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Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Educação Departamento de Metodologia de Ensino Disciplina: Yoga da Aprendizagem II 2008 Professores: Diego Arenaza (MEN) e Markus Weininger (CCE) Acadêmica: Ivete Aparecida da Silva YOGA PARA CRIANÇAS: UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO “O ser humano, quando chega ao mundo, não está terminado. A educação tem por objetivo desenvolver suas potencialidades para leválo à compreensão de seu lugar na Terra e de seus vínculos com o Universo. A escola não tem por finalidade fazer de nós somente profissionais, mas também pessoas em evolução ao longo da vida”, Micheline Flak Introdução: Este é um trabalho de conclusão da Disciplina Yoga na Aprendizagem II, proposta pelos professores Diego Arenaza e Markus J. Weininger. Esta tem como um de seus objetivos que os acadêmicos que a freqüentam exercitem e disseminem a prática de Yoga nas escolas e demais espaços de convivência social, e aplicação de técnicas de Yoga que contribuam para diminuir o estresse e a inibição das crianças em sala de aula, aumentar a autoconfiança e a concentração. E deste modo que o Yoga seja percebida como uma prática universal de direito de todos, não sendo assim limitada a uma pequena parcela da sociedade. Esta disciplina vem enriquecer os conhecimentos dos acadêmicos que já haviam tido contato com Yoga na Aprendizagem I, podendo encorajar novos momentos para este exercício. Ela vem sendo muito bem aceita pela comunidade acadêmica, o que comprova a procura no início do semestre e inclusive as conversas pelos corredores da faculdade de Educação. Com os objetivos de os (as) acadêmicos (as) que a freqüentam, levar o Yoga para além das aulas do grupo, exercitandoo nas escolas junto às crianças, principalmente, e também no cotidiano. Isso através da aula prática nas segundas feiras e conseqüentemente uma prática diária e com mais autonomia. E dessa maneira foi que o grupo deste semestre veio a enriquecer ainda mais os encontros reavivando e incentivando o exercício da prática de Yoga com as crianças os diálogos sala e principalmente na socialização de alguns trabalhos realizados pelas colegas. Este trabalho tem como objetivo descrever um pouco de como aconteceu uma prática de Yoga com as crianças numa escola pública, e como isto pode aos poucos acrescentar ao trabalho pedagógico na formação de um indivíduo pleno. Foi realizado durante uma semana de Estágio de Docência numa escola pública que não
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Jul 02, 2018

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Universidade Federal de Santa CatarinaCentro de Ciências da EducaçãoDepartamento de Metodologia de EnsinoDisciplina: Yoga da Aprendizagem II ­ 2008Professores: Diego Arenaza (MEN) e Markus Weininger (CCE)Acadêmica: Ivete Aparecida da Silva  

 YOGA PARA CRIANÇAS: UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO

 “O ser humano, quando chega ao mundo, não está terminado. A educação tempor objetivo desenvolver suas potencialidades para levá­lo à compreensão deseu lugar na Terra e de seus vínculos com o Universo. A escola não tem porfinalidade  fazer  de  nós  somente  profissionais,  mas  também  pessoas  emevolução ao longo da vida”,      Micheline Flak

 Introdução:

Este é um trabalho de conclusão da Disciplina Yoga na Aprendizagem II, proposta pelosprofessores Diego Arenaza e Markus J. Weininger. Esta tem como um de seus objetivos que osacadêmicos que a freqüentam exercitem e disseminem a prática de Yoga nas escolas e demaisespaços de convivência social, e aplicação de técnicas de Yoga que  contribuam para diminuiro  estresse  e  a  inibição  das  crianças  em  sala  de  aula,  aumentar  a  autoconfiança  e  aconcentração. E deste modo que o Yoga seja percebida como uma prática universal de direitode todos, não sendo assim limitada a uma pequena parcela da sociedade.

Esta  disciplina  vem enriquecer  os  conhecimentos  dos  acadêmicos  que  já  haviam  tidocontato com Yoga na Aprendizagem I, podendo encorajar novos momentos para este exercício.

  Ela  vem  sendo  muito  bem  aceita  pela  comunidade  acadêmica,  o  que  comprova  aprocura  no  início  do  semestre  e  inclusive  as  conversas  pelos  corredores  da  faculdade  deEducação.

