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PDECOS;MO RIO «SOOnos ESTADOS -600
ANO XXXI RIO DE JANEIRO, 29 DE AGOSTO DE 1934 N.1508
P^MI^^^^^^^yi^B BOLAO: Plantasse este caroço, po-
¦BOLÂO:VOVÔ:-Q/^l A/"%_ fc extraordinário, nãoCJv_/l___Mv_/.- Vovô?
porque isto é ur
caroço de limão!..
dia nacer uma laranjeiraJá se vê que sim, meu neio,e daria
muitas laranjas.E' extraordinário, não é
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O TICO-TICO 2 — 29 _ Agosto — 10U
Meus \dfâítes são minha vida...por isso uso creme dental
gfflfflITTnTCTl [^^
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29 — Agosto — 193* -- 3 — O TICO-TICO
Concurso ToddY para colorirMeninas premiadas nosconcursos
anteriores?
l.° Prêmio - 14.° Concurso •Maria da C. Coelho. RuaP. Muller, 77
- (Ilaiahy) E-de S. Catharina.
1.° Prêmio -15.° Concurso;Waldyr Guireta.-E. Goiaz
AK»'«i****fk
ÊÈÊÈEsla boneca éoPRIMEIRO PRÊMIO quecorresponderá á menina que
envie odesenho melhor colorido.
Trata-se de colorir o desenho abaixo
com lápis de cores. Os dois primeiros
prêmios corresponderão aos desenhos
melhor coloridos. Si fôr menino, receberá
um patinete e si fôr menina, uma boneca.
É indispensável pregar ao lado do ende-
reco, no logar abaixo indicado, uma
cabecinha das que vão nas gravuras quetodas as latas de Toddy
conteem no seu
interior. Os desenhos que não vierem
acompanhados da cabec«nha Toddy, pre-
gadas no sitio indicado, nâo entrarão em
concurso. Os concurrentes devem man-
dar o mais breve possivel o seu desenho,afim de que chegue antes
da - quintasemana depois de te.r sido publicado.
Todas as semanas sahira nesta mesma
pagina um novo concurso Toddy.
Meninos premiados nosconcursos anteriores:
1.° Prêmio -14.° Concurso :.Humberto Sánchez. RuaDel Vecchio,
241 (Rio)
1.° Prêmio -15.° Concurso:Oswaldo Antunes. RuaCosia Baslos, 19.
(Rio)
laéEste monopatim éo PRIMEIRO PREMICque corresponderá ao menino
que envie
o desenho melhor colorido.
Por traeUcç-aoE" lamentável que por tradicção a grande*maioria
das pesòas prosiga alimentando-se pela
manhã como se alimentavam os seus antepas-sados. .Mais
lamentável ainda é que seus filhos,na edade do crescimento, guando
a alimenta-ção quasi decide o seu futuro, prosigam
tambémalimentando-se mal pela manhã, ficando des-providos dos
elementos vitaes que seu organis-mo exige para repor o enorme
desgaste occa-sionado pelos estudos e exercícios corporaes.
A primeira refeição indicada é. Toddy, por«que Toddy contem
todos os elementos neces-sarios para repor o desgaste de energias
occa-sionado pelo trabalho mental e physico.
O que contem Tq^Uve o que.taz
" ww IToddy contem em proporção conecta iPROTEÍNAS •.—¦qg» são
lnd.'ipen....quA augmenta os gtobu-
íoj *ermelhos do sangue-PHOSPHORO qu* fortalece o cérebro;CALCO
-que contríbue porá a
formação doi pisos edentes j
VITAMINAS*-'—••
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O TICO-TICO — 4 — 20 Agosto — 1934
S E L L O S POSTAES
Na Babilônia, 3800 anosantes de Christo, em vezde selos,
lacravam-se ascartas com um sinete debarro.
Os slnetes de Sargon ede seus filhos são realmen-te os primeiros
selos de que fala a Historia. Em Roma,havia também um sistema
postal no século 3 A. C.Só 1000 anos mais tarde em 1464, começou
realmente
a ser usado o verdadeiro sistemade selos postaes como se
usahoje.
Este sistema foi iniciado pelo reiLuiz XI da França. No dia 6
deMaio de 1840, o governo inglês porindicação de sir Roland Hill
emi-tiu os primeiros selos postaes dofamoso sistema que se
denominou— one penny block. — Também foi divulgado neste tem-
po um envelope oficial chamado Millready — desenha-do como se vê
nesta gravura.
W/^á|\ EU ô0 ME LAVO COM
FABRICADO PELO ff-^/2*fc fM \/APERFUMISTA ^^^MlSmWÍmmWm *f
Áf\.
PAklb - 3. PAULO |
Na Edade Média, milhares e milha-les de homens e mulheres foram
su-pliciados, só pela simples suspeita deterem relações com o
diabo. Nessaépoca, toda a mulher velha que viviasó era objeto de
suspeita, e, pelo me-nos, era encarcerada.
A figura convencional que fazia deuma bruxa ou de feiticeira
represen-
ta-a como uma madrasta, desastrada, pelo reumatismo, apoiada num
pau.de cabelo em desalinho, vestida ámoda medieval, coxeando,
dominada
tf »*>
\ VK /P-A L. * |
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Quasi sempre tinha consigo um ga-to, que era olhado como um
demôniodesfigurado, e a vassoura com queela varria a sua cabana
nunca a lar-gava, nem mesmo de noite, quandotrepava nos telhados
para escutar pe-Ias chaminés o que ocorria no inte-rior das
casas.
Toda criança deve comprar o livro — 'VOVÔ DO TICO-TICO". A'
venda. Preço 5$000
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Oi^«v>*V>4L_~i»._
Rcíator-Chcfe: Carlos Manhãcs — Diretor-Gcrente: A. de Souza e
Silva
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jQçoeô Aa.»T "í;t ¦f/flB»»i»»»»W m^Jl'\^M^^V \s*\z^
^am^^mmmW*m^^m^ ¦** »wVò\j&
A. FEIRA DE AMOSTRASMeus netinhos:
Está em pleno funcionamento aFeira Internacional de Amos-trás,
ha pouco inaugurada nestaCapital, e muitos dos meus neti-nhos que
freqüentam as escolasmunicipais já ali estiveram a admi-rar o
deslumbramento que é aquelecertamen. Deslumbamento diz bemVovô,
porque não é só a elegan-cia dos pavilhões que deslumbra ovisitante
de tal recinto, mas tam-bem o grande numero de mostrua-rios de tudo
que a industria, a ar-te, a história e o comercio do mun-do têm
produzido. As feiras deamostras, como a de que Vovô es-tá falando,
são- de grande utilida-de, de muita necessidade nos pai-ses como o
Brasil. Nessas feiras
são exibidos todos os produtos, to-
dos os resultados do trabalho, da in-
dustria, da arte dos povos. A fei-
ra de amostras deste ano é interna-cional, isto é, exibe
mostruários do
progresso industrial de grande nu-mero de nações. ¦ O visitante
dafeira atual pode, assim, não só co-nhecer o progresso material
do
país, como o do das demais nações
que ali expuseram as amostras dosseus produtos comerciais e
indtis-triais.
