Garantidos

      Empreacutestimos Intercompanhias

      - Empreacutestimos de Associadasrdquo149

      No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

      - Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

      - Partes correntes e passivos a longo prazo

      - Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

      diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

      Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

      despesa

      148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

      67

      A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

      e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

      Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

      Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

      - Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

      accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

      o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

      e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

      de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

      adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

      contratos de venda incluindo prazos e quantias

      - Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

      sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

      reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

      Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

      segue

      - ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

      c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

      A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

      faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

      150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

      68

      relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

      existam

      ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

      Comissatildeo Nacional de Valores

      A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

      das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

      Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      a) Balanccedilo Geral

      Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

      Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

      correntes

      No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

      seguintes itens

      - Disponibilidades

      - Investimentos Temporaacuterios

      - Creacuteditos por Venda

      - Outros Creacuteditos

      - Bens de Troca

      Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

      Natildeo Corrente evidencia-se

      - Creacuteditos por vendas

      - Outros Creacuteditos

      153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

      69

      - Bens de Troca

      - Bens de Uso

      - Investimentos

      - Ativos Intangiacuteveis

      - Outros Ativos

      No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

      - Diacutevidas

      - Provisotildees

      Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

      que compreende

      - Diacutevidas

      - Provisotildees

      No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

      seguinte forma

      - Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

      irrevogaacuteveis

      - Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

      Reavaliaccedilatildeo

      - Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

      sem destinaccedilatildeo

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

      A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

      Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

      - Vendas

      - Custos das Vendas

      - Resultado Bruto

      - Gastos de Comercializaccedilatildeo

      - Gastos de Administraccedilatildeo

      155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

      70

      - Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

      - Outras Entradas e Saiacutedas

      - Resultados Financeiros

      - Imposto de Renda

      - Resultados Ordinaacuterios

      - Resultados Extraordinaacuterios

      - Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

      c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

      Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

      seguinte forma

      - Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

      nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

      - Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

      nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

      de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

      classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

      524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

      Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

      segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

      Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

      Lei das Sociedades Comerciais

      156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

      71

      A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

      sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

      apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

      elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

      de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

      quando houverem

      Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

      adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

      racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

      sofridasrdquo

      a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

      Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

      final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

      assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

      Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

      destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

      elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

      A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

      esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

      sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

      contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

      opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

      157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

      71

      A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

      sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

      apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

      elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

      de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

      quando houverem

      Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

      adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

      racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

      sofridasrdquo

      a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

      Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

      final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

      assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

      Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

      destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

      elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

      A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

      esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

      sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

      contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

      opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

      157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

      72

      Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

      De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

      evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

      comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

      diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

      interessadosrdquo161

      Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

      requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

      Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

      a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

      Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

      Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

      correntes e natildeo correntes

      No Ativo Corrente deveratildeo constar

      - Disponibilidades

      - Investimentos temporaacuterios

      - Creacuteditos e

      - Bens de Troca

      Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

      - Creacuteditos a Longo Prazo

      - Bens de Troca Natildeo Correntes

      - Investimentos a Longo Prazo

      - Bens de Uso e

      - Intangiacuteveis

      No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

      - Diacutevidas

      - Provisotildees

      5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

      73

      Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

      - Diacutevidas a longo Prazo

      - Provisotildees natildeo correntes

      Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

      - Capital

      - Aportes e Compromissos a Capitalizar

      - Ajustes ao Patrimocircnio

      - Reservas

      - Resultados Acumulados

      Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

      obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

      expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

      para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

      13

      A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

      informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

      Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

      explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

      demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

      Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

      apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

      na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

      Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

      ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

      do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

      os investimentos de acionistas

      Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

      - terrenos e edifiacutecios

      - maquinaacuterio e equipamento

      - outras categorias de ativos devidamente identificados e a

      162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

      74

      - depreciaccedilatildeo acumulada

      Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

      arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

      No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

      seguintes

      - investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

      companhias associadas

      - contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

      contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

      receber de companhias associadas e outras

      - creacutedito mercantil

      - patentes marcas e ativos similares

      - gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

      diferidos

      Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

      - Efetivos

      - Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

      - Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

      funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

      companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

      - Inventaacuterios

      Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

      Prazo que deve evidenciar

      - empreacutestimos bancaacuterios

      - contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

      intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

      renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

      Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

      diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

      Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

      Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

      segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

      - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

      pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

      periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

      dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

      pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

      submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

      - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

      distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

      superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

      Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

      considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

      refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

      somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

      n200993

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

      A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

      n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

      - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

      c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

      Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

      163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

      75

      - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

      pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

      periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

      dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

      pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

      submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

      - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

      distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

      superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

      Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

      considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

      refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

      somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

      n200993

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

      A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

      n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

      - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

      c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

      Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

      163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

      76

      de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

      demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

      A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

      recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

      a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

      apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

      Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

      mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

      sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

      ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

      aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

      de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

      todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

      informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

      Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

      Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

      Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

      20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

      - NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

      obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

      - NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

      - NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

      - NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

      de los Protones

      - o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

      - o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

      inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

      164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

      77

      - o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

      informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

      Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

      as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

      Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

      Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

      Contaacutebeis Adequadas

      53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

      obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

      531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

      Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

      Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

      Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

      das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

      de Serviccedilos respectivamente

      a) Balanccedilo Geral

      No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

      Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

      situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

      se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

      165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      78

      O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

      entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

      correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

      forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

      correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

      encerramento do periacuteodo

      De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

      que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

      tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

      sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

      Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

      - Caixa e Bancos

      Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

      valores com poder de liquidez ou similares

      - Investimentos

      ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

      explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

      entidaderdquo169

      - Creacuteditos

      ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

      dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

      vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

      natildeo tem esta caracteriacutestica

      - Bens de Troca

      167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      79

      ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

      se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

      vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

      - Bens de Uso

      Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

      os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

      compras destes bens

      - Ativos intangiacuteveis

      ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

      incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

      contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

      futura de produzir rendasrdquo11

      - Outros ativos

      Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

      anterior

      No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

      as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

      classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

      vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

      balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

      classificados como correntesrdquo172

      A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

      - Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

      - Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

      representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

      que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

      171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      80

      173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

      e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

      A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

      nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

      proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

      referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

      Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

      periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

      resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

      exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

      aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

      A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

      resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

      - Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

      - vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

      imposto incidentes sobre as mesmas

      - reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

      originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

      - Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

      atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

      - Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

      sua obtenccedilatildeo

      173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      81

      - Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

      simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

      custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

      na informaccedilatildeo complementar

      - Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

      relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

      presta

      - Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

      razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

      produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

      Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

      entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

      controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

      - Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

      por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

      exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

      - Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

      classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

      em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

      exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

      - Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

      aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

      imposto diferido

      - Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

      resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

      estas

      Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

      atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

      participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

      Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

      178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

      82

      c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

      Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

      os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

      ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

      das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

      motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

      consideradordquo180

      d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

      A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

      diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

      sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

      Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

      Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

      integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

      origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

      O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

      composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

      (capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

      E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

      Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

      natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

      As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

      vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

      deve ser informada adequadamenterdquo183

      179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

      83

      Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

      destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

      As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

      teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

      normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

      53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

      Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

      reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

      conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

      Notas Explicativas

      a) Balanccedilo Patrimonial

      Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

      como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

      Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

      representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

      pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

      entidade

      Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

      ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

      No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

      Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

      se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

      contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

      as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

      estabelecidos ou esperadosrdquo186

      Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

      84

      As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

      realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

      contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

      As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

      respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

      dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

      Balanccedilo Patrimonial188

      A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

      Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

      estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

      No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

      seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

      - Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

      imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

      outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

      imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

      ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

      equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

      com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

      quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

      - Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

      direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

      normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

      oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

      de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

      p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

      85

      subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

      exerciacutecio social

      - Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

      produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

      serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

      Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

      entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

      e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

      fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

      base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

      - Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

      antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

      seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

      Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

      antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

      durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

      n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

      seguinte

      - Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

      Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

      Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

      especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

      respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

      Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

      deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

      retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

      contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

      8 6

      Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

      Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

      estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

      No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

      grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

      classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

      sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

      companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

      companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

      exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

      possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

      Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

      O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

      e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

      subdivide nos subgrupos que seguem

      a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

      que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

      Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

      Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

      183202

      b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

      consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

      tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

      maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

      sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

      p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

      87

      reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

      satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

      autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

      imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

      manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

      finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

      subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

      Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

      contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

      dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

      utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

      corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

      propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

      exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

      prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

      ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

      direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

      nessa exploraccedilatildeordquo

      c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

      formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

      acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

      acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

      subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

      Lei n640476210 art 183 que

      ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

      1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

      88

      a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

      No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

      companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

      seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

      passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

      De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

      a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

      prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

      subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

      b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

      estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

      do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

      A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

      subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

      exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

      n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

      O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

      registar o que segue

      Capital

      ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

      reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

      social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

      realizadardquo216

      211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

      89

      Reservas

      ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

      outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

      Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

      deve-se registrar

      - ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

      Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

      aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

      Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

      lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

      deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

      registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

      Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

      ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

      compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

      b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

      Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

      descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

      muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

      217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

      BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

      90

      No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

      computadas

      - ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

      - os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

      c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

      Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

      Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

      estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

      os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

      imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

      subsequumlentesrdquo223

      A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

      do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

      Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

      d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

      Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

      seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

      se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

      Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

      entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

      desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

      22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

      e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

      evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

      abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

      222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

      BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

      92

      i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

      Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

      conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

      5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

      Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

      utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

      das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

      Paraguai

      a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

      No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

      Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

      Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

      acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

      decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

      distribuiccedilatildeordquo229

      No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

      ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

      recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

      se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

      entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

      Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

      conforme a Resoluccedilatildeo n592231

      229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

      93

      Disponibilidades

      ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

      poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

      fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

      dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

      complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

      caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

      Investimentos

      Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

      aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

      realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

      5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

      Creacuteditos

      ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

      bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

      venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

      outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

      estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

      registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

      realizaccedilatildeo

      Bens de Troca

      ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

      haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

      Bens de Uso

      ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

      e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

      Ativos Intangiacuteveis

      ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

      tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

      na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

      232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

      94

      Outros Ativos

      ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

      anterioresrdquo

      O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

      certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

      classificam-se

      - Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

      - Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

      que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

      A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

      de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

      participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

      b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

      Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

      natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

      ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

      apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

      c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

      aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

      somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

      n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

      236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

      95

      534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

      Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

      analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

      emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

      Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

      n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

      documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

      a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

      momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

      Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

      como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

      expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

      variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

      aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

      miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

      sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

      O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

      Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

      Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

      pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

      contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

      Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

      Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

      comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

      como denominado no Uruguai

      a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

      Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

      passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

      241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

      96

      classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

      produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

      consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

      Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

      circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

      NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

      incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

      prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

      que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

      prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

      conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

      No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

      ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

      o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

      Disponibilidades

      Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

      agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

      moeda nacional e estrangeira

      Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

      item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

      contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

      por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

      embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

      bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

      Investimentos Temporaacuterios

      Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

      faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

      empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

      tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

      243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

      97

      etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

      mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

      de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

      Creacuteditos

      ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

      para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

      por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

      temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

      constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

      daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

      Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

      apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

      para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

      entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

      subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

      Bens de Cambio

      Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

      encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

      produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

      separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

      empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

      de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

      seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

      de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

      gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

      245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

      98

      Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

      ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

      grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

      Creacuteditos a Longo Prazo

      ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

      o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

      Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

      Bens de Cambio natildeo Correntes

      ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

      realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

      subgrupo

      Investimentos a Longo Prazo

      ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

      com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

      comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

      esta conta da mesma forma

      Bens de Uso

      Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

      estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

      sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

      moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

      minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

      subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

      liacutequido

      250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

      99

      Intangiacuteveis

      ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

      aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

      Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

      dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

      Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

      Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

      certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

      13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

      as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

      prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

      contas do Passivo Circulante

      Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

      Diacutevidas

      As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

      obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

      importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

      origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

      existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

      financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

      sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

      Provisotildees

      ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

      representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

      originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

      quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

      concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

      produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

      255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

      256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

      100

      A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

      diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

      No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

      que segue

      Dividas a Longo Prazo

      ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

      o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

      segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

      anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

      Provisatildeo natildeo Corrente

      ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

      vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

      No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

      as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

      natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

      contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

      O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

      CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

      ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

      Aportes e Compromissos a Capitalizar

      httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

      260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

      101

      ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

      Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

      capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

      social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

      aporte pendente de integralizaccedilatildeo

      Ajustes do Patrimocircnio

      ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

      incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

      variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

      Reservas

      ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

      Resultados Acumulados

      ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

      especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

      A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

      b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

      A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

      separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

      operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

      URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

      102

      necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

      uma das contas

      O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

      exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

      ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

      Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

      resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

      Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

      exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

      expressa demonstraccedilatildeordquo269

      Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

      Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

      econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

      anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

      de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

      de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

      Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

      seguinte conteuacutedo

      Ingressos Operacionais

      ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

      no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

      nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

      Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

      descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

      267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

      103

      serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

      seguros e fretes nas vendas etc)

      Ingressos Operacionais Liacutequidos

      ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

      bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

      Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

      ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

      ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

      operacionaisrdquo273

      Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

      ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

      administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

      estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

      Resultados Diversos

      ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

      empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

      Resultados Financeiros

      ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

      financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

      separadamente

      Resultados Extraordinaacuterios

      ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

      deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

      negativosrdquo277

      Imposto de Renda

      272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

      Disponiacutevel na internet

      273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

      n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

      n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

      n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

      n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

      n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

      Disponiacutevel

      Disponiacutevel

      Disponiacutevel

      Disponiacutevel

      Disponiacutevel

      na

      na

      na

      na

      na

      internet

      internet

      internet

      internet

      internet

      104

      ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

      acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

      Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

      Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

      O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

      Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

      compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

      Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

      Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

      natildeo satildeo mais considerados como anexos

      c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

      sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

      - ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

      Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

      como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

      278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

      105

      que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

      da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

      6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

      DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

      Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

      conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

      MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

      Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

      sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

      E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

      paiacuteses-membros do MERCOSUL

      61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

      divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

      MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

      Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

      demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

      - Balanccedilo Patrimonial

      - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

      - Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

      - Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

      - Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

      No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

      todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

      pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

      107

      paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

      grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

      Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

      respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

      componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

      Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

      se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

      na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

      contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

      destacam-se para o estudo

      a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

      esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

      imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

      conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

      denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

      Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

      utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

      registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

      ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

      b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

      nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

      natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

      eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

      Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

      Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

      Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

      com a denominaccedilatildeo Investimentos

      c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

      entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

      provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

      daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

      conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

      outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

      108

      principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

      registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

      como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

      d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

      assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

      agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

      Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

      satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

      especiacutefica

      e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

      designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

      bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

      os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

      Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

      f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

      contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

      representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

      empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

      Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

      do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

      obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

      Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

      de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

      encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

      caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

      Natildeo Corrente

      Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

      Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

      apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

      No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

      geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

      analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

      seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

      109

      No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

      respectivamente encontram alguma congruecircncias

      a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

      subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

      legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

      devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

      pendentes de integralizaccedilatildeo

      b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

      Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

      se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

      c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

      quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

      prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

      demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

      Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

      Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

      paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

      convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

      a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

      Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

      deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

      b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

      encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

      bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

      Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

      denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

      c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

      Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

      os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

      denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

      d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

      Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

      110

      Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

      tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

      e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

      nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

      gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

      os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

      do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

      O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

      receitas

      f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

      valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

      empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

      e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

      Resultados Diversos

      g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

      parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

      normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

      Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

      paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

      variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

      e as destinaccedilotildees destes recursos

      Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

      divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

      na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

      A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

      Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

      das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      I l l

      62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

      divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

      divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

      deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

      realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

      Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

      pesquisados

      No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

      podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

      do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

      Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

      demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

      integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

      e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

      a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

      representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

      durante o exerciacutecio seguinte

      b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

      antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

      de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

      podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

      Receber

      c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

      Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

      e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

      apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

      valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

      especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

      pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

      conta

      112

      d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

      brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

      Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

      direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

      possibilidade de renda futura

      e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

      paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

      para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

      evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

      Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

      deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

      Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

      Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

      conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

      exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

      pesquisados

      No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

      Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

      meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

      linha do Balanccedilo Patrimonial

      No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

      grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

      No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

      apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

      Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

      As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

      Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

      a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

      se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

      deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

      vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

      Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

      observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

      113

      Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

      da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

      impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

      Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

      liacutequido na demonstraccedilatildeo

      b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

      operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

      os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

      publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

      Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

      c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

      da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

      Devem ser apresentados por ramo de atividade

      d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

      Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

      Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

      na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

      compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

      Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

      apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

      Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

      satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

      apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

      Resultados Financeiros

      e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

      Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

      Despesas Operacionais

      f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

      argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

      Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

      Operacionais

      g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

      alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

      114

      demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

      resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

      h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

      n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

      se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

      Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

      inferecircncias sobre este tiacutetulo

      i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

      apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

      partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

      minoritaacuterios respectivamente

      j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

      n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

      a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

      social

      k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

      Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

      anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

      A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

      incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

      elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

      A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

      Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

      nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

      evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

      estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

      congruecircncias eou divergecircncias

      Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

      Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

      2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

      115

      Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

      apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

      63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

      contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

      O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

      se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

      paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

      Normas Contaacutebeis Adequadas

      Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

      membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

      Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

      coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

      paiacuteses

      Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

      oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

      contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

      Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

      profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

      profundamente

      A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

      pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

      parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

      diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

      demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

      conteuacutedo

      Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

      contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

      exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

      demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

      116

      Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

      Patrimocircnio Liacutequido

      A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

      paiacutes-membro do MERCOSUL

      Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

      ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

      BRASIL CFC NBC T 3

      PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

      URUGUAI Decreto 103991

      ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

      ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

      ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

      Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

      PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

      EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

      PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

      RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

      Previsotildees natildeo correntes

      PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

      Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

      ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

      Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

      RESERVASRESULTADOS

      ACUMULADOS

      Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

      facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

      e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

      demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

      divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

      117

      apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

      todos

      Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

      destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

      os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

      total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

      todo

      Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

      positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

      forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

      encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

      Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

      subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

      Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

      demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

      Patrimonial

      Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

      Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

      Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

      FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

      LEI 640476PARAGUAI

      Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

      Decreto n103991RESULTADOS

      ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

      Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

      Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

      VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

      atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

      em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

      EXTRAORDINAacuteRIOS

      Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

      Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

      Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

      Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

      Lucro Bruto Despesas Operacionais

      Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

      Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

      Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

      do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

      Exerciacutecio

      Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

      em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

      Exerciacutecio

      Ingressos Operacionais I ocais Exterior

      Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

      Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

      dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

      Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

      Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

      118

      A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

      evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

      social passado

      Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

      conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

      os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

      primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

      absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

      incidentes sobre estas

      Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

      da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

      Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

      das vendas

      Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

      demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

      Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

      pesquisados

      Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

      na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

      Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

      paiacuteses-membros do MERCOSUL

      A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

      Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

      conforme normatizaccedilotildees verificadas

      119

      Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

      ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

      BRASIL Lei n640476

      PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

      URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

      v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

      Recursos no inicio do exerciacutecio

      Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

      Recursos ao final do exerciacutecio

      CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

      Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

      Outras causas de origens de recursos

      Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

      de Contas a Receber

      Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

      Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

      Permanentes Pagamento de saldos iniciais

      de Diacutevidas

      AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

      ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

      APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

      AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

      VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

      Recursos no inicio do exerciacutecio

      Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

      Recursos ao final do exerciacutecio

      CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

      Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

      Outras causas de origem de recursos por tipo

      Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

      Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

      ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

      representam saiacuteda de recursos

      Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

      representam entradas de recursos

      Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

      pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

      Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

      de UsoAumento de Passivos

      Correntes Aumento de Passivos Natildeo

      Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

      Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

      Correntes Outros

      APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

      Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

      Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

      Correntes Outros TOTAL

      Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

      A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

      paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

      destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

      destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

      Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

      apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

      exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

      final desta

      Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

      exigida nos paiacuteses pesquisados

      120

      Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

      FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

      CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

      Decreto n103991SALDO INICIAL

      VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

      SALDO FINAL DO PERIacuteODO

      Para as seguintes contas

      APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

      Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

      RESULTADOS ACUMULADOS

      Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

      Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

      SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

      Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

      SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

      MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

      SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

      AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

      Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

      LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

      Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

      DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

      REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

      RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

      SUBTOTAL

      SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

      TOTAL

      A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

      medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

      sociedade

      Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

      explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

      exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

      Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

      conteuacutedo e estrutura

      Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

      Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

      121

      Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

      primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

      modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

      7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

      Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

      constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

      para a realizaccedilatildeo de novos estudos

      71 Conclusotildees

      A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

      acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

      de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

      e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

      evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

      Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

      e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

      transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

      instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

      ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

      em cada paiacutes que atua

      Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

      profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

      dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

      necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

      internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

      importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

      comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

      utilidade junto aos usuaacuterios

      Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

      harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

      123

      no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

      evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

      profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

      mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

      Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

      do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

      emitidas em cada paiacutes

      Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

      divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

      estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

      Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

      divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

      Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

      legislaccedilatildeo brasileira

      Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

      lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

      Patrimocircnio Liacutequido

      Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

      demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

      Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

      demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

      conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

      Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

      niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

      que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

      como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

      124

      Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

      congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

      conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

      permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

      Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

      da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

      dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

      mesmas

      Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

      direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

      do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

      governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

      com globalizaccedilatildeo dos mercados

      72 Recomendaccedilotildees

      A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

      objetos de pesquisa

      Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

      integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

      Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

      divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

      utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

      Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

      harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

      dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

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      MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998

      MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989

      MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120

      MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et ai Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994

      MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 Mar Abr 1995

      POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 1995

      POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994

      ROSA Paulo A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1998

      RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985

      SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

      128

      SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas1997

      SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000

      SILVA Tania Moura da A profissatildeo contaacutebil e a necessidade da equivalecircncia de tiacutetulos no MERCOSUL Porto Alegre Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul 1998

      SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995

      URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_l 991 htm (fevereiro2000)

      URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLey 16060htm (outubro2000)

      URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000)

      URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet http www ain gub uydocs200_993 htm (outubro2000)

      VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995

      YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996

      • [llfyAAntm
        • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
        • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
        • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
        • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
          • 4METODOLOGIA
          • 41Especificaccedilatildeo do problema
          • 43Coleta e anaacutelise dos dados
            • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
            • Coacutedigo Comercial
            • Normas Brasileiras de Contabilidade
            • Colegio de Contadores do Paraguai
              • Normas Brasileiras de Contabilidade
                • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                  • Lei das Sociedades Comerciais
                  • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
                  • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
                  • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        AGRADECIMENTOS

        Agradeccedilo primeiramente a DEUS e a meu pai (junto dele) por saber que em

        nenhum momento me deixaram soacute

        Minha profunda gratidatildeo a minha matildee Elidia pelos sacrifiacutecios que fez para que

        eu hoje alcanccedilasse mais uma conquista Por me apoiar e incentivar em todas as horas de

        minha vida Agradeccedilo tambeacutem a Sr Francisco companheiro inseparaacutevel dela

        Sincero agradecimento a minha orientadora Prof Dr3 lise Maria Beuren por sua

        confianccedila seu empenho sabedoria e amizade que marcaram tanto minha trajetoacuteria

        acadecircmica Minha admiraccedilatildeo especial agrave sua dedicaccedilatildeo

        Aos amigos inesqueciacuteveis do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Custos para a

        Gestatildeo Empresarial - NUPEC que participaram e contribuiacuteram nesta caminhada Ana

        Luacutecia Cristiane Verocircnica Artur Mere e Fabian

        Aos colegas do curso de mestrado Luciana Merlin Sueli e Emanuelle

        A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aos professores do Curso de

        Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo (CPGA) pelo crescimento intelectual e de vida

        proporcionados Aos professores e servidores do Curso de Ciecircncias Contaacutebeis pela

        atenccedilatildeo sempre dispensada

        Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico - CNPq

        pelo apoio financeiro recebido

        SUMAacuteRIO

        LISTA DE QUADROS viacutei

        RESUMO viii

        ABSTRACT ix

        1 INTRODUCcedilAtildeO 111 Tema e problema 112 Objetivos 413 Justificaccedilatildeo do estudo514 Organizaccedilatildeo do trabalho 72 O MERCOSUL 821 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais 8211 Modalidades de Acordos Comerciais 8212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina 1022Origem do MERCOSUL 12

        3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBIL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL 1431 A profissatildeo contaacutebil na Argentina 14311 Prerrogativas Profissionais15312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo15313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 1832 A profissatildeo contaacutebil no Brasil18321 Prerrogativas Profissionais20322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo20323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2333A profissatildeo contaacutebil no Paraguai23331 Prerrogativas Profissionais24332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo25333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2634 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai27341 Prerrogativas Profissionais 27342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo28343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 304 METODOLOGIA 3141 Especificaccedilatildeo do problema 31411 Perguntas de pesquisa 31412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos 32413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise 3342 Delineamento da pesquisa3543 Coleta e anaacutelise dos dados3644 Limitaccedilotildees da pesquisa 37

        5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA3951 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis 39511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina 39512 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 41513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai 45514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 4752 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 53521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina53522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 58523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai64524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 7053 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 77531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina7753 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 83533 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai92534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai956 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA10661Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 10662 Anaacutelise das divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria11163 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 1157 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES 12271 Conclusotildees 12272 Recomendaccedilotildees124

        REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS125

        LISTA DE QUADROS

        Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

        Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

        Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

        Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

        RESUMO

        Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

        organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

        paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

        que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

        Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

        MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

        Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

        usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

        os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

        conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

        outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

        demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

        contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

        contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

        indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

        diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

        integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

        e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

        divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

        harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

        ABSTRACT

        In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

        organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

        sprouting between countries with common interests In this context the economic

        blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

        economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

        Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

        in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

        must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

        Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

        know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

        countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

        the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

        accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

        information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

        pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

        standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

        work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

        compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

        in the harmonisation searching of these statements

        1 INTRODUCcedilAtildeO

        Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

        Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

        Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

        apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

        11 Tema e problema

        A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

        afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

        primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

        mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

        Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

        escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

        medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

        contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

        devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

        0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

        dobradas

        Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

        dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

        facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

        administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

        tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

        patrimoniais

        Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

        Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

        1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

        2

        domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

        a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

        a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

        continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

        humanidade o faz

        A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

        observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

        reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

        das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

        desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

        informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

        Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

        informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

        que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

        Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

        relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

        aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

        Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

        denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

        aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

        forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

        Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

        formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

        econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

        barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

        Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

        Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

        membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

        integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

        5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

        3

        a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

        movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

        MERCOSUL

        b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

        poliacuteticas comerciais comuns

        c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

        os princiacutepios do MERCOSUL e

        d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

        Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

        membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

        encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

        Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

        paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

        transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

        instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

        ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

        em cada paiacutes que atua6

        Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

        harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

        para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

        No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

        profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

        cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

        consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

        internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

        importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

        contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

        A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

        com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

        eficaz no mercado mundial

        6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

        4

        Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

        processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

        assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

        divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

        pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

        recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

        Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

        transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

        entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

        culturasrdquo

        Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

        contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

        sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

        paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

        Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        12 Objetivos

        O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

        congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

        vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

        bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

        Paraguai e Uruguai

        bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

        5

        bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

        obrigatoacuteria nestes paiacuteses

        bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

        integrante do MERCOSUL e

        bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

        13 Justificaccedilatildeo do estudo

        Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

        por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

        novas oportunidades de negoacutecios

        Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

        do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

        vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

        As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

        parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

        de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

        profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

        competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

        desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

        como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

        processo de gestatildeo empresarial

        Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

        proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

        possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

        MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

        nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

        investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

        8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

        6

        Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

        praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

        acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

        compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

        principalmente que devem ser superados

        Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

        ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

        Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

        apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

        adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

        MERCOSUL

        Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

        cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

        regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

        congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

        obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

        subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

        demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

        praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

        leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

        avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

        9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

        7

        14 Organizaccedilatildeo do trabalho

        O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

        primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

        do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

        apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

        O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

        acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

        contexto atual

        No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

        paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

        No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

        em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

        limitaccedilotildees da pesquisa

        O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

        contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

        Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

        legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

        integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

        No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

        encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

        vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

        Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

        recomendaccedilotildees para futuros estudos

        2 O MERCOSUL

        Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

        comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

        origem do MERCOSUL e seu contexto atual

        21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

        Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

        comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

        firmados na Ameacuterica Latina

        211 Modalidades de Acordos Comerciais

        Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

        internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

        superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

        regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

        Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

        alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

        Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

        econocircmica entre regiotildees

        a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

        A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

        de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

        MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

        9

        paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

        inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

        b) Zona de Livre Comeacutercio

        As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

        paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

        importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

        ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

        fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

        comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

        c) Uniatildeo Aduaneira

        Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

        Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

        tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

        Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

        comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

        importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

        d) Mercado Comum

        Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

        econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

        12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

        CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

        10

        fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

        serviccedilosrdquo

        Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

        anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

        capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

        harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

        e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

        Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

        Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

        conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

        que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

        macroeconocircmicasrdquo

        Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

        uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

        Banco Central comunitaacuteriordquo

        Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

        unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

        por este

        212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

        Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

        desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

        poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

        18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

        11

        iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

        concretos

        O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

        Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

        espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

        natildeo obteve o efeito desejado21

        Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

        principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

        Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

        em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

        afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

        da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

        prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

        dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

        estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

        abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

        Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

        integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

        busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

        1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

        AL ADI

        De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

        o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

        Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

        participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

        Alcance Parcial

        21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

        12

        Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

        maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

        22 Origem do MERCOSUL

        Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

        competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

        desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

        na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

        Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

        assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

        No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

        nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

        na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

        Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

        desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

        Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

        tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

        Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

        Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

        O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

        mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

        significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

        de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

        maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

        vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

        Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

        quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

        25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

        13

        forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

        Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

        a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

        Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

        membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

        ano de 2001

        Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

        Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

        desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

        incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

        Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

        internacional27

        O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

        acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

        Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

        a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

        consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

        27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

        3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

        Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

        contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

        da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

        profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

        paiacutes

        31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

        Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

        Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

        universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

        pertence sua atividade

        A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

        Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

        Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

        inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

        Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

        os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

        profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

        A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

        profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

        emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

        As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

        assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

        Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

        sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

        29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

        15

        poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

        conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

        Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

        Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

        conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

        resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

        Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

        Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

        fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

        entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

        Ciencias Econoacutemicas

        A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

        prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

        normas legais de regulamentaccedilatildeo

        311 Prerrogativas Profissionais

        Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

        Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

        Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

        Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

        econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

        estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

        e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

        questotildees previstas no artigo33

        312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

        32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

        16

        Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

        regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

        Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

        A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

        Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

        unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

        Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

        funccedilotildees a saber

        ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

        O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

        Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

        (Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

        organismo intermediaacuterio36

        Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

        que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

        distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

        deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

        tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

        Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

        organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

        CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

        34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

        17

        Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

        vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

        obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

        Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

        Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

        FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

        atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

        a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

        coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

        consideram parte integrante este convecircniordquo39

        De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

        para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

        Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

        aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

        respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

        pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

        obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

        aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

        O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

        necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

        Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

        FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

        Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

        FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

        emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

        aprovados pelo CECYT

        38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

        18

        313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

        Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

        contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

        profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

        cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

        Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

        Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

        32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

        No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

        categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

        formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

        formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

        Contaacutebeis42

        Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

        de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

        expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

        os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

        ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

        de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

        c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

        41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

        19

        Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

        pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

        direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

        de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

        Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

        estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

        Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

        ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

        Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

        controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

        Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

        Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

        Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

        exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

        contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

        especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

        Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

        Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

        Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

        definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

        a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

        e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

        oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

        44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

        20

        Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

        Standards Committee (IASC)rdquo

        No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

        prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

        normas legais de regulamentaccedilatildeo

        321 Prerrogativas Profissionais

        As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

        ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

        Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

        compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

        Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

        contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

        contadoresrdquo

        Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

        privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

        previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

        Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

        foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

        entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

        exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

        perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

        322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

        Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

        forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

        Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

        49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

        21

        O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

        o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

        congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

        A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

        foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

        natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

        autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

        de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

        Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

        Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

        pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

        de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

        funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

        Decreto-Lei 9295-46

        No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

        orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

        contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

        Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

        com o Decreto-Lei ndeg 9929546

        Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

        Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

        ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

        contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

        Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

        Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

        O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

        Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

        profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

        Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

        50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

        22

        Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

        nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

        ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

        um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

        Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

        proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

        Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

        anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

        em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

        mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

        perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

        Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

        assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

        profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

        nos trabalhos por esta emitidos

        Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

        Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

        Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

        contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

        instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

        contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

        Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

        Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

        teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

        CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

        Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

        profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

        conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

        denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

        52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

        23

        eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

        Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

        conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

        Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

        Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

        teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

        Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

        Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

        Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

        Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

        Profissatildeo

        Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

        mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

        Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

        Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

        da profissatildeo

        323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

        Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

        que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

        pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

        contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

        denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

        Coacutedigo Comercial Brasileiro

        33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

        54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

        24

        No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

        dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

        Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

        Administracioacuten Publica o de Empresas56

        No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

        contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

        exercem a profissatildeo ilegalmente

        Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

        Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

        para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

        uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

        Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

        Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

        contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

        Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

        Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

        A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

        inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

        regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

        331 Prerrogativas Profissionais

        Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

        contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

        56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

        25

        elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

        ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

        de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

        armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

        m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

        n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

        o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

        liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

        Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

        exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

        conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

        332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

        No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

        profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

        Paraguai

        26

        O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

        classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

        bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

        O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

        Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

        fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

        a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

        Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

        mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

        Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

        nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

        Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

        como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

        forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

        333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

        No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

        a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

        Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

        60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

        27

        34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

        No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

        Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

        denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

        Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

        De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

        Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

        impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

        um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

        projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

        Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

        Universidade da Repuacuteblica

        Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

        em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

        profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

        341 Prerrogativas Profissionais

        Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

        profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

        satildeo dispersas e parciais

        Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

        Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

        eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

        63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

        28

        nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

        profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

        puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

        devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

        No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

        contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

        contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

        nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

        devoluccedilatildeo de impostos

        342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

        Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

        chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

        O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

        denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

        criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

        diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

        outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

        Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

        Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

        como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

        Gremiales constam as seguintes

        ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

        61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

        29

        c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

        No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

        Estatuto prevecirc

        a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

        O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

        no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

        exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

        Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

        seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

        de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

        68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

        30

        o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

        compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

        entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

        Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

        obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

        NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

        tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

        Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

        resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

        343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

        72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

        Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

        da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

        Normas do Banco Central

        70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

        4 METODOLOGIA

        Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

        Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

        de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

        Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

        realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

        perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

        analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

        dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

        41 Especificaccedilatildeo do problema

        Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

        harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

        paiacuteses-membros do MERCOSUL

        Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

        constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

        411 Perguntas de pesquisa

        Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

        perguntas de pesquisa

        a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

        e Uruguai

        b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

        32

        c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

        obrigatoacuteria nestes paiacuteses

        d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

        do MERCOSUL

        e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

        412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

        Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

        comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

        Profissatildeo contaacutebil

        Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

        Contabilidaderdquo

        Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

        oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

        Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

        legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

        contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

        14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

        fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

        33

        Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

        Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

        ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

        fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

        Harmonizaccedilatildeo

        De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

        como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

        tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

        conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

        413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

        A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

        Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

        objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

        envolvidas no fenocircmenordquo

        77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

        34

        Profissatildeo contaacutebil

        Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

        acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

        Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

        para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

        movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

        Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

        apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

        Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

        obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

        demonstraccedilotildees

        Harmonizaccedilatildeo

        A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

        e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

        do MERCOSUL

        U

        35

        42 Delineamento da pesquisa

        De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

        formas de estudo

        bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

        tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

        bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

        fenocircmeno e

        bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

        consequumlecircncias de um fenocircmeno

        Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

        primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

        descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

        populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

        evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

        MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

        exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

        harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

        acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

        esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

        precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

        Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

        conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

        uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

        Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

        elaboraccedilatildeo do trabalho

        81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

        36

        A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

        pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

        um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

        43 Coleta e anaacutelise dos dados

        O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

        Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

        encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

        pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

        obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

        preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

        esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

        pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

        indireta

        A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

        os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

        de laboratoacuterio88

        A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

        recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

        divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

        ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

        cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

        esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

        85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

        38

        por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

        integrantes do MERCOSUL

        Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

        entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

        em outros paiacuteses

        Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

        nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

        disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

        componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

        demonstraccedilotildees

        Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

        que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

        subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

        DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

        51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

        das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

        perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

        respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

        contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

        informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

        Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

        sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

        existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

        seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

        base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

        representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

        511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

        A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

        Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

        Contabilidade naquele paiacutes a saber

        bull Lei das Sociedades Comerciais

        bull Comissatildeo Nacional de Valores e

        bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

        43

        anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

        Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

        No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

        registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

        aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

        criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

        regime de competecircnciardquo

        Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

        que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

        auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

        Mobiliaacuterios

        Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

        Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

        regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

        Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

        o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

        Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

        aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

        a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

        b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

        alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

        independentes ()rdquo

        Coacutedigo Comercial

        Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

        10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

        95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

        44

        0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

        registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

        anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

        Normas Brasileiras de Contabilidade

        Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

        demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

        emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

        Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

        conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

        Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

        Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

        A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

        dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

        fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

        ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

        As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

        entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

        natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

        seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

        bull Balanccedilo Patrimonial

        bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

        bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

        bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

        Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

        Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

        97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

        45

        contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

        as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

        Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

        das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

        aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

        Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

        que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

        integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

        interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

        poliacuteticas e administrativas do conjunto99

        513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

        A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

        Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

        Contabilidade naquele paiacutes a saber

        bull Lei do Comerciante

        bull Comissatildeo Nacional de Valores

        bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

        Lei do Comerciante

        A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

        seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

        Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

        elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

        bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

        98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

        46

        Comissatildeo Nacional de Valores

        A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

        Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

        na bolsa de valoresrdquo101

        Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

        demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

        Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

        deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

        independente

        A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

        perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

        contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

        mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

        Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

        serem divulgadas pelas sociedades

        a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

        c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

        d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

        e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

        101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

        47

        Colegio de Contadores do Paraguai

        O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

        de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

        em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

        emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

        providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

        Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

        como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

        A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

        contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

        outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

        demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

        A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

        os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

        tenha sito feito de tais fundosrdquo108

        A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

        nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

        514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

        A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

        Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

        Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

        saber

        bull Lei das Sociedades Comerciais

        bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

        106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

        48

        bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

        Lei das Sociedades Comerciais

        A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

        de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

        sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

        encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

        art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

        encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

        como miacutenimo

        a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

        naquela data

        b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

        c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

        Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

        A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

        Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

        trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

        103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

        200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

        de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

        comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

        assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

        emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

        Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

        a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

        b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

        110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

        49

        c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

        d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

        e) Bolsa de Valores

        f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

        g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

        h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

        Repuacuteblica e

        i) Coleacutegio de Advogados

        O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

        1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

        forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

        mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

        e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

        esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

        organismos puacuteblicos a saber

        a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

        O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

        estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

        comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

        de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

        O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

        Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

        aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

        obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

        112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

        50

        Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

        nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

        serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

        a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

        b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

        c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

        d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

        demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

        comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

        tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

        Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

        ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

        Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

        1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

        dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

        Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

        junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

        profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

        Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

        ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

        a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

        do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

        b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

        c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

        114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

        51

        d) a NIC n 14 seraacute optativa117

        Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

        Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

        profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

        a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

        O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

        Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

        procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

        Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

        saber

        - Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

        - Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

        adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

        01011990)

        - Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

        - Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

        adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        - Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

        optativas

        No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

        profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

        elaboraccedilatildeo118

        Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

        n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

        Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

        para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

        117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

        118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

        52

        apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

        de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

        elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

        relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

        CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

        de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

        doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

        textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

        Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

        publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

        os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

        Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

        organismos profissionais de outros paiacuteses

        No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

        o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

        normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

        circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

        O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

        obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

        optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

        - paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

        - paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

        contexto do sistema de custos histoacutericos

        - paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

        se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

        120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

        53

        Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

        extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

        Accounting Standards Committee - IASC

        52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

        A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

        da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

        Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

        Lei das Sociedades Comerciais

        A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

        alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

        Resultados e das Notas Complementares

        a) Balanccedilo Geral

        O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

        que segue

        - o efetivo dinheiro em caixa e bancos

        - os creacuteditos provenientes das atividades sociais

        - os bens de troca

        - as aplicaccedilotildees em geral

        - os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

        - os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

        - os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

        54

        - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

        Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

        - as diacutevidas

        - as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

        - toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

        - receitas de exerciacutecios futuros

        - o capital social

        - as reservas legais

        - utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

        - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

        resultado

        No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

        da Lei das Sociedades Comerciais

        ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

        Ainda neste mesmo artigo consta que

        - deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

        - o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

        contas a que correspondam

        - natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

        A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

        - ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

        deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

        com o fim de determinar o resultadordquo124

        123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

        55

        - os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

        correspondam ao exerciacutecio

        - as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

        - os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

        A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

        em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

        da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

        adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

        Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

        Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

        do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

        exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

        c) Notas Complementares

        Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

        Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

        notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

        Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

        A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

        (CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

        contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

        definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

        terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

        integrantes da entidade126

        A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

        e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

        exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

        125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        56

        com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

        conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

        Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

        satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

        Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

        Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

        delas

        a) Balanccedilo Geral

        O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

        ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

        Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

        base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

        referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

        Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

        - no caixa e bancos

        - outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

        - os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

        imobilizados

        - os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

        passivos correntes

        Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

        Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

        passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

        encerramento do balanccedilo

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

        No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

        resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

        121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        57

        Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

        - os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

        - os custos incorridos para atingir estes ingressos

        - os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

        - os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

        - os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

        - os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

        Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

        rubrica os efeitos do imposto de renda

        c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

        As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

        classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

        ou acionistas e resultados acumulados130

        Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

        seguintes informaccedilotildees

        - o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

        - as variaccedilotildees do periacuteodo e

        - o saldo final do periacuteodo

        d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

        Aplicaccedilotildees de Fundos

        Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

        mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

        determinado131

        Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

        do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

        direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

        130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        58

        Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

        aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

        diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

        522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

        Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

        nas Normas Brasileiras de Contabilidade

        Lei das Sociedades Anocircnimas

        Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

        exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

        clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

        deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

        demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

        Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

        Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

        explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

        640476

        a) Balanccedilo Patrimonial

        No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

        patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

        situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

        grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

        ativo passivo e patrimocircnio liquido

        132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

        59

        O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

        - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

        subsequente

        - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

        exerciacutecio seguinte

        - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

        diferido

        Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

        em

        - passivo circulante

        - passivo exigiacutevel a longo prazo

        - resultados de exerciacutecio futuros e

        - patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

        reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

        b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

        A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

        n640476136 deveraacute discriminar

        - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

        os ajustes de exerciacutecios anteriores

        - as reversotildees de reservas

        - o lucro liacutequido do exerciacutecio

        - as transferecircncias para reservas

        - os dividendos propostos

        - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

        - o saldo ao fim do periacuteodo

        c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

        134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

        59

        O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

        - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

        subsequente

        - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

        exerciacutecio seguinte

        - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

        diferido

        Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

        em

        - passivo circulante

        - passivo exigiacutevel a longo prazo

        - resultados de exerciacutecio futuros e

        - patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

        reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

        b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

        A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

        n640476 deveraacute discriminar

        - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

        os ajustes de exerciacutecios anteriores

        - as reversotildees de reservas

        - o lucro liacutequido do exerciacutecio

        - as transferecircncias para reservas

        - os dividendos propostos

        - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

        - o saldo ao fim do periacuteodo

        c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

        134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

        60

        A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

        n640476137 os seguintes itens

        - a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

        - a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

        vendidos e o lucro bruto

        - as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

        deduzidas das respectivas receitas

        - o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

        - o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

        - as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

        beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

        previdecircncia de empregados

        - o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

        social

        d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

        640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

        financeira da companhiardquo138 devendo conter

        - nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

        amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

        futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

        recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

        prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

        investimentos e direitos do ativo imobilizado

        - nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

        ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

        investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

        131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

        138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

        61

        - o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

        representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

        - os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

        do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

        exerciacutecio

        Normas Brasileiras de Contabilidade

        O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

        normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

        Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

        estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

        apresentaccedilatildeo das mesmas

        Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

        usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

        financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

        das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

        Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

        divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

        usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

        usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

        Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

        A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

        os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

        Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

        139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

        62

        Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

        Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        a) Balanccedilo Patrimonial

        A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

        Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

        agrupadas da seguinte forma

        - O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

        antecipadas

        - Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

        superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

        - Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

        As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

        - Circulante

        - Exigiacutevel a longo prazo

        - Resultados de exerciacutecio futuros

        Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

        contas

        - Capital

        Reservas de capital

        - Reservas de reavaliaccedilatildeo

        - Reservas de lucros

        - Lucros ou prejuiacutezos acumulados

        b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

        A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

        custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

        ordenada o que segue

        - ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

        devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

        prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

        63

        - as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

        - o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

        atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

        c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

        De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

        DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

        - ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

        do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

        d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

        A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

        T 3 deve expor

        - ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

        - as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

        impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

        143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

        144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

        64

        - os saldos no final do periacuteodordquo145

        e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

        normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

        - o resultado liacutequido do periacuteodo

        - as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

        provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

        provenientes de capital de terceiros de longo prazo

        - as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

        pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

        aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

        os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

        reembolsos de capital

        - a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

        - a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

        523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

        Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

        conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

        de Valores

        Coleacutegio de Contadores do Paraguai

        Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

        abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

        145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

        65

        Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

        Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

        a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

        contaacutebeis

        b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

        c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

        Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

        demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

        Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

        a) Balanccedilo Geral

        No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

        ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

        ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

        prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

        Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

        normalmente constam

        - Terrenos e edifiacutecios

        - Instalaccedilotildees e equipamentos

        - Outras categorias de ativos

        - Depreciaccedilatildeo Acumulada

        Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

        devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

        Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

        Ativos a Longo Prazo encontra-se

        - Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

        em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

        IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

        66

        - Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

        de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

        Contas a receber de associadas Outras

        - Goodwill

        - Patentes Marcas e Ativos semelhantes

        - Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

        No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

        NIC 5148

        - Disponibilidades

        - Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

        - Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

        administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

        Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

        antecipadamente

        - Estoques

        Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

        abranger

        - ldquoEmpreacutestimos Garantidos

        - Empreacutestimos natildeo Garantidos

        Empreacutestimos Intercompanhias

        - Empreacutestimos de Associadasrdquo149

        No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

        - Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

        - Partes correntes e passivos a longo prazo

        - Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

        diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

        Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

        despesa

        148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

        67

        A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

        e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

        Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

        Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

        - Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

        accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

        o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

        e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

        de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

        adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

        contratos de venda incluindo prazos e quantias

        - Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

        sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

        reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

        Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

        segue

        - ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

        c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

        A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

        faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

        150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

        68

        relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

        existam

        ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

        Comissatildeo Nacional de Valores

        A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

        das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

        Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        a) Balanccedilo Geral

        Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

        Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

        correntes

        No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

        seguintes itens

        - Disponibilidades

        - Investimentos Temporaacuterios

        - Creacuteditos por Venda

        - Outros Creacuteditos

        - Bens de Troca

        Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

        Natildeo Corrente evidencia-se

        - Creacuteditos por vendas

        - Outros Creacuteditos

        153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

        69

        - Bens de Troca

        - Bens de Uso

        - Investimentos

        - Ativos Intangiacuteveis

        - Outros Ativos

        No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

        - Diacutevidas

        - Provisotildees

        Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

        que compreende

        - Diacutevidas

        - Provisotildees

        No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

        seguinte forma

        - Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

        irrevogaacuteveis

        - Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

        Reavaliaccedilatildeo

        - Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

        sem destinaccedilatildeo

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

        A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

        Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

        - Vendas

        - Custos das Vendas

        - Resultado Bruto

        - Gastos de Comercializaccedilatildeo

        - Gastos de Administraccedilatildeo

        155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

        70

        - Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

        - Outras Entradas e Saiacutedas

        - Resultados Financeiros

        - Imposto de Renda

        - Resultados Ordinaacuterios

        - Resultados Extraordinaacuterios

        - Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

        c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

        Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

        seguinte forma

        - Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

        nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

        - Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

        nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

        de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

        classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

        524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

        Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

        segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

        Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

        Lei das Sociedades Comerciais

        156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

        71

        A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

        sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

        apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

        elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

        de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

        quando houverem

        Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

        adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

        racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

        sofridasrdquo

        a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

        Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

        final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

        assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

        Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

        destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

        elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

        A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

        esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

        sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

        contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

        opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

        157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

        71

        A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

        sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

        apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

        elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

        de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

        quando houverem

        Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

        adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

        racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

        sofridasrdquo

        a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

        Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

        final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

        assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

        Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

        destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

        elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

        A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

        esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

        sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

        contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

        opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

        157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

        72

        Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

        De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

        evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

        comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

        diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

        interessadosrdquo161

        Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

        requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

        Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

        a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

        Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

        Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

        correntes e natildeo correntes

        No Ativo Corrente deveratildeo constar

        - Disponibilidades

        - Investimentos temporaacuterios

        - Creacuteditos e

        - Bens de Troca

        Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

        - Creacuteditos a Longo Prazo

        - Bens de Troca Natildeo Correntes

        - Investimentos a Longo Prazo

        - Bens de Uso e

        - Intangiacuteveis

        No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

        - Diacutevidas

        - Provisotildees

        5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

        73

        Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

        - Diacutevidas a longo Prazo

        - Provisotildees natildeo correntes

        Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

        - Capital

        - Aportes e Compromissos a Capitalizar

        - Ajustes ao Patrimocircnio

        - Reservas

        - Resultados Acumulados

        Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

        obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

        expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

        para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

        13

        A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

        informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

        Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

        explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

        demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

        Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

        apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

        na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

        Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

        ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

        do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

        os investimentos de acionistas

        Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

        - terrenos e edifiacutecios

        - maquinaacuterio e equipamento

        - outras categorias de ativos devidamente identificados e a

        162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

        74

        - depreciaccedilatildeo acumulada

        Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

        arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

        No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

        seguintes

        - investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

        companhias associadas

        - contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

        contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

        receber de companhias associadas e outras

        - creacutedito mercantil

        - patentes marcas e ativos similares

        - gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

        diferidos

        Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

        - Efetivos

        - Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

        - Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

        funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

        companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

        - Inventaacuterios

        Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

        Prazo que deve evidenciar

        - empreacutestimos bancaacuterios

        - contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

        intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

        renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

        Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

        diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

        Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

        Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

        segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

        - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

        pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

        periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

        dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

        pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

        submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

        - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

        distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

        superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

        Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

        considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

        refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

        somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

        n200993

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

        A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

        n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

        - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

        c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

        Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

        163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

        75

        - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

        pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

        periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

        dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

        pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

        submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

        - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

        distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

        superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

        Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

        considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

        refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

        somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

        n200993

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

        A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

        n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

        - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

        c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

        Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

        163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

        76

        de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

        demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

        A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

        recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

        a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

        apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

        Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

        mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

        sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

        ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

        aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

        de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

        todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

        informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

        Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

        Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

        Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

        20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

        - NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

        obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

        - NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

        - NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

        - NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

        de los Protones

        - o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

        - o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

        inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

        164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

        77

        - o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

        informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

        Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

        as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

        Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

        Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

        Contaacutebeis Adequadas

        53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

        obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

        531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

        Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

        Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

        Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

        das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

        de Serviccedilos respectivamente

        a) Balanccedilo Geral

        No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

        Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

        situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

        se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

        165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        78

        O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

        entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

        correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

        forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

        correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

        encerramento do periacuteodo

        De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

        que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

        tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

        sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

        Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

        - Caixa e Bancos

        Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

        valores com poder de liquidez ou similares

        - Investimentos

        ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

        explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

        entidaderdquo169

        - Creacuteditos

        ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

        dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

        vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

        natildeo tem esta caracteriacutestica

        - Bens de Troca

        167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        79

        ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

        se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

        vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

        - Bens de Uso

        Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

        os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

        compras destes bens

        - Ativos intangiacuteveis

        ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

        incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

        contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

        futura de produzir rendasrdquo11

        - Outros ativos

        Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

        anterior

        No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

        as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

        classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

        vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

        balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

        classificados como correntesrdquo172

        A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

        - Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

        - Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

        representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

        que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

        171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        80

        173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

        e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

        A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

        nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

        proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

        referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

        Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

        periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

        resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

        exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

        aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

        A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

        resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

        - Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

        - vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

        imposto incidentes sobre as mesmas

        - reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

        originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

        - Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

        atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

        - Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

        sua obtenccedilatildeo

        173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        81

        - Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

        simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

        custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

        na informaccedilatildeo complementar

        - Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

        relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

        presta

        - Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

        razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

        produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

        Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

        entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

        controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

        - Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

        por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

        exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

        - Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

        classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

        em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

        exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

        - Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

        aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

        imposto diferido

        - Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

        resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

        estas

        Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

        atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

        participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

        Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

        178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

        82

        c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

        Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

        os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

        ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

        das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

        motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

        consideradordquo180

        d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

        A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

        diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

        sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

        Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

        Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

        integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

        origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

        O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

        composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

        (capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

        E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

        Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

        natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

        As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

        vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

        deve ser informada adequadamenterdquo183

        179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

        83

        Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

        destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

        As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

        teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

        normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

        53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

        Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

        reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

        conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

        Notas Explicativas

        a) Balanccedilo Patrimonial

        Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

        como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

        Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

        representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

        pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

        entidade

        Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

        ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

        No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

        Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

        se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

        contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

        as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

        estabelecidos ou esperadosrdquo186

        Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

        84

        As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

        realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

        contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

        As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

        respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

        dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

        Balanccedilo Patrimonial188

        A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

        Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

        estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

        No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

        seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

        - Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

        imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

        outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

        imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

        ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

        equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

        com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

        quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

        - Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

        direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

        normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

        oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

        de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

        p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

        85

        subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

        exerciacutecio social

        - Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

        produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

        serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

        Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

        entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

        e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

        fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

        base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

        - Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

        antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

        seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

        Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

        antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

        durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

        n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

        seguinte

        - Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

        Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

        Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

        especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

        respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

        Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

        deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

        retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

        contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

        8 6

        Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

        Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

        estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

        No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

        grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

        classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

        sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

        companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

        companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

        exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

        possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

        Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

        O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

        e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

        subdivide nos subgrupos que seguem

        a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

        que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

        Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

        Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

        183202

        b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

        consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

        tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

        maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

        sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

        p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

        87

        reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

        satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

        autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

        imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

        manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

        finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

        subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

        Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

        contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

        dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

        utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

        corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

        propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

        exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

        prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

        ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

        direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

        nessa exploraccedilatildeordquo

        c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

        formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

        acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

        acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

        subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

        Lei n640476210 art 183 que

        ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

        1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

        88

        a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

        No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

        companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

        seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

        passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

        De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

        a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

        prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

        subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

        b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

        estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

        do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

        A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

        subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

        exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

        n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

        O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

        registar o que segue

        Capital

        ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

        reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

        social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

        realizadardquo216

        211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

        89

        Reservas

        ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

        outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

        Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

        deve-se registrar

        - ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

        Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

        aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

        Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

        lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

        deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

        registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

        Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

        ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

        compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

        b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

        Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

        descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

        muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

        217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

        BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

        90

        No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

        computadas

        - ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

        - os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

        c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

        Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

        Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

        estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

        os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

        imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

        subsequumlentesrdquo223

        A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

        do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

        Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

        d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

        Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

        seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

        se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

        Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

        entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

        desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

        22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

        e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

        evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

        abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

        222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

        BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

        92

        i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

        Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

        conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

        5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

        Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

        utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

        das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

        Paraguai

        a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

        No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

        Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

        Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

        acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

        decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

        distribuiccedilatildeordquo229

        No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

        ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

        recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

        se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

        entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

        Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

        conforme a Resoluccedilatildeo n592231

        229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

        93

        Disponibilidades

        ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

        poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

        fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

        dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

        complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

        caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

        Investimentos

        Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

        aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

        realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

        5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

        Creacuteditos

        ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

        bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

        venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

        outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

        estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

        registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

        realizaccedilatildeo

        Bens de Troca

        ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

        haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

        Bens de Uso

        ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

        e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

        Ativos Intangiacuteveis

        ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

        tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

        na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

        232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

        94

        Outros Ativos

        ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

        anterioresrdquo

        O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

        certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

        classificam-se

        - Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

        - Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

        que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

        A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

        de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

        participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

        b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

        Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

        natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

        ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

        apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

        c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

        aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

        somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

        n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

        236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

        95

        534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

        Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

        analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

        emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

        Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

        n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

        documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

        a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

        momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

        Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

        como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

        expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

        variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

        aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

        miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

        sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

        O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

        Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

        Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

        pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

        contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

        Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

        Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

        comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

        como denominado no Uruguai

        a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

        Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

        passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

        241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

        96

        classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

        produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

        consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

        Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

        circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

        NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

        incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

        prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

        que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

        prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

        conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

        No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

        ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

        o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

        Disponibilidades

        Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

        agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

        moeda nacional e estrangeira

        Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

        item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

        contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

        por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

        embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

        bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

        Investimentos Temporaacuterios

        Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

        faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

        empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

        tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

        243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

        97

        etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

        mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

        de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

        Creacuteditos

        ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

        para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

        por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

        temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

        constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

        daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

        Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

        apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

        para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

        entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

        subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

        Bens de Cambio

        Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

        encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

        produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

        separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

        empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

        de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

        seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

        de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

        gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

        245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

        98

        Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

        ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

        grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

        Creacuteditos a Longo Prazo

        ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

        o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

        Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

        Bens de Cambio natildeo Correntes

        ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

        realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

        subgrupo

        Investimentos a Longo Prazo

        ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

        com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

        comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

        esta conta da mesma forma

        Bens de Uso

        Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

        estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

        sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

        moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

        minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

        subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

        liacutequido

        250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

        99

        Intangiacuteveis

        ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

        aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

        Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

        dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

        Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

        Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

        certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

        13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

        as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

        prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

        contas do Passivo Circulante

        Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

        Diacutevidas

        As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

        obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

        importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

        origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

        existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

        financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

        sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

        Provisotildees

        ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

        representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

        originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

        quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

        concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

        produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

        255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

        256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

        100

        A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

        diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

        No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

        que segue

        Dividas a Longo Prazo

        ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

        o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

        segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

        anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

        Provisatildeo natildeo Corrente

        ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

        vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

        No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

        as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

        natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

        contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

        O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

        CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

        ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

        Aportes e Compromissos a Capitalizar

        httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

        260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

        101

        ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

        Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

        capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

        social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

        aporte pendente de integralizaccedilatildeo

        Ajustes do Patrimocircnio

        ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

        incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

        variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

        Reservas

        ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

        Resultados Acumulados

        ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

        especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

        A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

        b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

        A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

        separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

        operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

        URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

        102

        necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

        uma das contas

        O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

        exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

        ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

        Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

        resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

        Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

        exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

        expressa demonstraccedilatildeordquo269

        Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

        Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

        econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

        anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

        de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

        de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

        Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

        seguinte conteuacutedo

        Ingressos Operacionais

        ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

        no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

        nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

        Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

        descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

        267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

        103

        serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

        seguros e fretes nas vendas etc)

        Ingressos Operacionais Liacutequidos

        ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

        bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

        Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

        ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

        ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

        operacionaisrdquo273

        Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

        ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

        administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

        estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

        Resultados Diversos

        ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

        empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

        Resultados Financeiros

        ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

        financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

        separadamente

        Resultados Extraordinaacuterios

        ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

        deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

        negativosrdquo277

        Imposto de Renda

        272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

        Disponiacutevel na internet

        273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

        n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

        n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

        n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

        n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

        n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

        Disponiacutevel

        Disponiacutevel

        Disponiacutevel

        Disponiacutevel

        Disponiacutevel

        na

        na

        na

        na

        na

        internet

        internet

        internet

        internet

        internet

        104

        ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

        acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

        Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

        Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

        O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

        Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

        compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

        Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

        Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

        natildeo satildeo mais considerados como anexos

        c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

        sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

        - ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

        Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

        como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

        278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

        105

        que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

        da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

        6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

        DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

        Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

        conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

        MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

        Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

        sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

        E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

        paiacuteses-membros do MERCOSUL

        61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

        divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

        MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

        Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

        demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

        - Balanccedilo Patrimonial

        - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

        - Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

        - Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

        - Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

        No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

        todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

        pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

        107

        paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

        grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

        Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

        respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

        componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

        Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

        se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

        na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

        contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

        destacam-se para o estudo

        a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

        esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

        imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

        conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

        denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

        Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

        utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

        registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

        ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

        b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

        nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

        natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

        eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

        Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

        Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

        Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

        com a denominaccedilatildeo Investimentos

        c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

        entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

        provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

        daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

        conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

        outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

        108

        principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

        registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

        como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

        d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

        assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

        agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

        Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

        satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

        especiacutefica

        e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

        designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

        bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

        os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

        Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

        f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

        contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

        representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

        empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

        Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

        do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

        obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

        Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

        de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

        encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

        caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

        Natildeo Corrente

        Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

        Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

        apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

        No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

        geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

        analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

        seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

        109

        No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

        respectivamente encontram alguma congruecircncias

        a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

        subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

        legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

        devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

        pendentes de integralizaccedilatildeo

        b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

        Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

        se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

        c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

        quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

        prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

        demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

        Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

        Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

        paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

        convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

        a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

        Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

        deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

        b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

        encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

        bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

        Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

        denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

        c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

        Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

        os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

        denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

        d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

        Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

        110

        Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

        tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

        e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

        nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

        gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

        os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

        do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

        O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

        receitas

        f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

        valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

        empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

        e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

        Resultados Diversos

        g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

        parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

        normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

        Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

        paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

        variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

        e as destinaccedilotildees destes recursos

        Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

        divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

        na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

        A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

        Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

        das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        I l l

        62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

        divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

        divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

        deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

        realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

        Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

        pesquisados

        No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

        podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

        do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

        Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

        demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

        integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

        e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

        a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

        representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

        durante o exerciacutecio seguinte

        b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

        antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

        de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

        podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

        Receber

        c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

        Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

        e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

        apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

        valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

        especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

        pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

        conta

        112

        d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

        brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

        Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

        direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

        possibilidade de renda futura

        e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

        paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

        para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

        evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

        Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

        deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

        Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

        Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

        conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

        exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

        pesquisados

        No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

        Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

        meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

        linha do Balanccedilo Patrimonial

        No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

        grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

        No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

        apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

        Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

        As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

        Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

        a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

        se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

        deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

        vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

        Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

        observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

        113

        Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

        da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

        impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

        Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

        liacutequido na demonstraccedilatildeo

        b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

        operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

        os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

        publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

        Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

        c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

        da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

        Devem ser apresentados por ramo de atividade

        d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

        Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

        Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

        na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

        compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

        Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

        apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

        Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

        satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

        apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

        Resultados Financeiros

        e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

        Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

        Despesas Operacionais

        f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

        argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

        Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

        Operacionais

        g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

        alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

        114

        demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

        resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

        h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

        n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

        se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

        Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

        inferecircncias sobre este tiacutetulo

        i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

        apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

        partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

        minoritaacuterios respectivamente

        j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

        n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

        a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

        social

        k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

        Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

        anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

        A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

        incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

        elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

        A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

        Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

        nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

        evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

        estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

        congruecircncias eou divergecircncias

        Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

        Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

        2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

        115

        Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

        apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

        63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

        contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

        O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

        se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

        paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

        Normas Contaacutebeis Adequadas

        Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

        membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

        Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

        coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

        paiacuteses

        Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

        oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

        contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

        Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

        profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

        profundamente

        A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

        pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

        parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

        diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

        demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

        conteuacutedo

        Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

        contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

        exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

        demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

        116

        Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

        Patrimocircnio Liacutequido

        A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

        paiacutes-membro do MERCOSUL

        Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

        ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

        BRASIL CFC NBC T 3

        PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

        URUGUAI Decreto 103991

        ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

        ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

        ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

        Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

        PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

        EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

        PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

        RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

        Previsotildees natildeo correntes

        PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

        Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

        ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

        Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

        RESERVASRESULTADOS

        ACUMULADOS

        Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

        facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

        e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

        demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

        divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

        117

        apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

        todos

        Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

        destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

        os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

        total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

        todo

        Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

        positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

        forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

        encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

        Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

        subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

        Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

        demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

        Patrimonial

        Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

        Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

        Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

        FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

        LEI 640476PARAGUAI

        Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

        Decreto n103991RESULTADOS

        ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

        Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

        Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

        VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

        atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

        em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

        EXTRAORDINAacuteRIOS

        Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

        Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

        Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

        Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

        Lucro Bruto Despesas Operacionais

        Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

        Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

        Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

        do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

        Exerciacutecio

        Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

        em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

        Exerciacutecio

        Ingressos Operacionais I ocais Exterior

        Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

        Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

        dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

        Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

        Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

        118

        A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

        evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

        social passado

        Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

        conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

        os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

        primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

        absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

        incidentes sobre estas

        Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

        da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

        Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

        das vendas

        Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

        demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

        Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

        pesquisados

        Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

        na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

        Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

        paiacuteses-membros do MERCOSUL

        A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

        Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

        conforme normatizaccedilotildees verificadas

        119

        Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

        ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

        BRASIL Lei n640476

        PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

        URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

        v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

        Recursos no inicio do exerciacutecio

        Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

        Recursos ao final do exerciacutecio

        CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

        Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

        Outras causas de origens de recursos

        Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

        de Contas a Receber

        Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

        Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

        Permanentes Pagamento de saldos iniciais

        de Diacutevidas

        AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

        ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

        APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

        AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

        VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

        Recursos no inicio do exerciacutecio

        Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

        Recursos ao final do exerciacutecio

        CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

        Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

        Outras causas de origem de recursos por tipo

        Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

        Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

        ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

        representam saiacuteda de recursos

        Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

        representam entradas de recursos

        Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

        pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

        Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

        de UsoAumento de Passivos

        Correntes Aumento de Passivos Natildeo

        Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

        Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

        Correntes Outros

        APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

        Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

        Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

        Correntes Outros TOTAL

        Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

        A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

        paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

        destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

        destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

        Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

        apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

        exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

        final desta

        Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

        exigida nos paiacuteses pesquisados

        120

        Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

        FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

        CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

        Decreto n103991SALDO INICIAL

        VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

        SALDO FINAL DO PERIacuteODO

        Para as seguintes contas

        APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

        Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

        RESULTADOS ACUMULADOS

        Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

        Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

        SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

        Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

        SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

        MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

        SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

        AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

        Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

        LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

        Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

        DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

        REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

        RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

        SUBTOTAL

        SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

        TOTAL

        A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

        medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

        sociedade

        Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

        explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

        exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

        Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

        conteuacutedo e estrutura

        Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

        Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

        121

        Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

        primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

        modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

        7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

        Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

        constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

        para a realizaccedilatildeo de novos estudos

        71 Conclusotildees

        A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

        acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

        de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

        e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

        evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

        Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

        e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

        transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

        instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

        ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

        em cada paiacutes que atua

        Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

        profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

        dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

        necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

        internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

        importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

        comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

        utilidade junto aos usuaacuterios

        Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

        harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

        123

        no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

        evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

        profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

        mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

        Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

        do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

        emitidas em cada paiacutes

        Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

        divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

        estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

        Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

        divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

        Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

        legislaccedilatildeo brasileira

        Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

        lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

        Patrimocircnio Liacutequido

        Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

        demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

        Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

        demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

        conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

        Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

        niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

        que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

        como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

        124

        Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

        congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

        conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

        permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

        Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

        da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

        dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

        mesmas

        Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

        direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

        do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

        governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

        com globalizaccedilatildeo dos mercados

        72 Recomendaccedilotildees

        A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

        objetos de pesquisa

        Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

        integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

        Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

        divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

        utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

        Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

        harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

        dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

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        • [llfyAAntm
          • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
          • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
          • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
          • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
            • 4METODOLOGIA
            • 41Especificaccedilatildeo do problema
            • 43Coleta e anaacutelise dos dados
              • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
              • Coacutedigo Comercial
              • Normas Brasileiras de Contabilidade
              • Colegio de Contadores do Paraguai
                • Normas Brasileiras de Contabilidade
                  • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                    • Lei das Sociedades Comerciais
                    • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
                    • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
                    • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          SUMAacuteRIO

          LISTA DE QUADROS viacutei

          RESUMO viii

          ABSTRACT ix

          1 INTRODUCcedilAtildeO 111 Tema e problema 112 Objetivos 413 Justificaccedilatildeo do estudo514 Organizaccedilatildeo do trabalho 72 O MERCOSUL 821 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais 8211 Modalidades de Acordos Comerciais 8212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina 1022Origem do MERCOSUL 12

          3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBIL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL 1431 A profissatildeo contaacutebil na Argentina 14311 Prerrogativas Profissionais15312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo15313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 1832 A profissatildeo contaacutebil no Brasil18321 Prerrogativas Profissionais20322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo20323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2333A profissatildeo contaacutebil no Paraguai23331 Prerrogativas Profissionais24332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo25333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 2634 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai27341 Prerrogativas Profissionais 27342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo28343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo 304 METODOLOGIA 3141 Especificaccedilatildeo do problema 31411 Perguntas de pesquisa 31412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos 32413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise 3342 Delineamento da pesquisa3543 Coleta e anaacutelise dos dados3644 Limitaccedilotildees da pesquisa 37

          5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA3951 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis 39511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina 39512 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 41513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai 45514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 4752 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 53521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina53522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 58523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai64524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 7053 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 77531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina7753 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 83533 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai92534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai956 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA10661Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 10662 Anaacutelise das divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria11163 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 1157 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES 12271 Conclusotildees 12272 Recomendaccedilotildees124

          REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS125

          LISTA DE QUADROS

          Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

          Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

          Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

          Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

          RESUMO

          Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

          organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

          paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

          que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

          Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

          MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

          Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

          usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

          os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

          conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

          outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

          demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

          contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

          contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

          indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

          diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

          integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

          e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

          divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

          harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

          ABSTRACT

          In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

          organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

          sprouting between countries with common interests In this context the economic

          blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

          economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

          Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

          in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

          must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

          Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

          know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

          countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

          the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

          accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

          information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

          pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

          standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

          work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

          compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

          in the harmonisation searching of these statements

          1 INTRODUCcedilAtildeO

          Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

          Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

          Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

          apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

          11 Tema e problema

          A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

          afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

          primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

          mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

          Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

          escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

          medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

          contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

          devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

          0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

          dobradas

          Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

          dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

          facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

          administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

          tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

          patrimoniais

          Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

          Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

          1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

          2

          domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

          a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

          a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

          continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

          humanidade o faz

          A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

          observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

          reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

          das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

          desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

          informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

          Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

          informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

          que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

          Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

          relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

          aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

          Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

          denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

          aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

          forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

          Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

          formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

          econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

          barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

          Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

          Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

          membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

          integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

          5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

          3

          a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

          movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

          MERCOSUL

          b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

          poliacuteticas comerciais comuns

          c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

          os princiacutepios do MERCOSUL e

          d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

          Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

          membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

          encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

          Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

          paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

          transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

          instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

          ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

          em cada paiacutes que atua6

          Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

          harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

          para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

          No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

          profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

          cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

          consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

          internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

          importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

          contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

          A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

          com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

          eficaz no mercado mundial

          6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

          4

          Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

          processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

          assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

          divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

          pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

          recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

          Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

          transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

          entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

          culturasrdquo

          Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

          contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

          sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

          paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

          Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          12 Objetivos

          O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

          congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

          vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

          bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

          Paraguai e Uruguai

          bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

          5

          bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

          obrigatoacuteria nestes paiacuteses

          bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

          integrante do MERCOSUL e

          bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

          13 Justificaccedilatildeo do estudo

          Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

          por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

          novas oportunidades de negoacutecios

          Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

          do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

          vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

          As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

          parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

          de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

          profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

          competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

          desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

          como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

          processo de gestatildeo empresarial

          Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

          proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

          possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

          MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

          nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

          investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

          8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

          6

          Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

          praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

          acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

          compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

          principalmente que devem ser superados

          Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

          ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

          Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

          apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

          adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

          MERCOSUL

          Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

          cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

          regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

          congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

          obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

          subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

          demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

          praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

          leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

          avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

          9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

          7

          14 Organizaccedilatildeo do trabalho

          O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

          primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

          do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

          apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

          O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

          acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

          contexto atual

          No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

          paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

          No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

          em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

          limitaccedilotildees da pesquisa

          O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

          contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

          Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

          legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

          integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

          No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

          encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

          vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

          Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

          recomendaccedilotildees para futuros estudos

          2 O MERCOSUL

          Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

          comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

          origem do MERCOSUL e seu contexto atual

          21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

          Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

          comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

          firmados na Ameacuterica Latina

          211 Modalidades de Acordos Comerciais

          Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

          internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

          superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

          regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

          Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

          alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

          Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

          econocircmica entre regiotildees

          a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

          A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

          de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

          MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

          9

          paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

          inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

          b) Zona de Livre Comeacutercio

          As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

          paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

          importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

          ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

          fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

          comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

          c) Uniatildeo Aduaneira

          Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

          Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

          tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

          Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

          comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

          importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

          d) Mercado Comum

          Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

          econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

          12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

          CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

          10

          fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

          serviccedilosrdquo

          Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

          anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

          capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

          harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

          e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

          Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

          Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

          conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

          que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

          macroeconocircmicasrdquo

          Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

          uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

          Banco Central comunitaacuteriordquo

          Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

          unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

          por este

          212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

          Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

          desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

          poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

          18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

          11

          iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

          concretos

          O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

          Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

          espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

          natildeo obteve o efeito desejado21

          Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

          principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

          Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

          em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

          afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

          da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

          prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

          dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

          estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

          abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

          Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

          integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

          busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

          1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

          AL ADI

          De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

          o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

          Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

          participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

          Alcance Parcial

          21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

          12

          Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

          maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

          22 Origem do MERCOSUL

          Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

          competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

          desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

          na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

          Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

          assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

          No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

          nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

          na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

          Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

          desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

          Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

          tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

          Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

          Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

          O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

          mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

          significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

          de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

          maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

          vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

          Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

          quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

          25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

          13

          forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

          Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

          a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

          Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

          membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

          ano de 2001

          Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

          Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

          desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

          incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

          Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

          internacional27

          O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

          acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

          Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

          a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

          consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

          27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

          3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

          Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

          contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

          da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

          profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

          paiacutes

          31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

          Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

          Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

          universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

          pertence sua atividade

          A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

          Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

          Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

          inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

          Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

          os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

          profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

          A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

          profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

          emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

          As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

          assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

          Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

          sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

          29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

          15

          poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

          conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

          Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

          Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

          conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

          resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

          Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

          Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

          fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

          entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

          Ciencias Econoacutemicas

          A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

          prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

          normas legais de regulamentaccedilatildeo

          311 Prerrogativas Profissionais

          Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

          Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

          Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

          Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

          econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

          estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

          e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

          questotildees previstas no artigo33

          312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

          32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

          16

          Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

          regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

          Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

          A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

          Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

          unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

          Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

          funccedilotildees a saber

          ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

          O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

          Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

          (Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

          organismo intermediaacuterio36

          Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

          que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

          distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

          deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

          tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

          Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

          organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

          CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

          34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

          17

          Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

          vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

          obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

          Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

          Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

          FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

          atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

          a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

          coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

          consideram parte integrante este convecircniordquo39

          De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

          para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

          Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

          aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

          respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

          pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

          obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

          aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

          O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

          necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

          Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

          FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

          Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

          FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

          emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

          aprovados pelo CECYT

          38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

          18

          313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

          Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

          contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

          profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

          cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

          Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

          Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

          32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

          No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

          categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

          formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

          formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

          Contaacutebeis42

          Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

          de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

          expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

          os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

          ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

          de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

          c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

          41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

          19

          Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

          pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

          direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

          de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

          Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

          estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

          Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

          ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

          Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

          controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

          Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

          Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

          Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

          exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

          contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

          especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

          Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

          Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

          Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

          definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

          a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

          e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

          oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

          44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

          20

          Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

          Standards Committee (IASC)rdquo

          No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

          prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

          normas legais de regulamentaccedilatildeo

          321 Prerrogativas Profissionais

          As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

          ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

          Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

          compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

          Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

          contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

          contadoresrdquo

          Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

          privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

          previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

          Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

          foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

          entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

          exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

          perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

          322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

          Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

          forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

          Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

          49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

          21

          O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

          o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

          congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

          A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

          foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

          natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

          autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

          de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

          Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

          Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

          pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

          de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

          funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

          Decreto-Lei 9295-46

          No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

          orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

          contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

          Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

          com o Decreto-Lei ndeg 9929546

          Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

          Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

          ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

          contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

          Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

          Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

          O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

          Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

          profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

          Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

          50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

          22

          Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

          nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

          ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

          um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

          Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

          proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

          Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

          anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

          em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

          mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

          perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

          Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

          assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

          profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

          nos trabalhos por esta emitidos

          Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

          Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

          Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

          contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

          instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

          contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

          Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

          Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

          teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

          CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

          Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

          profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

          conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

          denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

          52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

          23

          eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

          Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

          conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

          Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

          Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

          teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

          Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

          Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

          Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

          Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

          Profissatildeo

          Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

          mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

          Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

          Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

          da profissatildeo

          323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

          Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

          que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

          pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

          contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

          denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

          Coacutedigo Comercial Brasileiro

          33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

          54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

          24

          No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

          dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

          Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

          Administracioacuten Publica o de Empresas56

          No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

          contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

          exercem a profissatildeo ilegalmente

          Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

          Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

          para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

          uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

          Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

          Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

          contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

          Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

          Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

          A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

          inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

          regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

          331 Prerrogativas Profissionais

          Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

          contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

          56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

          25

          elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

          ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

          de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

          armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

          m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

          n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

          o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

          liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

          Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

          exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

          conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

          332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

          No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

          profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

          Paraguai

          26

          O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

          classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

          bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

          O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

          Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

          fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

          a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

          Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

          mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

          Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

          nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

          Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

          como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

          forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

          333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

          No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

          a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

          Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

          60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

          27

          34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

          No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

          Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

          denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

          Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

          De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

          Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

          impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

          um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

          projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

          Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

          Universidade da Repuacuteblica

          Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

          em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

          profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

          341 Prerrogativas Profissionais

          Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

          profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

          satildeo dispersas e parciais

          Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

          Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

          eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

          63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

          28

          nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

          profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

          puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

          devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

          No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

          contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

          contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

          nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

          devoluccedilatildeo de impostos

          342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

          Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

          chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

          O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

          denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

          criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

          diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

          outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

          Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

          Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

          como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

          Gremiales constam as seguintes

          ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

          61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

          29

          c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

          No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

          Estatuto prevecirc

          a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

          O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

          no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

          exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

          Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

          seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

          de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

          68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

          30

          o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

          compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

          entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

          Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

          obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

          NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

          tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

          Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

          resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

          343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

          72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

          Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

          da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

          Normas do Banco Central

          70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

          4 METODOLOGIA

          Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

          Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

          de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

          Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

          realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

          perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

          analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

          dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

          41 Especificaccedilatildeo do problema

          Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

          harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

          paiacuteses-membros do MERCOSUL

          Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

          constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

          411 Perguntas de pesquisa

          Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

          perguntas de pesquisa

          a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

          e Uruguai

          b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

          32

          c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

          obrigatoacuteria nestes paiacuteses

          d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

          do MERCOSUL

          e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

          412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

          Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

          comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

          Profissatildeo contaacutebil

          Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

          Contabilidaderdquo

          Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

          oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

          Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

          legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

          contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

          14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

          fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

          33

          Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

          Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

          ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

          fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

          Harmonizaccedilatildeo

          De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

          como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

          tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

          conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

          413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

          A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

          Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

          objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

          envolvidas no fenocircmenordquo

          77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

          34

          Profissatildeo contaacutebil

          Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

          acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

          Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

          para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

          movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

          Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

          apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

          Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

          obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

          demonstraccedilotildees

          Harmonizaccedilatildeo

          A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

          e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

          do MERCOSUL

          U

          35

          42 Delineamento da pesquisa

          De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

          formas de estudo

          bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

          tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

          bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

          fenocircmeno e

          bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

          consequumlecircncias de um fenocircmeno

          Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

          primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

          descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

          populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

          evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

          MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

          exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

          harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

          acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

          esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

          precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

          Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

          conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

          uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

          Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

          elaboraccedilatildeo do trabalho

          81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

          36

          A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

          pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

          um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

          43 Coleta e anaacutelise dos dados

          O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

          Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

          encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

          pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

          obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

          preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

          esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

          pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

          indireta

          A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

          os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

          de laboratoacuterio88

          A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

          recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

          divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

          ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

          cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

          esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

          85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

          38

          por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

          integrantes do MERCOSUL

          Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

          entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

          em outros paiacuteses

          Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

          nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

          disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

          componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

          demonstraccedilotildees

          Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

          que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

          subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

          DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

          51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

          das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

          perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

          respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

          contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

          informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

          Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

          sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

          existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

          seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

          base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

          representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

          511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

          A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

          Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

          Contabilidade naquele paiacutes a saber

          bull Lei das Sociedades Comerciais

          bull Comissatildeo Nacional de Valores e

          bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

          43

          anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

          Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

          No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

          registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

          aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

          criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

          regime de competecircnciardquo

          Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

          que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

          auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

          Mobiliaacuterios

          Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

          Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

          regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

          Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

          o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

          Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

          aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

          a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

          b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

          alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

          independentes ()rdquo

          Coacutedigo Comercial

          Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

          10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

          95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

          44

          0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

          registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

          anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

          Normas Brasileiras de Contabilidade

          Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

          demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

          emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

          Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

          conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

          Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

          Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

          A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

          dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

          fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

          ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

          As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

          entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

          natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

          seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

          bull Balanccedilo Patrimonial

          bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

          bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

          bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

          Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

          Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

          97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

          45

          contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

          as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

          Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

          das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

          aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

          Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

          que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

          integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

          interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

          poliacuteticas e administrativas do conjunto99

          513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

          A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

          Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

          Contabilidade naquele paiacutes a saber

          bull Lei do Comerciante

          bull Comissatildeo Nacional de Valores

          bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

          Lei do Comerciante

          A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

          seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

          Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

          elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

          bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

          98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

          46

          Comissatildeo Nacional de Valores

          A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

          Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

          na bolsa de valoresrdquo101

          Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

          demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

          Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

          deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

          independente

          A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

          perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

          contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

          mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

          Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

          serem divulgadas pelas sociedades

          a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

          c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

          d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

          e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

          101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

          47

          Colegio de Contadores do Paraguai

          O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

          de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

          em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

          emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

          providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

          Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

          como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

          A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

          contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

          outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

          demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

          A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

          os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

          tenha sito feito de tais fundosrdquo108

          A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

          nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

          514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

          A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

          Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

          Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

          saber

          bull Lei das Sociedades Comerciais

          bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

          106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

          48

          bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

          Lei das Sociedades Comerciais

          A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

          de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

          sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

          encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

          art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

          encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

          como miacutenimo

          a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

          naquela data

          b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

          c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

          Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

          A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

          Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

          trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

          103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

          200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

          de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

          comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

          assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

          emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

          Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

          a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

          b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

          110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

          49

          c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

          d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

          e) Bolsa de Valores

          f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

          g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

          h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

          Repuacuteblica e

          i) Coleacutegio de Advogados

          O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

          1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

          forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

          mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

          e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

          esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

          organismos puacuteblicos a saber

          a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

          O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

          estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

          comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

          de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

          O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

          Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

          aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

          obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

          112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

          50

          Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

          nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

          serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

          a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

          b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

          c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

          d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

          demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

          comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

          tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

          Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

          ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

          Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

          1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

          dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

          Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

          junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

          profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

          Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

          ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

          a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

          do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

          b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

          c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

          114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

          51

          d) a NIC n 14 seraacute optativa117

          Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

          Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

          profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

          a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

          O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

          Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

          procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

          Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

          saber

          - Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

          - Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

          adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

          01011990)

          - Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

          - Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

          adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          - Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

          optativas

          No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

          profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

          elaboraccedilatildeo118

          Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

          n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

          Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

          para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

          117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

          118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

          52

          apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

          de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

          elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

          relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

          CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

          de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

          doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

          textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

          Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

          publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

          os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

          Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

          organismos profissionais de outros paiacuteses

          No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

          o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

          normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

          circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

          O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

          obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

          optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

          - paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

          - paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

          contexto do sistema de custos histoacutericos

          - paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

          se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

          120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

          53

          Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

          extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

          Accounting Standards Committee - IASC

          52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

          A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

          da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

          Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

          Lei das Sociedades Comerciais

          A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

          alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

          Resultados e das Notas Complementares

          a) Balanccedilo Geral

          O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

          que segue

          - o efetivo dinheiro em caixa e bancos

          - os creacuteditos provenientes das atividades sociais

          - os bens de troca

          - as aplicaccedilotildees em geral

          - os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

          - os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

          - os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

          54

          - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

          Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

          - as diacutevidas

          - as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

          - toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

          - receitas de exerciacutecios futuros

          - o capital social

          - as reservas legais

          - utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

          - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

          resultado

          No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

          da Lei das Sociedades Comerciais

          ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

          Ainda neste mesmo artigo consta que

          - deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

          - o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

          contas a que correspondam

          - natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

          A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

          - ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

          deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

          com o fim de determinar o resultadordquo124

          123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

          55

          - os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

          correspondam ao exerciacutecio

          - as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

          - os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

          A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

          em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

          da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

          adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

          Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

          Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

          do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

          exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

          c) Notas Complementares

          Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

          Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

          notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

          Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

          A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

          (CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

          contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

          definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

          terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

          integrantes da entidade126

          A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

          e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

          exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

          125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          56

          com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

          conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

          Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

          satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

          Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

          Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

          delas

          a) Balanccedilo Geral

          O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

          ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

          Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

          base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

          referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

          Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

          - no caixa e bancos

          - outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

          - os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

          imobilizados

          - os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

          passivos correntes

          Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

          Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

          passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

          encerramento do balanccedilo

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

          No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

          resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

          121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          57

          Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

          - os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

          - os custos incorridos para atingir estes ingressos

          - os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

          - os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

          - os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

          - os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

          Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

          rubrica os efeitos do imposto de renda

          c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

          As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

          classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

          ou acionistas e resultados acumulados130

          Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

          seguintes informaccedilotildees

          - o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

          - as variaccedilotildees do periacuteodo e

          - o saldo final do periacuteodo

          d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

          Aplicaccedilotildees de Fundos

          Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

          mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

          determinado131

          Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

          do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

          direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

          130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          58

          Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

          aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

          diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

          522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

          Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

          nas Normas Brasileiras de Contabilidade

          Lei das Sociedades Anocircnimas

          Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

          exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

          clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

          deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

          demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

          Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

          Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

          explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

          640476

          a) Balanccedilo Patrimonial

          No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

          patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

          situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

          grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

          ativo passivo e patrimocircnio liquido

          132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

          59

          O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

          - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

          subsequente

          - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

          exerciacutecio seguinte

          - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

          diferido

          Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

          em

          - passivo circulante

          - passivo exigiacutevel a longo prazo

          - resultados de exerciacutecio futuros e

          - patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

          reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

          b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

          A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

          n640476136 deveraacute discriminar

          - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

          os ajustes de exerciacutecios anteriores

          - as reversotildees de reservas

          - o lucro liacutequido do exerciacutecio

          - as transferecircncias para reservas

          - os dividendos propostos

          - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

          - o saldo ao fim do periacuteodo

          c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

          134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

          59

          O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

          - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

          subsequente

          - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

          exerciacutecio seguinte

          - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

          diferido

          Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

          em

          - passivo circulante

          - passivo exigiacutevel a longo prazo

          - resultados de exerciacutecio futuros e

          - patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

          reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

          b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

          A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

          n640476 deveraacute discriminar

          - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

          os ajustes de exerciacutecios anteriores

          - as reversotildees de reservas

          - o lucro liacutequido do exerciacutecio

          - as transferecircncias para reservas

          - os dividendos propostos

          - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

          - o saldo ao fim do periacuteodo

          c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

          134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

          60

          A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

          n640476137 os seguintes itens

          - a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

          - a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

          vendidos e o lucro bruto

          - as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

          deduzidas das respectivas receitas

          - o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

          - o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

          - as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

          beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

          previdecircncia de empregados

          - o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

          social

          d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

          640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

          financeira da companhiardquo138 devendo conter

          - nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

          amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

          futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

          recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

          prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

          investimentos e direitos do ativo imobilizado

          - nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

          ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

          investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

          131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

          138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

          61

          - o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

          representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

          - os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

          do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

          exerciacutecio

          Normas Brasileiras de Contabilidade

          O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

          normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

          Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

          estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

          apresentaccedilatildeo das mesmas

          Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

          usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

          financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

          das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

          Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

          divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

          usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

          usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

          Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

          A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

          os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

          Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

          139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

          62

          Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

          Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          a) Balanccedilo Patrimonial

          A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

          Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

          agrupadas da seguinte forma

          - O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

          antecipadas

          - Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

          superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

          - Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

          As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

          - Circulante

          - Exigiacutevel a longo prazo

          - Resultados de exerciacutecio futuros

          Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

          contas

          - Capital

          Reservas de capital

          - Reservas de reavaliaccedilatildeo

          - Reservas de lucros

          - Lucros ou prejuiacutezos acumulados

          b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

          A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

          custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

          ordenada o que segue

          - ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

          devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

          prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

          63

          - as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

          - o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

          atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

          c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

          De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

          DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

          - ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

          do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

          d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

          A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

          T 3 deve expor

          - ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

          - as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

          impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

          143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

          144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

          64

          - os saldos no final do periacuteodordquo145

          e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

          normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

          - o resultado liacutequido do periacuteodo

          - as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

          provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

          provenientes de capital de terceiros de longo prazo

          - as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

          pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

          aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

          os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

          reembolsos de capital

          - a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

          - a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

          523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

          Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

          conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

          de Valores

          Coleacutegio de Contadores do Paraguai

          Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

          abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

          145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

          65

          Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

          Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

          a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

          contaacutebeis

          b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

          c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

          Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

          demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

          Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

          a) Balanccedilo Geral

          No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

          ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

          ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

          prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

          Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

          normalmente constam

          - Terrenos e edifiacutecios

          - Instalaccedilotildees e equipamentos

          - Outras categorias de ativos

          - Depreciaccedilatildeo Acumulada

          Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

          devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

          Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

          Ativos a Longo Prazo encontra-se

          - Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

          em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

          IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

          66

          - Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

          de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

          Contas a receber de associadas Outras

          - Goodwill

          - Patentes Marcas e Ativos semelhantes

          - Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

          No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

          NIC 5148

          - Disponibilidades

          - Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

          - Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

          administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

          Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

          antecipadamente

          - Estoques

          Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

          abranger

          - ldquoEmpreacutestimos Garantidos

          - Empreacutestimos natildeo Garantidos

          Empreacutestimos Intercompanhias

          - Empreacutestimos de Associadasrdquo149

          No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

          - Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

          - Partes correntes e passivos a longo prazo

          - Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

          diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

          Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

          despesa

          148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

          67

          A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

          e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

          Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

          Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

          - Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

          accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

          o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

          e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

          de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

          adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

          contratos de venda incluindo prazos e quantias

          - Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

          sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

          reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

          Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

          segue

          - ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

          c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

          A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

          faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

          150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

          68

          relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

          existam

          ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

          Comissatildeo Nacional de Valores

          A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

          das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

          Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          a) Balanccedilo Geral

          Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

          Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

          correntes

          No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

          seguintes itens

          - Disponibilidades

          - Investimentos Temporaacuterios

          - Creacuteditos por Venda

          - Outros Creacuteditos

          - Bens de Troca

          Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

          Natildeo Corrente evidencia-se

          - Creacuteditos por vendas

          - Outros Creacuteditos

          153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

          69

          - Bens de Troca

          - Bens de Uso

          - Investimentos

          - Ativos Intangiacuteveis

          - Outros Ativos

          No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

          - Diacutevidas

          - Provisotildees

          Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

          que compreende

          - Diacutevidas

          - Provisotildees

          No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

          seguinte forma

          - Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

          irrevogaacuteveis

          - Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

          Reavaliaccedilatildeo

          - Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

          sem destinaccedilatildeo

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

          A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

          Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

          - Vendas

          - Custos das Vendas

          - Resultado Bruto

          - Gastos de Comercializaccedilatildeo

          - Gastos de Administraccedilatildeo

          155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

          70

          - Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

          - Outras Entradas e Saiacutedas

          - Resultados Financeiros

          - Imposto de Renda

          - Resultados Ordinaacuterios

          - Resultados Extraordinaacuterios

          - Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

          c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

          Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

          seguinte forma

          - Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

          nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

          - Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

          nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

          de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

          classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

          524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

          Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

          segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

          Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

          Lei das Sociedades Comerciais

          156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

          71

          A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

          sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

          apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

          elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

          de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

          quando houverem

          Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

          adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

          racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

          sofridasrdquo

          a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

          Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

          final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

          assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

          Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

          destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

          elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

          A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

          esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

          sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

          contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

          opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

          157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

          71

          A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

          sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

          apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

          elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

          de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

          quando houverem

          Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

          adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

          racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

          sofridasrdquo

          a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

          Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

          final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

          assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

          Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

          destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

          elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

          A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

          esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

          sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

          contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

          opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

          157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

          72

          Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

          De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

          evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

          comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

          diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

          interessadosrdquo161

          Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

          requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

          Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

          a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

          Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

          Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

          correntes e natildeo correntes

          No Ativo Corrente deveratildeo constar

          - Disponibilidades

          - Investimentos temporaacuterios

          - Creacuteditos e

          - Bens de Troca

          Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

          - Creacuteditos a Longo Prazo

          - Bens de Troca Natildeo Correntes

          - Investimentos a Longo Prazo

          - Bens de Uso e

          - Intangiacuteveis

          No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

          - Diacutevidas

          - Provisotildees

          5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

          73

          Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

          - Diacutevidas a longo Prazo

          - Provisotildees natildeo correntes

          Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

          - Capital

          - Aportes e Compromissos a Capitalizar

          - Ajustes ao Patrimocircnio

          - Reservas

          - Resultados Acumulados

          Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

          obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

          expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

          para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

          13

          A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

          informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

          Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

          explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

          demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

          Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

          apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

          na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

          Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

          ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

          do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

          os investimentos de acionistas

          Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

          - terrenos e edifiacutecios

          - maquinaacuterio e equipamento

          - outras categorias de ativos devidamente identificados e a

          162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

          74

          - depreciaccedilatildeo acumulada

          Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

          arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

          No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

          seguintes

          - investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

          companhias associadas

          - contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

          contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

          receber de companhias associadas e outras

          - creacutedito mercantil

          - patentes marcas e ativos similares

          - gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

          diferidos

          Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

          - Efetivos

          - Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

          - Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

          funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

          companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

          - Inventaacuterios

          Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

          Prazo que deve evidenciar

          - empreacutestimos bancaacuterios

          - contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

          intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

          renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

          Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

          diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

          Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

          Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

          segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

          - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

          pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

          periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

          dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

          pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

          submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

          - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

          distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

          superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

          Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

          considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

          refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

          somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

          n200993

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

          A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

          n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

          - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

          c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

          Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

          163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

          75

          - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

          pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

          periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

          dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

          pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

          submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

          - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

          distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

          superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

          Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

          considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

          refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

          somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

          n200993

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

          A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

          n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

          - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

          c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

          Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

          163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

          76

          de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

          demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

          A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

          recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

          a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

          apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

          Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

          mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

          sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

          ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

          aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

          de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

          todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

          informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

          Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

          Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

          Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

          20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

          - NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

          obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

          - NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

          - NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

          - NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

          de los Protones

          - o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

          - o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

          inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

          164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

          77

          - o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

          informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

          Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

          as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

          Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

          Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

          Contaacutebeis Adequadas

          53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

          obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

          531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

          Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

          Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

          Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

          das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

          de Serviccedilos respectivamente

          a) Balanccedilo Geral

          No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

          Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

          situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

          se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

          165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          78

          O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

          entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

          correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

          forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

          correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

          encerramento do periacuteodo

          De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

          que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

          tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

          sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

          Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

          - Caixa e Bancos

          Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

          valores com poder de liquidez ou similares

          - Investimentos

          ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

          explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

          entidaderdquo169

          - Creacuteditos

          ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

          dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

          vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

          natildeo tem esta caracteriacutestica

          - Bens de Troca

          167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          79

          ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

          se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

          vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

          - Bens de Uso

          Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

          os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

          compras destes bens

          - Ativos intangiacuteveis

          ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

          incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

          contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

          futura de produzir rendasrdquo11

          - Outros ativos

          Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

          anterior

          No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

          as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

          classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

          vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

          balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

          classificados como correntesrdquo172

          A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

          - Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

          - Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

          representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

          que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

          171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          80

          173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

          e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

          A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

          nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

          proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

          referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

          Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

          periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

          resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

          exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

          aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

          A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

          resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

          - Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

          - vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

          imposto incidentes sobre as mesmas

          - reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

          originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

          - Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

          atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

          - Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

          sua obtenccedilatildeo

          173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          81

          - Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

          simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

          custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

          na informaccedilatildeo complementar

          - Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

          relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

          presta

          - Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

          razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

          produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

          Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

          entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

          controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

          - Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

          por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

          exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

          - Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

          classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

          em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

          exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

          - Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

          aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

          imposto diferido

          - Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

          resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

          estas

          Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

          atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

          participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

          Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

          178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

          82

          c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

          Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

          os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

          ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

          das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

          motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

          consideradordquo180

          d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

          A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

          diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

          sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

          Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

          Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

          integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

          origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

          O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

          composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

          (capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

          E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

          Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

          natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

          As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

          vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

          deve ser informada adequadamenterdquo183

          179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

          83

          Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

          destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

          As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

          teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

          normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

          53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

          Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

          reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

          conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

          Notas Explicativas

          a) Balanccedilo Patrimonial

          Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

          como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

          Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

          representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

          pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

          entidade

          Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

          ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

          No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

          Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

          se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

          contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

          as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

          estabelecidos ou esperadosrdquo186

          Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

          84

          As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

          realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

          contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

          As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

          respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

          dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

          Balanccedilo Patrimonial188

          A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

          Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

          estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

          No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

          seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

          - Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

          imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

          outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

          imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

          ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

          equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

          com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

          quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

          - Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

          direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

          normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

          oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

          de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

          p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

          85

          subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

          exerciacutecio social

          - Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

          produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

          serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

          Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

          entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

          e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

          fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

          base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

          - Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

          antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

          seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

          Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

          antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

          durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

          n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

          seguinte

          - Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

          Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

          Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

          especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

          respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

          Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

          deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

          retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

          contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

          8 6

          Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

          Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

          estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

          No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

          grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

          classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

          sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

          companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

          companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

          exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

          possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

          Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

          O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

          e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

          subdivide nos subgrupos que seguem

          a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

          que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

          Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

          Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

          183202

          b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

          consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

          tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

          maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

          sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

          p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

          87

          reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

          satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

          autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

          imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

          manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

          finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

          subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

          Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

          contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

          dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

          utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

          corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

          propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

          exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

          prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

          ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

          direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

          nessa exploraccedilatildeordquo

          c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

          formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

          acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

          acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

          subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

          Lei n640476210 art 183 que

          ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

          1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

          88

          a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

          No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

          companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

          seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

          passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

          De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

          a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

          prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

          subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

          b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

          estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

          do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

          A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

          subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

          exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

          n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

          O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

          registar o que segue

          Capital

          ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

          reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

          social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

          realizadardquo216

          211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

          89

          Reservas

          ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

          outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

          Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

          deve-se registrar

          - ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

          Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

          aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

          Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

          lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

          deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

          registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

          Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

          ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

          compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

          b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

          Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

          descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

          muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

          217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

          BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

          90

          No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

          computadas

          - ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

          - os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

          c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

          Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

          Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

          estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

          os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

          imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

          subsequumlentesrdquo223

          A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

          do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

          Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

          d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

          Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

          seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

          se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

          Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

          entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

          desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

          22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

          e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

          evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

          abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

          222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

          BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

          92

          i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

          Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

          conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

          5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

          Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

          utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

          das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

          Paraguai

          a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

          No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

          Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

          Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

          acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

          decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

          distribuiccedilatildeordquo229

          No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

          ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

          recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

          se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

          entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

          Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

          conforme a Resoluccedilatildeo n592231

          229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

          93

          Disponibilidades

          ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

          poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

          fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

          dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

          complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

          caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

          Investimentos

          Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

          aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

          realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

          5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

          Creacuteditos

          ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

          bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

          venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

          outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

          estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

          registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

          realizaccedilatildeo

          Bens de Troca

          ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

          haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

          Bens de Uso

          ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

          e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

          Ativos Intangiacuteveis

          ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

          tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

          na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

          232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

          94

          Outros Ativos

          ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

          anterioresrdquo

          O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

          certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

          classificam-se

          - Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

          - Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

          que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

          A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

          de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

          participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

          b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

          Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

          natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

          ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

          apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

          c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

          aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

          somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

          n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

          236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

          95

          534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

          Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

          analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

          emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

          Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

          n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

          documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

          a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

          momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

          Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

          como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

          expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

          variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

          aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

          miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

          sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

          O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

          Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

          Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

          pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

          contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

          Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

          Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

          comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

          como denominado no Uruguai

          a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

          Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

          passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

          241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

          96

          classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

          produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

          consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

          Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

          circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

          NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

          incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

          prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

          que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

          prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

          conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

          No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

          ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

          o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

          Disponibilidades

          Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

          agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

          moeda nacional e estrangeira

          Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

          item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

          contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

          por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

          embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

          bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

          Investimentos Temporaacuterios

          Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

          faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

          empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

          tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

          243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

          97

          etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

          mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

          de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

          Creacuteditos

          ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

          para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

          por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

          temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

          constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

          daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

          Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

          apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

          para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

          entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

          subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

          Bens de Cambio

          Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

          encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

          produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

          separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

          empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

          de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

          seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

          de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

          gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

          245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

          98

          Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

          ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

          grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

          Creacuteditos a Longo Prazo

          ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

          o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

          Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

          Bens de Cambio natildeo Correntes

          ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

          realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

          subgrupo

          Investimentos a Longo Prazo

          ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

          com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

          comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

          esta conta da mesma forma

          Bens de Uso

          Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

          estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

          sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

          moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

          minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

          subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

          liacutequido

          250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

          99

          Intangiacuteveis

          ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

          aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

          Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

          dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

          Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

          Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

          certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

          13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

          as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

          prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

          contas do Passivo Circulante

          Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

          Diacutevidas

          As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

          obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

          importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

          origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

          existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

          financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

          sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

          Provisotildees

          ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

          representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

          originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

          quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

          concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

          produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

          255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

          256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

          100

          A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

          diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

          No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

          que segue

          Dividas a Longo Prazo

          ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

          o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

          segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

          anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

          Provisatildeo natildeo Corrente

          ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

          vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

          No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

          as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

          natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

          contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

          O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

          CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

          ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

          Aportes e Compromissos a Capitalizar

          httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

          260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

          101

          ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

          Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

          capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

          social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

          aporte pendente de integralizaccedilatildeo

          Ajustes do Patrimocircnio

          ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

          incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

          variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

          Reservas

          ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

          Resultados Acumulados

          ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

          especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

          A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

          b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

          A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

          separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

          operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

          URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

          102

          necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

          uma das contas

          O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

          exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

          ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

          Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

          resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

          Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

          exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

          expressa demonstraccedilatildeordquo269

          Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

          Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

          econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

          anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

          de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

          de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

          Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

          seguinte conteuacutedo

          Ingressos Operacionais

          ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

          no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

          nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

          Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

          descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

          267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

          103

          serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

          seguros e fretes nas vendas etc)

