1 VADE-MÉCUM PARA PESQUISA E REDAÇÃO EM FILOSOFIA E TEOLOGIA FAJE - FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA Belo Horizonte 2012 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 4 1 NOÇÕES GERAIS 4 1.1 Trabalho acadêmico 4 1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos 4 1.2.1 Trabalhos de aula 4 1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese 4 1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica 4 1.2.4 Artigo científico 4 1.2.5 Recensão/resenha 5 2 MONTANDO A PESQUISA 5 2.1 Primeiros passos 5 2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa 5 2.1.2 Reconhecimento do campo científico 5 2.1.3 Tipo de pesquisa 6 2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento 6 2.2.1 Como pesquisar 7 2.2.2 Como ler 7 2.2.3 Como registrar (fichamento) 7 2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica 8 2.3.1 Problema e hipótese 8 2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura 8 2.3.3 Análise 8 2.4.4 Síntese 9 2.4.5 Conclusão do trabalho 9 2.4.6 Metatextos 9 3 A REDAÇÃO 9 3.1 Linguagem e estilo 9
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VADE-MÉCUM PARA PESQUISA E REDAÇÃO
EM FILOSOFIA E TEOLOGIA
FAJE - FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA
Belo Horizonte
2012
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 4
1 NOÇÕES GERAIS 4
1.1 Trabalho acadêmico 4
1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos 4
1.2.1 Trabalhos de aula 4
1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese 4
1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica 4
1.2.4 Artigo científico 4
1.2.5 Recensão/resenha 5
2 MONTANDO A PESQUISA 5
2.1 Primeiros passos 5
2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa 5
2.1.2 Reconhecimento do campo científico 5
2.1.3 Tipo de pesquisa 6
2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento 6
2.2.1 Como pesquisar 7
2.2.2 Como ler 7
2.2.3 Como registrar (fichamento) 7
2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica 8
2.3.1 Problema e hipótese 8
2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura 8
2.3.3 Análise 8
2.4.4 Síntese 9
2.4.5 Conclusão do trabalho 9
2.4.6 Metatextos 9
3 A REDAÇÃO 9
3.1 Linguagem e estilo 9
2
3.1.1 Estilo sóbrio e direto 9
3.1.2 Verbos 10
3.1.3 Pronomes 11
3.1.4 Pontuação 11
3.1.5 Outras observações 12
3.2 Citações 12
3.2.1 Noções gerais 12
3.2.2 Citação direta e indireta 12
3.3 Notas diversas e anotações de fonte 13
3.3.1 Notas explicativas, remissivas e bibliográficas 13
3.3.2 A anotação de fonte bibliográfica 13
4 A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 16
4.1 Elementos da referência em geral 16
4.1.1 Autoria 16
4.1.2 Título 18
4.1.3 Edição 18
4.1.4 Imprenta (dados referentes à impressão) 18
4.2 Casos específicos 19
4.2.1 Referência de livros 19
4.2.2 Referência de partes de livros 20
4.2.3 Referência de verbetes de dicionários 21
4.2.4 Referência de periódicos, coleções etc. 21
4.2.5 Referência de artigos de revista 21
4.2.6 Referência de artigos ou cadernos de jornais 21
4.2.7 Referência de trabalhos não publicados 22
4.2.8 Referência de fontes informáticas 22
4.2.9 Referência de recensão 22
4.3 A Referência Bibliográfica final 23
5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 23
5.1 Texto padrão: diagramação e disposição 23
5.2 Trabalhos de aula 24
5.3 Projetos para trabalhos de conclusão 24
5.3.1 Projetos de pesquisa na Graduação 24
5.3.2 Projetos de pesquisa na Pós-Gradução 25
5.4 Trabalhos de conclusão 26
3
5.4.1 Monografia de Bacharelado 26
5.4.2 Dissertação de Mestrado e tese de Doutorado 26
5.4.3 Excerto de Tese 30
6 OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS 31
6.1 Artigo científico 31
6.2 Recensão ou resenha 32
6.3 Nota ou resumo bibliográfico, boletim bibliográfico 33
6.4 Conferências, palestras e debates 33
6.4.1 Orientações gerais 33
6.4.2 Uso da tecnologia audiovisual 34
6.4.3 Roteiro para um bom debate 34
ANEXO I - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INDIVIDUAIS ANALISADAS 36
ANEXO II – REFERÊNCIA (LISTA) BIBLIOGRÁFICA ALFABÉTICA E
ABREVIATURAS 38
ANEXO III- EXEMPLOS DE FICHAMENTO 41
ANEXO IV - PÁGINA DE TEXTO NORMAL 42
ANEXO V - PÁGINA COM TÍTULO DE CAPÍTULO 43
ANEXO VI - FOLHA DE ROSTO PARA PROJETOS 44
ANEXO VII - FOLHA DE ROSTO PARA TRABALHOS DE CONCLUSÃO 45
ANEXO VIII - CAPA DE DISSERTAÇÃO OU TESE 46
ANEXO IX - CAPA E FOLHA DE ROSTO DE EXCERTO 47
ANEXO X - EXEMPLO DE ARTIGO ACADÊMICO 48
ANEXO XI - EXEMPLO DE RESENHA 51
ANEXO XII – ABREVIATURAS DOS MESES EM DIVERSOS IDIOMAS 52
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 53
Outras obras aconselhadas 53
4
APRESENTAÇÃO O presente subsídio tem, principalmente, dupla finalidade: orientar os alunos para a pesquisa
e redação científicas (#1-4) e oferecer orientações para os trabalhos de aula e de conclusão de
curso (#5). Outras produções acadêmicas são tratadas de modo suplementar (#6).
O subsídio, aberto a atualização, está sob a responsabilidade do Serviço de Orientação
Metodológica, que atende discentes e docentes na Biblioteca da FAJE.