E, de fato, meus netinhos, hanos mostruários da Feira atual.
muita cousa interessante para sever e até para se estudar.
Vovôfaz daqui um apelo aos pais e aosprofessores de todas as
escolas pa-ra que compareçam, com vocês, carecinto da Feira e
procurem mos-trar á curiosidade le todos os ne-tinhos os produtos
em exposição.Um mostruário da Feira, qualquerque êle seja, é um
livro aberto quedeve ser lido e estudado por vo-cês. Todos os
Estados do Brasile muitas nações compareceram áfeira Internacional
com seus pro-dutos, com evidencias do seu tra-balho industrial, com
mostras doseu progresso. E' preciso que osmeus netinhos observem
esses pro-dutos, olhem para essas eviden- ¦cias, pesquisem essas
mostras, tn-do-lhes a orientar a palavra dospais ou a dos
professores. Quantacousa, se assim acontecer, nãoaprenderá vocês!
Quanta.noção decomercio, de industria, de progres-so o cérebro das
crianças colherádeante de uma palestra junto deum mostruário da
Feira.
Em todos os paises do mundo
que promovem a inauguração defeiras de amostras é obrigatória
avisita dos colegiais, das escolascom os professores a esses
ce/ta-mens. E muitas vezes as aulas sãodadas deante dos
mostruários. dosprodutos expostos. Desse modo,
todos os escolares têm uma noção,tão clara quanto possível, dos
rc-cursos econômicos das regiões queexpõem seus produtos.
As escolas municipais, nos anosanteriores, têm estado de visita'
aosmostruários das feiras, acompa-nhando os professores os
alunos.Mas não são apenas as escolasmunicipais as existentes nesta
Ca-pitai. As escolas particulares, pri-márias, secundárias e até
superio-res, têm muita cousa interessantepara observação e para
estudo nasfeiras de amostras: cada produtoem exposição é um motivo
de pa-lestra, é tema para sábia predile-ção, é assunto de aula. E
se fosse-mos observar, em lógica gradação.o desenvolvimento das
industriasali representadas, os recursos demecanização e de
aperfeiçoamentodo trabalho em geral, em todas asmanifestações do
labor humano,teríamos a mais bela exposição doquanto a inteligência
do homem seagitou em beneficio da humanida-de.
Visitem, pois, meus netinhos, afeira de amostras, em companhiado
papai, da mamãe, do professor,de alguém emfim que possa, apon-tando
cada cousa em exposição,explicar o quanto pode realizarde útil e
produtivo o trabalho hu-mano.
V ô V ô
Toda criança deve comprar o livro - "VÔVô DO TICO-TICO". A'
venda. Preço 5$00Q
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O TICO-TICO . — 29 — Agosto — 1934
NOSSOS AMIGUINHO
.ElOah Tei- Sebastião Luizxeira Al- Felipe e Ma-
ves ria Teresa
Edison Conceição Newton AlfredoGomes, filho do VieiraSr. Carlos
Gomes Aguiar
Murilo e Marilia, fi-lhos do Sr. Mario
Melins
LuizinliOr filho
Sr. Luiz Góes
NASCIMENTOS
® Com o nasci-mento de uma intc-ressante mcnin a, ——————acha-se
aumentado olar do Sr. José Pradella Sobrinho, rc-sidente em S. J.
da Boa Vista, e desua esposa, D. Leonor Cecilio Pra-delia.
# Nasceram em Itararé, SãoPaulo: a menina Maria Carmela, fi-lha
do Sr. José Lapastina e de sua di-gna esposa D. Yolanda Bandoni;
omenino Darvino Peruccio, filho doSr. Antônio Peruccio e de sua
exma.snra. d. Rita Pinheiro, e a meninaMaria José, filha do Sr.
Américo Jor-dão e de sua digna consorte d. Ceies-tina Canonica
Jordão.
* O lar do casal José PiresAzevedo, alto funcionário da
Câmarados Deputados, foi enriquecido como nascimento, no dia 25 de
Julho, deum menino que receberá o nome deGuilherme.
ü- « Nasceu a menina Ruth, fi-Ihinha do Dr. Ernesto Barbosa
daCosta e de sua esposa D. Erina Coutoda Costa. Ruth nasceu no dia
16 des-te mês.
ANIVERSÁRIOS
•_ * Faz anos hoje o meninoAmaury, filhinho do Dr. Sylvio Senae
nosso presado amiguinho.
O TICO-TICO iMUNDANO mÍJL,01^^'grtciosa assinante resi-dente em
Belo Hori-zonte, festejou ante-hontem a passagem
de seu aniversário natalicio.* # Completou seis anos sábado
ultimo o nosso estudioso amiguinhoMario Túlio de Magalhães.
O NOVO ROMANCEDO TICO-TICO
A grande aventura* * # de Jfulüa a **j
O TICO-TICO iniciará no pro-ximo número a publicação de umnovo
romance que terá, estamoscertos, da parte de todas as cri-ancas
viva aceitação, como obtevealiás Pedro Bombacha, cujo finalhoje
estampamos. O novo romanced'0 TICO-TICO é intitulado
A GRANDE AVENTURA DEJULITA
e foi escrito pela ilustre escritorapatrícia Lidia Besouchet,
autorade muitos trabalhos de leitura in-fantil. Esperem, pois o
proximonúmero d'0 TICO-TICO para le-rem o lindo romance
A GRANDE AVENTURA DEJULITA
EM LEILÃO...¦?. 3. Estão em leilão as moças e
rapazes da Praça Verdim:Quanto dão: pela côr morena do
Ângelo? pelos olhos de Vává? pelocabelo crespo do Bebeto?
pelosolhos sedutores do Jorge? pela prosado Geraldo? pelas risadas
da Durva-lina? pela gordura da Nydia? pelosolhos da Margarida? pela
graça daWannê? pelo rostinho da Lira? pelaelegância da Elvira? pelo
andar daVera? pelo riso da Áurea? pela bon-dade dá Helena? pelo
sorriso daCharlote? pela pequenez da Helianc?pelo sorrir da
Josefina? E pela lin-gua da leiloeira?
