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DIVALDO P. FRANCO com VANESSA ANSELONI
A NOVA GERAO:
Viso Esprita das Crianas ndigo e Cristal
CENTRO ESPRITA CAMINHO DA REDENO
5 edio
Salvador - 2008
LIVRARIA ESPRITA ALVORADA EDITORA
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Ao Dr. Andrew Newberg, professor e neurologista da Universidade
da
Pensilvnia, tambm diretor do Centro de Espiritualidade e Mente,
por
ter-nos gentilmente permitido
a reproduo das imagens SPECT e as respectivas explicaes sobre o
seu
estudo cientfico dos correlatos neurofisiolgicos da meditao.
Art Akiane, LLC e Forelli Kramark por ter-nos concedido os
direitos
de reproduo da foto do quadro "Prncipe da Paz" pintado por
Akiane
Kramark.
senhora Amy Biank e sua equipe pela organizao do evento com
Divaldo
Franco.
Sumrio
PREFCIO 11
Captulo 1. A dcada do Crebro e o "Ponto de Deus" 15
Captulo 2. Cooperao Interplanetria e Evoluo Humana 23
Captulo 3. Crianas ndigo 37
Captulo 4. Um Caso sobre Criana ndigo 43
Captulo 5. Crianas ndigo e Hiperatividade 47
Captulo 6. Tipos de Criana ndigo 53
Captulo 7 . Nova Pedagogia para a Nova Gerao 61
Captulo 8. Crianas Cristal 71
Captulo 9. Perguntas e Respostas 83
PREFACIO
Imersos que estamos, incontestavelmente, num mundo de
transformaes nos
mbitos pessoal, social e mundial, este livro vem trazer
novos
ensinamentos, provendo-nos
de novas diretrizes e, principalmente, enchendo-nos de
esperana.
-
Divaldo Pereira Franco mais uma vez nos presenteia com
gloriosos
esclarecimentos, desta vez sobre uma nova gerao de espritos
reencarnantes: as crianas ndigo
e cristal. Com informaes adicionadas em itlico por Vanessa
Anseloni,
este livro, sem dvidas, traz-nos interessantes insights em como
lidar,
educar e entender
esses seres que sero responsveis pela grande transio de um mundo
de
guerras e sofrimentos para um mundo mais fraterno e pacfico.
As informaes contidas neste livro baseiam-se, em parte, em
uma
esplendorosa palestra proferida por Divaldo Pereira Franco, em
18 de
fevereiro de 2006, em Oswego,
Illinois
- EUA. O encontro foi organizado pela nossa companheira
americana
AmyBiank juntamente com as suas instituies Angel Centere
Intuition
Unlimited.
Nesta obra de arte, observamos que essa nova gerao to peculiar
que
se faz necessrio viajar no tempo e no espao, lanando mo das
cincias
terrena e espiritual,
a fim de compreend-la. Divaldo Pereira Franco nos conduz com
profundidade e sabedoria nessa viagem ao nosso passado. Remonta
aos seus
primeiros momentos, analisando
a evoluo da humanidade terrena que ocorreu a partir de uma
indispensvel intercooperao planetria, graas s migraes de
espritos. A partir da, explicaes
coerentes so dadas sobre a definio de criana ndigo e cristal,
suas
diferenas, tipos e comportamentos, intercaladas por histrias
verdicas
vividas por Divaldo
Franco. O desfecho um amoroso convite ao acolhimento que devemos
dar a
essa nova gerao que j faz parte da nossa humanidade terrena.
Em primorosa sincronia de idias com Divaldo Pereira Franco,
Vanessa
Anseloni traz informaes relevantes e complementares das reas
da
neurocincia, psicologia
e do Espiritismo.
12
Indubitavelmente, acredito que o leitor, principalmente pais
e
educadores, iro perceber que essa obra de significativa
relevncia.
Evidenciamos tambm, que nela
h uma continuidade dos trabalhos do mestre lions Allan Kardec,
que
preconizava a educao, pautada na mudana real dos hbitos, como
sendo a
nica forma de mudana
individual e social.
Acolhamos com todos os nossos esforos essa nova gerao de
seres
humanos, extremamente necessria para uma mudana de paradigma
familiar/social de que tanto carecemos.
Boa leitura!
Baltimore - MD (EUA),
7 de novembro de 2006.
M. Daniel Santos, PhD
Diretor de Comunicaes Sociedade Esprita de Baltimore
-
13
CAPITULO 1 - A DCADA DO CREBRO E O "PONTO DE DEUS"
Durante os anos 1990 e 2000, os neurocientistas dos Estados
Unidos
solicitaram ao Congresso americano que considerasse esse decnio
o da
Dcada do Crebro. O Congresso
americano, examinando a proposta desses neurocientistas, aceitou
o
desafio e designou aquele perodo conforme solicitado, porque
as
neurocincias haviam investigado
o sistema nervoso e logrado descobrimentos com tantos detalhes,
como
nunca havia acontecido na histria da cincia durante os
anteriores 6.600
anos de cultura, de
tica e de civilizao.
Aprovada pelo Congresso americano a Dcada do Crebro, o
Presidente
George W. Bush homologou o pedido, e esse perodo passou a
ser
considerado como o mais grandioso
da evoluo das referidas neurocincias.
15
A proclamao da Dcada do Crebro propiciou a conscientizao pblica
da
relevncia dos estudos do crebro para a humanidade, bem como
a
necessidade de investir
em tais estudos. A medida teve tal impacto que toda a
comunidade
neurocientfica mundial decidiu adotar tambm os anos 90 como
sendo a
gloriosa dcada do crebro.
Entre os revolucionrios avanos mais importantes apontamos os
seguintes:
(1) mais da metade do projeto genoma humano composto de clulas
ligadas
ao crebro, genes
que influenciam uma vasta gama de comportamentos; (2) a revoluo
das
tcnicas de escaneamento do crebro, especialmente de imagem
funcional;
(3) o crebro humano
apresenta plasticidade durante a fase adulta, incluindo novos
neurnios
que nascem.
Por conseqncia, a humanidade passou a entender melhor a sua
prpria
histria. E, mais fascinante ainda, na atualidade, alguns desses
nobres
investigadores neurocientistas
afirmam que o nosso crebro tem escrito na sua intimidade a
presena de
Deus.
Utilizando-se de tcnicas de alta tecnologia, o professore
neurologista
da Universidade da Pensilvnia, tambm diretor do Centro de
Espiritualidade e Mente, Andrew
Newberg, constatou que nos momentos em que oramos
16
e/ou meditamos ativamos reas especficas do crebro. Ele conduziu
uma
srie de estudos com imagem funcional do crebro em freiras
franciscanas,
budistas e cristos
pentecostais que tm o "dom de lnguas".
A seguir, pode-se observar as figuras obtidas durante um estudo
sobre
correlatos neurofisiolgicos da meditao, estudo este conduzido
pelo Dr.
Andrew Newberg. (As
-
imagens a seguir, juntamente com suas descries, foram
gentilmente
concedidas pelo referido autor do trabalho em questo, a fim de
serem
reproduzidas neste livro).
"Em breves palavras, ns temos estudado os crebros de monges
Tibetanos
com grande experincia em meditao, atravs de Tomografia Computada
por
Emisso de Fton
nico (SPECT). A imagem SPECTpermite-nos vero crebro e determinar
quais
as reas que esto ativas atravs da medida do fluxo sangneo.
Quanto
maior o fluxo de
sangue numa determinada rea, mais ativa ela estar, aparecendo
em
vermelho. As imagens mostram os resultados do grupo controle
esquerda
(enquanto o sujeito estava
em repouso) e durante o "pico" da meditao, representado direita.
Dois
grupos de imagens foram obtidas, mostrando partes diferentes do
crebro,
como veremos a
seguir."
17
"Na figura acima, podemos observar que h um decrscimo da
atividade do
lobo parietal durante a meditao. A parte inferior mostra-se em
amarelo
e no em vermelho
como na imagem esquerda. Essa rea do crebro responsvel por nos
dar
um senso de orientao de tempo e espao. Ns hipotetizamos que
o
bloqueio de todos os
inputs sensrio-cognitivos nesta rea, aps a meditao, est
associado
com a sensao atemporal e no-espacial que frequentemente
descrita
quando estamos em meditao."
18
"Esta segunda figura mostra que a parte frontal do crebro,
usualmente
envolvida com ateno e concentrao, est mais ativada durante a
meditao (atividade em
vermelho aparece aumentada). Isto faz sentido, pois que a
meditao
requer um alto nvel de concentrao. Tambm evidenciamos que
quanto
maior a atividade no lobo
frontal, menor a ativao do lobo parietal1."- concluiu Dr.
Newberg.
Em 1992, na Universidade da Califrnia, em Los Angeles, o
neuropsiquiatra
Michael Persinger, analisando o crebro humano mediante
1 Uma verso mais complexa do modelo poder ser lida no livro dos
Drs.
Newberg e d'Aquili entitulado" Why God Won't Go Away: Brain
Science and
the Biology of Belief
Ballantine, 2001).
19
uma tomografia computadorizada, atravs de um escaneamento
topogrfico
com emisso de psitrons, identificou uma rea que brilhava no
crebro
humano. Ele percebeu
que o crebro emitia uma especfica luminosidade. Resolveu
procurar o
neuropsiclogo Dr. Vilayanur Ramachandran que, examinando essa
luz
cerebral, chegou a uma concluso
curiosa: toda vez que ele enunciava o nome de Deus, aquela
luminosidade
aumentava. Eles resolveram, ento, denominar essa rea entre os
lbulos
temporais como "o
ponto de Deus".
-
Os estudos de Persinger e Ramachandran iniciaram-se a partir de
pacientes
com epilepsia, que usualmente tm experincias espirituais
profundas. Em
comparaes entre
os epilpticos e pessoas sadias e religiosas, a resposta foi
similar
quando evocadas palavras de crena espiritual.
Mais tarde, a grande fsica norte-americana Danah Zohar,
professora da
Universidade de Oxford, veio examinar a questo, e depois de
estudar com
os neurocientistas,
ela concluiu que nessa rea cerebral localizava-se a
inteligncia
espiritual, definindo, aps acuradas reflexes, que nesse campo
se
encontra o correlato biolgico
da inteligncia espiritual. Equivale dizer que o Esprito j no
mais
20
uma produo do crebro, mas que este decodifica-lhe os
contedos
profundos atravs dos neurnios.
Esta maravilhosa descoberta fez que vrios neurocientistas
conclussem
que a criatura humana no somente um ser constitudo de clulas,
mas
tambm uma conscincia
de natureza transpessoal. Apesar das neurocincias oficialmente
no terem
provado que a mente extra-sensorial, os estudos mencionados
abrem
questionamentos para
a compreenso da sede da mente humana.
Este prembulo tem por finalidade facultar-nos perceber a
viso
contempornea de alguns cientistas a respeito do ser imortal que
somos.