1 NOÇÕES GERAIS
1.1 Trabalho acadêmico
O trabalho acadêmico é a apresentação escrita de um estudo ou pesquisa em determinado área
acadêmica, para fins escolares e/ou de publicação cientifica. Executado num espírito de
honestidade, responsabilidade e humildade, caracteriza-se pelo rigor da pesquisa relativa a um
assunto devidamente delimitado e pela adequação e exatidão da apresentação.
1.2 Tipos de trabalhos acadêmicos
1.2.1 Trabalhos de aula
São os trabalhos exigidos pelos professores em margem das disciplinas lecionadas. As
exigências específicas de cada trabalho dependem de sua natureza e devem ser indicadas pelo
professor.
1.2.2 Trabalhos de conclusão: Monografia, Dissertação e Tese
Para a conclusão do Bacharelado exige-se uma monografia visando à compreensão e
exposição científica de determinado tópico do campo de pesquisa.
A dissertação, exigida para a obtenção do Mestrado a fim de mostrar a capacidade didática,
intenta um tratamento sistemático do assunto, sem ser exaustivo, nem visar a uma
contribuição original.
Já a tese, exigência para o Doutorado, procura tratar o assunto – devidamente delimitado –
com relativa exaustividade e oferecer alguma contribuição para o progresso do saber no
respectivo campo.
1.2.3 Trabalho de Iniciação à Pesquisa Científica
Os trabalhos de Iniciação à Pesquisa Científica dependem das orientações específicas
fornecidas pela Instância responsável. Suas características são, mutatis mutandis, semelhantes
às da monografia de Bacharelado.
1.2.4 Artigo científico
O artigo científico ou acadêmico, publicado em periódico especializado, apresenta dados
referentes a um projeto de pesquisa dentro de uma área de conhecimento específica. Como,
normalmente, os conteúdos ainda se encontram em fase de pesquisa ou discussão, não são
publicados em livro, nem manualizados.
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1.2.5 Recensão/resenha
A resenha ou recensão é a apresentação critica de nova publicação para informação da
comunidade acadêmica.
2 MONTANDO A PESQUISA A pesquisa acadêmica deve estar alicerçada num projeto, que define o tema a ser tratado e o
modo de executar a pesquisa e a redação. No caso dos trabalhos de conclusão de curso e de
iniciação científica, o projeto deve ser aprovado pela instância acadêmica competente.
A pesquisa inicia-se com a elaboração do projeto (#5.3), o qual, para ser realista, deve mostrar
conhecimento exploratório dos aspectos essenciais do tema e das principais fontes utilizáveis.
Aprovado o projeto, a pesquisa será completada.
Os primeiros passos da pesquisa são a delimitação do tema e a heurística, ou seja, a
identificação e localização das fontes para a pesquisa.
2.1 Primeiros passos
2.1.1 Definição e delimitação da pesquisa
É preciso definir claramente o objeto da pesquisa. A percepção inicial do problema ou da
hipótese a ser (des)verificada deve estar presente desde o encaminhamento do projeto. No
termo do trabalho, não importa chegar a uma solução definitiva; importa a cientificidade do
procedimento pelo qual se chega ao resultado, que poderá ser positivo, negativo ou aberto.
O tema deve ser monográfico, ou seja, tratar de um único assunto, bem delimitado, sob um
ângulo específico. Normalmente escolhe-se como assunto específico um único tema numa
única fonte (obra autoral ou documento) ou âmbito (determinado período ou espaço cultural),
tendo como pano de fundo um horizonte mais amplo, que não é tematizado ou focalizado
especificamente. O tema poderá receber adequações no decorrer da elaboração.
A delimitação se faz:
pelo tema:
o o objeto material (o assunto que se vai examinar): por exemplo, ―a consciência
de Cristo‖;
o o objeto formal (o ângulo sob o qual se pretende examiná-lo): ―à luz das
profecias‖;
pelas fontes: limitando-se à obra de um determinado autor ou a um determinado período
ou ambiente: ―na obra do segundo Schillebeeckx‖.
2.1.2 Reconhecimento do campo científico
Para se ter uma ideia do que é relevante em determinado campo científico, consultem-se as
obras introdutórias gerais, as sínteses (muitas vezes artigos de revista científica ou de
enciclopédia), as obras de divulgação de boa qualidade, ou ainda, os manuais didáticos
adequados para o estudo planejado.
Convém iniciar pelos correspondentes verbetes dos grandes dicionários, que, via de regra,
indicam a bibliografia fundamental. Consultem-se também as publicações periódicas,
especialmente os boletins bibliográficos, referentes ao campo da pesquisa.
Utilizem-se os catálogos da Biblioteca da FAJE e de outras bibliotecas acessíveis on-line.
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2.1.3 Tipo de pesquisa
É preciso ter uma ideia do(s) tipo(s) de pesquisa que o objeto visado e o método aplicado
supõem, por exemplo:
bibliográfica (literária): investiga obras escritas acerca do assunto;
de campo: coleciona informações por observação direta e cientificamente organizada do
objeto da pesquisa (pessoas, comunidades, costumes...), mediante entrevistas,
questionários, estatísticas, reportagens etc.
histórica (lançando mão dos métodos histórico-científicos);
arqueológica, de vestígios ―mudos‖ (ruínas, paisagens, monumentos...);
arquivística ou documental (documentos etc.);
experimental: organiza experimentos repetíveis e quantificáveis (sobretudo nas ciências
física, biológica etc.);
2.2 Heurística, coleta de dados, fichamento
A heurística (do grego heuriskein = ―encontrar‖) significa a atividade de situar e abordar as
fontes de informação/documentação necessárias para a pesquisa que se pretende.