          Ingressos Operacionais Liacutequidos

          ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

          bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

          Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

          ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

          ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

          operacionaisrdquo273

          Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

          ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

          administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

          estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

          Resultados Diversos

          ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

          empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

          Resultados Financeiros

          ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

          financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

          separadamente

          Resultados Extraordinaacuterios

          ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

          deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

          negativosrdquo277

          Imposto de Renda

          272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

          Disponiacutevel na internet

          273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

          n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

          n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

          n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

          n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

          n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

          Disponiacutevel

          Disponiacutevel

          Disponiacutevel

          Disponiacutevel

          Disponiacutevel

          na

          na

          na

          na

          na

          internet

          internet

          internet

          internet

          internet

          104

          ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

          acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

          Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

          Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

          O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

          Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

          compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

          Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

          Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

          natildeo satildeo mais considerados como anexos

          c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

          sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

          - ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

          Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

          como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

          278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

          105

          que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

          da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

          6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

          DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

          Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

          conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

          MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

          Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

          sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

          E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

          paiacuteses-membros do MERCOSUL

          61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

          divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

          MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

          Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

          demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

          - Balanccedilo Patrimonial

          - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

          - Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

          - Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

          - Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

          No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

          todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

          pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

          107

          paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

          grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

          Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

          respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

          componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

          Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

          se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

          na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

          contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

          destacam-se para o estudo

          a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

          esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

          imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

          conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

          denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

          Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

          utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

          registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

          ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

          b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

          nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

          natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

          eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

          Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

          Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

          Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

          com a denominaccedilatildeo Investimentos

          c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

          entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

          provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

          daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

          conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

          outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

          108

          principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

          registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

          como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

          d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

          assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

          agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

          Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

          satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

          especiacutefica

          e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

          designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

          bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

          os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

          Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

          f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

          contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

          representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

          empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

          Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

          do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

          obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

          Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

          de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

          encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

          caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

          Natildeo Corrente

          Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

          Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

          apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

          No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

          geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

          analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

          seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

          109

          No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

          respectivamente encontram alguma congruecircncias

          a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

          subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

          legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

          devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

          pendentes de integralizaccedilatildeo

          b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

          Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

          se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

          c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

          quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

          prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

          demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

          Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

          Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

          paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

          convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

          a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

          Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

          deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

          b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

          encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

          bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

          Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

          denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

          c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

          Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

          os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

          denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

          d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

          Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

          110

          Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

          tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

          e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

          nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

          gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

          os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

          do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

          O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

          receitas

          f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

          valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

          empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

          e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

          Resultados Diversos

          g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

          parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

          normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

          Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

          paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

          variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

          e as destinaccedilotildees destes recursos

          Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

          divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

          na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

          A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

          Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

          das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          I l l

          62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

          divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

          divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

          deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

          realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

          Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

          pesquisados

          No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

          podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

          do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

          Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

          demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

          integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

          e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

          a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

          representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

          durante o exerciacutecio seguinte

          b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

          antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

          de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

          podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

          Receber

          c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

          Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

          e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

          apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

          valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

          especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

          pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

          conta

          112

          d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

          brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

          Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

          direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

          possibilidade de renda futura

          e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

          paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

          para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

          evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

          Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

          deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

          Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

          Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

          conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

          exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

          pesquisados

          No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

          Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

          meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

          linha do Balanccedilo Patrimonial

          No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

          grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

          No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

          apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

          Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

          As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

          Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

          a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

          se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

          deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

          vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

          Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

          observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

          113

          Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

          da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

          impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

          Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

          liacutequido na demonstraccedilatildeo

          b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

          operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

          os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

          publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

          Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

          c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

          da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

          Devem ser apresentados por ramo de atividade

          d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

          Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

          Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

          na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

          compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

          Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

          apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

          Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

          satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

          apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

          Resultados Financeiros

          e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

          Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

          Despesas Operacionais

          f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

          argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

          Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

          Operacionais

          g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

          alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

          114

          demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

          resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

          h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

          n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

          se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

          Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

          inferecircncias sobre este tiacutetulo

          i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

          apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

          partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

          minoritaacuterios respectivamente

          j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

          n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

          a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

          social

          k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

          Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

          anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

          A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

          incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

          elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

          A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

          Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

          nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

          evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

          estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

          congruecircncias eou divergecircncias

          Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

          Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

          2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

          115

          Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

          apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

          63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

          contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

          O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

          se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

          paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

          Normas Contaacutebeis Adequadas

          Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

          membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

          Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

          coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

          paiacuteses

          Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

          oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

          contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

          Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

          profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

          profundamente

          A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

          pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

          parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

          diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

          demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

          conteuacutedo

          Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

          contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

          exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

          demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

          116

          Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

          Patrimocircnio Liacutequido

          A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

          paiacutes-membro do MERCOSUL

          Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

          ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

          BRASIL CFC NBC T 3

          PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

          URUGUAI Decreto 103991

          ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

          ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

          ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

          Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

          PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

          EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

          PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

          RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

          Previsotildees natildeo correntes

          PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

          Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

          ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

          Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

          RESERVASRESULTADOS

          ACUMULADOS

          Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

          facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

          e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

          demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

          divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

          117

          apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

          todos

          Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

          destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

          os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

          total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

          todo

          Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

          positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

          forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

          encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

          Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

          subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

          Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

          demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

          Patrimonial

          Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

          Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

          Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

          FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

          LEI 640476PARAGUAI

          Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

          Decreto n103991RESULTADOS

          ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

          Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

          Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

          VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

          atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

          em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

          EXTRAORDINAacuteRIOS

          Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

          Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

          Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

          Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

          Lucro Bruto Despesas Operacionais

          Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

          Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

          Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

          do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

          Exerciacutecio

          Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

          em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

          Exerciacutecio

          Ingressos Operacionais I ocais Exterior

          Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

          Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

          dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

          Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

          Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

          118

          A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

          evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

          social passado

          Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

          conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

          os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

          primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

          absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

          incidentes sobre estas

          Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

          da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

          Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

          das vendas

          Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

          demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

          Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

          pesquisados

          Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

          na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

          Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

          paiacuteses-membros do MERCOSUL

          A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

          Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

          conforme normatizaccedilotildees verificadas

          119

          Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

          ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

          BRASIL Lei n640476

          PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

          URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

          v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

          Recursos no inicio do exerciacutecio

          Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

          Recursos ao final do exerciacutecio

          CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

          Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

          Outras causas de origens de recursos

          Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

          de Contas a Receber

          Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

          Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

          Permanentes Pagamento de saldos iniciais

          de Diacutevidas

          AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

          ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

          APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

          AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

          VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

          Recursos no inicio do exerciacutecio

          Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

          Recursos ao final do exerciacutecio

          CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

          Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

          Outras causas de origem de recursos por tipo

          Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

          Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

          ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

          representam saiacuteda de recursos

          Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

          representam entradas de recursos

          Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

          pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

          Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

          de UsoAumento de Passivos

          Correntes Aumento de Passivos Natildeo

          Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

          Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

          Correntes Outros

          APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

          Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

          Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

          Correntes Outros TOTAL

          Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

          A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

          paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

          destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

          destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

          Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

          apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

          exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

          final desta

          Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

          exigida nos paiacuteses pesquisados

          120

          Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

          FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

          CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

          Decreto n103991SALDO INICIAL

          VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

          SALDO FINAL DO PERIacuteODO

          Para as seguintes contas

          APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

          Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

          RESULTADOS ACUMULADOS

          Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

          Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

          SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

          Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

          SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

          MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

          SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

          AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

          Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

          LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

          Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

          DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

          REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

          RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

          SUBTOTAL

          SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

          TOTAL

          A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

          medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

          sociedade

          Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

          explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

          exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

          Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

          conteuacutedo e estrutura

          Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

          Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

          121

          Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

          primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

          modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

          7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

          Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

          constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

          para a realizaccedilatildeo de novos estudos

          71 Conclusotildees

          A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

          acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

          de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

          e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

          evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

          Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

          e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

          transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

          instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

          ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

          em cada paiacutes que atua

          Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

          profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

          dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

          necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

          internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

          importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

          comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

          utilidade junto aos usuaacuterios

          Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

          harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

          123

          no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

          evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

          profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

          mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

          Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

          do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

          emitidas em cada paiacutes

          Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

          divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

          estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

          Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

          divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

          Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

          legislaccedilatildeo brasileira

          Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

          lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

          Patrimocircnio Liacutequido

          Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

          demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

          Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

          demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

          conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

          Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

          niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

          que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

          como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

          124

          Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

          congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

          conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

          permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

          Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

          da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

          dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

          mesmas

          Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

          direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

          do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

          governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

          com globalizaccedilatildeo dos mercados

          72 Recomendaccedilotildees

          A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

          objetos de pesquisa

          Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

          integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

          Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

          divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

          utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

          Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

          harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

          dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

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          • [llfyAAntm
            • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
            • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
            • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
            • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
              • 4METODOLOGIA
              • 41Especificaccedilatildeo do problema
              • 43Coleta e anaacutelise dos dados
                • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
                • Coacutedigo Comercial
                • Normas Brasileiras de Contabilidade
                • Colegio de Contadores do Paraguai
                  • Normas Brasileiras de Contabilidade
                    • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                      • Lei das Sociedades Comerciais
                      • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
                      • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
                      • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA3951 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis 39511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina 39512 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 41513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai 45514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 4752 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 53521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina53522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 58523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai64524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai 7053 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 77531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina7753 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil 83533 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai92534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai956 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA10661Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 10662 Anaacutelise das divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria11163 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria 1157 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES 12271 Conclusotildees 12272 Recomendaccedilotildees124

            REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS125

            LISTA DE QUADROS

            Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

            Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

            Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

            Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

            RESUMO

            Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

            organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

            paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

            que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

            Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

            MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

            Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

            usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

            os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

            conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

            outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

            demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

            contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

            contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

            indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

            diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

            integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

            e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

            divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

            harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

            ABSTRACT

            In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

            organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

            sprouting between countries with common interests In this context the economic

            blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

            economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

            Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

            in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

            must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

            Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

            know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

            countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

            the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

            accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

            information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

            pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

            standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

            work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

            compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

            in the harmonisation searching of these statements

            1 INTRODUCcedilAtildeO

            Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

            Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

            Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

            apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

            11 Tema e problema

            A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

            afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

            primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

            mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

            Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

            escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

            medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

            contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

            devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

            0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

            dobradas

            Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

            dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

            facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

            administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

            tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

            patrimoniais

            Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

            Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

            1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

            2

            domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

            a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

            a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

            continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

            humanidade o faz

            A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

            observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

            reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

            das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

            desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

            informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

            Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

            informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

            que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

            Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

            relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

            aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

            Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

            denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

            aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

            forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

            Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

            formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

            econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

            barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

            Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

            Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

            membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

            integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

            5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

            3

            a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

            movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

            MERCOSUL

            b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

            poliacuteticas comerciais comuns

            c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

            os princiacutepios do MERCOSUL e

            d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

            Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

            membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

            encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

            Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

            paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

            transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

            instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

            ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

            em cada paiacutes que atua6

            Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

            harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

            para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

            No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

            profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

            cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

            consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

            internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

            importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

            contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

            A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

            com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

            eficaz no mercado mundial

            6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

            4

            Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

            processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

            assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

            divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

            pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

            recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

            Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

            transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

            entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

            culturasrdquo

            Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

            contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

            sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

            paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

            Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            12 Objetivos

            O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

            congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

            vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

            bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

            Paraguai e Uruguai

            bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

            5

            bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

            obrigatoacuteria nestes paiacuteses

            bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

            integrante do MERCOSUL e

            bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

            13 Justificaccedilatildeo do estudo

            Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

            por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

            novas oportunidades de negoacutecios

            Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

            do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

            vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

            As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

            parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

            de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

            profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

            competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

            desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

            como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

            processo de gestatildeo empresarial

            Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

            proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

            possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

            MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

            nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

            investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

            8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

            6

            Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

            praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

            acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

            compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

            principalmente que devem ser superados

            Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

            ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

            Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

            apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

            adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

            MERCOSUL

            Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

            cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

            regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

            congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

            obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

            subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

            demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

            praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

            leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

            avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

            9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

            7

            14 Organizaccedilatildeo do trabalho

            O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

            primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

            do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

            apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

            O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

            acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

            contexto atual

            No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

            paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

            No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

            em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

            limitaccedilotildees da pesquisa

            O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

            contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

            Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

            legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

            integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

            No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

            encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

            vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

            Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

            recomendaccedilotildees para futuros estudos

            2 O MERCOSUL

            Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

            comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

            origem do MERCOSUL e seu contexto atual

            21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

            Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

            comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

            firmados na Ameacuterica Latina

            211 Modalidades de Acordos Comerciais

            Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

            internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

            superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

            regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

            Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

            alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

            Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

            econocircmica entre regiotildees

            a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

            A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

            de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

            MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

            9

            paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

            inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

            b) Zona de Livre Comeacutercio

            As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

            paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

            importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

            ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

            fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

            comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

            c) Uniatildeo Aduaneira

            Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

            Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

            tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

            Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

            comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

            importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

            d) Mercado Comum

            Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

            econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

            12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

            CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

            10

            fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

            serviccedilosrdquo

            Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

            anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

            capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

            harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

            e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

            Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

            Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

            conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

            que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

            macroeconocircmicasrdquo

            Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

            uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

            Banco Central comunitaacuteriordquo

            Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

            unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

            por este

            212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

            Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

            desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

            poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

            18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

            11

            iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

            concretos

            O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

            Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

            espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

            natildeo obteve o efeito desejado21

            Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

            principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

            Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

            em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

            afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

            da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

            prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

            dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

            estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

            abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

            Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

            integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

            busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

            1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

            AL ADI

            De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

            o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

            Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

            participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

            Alcance Parcial

            21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

            12

            Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

            maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

            22 Origem do MERCOSUL

            Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

            competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

            desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

            na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

            Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

            assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

            No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

            nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

            na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

            Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

            desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

            Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

            tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

            Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

            Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

            O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

            mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

            significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

            de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

            maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

            vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

            Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

            quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

            25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

            13

            forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

            Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

            a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

            Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

            membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

            ano de 2001

            Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

            Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

            desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

            incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

            Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

            internacional27

            O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

            acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

            Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

            a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

            consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

            27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

            3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

            Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

            contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

            da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

            profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

            paiacutes

            31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

            Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

            Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

            universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

            pertence sua atividade

            A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

            Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

            Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

            inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

            Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

            os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

            profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

            A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

            profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

            emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

            As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

            assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

            Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

            sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

            29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

            15

            poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

            conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

            Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

            Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

            conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

            resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

            Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

            Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

            fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

            entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

            Ciencias Econoacutemicas

            A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

            prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

            normas legais de regulamentaccedilatildeo

            311 Prerrogativas Profissionais

            Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

            Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

            Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

            Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

            econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

            estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

            e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

            questotildees previstas no artigo33

            312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

            32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

            16

            Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

            regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

            Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

            A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

            Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

            unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

            Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

            funccedilotildees a saber

            ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

            O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

            Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

            (Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

            organismo intermediaacuterio36

            Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

            que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

            distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

            deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

            tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

            Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

            organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

            CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

            34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

            17

            Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

            vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

            obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

            Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

            Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

            FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

            atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

            a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

            coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

            consideram parte integrante este convecircniordquo39

            De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

            para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

            Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

            aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

            respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

            pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

            obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

            aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

            O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

            necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

            Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

            FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

            Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

            FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

            emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

            aprovados pelo CECYT

            38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

            18

            313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

            Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

            contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

            profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

            cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

            Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

            Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

            32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

            No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

            categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

            formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

            formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

            Contaacutebeis42

            Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

            de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

            expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

            os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

            ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

            de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

            c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

            41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

            19

            Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

            pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

            direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

            de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

            Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

            estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

            Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

            ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

            Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

            controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

            Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

            Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

            Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

            exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

            contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

            especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

            Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

            Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

            Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

            definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

            a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

            e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

            oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

            44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

            20

            Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

            Standards Committee (IASC)rdquo

            No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

            prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

            normas legais de regulamentaccedilatildeo

            321 Prerrogativas Profissionais

            As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

            ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

            Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

            compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

            Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

            contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

            contadoresrdquo

            Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

            privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

            previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

            Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

            foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

            entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

            exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

            perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

            322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

            Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

            forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

            Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

            49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

            21

            O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

            o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

            congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

            A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

            foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

            natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

            autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

            de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

            Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

            Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

            pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

            de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

            funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

            Decreto-Lei 9295-46

            No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

            orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

            contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

            Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

            com o Decreto-Lei ndeg 9929546

            Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

            Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

            ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

            contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

            Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

            Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

            O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

            Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

            profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

            Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

            50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

            22

            Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

            nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

            ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

            um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

            Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

            proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

            Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

            anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

            em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

            mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

            perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

            Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

            assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

            profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

            nos trabalhos por esta emitidos

            Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

            Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

            Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

            contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

            instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

            contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

            Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

            Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

            teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

            CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

            Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

            profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

            conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

            denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

            52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

            23

            eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

            Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

            conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

            Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

            Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

            teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

            Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

            Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

            Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

            Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

            Profissatildeo

            Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

            mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

            Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

            Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

            da profissatildeo

            323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

            Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

            que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

            pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

            contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

            denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

            Coacutedigo Comercial Brasileiro

            33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

            54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

            24

            No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

            dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

            Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

            Administracioacuten Publica o de Empresas56

            No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

            contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

            exercem a profissatildeo ilegalmente

            Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

            Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

            para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

            uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

            Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

            Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

            contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

            Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

            Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

            A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

            inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

            regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

            331 Prerrogativas Profissionais

            Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

            contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

            56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

            25

            elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

            ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

            de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

            armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

            m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

            n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

            o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

            liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

            Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

            exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

            conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

            332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

            No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

            profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

            Paraguai

            26

            O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

            classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

            bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

            O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

            Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

            fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

            a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

            Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

            mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

            Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

            nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

            Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

            como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

            forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

            333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

            No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

            a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

            Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

            60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

            27

            34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

            No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

            Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

            denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

            Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

            De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

            Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

            impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

            um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

            projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

            Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

            Universidade da Repuacuteblica

            Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

            em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

            profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

            341 Prerrogativas Profissionais

            Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

            profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

            satildeo dispersas e parciais

            Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

            Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

            eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

            63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

            28

            nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

            profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

            puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

            devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

            No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

            contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

            contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

            nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

            devoluccedilatildeo de impostos

            342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

            Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

            chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

            O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

            denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

            criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

            diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

            outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

            Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

            Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

            como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

            Gremiales constam as seguintes

            ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

            61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

            29

            c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

            No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

            Estatuto prevecirc

            a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

            O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

            no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

            exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

            Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

            seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

            de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

            68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

            30

            o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

            compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

            entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

            Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

            obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

            NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

            tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

            Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

            resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

            343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

            72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

            Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

            da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

            Normas do Banco Central

            70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

            4 METODOLOGIA

            Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

            Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

            de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

            Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

            realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

            perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

            analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

            dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

            41 Especificaccedilatildeo do problema

            Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

            harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

            paiacuteses-membros do MERCOSUL

            Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

            constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

            411 Perguntas de pesquisa

            Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

            perguntas de pesquisa

            a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

            e Uruguai

            b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

            32

            c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

            obrigatoacuteria nestes paiacuteses

            d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

            do MERCOSUL

            e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

            412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

            Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

            comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

            Profissatildeo contaacutebil

            Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

            Contabilidaderdquo

            Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

            oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

            Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

            legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

            contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

            14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

            fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

            33

            Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

            Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

            ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

            fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

            Harmonizaccedilatildeo

            De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

            como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

            tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

            conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

            413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

            A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

            Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

            objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

            envolvidas no fenocircmenordquo

            77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

            34

            Profissatildeo contaacutebil

            Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

            acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

            Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

            para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

            movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

            Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

            apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

            Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

            obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

            demonstraccedilotildees

            Harmonizaccedilatildeo

            A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

            e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

            do MERCOSUL

            U

            35

            42 Delineamento da pesquisa

            De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

            formas de estudo

            bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

            tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

            bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

            fenocircmeno e

            bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

            consequumlecircncias de um fenocircmeno

            Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

            primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

            descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

            populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

            evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

            MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

            exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

            harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

            acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

            esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

            precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

            Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

            conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

            uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

            Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

            elaboraccedilatildeo do trabalho

            81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

            36

            A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

            pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

            um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

            43 Coleta e anaacutelise dos dados

            O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

            Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

            encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

            pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

            obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

            preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

            esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

            pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

            indireta

            A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

            os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

            de laboratoacuterio88

            A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

            recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

            divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

            ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

            cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

            esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

            85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

            38

            por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

            integrantes do MERCOSUL

            Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

            entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

            em outros paiacuteses

            Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

            nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

            disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

            componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

            demonstraccedilotildees

            Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

            que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

            subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

            DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

            51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

            das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

            perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

            respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

            contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

            informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

            Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

            sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

            existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

            seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

            base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

            representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

            511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

            A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

            Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

            Contabilidade naquele paiacutes a saber

            bull Lei das Sociedades Comerciais

            bull Comissatildeo Nacional de Valores e

            bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

            43

            anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

            Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

            No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

            registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

            aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

            criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

            regime de competecircnciardquo

            Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

            que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

            auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

            Mobiliaacuterios

            Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

            Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

            regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

            Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

            o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

            Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

            aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

            a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

            b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

            alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

            independentes ()rdquo

            Coacutedigo Comercial

            Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

            10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

            95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

            44

            0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

            registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

            anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

            Normas Brasileiras de Contabilidade

            Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

            demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

            emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

            Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

            conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

            Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

            Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

            A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

            dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

            fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

            ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

            As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

            entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

            natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

            seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

            bull Balanccedilo Patrimonial

            bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

            bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

            bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

            Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

            Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

            97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

            45

            contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

            as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

            Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

            das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

            aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

            Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

            que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

            integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

            interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

            poliacuteticas e administrativas do conjunto99

            513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

            A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

            Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

            Contabilidade naquele paiacutes a saber

            bull Lei do Comerciante

            bull Comissatildeo Nacional de Valores

            bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

            Lei do Comerciante

            A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

            seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

            Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

            elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

            bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

            98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

            46

            Comissatildeo Nacional de Valores

            A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

            Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

            na bolsa de valoresrdquo101

            Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

            demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

            Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

            deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

            independente

            A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

            perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

            contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

            mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

            Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

            serem divulgadas pelas sociedades

            a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

            c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

            d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

            e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

            101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

            47

            Colegio de Contadores do Paraguai

            O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

            de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

            em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

            emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

            providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

            Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

            como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

            A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

            contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

            outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

            demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

            A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

            os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

            tenha sito feito de tais fundosrdquo108

            A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

            nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

            514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

            A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

            Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

            Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

            saber

            bull Lei das Sociedades Comerciais

            bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

            106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

            48

            bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

            Lei das Sociedades Comerciais

            A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

            de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

            sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

            encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

            art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

            encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

            como miacutenimo

            a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

            naquela data

            b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

            c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

            Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

            A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

            Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

            trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

            103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

            200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

            de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

            comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

            assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

            emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

            Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

            a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

            b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

            110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

            49

            c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

            d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

            e) Bolsa de Valores

            f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

            g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

            h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

            Repuacuteblica e

            i) Coleacutegio de Advogados

            O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

            1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

            forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

            mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

            e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

            esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

            organismos puacuteblicos a saber

            a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

            O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

            estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

            comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

            de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

            O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

            Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

            aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

            obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

            112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

            50

            Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

            nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

            serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

            a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

            b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

            c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

            d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

            demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

            comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

            tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

            Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

            ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

            Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

            1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

            dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

            Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

            junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

            profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

            Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

            ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

            a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

            do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

            b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

            c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

            114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

            51

            d) a NIC n 14 seraacute optativa117

            Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

            Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

            profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

            a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

            O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

            Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

            procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

            Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

            saber

            - Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

            - Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

            adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

            01011990)

            - Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

            - Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

            adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            - Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

            optativas

            No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

            profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

            elaboraccedilatildeo118

            Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

            n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

            Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

            para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

            117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

            118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

            52

            apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

            de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

            elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

            relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

            CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

            de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

            doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

            textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

            Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

            publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

            os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

            Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

            organismos profissionais de outros paiacuteses

            No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

            o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

            normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

            circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

            O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

            obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

            optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

            - paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

            - paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

            contexto do sistema de custos histoacutericos

            - paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

            se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

            120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

            53

            Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

            extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

            Accounting Standards Committee - IASC

            52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

            A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

            da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

            Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

            Lei das Sociedades Comerciais

            A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

            alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

            Resultados e das Notas Complementares

            a) Balanccedilo Geral

            O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

            que segue

            - o efetivo dinheiro em caixa e bancos

            - os creacuteditos provenientes das atividades sociais

            - os bens de troca

            - as aplicaccedilotildees em geral

            - os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

            - os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

            - os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

            54

            - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

            Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

            - as diacutevidas

            - as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

            - toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

            - receitas de exerciacutecios futuros

            - o capital social

            - as reservas legais

            - utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

            - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

            resultado

            No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

            da Lei das Sociedades Comerciais

            ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

            Ainda neste mesmo artigo consta que

            - deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

            - o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

            contas a que correspondam

            - natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

            A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

            - ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

            deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

            com o fim de determinar o resultadordquo124

            123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

            55

            - os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

            correspondam ao exerciacutecio

            - as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

            - os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

            A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

            em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

            da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

            adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

            Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

            Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

            do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

            exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

            c) Notas Complementares

            Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

            Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

            notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

            Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

            A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

            (CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

            contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

            definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

            terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

            integrantes da entidade126

            A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

            e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

            exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

            125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            56

            com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

            conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

            Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

            satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

            Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

            Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

            delas

            a) Balanccedilo Geral

            O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

            ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

            Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

            base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

            referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

            Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

            - no caixa e bancos

            - outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

            - os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

            imobilizados

            - os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

            passivos correntes

            Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

            Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

            passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

            encerramento do balanccedilo

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

            No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

            resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

            121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            57

            Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

            - os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

            - os custos incorridos para atingir estes ingressos

            - os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

            - os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

            - os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

            - os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

            Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

            rubrica os efeitos do imposto de renda

            c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

            As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

            classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

            ou acionistas e resultados acumulados130

            Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

            seguintes informaccedilotildees

            - o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

            - as variaccedilotildees do periacuteodo e

            - o saldo final do periacuteodo

            d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

            Aplicaccedilotildees de Fundos

            Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

            mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

            determinado131

            Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

            do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

            direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

            130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            58

            Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

            aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

            diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

            522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

            Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

            nas Normas Brasileiras de Contabilidade

            Lei das Sociedades Anocircnimas

            Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

            exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

            clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

            deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

            demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

            Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

            Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

            explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

            640476

            a) Balanccedilo Patrimonial

            No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

            patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

            situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

            grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

            ativo passivo e patrimocircnio liquido

            132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

            59

            O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

            - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

            subsequente

            - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

            exerciacutecio seguinte

            - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

            diferido

            Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

            em

            - passivo circulante

            - passivo exigiacutevel a longo prazo

            - resultados de exerciacutecio futuros e

            - patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

            reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

            b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

            A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

            n640476136 deveraacute discriminar

            - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

            os ajustes de exerciacutecios anteriores

            - as reversotildees de reservas

            - o lucro liacutequido do exerciacutecio

            - as transferecircncias para reservas

            - os dividendos propostos

            - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

            - o saldo ao fim do periacuteodo

            c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

            134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

            59

            O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

            - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

            subsequente

            - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

            exerciacutecio seguinte

            - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

            diferido

            Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

            em

            - passivo circulante

            - passivo exigiacutevel a longo prazo

            - resultados de exerciacutecio futuros e

            - patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

            reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

            b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

            A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

            n640476 deveraacute discriminar

            - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

            os ajustes de exerciacutecios anteriores

            - as reversotildees de reservas

            - o lucro liacutequido do exerciacutecio

            - as transferecircncias para reservas

            - os dividendos propostos

            - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

            - o saldo ao fim do periacuteodo

            c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

            134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

            60

            A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

            n640476137 os seguintes itens

            - a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

            - a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

            vendidos e o lucro bruto

            - as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

            deduzidas das respectivas receitas

            - o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

            - o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

            - as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

            beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

            previdecircncia de empregados

            - o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

            social

            d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

            640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

            financeira da companhiardquo138 devendo conter

            - nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

            amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

            futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

            recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

            prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

            investimentos e direitos do ativo imobilizado

            - nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

            ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

            investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

            131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

            138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

            61

            - o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

            representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

            - os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

            do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

            exerciacutecio

            Normas Brasileiras de Contabilidade

            O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

            normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

            Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

            estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

            apresentaccedilatildeo das mesmas

            Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

            usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

            financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

            das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

            Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

            divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

            usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

            usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

            Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

            A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

            os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

            Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

            139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

            62

            Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

            Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            a) Balanccedilo Patrimonial

            A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

            Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

            agrupadas da seguinte forma

            - O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

            antecipadas

            - Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

            superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

            - Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

            As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

            - Circulante

            - Exigiacutevel a longo prazo

            - Resultados de exerciacutecio futuros

            Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

            contas

            - Capital

            Reservas de capital

            - Reservas de reavaliaccedilatildeo

            - Reservas de lucros

            - Lucros ou prejuiacutezos acumulados

            b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

            A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

            custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

            ordenada o que segue

            - ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

            devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

            prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

            63

            - as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

            - o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

            atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

            c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

            De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

            DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

            - ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

            do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

            d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

            A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

            T 3 deve expor

            - ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

            - as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

            impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

            143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

            144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

            64

            - os saldos no final do periacuteodordquo145

            e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

            normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

            - o resultado liacutequido do periacuteodo

            - as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

            provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

            provenientes de capital de terceiros de longo prazo

            - as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

            pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

            aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

            os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

            reembolsos de capital

            - a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

            - a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

            523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

            Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

            conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

            de Valores

            Coleacutegio de Contadores do Paraguai

            Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

            abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

            145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

            65

            Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

            Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

            a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

            contaacutebeis

            b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

            c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

            Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

            demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

            Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

            a) Balanccedilo Geral

            No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

            ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

            ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

            prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

            Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

            normalmente constam

            - Terrenos e edifiacutecios

            - Instalaccedilotildees e equipamentos

            - Outras categorias de ativos

            - Depreciaccedilatildeo Acumulada

            Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

            devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

            Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

            Ativos a Longo Prazo encontra-se

            - Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

            em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

            IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

            66

            - Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

            de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

            Contas a receber de associadas Outras

            - Goodwill

            - Patentes Marcas e Ativos semelhantes

            - Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

            No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

            NIC 5148

            - Disponibilidades

            - Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

            - Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

            administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

            Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

            antecipadamente

            - Estoques

            Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

            abranger

            - ldquoEmpreacutestimos Garantidos

            - Empreacutestimos natildeo Garantidos

            Empreacutestimos Intercompanhias

            - Empreacutestimos de Associadasrdquo149

            No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

            - Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

            - Partes correntes e passivos a longo prazo

            - Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

            diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

            Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

            despesa

            148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

            67

            A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

            e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

            Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

            Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

            - Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

            accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

            o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

            e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

            de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

            adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

            contratos de venda incluindo prazos e quantias

            - Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

            sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

            reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

            Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

            segue

            - ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

            c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

            A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

            faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

            150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

            68

            relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

            existam

            ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

            Comissatildeo Nacional de Valores

            A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

            das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

            Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            a) Balanccedilo Geral

            Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

            Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

            correntes

            No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

            seguintes itens

            - Disponibilidades

            - Investimentos Temporaacuterios

            - Creacuteditos por Venda

            - Outros Creacuteditos

            - Bens de Troca

            Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

            Natildeo Corrente evidencia-se

            - Creacuteditos por vendas

            - Outros Creacuteditos

            153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

            69

            - Bens de Troca

            - Bens de Uso

            - Investimentos

            - Ativos Intangiacuteveis

            - Outros Ativos

            No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

            - Diacutevidas

            - Provisotildees

            Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

            que compreende

            - Diacutevidas

            - Provisotildees

            No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

            seguinte forma

            - Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

            irrevogaacuteveis

            - Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

            Reavaliaccedilatildeo

            - Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

            sem destinaccedilatildeo

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

            A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

            Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

            - Vendas

            - Custos das Vendas

            - Resultado Bruto

            - Gastos de Comercializaccedilatildeo

            - Gastos de Administraccedilatildeo

            155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

            70

            - Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

            - Outras Entradas e Saiacutedas

            - Resultados Financeiros

            - Imposto de Renda

            - Resultados Ordinaacuterios

            - Resultados Extraordinaacuterios

            - Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

            c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

            Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

            seguinte forma

            - Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

            nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

            - Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

            nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

            de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

            classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

            524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

            Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

            segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

            Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

            Lei das Sociedades Comerciais

            156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

            71

            A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

            sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

            apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

            elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

            de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

            quando houverem

            Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

            adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

            racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

            sofridasrdquo

            a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

            Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

            final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

            assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

            Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

            destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

            elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

            A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

            esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

            sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

            contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

            opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

            157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

            71

            A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

            sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

            apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

            elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

            de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

            quando houverem

            Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

            adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

            racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

            sofridasrdquo

            a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

            Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

            final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

            assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

            Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

            destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

            elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

            A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

            esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

            sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

            contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

            opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

            157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

            72

            Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

            De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

            evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

            comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

            diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

            interessadosrdquo161

            Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

            requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

            Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

            a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

            Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

            Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

            correntes e natildeo correntes

            No Ativo Corrente deveratildeo constar

            - Disponibilidades

            - Investimentos temporaacuterios

            - Creacuteditos e

            - Bens de Troca

            Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

            - Creacuteditos a Longo Prazo

            - Bens de Troca Natildeo Correntes

            - Investimentos a Longo Prazo

            - Bens de Uso e

            - Intangiacuteveis

            No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

            - Diacutevidas

            - Provisotildees

            5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

            73

            Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

            - Diacutevidas a longo Prazo

            - Provisotildees natildeo correntes

            Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

            - Capital

            - Aportes e Compromissos a Capitalizar

            - Ajustes ao Patrimocircnio

            - Reservas

            - Resultados Acumulados

            Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

            obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

            expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

            para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

            13

            A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

            informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

            Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

            explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

            demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

            Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

            apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

            na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

            Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

            ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

            do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

            os investimentos de acionistas

            Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

            - terrenos e edifiacutecios

            - maquinaacuterio e equipamento

            - outras categorias de ativos devidamente identificados e a

            162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

            74

            - depreciaccedilatildeo acumulada

            Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

            arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

            No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

            seguintes

            - investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

            companhias associadas

            - contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

            contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

            receber de companhias associadas e outras

            - creacutedito mercantil

            - patentes marcas e ativos similares

            - gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

            diferidos

            Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

            - Efetivos

            - Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

            - Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

            funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

            companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

            - Inventaacuterios

            Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

            Prazo que deve evidenciar

            - empreacutestimos bancaacuterios

            - contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

            intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

            renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

            Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

            diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

            Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

            Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

            segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

            - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

            pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

            periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

            dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

            pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

            submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

            - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

            distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

            superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

            Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

            considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

            refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

            somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

            n200993

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

            A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

            n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

            - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

            c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

            Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

            163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

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            - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

            pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

            periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

            dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

            pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

            submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

            - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

            distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

            superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

            Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

            considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

            refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

            somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

            n200993

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

            A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

            n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

            - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

            c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

            Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

            163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

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            de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

            demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

            A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

            recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

            a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

            apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

            Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

            mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

            sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

            ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

            aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

            de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

            todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

            informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

            Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

            Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

            Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

            20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

            - NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

            obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

            - NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

            - NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

            - NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

            de los Protones

            - o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

            - o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

            inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

            164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

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            - o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

            informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

            Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

            as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

            Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

            Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

            Contaacutebeis Adequadas

            53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

            obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

            531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

            Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

            Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

            Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

            das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

            de Serviccedilos respectivamente

            a) Balanccedilo Geral

            No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

            Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

            situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

            se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

            165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            78

            O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

            entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

            correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

            forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

            correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

            encerramento do periacuteodo

            De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

            que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

            tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

            sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

            Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

            - Caixa e Bancos

            Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

            valores com poder de liquidez ou similares

            - Investimentos

            ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

            explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

            entidaderdquo169

            - Creacuteditos

            ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

            dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

            vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

            natildeo tem esta caracteriacutestica

            - Bens de Troca

            167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

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            ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

            se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

            vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

            - Bens de Uso

            Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

            os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

            compras destes bens

            - Ativos intangiacuteveis

            ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

            incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

            contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

            futura de produzir rendasrdquo11

            - Outros ativos

            Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

            anterior

            No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

            as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

            classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

            vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

            balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

            classificados como correntesrdquo172

            A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

            - Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

            - Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

            representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

            que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

            171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            80

            173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

            e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

            A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

            nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

            proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

            referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

            Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

            periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

            resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

            exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

            aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

            A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

            resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

            - Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

            - vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

            imposto incidentes sobre as mesmas

            - reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

            originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

            - Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

            atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

            - Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

            sua obtenccedilatildeo

            173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            81

            - Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

            simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

            custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

            na informaccedilatildeo complementar

            - Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

            relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

            presta

            - Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

            razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

            produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

            Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

            entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

            controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

            - Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

            por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

            exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

            - Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

            classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

            em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

            exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

            - Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

            aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

            imposto diferido

            - Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

            resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

            estas

            Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

            atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

            participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

            Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

            178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

            82

            c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

            Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

            os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

            ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

            das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

            motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

            consideradordquo180

            d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

            A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

            diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

            sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

            Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

            Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

            integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

            origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

            O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

            composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

            (capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

            E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

            Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

            natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

            As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

            vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

            deve ser informada adequadamenterdquo183

            179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

            83

            Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

            destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

            As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

            teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

            normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

            53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

            Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

            reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

            conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

            Notas Explicativas

            a) Balanccedilo Patrimonial

            Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

            como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

            Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

            representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

            pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

            entidade

            Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

            ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

            No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

            Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

            se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

            contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

            as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

            estabelecidos ou esperadosrdquo186

            Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

            84

            As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

            realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

            contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

            As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

            respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

            dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

            Balanccedilo Patrimonial188

            A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

            Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

            estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

            No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

            seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

            - Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

            imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

            outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

            imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

            ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

            equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

            com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

            quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

            - Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

            direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

            normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

            oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

            de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

            p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

            85

            subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

            exerciacutecio social

            - Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

            produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

            serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

            Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

            entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

            e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

            fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

            base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

            - Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

            antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

            seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

            Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

            antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

            durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

            n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

            seguinte

            - Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

            Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

            Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

            especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

            respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

            Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

            deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

            retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

            contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

            8 6

            Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

            Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

            estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

            No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

            grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

            classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

            sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

            companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

            companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

            exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

            possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

            Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

            O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

            e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

            subdivide nos subgrupos que seguem

            a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

            que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

            Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

            Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

            183202

            b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

            consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

            tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

            maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

            sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

            p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

            87

            reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

            satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

            autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

            imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

            manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

            finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

            subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

            Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

            contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

            dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

            utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

            corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

            propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

            exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

            prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

            ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

            direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

            nessa exploraccedilatildeordquo

            c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

            formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

            acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

            acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

            subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

            Lei n640476210 art 183 que

            ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

            1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

            88

            a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

            No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

            companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

            seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

            passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

            De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

            a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

            prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

            subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

            b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

            estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

            do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

            A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

            subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

            exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

            n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

            O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

            registar o que segue

            Capital

            ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

            reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

            social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

            realizadardquo216

            211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

            89

            Reservas

            ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

            outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

            Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

            deve-se registrar

            - ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

            Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

            aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

            Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

            lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

            deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

            registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

            Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

            ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

            compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

            b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

            Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

            descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

            muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

            217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

            BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

            90

            No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

            computadas

            - ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

            - os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

            c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

            Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

            Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

            estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

            os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

            imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

            subsequumlentesrdquo223

            A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

            do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

            Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

            d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

            Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

            seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

            se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

            Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

            entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

            desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

            22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

            e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

            evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

            abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

            222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

            BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

            92

            i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

            Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

            conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

            5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

            Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

            utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

            das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

            Paraguai

            a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

            No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

            Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

            Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

            acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

            decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

            distribuiccedilatildeordquo229

            No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

            ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

            recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

            se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

            entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

            Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

            conforme a Resoluccedilatildeo n592231

            229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

            93

            Disponibilidades

            ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

            poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

            fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

            dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

            complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

            caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

            Investimentos

            Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

            aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

            realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

            5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

            Creacuteditos

            ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

            bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

            venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

            outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

            estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

            registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

            realizaccedilatildeo

            Bens de Troca

            ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

            haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

            Bens de Uso

            ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

            e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

            Ativos Intangiacuteveis

            ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

            tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

            na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

            232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

            94

            Outros Ativos

            ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

            anterioresrdquo

            O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

            certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

            classificam-se

            - Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

            - Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

            que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

            A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

            de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

            participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

            b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

            Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

            natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

            ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

            apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

            c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

            aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

            somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

            n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

            236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

            95

            534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

            Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

            analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

            emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

            Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

            n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

            documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

            a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

            momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

            Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

            como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

            expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

            variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

            aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

            miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

            sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

            O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

            Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

            Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

            pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

            contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

            Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

            Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

            comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

            como denominado no Uruguai

            a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

            Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

            passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

            241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

            96

            classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

            produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

            consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

            Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

            circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

            NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

            incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

            prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

            que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

            prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

            conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

            No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

            ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

            o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

            Disponibilidades

            Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

            agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

            moeda nacional e estrangeira

            Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

            item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

            contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

            por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

            embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

            bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

            Investimentos Temporaacuterios

            Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

            faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

            empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

            tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

            243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

            97

            etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

            mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

            de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

            Creacuteditos

            ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

            para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

            por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

            temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

            constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

            daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

            Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

            apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

            para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

            entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

            subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

            Bens de Cambio

            Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

            encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

            produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

            separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

            empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

            de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

            seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

            de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

            gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

            245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

            98

            Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

            ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

            grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

            Creacuteditos a Longo Prazo

            ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

            o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

            Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

            Bens de Cambio natildeo Correntes

            ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

            realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

            subgrupo

            Investimentos a Longo Prazo

            ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

            com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

            comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

            esta conta da mesma forma

            Bens de Uso

            Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

            estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

            sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

            moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

            minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

            subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

            liacutequido

            250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

            99

            Intangiacuteveis

            ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

            aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

            Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

            dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

            Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

            Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

            certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

            13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

            as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

            prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

            contas do Passivo Circulante

            Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

            Diacutevidas

            As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

            obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

            importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

            origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

            existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

            financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

            sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

            Provisotildees

            ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

            representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

            originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

            quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

            concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

            produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

            255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

            256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

            100

            A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

            diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

            No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

            que segue

            Dividas a Longo Prazo

            ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

            o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

            segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

            anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

            Provisatildeo natildeo Corrente

            ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

            vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

            No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

            as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

            natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

            contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

            O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

            CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

            ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

            Aportes e Compromissos a Capitalizar

            httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

            260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

            101

            ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

            Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

            capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

            social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

            aporte pendente de integralizaccedilatildeo

            Ajustes do Patrimocircnio

            ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

            incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

            variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

            Reservas

            ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

            Resultados Acumulados

            ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

            especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

            A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

            b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

            A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

            separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

            operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

            URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

            102

            necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

            uma das contas

            O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

            exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

            ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

            Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

            resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

            Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

            exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

            expressa demonstraccedilatildeordquo269

            Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

            Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

            econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

            anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

            de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

            de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

            Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

            seguinte conteuacutedo

            Ingressos Operacionais

            ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

            no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

            nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

            Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

            descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

            267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

            103

            serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

            seguros e fretes nas vendas etc)

            Ingressos Operacionais Liacutequidos

            ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

            bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

            Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

            ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

            ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

            operacionaisrdquo273

            Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

            ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

            administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

            estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

            Resultados Diversos

            ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

            empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

            Resultados Financeiros

            ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

            financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

            separadamente

            Resultados Extraordinaacuterios

            ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

            deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

            negativosrdquo277

            Imposto de Renda

            272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

            Disponiacutevel na internet

            273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

            n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

            n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

            n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

            n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

            n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

            Disponiacutevel

            Disponiacutevel

            Disponiacutevel

            Disponiacutevel

            Disponiacutevel

            na

            na

            na

            na

            na

            internet

            internet

            internet

            internet

            internet

            104

            ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

            acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

            Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

            Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

            O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

            Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

            compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

            Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

            Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

            natildeo satildeo mais considerados como anexos

            c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

            sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

            - ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

            Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

            como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

            278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

            105

            que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

            da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

            6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

            DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

            Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

            conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

            MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

            Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

            sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

            E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

            paiacuteses-membros do MERCOSUL

            61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

            divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

            MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

            Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

            demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

            - Balanccedilo Patrimonial

            - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

            - Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

            - Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

            - Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

            No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

            todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

            pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

            107

            paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

            grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

            Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

            respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

            componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

            Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

            se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

            na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

            contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

            destacam-se para o estudo

            a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

            esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

            imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

            conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

            denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

            Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

            utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

            registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

            ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

            b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

            nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

            natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

            eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

            Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

            Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

            Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

            com a denominaccedilatildeo Investimentos

            c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

            entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

            provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

            daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

            conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

            outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

            108

            principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

            registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

            como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

            d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

            assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

            agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

            Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

            satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

            especiacutefica

            e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

            designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

            bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

            os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

            Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

            f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

            contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

            representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

            empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

            Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

            do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

            obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

            Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

            de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

            encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

            caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

            Natildeo Corrente

            Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

            Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

            apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

            No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

            geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

            analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

            seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

            109

            No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

            respectivamente encontram alguma congruecircncias

            a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

            subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

            legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

            devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

            pendentes de integralizaccedilatildeo

            b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

            Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

            se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

            c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

            quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

            prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

            demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

            Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

            Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

            paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

            convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

            a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

            Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

            deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

            b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

            encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

            bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

            Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

            denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

            c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

            Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

            os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

            denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

            d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

            Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

            110

            Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

            tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

            e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

            nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

            gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

            os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

            do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

            O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

            receitas

            f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

            valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

            empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

            e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

            Resultados Diversos

            g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

            parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

            normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

            Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

            paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

            variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

            e as destinaccedilotildees destes recursos

            Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

            divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

            na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

            A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

            Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

            das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            I l l

            62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

            divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

            divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

            deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

            realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

            Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

            pesquisados

            No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

            podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

            do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

            Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

            demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

            integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

            e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

            a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

            representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

            durante o exerciacutecio seguinte

            b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

            antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

            de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

            podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

            Receber

            c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

            Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

            e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

            apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

            valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

            especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

            pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

            conta

            112

            d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

            brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

            Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

            direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

            possibilidade de renda futura

            e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

            paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

            para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

            evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

            Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

            deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

            Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

            Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

            conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

            exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

            pesquisados

            No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

            Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

            meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

            linha do Balanccedilo Patrimonial

            No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

            grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

            No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

            apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

            Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

            As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

            Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

            a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

            se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

            deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

            vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

            Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

            observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

            113

            Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

            da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

            impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

            Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

            liacutequido na demonstraccedilatildeo

            b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

            operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

            os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

            publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

            Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

            c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

            da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

            Devem ser apresentados por ramo de atividade

            d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

            Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

            Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

            na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

            compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

            Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

            apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

            Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

            satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

            apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

            Resultados Financeiros

            e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

            Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

            Despesas Operacionais

            f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

            argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

            Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

            Operacionais

            g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

            alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

            114

            demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

            resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

            h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

            n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

            se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

            Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

            inferecircncias sobre este tiacutetulo

            i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

            apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

            partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

            minoritaacuterios respectivamente

            j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

            n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

            a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

            social

            k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

            Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

            anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

            A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

            incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

            elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

            A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

            Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

            nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

            evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

            estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

            congruecircncias eou divergecircncias

            Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

            Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

            2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

            115

            Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

            apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

            63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

            contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

            O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

            se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

            paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

            Normas Contaacutebeis Adequadas

            Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

            membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

            Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

            coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

            paiacuteses

            Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

            oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

            contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

            Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

            profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

            profundamente

            A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

            pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

            parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

            diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

            demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

            conteuacutedo

            Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

            contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

            exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

            demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

            116

            Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

            Patrimocircnio Liacutequido

            A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

            paiacutes-membro do MERCOSUL

            Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

            ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

            BRASIL CFC NBC T 3

            PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

            URUGUAI Decreto 103991

            ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

            ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

            ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

            Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

            PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

            EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

            PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

            RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

            Previsotildees natildeo correntes

            PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

            Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

            ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

            Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

            RESERVASRESULTADOS

            ACUMULADOS

            Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

            facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

            e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

            demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

            divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

            117

            apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

            todos

            Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

            destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

            os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

            total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

            todo

            Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

            positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

            forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

            encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

            Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

            subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

            Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

            demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

            Patrimonial

            Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

            Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

            Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

            FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

            LEI 640476PARAGUAI

            Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

            Decreto n103991RESULTADOS

            ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

            Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

            Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

            VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

            atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

            em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

            EXTRAORDINAacuteRIOS

            Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

            Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

            Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

            Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

            Lucro Bruto Despesas Operacionais

            Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

            Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

            Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

            do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

            Exerciacutecio

            Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

            em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

            Exerciacutecio

            Ingressos Operacionais I ocais Exterior

            Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

            Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

            dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

            Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

            Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

            118

            A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

            evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

            social passado

            Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

            conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

            os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

            primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

            absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

            incidentes sobre estas

            Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

            da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

            Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

            das vendas

            Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

            demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

            Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

            pesquisados

            Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

            na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

            Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

            paiacuteses-membros do MERCOSUL

            A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

            Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

            conforme normatizaccedilotildees verificadas

            119

            Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

            ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

            BRASIL Lei n640476

            PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

            URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

            v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

            Recursos no inicio do exerciacutecio

            Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

            Recursos ao final do exerciacutecio

            CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

            Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

            Outras causas de origens de recursos

            Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

            de Contas a Receber

            Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

            Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

            Permanentes Pagamento de saldos iniciais

            de Diacutevidas

            AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

            ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

            APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

            AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

            VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

            Recursos no inicio do exerciacutecio

            Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

            Recursos ao final do exerciacutecio

            CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

            Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

            Outras causas de origem de recursos por tipo

            Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

            Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

            ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

            representam saiacuteda de recursos

            Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

            representam entradas de recursos

            Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

            pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

            Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

            de UsoAumento de Passivos

            Correntes Aumento de Passivos Natildeo

            Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

            Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

            Correntes Outros

            APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

            Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

            Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

            Correntes Outros TOTAL

            Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

            A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

            paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

            destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

            destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

            Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

            apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

            exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

            final desta

            Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

            exigida nos paiacuteses pesquisados

            120

            Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

            FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

            CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

            Decreto n103991SALDO INICIAL

            VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

            SALDO FINAL DO PERIacuteODO

            Para as seguintes contas

            APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

            Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

            RESULTADOS ACUMULADOS

            Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

            Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

            SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

            Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

            SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

            MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

            SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

            AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

            Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

            LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

            Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

            DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

            REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

            RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

            SUBTOTAL

            SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

            TOTAL

            A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

            medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

            sociedade

            Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

            explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

            exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

            Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

            conteuacutedo e estrutura

            Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

            Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

            121

            Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

            primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

            modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

            7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

            Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

            constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

            para a realizaccedilatildeo de novos estudos

            71 Conclusotildees

            A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

            acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

            de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

            e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

            evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

            Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

            e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

            transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

            instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

            ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

            em cada paiacutes que atua

            Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

            profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

            dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

            necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

            internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

            importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

            comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

            utilidade junto aos usuaacuterios

            Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

            harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

            123

            no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

            evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

            profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

            mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

            Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

            do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

            emitidas em cada paiacutes

            Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

            divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

            estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

            Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

            divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

            Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

            legislaccedilatildeo brasileira

            Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

            lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

            Patrimocircnio Liacutequido

            Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

            demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

            Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

            demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

            conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

            Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

            niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

            que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

            como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

            124

            Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

            congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

            conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

            permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

            Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

            da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

            dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

            mesmas

            Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

            direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

            do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

            governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

            com globalizaccedilatildeo dos mercados

            72 Recomendaccedilotildees

            A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

            objetos de pesquisa

            Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

            integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

            Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

            divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

            utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

            Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

            harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

            dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

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            VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995

            YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996

            • [llfyAAntm
              • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
              • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
              • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
              • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                • 4METODOLOGIA
                • 41Especificaccedilatildeo do problema
                • 43Coleta e anaacutelise dos dados
                  • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
                  • Coacutedigo Comercial
                  • Normas Brasileiras de Contabilidade
                  • Colegio de Contadores do Paraguai
                    • Normas Brasileiras de Contabilidade
                      • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                        • Lei das Sociedades Comerciais
                        • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
                        • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
                        • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              LISTA DE QUADROS

              Quadro 1 - Apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial Balanccedilo Geral ou Estado de Situacioacuten Patrimonial116

              Quadro 2 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo do Resultado ou Estado de Resultado 117

              Quadro 3 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ouEstado de Origen y Aplicacioacuten de Fondos 119

              Quadro 4 - Apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido ouEstado de Evolucioacuten del Patrimonio Liquido120

              RESUMO

              Frente a atual conjuntura econoacutemica mundial que estimula a competitividade das

              organizaccedilotildees em nivel global constata-se o surgimento de acordos comerciais entre

              paiacuteses com interesses comuns Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos

              que visam o desenvolvimento comercial econocircmico social e poliacutetico de seus integrantes

              Em um cenaacuterio regionalizado presencia-se a evoluccedilatildeo do Mercado Comum do Sul -

              MERCOSUL De modo a tornar as organizaccedilotildees mais eficazes no mercado mundial a

              Contabilidade como sistema de informaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo patrimonial deve prover seus

              usuaacuterios com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo internacional Sob estaacute oacutetica

              os profissionais da contabilidade devem preparar-se para este mercado buscando

              conhecer inicialmente como estaacute estruturada sua profissatildeo frente aos profissionais de

              outros paiacuteses Bem como compreender as praacuteticas e normas teacutecnicas adotadas nos

              demais paiacuteses com vistas a comparabilidade das informaccedilotildees fornecidas pela

              contabilidade Contudo para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees

              contaacutebeis sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas torna-se

              indispensaacutevel a existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Natildeo obstante a

              diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis existentes nos paiacuteses inclusive naqueles

              integrantes do MERCOSUL procura-se contribuir com este trabalho para a averiguaccedilatildeo

              e analise das congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

              divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL com ecircnfase na busca da

              harmonizaccedilatildeo destas demonstraccedilotildees

              ABSTRACT

              In front of the current worldwide economic conjuncture which stimulates the

              organisations competitiveness in global level evidences the commercial agreements

              sprouting between countries with common interests In this context the economic

              blocks as theyrsquore called appear which intend to reach its integrands commercial

              economic social and politician development In a regional scene itrsquos noticed the

              Mercado Comum do Sul - MERCOSUL evolution Turning organisations more efficient

              in the world-wide market the Accounting as an information and equity appraisal system

              must provide its users with trustworthy reports and of wide international understanding

              Therefore the accounting professionals must be prepared for this market searching to

              know primarily how its profession is structured compared with professionals of other

              countries As well as understanding accounting practices and technical rules adopted in

              the others countries intend to reach comparability of the information supplied by the

              accounting However becomes indispensable the existence of accounting statements

              information available elaboration and disclosure standards being effectively useful and

              pertinent to their users Because of the existing diversity of accounting rules and

              standards in the countries including the ones that participates of the MERCOSUL this

              work intends to contribute to verify and analyse the congruencies and divergences of

              compulsory publication accounting statements content in those countries with emphasis

              in the harmonisation searching of these statements

              1 INTRODUCcedilAtildeO

              Neste capiacutetulo satildeo abordados os toacutepicos preliminares do trabalho

              Inicialmente apresentam-se o tema e problema que deram origem agrave presente pesquisa

              Em seguida satildeo evidenciados os objetivos geral e especiacuteficos pretendidos Por fim

              apresenta-se a justificativa teoacuterico-empiacuterica e a organizaccedilatildeo do estudo

              11 Tema e problema

              A contabilidade nasceu de forma rudimentar no iniacutecio das civilizaccedilotildees Saacute1

              afirma que ldquoas mais antigas manifestaccedilotildees do pensamento contaacutebil satildeo as contas

              primitivas as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses

              mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniaisrdquo

              Contudo para que a contabilidade pudesse ser entendida como um sistema de

              escrituraccedilatildeo passaram-se muitos seacuteculos Hendriksen e Van Breda2 relatam que ldquoagrave

              medida que a histoacuteria da contabilidade eacute contada toma-se rapidamente evidente que a

              contabilidade foi um produto de muitas matildeos e muitas terrasrdquo ateacute que pudesse ser

              devidamente registrada Ressaltam que isto se deu por volta de 1494 em Veneza quando

              0 frei franciscano Irmatildeo Luca Pacioli escreveu seu livro relatando o sistema das partidas

              dobradas

              Schimidt3 afirma que o desenvolvimento e a propagaccedilatildeo das partidas

              dobradas ajudaram o homem a atravessar o uacuteltimo periacuteodo medieval vivido pela Europa

              facilitando a solidificaccedilatildeo de um novo periacuteodo histoacuterico no qual novas formas de

              administrar e comercializar foram implantadas Desde entatildeo a contabilidade vem sendo

              tratada e estudada como recurso fundamental para o registro dos acontecimentos

              patrimoniais

              Saacute4 lembra que ldquoo aparecimento das cidades a estrutura dos Estados o poder

              Religioso o surgimento da moeda a concentraccedilatildeo de riqueza a divisatildeo do trabalho o

              1 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p202 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1999 p413 SCHIMIDT Paulo Histoacuteria do pensamento contaacutebil Porto Alegre Bookman 2000 p254 SAacute Antocircnio Lopes de Histoacuteria geral e das doutrinas da contabilidade Satildeo Paulo Atlas 1997 p 12

              2

              domiacutenio dos mares a expansatildeo comercial a Revoluccedilatildeo Industrial a descoberta do papel

              a revoluccedilatildeo cientiacutefica a informaacutetica todos esses fatores alteraram e continuam alterando

              a histoacuteria dessa ciecircncia do patrimocircniordquo Entende-se com isso que a contabilidade

              continuaraacute evoluindo e adaptando-se ao novo contexto da mesma forma como a

              humanidade o faz

              A partir da segunda metade deste seacuteculo com o impulso do poacutes-guerra

              observa-se muitos avanccedilos de ordem tecnoloacutegica econocircmica poliacutetica e social Estes satildeo

              reflexos de uma sociedade em busca de um desenvolvimento globalizado A expansatildeo

              das formas de comunicaccedilatildeo tambeacutem consolida-se como fator propulsor do

              desenvolvimento econocircmico devido a velocidade com que atualmente obtecircm-se

              informaccedilotildees sobre os mais variados assuntos de diversas partes do mundo

              Este avanccedilo das comunicaccedilotildees possibilita portanto um grande volume de

              informaccedilotildees agrave disposiccedilatildeo de gestores e outros interessados atuantes no meio empresarial

              que visam o crescimento dos mercados de bens e serviccedilos

              Evidencia-se desta maneira a necessidade de conhecer aspectos diretamente

              relacionados agraves praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos diferente paiacuteses tendo em vista sua

              aplicaccedilatildeo nas novas demandas decorrentes da evoluccedilatildeo comercial dos mercados

              Assim diante da atual conjuntura econocircmica mundial e o fenocircmeno

              denominado globalizaccedilatildeo esta ciecircncia social procura evoluir e contribuir para o

              aperfeiccediloamento das formas de comeacutercio decorrentes de tais fatos Tendo que de certa

              forma ser novamente reescrita por muitas matildeos e muitas terras

              Neste contexto surgem os chamados blocos econocircmicos que podem ser

              formados por conglomerados de regiotildees paiacuteses e continentes Para alcanccedilar a integraccedilatildeo

              econocircmica dentro de um bloco alguns ajustes satildeo necessaacuterios tais como eliminaccedilatildeo de

              barreiras alfandegaacuterias e acordos nos campos poliacutetico econocircmico e social

              Na Ameacuterica do Sul observa-se esta forma de integraccedilatildeo por meio do Mercado

              Comum do Sul - MERCOSUL Este firmado integralmente entre os chamados ldquopaiacuteses-

              membrosrdquo ou ldquoestados-partesrdquo Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Para que esta

              integraccedilatildeo traga os resultados almejados conforme Maia5 os paiacuteses-membros deveratildeo

              5 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 169

              3

              a) adotar um Programa de Liberaccedilatildeo Comercial que permita a livre

              movimentaccedilatildeo de bens serviccedilos e fatores produtivos dentro dos paiacuteses do

              MERCOSUL

              b) adotar com os paiacuteses natildeo integrantes do bloco tarifas aduaneiras e

              poliacuteticas comerciais comuns

              c) coordenar suas poliacuteticas macroeconocircmicas de forma a harmonizar-se com

              os princiacutepios do MERCOSUL e

              d) tornar suas legislaccedilotildees coerentes com os princiacutepios deste mercado

              Observa-se que jaacute haacute uma preocupaccedilatildeo por parte dos governos de paiacuteses-

              membros dos blocos econocircmicos existentes em apresentar soluccedilotildees para as diferenccedilas

              encontradas nos campos econocircmico poliacutetico social

              Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo agrave integraccedilatildeo de

              paiacuteses e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

              transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

              instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

              ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

              em cada paiacutes que atua6

              Com a criaccedilatildeo dos blocos econocircmicos muito tem sido feito no sentido de

              harmonizar as praacuteticas contaacutebeis adotadas pelos paiacuteses buscando formas de normatizaccedilatildeo

              para as atividades realizadas pelos profissionais da contabilidade

              No entanto ainda haacute uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

              profissionais e teacutecnicos natildeo harmonizados em todo o mundo Poreacutem devido a ascensatildeo

              cada vez maior dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se

              consolidando a necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

              internacionalmente pelos profissionais desta ciecircncia Evidenciando-se desta forma a

              importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais no sentido de

              contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua utilidade junto aos usuaacuterios

              A Contabilidade enquanto sistema de informaccedilatildeo deve prover seus usuaacuterios

              com relatoacuterios confiaacuteveis e de ampla compreensatildeo de modo a tomar a organizaccedilatildeo mais

              eficaz no mercado mundial

              6 ELKHAROUF Farouk Wasep ldquoA comparison of the ability os Financial Ratios based on Diferent Accounting Standards to Predict Bankruptcyrdquo Tese de doutorado apresentada agrave University of Illinois at Urbana - Champaign em 1982 pl In CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutorado Satildeo Paulo FEAUSP 1998 pl

              4

              Diante de um mercado globalizado o anseio por informaccedilotildees uacuteteis para o

              processo decisorio tem feito com que as informaccedilotildees fornecidas pela contabilidade

              assumam cada vez mais um aspecto estrateacutegico dentro das organizaccedilotildees Entretanto a

              divergecircncia de normas e praacuteticas contaacutebeis entre paiacuteses de um mesmo bloco econocircmico

              pode de alguma forma afetar o interesse de investidores em potencial na aplicaccedilatildeo de

              recursos que natildeo estejam respaldados por praacuteticas contaacutebeis de domiacutenio dos mesmos

              Castro Neto7 enfatiza que ldquoa diversidade de padrotildees contaacutebeis afeta a mensuraccedilatildeo das

              transaccedilotildees e a forma de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees das empresas podendo dificultar o

              entendimento das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelos usuaacuterios localizados em outras

              culturasrdquo

              Sob esta perspectiva os profissionais da aacuterea contaacutebil devem dar sua

              contribuiccedilatildeo no sentido de propor alternativas para que as normas e praacuteticas contaacutebeis

              sejam harmonizadas a fim de viabilizar a ampliaccedilatildeo das formas de comeacutercio entre os

              paiacuteses Assim este trabalho procura responder a seguinte questatildeo-problema

              Qual o nivel de congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              12 Objetivos

              O objetivo geral do presente estudo consiste em verificar o niacutevel de

              congruecircncia do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

              vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              Como objetivos especiacuteficos pretende-se o que segue

              bull evidenciar a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil

              Paraguai e Uruguai

              bull apresentar a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              1 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p2

              5

              bull investigar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

              obrigatoacuteria nestes paiacuteses

              bull verificar o conteuacutedo dessas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes

              integrante do MERCOSUL e

              bull analisar as congruecircncias e divergecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo

              13 Justificaccedilatildeo do estudo

              Com a internacionalizaccedilatildeo dos mercados percebe-se uma grande expectativa

              por parte dos empresaacuterios em ultrapassar as fronteiras de atuaccedilatildeo comercial visando

              novas oportunidades de negoacutecios

              Isto tambeacutem desencadeia-se na Ameacuterica do Sul com maior destaque a partir

              do acordo de livre comeacutercio firmado por meio do Mercado Comum do Sul Este por sua

              vez prima pelo desenvolvimento soacutecio-econocircmico de seus paiacuteses-membros

              As oportunidades de investimentos no acircmbito internacional demandam por

              parte dos gestores a busca por informaccedilotildees atualizadas uacuteteis e relevantes para a tomada

              de decisatildeo Beuren8 corrobora dizendo que ldquoos gestores precisam conhecer

              profundamente a organizaccedilatildeo que estaacute sob sua responsabilidade bem como o ambiente

              competitivo onde ela opera a fim de avaliar o impacto da turbulecircncia ambiental e

              desenvolver o cenaacuterio para uma soluccedilatildeo eficazrdquo Neste contexto insere-se a contabilidade

              como instrumental apto a fornecer aos gestores informaccedilotildees aacutegeis e confiaacuteveis para o

              processo de gestatildeo empresarial

              Os usuaacuterios da contabilidade interessados na abertura comercial

              proporcionada pelo MERCOSUL cada vez mais exigem informaccedilotildees contaacutebeis que

              possam ser estruturadas compreendidas e analisadas em todos os paiacuteses integrantes do

              MERCOSUL Para que possa haver uma compatibilidade da contabilidade apresentada

              nestes paiacuteses surgiram iniciativas governamentais e de entidades de classe no sentido de

              investigar possiacuteveis alternativas para a harmonizaccedilatildeo deste tema

              8 BEUREN Use Maria Gerenciamento da informaccedilatildeo um recurso estrateacutegico no processo de gestatildeo empresarial Satildeo Paulo Atlas 1998 p 13

              6

              Observa-se com isto uma possiacutevel tendecircncia de harmonizaccedilatildeo das normas e

              praacuteticas contaacutebeis adotadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              Em princiacutepio parece ser simples alcanccedilar uma uniformidade contaacutebil no

              acircmbito do MERCOSUL jaacute que a contabilidade tende a ser geralmente aceita e

              compreendida mundialmente9 Poreacutem encontram-se obstaacuteculos que merecem atenccedilatildeo e

              principalmente que devem ser superados

              Neste sentido Montaldo10 apresenta algumas dificuldades a serem superadas

              ldquoa) diversidade de pontos de vista que dizem respeito aos estados financeirosb) diferenccedila no grau de desenvolvimento da profissatildeo contaacutebil em diversos paiacutesesc) influecircncia das leis fiscais nos estados financeirosd) diferenccedila entre os distintos paiacuteses com respeito aos dados econocircmicos baacutesicos que afetam os informes financeirose) falta de uniformidade nas praacuteticas recomendas na profissatildeo contaacutebilrdquo

              Neste sentido o presente trabalho ganha importacircncia na medida em que busca

              apresentar e analisar os ponto congruentes e divergentes das normas e praacuteticas contaacutebeis

              adotadas para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do

              MERCOSUL

              Assim este trabalho visa contribuir sob o ponto de vista teoacuterico como base

              cientiacutefica para futuros estudos apresentando a forma como estaacute organizada e

              regulamentada a profissatildeo contaacutebil em cada paiacutes estudado aleacutem de relatar os fatores

              congruentes e divergentes sobre o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

              obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              O estudo ganha importacircncia praacutetica na medida em que possa servir de

              subsiacutedio para que gestores utilizem-no como ponto de partida na elaboraccedilatildeo de

              demonstrativos e relatoacuterios contaacutebeis transnacionais Este estudo visa ainda de forma

              praacutetica auxiliar os profissionais da aacuterea contaacutebil e demais usuaacuterios na compreensatildeo e

              leitura de informes contaacutebeis passiacuteveis de compatibilizaccedilatildeo de modo que possa haver um

              avanccedilo nas relaccedilotildees comerciais entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

              9 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FJPECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p4210 MONTALDO Oscar A realidade econocircmica internacional e a profissatildeo contaacutebil Revista Brasileira de Contabilidade Brasiacutelia ano XXIV n92 MarABR 95 p31

              7

              14 Organizaccedilatildeo do trabalho

              O trabalho foi divido em sete capiacutetulos para melhor compreensatildeo do tema O

              primeiro capiacutetulo aborda a introduccedilatildeo que contempla inicialmente o tema e problema

              do estudo Em seguida satildeo definidos os objetivos pretendidos com a pesquisa Por fim

              apresenta-se a justificaccedilatildeo do estudo aleacutem da organizaccedilatildeo do trabalho

              O segundo capiacutetulo contempla o surgimento do MERCOSUL a evoluccedilatildeo dos

              acordos comerciais essencialmente na Ameacuterica Latina a origem do MERCOSUL e seu

              contexto atual

              No terceiro capitulo apresenta-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos

              paiacuteses-membros no MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

              No quarto capitulo enfoca-se a metodologia da pesquisa Esta subdividi-se

              em especificaccedilatildeo do problema delineamento da pesquisa coleta e anaacutelise dos dados e

              limitaccedilotildees da pesquisa

              O quinto capiacutetulo evidencia as normas e praacuteticas aplicaacuteveis agraves demonstraccedilotildees

              contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do Mercado Comum do Sul

              Este capiacutetulo subdividi-se em trecircs seccedilotildees Primeiramente aborda-se a fundamentaccedilatildeo

              legal necessaacuteria para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos quatro paiacuteses

              integrantes do MERCOSUL Na sequumlecircncia discute-se a estrutura das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis e por fim o conteuacutedo das mesmas

              No capiacutetulo seguinte apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias

              encontradas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com

              vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

              Por fim satildeo apresentadas as conclusotildees da presente pesquisa bem como as

              recomendaccedilotildees para futuros estudos

              2 O MERCOSUL

              Este capitulo primeiramente apresenta-se a evoluccedilatildeo dos acordos

              comerciais com ecircnfase agravequeles firmados na Ameacuterica Latina Em seguida aborda a

              origem do MERCOSUL e seu contexto atual

              21 A evoluccedilatildeo dos Acordos Comerciais

              Nesta seccedilatildeo inicialmente satildeo expostas as diversas modalidades de acordos

              comerciais possiacuteveis Na sequumlecircncia aborda-se a evoluccedilatildeo dos acordos comerciais

              firmados na Ameacuterica Latina

              211 Modalidades de Acordos Comerciais

              Segundo Mello11 ldquoum dos aspectos mais marcantes da evoluccedilatildeo da economia

              internacional nos uacuteltimos tempos tem sido a aglutinaccedilatildeo de paiacuteses em blocos ou

              superblocos Verifica-se uma tendecircncia acelerada de formaccedilatildeo de blocos comerciais

              regionais e bilaterais de aacutereas de livre comeacutercio e de uniotildees aduaneirasrdquo

              Estes movimentos objetivam de certa forma derrubar as barreiras

              alfandegaacuterias e incentivar o comeacutercio entre paiacuteses com interesses econocircmicos comuns

              Faz-se a seguir uma raacutepida incursatildeo em algumas modalidades possiacuteveis de integraccedilatildeo

              econocircmica entre regiotildees

              a) Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria

              A Zona de Preferecircncia Tarifaacuteria (ZPT) eacute uma das formas mais rudimentares

              de integraccedilatildeo pois consiste apenas em assegurar niacuteveis tarifaacuterios preferenciais para os

              MELLO Isabel Parente de A inserccedilatildeo do MERCOSUL na economia mundial In BRANDAtildeO Antocircnio Salazar P PEREIRA Lia Valls (orgs) MERCOSUL perspectivas da integraccedilatildeo 2 ed Rio de Janeiro FGV 1997 p75-120 p77

              9

              paiacuteses-membros do grupo Em outras palavras aos paiacuteses do bloco incidiratildeo tarifas

              inferiores agraves cobradas dos paiacuteses que natildeo pertencem ao bloco12

              b) Zona de Livre Comeacutercio

              As Zonas de Livre Comeacutercio (ZLC) satildeo formadas conforme Maia13 ldquopor

              paiacuteses que concordam em eliminar ou reduzir as barreiras alfandegaacuterias apenas para as

              importaccedilotildees de mercadorias produzidas dentro dessa aacutereardquo Casella14 acrescenta que a

              ZLC ldquopressupotildee a eliminaccedilatildeo de tarifas e barreiras natildeo tarifaacuterias sejam estas teacutecnicas

              fito-sanitaacuterias quantitativas ou de qualquer natureza que acarretem restriccedilotildees ao

              comeacutercio entre os Estados integrantesrdquo

              c) Uniatildeo Aduaneira

              Nesta modalidade de integraccedilatildeo acrescenta-se ao exposto na Zona de Livre

              Comeacutercio uma taxa externa comum Rosa15 comenta que neste caso ldquoaplica-se a mesma

              tarifa para os produtos importados provenientes de paiacuteses natildeo pertencentes ao grupordquo

              Casella16 diz que agrega-se ao modelo anterior ldquoa instituiccedilatildeo de tarifa externa

              comum e regime geral de origem aplicaacuteveis em toda a uniatildeo alfandegaacuteria em relaccedilatildeo a

              importaccedilotildees procedentes de terceiros Estadosrdquo

              d) Mercado Comum

              Neste caso haacute uma grande integraccedilatildeo entre os povos pertencentes ao bloco

              econocircmico Vaacutezquez17 explicita que ldquoseus pilares satildeo as chamadas liberdades

              12 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteJO Ernesto Henrique Fiaga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p2513 MAIA Jayme de Mariz Economia internacional e comeacutercio exterior 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1998 p 149

              CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3415 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p2516 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3417 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisdplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p29

              10

              fundamentais livre circulaccedilatildeo de mercadorias de pessoas de capitais e livre prestaccedilatildeo de

              serviccedilosrdquo

              Para Casella o Mercado Comum ldquoadiciona agraves exigecircncias dos modelos

              anteriores a supressatildeo de barreiras agrave livre circulaccedilatildeo de pessoas serviccedilos mercadorias e

              capitais entre os Estados-membros bem como exige grau miacutenimo de coordenaccedilatildeo e

              harmonizaccedilatildeo de poliacuteticas econocircmicas comuns em setores vitais da economia integradardquo

              e) Uniatildeo Econocircmica e Monetaacuteria

              Apoacutes o estaacutegio de Mercado Comum segue-se o de Uniatildeo Econocircmica e

              Monetaacuteria que busca compatibilizar as poliacuteticas econocircmicas nacionais Implica ainda

              conforme Vaacutezquez19 em uma ldquoharmonizaccedilatildeo das poliacuteticas fiscais e monetaacuterias nos paiacuteses

              que a integram Em um sentido mais amplo se fala da coordenaccedilatildeo de poliacuteticas

              macroeconocircmicasrdquo

              Florencio e Arauacutejo20 vatildeo aleacutem e comentam que ldquoela ocorre quando existe

              uma moeda uacutenica e uma poliacutetica monetaacuteria inteiramente unificada conduzida por um

              Banco Central comunitaacuteriordquo

              Neste caso haacute uma supressatildeo das barreiras sendo institucionaliza uma

              unificaccedilatildeo em que todos os paiacuteses do bloco concordam com as condiccedilotildees estabelecidas

              por este

              212 Acordos firmados na Ameacuterica Latina

              Em se tratando dos acordos firmados na Ameacuterica Latina observa-se que

              desde o seacuteculo passado sucedem-se projetos e esforccedilos contiacutenuos para a integraccedilatildeo

              poliacutetica e econocircmica de toda a Ameacuterica Com a mesma intensidade que surgiram

              18 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p3419 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multi disciplinan os sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p2920 FLOREcircNCIO Seacutergio Abreu e Lima ARAUacuteIO Ernesto Henrique Fraga Mercosul hoje Satildeo Paulo Alfa Omega 1996 p26

              11

              iniciativas inovadoras entre acordos comerciais escassos tem sido seus resultados

              concretos

              O anseio em ter-se uma Ameacuterica Latina unida vem desde o tempo de Boliacutevar

              Em 1824 este precursor pretendeu reunir os representantes de todas as ex-colocircnias

              espanholas na Ameacuterica no ldquoCongreso Anfictioacutenico de P a n a m aacute Poreacutem esta iniciativa

              natildeo obteve o efeito desejado21

              Neste seacuteculo destacam-se diversas iniciativas integracionistas

              principalmente no poacutes-guerra Um dos antecedentes fundamentais da integraccedilatildeo na

              Ameacuterica Latina eacute a Associaccedilatildeo Latinoamericana de Livre Comeacutercio - ALALC firmada

              em 13 de fevereiro de 1960 na cidade de Montevideacuteu no Uruguai Kunzler e Maciel22

              afirmam que ldquoseu objetivo uacuteltimo era a criaccedilatildeo de um mercado comum regional a partir

              da formaccedilatildeo de uma zona de livre comeacutercio em um periacuteodo natildeo superior a doze anos

              prazo esse que foi ampliado em 1969 pelo Protocolo de Caracas e passou a ser 31 de

              dezembro de 1980rdquo Poreacutem esta associaccedilatildeo natildeo conseguiu atingir seus objetivos devido a

              estes serem demasiadamente ambiciosos aleacutem de sua grande extensatildeo continental que

              abarcava paiacuteses em diferentes niacuteveis de desenvolvimento econocircmico23

              Decorridos 20 anos com o intuito de prosseguir com o processo de

              integraccedilatildeo o modelo ALALC foi reestruturado tendo seus objetivos modificados na

              busca de soluccedilotildees para os impasses surgidos no passado Assim em 12 de agosto de

              1980 em Montevideacuteo foi instituiacuteda a Associaccedilatildeo Latino-americana de Integraccedilatildeo -

              AL ADI

              De acordo com Vaacutezquez24 a ALADI tem como objetivo final de longo prazo

              o estabelecimento de forma gradual e progressiva de um Mercado Comum

              Latinoamericano Pois permite a celebraccedilatildeo de acordos mesmo que natildeo haja a

              participaccedilatildeo do total dos paiacuteses-membros Estes acordos satildeo chamados de Acordos de

              Alcance Parcial

              21 CASELLA Paulo Borba MERCOSUL exigecircncias e perspectivas integraccedilatildeo e espaccedilo econocircmico (1995- 2001-2006) Satildeo Paulo LTr 1996 p 11522 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995 p 15823 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p924 VAacuteZQUEZ Mariacutea Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p10

              12

              Neste sentido puderam ser feitos acordos visando o interesse dos paiacuteses com

              maior disposiccedilatildeo para a integraccedilatildeo Contexto no qual insere-se o MERCOSUL

              22 Origem do MERCOSUL

              Com os rumos de uma economia internacional cada vez mais integrada e

              competitiva a exemplo da Comunidade Econocircmica Europeacuteia em promissor

              desenvolvimento nos anos 80 a vontade poliacutetica em acelerar o processo integracionista

              na Ameacuterica do Sul consolida-se em um acordo bilateral em que participam Argentina e

              Brasil Segundo Kunzler e Maciel25 logo apoacutes o fim do governo militar ocorreu a

              assinatura da Declaraccedilatildeo de Iguaccedilu em novembro de 1985

              No ano seguinte mais um passo foi dado em direccedilatildeo ao que no futuro teria o

              nome de Mercado Comum do Sul De acordo com Vaacutezques26 ldquoem 29 de julho de 1986

              na cidade de Buenos Aires se estabelece o Programa de Integraccedilatildeo e Cooperaccedilatildeo

              Econocircmica entre Argentina e Brasil para promover a integraccedilatildeo o comeacutercio e o

              desenvolvimento de ambos os paiacuteses atraveacutes de doze protocolos setoriaisrdquo

              Apoacutes seguidas negociaccedilotildees entre os Governos da Argentina e do Brasil

              tambeacutem demonstraram interesse na criaccedilatildeo de um mercado comum os Governos do

              Paraguai e Uruguai Por conseguinte em 26 de marccedilo de 1991 instituiu-se o Tratado de

              Assunccedilatildeo para a constituiccedilatildeo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL

              O Tratado de Assunccedilatildeo documento que define as bases para formaccedilatildeo do

              mercado comum foi complementado com Protocolos adicionais Dentre os mais

              significativos destacam-se o Protocolo de Brasiacutelia em 17 de dezembro de 1991 tratando

              de soluccedilotildees para Controveacutersias no MERCOSUL e o Protocolo de Ouro Preto em 17 de

              maio de 1995 que estabeleceu a nova estrutura institucional do MERCOSUL destinada a

              vigorar durante o periacuteodo de consolidaccedilatildeo da Uniatildeo Aduaneira

              Nestes Protocolos tambeacutem foram estabelecidas etapas de integraccedilatildeo para as

              quais fixaram-se objetivos a serem alcanccedilados em periacuteodos preacute-determinados Desta

              25 KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiacutez 1995 p 18526 VAacuteZQUEZ Maria Cristina Anaacutelisis de algunos aspectos de la integracioacuten en el MERCOSUR desde el punto de vista del derecho administrativo In VAacuteZQUES Maria Cristina et al Estudos multidisciplinarios sobre el MERCOSUR MontevideoUR Fundacioacuten de Cultura Universitaria 1995 p 11

              13

              forma ateacute 31 de dezembro de 1994 ocorreu o periacuteodo de transiccedilatildeo para a Zona de Livre

              Comeacutercio na qual providenciou-se a remoccedilatildeo de barreiras tarifaacuterias e natildeo-tarifaacuterias para

              a livre circulaccedilatildeo de bens capitais e pessoas Apoacutes esta data entrou em vigor a Uniatildeo

              Aduaneira que previa a Tarifa Externa Comum (TEC) a ser adotada pelos paiacuteses-

              membros do Acordo poreacutem criada com algumas ressalvas que deveratildeo ser sanadas ateacute o

              ano de 2001

              Conforme texto elaborado pela Divisatildeo do Mercado Comum do Sul do

              Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores - MRE ldquoo MERCOSUL resulta do novo modelo de

              desenvolvimento adotado pelos paiacuteses que o integram o qual se caracteriza pelo

              incentivo agrave abertura econocircmica e agrave aceleraccedilatildeo dos processos de integraccedilatildeo regionalrdquo

              Visando com isso conseguir uma maior participaccedilatildeo destes quatro paiacuteses na economia

              internacional27

              O MERCOSUL atualmente busca sua expansatildeo horizontal firmando

              acordos de livre comeacutercio com outros blocos econocircmicos e paiacuteses da Ameacuterica Latina

              Neste contexto foram firmados acordos comerciais parciais com o Chile em 1996 e com

              a Boliacutevia em 1997 no sentido de ampliar as relaccedilotildees comerciais do MERCOSUL e

              consolidar laccedilos poliacuteticos com paiacuteses vizinhos28

              27BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)28BRASIL Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores Disponiacutevel na internet httpwwwmregovbr (maio2000)

              3 A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL

              Este capiacutetulo primeiramente descreve como estaacute organizada a profissatildeo

              contaacutebil nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Em seguida satildeo expostas as prerrogativas

              da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do bloco Apoacutes satildeo apresentados os oacutergatildeos

              profissionais de regulamentaccedilatildeo e por fim os oacutergatildeos legais de regulamentaccedilatildeo de cada

              paiacutes

              31 A profissatildeo contaacutebil na Argentina

              Na Argentina o profissional que exerce a Contabilidade denomina-se

              Contador Puacuteblico Este para o exerciacutecio legal da profissatildeo deve ser titular de diploma

              universitaacuterio e estar devidamente inscrito no Conselho Profissional da Proviacutencia ao qual

              pertence sua atividade

              A Lei ndeg 20488 da Naccedilatildeo Argentina de 23 de maio de 1973 que inclui as

              Ciecircncias Econocircmicas em geral regulamenta a profissatildeo de Contador Puacuteblico29

              Rosa30 salienta que no campo das Ciecircncias Econocircmicas podem estar

              inseridas as seguintes profissotildees Contador ou Contador Puacuteblico Economista

              Administrador e Atuaacuterio Assim os Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas ou

              os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas da Argentina congregam todos os

              profissionais do universo das Ciecircncias Econocircmicas

              A profissatildeo contaacutebil encontra normas legais para sua execuccedilatildeo nos onselhos

              profissionais a quem cumpre controlar o exerciacutecio da atividade de seus associados e

              emitir resoluccedilotildees e normas para seu cumprimento no acircmbito de atuaccedilatildeo de sua jurisdiccedilatildeo

              As jurisdiccedilotildees dos Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas satildeo

              assim distribuiacutedas existe um Conselho em cada Proviacutencia e um na Capital Federal

              Os Conselhos Profissionais de acordo com Pohlmann31 ldquoapesar de terem

              sido criados por Lei satildeo entidades de natureza juriacutedica privada independente do Estado

              29 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p4030 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3631 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSPSet95 p47

              15

              poliacutetica administrativa e economicamenterdquo Sendo estes oacutergatildeos independentes

              conveniente era a criaccedilatildeo de um oacutergatildeo que congregasse todos os conselhos provinciais

              Assim em 1973 foi instituiacuteda a Federacioacuten Argentina de Consejos Profisionales de

              Ciencias Econoacutemicas (FACPCE) A principal finalidade da criaccedilatildeo deste oacutergatildeo foi

              conforme Pohlmann32 ldquoa de uniformizar as normas contaacutebeis atraveacutes da emissatildeo de

              resoluccedilotildees teacutecnicas para adoccedilatildeo embora voluntaacuteria pelos conselhos profissionaisrdquo

              Haacute ainda enquanto entidades representativas da profissatildeo contaacutebil na

              Argentina os Coleacutegios de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas cujo objetivo

              fundamental eacute o aperfeiccediloamento profissional da Contabilidade Em 1926 foi fundada a

              entidade que atualmente tem o nome de Federacioacuten Argentina de Graduados en

              Ciencias Econoacutemicas

              A profissatildeo contaacutebil na Argentina pode ser analisada sob a perspectiva das

              prerrogativas profissionais dos oacutergatildeos de profissionais de regulamentaccedilatildeo e dos oacutergatildeos e

              normas legais de regulamentaccedilatildeo

              311 Prerrogativas Profissionais

              Na Argentina as prerrogativas profissionais exclusivas dos Contadores

              Puacuteblicos estatildeo previstas na Lei ndeg 2048873 art 13 que regulamenta a profissatildeo

              Entende-se conforme referido artigo que satildeo atribuiccedilotildees privativas dos

              Contadores aquelas que requerem tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente para mateacuteria

              econocircmica e contaacutebil quando os dictaacutemenes sirvam a fins judiciais administrativos ou

              estejam destinados a fazer feacute puacuteblica em relaccedilatildeo a questotildees previstas neste mesmo artigo

              e tambeacutem em mateacuteria judicial para a produccedilatildeo e firma de dictaacutemenes relacionados como

              questotildees previstas no artigo33

              312 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

              32 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p48j3 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p46

              16

              Na Argentina basicamente satildeo dois os oacutergatildeos profissionais de

              regulamentaccedilatildeo a Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias

              Econocircmicas e a Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas

              A FACPCE eacute uma entidade de segundo grau que congrega atualmente 24

              Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas instituiacuteda em 1973 com o objetivo de

              unificar as normas teacutecnicas a niacutevel nacional34

              Aos Conselhos Profissionais de cada Proviacutencia satildeo atribuiacutedas algumas

              funccedilotildees a saber

              ldquo) criar e controlar as matriacuteculas correspondentes agraves profissotildees de ciecircncias econocircmicas2) cuidar que se cumpram os princiacutepios de eacutetica que regem o exerciacutecio profissional3) ordenar o exerciacutecio profissional de ciecircncias econocircmicas e delimitar o dito exerciacutecio em suas relaccedilotildees com outras profissotildees4) perseguir e combater pelos meios legais ao seu alcance o exerciacutecio ilegal da profissatildeo5) certificar as firmas (assinaturas) e legalizar os pareceres expedidos pelos profissionais quando tal requisito seja exigidordquo35

              O principal Conselho Profissional de Contabilidade na Argentina eacute o

              Consejo Profesional de Ciencias Econoacutemicas de la Capital Federal - CPCECF

              (Conselho Profissional de Ciecircncias Econocircmicas da Capital Federal) considerado um

              organismo intermediaacuterio36

              Atualmente este Conselho conta com 48000 profissionais inscritos sendo

              que sua administraccedilatildeo estaacute a cargo do Conselho Diretivo integrado por profissionais das

              distintas carreiras que se renovam por meio de eleiccedilotildees democraacuteticas perioacutedicas Aleacutem

              deste Conselho Diretivo existe a Comissatildeo Fiscalizadora com funccedilotildees de controle que

              tambeacutem eacute eleita livremente pelos profissionais matriculados37

              Com referecircncia agraves normas de contabilidade a FACPCE criou em 1974 ldquoo

              organismo de investigaccedilatildeo cientiacutefica o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos -

              CECYT Ele produz as normas que uma vez aprovadas pela Junta de Governo da

              34 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwvvwfacpcecomar (fevereiro2000)35 ARGENTINA Ley ndeg 20488 en 23 de julho de 1973 Regla el ejercicio de las profesiones en ciencias econoacutemicas en el aacutembito nacional Buenos Aires sn 1973 art 2136 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)37 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)

              17

              Federaccedilatildeo adquirem caraacuteter de resoluccedilotildees teacutecnicasrdquo38 Poreacutem estas somente teratildeo

              vigecircncia obrigatoacuteria nas jurisdiccedilotildees a partir do momento em que sejam adotadas como

              obrigatoacuterias em cada um dos Conselhos Profissionais Estes poderatildeo introduzir nestas

              Resoluccedilotildees Teacutecnicas as modificaccedilotildees que considerarem convenientes

              Em 06 de abril de 1985 foi assumido o compromisso pelos representantes da

              FAGCE em subscrever uma Ata-compromisso com o objetivo de harmonizar suas

              atividades com a FACPCE No item 5o desta Ata-compromisso consta que ldquoem respeito

              a emissatildeo e sanccedilotildees de normas teacutecnicas por pontos separados se acorda um procedimento

              coordenador que se inserem a presente e se individualizam como Anexo I e II que se

              consideram parte integrante este convecircniordquo39

              De acordo com o item Io do Anexo I ldquoa instituiccedilatildeo legalmente autorizada

              para as sanccedilotildees e para por em vigecircncia as normas teacutecnicas profissionais eacute a Federaccedilatildeo

              Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas atraveacutes de seus conselhos

              aderidosrdquo Na sequecircncia do Anexo I em seu item 4o explicita que na medida que se

              respeite o acordo inserido na Ata-compromisso a FAGCE natildeo poderaacute emitir

              pronunciamentos teacutecnicos da categoria de seus dictaacutemenes ou similares com caraacuteter de

              obrigatoacuterios Ressalta-se que este acordo firmado entre a FACPCE e a FAGCE teraacute

              aplicaccedilatildeo restrita agrave elaboraccedilatildeo de normas teacutecnicas de caraacuteter obrigatoacuterio

              O Anexo II de que trata a Ata-compromisso descreve os procedimentos

              necessaacuterios para a emissatildeo de normas teacutecnicas

              Por sua vez a Federacioacuten Argentina de Graduados en Ciencias Econoacutemicas -

              FAGCE (Federaccedilatildeo Argentina de Graduados em Ciecircncias Econocircmicas) reuacutene os

              Coleacutegios de Graduados de todo o territoacuterio nacional argentino Segundo Pohlmann40 agrave

              FAGCE estaacute vinculado o Instituto Teacutecnico de Contadores Puacuteblicos responsaacutevel pela

              emissatildeo de dictaacutemenes que tambeacutem podem tornarem-se normas teacutecnicas depois de

              aprovados pelo CECYT

              38 CONSEJO PROFESIONAL DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS DE LA CAPITAL FEDERAL Disponiacutevel na internet httpwwwcpcecfcomar (fevereiro2000)39 FEDERACIOacuteN ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)40 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 56

              18

              313 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

              Pohlmann41 destaca na Argentina alguns oacutergatildeos emissores de normas

              contaacutebeis Leis Decretos Textos Legais Resoluccedilotildees que mesmo natildeo integrantes da

              profissatildeo contaacutebil no paiacutes tecircm seus pareceres seguidos pelos profissionais Dentre eles

              cita-se o Coacutedigo de Comeacutercio a Lei das Sociedades Comerciais Lei do Imposto de las

              Ganancias as Resoluccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Valores e da Bolsa de Comeacutercio de

              Buenos Aires e as normas e comunicaccedilotildees do Banco Central da Repuacuteblica Argentina

              32 A profissatildeo contaacutebil no Brasil

              No Brasil o profissional da Contabilidade pode estar enquadrado em duas

              categorias distintas Teacutecnico em Contabilidade e Contador O primeiro eacute aquele que

              formou-se em niacutevel meacutedio ou seja nos cursos de niacutevel secundaacuterio Jaacute o segundo

              formou-se em niacutevel superior eacute titular do diploma universitaacuterio de Bacharel em Ciecircncias

              Contaacutebeis42

              Esta profissatildeo estaacute regulamentada no Decreto-Lei ndeg 929543 de 27 de maio

              de 1946 complementada com resoluccedilotildees posteriores No art 25 deste decreto-lei estatildeo

              expressas as atribuiccedilotildees profissionais do contabilista assim denominado para enquadrar

              os Teacutecnicos em Contabilidade e os Contadores

              ldquoa) organizaccedilatildeo e execuccedilatildeo de serviccedilos de contabilidade em geralb) escrituraccedilatildeo dos livros de contabilidade obrigatoacuterios bem como

              de todos os necessaacuterios no conjunto da organizaccedilatildeo contaacutebil e levantamento dos respectivos balanccedilos e demonstraccedilotildees

              c) periacutecias judiciais ou extrajudiciais revisatildeo de balanccedilos e de contas em geral verificaccedilatildeo de haveres revisatildeo permanente ou perioacutedica de escritas regulaccedilotildees judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns assistecircncia aos Conselhos Fiscais das sociedades anocircnimas e quaisquer outras atribuiccedilotildees de natureza teacutecnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidaderdquo

              41 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p5942 ROSA Paulo Moreira da A contabilidade no MERCOSUL Satildeo Paulo Atlas 1999 p3743 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546

              19

              Poreacutem aos Teacutecnicos em Contabilidade estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter parcial

              pois a estes cabem apenas as atribuiccedilotildees das aliacuteneas a e b salvo aqueles que tenham

              direitos adquiridos ex VI do disposto no Art 2o do Decreto ndeg21033 de 08 de fevereiro

              de 1932 44 Contudo aos Contadores diplomados estas atribuiccedilotildees tem caraacuteter integral45

              Para o exerciacutecio legal da profissatildeo de Contabilista toma-se imprescindiacutevel

              estar regularmente registrado no oacutergatildeo competente no Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e no

              Conselho Profissional da regiatildeo de atuaccedilatildeo Assim criou-se tambeacutem pelo Decreto-Lei

              ndeg 9295-46 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de

              Contabilidade (CRC) que reportam-se ao primeiro tendo todos como principal funccedilatildeo o

              controle e a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil no paiacutes

              Os Conselhos Regionais de Contabilidade estatildeo distribuiacutedos um em cada

              Estado da Naccedilatildeo e o Conselho Federal de Contabilidade estaacute estabelecido no Distrito

              Federal Aleacutem do registro nos oacutergatildeos competentes os contabilistas satildeo orientados no

              exerciacutecio de sua profissatildeo por princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas

              contaacutebeis estabelecidos no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade e oacutergatildeos

              especiacuteficos de regulamentaccedilatildeo (Comissatildeo de Valores Monetaacuterios Banco Central do

              Brasil Secretaria da Receita Federal entre outros)

              Enquanto oacutergatildeo relacionado a classe contaacutebil pode-se mencionar ainda o

              Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) 46 A este cabe entre outros objetivos

              definir sistematizar e divulgar as normas e pronunciamentos de contabilidade e auditoria

              a serem observados pelos contadores em benefiacutecio da comunidade empresarial governos

              e comunidade em geral4 De acordo com Pohlmann48 o IBRACON eacute o ldquorepresentante

              oficial do Brasil junto agrave Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade (AIC) ao

              44 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art ndeg2645 BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade define as atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 28054646 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo laquo Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p2447 IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1992 p 1148 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAF1 Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p50

              20

              Internacional Federation o f Accountants (IFAC) e ao Internacional Accounting

              Standards Committee (IASC)rdquo

              No Brasil pode-se conhecer a profissatildeo contaacutebil na medida que se analisa as

              prerrogativas profissionais os oacutergatildeos profissionais de regulamentaccedilatildeo e os oacutergatildeos e

              normas legais de regulamentaccedilatildeo

              321 Prerrogativas Profissionais

              As atribuiccedilotildees privativas dos contabilistas estatildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC

              ndeg 560 de 28 de outubro de 1983 as quais satildeo denominadas de Prerrogativas

              Profissionais O art 1deg desta Resoluccedilatildeo esclarece que ldquoo exerciacutecio das atividades

              compreendidas na Contabilidade considerada esta na sua plena amplitude e condiccedilatildeo de

              Ciecircncia Aplicada constitui prerrogativa sem exceccedilatildeo dos contadores e dos teacutecnicos em

              contabilidade legalmente habilitados ressalvadas as atribuiccedilotildees privativas dos

              contadoresrdquo

              Destacam-se ainda na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083 o rol de atribuiccedilotildees

              privativas dos contadores descritas no art 3o bem como as atividades compartilhadas

              previstas no art 5o que tambeacutem constituem prerrogativas de outras profissotildees

              Recentemente com a aprovaccedilatildeo do Estatuto dos Conselhos de Contabilidade

              foram acrescentadas algumas disposiccedilotildees natildeo previstas na Resoluccedilatildeo CFC ndeg 56083

              entre elas destaca-se o art 21 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 o qual destaca que ldquoo

              exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil eacute privativo do profissional com registro e situaccedilatildeo regular

              perante o CRC de seu domiciacutelio profissionalrdquo49

              322 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

              Explanar-se-aacute a seguir sobre os oacutergatildeos profissionais que contribuem de

              forma mais representativa na regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil no Brasil o Conselho

              Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade

              49 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p 19

              21

              O Conselho Federal de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei ndeg 929546 eacute

              o oacutergatildeo que tem como missatildeo a fiscalizaccedilatildeo do exerciacutecio da profissatildeo de contabilista

              congregando Contadores e Teacutecnicos em Contabilidade no paiacutes50

              A regulamentaccedilatildeo dos serviccedilos de fiscalizaccedilatildeo das profissotildees regulamentadas

              foi devidamente expressada pela Lei ndeg 9649 de 27 de maio de 1998 que determinou a

              natureza privada destes serviccedilos por delegaccedilatildeo do poder puacuteblico mediante previa

              autorizaccedilatildeo legislativa51 Assim conforme esta lei os conselhos profissionais ldquodotados

              de personalidade juriacutedica de direito privado natildeo manteratildeo com os oacutergatildeos da

              Administraccedilatildeo Puacuteblica qualquer viacutenculo funcional ou hieraacuterquicordquo Desta forma cabe aos

              Conselhos Profissionais de Contabilidade serem denominados em uacuteltima anaacutelise de

              pessoas juriacutedicas de direito privado Na continuidade de sua constituiccedilatildeo os Conselhos

              de Contabilidade estabeleceram seu Estatuto contendo estrutura organizaccedilatildeo e

              funcionamento estes sob a Resoluccedilatildeo ndeg 825 de 30 de junho de 1998 tendo como base o

              Decreto-Lei 9295-46

              No curso de suas atividades compete entatildeo aos Conselhos de Contabilidade

              orientar disciplinar e fiscalizar de forma legal teacutecnica e eacutetica o exerciacutecio da profissatildeo

              contaacutebil em todo o Brasil Considera-se portanto atribuiccedilotildees do Conselho Federal de

              Contabilidade aquelas descritas no art 17 da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em consonacircncia

              com o Decreto-Lei ndeg 9929546

              Aleacutem disso constituem atribuiccedilotildees privativas dos Conselhos de

              Contabilidade aquelas previstas no art 6o da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 referente a

              ldquofiscalizaccedilatildeo e controle de suas atividades financeiras econocircmicas administrativas

              contaacutebeis e orccedilamentaacuteriasrdquo com a observacircncia das normas contidas no referido artigo Os

              Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributaacuteria total conforme art 5o do

              Estatuto respaldado pelo art 58 da Lei 964998

              O Decreto-Lei ndeg 929546 em seu art4deg determina que o Conselho Federal

              Contabilidade seraacute constituiacutedo por 09 (nove) membros brasileiros que tenham habilitaccedilatildeo

              profissional legalmente adquirida Entretanto posteriormente com a ediccedilatildeo do Decreto-

              Lei ndeg 1040 de 21 de outubro de 1969 a constituiccedilatildeo do Conselho Federal de

              50BRASIL Decreto-Lei ndeg 9295 de 27 de maio de 1946 Cria o Conselho Federal de Contabilidade defineas atribuiccedilotildees ao Contador e Teacutecnico em Contabilidade e daacute outras providecircncias Brasiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 280546 Art Io51 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade BrasiacuteliaCFC 1998 p26

              22

              Contabilidade foi alterada passando de nove para 15 (quinze) membros aleacutem de igual

              nuacutemero de suplentes Poreacutem a Resoluccedilatildeo CFC ndeg 82598 em seu art 10 contrapotildeem

              ressaltando que o Conselho Federal de Contabilidade deveraacute ser composto por no miacutenimo

              um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade e seu respectivo suplente

              Para a composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade deve ser observada a seguinte

              proporccedilatildeo dois terccedilos deles deveratildeo ser de Contadores e um terccedilo de Teacutecnicos em

              Contabilidade com o mandato dos eleitos e seus respectivos suplentes de 04 (quatro)

              anos com renovaccedilatildeo da composiccedilatildeo do Conselho Federal de Contabilidade de 02 (dois)

              em 02 (dois) anos alternadamente por um terccedilo e dois terccedilos respectivamente Da

              mesma forma estatildeo previstos no art 16 da referida resoluccedilatildeo os casos de extinccedilatildeo ou

              perda do mandato do Conselho Federal de Contabilidade52

              Diante do exposto observa-se uma complexa estrutura legal que visa

              assegurar ao profissional da contabilidade de forma concreta o exerciacutecio legal de sua

              profissatildeo bem como transmitir aos usuaacuterios da Contabilidade confiabilidade e seguranccedila

              nos trabalhos por esta emitidos

              Desta forma um dos principais trabalhos desenvolvidos pelos membros do

              Conselho Federal de Contabilidade vem sendo a constante elaboraccedilatildeo de Normas

              Brasileiras de Contabilidade com o intuito de uniformizar as praacuteticas e interpretaccedilotildees da

              contabilidade pelos contadores e demais usuaacuterios desta a fim de melhor servir como

              instrumento de informaccedilotildees para a gestatildeo em todos os seus aspectos Estas normas

              contaacutebeis satildeo classificadas em Normas Profissionais e Normas Teacutecnicas conforme

              Resoluccedilatildeo ndeg 751 de 29 de dezembro de 1993 que em seu art Io enfatiza ldquoas Normas

              Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos

              teacutecnicos a serem observados quando da realizaccedilatildeo dos trabalhos previstos na Resoluccedilatildeo

              CFC ndeg 560-83 de 28 de outubro de 1983 em consonacircncia com os Princiacutepios

              Fundamentais de Contabilidaderdquo As Normas Profissionais fixam regras para a conduta

              profissional e satildeo denominadas pelo prefixo NBC P Jaacute as Normas Teacutecnicas determinam

              conceitos doutrinaacuterios regras e procedimentos aplicados a Contabilidade sendo

              denominadas pelo prefixo NBC T53 A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade

              52 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Estatuto dos Conselhos de Contabilidade Brasiacutelia CFC 1998 p0953 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p 58

              23

              eacute descrita nos art 6o e T da Resoluccedilatildeo CFC ndeg 75193

              Cabe ressaltar que estas normas satildeo subdivididas em niacutevel mais especiacutefico

              conforme a necessidade de detalhamento sobre o tema em questatildeo

              Aleacutem das referidas normas torna-se relevante expor a importacircncia dos

              Princiacutepios Fundamentais de Contabilidade que representam a essecircncia das doutrinas e

              teorias relativas a Ciecircncia da Contabilidade54

              Atualmente os contabilistas reportam-se a sete Princiacutepios Fundamentais de

              Contabilidade conforme Resoluccedilatildeo CFC ndeg75055 o da Entidade o da Continuidade o da

              Oportunidade o do Registro pelo Valor Original o da Atualizaccedilatildeo Monetaria o da

              Competecircncia e o da Prudecircncia Sendo obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo destes para o exerciacutecio da

              Profissatildeo

              Por sua vez os Conselhos Regionais de Contabilidade foram criados nos

              mesmos moldes do Conselho Federal de Contabilidade Estatildeo representados um em cada

              Estado do territoacuterio nacional As atribuiccedilotildees dos CRC satildeo aquelas previstas no art 18 da

              Resoluccedilatildeo CFC 82598 Tendo como principal funccedilatildeo o registro controle e fiscalizaccedilatildeo

              da profissatildeo

              323 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

              Entre outras entidades atuantes no meio contaacutebil destacam-se algumas delas

              que embora natildeo interfiram de forma direta sobre a profissatildeo emitem deliberaccedilotildees

              pareceres e pronunciamentos que devem ser seguidos pelos profissionais da

              contabilidade Satildeo elas a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios a Lei ndeg 640476

              denominada Lei das Sociedades Anocircnimas o Banco Central a Receita Federal e o

              Coacutedigo Comercial Brasileiro

              33 A profissatildeo contaacutebil no Paraguai

              54 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRC-RS 1995 p2055 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Princiacutepios fundamentais de contabilidade Resoluccedilatildeo CFC n 750 de 29 de dezembro de 1993 Art 3o

              24

              No Paraguai a profissatildeo contaacutebil estaacute prevista na Lei ndeg371 de 06 de

              dezembro de 1972 que regulamenta o exerciacutecio profissional dos graduados em Ciencias

              Contables y Administrativas en Ciencias Contables en Contabilidad y en

              Administracioacuten Publica o de Empresas56

              No entanto esta legislaccedilatildeo natildeo estabelece prerrogativas agrave profissatildeo de

              contador natildeo cria oacutergatildeos de controle e fiscalizaccedilatildeo profissional nem sanccedilotildees aos que

              exercem a profissatildeo ilegalmente

              Dentre os oacutergatildeos de suporte agrave classe contaacutebil no Paraguai destaca-se o

              Colegio de Contadores del Paraguay atuante desde 09 de junho de 1916 Entretanto

              para o exerciacutecio da profissatildeo contaacutebil a inscriccedilatildeo neste Coleacutegio eacute facultativa tendo como

              uacutenico requisito a formaccedilatildeo em Contabilidade em niacutevel superior57

              Enquanto entidade de representaccedilatildeo contaacutebil haacute ainda o Colegio de

              Graduados en Ciencias Econoacutemicas del Paraguay que aleacutem de ser integrados por

              contadores tambeacutem fazem parte dele economistas e administradores e a Asociacioacuten de

              Graduados de la Faculdad de Ciencias Contables y Administrativas de Assuncioacuten

              Universidad Catoacutelica que congrega contadores e administradores desta universidade58

              A estrutura da profissatildeo contaacutebil no Paraguai pode ser verifica com base na

              inexistecircncia de prerrogativas profissionais exclusivas no principal oacutergatildeo profissional de

              regulamentaccedilatildeo e nos oacutergatildeos e normas legais de regulamentaccedilatildeo

              331 Prerrogativas Profissionais

              Natildeo encontram-se registradas prerrogativas profissionais exclusivas dos

              contadores no Paraguai Entretanto o art 2o da Lei ndeg 37172 segundo Pohlmann59

              56 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos F1PECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p 5257 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 2758 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Caderno de Estudos FIPECAFI Satildeo Paulo FEAUSP Set 95 p5259 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p99

              25

              elenca algumas atribuiccedilotildees dos profissionais da Contabilidade englobando os Doutores ou Licenciados em Ciecircncias Contaacutebeis e Administrativas em Ciecircncias Contaacutebeis e em Contabilidade podendo estes exercer funccedilotildees nas entidades puacuteblicas e privadas a saber

              ldquoa) organizaccedilatildeo e planejamento contaacutebilb) estudo de viabilidadec) sindicaturad) anaacutelise e certificaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeise) contabilidadef) revisatildeo contaacutebil e certificaccedilatildeo de contagem de valoresg) assessoria em mateacuteria contaacutebilh) assessoria em mateacuteria impositivai) interpretaccedilatildeo de balancetes manifestaccedilotildees de bens e quadros

              de rendimento de empresas j) liquidaccedilatildeo de danos e de seguros k) avaliaccedilatildeo de bens econocircmicos em geral1) peritagem em bolsa de valores em operaccedilotildees de

              armazenagem gerais de depoacutesitos e em arbitragem de caraacuteter comercial em geral

              m) trabalhos contaacutebeis e administrativos em convocaccedilatildeo de credores e falecircncias

              n) preparaccedilatildeo e subscriccedilatildeo de projetos de participaccedilatildeo de bens nos julgamentos sucessoacuterios a peticcedilatildeo do representante legal

              o) auditoria contaacutebilp) intervenccedilatildeo nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de contas na

              liquidaccedilatildeo e dissoluccedilatildeo de sociedades civis e comerciais e na prestaccedilatildeo de contas por administraccedilatildeo de bensrdquo

              Infere-se do exposto que mesmo natildeo havendo prerrogativas profissionais

              exclusivas dos contadores as funccedilotildees elencadas requerem profundo e amplo

              conhecimento teoacuterico e praacutetico de contabilidade

              332 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

              No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da

              profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do

              Paraguai

              26

              O Coleacutegio de Contadores do Paraguai eacute o principal oacutergatildeo representante da

              classe contaacutebil naquele paiacutes Pohlmann60 destaca algumas de suas finalidades

              bullldquo atuar para que o exerciacutecio da profissatildeo se ajuste ao coacutedigo de eacutetica e aos princiacutepios e normas contaacutebeis geralmente aceitosbull defender o prestiacutegio profissional e velar para que seus membros gozem de garantias e consideraccedilatildeo no exerciacutecio de suas funccedilotildeesbull obter dos poderes puacuteblicos e de entidades particulares o reconhecimento dos direitos e prerrogativas que correspondam a seus associados e representar a profissatildeo contaacutebil em todas instacircnciasrdquo

              O processo de instituiccedilatildeo de normas contaacutebeis tambeacutem eacute de competecircncia do

              Coleacutegio de Contadores do Paraguai Entretanto ressalta-se que a ausecircncia de um oacutergatildeo

              fiscalizador da profissatildeo contaacutebil acaba por ldquodesobrigarrdquo a execuccedilatildeo destas uma vez que

              a matriacutecula para o exerciacutecio da profissatildeo eacute facultativa

              Todavia com a globalizaccedilatildeo da economia e as mudanccedilas nos mercados

              mundiais conforme Pohlmann61 o Conselho Diretivo do Coleacutegio de Contadores do

              Paraguai observando a necessidade de um rol de normas contaacutebeis mais amplo emitiu

              nota em 22 de novembro de 1989 comunicando a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de

              Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC)

              como obrigatoacuterias no paiacutes ateacute que sejam estabelecidas novas normas que ajustem-se de

              forma mais adequada a realidade econocircmica social e cultural do paiacutes

              333 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

              No Paraguai haacute alguns mecanismos de normatizaccedilatildeo contaacutebil destacando-se

              a Lei do Comerciante a Lei do Bancaacuterio a Lei da Companhia Seguradora a Lei do

              Mercado de Capitais e a Legislaccedilatildeo Fiscal62

              60 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10061 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p10462 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 105

              27

              34 A profissatildeo contaacutebil no Uruguai

              No Uruguai o oacutergatildeo que congrega os contadores denomina-se Colegio de

              Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay que recentemente teve sua

              denominaccedilatildeo alterada para Colegio de Contadores y Economistas do Uruguay - CCEU

              Segundo Yamamoto63 este reuacutene tambeacutem economistas e administradores

              De acordo com Pohlmann64 em 1981 com o art 115 da Lei ndeg 1280260 ldquoo

              Coleacutegio de Doutores em Ciecircncias Econocircmicas e Contadores do Uruguai deu importante

              impulso criando uma comissatildeo de regulamentaccedilatildeo profissional com a missatildeo de preparar

              um projeto em tal sentidordquo O objetivo desta comissatildeo foi atingido em 1982 com o

              projeto aprovado pelo Coleacutegio e seguiu para o Ministeacuterio do Trabalho e Seguridade

              Social onde foi submetido agrave opiniatildeo de outros ministeacuterios profissionais e da

              Universidade da Repuacuteblica

              Para o exerciacutecio da Contabilidade natildeo eacute obrigatoacuterio aos contadores o registro

              em qualquer oacutergatildeo Contudo aborda-se a seguir as prerrogativas profissionais e o oacutergatildeo

              profissional de regulamentaccedilatildeo da mesma

              341 Prerrogativas Profissionais

              Segundo Furman65 natildeo haacute necessidade de matriacutecula legal para o exerciacutecio da

              profissatildeo contaacutebil Natildeo obstante as legislaccedilotildees sobre as incumbecircncias dos profissionais

              satildeo dispersas e parciais

              Apesar da profissatildeo contaacutebil no Uruguai natildeo ser devidamente regulamentada

              Pohlmann66 menciona alguns dispositivos esparsos que contemplam este assunto Entre

              eles estaacute a Lei ndeg 1280260 que trata da Prestaccedilatildeo de Contas ldquoque conteacutem trecircs artigos

              63 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p3364 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 11765 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200066 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 pl 16

              28

              nos quais se estabelecem sucintamente algumas atuaccedilotildees privativas que podem ter certos

              profissionais entre eles os contadores puacuteblicosrdquo Estes prevecircem a atuaccedilatildeo dos contadores

              puacuteblicos em certificaccedilotildees de balanccedilos prestaccedilotildees de contas ou relatoacuterios contaacutebeis que

              devam ser apresentados a oacutergatildeos puacuteblicos

              No entanto de acordo com Furman67 haacute intervenccedilatildeo obrigatoacuteria dos

              contadores na atuaccedilatildeo em procedimentos judiciais na apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees

              contaacutebeis ao sistema financeiro de empresas com determinado grau de endividamento

              nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de instituiccedilotildees financeiras e na solicitaccedilatildeo de certificado de

              devoluccedilatildeo de impostos

              342 Oacutergatildeos Profissionais de Regulamentaccedilatildeo

              Atualmente o oacutergatildeo que melhor representa a classe contaacutebil no Uruguai

              chama-se Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

              O Colegio de Contadores y Economistas dei Uruguay - CCEU anteriormente

              denominado Colegio de Doctores en Ciencias Econoacutemicas y Contadores del Uruguay

              criado em 03 de maio de 1961 congrega atualmente os profissionais universitaacuterios com

              diploma obtido em cursos superiores na Universidade da Repuacuteblica e os egressos de

              outras Universidades com diplomas acadecircmicos de profissional superior em Economia e

              Administraccedilatildeo sempre que este diploma seja reconhecido legalmente

              Como finalidades o CCEU prevecirc em seu estatuto aquelas descritas no art 2o

              como sendo as Gremiales e as Acadecircmicas e Culturais Em se tratando das finalidades

              Gremiales constam as seguintes

              ldquo a) procurar a maior participaccedilatildeo no Coleacutegio dos profissionais que o integram propiciar a uniatildeo e confraternizaccedilatildeo entre os mesmos velar pela honrabilidade no exerciacutecio da profissatildeo prestigiando-a e proporcionando as medidas conducentes com sua proteccedilatildeob) ditar as normas e princiacutepios eacuteticos que vatildeo reger o exerciacutecio profissional e difundir as normas teacutecnicas que facilitem seu desempenho

              61 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 2000

              29

              c) propiciar perante as autoridades puacuteblicas as sanccedilotildees das disposiccedilotildees que regulem o exerciacutecio da profissatildeo e exercer as accedilotildees que evitem seu exerciacutecio irregular para aqueles que natildeo possuem tiacutetulo habilitadod) exercer a representaccedilatildeo da profissatildeo perante as autoridades puacuteblicas entidades privadas e perante outras organizaccedilotildees de profissionais universitaacuterios tanto no paiacutes como no exteriore) formular os pronunciamentos teacutecnicos que as circunstacircncias determinam tanto no campo soacutecio-econocircmico como no administrativo perante autoridades puacuteblicas e privadas O Colegio se absteraacute de intervir quando sua atuaccedilatildeo possa causar alguma interferecircncia no livre exerciacutecio profissionalf) administrar o regime de matriacutecula colegiaccedilatildeo regulamentaccedilatildeo profissional ou similar no acircmbito que determinam as normas legaisrdquo68

              No que diz respeito agraves finalidades Acadecircmicas e Culturais este artigo do

              Estatuto prevecirc

              a) ldquomanter vinculaccedilatildeo com os centros de estudos que os soacutecios ingressaram e colaborar com o aperfeiccediloamento dos planos de estudo no melhoramento do ensino incluindo neles a implantaccedilatildeo dos cursos de poacutes-graduaccedilatildeob) implementar a instalaccedilatildeo de comissotildees que permitam o avanccedilo da investigaccedilatildeo dos assessoramentos e dictaacutemenes que sejam de conveniecircncia e facilitem o desenvolvimento cultural e teacutecnico da profissatildeoc) manter relaccedilotildees e colaborar com as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas que no paiacutes e no estrangeiro se dediquem a investigaccedilatildeo contaacutebil soacutecio-econocircmica e em administraccedilatildeo sempre que a mesma se-realize de forma objetivardquo69

              O CCEU eacute dirigido por Conselho Diretivo eleito conforme normas previstas

              no Estatuto Tendo os eleitos mandato de dois anos podendo serem reeleitos com

              exceccedilatildeo do Presidente que deveraacute aguardar dois anos para isto

              Ao CCEU cabe tambeacutem o pronunciamento de Normas Contaacutebeis a serem

              seguidas pelos profissionais matriculados neste De acordo com o Pronunciamento ndeg 11

              de abril de 1990 que trata das Normas Contaacutebeis Internacionais Obrigatoacuterias e Optativas

              68 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)69 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomny (maio2000)

              30

              o CCEU declarou serem obrigatoacuterias as Normas Internacionais de Contabilidade

              compreendidas entre os nuacutemeros 1 e 20 com exceccedilatildeo as de nuacutemeros 7 12 14 e 19 que

              entre outras disposiccedilotildees satildeo consideradas optativas70

              Segundo Furman71 cabe aos profissionais matriculados neste Coleacutegio

              obedecer primeiramente os pronunciamentos emitidos pelo CCEU em segundo lugar as

              NIC consideradas de caraacuteter obrigatoacuterio e na sequumlecircncia as doutrinas consideradas como

              tais as NIC optativas as demais NIC as resoluccedilotildees da Conferecircncia Interamericana de

              Contabilidade os pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade e as

              resoluccedilotildees das Jornadas do MERCOSUL

              343 Oacutergatildeos e Normas Legais de Regulamentaccedilatildeo

              72 Pohlmann identifica como fontes de normas legais possiacuteveis de adoccedilatildeo no

              Paraguai aquelas oriundas do Coacutedigo de Comeacutercio da Lei das Sociedades Comerciais

              da Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas do Imposto de Renda e as

              Normas do Banco Central

              70 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuy (maio2000)71 FURMAN Boris Palestra Mercado de trabalho e o Exerciacutecio Profissional no Uruguai VI Encontro de Contadores Economistas e Administradores do MERCOSUL CanelaRS de Io a 03 de junho de 200072 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FE AU SP 1994 p 125

              4 METODOLOGIA

              Tratando-se da metodologia da pesquisa como conjunto de teacutecnicas

              Minayo diz que esta deve dispor de um instrumental claro coerente elaborado capaz

              de encaminhar os impasses teoacutericos para o desafio da praacutetica

              Neste capiacutetulo apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada para a

              realizaccedilatildeo do trabalho Inicia-se com a especificaccedilatildeo do problema com ecircnfase nas

              perguntas de pesquisa e nas definiccedilotildees constitutivas e operacional de categorias de

              analise Na sequumlecircncia evidencia-se o delineamento da pesquisa o tratamento e anaacutelise

              dos dados e as limitaccedilotildees impostas a mesma

              41 Especificaccedilatildeo do problema

              Este trabalho estaacute centrado no seguinte pressuposto existe a viabilidade de

              harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos

              paiacuteses-membros do MERCOSUL

              Para isso aborda-se neste item as perguntas de pesquisa a definiccedilatildeo

              constitutiva de termos e em seguida a definiccedilatildeo operacional de termos

              411 Perguntas de pesquisa

              Para averiguar a viabilidade desta harmonizaccedilatildeo formulou-se as seguintes

              perguntas de pesquisa

              a) Como eacute regulamentada a profissatildeo contaacutebil na Argentina Brasil Paraguai

              e Uruguai

              b) Qual a legislaccedilatildeo vigente sobre a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              73 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social4 teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p 16

              32

              c) Como se apresenta a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

              obrigatoacuteria nestes paiacuteses

              d) Qual eacute o conteuacutedo destas demonstraccedilotildees contaacutebeis em cada paiacutes-membro

              do MERCOSUL

              e) Quais as congruecircncias e divergecircncias no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis com vistas a sua harmonizaccedilatildeo

              412 Definiccedilatildeo constitutiva de termos

              Seratildeo apresentadas a seguir a definiccedilatildeo constitutiva de termos Richardson74

              comenta que a definiccedilatildeo formal eacute aquela considerada geral e ampla

              Profissatildeo contaacutebil

              Saacute e Saacute75 definem a profissatildeo contaacutebil como ldquoo exerciacutecio ou praacutetica da

              Contabilidaderdquo

              Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              Compreende as diversas leis regulamentos normas e pronunciamentos

              oficiais emitidos pelos oacutergatildeos reguladores da contabilidade

              Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              ldquoAs demonstraccedilotildees contaacutebeis inclusive as denominadas lsquofinanceirasrsquo na

              legislaccedilatildeo satildeo as extraiacutedas dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema

              contaacutebil de qualquer tipo de Entidaderdquo76

              14 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2515 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p3656 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios

              fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 9 ed Porto Alegre CRCRS 1995 p 114

              33

              Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              ldquoForma teacutecnica de apresentaccedilatildeo dos componentes baacutesicos do patrimocircnio ouaacute 77 de um estudo particular desterdquo

              Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              O conteuacutedo do conjunto das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme Campiglia78

              ldquoreconhece trecircs aspectos fundamentais o patrimonial o financeiro e o econocircmico que se

              fundem na atividade da instituiccedilatildeordquo

              Harmonizaccedilatildeo

              De acordo com Castro Neto79 ldquoa harmonizaccedilatildeo contaacutebil pode ser conceituada

              como oacute processo de trazer os padrotildees contaacutebeis internacionais para algum tipo de acordo

              tal que as demonstraccedilotildees contaacutebeis de diferentes paiacuteses sejam preparadas segundo um

              conjunto comum de princiacutepios de mensuraccedilatildeo e disclosure

              413 Definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise

              A seguir seraacute apresentada a definiccedilatildeo operacional de categorias de anaacutelise Para

              Richardson80 esta definiccedilatildeo ldquoeacute aquela restrita voltada diretamente para aspectos do

              objeto possibilitando dessa forma a observaccedilatildeo eou a mensuraccedilatildeo das variaacuteveis

              envolvidas no fenocircmenordquo

              77 SAacute Antonio Lopes de SAacute Ana M Lopes de Dicionaacuterio de contabilidade 9 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p 19978 CAMPIGLIA Ameacuterico Oswaldo Introduccedilatildeo agrave hermenecircutica das demonstraccedilotildees contaacutebeis com interpretaccedilatildeo de disposiccedilotildees da Lei ndeg 640476 e normas CVM Satildeo Paulo Atlas 1997 p3879 CASTRO NETO Joseacute Luiacutes de Contribuiccedilatildeo ao estudo da praacutetica harmonizada da contabilidade na Uniatildeo Europeacuteia Tese de doutoramento Satildeo Paulo FEAUSP 1998 p5880 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p25

              34

              Profissatildeo contaacutebil

              Na profissatildeo contaacutebil enquadram-se os profissionais atuantes na contabilidade de

              acordo com o Conselho Federal de Contabilidade

              Legislaccedilatildeo regulamentadora das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              Satildeo as leis regulamentos normas resoluccedilotildees e pronunciamentos especiacuteficos

              para a elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Satildeo os relatoacuterios gerados pela contabilidade que expressatildeo a composiccedilatildeo eou

              movimentaccedilatildeo do patrimocircnio de uma organizaccedilatildeo em determinado periacuteodo

              Estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Considera-se a estrutura da demonstraccedilatildeo contaacutebil aquela verificada na

              apresentaccedilatildeo dos componentes do patrimocircnio

              Conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Consubstancia-se no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

              obrigatoacuteria as informaccedilotildees econocircmicas patrimoniais e financeiras contidas nas

              demonstraccedilotildees

              Harmonizaccedilatildeo

              A harmonizaccedilatildeo eacute verificada por meio do estudo da congruecircncia da estrutura

              e conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria dos paiacuteses-membros

              do MERCOSUL

              U

              35

              42 Delineamento da pesquisa

              De acordo com Richardson81 uma pesquisa pode ser orientada por diferentes

              formas de estudo

              bull estudos exploratoacuterios quando natildeo se tem informaccedilatildeo sobre determinado

              tema e se deseja conhecer o fenocircmeno

              bull estudos descritivos quando se deseja descrever as caracteriacutesticas de um

              fenocircmeno e

              bull estudos explicativos quando se deseja analisar as crenccedilas ou

              consequumlecircncias de um fenocircmeno

              Para alcanccedilar os objetivos da presente dissertaccedilatildeo trabalhou-se

              primeiramente com um plano de accedilatildeo descritivo Segundo Gil82 ldquoas pesquisas

              descritivas tecircm como objetivo primordial a descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada

              populaccedilatildeo ou fenocircmenos ou estabelecimento de relaccedilatildeo entre variaacuteveisrdquo Neste sentido

              evidenciou-se a situaccedilatildeo da regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros do

              MERCOSUL aleacutem da forma como apresenta-se a legislaccedilatildeo a estrutura e o conteuacutedo das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Em um segundo momento este estudo passou a ter uma dimensatildeo

              exploratoacuteria quando se buscou averiguar as congruecircncias e divergecircncias com vistas agrave

              harmonizaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis nos paiacuteses-membros do MERCOSUL De

              acordo com Gil83 ldquoas pesquisas exploratoacuterias tecircm como principal finalidade desenvolver

              esclarecer e modificar conceitos e ideacuteias com vistas na formulaccedilatildeo de problemas mais

              precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posterioresrdquo

              Este trabalho caracteriza-se ainda como de corte transversal Nesse

              conforme Richardson84 ldquoos dados satildeo coletados em um ponto no tempo com base em

              uma amostra selecionada para descrever uma populaccedilatildeo nesse determinado momentordquo

              Assim nesta pesquisa os dados coletados dizem respeito agrave legislaccedilatildeo vigente durante a

              elaboraccedilatildeo do trabalho

              81 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p2682 GDL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994 p4583 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 4 eacuted Satildeo Paulo Atlas 1994 p4484 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p93

              36

              A abordagem metodoloacutegica adotada eacute qualitativa Segundo Minayo85 a

              pesquisa qualitativa procura responder a questotildees muito particulares e preocupa-se com

              um niacutevel de realidade que natildeo pode ser quantificado

              43 Coleta e anaacutelise dos dados

              O delineamento da pesquisa funciona como um plano de accedilatildeo do pesquisador

              Segundo Richardson86 ldquoo plano de pesquisa eacute o esqueleto da investigaccedilatildeordquo buscando

              encontrar respostas aos problemas de pesquisa Portanto para que seja realizada uma

              pesquisa faz-se necessaacuterio que haja uma averiguaccedilatildeo da teacutecnica a ser utilizada para a

              obtenccedilatildeo dos dados Para Lakatos e Marconi87 teacutecnica de pesquisa eacute ldquoum conjunto de

              preceitos e processos de que se serve uma ciecircncia satildeo tambeacutem a habilidade para usar

              esses preceitos ou normas na obtenccedilatildeo de seus propoacutesitosrdquo Explicitam que as teacutecnicas de

              pesquisa para a obtenccedilatildeo de dados dividem-se em documentaccedilatildeo direta e documentaccedilatildeo

              indireta

              A documentaccedilatildeo direta daacute-se quando o pesquisador busca informaccedilotildees onde

              os fenocircmenos ocorrem Pode ser obtida de duas maneiras pesquisa de campo ou pesquisa

              de laboratoacuterio88

              A busca da documentaccedilatildeo indireta eacute a fase da pesquisa na qual se procura

              recolher informaccedilotildees de caraacuteter preliminar sobre o tema em estudo Esta teacutecnica se

              divide ainda em pesquisa documental e pesquisa bibliograacutefica Na pesquisa documental

              ocorre o levantamento dos materiais escritos que podem contribuir para a pesquisa

              cientiacutefica e que ainda natildeo foram elaborados Em se tratando da pesquisa bibliograacutefica

              esta eacute um apanhado geral sobre toda a bibliografia publicada atualmente sobre o tema89

              85 MINAYO Maria Cecilia de Souza (org) et al Pesquisa social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 1994 p2186 RICHARDSON Roberto Jarry et al Pesquisa social meacutetodo e teacutecnicas Satildeo Paulo Atlas 1985 p8387 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 19688 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985 p 16789 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Teacutecnicas de pesquisa Satildeo Paulo Atlas 1986 p 56-57

              38

              por imposiccedilatildeo legal aleacutem das normas emanadas pelos oacutergatildeos profissionais nos paiacuteses

              integrantes do MERCOSUL

              Considera-se aiacutenda como obstaacuteculos encontrados na pesquisa a distacircncia

              entre os paiacuteses e a ausecircncia de respostas dos oacutergatildeos e pessoas consultados sobre o tema

              em outros paiacuteses

              Ressalta-se aiacutenda que sendo esta pesquisa de cunho teoacuterico natildeo foi realizado

              nenhum estudo de aplicaccedilatildeo praacutetica da viabilidade de harmonizaccedilatildeo estudada Aleacutem

              disso este trabalho natildeo objetiva discutir criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos elementos

              componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis mas apenas localizaacute-los dentro dessas

              demonstraccedilotildees

              Considerado-se as limitaccedilotildees expostas a pesquisa tem importacircncia agrave medida

              que explicita as formas de elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de maneira a oferecer

              subsiacutedios para reflexotildees acerca do tema e propor sugestotildees para a equalizaccedilatildeo das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              5 NORMAS E PRAacuteTICAS APLICAacuteVEIS AgraveS DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS

              DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

              51 Fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              A elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de forma singular representa uma

              das atividades culminantes do profissional da contabilidade Por meio das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis faz-se saber a situaccedilatildeo ou posiccedilatildeo econocircmico-financeira de uma entidade

              perante seus gestores acionistas governos e toda a sociedade Infere-se que no que diz

              respeito a situaccedilatildeo e gestatildeo de entidades privadas ou publicas as demonstraccedilotildees

              contaacutebeis constituem um dos elementos mais relevantes para a transmissatildeo de

              informaccedilotildees econocircmicas e financeiras

              Entretanto para que as informaccedilotildees disponiacuteveis nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

              sejam efetivamente uacuteteis e pertinentes aos usuaacuterios destas toma-se indispensaacutevel a

              existecircncia de normas para sua elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo Desta forma apresentar-se-aacute a

              seguir os fundamentos para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis com

              base em leis decretos pronunciamentos e normas teacutecnicas expedidas pelos oacutergatildeos de

              representaccedilatildeo da contabilidade em cada paiacuteses-membro do MERCOSUL

              511 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

              A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na

              Argentina obedece algumas regulamentaccedilotildees emanados por leis decretos e oacutergatildeos da

              Contabilidade naquele paiacutes a saber

              bull Lei das Sociedades Comerciais

              bull Comissatildeo Nacional de Valores e

              bull Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

              43

              anterior Cabe tambeacutem agraves companhias abertas observarem as decisotildees emitidas pela

              Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

              No que se refere agrave escrituraccedilatildeo o art 17795 enfatiza que esta ldquoseraacute mantida em

              registros permanentes com obediecircncia aos preceitos da legislaccedilatildeo comercial e desta lei e

              aos princiacutepios de contabilidade geralmente aceitos devendo observar meacutetodos ou

              criteacuterios contaacutebeis uniformes no tempo e registrar as mutaccedilotildees patrimoniais segundo o

              regime de competecircnciardquo

              Com relaccedilatildeo agraves demonstraccedilotildees financeiras das companhias abertas observa-se

              que estas antes de serem publicadas deveratildeo ser assinadas por contabilistas habilitados e

              auditadas por auditores independentes devidamente registados na Comissatildeo de Valores

              Mobiliaacuterios

              Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

              Em se tratando das companhias que negociam valores mobiliaacuterios estas satildeo

              regidas por leis especiacuteficas No Brasil o oacutergatildeo de controle eacute a Comissatildeo de Valores

              Mobiliaacuterios criada pela Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 que dispotildee ainda sobre

              o Mercado de Valores Mobiliaacuterios

              Desta forma compete agrave Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios expedir normas

              aplicaacuteveis agraves companhias abertas conforme determina o art 22 da Lei n638576

              a) ldquoa natureza das informaccedilotildees que devam divulgar e a periodicidade da divulgaccedilatildeo

              b) relatoacuterio da administraccedilatildeo e demonstraccedilotildees financeirasc) a compra de accedilotildees emitidas pela proacutepria companhia e a

              alienaccedilatildeo das accedilotildees em tesourariad) padrotildees de contabilidade relatoacuterios e pareceres de auditores

              independentes ()rdquo

              Coacutedigo Comercial

              Para os fins deste trabalho destaca-se do Coacutedigo Comercial Brasileiro os artigos

              10 a 20 que tratam das obrigaccedilotildees cabiacuteveis a todos os comerciantes

              95 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p63 art 17796 BRASIL Lei n6385 de 07 de dezembro de 1976 Dispotildee sobre o Mercado de Valores Mobiliaacuterios e cria a Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios Internet wwwcvmgovbr

              44

              0 art 10 explicita que os comerciantes satildeo obrigados seguir ordem uniforme de

              registros de contabilidade e ter livros adequados para este fim Deveratildeo informar ainda

              anualmente um balanccedilo geral do seu ativo e passivo

              Normas Brasileiras de Contabilidade

              Aos contabilistas cabe enquanto profissionais aptos a elaborarem as

              demonstraccedilotildees contaacutebeis a observacircncia das Normas Brasileiras de Contabilidade

              emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade Dentre estas normas estaacute conforme a

              Resoluccedilatildeo CFC n 686 de 14 de dezembro de 1990 a NBC T 3 que regulamenta o

              conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

              Recentemente esta sofreu alteraccedilotildees na redaccedilatildeo de alguns de seus itens previstos na

              Resoluccedilatildeo CFC n847 de 16 de junho de 1999

              A NBC T 3 trata do conceito conteuacutedo estrutura e nomenclatura das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis e esclarece que as ldquodemonstraccedilotildees Contaacutebeis satildeo as extraiacutedas

              dos livros registros e documentos que compotildeem o sistema contaacutebil de qualquerQ 7entidaderdquo Salienta-se ainda que as demonstraccedilotildees contaacutebeis observaratildeo os princiacutepios

              fundamentais de contabilidade aprovados em resoluccedilatildeo do CFC devendo tambeacutem

              ldquoespecificar sua natureza data eou periacuteodo e a Entidade a que se referemrdquo

              As demonstraccedilotildees devem propiciar aos usuaacuterios o suficiente grau de

              entendimento do que cumprem demonstrar inclusive as notas explicativas que contudo

              natildeo poderatildeo substituir o que eacute intriacutenseco agraves demonstraccedilotildees A NBC T 3 elenca as

              seguintes demonstraccedilotildees contaacutebeis como obrigatoacuterias a apresentaccedilatildeo a saber

              bull Balanccedilo Patrimonial

              bull Demonstraccedilatildeo do Resultado

              bull Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

              bull Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              bull Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

              Ainda com relaccedilatildeo as Normas Brasileiras de Contabilidade pode-se destacar a

              Resoluccedilatildeo CFC n737 de 27 de novembro de 1992 que trata da NBC T 6 na qual

              97 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade NBC3CONS Disponiacutevel na internet http wwwcfcbr (fevereiro2000)

              45

              contempla a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees Contaacutebeis compreendendo ldquoo ato de colocar

              as demonstraccedilotildees contaacutebeis da Entidade agrave disposiccedilatildeo de seus usuaacuteriosrdquo98

              Desta forma a NBC T 6 esclarece a forma de apresentaccedilatildeo meios de divulgaccedilatildeo

              das demonstraccedilotildees contaacutebeis bem como definiccedilatildeo e conteuacutedo das Notas Explicativas e

              aplicaccedilatildeo dos fundamentos e procedimentos para republicaccedilotildees

              Ressalta-se tambeacutem dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade a NBC T 8

              que se refere agraves demonstraccedilotildees contaacutebeis consolidadas Estas satildeo resultantes da

              integraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis de duas ou mais sociedades vinculadas por

              interesses comuns na qual uma delas tem o controle direto ou indireto das decisotildees

              poliacuteticas e administrativas do conjunto99

              513 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

              A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

              Paraguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

              Contabilidade naquele paiacutes a saber

              bull Lei do Comerciante

              bull Comissatildeo Nacional de Valores

              bull Coleacutegio de Contadores do Paraguai

              Lei do Comerciante

              A Lei n 103483 denominada Lei do Comerciante abrange as normas a serem

              seguidas pelos comerciantes e pelas sociedades comerciais

              Ressalta-se desta lei com relaccedilatildeo a mateacuteria contaacutebil o art 83 que dispotildee sobre a

              elaboraccedilatildeo nos trecircs primeiros meses do ano do Balanccedilo Geral contendo precisamente os

              bens creacuteditos e participaccedilotildees bem como as obrigaccedilotildees reveladas na data do balanccedilo100

              98 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 13599 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p65100 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p 29

              46

              Comissatildeo Nacional de Valores

              A Comissatildeo Nacional de Valores (CNV) do Paraguai foi criada pela Lei n9491

              Ela ldquoestabelece rigorosos requisitos que devem cumprir as empresas que desejam operar

              na bolsa de valoresrdquo101

              Salienta-se que agrave CNV cabe ldquoestabelecer meacutetodos de informaccedilatildeo sobre

              demonstraccedilotildees econocircmico-fmanceiras e auditoria para as sociedades emissorasrdquo102

              Neste sentido o art25 da Lei n9491103 determina que as sociedades abertas

              deveratildeo publicar anualmente o Balanccedilo Geral certificado por uma auditoria externa

              independente

              A CNV faculta a emissatildeo de Resoluccedilotildees no que tange ao aspecto contaacutebil Nesta

              perspectiva destaca-se a Resoluccedilatildeo n0592 ldquoque estabeleceu normas uniformes de

              contabilidade e informes contaacutebeis para sociedades emissoras de tiacutetulos e valores

              mobiliaacuterios de oferta puacuteblicardquo104

              Segundo Guello105 a Resoluccedilatildeo n0592 informa as demonstraccedilotildees contaacutebeis a

              serem divulgadas pelas sociedades

              a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Balanccedilo Geral

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

              c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

              d) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e

              e) Informaccedilatildeo complementar notas e quadros anexos

              101 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109102 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p 146103 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 109104 POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p l l l105 GUELLO Ariovaldo Contabilidade no Mercosul In CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Contabilidade no contexto internacional - 9 Satildeo Paulo Atlas 1997 p147

              47

              Colegio de Contadores do Paraguai

              O Coleacutegio de Contadores do Paraguai dispotildee sobre a propriedade para a emissatildeo

              de normas a serem observadas pelos profissionais daquele paiacutes Assim foram aprovadas

              em 22 de novembro de 1989 como normas obrigatoacuterias a serem utilizadas as NIC

              emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) ateacute que sejam

              providenciadas normas mais condizentes com a realidade nacional106

              Dentre as NIC destaca-se para o estudo deste trabalho as de nuacutemeros 5 7 e 13

              como indispensaacuteveis agrave sua execuccedilatildeo

              A NIC 5 evidencia ldquoas informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

              contaacutebeis que incluem um balanccedilo uma demonstraccedilatildeo do resultado notas explicativas e

              outras demonstraccedilotildees e material explicativo que sejam identificados como parte das

              demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo107

              A NIC 7 ldquotrata da apresentaccedilatildeo da demonstraccedilatildeo que resume no periacuteodo contaacutebil

              os recursos tomados disponiacuteveis para financiar as atividades de uma empresa e o uso que

              tenha sito feito de tais fundosrdquo108

              A NIC 13 aborda ldquo o significado e apresentaccedilatildeo dos ativos e passivos circulantes

              nas demonstraccedilotildees contaacutebeisrdquo109

              514 Fundamentaccedilatildeo legal das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

              A fundamentaccedilatildeo legal para a elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no

              Uruguai obedece algumas regulamentaccedilotildees emitidas por oacutergatildeos representativos da

              Contabilidade bem como aquelas emanadas da lei e decretos publicados naquele paiacutes a

              saber

              bull Lei das Sociedades Comerciais

              bull Comissatildeo Permanente de Nonnas Contaacutebeis Adequadas

              106 YAMAMOTO Marina Mitiyo A contabilidade e o MERCOSUL Satildeo Paulo Tese - Faculdade de Economia Administraccedilatildeo e Contabilidade da Universidade de Satildeo Paulo 1996 p28107IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p304108 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p310109 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p350

              48

              bull Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

              Lei das Sociedades Comerciais

              A Lei das Sociedades Comerciais no Uruguai de n 16060 eacute de 04 de setembro

              de 1989 Esta Lei elucida em seus 521 artigos as normas para funcionamento das

              sociedades comerciais em geral No que diz respeito agrave mateacuteria contaacutebil esta pode ser

              encontrada na seccedilatildeo X artigos 87 a 103 que tratam da documentaccedilatildeo e contabilidade O

              art87110 especificamente esclarece que ldquodentro de quatro meses da data de

              encerramento do exerciacutecio econocircmico os administradores da sociedade deveratildeo formular

              como miacutenimo

              a) o inventaacuterio dos diversos elementos que integram o ativo e passivo social

              naquela data

              b) o balanccedilo geral (Estado de Situaccedilatildeo Patrimonial e de Resultados)

              c) a proposta de distribuiccedilatildeo de lucros se couberrdquo

              Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

              A Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas foi criada pelo Poder

              Executivo do Uruguai com o intuito de regulamentar o artigo 91 da Lei n 1606089 que

              trata das Sociedades Comerciais Apoacutes aprovaccedilatildeo dos projetos de decretos (Decreto

              103991 Decreto 104991- revogado Decreto 105991 Decreto 540991 e o Decreto

              200993) o Poder Executivo decidiu pela permanecircncia desta Comissatildeo que foi incumbida

              de trabalhar na uniformizaccedilatildeo das normas contaacutebeis a serem aplicadas pelas sociedades

              comerciais na preparaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis Segundo Polhmann111 buscando

              assim ldquoo consenso entre os distintos setores interessados nos relatoacuterios contaacutebeis

              emissores receptores profissionais e meios acadecircmicosrdquo Estatildeo diretamente ligados agrave

              Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas os seguintes oacutergatildeos

              a) Ministeacuterio da Economia e Financcedilas

              b) Inspeccedilatildeo Geral da Fazenda

              110 URUGUAY Ley n 16060 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)m POHLMANN Marcelo Coletto Harmonizaccedilatildeo contaacutebil no Mercosul a profissatildeo e o processo de emissatildeo de normas - uma contribuiccedilatildeo Dissertaccedilatildeo (mestrado) Satildeo Paulo FEAUSP 1994 p 128

              49

              c) Cacircmara de Induacutestria do Uruguai

              d) Cacircmara Nacional de Comeacutercio

              e) Bolsa de Valores

              f) Associaccedilatildeo de Bancos do Uruguai

              g) Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

              h) Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da

              Repuacuteblica e

              i) Coleacutegio de Advogados

              O primeiro decreto aprovado por esta Comissatildeo de n103 de 27 de fevereiro de

              1991 explicita que as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes constituem por si soacute uma

              forma de normas contaacutebeis adequadas tratando especificamente da apresentaccedilatildeo das

              mesmas O art Io estabelece que ldquo as sociedades comerciais deveratildeo formular suas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de acordo com as normas estabelecidas neste decreto no anexo

              e nos modelos que se agregam e fazem parte do mesmordquo112 O art2o deste decreto

              esclarece quais satildeo os requisitos para a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis perante

              organismos puacuteblicos a saber

              a) ldquoestarem formulados de acordo com as normas contaacutebeis adequadas e em especial as contidas neste decretob) haver sido aprovada pela maioria social ou o oacutergatildeo competente pela sociedadec) estar acompanhada pelo informe de compilaccedilatildeo emitido por profissional que possua tiacutetulo de Contador Puacuteblico ou equivalente expedido pela Faculdade de Ciecircncias Econocircmicas e de Administraccedilatildeo da Universidade da Repuacuteblica ()rdquo113

              O Decreto n 103991 evidencia ainda as demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes sua

              estrutura e modelos para sua exposiccedilatildeo adequada Devendo ser aplicados agraves sociedades

              comerciais com objetivo industrial comercial agropecuaacuterio e de serviccedilos sem prejuiacutezo

              de sua aplicaccedilatildeo agraves demais sociedades

              O Decreto n 105991 tambeacutem desenvolvido pela Comissatildeo Permanente de

              Normas Contaacutebeis Adequadas foi promulgado em 27 de fevereiro de 1991 objetivando a

              aprovaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) como

              obrigatoacuterias para adoccedilatildeo configurando-se como normas contaacutebeis adequadas no Uruguai

              112 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro2000) artldeg113 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000) art2deg

              50

              Conforme o art Io114 deste decreto satildeo consideradas normas obrigatoacuterias as NIC de

              nuacutemeros 1 2 4 5 7 8 9 e 10 Contudo o mesmo decreto expotildee algumas ressalvas a

              serem consideradas quando da adoccedilatildeo das NIC a saber

              a) seraacute optativo o paraacutegrafo n21 da NIC 1

              b) seraacute optativo o paraacutegrafo n26 da NIC 2

              c) seratildeo optativos os paraacutegrafos ns 9 e 17 da NIC 5

              d) ldquoa NIC 7 seraacute obrigatoacuteria para aquelas sociedades que devam apresentar suas

              demonstraccedilotildees para oacutergatildeos estatais de controle sendo optativa para as demais sociedade

              comerciais Neste caso se apresentaraacute como anexo as demonstraccedilotildees contaacutebeis com o

              tiacutetulo de Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursosrdquo115

              Natildeo obstante o art4deg deste decreto esclarece

              ldquoquando se quiserem utilizar criteacuterios contaacutebeis naquelas situaccedilotildees natildeo compreendidas dentro das normas contaacutebeis de aplicaccedilatildeo obrigatoacuterias se teraacute como referecircncia por ordem as restantes normas internacionais de contabilidade e a doutrina mais reconhecida devendo-se aplicar aqueles criteacuterios que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e que melhor se adequem agraves circunstacircncias particulares do caso consideradordquo116

              Outro decreto aprovado por esta Comissatildeo eacute o n 540991 de 08 de outubro de

              1991 que trata especificamente da liberaccedilatildeo para as sociedades comerciais da adoccedilatildeo

              dos livros diaacuterio e de inventaacuterio em folhas soltas preacute ou poacutes-numeradas

              Complementando do Decreto 105991 foi preparado o Decreto 200993 de 24 de

              junho de 1993 que contempla as demais NIC a serem adotadas como obrigatoacuterias pelos

              profissionais da contabilidade Satildeo as NIC nuacutemeros 11 12 13 14 16 17 e 18

              Como no Decreto n 105991 seu complementar tambeacutem conta com algumas

              ressalvas feitas para a aplicaccedilatildeo das NIC no paiacutes a saber

              a) o nuacutemero 48 da NIC n ll quando sua aplicaccedilatildeo poderaacute contrariar o inciso 2o

              do art 89 da Lei n 16060 de 4 de setembro de 1989

              b) a NIC n 12 seraacute optativa com exceccedilatildeo a de n 40 que teraacute caraacuteter obrigatoacuterio

              c) da NIC n 13 seratildeo obrigatoacuterios somente os nuacutemeros 23 24 25 e 26 e

              114 URUGUAI Decreto n 105991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000)115 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art2deg116 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art4deg

              51

              d) a NIC n 14 seraacute optativa117

              Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

              Para a adequada elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis cabe aos

              profissionais matriculados no Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai - CCEU

              a observaccedilatildeo dos pronunciamentos por ele emitidos

              O CCEU emitiu ateacute o momento 14 pronunciamentos Aponta-se entre eles o

              Pronunciamento n II que adota as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC nos

              procedimentos contaacutebeis usuais dos contabilistas no Uruguai

              Para os objetivos deste trabalho ressalta-se ainda os pronunciamentos a

              saber

              - Pronunciamento n01- Alcance e conteuacutedo do dictaacutemen profissional

              - Pronunciamento n04 - Fontes das normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

              adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis (revogada pelo pronunciamento n10 em

              01011990)

              - Pronunciamento n06 -Mantenimiento de registros contaacutebeis

              - Pronunciamento n10 - Fontes de normas contaacutebeis para a apresentaccedilatildeo

              adequada das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              - Pronunciamento n 11 - Normas contaacutebeis internacionais obrigatoacuterias e

              optativas

              No Pronunciamento n01 que trata do alcance e conteuacutedo do dictaacutemen

              profissional eacute enfocado o que este deve conter como informaccedilatildeo miacutenima para sua

              elaboraccedilatildeo118

              Com relaccedilatildeo aos registros contaacutebeis estes satildeo abordados no Pronunciamento

              n06119 que determina bases teacutecnicas para analisar a confiabilidade formal do mesmos

              Por sua vez no Pronunciamento n10 tem-se as fontes de normas contaacutebeis

              para a apresentaccedilatildeo adequada de demonstraccedilotildees contaacutebeis na qual inicialmente eacute

              117 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (outubro2000) art Io

              118 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nl Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlhtm (fevereiro2000)119 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n6 Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronpr6htm (fevereiro2000)

              52

              apresentada uma definiccedilatildeo de termos e em seguida as fontes de normas por sua ordem

              de relevacircncia Assim os profissionais da contabilidade no Uruguai devem quando da

              elaboraccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis obedecer uma hierarquia decrescente de

              relevacircncias das normas Primeiramente devem seguir os pronunciamentos emanados pelo

              CCEU em segundo lugar as Normas Internacionais de Contabilidade - NIC consideradas

              de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria e nos casos natildeo previstos nestas o profissional deve adotar as

              doutrinas mais reconhecidas especialmente quando jaacute estiver desenvolvido por meio de

              textos e tratados reconhecidos e coincidentes sobre os pontos em questatildeo120

              Consideram ainda NIC optativas e as que estatildeo em processo de traduccedilatildeo

              publicaccedilatildeo e difusatildeo as Resoluccedilotildees das Conferecircncias Interamericanas de Contabilidade e

              os Pronunciamentos da Associaccedilatildeo Interamericana de Contabilidade aleacutem das

