UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP PRÓ-REITORIA ACADÊMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO FRANCISCA SIMONELY DE VASCONCELOS PROPOSTA DE MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO FINANCEIRA PESSOAL NATAL/RN 2017
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UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
FRANCISCA SIMONELY DE VASCONCELOS
PROPOSTA DE MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO FINANCEIRA
PESSOAL
NATAL/RN 2017
FRANCISCA SIMONELY DE VASCONCELOS
PROPOSTA DE MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO FINANCEIRA
PESSOAL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Administração, da Universidade Potiguar, como requisito para obtenção do título de Mestre em Administração na Área de Concentração Gestão Estratégica de Negócios.
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo José Guerra Leone
NATAL/RN 2017
Vasconcelos, Francisca Simonely de.
Proposta de método de acompanhamento da gestão financeira pessoal / Francisca Simonely de Vasconcelos. – Natal-RN, 2017. (81)f.
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo José Guerra Leone. Dissertação (Mestrado em Administração) –
Universidade Potiguar. Pró-Reitoria Acadêmica – Núcleo de Pós-Graduação.
PROPOSTA DE MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO FINANCEIRA
PESSOAL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Administração, da Universidade Potiguar, como requisito para obtenção do título de Mestre em Administração na Área de Concentração Gestão Estratégica de Negócios.
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo José Guerra Leone
BANCA EXAMINADORA
___________________________________ Prof. Dr. Rodrigo José Guerra Leone
Orientador Universidade Potiguar - UnP
___________________________________ Prof. Dr. Alandey Severo Leite da Silva
Examinador Interno Universidade Potiguar - UnP
___________________________________ Prof. Dr. Kléber Cavalcanti Nóbrega
Examinador Interno Universidade Potiguar - UnP
___________________________________ Prof. Dr. Anderson Luiz Rezende Mól
Examinador Externo Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
A Deus, por ter me dado condições de lutar e
alcançar os objetivos pretendidos.
A minha família, pelo incentivo, carinho e amor.
Ao Angelo, pelo companheirismo e apoio
incondicional.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela proteção que me tem dado, nas infinitas viagens realizadas nesses dois
últimos anos – Macau/Natal/Macau/Natal...
A família, pelo apoio e pela compreensão da minha ausência em vários momentos.
Ao meu esposo Angelo, pela parceria, pelo amor, pelo cuidado e zelo comigo.
Ao IFRN, que possibilitou meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Aos colegas de trabalho do IFRN Campus Macau, pela compreensão e grande ajuda.
“Aqui é DIAD!”.
Aos meus amigos mestrandos do IFRN, eu não conseguiria sozinha ou, pelo menos,
a caminhada teria sido muito mais árdua. Especialmente aos de Estratégia: Raquel,
Ana Cláudia e George, somos sobreviventes!
Ao professor Rodrigo Leone, pelo incentivo e paciência durante esse período de
parceria.
Aos demais professores por terem compartilhado conhecimentos e ajudado ao meu
aperfeiçoamento acadêmico. E a Glícia, pelos cafezinhos e as conversas que
tornaram mais leve nossos 5 minutos fora da sala de estudos.
Aos membros da Banca de Defesa, os Professores Doutores Alandey Severo, Kléber
Nóbrega e Anderson Mól, pelas contribuições dispensadas no aprimoramento deste
trabalho.
Por fim, agradeço a todos que participaram direta ou indiretamente dessa conquista,
Que Deus abençoe a todos!
RESUMO
Ao planejar as finanças pessoais, as pessoas esbarram na necessidade de determinar
recursos para a satisfação de necessidades humanas básicas, desejos de compra e
plano de investimento. Considerando que os recursos são limitados, é necessária uma
gestão adequada, que possa promover a eficiência das ações tomadas. Nesse
contexto, esta pesquisa tem como objetivo propor um método de acompanhamento
da gestão financeira pessoal, para ser utilizado preferencialmente por consultores de
finanças pessoais, elaborado através da definição e ponderação de perspectivas
relacionadas à gestão financeira pessoal, da seleção e ponderação de indicadores
para cada perspectiva, da proposição de valores de referência para cada indicador e
da proposição de fórmulas para medir desempenho das finanças pessoais. A primeira
fase do trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica. A segunda fase foi direcionada
a pesquisa com consultores de finanças pessoais atuantes no Brasil, entre eles
profissionais certificados pelo Planejar, antigo IBCPF, professores doutores em
finanças pessoais e profissionais do BACEN responsáveis pela área de finanças
pessoais. Foram enviados a este público formulários em planilhas do Excel,
compostos por indicadores, desenvolvidos com base em cálculos dos subitens de
despesas, receitas, balanço patrimonial, demonstrativos de resultados, e etc. e de
perspectivas, que são espécies de categorias, e foram escolhidas por serem as mais
comuns em termos de avaliação financeira, sendo possível aplicá-las praticamente
para qualquer pessoa. No formulário I, foi solicitado ao público que relacionasse cada
indicador proposto a uma ou mais perspectiva. Posteriormente, foi enviado o
formulário II, ao mesmo público, já configurado conforme indicação da relação entre
indicadores e perspectivas. Neste formulário o público indicou um determinado peso,
para cada indicador e para cada perspectiva relacionada. Logo após, foram
apresentados valores de referência para cada indicador, e proposto fórmulas para
medir desempenho das finanças pessoais. E assim, considera-se que o objetivo geral
da pesquisa foi alcançado, pois esta pesquisa ratifica sua relevância ao enriquecer o
entendimento a respeito do tema finanças pessoais e paralelamente serve como base
para futuras pesquisas acadêmicas, além de guia para auxiliar na tomada de
Com este índice é possível identificar qual o percentual da renda total da família
ou indivíduo que sobra para investir. Conservar este índice de poupança elevado é
primordial para atingir a independência financeira.
