UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE ROCHAS METAMÁFICAS E METASSEDIMENTARES DO GREENSTONE BELT RIO DAS MORTES NA REGIÃO DE SÃO TIAGO - CASSITERITA E ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DE DIQUES METABÁSICOS E DE DIABÁSIO FERNANDO DE SOUZA GONÇALVES VASQUES ORIENTADOR: CIRO ALEXANDRE ÁVILA (Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional – UFRJ) PETRO-MIN: Grupo de estudos em Petrologia e Mineralogia (Sediado no Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional) MARÇO, 2007 RIO DE JANEIRO – RJ – BRASIL
79
Embed
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROr1.ufrrj.br/degeo/output.php?file=publicacao/af6afe4ba1.pdf&nome=... · No pacote metassedimentar foram identificados filitos, filitos
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE ROCHAS METAMÁFICAS E
METASSEDIMENTARES DO GREENSTONE BELT RIO DAS
MORTES NA REGIÃO DE SÃO TIAGO - CASSITERITA E
ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DE DIQUES
METABÁSICOS E DE DIABÁSIO
FERNANDO DE SOUZA GONÇALVES VASQUES
ORIENTADOR: CIRO ALEXANDRE ÁVILA (Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional – UFRJ)
PETRO-MIN: Grupo de estudos em Petrologia e Mineralogia (Sediado no Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional)
MARÇO, 2007 RIO DE JANEIRO – RJ – BRASIL
II
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE ROCHAS METAMÁFICAS E
METASSEDIMENTARES DO GREENSTONE BELT RIO DAS
MORTES NA REGIÃO DE SÃO TIAGO - CASSITERITA E
ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DE DIQUES
METABÁSICOS E DE DIABÁSIO
FERNANDO DE SOUZA GONÇALVES VASQUES
APROVADA POR: ______________________________________________ Dr. CIRO ALEXANDRE ÁVILA (orientador – MN-UFRJ) _______________________________ Dr. RUBEM PORTO JÚNIOR (UFRRJ) ______________________________ Dr. JÚLIO CÉZAR MENDES (UFRJ)
MARÇO, 2007 RIO DE JANEIRO – RJ – BRASIL
III
FICHA CATALOGRÁFICA
VASQUES, FERNANDO DE SOUZA GONÇALVES MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE ROCHAS METAMÁFICAS E METASSEDIMENTARES DO GREENSTONE BELT RIO DAS MORTES NA REGIÃO DE SÃO TIAGO - CASSITERITA E ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DE DIQUES METABÁSICOS E DE DIABÁSIO XVI, 63 p., 29,7 cm (Instituto de Agronomia – Departamento de Geociências – UFRRJ, Monografia de Graduação, 2007). Monografia: Universidade Feral Rural do Rio de Janeiro, Departamento de Geociências. 1 – Anfibolito 2 – Petrografia 3 – Greenstone Belt Rio das Mortes 4 – Diques de metagabro e metadiabásio 5 – Diques de diabásio 6 – Geoquímica I – DG/UFRRJ II – Título (série)
IV
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo o mapeamento geológico na escala 1:25.000 de
uma área de 108 km2, situada entre as cidades de São Tiago e Cassiterita, no intuito de se
estabelecer as relações geológicas entre as rochas do Greenstone Belt Rio das Mortes e as de
dois corpos plutônicos (Granitóide Ritápolis e Diorito Brumado), bem como o estudo e inserção
dos diques máficos (metagabros – metadiabásios e diabásios) no contexto geológico da borda
meridional do Cráton São Francisco. As relações de campo apontaram a seguinte estratigrafia: i)
Gnaisse bandado. ii) Seqüência Greenstone Belt Rio das Mortes. iii) Ortognaisse Granítico Fé. iv)
Diorito Brumado. v) Granitóide Ritápolis e pegmatitos. vi) Diques de metagabro – metadiabásio e
de diabásio. vii) Quaternário.
Rochas do pacote metassedimentar do Greenstone Belt Rio das Mortes, bem como
anfibolitos do pacote metavulcânico do mesmo greenstone ocorrem como xenólitos nas rochas do
Granitóide Ritápolis, enquanto no Diorito Brumado foram observados somente xenólitos de rochas
anfibolíticas. Diques e apófises do Granitóide Ritápolis cortam o Diorito Brumado e as rochas
anfibolíticas do Greenstone Belt Rio das Mortes, enquanto diques de metagabro – metadiabásio
intrudem rochas anfibolíticas do Greenstone Belt Rio das Mortes, o Ortognaisse Granítico Fé e o
Granitóide Ritápolis.