Com os objetivos de os (as) acadêmicos (as) que a freqüentam, levar o Yoga para alémdas aulas do grupo, exercitando­o nas escolas junto às crianças, principalmente, e também nocotidiano.  Isso através da aula prática nas segundas  feiras e conseqüentemente uma práticadiária e com mais autonomia.

E  dessa  maneira  foi  que  o  grupo  deste  semestre  veio  a  enriquecer  ainda  mais  osencontros  reavivando  e  incentivando  o  exercício  da  prática  de  Yoga  com  as  crianças  osdiálogos sala e principalmente na socialização de alguns trabalhos realizados pelas colegas.Este trabalho tem como objetivo descrever um pouco de como aconteceu uma prática de Yogacom as crianças numa escola pública, e como  isto pode aos poucos acrescentar ao  trabalhopedagógico na formação de um indivíduo pleno.Foi  realizado  durante  uma  semana  de  Estágio  de  Docência  numa  escola  pública  que  não

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apresenta estrutura física nem um trabalho pedagógico adequada a receber as crianças.As  crianças  apresentaram  desprazer  em  aprender  ou  realizar  certas  atividade

principalmente de leitura e escrita. Também um relacionamento agressivo com os colegas.Isso levou a perceber a necessidade e importância de utilizar o Yoga como forma de contribuirpara que elas percebam e aceitem a escola respeitando umas às outras e a si próprias, uma vezque na interação com os adultos a relação de respeito acontece neste ambiente como uma viade mão única, somente das crianças para com os adultos. Sendo assim:

“O objetivo da prática é canalizar a vitalidade  infantil para o desenvolvimento harmonioso deseu  corpo e de  sua mente,  sem  forçar  nada,  apenas  incentivando a  criança a expandir  suacriatividade,  alongar  seus  músculos,  ouvir  seus  próprios  sons  (respiração  e  batimentoscardíacos),  cantar e  representar personagens místicos, animais, o sol,  a  lua, as profissões,dentre outros elementos do vasto repertório do Yoga adaptado ao universo da criança.”   (KarinMaria Véras­2004)

 

Justificativa:Desenvolver a prática de Yoga junto às crianças, adolescentes ou até adultos é algo que

traz  certa  insegurança  para  quem  está  conhecendo  o  Yoga.  No  entanto  desde  o  semestreanterior  esta  disciplina  vem  encaminhando  para  que  seus  freqüentadores  estabeleçamsegurança para desenvolver esta proposta.

Desta  maneira  que  a  oportunidade  de  trabalhar  o  Yoga  no  período  de  estágio  veioalimentar expectativas durante este semestre.

Durante  o  estágio  de  docência  realizado  pelo  Curso  de  Pedagogia  da  UFSC  destesemestre  2008­2,  na  escola  de  Muquém,  no  Rio  Vermelho,  foi  que  esta  prática  de  Yogaaconteceu. A partir do projeto de estágio “O direito à Infância na Escola e o Ensino Fundamentalde Nove Anos: limites e possibilidades”, no projeto de ensino “Brincar na Escola: um direito dacriança a ser exercitado no estágio docente”,

Este  estágio  se  limitou  apenas  a  uma  semana,  o  que  trouxe  algumas dificuldades  nodesenvolvimento  das  atividades  propostas  junto  às  crianças,  ou  seja,  o  tempo  tornou­se  umgrande vilão  e o Yoga veio auxiliar principalmente na relação estabelecida com as crianças eentre elas.

Em  se  tratando  de  crianças  de  uma  escola  pública,  principalmente,  com  todas  asdificuldades  de  aprendizagem  que  a  rede  pública  de  ensino  apresenta,  seria  indispensávelreconhecer os direitos que lhes assistem, principalmente o direito ao respeito.

Dessa maneira foi que o Yoga esteve presente neste período de estágio, com o intuito dedar mais qualidade a presença da criança na escola e na defesa dos seus direitos, conforme oobjetivo do prejeto citado acima. Desenvolvimento:

“A palavra Yoga provém do sânscrito "YUG" e significa UNIÃO. Refere­se a união: do corpo, da mente e das emoções, no sentido de obter umequilíbrio entre estes três aspectos. Enfatiza a boa postura do corpo, aposição  correta  da  coluna  vertebral  e  o  controle  da  respiração  paraconseguir uma maior harmonia mental e física.”