Depois do reconhecimento geral mencionado acima (#2.1.2), e tendo uma primeira ideia das
fontes de documentação e do tipo de pesquisa a ser executada (#2.1.3), estreita-se o ―zoom‖
sobre o tema específico. Para tanto consultem-se:
o catálogo de assuntos na biblioteca (catálogo geral e indexação de revistas);
verbetes correspondentes dos dicionários/enciclopédias;
a internet, usada com senso crítico.
Tendo base suficiente para a pesquisa e o recolhimento de dados, passa-se à consulta das
fontes e a anotação de dados ou de observações em fichas ou em documentos eletrônicos (cf.
Anexo III):
Fichamento bibliográfico. Constitua-se um catálogo bibliográfico (em fichas ou no
meio eletrônico), no qual se registra a referência completa dos documentos utilizados
na pesquisa. Este fichário deve acompanhar o trabalho do início ao fim e ser
atualizado regularmente.
Fichamento de resumos. Para se lembrar da exposição geral de livros ou artigos convém
anotar o resumo ou síntese, acompanhado de destaques ou comentários.
Fichamento de dados analíticos e de citações. Anotem-se os dados relevantes em fichas
ou anotações electrônicas, que podem conter citações formais ou resumos de
informações encontradas. Junto aos dados encontrados deve figurar a referência
suficiente das fontes para poder revisitá-las (no caso de livros e artigos, a referência
bibliográfica abreviada e, se for o caso, o código de localização na biblioteca
frequentada ou no meio eletrônico).
Fichamento de ideias pessoais. Do mesmo modo como se recolhem informações de
fontes (cf. acima, 3) podem-se anotar em fichas ou em itens eletrônicos ideias pessoais
que virão a ser relevantes na hora da redação da pesquisa.
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2.2.1 Como pesquisar
Pesquisa manual: ver o que outras bibliografias básicas indicam, em verbetes de
dicionários, vocabulários (ou léxicos), enciclopédias e bibliografias (ou repertórios
bibliográficos), em autores significativos.
Pesquisa eletrônica em vários momentos e locais: biblioteca local, bibliotecas na
internet1.
Seleção dos títulos, segundo os seguintes critérios:
o obras que aparecem com mais frequência nas diversas bibliografias;
o obras indicadas pelo orientador, por professores etc.;
o percepção pessoal, com base numa primeira leitura sobre o tema.
2.2.2 Como ler
Pode-se ler bem ou ler mal. O que mais contribui para ler mal é a lei do menor esforço e os
vícios de leitura2. A leitura boa supõe a mente descansada e o corpo concentrado.
Ordem de leitura: iniciar por obras gerais e comentários às fontes, ir do geral para o
específico3.
Níveis de leitura:
a) Leitura de superfície: para ter uma ideia geral do texto.
b) Leitura temática: em função dos temas relevantes para a pesquisa.
2.2.3 Como registrar (fichamento)
A anotação do que se lê é de extrema importância para ter a memória escrita do que, nas
fontes consultadas, é relevante. Coloquem-se por escrito os pontos principais do que se lê na
pesquisa bibliográfica, porque não se pode confiar somente na memória e porque o próprio
ato de anotar ajuda a memória.
A leitura não tem valor para a pesquisa se não se traduzir em documentação pessoal, como
recursos escritos facilmente consultáveis.
Anota-se o estritamente necessário e de interesse à pesquisa.
a) Detecção do material relevante:
- Ao longo da leitura de um texto, anotam-se rapidamente os temas de interesse, com as
respectivas páginas do material consultado. Ao usar material que não lhe pertence, faça
fotocópias das páginas que deseja marcar.
- Depois de ler todo o texto, passe os trechos selecionados para papel ou meio eletrônico.
Desaconselha-se tomar notas em caderno, pois não poderão ser reorganizadas posteriormente.
b) Passagem do material para fichas de papel.
- No cabeçalho: assunto, autor, título, página, editora e data.
- A anotação pode ser um resumo ou a transcrição do texto.
1 Cf. capítulo 8 de TACHIZAWA; MENDES, Como fazer monografia na prática.
2 Cf. a interessante tabela comparativa em CHAVES, Projeto de pesquisa, p. 38-39.
3 BASTOS; KELLER, Aprendendo a aprender, p. 64
8
- Exemplos: cf. Anexo III.
- Para maior facilidade de manuseio, usa-se sempre o mesmo tamanho de ficha (comprada
pronta), escreve-se só numa face, arquiva-se numa caixa apropriada.
c) Passagem do material ao computador:
- Microsoft One Note (aplicativo do pacote Office, frequentemente não instalado pelo
usuário). É ferramenta para anotações e coleta de informações.
- Outros aplicativos: Word, Excel, etc.
d) Colagem do material em folhas sinóticas:
- Faz-se fotocópia das páginas do livro com textos selecionados.
- Ao lado de cada trecho selecionado, escreve-se o número da página.
- Recorta-se cada trecho selecionado, que são espalhados pela mesa.
- Faz-se a agrupação dos pedaços por assunto, independentemente da página de cada um.
- Os pedaços, agrupados por assunto, são colados em folha A4, que tem na primeira página a
referência completa da obra.
2.3 Elementos de um trabalho de pesquisa científica
Quando a pesquisa alcança um nível satisfatório para se ter uma ideia do que colocar no
trabalho, pode-se iniciar a elaboração, tendo consciência, porém, do surgimento de novos
elementos (dados, percepções) que exigirão remanejamentos e atualizações. Os diversos
momentos descritos aqui segundo a ordem lógica da elaboração podem sobrepor-se
parcialmente.
2.3.1 Problema e hipótese
“O que quero mostrar?” – O primeiro elemento a ser elaborado é a formulação do objetivo,
que será, essencialmente, uma pergunta a ser respondida ou uma hipótese a ser verificada ou
―desverificada‖. No início da pesquisa, é preciso ―problematizar‖, expressar bem o problema
de que se trata, a partir da percepção inicial e de certa intuição da resposta ou do resultado.
