UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Evandro Luiz Nalepa ANALISE DOS ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA DO MOVIMENTO DO TOQUE E DA MANCHETE NO VOLEIBOL CURITIBA 2007 SETORIAL SCHAFFER
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Evandro Luiz Nalepa
ANALISE DOS ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA DO
MOVIMENTO DO TOQUE E DA MANCHETE NO VOLEIBOL
CURITIBA
2007
SETORIALSCHAFFER
ANALISE DOS ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA DO
MOVIMENTO DO TOQUE E DA MANCHETE NO VOLEIBOL
CURITIBA
2007
Evandro Luiz Nalepa
ANALISE DOS ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA DO
MOVIMENTO DO TOQUE E DA MANCHETE NO VOLEIBOL
Trabalho de conclusilo de curso
apresentado ao curso de Educa~ao Fisica
da Faculdade de Ci~ncias Biol6gicas e da
Saude da Universidade Tuiuti do Parana,
como requisito parcial para a obten~ao do
titulo de licenciado em Educagao Fisica.
Orientador: Alessandra Oal Lin
Nadolny.
CURITIBA
2007
TERMO DE APROVAC;Ao
Evandro Luiz Nalepa
ANALISE DOS ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA DO
MOVIMENTO DO TOQUE E DA MANCHETE NO VOLEIBOL
Este trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para a obten~ao do
titulo de Licenciado em Educa~ao Fisica do curso de Educa~ao Fisica da Universidade
Tuiuti do Parana.
Curitiba, 22 de novembro de 2007.
Faculdade de Ciencias Biol6gicas e de Saude
Curso de Educayao Fisica
Universidade Tuiuti do Parana
Orientador: Professora Mestre Alessandra Dal Lin Nadolny
Universidade Tuiuti do Parana
Professor Mestre Eduardo Mendonya Scheeren
Universidade Tuiuti do Parana
Professora Mestre Eliane Regina Wos
Universidade Tuiuti do Parana
Agradecimentos
Aos meus pais, Silvestre Nalepa e Leocadia Nalepa, pela ajuda nesses
anos de faculdade.
Agrade90 a Professora Mestre Alessandra Dal Lin Nadolny, pela
orienta9ao desta pesquisa.
A todos que realizaram os testes do meu trabalho.
Agrade90 a Deus por tudo.
Obrigado a todos.
SUMARIO
1 INTRODU<;;Ao 5
2 FUNDAMENT A<;;Ao TEORICA 7
2.1 APRENDIZAGEM MOTORA
2.2 ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA
2.2.1 Estagios de Gentile ..
...... 7
.... 7
. 7
. 8
.9
. ..... 9
.... 13
2.2.2 Estagios de Newell .
2.2.3 Estagios de Adams ..
2.2.4 Estagios de Fitts e Posner .
2.3 FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR
2.4 FASE MOTORA ESPECIALIZADA (Galla hue & ozmun, 2001) .... 13
2.4.1 Estagio transit6rio
2.4.2 Estagio de aplica9ao.
2.4.3 Estagio de utiliza9ao permanente
.. 14
.... 14
.... 15
... 16
... 17
... 17
... 18
. 18
... 19
2.5 Hist6rico do voleibol .
2.6 Fundamentos
2.6.1 Saque ...
2.6.2 Bloqueio ..
2.6.3 Toque ..
2.6.4 Manchete .
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 20
4 Resultados E Discussao 22
4.1 identifica9ao dos estagios . ...... 22
4.2 compara9ao entre todos os estudantes no toque e manchete. .. 23
4.3 compara9ao entre alunos do mesmo sexo no toque e na manchete .24
4.4 compara9ao entre alunos de sexos diferentes no toque e na manchete 28
5 coNSIDERA<;;OES FINAIS 31
REFERENCIAs 32
APENDICE 1 33
APENDICE 2 33
5
1 INTRODU<;:Ao
1.1 JUSTIFICATIVA
o ensino do voleibol torna-se cad a dia mais importante, depois do futebol, 0
voleibol e 0 esporte mais praticado em todos os lugares, e nas escolas nao e
diferente. E para que 0 ensino torne-se eficiente, os professores necessitam de uma
base motora especializada.
Quando a crian<{a observa um jogo de voleibol, e quer fazer 0 mesmo, dar
toques, manchetes e cortadas nas bolas, muitas vezes, nao sa be 0 gesto tecnico
dos fundamentos, fazendo com que aprenda e vivencie de forma inadequada 0
voleibol.
Para que as crian<{as aprendam de maneira c~rreta 0 movimento, e para que
o professor possa identificar 0 erro que ocorre no movimento e necessario ter
parametros de aprendizagem, que sao encontrados em referenciais teoricos tanto no
voleibol quanto na aprendizagem motora.
Tendo isso em maos, 0 professor tera parametros adequados para poder
ensinar, corrigir e reavaliar 0 movimento executado, e os estudantes poderao
acompanhar 0 seu estagio de aprendizagem atraves das fichas de aprendizagem
motora, identificando assim 0 seu proprio erro, podendo evitar vicios nos erros.
1.2 PROBLEMA
Sera que por meio de fichas de aprendizagem motora pode-se avaliar a
qualidade do movimento do toque e da manchete no voleibol?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Verificar e analisar se as fichas de avalia<{ao de aprendizagem motora
mensuram a qualidade do movimento do toque e da manchete no voleibol.
5
6
1.3.2 Objetivos especificos
Tra9ar 0 perfil dos escolares do ensino medio;
Construir as fichas de aprendizagem motora nos estagios cognitivo,
associativo e autonomo do toque e da manchete no voleibol.
Avaliar 0 toque e a manchete identificando os estagios de
aprendizagem motora a partir das fichas de observa9ao.
Comparar os estagios de aprendizagem motora do toque e da
manchete entre todos os estudantes.
Comparar os estagios de aprendizagem motora do toque e da
manchete entre estudantes do mesmo sexo.
Comparar os estagios de aprendizagem motora do toque e da
manchete entre estudantes de sexos diferentes.
6
2 FUNDAMENTA<;:Ao TEORICA
7
2.1 APRENDIZAGEM MOTORA
A aprendizagem motora e um processo interno refletindo 0 nivel de
capacidade do individuo em uma determinada performance, que pode ser avaliado
por demonstra90es de performances relativamente estaveis. Entretanto, para que 0
sujeito aprenda tarefas motoras, precisa engajar-se em tentativas de performance ou
de pratica. Tendo 0 resultado desta pratica, e aumentada a capacidade do individuo
para que ele possa produzir a a9ao desejada. Para avaliar a aprendizagem motora
dos individuos, de uma maneira melhor, e observando a performance dos mesmos.
Se e relativamente estavel 0 nivel de proficiencia de performance de cada individuo,
depois de varias observa90es e de diferentes conjuntos de circunstancias, pode-se
assumir que a performance e um reflexo preciso, desse individuo, no seu nivel de
aprendizagem motora, segundo Schmidt e Wrisberg (2001).
