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1CONHECIMENTOS ESPECFICOSUrgncia e Emergncia
Prof.: Jean Naves
EMERGNCIAS
So situaes que apresentem alterao do estado de sade, com risco
iminente de vida. O tempo para reso-luo extremamente curto,
normalmente quantificado em minutos.
Configuram-se como emergncia: perda de consci-ncia sem
recuperao; dificuldade respiratria de forma aguda acompanhada de
cianose; chiado; dor intensa sbita no peito acompanhada de suor
frio; falta de ar e vmitos; dificuldade de movimentao ou de fala
repentina; grande hemorragia; quadro alrgico grave com placas
vermelhas; tosse; falta de ar; edema; movimentos descoordenados em
todo o corpo ou parte dele acompanhado de desvio dos olhos; repuxo
da boca com sialorreia; aumento sbito da presso arterial,
acompanhado de dores de cabea de forte intensidade; acidentes
domsticos graves com fraturas e impossibilidade de locomoo do
enfermo; queda de gran-des alturas; choque eltrico; afogamentos e
intoxicaes graves.
URGNCIAS So situaes que apresentem alterao do estado
de sade, porm sem risco iminente de vida, e que, por sua
gravidade, desconforto ou dor, requerem atendimento mdico com a
maior brevidade possvel. O tempo para reso-luo pode variar de
algumas horas at um mximo de 24 horas.
Configuram-se como urgncia: dores de cabea sbi-tas de forte
intensidade, no habituais e que no cedem aos medicamentos
rotineiros; dor lombar sbita muito intensa acompanhada de nuseas,
vmitos e alteraes urinrias; febre elevada em crianas de causa no
identificada.
Corrente da Sobrevida do Adulto
Corrente da Sobrevida em Pediatria
Parada Cardiorrespiratria (PCR)
Casos de parada cardiorrespiratria so as maiores ocorrncias em
emergncias: 80% dos bitos fora do hos-pital: 2% sobrevivem; 40%
sobrevivem se atendidos; 65% das mortes so sbitas (fora do hospital
e 2 horas aps incio dos sintomas). Em 4, a parada
cardiorrespiratria pode causar leso cerebral; em 45, midrase.
H cessao brusca e inesperada da atividade mec-nica ventricular
til e suficiente e cessao da respirao.
A parada cardaca seguida rapidamente pela perda da conscincia e
parada respiratria. Quando a parada res-piratria acontece antes da
parada cardaca, os batimentos cardacos so detectveis at 30 minutos
depois. neces-sria rpida interveno!
Causas Primrias: Problemas do prprio corao isquemia, arritmias
(90% = FV).
Causas Secundrias: Problemas respiratrios (obstru-o), causas,
externas (drogas, afogamento etc), AVC.
Causas da PCR: Mantm-se a lista de 5Hs e 5Ts:
Os 5Hs: Hipxia; Hipovolmica; Hipercalemia (hipocalemia,
hipocalcemia); Hipotermia; Hidrognio (acidose).
Os 5Ts: Tenso trax: Pneumotrax hipertensivo; Tamponamento
cardaco; Tromboembolismo pulmonar; Tromboembolismo coronariano;
Toxinas ou iatrogenia medicamentosa.
Leso cerebral aps parada cardaca: 10s perda da conscincia; 4min
acabam as reservas de glicose; 6min depleo severa de ATP e comea o
dano
celular; 16min morte cerebral completa.
O atendimento deve ser iniciado em 3 minutos
Finalidades: Irrigao imediata dos rgos vitais com sangue
oxigenado, por meio das tcnicas de ventilao pul-monar e circulao
artificial; restabelecimento dos batimen-tos cardacos.
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2Parada Cardiorrespiratria: BLS 2010\AHA
C Circulao.A Abertura de vias areas.B Respirao. *D
Desfibrilao.
*Desfibrilao: procedimento de emergncia que con-siste na aplicao
de um choque no sincronizado de cor-rente eltrica ao trax (FV ou TV
sem pulso).
A RCP com compresses e ventilaes permanece o mtodo ideal de
manuteno do fluxo sanguneo at a che-gada do socorro
especializado.
Caso no seja capaz de realizar a respirao boca a boca numa
vtima, chamar primeiro, abrir VA e realizar com-presses torcicas,
ao mnimo 100/min.