              Resoluccedilotildees das Jornadas Rioplatenses de Ciecircncias Econocircmicas e os Pronunciamentos de

              organismos profissionais de outros paiacuteses

              No caso de haver diversas normas contaacutebeis aplicaacuteveis agrave uma mesma questatildeo

              o Pronunciamento nlO121 explicita que ldquoseraacute necessaacuterio selecionar e utilizar aquelas

              normas que sejam de uso mais generalizado em nosso meio e melhor se adequem agraves

              circunstacircncias particulares do caso consideradordquo

              O Pronunciamento n 11 tem como tema as normas contaacutebeis internacionais

              obrigatoacuterias e optativas e declara que as NIC obrigatoacuterias satildeo as de n 1 a n20 Considera

              optativas as de n7 12 1419 aleacutem das seguintes disposiccedilotildees

              - paraacutegrafo 21 da Norma nl - Revelaccedilatildeo de poliacuteticas contaacutebeis

              - paraacutegrafo 26 da Norma n2 - Avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos inventaacuterios no

              contexto do sistema de custos histoacutericos

              - paraacutegrafo 9 e letra a) do paraacutegrafo 17 da Norma n5 - Informaccedilatildeo que deve-

              se revelar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

              120 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento a 10 Disponiacutevel na internet httpwwTvcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)121 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento nlO Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm (fevereiro2000)122 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n ll Disponiacutevel na internet httpwwwcceacomuyinfopronprllhtm (fevereiro2000)

              53

              Infere-se desta forma que grande parte das normas adotadas pelo CCEU satildeo

              extraiacutedas das Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International

              Accounting Standards Committee - IASC

              52 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Esta seccedilatildeo contempla a estrutura exigida para publicaccedilatildeo das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis com base na legislaccedilatildeo especiacutefica nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              521 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

              A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina eacute abordada na perspectiva

              da Lei das Sociedades Comerciais e na da Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos

              Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

              Lei das Sociedades Comerciais

              A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis segundo a Lei n 1955072 segue

              alguns requisitos no que tange a apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Geral da Demonstraccedilatildeo de

              Resultados e das Notas Complementares

              a) Balanccedilo Geral

              O Balanccedilo Geral deve ser dividido em ativo e passivo No ativo deve constar o

              que segue

              - o efetivo dinheiro em caixa e bancos

              - os creacuteditos provenientes das atividades sociais

              - os bens de troca

              - as aplicaccedilotildees em geral

              - os bens de uso com a respectiva amortizaccedilatildeo

              - os bens intangiacuteveis com a respectiva amortizaccedilatildeo

              - os gastos de exerciacutecios fiituros com a respectiva amortizaccedilatildeo

              54

              - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda como ativo

              Por sua vez no lado do passivo devem ser contemplados os seguintes itens

              - as diacutevidas

              - as provisotildees que eventualmente podem transformar-se em obrigaccedilotildees

              - toda conta que por sua natureza represente um passivo para terceiros

              - receitas de exerciacutecios futuros

              - o capital social

              - as reservas legais

              - utilidades de exerciacutecios anteriores (lucros ou prejuiacutezos)

              - toda conta que por sua natureza possa ser incluiacuteda nas contas de capitais e de

              resultado

              No que concerne agrave estrutura do Balanccedilo Geral na Argentina conforme o art 63

              da Lei das Sociedades Comerciais

              ldquoa informaccedilatildeo deveraacute agrupar-se de modo que seja possiacutevel distinguir e totalizar o ativo corrente do ativo natildeo corrente e o passivo corrente do passivo natildeo corrente Entende-se por corrente todo ativo e passivo cujo vencimento ou realizaccedilatildeo ocorreraacute dentro dos 12 meses seguintes da data do balanccedilo geral salvo se nas circunstacircncias aconselhem outra base para tal distinccedilatildeordquo123

              Ainda neste mesmo artigo consta que

              - deveraacute ser indicado se os direitos e obrigaccedilotildees possuem garantia real ou natildeo

              - o ativo e o passivo em moeda estrangeira deveraacute ser apresentado em separado em

              contas a que correspondam

              - natildeo se pode compensar as distintas partidas entre si

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

              A Demonstraccedilatildeo de Resultados ou Estado de Resultados deveraacute expor

              - ldquoo produto das vendas e serviccedilos agrupado por atividade De cada total se

              deduziraacute o custo das mercadorias ou produtos vendidos ou serviccedilos prestados

              com o fim de determinar o resultadordquo124

              123 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwvcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63124 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwvwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 64

              55

              - os gastos ordinaacuterios de administraccedilatildeo comercializaccedilatildeo financeiros e outros que

              correspondam ao exerciacutecio

              - as receitas e gastos extraordinaacuterios do exerciacutecio

              - os ajustes de receitas e gastos de exerciacutecios anteriores

              A Demonstraccedilatildeo de Resultado deve ser apresenta de modo que seja evidenciado

              em separado a receita ou prejuiacutezo proveniente das operaccedilotildees ordinaacuterias e extraordinaacuterias

              da sociedade determinando-se a receita ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio ao qual se

              adicionaraacute ou deduziraacute o resultado do exerciacutecio anterior

              Outra exigecircncia da Lei das Sociedades Comerciais na Argentina eacute a de que a

              Demonstraccedilatildeo de Resultado deveraacute complementar-se com a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo

              do Patrimocircnio Liacutequido Nesta se incluiratildeo as causas das alteraccedilotildees produzidas durante o

              exerciacutecio em cada uma das contas integrantes do patrimocircnio liacutequido

              c) Notas Complementares

              Para o caso em que alguma informaccedilatildeo natildeo esteja expressa no Balanccedilo

              Patrimonial e na Demonstraccedilatildeo de Resultado ou em suas Notas deveratildeo acompanhar

              notas e quadros que se consideraratildeo parte daqueles125

              Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de Ciecircncias Econocircmicas

              A FACPCE juntamente com o Centro de Estudos Cientiacuteficos e Teacutecnicos

              (CECYT) elaborou um conjunto de normas para a exposiccedilatildeo de demonstraccedilotildees

              contaacutebeis Estas normas estatildeo expressas na Resoluccedilatildeo Teacutecnica n8 cuja finalidade eacute a

              definiccedilatildeo de normas gerais de apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees contaacutebeis para uso de

              terceiros aleacutem de serem utilizadas internamente por diretores proprietaacuterios e outros

              integrantes da entidade126

              A RT n8 regula a apresentaccedilatildeo de demonstraccedilotildees para todos os tipos de entidades

              e serve de marco de referecircncia para a posterior elaboraccedilatildeo de normas particulares de

              exposiccedilatildeo para atividades especiacuteficas Satildeo estruturadas de modo que sejam compatiacuteveis

              125 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 65126 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              56

              com as normas profissionais vigentes na Argentina bem como podem ser modificadas

              conforme a evoluccedilatildeo da doutrina contaacutebil127

              Segundo a RT n8 as demonstraccedilotildees baacutesicas a serem elaboradas para a exposiccedilatildeo

              satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de Resultados Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do

              Patrimocircnio Liacutequido Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou de Origens e

              Aplicaccedilotildees de Recursos acompanhadas das informaccedilotildees complementares que satildeo parte

              delas

              a) Balanccedilo Geral

              O Balanccedilo Geral eacute a demonstraccedilatildeo que em um determinado momento expotildeem o

              ativo o passivo e o patrimocircnio liquido e em alguns casos a participaccedilatildeo minoritaacuteria em1 Iacute Ssociedades controladas

              Tanto o ativo quanto o passivo satildeo divididos em corrente e natildeo corrente com

              base no prazo de um ano contados desde a data de encerramento do periacuteodo a que se

              referem as demonstraccedilotildees contaacutebeis

              Pode-se considerar ativos correntes os saldos disponiacuteveis

              - no caixa e bancos

              - outros ativos cuja conversatildeo se daraacute em no maacuteximo 12 meses

              - os bem consumiacuteveis e direitos desde que natildeo se transformem em ativos

              imobilizados

              - os ativos que por disposiccedilotildees contratuais ou anaacutelogas devem destinar-se a cancelar

              passivos correntes

              Os ativos natildeo correntes consubstanciam-se dos demais bens e direitos da empresa

              Os passivos correntes referem-se aos exigiacuteveis ao final do periacuteodo contaacutebil Jaacute os

              passivos natildeo correntes compreendem os valores que excederem os 12 meses da data de

              encerramento do balanccedilo

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

              No que se refere a Demonstraccedilatildeo de Resultados esta pode ser estruturada em

              resultados ordinaacuterios e resultados extraordinaacuterios129

              121 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)128 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)129 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              57

              Os resultados ordinaacuterios devem ser apurados discriminando-se

              - os ingressos provenientes das atividades fins da entidade

              - os custos incorridos para atingir estes ingressos

              - os gastos operacionais classificados por funccedilatildeo

              - os resultados obtidos com aplicaccedilotildees permanentes em outras entidades

              - os resultados provenientes de atividades secundaacuterias e

              - os resultados financeiros podendo ser gerados pelo ativo ou pelo passivo

              Com relaccedilatildeo aos resultados extraordinaacuterios geralmente satildeo expostas nesta

              rubrica os efeitos do imposto de renda

              c) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

              As contas integrantes da Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

              classificam-se e resumem-se de acordo com sua origem como aportes dos proprietaacuterios

              ou acionistas e resultados acumulados130

              Para as contas integrantes do Patrimocircnio Liacutequido deve apresentar-se as

              seguintes informaccedilotildees

              - o saldo do periacuteodo devendo coincidir com o saldo final do exerciacutecio anterior

              - as variaccedilotildees do periacuteodo e

              - o saldo final do periacuteodo

              d) Demonstraccedilatildeo de Variaccedilotildees do Capital Corrente ou Demonstraccedilatildeo de Origens e

              Aplicaccedilotildees de Fundos

              Apresenta um resumo das atividades financeiras e aplicaccedilotildees da entidade

              mediante a exposiccedilatildeo das causas da variaccedilatildeo do capital corrente durante um periacuteodo

              determinado131

              Na apresentaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo deve-se expor a variaccedilatildeo liacutequida acrescida

              do capital corrente e dos grupos (contas) que a compotildeem Opta-se ainda pela forma

              direta ou indireta de exposiccedilatildeo dos efeitos do resultado sobre o capital corrente

              130 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfaqjcecomar (fevereiro2000)131 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              58

              Na forma direta apresenta-se explicitamente as contas de resultado que

              aumentaram ou diminuiacuteram o capital corrente Jaacute na forma indireta expotildeem-se apenas a

              diferenccedila entre os resultados ordinaacuterios e os resultados extraordinaacuterios

              522 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

              Aborda-se na sequumlecircncia a estrutura exigida para a elaboraccedilatildeo e divulgaccedilatildeo das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil conforme exposto na Lei das Sociedades Anocircnimas e

              nas Normas Brasileiras de Contabilidade

              Lei das Sociedades Anocircnimas

              Com base na Lei n 640476 Lei das Sociedades Anocircnimas ao final de cada

              exerciacutecio social deveraacute ser elaborado demonstraccedilotildees contaacutebeis que expressem com

              clareza a situaccedilatildeo e as modificaccedilotildees do patrimocircnio nas sociedades132 Sendo assim

              deveratildeo ser divulgadas pelas sociedades conforme a legislaccedilatildeo brasileira as seguintes

              demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados

              Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Demonstraccedilatildeo das Origem e Aplicaccedilotildees de

              Recursos e deveratildeo ser complementas pelas notas explicativas Na sequumlecircncia seraacute

              explicitada a estrutura para a elaboraccedilatildeo de cada demonstraccedilatildeo conforme a Lei n

              640476

              a) Balanccedilo Patrimonial

              No Balanccedilo Patrimonial ldquoas contas seratildeo classificadas segundo os elementos do

              patrimocircnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anaacutelise da

              situaccedilatildeo financeira da companhiardquo133 Deveratildeo estar dispostas em ordem decrescente de

              grau de liquidez Os grupos de contas do balanccedilo patrimonial estatildeo classificados em

              ativo passivo e patrimocircnio liquido

              132 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p62 art 176133 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178

              59

              O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

              - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

              subsequente

              - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

              exerciacutecio seguinte

              - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

              diferido

              Por sua vez o passivo conforme o art 178135 da Lei n640476 classificam-se

              em

              - passivo circulante

              - passivo exigiacutevel a longo prazo

              - resultados de exerciacutecio futuros e

              - patrimoacutenio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

              reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

              b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

              A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

              n640476136 deveraacute discriminar

              - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

              os ajustes de exerciacutecios anteriores

              - as reversotildees de reservas

              - o lucro liacutequido do exerciacutecio

              - as transferecircncias para reservas

              - os dividendos propostos

              - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

              - o saldo ao fim do periacuteodo

              c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

              134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art 186

              59

              O ativo conforme o art 179 da Lei n 640476134 divide-se em

              - ativo circulante compreende os valores realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

              subsequente

              - ativo realizaacutevel a longo prazo os direitos realizaacuteveis apoacutes o teacutermino do

              exerciacutecio seguinte

              - ativo permanente classificado em investimento ativo imobilizado e ativo

              diferido

              Por sua vez o passivo conforme o art 178l35 da Lei n640476 classificam-se

              em

              - passivo circulante

              - passivo exigiacutevel a longo prazo

              - resultados de exerciacutecio futuros e

              - patrimocircnio liacutequido dividido em capital social reservas de capital reservas de

              reavaliaccedilotildees reservas de lucros e lucros ou prejuiacutezos acumulados

              b) Demonstraccedilatildeo de Lucros Prejuiacutezos Acumulados

              A Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados conforme o art 186 da Lei

              n640476 deveraacute discriminar

              - o saldo do iniacutecio do periacuteodo

              os ajustes de exerciacutecios anteriores

              - as reversotildees de reservas

              - o lucro liacutequido do exerciacutecio

              - as transferecircncias para reservas

              - os dividendos propostos

              - a parcela dos lucros incorporada ao capital e

              - o saldo ao fim do periacuteodo

              c) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

              134 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art179135 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64 art 178136 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art186

              60

              A Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio expressaraacute segundo o art 187 da Lei

              n640476137 os seguintes itens

              - a receita bruta das vendas e serviccedilos e as deduccedilotildees das vendas

              - a receita liacutequida das vendas e serviccedilos o custo das mercadorias e serviccedilos

              vendidos e o lucro bruto

              - as despesas com vendas despesas administrativas e as despesas financeiras

              deduzidas das respectivas receitas

              - o lucro ou prejuiacutezo operacional as receitas e despesas natildeo operacionais

              - o resultado do exerciacutecio antes do imposto de renda e a provisatildeo para o imposto

              - as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e partes

              beneficiaacuterias e as contribuiccedilotildees para instituiccedilotildees ou fundos de assistecircncia ou

              previdecircncia de empregados

              - o lucro ou prejuiacutezo liacutequido do exerciacutecio e o seu montante por accedilatildeo do capitai

              social

              d) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos a Lei n

              640476 em seu art 188 explicita que esta ldquoindicaraacute as modificaccedilotildees na posiccedilatildeo

              financeira da companhiardquo138 devendo conter

              - nas origens dos recursos o lucro do exerciacutecio acrescido de depreciaccedilatildeo

              amortizaccedilatildeo ou exaustatildeo e ajustados pela variaccedilatildeo nos resultados de exerciacutecio

              futuros realizaccedilatildeo do capital social e contribuiccedilotildees para reservas de capital

              recursos de terceiros originaacuterios do aumento do passivo exigiacutevel a longo

              prazo da reduccedilatildeo do ativo realizaacutevel a longo prazo e da alienaccedilatildeo de

              investimentos e direitos do ativo imobilizado

              - nas aplicaccedilotildees de recursos dividendos distribuiacutedos aquisiccedilotildees de direitos do

              ativo imobilizados aumentos do ativo realizaacutevel a longo prazo dos

              investimentos e o ativo diferido reduccedilatildeo do passivo exigiacutevel a longo prazo

              131 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67 art187

              138 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68 art188

              61

              - o excesso ou insuficiecircncia das origens de recursos em relaccedilatildeo agraves aplicaccedilotildees

              representando aumento ou reduccedilatildeo do capital circulante liacutequido

              - os saldos no iniacutecio e no fim do exerciacutecio do ativo e passivo circulantes o total

              do capital circulante liacutequido e o seu aumento ou diminuiccedilatildeo durante o

              exerciacutecio

              Normas Brasileiras de Contabilidade

              O Conselho Federal de Contabilidade partindo do pressuposto da necessidade de

              normas para a uniformizaccedilatildeo na elaboraccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis estabeleceu a

              Norma Brasileira de Contabilidade Teacutecnica - NBC T n3 que trata do conceito conteuacutedo

              estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees contaacutebeis na busca de padrotildees para a

              apresentaccedilatildeo das mesmas

              Esta norma ldquoestabelece o conjunto das demonstraccedilotildees capaz de propiciar aos

              usuaacuterios um grau de revelaccedilatildeo suficiente para o entendimento da situaccedilatildeo patrimonial e

              financeira da Entidade do resultado apurado das origens e aplicaccedilotildees de seus recursos e

              das mutaccedilotildees do seu patrimocircnio liacutequido num determinado periacuteodordquo139

              Em comunhatildeo com esta norma foi estabelecida a NBC T n6 que trata da

              divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de ldquomaneira a colocaacute-las agrave disposiccedilatildeo de

              usuaacuterios externosrdquo140 ou seja uniformizar a apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas aos

              usuaacuterios bem como de que forma e onde divulgar estas demonstraccedilotildees

              Ressalta-se ainda a importacircncia da NBC T n8 das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              consolidadas que estabelece a forma de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              resultantes da integraccedilatildeo de duas ou mais entidades vinculadas a interesses comuns11

              A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis conforme elucida a NBC T n3142 segue

              os princiacutepios fundamentais de contabilidade e eacute composta pelas seguintes demonstraccedilotildees

              Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

              139 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p64140 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 1995 p65141 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 140142 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 123

              62

              Acumulados Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido e Demonstraccedilatildeo das

              Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              a) Balanccedilo Patrimonial

              A estrutura do Balanccedilo Patrimonial segundo esta norma eacute formada pelo Ativo

              Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo assim as contas que compotildeem o ativo devem ser

              agrupadas da seguinte forma

              - O ativo circulante divide-se em disponiacutevel creacuteditos estoques e despesas

              antecipadas

              - Realizaacutevel a Longo Prazo compotildee-se dos itens com prazos de realizaccedilatildeo

              superiores ao teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do balanccedilo patrimonial

              - Permanente classifica-se em investimento imobilizado e diferido

              As contas que agrupam o total do passivo integram os seguintes subgrupos

              - Circulante

              - Exigiacutevel a longo prazo

              - Resultados de exerciacutecio futuros

              Por uacuteltimo no Patrimocircnio Liacutequido devem configurar as seguintes classes de

              contas

              - Capital

              Reservas de capital

              - Reservas de reavaliaccedilatildeo

              - Reservas de lucros

              - Lucros ou prejuiacutezos acumulados

              b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

              A estrutura da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio - DRE confronta receita

              custos e despesas de uma entidade em um periacuteodo Para isto ela deve conter de forma

              ordenada o que segue

              - ldquoas receitas decorrentes da exploraccedilatildeo das atividades-fms- os impostos incidentes sobre as operaccedilotildees os abatimentos as

              devoluccedilotildees e os cancelamentos- os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviccedilos

              prestados- o resultado bruto do periacuteodo- os ganhos e perdas operacionais

              63

              - as despesas administrativas com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras

              - o resultado operacional- as receitas e despesas e os ganhos e perdas natildeo decorrentes as

              atividades-fins- o resultado antes das participaccedilotildees e dos impostos- as provisotildees para impostos e contribuiccedilotildees sobre o resultado- as participaccedilotildees no resultado- o resultado liacutequido do periodordquo143

              c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

              De acordo com a NBC T 3 a Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados -

              DLPA deve ter como estrutura a seguinte discriminaccedilatildeo

              - ldquoo saldo no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees de reservas- a parcela correspondente agrave realizaccedilatildeo de reavaliaccedilatildeo liacutequida

              do efeito dos impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- os lucros distribuiacutedos- as parcelas de lucros incorporadas ao capital- o saldo no final do periacuteodordquo14

              d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

              A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido - DMPL conforme a NBC

              T 3 deve expor

              - ldquo os saldos no iniacutecio do periacuteodo- os ajustes de exerciacutecios anteriores- as reversotildees e transferecircncias de reservas e lucros- os aumentos de capital discriminando sua natureza a reduccedilatildeo de capital

              - as destinaccedilotildees do lucro liacutequido do periacuteodo- as reavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeo liacutequida do efeito dos

              impostos correspondentes- o resultado liacutequido do periacuteodo- as compensaccedilotildees de prejuiacutezos- os lucros distribuiacutedos

              143 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 125

              144 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 126

              64

              - os saldos no final do periacuteodordquo145

              e) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos - DOAR segundo as

              normas brasileiras de contabilidade deve ser evidenciada da seguinte forma

              - o resultado liacutequido do periacuteodo

              - as origens de recursos que correspondem aos aportes de capital os recursos

              provenientes da realizaccedilatildeo de ativos de longo prazo e permanentes os recursos

              provenientes de capital de terceiros de longo prazo

              - as aplicaccedilotildees de recursos que correspondem aos recursos destinados ao

              pagamento das participaccedilotildees nos lucros aos socios ou acionistas os recursos

              aplicados na aquisiccedilatildeo do permanente e no aumento de ativos de longo prazo

              os recursos aplicados nas reduccedilotildees de obrigaccedilotildees de longo prazo os

              reembolsos de capital

              - a variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees

              - a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital circulante liacutequido

              523 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

              Na sequumlecircncia contempla-se a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

              conforme determinaccedilatildeo do Coleacutegio de Contadores do Paraguai e da Comissatildeo Nacional

              de Valores

              Coleacutegio de Contadores do Paraguai

              Considerando-se que o Coleacutegio de Contadores do Paraguai adotou as NIC

              abordar-se-aacute essencialmente aquelas que mais relacionam-se com o tema em questatildeo

              145 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade Porto Alegre CRCRS 2000 p 127

              65

              Para se averiguar a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis obrigatoacuterias no

              Paraguai eacute preciso reportar-se basicamente agraves seguintes NIC

              a) NIC 5 - que trata das informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees

              contaacutebeis

              b) NIC 7 - que aborda a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

              c) NIC 13 - que apresenta os Ativos e Passivos Circulantes140

              Segundo a NIC 5 que trata da divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis as

              demonstraccedilotildees baacutesicas a serem evidenciadas satildeo o Balanccedilo Geral a Demonstraccedilatildeo de

              Resultado notas explicativas entre outras demonstraccedilotildees

              a) Balanccedilo Geral

              No Balanccedilo Geral de acordo com a NIC 5l4 deveraacute constar principalmente o

              ativo a longo prazo dividido em imobilizado e outros ativos a longo prazo seguindo-se o

              ativo circulante Do lado do passivo deveraacute configurar inicialmente o passivo a longo

              prazo depois o passivo circulante e por uacuteltimo o patrimocircnio liacutequido

              Na primeira parte do Ativo a Longo Prazo que trata do Ativo Imobilizado

              normalmente constam

              - Terrenos e edifiacutecios

              - Instalaccedilotildees e equipamentos

              - Outras categorias de ativos

              - Depreciaccedilatildeo Acumulada

              Ressalta-se que em existindo arrendamentos e ativos comprados a prazo estes

              devem ter a sua divulgaccedilatildeo em separado

              Em se tratando da segunda parte do ativo a longo prazo que se refere a Outros

              Ativos a Longo Prazo encontra-se

              - Investimentos a Longo Prazo Investimentos em subsidiaacuterias Investimentos

              em associadas Outros investimentos indicando-se o valor de mercado

              IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p275147 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

              66

              - Contas a Receber a Longo Prazo Contas e Tiacutetulos a Receber Contas a receber

              de administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

              Contas a receber de associadas Outras

              - Goodwill

              - Patentes Marcas e Ativos semelhantes

              - Despesas de Reorganizaccedilatildeo e impostos diferidos sobre lucros

              No Ativo Circulante deveratildeo ser divulgados os seguintes elementos conforme

              NIC 5148

              - Disponibilidades

              - Tiacutetulos negociaacuteveis que natildeo representem investimento a longo prazo

              - Contas a Receber Contas e Tiacutetulos a receber Contas a receber de

              administradores gerentes e diretores Contas a receber intercompanhias

              Contas a recebe de associadas Outras contas a receber e despesas pagas

              antecipadamente

              - Estoques

              Por sua vez no Passivo a Longo Prazo natildeo haacute divisotildees assim basicamente deveraacute

              abranger

              - ldquoEmpreacutestimos Garantidos

              - Empreacutestimos natildeo Garantidos

              Empreacutestimos Intercompanhias

              - Empreacutestimos de Associadasrdquo149

              No que concerne ao Passivo Circulante este deveraacute indicar

              - Empreacutetimos bancaacuterios e creacuteditos a descoberto

              - Partes correntes e passivos a longo prazo

              - Contas a pagar Fornecedores Contas a pagar a administradores gerentes e

              diretores Contas a pagar intercompanhias Contas a pagar a associadas

              Impostos a Pagar Dividendos a Pagar Outras contas a pagar e provisotildees para

              despesa

              148 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306149 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307

              67

              A NIC 5150 salienta que ldquoos elementos significativos incluiacutedos em outros passivos

              e provisotildees devem ser indicados separadamenterdquo Como por exemplo Impostos

              Diferidos Receitas Diferidas e Provisotildees para pensotildees e aposentadorias

              Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido deveraacute divulgar segundo a NIC 5151 o seguinte

              - Capital Social para cada classe de accedilatildeo do capital o nuacutemero ou quantia de

              accedilotildees autorizadas o capital devido natildeo integralizado o valor nominal da accedilatildeo

              o movimento das contas de capital social por periacuteodo os direitos preferenciais

              e restriccedilotildees com respeito a distribuiccedilatildeo de dividendos e formas de reembolso

              de capital dividendos preferenciais acumulados em atraso accedilotildees proacuteprias

              adquiridas accedilotildees reservadas para emissatildeo futura submetida a opccedilotildees e

              contratos de venda incluindo prazos e quantias

              - Outras contas do Patrimocircnio indicando o movimento do periacuteodo e restriccedilotildees a

              sua distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

              reservas de reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

              Segundo a NIC n5152 a Demonstraccedilatildeo de Resultado deve contemplar o que

              segue

              - ldquoVendas ou outras receitas operacionais- Depreciaccedilatildeo- Receitas de juros- Receita de investimentos- Despesa de juros- Imposto- Deacutebitos extraordinaacuterios- creacuteditos extraordinaacuterios- Transaccedilotildees significativas intercompanhias- Lucro liacutequidordquo

              c) Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

              A NIC 7 que trata da apresentaccedilatildeo das variaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido o

              faz por meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido Entretanto com

              150 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307151 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p30815z IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p308

              68

              relaccedilatildeo a sua apresentaccedilatildeo natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica Esta NIC sugere que

              existam

              ldquovaacuterias formas de apresentaccedilatildeo para a demonstraccedilatildeo das mutaccedilotildees na posiccedilatildeo financeira A demonstraccedilatildeo pode por exemplo mostrar as origens de fundos iguais agraves aplicaccedilotildees Outra forma de apresentaccedilatildeo eacute mostrar a diferenccedila entre as origens e as aplicaccedilotildees de fundos que representam o aumento ou a diminuiccedilatildeo liacutequida quer em dinheiro ou no seu equivalente que em capital de giro

              Comissatildeo Nacional de Valores

              A Resoluccedilatildeo n592 da CNV do Paraguai apresenta a estrutura para a divulgaccedilatildeo

              das demonstraccedilotildees contaacutebeis Balanccedilo Geral Demonstraccedilatildeo de Resultado e a

              Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              a) Balanccedilo Geral

              Em se tratando do Balanccedilo Geral este possui trecircs grandes grupos satildeo eles o

              Ativo o Passivo e o Patrimocircnio O Ativo e Passivo satildeo subdivididos em correntes e natildeo

              correntes

              No Ativo Corrente satildeo encontrados de acordo com a Resoluccedilatildeo n592154 os

              seguintes itens

              - Disponibilidades

              - Investimentos Temporaacuterios

              - Creacuteditos por Venda

              - Outros Creacuteditos

              - Bens de Troca

              Ainda dentro do ativo mas jaacute em outro grupo mais especificamente no Ativo

              Natildeo Corrente evidencia-se

              - Creacuteditos por vendas

              - Outros Creacuteditos

              153IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p313154 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paises del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p41

              69

              - Bens de Troca

              - Bens de Uso

              - Investimentos

              - Ativos Intangiacuteveis

              - Outros Ativos

              No lado do Passivo particularmente no Passivo Corrente encontram-se

              - Diacutevidas

              - Provisotildees

              Seguindo-se ordem preconizada na referida NIC consta o Passivo Natildeo Corrente

              que compreende

              - Diacutevidas

              - Provisotildees

              No grupo do Patrimocircnio Liacutequido os elementos obrigatoacuterios apresentam-se da

              seguinte forma

              - Aportes dos proprietaacuterios ou acionista divididos em Capital e Aportes

              irrevogaacuteveis

              - Reservas de Capital ressaltando a Primeira Emissatildeo e a Reserva de

              Reavaliaccedilatildeo

              - Resultados Acumulados com ecircnfase nos Lucros Reservados e nos Resultados

              sem destinaccedilatildeo

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

              A Resoluccedilatildeo n 592155 evidencia ainda a estrutura de apresentaccedilatildeo da

              Demonstraccedilatildeo de Resultados que abrange os seguintes elementos de resultado

              - Vendas

              - Custos das Vendas

              - Resultado Bruto

              - Gastos de Comercializaccedilatildeo

              - Gastos de Administraccedilatildeo

              155 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p44

              70

              - Resultados de Investimentos em Sociedades Relacionadas

              - Outras Entradas e Saiacutedas

              - Resultados Financeiros

              - Imposto de Renda

              - Resultados Ordinaacuterios

              - Resultados Extraordinaacuterios

              - Lucro ou Prejuiacutezo do Exerciacutecio

              c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              A Resoluccedilatildeo n592156 apresenta tambeacutem a estrutura para exposiccedilatildeo da

              Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees dos Recursos Esta pode ser evidenciada da

              seguinte forma

              - Variaccedilatildeo dos Recursos apresentando os recursos no inicio do exerciacutecio a variaccedilatildeo

              nos recursos do periacuteodo e os recursos ao final do exerciacutecio

              - Causas da Variaccedilatildeo dos Recursos evidenciando os recursos originados ou aplicados

              nas operaccedilotildees separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias outras causas de origem

              de recursos classificadas por seu tipo outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos

              classificadas por seu tipo e o aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

              524 A estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

              Aborda-se em seguida a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

              segundo a Lei das Sociedades Comerciais a Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis

              Adequadas e o Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

              Lei das Sociedades Comerciais

              156 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

              71

              A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87l57 que as

              sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

              apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

              elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral (Estado

              de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

              quando houverem

              Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

              adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

              racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

              sofridasrdquo

              a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

              Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

              final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-fmanceira da sociedade

              assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

              Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

              destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

              elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

              A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90l60 desta Lei e indica que

              esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

              sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

              contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

              opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

              157 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpmvwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htin (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

              71

              A Lei n 16060 de 04 de setembro de 1989 menciona em seu art87157 que as

              sociedades comerciais deveratildeo elaborar como demonstraccedilotildees miacutenimas para a

              apresentaccedilatildeo no prazo de 4 meses apoacutes o encerramento do exerciacutecio o inventaacuterio dos

              elementos que compotildeem o Ativo e o Passivo social bem como o Balanccedilo Geral Estado

              de Situacioacuten Patrimonial e de Resultados) aleacutem da proposta de distribuiccedilatildeo dos lucros

              quando houverem

              Em relaccedilatildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis o art88158 descreve que ldquoas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis deveratildeo ser confeccionadas de acordo com as normas contaacutebeis

              adequadas que sejam aprovadas a cada caso de tal modo que reflitam com clareza e

              racionalidade a situaccedilatildeo patrimonial da sociedade os benefiacutecios obtidos e as perdas

              sofridasrdquo

              a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

              Especificamente para a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ao

              final do exerciacutecio esta deveraacute expor a situaccedilatildeo econocircmica-financeira da sociedade

              assim como apresentar as contas de Ativos Passivos e as de Capital Reservas

              Provisotildees e Resultados com um grau de detalhe suficiente para permitir que os usuaacuterios

              destas possam formar juiacutezo sobre a composiccedilatildeo do patrimocircnio e sobre os valores dos

              elementos que as integram na data do encerramento do balanccedilo159

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

              A Demonstraccedilatildeo de Resultado eacute abordada pelo art 90160 desta Lei e indica que

              esta deveraacute apresentar separadamente os resultados originados da atividade ordinaacuteria da

              sociedade e os provenientes das operaccedilotildees extraordinaacuterias Assim evidenciam-se as

              contas positivas e as negativas na medida necessaacuteria para permitir que se formem

              opiniotildees concretas sobre o volume e conteuacutedo de cada uma delas

              157 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro de 2000) art87158 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art88159 URUGUAY Lev n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art89160 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales de 04 de setembro de 1989 Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubujLeyesLeyl6060htm (outubro2000) art90

              72

              Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas

              De acordo com o Decreto n 103991 as finalidades da apresentaccedilatildeo das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes ldquosatildeo de melhorar a informaccedilatildeo das empresas

              evitando a heterogeneidade de criteacuterios na apresentaccedilatildeo dos mesmos facilitar sua

              comparaccedilatildeo e aprimorar a analise das demonstraccedilotildees contaacutebeis tanto por parte dos

              diretores ou proprietaacuterios em sua utilizaccedilatildeo interna na empresa como por terceiros

              interessadosrdquo161

              Apresentar-se-aacute a seguir a estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis uniformes

              requeridas pelo Decreto n 103991 para elaboraccedilatildeo pelas sociedades Demonstraccedilatildeo da

              Situaccedilatildeo Patrimonial Demonstraccedilatildeo de Resultados Anexos e Notas

              a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

              Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial esta deveraacute dividir-se em

              Ativos Passivos e Patrimocircnio Sendo que o Ativo e o Passivo se subdividem em

              correntes e natildeo correntes

              No Ativo Corrente deveratildeo constar

              - Disponibilidades

              - Investimentos temporaacuterios

              - Creacuteditos e

              - Bens de Troca

              Em se tratando do Ativo Natildeo Corrente este deveraacute abranger o que segue

              - Creacuteditos a Longo Prazo

              - Bens de Troca Natildeo Correntes

              - Investimentos a Longo Prazo

              - Bens de Uso e

              - Intangiacuteveis

              No lado do Passivo inicia-se com o Passivo Corrente no qual deveratildeo constar

              - Diacutevidas

              - Provisotildees

              5 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttp wAvw am gub uydoes i 0 1 1991 htm (fevereiro 2000)

              73

              Na sequencia configura-se o Passivo Natildeo Corrente que deve evidenciar

              - Diacutevidas a longo Prazo

              - Provisotildees natildeo correntes

              Por uacuteltimo no Patrimocircnio deveraacute constar

              - Capital

              - Aportes e Compromissos a Capitalizar

              - Ajustes ao Patrimocircnio

              - Reservas

              - Resultados Acumulados

              Tendo em vista a adoccedilatildeo das Normas Internacionais de Contabilidade como

              obrigatoacuterias no Uruguai legalizadas por meio dos Decretos n 105991 e n200993 que

              expressam sua devida aplicaccedilatildeo e tambeacutem suas condiccedilotildees facultativas abordar-se-aacute

              para o alcance dos objetivos destes estudo apenas as NIC obrigatoacuterias de nuacutemeros 57 e

              13

              A NIC n5 aprovada pelo Poder Executivo do Uruguai esclarece sobre as

              informaccedilotildees a serem divulgadas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis Estas incluem o Balanccedilo

              Patrimonial a Demonstraccedilatildeo de Resultados outras demonstraccedilotildees notas e material

              explicativo Sendo necessaacuterio como primeiras informaccedilotildees para a apresentaccedilatildeo das

              demonstraccedilotildees o nome da empresa o paiacutes no qual estaacute constituiacuteda a data do Balanccedilo

              Patrimonial e o periacuteodo coberto pelas demonstraccedilotildees contaacutebeis Aleacutem disso deve

              apresentar uma breve descriccedilatildeo das atividades da companhia sua forma legal e a moeda

              na qual satildeo expressas as demonstraccedilotildees contaacutebeis

              Segundo orienta a NIC n5162 o Balanccedilo Patrimonial deveraacute apresentar no lado do

              ativo os ativos a longo prazo outros ativos a longo prazo e os ativos circulantes no lado

              do passivo deveraacute ser apresentado o passivo a iongo prazo outros passivos e provisotildees e

              os investimentos de acionistas

              Em se tratando do Ativos a Longo Prazo estes deveratildeo evidenciar o que segue

              - terrenos e edifiacutecios

              - maquinaacuterio e equipamento

              - outras categorias de ativos devidamente identificados e a

              162 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwvaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

              74

              - depreciaccedilatildeo acumulada

              Natildeo obstante separadamente deve expor as propriedades tomadas em

              arrendamentos e ativos adquiridos mediante planos de compra a prazo

              No que diz respeito aos outros ativos a longo prazo devem ser contemplados os

              seguintes

              - investimentos a longo prazo investimentos em subsidiaacuterias investimentos em

              companhias associadas

              - contas a receber a iacuteongo prazo documentos e contas a receber de clientes

              contas a receber de funcionaacuterios contas a receber de intercompanhias contas a

              receber de companhias associadas e outras

              - creacutedito mercantil

              - patentes marcas e ativos similares

              - gastos diferidos gastos preliminares gastos de reorganizaccedilatildeo e impostos

              diferidos

              Na sequumlecircncia deve constar o Ativo Circulante o qual deve abranger

              - Efetivos

              - Valores negociaacuteveis diferentemente dos investimentos de longo prazo

              - Contas a receber documentos e contas a receber de clientes contas a receber

              funcionaacuterios contas a receber intercompanhias contas a receber de

              companhias associadas outras contas a receber e gastos antecipados e os

              - Inventaacuterios

              Por sua vez no lado do passivo primeiramente deve constar o Passivo a Longo

              Prazo que deve evidenciar

              - empreacutestimos bancaacuterios

              - contas a pagar contas a pagar para funcionaacuterios contas a pagar

              intercompanhias contas a pagar para companhias associadas imposto de

              renda dividendos a pagar e outras contas a pagar e gastos acumulados

              Em Outros Passivos e Provisotildees deve-se expor separadamente os impostos

              diferidos as entradas diferidas e as provisotildees para pensotildees

              Na sequumlecircncia de exposiccedilatildeo do Passivo tem-se o grupo de Investimento dos

              Acionistas o qual corresponde ao paraacutegrafo n 17 da NIC 5 de aplicaccedilatildeo optativa

              segundo o Decreto 105991 Neste deve-se discriminar

              - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

              pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

              periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

              dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

              pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

              submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

              - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

              distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

              superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

              Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

              considerar para efeito de analise a NIC n 13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

              refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

              somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

              n200993

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

              A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

              n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

              - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

              c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

              Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

              163 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpAvvwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5o

              75

              - Capital Social por classe de accedilatildeo emitida e em circulaccedilatildeo o capital devido natildeo

              pago o valor nominal da accedilatildeo o movimento das contas de capital social por

              periacuteodo os direitos preferenciais e restriccedilotildees com relaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo de

              dividendos e ao reembolso de capital dividendos preferenciais acumulados

              pendentes accedilotildees em tesouraria accedilotildees reservadas para emissatildeo futura

              submetidas a opccedilotildees e contratos de venda incluindo condiccedilotildees e quantias

              - Outros investimentos indicando movimentos do periacuteodo e restriccedilotildees a sua

              distribuiccedilatildeo capital pago em excesso do valor nominal (capital excedente)

              superaacutevit por reavaliaccedilatildeo reservas e lucros acumulados

              Em se tratando das formas de apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis pode-se

              considerar para efeito de analise a NIC n13 aprovada pelo Decreto n200993 pois esta

              refere-se exclusivamente a apresentaccedilatildeo dos Ativos e Passivos Circulantes Contudo

              somente alguns de seus itens satildeo de observaccedilatildeo obrigatoacuteria conforme art Io do Decreto

              n200993

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultado

              A Demonstraccedilatildeo de Resultado segundo a NIC n5 prevista no Decreto

              n 105991163 deve apresentar-se da seguinte forma

              - ldquovendas ou outros ingressos de operaccedilotildees- depreciaccedilatildeo- ingressos por interesses- produtos de investimentos- gastos por interesses- imposto de renda- gastos natildeo usuumlais- creacuteditos natildeo usuais- transaccedilotildees de valores intercompanhias- utilidade liacutequidardquo

              c) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              Com base na NIC n7 aprovada pelo Decreto n 105991 inclui-se nas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis o Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera ou seja a

              Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) Entretanto esta norma eacute

              163 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs105_991 htm (outubro2000) art5deg

              76

              de aplicaccedilatildeo optativa isto eacute somente as sociedades que necessitarem apresentar suas

              demonstraccedilotildees a oacutergatildeos estatais de controle a teratildeo como obrigatoacuteria

              A NIC n7 ldquoversa sobre a apresentaccedilatildeo de uma demonstraccedilatildeo que contempla os

              recursos obtidos durante o periacuteodo para financiar as atividades de uma empresa e os usos

              a que tais recursos se destinamrdquo A DOAR seraacute apresentada a cada periacuteodo no qual se

              apresentar a Demonstraccedilatildeo de Resultado

              Para a apresentaccedilatildeo da DOAR a NIC n7 natildeo estabelece uma estrutura efetiva

              mas apenas sugere algumas formas de apresentaccedilatildeo Estas podem ser descritas como

              sendo mostrar as origens dos recursos com uma soma igual a das aplicaccedilotildees destes ou

              ainda mostrar a diferenccedila entre origens e aplicaccedilotildees dos recursos que representam o

              aumento ou diminuiccedilatildeo liacutequida ainda que seja em dinheiro ou equivalente ou em capital

              de giro16 A NIC n7 assegura que ldquonenhuma forma de apresentaccedilatildeo eacute preferiacutevel em

              todos os casos mas cada empresa elege a forma de apresentaccedilatildeo que considere mais

              informativa dentro das circunstacircnciasrdquo

              Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai

              Segundo o Pronunciamento n 11 de abril de 1990 emitido pelo Coleacutegio de

              Contadores Economistas do Uruguai considera-se de aplicaccedilatildeo obrigatoacuteria as NIC n I a

              20 com suas exceccedilotildees de caraacuteter optativo assinaladas a seguir

              - NIC n7 Estado de Cambios en la Situacioacuten Financiera que se tornou

              obrigatoacuteria a partir de 01 de janeiro de 1991

              - NIC n12 Tratamento contaacutebil do imposto de renda

              - NIC n 14 Apresentaccedilatildeo de informaccedilotildees financeiras por setor

              - NIC n 19 Contabilidad de los beneficios por retiro en los Estados Financieros

              de los Protones

              - o paraacutegrafo 21 da NIC n 1 que trata da revelaccedilatildeo das poliacuteticas contaacutebeis

              - o paraacutegrafo 26 da NIC n2 que versa sobre a avaliaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo dos

              inventaacuterios no contexto do sistema de custo histoacuterico

              164 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internethttpwmvaingubu7docs105_991 htm (outubro2000) art5deg

              77

              - o paraacutegrafo 9 e a letra a) do paraacutegrafo 17 da NIC n5 que se refere as

              informaccedilotildees que devem constar nas demonstraccedilotildees contaacutebeis165

              Dentre as NIC obrigatoacuterias e optativas selecionou-se para efeito deste trabalho

              as NIC n5 7 e 13 Diante do exposto inferiu-se que o Coleacutegio de Contadores e

              Economistas do Uruguai ao emitir este pronunciamento estaacute em consonacircncia com os

              Decretos 103991 105991 e 200993 emitidos pela Comissatildeo Permanente de Normas

              Contaacutebeis Adequadas

              53 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Esta seccedilatildeo aborda o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo

              obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL Argentina Brasil Paraguai e Uruguai

              531 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis na Argentina

              Ao estudar-se o conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              na Argentina faz-se necessaacuterio consultar a Lei n 1955072 bem como as Resoluccedilotildees

              Teacutecnicas n 8 e 9 emitidas pela Federaccedilatildeo Argentina de Conselhos Profissionais de

              Ciecircncias Econocircmicas FACPCE que tratam das Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil e

              das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para Entidades Comerciais Industriais e

              de Serviccedilos respectivamente

              a) Balanccedilo Geral

              No que diz respeito ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou

              Balanccedilo Geral conforme RT n8166 ldquoem um momento determinado a demonstraccedilatildeo da

              situaccedilatildeo patrimonial ou balanccedilo geral expotildeem o ativo o passivo e o patrimocircnio liacutequido e

              se for o caso a participaccedilatildeo minoritaacuteria nas sociedade controladasrdquo

              165 COLEacuteGIO DE CONTADORES E ECONOMISTAS DO URUGUAI Pronunciamento n 11 de abril de 1991 Disponiacutevel na internet httpvwwcceacomuYinfogravepronprllhtm (fevereiro2000)166 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              78

              O ativo representa ldquoos bens e direitos de propriedade da entidade e os registros de

              entradas atribuiacuteveis a periacuteodos futurosrdquo167 O grupo do ativo estaacute subdivido em ativos

              correntes e natildeo correntes sendo que as contas inseridas nestes grupos estatildeo ordenadas de

              forma decrescente do grau de liquidez global do grupo Aleacutem disso a classificaccedilatildeo em

              correntes e natildeo correntes tem como base o prazo de um ano desde a data de

              encerramento do periacuteodo

              De acordo com a RT n8168 os ativos natildeo correntes compreendem todas as contas

              que natildeo podem ser classificadas como correntes devido ao seu prazo de liquidez Em se

              tratando da RT n9 esta expotildee o conteuacutedo das contas que integram o ativo mas natildeo fala

              sobre a classificaccedilatildeo em ativo corrente e natildeo corrente

              Segundo a RT n9 o conteuacutedo do ativo consubstancia-se do que segue

              - Caixa e Bancos

              Incluem o dinheiro efetivamente em caixa e bancos do pais ou do exterior e outros

              valores com poder de liquidez ou similares

              - Investimentos

              ldquoSatildeo aqueles realizadas com o intuito de obter um renda ou outro beneficio

              explicito ou impliacutecito e que natildeo fazem parte dos ativos dedicados a atividade principal da

              entidaderdquo169

              - Creacuteditos

              ldquoSatildeo os direitos que a entidade possui contra terceiros para receber somas de

              dinheiro ou outros bens ou serviccedilosrdquo10 Deve-se registar separadamente os creacuteditos de

              vendas de bens ou serviccedilos oriundo das atividades habituais da empresa daqueles que

              natildeo tem esta caracteriacutestica

              - Bens de Troca

              167 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)168 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)169 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwvwfacpcecomar (fevereiro2000)170 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              79

              ldquoSatildeo os bens destinados a venda no curso habitual da atividade da entidade ou que

              se encontram em processo de produccedilatildeo referem-se a bens ou serviccedilos que se destinam as

              vendas assim como as antecipaccedilotildees a fornecedoresrdquo

              - Bens de Uso

              Satildeo bens tangiacuteveis destinados ao uso na atividade principal da entidade incluindo

              os que estatildeo em construccedilatildeo tracircnsito ou montagem e as antecipaccedilotildees a fornecedores por

              compras destes bens

              - Ativos intangiacuteveis

              ldquoSatildeo aqueles representativos de franquias privileacutegios ou outros similares

              incluindo as antecipaccedilotildees por sua aquisiccedilatildeo que natildeo sejam bens tangiacuteveis nem direitos

              contra terceiros e que expressam um valor cuja existecircncia depende da possibilidade

              futura de produzir rendasrdquo11

              - Outros ativos

              Incluem-se nesta categoria aqueles ativos natildeo enquadrados em nenhuma categoria

              anterior

              No que diz respeito ao Passivo este representa as obrigaccedilotildees certas da entidade e

              as contingecircncias que podem ser registradas Assim como no Ativo o Passivo tambeacutem se

              classifica em Corrente e Natildeo Corrente Os Passivos Correntes satildeo aqueles cujo

              vencimento ou exigibilidade ocorreraacute nos 12 meses seguintes a data de encerramento do

              balanccedilo Jaacute os Passivos Natildeo Correntes ldquocompreendem todos os que natildeo podem ser

              classificados como correntesrdquo172

              A RT n9 apresenta como conteuacutedo do Passivo o que segue

              - Diacutevidas ldquosatildeo aquelas obrigaccedilotildees certas determinadas e determinaacuteveisrdquo

              - Provisotildees ldquosatildeo aqueles registros que na data de encerramento do exerciacutecio

              representam importacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

              que provavelmente resultaratildeo em obrigaccedilotildees para a entidaderdquo

              171 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)172 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              80

              173A Lei n 1955072 natildeo atenta ao conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              contudo cita como componente do Passivo a conta de rendas recebidas por adiantamento

              e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a futuros exerciacutecios

              A RT n8 explicita que o Patrimocircnio Liacutequido ldquoeacute igual ao ativo menos o passivo e

              nas demonstraccedilotildees consolidadas menos a participaccedilatildeo minoritaacuteria Inclue os aportes dos

              proprietaacuterios (ou associados) e os resultados acumulados Expotildee-se em uma linha e se

              referencia a Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequidordquo174

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

              Esta ldquofornece informaccedilotildees das causas que geraram o resultado atribuiacutevel ao

              periacuteodordquo175 Sua estrutura classifica-se em resultados ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os

              resultados ordinaacuterios ldquosatildeo todos os resultados da entidade alcanccedilados durante o exerciacutecio

              exceto os resultados extraordinaacuteriosrdquo176 E os resultados extraordinaacuterios ldquocompreendem

              aqueles resultados atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacuteciordquo177

              A RT n9 indica o conteuacutedo das contas que geram o resultado do exerciacutecio Os

              resultados ordinaacuterios compreendem o seguinte

              - Vendas liacutequidas de bens e serviccedilos

              - vendas liacutequidas satildeo as vendas livres das devoluccedilotildees abatimentos e dos

              imposto incidentes sobre as mesmas

              - reduccedilotildees e abatimentos no caso de existirem reduccedilotildees e abatimentos

              originadas diretamente das vendas efetuadas seratildeo redutoras da mesmas

              - Custo dos bens vendidos e serviccedilos prestados eacute o conjunto dos custos

              atribuiacuteveis a produccedilatildeo ou aquisiccedilatildeo dos bens e a geraccedilatildeo dos serviccedilos