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2.3.4. Scorecard nas Finanças Pessoais
A ferramenta conhecida como scorecard é o mesmo que um cartão de
pontuação. Dentro da área financeira, em uma metodologia específica, serve como
um bilhete de identidade que indica o risco de crédito que um determinado devedor
apresenta, tendo por base um conjunto de variáveis conceituadas explicativas. Como
exposto por Siddiqi (2006), estas variáveis são apresentadas de várias maneiras,
como informações demográficas, dados do setor imobiliário, fatos da relação existente
com as instituições, bases de agências de referência, etc. Para tanto, para cada
variável considerada lhe é conferida uma determinada pontuação (score), pontuação
esta resultado de análises estatísticas que consideram a resistência, a correlação e
outros fatores, portanto, o scorecard é o resultado da soma das pontuações (score)
aplicadas a cada variável.
2.3.4.1. Scorecard de Risco de Crédito
Os modelos de mensuração de risco de crédito surgiram da necessidade de
quantificar o risco de determinado título ou do seu emitente, e têm indicadores cruciais,
implícitos, que determinam a probabilidade do não cumprimento do acordo financeiro,
que se transformará em uma nota, em uma classificação (SAUNDERS; ALLEN, 2010).
Caouette et al., (2008) ainda observam que os modelos de mensuração de risco
permitem mais do que a quantificação do risco, permitem também reforçar a cultura
de crédito, melhoram a definição do pricing associado ao risco assumido e melhoram
também a gestão da carteira de ativos, gerando assim mais eficiência na alocação do
capital.
Medina e Selva (2012) destacam que, no caso específico das pessoas físicas,
é ainda mais difícil elencar todas as variáveis necessárias para efetuar a medição do
risco de financiamento. Consoante a isso, Abdou e Pointon (2011) afirmam que não
há um número ideal de variáveis para analisar risco de crédito, independente do
modelo de mensuração de risco usado, ou até mesmo por questões de proteção de
informação das pessoas e dos seus dados.
Neste assunto, os EUA foram os primeiros a desenvolver um modelo de
avaliação e previsão de risco, tanto para pessoas jurídicas como também para
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pessoas físicas – em 1989, criado pela Fair Isaac Company (FICO) e chamado por
FICO Score (FICO, 2016a). Uma metodologia que rapidamente se tornou uma
importante ferramenta de gestão de risco (FICO, 2016b), tanto para as instituições
financeiras, que puderam analisar seus clientes, quanto para os próprios particulares,
os quais viram na sua mensuração de risco uma ferramenta facilitadora na relação
com as instituições financeiras (LYONS et al., 2007). Atualmente a FICO é
considerada uma das 25 melhores empresas de tecnologia de ponta para serviços
financeiros pelo 10º ano consecutivo, conforme o FinTech 100. A própria Fair Isaac
Company, justifica o mérito da mensuração dirigida a pessoas físicas, pois, segundo
ela, há a realização da concessão de empréstimos mais justos, devido a facilidade de
compreensão pelos reguladores, que promove também o cumprimento dos padrões
definidos, se adapta as mudanças regulatórias e, ainda por cima, é mais transparente
no tocante às variáveis que estão contidas.
Contudo, a FICO não é a única organização que se dedica a mensuração de
risco direcionada a pessoas físicas. A VantageScore Solutions, outra organização do
segmento, criou o seu próprio modelo de avaliação, tendo como objetivo preencher
as limitações apontados ao modelo desenvolvido pela FICO, entre as inovações,
trouxe a exigência de uma linha de crédito aberta há pelo menos seis meses.
As duas organizações realizam suas metodologias de forma distinta,
principalmente quanto ao tratamento dos dados, ao histórico de crédito e aos tipos de
crédito. O modelo proposto pela VantageScore foi apresentado em 2006, resultado do
trabalho em conjunto da Equitax, Experien e TransUnion, com o objetivo de criarem
uma solução mais avançada de mensuração de crédito, com critérios e ponderações
diferentes, com uma maior padronização quando comparado ao FICO score
(HENRIQUES, 2014).