Dentro do contexto geológico, a seqüência Greenstone Belt Rio das Mortes é composta
por dois conjuntos distintos: metamáfico, com raros níveis metaultramáficos e delgadas camadas
metassedimentares; e metassedimentar com raras rochas metamáficas intercaladas. O conjunto
metamáfico é representado por anfibolitos (finos, porfiríticos e com granada) e metagabros
médios, sendo que os anfibolitos variam em granulação desde finos até médios e apresentam
marcante foliação metamórfica. Estes são compostos por plagioclásio e hornblenda, tendo como
Fotografia 9 – Zona de cisalhamento dúctil dextral cortando tanto o bandamento
do gnaisse, quanto os veios pegmatíticos. 22
Fotografia 10 – Veios graníticos paralelos (A) e cortando (B) a foliação do gnaisse bandado. 22
Fotografia 11 Possível xenólito do gnaisse homogêneo cinza escuro envolvido pelo gnaisse bandado. 23
Fotografia 12 – Grande acumulação de blocos de diversos formatos de rocha anfibolítica. 25
Fotografia 13 – Afloramento de rocha anfibolítica alterada e do saprólito marrom em um corte de estrada secundária para o rio dos Peixes. 25
Fotografia 14 – Solo marrom claro oriundo da alteração intempérica de blocos de rochas anfibolíticas. 25
Fotografia 15 - Rocha anfibolítica dobrada isoclinalmente, onde foi possível de se caracterizar o processo de transposição da foliação. 25
XIII
Fotografia 16 – Bloco de rocha metamáfica de granulação média (metagabro),
que ocorre associado às rochas anfibolíticas. 27
Fotografia 17 – Xenólito arredondado de rocha anfibolítica do Greenstone Belt Rio das Mortes no Diorito Brumado. 27
Fotografia 18 - Xenólito anguloso de rocha anfibolítica do Greenstone Belt
Rio das Mortes no Granitóide Ritápolis. 27
Fotografia 19 – Corpo pegmatítico (Peg) correlacionado ao Granitóide Ritápolis cortando filito avermelhado (Fil) da unidade metassedimentar do Greenstone Belt Rio das Mortes. 27
Fotografia 20 - Blocos de gondito com cerca de 50 cm de tamanho constituídos
de óxidos e hidróxidos de manganês. 31
Fotografia 21 - Trincheira realizada no gondito para medição da espessura
aproximada da camada. 31
Fotografia 22 – Afloramento de gondito (Gon) medindo cerca de 40 cm
de espessura entre camadas do filito avermelhado (Fil). 32
Fotografia 23 – Detalhe da frente da lavra de um gondito (Gon) na mina
abandonada do Lobo. O gondito mede cerca de 4 m de espessura e ocorre
entre camadas do filito avermelhado (Fil). 32
Fotografia 24 – Enclave xenolítico de gondito (Gon) envolvido por lajedos de
rochas da fácies média do Granitóide Ritápolis (Gran). 32
Fotografia 25 - Vista geral da mina do Lobo, mostrando pegmatito (Peg) no topo
do afloramento e gondito (Gon) na base. Caracterizou-se que o contato é tanto
intrusivo, quanto por falha entre as duas unidades. 32
Fotografia 26 – Tonalidades amarronzada e amarelada associada à alteração
intempérica do filito avermelhado. 33
Fotografia 27 – Blocos bastante alterados intempericamente e fragmentados
do filito realçando a tonalidade avermelhada. 33
XIV
Fotografia 28 – Afloramento e blocos de filito grafitoso alterado no leito da estrada
para o rio dos Peixes. Destaca-se a coloração acinzentada do filito grafitoso 33
Fotografia 29 – Afloramento de filito grafitoso com cerca de 40 cm de
espessura e coloração cinza entre camadas do filito com coloração amarelada. 33
Fotografia 30 – Veios de quartzo paralelos que cortam a foliação presente
do filito avermelhado bastante alterado intempericamente. A seta amarela
indica a direção do stike da foliação. 34
Fotografia 31 – Xenólito alongado de rocha gnáissica no Ortognaisse Granítico Fé (Gn). 35
Fotografia 32 – Xenólito de rocha anfibolítica (Anf) no Ortognaisse Granítico Fé (Gn). 35
Fotografia 33 – Dique pegmatítico subvertical cortando rochas do Ortognaisse
Granítico Fé. 36
Fotografia 34 – Bandamento em rocha do Ortognaisse Granítico Fé. 36
Fotografia 35 – Enclave xenolítico centimétrico de anfibolito (Anf) em rocha
da fácies média do Diorito Brumado (Dio). 38
Fotografia 36 – Diversos fragmentos do Diorito Brumado (Db) em meio a uma
apófise do Granitóide Ritápolis (Gr). 38
Fotografia 37 – Dique de rocha da fácies média do Granitóide Ritápolis (Gr)
cortando o Diorito Brumado (Db). Todo o conjunto é cortado por um pegmatito
(Peg) associado ao Granitóide Ritápolis. 38
Fotografia 38 – Contato entre rochas equigranulares da fácies fina (Ff) e média
(Fm) do Granitóide Ritápolis. Destaca-se que um dique hololeucocrático (Dh) de
cor branca corta rochas da fácies fina. 40
Fotografia 39 – Bloco da fácies média do Granitóide Ritápolis onde destaca-se
a presença de diversos fenocristais euédricos de feldspato. 40
Fotografia 40 – Detalhe da diferença de rugosidade da superfície evidenciando a
presença de um enclave autolítico da rocha da fácies fina (Ff) em rochas da fácies
XV
média (Fm) do Granitóide Ritápolis. 40
Fotografia 41 – Diversos corpos pegmatíticos com direções e espessuras variáveis
cortando rochas da fácies média do Granitóide Ritápolis. 40
Fotografia 42 – Dique hololeucocrático da fácies média do Granitóide Ritápolis
intrusivo concordantemente a foliação do anfibolito (Anf) do Greenstone Belt
Rio das Mortes. 42
Fotografia 43 – Diversos corpos pegmatíticos (Peg) paralelos entre si cortando