(site Pesquisa de Yoga na Educação ­ 08/12/2008)

 O  desenvolvimento  da  prática  do  Yoga  com  as  crianças  de  seis  e  sete  anos  neste

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período  de  estágio  esteve  presente  com  objetivo  de  dar  mais  significado  a  presença  dascrianças na escola. Para isso todo material didático levado como proposta foi pensado para queviesse contribuir para uma melhor aprendizagem por parte das crianças dentro da proposta doYoga, pois as cores trazem mais alegria ás crianças além de que o colorido é mais perceptívelao cérebro humano.

Assim: folhas, giz de cera, giz de quadro, cartazes, hidrocores que foram utilizados eramcoloridos dando ênfase também à preferência das crianças por este tipo de material de modo asair da rotina, da monotonia do preto, branco e azul são monocromáticas se tornando menosperceptíveis às funções cerebrais.

O  trabalho  desenvolvido  procurou  se  basear  nas  etapas  do  Pantajali  utilizadas  comobase dos estudos desenvolvidos pelas disciplinas de Yoga na Aprendizagem I e II.

Desta maneira estas etapas têm como princípio a integração entre o corpo, a mente e asemoções.

 “Em uma data incerta, um sábio chamado Patanjali mostrou o caminho que leva o ser humanoao pleno domínio de sua saúde  física e mental. Ao escrever o  famoso Yoga Sutra, entrega­nos um código carregado de valor universal. O descobrimento de nossas potencialidades faz­se por etapas cuidadosamente programadas.”(Extraído do livro "Yoga na Educação" – da Micheline Flak)

  Descrever estas etapas é importante para um melhor entendimento das suas dimensões

dentro do campo da Educação e  também poder entender a sua  relação com o bem estar docorpo, da mente e das emoções.

VIVER JUNTOS: O objetivo é conseguir que a criança viva a sensação de pertencer aum grupo que viaja num mesmo barco. Pretende­se formar o espírito de equipe, desenvolvendoo sentido de responsabilidade diante do contexto. Os educadores são os capitães responsáveispelo ambiente e pelo estado de ânimo de toda a tripulação.

ELIMINAR TOXINAS E PENSAMENTOS NAGATIVOS:Limpar  a  casa: Este  segundo  ponto  refere­se  ao  pensamento  positivo,  ao  cultivá­lo,  a

mente acalma­se e alivia­se de seu fardo de temores e angústias. Os exercícios de desbloqueio,de abertura, de irrigação do cérebro são partes da higiene básica da vida em sala de aula.

 ADOTAR POSTURA CORRETA: A coluna vertebral foi denominada de "árvore da vida".Seu  endireitamento  e  cuidado  diário  terão  uma  influência  decisiva  sobre  o  nossocomportamento psíquico e saúde física.

RESPÍRAR BEM, TER CALMA: Aqui são equilibradas as energias através de um bomdomínio da  respiração. É possível  sentir que  respiramos com  todo o corpo e não só com ospulmões.  Exercícios  respiratórios  adequados  conseguem  tanto  acalmar  aos  alunos  quantoenergizá­los.Quando experimentamos essa sensação em cada uma das fibras de nosso ser, nos invade umprofundo bem­estar. A tomada de consciência de uma respiração amplificada é o segredo deum domínio potencial sobre nossos órgãos. Portanto, é um fator essencial para manter a saúde.

RELAXAMENTO:  Tal  como  as  fotos  são  desenvolvidas  em  uma  câmara  escura,  asinformações  são  gravadas  na massa  cerebral  graças  ao  descanso.  Por  isso  a  pausa  é  tãoimportante  na  aprendizagem.  Se  concedermos  pausas  em  nosso  tempo  pedagógico,permitiremos que o aluno processe a  informação que acabamos de entregar­lhes. Pequenosespaços  de  relaxamento  injetados  no  curso  sob  diferentes  formas  tornam­se  grandes  nocaminho que permite ao cérebro digerir e assimilar as informações recebidas.