Burns (2010) aponta que uma das vantagens do VantageScore é a
possibilidade de fornecer uma avaliação para um grande número de consumidores,
que antes eram excluídos por apresentar histórico de crédito insuficiente. A versão
mais atual do modelo VantageScore é a 3.0, surgiu após a necessidade de adaptação,
resultado da crise de 2007, na qual se espera que esta última atualização amplie a
precisão do modelo anterior, uma vez que sua base de dados tem maior qualidade e
quantidade.
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A avaliação desenvolvida pela FICO divide as variáveis em cinco grupos,
enquanto a VantageScore 3.0 caracteriza-se por seis grupos, dando-lhes também
ponderações distintas, conforme quadro a seguir:
FICO score VantageScore 3.0
Histórico de pagamentos 35% Histórico de pagamentos 40%
Montante em dívida 30% Montante em dívida relativamente ao limite de crédito
20%
Histórico de cumprimento de crédito
15% Antiguidade, tipos de crédito e respetivos históricos
21%
Outros fatores (tipos de crédito em uso e quantidade)
10% Saldos atuais e históricos 11%
Créditos recentes 10% Créditos recentes 5% Valor de crédito disponível 3%
Quadro 6 – Componentes e pesos das variáveis do FICO Score e VantageScore Fonte: Adaptado de FICO (2015) e VANTAGESCORE (2013)
As principais diferenças entre as formas de avaliação, FICO e VantageScore
3.0, estão relacionadas aos pesos das variáveis que as compõem, e também nas
variáveis que incluem. Para o FICO score, o montante de dívida está para o peso de
30%, já a VantageScore 3.0 pondera o total de dívida em comparação ao limite de
crédito do devedor, com um peso inferior ao FICO score, de 20%. Os créditos recentes
também têm um peso maior na metodologia FICO, 10%, e na VantageScore 3.0, 5%.
A variável nova, apresentada na metodologia VantageScore 3.0 é a variável valor de
crédito disponível, com peso de 3%, esta não está incluída na FICO. Conforme
apresentado na Figura 1 – Componentes e pesos das variáveis do FICO Score e
VantageScore.
Em relação ao Score, a escala usada pela FICO vai de 300 a 850 pontos,
conforme maior ou menor risco de crédito (FICO, 2015), e na escala desenvolvida
pela VantageScore Solutions, nos primeiros modelos apresentavam-se uma escala
de 501 a 990 - versões (1.0 e 2.0), e de 300 a 850 na sua última versão (3.0).
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Figura 1 – Componentes e pesos das variáveis do FICO Score e VantageScore
Fonte: Adaptado de (FICO, 2015) e (VANTAGESCORE, 2013)
2.3.4.2. Scorecard para Análise da Situação Financeira
Kohl e White (1998) apresentam um modelo desenvolvido por eles onde o
próprio indivíduo analisa sua situação, o Personal Finance Scorecard: Your Annual
Check. Segundo os autores, funciona como uma espécie de semáforo, no qual,
durante a análise, uma luz verde representa uma pontuação entre 8 e 10, que
geralmente indica uma situação confortável, de estabilidade financeira. Quando uma
luz amarela aparece, entre o intervalo de 4 a 7 pontos, normalmente denota um ponto
fraco que precisa de uma ação corretiva. Já para uma pontuação de 0 a 3, há a
necessidade de ação corretiva imediata, pois há grandes problemas financeiros em
curso. Conforme Figura 2 – Modelo Personal Finance Scorecard: Your Annual Check.
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Figura 2 – Modelo Personal Finance Scorecard: Your Annual Check
Fonte: KOHL; WHITE (1998)
Para se chegar ao resultado apresentado na Figura 3 – Modelo Personal
Finance Scorecard: Your Annual Check, a própria pessoa responde ao questionário
apresentado no Quadro 7 – Critérios para o Checkup.
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Fundo de emergência (inclui todos os ativos de dinheiro que poderiam ser transformados em dinheiro rapidamente, sem interromper o seu estilo de vida normal.)
Vermelho (0-3): sem reserva de dinheiro disponível para emergências financeiras
Amarelo (4-7): 1 a 3 meses de renda em dinheiro disponível, como reserva para emergências financeiras
Verde (8-10): 3 a 8 meses de renda em dinheiro disponível, como reserva para emergências financeiras
Dívida de cartão de crédito
Vermelho (0-3): desequilíbrio, utilizando mais 15% da renda
Amarelo (4-7): equilíbrio, utilizando entre 5% e 15% da renda
Verde (8-10): equilíbrio com estabilidade, utilizando menos de 5% da renda
Dívida de consumo das famílias (excluindo a dívida de cartão de crédito; incluindo carro, eletrodomésticos, dívida de taxa de matrícula de faculdade e todos pagamentos a família ou amigos.)