21
CAPTULO 2 - COOPERAO INTERPLANETRIA E EVOLUO HUMANA
Nessa mesma fase de investigaes, um grande nmero de
astrnomos
conceituados, quais Edmund Halley, Paul Otto Hesse e F. WiIhelm
Bessel
entre outros, atravs de
clculos muito complexos constataram que o nosso sistema solar
escravo
da atrao gravitacional de Alcone, uma estrela de terceira
grandeza,
que se encontra h
aproximadamente 440 anos-luz da Terra.
Essa estrela faz parte da constelao das Pliades, conhecidas
desde
priscas eras. O sistema solar gira em torno de Alcone durante o
perodo
de 26.000 anos aproximadamente.
E em cada 12.000 anos, o sistema solar aproxima-se dessa
estrela
grandiosa, que circundada por uma imensa camada de ftons,
penetrando-
a, e a demorando-se por
23
perodo de 2.000 anos. Essas partculas - os ftons - so o
resultado da
decomposio do eltron, considerados como mnimas partculas de
energia
eletromagntica,
que produzem especiais alteraes na estrutura do sistema solar,
quando
penetra nesse verdadeiro cinturo que envolve Alcone.
Curiosamente, h 12.000 anos, aconteceu a aproximao e penetrao
do
nosso sistema solar nesse campo energtico que envolve Alcone,
quando o
nosso planeta comeou
a ser habitado por seres inteligentes...
-
Acreditam esses estudiosos que, por volta do ano de 1972, o
sistema solar
vem-se adentrando nesse envoltrio de ftons, e que, a partir de
1987, a
Terra comeou
a penetrar nessa camada de energia que produz uma certa
luminosidade,
resultado da excitao molecular, que no tem calor, nem
proporciona
sombra ou trevas.
Faamos um pequeno recuo. Do ponto de vista da evoluo
antropolgica,
havia seres que se foram modificando atravs dos milhes de anos
e
alcanaram um momento em
que se apresentavam como antropides. Esses antropides eram
constitudos
por um psiquismo muito primrio, progredindo em corpo
igualmente
grosseiro.
Segundo a teoria do evolucionismo, nesse momento o antropide
dividiu-se
em dois
24
ramos: permaneceu o ancestral e surgiu aquele que facultaria
o
aparecimento do ser humano. O extraordinrio naturalista Charles
Darwin
no conseguiu explicar com
muita
segurana como isso aconteceu no processo da evoluo, em face
da
dificuldade de encontrar-se elementos paleontolgicos (fsseis)
que
facultassem o estudo do natural
processo. Por conseqncia, essa falta de documentao ensejou o
conceito
em torno do "elo perdido", exatamente aquele que ajudaria a
entender a
mudana de uma para
outra expresso de organizao biolgica.
A viso esprita da criao e da evoluo dos seres acomoda aspectos
da
teoria da evoluo de Darwin, bem como da teoria criacionista.
No
concernente teoria criacionista,
o Espiritismo concebe que, indubitavelmente, Deus o criador
do
Universo, sendo que Deus a causa primeira de todas as coisas, a
Suprema
Inteligncia do Universo
(ver questo primeira de O Livro dos Espritos, por Allan
Kardec2).
2 Allan Kardec (1804-1869) - Pseudnimo do professor e educador
francs
Hippolyte Lon Denizard Rivail. Foi o codificador do Espiritismo
no
sculo XIX, em Paris,
Frana. A literatura bsica do Espiritismo, compilada por Allan
Kardec,
corresponde aos seguintes livros: O Livro dos Espritos (1857); O
Livro
dos Mdiuns (1861);
O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864); O Cu e o Inferno
(1865); A
Gnese (1868) e os 12 primeiros volumes de a Revista Esprita
(1858-
1869). Para saber mais
sobre a vida de Allan Kardec e a histria do Espiritismo, ler o
livro
Compreendendo a Sade Mental e Espiritual por Divaldo Pereira
Franco,
25
No entanto, no se faz lgico acreditar que todos os seres foram
criados
prontos em todas as suas espcies de uma s vez. Neste sentido,
entra o
aspecto da teoria
-
evolucionista para poder-se compreender que, aps a criao do
princpio
inteligente (ou espiritual) e do princpio material, a lei
universal de
progresso permitiu
que a mnada celeste sasse do seu estgio primrio de simplicidade
e
ignorncia para angariar experincia e conhecimento. Nas diversas
etapas
da evoluo, o princpio
inteligente estagiou em cada reino da natureza material (desde o
mineral
ao animal) at chegar ao hominal. A evoluo do princpio
inteligente ou
espiritual pode
ocorrer mais ou menos de forma idntica em diversos mundos.
No perodo do Elo Perdido na Terra, acreditam os espiritualistas
que
receberam revelao do mundo espiritual que, num sistema prximo
da
Terra, na constelao do
Cocheiro, havia um planeta de Capela que evolua moral e
intelectualmente
na direo do Reino dos Cus. No entanto, nada obstante esse
processo de
evoluo, existiam
Espritos rebeldes que se negavam prtica e vivncia do amor,
constituindo um grave problema para o processo libertrio da
evoluo.
Tomamos conhecimento atravs da Bblia
26
sobre o texto que informa ter havido nos Cus um anjo de nome
Lcifer que
se rebelou contra Deus, tendo sido expulso do Paraso e enviado
para uma
regio infernal,
portanto, de muitos sofrimentos. A imagem forte expressa com
vigor o que
gostaremos de elucidar.
Aquele planeta da constelao do Cocheiro havia, portanto,
atingido um
nvel de grande elevao intelecto-moral, mas ainda permaneciam
Espritos
belicosos, perversos,
que se negavam obedincia e ao amor, comprazendo-se na prtica do
mal.
Para que no prejudicassem o programa de evoluo geral, foram
expulsos
para um outro planeta, onde tivessem ocasio de aplicar os
conhecimentos
e sofrer as conseqncias
da sua rebeldia - um verdadeiro inferno - reencarnando-se na
Terra,
exatamente quando os terrcolas se encontravam na fase
antropide.
curioso notar que os descendentes fsicos desses antropides iro
ser
animados por Espritos intelectualizados, que desenvolvero
equipamentos
orgnicos prprios
capazes de expressar com clareza os conhecimentos de que so
portadores.
Surgem, ento, os descendentes dos primatas, permanecendo,
concomitantemente, os antropides, nos quais continuaro
27
reencarnando-se, nessa organizao em desenvolvimento, aqueles
Espritos
ainda primrios, em face da sua evoluo terrcola.
A cada reencarnao, o ser espiritual conectado ao seu corpo
espiritual
(o perisprito) vai-se ligando, molcula a molcula, ao novo
organismo
fsico desde a sua
primeira clula, a clula ovo, ou zigoto, na concepo. Deste modo,
a
mente do Esprito comanda a formao do novo corpo via o seu
molde
fundamental, o perisprito.
-
A reencarnao tem por finalidade o melhoramento progressivo
da
humanidade3. O ser espiritual vai progredindo a cada reencarnao,
jamais
regredindo. Por conseqncia,
o conceito de metempsicose (reencarnao em corpos de animais) no
se
sustenta em bases lgicas, uma vez que o ser espiritual, em
alcanando o
patamar do reino hominal,
no poder retrogradar em uma estrutura incompatvel com o
amadurecimento
espiritual-perispiritual do Esprito.
Face a essa ocorrncia - que teve lugar no mundo espiritual -
subitamente
na frica, particularmente na frica do Norte, desenvolveu-se
a
monumental cultura egpcia.
Os faras trouxeram
3 Questo 167 de O Livro dos Espritos, porAIlan Kardec
28
para a humanidade, na intimidade dos templos, conhecimentos
muitssimo
superiores sua poca. A engenharia atingiu patamares to
grandiosos que
propiciaram
a construo das pirmides, da Esfinge de Gis, abrindo espao
para
futuros saltos culturais deslumbrantes.
Na ndia, a revelao divina apareceu atravs de Krishna, que logo
trouxe
a idia da imortalidade da alma, de Deus, da reencarnao, da
justia
divina, do amor.
Na China, LaoTs, Fo-Hi e Confcio elaboraram os grandes cdigos
da
dignidade humana, da sociedade, da cidadania. Na Prsia, apareceu
a
cultura superior a respeito
da grandiosidade de Deus, da imortalidade da alma, da
continuidade da
vida... Na Assria e na Babilnia, acompanharemos o
desenvolvimento
deslumbrante de duas civilizaes
grandiosas, que deixaram fulgurantes pginas de beleza e
sabedoria para o
futuro da sociedade.
Merece, porm, considerarmos que, nada obstante, embora
portadores de
incomum inteligncia, esses nobres Espritos eram belicosos e
sustentavam-se atravs de guerras
contnuas e odientas.
No Ocidente, 500 anos antes de Jesus, fulgiu o perodo de
Pricles,
facultando o
29
aparecimento da tragdia grega, da filosofia emprica, e logo
depois,
brilham as inteligncias incomuns de Scrates, Plato e
Aristteles,
desenhando para a humanidade
a tica, o pensamento, o saber, as leis da ordem e do dever.
Nesse nterim, Moiss libertou o povo hebreu da escravido no Egito
e
recebeu o Declogo por inspirao divina. A Lei Mosaica ofereceria
uma
viso elevada a respeito
do indivduo em si mesmo, em referncia sociedade e a Deus.
Por fim, chegou Jesus Terra, e revolucionou a histria da
humanidade
atravs da lei de amor. E conforme est escrito em Joo (14:1-2),
Ele
disse: "Credes em Deus,
-
crede tambm em mim. Na casa de meu Pai h muitas moradas.",
demonstrando
que as estrelas, que nos do o seu brilho, os planetas que lhes
refletem
a luze, so verdadeiras
moradas espirituais, mundos que se constituem como divinas
residncias.
Desejamos com isso dizer que esses Espritos nobres, que nos
trouxeram o
conhecimento, a sabedoria, vieram de um outro planeta mais
evoludo do
que a Terra, com
exceo de Jesus, por ser o Governador, portanto, o Esprito mais
elevado
que Deus nos deu, para servir-nos de modelo e guia.
A viso esprita de Jesus Cristo metafsica, pois que Ele filho
de
Deus tanto quanto cada
30
um de ns. Um irmo mais velho que alcanou a plenitude e no-la
veio
trazer, a fim de mostrar o que ser humano. A descrio deste ideal
de
humanidade encontra-se
em o captulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, quando
relata
que a "pessoa verdadeiramente boa aquela que cumpre a lei de
justia,
amor e caridade em
sua mais alta pureza."
Joanna de ngelis4 descreve Jesus na viso da Psicologia Esprita
como um
Ser Pleno em quem a Anima e o Animus esto em perfeito equilbrio.
A
anima de Jesus como
a plena personalidade feminina, intuitiva, doce, suave,
espiritualmente
sbia e amorosa, maternal, ao ponto do auto-sacrifcio para o bem
da
Humanidade. E o animus
do Cristo em sua iniciativa, coragem, objetividade,
determinao.
Passagens como Lucas 18:15-17, Vinde a mim as criancinhas
descreve com
clareza a anima de Jesus.
Em Joo 2:13-25 encontra-se o animus, quando Jesus em Sua
firmeza
masculina, coloca
4 Joanna de ngelis a mentora espiritual de Divaldo Franco. Ela
um
dos Espritos de escol que orienta a humanidade na Terra,
tendo
participado da equipe do Esprito
de Verdade que coordenou o trabalho de implantao do Espiritismo.
