Vnculo Conjugal e as Difculdades Relacionadas aoAmor sob o
Enfoque PsicodramticoAlberto Machado orgesUniversidade Catlica de
Gois Fantasia ou cotidiano.Quem est dentro quer sair,Quem est fora
quer entrar.Mas, sair para onde? E entrar pra qu?
amor?dependncia?convenincia? !om?ruim? "ou ou n#o vou?$%vidas e
mais d%vidas& dif'cil sa!er( ) mel*or e+perimentar(Mas, para um
assunto t#o complicado) espantoso veri,car que(Ele
acontece&-ara os que . e+perimentaram("ictor $ias /s v'nculos
se iniciamlo0o aps o nascimento. / primeiro e
maisimportantev'nculoqueacrian1a esta!elece)comam#e, umape0osaudvel
leva2forma1#odev'nculos tam!)msaudveis,
.umape0odoentioleva2dependnciaemocional. $urantetodaavida,
ov'nculoafetivo inicial entre pais e ,l*os in3uenciar a capacidade
de cada um sevincular afetivamente aos outros, se.a de forma
saudvel ou pre.udicial. Emcadafasedavida, odesa!roc*ar
dosv'nculosafetivos, compessoasouo!.etos, vai sendo formado e se
tornando o camin*o das rela14es *umanas.5e0undo -ic*on67iviere
89::9; a situa1#o e+trema de forma1#o de
v'nculoseriaadaprimeirarela1#odacrian1acomopeitodam#e,
inicialmenteparasitria e em se0uida sim!itica, pois * troca de
situa14es de afeto eemocionais.
/!omresultadoocorrequandoessasitua1#osim!iticavaidiminuindoat)ummomentoemqueoo!.etoeosu.eitotmumlimitepreciso,
. n#o est#o confundidos, mas sim diferenciados. de identidadeque a
crian1a desenvolve seus pap)is e se constitui como pessoa no
mundo,ou se.a, estrutura sua personalidade, possi!ilitada pela
evolu1#o do Eu. -araMoreno 8@AAG;, a indiferencia1#o ) a fase em
que a crian1a ainda n#o sedistin0ue f'sica e emocionalmente das
pessoas. Ha fase do recon*ecimentodo Eu, concentra a aten1#o em seu
prprio corpo, come1a a identi,car suasnecessidades e o movimento do
outro para satisfa>6la. Ho recon*ecimentodo?u, ocorreae+plora1#o
dodiferente, domundo, dooutro.
Hapr)6invers#ocome1aae+perimenta1#odopapel dooutropor imita1#o.
Hainvers#o de pap)is, o indiv'duo . se perce!e separado do outro e
) capa>de compreender a si0ni,ca1#o de sua vivncia diferenciada.
?al movimenton#o ) retil'neo, pode sofrer avan1os e retrocessos./
crescimento de um casalem terapia tende a se0uir essa mesma
ordemevolutiva demonstrada por MorenoC a indiferencia1#o e mistura
com o outrono in'cio, o pro0ressivo recon*ecimento de si e do
parceiro como pessoasseparadas, epor ,m, acapacidadedesecolocar
nolu0ar dooutro, deinverter pap)is e compreender seu sofrimento
8?vora, @AAI;. / presente arti0o .usti,ca6se por tratar de um tema
!astante envolvente,real ecomple+onavidadetodoser*umano. 5endo,
portanto, fontede0rande e si0ni,cativo con*ecimento pessoal terico
para quem quer que seinteresse.5eu o!.etivo ) o de contri!uir para
que os interessados no assunto ten*amcondi14es, principalmente
tericas, de analisar e o!ter maior compreens#oa respeito de al0umas
importantes di,culdades envolvidas norelacionamento amoroso. -ara
Moreno 8@AAG;, papel )a menor unidadedecultura. Fo+
8@AA@;acrescenta que s#o as vrias fun14es que a pessoa desempen*a
na vida,forma de funcionamento que o indiv'duo assume numa situa1#o
espec',ca,em um momento espec',coF < representa1#o sim!lica
dessefuncionamento, perce!idapeloindiv'duoepelos outros,
)c*amadadepapel. ar todos ospap)is que possui em siE 8p.J:;. $a
tens#o interna de n#o reali>a1#o, sur0ea an0%stia. / papel)
sempre uma e+perincia interpessoal, todo papel)umarespostaaoutro,
deoutrapessoa. Havidaadulta, ocorreov'nculocon.u0al, que ), de
