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Voice Design Voice design é uma área do conhecimento proveniente de estudos multidisciplinares sobre as relações que cada campo pesquisado tem com o universo do som, capaz de subsidiar a viabilização plena dos atributos da voz para fins comunicacionais, educacionais e relacionais, além da identificação de novas funcionalidades resultantes da convergência interdisciplinar que promova a expansão da comunicação humana.
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Voice Design

Mar 23, 2023

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Voice Design

 

Voice design é uma área do conhecimento proveniente de estudos multidisciplinares sobre as relações que cada campo pesquisado tem com o universo do som, capaz de subsidiar a viabilização plena dos atributos da voz para fins comunicacionais, educacionais e relacionais, além da identificação de novas funcionalidades resultantes da convergência interdisciplinar que promova a expansão da comunicação humana.

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Entre as áreas investigadas pelo voice design, estão: antropologia, filosofia,linguística, neurolinguística, neurociência, acústica, retórica, música, fisiologia, medicina, psicanálise, hipnose, arte cênica, dublagem, animação, storytelling, entre outras não menos relevantes.

A função do voice design é prover a aquisição plena do estado de consciência do processo comunicacional que permita o domínio completo sobre os atributos da voz, da habilidade da escuta e do cenário onde a comunicação está sendo realizada.

O voice design oferece um conhecimento teórico e prático com propósito de ampliar a dimensão da comunicação formal e informal, interpessoal e intrapessoal , estruturada e não estruturada, envolvendo a estrutura discursiva da mensagem, a lógica da linguagem e a estética da voz, a identificação, a interpretação dos significados dos códigos sonoros usados na oralização.

O voice design enfatiza que é essencial a prática de pensar antes de falar, ganhando assertividade na comunicação, evitar o conflito e o ruído e semear informação, diálogo e relacionamento humano.

O campo de ação do voice design compete criar, elaborar, planejar, desenvolver, organizar e modelar a voz, como a última instância do processo comunicacional, num sistema de sonorização vocal capaz de atribuir diversas funcionalidades, permitindo o controle sobre diferentes parâmetros acústicos de diversas fontes sonoras, materializado pelo desenvolvimento de interfaces analógicas ou digitais, com o propósito de potencializar a retenção do conteúdo transmitido.

A estrutura do voice design baliza-se:1) Na performance da condição melódica da voz sustentada pela estrutura na música instrumental e vocal, como timbre, freqüência, entonação, tonalidade, altura, intensidade, amplitude, velocidade, volume, ritmo, harmonia, métrica, arranjo, nota e pausa, entre outros.

2) Num paralelismo com os pressupostos do design gráfico, como tonalidade, alinhamento e proximidade, aplicados analogamente ao universo do som produzidopela voz.

3)  Nos conceitos, fundamentos e processos do design instrucional, se constitui num aprofundamento de um dos seus pilares, o da instrução, compreendida como a atividade de ensino que se utiliza da comunicação para fins de aprendizado, bem como, do design, definido como resultado de um processo ou atividade com propósitos e intenções definidos, em termos de formae de funcionalidade.

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A metodologia aplicada compreende a construção de um engenharia que atenta  a demanda do perfil do público, capaz maximizar a assertividade na comunicação, com o propósito de promover efetividade e afetividade.

A proposta é sustentada predominantemente na antropologia e com base na arte da retórica e na construção da tradição oral, compreendendo a formulação fraseada do conteúdo a ser oralizado, preferencialmente usando sentenças curtas e na ordem direta, sem o uso de preposições e conjunções.

Quando o recurso gramatical for requerido, a indicação da metodologia é elaborar nova frase e assim consecutivamente.

Na seqüência das frases deve se aplicar o recurso da versicularização, com o propósito de imprimir musicalidade, melodia, ritmo necessário para viabilizar a memorização do conteúdo pelo receptor, ouvinte, aluno.

O planejamento fonético compreende a aplicação contextualizada de: entonação, tonalidade, ritmo, velocidade, volume, freqüência sonoras, amplitude, tom de grave e de agudo, entre outros recursos de fonação.Concomitantemente ao planejamento fonético, o aprendiz deve exercer prioritariamente um monitoramento perceptivo sobre o receptor e sobre o cenário onde a comunicação está sendo realizada, considerando entre outros aspectos as condições logísticas, estéticas e acústicas, permeadas pela aplicação de pausas estratégicas e perguntas promotoras de diálogo.

Propõe a elaboração de planejamento para desenvolver habilidades de produção erecepção de conteúdos orais, que exigem preparação e roteirização adequada a fala, capaz ganhar assertividade na comunicação, com o propósito de promover efetividade e afetividade.

Cabe ao aprendiz ser capacitado para monitorar o limite da memória de trabalhodo receptor, atentando-se quantificação de informação por tempo de exposição que não comprometa o espaço para o processamento do mensagem e que garanta o armazenamento pela memória de longo prazo, de modo suficientemente afetivo quegere motivação no receptor para uma experiência com o conteúdo memorizado e com isso viabilize a sua aprendizagem.

A memória de trabalho une informações visuais e auditivas e posteriormente as integra ao conhecimento já armazenado na memória de longo prazo. É por essa razão que oferecer palavras, imagens e sons em uma apresentação unificada torna a integração entre os canais processamento sensorial mais fácil.

O voice design compreende a aplicação simultânea e sincronizada da narrativaoral  com elementos gráficos e visuais de aprendizagem, nos diferentes planos e perspectivas audiovisuais, visando potencializar a retenção do conhecimento transmitido.

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Promover exercício de diálogo, oportunizar o compartilhamento das competênciase experiências individuais e coletivas.

O voice design considera que a voz é a função do corpo que mais se expõe e a que mais nos expõe e que saber utilizá-la com excelência é uma importantíssimahabilidade e um relevante fator de humanização das relações pessoais e profissionais.

Ferdinand Saussure, que é chamado o pai da linguística moderna, insistia na superioridade do discurso oral, e entendia a escrita como um complemento dessediscurso.

A partir daí, muitos estudos foram desenvolvidos sobre fonêmica, que é a área científica que se ocupa do som das palavras. Henry Sweet, um inglês da época de Saussure, dizia que as palavras não são feitas de letras, mas de sons. Os seres humanos se comunicam de formas diversas, mas nenhuma delas é comparável à linguagem através do som articulado; o próprio pensamento está relacionado, de um modo muito especial, ao som.

Nós não temos nenhum “ponto surdo”, pois a audição é e sempre foi o nosso sentido primário de aviso, porque é vital para a nossa consciência espacial.

É por isso que há poucas ilusões sonoras, e por que essa expressão é desconhecida – considerando que a “ilusão de ótica” é tão familiar.

O sentido da audição não pode ser desligado à vontade. Não existem pálpebras auditivas.

A comunicação oral atua com profundidade no intelecto do indivíduo, levando o receptor ao um grau elevado de atenção, promovido pela ativação mecânica transmitida pela voz.