Na
obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, ela foi a
mensageira-autora das
mensagens A Pacincia"
(captulo 9, item 7) e "Dar-se- quele que tem" (captulo 18, itens
13-
15). Ela fora Joanna de Cusa nos tempos de Cristo; vivera tambm
na
Itlia nos tempos de Francisco de Assis; reencarnarase como Soror
Juana
Ins de La Cruz, no Mxico
do sculo XVII; e Joana Anglica de Jesus, no Brasil do sculo
XIX.
31
ordem no templo expulsando os mercadores. Jesus Cristo antes de
encarnar
na Terra, j houvera passado pelas diversas etapas evolutivas,
tendo
chegado perfeio
a que um dia todos alcanaremos tambm. Para atingir este pice,
cada
qual necessita de novas oportunidades de aprendizado, ora em um
mundo,
ora em outro. Aqui faz-se
importante notar a importncia da noo libertadora de que todos
os
Espritos criados em a Natureza foram destinados ao progresso
e
conseqente e crescente felicidade.
-
O Universo com suas milhes de galxias contm escolas e lares,
oportunidades para todos os nveis do progresso espiritual.
Quando Jesus
Cristo disse, conforme Joo
14:1-2, "H muitas moradas na casa de meu Pai.", ele se referia
casa do
Pai como sendo o universo e as diversas moradas, os mundos que
existem no
universo5.
Foi numa dessas cooperaes interplanetrias, ou mesmo,
intergalcticas,
que Espritos de Capela foram trazidos Terra. Aqueles Espritos,
apesar
de serem mais
evoludos intelectualmente, vieram porque eram rebeldes e
sofreram muito
aqui no planeta atrasado, a
5 Explicao aprofundada do tema encontra-se no captulo 3 da obra
O
Evangelho Segundo o Espiritismo, porAIlan Kardec
32
Terra. E depois que desempenharam as suas tarefas, retornaram ao
seio da
ptria de onde procediam. H, aproximadamente, alguns milhares de
anos
deve ter acontecido
essa revoluo extraordinria.
Por volta de 1972 e mais particularmente por ocasio de 1987,
repetimos,
o sistema solar est penetrando no cinturo de ftons de Alcone, e
uma
nova revoluo vem-se
operando na estrutura psquica da Terra, quando uma onda de
Espritos
dessa dimenso vem promover mudanas sutis na forma orgnica,
facilitando
o processo de evoluo
intelecto-moral para que alcance nveis muito mais elevados.
Da vez anterior, a que nos referimos, os exilados em nosso
planeta
ofereceram ao nosso corpo os equipamentos para a manifestao
da
inteligncia, do raciocnio,
da conscincia, mantendo, no entanto, os nossos instintos
ancestrais.
Agora, quando ainda somos instintos, sensaes, emoes,
desenvolvendo a
razo, novos visitantes
espirituais, transitoriamente entre ns, para tambm evoluir, vm
criar
uma nova sociedade, porm assinalada pelas conquistas da intuio,
da
percepo paranormal,
dos sentimentos elevados. Eles vm mudar a estrutura do nosso
organismo,
facultando-nos instrumentos que nos faam mais perfeitos, mais
sbios,
menos guerreiros,
menos perversos...
33
Esses, como outros Espritos sempre nos visitaram, e com
certa
periodicidade. Se reflexionarmos em torno do Evangelho de Jesus,
veremos
que Joo, o evangelista,
fascinou-se pelo Mestre quando tinha mais ou menos 16 anos de
idade. Ele
compreendeu a lio profunda do Seu amor e absorveu-a
integralmente, de
tal forma que Jesus
disse ser ele o nico que no experimentaria o holocausto. E de
fato, foi
o nico discpulo que viveu at idade provecta, havendo morrido
pelo
natural desgaste
decorrente da senectude.
-
Se examinarmos, igualmente, a histria da Frana, a menina Joana
d'Arc,
aos 14 anos, defendendo a sua ptria, apoiada pelas vises de
Santa
Margarida, Santa Catarina
e So Miguel Arcanjo, que a ajudavam em todos os embates,
constataremos
que no se tratava de um ser convencional, de uma pessoa comum.
Ela
morava num lugarejo,
pastoreava cabras e ovelhas, e depois que teve a viso dos
Espritos
superiores, tornou-se comandante-em-chefe das tropas francesas
que
estavam destroadas, conseguindo
vencer diversas batalhas, culminando com a coroao do seu dbil
rei
Carlos VII, na catedral da cidade de Reims, em julho de
1429.
Se prosseguirmos ainda mais um pouco,
34
na pesquisa histrica, emocionar-nos-emos, por exemplo, com
Beethoven,
esse gnio da msica. Temperamento rebelde, quase hostil,
introvertido,
mas que se revelou
como fenomenal nas suas composies especialmente na rea das
sinfonias.
Ao perder a audio quando contava 27 anos, a sua msica tornou-se
mais
bela.
Ao compor a Nona Sinfonia, j no escutava sequer os sinos que
badalavam
ao lado dos seus ouvidos, no se perturbando, porm, com a
dificuldade,
porque trazia a
msica no mundo interior, a msica de outras esferas... E foi
graas a
essa msica sublime e transcendental que ele introduziu, na
referida Nona
Sinfonia, a Ode
Alegria, numa eloqente lio de vida e de jbilo.
35
CAPTULO 3 - CRIANAS NDIGO
Quando a mediunidade despertou no sculo XIX, nos Estados
Unidos,
provocou um grande impacto. A ocorrncia teve lugar atravs de
duas
meninas, as irms Fox, de muito
conturbada memria, porque experienciaram suas vidas de forma
atribulada,
sendo vtimas da intolerncia religiosa da poca.
As irms Fox, Margareth e Kate Fox, viveram no pequeno vilarejo
de
Hydesville, NY. Eas escutaram as batidas mediante as quais
se
comunicaram, tendo depois a revelao
de que eram procedentes do Esprito Charles Rosma, o caixeiro
viajante
que houvera sido assassinado o enterrado ali mesmo, na casa ora
habitada
pelos Fox, vitimado
pelos proprietrios anteriores. O fenmeno das comunicaes ocorreu
na
noite de 31 de maro de 1848, ficando celebrizado como o marco
histrico
do Espiritualismo
37
Moderno. Atualmente, a cidade de Lily Dale, no Estado de Nova
Iorque,
guarda em seu museu os restos de alguns dos pertences das irms
Fox, bem
como o ba onde estavam
os restos mortais de Charles Rosma. O clebre livro Histria
do
Espiritismo (do Espiritualismo), de Arthur Conan Doyle relata
com
detalhes as dificuldades vividas
pelas irms Fox.
-
Na Frana, apareceram outras meninas portadoras de faculdades
medinicas
incomparveis, as Irms Baudin, Caroline e Julie, com
12 e 14 anos, Ermance Dufaux com 15 anos, Ruth Japhet com 15
anos, e
graas a essas adolescentes, que se fizeram intermedirias das
Fontes
Inexaurveis da Verdade,
Allan Kardec codificou o Espiritismo, apresentando um notvel
conjunto de
Cincia, Filosofia e Religio, que vem enfrentando a evoluo
cultural e
tecnolgica de
maneira incomum, ao mesmo tempo resistindo a todas as agresses
do
pensamento materialista. Os seus postulados, que se apoiam na
excelncia
dos fatos, tm recebido
confirmao atravs das notveis conquistas da cincia
contempornea.
Diversos conhecimentos cientficos foram trazidos pela
Espiritualidade
por meio da mediunidade esprita, tendo a sua comprovao em
anos
posteriores pelas Cincias.
Por exemplo,
38
em 1958, o esprito Andr Luiz6 ditou atravs de Francisco
Cndido
Xavier7, o livro "Evoluo em Dois Mundos", no qual afirma que
"os
neurnios nascem e renovam-se
milhes de vezes no plano fsico e no extrafsico." At ento as
Neurocincias afirmavam que os neurnios no se renovavam,
portanto, eram
considerados clulas permanentes
do sistema nervoso. Somente em 2002, as neuroscincias, atravs
das
pesquisas do cientista renomado Fred Gage, do Salk Institute
for
Biological Studies, em La Jolla,
Califrnia, trouxeram as primeiras evidncias de que os neurnios
nascem
e renascem tambm em adultos e idosos.
No ano de 2007, o Espiritismo comemora
150 anos de sua Codificao. Allan Kardec, o eminente codificador,
foi
verdadeiramente um editor-chefe e investigador dos fenmenos
medinicos.
Ele no fora mdium
ostensivo, mas aquele que sabiamente compilara as diversas
Andr Luiz- Nome fictcio do Espirito que escreveu pela
mediunidade
psicografica iU Francisco Cndido Xavier Entre outros, Andr
Luiz
escreveu uma coleo de
volumes sobre a vida espiritual e sua interao com o mundo fsico
A
primeira iixi dessa coleo foi Nosso Lar e a ultima E a Vida
Continua
Em sua ultima ii iuncarnao
ele teria sido um mdico brasileiro residente no Rio de
Janeiro
Francisco Cndido Xavier (1910-2002) - Considerado o mais
completo e
prolfico iimdium do sculo XX Nascido em Pedro Leopoldo, Minas
Gerais -
Brasil, Chico
-
Allan Kardec no exps, em suas obras, os nomes das mdiuns da
Codificao esprita a fim de proteg-las da exposio pblica.
Lembremo-
nos de que naquela poca,
sculo XIX, os direitos das mulheres e sua emancipao no tinham
ainda
vindo a pblico. Vejamos que
41 dias antes do lanamento de O Livro dos Espritos, em 18 de
abril de
1857, em Paris, Frana, 129 mulheres morreram queimadas dentro de
uma
fbrica em Nova Iorque,
Estados Unidos, porque tinham reinvidicado o direito de menos
horas de
trabalho a que eram submetidas nas fbricas txteis...
Portanto, asseveram os Espritos nobres que a nova gerao que
vai
desenvolver o lado direito do nosso crebro, o lado intuitivo,
medinico,
a rea das percepes
psquicas. Essa gerao que se est formando vem sendo chamada de
gerao
de crianas ndigo, em razo de serem seres especiais que emitem,
em suas
auras, uma irradiao
com uma tonalidade azul-violeta especfica, igual ndigo, que
encontrada em uma planta8 na ndia.
8 Indigofera tinctoria seu nome cientfico. Plantaes de ndigo
tiveram um papel fundamental no movimento de independncia da
ndia
Britnica. Gandhi liderou
o movimento de direitos, o qual foi apoiado pelas pessoas mais
pobres das
pequenas cidades e vilas, muitas das quais trabalhavam em
fabncas de
ndigo.
40
A aura das crianas ndigo projeta tonalidade azul-violcea, o que
denota
o nvel de sua evoluo. Quanto mais o Esprito evoludo, mais
o seu corpo espiritual (perisprito) tambm o . Sendo assim as
vibraes das molculas quintenssenciadas que o compem vibram em
maiior
frequncia, trazendo a colorao ndigo.