Desfibrilao precoce 4 (50% de sobrevida, 1% sem a
desfibrilao).
Cada minuto em PCR reduz 10% da sobrevida!
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais uma
vez, a necessidade de uma RCP de alta quali-dade,
Incluindo: Frequncia de compresso mnima de 100/minuto
(em vez de aproximadamente 100/minuto, como era antes).
Profundidade de compresso mnima de 2 polega-das (5cm), em
adultos, e de, no mnimo, um tero do dimetro anteroposterior do
trax, em bebs e crianas (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em
bebs e 2 polegadas [5 cm] em crianas).
Retorno total do trax aps cada compresso. Minimizao das
interrupes nas compresses
torcicas. Evitar excesso de ventilao.
Cadeia de Sobrevivncia de ACE Adulto da AHA
Os elos na nova Cadeia de Sobrevivncia de ACE Adulto da AHA
so:
1) Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do servio de
emergncia/urgncia;
2) RCP precoce, com nfase nas compresses torcicas;3) Rpida
desfibrilao;4) Suporte avanado de vida eficaz;5) Cuidados ps-PCR
integrados.
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3POLITRAUMA
O trauma hoje res-ponsvel por mais de 90 mil mortes anuais,
deixa mais de 200 mil vtimas seque-ladas por ano e consome mais
anos de vida til que as doenas cardiovascula-
res e o cncer. Constitui a segunda causa geral de morte e abaixo
de 45 anos de vida a primeira causa de morte no Brasil, permitindo
ser considerada uma doena de grande importncia nos mbitos poltico,
econmico e social. Implica ainda em custos diretos e indiretos de
bilhes de reais para o pas.
O atendimento ao trauma uma funo de equipe, que deve ser
realizada dentro de um sistema organizado, requer uma avaliao rpida
e sistemtica das leses, com de medidas teraputicas. O American
College of Surge-ons identificou nove componentes de um sistema
para dar suporte ao trauma, sendo quatro componentes do paciente e
cinco componentes sociais. O acesso assistncia, assistncia
pr-hospitalar, assistncia hospitalar e reabili-tao compem os
componentes do paciente, enquanto os sociais so: a preveno,
assistncia mdica em desastre, educao, pesquisa e apoio
financeiro.
Para favorecer a assistncia apropriada e em tempo hbil ao
paciente vtima de trauma, os componentes do paciente foram
subdivididos em oito elos, os que envolvem a assistncia
pr-hospitalar e a assistncia hospitalar.
HOSPITALAR1) Atendimento de emergncia ressuscitao ade-
quada pela equipe especializada em tempo hbil;2) Sala de operao
aceso prioritrio para interven-
o;3) Atendimento crtico acesso prioritrio unidade
crtica;4) Reabilitao dispositivos apropriados aos progra-
mas de reabilitao.
AVALIAO E ATENDIMENTO
As vtimas so avaliadas e as prioridades do tratamento
estabelecidas com base nas leses e grau de estabilidade dos sinais
vitais. Deve ser criada uma sequncia lgica de prioridades de
tratamento, estabelecida com base na avalia-o geral do paciente em
qualquer emergncia que envolva uma leso crtica. A avaliao deve ser
rpida, eficaz e deve abranger todas as funes vitais bsicas da
vtima. O trata-mento da vtima de trauma deve consistir de uma
avaliao primria (rpida), estabelecimento das funes vitais, uma
avaliao secundria mais detalhada e finalmente o incio do cuidado
definitivo.
A avaliao primria consiste na inspeo primria rpida (no mximo, 30
segundos), em que se deve ter uma viso sistmica e geral do
paciente, considerando aparn-cia, comportamento e mobilizao,
seguindo a sequncia correta de avaliao.
