UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ESTADO DO PARÁ – PARFOR/PA CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUA – PA PARAGOMINAS-PA 2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ESTADO DO
PARÁ – PARFOR/PA
CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO
JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA
MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS
ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES
PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA
EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUA – PA
PARAGOMINAS-PA
2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ESTADO DO
PARÁ – PARFOR/PA
CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO
JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA
MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS
ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES
PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA
EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUIA – PA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciado Pleno em Computação na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, sob a orientação do Profº. Esp. Allan Crasso Naia de Souza
PARAGOMINAS-PA
2017
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JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA
MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS
ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES
PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA
EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICIPIO DE IRITUIA - PA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciado Pleno em Computação na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, sob a orientação do Profº. Esp.Allan Crasso Naia de Souza
Professor Avaliador 2: Merilene do Socorro Silva – Doutora - UFRA
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A Deus que me criou e renovou minhas forças todas
as vezes que precisei;
Ao meu esposo que sempre esteve ao meu lado me
apoiando incondicionalmente;
Ao meu filho que é a inspiração dos meus sonhos e
a razão pela qual eu não desisto, pois mesmo
quando eu tive todos os motivos para desistir, foi
nele que pensei e decidir prosseguir;
Aos meus pais que me criaram com todo o esforço e
são exemplos para mim, de humildade, força e
superação, e a toda a minha família que sempre me
apoia e torce pelo meu sucesso!
MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS
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A Deus pela dádiva da vida e por permitir todas as
minhas conquistas;
Ao meu pai Euzébio Lima de Souza que fazia roda
de leitura com seus filhos lendo literatura de cordel;
À minha mãe Joaquina Moreira de Souza que com
sua simplicidade me ensinou a descobrir o valor do
amor e do perdão.
JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA
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AGRADECIMENTOS
A Deus que é o autor da minha vida, me guardou, protegeu e renovou
minhas forças para que eu pudesse superar as dificuldades que surgiram ao longo
dessa jornada.
À minha mãe Maria Joaquina Moreira de Souza que é a nossa heroína, que
não cansa de dobrar seus joelhos e orar a Deus pela nossa vida.
Ao meu pai Euzébio Lima de Souza que com todo esforço nos criou e se
mostrou sempre como um homem forte e honesto torcendo sempre pelo nosso
sucesso.
A todos os professores da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
do Curso de Licenciatura em Computação, que contribuíram com nossa formação,
pois sem vocês não teríamos chegado até aqui.
Ao meu esposo Flávio Nunes dos Santos que sempre esteve ao meu lado e
compreendeu minhas muitas ausências durante os períodos de férias escolares.
Ao meu filho Flávio Henrique Souza Santos que me acompanha nesta
caminhada desde o ventre. Quando ele nasceu, tive inúmeros motivos para desistir
por conta dos problemas de saúde que ele apresentou, mas meu filho serviu de
inspiração e motivação para continuar minha jornada.
À família da Irmã Marinete Souza, por ter sido o segundo lar do meu filho
quando tive que ficar longos períodos fora. Obrigada pelo amor e carinho
demonstrado a ele, porque vocês me ajudaram cuidando dele como se fosse um
filho.
À minha família, irmãos, sobrinhos que nos motivam, que acreditaram em
mim e torceram pelo meu sucesso. Vocês também fazem parte dessa conquista.
Aos meus colegas de classe, meus sinceros agradecimentos, pelo
companheirismo e momentos especiais que vivenciamos juntos.
Ao amigo Kleydielson Silva (in memorian), obrigada por ter compartilhado
conosco momentos agradabilíssimos de descontração e alegria. Você foi uma
pessoa sensacional.
A todos que participaram direta ou indiretamente da minha segunda
formação acadêmica.
MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS
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AGRADECIMENTOS
Aos professores da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA do
Curso de Licenciatura em Computação, que contribuíram com nossa formação,
dividindo e construindo conhecimentos.
Aos amigos pela colaboração e dedicação durante a realização deste curso
de graduação.
Aos familiares pelas mais lindas manifestações de gratidão e carinho para
comigo nos momentos de angústias.
JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA
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“A informática educacional é o processo que coloca o computador e sua tecnologia a serviço da educação. Portanto, todos os aspectos e as variáveis neste processo deverão estar subordinados à consideração de que a essência da informática educacional é de natureza pedagógica, buscando melhorias dos processos de ensino aprendizagem de forma a levar o aluno a aprender, o professor a orientar e auxiliar esta aprendizagem, tornando-o apto a discernir sobre a realidade e nela atuar”.
(VALENTE, p. 12, 1993)
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RESUMO
Este estudo cujo o tema é “As dificuldades encontradas pelos professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva”, fez uma análise a respeito de tais dificuldades. Problemática: Quais as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? Questões norteadoras: Quais os desafios da educação no contexto atual e o uso das tecnologias na educação? Como se estrutura a educação e as tecnologias na perspectiva das políticas públicas na atualidade? Como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula na referida escola na perspectiva dos professores? Que fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem? Objetivo geral: Analisar as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do computador e internet na sala de aula, na EMEF Nicolau Neris da Silva se apropriando das situações e realidades existentes, para se traçar metas que evidenciem soluções possíveis dentro da problemática encontrada. Objetivos específicos: Identificar os desafios da educação no contexto atual e o uso das tecnologias na educação; Discorrer acerca de como se estrutura a educação e as tecnologias na perspectiva das políticas públicas na atualidade; Analisar como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula na perspectiva dos professores; Apresentar uma proposta de intervenção de como fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem. Este estudo, surgiu diante da necessidade de se fazer um levantamento das dificuldades encontradas e vivenciadas pelos professores que compõem o quadro docente da escola em análise, já que o uso dessas ferramentas são tão necessárias para a promoção de um ensino dinâmico, atrativo e ativo, e consequentemente de uma aprendizagem prazerosa e significativa, uma vez que recursos tecnológicos, como computador, internet, e outros, são indispensáveis atualmente e podem contribuir de forma positiva para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem e também a nossa prática docente enquanto professores dos anos iniciais do ensino fundamental. Metodologia: tipo de pesquisa de campo, numa abordagem qualitativa, a partir de três etapas da pesquisa, que são: levantamento bibliográfico, a realização da coleta de dados e a tabulação e análise dos dados. O local foi a EMEF Nicolau Neris da Silva. Os sujeitos foram 10 (dez) professores. Os instrumentos de produção de dados foram o questionário, a observação e a entrevista. Os dados foram tabulados e analisados a partir da técnica de análise descritiva. Conclusão: Os professores em suas respostas afirmam que a escola não dispõe de computador e de internet para serem utilizados como ferramenta pedagógica por eles, assim, torna-se inviável garantir o acesso ao conhecimento, porque a escola, tem sala de informática e internet que nunca funcionam, isto é, existe sem utilidade pedagógica na escola. Identificou-se ainda, nas falas dos sujeitos que se a escola disponibilizasse equipamentos para todos os alunos e internet os professores poderiam desenvolver suas aulas de forma mais dinâmica e atrativa promovendo atividades com filmes, jogos, gráficos, tabelas, aplicativos, músicas, vídeos, imagens, pesquisas direcionadas, usos de aplicativos que auxiliem na leitura, escrita, cursos de formação na área de computação, bem como a escola deveria ter internet banda larga a disposição dos professores. Palavras–Chave: Computador. Internet. Ferramenta Pedagógica.
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ABSTRACT
This study whose theme is "The difficulties encountered by teachers for the
use of the computer and the Internet in the classroom at EMEF Nicolau Neris da
Silva", made an analysis regarding such difficulties. Problematic: What are the
difficulties encountered by teachers in the use of computers and internet in the
classroom at EMEF Nicolau Neris da Silva? Guiding questions: What are the
challenges of education in the current context and the use of technology in
education? How is education and technology structured in the perspective of public
policies today? How is the use of the computer and the Internet in the classroom in
the said school effective from the perspective of the teachers? What to do so that the
computer and the internet are used by the teachers as a pedagogical tool assisting
the process of teaching and learning? General objective: To analyze the difficulties
encountered by teachers in the use of computers and internet in the classroom, at
EMEF Nicolau Neris da Silva, appropriating existing situations and realities, in order
to establish goals that show possible solutions within the problems encountered.