CONCENTRAÇÃO: É neste nível que se joga a qualidade de aprendizagem em nossoensino: concentrar­se, ser capaz de prestar atenção, escutar para reter o que devemos guardarna cabeça.É aqui que nos é de grande ajuda o cultivo dos sentidos interiores. Por exemplo, posso suscitarem  mim  a  imagem  de  algo  percebido  no  exterior,  evocar  um  som,  um  cheiro  ou  voltar  a

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encontrar uma sensação táctil. De tal modo, os conhecimentos que são incutidos não serão letramorta  e  sim  um  saber  VIVO.  A  criatividade  tirará  muito  proveito  desse  cultivo  intenso  dossentidos interiores.Retirado da página: http://www.ced.ufsc.br/yoga/yoga.html

 Estas etapas estiveram presentes no desenvolvimento deste  trabalho, no entanto cabe

salientar  que  não  necessariamente  foram  utilizadas  em  seqüência  dentro  de  uma  aulaespecifica de Yoga.

A  prática  de  Yoga  foi  utilizada  como  recurso  em  alguns  momentos  das  aulas  paraalcanças  objetivos  de  bem  estar  no  grupo,  de  autoconfiança  por  parte  das  crianças  nodesenvolvimento das atividades, boa respiração e calma na relação com o outro, relaxamento econcentração.

A primeira atividade proposta ao grupo de crianças foi num final de tarde, quando elas,tendo  terminado  uma  atividade,  foram  convidadas  a  conhecer  uma  atividade  diferente.  Aprincípio  se  recusaram,  pois  queriam  brincar  de morto­vivo,  conforme  brincavam  sempre,  noentanto  o  argumento  foi  de  que  se  tratava  de  algo  novo  e  depois  em  um  outro  momentopoderíamos brincar do que eles propuseram.

Na tarde de segunda feira realizamos exercícios relacionando Etapas do Pantajali como:respirar  bem,  viver  juntos  e  boa  postura.  Assim  todos  em  roda,  de  olhos  fechados,  ouparcialmente fechados, iniciamos um exercício de respirar juntos conforme demonstra a figura(anexo1).

O fato de como orientar as crianças neste momento foi uma dúvida presente durante estesemestre,  principalmente  enquanto  esta  prática  não  se  concretizou.  Porém  depois  deencaminhar o exercício pôde­se perceber a entrega das crianças, mesmo se tratando de algoainda  não  conhecido  por  elas.  Dessa maneira  os  ajustes  e  orientações  foram  surgindo  aospoucos de acordo com as necessidades apresentadas pelo grupo de crianças.

Este momento foi encaminhado tendo como seqüência a Saudação ao sol, que para ascrianças foi como respirando fundo pegar lá no céu um pouquinho do sol tão bonito que estavaneste dia, levar até o coração e repetir este movimento lentamente sentindo o calor do sol.  Emseguida  todos  imaginariam  se  transformar  em  um  golfinho  e  pegando  o  pedacinho  do  solmergulhariam  num  grande  mar  gelado,  agora  todos  ao  chão  da  sala  um  pouco  apertadaentraram na brincadeira que  logo os  transformou num cachorro  forte olhando para baixo daspernas e voltando então á postura inicial. (Anexo 2)

“Outro  fator  intrínseco a uma aula de yoga para o público  infantil é a expressão dealegria,  o  contentamento,  sendo um dos princípios do Yoga,  vem com as brincadeiras, osjogos, mas também do contato que a criança faz com suas próprias a partir dos movimentosque trazem o frio, o calor, dentro, fora, leveza em diferentes intensidades.” (Véras­2004)

 A  tarde de  terça  feira estava bem chuvosa, portanto poucas crianças  foram à aula, no

entanto as que estavam presentes puderam demonstrar sua criatividade na relação com o Yoga,pois ao ser proposta novamente a atividade já realizada com eles, ao término da mesma, umacriança diz “Agora vamos levantar os braços e pegar um pouquinho da chuva, pois hoje estáchovendo e  tomar para  refrescar!”. E dessa maneira  fizemos o que ela propôs com  toda suacriatividade, sensações e sentimentos daquele momento.

 

“O corpo age como um trampolim para a aprendizagem, mas a mente  também ajuda a  revitalizar  o  corpo. Resumindo,  a  forma deempregar a yoga que nos  transmite patanjali age em ambos os sentidos e nos recomendater grande cautela com as transições.” (site citado na bibliografia)

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 E  nestes  momentos  foi  possível  proporcionar  a  visualização  mental  ao  imaginar­se

pegando o sol, algumas sensações sentindo o calor do sol, o gelado ao mergulhar no mar, agustação ao tomar a água. E com bastante cuidado e calma oferecer às crianças a exploraçãode alguns sentidos do corpo.