Para esta avaliao deve-se seguir a regra do ABCDE, que consiste
no seguinte:
A. Vias AreasB. RespiraoC. Circulao + Controle de hemorragia.D.
Avaliao Neurolgica (ECG).E. Exposio
Avaliao Primria
Vias Areas
As vias areas devem ser ava-liadas para assegurar sua
permeabi-lidade. Podemos para tentativas de manter as vias areas
permeveis rea-lizar a simples limpeza da via area (retirar corpos
estranhos) ou usar a manobra de chin lift e jaw thurst. Uma ateno
especial direcionada para a existncia potencial de leso da coluna
cervical durante e aps a permeabiliza-o das vias areas, isso porque
uma fratura sem danos estruturais a medula ou neurolgicos pode ser
convertida para uma fratura com leso neurolgica. Nunca, em trauma,
se deve realizar a hiperextenso da cabea e do pescoo da vtima
durante o estabelecimento e/ou manuteno das vias areas.
Respirao
Dever ser exposto o trax para avaliao adequada de expanso e
troca ventilatria. A permeabilidade das vias areas no assegura uma
respirao adequada. A troca de ar
adequada deve estar presente para promover uma oxigena-o
suficiente. As trs condies que precisam ser avaliadas durante a
inspeo primria e as que mais frequentemente comprometem a ventilao
incluem: o pneumotrax, o pneu-motrax aberto e grande ferimento no
trax com contuso pulmonar.
Circulao
O pulso da vtima deve ser avaliado quanto amplitude, frequncia e
regularidade. Um pulso radial forte em condio normal para a idade
um sinal positivo que indica um volume de circulao adequada. Um
mtodo fcil e rpido para a avaliao o teste do enchi-mento capilar /
perfuso sangunea perifrica. Em caso de vtimas normovolmicas, a
colorao retoma a normalidade em dois segundos.
A hemorragia deve ser identificada e controlada na avaliao
primria, pois a rpida perda de sangue pode ser controlada por
presso direta, elevao e compresso de pontos de presso prximos.
Outro artifcio que tambm pode ser utilizado na conteno das
hemorragias so as calas pneumticas.
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4Avaliao Neurolgica
Uma rpida avaliao neurolgica deve ser efetuada durante a
primeira abordagem, devendo ser estabelecido o nvel de conscincia
das vtimas, assim como o tamanho e a reao da pupila. Um mtodo muito
utilizado, rpido e eficaz para descrever o nvel de consci-ncia o
AVDU, que consiste em:
A Alerta;V Resposta ao estmulo Verbal;D Resposta ao estmulo
Doloroso;U Sem reao.
Alteraes na avaliao neurolgica primria podem estar diretamente
ligadas a alteraes da presso intracra-niana.
Exposio
A exposio do paciente se faz necessria para uma avalia-o mais
completa, cuidadosa e detalhada das possveis leses, nunca se
esquecendo do cuidado com a hipotermia relacionada a roupas
molhadas e ao tempo frio.
Aps o termino da avaliao primria e a estabiliza-o das causas de
morte iminente, d-se inicio a avaliao secundria, que consiste numa
avaliao mais aprofundada, mais criteriosa e mais completa,
obedecendo a uma sequ-ncia cefalocaudal, em que o esprito de equipe
deve estar presente orientando as aes.
Avaliao SecundriaA Vias AreasB RespiraoC CirculaoD Avaliao
NeurolgicaE Exposio
HistriaPara a avaliao da histria pregressa pertinente
a vtima, usa-se um mtodo rpido, objetivo e eficiente, AMPLE ou
AMPLA:
A AlergiasM Medicaes sendo usadas pela vtimaP Doenas passadasL
ltima refeioE Eventos que precederam a leso / ambiente.
TRAUMA CRANIOENCEFLICO
Os traumatismos cranioenceflico esto entre as cats-trofes mais
devastadoras e letais em seres humanos. De todos os casos de TCE
nos EUA, 49% so causados por acidentes automobilsticos, e as quedas
foram a segunda causa mais comum. Foi constatado que o TCE mais
fre-quente na faixa etria entre 15 a 24 anos e ocorre duas vezes
mais em homens que em mulheres.
O socorrista est em uma posio central para com-preender as
alteraes psicolgicas e fisiolgicas das vti-mas com TCE, na
colaborao com os outros membros da equipe para os cuidados, condio
patolgica e consequn-cias desta vtima.
Definio: qualquer agresso que acarrete leso ana-tmica ou
comprometimento funcional do couro cabeludo, crnio, meninges ou
encfalo.