Specific objectives: Identify the challenges of education in the current context and the
use of technologies in education; Discuss how education and technology are
structured in the perspective of public policies today; To analyze how the use of the
computer and the internet in the classroom in the perspective of the teachers is
effective; To present a proposal of intervention of how to make so that the computer
and the internet are used by the teachers as a pedagogical tool assisting the process
of teaching and learning. This study arose from the need to make a survey of the
difficulties encountered and experienced by the teachers who make up the teaching
staff of the school under analysis, since the use of these tools is so necessary for the
promotion of a dynamic, attractive and active teaching, and Technological resources,
such as computers, the Internet, and others, are indispensable today and can
contribute positively to the development of teaching and learning as well as our
teaching practice as teachers of the elementary School. Methodology: type of field
research, in a qualitative approach, from three stages of the research, which are:
bibliographical survey, data collection and data tabulation and analysis. The place
was EMEF Nicolau Neris da Silva. The subjects were 10 (ten) teachers. The
instruments of data production were the questionnaire, the observation and the
interview. Data were tabulated and analyzed using the descriptive analysis
technique. Conclusion: Teachers in their answers affirm that the school does not
have a computer and the Internet to be used as a pedagogical tool by them, thus, it
becomes impossible to guarantee access to knowledge, because the school has a
computer and internet room that Never work, that is, there is no pedagogical utility in
school. It was also identified in the subjects' speeches that if the school made
available equipment for all students and internet teachers could develop their classes
in a more dynamic and attractive way promoting activities with movies, games,
graphics, tables, applications, music, videos, Images, targeted searches, uses of
applications that aid in reading, writing, training courses in the area of computing,
and the school should have broadband internet available to teachers.
Keywords: Computer. Internet. Pedagogical Tool.
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LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01: A escola e a sala de informática com computadores
GRÁFICO 06: Utilização do computador pelos professores na sala de aula.. 60
GRÁFICO 07: Utilização da internet pelos professores na sala de aula......... 61
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LISTA DE SIGLAS
EMEF Escola Municipal de Ensino Fundamental. UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia TICs Tecnologias de Informação e Comunicação TCC Trabalho de Conclusão de Curso BR Brasil. Km Quilômetro. PA Pará. EDUCOM Educação e Comunicação. FORMAR Formação PRONINFE Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO Programa Nacional de Informática na Educação FUST Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. PNBL Programa Nacional de Banda Larga EAD Educação à Distância. PC Computador Pessoal SEED Secretaria Estratégica de Educação a Distância. MEC Ministério da Educação. PDE Plano de Desenvolvimento da Educação CGI.BR Comitê Gestor da Internet no Brasil. APAPEUA Agência de Projetos Avançados de Pesquisa dos Estados Unidos. MD Mídia Digital. ME Mídia Eletrônica MI Mídia Impressa USP Universidade de São Paulo UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul PAIIE Programa de Ação Imediata em Informática na Educação CIAE Centros de Informática Aplicada a Educação SEI Secretaria Especial de Informática UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UNICAMP Universidade Estadual de Campinas CAIE Comitê Assessor de Informática e Educação NIED Núcleo de Informática Educativa. NTE Núcleo de Tecnologia Educacional ANATEL Agencia Nacional de Telecomunicações PBC Programa Brasil Conectado EJA Educação de Jovens e Adultos
Neste trabalho será abordado o tema “As dificuldades encontradas pelos
professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF
Nicolau Neris da Silva no município de Irituia - PA”, pois como se sabe é um
grande desafio introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC na
sala de aula como ferramenta pedagógica e muitos são os fatores que contribuem
para que isso ocorra.
1.1 Problemática e questões norteadoras
Fazer uma análise das dificuldades enfrentadas pelos professores para o
uso do computador e internet em sala de aula, é de suma importância para a
pesquisa em questão, pois permitirá conhecer quais as dificuldades detectadas, por
que elas existem e de que forma poderia ser trabalhado uma proposta de
intervenção para contemplar os anseios dos professores em relação ao uso dessas
tecnologias que estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas e
ganhando cada vez mais espaço na sociedade, sendo utilizadas para diversas
atividades, como estudar, fazer compras, transações bancárias, pesquisas e outras
possibilidades que são disponibilizadas por elas.