As vibrações físicas mecânicas do som são recepcionadas pela audição, atingindo a medula central, mesmo que sutilmente, altera a nossa respiração, nossa pulsação, a pressão sanguínea, a tensão muscular, a temperatura da pele e outros ritmos internos, promove a liberação de endorfina.

O som emitido pela voz tem um fenômeno áudio-tátil.Somos tateados pelos sons, sejam notas musicais, palavras cantadas e palavra falada, por intermédio dos ouvidos, mas também pela pele, pelos ossos e por todo corpo.

A palavra falada tem uma decodificação só, uma simples decodificação transformando a palavra em entendimento cerebral, na palavra escrita há uma dupla decodificação, tendo que transformar aqueles hieróglifos, aquele símboloem palavra que depois são decodificadas pelo cérebro.

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“Ao aprender a falar, o ser humano também aprende a pensar, na medida em que cada palavra é a revelação das experiências e valores de sua cultura. Desse ponto de vista, tem-se que o verbal influencia nosso modo de percepção da realidade. Portanto, cabe a cada um assumir a palavra como manutenção dos valores dados ou como intervenção no mundo.” Cláudia Lukianchuki

A oralidade permite a conquista da plena de expressão do pensamento estruturado, do exercício do poder sobre si focado do legítimo interesse do outro, na formação de liderança, na manifestação da personalidade (Pessoa no grego: Por meio do som), vencer a infantilidade intelectual (Infantil no grego: Não domina o atributo da fala), entre inúmeros argumentos e aspectos.

Diversos trabalhos acadêmicos diagnosticam a superficialidade do ensino organizado e estruturado da oralidade.

Estudiosos de notório reconhecimento avaliam a negligência com que é tratada esta área do conhecimento, como emblematicamente atesta o linguística Luiz Antonio Marcuschi (1997) que conceitua:

‘A fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia da maioria das pessoas. Contudo, as instituições escolares dão à fala atenção quase inversa à sua centralidade na relação com a escrita. Crucial neste caso é que não se trata de uma contradição, mas de uma postura’.

Ao longo dos séculos, entendemos que intencionalmente os poderes, mesmo que veladamente, intimidar o uso do poder da palavra falada desde o início da formação educacional, restringindo esta habilidade para as elites dominantes.

No livro O Efeito Mozart de Dom Campbell relata as experiências do Dr. Alfred Tomatis, M.D., médico francês, dedicado a pesquisas da audição humana que descobriu que a voz da mãe serve como cordão umbilical sônico para o bebê em desenvolvimento e também como fonte primal de estímulo. Ele afirma que o feto é capaz de escutar. O ouvido é o primeiro “órgão” a se desenvolver no embrião,ou seja, o que a futura mamãe ouve, sejam as suas músicas preferidas, as conversas ou mais outros sons são ouvidas também pelo futuro bebê que está funcional a partir de quatro meses e meio de gestação, e que interferem em suas características – que começa a se manifestar nos primeiros meses de vida.

Ainda ele afirma que “a nutrição vocal que a mãe provê é tão importante como oseu leite para o desenvolvimento da criança”.

O voice design diagnostica que a palavra falada tem grande influência na maneira como vivemos, pois é por meio dela que as pessoas na maior parte do tempo se comunicam com o mundo externo, a partir do primeiro choro.

As palavras carregam o poder criativo ou destrutivo. A fonte da palavra é o pensamento. A língua dispara e verbaliza o pensamento.

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A palavra é um símbolo que expressa uma ideia, e está intrinsecamente relacionada com nossa mente que, por sua vez, está relacionada diretamente comnosso corpo, com nossos sentimentos, com nossas atitudes e com nossas ações.

A linguagem é tão predominantemente oral, que dentre as milhares de línguas que existiram, apenas cerca de 106 possuíam escrita suficientemente desenvolvida para produzir literatura. Das 3 mil línguas hoje faladas, somente78, aproximadamente, têm, de fato, uma literatura.

Constata-se que contemporaneamente a oralidade apesar de juntamente com a leitura e a escrita constituírem os pilares da educação pública. Ela é ensinada superficialmente, ou seja, sem objetivo específico, sem a menor preocupação de um ensino organizado e estruturado, capaz de promover o domínioda habilidade discursiva do falante.

Por isso, consideramos equivocado negligenciar o poder da comunicação oral, emespecial na área educacional, negando um atributo indispensável para o desenvolvimento intelectual e humano do aprendiz.

Em entrevista concedida pelo psicanalista e escritor Augusto Jorge Cury, ele considera que a palavra falada tem uma relevância enorme para estimular o Eu como autor da história, mas, infelizmente, educadores que somos extremamente secos, frios não usamos a anatomia da palavra, os contornos da palavra, as várias tonalidades, a cênica, a teatralização da palavra, conseqüentemente nostornamos educadores pobres e que empobrece o processo de desenvolvimento da formação da personalidade.

O resgate da língua falada na escola, atualmente, constitui problema essencial, hoje, como nunca, os alunos falam e conversam na escola, dentro e fora das aulas. Tratar-se de outro tipo de fala, desconhecida pelos alunos e professores – trata-se da fala em cena pública.

Cursos e treinamentos de executivos e profissionais liberais que prometem o domínio do falar em público. Como eles, muitos professores, profissionais da palavra, manifestam fobia de levantar a voz na cena pública. Associado usualmente à timidez ou a sintoma psíquico, esse medo tem história, função e mapeamento político e social claro: são os oprimidos os que não ousam abrir a boca e os que se deixam falar pelos outros.

As elites sociais aprenderam a arte da retórica durante séculos na escola e nauniversidade e, no berço, a desenvoltura verbal e a capacidade de articulação.Ao contrário, para quase toda a população, a escola, como hoje a televisão, foi instituição que disciplinou o silêncio e a alienação da palavra.

A cultura letrada promoveu ao longa da história benefícios inquestionáveis e imensuráveis, mas o crescimento do letramento social, apesar da sua indiscutível legitimidade, apresenta um viés de interesse de dominação social,

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de domesticação do pensamento estruturado, de ditatura das definições e conceituações, das delimitações da racionalidade, com o intuíto de ganhar espaço apenas na memória e não no poder individual e coletivo da reflexão, do exercício do processo do pensamento, além do processo de inibição da inteligência intuitiva e da estética como meio de aquisição do conhecimento.

Ao passo que a oralidade permite a conquista da plena de expressão do pensamento estruturado, do exercício do poder sobre si focado do legítimo interesse do outro, na formação de liderança, na manifestação da personalidade(Pessoa no grego: Por meio do som), vencer a infantilidade intelectual (Infantil do grego: Não domina o atributo da fala), entre inúmeros argumentos e aspectos.

Num mundo onde a escassez do tempo supera qualquer outro favor existencial, justamente por permitir que outras funções indispensáveis e inadiáveis possam ser realizadas, enquanto se está ouvindo conteúdos de interesse, quando e ondeo ouvinte desejar.

É fundamental no universo digital que tudo que é escrito exige atenção exclusiva, em uma época em que as pessoas têm cada vez menos tempo, a voz, o som, a palavra falada pode ser consumida enquanto desenvolvemos outras tarefase isto é que lhe dá um enorme poder de comunicação, quanto mais o mundo for digital.