* * Estão em leilão os seguintesmeninos e meninas do
Encantado:
Quanto dão pela voz da Morena?pela côr da Nónó? pela bondade
doOswaldo? pela elegância do Walde-mar? pelo bigode do Frederico?
pelotamanho do Júlio? pelo sorriso doLuiz Victor? E pela elegância
da lei-loeira? — Flor do Encantado.
OS FUTUROS LEITORES D'" O TICO-TICO ..'"''-*' •
IIImÍm«|'||'|ÍmM.'"'»"TT""'' ..¦¦¦¦¦¦MMI I lllll-l "'""1". ~" '¦
LJimlwill .'
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H_P______P^ fcS3_
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' .i An ¦¦¦n.iMrn-irm—i ...i. ..ii.. ¦ ¦¦ - --
--"Tf- ¦¦¦! w_f ¦_."-
Nelson, filho do Hcloizia, filha do ReginaSr. Nicoláu D n ar-
Sr. Pedro Pinheiro
te Figueiredo do Nascimento Angela
Penhita e Leda, fi-Ihinhas do Dr.
Darlella
José Mariad e
Faria
Está á venda o livro -'HISTORIAS DE PAI JOÃO. Preço 5 $ 0 0
0
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2y — Agosto — 1934 7 —. 0 TICO-TICO
J^aT_sti__a, vai de aeroplano *________ Í""T~" "*
_^ / \ ^*'a *°'' mas mu*to contra á1 \ J_X vontatíe «Jo marido
que tem mui-
Faustina como mulher moderna, quiz lazer um ^o2Í° ^^ ™°& ^
^
passeio de avião. afeíTrn-i-th
írUllITTTTTVT-r, ~~~ ~> Assim que o avião elevou-se y ^í \'Az
Hfy Zé Macaco ficou
ffi^^mi —~~ no ar> começou a fazer piruêtas Á-yV-'-''^/
impressionadissimo.^^^^^^ffir e
cabriolasr- /ml \\\'-A\ Sabe
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O TICO-TILÜ — 8 — 29 Auo.-slo — l&Si
""' _ri__E-_____. ^^«Bâ____fi_m
lira h avia despontado o dia, Lamparina entrou em casa de D E
Lamparina depois fez tantas mesuras para manifestar o seuClementina
e falou: —
"Seu Carrapicho manda pedir á senhora pa- agradecimento que
esbarrou numa mesa cambaia e derrubou umra fazer o favor de pregar
um botão nesse fraque. jarro de louça . '
O jarro ficou em cacos. D. Clementina, então, dizia, com os pu-
No dia seguinte Carrapicho deu as suas ordens: — "Vá á casa
nhos cerrados: — "Emquanto não trouxerem um jarro novo eu não de
D. Clementina buscar a roupa que lá foi para se pregar um
bo-entragarei o fraque. tão. '
Lamparina pensou, pensou e afinal foi cumprir a ordem. Che-
Aquele embrulho parecia, peia sua forma, conter realmente umgou á
ca»» de D. Clementina e dUt- que vinha trazer um íarro novo jarro
novo. A velha entregou o fraque e depoi* desamarrou oi bar-e buscar
o fraque. bantes que apertavam aquele maço de jornais. Era uma
cafeteira,
velha, uma botina e um cabo de guarda-chuva.
"VOVÔ D' O TICO-TICO", é um livro que tem as mais bela» lições
para a infância. A' venda.
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29 — Agosto — 1934 — 9 O T I C O - T I C Ú
VIN XJE TVl I X_ _I__ E G XJ A. S SUBMARINASROMANCE DE JÚLIO
VERNE - ILUSTRADO POR CICERO VALLADARES - (11) - (Continuação)
íamos já subindo rapidamente, deixan-do, no fundo, a carcassa do
velho Vingador,quando, ao chegarmos á superfície, avista-mos outro
navio que se dirigia na nossa dire-ção. Um surdo estampido saudou o
Nautiluiapenas apareceu á tona de água a parte su-perior de seu
casco. Ned Land, pensando sem-pre em fugir, descobriu que aquele
navio erade guerra, que tinha esporão e duas cobertas,mas não
arvorava pavilhão algum.
¦H^*-*-"""**» ^^^^_i
Durante um momento só pareceu-nos que po-deria haver
probabilidade de nos escaparmos. Neddeclarou que estava resolvido a
atirar-se ao mar seaquele navio de guerra se aproximasse á
distanciaduma milha. Naquele mesmo instante ouviu-se umtiro de
canhão. O barco de guerra disparava sobrenós.
K*-*/_____i__f* j1 _^fe jh jjS _B_____C3~ir_| Iii_l_9r
__^__^____í ____.\
Mr^^Pn£ym\ I __n__5$£S_EÍ W^IP^JTTlWF .jl^^ *—^^—___*^
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O TICO-TICO — 10 — 29 Agosto — l9Si
O JL -R T JL KKIOIvIiLTICJL
A aeb(*WVA) £' fl IBffi + y^ÍOS
N£ST'MENTA DE FREIRA fS
a Sa c-%Sça '#(§> Ti?. sfèilÊr Êíc^> a
Eis outra carta enigmática para de- Damos a seguir o resultado
da car-cifração de nossos leitores. Deci- ta enigmática publicada
no dia 4 defrem-na e remetam o resultado desse Julho
ultimo.trabalho á redação d'0 TICO-TICOaté o dia 29 de Setembro
vindouro. "Jujuba. O Janjão é um menino
não quer soltá-la. Que maldade doJanjão! — Chiquinho".
Foram recebidas 1.804 soluçõescertas e premiada a do
concurrente:
VICENTE DE VITAresidente á rua dos Ingleses n." 11,na capital de
São Paulo.
Em sorteio, entre as soluções cer- muito máo. Hontem armou um
alça-ta*.*, daremos um prêmio: — um pri- pão e apanhou uin
tico-tico. Depoismoroso livro de histórias infantis. prendeu a
avózinha ,numa gaiola e
A princesa dos cabelos de ouroVinha gente de muito longe vêr
a
linda "princêsinha dos cabelos de ou-ro", filha do poderoso rei
da Gol-dlandia, senhor de imensas terras, deinumeráveis rebanhos e
exércitos in-¦yenciveis.
Sábios e letrados sopesavam aque-les cabelos da côr do sol e de
um va-lôr inestimável, pois eram de ouropuríssimo.
Quando a princêsinha completoudesoito anos, sua formosura era
de
encantar e poderosos' principes dasnações vizinhas vieram, lhe
oferecersua mão de esposo e os principadosque possuíam.