              - Resultado bruto sobre as vendas satildeo as vendas liacutequidas menos os custos para

              sua obtenccedilatildeo

              173 ARGENTINA Ley 19550 de 1972 Ley Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwcnvgovarLeyesYRegLeyl9550 (outubro2000) art 63174 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwTVwfacpcecomar (fevereiro2000)175 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)116 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)177 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              81

              - Realizaccedilatildeo de diferentes atividades quando a sociedade se dedica

              simultaneamente a diversas atividades eacute recomendado que as receitas e seus

              custos sejam expostos em separado por atividade no corpo da demonstraccedilatildeo ou

              na informaccedilatildeo complementar

              - Gastos de comercializaccedilatildeo satildeo os gastos realizados peia empresa que tenham

              relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo de seus produtos ou dos serviccedilos que

              presta

              - Gastos de administraccedilatildeo ldquocompreendem os gastos realizados pela entidade em

              razatildeo de suas atividades poreacutem natildeo satildeo atribuiacuteveis agraves funccedilotildees de compra

              produccedilatildeo comercializaccedilatildeo e financiamentos de bens ou serviccedilosrdquo18

              Resultado de Investimentos em sociedades relacionadas ldquocompreende as

              entradas e gastos gerados por investimentos em sociedades controladoras

              controladas ou vinculadas liquidas do efeito da inflaccedilatildeordquo

              - Outras Entradas e Saiacutedas compreende todos os resultados da entidade gerados

              por atividades secundaacuterias e as natildeo contempladas nos itens anteriores com

              exceccedilatildeo dos resultados financeiros e do impostos de renda

              - Resultados financeiros (incluindo o resultado por exposiccedilatildeo agrave inflaccedilatildeo)

              classificam-se em resultados gerados pelo ativo e pelo passivo distinguindo-se

              em cada grupo os diferentes componentes segundo sua natureza (como por

              exemplo juros diferenccedila de cacircmbios etc)

              - Imposto de renda se expotildeem a parcela do imposto de renda correspondente

              aos resultados ordinaacuterios quando a entidade optou por aplicar o meacutetodo do

              imposto diferido

              - Participaccedilatildeo minoritaacuteria sobre resultados compreende a participaccedilatildeo sobre os

              resultados do grupo econocircmico atribuiacuteda aos acionistas minoritaacuterios alheios a

              estas

              Os Resultados Extraordinaacuterios conforme a RT n9 compreendem os resultados

              atiacutepicos e excepcionais alcanccedilados durante o exerciacutecio Neste caso deve-se distinguir a

              participaccedilatildeo minoritaacuteria e o imposto de renda decorrentes dos resultados extraordinaacuterios

              Este uacuteltimo sempre que a entidade optar por aplicar o meacutetodo do imposto diferido

              178 178 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)

              82

              c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              A RT n8 informa que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ou

              Estado de Variacioacuten do Capital Corrente eacute composta pelos ldquoativos e passivos correntes e

              os recursos pelo conjunto das disponibilidades e investimentos temporaacuteriosrdquo19 Salienta

              ainda que a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos ldquorepresenta um resumo

              das atividades de financiamento e investimento da entidade mediante a exposiccedilatildeo dos

              motivos da variaccedilatildeo do capital corrente (ou dos recursos) durante o periacuteodo

              consideradordquo180

              d) Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido

              A RT n8 que rege as Normas Gerais de Exposiccedilatildeo Contaacutebil da Argentina no que

              diz respeito a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido somente versa sobre

              sua estrutura Jaacute a RT n9 que trata das Normas Particulares de Exposiccedilatildeo Contaacutebil para

              Entidades Comerciais Industriais e de Serviccedilos expotildee a estrutura e o conteuacutedo da

              Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido A RT n9 cita que ldquoos registros

              integrantes do patrimocircnio liacutequido devem classificar-se e resumir-se de acordo com sua

              origem aportes dos proprietaacuterios (ou associados) e resultados acumuladosrdquo181

              O grupo Aporte de Capital divide-se em Capital e Primeira Emissatildeo O Capital ldquoeacute

              composto pelo capital subscrito e os aportes irrevogaacuteveis efetuados pelos proprietaacuterios

              (capitalizados ou natildeo em dinheiro ou em bens ou direitos) e por rendas capitalizadasrdquo182

              E o segundo se expotildee por seu valor reexpresso

              Jaacute o grupo Resultados Acumulados divide-se em Rendas Reservadas Resultados

              natildeo Alocados e Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

              As Rendas Reservadas ldquosatildeo aquelas rendas retidas na entidade por expliacutecita

              vontade social ou disposiccedilotildees legais estatutaacuterias ou outras A composiccedilatildeo desta conta

              deve ser informada adequadamenterdquo183

              179 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)180 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n8 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)181 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)182 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)183 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS

              83

              Os Resultados natildeo Alocados ldquosatildeo aqueles lucros ou prejuiacutezos acumulados sem

              destinaccedilatildeo especiacuteficardquo184

              As Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas existem ldquoquando a entidade realiza uma reavaliaccedilatildeo

              teacutecnica o maior valor resultante - no caso - se apresentaraacute de acordo com o disposto pelas

              normas contaacutebeis profissionaisrdquo185

              53 2 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil

              Para o estudo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Brasil eacute preciso

              reportar-se agrave Lei n 640476 Lei das SA a NBC T n3 que evidencia o conceito

              conteuacutedo estrutura e nomenclatura das demonstraccedilotildees e a NBC T n6 que trata das

              Notas Explicativas

              a) Balanccedilo Patrimonial

              Dentre as peccedilas contaacutebeis analisa-se primeiramente o Balanccedilo Patrimonial que

              como apreciado no item estrutura das demonstraccedilotildees contaacutebeis eacute composto pelo Ativo

              Passivo e Patrimocircnio Liacutequido Sendo que o Ativo deveraacute conter os recursos

              representados por seus bens e direitos o Passivo deveraacute conter os recursos representados

              pelas obrigaccedilotildees com terceiros e o Patrimocircnio Liacutequido representa os recursos proacuteprios da

              entidade

              Estes grandes grupos satildeo subdivididos em grupos de contas que no caso do

              ativo denominam-se Ativo Circulante Realizaacutevel a Longo Prazo e Ativo Permanente

              No que concerne ao passivo ele se subdivide em Passivo Circulante Exigiacutevel a Longo

              Prazo e Resultados de Exerciacutecios Futuros Por uacuteltimo o Patrimocircnio Liacutequido que divide-

              se em Capital Reservas e Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados Conforme a NBC T 3 ldquoas

              contas do ativo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realizaccedilatildeo e

              as contas do passivo satildeo dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade

              estabelecidos ou esperadosrdquo186

              Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)184 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICAS Resoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)185 FEDERACION ARGENTINA DE CONSEJOS PROFESIONALES DE CIENCIAS ECONOacuteMICASResoluccedilotildees Teacutecnicas n9 Disponiacutevel na internet httpwwwfacpcecomar (fevereiro2000)186 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Principiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

              84

              As contas do grupo Circulante entendo-se Ativos e Passivos satildeo aquelas que se

              realizam no curso do exerciacutecio subsequente agrave data do Balanccedilo Patrimonial ou seja as

              contas com maior grau de liquidez187 neste periacuteodo

              As contas do grupo Realizaacutevel a Longo Prazo e Exigiacutevel a Longo Prazo

              respectivamente do Ativo e Passivo satildeo aquelas que lentamente se transformaratildeo em

              dinheiro somente se realizaratildeo apoacutes o teacutermino do exerciacutecio subsequente agrave data do

              Balanccedilo Patrimonial188

              A Lei n 640476 no que diz respeito ao conteuacutedo das contas e subcontas do

              Balanccedilo Patrimonial natildeo evidencia de forma efetiva este item apenas apresenta a

              estrutura para a elaboraccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo

              No entanto de acordo com a NBC T n3 devem constar no Ativo Circulante os

              seguintes grupos segundo seu conteuacutedo

              - Disponiacutevel ldquosatildeo os recursos financeiros que se encontram agrave disposiccedilatildeo

              imediata da entidade compreendendo os meios de pagamento em moeda e em

              outras espeacutecies os depoacutesitos bancaacuterios agrave vista e os tiacutetulos de liquidez

              imediatardquo189 De acordo com Iudiacutecibus Martins e Gelbcke190 este subgrupo eacute

              ldquousado para designar dinheiro em caixa e em bancos bem como valores

              equivalentes como cheques em matildeos e em tracircnsito e que representam recursos

              com livre movimentaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo nas operaccedilotildees da empresa e para os

              quais natildeo haja restriccedilotildees para uso imediatordquo

              - Creacuteditos ldquosatildeo os tiacutetulos de creacutedito quaisquer valores mobiliaacuterios e outros

              direitosrdquo191 O CRCRS esclarece ainda que ldquo estes valores representam

              normalmente um dos mais importantes ativos das empresas em geral Satildeo

              oriundos de vendas a prazo de mercadorias e serviccedilos a clientes ou decorrem

              de outras transaccedilotildees que geram valores a receberrdquo192 Pode-se enquadrar neste

              p 122187 MARION J C Contabilidade empresarial 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1989 p66188 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 122189 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25190 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 116191 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 123192 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees

              85

              subgrupo do art 179 da Lei n640476 os direitos realizaacuteveis no curso do

              exerciacutecio social

              - Estoques ldquosatildeo os valores referentes agraves existecircncias de produtos acabados

              produtos em elaboraccedilatildeo mateacuterias-primas mercadorias materiais de consumo

              serviccedilos em andamento e outros valores relacionados agraves atividades-fins da

              Entidaderdquo193 A Lei n640476194 natildeo especifica o subgrupo Estoque

              entretanto o considera como ldquoos direitos que tiverem por objetivos mercadorias

              e produtos do comeacutercio da companhia assim como mateacuteria-prima produtos em

              fabricaccedilatildeo e bens em almoxarifadordquo Desta forma pode ser agrupado com

              base no art 179 como direitos realizaacuteveis no curso do exerciacutecio social

              - Despesas Antecipadas ldquosatildeo registrados neste subgrupo os valores das despesas

              antecipadas que devam ser apropriadas como despesa no decurso do exerciacutecio

              seguinte (Precircmios de Seguros Despesas Financeiras etc)rdquo195 Iudiacutecibus

              Martins e Gelbcke196 mencionam que ldquoestes ativos representam pagamentos

              antecipados cujos benefiacutecios ou prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave empresa se faratildeo

              durante o exerciacutecio seguinterdquo No que concerne a este grupo a Lei

              n640476197 refere-se agrave aplicaccedilatildeo de recursos em despesas do exerciacutecio

              seguinte

              - Outros Valores e Bens ldquosatildeo os bens natildeo relacionados agraves atividades-fins da

              Entidaderdquo198 Podem servir de exemplos as rubricas Bens Natildeo-Destinados ao

              Uso Imoacuteveis Recebidos em Garantias para Revenda etc A Lei n640476 natildeo

              especifica nenhum subgrupo denominado Outros Valores e natildeo comenta a

              respeito de bens recebidos natildeo relacionados agraves atividades-fins da empresa

              Constituem parte integrante do Ativo Circulante tambeacutem as contas retificadoras

              deste Estas contas apresentam saldo credor uma vez que representam valores

              retificadores de elementos que integram as subcontas Satildeo as contas de Tiacutetulos

              contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25193 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25194 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66195 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p25196 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p 185191 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p6498 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000

              8 6

              Descontados Provisatildeo de Creacutedito de Liquidaccedilatildeo Duvidosa Provisatildeo para Ajuste de

              Estoques ao Valor de Mercado e Provisatildeo para Perdas (na qual se registraraacute os valores

              estimados de perdas de investimentos temporaacuterios)199

              No grupo do Ativo denominado Realizaacutevel a Longo Prazo tem-se os mesmos

              grupos do Ativo Circulante com exceccedilatildeo do subgrupo Disponiacutevel Desta forma satildeo

              classificados neste subgrupo os ldquoderivados de vendas adiantamentos ou empreacutestimos a

              sociedades coligadas ou controladas diretores acionistas ou participantes no lucro da

              companhia que natildeo constituiacuterem negoacutecios usuais na exploraccedilatildeo do objeto da

              companhiardquo200 Sendo que os prazos esperados de realizaccedilatildeo situam-se apoacutes o teacutermino do

              exerciacutecio seguinte agrave data do Balanccedilo Patrimonial O Realizaacutevel a Longo Prazo tambeacutem

              possui contas retificadoras denominadas de Provisatildeo para Creacutedito de Liquidaccedilatildeo

              Duvidosa e Provisatildeo para Perdas

              O Ativo Permanente eacute o terceiro grupo do Ativo no qual satildeo classificados os bens

              e direitos da entidade cuja permanecircncia nesta seja duradoura O Ativo Permanente se

              subdivide nos subgrupos que seguem

              a) Investimentos ldquosatildeo as participaccedilotildees em sociedades aleacutem dos bens e direitos

              que natildeo se destinam agrave manutenccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo201

              Encontra-se neste subgrupo a conta retificadora Provisatildeo para Perdas

              Provaacuteveis na Realizaccedilatildeo de Investimentos mencionada na Lei n640476 art

              183202

              b) Imobilizado ldquosatildeo os bens e direitos tangiacuteveis e intangiacuteveis utilizados na

              consecuccedilatildeo das atividades-fins da Entidaderdquo203 Conceitua-se como bens

              tangiacuteveis aqueles que tecircm corpo fiacutesico ldquotais como terrenos obras civis

              maacutequinas moacuteveis veiacuteculos benfeitorias em propriedades arrendadas direitos

              sobre recursos naturais etcrdquo204 e como bens intangiacuteveis aqueles ldquocujo valor

              p 123199 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p27200 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Demonstraccedilotildees contaacutebeis estruturaccedilatildeo e normas Porto Alegre CRCRS 1998 p 26201 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124202 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66203 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124204 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas

              87

              reside natildeo em qualquer propriedade fiacutesica mas nos direitos de propriedade que

              satildeo legalmente conferidos aos seus possuidores tais como patentes direitos

              autorais marca etcrdquo205 De acordo com a Lei 640476 art 179206 o

              imobilizado conteacutem ldquoos direitos que tenham por objetivo bens destinados a

              manutenccedilatildeo das atividades da companhia e da empresa ou exercidos com essa

              finalidade inclusive os de propriedade industrial ou comercialrdquo Neste

              subgrupo satildeo encontradas as seguintes contas retificadoras de Depreciaccedilatildeo

              Exaustatildeo e Amortizaccedilatildeo De acordo com a Lei n640476207 utilizam-se estas

              contas conforme o caso a depreciaccedilatildeo ldquoquando corresponder agrave perda do valor

              dos direitos que tecircm por objeto bens fiacutesicos sujeitos a desgaste ou perda da

              utilidade por uso accedilatildeo da natureza ou obsolescecircnciardquo a amortizaccedilatildeo ldquoquando

              corresponder agrave perda do valor do capital aplicado na aquisiccedilatildeo de direitos da

              propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existecircncia ou

              exerciacutecio de duraccedilatildeo limitada ou cujo objeto sejam bens de utilizaccedilatildeo por

              prazo legal ou contratualmente limitadosrdquo e a conta exaustatildeo nos casos

              ldquoquando corresponder agrave perda do valor decorrente da sua exploraccedilatildeo de

              direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados

              nessa exploraccedilatildeordquo

              c) Diferido ldquosatildeo as aplicaccedilotildees de recursos em despesas que contribuiratildeo para a

              formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio socialrdquo208 A Lei n 640476209

              acrescenta que deve-se incluir ainda ldquoos juros pagos ou creditados aos

              acionistas durante o periacuteodo que anteceder o iniacutecio das operaccedilotildees sociaisrdquo Este

              subgrupo tambeacutem deve conter a conta retificadora Amortizaccedilotildees Explicita a

              Lei n640476210 art 183 que

              ldquoos recursos aplicados no ativo diferido seratildeo amortizados periodicamente em prazo natildeo superior a 10 (dez) anos a partir do iniacutecio da operaccedilatildeo normal ou do exerciacutecio em que passem a ser usufruiacutedos os benefiacutecios deles decorrentes devendo ser registrada

              1995 p292205 FIPECAFI Manual de contabilidade das sociedades por accedilotildees FIPECAFI 4a ed Satildeo Paulo Atlas 1995 p292206 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p64207 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo AUumlas 1995 p66208 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124209 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65210 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p66

              88

              a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou comprovado que essas atividades natildeo poderatildeo produzir resultados suficientes para amortizaacute-losrdquo

              No Passivo a Lei n640476 em seu art180211 orienta que ldquoas obrigaccedilotildees da

              companhia inclusive financiamentos para aquisiccedilatildeo de direitos do ativo permanente

              seratildeo classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercicio seguinte e no

              passivo exigiacutevel a longo prazo se tiverem vencimento em prazo maiorrdquo

              De acordo com a NBC T n3 encontram-se os seguintes subgrupos no Passivo

              a) Circulante ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos estimados cujos

              prazos estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exerciacutecio

              subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo212

              b) Exigiacutevel a Longo Prazo ldquosatildeo as obrigaccedilotildees conhecidas e os encargos

              estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se apoacutes o teacutermino

              do exerciacutecio subsequumlente agrave data do balanccedilo patrimonialrdquo213

              A Lei n640476 na determinaccedilatildeo da classificaccedilatildeo dos subgrupos do Passivo um

              subgrupo denominado Resultado de Exerciacutecios Futuros que representa ldquoas receitas de

              exerciacutecios futuros diminuiacutedas dos custos e despesas a elas correspondentesrdquo214 A NBC T

              n3 natildeo menciona nada a respeito deste subgrupo

              O conteuacutedo dos subgrupos do Patrimocircnio Liacutequido conforme a NBC T n3 deve

              registar o que segue

              Capital

              ldquoSatildeo os valores aportados pelos proprietaacuterios e os decorrentes de incorporaccedilatildeo de

              reservas de lucrosrdquo215 O art 182 da Lei n640476 esclarece que ldquoa conta do capital

              social discriminaraacute o montante subscrito e por deduccedilatildeo a parcela devida natildeo

              realizadardquo216

              211 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65212 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124213 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124214 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65215 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a eacuted Porto Alegre CRCRS 2000 p 124216 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65

              89

              Reservas

              ldquoSatildeo os valores decorrentes de retenccedilotildees de lucros de reavaliaccedilatildeo de ativos e de

              outras circunstacircnciasrdquo217 Ressalte-se que a Lei n640476 divide-as em Reservas de

              Capital Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees Na conta de Reservas de Capital

              deve-se registrar

              - ldquoa contribuiccedilatildeo do subscritor de accedilotildees que ultrapassar o valor nominal e a parte do preccedilo de emissatildeo da accedilatildeo sem valor nominal que ultrapassar a importacircncia destinada agrave formaccedilatildeo do capital social inclusive nos casos de conversatildeo em accedilotildees de debentures ou partes beneficiaacuterias- o produto da alienaccedilatildeo de partes beneficiaacuterias e bocircnus de subscriccedilatildeo- o precircmio recebido na emissatildeo de debecircntures- as doaccedilotildees e as subvenccedilotildees para investimentordquo

              Na conta de Reservas de Reavaliaccedilatildeo deve-se classificar ldquoas contrapartidas de

              aumentos de valor atribuiacutedos a elementos do ativo em virtude de novas avaliaccedilotildeesrdquo

              Como Reservas de Lucros devem constar ldquoas contas constituiacutedas pela apropriaccedilatildeo de

              lucros da companhiardquo 219 Este artigo estabelece ainda que ldquoas accedilotildees em tesouraria

              deveratildeo ser destacadas no balanccedilo como deduccedilatildeo da conta do patrimocircnio liacutequido que

              registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisiccedilatildeordquo220

              Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

              ldquoSatildeo os lucros retidos ou ainda natildeo destinados e os prejuiacutezos ainda natildeo

              compensados apresentados como parcela redutora do Patrimocircnio Liacutequidordquo221

              b) Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

              Em relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio esta eacute

              descrita na NBC T n3 da mesma forma que sua estrutura A Lei n640476 natildeo faz

              muitas referecircncias ao conteuacutedo desta demonstraccedilatildeo apresentando apenas sua estrutura

              217 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18reg ed Porto Alegre CRCRS 2000P 124-

              BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65219 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65220 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p65221 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000 p 124

              90

              No entanto esclarece que na determinaccedilatildeo do resultado do exerciacutecio deveratildeo ser

              computadas

              - ldquoas receitas e os rendimentos ganhos no periacuteodo independentemente da sua realizaccedilatildeo em moeda e

              - os custos despesas encargos e perdas pagos ou incorridos correspondentes a essas receitas e rendimentosrdquo222

              c) Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

              Com referecircncia ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Lucros ou Prejuiacutezos

              Acumulados (DLPA) apresentada na Lei n 640476 e na NBC T n3 eacute idecircntica a sua

              estrutura No entanto cabe acrescentar os ajustes de exerciacutecios anteriores que ldquosatildeo apenas

              os decorrentes de efeitos da mudanccedilas de criteacuterio contaacutebil da retificaccedilatildeo de erro

              imputaacutevel a determinado exerciacutecio anterior e que natildeo possam ser atribuiacutedos a fatos

              subsequumlentesrdquo223

              A Lei n 640476224 determina tambeacutem que a DLPA ldquodeveraacute indicar o montante

              do dividendo por accedilatildeo do capital social e poderaacute ser incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das

              Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido se elaborada e publicada pela companhiardquo

              d) Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

              Em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido (DMPL)

              seu conteuacutedo tambeacutem se apresenta de forma idecircntica a sua estrutura na NBC T n3 Deve-

              se considerar tambeacutem como conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

              Liacutequido a elaboraccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados nas

              entidades que as elaborarem A Lei n640476 natildeo se manifesta quanto a elaboraccedilatildeo

              desta demonstraccedilatildeo A DMPL tomou-se obrigatoacuteria pela emissatildeo da Instruccedilatildeo n 59 de

              22 de dezembro de 1986 da Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios

              e) Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              A Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos (DOAR) deveraacute

              evidenciar em seu conteuacutedo conforme a NBC T n3 e a Lei n640476 os aspectos jaacute

              abordados em sua estrutura ressaltando-se a demonstraccedilatildeo da variaccedilatildeo do capital

              222 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p68223 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Princiacutepiosfundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade 18a ed Porto Alegre CRCRS 2000P 126-

              BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

              92

              i) os eventos subsequumlentes agrave data de encerramento do exerciacutecio que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situaccedilatildeo financeira e os resultados futuros da companhiardquo

              Por meio das Notas Explicativas os usuaacuterios das demonstraccedilotildees contaacutebeis podem

              conhecer ou esclarecer aspectos natildeo evidenciados explicitamente nestas demonstraccedilotildees

              5 3 3 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Paraguai

              Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees obrigatoacuterias no Paraguai

              utilizou-se essencialmente a Resoluccedilatildeo n592 da Comissatildeo Nacional de Valores aleacutem

              das NIC emitidas pelo IASC de adoccedilatildeo obrigatoacuteria pelo Coleacutegio de Contadores do

              Paraguai

              a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

              No que tange a apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial a

              Resoluccedilatildeo n592 menciona que deve-se evidenciar de forma separada os Ativos e

              Passivos Correntes Complementa enfatizando que ldquoo ativo deve estar ordenado de

              acordo com o grau decrescente de realizaccedilatildeo e o passivo de acordo com o grau

              decrescente de exigibilidade e o patrimocircnio liacutequido de acordo com o grau crescente de

              distribuiccedilatildeordquo229

              No Ativo conforme a Resoluccedilatildeo n592230 incluem-se os recursos de liquidaccedilatildeo

              ilimitada (disponibilidades) direitos a receber no futuro (contas a receber) separaccedilatildeo dos

              recursos temporaacuterios e de longo prazo (investimentos a curto e longo prazo) custos que

              se consomem com a entrega (mercadorias e outros bens de troca) custos que natildeo se

              entregam (bens de uso) outros (ativos intangiacuteveis)

              Satildeo apresentadas a seguir as contas que compotildee o Ativo e seu conteuacutedo

              conforme a Resoluccedilatildeo n592231

              229 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p53230 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p54231 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55

              93

              Disponibilidades

              ldquoIncluem o dinheiro em caixa e bancos do paiacutes e do exterior e outros valores de

              poder de liquidaccedilatildeo e liquidez similarrdquo A NIC n5 denomina este grupo de Efetivos

              fazendo parte deste o dinheiro em caixa as contas correntes e outras contas em bancos O

              dinheiro que natildeo esteja disponiacutevel para uso imediato deve ser evidenciado A NIC 13

              complementa mencionando que deveratildeo ser incluiacutedos no Ativo Circulante ldquoos saldos de

              caixa e bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees correntesrdquo232

              Investimentos

              Investimentos de recursos a curto prazo que produzem excedentes financeiros ou

              aplicaccedilotildees de recursos em ativos que natildeo fazem parte da atividade principal da sociedade

              realizados com o intuito de obter renda ou outro benefiacutecio expliacutecito ou impliacutecito A NIC

              5233 trata este subgrupo como Valores Negociaacuteveis

              Creacuteditos

              ldquoDireitos da sociedade contra terceiros para receber somas em dinheiro ou outros

              bens ou serviccedilos Devem classificar-se por sua origem separando-se os que provem da

              venda de bens e serviccedilos habitualmente comercializados pela sociedade dos que tem

              outra origemrdquo A NIC 5 natildeo menciona o conteuacutedo desta conta apenas apresenta sua

              estrutura Jaacute a NIC 13234 esclarece que as contas a receber de clientes podem ser

              registradas no Ativo Circulante desde que natildeo ultrapassem o prazo de 12 meses para sua

              realizaccedilatildeo

              Bens de Troca

              ldquoSatildeo os bens destinados a venda dentro da atividade normal da sociedaderdquo Natildeo

              haacute menccedilatildeo do conteuacutedo da conta Estoques na NIC 5 e nem na NIC 13

              Bens de Uso

              ldquoBens tangiacuteveis destinados a serem utilizados na atividade principal da sociedade

              e natildeo haacute venda habitualrdquo A NIC 5235 classifica esta conta como Imobilizado

              Ativos Intangiacuteveis

              ldquoSatildeo aqueles bens que representam franquias ou direitos de uso de bens natildeo

              tangiacuteveis cujo valor depende da possibilidade de produzir resultados futurosrdquo Com base

              na NIC 5236 estes poderiam ser enquadrados como Goodwill ou seja fundo de comeacutercio

              232 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353233 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307234 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p353235 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306

              94

              Outros Ativos

              ldquoSatildeo os ativos natildeo enquadrados especificamente em nenhuma das categorias

              anterioresrdquo

              O grupo do Passivo compreende segundo a Resoluccedilatildeo n592237 ldquoas obrigaccedilotildees

              certas ou contingentes da sociedade com terceiros alheios a ela mesmardquo Neste grupo

              classificam-se

              - Diacutevidas ldquosatildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveisrdquo

              - Provisotildees ldquoimportacircncias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes

              que provavelmente originem obrigaccedilotildees para a sociedaderdquo

              A NIC 5238 separa a classificaccedilatildeo das contas do Passivo em Passivo Circulante e

              de Longo Prazo O grupo do Patrimocircnio Liacutequido tem seu conteuacutedo representado pelas

              participaccedilotildees dos acionistas no total do ativo da sociedade239

              b) Demonstraccedilatildeo de Resultados

              Em se tratando da Demonstraccedilatildeo de Resultados a NIC 5 adotada no Paraguai

              natildeo faz inferecircncias sobre seu conteuacutedo expondo apenas a estrutura da mesma O mesmo

              ocorre com a Resoluccedilatildeo n592 onde eacute apresentada apenas a estrutura exigida para

              apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Resultados

              c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 740 aborda as origens e

              aplicaccedilotildees dos recursos mas natildeo se refere ao conteuacutedo de suas contas isto eacute apresenta

              somente a estrutura jaacute evidenciada neste estudo O mesmo acontece com a Resoluccedilatildeo

              n592 que apenas apresenta a estrutura furtando-se ao conteuacutedo da mesma

              236 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p306237 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55238 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p307239 SUBCOMISIOacuteN DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p55240 IBRACON Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Satildeo Paulo Atlas 1992 p311

              95

              534 O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai

              Para a descriccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis no Uruguai foram

              analisados os Decretos n 103991 105991 e 200993 bem como os Pronunciamentos

              emitidos pelo CCEU e a Lei n1606089

              Primeiramente apresenta-se uma definiccedilatildeo de termos contida no Pronunciamento

              n10 do CCEU Este Pronunciamento conceitua como Informes Contaacutebeis ldquotodos os

              documentos emanados do sistema contaacutebil de uma entidade e que para tanto se referem

              a seu patrimocircnio no que diz respeito a sua composiccedilatildeo total ou parcial em determinado

              momento e sua evoluccedilatildeo no tempordquo241

              Adicionalmente este pronunciamento conceitua as Demonstraccedilotildees Contaacutebeis

              como um certo grupo de informes contaacutebeis que estatildeo destinados fundamentalmente a

              expor a terceiros a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira das entidades sua

              variaccedilatildeo em nuacutemeros e ao longo do tempo Acrescenta ainda que ldquoEstados Contaacutebeis satildeo

              aqueles que em determinado tempo e lugar proporcionam a terceiros a informaccedilatildeo

              miacutenima e suficiente para que possam formar uma opiniatildeo com certo grau de seguranccedila

              sobre a situaccedilatildeo patrimonial econocircmica e financeira da entidaderdquo242

              O Pronunciamento n 10 do CCEU menciona que ateacute a data da sua publicaccedilatildeo as

              Demonstraccedilotildees Contaacutebeis consideradas eram apenas a Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo

              Patrimonial e a Demonstraccedilatildeo de Resultados Fato modificado com a publicaccedilatildeo deste

              pronunciamento no qual a partir de entatildeo considera-se tambeacutem como demonstraccedilotildees

              contaacutebeis a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e a Demonstraccedilatildeo da

              Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio ateacute entatildeo tratadas apenas como anexos

              Na sequumlecircncia faz-se uma incursatildeo no conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis a

              comeccedilar pela Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial

              como denominado no Uruguai

              a) Demonstraccedilatildeo da Situaccedilatildeo Patrimonial

              Esta demonstraccedilatildeo deveraacute apresentar segundo o Decreto n 10391 os ativos e

              passivos separados em correntes e natildeo correntes Os ativos e passivos correntes satildeo

              241 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm242 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n 10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm

              96

              classificados desta forma quando ldquose estima que a sua realizaccedilatildeo ou vencimento se

              produziraacute dentro dos 12 meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio

              consideradordquo243 Jaacute o Decreto n 10591 que trata da adoccedilatildeo de algumas das NIC no

              Uruguai natildeo menciona nada a este respeito apenas separa os ativos e passivos em

              circulantes e de longo prazo Contudo o Decreto 200993 se refere a esta separaccedilatildeo na

              NIC 13 paraacutegrafo 6 mencionando que muitos paiacuteses adotaram uma postura na qual se

              incluem como Ativos Circulantes contas que se esperam converter em dinheiro dentro do

              prazo de um ano ou dentro do prazo que abarca o ciclo operacional da empresa aquele

              que for mais longo E Passivos Circulantes quando seus pagamentos situam-se dentro do

              prazo de um ano A Lei 1606089 natildeo menciona esta separaccedilatildeo e natildeo especifica qual o

              conteuacutedo das contas do Ativo Passivo e Patrimocircnio

              No grupo do Ativo o Decreto 103991 menciona que o Ativo Circulante eacute

              ordenado de acordo com o grau de liquidez que deve ser decrescente Os subgrupos que

              o compotildeem apresentam o conteuacutedo a saber

              Disponibilidades

              Compreendem a existecircncia de dinheiro os cheques ordem de pagamento bancaacuteria

              agrave vista depoacutesitos bancaacuterios e outros valores que tenham a caracteriacutestica de liquidez em

              moeda nacional e estrangeira

              Conforme sugere a NIC n5 do Decreto n 105991 enquadra-se neste subgrupo o

              item Efetivos no qual deveratildeo constar o dinheiro em caixa contas correntes e outras

              contas em bancos Deve-se revelar o dinheiro que natildeo estaacute disponiacutevel para uso imediato

              por exemplo saldo congelado em bancos estrangeiros por restriccedilotildees de cacircmbio A NIC 13

              embora optativa complementa incluindo no Ativo Circulante ldquoos saldos de caixa e

              bancos disponiacuteveis para operaccedilotildees regulares ou imediatasrdquo244

              Investimentos Temporaacuterios

              Satildeo aquelas colocaccedilotildees de caraacuteter transitoacuterio realizadas para obter uma renda de

              faacutecil realizaccedilatildeo que natildeo fazem parte da estrutura comercial industrial ou de serviccedilos da

              empresa Entre outras contas incluem-se os tiacutetulos puacuteblicos reajustaacuteveis bocircnus do

              tesouro letras de tesouraria accedilotildees obrigaccedilotildees depoacutesitos a prazo fixo empreacutestimos

              243 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)244 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io

              97

              etc 245 A NIC 5 refere-se a este subgrupo como Valores Negociaacuteveis Jaacute a NIC 13246

              mesmo sendo optativa se reporta a este grupo com a denominaccedilatildeo de valores negociaacuteveis

              de faacutecil realizaccedilatildeo e que natildeo se tem intenccedilatildeo de reter

              Creacuteditos

              ldquoOs creacuteditos estatildeo constituiacutedos pelos direitos que a empresa tem contra terceiros

              para receber somas em dinheiro ou outros bens ou serviccedilos com exceccedilatildeo daqueles que

              por suas caracteriacutesticas devam ser incluiacutedos em disponibilidades ou investimentos

              temporaacuteriosrdquo A NIC 5 recomenda que os creacuteditos provenientes das prestaccedilotildees que

              constituem as atividades principais da empresa devam ser expostos de forma separada

              daqueles que proveacutem de outras operaccedilotildees247 De acordo com a NIC 5248 este subgrupo do

              Ativo Corrente eacute denominado de Contas a Receber e seu conteuacutedo difere da estrutura

              apenas no item Contas a Receber Intercompanhias O termo intercompanhias eacute usado

              para referir-se na apresentaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis aos saldos ou transaccedilotildees

              entre uma companhia matriz e sua subsidiaacuteria ou de uma subsidiaacuteria e sua matriz e outras

              subsidiaacuterias do grupo A NIC 13 utiliza-se da denominaccedilatildeo da NIC 5

              Bens de Cambio

              Compreendem aqueles que se adquire ou produz para a venda os que se

              encontram em processo de produccedilatildeo ou aqueles que estatildeo sendo consumidos na

              produccedilatildeo ou na comercializaccedilatildeo de bens ou serviccedilos que se destinam agrave venda Deve-se

              separar os bens de troca ordinaacuterios ou habituais segundo os distintos tipos que existem na

              empresa e dentro de cada um deles deveraacute efetuar-se uma discriminaccedilatildeo por categorias

              de bens249 A NIC 5 e a NIC 13 denominam esta conta de Inventaacuterios e natildeo mencionam

              seu conteuacutedo A NIC 13 menciona ainda como componentes do Ativo Circulante a conta

              de antecipaccedilatildeo de pagamentos para a compra de itens do ativo circulante e a conta de

              gastos pagos antecipadamente poreacutem natildeo menciona nenhum parecer sobre seu conteuacutedo

              245 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htin (fevereiro 2000)246 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (Outubro2000) art Io247 URUGUAI Decreto n 103991 - de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)248 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg249 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

              98

              Com relaccedilatildeo aos Ativos Natildeo Correntes o Decreto 103991 estabelece que o

              ldquoordenamento se deve fazer atendendo principalmente a importacircncia quantitativa de cada

              grupordquo Os subgrupos do Ativo natildeo Corrente encontrados na legislaccedilatildeo satildeo

              Creacuteditos a Longo Prazo

              ldquoCorrespondem agravequeles criteacuterios jaacute enunciados cujo prazo de realizaccedilatildeo exceder

              o periacuteodo de doze meses a partir da data de encerramento do exerciacutecio consideradordquo250

              Este subgrupo eacute classificado como Contas a Receber a Longo Prazo pela NIC 5

              Bens de Cambio natildeo Correntes

              ldquoCorrespondem agravequeles bens de cacircmbio jaacute enunciados que por seu prazo de

              realizaccedilatildeo natildeo podem ser considerados correntesrdquo251 A NIC 5 natildeo menciona este

              subgrupo

              Investimentos a Longo Prazo

              ldquoSatildeo aquelas aplicaccedilotildees financeiras com prazo superior a 12 meses efetuados

              com o intuito de obter uma renda ou outro beneficio e que natildeo fazem parte da estrutura

              comercial industrial ou de serviccedilos da empresardquo252 A NIC 5 do Decreto 105991 trata

              esta conta da mesma forma

              Bens de Uso

              Satildeo aqueles bens tangiacuteveis utilizados na atividade da empresa que tem vida uacutetil

              estimada superior a um ano e que natildeo satildeo destinados agrave venda Estes bens podegravem estar

              sujeitos a depreciaccedilatildeo como por exemplo os edifiacutecios maacutequinas e equipamentos

              moacuteveis e utensiacutelios etc e podem estar sujeitos a esgotamento como por exemplo as

              minas bosques natildeo exploraacuteveis etc253 A NIC 5254 apresenta somente a estrutura deste

              subgrupo Deve-se expor separadamente o valor referente a amortizaccedilatildeo acumulada e seu

              liacutequido

              250 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)251 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)252 252 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (Fevereiro2000)253 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwvwaingubuydocs103_1991htm (Fevereiro 2000)254 URUGUAI Decreto n105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (Outubro2000) art5deg

              99

              Intangiacuteveis

              ldquoConstituem ativos intangiacuteveis os representados por franquias privileacutegios etc

              aqueles cuja existecircncia depende de sua capacidade potencial de gerar lucros futuros

              Podem estar sujeitos a depreciaccedilatildeo em cujo caso se deve expor em separado o montante

              dos mesmos as amortizaccedilotildees acumuladas e os valores liacutequidosrdquo255

              Com relaccedilatildeo ao Passivo segundo o Decreto 103991 este deve ser dividido em

              Passivo Corrente e Passivo natildeo Corrente O primeiro eacute ordenado em funccedilatildeo do grau de

              certeza de sua existecircncia em sentido decrescente e o segundo de forma similar A NIC

              13 complementa que entre as rubricas que se incluem no Passivo Circulante devem estar

              as obrigaccedilotildees pagaacuteveis agrave vista e aquelas cujo prazo de pagamento se realize dentro do

              prazo de um ano a partir da data de encerramento do balanccedilo Jaacute a NIC 5 natildeo menciona as

              contas do Passivo Circulante

              Descreve-se a seguir o conteuacutedo do Passivo Corrente

              Diacutevidas

              As diacutevidas satildeo obrigaccedilotildees certas determinadas ou determinaacuteveis Representam

              obrigaccedilotildees efetivas com terceiros especificamente determinadas quanto a seu conceito e

              importacircncia Neste grupo se incluem as diacutevidas a favor de terceiros qualquer que seja sua

              origem e natureza indicando-se separadamente as comerciais as financeiras as

              existentes com sociedades controladoras controladas e vinculadas (na forma comercial e

              financeira) os saldos credores de clientes os dividendos a pagar em dinheiro as dividas

              sociais os salaacuterios os recebimentos antecipados etc256

              Provisotildees

              ldquoSatildeo aquelas contas que na data de encerramento do exerciacutecio considerado

              representam quantias estimadas para fazer frente a situaccedilotildees contingentes que podem

              originar obrigaccedilotildees para a empresa Nas provisotildees as estimaccedilotildees consistem em

              quantificar o montante provaacutevel da obrigaccedilatildeo contingente como a probabilidade de sua

              concretizaccedilatildeo Entre outras se incluiratildeo as indenizaccedilotildees por dispensa garantias de

              produccedilatildeo reparaccedilatildeo e outras responsabilidades com terceirosrdquo257

              255 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwamgubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

              256 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103 1991 htm (fevereiro2000)257 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet

              100

              A NIC 13258 acrescenta no subgrupo Passivo Circulante a conta de ingressos

              diferidos e antecipaccedilotildees de clientes poreacutem natildeo menciona seus conteuacutedos

              No que concerne ao Passivo Natildeo Corrente ou a Longo Prazo este deve incluir o

              que segue

              Dividas a Longo Prazo

              ldquoCorrespondem agravequelas diacutevidas jaacute enunciadas cujo prazo de vencimento exceder

              o periacuteodo de doze meses a partir do encerramento do exerciacutecio consideradordquo259 A NIC 5

              segrega o grupo do Passivo a Longo Prazo em diversas contas conforme apreciado

              anteriormente neste trabalho poreacutem natildeo evidencia seu conteuacutedo

              Provisatildeo natildeo Corrente

              ldquoSatildeo aquelas provisotildees jaacute enunciadas que se estima determinar obrigaccedilotildees cujo

              vencimento supotildeem prazo maior de 12 mesesrdquo260

              No conteuacutedo do grupo do Patrimocircnio de acordo com o Decreto n 10391 ldquotodas

              as contas que representam o patrimocircnio devem separar-se e agrupar-se em funccedilatildeo de sua

              natureza O ordenamento se faz de acordo com o grau decrescente de limitaccedilotildees legais ou

              contratuais para sua distribuiccedilatildeordquo

              O conteuacutedo das contas que compotildeem o Patrimocircnio seraacute descrito a seguir

              CapitalDe acordo com o Decreto 103991 de 27021991 Capital eacute

              ldquoo valor legal do capital emitido pela empresa segundo sua forma juriacutedica (accedilotildees quotas sociais etc) Deve-se distinguir as accedilotildees ou quotas sociais integralizadas (Capital Integralizado) No caso de sociedades anocircnimas tambeacutem deve-se distinguir as accedilotildees a distribuir ou seja aquelas que se encontram emitidas em carteira ou pendentes de entrega pelo dividendo declarado em accedilotildees Sempre se apresentaraacute deduccedilotildees dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo aporte pendente de integraccedilatildeordquo261

              Aportes e Compromissos a Capitalizar

              httpwwwaingubuydocs103_1991 htm (fevereiro2000)258 URUGUAI Decreto n200993 de 24 de junho de 1993 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs200_993htm (0utubro2000) artldeg259 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

              260 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)261 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro2000)

              101

              ldquoSatildeo aquelas subscriccedilotildees (Capital subscrito em tracircnsito) e aportes (Capital

              Integralizado em tracircnsito) que natildeo estatildeo capitalizado por exceder o montante atual do

              capital contratual estando este em fase de ampliaccedilatildeo logo de sua aprovaccedilatildeo pelo oacutergatildeo

              social competenterdquo262 Se apresentaraacute deduzido dos saldos dos acionistas ou soacutecios pelo

              aporte pendente de integralizaccedilatildeo

              Ajustes do Patrimocircnio

              ldquoSatildeo os resultados de correccedilotildees da expressatildeo monetaacuteria do patrimocircnio Seratildeo

              incluiacutedas as contas resultantes de ajustes das Demonstraccedilotildees Contaacutebeis para refletir as

              variaccedilotildees no poder aquisitivo da moedardquo

              Reservas

              ldquosatildeo aquelas rendas retidas na empresa pela expressa vontade social ou por disposiccedilotildees legais e contratuais Deve-se distinguir as que dependem de uma expressatildeo da vontade social das da reserva legal e de todas aquelas outras restringidas em suas disposiccedilotildees por exigecircncia legal ou contratual No caso da Reserva Legal deve-se expor em uma nota junto as demonstraccedilotildees contaacutebeis os precircmios por emissotildees de accedilotildees que se incluem em virtude do disposto no art 297 da lei 1606089rdquo264

              Resultados Acumulados

              ldquoCorrespondem aos prejuiacutezos ou lucros acumulados sem destinaccedilatildeo

              especiacutefica() Deve-se mostrar em separado os resultados do periacuteodo consideradordquo265

              A NIC 5 apresenta apenas sua estrutura natildeo conceituando seus componentes

              b) Demonstraccedilatildeo do Resultado

              A Lei n1606089266 enfatiza que a Demonstraccedilatildeo do Resultado deveraacute indicar

              separadamente as origens da atividade ordinaacuteria da sociedade das provenientes de

              operaccedilotildees extraordinaacuterias discriminando as contas positivas e as negativas na medida

              URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)263 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na httpwvwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)264 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)265 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)266 URUGUAY Ley n 16060 Sociedades Comerciales Disponiacutevel na internet httpwwwparlamentogubuyLeyesLeyl6060htm (outubro2000)

              102

              necessaacuteria para permitir formar-se uma opiniatildeo clara sobre o volume e conteuacutedo de cada

              uma das contas

              O Decreto n 10391267 complementa que ldquona demonstraccedilatildeo de resultados de cada

              exerciacutecio econocircmico incluem-se os resultados atribuiacutedos ao mesmo distinguindo os

              ordinaacuterios e os extraordinaacuterios e demais ajustes ao resultado dos exerciacutecios anterioresrdquo

              Conceitua Resultados Ordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atribuiacutedos ao exerciacutecio que

              resultam das operaccedilotildees normais que constituem o objeto da empresardquo268 Resultados

              Extraordinaacuterios como ldquoaqueles resultados atiacutepicos e excepcionais identificados com o

              exerciacutecio econocircmico no qual se registram e cuja importacircncia material justifica sua

              expressa demonstraccedilatildeordquo269

              Aleacutem disso o referido decreto conceitua os Ajustes ao Resultado de Exerciacutecios

              Anteriores como sendo aqueles valores postos em evidecircncia em um exerciacutecio

              econocircmico originados das correccedilotildees de erros ou omissotildees produzidas em exerciacutecios

              anteriores bem como em correccedilotildees que promovam ajustes no balanccedilo inicial resultados

              de cacircmbios na aplicaccedilatildeo de normas efetuadas com o propoacutesito de uniformizar os criteacuterios

              de avaliaccedilatildeo do patrimocircnio no comeccedilo e ao final do exerciacutecio270

              Em conformidade com o Decreto n 103991 a Demonstraccedilatildeo do Resultado tem o

              seguinte conteuacutedo

              Ingressos Operacionais

              ldquoSatildeo aqueles que provem das vendas de bens ou prestaccedilatildeo de serviccedilos realizados

              no exerciacutecio das atividades principais da empresa Deve-se expor em separado aqueles

              nacionais e os provenientes do exteriorrdquo271 Integram ainda este subgrupo da

              Demonstraccedilatildeo de Resultados os Descontos Bonificaccedilotildees Impostos etc que satildeo os

              descontos abatimentos ou reduccedilotildees que se produziram sobre os bens vendidos ou os

              267 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na intenethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro 2000)268 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)269 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)270 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103 1991htm (fevereiro2000)271 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 Disponiacutevel na internethttpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

              103

              serviccedilos prestados e as quantias faturadas a cargo de terceiros (impostos de consumo

              seguros e fretes nas vendas etc)

              Ingressos Operacionais Liacutequidos

              ldquoSatildeo os ingressos operacionais da empresa uma vez deduzidos os descontos

              bonificaccedilotildees impostos etcrdquo272

              Custo dos Bens Vendidos ou dos Serviccedilos Prestados

              ldquoSe incluiraacute todos aqueles atribuiacuteveis a produccedilatildeo de bens a geraccedilatildeo dos serviccedilos

              ou a aquisiccedilatildeo e acondicionamento do bens cuja venda decirc origem aos ingressos

              operacionaisrdquo273

              Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

              ldquoIncluiraacute aqueles realizados em relaccedilatildeo direta com a venda e distribuiccedilatildeo e os de

              administraccedilatildeo geral ocasionados em razatildeo das atividades principais da empresa que natildeo

              estejam originados na compra produccedilatildeo e financiamento dos bens e serviccedilosrdquo274

              Resultados Diversos

              ldquoSatildeo os que se originam em atividades que natildeo constituem os fins principais da

              empresa Deve-se expor separadamente os resultados positivos e negativosrdquo275

              Resultados Financeiros

              ldquoSe incluiratildeo os juros diferenccedilas de cambio e outros conceitos relativos a

              financiamentos da empresardquo276 As rendas e prejuiacutezos financeiros devem ser expostos

              separadamente

              Resultados Extraordinaacuterios

              ldquoAqueles resultados que por sua natureza se reputem atiacutepicos e excepcionais

              deveratildeo ser claramente identificados expondo separadamente os resultados positivos e

              negativosrdquo277

              Imposto de Renda

              272 URUGUAI Decreto n 103991 de 27021991 httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)

              Disponiacutevel na internet

              273 URUGUAI Decreto httpwwwaingubuydocs103274 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103275 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103_276 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103277 URUGUAI Decretorsquo httpwwwaingubuydocs103

              n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

              n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

              n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

              n 103991 de 270219911991htm (fevereiro2000)

              n 103991 de 270219911991htm (fevereiro 2000)

              Disponiacutevel

              Disponiacutevel

              Disponiacutevel

              Disponiacutevel

              Disponiacutevel

              na

              na

              na

              na

              na

              internet

              internet

              internet

              internet

              internet

              104

              ldquoDeveraacute incluir a importacircncia taxada ao resultado no exerciacutecio por tal conceito de

              acordo com o meacutetodo contaacutebil que se tenha aplicadordquo278

              Ressalta-se que somente o Decreto n103991 menciona o conteuacutedo da

              Demonstraccedilatildeo de Resultados as demais legislaccedilotildees apenas apresentam sua estrutura

              O Decreto n103991 para esclarecer determinadas situaccedilotildees apresentadas nas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis sugere a utilizaccedilatildeo de trecircs Anexos O Anexo 1 abrange os

              Bens de Uso Intangiacuteveis Investimentos em Imoacuteveis e Amortizaccedilotildees O Anexo 2

              compreende a Demonstraccedilatildeo de Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio O Anexo 3 apresenta a

              Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos Estes passaram a ser considerados

              Demonstraccedilotildees Contaacutebeis por meio da emissatildeo do Pronunciamento n10279 do CCEU e

              natildeo satildeo mais considerados como anexos

              c) Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              Com relaccedilatildeo ao conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              ou Estado de Origens e Aplicaciones de Fondos a NIC 7280 trata de forma generalizada

              sobre o conteuacutedo das origens e aplicaccedilotildees dos recursos

              - ldquoprodutos da venda de ativos a longo prazo- desembolsos para a compra de ativos a longo prazo- dividendos em dinheiro ou em outros ativos- emissatildeo de diacutevidas a longo prazo- retenccedilatildeo ou pagamento de diacutevidas a longo prazo- emissatildeo de accedilotildees pagaacuteveis em dinheiro ou em outros ativos- retenccedilatildeo ou compra de accedilotildees em dinheiro ou outros ativosrdquo

              Apesar do reconhecimento da DOAR como demonstraccedilatildeo contaacutebil natildeo mais

              como anexos as demais demonstraccedilotildees estaacute ainda natildeo apresenta-se de forma objetiva no

              278 URUGUAI Decreto n103991 de 27021991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs103_1991htm (fevereiro 2000)279 COLEGIO DE CONTADORES Y ECONOMISTAS DEL URUGUAY Normas contables - Pronunciamiento n10 internet httpwwwcceacomuyinfopronprlOhtm280 URUGUAI Decreto n 105991 de 27 de fevereiro de 1991 Disponiacutevel na internet httpwwwaingubuydocs105_991htm (outubro2000) art5deg