Tal pergunta ou hipótese ganhará contornos mais claros ao longo da pesquisa.
2.3.2 Estado da questão e levantamento da literatura
“O que se está dizendo sobre o assunto?” – Tendo uma visão clara do objeto da pesquisa, é
importante verificar o estado da questão, ou seja, a situação do debate no momento atual, para
não passar ao lado de importantes estudos já realizados ou formular conclusões que já
invalidadas. Tal estado da questão se baseia normalmente nas obras de reconhecida
importância da atualidade e nas produções parciais (artigos etc.) dos anos recentes,
apresentados em ordem cronológica ou temática (revisão de literatura).
2.3.3 Análise
“Que elementos devem ser analisados?” – Na análise, os elementos observados na pesquisa
são separados (―isolados‖) para serem observados individualmente (assim como, para estudar
uma doença, é preciso isolar o vírus e estudar seu comportamento). Ultimamente fala-se em
―desconstrução‖, isto é, tirar os elementos fora de seu quadro costumeiro de interpretação,
para integrá-los num novo quadro de compreensão.
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2.4.4 Síntese
“O que devo guardar disso e como articulá-lo numa unidade?” – Depois da análise,
organizam-se os elementos que contribuem para a questão ou hipótese proposta, segundo as
relações lógicas que conduzem à confirmação ou invalidação.
2.4.5 Conclusão do trabalho
“Que posso responder à pergunta inicial?” – A conclusão da pesquisa deve corresponder ao
problema ou à hipótese iniciais: deve ser a resposta ao problema ou a verificação da hipótese,
ou então, a constatação da impossibilidade de tal resposta ou verificação. Também o resultado
negativo ou aberto é um resultado que contribui para o progresso do saber.
2.4.6 Metatextos
Na redação final, os diversos elementos são interligados por metatextos (textos sobre o texto)
que explicam, no início e no fim de cada secção primária (capítulo), a concatenação do
argumento.
A introdução do trabalho é um metatexto que explica a delimitação do assunto, diz de que se
quer falar e de que não, mostra os passos do caminho. Como só quem já os percorreu sabe
mostrar os passos, a Introdução se escreve por último, formulando a pergunta ou hipótese de
partida nos mesmos termos em que é tratada na Conclusão e anunciando o resultado da
pesquisa.
O texto da defesa de dissertação ou tese poderá ser baseado na Introdução/Conclusão, com o
cuidado de tornar o tema acessível para a assistência que não leu o trabalho.
3 A REDAÇÃO
3.1 Linguagem e estilo
Frequentes são os vícios quanto à compreensão (falta de clareza, pleonasmo, construção
confusa ou híbrida), quanto à estética (vocabulário e fraseologia desajeitados) e quanto à
economia (desperdício de palavras, falta de objetividade). Por isso, mesmo o autor treinado
tenha sempre à disposição, na mesa ou no computador, gramática e dicionário atualizados e
consulte-os.
3.1.1 Estilo sóbrio e direto
A linguagem do texto acadêmico ou científico não é a coloquial, nem aquela exageradamente
retórica. Usa um código objetivo e sóbrio. Por isso:
Respeite a lei da economia. Crie frases curtas ou períodos simples (prótase e apódose
simples), usando conjunções adequadas para evidenciar a conexão lógica.
Evite: pleonasmos e repetições (a não ser para enfatizar); afirmações óbvias, que
―chovem no molhado‖; circunlocuções e conectivos expletivos (―Assim sendo‖,
―Evidentemente‖...); enchimentos (em vez de dizer ―Para começar, quero explicar que
...‖, explique logo! Evite os ―possamos‖, ―saibamos‖ etc.); adjetivos, artigos e
pronomes inúteis (―Eu levantei a minha mão‖ => ―Levantei a mão‖; ―Um certo
homem‖ => ―Certo homem‖); uso indevido de formas perifrásticas (―estaremos
fazendo‖ => ―faremos‖; ―vamos ver‖ => ―veremos‖).
Use termos concisos e certeiros, o que não exclui o uso de sinônimos, para evitar a
monotonia e enriquecer a semântica dos conceitos recorrentes.
10
Prefira a voz ativa à passiva: ―Este texto foi estudado pelos biblistas‖ => ―Os biblistas
estudaram...‖.
3.1.2 Verbos
Evite erros de concordância de gênero, de número ou de modo e tempo verbal. Em caso
de dúvida sobre a regência (regime) de verbos, substantivos e adjetivos, consulte os
dicionários adequados4.
Evite regências contaminadas, por exemplo, juntando o mesmo complemento a dois
verbos de regência diferente (―Ele desconfiou e ao mesmo tempo confiou nele‖ =>
―Ele desconfiou dele e, ao mesmo tempo, confiou nele‖).
Ênclise e próclise. O pronome oblíquo, normalmente, segue depois do verbo (uso
enclítico: ―O gato espreguiça-se no sofá‖). Quando, porém, há partículas atraindo o
pronome oblíquo, como em frases subordinadas ou negativas, o pronome precede o
verbo (uso proclítico: ―Não se faz isso‖; ―O vento que se abateu sobre a aldeia
destruiu tudo‖; ―O marido, quando se levanta, vai tomar café‖), a não ser que algum
elemento separe consideravelmente o sujeito e o verbo.
Evite a próclise em construções com infinitivo ou gerúndio (―No afã de consegui-lo‖,
não: ―de o conseguir‖; ―Continuou amando-a‖, não: ―a amando‖)
Não se inicia a frase com o pronome oblíquo, especialmente o da 3ª pessoa (―se‖), que
se pode confundir com a conjunção condicional ―se‖. Pode-se, porém, escrever: ―Se se
pensa nas consequências...‖, porque, neste caso, o ―se‖ inicial não é o pronome, mas a
conjunção da frase subordinada (que atrai o pronome).