rochas anfibolíticas (Anf) e gnáissicas do Greenstone Belt Rio das Mortes. 42
Fotografia 44 – Xenólito (Xen) com forma alongada de rocha anfibolítica do
Greenstone Belt Rio das Mortes em rocha da fácies fina do Granitóide Ritápolis. 42
Fotografia 45 – No topo da foto observa-se a presença de um pegmatito (Peg)
intrudindo gondito da seqüência metassedimentar do Greenstone Belt Rio das Mortes. 42
Fotografia 46 – Dique da fácies média do Granitóide Ritápolis intrudindo rochas
da fácies microporfirítica seriada do Diorito Brumado. Destaca-se, ainda, um
corpo pegmatítico tardio cortando o diorito e o granito. 43
Fotografia 47 – Aspecto contrastante da região de contato entre rochas da fácies
Média e fácies fina do Granitóide Ritápolis. Na fácies fina predominam os blocos
“in situ”, enquanto na fácies média um saprólito amarronzado. 43
Fotografia 48 – Blocos com formato arredodado e de diversos tamanhos de rochas
da fácies média do Granitóide Ritápolis próximos a lajedos de um dos picos elevados
da área. 43
Fotografia 49 – Grande elevação do Granitóide Ritápolis onde são observados diversos
blocos e lajedos de rochas da fácies média. 43
XVI
ÍNDICE DE FOTOMICROGRAFIAS Pag
Fotomicrografia 1 - Anfibolito fino do Greenstone Belt Rio das Mortes com grãos
de hornblenda orientados segundo a foliação. 28
Fotomicrografia 2 - Anfibolito porfirítico do Greenstone Belt Rio das Mortes com
um porfiroblasto de hornblenda. 28
Fotomicrografia 3 - Metagabro do Greenstone Belt Rio das Mortes com grãos de
hornblenda com forma tabular preservada. 28
Fotomicrografia 4 - Anfibolito fino do Greenstone Belt Rio das Mortes com
porfiroblasto de granada. 28
Fotomicrografia 5 - Anfibolito do Greenstone Belt Rio das Mortes com textura
granoblástica poligonal seriada marcada pela variação no tamanho da hornblenda. 28
Fotomicrografia 6 - Anfibolito do Greenstone Belt Rio das Mortes caracterizado
pela presença de bandas ricas em hornblenda e bandas ricas em plagioclásio. 28
Fotomicrografia 7 – Textura hipidiomórfica granular com cristais tabulares de
plagioclásio e grãos de anfibólio ocupando os espaços intersticiais. 47
Fotomicrografia 8 - Presença de hornblenda reliquiar (HB) e de actinolita metamórfica
(ACT) juntamente com minerais opacos substituídos por titanita (TT). 47
Fotomicrografia 9 - Textura sub-ofítica mostrando grão de clinopiroxênio rodeado e
infiltrado por grãos tabulares de plagioclásio. 48
Fotomicrografia 10 - Grão de olivina (OL) primário parcialmente substituído por um
argilomineral de coloração alaranjada (ARG). 48
1
1 - INTRODUÇÃO
O trabalho de levantamento geológico desenvolvido na região encontra-se associado a um
projeto de pesquisa coordenado pelo professor Ciro Alexandre Ávila do Departamento de
Geologia e Paleontologia do Museu Nacional. Este levantamento teve início em março de 2006,
durante a elaboração da presente monografia, requisito necessário para obtenção do grau de
geólogo, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
A borda meridional do Cráton São Francisco é caracterizada regionalmente pela presença
de estreitas faixas de rochas vulcano-sedimentares do tipo greenstone belt (Schorsher, 1978;
Pires, 1978; Teixeira, 1992; Schrank, 1986) e por rochas de natureza gnáissica, geralmente
migmatizadas, com fácies metamórfica, variando de anfibolito a granulito e idades entre 3,0 e 2,4
Ga. (Teixeira, 1985; Carneiro, 1992; Noce, 1995; Teixeira et al.,1998). Dentro deste contexto
geológico, uma seqüência greenstone belt aflora de forma fragmentada desde a cidade de
Conselheiro Lafaiete até a cidade de Lavras, passando pela região ao norte da cidade de
Cassiterita, tendo recebido diversas designações, dentre as quais: Greenstone Belt Barbacena
(Pires,1978), Rio das Mortes (Quéméneur, 1987; Ávila et al., 2004), Itumirim - Nazareno (Teixeira,
1992), Itumirim - Tirandentes (Valença et al., 1998). Mais recentemente, Ávila et al., (2006) propôs
a subdivisão do Greenstone Belt Barbacena em três faixas distintas, denominadas de: Faixa Rio
das Mortes, Nazareno e Dores de Campos.
Nessa mesma região também afloram diversos corpos plutônicos composicionalmente
distintos, incluindo gabros, dioritos, quartzo dioritos, quartzo monzodioritos, tonalitos,
trondhjemitos, granodioritos e granitos (Teixeira et al .1997; Ávila et al. 1998b; Noce et al., 2000;
Ávila 2000; Toledo 2002; Ávila et al., 2003, 2006a; Cherman, 2004) que estão associados ao
Cinturão Mineiro. As feições de campo revelam um caráter posterior para esses corpos (em
relação às rochas da seqüência greenstone belt), evidenciado pela presença de enclaves
xenolíticos de rochas anfibolíticas, metaultramáficas e metassedimentares nos mesmos e pelos
enxames de diques e apófises associados a esses corpos, que cortam as rochas anfibolíticas e
metassedimentares do supracitado greenstone.
Nesse sentido, a presente monografia tem como principais objetivos caracterizar as feições
de campo e a composição petrográfica das rochas anfibolíticas do Greenstone Belt Rio das
Mortes, bem como caracterizar a petrografia e geoquímica dos diques de metagabro -
metadiabásio e de diabásio encontrados na área estudada e intrusivos tanto nos copos plutônicos,
quanto nas rochas do Greenstone Belt Rio das Mortes.