Exame Neurolgico Primrio
1) Nvel de conscincia (ECG)
2) Avaliao da funo pupilar
ESCALA DE COMA DE GLASGOWAbertura Ocular: Resposta Verbal:
Resposta Motora:
(4) Espontnea(3) fala(2) dor(1) Ausncia de res-posta
ECG:__________
(5) Orientada (4) Conversao confusa(3) Palavras inapropriadas(2)
Sons distorcidos(1) Ausncia de resposta
(6) Obedece aos comandos(5) Localiza estmulos(4) Afastamento de
estmulo(3) Flexo anormal (decorti-cao)(2) Extenso anormal
(des-cerebrao)(1) Ausncia de resposta
Pontuao total: de 3 a 153 = Coma profundo; (85% de probabilidade
de morte;
estado vegetativo)4 = Coma profundo;7 = Coma intermedirio;11 =
Coma superficial;15 = Normalidade.
LESES
Fratura do crnio. Concusso cerebral. Contuso cerebral. Hematoma
epidural. Hematoma subdural. Hematoma intracerebral.
Tratamento de Emergncia
O tratamento de emergncia para o TCE visa principalmente evitar
a leso secundria por meio de: manuteno adequada do metabolismo
cerebral; e preveno e tratamento da hipertenso intracraniana
(HIC).
Manuteno do Metabolismo Cerebral oxignio e glicose.Preveno e
tratamento da HIC.
TRAUMA TORCICO
Trauma so leses de foras aplicadas contra o corpo, variam
conforme o tipo do objeto, a velocidade do objeto e o tipo da
estrutura do tecido lesado. Os traumas torcicos so leses graves
devido capacidade de levar morte, pois, na cavidade torcica que
encontrar-se dois rgos vitais (corao e pulmo), alm de veias e
artrias calibrosas, es-fago, traqueia, entre outras estruturas
importantes.
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5Diversas so as possibilidades de leses associadas ao trauma
torcico, sendo a hipxia relacionada obstru-o mecnica das vias
areas, hipovolemia (hemorragia), alterao na presso intratorcica,
alterao na relao ven-tilao perfuso. Na avaliao de uma vtima de
trauma de trax deve-se seguir o A, B, C D, E durante o exame fsico
do trax fazer:
Inspeo: pesquisar sinais de trauma, escoriaes, hematomas,
afundamentos e assimetria de movi-mentos respiratrios.
Palpao: pesquisa de dor, crepitao ssea, pre-sena de enfisema
subcutneo.
Percusso: verificar presena de hipertimpanismo. Ausculta:
pesquisar ausncia de murmrio vesicu-
lar.
As principais e mais frequentes leses torcicas so: pneumotrax
hipertensivo, pneumotrax aberto, hemotrax, tamponamento cardaco e
trax instvel. Apresentam-se tambm relacionado ao trax as condies
potencialmente fatais: contuso miocrdica; contuso pulmonar; trauma
de grandes vasos; rotura diafragmtica; leses de traqueia, brnquios
e esfago.
TRAUMA RAQUIMEDULAR
Anualmente h entre 8.000 a 10.000 TRM nos EUA. Mais comum em
adultos jovens e homens. Quase 50% est relacionada a acidentes
automobilsticos seguidos das quedas, violncia e por ltimo os
esportes.
A preveno primria tem sido discutida atravs de ten-tativas de
modificar o comportamento de alto risco que pode resultar em um
TRM.
A preveno secundria tem por objetivo reduzir a gravidade da leso
uma vez ocorrida. A maioria das leses ocorre no momento do
acidente, outras podem decorrer de movimento dessa coluna instvel
causando compresso adiciona ou leso direta da medula espinhal. de
importn-cia vital que a equipe de resgate seja preparada para esse
tipo de manipulao.
Suspeita-se sempre de TRM quando abordarmos vti-mas de TEC,
traumas de face, trauma supraclavicular, quedas ou traumas mltiplos
independente das causas.
Alguns achados clnicos podem estar presentes na constatao do TRM
como: movimentos dos membros pre-judicados; resposta a dor somente
acima do nvel da leso; atonia de esfncteres e sudorese, alm de dor,
crepitaes, deformidades edema e desvio da posio da cabea e
tra-queia.