2.2 ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM MOTORA
A aprendizagem e definida de uma forma generica, sendo que 'uma altera9ao
na capacidade da pessoa em desempenhar uma habilidade, que deve ser inferida
como uma melhoria relativamente permanente do desempenho, devido a pratica ou
a experiencia" (MAGILL, 2000, p.136).
Segundo Schimidt e Wrisberg (2001, p.26):
" ( ...) a aprendizagem inicial e caracterizada por tentativas do
individuo de adquirir lima ideia do movimento (Gentile, 1972) ou entender 0
padrao basico de coordena9ao (Newell, 1985). Para tanto 0 individuo deve
realizar uma quantidade consideravel de resolu9ao de problema,
envolvendo 0 exercicio de processos cognitiv~ (Fitts e Posner, 1967) e
verbal (Adams, 1971) (..r
2.2.1 Estagios de Gentile
Segundo Gentile (1972) idealizou, a aprendizagem motora era processada em
dois est<3gios. "Caplar a ideia do movimenlo" e a meta do aprendiz, no primeiro
estagio de aprendizagem motora. A ideia do movimento pode ser entendida, de um
7
8
termo geral, como 0 que cada individuo precisa fazer para que a meta de habilidade
seja atingida. Para atingir a meta da ayao da habilidade, em termos gerais, a ideia
envolve 0 padrao de movimento adequado. Por exemplo, se uma pessoa perdeu a
capacidade de segurar uma xicara, neste primeiro estagio de Gentile (1972), 0 foco
desta pessoa e de conseguir uma coordenayao adequada, entre 0 bravo e a mao,
que facilitara com que ela alcance a xicara e a segure com mais sucesso.
Alem de estabelecer 0 padrao basico do movimento, existem dois aspectos
relativos ao movimento, os aspectos ambientais que especifica como que os
movimentos deverao ser produzidos e os aspectos em que os movimentos nao sao
afetados. Gentile (1972) mencionou esses aspectos como condiyoes ambientais
reguladoras e nao-reguladoras. As caracteristicas dos movimentos utilizados para
desempenhar uma habilidade que sao reguladas ou afetadas pelas caracteristicas
do ambiente de desempenho sao determinadas como condiyoes reguladoras. No
exemplo citado, as condiyoes reguladoras de segurar a xicara, seriam 0 tamanho e
a forma dessa determinada xicara, como tambem poderia ser a distancia em que a
xicara se encontra dessa pessoa. Por outro lado, condiyoes nao-reguladoras sao as
caracteristicas do movimento da habilidade que nao sao afetadas com as
caracteristicas do ambiente de desempenho. No exemplo citado, os aspectos nao-
reguladores seriam a forma da mesa onde podemos encontrar a xicara ou a cor da
xicara.
"Fixar;80Idiversificar;80" e a meta do aprendiz no segundo estagio. Neste
estagio para continuar 0 aperfeiyoamento da habilidade 0 aprendiz precisa adquirir
varias caracteristicas. Como no primeiro estagio, a pessoa ja adquiriu 0 padrao do
movimento, neste estagio ela precisa desenvolver a capacidade de adaptar esse
padraa, as solicitayoes especificas de situayoes de desempenho que venham a
exigir essa habilidade. Ap6s isso, 0 outro objetivo, e aumentar a consistencia em
atingir a meta da habilidade. E por fim, a pessoa precisa aprender a desempenhar a
habilidade com economia de esforyo.
2.2.2 Estagios de Newell
o modele desenvolvido por Newell (1985), tem aspectos que se assemelham
as modelo desenvolvido por Gentile (1972). Focalizar 0 desenvolvimento do
movimento coordenado e a originalidade deste modelo. Assim como Gentile (1972),8
9
a aprendizagem de habilidades se processa atraves de dois estagios, 0 de
coordena<;:ao e 0 de controle.
o primeiro estagio, coordena<;:ao, e dada a enfase na aquisi<;:ao de pad roes
basicos de movimento coordenado, que sao necessarios para a realiza<;:ao da meta
da a<;:aodeterminada. 0 segundo estagio, controle, a pes so a ja adquiriu 0 padrao
adequado da coordena<;:ao de membros, depois precisa aprender a acrescentara
este padrao, as caracteristicas especificas da situa<;:ao que Ihe permitirao realizar a
meta da a<;:ao em uma determinada situa<;:ao. Parametriza<;:ao do padrao do
movimento, assim e conhecida essa adi<;:ao dessas caracteristicas. Quando falamos
de movimento, a parametriza<;:ao significa um conjunto de valores cinematicos e
cineticos que sao adicionados ao padrao basico do movimento, de acordo com a
situa<;:ao de desempenho. Por isso, a meta do segundo estagio consiste, para que a
pessoa possa adaptar-se as solicita<;:oes peculiares de qualquer situa<;:ao de
desempenho, ela precisa adquirir a capacidade de parametrizar efetivamente 0
padrao de movimento. Como tambem, a eficiencia da realiza<;:ao da a<;:ao, neste
estagio, deve aumentar, fazendo com que se gaste um minima de energia ao
desempenhar a habilidade.
2.2.3 Estagios de Adams
o modele desenvolvido por Adams (1971) tambem se divide em dois
estagios, 0 primeiro estagio, estagio inicial de aprendizagem e denominado como
estagio verbal-motor, onde 0 individuo adquire uma ideia do movimento e entende 0
padrao basico de coordena<;:ao, mas, de uma forma verbal, sem muita a<;:ao. 0
segundo estagio, estagio final de aprendizagem e denominado como estagio motor,
onde 0 individuo deve sugerir mais enfase nos aspectos motores da tarefa, deixando
um pouco de lade os aspectos cognitivos.
2.24 Estagios de Fitts e Posner
o modelo desenvolvido por Fitts e Posner (1967), e 0 modele que sera usado
neste trabalho, ele se difere dos demais par conter tres estagios de aprendizagem
motora, cognitiv~, associativo e aut6nomo.
9
10
Uma tarefa inteiramente nao-familiar. Eo assim que os aprendizes sao
confrontados no primeiro estagio, 0 estagio cognitivo. Tendo como objetivo, obter
uma ideia geral do movimento. Por exemplo, 0 toque no voleibol, a primeira vez que
a pessoa vai fazer 0 toque, ela deve saber como e onde se posicionar, para que
possa faze-Io corretamente.