2
2 - OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivos:
- Realização do mapeamento geológico na escala 1:25.000 de uma área de 108 km², enfocando
as relações entre as rochas do Greenstone Belt Rio das Mortes e os corpos plutônicos, que
ocorrem ao redor das mesmas;
- Estabelecimento da cronologia relativa entre as unidades mapeadas;
- Caracterizar a petrografia das rochas anfibolíticas do Greenstone Belt Rio das Mortes;
- Descrever as feições de campo, petrográficas e geoquímicas dos diques de metagabro -
metadiabásio e diabásio, que são intrusivos nos litótipos Paleoproterozóicos;
- Propor um modelo evolutivo para as rochas anfibolíticas do Greenstone Belt Rio das Mortes e
para os diques de metagabro - metadiabásio e diabásio no contexto geológico da borda
meridional do Cráton São Francisco;
3
3 - LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
A área estudada está localizada no centro-sul do Estado de Minas Gerais, abrangendo
parte dos municípios de São João del Rei, Cassiterita, São Tiago e Ritápolis (Figura 1).
Figura 1 - Mapa de localização da área estudada
Com aproximadamente 108 km2, a área mapeada situa-se na porção norte da folha
topográfica São João Del Rei (IBGE na escala 1:50.000), abrangendo a região ao norte do Rio
das Mortes, sendo delimitada, geograficamente, pelos paralelos 21º0’00”S e 21º7’00’’S e
44º15’00’’W e 44º30’00’’W. Também foram estudados diques máficos que afloram desde o rio
Santo Antônio (próximo ao Vilarejo do Glória) até nas proximidades do rio do Peixe.
O acesso à área estudada, a partir da cidade do Rio de Janeiro, é feito pela rodovia Rio de
Janeiro - Belo Horizonte (BR-040) até a cidade de Barbacena, a partir de onde se utiliza a rodovia
MG-265 até a cidade de São João del Rei e a entrada para a cidade de Cassiterita (hoje
denominada Conceição da Barra de Minas). A partir da cidade de Cassiterita, utiliza-se a estrada
de chão em direção ao município de São Tiago, cruzando o Rio das Mortes e o Rio do Peixe. A
partir de São João del Rei utiliza-se a rodovia em direção à cidade de São Tiago, entrando a
esquerda na mesma em uma estrada de chão que leva à cidade de Cassiterita, passando pela
Fazenda da Cachoeira e por algumas das antigas minas de manganês desta região.
4
4 - METODOLOGIA DE TRABALHO
4.1 - MAPEAMENTO GEOLÓGICO
A metodologia utilizada para a realização da presente monografia baseou-se no
levantamento de campo, a partir do mapeamento de semi-detalhe de uma área de 108 Km² na
escala 1:25.000 (Anexo I - Mapa geológico), acompanhada da caracterização petrográfica das
principais unidades metaígneas e dos diques de metagabro e de diabásio. Dentro deste contexto,
foram realizados 19 dias de trabalhos de campo, subdivididos em 3 etapas não contínuas, sendo
a primeira em março de 2006 com 7 dias de duração, a segunda em maio de 2006 com 7 dias de
duração e a terceira em outubro de 2006 com 5 dias de duração, onde foram descritos, ao todo,
253 pontos geológicos (Anexo II - Mapa de pontos).
O levantamento realizado durante este trabalho foi baseado no acompanhamento de
contatos entre as diferentes litologias encontradas em campo, pois os corpos plutônicos
apresentam geometria bastante irregular. As principais dificuldades identificadas durante a fase de
mapeamento geológico estiveram relacionadas a: ampla distribuição de uma cobertura de solo
sobre as rochas, que mascarou a unidade litológica, bem como o contato entre os litótipos;
elevado grau de alteração intempérica das rochas estudadas, o que dificultou a amostragem para
os estudos petrográfico e geoquímico; e presença de diversos megaenclaves xenolíticos de
variados tipos litológicos no Granitóide Ritápolis.
Com relação aos diques de metagabro, metadiabásio e diabásio, foi realizado o
levantamento dos mesmos baseando-se nas seguintes informações: strike, dip, espessura,
mineralogia primária e metamórfica, rocha encaixante, foliação e extensão.
4.2 - COLETA E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DE ROCHAS
O processo de coleta e seleção de amostras para serem estudadas em laboratório baseou-
se, principalmente, na escolha dos fragmentos de rochas mais representativos dos litótipos
aflorantes, buscando-se a seleção de amostras com estruturas, texturas, granulação e
associações mineralógicas típicas.
É de grande importância à escolha, na amostra, da superfície ideal, ao longo da qual será
proposto o corte para estudo petrográfico. Este deve ser direcionado perpendicularmente à
superfície de orientação mineral ou de foliação metamórfica, ou então, paralelo á superfície onde
ocorram minerais ou texturas de interesse especial.
Foram coletadas 69 amostras, tendo sido confeccionadas 62 lâminas petrográficas, das
quais 29 foram descritas no presente trabalho (Tabela 1).
Dentre os fragmentos de rochas laminados, foram selecionadas após a caracterização
petrográfica 29 amostras (Tabela 1) para a realização de futuros estudos geoquímicos,
principalmente aquelas que estavam em perfeito estado de preservação, não mostrando
evidências de alteração intempérica e/ou hidrotermal. Destas, 11 são do Granitóide Ritápolis, 11
de anfibolitos do Greenstone Belt Rio das Mortes e 8 dos diques de metagabro e diabásio.
5
Tabela 1 – Relação das amostras coletadas em campo e as selecionadas para análises
possivelmente em função de um evento de transposição (Fotografia 15). Porém destaca-se a
direção 170/70-350/60, que inclusive é muito próxima à direção da faixa greenstone em mapa.
