Top Banner
Pedro Mota VALORES SUBJECTIVIDADE OU OBJECTIVIDADE?
14

Valores subjetivos objetivos

Jul 25, 2015

Download

Education

Pedro Mota
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Valores subjetivos objetivos

Pedro MotaVALORES SUBJECTIVIDADE OU OBJECTIVIDADE?

Page 2: Valores subjetivos objetivos

Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

• Valores:• 1. Qualidades atribuídas a factos ou acções como bons ou

maus, fundadas em critérios que justificam as nossas escolhas e preferências, e determinam o que que queremos ou não queremos que existam.

• 2. Constituem a razão fundamental das nossas decisões.• 3. Orientam a nossa vida e influenciam as nossas decisões,

determinando o que pensamos acerca do que é melhor e do que é pior, o que deve ser e o que não deve ser.

• 4. Dão ao agente um motivo para agir. • A nossa relação com o mundo é em grande medida valorativa,

pois preferimos ou rejeitamos constantemente os mais variados aspectos do mundo à nossa volta, seleccionando aqueles a que damos mais valor.

Page 3: Valores subjetivos objetivos

Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

• 1. Para responder à questão anterior devemos, em primeiro lugar, distinguir entre:

Juízo de facto Juízo de valorTêm Valor de Verdade?

SIM . O seu valor de verdade é independente das crenças ou dos gostos de quem os profere – é independente da perspectiva de qualquer sujeito.

Talvez sim, talvez não. E se são verdadeiros ou falsos, talvez não o sejam independentemente dos gostos ou das crenças de quem julga. Talvez não o sejam independentemente da perspectiva de qualquer sujeito.

São descritivos ou informativos?

SIM. Se são verdadeiros dizem-nos, em parte como as coisas são e não como devem ser. A direcção da adequação é da realidade para o juízo.

São em parte normativos. Dizem-nos como devemos avaliar as coisas. A direcção da adequação é do juízo para a realidade.

Page 4: Valores subjetivos objetivos

Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

• A diversidade dos valores :• Encontramos diversos tipos de valores que constituem o

critério ou a razão de ser das nossas preferências : • (…) • Valores ético-políticos• Valores religiosos• Valores estéticos• (….)• As preferências valorativas variam:• De pessoa para pessoa • De grupo social para grupo social• De cultura para cultura Significa isto que não podemos avaliar objectivamente os

valores?

Page 5: Valores subjetivos objetivos

A Questão da origem e fundamento dos valores: objectivismo e subjectivismo.

•Avaliamos pessoas, leis políticas e as coisas segundo determinados critérios que decidam do seu valor. Como a justiça. Será que essas avaliações podem ser objectivamente correctas, ou seja, verdadeiras para todos e independentes da apreciação de cada um?•Concentremo-nos em juízos de valor de carácter moral como “matar pessoas inocentes é errado”, ou “a pena de morte é injusta”, ou em juízos estéticos como, por exemplo “x é belo” ou “x é uma obra de arte”.•Para compreender a sua natureza temos de responder a esta pergunta:•Os juízos de valor (por exemplo os juízos morais, ou estéticos) têm valor de verdade, ou seja, são objectivos, têm uma origem exterior ao indivíduo?

Page 6: Valores subjetivos objetivos

O problema dos critérios valorativos (1)

• O que acontece quando o observador desaparecer?

Page 7: Valores subjetivos objetivos

O problema dos critérios valorativos (2)

Page 8: Valores subjetivos objetivos

O problema dos critérios valorativos (3)

Page 9: Valores subjetivos objetivos

O problema dos critérios valorativos (4)

Page 10: Valores subjetivos objetivos

O problema dos critérios valorativos (4 A)

Page 11: Valores subjetivos objetivos

O problema da origem e fundamento dos critérios valorativos

• Avaliamos as pessoas segundo determinados critérios, que fundam os valores como, por exemplo, a justiça ou o belo.

• Problema:• 1. Será que essas avaliações podem ser objectivamente correctas?

Afirmamos algo que é objectivamente bom ou mau? O bom e o mau são qualidades objectivas das coisas? São avaliações inerentes à sociedade como realidade exterior e independentes da nossa consciência pessoal? São ditadas por um poder transcendente?

Page 12: Valores subjetivos objetivos

PRIMEIRA RESPOSTA

• Resposta 1: Objectivismo moral. O correcto é um valor próprio das coisas (boas ou más para nós), são os costumes sociais estabelecidos pensados como verdades absolutas, ou é ditado por Deus.

• Quem responde afirmativamente defende que, afinal, não há uma diferença muito grande entre os juízos de facto e os juízos de valor; afirma que estes são verdadeiros ou falsos de uma forma objectiva.

• Quem pensa assim tem uma perspectiva objectivista dos valores em geral ( neste caso dos valores éticos e estéticos).

• O objectivismo defende que o critério dos valores é dado por algo exterior ao indivíduo, pelas propriedades da coisas, pela sociedade ou por Deus, sendo que esse critério é uma verdade absoluta.

Page 13: Valores subjetivos objetivos

HÁ OUTRA RESPOSTA POSSÍVEL

• Resposta 2: Subjectivismo moral. Não existem juízos morais ou estéticos(ou valores em geral) que ultrapassem o âmbito dos gostos e das preferências pessoais ou das nossas emoções (subjectivismo), ou ainda de uma cultura ou de uma época (relativismo).

• Quem defende que os valores são uma questão de opinião individual adopta uma perspectiva chamada subjectivismo ou relativismo subjectivo.

• O subjectivismo moral defende que os critérios dos valores têm origem na pessoa, em nós, que os seus critérios são os nossos desejos, as nossas preferências pessoais. Seriam estes critérios a determinar o que vale e o que não vale.

• Sou eu quem determina o que é bom e o que é mau.

Page 14: Valores subjetivos objetivos

RESPOSTA 3

• Resposta 3: Relativismo cultural moral: Quem defende que o valor de verdade dos juízos de valor depende do que uma sociedade acredita ser verdadeiro ou falso adopta uma perspectiva denominada relativismo cultural. É a minha sociedade que determina o que é bom e o mau.

• O relativismo cultural ou convencional moral é um meio-termo: os códigos morais são convenções, não têm carácter absoluto, mas também não se fundam num critério meramente subjectivo.