Vermelho (0-3): pagamentos que usam mais de 15% da renda
Amarelo (4-7): pagamentos que usam entre 5% e 15% da renda
Verde (8-10): pagamentos que usam menos de 5% da renda
Dívida hipotecária do conjunto familiar
Vermelho (0-3): pagamentos que usam mais de 30% da renda
Amarelo (4-7): pagamentos que usam entre 15% e 30% da renda
Verde (8-10): pagamentos que usam menos de 15% da renda
Histórico de crédito
Vermelho (0-3): numerosas inadimplências, reintegração de posse no registro ou falência
Amarelo (4-7): uma inadimplência sobre a dívida
Verde (8-10): adimplente em todos os pagamentos, não há falência
Poupanças e investimentos (incluindo ações, obrigações, fundos mútuos)
Vermelho (0-3): nenhum investimento atual, com algumas retiradas dos investimentos de longo prazo
Amarelo (4-7): economiza entre 1% e 5% da renda
Verde (8-10): economiza 5% ou mais de renda
Plano de aposentadoria contribuições
Vermelho (0-3): não há contribuições de planos atuais, e há algumas retiradas de investimentos a longo prazo
Amarelo (4-7): economiza entre 1% e 5% da renda
Verde (8-10): economiza 5% ou mais de renda
Seguros (os níveis de idade, renda e objetivos resultam em diferentes escalas no scorecard)
Vermelho (0-3): nenhum seguro ou planejamento de aquisição de seguro
Amarelo (4-7): alguma modalidade de seguro, mas não é um plano abrangente
Verde (8-10): plano abrangente incluindo plano de saúde, vida, invalidez, responsabilidade, grupo familiar, cuidados de saúde a longo prazo, entre outros.
Planejamento patrimonial a longo prazo
Vermelho (0-3): sem plano, sem intenção de realizá-lo, sem plano de sucessão
Amarelo (4-7): será desenvolvido, mas falta conhecimento e registro
Verde (8-10): testamentos, plano de sucessão registrado, atualização a cada 5 anos
Planejamento financeiro
Vermelho (0-3): não há plano formal com metas, objetivos e indicadores
Amarelo (4-7): plano parcial, sem componentes significativos
Verde (8-10): plano escrito com metas, objetivos e indicadores, e com atualização a ser realizada a cada 5 anos
Quadro 7 – Critérios para o Checkup Fonte: Adaptado de (KOHL; WHITE, 1998)
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1. TIPO DE PESQUISA
Quanto a natureza, este trabalho apresenta característica de pesquisa
aplicada, uma vez que esta objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática
dirigidos à solução de problemas específicos. Apresenta caráter exploratório, dado
que tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto o qual possui
poucos estudos neste país, e também a abordagem quantitativa, pois irá classificar e
analisar as informações obtidas utilizando técnicas estatísticas (PRODANOV;
FREITAS, 2013).
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, para montar o referencial teórico
foi realizada uma pesquisa bibliográfica, constituída principalmente de livros,
publicações científicas disponíveis em bases virtuais, e pesquisas publicadas por
órgãos de renome da área de finanças, com o objetivo de compreender o material já
escrito sobre o assunto do trabalho. Já para o levantamento dos dados, foi realizada
uma pesquisa de campo com o objetivo de conseguir informações e conhecimentos
acerca do problema para o qual se procura a resposta, a criação de um método com
seus indicadores.
3.2. UNIVERSO/AMOSTRA
O universo desta pesquisa é formado por consultores de finanças pessoais
atuantes no Brasil. A amostra foi definida por acessibilidade e contou com 28
consultores, e um total de 17 respondentes. O grupo dos respondentes é composto
por profissionais certificados pelo Planejar, antigo IBCPF - Instituto Brasileiro de
Certificação de Profissionais Financeiros, por professores doutores em finanças
pessoais e profissionais do BACEN - responsáveis pela área de finanças pessoais.
3.3. VARIÁVEIS DO ESTUDO
As variáveis do estudo são os subitens das despesas, receitas, ativo, passivo,
entre outros itens, conforme Quadro 8.
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ITEM DESCRIÇÃO DO ITEM
1 Renda operacional líquida Tem como objetivo registrar toda entrada de caixa derivada de um esforço laboral.
2 Renda financeira ou passiva
Tem como objetivo registrar toda entrada de caixa derivada da valorização ou do uso de seus ativos financeiros, como aluguéis de imóveis de sua propriedade, rendimentos de aplicações, juros de empréstimos e de títulos de dívida, dividendos de ações, entre outros, e também dos empréstimos tomados pelo indivíduo.
3 Resgates Tem como objetivo registrar toda entrada de caixa derivada de resgates de aplicações financeira.
4 Despesas correntes Tem como objetivo registrar toda saída de caixa. É composta por despesas fixas, variáveis, extras e financeiras.
5 Aplicações Tem como objetivo registrar toda saída de caixa que no futuro será uma nova entrada de caixa ou à aquisição de um ativo financeiro.