              105

              que diz respeito ao seu conteuacutedo Ressalta-se que o mesmo ocorre com a Demonstraccedilatildeo

              da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido no Uruguai

              6 ANAacuteLISE DAS CONGRUENCIAS E DIVERGEcircNCIAS DO CONTEUacuteDO DAS

              DEMONSTRACcedilOtildeES CONTAacuteBEIS DE DIVULGACcedilAtildeO OBRIGATOacuteRIA

              Neste capitulo apresenta-se a anaacutelise das congruecircncias e divergecircncias do

              conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do

              MERCOSUL com ecircnfase na sua harmonizaccedilatildeo

              Para isso satildeo apresentadas primeiramente as congruecircncias encontrada Na

              sequumlecircncia satildeo abordadas as divergecircncias verificadas no conteuacutedo das demonstraccedilotildees

              E por fim satildeo expostas as anaacutelises realizadas sobre cada conteuacutedos das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas a sua harmonizaccedilatildeo nos

              paiacuteses-membros do MERCOSUL

              61 Anaacutelise das congruecircncias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

              divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Esta anaacutelise compreende a verificaccedilatildeo das congruecircncias encontradas nas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria utilizadas nos paiacuteses que compotildeem o

              MERCOSUL Para isto satildeo confrontados os componentes das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              verificando-se sua estrutura e conteuacutedo com vistas agrave uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

              Tendo em vista o exposto no capitulo anterior foram analisadas as seguintes

              demonstraccedilotildees observada sua respectiva denominaccedilatildeo em cada paiacutes

              - Balanccedilo Patrimonial

              - Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

              - Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos

              - Demonstraccedilatildeo dos Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados

              - Demonstraccedilotildees das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

              No que concerne ao Balanccedilo Patrimonial esta demonstraccedilatildeo eacute obrigatoacuteria em

              todos os paiacuteses como peccedila contaacutebil de informaccedilatildeo aos usuaacuterios da contabilidade Nele

              pode-se encontrar os grupos de Ativos Passivos e Patrimocircnio Liacutequido em qualquer dos

              107

              paiacuteses pesquisados Algumas diferenccedilas satildeo encontradas quando da subdivisatildeo destes

              grupos poreacutem seratildeo tratadas em seccedilatildeo especiacutefica neste capiacutetulo

              Particularmente com relaccedilatildeo aos componentes do grupo do Ativo e seus

              respectivos conteuacutedos um dos pontos congruentes diz respeito a classificaccedilatildeo dos

              componentes do Ativo Circulante no Brasil e do Ativo Corrente nos demais paiacuteses

              Consideram-se circulantes ou correntes aqueles bens ou valores cujo prazo de realizaccedilatildeo

              se daacute ateacute 12 meses apoacutes a data de encerramento balanccedilo Este grupo encontra-se ordenado

              na forma decrescente do grau de liquidez ou seja primeiramente satildeo evidenciadas as

              contas que mais rapidamente se transformaratildeo em dinheiro para a empresa Dentre elas

              destacam-se para o estudo

              a) Disponibilidades esta eacute a primeira conta do Ativo Circulante ou Corrente No Brasil

              esta conta representa os recursos de caixa bancos ou qualquer outra disponibilidade

              imediata para a empresa Na Argentina eacute denominada de Caixa e Bancos ou Efetivo e

              conteacutem os valores em caixa e bancos nacionais e estrangeiros No Paraguai a

              denominaccedilatildeo dada pela Resoluccedilatildeo n0592 eacute idecircntica agrave brasileira bem como no

              Uruguai por determinaccedilatildeo do Decreto n 103991 Poreacutem nestes uacuteltimos ainda pode-se

              utilizar a denominaccedilatildeo dada pela NIC 5 do Decreto n 105991 que eacute Efetivos

              registram-se os saldos disponiacuteveis em caixa e bancos nacionais e estrangeiros com

              ressalva para os itens que natildeo estejam disponiacuteveis para uso imediato

              b) Investimentos Temporaacuterios na Argentina no Paraguai e no Uruguai registram-se

              nesta conta as aplicaccedilotildees em investimentos que gerem excedentes financeiros e que

              natildeo se relacionam com a atividade fim da empresa Com esta denominaccedilatildeo esta conta

              eacute encontrada no subgrupo de Ativos Correntes No Paraguai e Uruguai aleacutem do Ativo

              Corrente pode ser encontrada no Ativo Natildeo Corrente com a denominaccedilatildeo de

              Investimentos a Longo Prazo No Brasil esta conta faz parte do subgrupo de

              Disponibilidades podendo ser encontrada tambeacutem no grupo do Ativo Permanente

              com a denominaccedilatildeo Investimentos

              c) Creacuteditos na Argentina incluem-se nesta conta os direitos bens ou serviccedilos que a

              entidade tem a receber contra terceiros Contudo deve-se separar os creacuteditos

              provenientes de vendas que possuem relaccedilatildeo com a atividade-fim da empresa

              daqueles creacuteditos que natildeo tem esta caracteriacutestica No Brasil satildeo registrados nesta

              conta todos os tiacutetulos de creacutedito de curto prazo bem como valores imobiliaacuterios e

              outros direitos No Paraguai e Uruguai utiliza-se denominaccedilatildeo idecircntica agrave Argentina

              108

              principalmente no que tange a separaccedilatildeo entre as origens dos creacuteditos a serem

              registrados Esta conta eacute encontrada no Ativo Circulante e no Ativo Corrente bem

              como no Ativo Realizaacutevel a Longo Prazo e no Ativo Natildeo Corrente

              d) Estoques no Brasil esta representa a existecircncia de bens agrave disposiccedilatildeo para venda

              assim como aqueles em elaboraccedilatildeo as mateacuterias-primas e outros valores relacionados

              agraves atividades-fms da empresa Nos demais paiacuteses esta conta eacute denominada de Bens de

              Cambio ou de Troca tendo conteuacutedo igual ao brasileiro Aleacutem destas congruecircncias

              satildeo encontradas tambeacutem algumas divergecircncias que seratildeo estudas em seccedilatildeo

              especiacutefica

              e) Bens de Uso denominaccedilatildeo utilizada na Argentina no Paraguai e no Uruguai para

              designar os bens tangiacuteveis utilizados na atividade principal da sociedade No Brasil os

              bens tangiacuteveis satildeo registrados na conta de Imobilizado onde tambeacutem satildeo registrados

              os bens intangiacuteveis da empresa Todos os paiacuteses reservam uma conta retifiacutecadora de

              Depreciaccedilatildeo ou Amortizaccedilatildeo Acumulada para componentes desta conta

              f) Outros Ativos referem-se a bens ou direitos que natildeo podem ser registrados nas demais

              contas do Ativo conforme as normas argentinas paraguaias e uruguaias No Brasil

              representam aqueles ativos que natildeo estatildeo diretamente relacionados a atividade-fins da

              empresa ou satildeo de pequeno valor monetaacuterio

              Os pontos congruentes a serem analisados na sequumlecircncia tratam dos componentes

              do Passivo dentro do Balanccedilo Patrimonial O Passivo eacute o grupo que registra as

              obrigaccedilotildees da sociedade Pode-se classificaacute-lo em Passivo Circulante ou Corrente e

              Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou Natildeo Corrente dependendo do prazo de exigibilidade

              de seus valores ou seja quando uma obrigaccedilatildeo tem seu vencimento ateacute 12 meses apoacutes o

              encerramento do exerciacutecio esta pode ser considerada um Passivo Circulante ou Corrente

              caso ultrapasse este prazo deve ser classificada como Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo ou

              Natildeo Corrente

              Na Argentina Paraguai e Uruguai apresenta-se uma subdivisatildeo do grupo do

              Passivo Corrente em Diacutevidas e Provisotildees O Passivo Natildeo Corrente nestes paiacuteses

              apresenta-se com a mesma subdivisatildeo

              No Patrimocircnio Liacutequido integrante do Passivo encontram-se registradas em

              geral as contas de Capital Reservas e Lucros Acumulados em quase todos os paiacuteses

              analisados Entretanto satildeo observadas algumas divergecircncias que seratildeo abordadas em

              seccedilatildeo especiacutefica neste trabalho

              109

              No Brasil e Uruguai os grupos integrantes do Patrimocircnio Liacutequido ou Patrimocircnio

              respectivamente encontram alguma congruecircncias

              a) Capital no Brasil satildeo registrados os aportes dos proprietaacuterios e o montante

              subscrito deduzida a parcela natildeo realizada No Uruguai refere-se ao valor

              legal do capital emitido pela empresa de acordo com sua forma juriacutedica

              devendo sempre apresentar as deduccedilotildees dos saldos dos acionistas das parcelas

              pendentes de integralizaccedilatildeo

              b) Reservas no Brasil constituem-se das Reservas de Capital Reservas de

              Lucros e Reservas de Reavaliaccedilotildees No Uruguai o grupo Reversas constitui-

              se das rendas retidas por determinaccedilatildeo legal ou contratual

              c) Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados o conteuacutedos deste grupo tanto no Brasil

              quanto no Uruguai correspondem aos lucros sem destinaccedilatildeo especiacutefica e aos

              prejuiacutezos ainda natildeo compensados poreacutem o Uruguai salienta a necessidade de

              demonstrar em separado os resultados do periacuteodo considerado

              Em se tratando das congruecircncias encontradas no conteuacutedo da Demonstraccedilatildeo do

              Resultado exigida nos paiacuteses-membros do MERCOSUL observa-se que nos quatro

              paiacuteses classificam-se os componentes em ordinaacuterios e extraordinaacuterios Os principais itens

              convergentes da Demonstraccedilatildeo de Resultado de maneira geral satildeo

              a) Receitas os quatro paiacuteses classificam este item como o primeiro a compor a

              Demonstraccedilatildeo de Resultado contudo observam-se algumas divergecircncias na composiccedilatildeo

              deste as quais seratildeo analisadas em seccedilatildeo especiacutefica

              b) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviccedilos Prestados denominaccedilatildeo

              encontrada no Brasil para representar os gastos na aquisiccedilatildeo ou produccedilatildeo de

              bens e serviccedilos Na Argentina aparece com a denominaccedilatildeo de Custos dos Bens

              Vendidos e Serviccedilos Prestados tambeacutem utilizada no Uruguai No Paraguai sua

              denominaccedilatildeo eacute Custo de Vendas

              c) Lucro Bruto item encontrado na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio no

              Brasil Argentina e Paraguai seu conteuacutedo refere-se agraves vendas liacutequidas menos

              os custos dos bensprodutos vendidos e serviccedilos prestados Poreacutem eacute

              denominado de Resultado Bruto nestes dois uacuteltimos paiacuteses

              d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

              Financeiras e Receitas Financeiras item constante na Demonstraccedilatildeo do

              110

              Resultado do Exerciacutecio no caso brasileiro salvo algumas divergencias consta

              tambeacutem na Demonstraccedilatildeo de Resultado dos demais paiacuteses pesquisados

              e) Resultado de Investimentos em Sociedades Relacionadas grupo encontrado

              nas demonstraccedilotildees da Argentina e do Paraguai Registram as rendas e prejuiacutezos

              gerados por investimentos em participaccedilotildees em outras sociedades No Brasil

              os resultados destes investimentos satildeo registrados no grupo da Demonstraccedilatildeo

              do Resultado do Exerciacutecio intitulado Outras Receitas e Despesas Operacionais

              O Uruguai natildeo menciona especificamente onde satildeo registradas tais despesas e

              receitas

              f) Despesas e Receitas natildeo Operacionais no Brasil satildeo registrados nesta conta os

              valores recebidos ou gastos que natildeo fazem parte das atividades-fins da

              empresa No Paraguai e na Argentina este grupo denomina-se Outras Entradas

              e Saiacutedas e compreendem o mesmo conteuacutedo No Uruguai sua denominaccedilatildeo eacute

              Resultados Diversos

              g) Imposto de Renda em todos os paiacuteses estudados requer-se a inclusatildeo da

              parcela destinada ao Imposto de Renda na demonstraccedilatildeo calculada conforme

              normas e meacutetodos contaacutebeis especiacuteficos natildeo expostos neste trabalho

              Com relaccedilatildeo a Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos requerida nos

              paiacuteses-membros do MERCOSUL em linhas gerais todos os paiacuteses expressam as

              variaccedilotildees ocorridas no capital circulante liacutequido bem como satildeo evidenciadas as origens

              e as destinaccedilotildees destes recursos

              Contudo em relaccedilatildeo a sua estrutura e conteuacutedo satildeo observadas inuacutemeras

              divergecircncias Desta forma optou-se por comentar sua anaacutelise para melhor compreensatildeo

              na seccedilatildeo de viabilidade da harmonizaccedilatildeo

              A Demonstraccedilatildeo dos Lucros e Prejuiacutezos Acumulados e a Demonstraccedilatildeo das

              Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido seratildeo abordadas na seccedilatildeo de divergecircncias do conteuacutedo

              das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              I l l

              62 Anaacutelise das divergencias do conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

              divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              Apesar das inuacutemeras congruecircncias encontradas nas demonstraccedilotildees contaacutebeis de

              divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL cabe tambeacutem para fins

              deste estudo apresentar-se as divergecircncias encontradas degrave modo que possam ser

              realizadas inferecircncias sobre uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo

              Nesta seccedilatildeo satildeo analisadas as principais divergecircncias observadas nas

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria requeridas nos quatro paiacuteses

              pesquisados

              No Balanccedilo Patrimonial exigido em todos os paiacuteses-membros do MERCOSUL

              podem ser encontradas algumas divergecircncias Uma delas refere-se a divisatildeo dos grupos

              do Ativo No Brasil o Ativo divide-se em Ativo Circulante Ativo Realizaacutevel a Longo

              Prazo e Ativo Permanente entretanto esta uacuteltima classificaccedilatildeo natildeo eacute encontrada nos

              demais paiacuteses-membros As contas classificadas como Ativo Permanente no Brasil

              integram o subgrupo de Ativos Natildeo Correntes nas demonstraccedilotildees argentinas paraguaias

              e uruguaias Satildeo encontrados no Ativo ainda as seguintes divergecircncias

              a) Despesas Antecipadas conta existente apenas nas demonstraccedilotildees brasileiras que

              representa os pagamentos antecipados dos beneficios que seratildeo recebidos

              durante o exerciacutecio seguinte

              b) Estoques No Uruguai e na Argentina os pagamentos realizados

              antecipadamente referentes a aquisiccedilotildees para estoque satildeo registrados na conta

              de Bens de Cambio ou Troca Respaldados pela NIC 5 o Paraguai e o Uruguai

              podem tambeacutem registrar os gastos antecipados na conta Creacuteditos ou Contas a

              Receber

              c) Bens de Uso a conta representante deste item no Brasil denomina-se

              Imobilizado Entretanto neste podem ser registrados os bens e direitos tangiacuteveis

              e intangiacuteveis da sociedade Nos demais paiacuteses pesquisados esta conta registra

              apenas os valores referentes a itens tangiacuteveis ou seja bens fiacutesicos Para os

              valores intangiacuteveis a Argentina o Paraguai e o Uruguai reservam conta

              especiacutefica no Ativo denominada Ativos Intangiacuteveis Na Argentina os

              pagamentos antecipados para aquisiccedilatildeo de Bens de Uso satildeo registrados nesta

              conta

              112

              d) Ativos Intangiacuteveis denominaccedilatildeo natildeo encontrada no Balanccedilo Patrimonial

              brasileiro alguns de seus componentes satildeo registrados nas contas de Ativo

              Imobilizado ou na conta do Ativo Diferido pois correspondem a franquias

              direitos de marcas goodwill ou outros bens intangiacuteveis que representem

              possibilidade de renda futura

              e) Ativo Diferido denominaccedilatildeo natildeo encontrada nas demonstraccedilotildees argentinas

              paraguaias e uruguaias correspondem agraves aplicaccedilotildees de recursos que contribuiratildeo

              para a formaccedilatildeo do resultado de mais de um exerciacutecio social desta forma satildeo

              evidenciadas na conta de Ativos Intangiacuteveis daqueles paiacuteses

              Por sua vez no Passivo encontra-se uma divergecircncia no que se refere agrave divisatildeo

              deste grupo Pois no Brasil aleacutem dos subgrupos Passivo Circulante e Passivo Exigiacutevel a

              Longo Prazo a Lei n640476 determina a existecircncia do grupo de Resultados de

              Exerciacutecio Futuros Na Argentina a Lei n 1955072 cita como componente do Passivo a

              conta de Rendas Recebidas por Adiantamento e as rendas cuja realizaccedilatildeo corresponda a

              exerciacutecio futuros Contudo esta conta natildeo eacute evidenciada nas demonstraccedilatildeo dos paiacuteses

              pesquisados

              No Patrimocircnio Liacutequido encontram-se inuacutemeras divergecircncias nos paiacuteses estudados

              Talvez a principal delas refere-se a sua exposiccedilatildeo pois na Argentina deve ser feita por

              meio da Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido referindo-se agrave esta em uma

              linha do Balanccedilo Patrimonial

              No Paraguai natildeo satildeo feitas inferecircncias pela legislaccedilatildeo sobre o conteuacutedo dos

              grupos do Patrimocircnio Liacutequido Estes apenas satildeo evidenciados para sua apresentaccedilatildeo

              No Uruguai o Patrimocircnio Liacutequido mesmo com vaacuterios pontos congruentes ao

              apresentado no Brasil menciona ainda os grupos de Aportes e Compromissos a

              Capitalizar e o Ajustes ao Patrimocircnio

              As principais as divergecircncias encontradas na Demonstraccedilatildeo do Resultado do

              Exerciacutecio exigidas nos paiacuteses pesquisados satildeo as seguintes

              a) Receitas no Uruguai este item denomina-se de Ingressos Operacionais e refere-

              se agraves receitas geradas pela atividade-fim da empresa bem como fazem parte

              deste os descontos bonificaccedilotildees e abatimentos concedidos na produccedilatildeo das

              vendas Deve-se discriminar as receitas nacionais das estrangeiras Na

              Argentina o item receita denomina-se Vendas Liacutequidas de Bens e Serviccedilos

              observa-se desta forma uma grande divergecircncia entre estes dois paiacuteses No

              113

              Brasil o iacutetem receita deve ser entendido como a receita decorrente da exploraccedilatildeo

              da atividade-fim da empresa De forma que os descontos abatimentos e

              impostos devam ser mencionados em item especiacutefico da demonstraccedilatildeo No

              Paraguai assim como na Argentina as receitas satildeo registradas pelo seu valor

              liacutequido na demonstraccedilatildeo

              b) Ingresso Operacional Liacutequido no Uruguai apoacutes a apresentaccedilatildeo dos ingressos

              operacionais e das deduccedilotildees de descontos e bonificaccedilotildees devem ser apresentados

              os Ingressos Operacionais Liacutequidos Este item tambeacutem eacute exigido no Brasil para

              publicaccedilatildeo pela lei n640476 com a denominaccedilatildeo de Receita Liacutequida de

              Vendas Na Argentina e no Paraguai este item natildeo eacute mencionado

              c) Realizaccedilatildeo de diferentes atividades apresentado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

              da Argentina refere-se agraves rendas e custos provenientes de atividades diversas

              Devem ser apresentados por ramo de atividade

              d) Despesas de Vendas Administrativas outras Despesas Operacionais

              Financeiras e Receitas Financeiras no Brasil denomina-se o conjunto destas de

              Despesas Operacionais poreacutem apresenta-se as mesmas de forma discriminada

              na Demonstraccedilatildeo do Resultado Na Argentina e Paraguai equivale dizer que

              compotildeem este item as contas de Gastos de Comercializaccedilatildeo e Gastos de

              Administraccedilatildeo Os gastos referente as despesas financeiras e suas receitas satildeo

              apresentados em item separado denominado Resultados Financeiros na

              Demonstraccedilatildeo do Resultado No Uruguai os Gastos de Administraccedilatildeo e Vendas

              satildeo expostos em conjunto poreacutem os gastos financeiros e suas receitas satildeo

              apresentados em conta a parte na Demonstraccedilatildeo de Resultado intitulada

              Resultados Financeiros

              e) Lucro ou Prejuiacutezo Operacional item requerido apenas na Demonstraccedilatildeo do

              Resultado do Exerciacutecio no Brasil expotildee a diferenccedila entre Lucro Bruto e as

              Despesas Operacionais

              f) Resultados Financeiros grupo designado na Demonstraccedilatildeo de Resultado

              argentina paraguaia e uruguaia para registrar as despesas e receitas financeiras

              Na Demonstraccedilatildeo de Resultado brasileira eacute parte integrante das Despesas

              Operacionais

              g) Resultados Extraordinaacuterios referem-se aos resultados atiacutepicos e excepcionais

              alcanccedilados durante o exerciacutecio pela sociedade este grupo estaacute presente nas

              114

              demonstraccedilotildees argentinas paraguaias e uruguaias Com relaccedilatildeo ao Brasil estes

              resultados satildeo expressos no grupo de Receitas e Despesa Natildeo Operacionais

              h) Resultado antes do Imposto de Renda e das Provisotildees no Brasil a Lei

              n640476 prevecirc que antes que sejam apurados os impostos e participaccedilotildees faz-

              se necessaacuterio a apresentaccedilatildeo na Demonstraccedilatildeo do Resultado do Lucro antes do

              Imposto de Renda e das Provisotildees Nos demais paiacuteses estudados natildeo satildeo feitas

              inferecircncias sobre este tiacutetulo

              i) Participaccedilotildees Minoritaacuterias no Brasil e na Argentina satildeo requeridas para a

              apresentaccedilatildeo as participaccedilotildees de debecircntures empregados administradores e

              partes beneficiaacuterias bem como a participaccedilatildeo sobre os resultados dos acionistas

              minoritaacuterios respectivamente

              j) No Brasil ao final da Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio a Lei

              n640476 aleacutem da apresentaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos do exerciacutecio faz saber

              a divulgaccedilatildeo do montante correspondente a este resultado por accedilatildeo do capital

              social

              k) No Uruguai e na Argentina acrescenta-se ao final da Demonstraccedilatildeo do

              Resultado quando houverem correccedilotildees os ajustes de resultado de exerciacutecios

              anteriores No Brasil este valor se existir eacute registrado no Patrimocircnio Liacutequido

              A Demonstraccedilatildeo do Lucros ou Prejuiacutezos Acumulados eacute exigida somente pela281legislaccedilatildeo brasileira A Lei n640476 enfatiza que esta demonstraccedilatildeo poderaacute ser

              incluiacuteda na Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido caso a empresa venha a

              elaboraacute-la por exigecircncia da Instruccedilatildeo n5986 da CNV

              A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido como eacute conhecida no

              Brasil apresenta a composiccedilatildeo e variaccedilotildees ocorridas no periacuteodo do mesmo Reconhecida

              nos demais paiacuteses como Demonstraccedilatildeo da Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido eacute pouco

              evidenciada no Paraguai onde natildeo satildeo apresentados seus componentes e nem sua

              estrutura Desta forma natildeo podem ser feitas muitas comparaccedilotildees a respeito de suas

              congruecircncias eou divergecircncias

              Na Argentina entende-se que a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio

              Liacutequido seja melhor disseminada entre os profissionais da aacuterea contaacutebil uma vez que o

              2X1 BRASIL Lei n6404 de 15121976 Manual de Legislaccedilatildeo Atlas Satildeo Paulo Atlas 1995 p67

              115

              Balanccedilo Patrimonial ou Estado de Situacioacuten Patrimonial refere-se a esta quando da

              apresentaccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido da sociedade

              63 Anaacutelise da viabilidade de harmonizaccedilatildeo do conteuacutedo das demonstraccedilotildees

              contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

              O MERCOSUL apesar de ser um bloco econocircmico de formaccedilatildeo recente jaacute vem

              se preocupando a algum tempo com a diversidade de normas contaacutebeis adotadas em cada

              paiacutes-membro A exemplo disto foi criado no Uruguai a Comissatildeo Permanente de

              Normas Contaacutebeis Adequadas

              Surgiram ainda outras iniciativas poreacutem de atuaccedilatildeo conjunta nos quatro paiacuteses-

              membros como o Grupo do Mercado Comum (GMC) coordenado pelos Ministeacuterios de

              Relaccedilotildees Exteriores e o Grupo de Integraccedilatildeo de Contabilidade do MERCOSUL

              coordenado pelos oacutergatildeos representativos dos profissionais da contabilidade nos quatro

              paiacuteses

              Mesmo com alguns avanccedilos na mateacuteria contaacutebil em decorrecircncia da criaccedilatildeo destes

              oacutergatildeos de pesquisa ainda haacute muito a fazer para que o MERCOSUL conte com uma

              contabilidade uacutenica ou pelo menos harmonizada

              Haja vista o exposto no presente trabalho observa-se uma diversidade de normas

              profissionais e contaacutebeis que merecem atenccedilatildeo e necessitam ser estudadas mais

              profundamente

              A demanda por uma contabilidade que possa ser compreendida mundialmente ou

              pelo menos regionalmente dentro do bloco econocircmico de atuaccedilatildeo da empresa requer por

              parte dos contabilistas um conhecimento adequado dos procedimentos aceitos nos

              diversos paiacuteses Aleacutem disso que este divulgue apropriadamente e de forma intelegiacutevel as

              demonstraccedilotildees contaacutebeis exigidas para que os usuaacuterios destas compreendam seu

              conteuacutedo

              Desta forma faz-se uma exposiccedilatildeo por meio de quadros-resumos das praacuteticas

              contaacutebeis adotadas em cada paiacutes para a divulgaccedilatildeo das demonstraccedilotildees contaacutebeis

              exigidas Aleacutem de um comentaacuterio com vistas a harmonizaccedilatildeo das seguintes

              demonstraccedilotildees Balanccedilo Patrimonial Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio

              116

              Demonstraccedilatildeo das Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos e Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

              Patrimocircnio Liacutequido

              A seguir expotildeem-se as formas de apresentaccedilatildeo do Balanccedilo Patrimonial em cada

              paiacutes-membro do MERCOSUL

              Q u a d r o 1 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d o B a l a n ccedil o P a t r i m o n i a l B a l a n ccedil o G e r a l o u E st a d o d e Sit u a c ioacute n Pa t r im o n ia l

              ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

              BRASIL CFC NBC T 3

              PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

              URUGUAI Decreto 103991

              ATIVO ATIVO ATIVO ATIVOATIVOS CORRENTES ATIVO CIRCULANTE ATIVOS CORRENTES ATIVO CORRENTECaixa e Bancos Disponiacutevel Disponibilidades DisponibilidadesInvestimentos Creacuteditos Investimentos Temporaacuterios Investimentos TemporaacuteriosCreacuteditos Estoques Creacuteditos por Venda CreacuteditosBens de Troca Despesas Antecipadas Outros Creacuteditos Bens dc TrocaOutros Ativos Outros Valores e Rens Bens de Troca

              ATIVO NAtildeO CORRENTESATIVOS NAtildeO CORRENTES ATIVO REALIZAacuteVEL A ATIVO NAtildeO CORRENTES Creacuteditos a longo prazoCreacuteditos LONGO PRAZO Creacuteditos por vai da Bens de Troca natildeo correntesInvestimentos Creacuteditos Outros Creacuteditos Investimentos a longo prazoBens de Uso Estoques Bens de Troca Bens de UsoAtivos Intangiacuteveis Despesas Antecipadas Bens de Uso IntangiacuteveisOutros Ativos Outros Valores e Bens

              ATIVO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

              Investimentos Ativos Intangiacuteveis Outros Ativos

              PASSIVO PASSIVO PASSIVO PASSIVOPASSIVOS CORRENTES PASSIVO CIRCULANTE PASSIVOS CORRENTES PASSIVO CORRENTEDiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas DiacutevidasProvisotildees

              EXIGIacuteVEL A LONGOProvisotildees Previsotildees

              PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PRAZO PASSIVOS NAtildeO CORRENTES PASSIVOS NAtildeODiacutevidas Obrigaccedilotildees Diacutevidas CORRENTESProvisotildees Provisotildees Diacutevidas

              RESULTADOS DE EXERCIacuteCIOS FUTUROS (lei 640476)

              Previsotildees natildeo correntes

              PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIO LIacuteQUIDO PATRIMOcircNIOAPORTES DOS ACIONISTAS CAPITAL APORTES DOS ACIONISTAS CAPITALRESULTADOS RESERVAS Capital APORTES EACUMULAgraveDOS Reservas de Capital Aportes Irrevogaacuteveis COMPROMISSOS A

              Reservas de Lucros RESERVAS CAPITAL CAPITALIZARReservas de Reavaliaccedilotildees Primeira Emissatildeo AJUSTES AOLUCROS OU PREJUIacuteZOS Reservas de Reavaliaccedilatildeo PATRIMOcircNIO

              ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

              Lucros Reservados Resultados sem Destinaccedilatildeo

              RESERVASRESULTADOS

              ACUMULADOS

              Infere-se do exposto que dentre as demonstraccedilotildees analisadas aquela que mais

              facilmente se obteria um denominador comum entre os paiacuteses-membros do MERCOSUL

              e onde jaacute se verifica esta tendecircncia considerando-se os diversos estudos sobre esta

              demonstraccedilatildeo seria o Balanccedilo Patrimonial Embora sejam observadas algumas

              divergecircncias de estrutura ou conteuacutedo nos quatro paiacuteses pesquisados sua essecircncia na

              117

              apresentaccedilatildeo dos ativos passivos e patrimocircnio da empresa permanece a mesma para

              todos

              Com vistas a uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo natildeo se poderia

              destacar dentre os quatro paiacuteses uma que fosse mais completa para ser adotada por todos

              os demais do grupo Pois conforme sua definiccedilatildeo harmonizaccedilatildeo natildeo se refere a ausecircncia

              total de divergecircncias e sim agrave uma convivecircncia equilibrada entre as partes divergentes do

              todo

              Quiccedila a melhor opccedilatildeo fosse uma demonstraccedilatildeo capaz de abranger os pontos

              positivos e congruentes de cada uma das apresentadas no Quadro 1 originando-se desta

              forma um Balanccedilo Patrimonial capaz de expressarabranger as peculiaridades

              encontradas em cada paiacutes-membro do MERCOSUL

              Contudo ressalte-se que estudos mais aprofundados devem ser realizados nos

              subgrupos Ativos Permanentes e Resultados de Exerciacutecios Futuros no grupo do Ativo e

              Passivo respectivamente constantes nas demonstraccedilotildees brasileiras Haja vista que nos

              demais paiacuteses estudados natildeo haacute menccedilatildeo especiacutefica sobre a existecircncia de tais no Balanccedilo

              Patrimonial

              Apresenta-se na sequecircncia o quadro-resumo da forma de exposiccedilatildeo da

              Demonstraccedilatildeo do Resultado do Exerciacutecio nos paiacuteses estudados

              Q u a d r o 2 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d o R e s u l t a d o o u E st a d o d e R e s u l t a d o ________________ARGENTINA

              FACPCE RT ns 8 e 9BRASIL

              LEI 640476PARAGUAI

              Resoluccedilatildeo n592URUGUAI

              Decreto n103991RESULTADOS

              ORDINAacuteRIOS Vendas Liacutequidas de Bens e

              Serviccedilos Custo dos Bens Vendidos e

              Serviccedilos Prestados Resultado Bruto sobre as

              VendasRealizaccedilatildeo de diferentes

              atividades Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

              em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Renda Participaccedilatildeo Minoritaacuteria RESULTADOS

              EXTRAORDINAacuteRIOS

              Receita Bruta das Vendas de Bens e Serviccedilos

              Deduccedilotildees de abatimentos e impostos

              Receita Liacutequida das Vendas e Serviccedilos

              Custo das Mercadorias e Serviccedilos Vendidas

              Lucro Bruto Despesas Operacionais

              Despesas dc Vendas Despesas Administrativas Outras Desp Operacionais Despesas Financeiras deduzidas as Receitas

              Lucro ou Prejuiacutezo Operacional Receitas e Despesas Natildeo

              Operacionais Resultado do Exerciacutecio antes

              do Imposto de Renda Provisatildeo Imposto de Roida ParticipaccedilotildeesLucro ou Prejuiacutezo do

              Exerciacutecio

              Vendas Liacutequidas Custos das Vendas Resultado Bruto Gastos de Comercializaccedilatildeo Gastos de Administraccedilatildeo Resultado de Investimentos

              em Sociedades Relacionadas Outras Entradas e Saiacutedas Resultados Financeiros Imposto de Roida Resultados Ordinaacuterios Resultados Extraordinaacuterios Lucro ou Prejuiacutezo do

              Exerciacutecio

              Ingressos Operacionais I ocais Exterior

              Deduccedilotildees de Descontos Bonificaccedilotildees e Impostos

              Ingresso Operacional Liacutequido Custo dos Bens Vendidos ou

              dos Serviccedilos Prestados Resultado Bruto Gastos de Administraccedilatildeo e

              Vaacuteidas Resultados Diversos Resultado Financeiros Resultados Extraordinaacuterios Ajustes do Resultado de

              Exerciacutecios Anteriores Imposto de Renda Resultado Liacutequido

              118

              A Demonstraccedilatildeo do Resultado de exigecircncia nos paiacuteses pesquisados refere-se agrave

              evidenciaccedilatildeo dos lucros ou prejuiacutezos alcanccedilados pela empresa no periacuteodo do exerciacutecio

              social passado

              Nesta demonstraccedilatildeo satildeo requeridos estudos mais aprofundados com relaccedilatildeo ao

              conteuacutedo e estrutura dos componentes apresentados para fins de harmonizaccedilatildeo Dentre

              os pontos que merecem atenccedilatildeo especial para uma possiacutevel harmonizaccedilatildeo destaca-se

              primeiramente que Brasil e Uruguai optaram pela apresentaccedilatildeo das receitas em valores

              absolutos ou seja deduzindo-se em conta a parte os descontos abatimentos e impostos

              incidentes sobre estas

              Jaacute o Paraguai e a Argentina expotildeem as receitas provenientes das atividades-fins

              da empresa pelo seu valor liacutequido ou seja natildeo satildeo evidenciados na Demonstraccedilatildeo de

              Resultados os valores concedidos como desconto ou abatimentos ou os impostos devidos

              das vendas

              Ressalta-se como fator de empecilho ao alcance factiacutevel da harmonizaccedilatildeo desta

              demonstraccedilatildeo o fato das Despesas Operacionais no Brasil agruparem o item de

              Despesas e Receitas Financeiras Fato este que natildeo ocorre nos demais paiacuteses

              pesquisados

              Denota-se ainda que a classificaccedilatildeo encontrada na Demonstraccedilatildeo do Resultado

              na Argentina Paraguai e Uruguai sob o titulo de Resultados Ordinaacuterios e

              Extraordinaacuterios natildeo constitui obstaacuteculo agrave harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entre os

              paiacuteses-membros do MERCOSUL

              A seguir apresenta-se a forma de exposiccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo de Origens e

              Aplicaccedilotildees de Recursos evidenciada nos quadro paiacuteses-membros do MERCOSUL

              conforme normatizaccedilotildees verificadas

              119

              Q u a d r o 3 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s O r ig e n s e A p l ic a ccedil otilde e s d e R e c u r s o s o u E s t a d o d e Or ig e n y A p l ic a c ioacute n d e F o n d o s

              ARGENTINA FACPCE RT ns 8 e 9

              BRASIL Lei n640476

              PARAGUAI Resoluccedilatildeo n592

              URUGUAI Resoluccedilatildeo 103991

              v a r ia ccedil a o d o s r e c u r s o s

              Recursos no inicio do exerciacutecio

              Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos

              Recursos ao final do exerciacutecio

              CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

              Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees

              Outras causas de origens de recursos

              Aportes dos proprietaacuterios Novas dividas a curto prazo Recebimento de saldos iniciais

              de Contas a Receber

              Outras causas de aplicaccedilatildeo de recursos

              Retiradas dos proprietaacuterios Compras de Bens de Uso Compras de Investimentos

              Permanentes Pagamento de saldos iniciais

              de Diacutevidas

              AUMENTO DIMINUICcedilAtildeO DE RECURSOS

              ORIGEM DOS RECURSOS Lucro do Exerciacutecio acrescido deDepreciaccedilatildeo Amortizaccedilatildeo e Exaustatildeo e dos ajustes na variaccedilatildeo dos resultados de exerciacutecios futuros Realizaccedilotildees do Capital Social e contribuiccedilotildees para reservas de capitalRecursos de Terceiros

              APLICACcedilOtildeES DE RECURSOS Dividendos Distribuiacutedos Aquisiccedilotildees de direitos do ativo ImobilizadoAumentos do Ativos Realizaacutevel a Longo Prazo Investimentos ou Diferido Reduccedilatildeo do Passivo Exigiacutevel a Longo Prazo

              AUMENTO OU REDUCcedilAtildeO NO CAPITAL CIRCULANTE LIacuteQUIDO

              VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

              Recursos no inicio do exerciacutecio

              Variaccedilatildeo nos recursos do periacuteodo

              Recursos ao final do exerciacutecio

              CAUSAS DA VARIACcedilAtildeO DOS RECURSOS

              Recursos originados ou aplicados nas operaccedilotildees - separando as ordinaacuterias das extraordinaacuterias

              Outras causas de origem de recursos por tipo

              Outras causas de aplicaccedilotildees dos recursos por tipo

              Aumento ou diminuiccedilatildeo dos recursos por periacuteodo

              ORIGEM DOS RECURSOS Resultado do Exerciacutecio Mais contas que natildeo

              representam saiacuteda de recursos

              Amortizaccedilotildees Criaccedilatildeo de Provisotildees Menos conta que natildeo

              representam entradas de recursos

              Rendas de Provisotildees Outros AjustesMaisMenos PrejuiacutezosLucros

              pela venda de Bens de Uso Recursos provenientes de

              Operaccedilotildees Ingressos pela venda de Bens

              de UsoAumento de Passivos

              Correntes Aumento de Passivos Natildeo

              Correntes Aportes de Capital Diminuiccedilatildeo de Ativos

              Correntes Diminuiccedilatildeo de Ativos Natildeo

              Correntes Outros

              APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS

              Dividendos em dinheiro Aumentos de Ativos Correntes Aumento de Bens de Uso Diminuiccedilatildeo de Passivos

              Correntes Diminuiccedilatildeo de Passivos Natildeo

              Correntes Outros TOTAL

              Adaptado de SUBCOMISION DE CONTABILIDAD DE LAS INSTITUCIONES PROFESIONALES DEL MERCOSUL Armonizacioacuten de normas contables de los paiacuteses del MERCOSUL Montevideo CCEU 1995 p46

              A Demonstraccedilatildeo de Origens e Aplicaccedilotildees de Recursos exigida em todos os

              paiacuteses-membros do MERCOSUL compreende a expressatildeo das fontes dos recursos e suas

              destinaccedilotildees apresenta em sua estrutura e seu conteuacutedo diversas formas para evidenciaccedilatildeo

              destes O Paraguai e a Argentina adotam formas semelhantes de divulgaccedilatildeo

              Contudo o Brasil e o Uruguai apontam peculiaridades distintas para sua

              apresentaccedilatildeo e composiccedilatildeo Como por exemplo no Brasil a legislaccedilatildeo requer a

              exposiccedilatildeo do Capital Circulante Liacutequido na DOAR e tambeacutem de forma separada no

              final desta

              Em seguida apresenta-se a Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido

              exigida nos paiacuteses pesquisados

              120

              Q u a d r o 4 - A p r e s e n t a ccedil atilde o d a D e m o n s t r a ccedil atilde o d a s M u t a ccedil otilde e s d o P a t r i m ocirc n i o L iacuteq u id o o u E st a d o d e E v o l u c ioacute n d e l Pa t r im o n io L iq u id o _______________________________ARGENTINA

              FACPCE RT n 8 e 9BRASIL

              CFC NBC T n3PARAGUAI URUGUAI

              Decreto n103991SALDO INICIAL

              VARIACcedilOtildeES d o p e r iacuteo d o

              SALDO FINAL DO PERIacuteODO

              Para as seguintes contas

              APORTES DOS PROPRIETAacuteRIOS

              Aporte de Capital Primeira Emissatildeo

              RESULTADOS ACUMULADOS

              Raidas Reservadas Resultados Natildeo Alocados Reavaliaccedilotildees Teacutecnicas

              Para cada conta componente do Patrimocircnio Liacutequido

              SALDO NO INICIO DO PERIacuteODOAjustes de exerciacutecios anterioresReversotildees e transferecircncias de Reservas de Lucros Aumentos de Capital por sua naturezaReduccedilatildeo de Capital Destinaccedilotildees do Lucro Liacutequido do PeriacuteodoReavaliaccedilotildees de ativos e sua realizaccedilatildeoResultado Liacutequido do Periacuteodo Compensaccedilotildees de Prejuiacutezos Lucros Distribuiacutedos SALDO FINAL DO PERIacuteODO

              Natildeo apresenta nenhuma sugestatildeo de Demonstraccedilatildeo das Evoluccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido apesar de exigir sua apresentaccedilatildeo

              SALDOS INICIAIS Aportes de Proprietaacuterio Lucros Retidos Reexpressotildees contaacutebeis SUBTOTAL

              MODIFICACcedilOtildeES AO SALDO INICIAL

              SALDOS INICIAIS MODIFICADOS

              AUMENTO DO APORTE DOS PROPRIETAacuteRIOS

              Accedilotildees Subscritas Compromissos de Subscriccedilatildeo Devedores para Subscriccedilatildeo Capitalizaccedilotildees Primeiras Emissotildees DISTRIBUICcedilAtildeO DE

              LUCROS Dividendos AccedilotildeesAportes de Capital em

              Transito Dinheiro Reserva Legal Outras Reservas Outros Conceitos

              DISTRIBUICcedilAtildeO DE LUCROS ANTECIPADOS

              REEXPRESSOtildeES CONTAacuteBEIS

              RESULTADO DO EXERCIacuteCIO

              SUBTOTAL

              SALDOS FINAIS Aportes de Proprietaacuterios Lucros Retidos Reexpressotildees Contaacutebeis

              TOTAL

              A Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do Patrimocircnio Liacutequido cumpre sua tarefa na

              medida em que apresenta com detalhes as alteraccedilotildees ocorridas no Patrimocircnio Liacutequido da

              sociedade

              Considerando-se o exposto percebe-se que esta demonstraccedilatildeo ainda eacute pouco

              explorada em todos os paiacuteses estudados Tal eacute corroborado quando se verifica por

              exemplo que no Paraguai apesar da exigecircncia da apresentaccedilatildeo da Demonstraccedilatildeo da

              Evoluccedilatildeo do Patrimocircnio Liacutequido natildeo satildeo evidenciados nos textos normativos seu

              conteuacutedo e estrutura

              Mesmos nos paiacuteses que evidenciam sua estrutura e forma de apresentaccedilatildeo como

              Argentina Brasil e Uruguai ainda assim pairam duacutevidas a respeito de seu conteuacutedo

              121

              Para que haja uma harmonizaccedilatildeo desta demonstraccedilatildeo entende-se conveniente

              primeiramente o esclarecimento de seus componentes e conteuacutedos em cada paiacutes de

              modo a verificar com profundidade suas relaccedilotildees

              7 CONCLUSOES E RECOMENDACcedilOES

              Este capitulo divide-se em duas seccedilotildees Na primeira satildeo expostas as conclusotildees

              constatadas com o presente trabalho Na segunda seccedilatildeo abordam-se as recomendaccedilotildees

              para a realizaccedilatildeo de novos estudos

              71 Conclusotildees

              A abertura de mercados propiciada pela globalizaccedilatildeo aliada ao surgimento dos

              acordos econocircmicos e comerciais entre paiacuteses com interesses comuns gera a proliferaccedilatildeo

              de atividades comerciais entre os paiacuteses Tal acentua a necessidade de formas de controle

              e meios viaacuteveis de divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees patrimoniais requerendo assim

              evoluccedilotildees na ciecircncia contaacutebil

              Dentre os inuacutemeros fatores a serem trabalhados em direccedilatildeo a integraccedilatildeo de paiacuteses

              e mercados um deles diz respeito aos instrumentos pelos quais as empresas

              transnacionais ou natildeo informam agrave sociedade sua situaccedilatildeo patrimonial e financeira Estes

              instrumentos satildeo as demonstraccedilotildees contaacutebeis fornecidas pela contabilidade que enquanto

              ciecircncia social eacute significativamente influenciada pelo ambiente e pelas tradiccedilotildees nacionais

              em cada paiacutes que atua

              Por conseguinte implica uma diversidade de normas e padrotildees contaacutebeis

              profissionais e teacutecnicos em todo o mundo Entretanto devido a ascensatildeo cada vez maior

              dos blocos econocircmicos e das empresas transnacionais vem se consolidando a

              necessidade de comparabilidade das informaccedilotildees contaacutebeis divulgadas

              internacionalmente pelos profissionais desta aacuterea Evidenciando-se desta forma a

              importacircncia da harmonizaccedilatildeo de normas teacutecnicas e tambeacutem profissionais

              comprometidos e dispostos a contribuir para o desenvolvimento da contabilidade e sua

              utilidade junto aos usuaacuterios

              Neste sentido faz-se necessaacuterio para reconhecer a relevacircncia dessa

              harmonizaccedilatildeo primeiramente compreender a normatizaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil atual

              123

              no caso especiacutefico desta pesquisa em cada paiacutes integrante do MERCOSUL Visto que a

              evoluccedilatildeo da contabilidade somente seraacute viaacutevel com o trabalho e a iniciativa dos

              profissionais desta aacuterea do conhecimento no sentido de se adequar aos novos cenaacuterios

              mundiais de mercado visando conhecer e contribuir para o avanccedilo de sua profissatildeo

              Assim evidenciou-se a regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil nos paiacuteses-membros

              do MERCOSUL com vistas ao conhecimento e compreensatildeo das normas contaacutebeis

              emitidas em cada paiacutes

              Com este intuito foram apresentadas as legislaccedilotildees vigentes para elaboraccedilatildeo das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              Contudo para o estudo das congruecircncias das demonstraccedilotildees contaacutebeis de

              divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria com vistas agrave sua harmonizaccedilatildeo fez-se necessaacuterio investigar a

              estrutura e o conteuacutedo das demonstraccedilotildees exigidas em cada paiacutes

              Desta forma observou-se primeiramente que as demonstraccedilotildees exigidas para

              divulgaccedilatildeo na Argentina Brasil Paraguai e Uruguai satildeo muito semelhantes Exceto a

              Demonstraccedilatildeo de Lucros e Prejuiacutezos Acumulados na qual eacute exigida apenas pela

              legislaccedilatildeo brasileira

              Verificou-se ainda que no conteuacutedo das demonstraccedilotildees estudadas vaacuterias satildeo as

              lacunas encontradas principalmente em se tratando da Demonstraccedilatildeo das Mutaccedilotildees do

              Patrimocircnio Liacutequido

              Entretanto quando da anaacutelise do niacutevel de congruecircncia do conteuacutedo das

              demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria verificou-se que com relaccedilatildeo ao

              Balanccedilo Patrimonial este se apresenta com um niacutevel de equalizaccedilatildeo superior as demais

              demonstraccedilotildees pesquisadas Indicando assim possibilidade na harmonizaccedilatildeo de seus

              conteuacutedos apoacutes alguns ajustes nas peculiaridades encontradas em cada paiacutes

              Em se tratando da Demonstrado do Resultado do Exerciacutecio esta apresenta um

              niacutevel de congruecircncia significativo Contudo satildeo necessaacuterios ajustes relevantes natildeo soacute no

              que diz respeito a sua estrutura mas principalmente no que se refere ao conteuacutedo de itens

              como a Receita Bruta e as Despesas e Receitas Financeiras assim entendidas no Brasil

              124

              Dentre as demais demonstraccedilotildees estudadas verificou-se alguns pontos

              congruentes conforme explicitado na anaacutelise Entretanto a ausecircncia da evidenciaccedilatildeo dos

              conteuacutedos das demonstraccedilotildees contaacutebeis pelas normas e legislaccedilotildees consultadas natildeo

              permitiram a adequada verificaccedilatildeo da anaacutelise destas demonstraccedilotildees

              Neste sentido observou-se a necessidade da intensificaccedilatildeo e esforccedilos no sentido

              da busca pela harmonizaccedilatildeo das demais demonstraccedilotildees estudadas haja vista a

              dificuldade encontrada em estabelecer pontos profundamente congruentes entre as

              mesmas

              Conclui-se pois do exposto que ainda haacute um aacuterduo caminho a ser percorrido em

              direccedilatildeo a uma contabilidade que possa ser utilizada em comum entre os paiacuteses-membros

              do MERCOSUL Contudo ressalta-se que satildeo diversos os oacutergatildeos (profissionais e

              governamentais) envolvidos na busca de soluccedilotildees adequadas para os impasses surgidos

              com globalizaccedilatildeo dos mercados

              72 Recomendaccedilotildees

              A partir do estudo realizado surgem questotildees relevantes que possibilitam novos

              objetos de pesquisa

              Uma delas refere-se as normas e praacuteticas contaacutebeis utilizadas nos paiacuteses que

              integram de forma parcial o acordo do MERCOSUL como Chile e Boliacutevia

              Aleacutem disso partindo da presente pesquisa pode-se pesquisar as congruecircncias e

              divergecircncias com relaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo dos itens apreciados nas demonstraccedilotildees contaacutebeis

              utilizadas nos paiacuteses-membros do MERCOSUL

              Ademais entende-se que muito ainda pode ser explorado na busca pela

              harmonizaccedilatildeo de normas contaacutebeis com vistas ao desenvolvimento econocircmico e social

              dos paiacuteses-membros do MERCOSUL

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              IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores Princiacutepios contaacutebeis 2 ed Sao Paulo Atlas Iacute992

              KUNZLER Jacob Paulo MACIEL Carlos MERCOSUL e o mercado internacional 2 ed Porto Alegre Ortiz 1995

              LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Satildeo Paulo Atlas 1985

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              • [llfyAAntm
                • 3A PROFISSAtildeO CONTAacuteBEL NOS PAIacuteSES-MEMBROS DO MERCOSUL
                • 31A profissatildeo contaacutebil na Argentina
                • 33A profissatildeo contaacutebil no Paraguai
                • No Paraguai em se tratando de oacutergatildeo profissional de regulamentaccedilatildeo da profissatildeo contaacutebil pode-se mencionar essencialmente o Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                  • 4METODOLOGIA
                  • 41Especificaccedilatildeo do problema
                  • 43Coleta e anaacutelise dos dados
                    • Comissatildeo de Valores Mobiliaacuterios
                    • Coacutedigo Comercial
                    • Normas Brasileiras de Contabilidade
                    • Colegio de Contadores do Paraguai
                      • Normas Brasileiras de Contabilidade
                        • Coleacutegio de Contadores do Paraguai
                          • Lei das Sociedades Comerciais
                          • Comissatildeo Permanente de Normas Contaacutebeis Adequadas
                          • Coleacutegio de Contadores e Economistas do Uruguai
                          • 53O conteuacutedo das demonstraccedilotildees contaacutebeis de divulgaccedilatildeo obrigatoacuteria

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