Uso e limites da forma impessoal. Nos trabalhos acadêmicos, no Brasil, é praxe o autor
não se expressar na 1ª pessoa do singular; usa-se a forma impessoal (―Percebe-se
que...‖). Verbos reflexivos não podem ser usados no impessoal passivo; nesse caso
prefira-se a 1ª pessoa do plural (não: ―Nesta parte debruça-se sobre ...‖, mas: ―Nesta
parte, debruçamo-nos sobre ...‖)5 ou procure-se expressão equivalente (―Esta parte
focaliza ...‖).
O verbo propriamente impessoal está sempre na terceira pessoa do singular: ―houve
(não: houveram) sete pessoas‖, ―faz (não: fazem) vinte anos que não o vejo‖. Observe:
―há três dias‖ refere-se aos dias passados, ―a três dias (daqui)‖ refere-se aos dias por
vir.
Uso impessoal de ―tratar-se‖. Não escreva: ―O presente capítulo trata-se de ...‖, pois o
capítulo não se trata de doença alguma... a não ser da falta de conhecimento
gramatical! O certo é: ―No presente capítulo trata-se de ...‖ (uso impessoal). Dica: ao
usar ―tratar-se‖, pense em ―falar-se‖: ―Neste texto fala-se/trata-se de...‖. E lembre-se
desta: ―O manual de medicina trata da gripe, o médico trata a gripe, minha irmã trata-
se da gripe‖. Ou ainda: ―Em se tratando de ‗tratar-se‘, trate de evitar esse verbo‖...
tente um sinônimo.
O mineirês economiza descabidamente o pronome reflexivo (―eu assustei‖ em vez de
―eu me assustei‖); ou então, por hipercorreção, insere-o onde não convém (p.ex., ―As
pessoas sobem à serra para se ver o vale‖ => ―para ver o vale‖.
4 Além dos grandes dicionários Houaiss e Caldas-Aulete, os clássicos de Francisco Fernandes: Dicionário de
Regimes de Substantivos e Adjetivos e Dicionário de Verbos e Regimes.
5 É perfeitamente válido usar a 1ª pessoa do plural, que, além de elegante, implica o leitor (―Tendo examinado x,
analisaremos agora y...‖).
11
Não use indevidamente o infinitivo pessoal; se fica claro quem é o sujeito do infinitivo,
prefira o simples (―Eles se dispuseram a brigarem‖ => ―a brigar‖).
3.1.3 Pronomes
Pronomes demonstrativos. Evite a inflação do pronome ―esse‖. Distinga os pronomes
demonstrativos pela seguinte regra de mão: ―Este aqui, esse aí, aquele lá‖:
o ―este‖: próximo, presente ou por vir, com certa ênfase. ―Neste parágrafo
falamos do assunto central‖;
o ―esse‖: pode-se apontar com o dedo, a certa distância, recém mencionado,
porém já não presente. ―Nesses anos éramos levianos‖;
o ―aquele‖: o que está bem longe (no espaço ou no tempo, passado ou futuro),
antípoda de ―este‖. ―Naquele tempo foi criado o universo‖, ―Naqueles dias, os
astros desabarão sobre a terra‖.
Não é preciso explicitar sempre o sujeito do verbo pelo pronome; o verbo português
pode implicar o sujeito: ―João foi à praça. Comprou um salame.‖
―Ele mesmo/si mesmo‖. Com sujeito pessoal usa-se ele mesmo/ela mesma quando é
sujeito do verbo ou aposto, e si mesmo/si mesma quando é objeto (direto ou indireto)
do verbo: ―Davi não construiu o templo ele mesmo‖, ―Maria é ela mesma‖, ―Ele se
engana a si mesmo‖. Quando o sujeito é impessoal, usa-se si mesmo: ―Importa ser si
mesmo‖.
Use o pronome relativo-genitivo ―cujo(a/os/as)‖ com a flexão certa, isto é, regido pelo
substantivo que determina: ―Os habitantes de Atenas, cuja origem se perde no tempo e
cujos ancestrais eram áticos‖.
3.1.4 Pontuação
A vírgula serve para evidenciar a construção da frase, mas não deve ser multiplicada a
ponto de tornar o texto pesado. A hipercorreção que multiplica A multiplicação
indevida das vírgulas (muitas vezes por hipercorreção ou incompreensão) atravanca o
texto. Em caso de dúvida, não use vírgula: parecerá distração — já uma vírgula fora
de lugar parecerá erro.
Não separe o sujeito do verbo numa frase em ordem direta (não invertida ou enfática);
não use vírgula depois da conjunção ―mas‖ (a não ser para enfatizar).
Proposições coordenadas ligadas por ―e‖:
o não são separadas por vírgula quando o sujeito continua o mesmo, a não ser
que a primeira frase seja muito comprida;
o quando, porém, há troca de sujeito, insira-se vírgula antes da conjunção ―e‖:
―Ele foi embora para jogar futebol, e ela ficou onde estava‖.
Advérbios e adjuntos adverbiais podem, para clareza, ser separados por vírgulas (antes e
depois). Contudo, não se separe por vírgulas um advérbio que qualifica
especificamente um substantivo ou adjetivo adjacente (ex.: ―um templo
Nome da instituição, cidade e ano de apresentação (em 3 linhas), centralizado, iniciais em
maiúsculas, Times 14, entrelinha 2.
Folha de proteção: em branco (papel branco, um pouco mais grosso que o comum).