Mas o fato é que muitas das nossas plataformas de comunicação estão mudas e cremos é necessário dar voz a comunicação e a marca das organizações que estãobaseadas nelas.

Com isso ganhando, principalmente, personalidade, já que é através do som, da música, da palavra falada ou até mesmo cantada é que se adquire esta condição.

O voice design contempla a seleção e a escolha de mídias auditivas e audiovisuais aplicadas em interfaces analógicas ou digitais, de modo persencial ou virtual, aberta (online), permitindo a interação do aluno durante o processo de instrução ou fechada (finalizada), capazes de ativar os vários estímulos sensoriais audiovisuais, considerando o fato da audição possuir um subsistema separado do processo de absorção visual.

Numa produção midiática oral o emissor  da mensagem está presente no ato comunicacional, representado pela sua voz, com ou sem a opção do suporte visual.Já na escrita, o leitor é quem empresta sua voz e interpreta a emoção contida no texto.

As palavras escritas, por mais importantes que sejam, são um passo gigantesco para longe da voz que fala. Deve-se fazer um esforço resoluto para ouvir a voz

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que fala e para escutá-la, não apenas olhar para ela e estudar a palavra escrita.

Por meio da linguagem, todo o ciclo de falar e escutar, é capaz de revelar vastos interiores antes inacessíveis a nós.

A industria da comunicação  trata a linguagem cima de tudo como informação ou estímulo, não como revelação.

Pregação é proclamação, transmite o pessoal e o presente.

Ensino com aforismos cintilantes, mais que informações, remodela nossas imaginações com metáforas, possibilitando interiorizar o conteúdo e multidimencionado.

O ensino reúne as partes, estabelece conecções, demonstra relações – “liga o pontilhado”, como dizemos.

Intercâmbio conversacional, não estruturado, brotam de episódios e encontros de  uns com os outros que se dão no curso normal da voz com a nossa família e nos locais de trabalho, em parques e nas compras de supermercado, e, aeroportos à espera de um voo e andando com amigos de binósculos na mão, divisando pássaros.

O voice design está voltado tanto como ser aplicado isoladamente na construçãode processos, produtos e soluções auditivas, como para a exploração dos aspectos cognitivos e estéticos da oralização da palavra sincronizada com a linguagem visual,levando em consideração as referências culturais e estéticas,capaz de ativar os diversos estímulos sensoriais, para fins de potencializar afixação do conteúdo proposto, nos diferentes planos e perspectivas audiovisuais, viabilizando a retenção do conhecimento.

O voice design diagnostica que a nossa contemporaneidade, em especial a sociedade ocidental, tem sido marcada pela predomínio da imagem. Permanentemente temos sido bombardeados pelo impacto visual, o que para muitosestudiosos tem sido a causa da inibição do desenvolvimento da nossa capacidadecriativa.

Em contra partida da comunicação auditiva atua com profundidade no intelecto, por meio da ativação física do som e pela criação cerebral de imagens capazes de identificar a anatomia, os contornos, as diversas tonalidades, cênica, a teatralização da palavra falada, são alguns dos aspectos que são considerados neste estudo.

A pesquisa sobre voice design diagnosticou que a nossa  contemporaneidade, em especial a sociedade ocidental, tem sido marcada pela predomínio da imagem. Permanentemente temos sido bombardeados pelo impacto visual, o que para muitos

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estudiosos tem sido a causa da inibição do desenvolvimento da nossa capacidadecriativa.

Em contra partida da comunicação auditiva atua com profundidade no intelecto, por meio da ativação física do som e pela criação cerebral de imagens capazes de identificar a anatomia, os contornos, as diversas tonalidades, a cênica, a teatralização da palavra falada, são alguns dos aspectos que são considerados neste estudo.

Ondas sonoras só se configuram como um som para as pessoas quando são percebidas pela audição entre 20 a 20.000 hertz, a partir daí os nossos ouvidos não ouvem, mas as vibrações sonoras nos atinge por inteiro. (O efeito Mozart, Dom  Campbell, pg. …

Para o Dr. Alfred Tomatis os sons de alta frequência (de 3 mil a 8 mil hertz ou mais) em geral ressoam no cérebro e afetam funções cognitivas, como o raciocínio, a percepção espacial e a memória. Sons de média frequência (750 a 3 mil hetz), tendem a estimular o coração, os pulmões e as emoções, sons baixos (125 e 750 hertz) afetam o movimento físico.

Um zumbido grave tende a nos deixar cambaleantes, um ritmo grave e rápido, poroutro lado, torna difícil, a concentração e a quietude.

Os aspectos mais estimulantes do som estão na faixa de alta frequência, ajuda a ativar nosso cérebro e aumentam a atenção.

Para criar esse efeito, reduza o volume dos graves e, caso tenha equalizador gráfico, reduza também as freqüências médias e aumente os agudos. As frequências de 2 mil até 8 mil hertz, produzem mais benefícios. Seu ouvido direito deve estar voltado para o alto-falante.

Alias, quanto ao ouvido direito, ele é dominante porque transmite os impulsos auditivos mais depressa aos centros da fala do cérebro localizados no hemisfério esquerdo do cérebro.

O ouvido esquerdo faz uma jornada mais longa através do hemisfério direito quenão possui centros da fala, e só então vai para o hemisfério esquerdo, causando uma reação retardada, uma sutil perda de atenção.

Por isso é importante observar que o seu interlocutor fique ligeiramente à suadireta numa conversa ou reunião, ou se for o caso manter o telefone no ouvido direito, podendo melhorar sua audição, a concentração e a retenção das informações apresentadas.

“Quanto mais estudo audição, mais convencido fico de que aqueles que sabem ouvir constituem as exceções” – afirma o médico Alfred Tomatis.

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Para ele o ouvido é o giroscópio, a CPU, o maestro de todo o sistema nervoso. O ouvido integra as informações transmitidas pelo som, organiza a linguagem e nos dá a capacidade de perceber o horizontal e o vertical. Por meio da medula,o nervo auditivo se conecta com todos os músculos do corpo.

O poder da audição não deve ser subestimado. Ouvir é vibrar em conjunto como outro ser humano.Quando ouvimos um bom orador ou cantor, começamos a respirar mais fundo, nossos músculos relaxam e nossas endorfinas fluem, aumentando o contentamento e aserenidade.

Por outro lado um orador ou cantor ruim nos deixa tensos e com a laringe comprimida. O corpo se contrai quando tenta proteger-se de sons irritantes ou desagradáveis.

A maioria das pessoas gosta de ouvir música sem estar plenamente consciente deseu impacto.

Nós não temos nenhum “ponto surdo”, pois a audição é e sempre foi o nosso sentido primário de aviso, porque é vital para a nossa consciência espacial.

Audição e espaço estão intimamente ligados permanentemente num processo perceptivo.

É por isso que há poucas ilusões sonoras, e por que essa expressão é desconhecida – considerando que a “ilusão de ótica” é tão familiar.