Neste estagio os aprendizes passam muito tempo dialogando, tentando
encontrar a melhor forma que poderao fazer 0 movimento com mais precisao,
juntamente, elaborando estrategias que possam ser uteis. Os aprendizes tendem a
perguntar-se 0 que estao fazendo, obtendo assim a identifica~ao da meta,
entendendo assim, 0 que devem ou 0 que nao devem fazer, como devem realizar 0
movimento, e ao chegar ao fim, entender 0 que pode ter dado errado. Eo muito
comum neste estagio, vermos os aprendizes falando sozinhos, para que possam
guiar-se verbalmente e assim, realizando suas a~6es. Pela atividade processar
muita aten~ao, os aprendizes sao impedidos de acionar outras informa~6es, que
podem ser as estrategias apropriadas e elementos da forma. Quando 0 aprendiz
torna-se mais experiente na tarefa, a atividade verbal-cognitiva, mesmo sendo
eficiente para auxiliar os aprendizes a entender de uma forma geral 0 movimento,
deveria ser evitada, pois, como neste estagio, as capacidades verbais e cognitivas
dominam a tarefa, os aprendizes que sao melhores em entender 0 que fazer e como
fazer, possuem uma vantagem diferenciada.
Neste estagio, os ganhos em proficiencia na performance, tendem a ser
bastante amplos e ocorrem rapidamente, mostrando entao, que os aprendizes estao
descobrindo rapidamente e tambem utilizando estrategias mais eficientes para 0
movimento. Mas esses movimentos deveriam ser desajeitados, hesitantes, incertos
e pobremente sincronizados com 0 objeto e eventos no ambiente externo.
No estagio cognitiv~, as instru~6es, demonstra~6es entre outros tipos de
informa~ao verbal e visual sao muito beneficos para a realiza~ao do movimento. A
meta pre-destin ada com as instru~6es e de mostrar ao aprendiz como 0 passado, 0
que ele ja aprendeu, possa a vir ajudar na execu~ao do movimento que estao
aprendendo agora. Mas se 0 aprelldiz obter uma demonstra~ao ou um modelo
visual, podera entao, reproduzir 0 movimento com suas pr6prias a~6es, pois a
demonstra~ao proporciona um quadro de padrao do movimento desejado.
o segundo estagio, estagio associativo, 0 aprendiz ja tem seus problemas de
estrategia ou problemas cognitivos resolvidos, tendo como objetivo, a partir de10
11
agora, a troca do aprimoramento da habilidade pela organizagao mais eficientes do
padrao do movimento para produzir a agao.
o aprimoramento da habilidade do aprendiz e levemente diferente para
movimentos rapidos do que para os movimentos lentos. 0 programa motor comega
a ser construido pelo aprendiz para atingir as exigencias do movimento se a
habilidade requerida seja uma habilidade de movimentos rapid os, mas se a
habilidade envolver movimentos mais lentos, os aprendizes terao 0 processamento
mais habil e 0 feedback, que sera produzido pelo movimento para controlar a agao.
Mesmo assim, 0 aprimoramento e diferente para habilidades denominadas abertas e
habilidades denominadas fechadas. Os aprendizes podem fixar-se na reprodugao
das mesmas agoes se os movimentos forem realizados num ambiente previsivel.
Mas dependendo do ambiente, os aprendizes terao que diversificar suas agoes e os
movimentos devem ser adaptados para satisfazer as demandas de um ambiente
que se modifica.
Muitos aspectos estao associados com a produgao mais eficiente do padrao
do movimento, durante 0 estagio associativo, esses aspectos se modificam. Quando
as estrategias tomadas pelos aprendizes, para 0 aprimoramento da habilidade,
tornam-se mais sutis e seus movimentos mais marcados e estaveis, eles
demonstram mais consistencia ao fazer a habilidade, demonstrando assim, mais
eficiencia na produgao de seus movimentos, dando a impressao de faze-Io quase
sem esforgo. 0 falar sozinho, visto no estagio anterior, torna-se menos frequente.
Oepois dos individuos descobrirem as regularidades do ambiente, como por
exemplo, a velocidade da bola, a organizagao temporal e a antecipagao se
desenvolvem, desenvolvendo tambem seus movimentos, fazendo com que eles
paregam mais suaves e menos precipitados. Alem disso, 0 aprendiz com ega a fazer
feedback de si proprio detectando assim seus erros.
o auxilio de instrugao e 0 feedback tornam-se menos importantes durante
esse estagio, e ao ser fornecido, deve ser mais preciso, objetivando aspectos do
movimento que 0 aprendiz deseja aprimorar. Este estagio geralmente dura mais
tempo que 0 anterior, semanas e ate meses se a tarefa for mais complexa.
o terceiro e ultimo estagio, e 0 estagio aut6nomo, que apos uma pratica
extensiva os aprendizes se encontram, e 0 estagio onde fazem as habilidades sem
prestar atengao, quase que automaticamente. Seus programas motores sao
desenvolvidos em um nivel em que podem controlar suas agoes por muito tempo.11
12
Os aprendizes nao precisam pensar sobre a habilidade que estao executando e nem
sobre seus componentes. Por exemplo, um atleta de voleibol, nao precisa pensar
como fazer 0 toque ou a manchete, simplesmente se posiciona corretamente na bola
e faz 0 movimento, quantas vezes forem necessarias. Um individuo altamente habil,
nao precisa ativar muitos programas, diminuindo assim a demanda de atenyao dos
executantes que ocorre ao precisar iniciar um movimento mais frequentemente.
A automaticidade aumentada em suas analises sensoria is de pad roes
ambientais sao demonstradas pelos aprendizes nesse estagio. No voleibol, sendo
uma habilidade aberta, os praticantes identificam aspectos dos movimentos de seus
adversarios que venham a indicar 0 usa de uma estrategia particular. Os praticantes
habeis, nesta habilidade sao liberados para engajar-se em atividades cognitivas de
alta ordem, como trocar estrategias ou ajustamentos espontaneos na forma ou estilo
de um movimento, isso tudo em frayoes de segundos. Michael Jordan nos mostra
isso, ele ja falou repetidas vezes que cria seus mais diversos e inacreditaveis
movimentos de uma forma espontanea durante a ayao.
o aumento da autoconfianya e da capacidade de detectar erros torna-se
altamente desenvolvido no estagio autonomo. Ao produzir seus movimentos os
aprendizes nao estao ocupados em ficar falando sozinhos. Pelos aprendizes
estarem alcanyando os limites das capacidades, as melhoras nas performances sao
mais dificeis de serem detectadas. Nesse estagio os movimentos sao caracterizados
por um aumento da automaticidade ou processamento automatico, reduzindo assim
o esforyo fisico e mental, e ainda tendo uma melhora no estilo e na forma.
12
13
2.3 FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR
Fases do desenvolvimento motor
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2.4 FASE MOTORA ESPECIALIZADA (GALLAHUE & OZMUN, 2001)
Este trabalho, por ser realizado com estudantes de ensino medio, utilizara a
fase final do desenvolvimento motor, a fase motora especializada. Essa fase e
resultado da fase de movimentos fundamentais. Neste fase, 0 movimento, na
recreagao, nos objetivos esportivos e na pr6pria vida, tornam-se ferramentas a
serem usadas. As habilidades locomotoras, estabilizadoras e manipulativas
fundamentais, sao progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas, parado
uso em situagoes crescentemente exigentes, nesta fase do desenvolvimento motor.
