Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo ISBN: 978-85-68242-94-0 1223 EIXO TEMÁTICO: ( ) Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Planejamento da Paisagem (X) Saúde, Saneamento e Ambiente Uso de Bioindicador na Análise da Qualidade do Ar: Uma Comparação para a Praça Napoleão Moreira da Silva em Maringá (PR) entre os Anos de 2006 e 2018 Use Of Bioindicator In Air Quality Analysis: A Comparison For The Napoleão Moreira Da Silva Square In Maringá (PR) Between The Years Of 2006 And 2018 Uso De Bioindicador En El Análisis De La Calidad Del Aire: Una Comparación Para La Plaza Napoleão Moreira Da Silva En Maringá (PR) Entre Los Años De 2006 Y 2018 Fernanda Martins Viotto Geógrafa – Universidade Estadual de Maringá [email protected]Lucas César Frediani Sant’ Ana Professor Doutor do Departamento de Geografia da UEM. [email protected]
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Uso de Bioindicador na Análise da Qualidade do Ar: Uma ...
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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo
ISBN: 978-85-68242-94-0
1223
EIXO TEMÁTICO: ( ) Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Planejamento da Paisagem (X) Saúde, Saneamento e Ambiente
Uso de Bioindicador na Análise da Qualidade do Ar: Uma Comparação para a Praça Napoleão Moreira da Silva em Maringá (PR) entre os Anos
de 2006 e 2018
Use Of Bioindicator In Air Quality Analysis: A Comparison For The Napoleão Moreira Da Silva Square In Maringá (PR) Between The Years Of 2006 And 2018
Uso De Bioindicador En El Análisis De La Calidad Del Aire: Una Comparación Para La Plaza
Napoleão Moreira Da Silva En Maringá (PR) Entre Los Años De 2006 Y 2018
Fernanda Martins Viotto Geógrafa – Universidade Estadual de Maringá
Professor Doutor do Departamento de Geografia da UEM. [email protected]
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RESUMO As áreas verdes são fatores primordiais quando o assunto é qualidade de vida e do ar, além da qualidade estética que traz ao município, oferece melhor qualidade a saúde física e mental da população, com isso utilizar bioindicadores netas áreas como fonte de instrumento para qualidade do ar é de devida importância. O presente trabalho apresenta uma análise da Praça Napoleão Moreira da Silva (Maringá – PR), especificamente dos líquens presentes nos troncos das árvores, como bioindicador de qualidade do ar, fazendo uma comparação dos anos de 2006 e 2018. Se utilizou a metodologia de Helmut Troppmair em que a partir da quantificação dos líquens, é possível inferir a qualidade do ar naquela localidade. Os dados obtidos foram estudados tanto na forma de setores, um representando cada rua quanto na praça em geral. Assim foi possível observar que a poluição apresentou diferenças de setores com maior presença de líquens no ano de 2006, porém na média geral os dados em relação a classificação proposta por Troppmair se mantiveram iguais. PALAVRAS-CHAVE: Qualidade do ar. Líquens. Áreas verdes urbanas.
ABSTRACT
Green areas are paramount factors when it comes to quality of life and air, in addition to the aesthetic quality it brings
to the municipality, it offers a better quality of physical and mental health of the population, thus using net
bioindicators areas as source of instrument for quality of the air is of due importance. The present work presents an
analysis of Napoleão Moreira da Silva Square (Maringá - PR), specifically of the lichens present in the trunks of the
trees, as a bioindicator of air quality, comparing the years of 2006 and 2018. If the methodology of Helmut Troppmair
in which from the quantification of lichens, it is possible to infer the quality of the air in that locality. The data obtained
were studied both in the form of sectors, one representing each street as in the square in general. Thus, it was possible
to observe that the pollution presented differences of sectors with greater presence of lichens in the year of 2006,
but in the general average the data in relation to the classification proposed by Troppmair remained the same.
KEYWORDS: Air quality. Lichem. Urban green areas.