6 Disponibilidades São os ativos líquidos, ou que podem ser transformados em disponibilidade imediata, normalmente sem rendimento associado.
7 Poupança e investimentos São ativos que geram ganhos financeiros, com entradas de caixa únicas, periódicas ou não-periódicas.
8 Propriedades São ativos para usufruto próprio, sem finalidade financeira, prezando apenas pela qualidade de vida do proprietário.
9 Obrigações correntes São as dívidas com vencimento menor que um ano, caracterizadas pelo curto prazo.
10 Obrigações de longo prazo São as dívidas com vencimento maior que um ano, caracterizadas pelo longo prazo.
11 Patrimônio líquido É a representação do valor que determinada pessoa tem em certo momento, é o resultado do ativo menos o passivo.
12 Índice de liquidez É a medida do tempo gasto em que um ativo pode ser transformado em dinheiro disponível, sem haver perda de valor.
13 Índice de cobertura das despesas mensais
Indica quanto tempo os ativos de curto prazo conseguem cobrir as despesas mensais.
14 Índice de endividamento É o indicador de quanto dos bens compreendidos no ativo foram financiados por terceiros, ainda não foram pagos completamente.
15 Índice de poupança Identifica o percentual da renda total do indivíduo que sobra para investir.
16 Caixa mensal É uma ferramenta de controle das transações periódicas do indivíduo, entre a renda - entradas de caixa, e seus gastos - saídas de caixa.
17 Investimentos É a aplicação de recursos, tanto em dinheiro como a títulos de crédito, capaz de trazer um retorno futuro maior do que o aplicado inicialmente.
18 Patrimônio São os bens e direitos de valor econômico pertencentes a uma pessoa.
19 Proteção
É o planejamento traçado para proteger financeiramente o consumidor, tem como objetivo diminuir o impacto econômico com os previstos e/ou imprevistos fenômenos da economia e da vida.
20 Dívidas São compras, financiamento e/ou empréstimos ainda sem pagamento, em atraso ou não.
21 Crédito É a forma de obter recursos para atender a alguma necessidade, assumindo uma promessa de pagamento, com vencimento posterior a data da transação.
22 Aposentadoria Planejamento realizado para parar de trabalhar.
Quadro 8 – Itens geradores de variáveis Fonte: elaborado pela autora
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3.4. COLETA DE DADOS
3.4.1. Plano de Coleta de Dados
A coleta dos dados, que fundamentou o método proposto, foi realizada através
do envio de planilhas do Excel via e-mail aos consultores, caracterizando assim uma
pesquisa de campo. A lista de e-mails desses profissionais para o envio dos
formulários foi obtida via network e da homepage do IBCPF.
Foi realizado um pré-teste do formulário I, no período de 09 a 28 de fevereiro
de 2017. Esse pré-teste foi enviado a 10 consultores, e 06 responderam.
O formulário I, versão final – com a avaliação das correções e inclusões
sugeridas no pré-teste, foi enviado aos consultores em 06 de março de 2017, com
período de resposta até 10 de março de 2017. O formulário II foi encaminhado aos
consultores em 13 de março de 2017, com período de resposta até 17 de março de
2017.
Ambos os formulários foram enviados a um total de 28 consultores, a mesma
lista de e-mails, no entanto, houve consultores que responderam os dois formulários,
como houve casos que responderam apenas um dos formulários, totalizando 17
respondentes, sendo que cada formulário recebeu 10 respostas.
3.4.2. Instrumento de Pesquisa
Como instrumento de coleta, foram enviados ao público da pesquisa
formulários em planilhas do Excel. Nestes formulários, encontram-se os indicadores,
apresentados no Quadro 9 – Indicadores, que foram desenvolvidos com base em
cálculos originados dos subitens de despesas, receitas, balanço patrimonial,
demonstrativos de resultados, e etc. e as perspectivas, apresentadas no Quadro 10 –
Perspectivas, que foram criadas com base em interpretações de aspectos financeiros.