Essas crianas tm-se constitudo um grande desafio para a
pedagogia,
para a psicologia, para o relacionamento interpessoal, porque
algumas
delas, desde os dois
anos rebelam-se contra o formalismo, contra tudo aquilo que
existe,
produzindo uma grande dificuldade para os adultos na escola, no
lar, no
recreio... As crianas
ndigo tm constitudo um desafio para psiclogos, para psiquiatras,
para
neurocientistas que as examinando, de imediato percebem-lhes
a
hiperatividade, a insatisfao,
desde que no aceitam orientao imposta, possuindo a capacidade
de
enfrentar os adultos como se
" Ver aprofundamento sobre o perisprito no captulo XIV, de A
Gnese,
por Allan Kardec
41
fossem pessoas igualmente adultas.
Esse comportamento vem criando graves reaes psicolgicas nos pais
e
educadores, que se vem a braos com a necessidade de criar novos
mtodos
pedaggicos e novas
terapias muito diferentes das convencionais at este momento
aceitas.
-
As crianas ndigo no se submetem a ordens, no obedecem a filas,
no
ficam quietas, e parecem saber mais do que os adultos, o que
normalmente
choca seus pais e
educadores... E, s vezes, demonstram saber mais do que esses,
embora no
o possam expressar corretamente.
42
CAPTULO 4 - UM CASO SOBRE CRIANA NDIGO
Como o tema um pouco rido, eu me permito contar-lhes uma
experincia
pessoal. Na Manso do Caminho, nossa instituio
infanto-juvenil,
tnhamos um menino de cinco
anos, que era to terrvel que eu lhe coloquei o nome Jlio
Terror'.
Ainda no havia o terrorismo, mas o meu menino era um terrorista.
Ele
sabia de tudo, estava
sempre no lugar que no devia, na hora errada, falava o que no
era
prprio, no ficava quieto, e no sabamos como educ-lo. Eu usei
todos
os mtodos possveis:
o carinho, ele me agredia; a severidade, ele no obedecia;
deixei-o por
conta prpria, e ele ficou aborrecido.
Certo dia, eu estava trabalhando quando o interfone me chamou e
o
porteiro da Instituio me informou:
43
- "Senhor Divaldo, aqui tem uma senhora que quer lhe falar."
Eu respondi:
- "O senhor sabe que eu no atendo neste horrio, porque sempre
me
encontro muito ocupado, atendendo a deveres intransferveis.
Pea-lhe que
volte noite."
O porteiro respondeu-me:
- "Ela, porm, est insistindo muito."
Eu, desagradado com a resposta, redargui-lhe:
- "Informe-a, que somente ser atendida noite, porque agora eu
no
estou." - E desliguei o fone.
Quando eu terminei o dilogo, saiu de debaixo da minha mesa,
Jlio
Terror'... Eu houvera proferido uma palestra para crianas sobre
a
mentira, no domingo anterior.
Aquele dia era a tera-feira, que seguia ao das informaes que eu
lhes
ministrara.
Quando ele saiu de sob a mesa, olhou-me, sorrindo, zombeteiro,
e
censurou-me:
- "Mentindo, hein?"
Eu o olhei com a autoridade de adulto e indaguei-lhe em tom
forte de voz:
- "Quem que est mentindo?"
-
- "Voc!" - redarguiu.
Ele no tinha medo. Fitei-o, srio, e tentei esclarecer,
informando:
44
- "Jlio, eu no estou mentindo. Eu estou dizendo que no me
encontro l
na portaria."
Ele sorriu, afirmando:
- "Outra mentira! Porque voc est dizendo que no est na Manso
do
Caminho. E voc est..."
Eu peguei o fone e falei ao porteiro:
- "Diga nossa irm, se ainda estiver a, que eu j cheguei."
No foi suficiente para convencer o menino, porquanto, ele,
novamente,
confirmou:
- "Outra mentira! Porque voc no saiu, como que chegou?"
Tratava-se de um menino ndigo. Eu conclui, elucidando:
- "Julinho, eu, s vezes, tambm minto." E ele considerou:
- "Mas, no deve." Eu justifiquei:
- "H dois tipos de mentira: a mentira branca que uma desculpa, e
a
mentira pesada, a negra."
Ele, surpreso, exclamou:
- "Ah! At a mentira sofre preconceito de cor?!."
Eu encerrei o dilogo, com ternura e amor, propondo:
- "Julinho, pelo amor de Deus, v-se embora,
45
por favor, e depois conversaremos."
Julinho Terror' era ndigo. Tudo que lhe falvamos, ele
perguntava:
"Porqu?" "Meufilho, no se sente a." "Por qu?" "Porque voc vai
se
ferir." "Como que voc
sabe?" Certo dia ele estava subindo no muro, e eu lhe propus:
"Julinho
desa da." "Por qu?" "Porque voc vai cair." "Como que voc
sabe?"
"Porque todo mundo
cai." "Ah! Mas eu no vou cair." E no caiu.
46
CAPTULO 5 - CRIANA NDIGO E HIPERATIVIDADE
O ndigo essa criana rebelde, que muitas vezes confundido com
o
hiperativo e cria uma terrvel dificuldade na educao, porque ela
no
lia quieta durante a
-
aula, no tem capacidade de manter a ateno, tem sempre uma
resposta
nova, quase atrevida, para qualquer problema. E os adultos, que
estamos
acostumados a impor,
a dominar, entramos em rea de atrito.
Importante notar a diferena entre os que so ndigo dos
hiperativos. O
que a criana hiperativa? De acordo com as observaes cientficas
do
Instituto Nacional
Americano de Drogas de Abuso (NIDA), a desordem de ateno
deficitria e
hiperatividade consiste fium padro persistente de nveis anormais
de
atividade, impulsividade
e desateno que aparecem com maior freqncia e maior severidade do
que
tipicamente observado em indivduos em
47
nveis comparveis de desenvolvimento.
A hiperatividade um sinal de que algo est em desajuste. A
hiperatividade em si mesma no classifica o ndigo. Ela pode ser
um dos
sinais comportamentais da criana
ndigo. Espiritualmente falando, tendncias de vidas passadas,
mediunidade e obsesses espirituais podem induzir hiperatividade.
O Dr.
lan Stevenson em seu memorvel
livro Children who remember previous lives, e Santo Agostinho em
O
Evangelho Segundo o Espiritismo (captulo
14), observam que h comportamentos infantis que esto
correlacionados a
trejeitos de experincias pregressas. Particularmente, emoes
inexplicveis perante a famlia,
como por exemplo, o medo, os interesses, as preferncias e as
habilidades
apresentadas espontaneamente na criana. Da a importncia
acentuada de
os pais e educadores
observarem com ateno o comportamento das crianas a fim de
poderem
educ-las com eficcia.
10 NancyAnn Tape foi a primeira a usar esta terminologia e
descrever
crianas ndigo na publicao de seu livro Understanding Your
Live
Through Color em 1982.
11 De acordo com o livro "According to Edgar Cayce on the
ndigo
ChMren"por Peggy Day and Susan Gale, o mdium Edgar Cayce
trouxera
revelaes sobre crianas ndigo
e a cor de suas auras muito antes dos estudos de Ann Tape.
48
estud-las. Ela diz que so seres especiais porque so almas velhas
que
ao encarnarem em um corpo limitado, sentem dificuldades de uma
saudvel
vivncia. Como o
seu nvel de inteligncia muito alto, porque vm de uma regio
espiritual mais elevada, aqui no encontram a resposta nem os
recursos
adequados para desenvolverem
as suas aptides. Digamos que esses Espritos esto trabalhando o
nosso
hemisfrio cerebral direito. Como ns, ocidentais, durante
milnios,
trabalhamos o hemisfrio
esquerdo - a lgica, a matemtica, a razo
- eles vm agora desenvolver o campo artstico, a beleza, a
harmonia, o
sexto sentido, a viso especial. E so considerados como
"crianas
diferentes", sendo realmente
-
diferentes.
As estatsticas revelam que elas comearam a chegar no sculo
passado,
por volta de
1970. E que nos anos noventa, o seu nmero j era muito grande, o
que
constituiu um grave problema para a neurologia, para a
psiquiatria, que
no seu cdigo de classificao
referente s doenas havia estabelecido que uma criana que no
tem
ateno, irrequieta, revela ser portadora de alguma patologia,
como
autista ou hiperativa.
A evoluo farmacutica conseguiu produzir um produto qumico de
nome
Ritalina, com
49
excelentes efeitos para o aparente equilbrio dessas crianas.
De
imediato comeou-se a aplic-la at mesmo abusivamente. A partir de
2000
o nmero estatstico de
aplicao de Ritalina chegou a 600%, porque uma droga que relaxa,
mas
que no proporciona criana a mudana de conduta esperada.
Acalma-a,
pois que as substncias
so absorvidas pelos neurnios, produzindo uma certa quietao.
Os especialistas modernos dizem que as crianas ndigo tratadas
com a
Ritalina correm o perigo de, na hora em que deixarem de usar o
produto,
passar ao uso de outras
drogas qumicas que geram dependncia.
Se examinarmos a percentagem da drogadio na infncia e na
juventude, em
nossos pases, descobrimos que alarmante, porquanto, isso
constitui uma
fuga da realidade,
em face da dificuldade dos mesmos encontrarem a realizao
interior de
que tm necessidade. O jovem moderno, normalmente apresenta-se
frustrado,
sem ideal, vivenciando
uma existncia vazia...
Aqui, nos Estados Unidos, o telogo e psiclogo Dr. Rollo
May12,
estabeleceu que os valores sociais enobrecedores desapareceram,
dando
Rollo May (1909-1994) foi um dos mais conhecidos psiclogos
existencialistas que escreveu o livro "Love and Will"
em1969.
50
lugar ao vazio e a juventude perdeu o sentido psicolgico da
vida. Como
conseqncia, os jovens apresentam-se indiferentes, ociosos, com
as
excees compreensveis,
passando a ter experincias sexuais muito cedo - 12 anos, 14 anos
-
porque tambm houve um amadurecimento das glndulas gensicas
muito
precipitado. Alguns, aos
16, 18 anos, j esto saturados dos prazeres sexuais, passando ao
de
drogas estimulantes, aditivas, algumas das quais induzem a
estados
alterados de conscincia,
terminando por tornar-se patolgico.
51
CAPITULO 6 - TIPOS DE CRIANA NDIGO
-
Os estudiosos dividiram essas crianas ndigo em quatro tipos
especiais:
as humanistas,
as artistas,
as conceituais e
as interdimensionais ou transdimensionais.
As crianas humanistas so aquelas que tm uma natural tendncia
para
ajudar. Mesmo na inquietao que lhes peculiar, so generosas,
gentis,
embora no fiquem
quietas ou sejam obedientes. necessrio saber lidar com as
suas
caractersticas conversando naturalmente, dando-lhes segurana
psicolgica e procurando sempre
evitar dizer-lhes que so especiais. No correto rotular
nenhuma
criana, seja com qual designao for. Ela apenas criana
53
e assim deve ser vista, orientada e amada.