Fotografia 12 – Grande acumulação de blocos de diversos formatos de rocha anfibolítica.
Fotografia 13 – Afloramento de rocha anfibolítica alterada e do saprólito marrom em um corte de estrada secundária para o rio dos Peixes.
Fotografia 14 – Solo marrom claro oriundo da alteração intempérica de blocos de rochas anfibolíticas.
Fotografia 15 – Rocha anfibolítica dobrada isoclinalmente, onde foi possível de se caracterizar o processo de transposição da foliação.
26
Apesar da ausência de feições primárias típicas de rochas vulcânicas, tais como pillows,
vesículas e vidro vulcânico, sugere-se que as rochas anfibolíticas estudadas corresponderiam a
antigos derrames basálticos metamorfisados. Toledo (2002) encontrou metabasaltos com
pseudomorfos de clinopiroxênio em rochas próximas à área estudada. A associação em campo de
rochas anfibolíticas com escassas rochas metaultramáficas sugere que durante o processo de
formação do Greenstone Belt Rio das Mortes, pode ter ocorrido uma intercalação entre magmas
básicos e ultrabásicos, porém o primeiro teria predominado largamente. De forma semelhante, a
associação de rochas anfibolíticas com gonditos, filitos grafitosos, quartzitos e filitos avermelhados
sugere intervalos de quiscência do vulcanismo, onde os sedimentos químicos se precipitariam
(níveis manganesíferos que metamorfisados e depois alterados intempericamente formariam os
gonditos) e os terrígenos seriam depositados (pelitos que metamorfisados gerariam os filitos).
Nos pontos FR - 68 e FR – 201 foram identificados blocos de uma rocha metamáfica de
granulação média (diabásio/gabro - Fotografia 16) associada aos anfibolitos. Desta maneira,
admite-se a presença de prováveis sills de diabásio e/ou gabro intrusivos nas rochas vulcânicas
basálticas, sendo que estes poderiam ser de mesma idade que as rochas vulcânicas ou até mais
jovens e associados ao plutonismo do Cinturão Mineiro. Dentro deste contexto, Toledo (2002)
sugeriu a correlação genética entre metagabros e anfibolitos na região da mina do Volta Grande,
que é muito próxima à área estudada. Porém Valença et al. (2000) apresentaram idade de 2220 ±
3 Ma para o Gabro de São Sebastião da Vitória, que ocorre ao sul da área estudada, estando o
mesmo associado à evolução Paleoproterozóica do Cinturão Mineiro.
Dentro do contexto geológico da área estudada (com exceção do gnaisse bandado
anteriormente descrito), a seqüência Greenstone Belt Rio das Mortes é admitida como a unidade
mais antiga, pois rochas anfibolíticas ocorrem como xenólitos na fácies microporfiritica seriada do
Diorito Brumado (Fotografia 17) e nas fácies fina e média (Fotografia 18) do Granitóide Ritápolis,
bem como rochas metassedimentares (gonditos e filitos) foram mapeadas como xenólitos na
fácies média do Granitóide Ritápolis. Destaca-se, ainda, que corpos pegmatíticos interpretados
como geneticamente relacionados ao Granitóide Ritápolis por diversos autores (Quéméneur &
Baraud, 1982; Pires & Porto Júnior, 1986; Quéméneur, 1987; Ávila, 2000; Ribeiro et al., 2003)
cortam as rochas metassedimentares (gonditos, filitos) e anfibolíticas do Greenstone Belt Rio das
Mortes em diversos pontos (Fotografia 19).
8.3.1 – Petrografia
As rochas metamáficas estudadas mostram ampla variação textural e mineralógica,
admitindo-se que a mesma estaria relacionada a diferentes tipos de protólitos. Essa mesma
observação foi realizada por Toledo (2002) ao estudar as rochas anfibolíticas do Greenstone Belt
Rio das Mortes (a oeste da área mapeada na presente monografia). Neste sentido, Toledo (2002)
separou as rochas metamáficas em: metabasaltos, anfibolitos de granulação fina e xistos máficos.
27
Fotografia 16 – Bloco de rocha metamáfica de granulação média (metagabro), que ocorre associado às rochas anfibolíticas.
Fotografia 17 – Xenólito arredondado de rocha anfibolítica do Greenstone Belt Rio das Mortes no Diorito Brumado.
Fotografia 18 - Xenólito anguloso de rocha anfibolítica do Greenstone Belt Rio das Mortes no Granitóide Ritápolis.
Fotografia 19 – Corpo pegmatítico (Peg) correlacionado ao Granitóide Ritápolis cortando filito avermelhado (Fil) da unidade metassedimentar do Greenstone Belt Rio das Mortes.
A partir dos trabalhos petrográficos foram individualizados quatro tipos distintos de rochas
metamáficas, designadas de:
1) Anfibolitos finos (Fotomicrografia 1);
2) Anfibolitos porfiríticos (Fotomicrografia 2);
3) Metagabros médios (Fotomicrografia 3);
4) Anfibolitos com granada (Fotomicrografia 4).
De uma maneira geral, as rochas anfibolíticas estudadas são constituídas de anfibólio
(pleocroísmo de marrom pálido a verde oliva) e plagioclásio. Podem ainda serem encontrados
médios iv) Anfibolitos com granada. É importante ressaltar que através de atividades de campo foi
possível de se identificar e separar metagabros, anfibolitos (finos + porfiríticos) e anfibolitos com
granada. A separação entre anfibolitos finos e anfibolitos porfiríticos não é possível de ser
efetuada em campo devido à proximidade de granulação entre seus representantes e ao
predomínio de hornblenda nas amostras.