RESUMEN
Las áreas verdes son factores primordiales cuando el asunto es calidad de vida y del aire, además de la calidad estética
que trae al municipio, ofrece mejor calidad a la salud física y mental de la población, con eso utilizar bioindicadores
áreas como fuente de instrumento para calidad del producto el aire es de importancia. El presente trabajo presenta
un análisis de la Plaza Napoleón Moreira da Silva (Maringá - PR), específicamente de los líquenes presentes en los
troncos de los árboles, como bioindicador de calidad del aire, haciendo una comparación de los años 2006 y 2018. Se
utilizó la metodología de Helmut Troppmair en que a partir de la cuantificación de los líquenes, es posible inferir la
calidad del aire en aquella localidad. Los datos obtenidos fueron estudiados tanto en forma de sectores, uno
representando cada calle como en la plaza en general. Así fue posible observar que la contaminación presentó
diferencias de sectores con mayor presencia de líquenes en el año 2006, pero en la media general los datos en relación
a la clasificación propuesta por Troppmair se mantuvieron iguales.
PALABRAS CLAVE: Calidad del aire. Líquenes. Áreas verdes urbanas.
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1 Introdução
Atualmente as doenças respiratórias estão sido agravadas pela qualidade do ar não estar
favorável, de acordo com uma reportagem de Ferraz (2014), “em 16 anos, poluição do ar matará
256 mil pessoas no Estado de São Paulo”. Uma forma de se perceber e analisar essa qualidade
do ar é na utilização de bioindicadores como os liquens.
De forma geral monitorar a qualidade do ar nas cidades é de suma importância devido ao
aumento da população urbana, serviços, veículos, que consequentemente aumentam a
quantidade de gases e partículas tóxicas na atmosfera, fazendo com que o ar apresente sua
qualidade comprometida.
O objetivo deste trabalho é a realização de um estudo comparativo comparação da qualidade
do ar da Praça Napoleão Moreira da Silva do ano de 2006 com o artigo de Sant’Ana et al “Analise
da cobertura de líquens na Praça Napoleão Moreira da Silva. Maringá- PR” e no presente ano de
2018, buscando saber se a qualidade do ar decaiu aos longos dos anos, em decorrer de aumento
da poluição, da frota de veículos e de gases emitidos em geral.
Para o desenvolvimento do presente trabalho foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de
campo, onde a bibliográfica buscou conceituar o que são e definir a importância das áreas verdes
para urbanização e para a população que a consome. As pesquisas de campo se deram pela
aplicação da metodologia desenvolvida por Helmut Troppmair (1988) que tem como seu
objetivo medir maior ou menor concentração de poluentes, sua variação espacial e temporal e
explicar as causas ou fontes responsáveis com o uso de bioindicadores
Este trabalho está estruturado desta forma: Na primeira parte, são apresentados os conceitos e
definições em seguida as delimitações da cidade e da área de estudo, trazendo a história e os
usos da Praça ao longo do tempo, logo após se traz com maior descrição a metodologia aplicada
e como foi utilizada e por fim os resultados obtidos através dos campos feitos e comparados
com os do ano de 2006.
A importância que as áreas verdes possuem na área urbana e o conhecimento sobre estas
tornam-se relevantes instrumentos de sua gestão, no caso da área de estudo, é de intenso fluxo
de pessoas daí a importância de se estudar a qualidade do ar nesta praça da área urbana de
Maringá
Com relação a importância dessas áreas à sociedade, De Angelis e Loboda (2005, p.131) definem
[...]que a qualidade da vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores
que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento econômico-social
e aqueles ligados a questão ambiental. No caso do ambiente, as áreas verdes
publicas constituem-se elementos imprescindíveis para o bem estar da
população, pois influencia diretamente a saúde física e mental da população.
Por fim, comparar a qualidade do ar nos anos de 2006 e 2018 para esta localidade possibilita a
instrumentalização do planejamento ambiental voltado a qualidade de vida das pessoas que
consomem este espaço.
De Mattos (2015) diz que com o desenvolvimento dos municípios, fica evidente que se torna
cada vez mais imprescindível o monitoramento da poluição atmosférica, levando em
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consideração estudos e pesquisas que podem contribuir com medidas mitigadoras da poluição
ambiental, e visando uma melhor qualidade de vida da população.
