“Eu sinto que através da minha arte posso ajudar socialmente o meu país. Com isso, eu pude, por exemplo, dá o meu recado ao golpe militar. E, atualmente, ajudo na formação de pessoas menos favorecidas, por meio da realização de oficinas de arte”, reflete ele. ZÉ TARCISIO
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“Eu sinto que através da minha arte posso
ajudar socialmente o meu país. Com isso, eu
pude, por exemplo, dá o meu recado ao golpe
militar. E, atualmente, ajudo na formação de
pessoas menos favorecidas, por meio da
realização de oficinas de arte”, reflete ele.
ZÉ TARCISIO
SUMÁRIO
• 1 – Biografia
• 2 – Estilo e Ateliê
• 3 – Obras
• 4 – Premiações
• 5 – Exposições (coletivo e individuais)
• 6 – Diversidades no mundo
• 7 – Cinema
• 8 – Poema (homenagem ao Zé)
BIOGRAFIA
• Nascido em 1941, na Vila Diogo em Fortaleza, na Vila.
• Zé foi adotado uma hora após o seu nascimento por D. Chiquinha, porém, um mês depois sua mãe foi morar na mesma residência, sendo portanto acolhida.
• Inicia seus primeiros trabalhos aos 19 anos.
• Pintor, artista intermídia, gravador, escultor, cenógrafo e figurinista.
• 1960 realiza seus primeiros trabalhos em artes plásticas.
• Frequentou por dois anos, o Curso Livre de Pintura na Escola Nacional de Belas Artes.
ESTILO E ATELIÊ
• Zé é um artista multimídia. Com estilo próprio e singular. “A arte e a vida não caminham desunida”.
• Ele caminha entre as diversas de cores, dando um entonação maior dependendo do período em que vive. O preto em algumas obras foi durante o período militar e as cores é o pós período de repressão.
• Com uma linguagem surrealista, futuralista e pop, ele une essas três linguagens faz da arte seu ponto de vivência e sobrevivência.
• As obras desse artista reinam as queixas sociais que são transmitidas através de cores e traços fortes.
• Em 1982, monta seu ateliê nos arredores do atual Centro Cultural Dragão do Mar.
• No ano seguinte, cria a Por Hipótese Produções.
OBRAS
• "Desde o período difícil da política dos anos
de chumbo, a pedra foi o elemento que eu
escolhi para dar recados políticos", conta Zé
Tarcísio, que sofreu com a repressão militar,
e foi mantido sob censura em 1968 e preso
por quatro dias.
• A pedra pra mim simboliza muito a
resistência”. A tenacidade e a resiliência
inspiradoras das rochas estão muito
presentes nas obras.
• As cores que representam até mesmo a
repressão militar com tempo mudam e se
transformam com as tonalidades fortes.
CHEGADA DO HOMEM A LUA – 1968 TÉCNICA USADA: MISTA EM PAPEL
ENTERRO DE EDSON LUÍS – 1968 TÉCNICA USADA: ACRÍLICO SOBRE TELA
O NOVO – 1975 TÉCNICA USADA: LITOGRAFIA
REGADOR DE PEDRAS – 1974 TÉCNICA USADA: ESCULTURA EM PEDRA
SOS LITORAL - 1979 TÉCNICA USADA: EM ÓLEO / ACRÍLICA SOBRE LINHO
LOTEAMENTO DA DUNAS DA PRAIA
DO FUTURO – 1981 TÉCNICA USADA: GRAFITE SOBRE PAPEL
MUROGRAVURA "MUROGRAVURA", POR INCISÃO NUM MURAL COM
MATRIZ DE IMPRESSÃO NA ESCOLA PROFISSIONAL
AMAR TERRA VERDE, EM VILA VERDE, PORTUGAL
SÉRIE – BLÁ BLÁ BLÁS TÉCNICA USADA: ACRÍLICA SOBRE TELA
SÉRIE ÍNDIOS – 1999 TÉCNICA USADA: ACRÍLICA SOBRE TELA
BENEDITO (PARA DAR IMPRESSÃO
DE CALEIDOSCÓPIO)
TÉCNICA USADA: COLAGEM
ILUSÃO - 2001 PASSARELA DO CENTRO DRAGÃO DO MAR
PREMIAÇÕES
• 1974, expondo no XXIII Salão Nacional de
Arte Moderna, no Rio de Janeiro, ganha o
prêmio nacional e uma viagem ao exterior.