Desta forma, faz-se necessário uma reflexão sobre a importância do uso
dessas tecnologias no contexto educacional, como proposta pedagógica que
contemple os alunos com recursos que os mesmos já utilizam fora dos “muros da
escola”, tornando possível a contextualização dos conteúdos das diversas disciplinas
por meio do computador e internet, como uma alternativa viável para aulas
dinâmicas e atrativas mediadas pela tecnologia em favor da aprendizagem.
É importantíssimo o uso das tecnologias como ferramenta pedagógica como
forma de promover competências e habilidades nos educandos e ressignificar as
práticas docentes para um ensino e aprendizagem mais significativo com formas
prazerosas de ensinar e aprender.
Tendo como pressuposto as considerações acima surgiu a questão
problema que é: Quais as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do
computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva?
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Com o intuito de aprofundarmos a problemática enfatizada definiram-se as
seguintes questões norteadoras, que são:
Quais os desafios da educação no contexto atual e o uso das tecnologias na
educação?
Como se estrutura a educação e as tecnologias na perspectiva das políticas
públicas na atualidade?
Como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF
Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos professores?
Que fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos
professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a
aprendizagem?
1.2 Objetivos
Os objetivos foram definidos a partir da questão problema e das questões
norteadoras com o intuito de dar conta da temática em destaque, ou seja, foram
estruturados levando em consideração o que se propõe o estudo.
1.2.1 Objetivo geral:
Analisar as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do
computador e internet na sala de aula, na EMEF Nicolau Neris da Silva se
apropriando das situações e realidades existentes, para se traçar metas que
evidenciem soluções possíveis dentro da problemática encontrada.
1.2.2 Objetivos específicos:
Discorrer acerca de como se estrutura a educação e as tecnologias na
perspectiva das políticas públicas na atualidade;
Analisar como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula
na EMEF Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos professores?
Apresentar uma proposta de intervenção de como fazer para que o
computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta
pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem.
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1.2.3 Justificativa
Este estudo, surgiu diante da necessidade de se fazer um levantamento das
dificuldades encontradas e vivenciadas pelos professores que compõem o quadro
docente da EMEF Nicolau Neris da Silva, já que o uso dessas ferramentas são tão
necessárias para a promoção de um ensino dinâmico, atrativo e ativo, e
consequentemente de uma aprendizagem prazerosa e significativa.
Outro fator que contribuiu para a realização dessa pesquisa foram as
experiências vivenciadas na prática docente enquanto professores que atuam no
laboratório de informática da Disciplina Informática Educativa na rede municipal em
outro município, experiências essas que vieram ratificar que recursos tecnológicos,
como computador, internet, e outros, são indispensáveis atualmente e podem
contribuir de forma positiva para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem.
1.2.4 Metodologia
O percurso metodológico se deu a partir do que a pesquisa se propõe, assim
sendo, optou-se pelo tipo de pesquisa de campo, que procura o aprofundamento de
uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta
das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informações para captar as
explicações e interpretações do que ocorrem naquela realidade. (GIL, 2008).
Optou-se por uma abordagem qualitativa, que para Gil (2008), a referida
abordagem faz referência a uma pesquisa que tem como premissa, analisar e
interpretar aspectos profundos, discorrendo acerca da complexidade do
comportamento humano e ainda fornecendo análises mais detalhadas sobre as
investigações, atitudes e tendências de comportamento.
No que se refere as etapas da pesquisa, a mesma desenvolveu-se através
de três etapas, que são: A primeira se efetivou através do levantamento bibliográfico
que de acordo com Gil (2008), é o levantamento do material já produzido acerca do
tema, constituídos em livros e artigos científicos. A segunda etapa foi a realização da
coleta de dados que se deu através das entrevistas com os professores do 1º ao 5º
ano do Ensino Fundamental, a aplicação do questionário com os professores para
se levantar o perfil dos mesmos e a observação no decorrer das aulas durante o
período de uma semana. E a terceira etapa foi a tabulação e análise dos dados
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resultando no relatório final da pesquisa que se consolidou na versão final do
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Quanto ao local da pesquisa, a mesma foi realizada na Escola Municipal de
Ensino Fundamental Nicolau Neris da Silva, que se localiza as margens da BR-010,
Km-14, no município de Irituia - PA.