Em nossa pesquisa e estudo sobre voice design, constatamos que, infelizmente, a grande maioria das pessoas não se prepara para se comunicar e o resultado dánisso que estamos facilmente verificando, uma crescente “descomunicação” jamais vivenciada na humanidade, apesar do inimaginável progresso da tecnologia digital.

Estamos avançando, é verdade, nas mais diversas possibilidades de relacionamentos virtuais, mas estamos deixando de usufruir do valor do diálogo, da conversa, do poder da palavra falada e ouvida, da nossa essência humana.

Com isso estamos abrindo mão de uma das mais fundamentais características da nossa humanidade que é a habilidade de ouvir.

Raras são as pessoas que se dispõe ouvir exatamente o que a outra está dizendo.Um dos maiores desafios de comunicação é como o receptor ouve o que o emissor falou, já que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento.

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Diante deste diagnóstico baseado num artigo de Artur da Távola “O Difícil Facilitário do Verbo Ouvir” podemos identificar que o receptor não ouve o que o outro fala por diversas razões; e por isso, vamos enumerar na sequência, normalmente se ouve:

a) não o que está sendo dito, mas o que se quer ouvir; b) o que já escutou antes, mas sobre aquilo que se acostumou a ouvir; d) o que imagina que o outro ia falar, pensando mais no que vai dizer, e) o que gostaria que fosse dito e não no que está sendo falado; f) o que ele está sentindo no momento, g) o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando; h) o que confirme ou discorde o seu próprio pensamento, i) ouve apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as suas

ideias e suas opiniões. l) se defendem ao ouvir o que está sendo dito; m) escolhe não ouvir o que o outro está dizendo, normalmente sobre

verdades que não conseguem contestar, n) se recusa ouvir o outro, por desconhecerem o assunto e evitar se

sentir ignorante, diminuída diante do seu interlocutor.

Esses aspectos ilustram como é difícil ouvir, se comunicar.

Em muitas circunstancias o que ocorre são monólogos simultâneos como se estivesse conversando, ou são monólogos paralelos, como que estivesse dialogando.

A comunicação ocorre somente e tão somente quando dois indivíduos se ouvem, tanto a si mesmos como compreenderem o que o outro está exatamente dizendo.

Como afirma a professora, psicóloga e psicanalista Viviane Mose:

“Que a palavra em si mesma não é nada, o que vale é o acordo que estabelecemospara nos comunicarmos”.

Para ouvir é indispensável esvasiar-se de si mesmo, eliminar da mente todas asinterferências do próprio pensamento durante a fala do interlocutor.

Ouvir implica uma entrega ao outro. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferemcomo um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.

Sabedoria, sim, é a característica própria e reveladora de um bom ouvinte.

Desafia de abrir-se para seu mundo interior; de um impulso na direção do próximo, do interlocutor, de uma comunhão com ele, de aceitá-lo, como é e comopensa.

Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas em tudo aquilo que os outros estão falando.

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Um novo mundo de possibilidades se descortina com a aquisição da arte de ouvir.

É o caminho seguro do poder que a palavra falada tem na vida da gente.

Ouvir é raridade. Ouvir é ato autentico de sabedoria.

O som emitido pela voz tem um efeito áudio-tátil. Somos tateados pelos sons, sejam notas musicais, palavras cantadas e a palavra falada, por intermédio dosouvidos, mas também pela pele, pelos ossos e por todo corpo, a partir da medula central que recepciona as vibrações físicas do som, mesmo que sutilmente, altera a nossa respiração, nossa pulsação, a pressão sanguínea, a tensão muscular, a temperatura da pele e outros ritmos internos, promove a liberação de endorfina.

Fundamentando o conceito de áudio-tátil recorremos a explicação de Murray Schafer em seu livro Afinação do mundo:

O tato é o mais pessoal dos sentidos. A audição e o tato se encontram no pontoem que as mais baixas frequências de sons audíveis passa a vibrações tateis (cerca de 20 hetz). A audição é um modo de tocar, a distância, e a intimidade do primeiro funde-se cada vez que as pessoas se reúnem para ouvir algo especial.

O sentido da audição não pode ser desligado à vontade. Não existem pálpebras auditivas.Schafer contextualiza que a única proteção para os ouvidos é um elaborado mecanismo psicológico que filtra os sons indesejáveis, para se concentra do que é desejável. Os olhos apontam para fora: os ouvidos, para dentro. Eles absorvem informação, Wagner disse: “O homem voltado para o exterior apela parao olho, homem interizado, para o ouvido”.

Assim, McLuham escreveu que “O terror e estado normal de qualquer sociedade oral, pois nelas, todas as coisas afetam tudo, o tempo todo”.

Ferdinand Saussure, que é chamado o pai da linguística moderna, insistia na superioridade do discurso oral, e entendia a escrita como um complemento dessediscurso. A partir daí, muitos estudos foram desenvolvidos sobre fonêmica, queé a área científica que se ocupa do som das palavras. Henry Sweet, um inglês da época de Saussure, dizia que as palavras não são feitas de letras, mas de sons. Os seres humanos se comunicam de formas diversas, mas nenhuma delas é comparável à linguagem através do som articulado; o próprio pensamento está relacionado, de um modo muito especial, ao som.

A linguagem é tão predominantemente oral, que dentre as milhares de línguas que existiram, apenas cerca de 106 possuíam escrita suficientemente desenvolvida para produzir literatura. Das 3 mil línguas hoje faladas, somente

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78, aproximadamente, têm, de fato, uma literatura. É claro que o valor da escrita não pode ser negado. Quem usa uma língua escrita – o inglês, por exemplo – tem à sua disposição um vocabulário de pelo menos um milhão e meio de palavras, enquanto que uma língua exclusivamente oral não oferecerá ao falante mais do que alguns milhares. Entretanto, todos os textos escritos estão direta ou indiretamente relacionados ao universo do som.

Ler um texto, é transformá-lo em som, audível ou imaginativo. A oralidade podeexistir sem a escrita, mas nunca a escrita existirá sem a oralidade.

1 Adaptação feita por Sebastião Guimarães Costa Filho de texto escrito por Walter J. Ong e traduzido por Enid Abreu Dobranszky, para estudo na 8a série do ensino fundamental.

Ainda assim uma pesquisa citada no livro ‘O Efeito Mozard’ de Dom Campbell revela que ouvir absorve em média 55% do nosso tempo de comunicação, enquanto o falar ocupa 23%, ler, 13%, e escrever  9%.

Todos sabem da importância da escrita. Não se pode negar sua contribuição paraa humanidade. Aposto que você não consegue pensar em escola, aula, professor, aprendizagem, enfim, em “tudo” que acredita estar relacionado ao ensino, sem antes pensar na grande estrela – a escrita. No entanto, não se pode esquecer da oralidade. Na sua opinião, o que significa essa palavra? Quala importância dela na sua vida? Que história já ouviu a respeito dela? É o quevamos tentar construir ao longo deste texto…

De maneira geral, quando falamos em oralidade, pensamos na exposição oral, isto é, na palavra falada. A escrita é priorizada por muitos estudiosos, mas não existe sem a oralidade. Já o contrário, acontece. De maneira alguma, estoupretendendo fazer com que pense que por esse motivo a oralidade seja mais importante que a escrita. Pelo contrário, espero que saiba valorizar tanto uma, como outra, mas é importante que tenha noção da existência de sociedades orais (pessoas que ainda hoje vivem sem a escrita).