Até um grande rei, fascinado pelabeleza e virtudes da
princêsinha doscabelos de ouro, se apresentou tam-
bem na Goldlandia, precedido de nu-merosos arautos e batedores
carrega-dos de preciosas oferendas para a jo-vem princesa, emquanto
êle próprio
não se apresentava trazendo aindaoutros e mais ricos presentes
no seuséquito e nobre
A princêsinha a todos agradadatantas gentilezas e, com um
sorrisotriste, declinava da grande honra deser rainha ou esposa de
tão fidalgosprincipes.
Esse rei, entretanto, se melindroucom a recusa e, voltando ao
seu rei-nado, declarou guerra a Goldlandia.
Os demais principes cuja mão deesposo havia sido resusada pela
prin-cêsinha, inelindrados tambem no seu«nor próprio e orgulho de
nobres
21'r/ífcc"-y fí&m\ \
senhores, aliaram-se ao adversáriodo pai da princêsinha dos
cabelos deouro.
A guerra foi cruel e a princêsinhasabendo-se a causa daquela
carnifici-na entre os exércitos inimigos, saiuela própria um dia
para o campo dabatalha.
Era de manhã e o sol despontavaatrás das grandes montanhas que
cir-cundavam o reino de seu pai.
A princêsinha, com uma preciosatúnica branca, entretecida de
fios deprata e tendo á cabeça um riquissi-mo diadema de brilhantes,
se apre-sentou deante do inimigo da sua pa-tria, oferecendo-se para
morrer portodos, pois desaparecida ela, desapa-recia o motivo
daquela guerra.
Sua figura iluminada pelo sol nas-cente era como uma visão
radiosa.
Os exércitos inimigos ficaram ma-ravilhados.
Quem se atrevia a sacrificar aque-Ia formosura quasi divina?
Fizeram ali mesmo as pazes e aprincêsinha cortando, com uma
te-soura de prata, seus longos cabelosde ouro os mandou em
riquíssima
bandeja de cristal afim de selar comeles a paz que se acabava de
fazer.
Na primavera seguinte a princêsi-nha dos cabelos de ouro e cujas
ma-deixas lindas já haviam crecido no-vãmente, casou com uni
trovadoranônimo que soube cantar nos seusversos c dedilhando a lira
em noitesenluaradas toda a beleza daquelescabelos de ouro e a
beleza aindamaior da alma pura da linda princè-si nha.
Maurício maia-*"*«--N-*-****----'>-»*v**-*-»*-y,v-'^^ .
-Toda criança deve comprar o livro *-- "VOVÔ DO TICO-TICO". A'
venda. Preço 5S00O
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29 _ A-josto — lí»3í — II 0 TICO-TICO
AVENTURAS DE BROCOIÓ—*"'' ' ¦ '¦—-¦
,^^11 1 '' ^DKt^EK' vE N_^____F ___— Esta moça vai segurar sua
ca- — Sim, sim, Brocoió, imii rei tem — Esse barulho, Magestade, é
fei-
beca emquantc o senhor estiver sempre aborrecimentos. Eu agora
te- to pelo general Búzio, que está fazen-aborrecido! — disse
Brocoió Dará nho aborrecimento de ouvir esse vo- do lá fora
discursos sobre o passadoliei. eerio! de V. Magestade!
"BANDEIRA BRASILEIRA"
Deus do céo! Será que êle vai — Mas, Magestade — atalhou
Bro-descobrir os meus segredos? — fa- coió — um rei não pode ter
semeia-lou, a chorar, o velho rei. do más ações!... — Ah!
Brocoió,...
E' aquela que num dia de gloria,tremulou triunfante ao sopro
dosventos paraguaianos!
E' verde como as florestas virgensdo Amazonas em cuja ramaria
osolhos se deleitam deslumbrados, nacontemplação dc tanta beleza e
ma-
gnificencia!. ..E' amarela como o ouro que por to-
dos os recantos deste imenso Brasil,brilhou, no seio
inconmcnsuravel donosso solo reaniinando as nossas es-
perançaSeTiveste por escravo, o heróico
...eu quando fui moço semeie máaveia para alimentar cavalos na
terrat
(Continua no próximo
número)¦"-*-*-"-*-"-"--J".-."»-JVJV'y-W.-.'
Paes Leme, que soube mais.que todos,buscar-te no recôndito
misterioso on-de existias.
E' azul como o nosso céo salpicadode estrelas, onde se observa o
sober-bo e invejável Cruzeiro do Sul, sem-
pre decantado em todo o Universo,motivo de nosso orgulho. :
Vinte e um Estados, que represen-tam vinte e um pedaços deste
gigan-te Brasil, que hoje e para sempre,
marcharão pelas aléas floridas erabusca do triunfo e da
perfeição."Ordem c Progresso": — Sob oteu domínio surgiu o grande
Buy Bar-bosa, orgulho de nossa raça e quesoube mais que todos,
aproveitar astuas palavras de ouro e compor o hi-no de paz e da
prosperidade, fazei:-do4e grande como és. oh! miahabandeira
querida!...
Eu te saudo como símbolo doamor e veneração!...
Florim Pinheiro, aluao da 1* sériedo Ginásio Brazopolis.
Estáá venda o livro-"HIS TORI AS DE PAI JOÃO. Preço 5$00O
-
¦O TICO- i I C O — 12 — 29 — Aoosto — 195Í
\mmmm*f»*fmm^mmm***^mm0mm^ >%.*^V**V^^^^^^^^^^*
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*^«^«»VM%A#WVWVÀ*v*^^>v»^A» ~w>~v-^.wwwwwvvvy» %_3 #-* m# 8
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2
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O TICO-TICO 14 Agosto — l.m
HISTORIA DO RATINHO CURIOSO(Desenho de Walter Disney e M. B
hrcrks. exclusividade para O TICO-TICO. em todo o Brasil)
(_)mtD^^í 7fr ^A.?.., r>£à_O cosinheiro da tribu dc
selvagens
mostra Ratinho ao rei e diz que vai fa-'zer com êle um prato
maravilhoso.