Avaliao Geral
O atendimento se d com objetivo de imobilizar a viti-mada cabea,
pescoo, tronco e pelve. Utilizar para isso, colares, pranchas,
talas e tcnicas de rolamento que promo-vam segurana coluna da
vtima.
TRAUMA DE EXTREMIDADES
Traumas de extremidades raramente apresentam causa de morte,
quando isolados. Porm quando combi-nados a outras leses como
esmagamentos, amputaes traumticas proximais, podem provocar
incapacidade ou at mesmo a morte da vtima.
No atendimento inicial, considerar que: acidentes
automobilsticos como impacto frontal podem causar leses de joelho,
quadril, punho e cotovelo; impactos laterais podem causar, fratura
de pelve e acetbulo; ejeo do ve-culo pode causar fraturas mltiplas
alm de leses internas; acidentes motociclsticos podem causar
fraturas de fmur e punhos; quedas esto relacionadas a fraturas de
calcneo, tbia, fbula, joelho, fmur e pelve. Nesse aspecto deve-se
observar hemorragias profusas e perfuso do membro.
importante a realizao da inspeo e palpao pes-quisando dor local,
crepitao ssea, edemas, hematomas, equimoses, escoriaes,
assimetrias, ferimentos e avalia-o da pele. Observar pulso distal,
sensibilidade e perfuso perifrica alm de classific-las (aberta ou
fechada, com-pleta ou incompleta).
Algumas fraturas implicam em risco de morte como as fraturas
plvicas com leses abdominais, as amputa-es traumticas, os
esmagamentos, as fraturas expostas de ossos longos e as fraturas
com ferimentos associados potencialmente contaminados.
Outras faturas implicam em risco potencial apenas para o membro
afetado como as leses vasculares associadas, os esmagamentos, as
luxaes, a sndrome compartimental e as leses nervosas.
Atentar sempre para: Hemorragias. Instabilidade steo-articular.
Leso de partes moles. Amputaes.
Classificao dos Ferimentos
Profundidade: superficiais; profundos.Complexidade: simples;
complicado.Contaminao: limpo; contaminado.Natureza do agente
agressor: agentes fsicos; agen-
tes qumicos.Conduta Geral: lavar com soro fisiolgico; cobrir
com
compressa ou pano limpo; controlar hemorragia; imobiliza-o. No
retirar o objeto; imobilizar objeto.
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6IMPORTANTE No movimentar a vtima com fraturas antes de
imobiliz-las adequadamente; Em fraturas de ossos longos, execute
manobras de
alinhamento antes de imobiliz-los; Examine a sensibilidade e os
pulsos perifricos antes e
depois de alinhar; Imobilizar uma articulao abaixo e uma acima a
leso; As talas devem ser ajustadas e no apertadas.
A imobilizao adequada imprescindvel no prognstico da vtima.
TRAUMA ABDOMINAL
No diferente do trauma de trax, o trauma abdomi-nal deve ser
visto com a mesma importncia e seguindo as mesmas normas de avaliao
e atendimento. Tem-se a clas-sificao dessas leses divididas em:
fechadas e abertas ou penetrantes. Deve-se relacionar no
atendimento as leses abdominais, os rgos (diafragma, fgado,
pncreas, trato geniturinrio, intestino delgado) e regio abdominal
envol-vida (cavidade abdominal, regio superior, regio inferior,
retroperitnio, pelve).
H uma diferena importante durante o exame fsico do abdome. Para
que os rudos hidroareos no sofram alteraes deve-se realizar a
ausculta abdominal anterior a percusso e palpao. Durante o
atendimento, seguindo o ABCDE, d-se uma nfase ao item C, devido
grande capa-cidade de hemorragia interna. Portanto aps a adequada
oxigenao da vtima, puncionar dois acessos venosos cali-brosos, de
preferncia em veias perifricas.
Queimaduras
A pele a nossa barreira natural de proteo contra os mais
variados agentes agressores como, microorganismos, agentes fsicos e
qumicos. Alm disso, a pele o rgo mais extenso do corpo humano e
muito importante no con-trole da temperatura e reteno de
lquidos.
A definio de queimadura bem ampla, porm, basi-camente, a leso
causada pela ao direta ou indireta
produzida por temperaturas externas ao corpo. A sua manifestao
varia desde um pequeno eritema at formas mais graves capazes de
desencadear respostas sistmicas proporcionais gravidade da leso e
sua respectiva exten-so.