Filho et al 2006, p. 65 diz que
A bioindicação produz um retrato instantâneo de uma determinada situação
ambiental, enquanto que a biomonitoração permite a avaliação de variações
ou tendências na situação ambiental a partir de vários estudos de
bioindicação desenvolvidos no espaço e/ou no tempo. A diferença entre
bioindicação e biomonitoração é, assim, análoga a existente entre uma
fotografia e um filme. [...] O levantamento de liquens realizado sobre mesmas
arvores em qualquer intervalo de tempo, permite estimar a progressão ou
regressão da poluição de certas zonas, acompanhando a evolução da poluição
dentro do espaço do tempo.
A praça estudada possuía o nome de Bosque de Essências. Logo após, pelo primeiro plano
urbanístico, passou a ser a 2º rodoviária funcionando até o final de 1950, quando esta foi
transferida para a Praça Raposo Tavares. Em 1957 pela Lei 32/1957 foi nomeada Praça Napoleão
Moreira da Silva e em 1959 por conta de conflitos entre o Prefeito Américo Dias Ferraz e o
diretor gerente da CMNP, houve o corte de todas as árvores. Com isso a Companhia de
Melhoramento do Norte do Paraná convidou o arquiteto José Augusto Belluci para projetar uma
nova praça, porém apenas no 15º aniversário da cidade é que foi inaugurada com o novo
projeto, quando a CMNP doou a mesma para a Prefeitura. As últimas mudanças foram no ano
de 2014, e a conhecida casa do Papai Noel existindo no local até o ano de 2016.
Por estar situada junta a zona central da cidade de Maringá, tendo grande fluxo de pessoas e
automóveis, passa a sofrer grande influência da urbanização. Atualmente a praça tem grande
uso pela população da terceira idade onde utilizam os bancos com mesas ali existentes para
jogos, tem também alguns comércios como sorveteria, ponto de estacionamento rotativo e de
taxi e banca de jornais e revista, tendo presente um parquinho para crianças e uma academia
para terceira idade.
Parte-se da hipótese que que a qualidade do ar em 2018 esteja inferior a análise do ano de 2006
dado a instalação de outras estruturas nesta área, o aumento da população da cidade e a
realização de eventos deste espaço bem como o aumento da frota de veículos no município.
2 Referencial teórico Segundo Park (1973 apud De Angelis e Loboda, 2005) a cidade não pode ser vista meramente
como um mecanismo físico, e uma construção artificial. Essa é envolvida nos processos vitais
das pessoas que a compõe. É um produto da natureza e particularmente da natureza humana.
No início o verde urbano tinha apenas o interesse de agradar visualmente, passando ao longo
do tempo a ganhar espaço nas zonas urbanas chegando a atualidade onde são essenciais para
qualquer planejamento urbano, refletindo sempre os costumes da sociedade, se tornando ainda
mais importante devido a sua degradação e mal uso.
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Santos (1997 apud De Angelis e Loboda, 2005, p. 130), diz que “o meio ambiente urbano é cada
vez mais um meio artificial, fabricado com restos da natureza primitiva crescentemente
encoberta pelas obras dos homens”.
Para Guzzo (1999 apud De Angelis e Loboda, 2005, p. 133-134), as áreas verdes são três
vantagens principais:
ecológica, estética e social. As contribuições ecológicas ocorrem na medida em que os elementos naturais que compõem esses espaços minimizam tais impactos decorrentes da industrialização. A função estética está pautada, principalmente, no papel de integração entre os espaços construídos e os destinados a circulação. A social está diretamente relacionada a oferta de espaços para o lazer da população.
As áreas verdes para Nucci (2008 apud Londe e Mendes, 2014, p. 265)
são fundamentais na malha urbana, atuando como um indicador de
qualidade de vida, por estarem intimamente ligadas ao lazer e recreação da
população, e por se constituírem em locais de convívio social e de
manifestação da vida comunitária.