A fase motora especializada e onde 0 aparecimento e a extensao de
habilidades dependem de muitos fatores da tarefa, individuais e do ambiente. Alguns
desses fatores sao 0 tempo de reagao e a velocidade do movimento, a coordenagao,
13
14
o tipo de corpo, a altura e 0 peso, os habitos, a pressao do grupo social a que se
pertence e a estrutura emocional.
A fase motora especializada tem tres estagios: estagio transitorio, estagio de
aplicayao e estagio de utilizayao permanente.
2.4.1 Estagio transitorio
o estagio transitorio e encontrado pelas crianyas geralmente, entre seus 7 a 8
anos de idade. Neste periodo, a combinayao e a aplicayao das habilidades motoras
fundamentais comeyam a ser desenvolvidas pelo individuo para 0 desempenho de
habilidades especializadas no esporte e em ambientes recreacionais. Jogar bola,
pular e andar sobre uma corda sao exemplos de atividades transitorias comuns. Nas
habilidades motoras transitorias encontramos mais forma, precisao e controle maior
nos elementos dos movimentos fundamentais. A diferenya entre as habilidades
fundamentais e as habilidades transitorias, e onde sao aplicadas, as habilidades
fundamentais sao aplicadas em brincadeiras, jogos e em situayoes da vida, ja as
habilidades transitorias sao aplicayoes dos pad roes fundamentais do movimento
mas de uma forma mais especifica e complexa.
Este estagio e muito agitado, tanto para as pr6prias crianyas como tambem
para os pais e os professores. A descoberta da combinayao de varios pad roes
motores deixam as crianyas muito envolvidas na habilidade, e tambem exultantes
com a rapida expansao das mesmas. Ajudar a aumentar 0 controle motor e a
competencia motora nas atividades, sao os objetivos dos pais, professores e quem
sa be treinadores neste estagio. Mas sempre tomando muito cuidado para que a
crianya nao tenha uma certa habilidade restring ida, especializando-se apenas em
uma atividade, pois um enfoque especifico, neste estagio, em alguma habilidade,
pode vir a provocar efeitos que nao serao desejaveis para os dois pr6ximos
estagios, 0 estagio de aplicayao e 0 de utilizayao permanente.
2.4.2 Estagio de aplicayao
Esse estagio e marcado na vida da crianya, pelos seus 11 aos 13 anos, e
nele ocorrem mudanyas interessantes no desenvolvimento das habilidades. No
estagio anterior, 0 foco normal sobre 0 movimento era amplo e generalizado em14
15
todas as atividades, isso porque, na crianya, as habilidades cognitivas eram
limitadas, e as habilidades cognitivas e as experiencias eram combinadas com a
avidez natural do ser ativo. Neste estagio, 0 individuo torna-se capaz de tomar
numerosas decisoes de aprendizados e de participayao baseadas em muitos fatores
da tarefa, individuais e ambientais, pois, a sofisticayao cognitiva e crescente e certa
base de experiencias e aumentada.
Gallahue e Ozmun (2001, p. 106) relata que:
Por exemplo, a crianya de 12 anos que gosta de atividades de
equipe e de aplicar estrategias a jog os, que tenha coordenayao
razoavelmente boa e agilidade, e que viva em INDIANA (EUA), pode
escolher especializar-se no desenvolvimento de suas habilidades para jogar
basquetebol. Uma crianya de constituiyao semelhante, que nao aprecie
esforyos de equipe, pode optar por especializar-se em atividades
competitivas de pista.
Neste estagio, 0 individuo, diante de certas atividades, toma decisoes
conscientes a favor ou contra sua participayao. Essas decisoes fundamentam-se,
pela crianya perceber ate que ponto fatores inerentes a tarefa, a ela rnesma e ao
ambiente, podem aumentar ou inibir a probabilidade de obter satisfayao e sucesso.
No estagio de aplicac;:ao, a participac;:ao em atividades especificas comec;:a a
ser evitada pelos individuos. Neste estagio tambem existe enfase crescente na
forma, habilidade, precisao e nos aspectos quantitativos do desempenho motor,
alem de ser a epoca certa para refinar e usar as habilidades mais complexas em
jogos avanc;:ados, em esportes selecionados e em atividades de lideranc;:a.
2.4.3 Estagio de utilizac;:ao permanente
o estagio de utilizac;:ao permanente comec;:a por volta dos 14 anos de idade, e
como 0 nome ja diz, continua por toda a vida adulta. Ele representa 0 auge do
processo de desenvolvimento motor e 0 repert6rio de movimentos adquiridos pelo
individuo por toda a vida e a principal caracteristica deste estagio. Os fatores que
podem afetar esse estagio sao: 0 tempo disponivel, 0 dinheiro, os equipamentos as
instalac;:oes e as limitayoes fisicas e mentais. 0 nivel de participac;:ao do individuo em
certas atividades, depende muito do seu proprio talento, de suas oportunidades, da
condic;:ao fisica e de sua propria motivac;:ao. 0 individuo pode variar muito em seu
nivel de desempenho, pode ser apenas um praticante de esportes na sua vida
15
16
diaria, um amado, atividades competitivas ou cooperativas, habilidades organizadas
ou nao-organizadas, pode chegar a competiyoes escolares e universitarias, e
podendo ter ate um status profissional e olimpico.
A educayao tem como objetivo basico tornar os individuos mais felizes e mais
saudaveis, qualificando-os como membros efetivos da sociedade, e esse objetivo
nao se pode perde-Io de vista. As crianyas nao sao adultos em miniaturas que
podem participar de campeonatos desempenhando atividades fisiol6gicas e
psicol6gicas para os mesmos. As crianyas sao, quanto ao seu desenvolvimento,
imaturas e, por isso, faz-se necessario estruturar experiencias motoras, significativas
apropriadas para seus niveis desenvolvimentistas particulares (GALLAHUE &
OZMUN, 2001, p. 107). E injusto exigir que crianyas se especializem em especificas
areas de habilidades, mas devemos fazer com que 0 desenvolvimento de
habilidades especializadas desempenhem um papel fundamental em nossas vidas.
2.5 HIST6RICO DO VOLEIBOL
Como muitos esportes, 0 voleibol foi criado em Massachussets, em 1985, na
Associayao Crista de MoyoS de Holyoke, pelo diretor da divisao de Educayao Fisica
desta mesma instituiyao, 0 norte americana William G. Morgan.
Em 1981 foi criado 0 Basquetebol, mas muitos alunos de Willian Morgan nao
se ada pta ram ao intense contato fisico que existem no basquetebol, entao,
inspirando se no tenis, separou os adversarios por uma rede, tendo uma atividade
mais recreativa e com menor contato fisico, cujo objetivo era enviar a bola na quadra
adversaria por cima da rede.