As queimaduras so classificadas de acordo com:
1) o agente causal;
2) a profundidade;3) a extenso (rea corprea atingida).
De acordo com o agente causal:a. trmica (calor, lquidos quentes,
objetos aquecidos
e vapor);b. qumica (cidos e bases);c. eltrica (raios e corrente
eltrica);d. radiao (radiao nuclear);e. atrito (atrito com outra
superfcie);f. luz (raios UV sol).
De acordo com a profundidade:a. primeiro grau (atinge somente
epiderme, observa-
-se hiperemia, edema e ardor local;b. segundo grau (atinge
epiderme e derme, presen-
a de flictenas, dor local intensa, hiperemia e ede-ma local;
c. terceiro grau (atinge todas as camadas da pele, podendo
estender-se a msculos e ossos, apre-senta-se com uma colorao escura
ou esbranqui-ada, uma leso seca, dura e indolor.
A segurana primordial no incio do atendimento.
Importante averiguar os seguintes aspectos: presena de fogo;
objetos ou construes desabando; presena de elementos qumicos que
ofeream
risco.
Deve-se ter em mente que todo queimado deve ser tratado como um
politraumatizado.
a. Abertura das vias areas e controle da coluna cervical
No paciente queimado, uma rpida obstruo das vias areas pode se
estabelecer pelo edema, as-sim, a monitorao deve ser severa.
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7b. (Breathing) Ventilao Se possvel, o uso do oxignio indicado.
As al-
teraes respiratrias ocorrem quando a chegada de substncias
indesejadas no sangue geram hi-pxia. Nos casos de exploses traumas
podem ser adicionados. Nas queimaduras eltricas a parada
respiratria pode instalar-se aps a passagem da corrente eltrica. As
queimaduras torcicas podem gerar restries expansibilidade
torcica.
c. Circulao e controle das grandes hemorragias
Avaliar a circulao geral, atentar para arritmias geradas pela
intoxicao por CO, possvel choque se houver perda sangunea.
d. (Disability) Incapacidades Avaliao neurolgica principalmente
nas vitimas
de descargas eltricas, onde geralmente apresen-tam convulses e
alteraes no nvel de conscin-cia.
e. Exposio e controle da perda de calor
No retirar roupas ou objetos aderidos a pele quei-mada, isso
aumenta a rea exposta, favorecendo infeco, dor e perdas volmicas.
Jamais esque-cer de proteger a vtima contra a perda de calor, a
hipotermia um problema que pode surgir, usar cobertor
(aluminizado).
Queimaduras Trmicas
IMPORTANTE
No tente salvar algum preso em um lugar com fogo se no tiver
treinamento para faz-lo: certifique-se que o perigo tenha passado;
queimadura por piche resfriar a rea com gua e no tentar
remover o produto; no aplicar unguentos em qualquer queimadura;
usar luvas no manuseio.
Queimaduras menores, superficiais ou pouco profun-das,
envolvendo pequenas pores do corpo sem danos para o sistema
respiratrio, face, mos, ps, virilha, coxas ou articulaes:
chamar socorro especializado; resfriar a rea queimada
imediatamente (gua); envolver queimadura com curativo frouxo,
estril ou
limpo.
Queimaduras maiores:Inicialmente deter o processo da leso (se
for fogo na
roupa, usar a tcnica do PARE, DEITE e ROLE). estancar o processo
de destruio trmica; chamar socorro especializado; manter vias areas
permeveis; cobrir totalmente a queimadura.
Inalao da fumaa outro problema que pode surgir junto com a vtima
de queimadura a inalao de fumaa e possvel queimadura de via area
superior. Suspeitar dessa situao quando houver: queimadura de face;
sobrance-lhas queimadas; pelos nasais queimados; escarro
carbo-nceo; lbios inchados; rouquido; acidentes em espaos
confinados.
Nesses casos: retirar a vtima do ambiente; mant-la em local
arejado e ventilado; aquec-la; se inconsciente, verificar CABD e
colocar em posi-
o de conforto.