• 1976, tem seu trabalho Regando Pedras
reproduzido em selo pela ECT (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos).
• A década de 90 rende-lhe uma homenagem
do Museu de Arte da Universidade do Ceará,
o MAUC, por 30 anos de atividades artísticas
e uma temporada na Europa e em Cuba.
• Em 2001, recebe a Medalha Boticário
Ferreira, da Câmara Municipal de Fortaleza.
• A obra Relicários é vencedora da Mostra
Nacional de Arte Contemporânea – 64º
Salão de Abril.
EXPOSIÇÃO (INDIVIDUAIS E COLETIVAS)
• 1967 - CÍRCULOS: Galeria G4.
• 1968 - ZÉ TARCÍSIO: Casa de Raimundo
Cela.
• 1969 - VAMOS AO PARQUE: Galeria Bonino.
• 1971 – VII BIENAL DE JOVENS EM PARIS.
• 1990 – EXPOSIÇÃO DE INAUGURAÇÃO
DO CENTRO CULTURAL DRAGÃO DO
MAR.
• 2004 – VOOS RASANTES: Galeria Vicente
Leão FA7
PRIMEIRA APRESENTAÇÃO
INTERNACIONAL DAS OBRAS DE ZÉ
TARCÍSIO.
EXPOSIÇÃO DE ABERTURA DO
CCDM - 1990
VOOS RASANTES
DIVERSIVIDADES NO MUNDO
• Em 1969 Zé é reconhecido como um artista multimídia por Amir Haddad, um dos diretores mais respeitados do Brasil, o que ela comenta sobre Zé Tarcisio: “artista que sabe dialogar com as diversas linguagens das artes”.
• Em 1996 juntamente com Bosco Lisboa, cria o prêmio para a premiação do III Festival Nordestino em Guaramiranga-CE.
• Em 2001 cria o troféu – Eusélio de Oliveira - para a premiação do Festival Nacional de Cinema e Vídeo (CINECEARÁ).
• No ano de 2002 Realiza oficinas de criatividade para Projeto de Interiorização na Escola Pública no Ceará.
OBRA FEITA DURANTE AS AULAS
COM CRIANÇAS
CINEMA
• TERRA SEM DEUS - ANO 1964 – JOSÉ
CARLOS BURLE – ALÉM DE ATUAR ELE
FOTOGRAFOU AS CENAS EM STILL,
NESSA ÉPOCA FICOU CONHECIDO COMO
TARCISIO RAMOS.
• BELA DONA – 1997 – FÁBIO BARRETO – ZÉ
ATUOU COM CONTATOS DE LOCAÇÃO E
FIGURAÇÃO.
• ACETONA – ANO 1998 – É UM CURTA
METRAGEM COM DURAÇÃO DE UM
MINUTO – ELE RETRATA A SOLIDÃO DA
ALMA FEMININA.
• LUA CAMBARÁ NAS ESCADARIAS DO
PALÁCIO – ANO 2007 – ROSEMBERG
CARIRY – ZÉ ATUA COMO O PADRE
ROMOALDO.
POEMA PARA ZÉ (RUY ALPHA – ANGOLANO)
Apanhar-a-pedra Nas terras Sem-donos
Sertões Madrugadas Nos campos Queimados Os sonhos Os medos
Os passos-assim (num silêncio conseguido
Na véspera do outro!) A pedra
Guardada Na casa O som
Escutando no fundo Um sol
Sobrando nos restos E os trens
Sempre-vão-sempre [...]
RELICÁRIOS “CADA ROCHA É UM LEMBRETE DO TRAJETO QUE