Segundo Joao Cris6stomo (1999, p.37), a primeira quadra media 15,75m de
comprimento, 7,625m de largura. A rede tinha a largura de 0,61m, 0 comprimento de
8,235m e sua altura era de 1,98m (do solo ao bordo superior).
Willian Morgan, como criador desse novo esporte, deu 0 nome de Minoneite,
mas pouco tempo depois se transformou em Voleibol.
A bola utilizada pelo primeira vez foi a de basquetebol, mas era muito pesada
e sua camara muito leve. Entao Willian Morgan encomendou a um fabricante, uma
bola de couro com camara de borracha com uma circunferencia de 57,5cm e peso
varit!Vel entre 255 a 340g.
16
17
As primeiras regras do voleibol foras publicadas em 1897, mas 0 numero de 6
participantes por equipe foi especificado somente em 1918, ate essa data, eram
liberados os participantes, assim como os toques que poderiam dar na bola, que em
1922 foram limitados para ao maximo 3.
Segundo Joao Crisostomo Marcondes Bojikian (1999) em 1910, 0 voleibol
surgiu na America do Sui, trazido por uma missao norte-americana especializada em
educac;;ao primaria. No Brasil, nao se tem dados do ana exato da chegada do
voleibol, para alguns foi em 1915 no Colegio Marista em Pernambuco, para outros,
foi na Associayao Crista de MoyoS em Sao Paulo, em 1916/1917. A Confederayao
Sui-Americana de Voleibol foi fundada em 12 de janeiro de 1946.
A historia de escaladas do Brasil no voleibol comec;;a na segunda metade dos
anos setenta. E as conquistas comeyam a aparecer primeiramente em 1984, nas
Olimpiadas de Los Angeles, com a medalha de prata e em 1992, com 0 ouro, nas
Olimpiadas de Barcelona.
o nosso voleibol e 0 melhor do mundo, 0 apelo popular e muito forte, todos
estao discutindo 0 voleibol, 0 que transforma um campo de trabalho muito bom para
os profissionais de Educac;;ao Fisica.
2.6 FUNDAMENTOS
o voleibol tem quatro fundamentos, saque, bloqueio, toque e manchete, mas
alguns autores ainda relacionam a cortada como um fundamento.
Pelo trabalho de pesquisa visar os fundamentos toque e manchete, teremos
uma basica explicac;;ao sobre saque e bloqueio.
2.6.1 Saque
o saque inicia 0 jogo de voleibol, 0 jogador se encontra atras da linha de
fundo, em qualquer lugar dos nove metros de comprimento, alem de iniciar 0 jogo, 0
saque e um caminho eficaz para que 0 time marque pontos rapidamente, um bom
saque pode significar uma boa vitoria.
o saque pode ser:
Por baixo;
• Por cima (tipo tenis);
17
18
Viagem.
2.6.2 Bloqueio
o bloqueio surgiu como meio de defesa das cortadas fortes, ele intercepta a
cortada do adversario junto a rede. Um bom bloqueio engloba habilidades de
encontrar 0 tempo de bola e ler as intenyoes do atacante adversario.
Jogadores altos tem mais vantagens para bloquear, mas os jogadores baixos
tambem bloqueiam, muitas vezes, um bloqueio defensivo.
2.6.3 Toque
No voleibol 0 toque e 0 fundamento mais caracteristico. Ele e responsavel
pelo levantamento, a preparayao do ataque. Mas alem de ser muito utilizado pelo
levantador, os atacantes tambem 0 utilizam, por isso, 0 professor deve mostrar aos
seus alunos a importancia desse fundamento.
Segundo Joao Crisostomo (1999, pag 75, 76 e 77) as etapas do toque sao:
1) Entrada sob a bola: nessa fase inicial, as pernas e os bra~os
devem estar semiflexionados, com a bola acima da cabe~a. As pernas,
alem de semiflexionadas, devem estar com um afastamento lateral da
largura aproximada dos ombros e um pe ligeiramente a frente do outro. 0
tronco deve estar levemente inclinado para frente.
Os bra~os estarao semiflexionados, de modo a posicionar os
cotovelos, um pouco acima da altura dos om bros, lateralmente em rela~ao
ao tronco. As maos devem estar com os dedos quase que totalmente
estendidos, mas de uma forma arredondada (como uma concha) para
melhor acomodar a curvatura da bola.
(. .. )
2) Execu~ao: quando for dado 0 toque na bola, todo 0 corpo
participa. 0 contato sera sutil, com a parte interna dos dedos e uma
pequena flexao dos punhos. Os bra~os e as pernas deverao se estender,
para provocar uma transferencia do peso do corpo sobre a perna de tras
para frente.
3) Termino do movimento: 0 corpo terminara todo estendido.
Muitos erros no toque ocorrem por medo de machucar os dedos com 0 toque,
logo, 0 professor deve usar bolas mais leves e macias, para que os alunos se
18
19
acostumem com 0 toque. Os alunos tendo medo de um contato mais forte com a
bola, deixam suas maos inadequadas para 0 toque, ocasionando assim mais erros.
2.6.4 Manchete
o contato com a bola no fundamento da manchete e feito com os antebrac;:os,
por suportar melhor os fortes impactos diferentemente do toque. A manchete e muito
utilizada para a recepc;:ao de saques e cortadas.
Segundo Joao Crisostomo (1999, pag 88 e 89) as etapas da manchete sao:
a) Entrada sob a bola: as pernas devem estar como no toque,
semiflexionadas, afastadas lateralmente em um distanciamento semelhante
a largura dos ombros e um pe ligeiramente a frente do outro. Os bra~os
estarao estendidos e unidos a frente do corpo. Os dedos unidos de uma
mao devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares
estendidos possam se tocar paralelamente.
b) Ataque a bola: no movimento de ataque a bola, as pernas se
estenderao, 0 peso do corpo e transferido para a perna da frente e os
bra~os permanecem sem movimento, com a musculatura enrijecida. 0
impacto da bola se da no antebra~o e isso sera facilitado se os punhos
estiverem bem estendidos, em dire~ao ao solo.
c) Termino do movimento: os bra~os e as pernas devem
permanecer estendidos ate 0 impacto da bola. Obs.. aos poucos a
manchete lateral devera ser introduzida, de forma que 0 atleta possa cobrir
grandes areas da quadra, utilizando-se da manchete.
Os maiores erros ao fazer a manchete e julgar a velocidade e a distancia da
bola que esta em movimento, fazendo com que 0 aluno passe da bola ou nao se
aproxime suficientemente para executar a manchete. Outro erro muito comum, e
fazer 0 contato da bola com as maos ou ate nos brac;:os, ao inves de fazer nos
antebrac;:os.