E o pobre Ratinho, a dar gritos de terror, é carregado pelo
cosinheiro queempunha enorme facão. Atráz do cosinheiro, uma
confusão enorme de asso-bios, a tribu toda corre, dando saltos.
jsfx^js%^jl^ ;'.tUd I ' Q°:fe^*^á3lwN^
-
29 — Agosto — 1934 - 15 O TICO-TICO
¦•v''^(^^*v^^•^/^^v^-^_*¦•v'^_•¦v%*%*^/'^^
G O . ü U M. É L O
Os cogumelos venenosos eramtambem chamados "instrumentosde
sapo". Aliás nada têm a vêrcom os sapos. Este nome
veiuprovavelmente do alemão — todand sthul — que significa —
mor-tal stool — devido á natureza des-tas plantas. devem ser
pisados e destruidos quan-Segundo a lenda, os cogumelos do
encontrados no campo, pois, abri-
*s*****a*an*****a**AatA»tAmmak^immMt0t0tfatsSjm^f
.—_*-_-_"_-%,
GEOGRAFIA PITORESCA
gani demônios. Se um destes ducn>des descobrir alguém, uma
febremaligna o atacará de modo que serecomenda tomar quinino
imedia-tamente.
Outra lenaa diz que se um de-monio avista uma vaca, ela começaa
dansar e a fazer piruetas comopossessa.
UMA VISITA A' REOIÃO EM QUE VIVERAM OS ANTE-PASSADOS DE
WASHINOTON
As grandes figuras da história,afinal de contas, quasi que não
têm
pátria, porque todos os povos cul-tos se interessam grandemente
porcies, procurando tirar de suas vi-das uma lição de patriotismo,
dacoragem, de tenacidade c de gloria.;
Assim, que dizer, por exemplo,He Washington? Toda a gente
sabeque esse general, fazendeiro e es-fadista foi o chefe da
revoluçãoamericana, que libertou a sua pa-tria da Inglaterra. E
quem estudara figura de Washington, não po*dera deixar-me de
interessar-se,
por exemplo, com o estudo dosseus antepassados inglezes_
Os americanos, quando visitam a
Inglaterra, timbram em fazer umademora em Sulgrave Manor, a
re-sidencia ancestral dos Washin-
gtons. Mas quem visitar essa re-
gião, não poderá jamais esquecê-la,
porque tem recantos admiráveis.
A familia Washington nasceufto condado de Durham, dondetíepois
passou páía o condado deLancaster. Nos tempos dos Tudo-
(Por TEMPLE MANN1NG)
O parque de Sulgrave Manor, re".sidencia secular dos
antepassados
de Washington.
res, a familia fez outra migração,fixando-se no condado de
Nor-thampton. Muitos historiadores ini-
ciam o estudo da familia de Was-hington com Laurencé Washin-
gton. Foi elle quem adquiriu o Ma-nor de Sulgrave, no tempo da
Re-forma, quando as propriedades ca-,tholicas foram
confiscadas.
Sulgrave Manor e uma velha casade pedra, de linhas nobres e
deproporção regular. A grande portade entrada em estilo Tudor
apre-senta o brazão d'armas da familia.
Hoje, Sulgrave Manor se" encon-Ira completamente restaurado,
dcmaneira que vale a pena conhecer
•essa residência famosa,Outra localidade que se encontra
associada á vida de Washington éLittle Brington, perto da cidade
deNorthampton. O filho de LaurencéWashington vendeu Sulgrave
ecomprou uma casa em Little Brin-gton. Esse filho chamava-se
Robert,que, no entanto, quando faleceu,foi levado para Sulgrave,
onde foienterrado. Seu filho, Laurencé pas-sou a vida em uma casa
de LittleBrington.;
Sulgrave Manor é, pois, um dos
pontos de peregrinação para todosaqueles que desejam conhecer
ahistória de Washington e da suafamilia. Toda a região em que
fica
Sulgrave Manor é, realmente, ad-«
miravel e impressiona vivamente,
Toda criança deve comprar o livro - "VOVÔ DO TICO-TICO". A*
venda. Preço 5$000
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O TICO-TICO __ Aijo-ito _. i93í•_!J
'
_ TICO-TICO
Grande Presépio do
s
Nãtal-hP»n-2Pedimos *°8 nossosamiguinh-5 «me obser-vem bem °
Modelo co-lorido que Publicamos.As figura5 devem serbem recordas e
osjuportes doados.umpouco p»rí tras* Paraque fiqU-*1 bem fir-mes,
será «°nvenientecolocar ej*lar umapequena *J* feita depapelão b«f
Srosso oude pedad^ de folhade zinco, *' •« seçui-da colar i-^gar
com-petente. Q^o ás po-sições da-5 pguras es-tão "a ^ntade ougosto
a*Mico" dequem ari*»** ° Prese-pio. Obs-r^os, po-rém^ueP^^emco.lar
de ^
-
O TICO-TICO
O TICO
-> 18 --
TICO SKTI "SI29 — Agosto — 1!):;}
Amor com amor se paga
A*|i \ I / \Estcu vingada! \«j \ yNão tenhas medot ul Y )
14 *
O Tico-Tico, á beira de umlago, viu emergir cTagua a cabe-ça de
um sapo. Mais adeante,sobre uma folha verde que flu-tuava, uma
formiga aflita pare-cia pedir socorro. Num gesto...
...caridoso, êle saltou para o ladoda formiga e, puxando a
folhapela haste, pô-la em terra livran-do-a da voracidade do
sapo.Este, ficou indignado, pois nãocontava perder a presa
e,...
...por isso quis investir contra oseu salvador. Nesse
momento,porém, surgiu uma cobra e abo-canhou o sapo. A formiga
pôs-seem lugar seguro, trepando n'u-ma arvore, prometendo ao...
| Amor com amor se paga!_}
...Tico-Tico pagar-lhe na mesma moeda. Algunsdias depois a
formiga encontrou á beira do lagouma arapuca (armadilha que as
crianças fazempara apanhar passarinhos). Estava armada e,portanto,
deveria «er...
...para apanhar o seu salvador. Chamou as suascompanheiras e,
reunidas, desarmaram a arapu-ca. Quando o Tico-Tico chegou.e lhe
agradeceuo favor, a formiga lhe disse:
— Amor com amor se paga!
-
29 _ Agosto — 1934 — 19-- O TICO-T1CH
_5*XK_-.CICIO ESCOLARDESENHOS PARA COLORIR
Ç^í \
A caravela O menino
Os quatro desenhos desta pagina devem sèr coloridos a lápis de
côr ou aquarela. Constituem tais desenhosmotivos para os nossos
leitores se aperfeiçoarem na bela arte que é o desenho.
--•__i_l»^-*p«--»_-P-_-p"p--__m_--*^ ¦¦ ¦_P_P*_^--_BP-_---i mmma
i- ¦ ¦_¦ ¦-—¦ _ ¦¦¦ i ¦'¦ -—¦-.-- ¦ ¦ p ¦¦ __¦—___-—__—
íi-
^íBIli O-• I -— -- , -.