Os sujeitos da pesquisa foram 10 (dez) professores que compõem o quadro
docente que somam um total de 19(dezenove) professores, os quais atuam nas
séries iniciais do Ensino Fundamental Anos Iniciais (1º ao 5º ano).
Os instrumentos de produção de dados foram o questionário, a observação
e a entrevista definidos com o intuito de produzirmos informações fiéis a realidade
em estudo atendendo os anseios das inquietações que permeiam todo o estudo
acerca das dificuldades dos professores do 1º ao 5º ano ao utilizarem o computador
e a internet dentro da sala de aula.
O questionário que para Chizzotti (2006, p. 140) é um conjunto de questões
pré-elaboradas, sistemática e sequencialmente dispostas em itens que constituem o
tema da pesquisa, com o objetivo de suscitar dos informantes, respostas por escrito
ou verbalmente sobre o assunto saibam opinar ou informar. Assim sendo, o
questionário é um instrumento de coleta de dados desenvolvido cientificamente,
“composto de um conjunto de perguntas ordenadas de acordo com um critério
predeterminado, que deve ser respondido sem a presença do entrevistador”.
(Lakatos & Marconi, 1999, p.100).
Optou-se pelo questionário como instrumento de coleta de dados em
decorrência da necessidade de construirmos o perfil dos sujeitos que participaram
da pesquisa, e por ser um instrumento que segundo Gil (2008, p. 150),
[...] é uma técnica de investigação, composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas, por escrito, às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.
A observação é uma técnica de pesquisa que nos propícia o contato direto
com o objeto de estudo. É a partir dela que o pesquisador percebe as informações
minuciosas sobre o sujeito observado.
Para Lüdke e André (2008, p. 26) a observação “permite que o observador
chegue mais perto da perspectiva dos sujeitos, um importante alvo nas abordagens
qualitativas”. Na medida em que o observador acompanha in loco as experiências
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diárias dos sujeitos, pode tentar apreender a sua visão de mundo, isto é, o
significado que eles atribuem à realidade que os cerca e às suas próprias ações.
A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações
e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou ferramentas que
se deseja estudar. Ela ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a respeito
de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam
seu comportamento.
A entrevista que segundo Minayo (2009, p.107), “é uma conversa a dois,
feita por iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer informações pertinentes a
um objeto de pesquisa”. Dessa forma, a entrevista utilizada foi do tipo
semiestruturada, ou seja, utilizando perguntas fechadas e abertas, onde o
entrevistado teve a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto.
Assim, a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma
delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional e que pode ser gravada ou escrita pelo
pesquisador com a autorização do sujeito pesquisado.
Os dados foram tabulados e analisados a partir da técnica de análise
descritiva que segundo Gil (2008), tem a intenção de descrever uma experiência
proporcionando novas visões sobre uma realidade já conhecida.
Vale ressaltar, que para fundamentar teoricamente este estudo, após o
levantamento do referencial teórico, dialogou-se a partir de cada eixo temático com
os seguintes autores: Para falar acerca dos desafios da educação e o uso das
tecnologias interagiu-se com Kenski (2014), Moran (2007), Santos (2008) e
Chambers e Bax (2006). A respeito da educação, tecnologias e as políticas públicas
dialogou-se com Sampaio (apud SPIGAROLI; SANTOS; SCHLUZEN, 2005), Tajra
(2001) e Marcon et al. (2009). Em relação ao uso do computador e da internet na
sala de aula fundamentou-se em Moraes(1993), Menezes (2014), Valente (1997),
Kampff (2012), Oliveira (2016). E a respeito do uso do computador e da internet
como ferramenta pedagógica necessária interagiu-se com Carvalho (2012), Rocha
(2008) e Luft (2006).