Estudos petrográficos e geoquímicos desenvolvidos nos diques metamáficos possibilitaram
a subdivisão destes em três gerações distintas: i) Corpos com textura primária e mineralogia
magmática; ii) Corpos com textura primária e mineralogia metamórfica; iii) Corpos com textura e
mineralogia modificadas. A primeira geração é a mais nova e deve estar relacionada a abertura de
Gondwana, tendo em vista que seus representantes não apresentam evidências de feições
metamórficas. A segunda e a terceira gerações devem estar associadas ao intervalo temporal
entre 2121 ± 7 Ma e 540 Ma, pois representantes das duas gerações são intrusivos no Granitóide
Ritápolis, cuja idade de cristalização é de 2121 ± 7 Ma (Ávila, 2000), bem como apresentam
mineralogia metamórfica, que teria se desenvolvido durante o Evento Brasiliano, por volta de 540
Ma.
60
11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alkimim, F.F., 2004 O que faz de um Cráton um Cráton? O Cráton São Francisco e as revelações
Almeidianas ao delimitá-lo. In: Mantesso-Neto, V.; Bartorelli, A.; Carneiro, C.D.R; Brito-Neves, B.B. (orgs.). In: Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. SP, p. 17-35.
Almeida, F.F.M.; Hasuy, H.; Neves, B.B.B.; Fuck, R.A. 1977. Províncias estruturais brasileiras. In: Simpósio de Geologia do Nordeste, 8, Campina Grande, 1977. Atas..., Campina Grande, SBG. V.1, P. 363-391.
Ávila C. A. 1992. Geologia, petrografia e geoquímica das rochas Pré-cambrianas (unidade metadiorítica Itutinga e unidade metatrondjemítica Caburu) intrusivas nas rochas do Greenstone Belt Barbacena, São João Del Rei, Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 268p.
Ávila, C.A.; Dutra, D.C.; Valença, J.G.; Klein, V.; Ribeiro, A.; Ramos, R.R.C. 1999a. Suíte Serrinha: Geoquímica das rochas sub-vulcânicas félsicas presentes na região de São João del Rei, Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOQUÍMICA, 7, Porto Seguro, 1999. Boletim Resumos Expandidos..., Porto Seguro, SBGq. V.1, P. 440-444.
Ávila C.A. . 1993a. Caracterização geoquímica e ambiente tectônico das rochas dioríticas – tonalíticas precambrianas da região de São João Del Rei, Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOQUÍMICA, 4, Atas, p. 72-74.
Ávila C.A., Valença J.G. 1993b. Caracterização geoquímica e ambiente tectônico de rochas trndhjemíticas intrusivas no Greenstone Belt Barbacena. Exemplo: Metatrondhjemito Caxambu. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOQUÍMICA, 4, Atas, p. 75-78.
Ávila C.A., Valença J.G., Moura C., Couto F., Dutra D., Cherman A., Mazza C., Silveira R., Dalcere P., Portugal B. 1998. Corpos metaplutônicos do sul do Cráton do São Francisco (folha São João Del Rei e Tiradentes, Minas Gerais). In: Congresso Brasileiro Geologia, 40, Atas, p 461.
Ávila C.A. 2000. Geologia, petrografia e geocronologia de corpos plutônicos paleoproterozóicos da borda meridional do Cráton do São Francisco, região de São João Del Rei, Minas Gerais. Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 401P.
Ávila, C.A.; Dutra, D.C. Valença, J.G.; Moura, C. 2000a. Serrinha Suite: New Paleoproterozoic Plutonic-Volcanic Suite in the Southern São Francisco Craton, Brazil. In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, XXXI, Rio de Janeiro, 2000.
Ávila, C.A., Teixeira, W., Pereira, R.M. 2004. Geologia e Petrografia do Quartzo Monzodiorito Glória, Cinturão Mineiro, Porção Sul do Cráton São Francisco, Estado de Minas Gerais. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v.62, n.1, p.83-98 jan/mar.2004
Ávila, C.A., Teixeira, W., Cordani., Barrueto, H.R., Pereira, R.M., Martins, V.T.S., Dunyi, L. 2005. The Glória quartz-monzodiorite: isotopic and chemical evidence of arc-related magmatism in the central parto f the paleoproterozoic Mineiro belt, Minas Gerais State, Brazil. In: Anais da Academia Brasileira de Ciências (2006) 78(3): 543-556.
Ávila C.A., Teixeira W., Cordani U.G., Barrueto H.R., Pereira R.M., Martins V.T.S., Dunyi L. 2006. The Glória quartz-monzodiorite: isotopic and chemical evidence of arc-related magmatism in the central part of the paleoproterozoic Mineiro belt, Minas Gerais State, Brazil. In: Anais da Academia Brasileira de Ciências., 78(3):543-556.
Barbosa O. 1954. Evolution du geosynclinal Espinhaço. In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, Comptes Rendus, Section XII: 2-37. Argel, Argélia.
Bastos, A.A. & Enrichsen, A.I. 1927. Geologia da Folha Barbacena. Rio de Janeiro, DNPM/SGM, P. 1-20 (Boletim 25).
Bucher K. & Frey M. 1994. Petrogenesis of Metamorphic Rocks. Springer- Verlag Berlin Heidelberg, 318p
Cherman A.F. 2004. Geologia, petrografia e geocronologia de ortognaisses paleoproterozoico da borda meridional do cráton São Francisco, na Região entre Itumirim e Nazareno, Minas Gerais. Dissertação de Doutorado, Instituto fr Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro,259 p.