Dar  espaço  a  criatividade  da  criança  pôde  enriquecer  ainda  mais  nossa  tarde  deatividades  da  qual  elas  participaram  incessantemente  dando  idéias,  e  demonstrando  maissegurança na realização das atividades.

            Na quarta feira antes de construirmos uma linha do tempo com os brinquedos ebrincadeiras dos pais das crianças, uma atividade de leitura e escrita, iniciou­se a tarde com umpouco de descanso, e concentração através de uma pequena história, pois acabavam de entrarna sala,

 De braços cruzados, cabeça debruçada sobre a carteira e olhos fechados, a orientaçãoera para que neste momento as crianças imaginassem um lugar muito bonito onde seus avósbrincavam. Eles corriam de um lado para outro, jogavam bola, brincavam de boneca, bolinha degude. Depois  eles  cresceram e  nasceram,  cresceram outras  crianças,  os  pais  de  vocês  quetambém brincavam com as mesmas brincadeiras e também com outras. Seus pais cresceram evocês nasceram e continuam brincando, brincando e brincando neste lugar bem bonito. Nestemomento  todos  guardaram  seus  brinquedos  e  bem  devagar  foram  voltando  para  sala,escutando os barulhos dela e abrindo os olhinhos.

Um de cada vez apresentou a entrevista feita com os pais com ajuda das estagiárias, osdados  foram acrescentou­se na  linha do  tempo e cada um  fixou sua atividade na parede dasala.  Este  momento  de  descanso  e  concentração  foi  muito  importante  considerando  asdificuldades de leitura e escrita das crianças, pois pode contribuir para maior atenção delas etambém prazer ao realiza­las.(Anexo 3 e 4) O que:

(...)  mostra­nos  visualmente  a  importância  das  pausas  na  aprendizagem:  "constatamosque um sujeito  em  repouso,  que não  vê nada,  não escuta nada e não  se mexe,  possuitoda uma parte do cérebro, os lóbulos frontais, em atividade. Isto quer dizer que ainda quetenhamos parado de  falar e de apresentar  informações a nossos alunos, o cérebro delescontinua  funcionando nessa parte que se encarrega de processar a  informação sem serpercebido. Se prevermos pausa em nosso  tempo pedagógico,  permitiremos que o alunoprocesse  a  informação  que  viemos  lhes  dar.  É  preciso  ensinar  os  jovens  a  intercalarperíodos de descanso em seu tempo de trabalho, para que não esteja sempre conectadodiretamente à informação"

(Helen  Trocmé,  "El  cerebro  y  el  aprendizaje",  em:  Actos  de  forum  de  pedagogíadiferenciada de marzo 1984, Paris, R.Y.E., 61, rua Amsterdam, 75008, Paris).

A intenção era que fizessem uma pausa entre a chegada na escola e na sala de aula quesempre  acontecia  de  maneira  agitada,  e  assim  as  crianças  poderem  disponibilizar  de  maisatenção  na  atividade  seguinte.  Assim  recomenda  Véras,  que  atividades  mais  ativas  sejamintercaladas com atividades mais passivas.

Na quinta feira a proposta foi de respirar bem. Com a turma em roda, os pés bem fixosao  chão  e  de  “olhos  fechados”,  a  brincadeira  era  “A  árvore  que  balança  com  o  vento”.  Ascrianças aceitaram bem a proposta que era bem  lúdica, sendo que durou em torno de  três aquatro minutos.(Anexos 5 e 6)

A tarde estava bem agitada devido á ansiedade das crianças para realizar as atividadespropostas no cronograma da semana e este momento pode trazer­lhes mais tranqüilidade.

 Na  sexta  feira  fizemos  um momento  de  relaxamento  e  visualização. Com a  sala  toda

preparada: almofadas no chão, som ambiente e cortinas fechadas, as crianças foram recebidasna porta da sala, fizeram uma fila e na pia orientadas lavaram as mãos e o rosto sentindo a água

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refresca­las.Retornando  á  sala  entrou  um  de  cada  vez,  deitaram­se  nas  almofadas  de  olhinhos

fechados para relaxar: os pés, as pernas, os quadris, o peito as costas os braços, os ombros, orosto...E  aos  poucos  se  imaginarem  voando  num  céu  bem  azul  como  um  pássaro  que  numinstante avistou uma floresta verde onde puderam pousar no galho de uma árvore e descansar.Depois de sentir o corpo bem descansado puseram­se a voar novamente, pois sentiam fome elá do céu  sobrevoando o mar pude avistar um alimento muito saboroso que desceu para buscare comer na areia da praia.