Queimaduras qumicas alertar o resgate; lavar o local
abundantemente com gua (exceto em
cal seca soda custica); remover roupas, adornos e fazer curativo
limpo; observar choque e transtornos respiratrios; atentar para a
dor; Se a leso for nos olhos, lav-los bem (mnimo 15
minutos) com gua corrente e depois cobrir com curativo mido
estril. Voltar a umedecer o curativo a cada 5 minutos.
Queimaduras eltricas alertar o servio especializado de resgate;
em geral o local do acidente perigoso, as vtimas
tm alm dos problemas do choque eltrico, quei-maduras, ataques
cardacos, danos aos Sistema Nervoso, traumas a rgos internos,
fraturas e outras. Assim, observe a vtima como um todo, no somente
as queimaduras CAB;
Identificar o local das queimaduras (no mnimo dois pontos: um de
entrada e um de sada da fonte de energia);
certificar do local seguro; fazer: ABCDE; avaliar queimadura;
aplicar curativos secos.
E X E R C C I O S
1. Sobre o uso do desfibrilador: a. Deve-se desfibrilar sempre
os seguintes pacientes:
gestantes, vtimas na gua, lactentes e crianas com qualquer
tamanho de p.
b. As ps so posicionadas sempre na altura da sub-clave e da
regio abdominal.
c. Durante uma RCP o uso do desfibrilador sempre seguido de uma
cardioverso.
d. Uma vtima de PCR com um marca-passo nunca deve ser
desfibrilada .
e. Todas as alternativas acima esto corretas. f. Todas as
alternativas acima esto incorretas.
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82. Marque o item correto com um X nos seguintes itens:
Em um atendimento a uma PCR usamos o desfibrila-dor para as
seguintes arritmias:a. Taquicardia ventricular, atividade eltrica
sem pul-
so e fibrilao ventricular .b. Assistolia e fibrilao
ventricular.c. Todas as alternativas esto corretas.d. Taquicardia
ventricular sem pulso e fibrilao ven-
tricular.e. Taquicardia ventricular e fibrilao ventricular.f.
Taquicardia ventricular com pulso e fibrilao ven-
tricular.
3. Marque o item correto:Sobre RCP e suas aplicaes:a.
Profundidade esternal ideal no adulto: 2 a 5 cm,
braos em ngulo de 90 graus e mos sobrepos-tas.
b. s vezes profundidade esternal ideal no adulto: 1\2 a 1\3 cm,
braos em ngulo de 90 graus e mos sobrepostas.
c. Profundidade esternal ideal no adulto: mnimo de 5 cm(2
polegadas), braos em ngulo de 90 graus e mos sobrepostas.
d. ngulo de 60 a 90 graus, profundidade esternal de 4 a 5 cm no
adulto e se houver marca-passo reali-zar compresses torcicas sempre
4,5 cm abaixo deste.
4. Correlacione a primeira com a segunda coluna e mar-que o item
correto:
(1) Fase eltrica. ( ) R.C.P. e medicao.
(2) Fase metablica.( ) A-B-C-D \ C-A-B-D (SBV 2.010)
(3) SBV. ( ) R.C.P .
(4) Fase circulatria..( ) Dor prolongada, sensao de morte.
(5) I.A.M. ( ) Desfibrilao.
a. 1-3-4-5-2.b. 5-4-3-1-2.c. 2-3-4-5-1.d. 1-4-3-5-2.e.
1-2-3-5-4.
5. Marque a alternativa correta de acordo com a arritmia a
seguir e apresente os devidos tratamentos, se hou-ver:
5.1a. ( ) Fibrilao Ventricular.b. ( ) Taquicardia Ventricular
sem pulso.c. ( ) Taquicardia sinusal.d. ( ) Bradcardia sinusal.
Tratamento:
5.2a) ( ) Fibrilao Ventricular.b) ( ) Taquicardia Ventricular.c)
( ) Bradicardia sinusal.d) ( ) Extra-sstole.
Tratamento:
5.3a. ( ) Fibrilao Ventricular.b. ( ) Taquicardia Ventricular.c.
( ) Assistolia.d. ( ) Bradicardia sinusal.
Tratamento:
5.4a. ( ) Fibrilao Ventricular.b. ( ) Taquicardia Ventricular
sem pulsoc. ( ) Taquicardia sinusal.d. ( ) Bradicardia sinusal.