Folha de rosto do Excerto = p. [1] (não num.): mesmo texto da capa
p. [3] (não num.): Reproduzir a folha de rosto da Tese.
p. [5] (não num.): agradecimentos (caso o/a doutorando/a deseje).
p. [7-8] (não num.): resumo e palavras-chave, com a tradução, como na Tese.
p. [9-...] (não num.): Sumário completo.
p. [?] (não num.): Siglas e abreviações.
p. ? (p. ímpar): Introdução (a partir daqui aparece o nº da página)
(p. ímpar): Capítulo escolhido
(p. ímpar): Conclusão geral da Tese.
(p. ímpar): Referência bibliográfica (como na Tese)
6 OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS
6.1 Artigo científico
O artigo cientifico ou acadêmico (#1.2.4) estende-se, normalmente, até umas vinte páginas (=
60.000 caracteres, espaços incluídos, ou 8.500 palavras). Denomina-se a estrutura do artigo
como IRDC, sigla formada pelas suas principais partes: Introdução, Revisão de Literatura,
Desenvolvimento, Conclusão.
Título
32
Nome do autor com credenciais em nota de rodapé
Resumo e descritores (palavras-chave)
Texto propriamente:
Introdução. Apresenta o tópico a ser tratado. Parte da visão geral ou dos dados conhecidos
pelos interessados, para apresentar o recorte específico que vem tratado no artigo. Mostra, de
modo global, a percepção atual do tema ou projeto, justifica a pesquisa, apresenta sua
relevância, oferece um breve resumo de cada parte do artigo e aponta para as conclusões que
no fim serão alcançadas. Responde por cerca de 5 a 10% do total do artigo, ou seja (num
artigo padrão, duas páginas). É o último elemento a ser redigido. Não é necessário escrever a
palavra ―Introdução‖; pode-se criar um título mais específico.
Revisão de Literatura. Apresenta a bibliográfia específica em torno do assunto (o status
quaestionis da literatura sobre o assunto nas publicações ainda relevantes), avaliada conforme
critério definido pelo tema, os dados e/ou as diversas teorias e opiniões coletadas no estudo.
No Desenvolvimento, interpretam-se os resultados da revisão de literatura em relação ao
avanço pretendido no conhecimento do problema e em relação às limitações e desafios
persistentes.
Obs.: A Revisão de Literatura e o Desenvolvimento podem ser apresentadas separadamente
ou em conjunto:
- separadamente: 1) na Revisão de Literatura apresentam-se, de modo resumido e crítico, as
opiniões dos autores consultados, procurando mostrar o confronto ou diálogo entre eles; 2) no
Desenvolvimento, a seguir, discute-se cada item do tema assim perfilado, apresentando prós e
contras, pontos fortes e fracos.
- em conjunto: sem fazer previamente a apresentação dos autores, organiza-se o assunto de
acordo com os principais tópicos, discutem-se criticamente as opiniões levantadas na
documentação consultada e acrescem-se os elementos novos que fazem progredir a discussão.
Não convém usar os títulos ―Revisão de Literatura‖ ou ―Desenvolvimento‖. Usem-se títulos
criativos e adequados aos itens. Sugere-se que, na Revisão de Literatura e no
Desenvolvimento sejam utilizadas poucas subdivisões, para que o tema não fique muito
fragmentado. Em cada item, utilize metatextos (parágrafos de introdução e apresentação,
parágrafos de ligação e conclusões parciais).
Conclusão. É a menor parte do artigo (5% do texto). Revela o percurso metodológico seguido
e explicita a consecução do objetivo previsto. Não apresenta elementos novos, mas retoma o
que foi apresentado no artigo. É um ―espelho‖ da introdução.
Referência bibliográfica completa
6.2 Recensão ou resenha17
A resenha ou recensão (#1.2.5) consiste na síntese e apreciação competente de uma obra18
.
17
Cf. FRANÇA, cap. 8.
18 Supõe compreensão da obra, capacidade de estabelecer juízo de valor de forma independente, respeitando o
pensamento do autor, e conhecimento de obras de outros autores sobre o tema. O que distingue a
resenha/recensão da mera nota ou resumo bibliográfico é, além da extensão, a presença do elemento crítico. A
nota ou resumo bibliográfico leva a publicação ao conhecimento do leitor, a recensão a avalia.
33
a. Se a resenha tiver título próprio, este deve ser diferente do título da obra resenhada, embora
relacionado com ela. Em muitas revistas, porém, a resenha não tem título próprio, iniciando
logo com a referência bibliográfica (cf. a seguir, b).
b. A referência bibliográfica completa da obra resenhada deve encabeçar o texto (a não ser
que a publicadora da resenha dê outra orientação). Mencionem-se, além dos dados essenciais
também os dados suplementares que possam interessar o leitor (páginas, formato, ilustrações,
ISBN).
c. Para o conteúdo da resenha, sugerem-se os seguintes tópicos:
1) autor e obra
o autor da obra e suas credenciais (breve biobibliografia e outros dados relevantes);
informações gerais a respeito da obra (p.ex., pertença a uma coleção renomada; nível
linguístico...) e do público destinatário;
2) descrição do conteúdo (leitura de superfície)
o resumo indicativo: indicação geral do(s) assunto(s) que a obra desenvolve;
a organização da obra (suas partes, capítulos, divisões) e o resumo informativo, ou síntese,
contendo as ideias principais de cada parte;
3) compreensão profunda:
mostrar o pensamento, a intuição e/ou a lógica do autor por trás/por baixo da organização
formal de seu texto;
4) crítica:
apreciação ou julgamento da obra a partir do ponto de vista metodológico (relação entre as
partes, proporção, coerência, coesão), conteudista (contribuições que trouxe, originalidade,
relevância) e estético (características da linguagem utilizada e do estilo do autor).
Observação: As citações literais (que sejam breves) da obra original coloquem-se entre aspas
duplas, seguidas da indicação da página, entre parênteses (p. ...). Se forem referenciadas
outras obras, usem-se citação e referência conforme as normas usuais (#1.3).
