VIII Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica Políticas Públicas Locais e Atrativos Naturais do Amazonas para a Indústria de Biocosméticos Rute Lopes [email protected] 5 a 7 de agosto de 2009
VIII Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica
Políticas Públicas Locais e Atrativos Naturais do Amazonas para a Indústria de
Biocosméticos
Rute [email protected]
5 a 7 de agosto de 2009
Introdução
• Mudança de comportamento valorização do meio ambiente;
• Região Amazônica biodiversidade;
• Pólo Industrial incentivos fiscais;
• Endogenizar o processo produtivo;
• Demanda por cosméticos ;• Produtos sintéticos produtos naturais.
Objetivo:
Identificar os fatores determinantes para que o potencial de atratividade do Pólo Industrial de Manaus para a Indústria de Biocosméticos se torne uma realidade.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• Sachs (2002) - Conferência de Estocolmo em 1972: limitação do capital da natureza;
• Braun (2005) conceito clássico : “a capacidade de desenvolver no presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras”.
BIODIVERSIDADE Porto-Gonçalves (2006) destaca que o Brasil
possui:
• A maior biodiversidade do mundo;
• Entre 10 e 20% do número total de espécies;
• Uma floresta tropical úmida que cobre 7% do planeta ; e
• Contém cerca de 50% da biodiversidade mundial;
Revilla (2002) observa que :
o universo de plantas amazônicas para o uso na cosmética é praticamente ilimitado;
a cada dia novas espécies são registradas;
possibilidades de uso: fontes de vitaminas, óleos vegetais, essências, cicatrizantes e outros.
Abrantes (2002) afirma que: a cultura, o conhecimento popular de uso das plantas;capacidade científica instalada;o conhecimento científico da biodiversidade;
são fatores que poderão contribuir para ampliar a exploração econômica dos recursos naturais existentes e identificados.
Biocosméticos, portaria interministerial 842, de 27 de dezembro de 2007, produto cosmético que:
utilize matérias-primas da biodiversidade regional;
apelo mercadológico amazônico.
• O PPB de biocosméticos reformulado e
regulamentado pela portaria interministerial
nº. 842, em 27 de dezembro de 2007;
• Estabelece: as participações em valor
agregado localmente e quantidades mínimas
de insumos regionais.
Mercado Produtor
APEX-Brasil (2008) no mercado de cosméticos com base de produtos naturais, distinguem-se dois grupos de empresas:
o primeiro é especializado em produtos naturais;
o segundo está diversificando oferecendo cosméticos naturais ou adicionando aromas, corantes e vitaminas naturais.
Mercado
Genamaz (2002)Especializadas: Yves Rocher (França), The
Body Shop (Inglaterra, vendida para L’Oreal), Biotherm (França), Clarins (França), Rose Brier (USA)
Diversificadas: L’Oreal, Esther Laudel, Clinique.
Brasil: Natura, O’Boticário, Vita Derm.
Mercado Brasileiro:
• Apresenta o maior crescimento (26,2%);
• É o 3º mercado mundial em faturamento;
TAMANHO DOS MERCADOS BRASILEIROS
2004 2005 2006 2007
Higiene e Cosméticos (milhões R$) 28,537 31,398 33,958 36,311
Refrigerantes (milhões de R$) 16,112 17,479 19,018 20,718
Tabaco (milhões R$) 14,156 14,872 14,147 13,863
Turismo estrangeiro (milhões de US$) 3,676 4,849 4,973 5,087
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
1 etapa: pesquisa preliminar com especialistas ( público e privado); 2 etapa: formulação do questionário e coleta dos dados; 3 etapa: análise dos dados coletados.
• Métodos de Procedimentos : Estatístico (SPSS 16.0) e Comparativo.
• Coleta dos Dados:
Questionários estruturados com perguntas abertas e fechadas;
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nas análises descritivas, considerou-se a média, o desvio padrão e o nível de significância atribuído a cada variável:
•Destacaram-se as variáveis relacionadas à biodiversidade e à marca “Amazônia”;
•O principal entrave identificado foi a escala de matéria-prima regional;
Análise das diferenças entre as médias
Verificar as discordâncias: variáveis com níveis de significância (p < 0,05):
•V11 (institutos e universidades) = 0,035;
•V03 (financiamentos) = 0,042;
Análise Fatorial
• Explica a correlação ou covariância entre
estas variáveis.
• A variável V13 (marca “Amazônia”)
apresenta correlação elevada com a
variável V05 (Aprovação do PPB);
Após o agrupamento identificou-se peculiaridades que deram origem as seguintes nomenclaturas:
• Fator 1 – Disponibilidades – incentivos e financiamentos disponíveis;
• Fator 2 – Hipóteses - oferta de incentivos específicos e criação de APL’s com a aprovação do novo PPB;
• Fator 3 – Entraves – produção de matéria-prima e PPB 141 (anterior);
• Fator 4 – Potencialidades – biodiversidade e CBA.• Fator 5 – Capacidade de Suporte – Institutos de
pesquisa, logística e setor termoplástico;• Fator 6 – Atrativos – Novo PPB e Marca Amazônia.
As variáveis que apresentaram maiores médias, sendo consideradas como atrativos foram :
•V07 – biodiversidade - (X = 4,696);
•V13 - marca “Amazônia”- (X = 4,609);
•V05 - novo PPB - (X = 4,543);
•V02 – incentivos específicos - ( X=4,326).
• CONCLUSÕES
• Os respondentes do setor público procuram identificar os problemas ou entraves que dificultam a implantação do Pólo de Biocosméticos no Amazonas.
• Os entrevistados do setor privado procuram encontrar atrativos capazes de justificar o investimento na região;
• A importância dos incentivos oferecidos pelo PIM à importação ( até 70% da base dos cosméticos em geral);
• É de crucial importância que o setor público e o setor privado caminhem juntos no sentido de identificar e solucionar problemas;
A biodiversidade local aliada à pesquisa e à tecnologia podem agregar valor à produção regional, tornando os produtos do Pólo de Biocosméticos no Amazonas um referencial no competitivo mercado internacional.
Muito obrigada!!!
VIII Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica
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