A linguagem não se resume à escrita. Não apenas a comunicação, mas o próprio pensamento está relacionado ao som. Mesmo a linguagem de sinais – usada por pessoas que têm problemas de audição – substitui a fala e depende do discurso oral. Vejam como a linguagem é oral: você nem imagina, mas de todas as milhares de línguas – talvez dezenas de milhares – faladas no curso da história humana,

2 Adaptado por Cristiane Rocha da Silva de: ONG, Walter J. Oralidade e culturaescrita: A tecnologização da palavra. Trad. Enid Abreu Dobranszky. Campinas, SP: Papirus, 1998. p 13-24: A Oralidade da Linguagem. 35

Ao compararmos os aspectos, características e funcionalidade que envolvem a palavra escrita e a falada, temos o propósito apenas de estabelecer uma

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reflexão mais dedicada ao tema, deixando de eleger uma forma de linguagem em detrimento de outra, mas sobretudo com  o objetivo de apresentar uma argumentação relevantes e consistentes sobre os contextos da comunicação oral,invariavelmente negligenciada nas pesquisas e estudos mais aprofundados em algumas dos diversos campos científicos.

É a voz do emissor é que está comunicando a mensagem devidamente interpretada por ele. Ele está  representado pela sua voz gravada analógica ou digitalmente com ou sem a opção do suporte visual.Já  na escrita o leitor é quem empresta sua voz e ele quem interpretar a emoção contida no texto.

É comum vermos pessoas do meio universitário valorizando os textos como forma de representação do conhecimento acadêmico. Nada de errado com isso, muito pelo contrário – os textos são o melhor veículo para transmitir conhecimento através de um tempo indefinido. É apenas reflexo do fato de lidarmos cotidianamente com textos que nós os valorizemos tanto.

Entretanto, é errado desprezar o valor da comunicação oral, e é falacioso simplesmente negar que essa forma de comunicação possa ser confiável.

A fala pode ser simultânea com a visão, no caso mais imediato um professor pode explicar algo enquanto aponta para uma figura no quadro-negro; ou pode narrar algo enquanto projeta um slide, ou pode simplesmente acompanhar sua fala de gestos. Esta simultaneidade inexiste no texto – mesmo no hipertexto – aonde o máximo possível é a justaposição de imagens, textos e vídeos. Exceto quando o hipertexto se resume em um vídeo, mas nesse caso a propriedade de permitir a simultaneidade é do vídeo, e não do hipertexto.

Todo texto escrito, certamente, está relacionado aos sons. Quando se lê um texto, de certa forma, converte-se em som, sílaba por sílaba.

Assim, mais uma vez, vê-se que a língua escrita depende da língua falada, da oralidade.

Muitos estudiosos, durante séculos, rejeitaram a oralidade em virtude da relação do próprio estudo com a escrita. Mas as pessoas que vivem nessas comunidades orais têm sabedoria, aprendem com os mais velhos, considerados sábios. O saber é transmitido oralmente assim a memória daquela sociedade é garantida pela palavra, passando-se de geração para geração.

Na nossa cultura, qual é a importância da oralidade? Qual é a “função” da palavra falada, apenas promover a

comunicação diária entre as pessoas? A partir do que vem sendo mostrado, o queacha? Temos oralidade no rádio, na televisão, falando ao telefone… Não se esquecendo de que dependem da escrita e da impressão. O que prova que é

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difícil para nós imaginar a tradição puramente oral, pois vivemos sob o reinado da escrita. Não dá para pensar nas palavras e não pensar na escrita. Elas vêm na nossa mente na forma escrita.

Não é mesmo? As culturas orais produzem “construções” verbais impressionantes e belas, mas não são capazes de outras criações (o que a meu ver, não faz diferença para o modo devida deles). Assim, entende-se que para as comunidadesnãoorais, a oralidade precisa e está destinada a produzir a escrita.

A cultura escrita é imprescindível ao desenvolvimento da ciência, da história,para a explicação da linguagem (inclusive a falada), enfim, da sociedade dita moderna. Dificilmente hoje, 36 existem pessoas que vivem numa comunidade predominantemente oral e que não tenham consciência das grandes oportunidades que a escrita proporciona. O que pode representar uma consciência angustiante para aqueles que desejam esse mundo cheio de atrativosda cultura escrita, mas que sabem que isso significará deixar para trás boa parte do que é fascinante e amado no mundo oral anterior.

E então? Está gostando? Ainda não acabou! Para terminar, gostaria que soubessede algumas curiosidades…

Agora como já sabe, o modo de vida dessas pessoas – que vivem nessas comunidades orais – é muito diferente do nosso (língua, costumes, crenças etc). Um bom exemplo é uma comunidade localizada no continente africano. Lá, os nomes dos recém-nascidos não são escolhidos como na nossa cultura. Você sabe como o seu foi escolhido? Houve algum motivo especial (homenagem a um avôou a alguém querido)?

Talvez, por causa do dia em que nasceu (dia do santo, data comemorativa)? Poisé, nessa comunidade, chamada Kasina, não são os pais quem escolhem os nomes deseus filhos. São os chefes dos clãs – uma espécie de Pajé das nossas tribos indígenas. Ah! Os ancestrais também são consultados por meio de um adivinho. Não pensem que os pais ficam chateados com isso. Eles têm respeito pela tradição e sabem que um nome tem que ser muito bem escolhido para trazer sorte para toda a comunidade. O recém-nascido pode ser um mensageiro deboas novas para todos. Está achando estranho? O que vai pensar então quando também souber da maneira como os nomes dos animais são escolhidos? Aposto que a sua gatinha se chama Mimi e que o cachorrinho do seu amiguinho se chama Sansão. Nos Kasina, o modo de escolher o nome dos animais é diferente, serve como um meio de comunicação, para transmitir uma mensagem: dizer que alguém dacomunidade está errado, mandar um recado para um vizinho, dar uma resposta a alguém, como “faça para você mesmo”, ou melhor, cuide de sua vida. É… É isso mesmo… 37

Durante séculos acreditou-se que a linguagem escrita era mais correta e mais digna de estudo do que a linguagem oral, ou seja, a língua falada. Há séculos antes de Cristo já se estudava a língua em sua forma escrita, deixando de lado

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a forma oral, que deveria seguir as regras da escrita. Esse comportamento por parte dos estudiosos permaneceu até pouco tempo, mais exatamente até o início do séc. XX, quando um lingüista suíço de nome Saussure começou a questionar o privilégio dado à língua escrita, já que a fala é que sustenta toda a comunicação, mesmo quando escrita.

Saussure alertou os estudiosos para o engano de se pensar na escrita como a forma básica da linguagem, pois antes da escrita ser inventada pelo homem, elejá falava.