acordo com$ias 8@AAA;, toda equalquer rela1#oe+istente no
casamento, entre um*omeme uma mul*er. eram parte da realidade
*umana.< propsito do amor, Fonseca 8@AAB; escreveu, D/s
sentimentos *a!itam no*omem, mas o *omem *a!ita no amorE 8p.N:;. /
amor ) um sentimentoque e+iste entre o Eu e o ?u, ) um a0ir no
mundo, ) um Eu que assume aresponsa!ilidade de um ?u. -ara esse
autor, D/ amor n#o ) uma %nica formaderelacionamento,
masemumarela1#overdadeira, sempre*al0umaesp)cie de amorE 8p.MA;. /
pro!lema ) que no mundo em que vivemos, o ?use
tornainfalivelmenteum Osso, ) a dissolu1#odo Eu6?uaqual se
refereKu!er 8@AAM;, como sendo a profunda melancolia do nosso
destino. -or maisque a presen1a da pessoa no relacionamento ten*a
sido e+clusiva, a
partirdomomentoemqueseten*aes0otadosuaa1#oouestaten*asidocontaminado
por media14es, torna6se novamente um o!.eto, su!metido 2snormas e
leis. -artindo da' di,culdades relacionadas ao amor.-araHerP8@AAJ;,
a*istriadapessoa)a*istriadasuaso!revivnciaemocional,
conquistadanosv'nculos.untamentecomsuanecessidadeefome de e+istncia
e de desenvolvimento enquanto seres *umanos. / ser*umano vive o
constante drama relacionado 2 !usca de alimentosps'quicos, ou
car0as afetivas como aten1#o, prote1#o, respeito, aceita1#o,que
podem ser resumidas em !usca de car0a afetiva de amor, que d
!aseaoseucrescimentosocial epsicol0ico. -or)m,
afomedeafetoprovocamuita dor, e para conse0uir as car0as afetivas
que todo ser *umano precisa,a pessoa aprende diversas condutas que
podem ou n#o favorecer a 3uide>da
espontaneidade6criatividade.Moreno 8@AAG; nos e+plica que a
espontaneidade opera no presente,empurra o indiv'duo em dire1#o 2
resposta adequada 2 nova situa1#o ou 2resposta nova para situa1#o .
con*ecida, ) uma disposi1#o do su.eito deresponder como requerido.
-or meio da espontaneidade pode6se o!servar emedir o 0rau de
adequa1#o e de ori0inalidade, quanto mais desenvolvidafor, maior o
n%mero de respostas adaptativas e criativas o ser *umano
podeapresentar. < espontaneidade ), portanto, umve'culo,
umconte%do,enquantoacriatividadeserefere2a1#o, )umacapacidadeinata,
)o*omem comum do qual nada se tirou. er que todo sercriativo
conse0ue ser espont=neo, mas nem todo ser espont=neo conse0ueser
criativo. $esde quen#o este.amadoecidas, todas as crian1as
s#ocriativas, seupotencial inatovai
depoissendo!loqueadonoprocessodesociali>a1#o.?vora 8@AAI; mostra
que no v'nculo con.u0al, um casal em crise est comsua
espontaneidade !loqueada, reprodu>em padr4es de conduta
ine,ca>es,repetitivas. < recupera1#o da sa%de relacional
requer de cada umautili>a1#o de seu potencial criativo e o
recon*ecimento de si mesmo comouma0ente de mudan1a, !uscando novas
formas de se posicionar narela1#o. Gon1alves, QolR e er de nos
sentirmos vivos ) preciso que nos recon*e1amoscomo a0entes do nosso
prprio destinoE 8p. IM;. /s autores ainda mostramque ser espont=neo
si0ni,ca estar presente 2s situa14es de rela14esafetivas e sociais,
procurando transformar os aspectos que nos s#oinsatisfatrios, pois
semprepensamos ea0imosemfun1#oderela14esafetivas
cu.ae+perinciatemresson=ncia emocional.
sempreamesmacoisaesperandoresultadosdiferentes. 5er saudvel )criar
oportunidades, encontrar solu14esparaospro!lemasdoamor. 5ercriativo
) reunir condi14es para n#o sofrer inutilmente e resolver mel*or
oscon3itos, interromper um atrito !uscando a causa real e
encontrando umamaneira satisfatria de resolv6lo. H#o usar nosso
potencial criativo ) cairnarotina, quedestri orelacionamento.