6.3 Nota ou resumo bibliográfico, boletim bibliográfico
A nota ou resumo bibliográfico consiste numa breve apresentação sem pretensão crítica de
uma ou diversas obras para fins escolares ou de publicação em boletim bibliográfico. No
primeiro caso seja encimada pela referência essencial integral, no segundo, pode haver dados
suplementares, como para a resenha (#6.2)
6.4 Conferências, palestras e debates
6.4.1 Orientações gerais
a) Prepare bem a conferência. Independente do número de pessoas, o importante é preparar
bem o tema que será tratado.
b) Uma palestra deve conter três pontos: informação, divertimento (não precisa ser chata) e
motivação:
- Desperte a curiosidade.
- Demonstre entusiasmo, mas com naturalidade.
34
- Numere os tópicos dos assuntos antes de falar.
c) Conte histórias e dê exemplos.
d) Prepare e pratique. Ensaie sua apresentação tantas vezes quanto for necessário.
e) Não fale demais. É melhor acabar antes e deixar tempo para perguntas do que deixar o
público exausto esperando ansiosamente o fim da palestra.
f) Cuidado com a linguagem corporal.
6.4.2 Uso da tecnologia audiovisual
É praxe hoje utilizar o projetor (data show) ao proferir palestra ou conferência. Isso é útil para
mostrar a estrutura da conferência, citações, ilustrações etc. Desaconselha-se, porém, projetar
o texto inteiro, de modo que o palestrante se torna praticamente mero leitor, perdendo-se a
expressividade. Contudo, em caso de conferência em idioma estrangeiro pouco conhecido
pelo público, convém projetar a tradução concomitante à exposição.
Regras básicas para uma boa apresentação:
Traga para sua apresentação uma cópia eletrônica (ou pen-drive) e uma cópia impressa.
Dominar bem o assunto é fundamental para uma apresentação.
Ao preparar a apresentação, coloque-se no lugar do público.
Crie slides simples, diretos e profissionais.
Lembre-se do objetivo, do tempo e do público:
- Objetivo: aquilo que você quer que a audiência saiba.
- Tempo: determina a abrangência e a profundidade da apresentação.
- Público: grau de interesse, conhecimento e linguagem.
Transforme as frases em tópicos.
Use somente os 2/3 superiores da tela.
Cuidado com as cores e o negrito.
Animações: usar com moderação.
Use sempre uma ilustração.
Apresente no máximo três conceitos por slides.
Cuidado com as letras:
- O melhor é ser tradicional: tamanho da fonte 30.
- Tipos de letras: Times New Roman, Garamond, Arial e Verdana são sempre boas
opções.
6.4.3 Roteiro para um bom debate
Regra do tom grave: o timbre grave retarda a velocidade da voz e dá um ar calmo que seduz e
convence.
Gestos comedidos: as mãos devem fazer movimentos naturais. Inclinar o corpo para frente
pode passar certeza, confiança e envolvimento.
Figurino elegante: é preciso vestir-se de acordo com a situação, de forma discreta e elegante.
35
Tática contra a resistência: antes de expor uma ideia é bom relacioná-la com pontos comuns e
dar exemplos.
Pausas estratégicas: fazer pausas durante o discurso mostra domínio da situação, valoriza a
informação e dá oportunidade de reflexão para os outros.
Porto seguro: quando você não domina o assunto é melhor trazê-lo para temas que você
conhece bem fazendo associações.
Sabendo selecionar: quando a pergunta feita tiver muitas partes, pode-se responder apenas um
dos aspectos, o que mais convier à situação.
Figuras de linguagem: valoriza o debate, por exemplo, ironia em vez de agressividade;
anáfora (repetição da palavra em início de frase), etc.
Bom humor: ter presença de espírito para fazer comentários bem humorados é uma arte que
pode ser treinada.
36
ANEXO I - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INDIVIDUAIS ANALISADAS
Nestes esquemas são reproduzidos os destaques gráficos (maiúsculas, grifos, sinais de
pontuação). Entre [ ]: dados facultativos. A ―entrada‖ (pelo autor ou pelo título) fornece os
elementos que aparecem na referência abreviada.
Livros
PALÁCIO, Carlos. Deslocamentos da teologia,mutações do cristianismo: a teologia aos 40 anos do Vaticano II. São Paulo: Loyola, 2001. (col. CES).
BOOTH, W. C. et al.A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. FARINA, Raffaello. Metodologia: avviamento alla tecnica del lavoro scientifico. .2.ed..Zürich: PAS, 1973....
KONINGS, Johan. Vade-mécum para pesquisa e redação acadêmicas. Belo Horizonte: ISI-CES, jul. 2003. Apostila não publicada.
INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975-1981. 10v. A BÍBLIA de Jerusalém. Nova ed. rev. São Paulo: Paulinas, [1985].
nome título e subtítulo ed. imprenta vols. [col.] obs.
PALÁCIO, Carlos. Deslocamentos da teologia,mutações do cristianismo: a teologia aos 40 anos
do Vaticano II.
São Paulo: Loyola, 2001.
(Col. CES)
BOOTH, W. C. et al. A arte da pesquisa.
São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
HOUAISS, Antônio;
VILLAR, Mauro de Salles.
Dicionário Houaiss da língua
portuguesa.
Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001.
FARINA, Raffaello. Metodologia: avviamento alla
tecnicadel lavoro scientifico.
2.ed. Zürich: PAS, 1973.
KONINGS, Johan Vade-mécum para pesquisa e redação
acadêmicas.
Belo Horizonte: ISI-
CES, jul.2003
Apostila
não
publicada.
INSTITUTO
CATEQUÉTICO
SUPERIOR DE WÜRZBURG.
Teologia para o cristão de hoje.