O mexicano As [mtas
"VÔYô D'0 TICO-TICO" E' UM LIVRO NECESSÁRIO A* CRIANÇA. A*
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'O TICO-TIC O 20 - 29 _ Ãgusto VXVí
AS PROEZAS DO 6ATO FÉLIS{Desenho de Pat Sutlivan - Exclusiridade
do O TICO-TICO. para o firas??)
m&&*\lk&fc>»i&i&&*>*^^ ^
l_i? réti _*PTI ~—í m; w~i^mWÊ-W :'' -0e^
E Cato Félis. num instante, surgiu tra- ....gostando da pilhéria
de Gaio Félis. Retirando-se o freguez. Gatozendo duas enormes
pilhas de livros. E o Ere- protestou vivamente e quasi que agride o
Félis vê entrar na loja um ho-guez. nao. livreiro patrão dc Gato
Félis.. mem que.,
kmi m.
...começava dar gritos e a ameaçaro patrão. Era o fiscal das
vendas mer-cantis que vinha cobrar a. ..
1 mré? •"
-
52 OS ROMANCES 13 "O TICO-TICO"
EPÍLOGO
Difícil seria descrever a alegria com que os Ire. foram
recebidos na fa-zenda, a emoção do pai de Silvinha que "passara
dias de imensa aflição. Ojúbilo dos pais de Pedro '-Bonibacha",
cuja bravura correu por Soledade comoum relâmpago, enaltecendo suas
qualidades, sua habilidade dc gaúcho e o des-temor com que se
defendeu dos bandidos.
Uma forte união consolidou-se entre o fazendeiro Carvalhal e o
chacareiroJosino e duas criaturas, Pedrinho e Silvinha nunca mais
se separaram.
Serão velhos, agora, mas o coração e as belas qualidades nunca
envelhecem.Será verdadeira esta historia?Muita gente ainda vive
pura podê-lo afirmar!
4, .3. .;. .j. 4. •$• 4. .;- .5. 4. 4, 4a 4» «í**í" •*_* *{• *í*
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•;• •;• •;• •;• •;• •:- •;• _••j» -i- -1- 'l' V "fr ." V -' '•" v
*fr '•*
PEDRO BOJIB.-f.HA 49
E' isso!Voltaram ambos com todas as precauções cm busca dos
cavalos, e os trou-
seram até á beira do córrego, ocultando-os atrás de grande
moita.Pedrinho vibrava de Indignação, ardia por. entrar cm luta,
aconteça o que
acontecer. Armou-se de laço, de faca, apertou as correias dos
arreios. As bom-baebas assentaram-lhe bem e o lenço que a madrinha
lhe dera estava enroladoem seu pescoço. Nada faltava para ser um
gaúcho apreseutavel. O, "Garra»-'cho" não era lá um animal muito
fogoso, devido ã idade, mas inteligêncianinguém lhe podia
negar.
Esperavam pacientemente que os bugres mergulhassem no sono,
massempre ficou um acordado a vigiar, e bem ao lado da menina, que
parecia dor-mir sobre um saco estendido na relva, a sonhar talvez o
conforto na "fazendados pais.
Passou-se assim a noite toda sem se apresentar uma ocasião
propici para_.-- agir. Ia amanhecendo.
Os bugres, aos poucos iam-se levantando, espreguiçando-se e
arrumandonos selins os objetos que haviam espalhado pelo chão.
mantas, uelêgos, de mis»tura com sacos e caçarolas amassadas.
Faziam isto sem cuidar da menina que ainda dormia sob uma manta
re-nicndada.
Vendo-a pouco vigiada o Pedrinho arrastou-se sorrateiramente por
entre a.relva e resoluto acercou-se da menina. Acordou-a o
imediatamente íc.-lhe sinalde calar-se e de segui-lo de
gatinhas.
Não pouca foi a surpresa da menina ao deparar com o Pedrinho
mas, anteo gesto enérgico dele dispoz-se a obedecer cegamente.
Arrastaudo-se ambospsla relva alta, o bastante para ocultá-los, em
pouco iam alcançando o "Gar»
rancho" no limiar da mata.De repente o Basilio que se achava a
pouca distancia deu o alarme, pois
vira um dos bugres, que, dando pela falta da menina avisara aos
companheiros.Mais que depressa Pedrinho suspendeu Silvinha no sclim
e agilmeute saltou
á garupa c tocou o animal a galope.Ouviu-se um disparo de
garrucha, mas não se amedrontou o rapaz, em
cuja cintura agarrava-se a menina.Desceu a encosta, pensando que
breve ficaria distanciado dos bugres, mas
viu que um destes estava prestes a alcançá-lo, porquanto havia
enveredado porum váu, encurtando o caminho.
Vou laçar esse bandido — disse o Pedrinho, destacando do selim o
laço,rapidamente pondo-se a roteá-lo no ar.
Com tanta segurança de pontaria o fez que apanhou o bugre bem
pela.cintura, desmoutando-o da cavalgadura e dando-lhe o
trambolhão.
Pedrinho havia enrolado no braço o outro cabo do laço e quasi
caiu de-»vido ao violento puxão se não refreasse o "Garrancho".
Contudo seu braçoficou bem magoado, mas não largou a corda.
O bugre é que ficácara cryn os ossos em petição de miséria, mas
devi_-_esupor que, conseguindo livrar-se da corda logo se atiraria
sobre o assaltante.
-
60 OS ROMANCES D'" O TICO-TICO"
Oportuna foi então a intervenção de Basilio, que com fulminante
rapidezreduziu o bandido á impotência, não só. como fê-lo rolar
pela ribanceira atéo rio. v
Entretanto os outros bugres estabeleciam o cerco e se
aproximavam docarreira.
Alcançariam o Basilio e não o 'Pedrinho que, com a menina
agarrada á,cintura, levara o "Garrancho" numa carreira
desenfreada..
CAPITULO XIV
INTELIGÊNCIA CONTRA FORÇA
Quando era de se supor que Basilio procurasse escapulir á
investida dequatro bugres, que, apesar de atirarem de garrucha, com
tiro algum consegui-ram alcançá-lo, esse valente pelotense
esperou-os de pé firme, com o propósitotalvez de dar tempo ao
Pedrinho na fuga.