Este estudo cujo o tema é “AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS
PROFESSORES PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA
DE AULA NA EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUIA -
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PA”, estrutura-se em cinco capítulos, conforme apresentam-se abaixo. O Capítulo I,
que ora apresenta-se como INTRODUÇÃO faz referência ao tema, problema,
questões norteadoras, objetivos, justificativas, metodologia e a base teórica deste
trabalho.
O Capítulo II, cujo o tema é “OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO
CONTEXTO ATUAL E O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO”, possui
como eixos temáticos os seguintes: A educação e as tecnologias; O uso das
tecnologias na educação escolar; As etapas essenciais do uso da tecnologia na
educação escolar (Primeira etapa: Tecnologias para fazer melhor o mesmo,
Segunda etapa: Tecnologias para mudanças parciais e a Terceira etapa:
Tecnologias para mudanças inovadoras); O uso da tecnologia digital e da internet
na educação escolar; Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula.
O Capítulo III, com o tema “A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS NA
PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS”, e os eixos temáticos a seguir: O
computador e a informática educativa;
Políticas voltadas aos programas de inclusão digital (Projeto EDUCOM,
Projeto FORMAR, Programa PRONINFE e PROINFO, FUST e PNBL).
O Capítulo IV, o qual tem como eixo temático “O USO DO COMPUTADOR
E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NA
PERSPECTIVA DOS PROFESSORES”, e como subtemas: Caracterização da
escola; Perfil dos sujeitos; Resultados e discussões a partir da concepção do
professor enfatizando “o computador, a internet e a prática docente observada
na EMEF Nicolau Neris da Silva” e também “o computador, a internet e a prática
docente na concepção dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva”.
O Capítulo V, o qual apresenta uma “PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: O
USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
NECESSÁRIA”, discorrendo sobre a justificativa, os objetivos e as atividades
pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar.
E por fim a conclusão que sintetiza os resultados da pesquisa configurando
na concretização dos objetivos propostos inicialmente a partir da perspectiva dos
sujeitos.
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2. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ATUAL E O USO DAS
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Este capítulo discorre acerca dos seguintes eixos temáticos: A educação e
as tecnologias; O uso das tecnologias na educação escolar; As etapas essenciais do
uso da tecnologia na educação escolar (Primeira etapa: Tecnologias para fazer
melhor o mesmo, Segunda etapa: Tecnologias para mudanças parciais e a Terceira
etapa: Tecnologias para mudanças inovadoras); O uso da tecnologia digital e da
internet na educação escolar; Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula.
2.1 A educação e as tecnologias
Atualmente vivenciamos mudanças em todas as áreas da sociedade
influenciadas pelas novas tecnologias que a cada dia ganham mais espaço e
modificam as formas de agir, pensar e se comportar do ser humano no contexto
social e pessoal.
A escola como faz parte desse cenário, é desafiada constantemente a
buscar metodologias e formas que façam dela um espaço que proporcione a
construção do conhecimento por meio da utilização dos recursos tecnológicos
disponíveis como computador e internet, visando um ensino e aprendizagem
significativo e dinâmico mediado pelas TICs que estão cada vez mais presentes em
todos os contextos sociais. Kenski(2014, p. 27) fala sobre isso:
A linguagem digital, expressa em múltiplas TICs, impõe mudanças radicais nas formas de acesso à informação, à cultura e ao entretenimento. O poder da linguagem digital, baseado no acesso a computadores e todos os seus periféricos, à internet, aos jogos eletrônicos etc., com todas as possibilidades de convergência e sinergia entre as mais variadas aplicações dessas mídias, influencia cada vez mais a constituição de conhecimentos, valores e atitudes. Cria uma nova cultura e uma outra realidade informacional.
É de extrema importância a escola inserir os recursos tecnológicos e a
informática em sua pratica, para que a mesma possa proporcionar aos seus
discentes uma forma atrativa de aquisição do conhecimento, por meio desses
recursos que já fazem parte do cotidiano dos alunos “fora dos muros da escola”.