Tratamento:
6. Em relao aos traumas de extremidades, marque a opo correta
com um X:( ) Realizar o A-B-C-D do suporte bsico de vida.( )
Classificao dos ferimentos: complexidade, pro-
fundidade, contaminao e agente fsico.( ) Conduta geral: soro
fisiolgico, compressa limpa,
controlar a hemorragia, imobilizar, transporte r-pido e depois
alinhar.
( ) Sinais e sintomas, dentre vrios podem ocorrer: dor,
deformidade e crepitao ssea.
( ) Fraturas: completa, fechada, aberta e exposta.
a. F,V,F,V,Vb. b) V,F,F,V,F.c. c) F,F,F,V,V.d. d) F-F-F-V-Fe. e)
F,V,F,V,F.
7. Sobre trauma torcico marque a resposta correta nos seguintes
itens:a. Trauma fechado (contuso),trauma aberto (feri-
mento): penetrante, no penetrante acompanhado de cianose,
midrase, perfuso lentificada, leso corto-contusa.
b. Hipxia: hipovolemia (hemorragia), obstruo me-cnica das vias
areas, alterao na presso intra-torcica, alterao na relao ventilao
perfuso.
c. Hipxia: hipovolemia (hemorragia), obstruo me-cnica das vias
areas, nistagmo, alterao na presso intratorcica, alterao na relao
ventila-o perfuso.
-
9d. Trauma fechado (contuso), trauma aberto (feri-mento):
penetrante, no penetrante acompanhado de cianose, midrase, perfuso
lentificada,leso ce-rebral e leso corto-contusa.
e. Hipxia: hipovolemia (hemorragia), obstruo me-cnica das vias
areas, nistagmo, alterao na presso extratorcica, alterao na relao
venti-lao perfuso.
8. De acordo com o Suporte Bsico de Vida ( 2010) mar-que a
alternativa correta:a. A RCP com compresses e ventilaes
permanece
o mtodo ideal de manuteno do fluxo sanguneo at a sada do Socorro
Especializado, caso no seja capaz de realizar a respirao boca a
boca numa vtima, chamar primeiro, abrir VAS e realizar compresses
torcicas 100/min;
b. Adulto 1 ou 2 socorristas: 30 X 2 em 5 ciclos e criana e
lactente 1 ou 2 socorristas: 15 X 2 em aproximadamente 10
ciclos.
c. Tanto no adulto quanto na criana realizar, com 1 socorrista,
30 compresses torcicas para 2 venti-laes em 5 ciclos ou 2 minutos,
j se forem 2 so-corristas a sequncia seria a mesma independente do
nmero de socorristas.
d. A RCP com compresses e ventilaes permanece o mtodo ideal de
manuteno do fluxo sanguneo at a chegada do Socorro Especializado,
caso no seja capaz de realizar a respirao boca a boca numa vtima,
chamar primeiro, abrir VAS e realizar compresses torcicas 100/min e
realizar 2 ven-tilaes de resgate.
e. Todas as alternativas esto incorretas.
9. Assinale a alternativa correta:Sobre traumatismo craniano e
trauma-raquimedular responda:a. So sinais de mau prognstico para
trauma-raqui-
medular: paraplegia, priaprismo, creptao ssea e mobilidade.
b. Uma vtima de TCE apresenta como possveis sequelas, apenas,
hematomas: epidural, intracere-bral e frontobasal.
c. Durante o tratamento de uma vtima com trauma--raquimedular so
executados ,entre outros, ABC-DE, O2, colar Cervical, ventilao
assistida, tratar as leses que ameaam a vida e imobilizar
ade-quadamente.
d. Em um atendimento a uma vtima de suspeita de trauma o
socorrista nmero 1 sempre ir ficar res-ponsvel pela cabea e membros
inferiores.
e. Toda vtima com suspeita de leso de base de cr-nio pode ser
sondada tanto com sonda nasogstri-ca quanto com nasoentrica.
G A B A R I T O
1. F.2. D.3. C.4. C.5.
5.1 B desfibrilao e rcp. 5.2 C. 5.3 C rcp e medicaes. 5.4 C.
6. D.7. B.8. E.9. C.