/*omemtemacapacidadedecriar, transformar, se aperfei1oar, de
surpreender e de superar6se. Quandocria, p4e em a1#o sua capacidade
de reali>a1#o pessoal.-ara Moreno 8@AAG;, a esta0na1#o,
repeti1#o de comportamentos, )conserva cultural. -or outro lado,
sa%de mental e criatividade relacionam6secom o que c*amou de fator
?ele, ou se.a, Dum comple+o de sentimentos queatrai uma pessoa para
uma outra e que ) provocado pelos atri!utos reais daoutra pessoaE
8p. @BM;, se0undo Gon1alves e cols. 89:BB;, tele )
aDpercep1#ointernam%tuaentredois indiv'duosE 8p. I:;. CuSier
8@AA@;acrescenta que D) uma e+perincia de al0um fator real na outra
pessoa en#o uma ,c1#o su!.etivaE 8p.J9G;. Caracteri>a6se tanto
por uma afetividadepositiva quanto ne0ativa e se diferencia de
sentimentos derivados devivncias c*amadas transferenciais,que
sur0em do ape0o desfavorvelasitua14es do passado. < patolo0ia do
fator tele ) a transferncia,responsvel por equ'vocos e sofrimentos
nas rela14es interpessoais.Quando estas interferemno v'nculo
con.u0al, distorcema ima0emdoparceiro atual. Enquanto na rela1#o
t)lica, * possi!ilidade de
diferencia1#odevivnciaspassadasepresentes,
li!erandoaespontaneidadedocasalpara a transforma1#o de seus padr4es
de intera1#o.5e0undo $ias 8@AAA; a 0ravidade de uma crise con.u0al
pode ser avaliadaveri,cando6seaestruturadov'nculo, por
meiodoqueelec*amoudedia0nstico estrutural do casamento, que procura
veri,car a import=ncia doamor, daconvivnciaedacompensa1#o
afetivaemumadeterminadarela1#o con.u0al. Essa compensa1#o ocorre
quando o foco de atra1#o
estlocali>adonafun1#opsicol0icaquecadaume+erceso!reooutro,
umpassa a viver em fun1#o do outro, dando a am!os uma sensa1#o. /
pontodeatra1#opodeser se+ual, afetivoouintelectual equalquer
umdelesfunciona como iniciador do estado de encantamento ou de
pai+#o. de apenas falar so!re essapessoa, propiciandoal)mda
vivnciadopapel dooutro, oemer0ir dedados so!re o prprio papel
8CuSier, 9::@;. -ara ,nali>ar as sess4es, tem6seo processamento
da sess#o pelo psicoterapeuta, possi!ilitando a valida1#odo
atendimento. 7esultados e $iscuss#o
?odooprocessopsicoteraputicoteveadura1#odeoitomeses, sendooprimeiro
ms de atendimento comuma sess#o semanal de cinqVentaminutos, os
pr+imos trs meses com duas sess4es semanais de cinqVentaminutos e
os quatro %ltimos meses, aps o retorno das f)rias, novamentecom uma
sess#o semanal de cinqVenta minutos. < anlise e descri1#o
dosdados est#o apresentadas na forma de relatos de
sess4es.-rocessamentoC interessantee0rati,canteperce!er
amel*oradeando a dramati>a1#oemcenaa!ertaouopsicodramainterno,
)fcil tra>er 2tonaodramainfantil, sendo que a psicoterapia
propriamente dita s se inicia quando essacrian1a passa a ser
repetidamente identi,cada pelo cliente e come1a a lev6laas)rio,
dei+andoent#odeculpar osoutrospelosseuspro!lemasecome1ando a
assumir a responsa!ilidade por suas di,culdades. $e acordoHerP
8@AAJ;, a forma1#o da personalidade deriva n#o s do
esta!elecimentodos v'nculos, mas tam!)m da representa1#o de pap)is,
reprimidos ou n#o./ am!iente da fam'lia ori0inal de