19
20
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
3.1 DESCRI<;:AO DO UNIVERSO
A popula<;:ao deste trabalho foram escolares do ensino medio, de ambos os
sex~s, cursando 0 segundo semestre do ano letivo de 2007, nos estabelecimentos
da rede publica de ensino, na cidade de Campo Largo e a amostra deste trabalho
foram os escolares do 10 ana A do ensino medio, de ambos os sex~s, cursando 0
segundo semestre do ano letivo de 2007, nos estabelecimentos da rede publica de
en sino, na cidade de Campo Largo, sendo 17 escolares do sexo feminino e 13 do
sexo masculino, totalizando 30 escolares.
3.2 MATERIAL E INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
Este trabalho caracteriza sendo pesquisa descritiva e comparativa com ficha
de observa<;:ao. Segundo Thomas e Nelson (2002), pesquisa descritiva do tipo
analitica e comparativa e aquela que descreve e aborda quatro aspectos: descri<;:ao,
registros, analise e interpreta<;:ao de fenomenos atuais. E envolve 0 estudo e a
avalia<;:ao, de profundas informa<;:6es disponiveis, em uma tentativa de explicar
fenomenos complexos.
Como instrumentos para a coleta de dados utilizaram-se fichas de
aprendizagem motora como podemos ver devidamente validado no apendice 1 e
apendice 2. Os dados foram coletados em uma rede pLlblica de ensino, no mes de
novembro, por meio de fichas de aprendizagem motora.
Para se realizar este trabalho foram controladas as seguintes variaveis:
Sexo dos escolares;
Idade dos escolares;
Fundamento do toque e manchete no voleibol;
Escola publica de ensino;
Regiao.
20
3.3 ANALISE DOS DADOS
21
Os estudantes foram solicitados ha executar 0 movimento do toque e da
manchete, onde foram avaliados de forma direta de acordo com a ficha de
observac;ao de aprendizagem motora. Por meio das fichas, analisa-se e compara-se
os dados verificando os estagios de aprendizagem motora (cognitivo, associativo ou
autonomo) no toque e na manchete de cada aluno, segundo Fill e Posner (1967).
21
22
4 RESULTADOS E DISCUssAo
Para verifica<;ao do objetivo deste trabalho tivemos a preocupa9ao de
construir as fichas de aprendizagem motora do movimento do toque e da manchete
no voleibol para que possamos executar como instrumento de avalia980 legal. As
fichas de aprendizagem motora foram feitas atraves de leituras que evidenciam os
estagios de aprendizagem motora.
Apes a constru<;ao das fichas, os 5 foram avaliados de forma direta. Eles
faziam 0 movimento, tanto do toque quanto da manchete e, ja eram avaliados
conforme a ficha de aprendizagem.
4.1 IDENTIFICAC;;Ao DOS ESTAGIOS
No movimento do toque, a grande maioria dos estudantes estao no estagio
aut6nomo, poucos no estagio associativo e, apenas um no estagio cognitiv~, como
podemos ver no grafico:
Gratico 1: Analise geral dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
no movimento do toque.
25
Toque
Estagios
Numero deestudantes 10
5
O+-----~--~~--~~~------~~AUTONOMO ASSOCIA TIVO COGNITIVO
No movimento da manchete, a maioria dos estudantes tambem estao no
estagio aut6nomo, mas essa diferen9a diminui um pouco, aumentando assim, os s
no estagio associativo, e conforme 0 movimento do toque, temos um esta no
estagio cognitivo como podemos ver no grafico:
22
23
Grafico 2: Analise geral dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
no movimento da manchete.
Manchete
LJ ~O~~~~~~~~------~----~~~~AUTONOMO ASSOCIATlVO COGNITlVO
Estagios
'--------------~-
Numero deestudantes
20 /_/'
15 / I./1-10/' I5/1
4.2 COMPARACAO ENTRE TODOS OS ESTUDANTES NO TOQUE E MANCHETE
Como vimos nos gr<3ficos aCima, a grande maioria dos estudantes estao no
estagio mais avant;;ado, 0 estagio autonomo, mas ainda existem estudantes que se
encontram no estagio associativo, e 0 pior de tudo, existe uma pessoa que esta no
estagio cognitivo.
Os resultados sao melhores no movimento do toque, onde maior parte dos
alunos esta no estagio mais avanyado, ja no movimento da manchete, esse
resultado cai um pouco, mas ainda assim continua prevalecendo 0 estagio mais
avant;;ado.
No movimento da manchete, quase 30% dos estudantes estao no estagio
intermediario, e um numero muito elevado por se tratar de ensino medio, nao
deveriamos ver outro resultado a nao ser 0 estagio mais elevado, estagio autonomo.
E assim como na manchete, no movimento do toque, tambem temos estudantes que
estao no estagio associativo, esse numero cai um pouco, de 30%, temos agora
13,33% dos estudantes, mas ainda e um numero muito elevado.
Infelizmente temos um estudante que se encontra no estagio cognitivo, tanto
no movimento do toque quanto no movimento da manchete, na verdade isso nao
deveria acontecer, porque temos somente alunos de ensino medio, e nessa idade,
23
24
todos deveriam fazer 0 movimento dos dois fundamentos de forma correta, tendo
100% de aproveitamento.
o erro mais comum encontrado em diversos estudantes, foi no movimento de
manchete, onde, ap6s dar 0 toque na bola, a grande maioria deles, continuava 0
movimento, fazendo com que seus bra90s fossem ate a altura de suas cabec;;as,
poucos eram os estudantes que faziam 0 contato com a bola e paravam seus
bra"os.
4.3 COMPARAvAo ENTRE ALUNOS DO MESMO SEXO NO TOQUE E NA
MANCHETE
Na pesquisa tivemos 13 estudantes do sexo masculino e 17 do sexo feminino.
No movimento do toque do sexo masculino, muitos deles se encontram no
estagio mais elevado, 0 estagio autonomo, 0 esperado, como dito acima, seria que
todos os estudantes estivessem no estagio autonomo, mas nao foi 0 que ocorreu, 2
dos 13 estudantes se encontram no estagio intermediario, 0 estagio associativ~,
porem, nenhum deles se en contra no estagio cognitiv~, como vemos no grafico:
Gratico 3: Analise gera! dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
masculinos no movimento do toque.
AUTONOMO ASSOCIATNO
Estiigios
COGNITIVO
Toque - masculino
Numeros deestudantes
12 /"
10//
8/-6/4 /' """'/
2
O+·------------~----------,-----------~
Comparando com 0 grafico de todos os alunos, a porcentagem de estudantes
que se encontram no estagio autonomo no movimento do toque e maior.
24
25
Assim como no grafico de todos os alunos, no movimento da manchete,
diminui um pouco os estudantes que se encontram no estagio autonomo,
aumentando assim 0 numero de estudantes no estagio associativ~, porem, nenhum
dos estudantes se encontra no estagio cognitivo.