Os seres humanos comunicam-se de formas variadas e, a menos que tenham algum problema físico, utilizam todos os sentidos: tato, paladar, olfato e especialmente visão e audição. Há tipos de comunicação não-orais, quer dizer, que 3 Adaptação feita por Thaís Teixeira Monteiro de texto escrito por Walter J. Ong e traduzido por Enid Abreu Dobranszky, para estudo na 6 a série do ensino fundamental. 38 não utilizam palavras faladas, como a linguagem dos surdosmudos ou os sinais de trânsito. Contudo, mesmo nestas situações, a palavra está por trás, organizando nossos pensamentos quando vemos os gestos ou sinais. Se você já viu alguém se comunicando através de gestos, sabe que automaticamente, tentamos traduzir aqueles sinais em palavras. Da mesma maneira, quando vemos a placa de trânsito que é um triângulo de cabeça-para-baixo, mesmo sem haver nada escrito traduzimos a placa em palavras: dê a preferência. Os textos escritos também estão diretamente ligados ao mundo dos sons para comunicar seus significados, quer dizer, ler um texto é transformá-lo em som, em voz alta ou na imaginação. Sendo assim, a escrita nãoexiste sem a oralidade (língua falada), mas a oralidade existe sem a escrita, como veremos abaixo.

A linguagem é tão primeiramente oral que no decorrer da história humana já existiram milhares de línguas faladas, mas somente 106 dessas línguas tiveram uma escrita suficiente para produzir literatura: textos de estórias, estudos, textos sagrados, relatos de acontecimentos históricos, etc.

Atualmente há cerca de 3 mil línguas faladas no mundo, entretanto apenas umas 78 têm literatura. Então, por que será que, apesar de a fala ter existido antes da escritas durante mais de 2000 anos deu-se preferência à língua escrita?

Vamos imaginar como seria fazer estudos e pesquisas em uma sociedade onde não houvesse escrita. Já pensou como seria complicado classificar e descrever todos os tipos de aves, ou de peixes sem poder escrever nada? Como registrar oresultado das pesquisas feitas? Como saber o que já foi estudado por outras pessoas, tempos atrás? Impossível guardar tudo na cabeça! Com isto quero mostrar que não há estudo que evolua se não houver escrita. As pessoas que pertencem a sociedades onde não há qualquer tipo de escrita aprendem muitas coisas e possuem grande sabedoria, porém não estudam. Aprendem pela prática, por exemplo, aprendem 39 a caçar, caçando com pessoas mais

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experientes no assunto; aprendem ouvindo os conselhos e provérbios ensinados pelos mais velhos repetem o que ouvem, fazem novas combinações do que ouvem, mas não estudam como nos estudamos.

Quando o estudo se torna possível por causa da invenção da escrita para determinada língua falada, uma das primeiras coisas que se estuda é a própria linguagem. Por causa dessa possibilidade de desenvolver estudos através da escrita, os estudiosos da linguagem acabaram se concentrando nos textos escritos, privilegiando-os, como se eles existissem antes da fala, e mais ainda, como se fossem modelo para o jeito certo de falar.

É certo que a escrita aumenta muito as possibilidades da linguagem, dando a ela um poder muito maior do que o de uma língua simplesmente oral. Uma língua sem escrita possui muito menos palavras porque nossa mente não consegue armazenar um número tão grande de informações, como de um dicionário.Além disso, os falantes de uma língua sem escrita não têm conhecimento da história e da evolução da própria língua. Apesar disso, as culturas orais (semescrita) produzem realizações impressionantes e belas, de alto valor artísticoe humano, que já não são possíveis quando a escrita passa a fazer parte da mente das pessoas. Por tudo que foi dito, concluímos que o ser humano não consegue atingir o máximo de sua capacidade intelectual se não houver escrita, entretanto ela não deve ser considerada mais importante e mais correta do que a linguagem orais que existe antes da linguagem escrita e através da qual organizamos nossos pensamentos e damos significado ao que lemos. 40

Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) edo programa de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP), Leonor Lopes Fávero, afirma que as “Manifestações da língua oral e escrita são manifestações da língua, então, para se entender a língua na sua totalidade, precisa-se estudar o oral também e não só o escrito.

A professora ratifica a importância de não tomar o texto falado como o lugar do erro.

Percebemos que infelizmente ainda hoje a oralidade é ensinada superficialmente, ou seja, sem objetivo especifico, sem a menor preocupação deum ensino organizado e estruturado, com finalidades para o desenvolvimento da escrita.

Um dos obstáculos que se colocam contra o desenvolvimento pleno da habilidade oral diz respeito ao fato considerarmos que a criança já fala ao chegar à escola, o que leva muitas pessoas a pensarem que ela já tem um domínio da modalidade oral.

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Contudo, as instituições escolares dão à fala atenção quase inversa à sua centralidade na relação com a escrita. Crucial neste caso é que não se trata de uma contradição, mas de uma postura.

É estranho que, numa cultura tão preocupada com a inteligência, nossas aptidões sejam medidas em grande parte como habilidades em leituras, escrita euso do computador, enfatizando quase exclusivamente, o pensamento linear do hemisfério esquerdo do cérebro.

É claro que precisamos desenvolver estas habilidades essenciais.

Mas elas não podem ser tão fundamentais quanto às aptidões para ouvir e falar.

É complicadíssimo para pessoas de uma cultura escrita pensar nas palavras sem vinculá-las à escrita, entretanto, a oralidade pode existir sem a escrita, masnunca a escrita existirá sem a oralidade.

É interessante destacar que a nossa audição normalmente se torna mais aguda quando não temos pistas visuais que são preenchidas pela imaginação, lacunas preenchidas pelo imaginário.

Na teoria de atos da fala com base nas conferências proferidas por John Austin, em 1955, na Universidade de Harvard, EUA, ele afirma “dizer é transmitir informações, mas é também (e sobretudo) uma forma de agir sobre o interlocutor e sobre o mundo circundante. (“todo dizer é um fazer”).

É nessa dimensão que uma palavra se situa antes de tudo. A palavra é essencialmente o meio de ser reconhecido. Ela está lá antes de toda coisa que está por detrás. E, é por lá que ela é ambivalente, absolutamente insondável. O que ela diz, é verdade? É o que não diz, é verdade? É uma miragem. É essa miragem primeira que vos assegura que estais no território da palavra.”

Jack LacanDentro do campo de pesquisa e estudo do voice design, apresentamos uma reflexão sobre um dos maiores, senão o maior de todos os desafios da comunicação humana, trata-se da arte de aprender a ouvir.

Perceber, entender, compreender, dar atenção, valorizar, respeitar o direito do outro de se expressar até as últimas consequências, mesmo sem necessariamente concordar com o que está sendo dito.

Apesar de ser tão natural, a habilidade de ouvir é um dos maiores obstáculo o desenvolvimento humana.Ouvir é interpretar os significados das palavras ditas, está na área da semântica. É o percurso que os sons inteligíveis fazem no processo cognitivo da compreensão da mensagem.