Seria um sacrifício?Não. Era uma cilada.Os bugres acercaram-se
do riacho que atravessariam, mas naquele ponto
onde o fariam, Basilio vira enorme buraco oculto por espessa
grama.Postou-se á beira bem do lado oposto, de modo a obrigar os
bugres a des-
cer aquela encosta traiçoeira.Foi o que aconteceu.Tres dos
bandidos despenharam-se no buraco um sobre outro com as res-
petivas montarias e o quarto, sustando em tempo o animal,
executou uma re-viravolta, mas o animal escorregou e, rolando pela
ribanceira, foi cair em cheiosobre o bugre que, no meio do riacho,
procurava agarrar-se a uma pedra elivrar-se do laço com que Basilio
o envolvera
Postado á outra beira, Basilio ria, escarnecendo do revez dos
bandidos.Conheceram, bestalhões? Um pouco de inteligência eu
tenho.' Agora,
alcancem-me se puderem.Agilmente satou sobre o cavalo e deu de
rédeas, tomando o mesmo rumo
do Pedrinho que já dera a volta a extenso matagal.Até á vista,
sujos! — cumprimentou de longe.
Esse bando de bugres era bastante forte não ha dúvida que,
refeitos dorevez, eles continuassem a perseguição, o que, de fato
aconteceu, mas porpouco, pois as cavalgaduras, bastante contundidas
pela queda, iam mancando,tropegas e dai a pouco estacaram,
recusando continuar o caminho.
Foi só meia hora depois desse fato que Basilio conseguiu avistar
o Pedri-nho no tope dum morro.
Vendo que não era seguido, Basilio emitiu agudo silvo, ao qual
feürinho)respondeu e ficou esperando pelo amigo.
A bugrada debandou? — perguntou o rapaz.
PEDRO BOMBACHA «uSe debandou — respondeu Basilio. — E' pena que
o castigo fosse pe-
queno, mas garanto que si eles se atreverem a nos perseguir,
mando-os veras arvores pela raiz. Vamos, que são já tres dias ou
mais que estamos fora decasa.
Coitados do papai e da mamãe! — lamentou Pedrinho,
suspirando.Você lamenta os seus, e esta menina?Breve cairá nos
braços do papai dela, não é, Silvinha?Os olhos da menina, marejados
de lagrimas, foram a mais eloqüente
resposta.Vamos! — disse Pedrinho, impaciente.Espera. Você ainda
não perguntou a essa criatura se ella tinha fome
ou não.E' verdade.
O menino tirou de um saco, o do bugie, alguns alimentos
malfeitos e pfe-receu-os a Silvinha.
Obrigada, mas não estou com fome.Tem razão. Quem ha-de sentir
fome perante esta porcaria? Lá na ía-
zenda do Sr. Carvalhal almoçaremos direito.Basilio havia,
entretanto, cortado algumas fatias de queijo, este de boa
origem e distribuiu-as aos meninos.Haviam todos apeado e ficaram
sentados sobre a relva.Nenhum deles, -havendo dormido, sentia-se
com sono.Disso se apercebendo, Basilio propôs:
O m-eflior que te-mos a fazer é procurarmosum abrigo seguro
paradescansar. Eu ficaria vi-giando. contra algumasurpresa.
Pedrinho, com osolhos fixos no horizonte,carecia distraído.
De repente, seu rostoenérgico iluminou-sa e ex-clamou:
Descansar ? Nãodiga! Estás vendo aquilolá no fundo?
Bas 11 i o e Silvinhaolharam para o lugar in-dicado.
E' a fazenda do Sr. Carvalhal, o pai desta menina! A cavalo,
rapaziada.Adquirindo novas energias, alegria desmedida, partiram
todos a trota
cerrado na direção da fazenda.,
jKI\ «4_?C^>
-
., 29 — Agoslo — 193_ — 23 O TICO-TICO
finclíFéfiiücÉü^e \/iw/ú/aur que dôr que., ti.
f'M\ £>E BARRIGA1 1 MANDOU CO-#Nfl -, KaMcR REPolhc«sv . X? '
A £^cab_:ch.
A ... VOUCURAL-O
•_-!,*%?
ɦ UI.Pare.ce. que comi dina-
.. itej ' 0(1/7" SUA BARRIGA ESTA'Ror.(At.O_
1 £^« QUANDOÇj e' QUE
].oü/MORRER,ÍOOÜTUR.?'
O CASO ê7! i AINDA BEM '. PANDARECO*" -**W//Í ET CHAUFFEUR
SER cuá^^00 COM
¦—~~-" lw __.! __y^—~^^ __!; __Li__F_l»
_%üj^p 4 *
SO LITROSBAST_-M
^^S^*^^s_^^ NKlSE.RtCORDlA'. MINHA _ARR\GA\irou MOTor?_ / onde,
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O TICO-TICO 24 29 _ Agosto — 1031
A ARANHA EA MOSCApor CHRISTOVAM DE CAMARGO
Escute. D. Mosca...Ih! — si a aranha já a estava chamando a
outra dc don.i.
-
2í> — Agosto — 1934 25 — 0 TICO-TICO
fls aventuras de Bolinha e Bolonha - i) LUTA OE G0li.Bi.Qi.;'
•""' js**&ÊM\ ' |f '.
; : "'
Hoje estamos de sorte, Bolinha!. O vendeirq distraiu-se um pouco
eeu "comprei" esta lata de goiabada...
¦'¦ . ¦ .'
'
¦ ¦'
¦igi&ljj
y%
Chi! Bolonha; você não tem geito para nada.Deixe isso comigo!
Você vai ver comose abre uma lata em dois minutos...
__—
A lata está um pouco enferrujada.Mas não ha de ser nada . .
.
;- 'vmaet, i
Bolas! Bolas! E mais bolas!Já começo a perder a paciência i
Tambem, como quer você que eu abraesta lata com um ferro velho,
desta marca?
Bolinha, meu bem! Desperta, comeremoso doce, assim mesmo. Com
lata e tudo...
"PAPAI". «RLivv.Ds--u,Ti,iJDcAADf à venda
-
0 TICO-TICO 26 — 29 — Agosto — vm
O TICO-TICO EM S. PAULO
1^^^^^^^^^TURMAS DE ALUNOS DO GRUPOESCOLAR DE FRANCA, em São
Paulo.
-
29 — Agosto — 1934 — 27- 0 TICO-TICO
Nossos ConcursosHESULTADO DO CONCURSO N.« 59
Erb
Solu rata daeciicurso.