Como vemos no grafico:
Grafico 4: Analise geral dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
masculinos no movimento da manchete.
Manchete - masculino
9 /-l-/ -8 '"
7 /' r6//-
Numerode 5 /estudantes 4 ./ ",--r-
321
O~----~----~~~~~--~------------~AUTONOMO ASSOCIATIVO COGNITIVO
Estagios
Comparando com 0 grafico de todos os alunos, a porcentagem de estudantes
que se encontram no estagio autonomo no movimento da manchete e maior.
Comparando os dois movimentos, 0 toque e a manchete, no mesmo sexo, ve
que no movimento do toque, os estudantes do sexo masculino, sao melhores, tanto
que, apenas 2 se encontram no estagio associativo, diferentemente do movimento
da manchete, onde 4 dos 13 estudantes estao no estagio associativo. Porem, nos
dois movimentos, nao encontramos nenhum estudante no estagio cognitiv~.
Em porcentagem, 85% dos estudantes do sexo masculino, no movimento do
toque, se encontram no estagio autonomo, fazendo com que 15% estejam no
estagio associativo. No movimento da manchete esse numero diminui, apenas 69%
dos estudantes estao no estagio autonomo, sendo que 31% se encontra no estagio
associativo.
25
26
No movimento do toque do sexo feminino, muitos deles se encontram no
estagio mais elevado, 0 estagio autonomo, 0 esperado, como dito acima, seria que
todos os estudantes estivessem no estagio autonomo, mas nao foi 0 que ocorreu, 2
dos 17 estudantes se encontram no estagio intermediario, 0 estagio associativo, e 1
estudante encontra-se no estagio cognitivo, como vemos no grafico:
Graffco 5: Analise geral dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
feminino no movimento do toque.
AUTONOMO ASSOCIATIVO
Estagios
COGNITIVO
Toque - feminino
4
2
O+-----------~----------~------------~
14
12
10
Numero de 8estudantes 6
Comparando com 0 grafico de todos os alunos, a porcentagem de estudantes
que se encontram no estagio autonomo no movimento do toque e menor,
aumentando a porcentagem de estudantes que se encontram no estagio cognitivo,
porem 0 numero de estudantes no estagio cognitivo e 0 mesmo, aumenta a
porcentagem por diminuir 0 numero de estudantes.
Assim como no gr<3fico de todos os alunos, no movimento da manchete,
diminui um pouco os estudantes que se encontram no estagio autonomo,
aumentando assim 0 numero de estudantes no estagio associativo, ocorrendo que
um dos estudantes encontre-se no estagio cognitivo.
Como vemos no grafico:
26
27
Grafico 6: Analise geral dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
femininos no movimento da manchete.
Manchete - feminino
12/
10/
8Numero de /
,
estudantes6
4//
2 '
0AUTO NO MO ASSOCIATIVO COGNrTlVO
Estagios
Comparando com 0 grafico de todos os alunos, a porcentagem de estudantes
que se encontram no estagio aut6nomo no movimento da manchete e menor,
aumentando a porcentagem de estudantes que se encontram no estagio cognitivo,
porem 0 numero de estudantes no estagio cognitivo e 0 mesmo, aumenta a
porcentagem por diminuir 0 numero de estudantes.
Comparando os dois movimentos, 0 toque e a manchete, no mesmo sexo, ve
que no movimento do toque, os estudantes do sexo feminino, sao melhores, tanto
que, apenas 2 se encontram no estagio associativo e infelizmente 1 estudante
encontra-se no estagio cognitivo, diferentemente do movimento da manchete, onde
5 dos 17 estudantes estao no estagio associativo, mas como no toque, tambem
existe 1 estudante que encontra-se no estagio cognitivo.
Em porcentagem, 82% dos estudantes do sexo feminino, no movimento do
toque, se encontram no estagio autonomo, fazendo com que 12% estejam no
estagio associativo, e tendo 6% no estagio cognitivo. No movimento da manchete
esse numero diminui, apenas 65% dos estudantes estao no estagio autonomo,
cognitivo.
27
28
4.4 COMPARACAO ENTRE ALUNOS DE SEXOS DIFERENTES NO TOQUE E NA
MANCHETE
No grafico a seguir, mostramos todos os alunos em todos os seus estagios,
ficando mais facil a comparac;:ao por sexos diferentes:
Gratico 7: Analise geral dos estagios de aprendizagem motora dos estudantes
dos dois sexos.
Grafico por sexo lI
14
1210
Numeros de 8alunos 6
42oAUTONOMO
= - - -r-
Ie F:1 1
/:- 9'~ I
/-
~/ I--: 4
51 1 I
22 .ef1eU)
10Toque =-~as~ulino
10 Toque - femininoo Manchete - masculinoo Manchete - feminino
COGNITIVO
Estagios
No movimento do toque e tambem no movimento da manchete, sao maiores
os numeros de estudantes do sexo feminino em cada estagio, isso porque temos
mais estudantes do sexo feminino nessa sala de aula. Por isso, os estudantes do
sexo masculino encontram-se melhor nas estatisticas.
Por serem estudantes de ensino medio, todos deveriam estar no estagio
autonomo, mas nao e 0 que ocorre.
Nenhum estudante do sexo masculino se encontra no estagio cognitiv~, mas
encontramos um estudante do sexo feminino que esta neste estagio.
No movimento do toque, e 0 unico movimento em que se iguala a quantidade
de alunos, no estagio associativo, sao dois estudantes tanto do sexo feminino
quanto do sexo masculino nesse estagio Ja no movimento da manchete, estudantesdo sexo feminino estao novamente a frente, com apenas uma estudante a mais.
28
29
No estagio autonomo, as estudantes do sexo feminino encontram-se na
frente, como ja dito, por conter mais pessoas, pois se formos ver, na porcentagem,
os estudantes do sexo masculino se destacam.
A seguir temos uma tabela que nos mostra em valores de porcentagem:
Tabela 1: Porcentagens do toque e da manchete em cada estagio e de cada
sexo.
ESTAGIOSTOQUE TOQUE MANCHETE MANCHETE
MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO
Autonomo 85% 82% 69% 65%
Associativo 15% 12% 31% 29%
Cognitivo 0% 6% 0% 6%-Em questao de porcentagem, os estudantes do sexo mascullrlo, encontram-
se em melhor propon;:ao no estagio considerado ideal, 0 estagio autonomo. A
diferenc;:a por porcentagem nao e muito grande, mas como existem menos
estudantes do sexo masculino do que do sexo feminino, levam uma pequena
vantagem, e consequentemente estao na frente em valores de porcentagem.