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Já o escutar está relacionado com o contexto existencial da alma do ouvinte, vinculando fenômenos mentais, emocionais, da vontade, do temperamento, do humor, implica no ato de se colocar no lugar do outro, da empatia que vem a ser ajustar-se ao estilo, ao momento psicológico, crenças e valores do interlocutor e assim conseguir melhor o entendimento.

Apesar de nossa anatomia, nossa constituição nos prover uma boca e dois ouvidos, normalmente preferimos mais falar do que ouvir,

O excelente comunicador é, acima de tudo, um bom ouvinte, o que exige uma série de posturas e atitudes externas e principalmente internas.

Ouvir não significa simplesmente acompanhar o que o falante está dizendo, mas aceitá-lo como ele  é, entender os seus contextos e circunstancias, com suas virtudes e defeitos, crenças e emoções, valores, conceito e preconceito.

Se desejamos ouvir o outro de verdade, primeiro é necessário querer e esse querer precisa ser uma vontade genuína que não nos fará desistir diante da primeira dificuldade.

Walter Longo, um dos mais consagrados profissionais de Comunicação e do Marketing, reflete que ha pouco mais de um século atrás, a maneira das pessoasse comunicarem, comprarem, venderem e fazerem negócio era através do diálogo.

Com o surgimento da mídia de massa, o surgimento da revolução industrial nos passou a gerar a palavra através da escrita.

O que o mundo digital está trazendo é o retorno da possibilidade do diálogo pessoal, direto, humano e individual.

Há ma tendência nas empresas, infelizmente, de evitar riscos, tentando escrever e não falar, porque ao escrever você pensa antes, você revisa, e falar é algo muito mais natural, onde você coloca o verdadeiro sentimento.

Num momento que tudo está mudando tão rapidamente, a grande risco hoje para asorganizações é não ariscarem.

O grande risco é tentar manter e continuar mantendo um monólogo, onde escrevemos e alguém lê ou aonde falamos e alguém ouve.

Daqui prá frente será muito mais ariscado ter o medo de se arista, de iniciar um diálogo constante e permanente com nosso público.

Quanto menos tentar evitar este risco, treinarem suas pessoas para se expressarem de maneira natural e espontânea o que eles têm a dizer e a palavrafalada e ouvida deve ter um papel preponderante, também na Era Digital, concluiu.

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Num primeiro momento pode parecer que a comunicação escrita vai prevalece sobre a comunicação falada no ambiente digital, por não incomoda com quem vocêestá se comunicando, enquanto ele está fazendo alguma coisa ou mesmo conversando com alguém, ele pode interagir com você.

Com principalmente as tecnologias disponíveis e das que estarão surgindo, a palavra falada passará a ter novamente preponderância.

Num mundo onde a escassez do tempo supera qualquer outro favor existencial, justamente por permitir que outras funções indispensáveis e inadiáveis possam ser realizadas, enquanto se está ouvindo conteúdos de interesse, quando e ondeo ouvinte desejar.

O que a palavra falada na era digital esta trazendo de volta, é a ampliação dacapacidade humana de dialogar.

Entre os propósitos do voice design, considera-se:1. Expandir a consciência sobre o ato comunicacional;

2. Entender a relações cognitivas da palavra e estéticas da voz;

3. Conhecer o papel das funções da linguagem, especialmente a poética;

4. Compreender o universo do som das palavras (fonética) e funcionamento

cerebral da linguagem;

5. Aprimorar o controle sobre o ato da fala como atributo básico de uma

oralização eficaz;

6. Elaborar um plano mental de conversação, incluindo alternativas para

possíveis mudanças de rumo;.

7. Como planejar tática e tecnicamente a sua comunicação oralizada;

8. Aprender a ser assertivo na sua comunicação, com a prática de expressar

seus conteúdos numa linguagem oral, baseada em frases curtas, evitando o uso

de preposição.

9. Discernir e monitorar a entonação, o ritmo, a velocidade, o volume, a

freqüência, o tom de grave e de agudo da sua voz, entre outros elementos

sonoros;

10. Entender e aplicar o recurso do silêncio, da pausa, indispensável para

gerar compreensão da mensagem;

11. Avaliar em que contextos e circunstâncias a comunicação está sendo

realizada;

12. Identificar as características do perfil do discente e perceber o

efetivo interesse sobre o que e como está sendo dito;

13. Compreender a singularidade do poder do diálogo e como interagir

oportunamente nas conversações;

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14. Conhecer os segredos da contação de história (storytelling)

15. Comunicação escrita versus comunicação oral;

16. Potencializar o exercício da associação de contextos cotidianos com as

teorias apresentadas;

17. Aprimorar o planejamento de aula, definindo sequenciadamente os temas,

sub-temas e a elaboração dos respectivos roteiros;

18. Otimização do tempo de exposição e  a eliminação de excessos;

19. Aplicação de recursos visuais, gráficos convergentes com a exposição

oral;

20. Identificar e registrar os contextos e circunstancias de cada

participante na sua comunicação intrapessoal;

21. Identificar e mensurar o grau de audibilidade, compreendendo a

habilidade de ouvir e de escutar (formação de duplas);

22. Exercício de diálogo entre os participantes, alternando momentos de

exposição de pensamentos breves seguidos de breves pausas;

23. Exercício experiencial sobre o discurso transmitido pelo silêncio, o

atributo comunicacional da pausa;

Durante a apresentação formal do Voice Design no 19º Congresso Internacional de Educação a Distânciae em Salvador e da aoresentação especial no 20º CIAED que aconteceu em Curitiba, ocasião que lançamos Instructional Voice Design.

O Instructional Voice Design é uma aplicação do voice design no contextos e circunstâncias do design instrucional.O design instrucional é uma área que corresponde, segundo Andrea Filatro, à “ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos”.

O Instructional Voice Design  intervêm nas diversas fases da construção do design instrucional.

A contribuição do IVD principia desde a vialibização de uma relação eficaz entre o conteudista e o designer instrucional, oferecendo estratégias, processos e métodos dialógicos que potencializem  e qualifique o produto educacional.

Para tal o IVD objetiva implementar uma abordagem nominada intercâmbio conversacional entre o conteudista e o designer instrucional, cabendo a este oexercício da função de entrevistador com a finalidade de identificar com precisão os conteúdos essenciais a serem considerados.

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O Instructional Voice Design se dedica a análise da estrutura lógica da linguagem e da estética da voz, aplicando metodologias resultantes de pesquisas e estudos multidisciplinares, envolvendo diversos campos científicos.

Entre as áreas investigadas, estão: antropologia, filosofia, lingüística, neurolinguística, neurociência, acústica, retórica, música, fisiologia, medicina, psicanálise, hipnose, arte cênica, dublagem, animação, storytelling,entre outras não menos relevantes.

A atuação do Instructional Voice Design dá suporte e subsidia a definição, a concepção e a qualificação dos objetos de aprendizagem digital, bem como maximizar a aplicação científica da comunicação pela voz em convergência com recursos visuais.