São Paulo: Loyola,
1975-1981.
10v.
A BÍBLIA de Jerusalém.* nova ed.
rev.
São Paulo: Paulinas,
[1985]
* Não havendo autoria, a entrada é pelo título, com a(s) primeira(s) palavra(s) em maiúsculas.
Partes de livros
ANTONIAZZI, Alberto. O legado de uma vida. In: _____ (Org.) As veredas de João na barca de Pedro. Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002.
p. 167-173.
GADAMER, Hans-Georg. Dois mil anos sem um novo Deus: diálogos em Capri. In: DERRIDA, Jacques; VATTIMO, Gianni (Org.). A religião: o seminário de Capri. São Paulo: Estação Liberdade, 2000. p. 221-231.
MEMÓRIA e história: entrevista com dom João Resende Costa. In: ANTONIAZZI, Alberto (Org.). As veredas de João na barca de Pedro.
Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002. p. 19-60. GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos. In: ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969. v. 1,
secção 3, p. 171-213.
VIVA o Brasil. In: O BRASIL anônimo. S.l.: s.d.p. 17-28.
autor título autoria obra (tít. + imprenta) parte obs.
ANTONIAZZI,
Alberto
O legado de uma vida. In: _____ (Org.) As veredas de João na barca de Pedro.
Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002.
p. 167-173.
GADAMER,
Hans-Georg
Dois mil anos sem um
novo Deus: diálogos em
Capri
In: DERRIDA,
Jacques; VATTIMO,
Gianni (Org.).
A religião: o seminário de Capri. São
Paulo: Estação Liberdade, 2000.
p. 221-231.
MEMÓRIA e história:
entrevista com dom João
Resende Costa.
In: ANTONIAZZI,
Alberto (Org.)
As veredas de João na barca de Pedro.
Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002.
p. 19-60.
GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos.
In: ROBERT, A.; FEUILLET, A.
Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969.
v. 1, secção 3, p. 171-213.
Viva o Brasil In: O BRASIL anônimo. S.l.: s.d. p. 17-28.
37
Verbetes de dicionários
CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Ed.).Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 312.
GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma: Paoline, 1979. p. 1401-1421.
autor título autoria obra (tít. + imprenta) parte obs.
CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio
Buarque de Holanda (Ed.).
Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
p. 312.
GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma:
Paoline, 1979.
p. 1401-
1421.
Artigos em revistas
VOIGT, Simão. Jesus Cristo no Novo Testamento. Revista Eclesiástica Brasileira,Petrópolis, v. 62, n. 248, p. 771-792, out. 2002.
TABORDA, Francisco. Lex orandi - lex credendi: origem, sentido e implicações de um axioma teológico. Perspectiva Teológica,Belo
Horizonte, v. 35, n. 95, p. 71-86, jan./abr. 2003. "NÓS nos devíamos lembrar dos pobres" (Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano.Perspectiva
Teológica, Belo Horizonte, v. 22, n. 58, p. 283-288, set./dez. 1990.Editorial.
autor título nome da rev. [local] tomo fasc. parte data obs.
VOIGT,
Simão.
Jesus Cristo no Novo Testamento. Revista
Eclesiástica
Brasileira,
Petrópolis, v. 62, n.
248,
p. 771-
792,
out. 2002
TABORDA, Francisco
Lex orandi - lex credendi: origem, sentido e implicações de um axioma teológico
Perspectiva Teológica,
Belo Horizonte,
v. 35, n. 95,
p. 71-86,
jan./abr. 2003
"NÓS nos devíamos lembrar dos pobres"
(Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-
Americano
Perspectiva
Teológica,
Belo
Horizonte,
v. 22, n.
58,
p. 283-
288,
set./dez.
1990.
Editorial
Artigos em jornais
GUIMARÃES, Josué. Portugal: turismo em novas dimensões. Correio do Povo, Porto Alegre, 2 mar. 1975. p. 21. MONTENEGRO espera 400 mil visitantes no centenário. Folha da Tarde, Porto Alegre, 18 abr. 1973. p. 26.
DE BONI, Luiz Alberto. A crise do Clero. Correio do Povo, Porto Alegre, 3 abr. 1976. Caderno do Sábado, v. 8, n. 411, p. 12. (Catolicismo
no Brasil após 10 anos de renovação, 5).
autor título nome do
jornal
local data fasc.
especial
v./n. p. série / obs.
GUIMARÃES, Josué.
Portugal: turismo em novas dimensões.
Correio do Povo,
Porto Alegre,
2 mar. 1975.
p. 21.
MONTENEGRO espera 400
mil visitantes no centenário.
Folha da
Tarde,
Porto
Alegre,
18 abr.
1973.
p.
26.
DE BONI, Luiz Alberto.
A crise do Clero. Correio do Povo,
Porto Alegre,
3 abr. 1976.
Caderno do
Sábado,
v. 8, n.
411,
p. 12.
(Catolicismo no Brasil após 10 anos de
renovação, 5).
Documentação eletrônica
FAVRE, Luís. Filosofia popular. Projeto Escola Aberta, Universidade Federal de Viçosa. <http//www.ufv.br>. p. 2. Acesso em 28 jun. 2003.
autor e título programa, credenciamento origem (mail, home-page
e/ou site)
p. data de acesso obs.
FAVRE, Luís. Filosofia popular.
Projeto Escola Aberta, Universidade Federal de Viçosa.
<http//www.ufv.br>. p. 2. Acesso em 28 jun. 2003
38
ANEXO II – REFERÊNCIA (LISTA) BIBLIOGRÁFICA ALFABÉTICA E ABREVIATURAS
Parágrafo referência: tipo menor (Times 10), entrelinha 1 na referência e 1,5 entre as referências. Se há dúvida
sobre o nome certo do autor, intercalar a forma menos usada como remissiva.