Cód. Indicadores
1 (Obrigações Correntes + Obrigações de Longo Prazo) / Ativo Total
2 Patrimônio Líquido / Ativo Total
3 Disponibilidades / Ativo Total
4 (Renda Passiva – Despesas Financeiras) / Ativo Total
5 Passivo Circulante / Receita Total
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6 (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo + Investimentos de Longo Prazo) / (Obrigações de Curto Prazo + Obrigações de Longo Prazo)
7 (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) / Despesas Mensais
8 (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) / Obrigações Correntes
9 Propriedades / Patrimônio Líquido
10 Despesa Total / Receita Total
11 Obrigações de Longo Prazo / Receita Corrente Líquida
12 Receita / N° de Dependentes
13 Valor da Apólice de Seguro / N° de Dependentes
14 Valor da Apólice de Seguro / Idade
15 (Ativo Total / Obrigações De Curto Prazo) / 12
16 Saldo de Contribuição para a Aposentadoria / Idade
17 Valor da Apólice de Seguro / Patrimônio Líquido
18 Valor de Crédito Pré-Aprovado / Patrimônio Líquido
19 (Dias de Atraso No Pagamento X N° De Títulos com Pagamento Atrasado) / 365
(Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo + Investimentos de Longo Prazo) / (Obrigações de Curto Prazo + Obrigações de Longo Prazo)
>= 1 Sugestão da Autora
Patrimônio Líquido / Ativo Total <= 1
Brito e Assaf Neto (2008); Guimarães e Alves (2009)
Propriedades / Patrimônio Líquido >= 70% Sugestão da Autora
Proteção
Valor da Apólice de Seguro / N° de Dependentes
Variável -
Valor da Apólice de Seguro / Patrimônio Líquido
>= (Obrigações de curto prazo +
Obrigações de longo prazo) /
Patrimônio Líquido
Sugestão da Autora
Fonte: elaborado pela autora
O valor de referência do indicador Saldo de Contribuição para a Aposentadoria
/ Idade é muito particular. Deve ser analisado caso a caso. Pois o termo Contribuição
para a Aposentadoria deve ser considerado não apenas as contribuições realizadas
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para a previdência, seja ela pública ou privada, mas também as contribuições que a
pessoa pensou em usar somente na aposentadoria, como investimentos, por
exemplo.
Outro indicador muito particular é o Valor da Apólice de Seguro / N° de
Dependentes, neste é preciso considerar o padrão de vida que a pessoa deseja deixar
para os seus dependentes. Assim como que tipo de apólice pode ser contratada
dentro da sua realidade financeira.
Embora o indicador (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) /
Despesas Mensais não tenha atingido o quantitativo mínimo de sugestões para ser
considerado como de Proteção, se ponderarmos a ideia de Halfeld (2004) que para
não ficar na dependência de créditos em bancos ou financeiras, em caso de
desemprego – por exemplo, e assim pagar altas taxas de juros, esse indicador nunca
deve ficar menor que 6 (seis). Ou seja, 6 (seis) seria a quantidade de meses que
conseguiria manter seus pagamentos sem fonte de renda. Com essa ideia, o indicador
será considerado também na perspectiva de Proteção,
4.4. NOTA GERAL EM GESTÃO DE FINANÇAS PESSOAIS
Após realizar o levantamento das informações financeiras, é possível calcular
o desempenho na gestão das finanças pessoais realizando os seguintes cálculos:
Passo 1: Para calcular a nota de cada indicador i, em cada perspectiva, usa-se
a fórmula:
𝑁𝑖 =𝑉𝐴𝑖−𝑉𝐵𝑖
𝑉𝑀𝑖−𝑉𝐵𝑖 (eq. 5)
Onde VA é o valor atual do indicador, VB é o valor base e VM é o valor meta
(ou valor de referência).
Explicação:
O valor base é o pior valor possível para o indicador, e o valor meta é o valor a
ser buscado.
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Calculada a partir dessa fórmula, a nota do indicador aponta quanto da
distância entre o valor base e o valor meta já foi alcançado com o valor atual.
Passo 2: Para cada perspectiva, calcular a nota da perspectiva pela fórmula:
𝑁𝑃 =∑ 𝑤𝑖×𝑁𝑖
𝑛𝑖=1
∑ 𝑤𝑖𝑛𝑖=1
(eq. 6)
Onde wi é o peso de cada indicador na perspectiva.
Passo 3: Calcular a nota geral pela fórmula:
𝑁 =∑ 𝑤𝑃×𝑁𝑃
𝑚𝑃=1
∑ 𝑤𝑃𝑚𝑃=1
(eq. 7)
Onde wP é o peso de cada perspectiva.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve como objetivo geral propor um método de acompanhamento
da gestão financeira pessoal. Essa dissertação contribui para que uma pessoa possa
medir seu desempenho na gestão das finanças pessoais, uma vez que, ao medir seu
desempenho nas finanças, a pessoa fica mais atenta aos gastos, e através da análise
dos dados consegue ter uma visão panorâmica e uma melhor noção de como o
dinheiro se movimenta, de como aplicar seus recursos de acordo com as suas
prioridades e objetivos.
O primeiro objetivo específico tratou de definir e ponderar perspectivas
relacionadas a gestão financeira pessoal. As perspectivas que foram escolhidas para
serem analisadas são as mais comuns em termos de avaliação financeira, pois são
mais genéricas, que abrangem mais pessoas, diferente de tributação e sucessão - por
exemplo - que são casos mais específicos. As perspectivas analisadas foram:
Aposentadoria, Caixa Mensal, Crédito, Dívidas, Investimentos, Patrimônio e Proteção.
A ponderação se deu através do Formulário II, o qual solicitava ao público que
atribuísse valores de 1 a 10 a cada perspectiva, e teve como resultado a média dos
pesos sugeridos.