Isso tambem ocorre no estagio associativo, como vim os anteriormente, no
movimento do toque, sao dois estudantes de cada sexo que se encontram nele, mas
por conter mais estudantes do sexo feminino, 0 valor em porcentagem, aumenta
para 0 sexo masculino, fazendo com que, em porcentagem, os estudantes
masculinos fiquem na frente, mas nao e 0 que ocorre em valores numericos.
No estagio cognitivo, a porcentagem deveria ser nula tanto no sexo masculino
quanto no sexo feminino, mas nao e 0 que ocorre. A porcentagem dos estudantes
do sexo masculino e nula, pois nao existem estudantes que se encontram neste
estagio, ja falando do sexo feminino, por conter uma pessoa neste estagio, existe
uma pequena porcentagem.
A seguir temos 0 grafico geral de porcentagem:
29
estagio cognitivo, encontra-se uma pessoa.
30
Gratico 8: Analise geral da porcentagem dos estagios de aprendizagem
motora dos estudantes.
!OTOQUE
~ANCHETE
GrMico por porcentagem - geral
90% -rF---=~--------------------------80% '840f<J-------------------------70%/,- Pl-----------~60% 67'~----------------------~
Porcentagem de 50%estudantes 40%
30%/ ~20% j---~1-3-.jOJ0 l--~3=%-3=o~Vo-~10% f{ ~O%~~~-~~~~~--~~==~--~~==~,
COGNmVOAUTONOMO
Estagios
Para finalizar a pesquisa, temos um grafico que nos mostra, como toda a
turma foi, como podemos ver no movimento do toque, os estudantes foram melhor,
tendo uma porcentagem de 84% no estagio considerado ideal. Temos alguns no
estagio associativo, e um estudante no estagio cognitivo.
No movimento da manchete, tambem a maioria esta no estagio aut6nomo,
mas esse numero diminui, sao agora 67% dos estudantes, fazendo com que 0
numero de estudantes no estagio associativo aumente, de 13% para 30%. E no
estagio cognitivo, encontra-se uma pessoa.
30
31
5 CONSIDERAC;;OES FINAlS
Este trabalho teve como objetivo geral analisar se as fichas de aprendizagem
motora do movimento do toque e do movimento da manchete mensuram a qualidade
dos movimentos em diferentes idades e foi atingido conforme os dados analisados
pelos objetivos especificos.
Os objetivos especificos foram atingidos atraves de verificayoes dos perfis
dos estudantes (idade, escolaridade, etc.), ap6s construirmos as fichas de
aprendizagem motora nos estagios cognitivo, associativo e autonomo do toque e da
manchete, ao compararmos os estagios entre todos os estudantes, ao compararmos
os estagios entre estudantes do mesmo sexo e ao compararmos os estagios entre
alunos de sexos diferentes.
Sugere-se que este trabalho sirva de referencial para os profissionais da area
da Educayao Fisica, mas nao apenas para area tecnica, mas tambem para area
escolar, pois assim os docentes poderao melhorar a avaliayao dos seus alunos, no
movimento do toque e da manchete no voleibol por meio da aprendizagem motora,
pois, ela esta mais pr6xima da vivencia e da realidade do jogo.
Que esse trabalho de ANALISE DOS ESTAGIOS DE APRENDIZAGEM
MOTORA DO MOVIMENTO DO TOQUE E MANCHETE NO VOLEIBOL, tenha uma
continuidade visando a melhor qualidade do ensino e avaliayao do toque e da
manchete.
31
32
REFERENCIAS
GALLAHUE, David & OZMUN, John, Compreendendo 0 Desenvolvimento
Motor: Bebes, Crianyas, Adolescentes e Adultos. Sao Paulo: Editora Phortes, 2001.
MAGILL, Richard. Aprendizagem motora: conceitos e aplicayoes. 2" ediyao,
Sao Paulo: Editora Blucher, 2000.
SCHMIDT, Richard; WRISBERG, Craig. Aprendizagem e performance
motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. Porto Alegre:
Editora Artmed, 2001.
BOJIKIAN, Joao Crisostomo Marcondes, Ensinando Voleibol. Sao Paulo:
Editora Phorte, 1999.
American Sport Education Program, Ensinando Voleibol para Jovens. 2"
ediyao, Sao Paulo Editora Manole Ltda, 1999.
SUVOROV, Y P e GRISHIN, O. N. Voleibol Iniciayao. 3" ediyao, Rio de
Janeiro: Editora Sprint, 1998.
32
33
APENDICE 1
FICHA DE APRENDIZAGEM - MANCHETE
Nome: Data·_'_' __
Entrada sob a bola: as pernas devem estar como no toque, semiflexionadas (
), afastadas lateralmente em um distanciamento semelhante a largura dos ombros (
) e um pe ligeiramente a frente do outro ( ). Os braC;:GJ&estarao estendidos ( ) e
unidos a frente do corpo ( ). Os dedos unidos de uma mao devem estar sobrepostos
aos da outra ( ), de forma que os polegares estendidos possam se tocar
paralelamente ( ).
Ataque a bola: no movimento de ataque a bola, as pernas se estenderao ( ),
o peso do corpo e transferido para a perna da frente ( ) e os brac;:os permanecem
sem movimento ( ), com a musculatura enrijecida ( ). 0 impacto da bola se da no
antebrac;:o ( ) e isso sera facilitado se os punhos estiverem bem estendidos em
direc;:ao ao solo ( ).
Termino do movimento: os brac;:os e as pernas devem permanecer estendidos
ate 0 impacto da bola ( )
Estagio Cognitivo (
Estagio Associativo (
Estagio Autonomo ( )
33
34
APENDICE 2
FICHA DE APRENDIZAGEM - TOQUE
Nome: Data_I_I __
Entrada sob a bola: nessa fase inicial, as pernas e os bragos devem estar
semiflexionados ( ), com a bola acima da cabega ( ). As pernas, alem de
semiflexionadas ( ), devem estar com um afastamento lateral da largLira aproximada
dos ombros ( ) e L11l1pe ligeiramente a frente do outro ( ). 0 tronco deve estar
levemente inclinado para frente ( ).
Os bragos estarao semiflexionados ( ), de modo a posicionar os cotovelos,
urn pouco acima da altura dos ombros ( ), lateralrnente em relagao ao tronco ( ). As
maDs devem estar COIll os dedos qLlase que totalmente estendidos ( ), mas de Lima
forma arredondada ( ) (como Lima concha) para melhor acomodar a curvatLira da
bola.
Execugao: quando for dado 0 toque na bola, todo 0 corpo participa ( ). 0
contato sera sLitil ( ), com a parte interna dos dedos ( ) e uma pequena flexao dos
punhos ( ). Os bragos e as pernas deverao se estender ( ), para provocar uma
transferencia do peso do corpo sobre a perna de tras para frente ( ).
Termino do movimento: 0 corpo terminara todo estendido ( ).
Estagio Cognitiv~ ( )
Estagio Associativo (
Estagio Autonomo ( )34