O Dalai Lama estava certa feita numa grande reunio. Vendo, no
auditrio,
uma criana, solicitou que a mesma viesse ter com ele no palco.
A
criana, que parecia
ndigo, acercou-se. O Dalai Lama ficou muito comovido e
propslhe.
- "Diga o que voc quiser."
Ele pegou o microfone e anunciou:
- "Eu tenho cncer, mas eu sou uma criana. Eu quero brincar.
Todos me
dizem o que fazer, no entanto, eu s quero brincar. Depois, que
tomem
conta do meu corpo.
Mas eu sou criana..."
O Dalai Lama comoveu-se e o pblico imenso tambm, porque, sendo
ndigo,
mas canceroso, os pais no lembravam que antes era uma criana,
impondo-
lhe regras como:
"Voc no pode correr, voc no pode..., voc no pode..." Ao que
sempre
redarguia: "Eu posso, embora eu no deva. Mas, eu posso. Nem que
eu
morra. Como criana,
eu tenho o direito de brincar." Era um humanista. Teria
facilidade imensa
de se ajustar s demais criaturas, pela sua capacidade de amar,
de se
auto-amar.
As crianas ndigo que so artistas tm uma inquietao especial,
como
sucede com quase todo artista. O artista convencional
54
uma criana que no est satisfeita, que no se interessa pelas
doutrinas
cientficas, raramente pelas excogitaes filosficas. Interessa-se
total
e emocionadamente
pela arte.
As crianas do grupo artstico so mais numerosas em nossa
sociedade do
que imaginamos.
-
A criana ndigo-artista tem a capacidade de transformar tudo o
que
encontra no lar, procurando criar novas formas, propondo
diferentes
aspectos. Para os adultos,
essa atitude criativa torna-se um problema, em face das
complicaes a
que d lugar.
H uma experincia muito curiosa a esse respeito, quando uma av
recebeu
a visita de Bua filha com sua criana portadora dessa
peculiaridade, e
que se deteve diante
de uma linda caixa de msica. Quando a msica comeou a tocar, a
criana
pegou-a e arrebentou-a, para desgosto de ambas as senhoras. Mas
a av,
que tinha uma boa
percepo das ocorrncias infantis, olhou-a, e perguntou-lhe
com
naturalidade:
- "Voc tem brinquedo?"
- "Sim, tenho."
- "Voc gostaria que eu quebrasse o seu brinquedo?"
- "No."
55
- "Assim tambm sou eu. Eu no gosto que uma criana venha na minha
casa
e quebre o meu brinquedo."
Ento a criana percebeu o seu erro, pediu desculpas, reuniu os
pedaos,
e afirmou, convicta:
- "Eu vou consertar tudo, est bem?"
Os ndigos conceituais, por sua vez, tm grande aptido para a
msica,
para a solidariedade, para o trato social com as outras
pessoas.
A criana interdimensional ou transdimensional v os Espritos
desde
cedo, identifica-lhes as auras, percebe-lhes os sentimentos.
Na Manso do Caminho, tivemos uma criana que, aos quatro anos,
chegava-
se at mim, olhava-me com seriedade como se me estivesse
informando:
- "Eu conheo voc."
Na primeira vez, eu enfrentei-a com o olhar e logo mudei a direo
das
vistas. Ento, ela perguntou-me em tom de desafio:
- "Est com medo de mim?"
Eu voltei os olhos e encarei-a. Ficamos uns dois minutos olhando
no olho
um do outro em prolongado silncio. Transcorrido algum tempo ela
respirou
e indagou-me:
- "Tio, ns nos conhecemos, no verdade?"
56
- "Conhecemo-nos, sim - respondi-lhe porque voc avisou-nos antes
que
iria reencarnar-se."
-
Foi muito comovente este fato, porque, numa reunio medinica,
um
Esprito se me
incorrporou e Nilson de Souza Pereira [co-fundador
da Manso do Caminho] dialogou com , terna e demoradamente, o que
se
repetiu trs reunies. Quando o mesmo adquiriu iscincia da
realidade,
Nilson informou-o:
- "Voc vai reencarnar-se na Terra. Tudo lhe ser diferente,
especialmente em relao aos
seus sentimentos atuais. Nessa oportunidade,
no ir ter necessidade de odiar, mas somente amar".
Naquela ocasio, fazamos atas ou gravvamos as ocorrncias
medinicas, a
fim de iveriguarmos posteriormente a exatido das nformaes13, e
as
arquivvamos.
Oito anos depois, eu me encontrava numa das dependncias do
Jardim da
Infncia da Manso do Caminho, quando veio esse menino
e me encarou. Dando-me conta de quem
poderia
* Reunies medinicas, nos Centros Espiritas, ocorrem com uma
proposta
sria de desenvolvimento da mediunidade, faculdade orgnica
inerente a
todo ser humano. Juntamente a esta proposta til, essas reunies
tambm
tm o objetivo de socorrer entidades espirituais que estejam
necessitadas, sofridas ou apegadas s atividades da Terra. Para
tanto,
necessita-se de uma equipe sria e comprometida, como esclarecido
no
Captulo XXIX de O Livro dos Mdiuns, porAllan Kardec
57
ser, fixei-o tambm, facultando-lhe a chance da interrogao "Ns
nos
conhecemos, no ?"
Naquele momento, ele teve uma lembrana da reencarnao anterior,
do
perodo em que se encontrava no mundo espiritual, e
prosseguiu
esclarecendo-me:
- "Eu falei pela sua boca, enquanto Tio Nilson me informava que
eu ia
voltar... E eu voltei."
Naturalmente emocionado, eu conclu o dilogo especial:
- "Voltou, sim, para amar e ser feliz."
Era uma criana ndigo. impressionante constatarmos como esses
Espritos, mesmos reencarnados, tm a memria do passado, como
conversam
com lucidez, quando o querem!
A famlia, estando desinformada, acredita que se trata de
alucinao, de
fantasias, em razo de estarem na fase ldica.
Em verdade, porque se encontram em fcil contato com o mundo
espiritual,
tudo lhes natural, no havendo nenhuma barreira separatria,
seno
vibracional.
Essas crianas interdimensionais conseguem ver a aura das
pessoas, porque
a sua percepo transcende a forma material de que se utilizam. Em
nossa
Instituio, eu
falo para todas as crianas desde os dois anos,
individualmente
-
58
ou em pequenos grupos, a respeito da vida espiritual, da
realidade do ser
humano e da natureza transcendental, e elas entendem-me
perfeitamente,
conforme
a capacidade dos seus conhecimentos. Tivemos, por exemplo, o
Antnio,
que, aos trs anos de idade, aps uma conversao carinhosa que
mantivemos, ele abraou-me, e
perguntou, sorrindo:
- "Tio, que luz era aquela que brilhava na sua cabea como se
fosse o
Sol?"
Como criana tem muita imaginao, de Improviso, respondi-lhe:
- "Deve ser o Sol."
Mudando o tom de voz, ele afirmou:
"No era o Sol, porque voc mudava a cabea e ela acompanhava o
movimento. Voc saiu de l e estou vendo-a da mesma forma. Ela de
uma
cor..., de uma cor...".
Convencido da realidade, eu apontei para algo colorido e
perguntei-lhe:
- "Daquela cor?"
-"No! outra cor."
Tratava-se da cor violeta, que no lhe era familiar. Olhando em
volta,
ele apontou para uma flor e informou-me:
- " aquela." - Tratava-se da cor violeta. Eu sabia, porque o meu
Guia
espiritual
59
quando se me acerca, produz essa tonalidade do arco-ris, com
predominncia do tom azul violceo. um tom que denota elevao.
As
cores fortes - o vermelho, o amarelo
ouro, o verde - chamadas cores quentes so representativas da
sensualidade, da materialidade, do atraso moral. As cores tnues,
suaves
- os violceos
- so tonalidades de alta espiritualidade. No podia aquela criana
de
trs anos ter a menor idia em torno de algo desta natureza.
Acompanhei-lhe o desenvolvimento, e revelou-se um admirvel
mdium.
Prosseguiu vidente, discernindo as percepes da clarividncia,
passou a
escrever automaticamente,
a divulgar a Doutrina dos Espritos, e hoje viaja por diversas
cidades do
Brasil para convidaras pessoas a pensarem na sua realidade de
seres
espirituais que todos
somos.
As crianas ndigo esto alterando as tradies, exigindo uma
nova
metodologia pedaggica, uma forma significativa e mais elevada
de
expressar e viver o amor.
60
CAPITULO 7 - NOVA PEDAGOGIA PARA A NOVA GERAO
-
Henrique Pestalozzi o grande educador suo, no fim do sculo XVIII
e
comeo do XIX, ipresentou uma diferente e adequada proposta
educacional,
que se chamou Pedagogia
Nova. A educao, antes dele, era perversa, pondo a crianas sob
castigos
fsicos, resultantes da ignorncia que dominava entre os
encarregados da
sua formao moral
e cultural. Existia uma tradio entre esses educadores,
especialmente os
religiosos, que afirmava: "Quando o sangue sai, o conhecimento
entra."
Tirando-se o sangue
do aprendiz, introduziam o conhecimento, conforme pareciam
crer.
Pestalozzi estabeleceu mtodos dignificadores e humanos, tomando
como
base a psicologia infantil. No se pode falar a uma criana,
kereditava
ele, como se faz de
referncia a
61
um adulto. No se pode dar uma aula a uma criana, da mesma
maneira como
ministrada numa universidade. Seu nvel intelectual, de
conscincia,
infinitamente diverso
daquele que j atingiu outro patamar de desenvolvimento emocional
e
mental.
Desse modo, foi pioneiro na educao infantil, tendo por
fundamento o
amor, a compreenso das necessidades da criana. Nessa poca, o
grande
pedagogo Frebel14 criara
os primeiros jardins de infncia, e logo depois, um sculo, mais
ou
menos, uma mulher notvel, a Dra. Maria Montessori15 criou as
escolas
infantis, propondo mtodos
eficientes de educao para as geraes novas.
De fato, Maria Montessori, na Casa dei Bambini, em Roma, deu
incio a uma
era nova, antecipando o perodo em que surgiriam as crianas
ndigo.
Conta-se que, oportunamente, uma dama muito rica foi visit-la
e
interrogou-a:
- "Senhora, eu queria saber quando deverei
14 Friedrch Wilhelm August Frebel (1782-1852) foi um dos
precursores du
moderna educao, em que se reconhece que as crianas tm
necessidades e
capacidades especificas.
15 Maria Montessori (1870-1952) foi a primeira mulher a se
tornar mdica
na Itlia Ela iniciou os trabalhos em pediatria e observou que
as
crianas com problemas,
mais precisavam de educao especial do que tratamento mdico. Foi
quando
elu montou uma escola e comeou a se preocuparem entendera
maneira com a
qual as crianas
aprendiam. Ela foi definitivamente a pioneira da educao moderna
atual,
utilizando-se de tcnicas que hoje so chamadas Mtodo
Montessori.
62
comear a educar meu filhinho?"
E a Dra. Montessori indagou:
- "Que idade tem o seu filhinho?"
-
A senhora respondeu:
- "Meu filhinho est com um ano."