!T'.:sto,naco, LuiiAbreu, Mareia Schiiii, Giid;1 ,|te> José
Esteves Aguiar,
Sclucionistas:Failer, Cyrene Louto,Heloisa cia Fonseca
Ro-ilrignes, Roberto Souto.Nilo Louro. José Ferei-ra Pinto, N o r m
a daCunha .Moreira, Erme.linda Gonçalves, JorgeJnkievitz, Alfredo
Nigri, Francisco de As-s's de líarros, II um*berto Lage Junior,
Hu-guette Bccker, JahyrFábio Freire, VirgíniaPitanga Maia, José
T.-ti-ra, Rachel Toledo, Gilda de Albuquerque,Ione César
Roberto,Luis Guilherme de Frei-tas, Henio da Victoria,João Alberto
Ferreira,Dejoces Baptista, JoãoBaptista Vas cen cel los,Filipe
Namur, TsnnelMattos da Silveira,George Gomes Cruz,João Bosco Lemos
Fer-
[«¦ra, Paulo Jordão, Paulo Galante, Gastão AnMaria de Lourdes
Alves, Zczínho Lomo-Carlos P.- Almeida, Julia Campos de
Ida Barros, Paulo F.., Kepla Santos, Aniza
Moniz Aragão Lemos, Artliur Fernando Strutt.I-uis Sccco da
Silva, Leonor Nogueira Soares,Fernando Maciel Carvalho, Joaquim F.
Leite,Ceres F. Leite, Alberto Cumplido SanfAnna,Clecy Porto
Cardoso, Oswaldo Curvelhamo, Se-bastião d'AngeIo Castanheira,
Danton César Ba-]'í'sta, Lais M. Barros, Lourival Caldeira
Gui-marães, Carlos Murillo Cruz, Walter Fonseca,Accacio de Moraes
Junior, Maria de Lourdes W,Machado, Talita Caldas, Iza M. Carvalho,
Ma-rita Passos, Henrique de Oliveira, Geraldo Nu-nes Scbastiam,
Cclia Amaral, Antônio de Almci-da, Jandyra S. Camargo, Nelson
Teixeira, OttoFischel Santos, Léa Barbosa Gomes, Ernani Gra-Jiha,
Jorge Sebastião d'01iveira,
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O TICO-TICO 28 '19 Agosto — .0_i
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da Silva Freire, Oldgard l>iasForam premiados com um lindo livro
de histó-rias infantis os seguintes concurrentes:
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RuaAlfredo Chaves, 46 (Botafogo) — T
-
29 — Ayoslo — 1934 — 29 — 0 TICO-TICO
J
ORIOLO E CAROLINA
i! ga^i^ _L_
vFi^O pássaro "oriolo" deBaitimore, é assim chamado
devido á sua cor, preto e Ia-ranja — e em honra delord
Baitimore.
Quando os primeiros; exploradores chegaram á
Norte America acharammuitos e lindos pássaros eque eram
esplendidos cantores
~~^£ ('¦ >S_-^—í
-
— 30 —D TICO-TICO
ASORTE
DOANTON-ICO
25> — Agosto — 1934
^» y//
\±Y// — Assim o pe-\ queno nao vat
Com doze anos de idade,era Antonico um peralta a va-ler. De
estudar não queria sa-ber nada; trabalhar, muito me-nos. Só
brincar, muito... brin-car sempre.
Filho único, a principio fo.ram os pais fazendo-lhe todasas
vontades; agora, porém, queo menino passara dos dez anos,o caso
mudava de figura.
E Antonico não gostava na-da disso.
Só levava ouvindo:Antonico, onde estão os
teus livrosí?São horas de estudar, An-
tônico.
Aproximava-se o dia de S.João.
Era costume em casa de An-tônico reunirem-se moças e ra-pazes
para tirarem a sorte, dan-*sarem, festejarem emfim o diado glorioso
Santo.
E os fogos chegavam e osbolos se faziam cada qual maisbonito e
apetitoso...
"CHIQUINHO d'Ò TICO-TICO" é um livro de sucesso para todas ás
crianças.
Vendo- as primas, já mocinhas, prepararem as sortes, An-tônico
resolveu, pela primeiravez, também tirar a sua e foientão um dobrar
d e pa*péizinhos que nunca mais
se acabava.
Que iria Antonico per- y
guntar? Com quem se casaria?Mas Antonico era muito peque-no e
não podia pensar em casa-mento.
De estudos? O que êle iriaser?
V*UA PARES
bem, dizia André, o
jardineiro, á Maria, sua
mulher, ambos empregadosna casa dos pais do Anto-nico.
Mas André... -Nada, nada, repetia o ho-
mem á porta da cozinha. Nada!Si êle não mudar de vida dou-
Ah! isso mesmo era o que o ,he uma sufra tremenda) rasp0.pequeno
não perguntaria nun- ,he a cabeça e mefaW) na £scf>ca! Si êle
tinha um horror ,a de Mar*nheiros...enorme aos livros... _._
Antonico estava amolado.
Que é que êle iria perguntar a
S.João?— Nada! O santo que res-
pondesse o que quizesse...E, com esse pensamento, o
menino encheu a bochecha da-
gua e se ocultou atrás da por-ta da cozinha.
Até hoje nem o André nema Maria souberam porque um
grande bochecho dágua caiuno meio da cozinha e porque,atrás da
porta, o Antonicochorava como um bezerro des-mamado...
Leonor Posada
-
29 — Agosto — 1934 — 31 — 0 TICO-TICO
íí-fc^^B cm,quinmqI i
JOTIIKA IRr-CTITIC5Q TICO-TICO
O melhor presente para as creanças éum livro. Nos livros, cujas
miniaturasestão desenhadas nestas paginas, hamotivos de recreio e
de cultura paraa infância. Bons livros dados ás ere-ancas são
escolas que lhes illuminama intelligencia. O bom livro é o
melhor professor.
vovô ir o mo-mude CARLOS MANHÀES
HISTORIAS IM] l>AK JOÃODE OSWALDO ORICO
PAPAIS de JORACY CAMARGO
fitANDAKECO, l»AKA-CHOQUE a VIKALATA
DE MAX YANTOK
im aiai;ai:o « faustinade ALFREDO STORNI
chiquinho oo tico-ticode CARLOS MANHÀES
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Chiquinho sonhou que o carteiro lhahavia trazido um oficio com o
selo da Pre-íeilura. — "Sr. Francisco do Tico-Tico"?indagou.o
carteiro. — "Sou eu mesmo, opopular Chiquinho'"
O menino, nervoso, rasgou o envelo-pe e leu. . . Resolvemos
atender o vossojusto pedido protegendo o Jardim Zoologi-co desta
maravilhosa Cidade da Cuanaba-ra, etc, etc.. . .
Chiquinho correu ao Jardim Zoolo-gico e espalhou a noticia. Os
bichos senti-ram-se na obrigação de irem em carne eosso, agradecer
o favor que lhes presta-ram. E, assim,. . .
L___ -^—i ~~^. . .foram: leôc», ursos, macacos, lobos, onças,
elefantes, zebras e girafas, .isitar o Prefeito que. não quis,
ponderadamente
receber
a comissão. Chiquinho no momento em que falava ao continuo,
acordou. .,
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