Ainda em relação as áreas verdes Londe e Mendes, 2014 trazem que o seu planejamento deve
ser analisado no Plano Diretor, de acordo com os critérios de desenvolvimento e expansão
urbana.
[...]e na qualidade de vida urbana, as áreas verdes além de atribuir melhorias
ao meio ambiente e ao equilíbrio ambiental; contribuem para o
desenvolvimento social e traz benefícios ao bem-estar, a saúde física e
psíquica da população, ao proporcionarem condições de aproximação do
homem com o meio natural, e disporem de condições estruturais que
favoreça a pratica de atividades de recreação e de lazer. (p. 269)
Almeida et al, 2012 diz que a poluição atmosférica no ambiente urbano-industrial é um
problema existente nos últimos séculos, sendo associado, principalmente à queima de
combustíveis fosseis. (...) Entre as milhões de mortes anuais que ocorrem em todo mundo, 800
mil tem como causa em males respiratórios e cardiovasculares originados da poluição
ambiental.
Em relação a qualidade do ar De Mattos (2015) aborda como resultado da interação de um
conjunto de fatores, entre os quais estão presentes: a concentração das emissões, a topografia
e as condições meteorológicas do local, que poderão se favoráveis ou não à dispersão dos
poluentes.
Em entrevista ao Jornal O Estadão Ferraz (2014) diz que
De acordo com projeção inédita do Instituto Saúde e Sustentabilidade,
realizada por pesquisadores da USP. A estimativa prevê que ao menos 25%
das mortes, ou 59 mil, ocorram na capital paulista. Os resultados indicam que,
no atual cenário, a poluição pode matar até seis vezes mais do que a aids ou
três vezes mais do que acidentes de trânsito e câncer de mama. A população
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de risco, ou seja, as pessoas que já sofrem com doenças circulatórias,
respiratórias e do coração, serão as mais afetadas, assim como crianças com
menos de 5 anos que têm infecção nas vias aéreas ou pneumonia.
Segundo Troppmair (1989), o acelerado processo de urbanização urbana e a expansão das
atividades antrópicas contribuem de forma acentuada para a poluição do ar. Esta se caracteriza
pela presença de matérias ou energias que podem prejudicar o uso proveniente estabelecido
para este recurso natural. Estes poluentes são classificados segundo seu estado: sólidos, líquidos
e gasosos. Como o estudo foca na poluição do ar da Praça Napoleão Moreira da Silva o estado
do poluente foi o gasoso.
Troppmair (1989) diz que existem seres vivos, vegetais e animais, que são sensíveis a poluição,
devido isso são utilizados como bioindicadores, onde o seu desenvolvimento, regressão ou
mesmo desaparecimento, sendo importantes para a análise do grau de poluição do ar. As
espécies mais utilizáveis como indicadores são líquens, salsa, manga, soja e outros, sendo os
líquens os mais utilizados.
Honda e Vilegas 1998 dizem que
liquens são organismos simbióticos compostos por um fungo micobionte com
uma ou mais algas fotobionte. [...] Nos liquens, as algas constituem, com raras
exceções, uma parte muito pequena do talo variando entre 5-10% da massa
ou volume e são completamente envolvidas pelos tecidos do fungo nos talos.
Portanto, toda a organização do talo liquênico se deve ao fungo. As algas
podem, ou não, estar restritas a uma camada especial do talo e
responsabilizam-se totalmente pela fotossíntese. [...] A presença de liquens
nos mais variados habitats e micro-habitats depende da disponibilidade de
fatores físicos e climáticos que proporcionem as condições necessárias para
seu desenvolvimento. Dessa forma, cada região pode apresentar uma
comunidade liquênica com componentes específicos próprios em resposta às
condições ambientais. (p. 110)
Filho et al 2006, traz que os liquens em sua formação, apresentam vários tipos de talo, onde
cada um tem um “habito” diferente na casca da árvore. Os quatro principais são: Crustáceo,
sendo os mais resistentes a poluição, Fruticoso, os mais sensíveis, chegando a desaparecer onde
a poluição é elevada, Filamentoso e Dimórfico. No caso dos Crustáceos existem sub tipos, sendo