- "Ento corra, senhora, v educ-lo rapidamente porque voc j
perdeu os
melhores
meses daquela vida."
- "Como 21? Ele s tem 12 meses!"
- "Fora do ventre - respondeu - porque dentro, esteve nove. A
educao
comea no ventre, acariciando-o, dizendo: 'eu te amo, seja
bem-vindo,
voc um anjo para
a minha vida"....
Segundo outros bigrafos da extraordinria mdica e educadora,
quando a
pessoa perguntoulhe em que momento deveria iniciar a educao do
filho,
ela teria respondido que, "desde vinte anos", equivalendo ao
tempo em que
a me deveria ter iniciado a prpria educao
para melhor saber transmiti-la.
63
Na tese de Maria Montessori, necessrio educar o recm-nascido,
atravs
da criao de hbitos saudveis: a hora de amamentar, de dormir,
de
evacuar. Toda vez que
a criana chora, a inexperincia maternal supe que se trata de
fome e
impe o alimento. No somente isso o que pode estar ocorrendo.
A
criana chora por muitos
motivos, e como no sabe falar, expressa-se atravs do desconforto
do
choro. Pode ser, portanto, uma dor, porque est molhada,
indisposta, com
frio ou com calor....
Necessrio, portanto, lhe que sejam criados hbitos saudveis.
normal a
criana dormir de dia e estar desperta, chorando, noite, o
que
constitui um sacrifcio
para os pais.
Tentando minimizar o problema, tenho amigos que estabelecem
programas:
nos dias pares, a mulher toma conta, noite; nos dias mpares, o
marido
encarrega-se da noite.
Somente que, nos dias pares, h um maior nmero
- segunda, quarta, sexta e domingo - ficando para a mulher,
enquanto
tera, quinta e sbado, para o marido que desfruta de
vantagem...
Montessori, que entendia o ser infantil, criou a metodologia
correta para
uma educao adequada, assim, propiciando o surgimento de escolas
que lhe
preservam o nome
venerando, as quais se adaptam criana ndigo dos nossos dias.
64
No fim do sculo XIX reencarnou-se na Europa, na ustria, um
homem
notvel, Rudolf Steiner. Steiner criou uma tcnica de educao
que
revolucionou o sculo XX, tambm estruturada no amor em relao
criana. No importante somente transmitir informaes
- ensinava Steiner - que so necessrias, mas o fundamental a doao
de
amor. Eqivale dizer, a funo educativa no somente a de instruir,
mas
tambm facultar
-
o surgimento dos hbitos edificantes, que somente o amor
consegue
insculpir no cerne do ser. Segundo Steiner, educar a harmonia
entre
arrancar do ntimo o conhecimento
e condicionar os hbitos edificantes.
Os tcnicos da psicologia ndigo concordam que os Mtodos
Montessoriano e
o Waldorf so os mais eficientes para a educao das crianas
11 Nova Era. E por qu? Porque as crianas ndigo necessitam de
mais
ampla compreenso educacional, a fim de poderem desempenhar o seu
papel
na construo do novo
mundo.
Os estudiosos das crianas ndigo recomendam que seja feita com
elas uma
experincia educacional base do amor e mais amor, porque, na
cultura
hodierna, pela necessidade
de os pais trabalharem, perdem muito cedo o contato e o afeto
com os
filhos, delegando a tarefa
65
a pessoas remuneradas, algumas competentes, outras menos, porm,
sem o
sentimento profundo da afetividade. Mandam-nas s escolas muito
cedo,
contratam funcionrios
que nem sempre tm condies de os representar, nem pacincia para
lidar
com essas crianas, que facilmente se rebelam, sentem-se
desprotegidas,
abandonadas, desamadas,
quase sempre recorrendo violncia.
Ainda que as crianas ndigo tenham reencarnado com propostas
de
regenerao e renovao de si mesmas, bem como da Humanidade, h que
se
recordar sobre a importncia
da fase infanto-juvenil para a sua instrumentao, a fim de que
alcancem
xito nos seus planos reencarnatrios. Na pergunta 383, de O Livro
dos
Espritos, Allan
Kardec indagou sobre a finalidade da infncia para o Esprito
reencarnante. A resposta dos Espritos Nobres foi lgica e
enftica: O
Esprito, encarnando para se
aperfeioar, mais acessvel, durante esse tempo, s impresses
que
recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual
devem
contribuir aqueles que esto
encarregados de sua educao18."
18 O Livro dos Espritos por Allan Kardec, publicado pela
Federao
Esprita Brasileira (FEB)
66
Recentemente, as neuroscincias comearam a compreender a
peculiaridade
dos primeiros anos de vida e seu impacto de longo prazo na fase
adulta. O
primeiro trabalho
cientfico a constatar esta evidncia foi publicado na respeitada
revista
cientfica Science em
2002 pelo grupo da pesquisadora norte-americana Dra. Maria
Ruda19 do
National Institutes of Health (NIH) e, mais tarde, confirmados
e
aprofundados pelas investigaes
do grupo de neuroscientistas da Universidade de Maryland, entre
os quais
a Dra. Vanessa Anseloni. Esse grupo demonstrou que h um perodo
crtico
na fase neonatal
-
que definir os circuitos neuronais, bem como sua regulao gnica,
os
quais influenciaro largamente nas habilidades
cognitivo-comportamentais
do ser na vida adulta.
Concluindo a partir de ento a importncia dos primeiros anos de
vida20.
Neste sentido, a criana ndigo no deve ser reprimida, mas
sim,
esclarecida. Quando ela percebe o que , sente-se bem,
conscientiza-se.
Mas, o que acontece com
aqueles pais que no
67
tm sensibilidade para entender o feliz relacionamento com os
filhos
dessa classe? Revoltam-se, castigam-nos, e eles desenvolvem o
sentimento
de ira, de mgoa, podendo
tornar-se criminosos seriais. Isto porque perdem a
sensibilidade.
Sentindo-se desrespeitados, fazem-se profundamente
agressivos.
H tambm o outro extremo em que pais no querem desapontar seus
filhos,
por considerarem-nos especiais, ndigos. Esta atitude no seria
adequada,
devido a ir em
contramo ao papel fundamental da paternidade, que o de educar e
guiar
seus filhos, ainda que frente a almas mais sensveis.
Para auxiliar na educao de crianas em geral, e principamente
de
crianas ndigo, devese investir numa educao mais espiritualizada,
em
que os pais e os filhos
aprendam a verse, bem como um ao outro, como seres milenares, em
mais uma
preciosa experincia na carne, na reencarnao. O grande
educador
esprita Eurpedes Barsanulfo21
afirmou, h mais de um sculo, que se deve conversare educara
criana e o
jovem, falar-lhe, de esprito para esprito,
21 Eurpedes Barsanulfo (1880 - 1918) - Esprita renomado, nasceu
em
Sacramento, Minas Gerais - Brasil. Mdium e educador exemplar,
fundou a
primeira escola esprita
do mundo em 1907, o Colgio Allan Kardec, na referida cidade
de
Sacramento.
68
olhando-se nos seus olhos, exercitando o carinho para com eles.
Para
tanto, formando novos hbitos, a fim de verdadeiramente educar-se
o novo
ser reencarnante. Nos
EUA, a educadora Mimi Doe, escreveu um livro que se
celebrizou
recentemente devido sua profundidade. O livro "Dez Princpios
para a
Paternidade Espiritual"
Principies for Spiritual ParenthoodJ oferece diretrizes
preciosas de como
se realizar com eficcia este novo modelo de paternidade baseado
no
paradigma espiritual.
69
CAPTULO 8 - CRIANAS CRISTAL
Espritos mais elevados igualmente esto chegando Terra, a fim
de
auxiliarem na grande transio planetria. So as crianas
denominadas
cristal. Aquelas que no
so rebeldes, mantendo-se silenciosas, observadoras, responsveis.
De
incio, parecem ter dificuldade de se expressarem verbalmente,
que
logram, quase
-
sempre, a partir dos 3 anos de idade. No so irrequietas como as
ndigo.
So muito introspectivas,gentis,
amorosas...
Quando olhamos o quadro "O Prncipe da Paz'feito por Akiane
71
uma criana de oito anos, somos dominados pela surpresa, e quase
no
acreditamos. Eu o olho, neste momento, e fico emocionado. [O
quadro
estava exposto no
auditrio durante a conferncia de Divaldo Franco] Nada mais
expressivo
do que um fato, para demonstrar a verdade. Essa criana-pintora
no
comum, nem apenas genial,
quase transcendental. Se a consideramos gnio pouco, porque,
na
pintura, Rafael Sanzio, aos nove anos de idade j pintava na
Galeria dei
Uffizi, em Florena,
tendo no lado oposto Michelangelo tambm pintando. Pois ela,
desde os
quatro anos que pinta de uma maneira transcendental. No se trata
de uma
criana ndigo, pois
superior em beleza e tranqilidade, mas sim, cristal. A sua
mensagem,
rica de doura, a captao perfeita do rosto daquele Homem
invulgar,
alm das perspectivas
fsicas. Os olhos so estrelas incomparveis. Desde ontem,
noite,
quando eu vi a tela, por primeira vez, que fiquei impressionado.
Porque,
alm da beleza plstica
e da mensagem que transmite, eu descobri que, num desses olhos h
uma
lgrima delicada, uma
22 Akiane Kramarik, quando em seus 11 anos de idade, foi
considerada
internacionalmente a nica criana prodgio-gnio binrio, nos gneros
de
pintura e poesia.
Ela entrou para o Hall da Fama de Crianas. Autora de dois
livros
"Akiane: HerLife, Her Poetry" e "My Dream is Bigger than I:
Memories of
Tomorrow"
72
lgrima de compaixo, de misericrdia. Uma criana comum, de oito
anos,
no
teria como penetrar o mago da figura retratada, Tornando-a uma
grande
mensagem de vida
I esperana. Esta uma mensagem que nos chega num momento muito
prprio,
porque h trs anos, mais ou menos, a BBC de Londres esteve
fazendo um
levantamento antropolgico
para tentar descobrir como teria sido a aparncia de Jesus.
Conseguiram
alguns DNAs de pessoas hebraicas do primeiro sculo depois dEle.
Aps
vrios processos de
reconstruo humana, levantou-se a possibilidade, graas ao
computador,
de que Jesus teria aquele aspecto. Para surpresa, quase geral,
a
aparncia desse Jesus
um tanto agressiva, pelo aspecto brutal, com os lbios grossos,
semblante
duro, bem diferente daquele que disse: "Eu sou a vida, eu sou o
caminho
para Deus, eu sou
a verdade, eu me dou em holocausto por amor", que era um Ser
sublime e
veio ter conosco, em nome de Deus, para nos proporcionar
felicidade
total.
-
Comparo aquele Jesus de computao com este Jesus da revelao [do
quadro
O Prncipe da Paz", de Akiane] e prefiro este, porque me fala
mais ao
sentimento, emoo.
Quando me explicaram como Akiane o
73
pintou, eu fiz a ponte: a cincia de computao produziu um Jesus
frio
enquanto a cincia do esprito comps um Homem belo e amoroso, que
na
face reflete a nobreza
interior de que possuidor.