Assim  livre  descansado  e  bem  alimentado  este  pássaro  sente­se  muito  bem,tranqüilo...Tranqüilo.  Aos  poucos  vão  sendo  conduzidas  a  voltar  para  sala  sentindo  os  pés,pernas  tronco, braços e escutando  todos os barulhinhos da sala de aula. Abrindo os olhos esentados assistiram à a próxima atividade, uma apresentação em power point das fotos tiradasdurante  a  semana  em  que  as  estagiárias  estiveram  presente  com  a  turma  trazendo  novaspossibilidades de convivência consigo e com os outros e construindo vínculos de amizade* 

“A  criança  vai  sendo  conduzida  a  investigar  seu  próprio  corpo  e  movimentos  assumindoposturas  físicas,  e  incorporando  suas  qualidades  psíquicas,  como  experimentar  ser  firmecomo uma árvore,  livre  como um pássaro,  forte  como um guerreiro e brilhante  como o sol.”(Véras, p.31 ­2004)

 Observou­se que este momento foi bem diferente para as crianças. Algumas espiavam

com os olhos entreabertos, outras mexiam no amigo do lado, porém todos entraram no clima deacordo com sua capacidade naquele momento, participando até o final, quando se levantaramem silêncio assistiram toda apresentação preparada para eles._________________________________________________*infelizmente não  foi  possível  registra este momento,  pois a  colega e a professora da  turma que  tiravam as  fotosestavam organizando a próxima atividade. 

E dessa maneira aconteceu esta experiência de Yoga com crianças de seis e sete anosde uma escola pública de Florianópolis. Apesar do pouco tempo de convivência e esta práticaacontecendo em pequenos momentos, esta pode proporcionar boas experiências, ou seja, umasementinha plantada para ser germinada na vida destas crianças. Conclusão:

Realizar este trabalho foi algo muito gratificante, pois pela primeira vez pude orientar umexercício de Yoga em uma turma de crianças.

Esta prática veio acrescentar muito na relação estabelecida com a orientação da práticade Yoga. Isso superando dúvidas e inseguranças presentes no início deste semestre, cuja teorianão seria capaz de saná­las e que encaminhar e observar as crianças fazendo tornou­se algobem mais simples do que se imaginava. Assim pôde­se vivenciar que:

“São inúmeros, igualmente os benefícios do Yoga integrado á Educação nas escolas. Emboraeste campo de atuação esteja só brevemente  florescendo, as experiências que existem sãosuficientes  para  a  demonstração  de  uma  melhora  no  aprendizado,  um  apaziguamento  decrianças  hiper  ativas,  uma  melhora  no  relacionamento  com  os  colegas  e  professores  emclasse. Pois as crianças aprendem a lidar melhor com suas dores físicas e emocionais, a semover  com  maior  agilidade  no  espaço  e  tempo  escolar  através  de  uma  percepção  maisadequada de si mesma, do outro e do seu entorno.”

 (Véras, p.33­2004).

Dessa maneira,  os  resultados  do  trabalho  realizado  nesta  semana  de  docência  foramconsideráveis  no  que  diz  respeito  a  relação  de  respeito  e  confiança  estabelecida  entre  as

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estagiárias  e  as  crianças  e  também  entre  elas  mesmas,  pois  o  diálogo  esteve  bem  maispresente. Então, apesar da dificuldade de relacionamento existente entre as crianças no iníciodesta semana, com certeza as percepção e sensações sentidas por elas na prática de Yogapuderam de certa forma mostrar­lhes um novo jeito de convivência. Referências Bibliografia: VÉRAS,Karin Maria. Por que yoga para crianças? In. Cadernos de Yoga 3ª edição. 2004.FLAK Micheline & JACQUES de Coulon. Tradução WEININGER Markus j, e SOARES, NoêmiaG. Yoga na educação: Integrando corpo e mente – Florianópolis: comunidade do saber,2007.Site consultado: ARENAZA, DIEGO. Pesquisa de Yoga na Educação    http://www.ced.ufsc.br/yoga/yoga.html   

ANEXOS Anexo 1

    Anexo 2

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Anexo 3

    Anexo 4 

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    Anexo 5

  Anexo 6

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