O segundo objetivo dessa pesquisa “Selecionar e ponderar indicadores para
cada perspectiva” foi trabalhado nos Formulários I e II. No Formulário I, para atingir o
objetivo, foi solicitado que fossem relacionados indicadores a suas respectivas
perspectivas, marcando um “x” na célula que representasse a relação. No Formulário
II, já formatado conforme resultado do Formulário I, solicitava que atribuíssem pesos
aos indicadores de acordo com a perspectiva a qual estava relacionado. Na análise
verificou-se que vários indicadores estão presentes em mais de uma perspectiva, e
possuem pesos distintos de acordo com a perspectiva relacionada. Constatou-se
assim, que existe uma relação muito próxima, uma convergência, entre as
perspectivas, impedindo que sejam realizadas análises isoladamente.
O terceiro objetivo dessa pesquisa destinou-se a propor valores de referência
para cada indicador. Ou seja, são valores considerados satisfatório como resultado
das operações que formam os indicadores. Os valores foram propostos pela autora,
com base em conceitos financeiros, e também encontrados na literatura, tendo como
objetivo servir de balizador da gestão das finanças pessoais.
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Assim como o quarto e último objetivo “Propor fórmulas para medir e controlar
o desempenho das finanças pessoais”. São três cálculos que devem ser realizados
na sequência que foram apresentados, e ao final será possível medir a situação atual,
compará-la com a situação ideal e verificar quanto falta para atingir o objetivo.
Diante do exposto, pode-se concluir que o objetivo geral da pesquisa foi
alcançado. Além disso, é possível constatar que esse estudo amplia a literatura sobre
finanças pessoais, ainda pouco explorada cientificamente no Brasil.
Este trabalho apresenta uma importante aplicabilidade prática, e reafirma o
propósito de incentivar a manutenção de uma vida financeira saudável, de melhorar a
gestão das finanças pessoais através de um conjunto de conhecimentos que irão
auxiliar as pessoas na administração do dinheiro.
Além disso, mesmo entendendo esta pesquisa de caráter inovador, uma vez
que proporciona uma nova abordagem sobre gestão das finanças pessoais, apresenta
limitações, visto que o método se fundamenta basicamente na teoria e na percepção
de consultores financeiro, não tendo sido aplicado na prática. Para a aplicação seria
necessário tempo de acompanhamento, pois de nada adiantaria apenas aplicar um a
vez e não realizar o acompanhamento para confirmar o funcionamento da
metodologia. Outra limitação constatada foi a quantidade de perspectivas analisadas.
Mesmo não existindo uma quantidade pré-definida de perspectivas na literatura, mas
algumas conhecidas e muito importantes como tributação, sucessão e educação não
foram consideradas nesta análise.
Esta pesquisa ratifica sua relevância ao enriquecer o entendimento a respeito
do tema finanças pessoais e paralelamente serve como base para futuras pesquisas
acadêmicas, além de guia para auxiliar na tomada de decisões. Recomenda-se, com
isso, que novas investigações sejam realizadas utilizando situações financeiras reais,
pesquisando a aplicabilidade do método em cenários com pessoas em situações de
devedores, situação estável e investidores, para se ampliar a discussão e os dados.
Assim como ampliar a lista de perspectivas analisadas, incluindo principalmente
tributação, sucessão e educação, buscando seus indicadores e realizando
experiências práticas.
65
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1 (Obrigações Correntes + Obrigações de Longo Prazo) / Ativo total
2 Patrimônio Líquido / Ativo Total
3 Disponibilidades / Ativo Total
4 (Renda Passiva – Despesas Financeiras) / Ativo Total
5 Passivo Circulante / Receita Total
6 (Ativo Circulante + Investimentos de Longo Prazo) / Exigível Total
7 Ativo de Curto Prazo / Despesas Mensais
8 Passivo Exigível / Ativo Total
9 Patrimônio líquido / Ativo total
Apêndice A: Formulário de pré-teste Senhor(a) Consultor(a), Este formulário faz parte de uma pesquisa de mestrado cujo objetivo é elaborar um método de acompanhamento da gestão financeira pessoal. Agradeço a colaboração. Francisca Simonely de Vasconcelos Mestranda em Administração Universidade Potiguar [email protected] Prof. Dr. Rodrigo Leone Orientador Para respondê-lo, primeiro é necessário que relacione cada indicador proposto com a sua perspectiva correspondente, podendo escolher mais de uma perspectiva por indicador, ou nenhuma, quando achar o indicador irrelevante. Depois, poderá sugerir novos indicadores, relacionando-os também a sua respectiva perspectiva. Não será divulgada nenhuma informação ou referência sobre os participantes da pesquisa.