Quando saiu aquela fotografia de Jesus computadorizada, eu achei
bastante
estranho o processo de elaborao, porque se escolhessem o meu DNA
para
poder definir como
era determinada pessoa do sculo XXI, um tipo brasileiro como eu
seria
apresentado com as caractersticas que me tipificam. Se, todavia,
fosse
tomado um DNA de algum
americano do norte, ter-ser-ia um tipo muito diferente. Se fora
de um
asitico, claro que se encontraria um outro bitipo, e assim
por
diante... Ento, a tese
me pareceu propositalmente ferina para, talvez, menoscabar,
consciente ou
inconscientemente a figura de Jesus. Mesmo que o DNA haja sido
de um
hebreu que teria
vivido naquela poca, depreender-se- que havia muitos tipos
humanos
pertencentes a esta raa.
No ano de 2003, foi publicado o livro de Dan Brown, o Cdigo Da
Vinci, no
qual se percebe uma forma de diminuir a grandeza moral de
Jesus,
informando que Ele manteve
relacionamento sexual com Maria de Madalena, e que os seus
descendentes
ainda vivem no sul da
74
Frana... Trata-se de riqussima imaginao, alis, respeitvel,
do
escritor, que teria colhido esses dados em fontes que
considera
autnticos, especialmente em alguns dos evangelhos apcrifos. Pela
sua
originalidade e trama romntica, um dos livros mais vendidos no
mundo
nos ltimos anos. E, por conseqncia, outros livros que ele
tinha
escrito, mas sem grande nteresse do pblico, assim como outros
que
sscreveu depois, passaram a ser considerados verdadeiros
sucessos. Eu
vi, nas ruas de Nova York, a propaganda de Decifrando o Cdigo Da
Vinci.
Tais obras tornaram-se uma literatura imaginativa muito bonita,
mas sem
apoio histrico, sem confirmao do mundo espiritual, que jamais
se
reportou a Jesus na sua condio referente a relacionamentos
sexuais,
especialmente com Maria de Madalena.
Ento, vm esses seres cristais, neste momento para desenvolverem
a
futura humanidade.
Allan Kardec, em 1868, publicou o livro chamado A Gnese Nessa
obra
monumental, ele refere-se a esses seres, certamente com outras
palavras,
que constituiriam "A
nova gerao. Os espritos que viro de outra dimenso para
promoverem o
progresso da humanidade." Emigrao e imigrao de Espritos, indo de
um
planeta para o
outro em contnuo intercmbio.
-
75
Como a Terra est vivendo a hora da grande transio, aqui
encontramos
Espritos primrios, perversos, mas tambm de outras estirpes
mais
elevadas, envolvidos na
obra de transformao do planeta de provas e expiaes para mundo
de
regenerao.
Desde aquela poca, Allan Kardec j descrevia que a poca atual
de
transio; confundem-se os elementos das duas geraes. Colocados
no
ponto intermdio, assistimos
partida de uma e chegada da outra, j se assinalando cada uma,
no
mundo, pelos caracteres que lhes so peculiares."
A nova gerao se distingue por inteligncia e razo geralmente
precoces,
juntas ao sentimento inato do bem e a crenas espiritualistas, o
que
constitui sinal indubitvel
de certo grau de adiantamento anterior. No se compor
exclusivamente de
Espritos eminentemente superiores, mas dos que, j tendo
progredido, se
acham predispostos
a assimilar todas as idias progressistas e aptos a secundar o
movimento
de regenerao."
O que, ao contrrio, distingue os Espritos atrasados , em
primeiro
lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer
qualquer poder
superior aos poderes
humanos; a propenso instintiva para as paixes degradantes,
76
para os sentimentos antifraternos de egosmo, de orgulho, de
inveja, de
cime; enfim, o apego a tudo o que material: a sensualidade, a
cupidez,
a avareza.
Enquanto os Espritos atrasados geram conflitos, outros aqui
se
encontram, como os apstolos Madre Tereza de Calcut, Francisco
Cndido
Xavier, que foram, certamente, crianas cristal. Francisco
Cndido
Xavier, por exemplo, desde os quatro anos de idade, fque
conversava com
os Espritos, tornando-se, atravs dos tempos, um mdium
incomparvel.
Eu fru a bno de poder conviver com ele por um perodo de mais de
40
anos, visitando-o periodicamente, j que morvamos em cidades
Bistantes
uma da outra. Ele era um mdium to notvel que, na convivncia,
emanava
perfumes os mais variados e mesmo ter curativo. Estvamos ao seu
lado e
sentamos ondas contnuas de agradveis aromas. Certo dia,
trouxeram-nos
uma bandeja com xcaras de caf - o caf pequeno, no o americano,
em
xcaras pequeninas. Ele pegava uma, diante das luzes acesas no
ambiente
e a oferecia a algum. Na xcara escorria, por exemplo, perfume
de
violeta. Pegava outra, e o perfume era
1A Gnese, porAllan Kardec, captulo 18, item 28.
77
de rosas... Cada xcara apresentava um perfume suave e especial
que nos
fascinava. Que aconteceu? Quase todos ficaram com a sua
respectiva
xcara. 'Furtaram' fraternalmente
as xcaras perfumadas como lembrana perene desse momento.
-
Certo dia, ele estava conversando, quando comeou a brilhar uma
luz no
seu trax e os presentes ficaram olhando-a, deslumbrados, j que o
brilho
atravessava-lhe
a roupa. Discretamente, ele puxou o palet para ocult-la. Ento,
os
amigos, emocionados, disseram: "Chico, uma luz maravilhosa!"
Comovido, procurou disfarar o fato, efeito do seu ectoplasma que
se
exteriorizava em energia luminosa. Tambm materializava Espritos,
a
ponto de serem vistos com
detalhes, incluindo Emmanuel, seu Guia e Mentor, conduzindo um
archote
luminoso. Os Espritos, porm, propuseram que essa energia -
ectoplasma -
fosse canalizada
para curas ao invs de apenas fenmenos de efeitos fsicos. Se
algum lhe
apertava a mo ou o abraava, recebia dlcida onda vibratria, e,
no
poucas vezes, estando
enfermo, renovava-se e curava-se... Vi pessoas loucas
chegarem
agressivas, amarradas, e ele, tocando-lhes a testa, interrogava:
"Como
vai, meu filho? Podem solt-lo."
78
E a pessoa ficava tranqila e em paz.
Estamos em uma era nova. "Felizes", como disse Jesus, "os que tm
olhos e
vem, os que tm ouvidos e ouvem." provvel que aqui se
encontrem
muitas pessoas ndigo
e talvez algumas cristal, e o ignoram.
Cuidemos dos nossos filhos, da nova gerao, para que possam,
filhos e
gerao, construir um mundo, no qual, a violncia ceda lugar paz,
o
dio oferea a premissa
do amor, a revolta sistemtica ceda lugar alegria, e em que
nos
abracemos realmente sem angstias, sem dores. Esses dias so
anunciados
pela
Bblia, como sendo o fim dos tempos, no, pofm, assinalados apenas
por
tragdias, mas trmino dos tempos maus: de guerras, de dio, de
horror...
Posso afianar aos senhores, eu que tenho tido contato com os
Espritos
desde os quatro anos de idade, e que hoje, aos 78 anos, posso
adiantar,
repito, que essa
realidade j est acontecendo. Eu vejo, nas ruas, nas cidades,
nos
transportes e em toda parte, esses seres especiais, seres
nobres, assim
como outros profundamente
atrasados, misturados s multides. Eles se esto procurando,
tentando
identificar-se uns com os outros, para poder ajudar a Terra a se
tornar
um mundo de regenerao,
79
porque, por enquanto, um mundo de provas, de dores...
Quem no as tm? Quem, aqui entre ns, que ainda no experimentou
uma dor
moral? Podemos ter uma economia fabulosa, uma sade de ferro, no
entanto,
quantas ingratides,
quantas traies, quantos inimigos gratuitos que surgem
repentinamente!
Ou podem no ter sido vtimas de dores morais, no entanto,
vivem
assinalados por aflies
de outra natureza, mais tambm profundamente perturbadoras.
-
Quando vejo a vida de Stephen Hawkings, esse extraordinrio
fsico, que
hoje quase supera Einstein, que se comunica com o mundo apenas
com um
dedo no computador
e com as plpebras transmite mensagens de bom humor, o homem que
decifrou
o universo e o colocou numa casca de noz, eu exclamo: "Deus meu!
quanta
beleza!" Ele sente
alegria de viver, impossibilitado dos movimentos, h mais de-
20 anos, sofrendo uma doena degenerativa, sem, no entanto,
perder o
nimo, a coragem. E muitos de ns com sade, reclamando da vida
Incontveis de ns com corpos
maravilhosos, usando drogas para nos destruirmos. Outros tantos
de ns,
com uma sade invejvel, entregando-nos aos chamados vcios
sociais
porque esto na moda
esses vcios sociais que matam o sentimento e destroem a
vida.
80
Ao concluirmos este singelo resumo sobre esses Espritos em
evoluo que
vm de outro
planeta para ajudar-nos na Terra, da mesma forma que inmeros
dentre ns
iremos a
planetas inferiores ajudar-lhes o progresso, desejo que
desenvolvamos a
capacidade
de perceber aquelas crianas ndigo e cristal, missionrias do bem,
do
amor, da verdade, e lhes facilitemos o caminho, amando-as.
Estamos
cansados de guerras.
Estamos
cansados de dios. Mas, de amor estamos carentes. Meu Guia
Espiritual
(Joanna de
ngelis) me diz: "O amor o nico tesouro que, quanto mais se
divide,
mais
se multiplica."
Tudo que se divide, diminui. O amor no. Quanto mais amamos, mais
nos
amamos.
80
CAPITULO 9 - PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Divaldo, seguir o caminho de Deus geralmente difcil. Como
poderemos
apreciar tanto as alegrias quanto as tristezas de nossas
vidas?
O caminho do bem (de Deus) sempre bom. Toda opo de nossa vida
tem
desafios. | natural que, vivendo numa cultura materialista,
encontremos
dificuldades para
atingirmos metas superiores. As tristezas so acidentes de
percurso, que
fazem parte da experincia evolutiva. As alegrias, porm, que advm
do
reto dever cumprido,
so to grandes e compensadoras, que vale a pena prosseguirmos,
mesmo
quando tudo conspire contra. Aquele que trilha pelo caminho da
luz est
sempre em paz. As perturbaes
de fora no o alcanam. Ento, vale pena continuar fruindo de
tranqilidade.
83
Desde muito jovem que eu encontrei esse caminho. Como jovem, eu
tive
muitas dificuldades. Trabalhei 35 anos em uma instituio do
governo, e
era visto como uma pessoa
-
especial, porque no me deixava arrebatar pelos vcios
convencionais. Os
meus colegas criticavam-me, o que no me afetava, porque, quando
tinham
um problema qualquer,
vinham falar comigo, pediam-me ajuda. E sempre me consideravam
como um
padro de felicidade. Eles envelheceram e eu tambm. Eles
ficaram
desgastados e eu permaneci
um "big boy". [Risos!]