Didier J.& Barbarin B. 1991. The different types of enclaves in granites – Nomeclature. In: DIDIER, J.& BARBARIN, B. (Eds). Enclaves and Granite Ptrology. Netherlands, Elsevier. P. 19-23.
Door II J.V.N., Gair J.E., Pomerene J.B., Rynearson G.A. 1958. Revisão da estratigrafia Pré-Cambriana do Quadrilátero Ferrífero. Rio de Janeiro, DNPM/DFPM, Avulso 81, 31 p.
61
Dutra, D.C. 1998. Petrografia e geologia dos corpos subvulcânicos félsicos intrusivos no Greenstone Belt Barbacena a oeste de São João Del Rei, Minas Gerais. Rio de Janeiro, 126 p. (Monografia de Graduação, Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Ebert. H. 1956. Relatório sobre a atividade no ano de 1955; Relat. An.Dir, Ano de 1955, p. 79 – 85. Ebert H. 1958. Aspectos principais da geologia de São João Del Rei, Estado de Minas Gerais.
Relatório inédito da PROSPEC, 120p. Publicado “in memoriam” pela SBG, Núcleo São Paulo. Publicação 12/1984: 1-71.
Ebert, H. 1963. The manganese-bearing Lafaiete Formation as a guide-horizon in the Pré-Cambrian of Minas Gerais. Anais da Academia brasileira de Ciências, 35(4):545-559.
Erichsen A.I. 1929. Geologia da folha São João Del Rei, Estado de minas Gerais. Rio de Janeiro, DNPM/SGM, Boletim 36, 26 p.
Figueiredo, M.C.H. & Teixeira, W. 1996. The Mantiqueira Metamorphic Complex, Eastern Minas Gerais State: Preliminary geochronological and geochemical results. Anais da Academia brasileira de Ciências, 68(2):223-246.
Guimarães D. & Guedes S. V. 1944. Pesquisa de cassiterita no município de São João Del Rei. DNPM/DFPM, Boletim. 58, p. 13-26.
Lagache, M. & Quéméneur, J.J.G. 1997. The Volta Grande pegmatites, Minas Gerais, Brazil: An example of rare-element granitic pegmatites exceptionally enriched in lithium and rubidium. Canadian Mineralogist, 35(4):153-165.
Machado Filho, L.; Ribeiro, M.W.; Gonzalez, S.R.; Schenini, C.A.; Neto, A.S.; Palmeira, R.C.B.; Pires, J.L.; Teixeira, W.; Castro, H.E.F. 1983. Geologia, folhas SF.23/24, Rio de Janeiro/Vitória.. Projeto RADAMBRASIL. Levantamento de recursos naturais. V.32., P.1-304.
Noce, C.M., Karfunkel, J. 1991. Mafic dikes intrusive in the São João del Rei Group, Minas Gerais, Brazil. In: Boletin IG-USP, Publ.Esp., 10:63-66.
Noce, C.M.; Teixeira, W.; Quéméneur, J.J.G.; Martins, V.T.S. 1997b. Isotopic data on the Paleoproterozoic Mineiro Belt, southern São Francisco Craton: a review. In: SOUTH AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, I, Campos do Jordão, 1997. Extend Abstracts..., Campos do Jordão. V.1, P. 213-215
Noce C.M.; Teixeira W.; Quémenéur J.J.G.; Martins V.T.S.; Bolzachini E. 2000. Isotopic signatures of Paleoproterozoic granitoids from the southern São Francisco Craton and implications for evolution of the Transamazonian Orogeny. Journal of South American Earth Sciences, 13, 225-239.
Petri S., Coimbra, A.M., Amaral G., Ponçano W.L. 1986. Guia de nomeclatura estratigráfica. Revista Brasileira de Geociências., 16(4):376-415.
Pinese, J.P.P.; Teixeira, W., J.J.G.; Piccirillo, E.M.; Quéménéur. 1992. Características petrográficas e geoquímicas preliminares dos diques máficos da região de lavras (MG). 37º Congresso Brasileiro de Geologia – SBG/SP, São Paulo, SP, p. 508.
Pires, F.R.M. 1977. Geologia do Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. Rio de Janeiro. 344p. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geociências, UFRJ.
Pires F.R.M. 1978. The Archean Barbacena greenstone Belt in its typical development and the itabirite distribution at the Lafaiete District. In: Anais da Academia Brasileira de Ciências., 59:599-600.
Pires, F.R.M. & Porto Júnior, R. 1986. A mineralização de Sn-Ta-Nb-Li e o Granito Santo Rita, São João Del Rey, Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOLOGIA, 34, Goiânia, 1986. Anais..., Goiânia, SBG. V.5, P. 2023-2034.
Pires F.R.M., Ribeiro A., Barbosa M.I.M., 1990. Distribuição do “Greenstone Belt” Barbacena na Região de São João Del Rei, Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOLOGIA, 36, Atas, p. 2941-2951.
Pires F.R.M.& Pires, H.L. 1992. Regional Zoning in the São João Del Rei Pegmatite District and Its Relation With The collisional Santa Rita Granite, Minas Gerais, Brazil. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOLOGIA, 37, São Paulo, 1992. Boletim Resumos Expandidos..., São Paulo, SBG. V.1, P. 269-272.
Porto Júnior, R. 1988. Petrografia, relações temporais e aspectos geoquímicos das rochas do Grupo Barbacena e do Granito Santa Rita, na região de Ritápolis, Cel Xavier Chaves, MG. In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOLOGIA, 35, Belém, 1988. Anais..., Belém, SBG. V.3, P. 1364-1376.
62
Quéméneur J.J.G. & Baraud, E. R. 1982. Geologia da área pegmatítica de São João Del Rey, Minas Gerais, Brasil. In: SBG, Congresso Latino Americano de Geologia Argentina, 5, Atas, p.39-53.