72
10 Ativo permanente / Patrimônio líquido
11 (Disponibilidades - Obrigações Correntes) / Receita Total
12 Obrigações de longo prazo / Receita Corrente Líquida
13 Idade / Tempo de contrinuição previdenciária
14 Idade / Expectativa de vida do brasileiro
15 N° de filhos / Receita
16 N° de filhos / Valor da apólice de seguro
17 Valor da apólice de seguro / Idade
18 (Ativo total / Obrigações de curto prazo) / 12
19 Saldo de contribuição previdenciária / Idade
20 Valor da apólice de seguro / patrimônio líquido
21 Valor de crédito pré-aprovado / patrimônio líquido
22 (Dias de atraso no pagamento x n° de títulos com pagamento atrasado) / 365
1 (Obrigações Correntes + Obrigações de Longo Prazo) / Ativo total
2 Patrimônio Líquido / Ativo Total
3 Disponibilidades / Ativo Total
4 (Renda Passiva – Despesas Financeiras) / Ativo Total
5 Passivo Circulante / Receita Total
6
(Disponibilidades + Investimentos de curto prazo + investimentos de longo prazo) / (Obrigações de curto prazo + Obrigações de longo prazo)
7 (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) / Despesas Mensais
Apêndice B: Formulário I – INDICADORES x PERSPECTIVAS Senhor(a) Consultor(a), Este formulário faz parte de uma pesquisa de mestrado cujo objetivo é elaborar um método de acompanhamento da gestão financeira pessoal. Agradeço a colaboração. Francisca Simonely de Vasconcelos Mestranda em Administração Universidade Potiguar [email protected] Prof. Dr. Rodrigo Leone Orientador Para respondê-lo, primeiro é necessário que relacione cada indicador proposto com a sua perspectiva correspondente, marcando um "X" na célula que representar a relação, podendo escolher mais de uma perspectiva por indicador, ou nenhuma, quando achar o indicador irrelevante. Não será divulgada nenhuma informação ou referência sobre os participantes da pesquisa.
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8 (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) / Obrigações Correntes
9 Propriedades / Patrimônio líquido
10 Despesa Total / Receita Total
11 Obrigações de longo prazo / Receita Corrente Líquida
12 Receita / N° de dependentes
13 Valor da apólice de seguro / N° de dependentes
14 Valor da apólice de seguro / Idade
15 (Ativo total / Obrigações de curto prazo) / 12
16 Saldo de Contribuição para a Aposentadoria / Idade
17 Valor da apólice de seguro / patrimônio líquido
18 Valor de crédito pré-aprovado / patrimônio líquido
19 (Dias de atraso no pagamento x n° de títulos com pagamento atrasado) / 365
26 (Renda Total - (Despesas Essenciais + Despesas Importantes)) / Renda Total
27 Contribuição Anual para a Aposentadoria / Renda Bruta Anual
28 Ativo financeiro de curto prazo / Ativo total Fonte: elaborado pela autora
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Apêndice C: Formulário II – PONDERAÇÃO: INDICADORES E PERSPECTIVAS
Senhor(a) Consultor(a), este formulário faz parte de uma pesquisa de mestrado cujo objetivo é elaborar um método de acompanhamento da gestão financeira pessoal.
Conforme tabela abaixo, cada perspectiva é composta por alguns indicadores, resultantes de uma pesquisa anterior. Solicito que seja atribuído pesos de 01 a 10 (com grau de importância do menor para o maior), para cada perspectiva e para cada indicador, considerando o cenário de uma família de classe média com 04 pessoas - os pais e dois filhos. Obs.: o indicador que estiver presente em mais de uma perspectiva poderá ter pesos diferentes, pois o peso deve ser estimado na relação indicador x perspectiva.
Perspectiva Peso da
Perspectiva Indicadores
Peso do Indicador
Aposentadoria Contribuição Anual para a Aposentadoria / Renda Bruta Anual
Saldo de Contribuição para a Aposentadoria / Idade
Caixa Mensal
(Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) / Despesas Mensais
(Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo) / Obrigações Correntes
(Dias de Atraso no Pagamento x N° de Títulos com Pagamento Atrasado) / 365
(Obrigações Correntes + Obrigações de Longo Prazo) / Ativo Total
Despesas com Dívidas / Renda Total
Investimento (Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo + Investimentos de Longo Prazo) / (Obrigações de Curto Prazo + Obrigações de Longo Prazo)
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Disponibilidades / Ativo Total
Patrimônio Líquido / Ativo Total
Propriedades / Patrimônio Líquido
Patrimônio
(Disponibilidades + Investimentos de Curto Prazo + Investimentos de Longo Prazo) / (Obrigações de Curto Prazo + Obrigações de Longo Prazo)
Patrimônio Líquido / Ativo Total
Propriedades / Patrimônio Líquido
Proteção Valor da Apólice de Seguro / N° de Dependentes
Valor da Apólice de Seguro / Patrimônio Líquido Fonte: elaborado pela autora
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Apêndice D: conciliação das respostas do Formulário II (pesos indicados por consultor para os indicadores)