A intervenção do Instructional Voice Design se dá em cada fase do design instrucional,  desde planejamento, desenvolvimento e produção de cada objeto de aprendizagem digital, na identificação do perfil do público, implicando em todas as interações entre as partes envolvidas no processo de construção do produto educacional.

O Instructional Voice Design tem pesquisado, estudo e experienciado novos processos de ensino-aprendizagem, dinâmicas de grupo e metodologias aplicadas síncronas ou assíncronas.

Uma das proposta síncronas que usa preferencialmente a plataforma de web conferência, compreende viabilizar a aplicação de uma didática predominantemente dialogada que  nominamos “intercâmbio conversacional”.

A proposta é transmitir e compartilhar conhecimento através de uma dinâmica conduzida pelo moderador da web conferência  que promova uma ativa conversaçãoentre os participantes, ao mesmo tempo que os conteúdos são transmitidos pelo ministrante.

O propósito é usufruir do tempo dispensado pelos participantes para potencializar a interação entre os participantes, deixando em grande monta o material destinado para memorização de conceitos, definições para serem trabalhado individualmente pelo discente.

Numa proposta assíncrona o Instructional Voice Design propõe a criação, elaboração eprodução de vídeos em que o ministrante reproduz simuladamente um dialogo com o discente.

Mesmo numa produto gravado, o ministrante conduz a comunicação do conteúdo transmitido de tal forma que o aluno estabeleça uma conversação.

Para isso, o ministrante oraliza o conteúdo oferecendo oportunidades de respostas do discente através de pausas estratégicas, com duração de tempo

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suficiente para que seja possível a participação do aluno, ou mesmo ocorrendo com o recurso de perguntas que promovam o diálogo.

Neste processo assíncrono o discente tem durante a exibição dos vídeos momentos para responder perguntas objetivas, assinalando as opções desejadas.

 

O planejamento estabelecido para a aplicação da capacitação do Voice Design,visa a identificação de critérios de avaliação para a construção de indicadores de desempenho da organização, com a finalidade de aferir os resultados socioeconômicos alcançados, considera os seguintes propósitos:

1. Coletar, organizar e hierarquizar os dados e informações em blocos;2. Selecionar os conceitos essenciais e as expressões chave;3. Criar categorias de três a quatro itens cada;4. Roteirizar os dados e informações selecionadas numa revelação

progressiva: exposição, demonstração e ilustração;5. Elaborar o conteúdo considerando a estrutura da lógica da linguagem e

estéticas da voz;6. Compor melodicamente o conteúdo composto de frases curtas e na ordem

direta;7. Evitar uso da preposição e conjunção;8. Aprender a ser autêntico, explorando as características da sua

individualidade;9. Contextualizar o tema abordado;

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10. Produzir títulos e manchetes para ajudar a contextualizar o que é essencial;

11. Utilizar o recurso de contar histórias;12. Dar exemplos para melhorar a aprendizagem;13. Mostrar como pode ser feito,14. Explorar as características da sua individualidade;15. Sintetizar as informações mais relevantes;16. Preparar uma abertura impactante e final marcante;17. Desenvolver o conteúdo intercalado com atividades e exercícios,

desdobrando o conteúdo;18. Utilizar substantivos concretos ao invés de abstratos;19. Entender o seu público, antes de tentar se comunicar com ele;20. Escutar para ser ouvido pelo seu público;21. Aprender a falar com o coração;22. Considerar os modelos mentais, experiências passadas dos receptores;23. Considerar os aspectos culturais do receptor. Cada cultura reage de

forma distinta;24. Levar o receptor a reconhecer ao invés de lembrar a informação;25. Repitir as informações para viabilizar a memorização;26. Ensinar o receptor aprender com os próprios erros sem constrange-lo;27. Executar o planejamento fonético considerando: entonação, ritmo, altura,

velocidade, volume, amplitude, harmonia, entre outras;28. Perceber o corpo como aparato fonador, nos compreendendo analogamente a

um instrumento musical;29. Incluir no planejamento fonético a aplicação de pausas estratégicas,

visando oportunizar a compreensão da mensagem oralizada;30. Contemplar na composição do conteúdo a reflexão gerada pela recurso

lingüístico do questionamento, da pergunta promotora do diálogo com o receptor;

31. Identificar e aplique a sonoridade adequada a cada contexto e circunstância, imprimindo a intencionalidade e a capacidade afetiva de atingiro emocionalmente o receptor;

32. Conduzir o receptor a expandir a consciência plena sobre o ato comunicacional;

33. Monitorar a quantidade de informações, capacidade de lembrança (até quatro itens) e do processamento da limitada memória de trabalho ou funcional do receptor;

34. Dividir ideias complexas em etapas mais simples;35. Usar a atenção plena do receptor (10 minutos) e dê breves intervalos

para nova abordagem e assim sucessivamente;36. Utilizar recursos contemplando as três predominâncias de aprendizagem –

visual, auditivo e sinestésico;37. Motivar o receptor através da experiência de progresso, domínio e

controle sobre o objetivo proposto;38. Apresentar uma abordagem de cada vez, as pessoas não conseguem fazer

várias atividades ao mesmo tempo, apenas uma de cada vez;39. Sincronizar a mensagem oralizada aos elementos gráficos,40. Considerar que canais sensoriais diferentes competem  que a visão é o

mais sensível dos sentidos e que a audição é a mais poderosa para a compreensão;

41. Moderar o uso de objetivos visuais e de palavras escrita, privilegiando a palavra falada;

42. Priorizar contar histórias do que apresentar dados, elas atraem os receptores;

43. Apresentar de um projeto elaborado que comprove a sua capacitação de execução das atividades de voice designer aplicadas na Educação a Distância;

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Preliminarmente os participantes são submetidos a uma autoavaliação, antecedendo a ministração da capacitação, com o propósito de identificar o perfil e diagnosticar cada aprendiz, procedimento que será repetido após a realização da capacitação, visando a mensuração dos objetivos estabelecidos.

Posteriormente a realização da capacitação é que o Voice Design aplica os critérios e indicadores identificados para a mensuração de desempenho da empresa/instituição, considerando um determinado período a ser estabelecido, obejtivando subsidiar a tomada de decisão, avaliação e gestão de recursos de informação.

As métricas de mensuração dependem da natureza e das características da organização, podendo o incidir sobre otimização de hora/homem, aumento de performance de venda, crescimento dos índices de produtividade, ampliação de mercado de produto ou serviço, capacidade de retenção de profissionais, manutenção e ampliação da base de clientes, minimização de evasão de consumidores, notadamente de discentes do ensino presencial e a distância, entre outros motivos.

Contextualizando, por exemplo, no cenário educacional a capacitação de docentes resulta no aumento da qualidade das ministrações de aulas presenciaise a distância, o que resulta no aumento da base de alunos e na minimização da evasão escolar, entre outros benefícios.

Na área comercial, a aplicação do Voice Design contribui para a otimização de hora/homem na atividade de venda, na qualificação da abordagem e na potencialização dos resultados financeiros, a partir do uso de recursos visuais, capazes de sintetizar e simplificar a comunicação do produto ou serviço, sustentados por uma oralização objetiva, clara e assertiva.