2. Sinto-me perdido (a) e no sei para onde ir. Por qu?
Por causa do tumulto externo que a todos aturde. H muitos
caminhos e
sentimos dificuldade na escolha. Quase todos fomos educados para
o
triunfo de fora - possuir,
gozar - e, por conseqncia, temos tido dificuldade em descobrir
quem
somos. Eu digo-lhe: "Sente-se num lugar, comodamente, respire
com
suavidade, relaxe, sintonize
com a Verdade e aguarde a resposta de Deus."
Houve uma poca em que estive muito doente. Durante uma parada
cardaca,
tive morte clnica. O meu mdico deu-me dois meses de vida. Mas eu
me
neguei a morrer. "No
vou morrer agora! Ainda tenho muita coisa para
84
fazer" - disse-me. Sobrevivi com meditao e atravs da energia
adquirida
pela tcnica da visualizao teraputica24 a que se referiu a
Senhora Amy
Biank. J se
passaram dezesseis anos, meu mdico j morreu e eu estou aqui.
Ento, eu lhe digo que fique de frente ao espelho e pergunte-se:
"Qual
a minha funo na vida?" Interrogue-se vrias vezes e espere a
resposta.
Ela est dentro
de voc. Deite-se, respire suavemente, e tambm inquira: "O que
que
Deus deseja de mim?" A resposta vir. Tenha um pouco de pacincia
e
aguarde-a. Tenho certeza
que no nosso prximo encontro, voc ir me dizer: "Estou muito
alegre
porque eu descobri a finalidade da minha vida."
Allan Kardec, que codificou o Espiritismo, fez a seguinte
pergunta aos
Espritos: "Qual o meio prtico mais eficaz que tem o homem para
se
melhorar nesta vida e
resistir s atraes do mal?" Os Espritos responderam-lhe: "Um sbio
da
antiguidade j vo-lo disse: 'Conhece-te a ti mesmo'."25
Isto equivale a dizer que temos de viajar para dentro, para o
ntimo, e
descobrir os tesouros incalculveis que ali dormem. As coisas
de
24 As Visualizaes Teraputicas propostas por Joanna de ngelis,
via a
mediunidade de Divaldo Franco, esto disponveis atravs dos CDs
Sade e
Viagem Interior
- Distribudo pela Leal Editora
25 Questo 919 de O Livro dos Espritos por Allan Kardec,
publicado pela
Federao Esprita Brasileira
85
fora cansam, saturam, impulsionando-nos para atender a novas
necessidades, enquanto que as internas nos preenchem
completamente.
-
Digo isso por experincia pessoal. Eu no tive filhos, no me
casei. Mas
tambm no senti falta, felizmente no me atormentando em relao
ausncia de um corao
amigo em parceira afetiva. Tornei-me pai, no entanto, de mais de
30.000
crianas que passaram pelas nossas escolas nos ltimos 58 anos.
Educamos
816 crianas rfs, que recebemos quando contavam desde poucos dias
de
nascidos at aos cinco anos de idade. Preenchi, desse modo, a
vida,
porque um dia eu ouvi
uma voz que me afirmou: "A tua misso na Terra educar. E para
educar,
tens necessidade de dar exemplos. No se educa somente com
palavras. O
exemplo vale mais
do que milhares de palavras." Ento, optei por essa deciso e
enriqueci a
minha atual existncia, dessa maneira, sentindo-me desde h
muito,
imensamente feliz.
Quando eu tive a parada cardaca, eu me senti fora do corpo. E o
vi
aparentemente adormecido. Eu tenho filhos adotivos que so
mdicos. Um
deles, em especial, comeou
a atender-me, e exclamou: "Tio Divaldo est com lipotimia!"
logo
acrescentando que eu estava tendo uma morte clnica. Nada
obstante, eu
86
me sentia to bem que pensei: "A morte uma maravilha!"
Eu me encontrava lcido, chamava pelos amigos, mas ningum me
respondia.
Minha me, que j estava desencarnada, apareceume. Eu
perguntei-lhe:
- "Me, eu j morri?" E ela respondeu-me:
- "Ainda no."
No gostei deste "ainda".
- "E o que eu estou fazendo aqui?" - perguntei.
Ela me obtemperou:
- "Os Guias espirituais esto discutindo se voc volta ou se
fica."
Diante da resposta, eu pedi-lhe:
- "Me, v ter com eles, por favor, e interceda para que eu
volte."
Nesse nterim, supliquei:
- "Meu Deus, se eu ficar, o Senhor prosseguir conduzindo-me,
pois que
o comandante. Se eu voltar, o Senhor continuar no mesmo
comando.
Portanto, para o Senhor
no faz diferena nenhuma. Mas, para mim, faz uma grande diferena
entre
ficar e retornar. Desse modo, eu gostaria de voltar. D-me, pelo
menos,
dez anos."
Minha mezinha retornou, naquele momento, e informou-me:
87
- "Ficou decidido que voc voltar..." Assim, despertei com
angina
pectoris e outras sensaes muito desagradveis.
-
Passaram-se os anos. Oito anos depois, mais ou menos, eu j
estava bem,
quando um Espirito, que meu amigo, desde a minha juventude,
falou-me:
- "Divaldo, voc no inteligente, porque se o fora no teria pedido
a
Deus somente dez anos. Observe que somente lhe faltam dois. A
Deus sempre
se pede muito,
porque se Ele estiver de "mau-humor e cortar a metade, o
restante ser
expressivo."
Eu, porm, redargui:
- "No assim, voc no entendeu bem a minha solicitao. Quando eu
pedi
dez anos eu me referia ao ano 2010..."
Hoje reflexiono: como j me encontro no ano 2006, estou pensando
o que
irei solicitarLhe logo mais.
Em face da minha resposta, na ocasio, o Espirito, muito
jovialmente
contou-me uma anedota, porque muitos Espritos so alegres
considerando-
se que so as almas
das pessoas que viveram na Terra. Ele narrou-me que uma alma
chegou a
Deus e perguntou-Lhe:
- "Senhor, eu no entendo a eternidade. Para o Senhor, um bilho
de anos,
que perodo na eternidade?"
88
Deus ento respondeu:
- "Um bilho de anos corresponde a um segundo."
A alma, que era americana, [risos] voltou a Interrogar:
- "Senhor, e um bilho de dlares, quanto vale no Seu
conceito?"
Deus esclareceu:
- "Um bilho de dlares, vale-me um centavo."
Deslumbrada, a alma concluiu, pedindo:
- "Oh! Senhor, d-me um centavo." E Deus, calmamente,
prometeu:
- "Espera um segundo." [risos] Equivale dizer que deveremos
confiar em
Deus, no conforme nossos padres, mas consoante os Seus. O
Evangelho de
Jesus afirma: "Confia no Senhor e entrega-Lhe a tua vida, pois
que Ele
tomar conta."
verdade. Confiando, entreguei-lhe a minha vida. No falo outros
idiomas
e, no entanto, j visitei 56 pases, sem que me houvesse
acontecido
qualquer problema perturbador.
Viajando, h mais de 60 anos, nunca experimentei qualquer
dificuldade,
jamais cancelei uma conferncia, nunca adoeci, nunca fiquei
impossibilitado de atender a programao
estabelecida. Eu fao seminrios de oito horas durante o dia, e,
logo
depois, uma conferncia,
89
-
noite. Nossos pblicos interessados, no Brasil, so muito
numerosos. No
ms de abril, por exemplo, eu tive um pblico de 16.000 pessoas em
um
ginsio de esportes,
na capital federal [em Braslia]. Falei durante vrias horas, e,
logo
mais, noite, proferi mais uma conferncia com excelente
disposio
orgnica e psicolgica.
Isto, porque, a tarefa do Senhor. Quando eu tenho qualquer
problema,
procuro fazer a minha parte, e tranqilo, despreocupo-me, porque
sei que
o restante do Senhor,
que nunca falha.
3. Se os jovens j experimentaram tudo, quando chegam idade dos
18-20
anos, como resgatar ou reensinar a juventude perdida?
muito fcil. Basta apresentar-lhe o outro lado da vida que ele
(a) no
experienciou. Eu recebo muitas pessoas com problemas: atores,
artistas,
executivos, indivduos
comuns, que so dependentes de drogas, de sexo, que so
abstmios...
Sempre lhes sugiro: "Voc j conhece este lado. Quer comear a
conhecer o
outro? Toda moeda
tem duas faces. Voc somente examinou uma. A outra, que lhe
posso
apresentar, mais fascinante. Deseja conhec-la?" A pessoa
fica
interrogativa, curiosa. E afirmo:
"Comece agora. No espere um milagre, na expectativa que amanh a
sua
vida estar diferente. No existem esses milagres.
90
Mas, comeando agora, logo mais observar resultados muito
positivos. Se
voc usa droga, faa o tratamento mdico para desencharcar o
organismo.
Se usa lcool,
recorra teraputica mdica e afirme: 'Hoje noite, eu no irei
consumir bebida alcolica'. Amanh, pela manh, assevere: "Hoje, at
ao
meio-dia, eu no a usarei'. tarde,
faa o mesmo propsito: 'Nesta tarde no a utilizarei'. V
lentamente,
at o seu inconsciente adaptar-se ao novo hbito.... E voc viver
uma
vida nova."
Na vida de Jesus, temos exemplos fascinantes sobre aqueles que
optaram
por uma nova atitude perante a vida. Saulo de Tarso, por
exemplo, que era
um perseguidor,
que mandou matar, quando encontrou Jesus, na estrada para
Damasco, mudou
completamente de atitude, e se tornou o maior heri do
Cristianismo. Ns
somos cristos,
de alguma forma, por causa de Paulo, que expandiu a mensagem por
grande
parte do mundo conhecido na poca. Aqueles que so budistas,
vivem
felizes por causa da total
entrega do prncipe akia Muni ou Sidarta Gautama, que aps a
viagem
interior iluminouHo, tornando-se Buda. Antes tivera uma vida
normal,
faustosa, que se converteu
em tdio... Optou por meditar, e aps passar por um moriastrio
onde no
se encontrou com o Si profundo, ficou sombra de uma figueira
(rvore
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bodya) e se iluminou, passando a iluminar o mundo com a sua
compaixo e
sabedoria. Ns poderemos fazer como Sidarta Gautama.
-
Digamos ao jovem cansado: "Vamos meditar um pouco, comear
outra
experincia." Se ele se negar, no podemos fazer nada, porque no
podemos
resolver o problema de
quem se recusa a faz-lo. Ento, amparemos o jovem, o adulto e o
idoso,
seja em que idade se encontrar aquele que nos busca, abordando
com afeto
a questo da vida
espiritual, porque a vida continua.
comovente vermos algum morrer, e logo depois recuperar a
conscincia
alm do corpo, continuando vivo. Esta a maior alegria que podemos
ter.
A morte no interrompe
a vida, no entanto, cada um morre conforme viveu. Quem teve uma
vida
atribulada, acorda em perturbao. Quem experienciou uma vida
tranqila,
desperta em paz. Todos
esses, que acordam em paz, recebem a visita dos seus
familiares,
experimentando inefveis alegrias. Quando eu estava desdobrado do
corpo,
minha m