Quéméneur J.J.G. & Baraud E. R. 1983. Estrutura do embasamento Arqueano e geologia econômica da área pegmatítica de São João Del Rei – MG. In: SBG. Simp. Geol. Minas Gerais, 2, Atas, p.460
Quéméneur, J.J.G. 1987. Petography of the pegmatites from Rio das Mortes Valley, southeast Minas Gerais, Brazil. Revista Brasileira de Geociências, 17(4):595-600.
Quéméneur, J.J.G. & Vidal, P. 1989. Primeiras datações radiométricas dos granitos da região de São João Del Rei (Minas Gerais). In: SIMPÓSIO GEOLOGIA MINAS GERAIS, 5, Belo Horizonte, 1989. Anais..., Belo Horizonte, SBG. V.1, P. 50-54.
Quéméneur, J.J.G. 1991. Proterozoic dikes of the Bom Sucesso – Lavras region (Minas Gerais, Brazil). In: Boletim IG-USP, Publ.ESp., 10:97-103.
Quéméneur, J.J.G. & Garcia, D. 1993. Os maciços de tabuões e Ritápolis na região de São João Del Rei, Granitóides transamazônicos com a associação granito-trondhjemito-pegmatito. In: SIMPÓSIO GEOLOGIA MINAS GERAIS, 7, Belo Horizonte, 1993. Anais..., Belo Horizonte, SBG. V.1, P. 105-107.
Quéméneur J.J.G., Noce C.M., Garcia D. 1994. Caracterização das suítes granitóides do arco magmático transamazônico na borda meridional do cráton do São Francisco, Minas Gerais. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, Atas, p.117 – 119
Ribeiro, A. 1992. Diques Máficos Proterozóicos em São João del Rei, MG. Características petrográficas e geoquímicas preliminares dos diques máficos da região de lavras (MG). 37º Congresso Brasileiro de Geologia – SBG/SP, São Paulo, SP, p. 508.
Ribeiro, A. 1997. Estratigrafia e paleoambientes nas sucessões metassedimentares Proterozóicas das serras do Lenheiro e São José, São João Del Rei, Sul de Minas Gerais. Rio de Janeiro, 167 p. (Tese de Doutorado, Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Ribeiro A., Ávila C.A., Valença J.G., Paciullo F.V.P., Trouw R.A.J. 2003. Geologia da folha São João Del Rei. In: PEDROSA SOARES, A.C.; Noce, C.M.; Trouw, R.A.J.; HEILBRON, Mônica (coord.) Geologia e Recursos Minerais do sudeste Mineiro. Projeto Sul de Minas Gerais-Etapa I (COMIG-UFMG-UFRJ-UERJ), relatório final. Companhia Mineradora de Minas Gerais. Belo Horizonte, Mg.
Souza, A.N. 2007. Mapeamento faciológico do Granitóide Ritápolis e geoquímica preliminar da fácies média, região de Ritápolis – Cassiterita – São Tiago, Minas Gerais. Rio de Janeiro 71 p. (Monografia de graduação, Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Streckeisen A. 1976. To each plutonic rock its proper name. In: Earth – sci. Rev., 12:1. 33. Teixeira, W. 1982. Geochronology of the southern part of the São Francisco Craton. Revista
Brasileira de Geociências, 12(1/3):268-277. Teixeira W. 1985. A evolução tectônica da porção meridional do Cráton São Francisco com base
em interpretações geocronológicas. Tese de doutorado, Instituto de Geociências da Universidade de Geociências, Universidade de São Paulo, 207 p.
Teixeira W. 1989. Mafic dikes in the southern part of the São Francisco Craton: A tectonic review based on K/Ar geochronology. In: Boletim IG-USP, Série Científic, 20:31-32.
Teixeira, W.; Noce, C.M.; Quéméneur, J.J.G.; Martins, V.T.S. 1997a. Sr, Nd and Pb isotopic signatures of intrusive granitoids of the Paleoproterozoic Mineiro magmatic arc, southern São Francisco Craton, Brazil. In: International Symposium on Granites and Associated Mineralizations, II, Salvador, 1997. Extend Abstracts..., Salvador. V.1, P. 288-289.
Teixeira W.; Sabaté P.; Barbosa J.; Noce C.M.; Carneiro M.A. 2000. Archean and Paleoproterozoic Tectonic evolution of the São Francisco Craton, Brazil. In: Tectonica Evolution of South America. Rio de Janeiro, pp 101-137.
Toledo, C.L.B. 2002. Evolução geológica das rochas máficas e ultramáficas no Greenstone Belt Barbacena, região Nazareno, MG. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências.
Trouw R.A.J., Ribeiro A., Paciullo F.V.P. 1986. Contribuição à geologia da folha Barbacena – 1:250.000. In: Congresso Brasileiro Geologia, 34, Atas, p.974-986.
63
Valença, J.G.; Silva, M.A.; Schimitt, R.S.; Trouw, R.A.J.; Noce, C.M. 2000. Transamazonian gabbronoritic intrusive rocks from the southernmost São Francisco Craton (Brazil). In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, XXXI, Rio de Janeiro, 2000.
Ulbrich, H.H.G.J., Vlach, S.R.F & Janasi, V.A. 2001. O Mapeamento faciológico em rochas ígneas plutônicas. Revista Brasileira de Geociências 31(2): 163-172.
Williams H., Turner F., Gilbert C.M. 1970. Petrografia. In:Textura e classificação de rochas ígneas (Eds.) USP, pp.:13-38.