Para muitos, a escola tem se mostrado um espaço desinteressante por não
estar acompanhando as mudanças por qual passa a sociedade. Um conjunto de
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possibilidades está disponível para inovar na ministração das aulas e assim
conseguir mais êxito e influenciar positivamente na construção do conhecimento dos
alunos como a utilização do computador e seus programas, jogos pedagógicos, a
utilização da internet para pesquisas, com acesso mais rápido a informação, mais
velocidade e muito mais, porém isso não tem sido vivenciado pelos nossos alunos e
professores na maioria das nossas escolas.
Muitos são os fatores que contribuem para que essa seja a realidade nas
escolas, porque tomar posse do uso das tecnologias em sala de aula, requer um
planejamento bem elaborado para que essa introdução seja benéfica e contribua
positivamente, não aleatoriamente ou de qualquer forma. Para Moran (2007, p. 72):
As tecnologias são meio, apoio, mas, com o avanço das redes, da comunicação em tempo real e dos portais de pesquisa, transformaram-se em instrumentos fundamentais para a mudança na educação. Há uma primeira etapa, que é a definição de quais tecnologias são adequadas para o projeto de cada instituição. Depois, vem a aquisição delas. É preciso definir quanto gastar e que modelo adotar, se baseado em software livre ou proprietário, bem como o grau de sofisticação necessário para cada momento, curso e instituição. Em seguida, vem o domínio técnico-pedagógico, saber usar cada ferramenta do ponto de vista gerencial e didático, isto é, na melhoria de processos administrativos e financeiros e no processo de ensino e aprendizagem.
O uso da tecnologia é indispensável para propor as mudanças necessárias
por qual a escola deve passar, visando o aperfeiçoamento do ensino e
aprendizagem por meio da utilização de ferramentas tecnológicas que enriquecerão
o conteúdo das aulas. Mas deve-se compreender o processo pelo qual a escola
deve passar para que se consiga tal objetivo considerando os desafios que a ela são
impostos.
Para Moran (2007), deve-se definir o tipo de tecnologia a ser usada para
cada projeto de instituição, ou seja, deve-se pensar nas peculiaridades de cada
escola, sua singularidade e necessidades para assim definir a tecnologia ou as
tecnologias a serem utilizadas; em seguida a aquisição delas, que deve acontecer
seja por meio de parcerias com estados ou municípios, ou por aquisição própria se a
escola dispor de tal condições.
Em seguida, ocorre um dos grandes desafios, se há ou não pessoas
qualificadas para manuseá-las, técnico e pedagogicamente. Esse é um fator
importantíssimo para que haja avanços rumo a uma educação de qualidade. Sobre
isso afirma Moran (2007, p. 73):
23
Para que uma instituição avance na utilização inovadora das tecnologias na educação, é fundamental a capacitação de docentes, funcionários e alunos no domínio técnico e pedagógico. A capacitação técnica os torna mais competentes no uso de cada programa. A capacitação pedagógica os ajuda a encontrar pontes entre as áreas de conhecimento em que atuam e as diversas ferramentas disponíveis, tanto presenciais como virtuais. Essa capacitação não pode ser pontual, tem de ser contínua, realizada semi presencialmente, para que se aprenda, na prática, a utilizar os recursos a distância.
A escola encontra muitas dificuldades para utilizar ferramentas tecnológicas,
e quando consegue, vem outro grande desafio, encontrar a melhor forma de utilizá-
la pedagogicamente.
O caminho que deve ser percorrido, não é fácil, mas os resultados são
satisfatórios, visto que novas formas de ensinar por meio do uso dos recursos
tecnológicos contribuirão para a formação ativa, dinâmica e interativa do aluno.
Infelizmente a escola não pode solucionar certos problemas que a impedem
de avançar nesse sentido. Por exemplo, as escolas não conseguem em muitos
casos fazer a manutenção e reparos dos equipamentos tecnológicos como
computadores, o que impede a continuidade do ensino visando o uso do
computador; a infraestrutura muitas vezes não contribuem para conservação desses
equipamentos, como queda de energia etc.
A formação para professores e demais funcionários é fundamental, tanto
técnico como pedagogicamente para que estejam capacitados para utilizar as
ferramentas e possam contribuir e colaborar com os alunos, que em muitas
situações se limitam em fazer uso somente das redes sociais e desconsideram
outras formas de utilização do computador desconhecendo suas funções.
É necessário o conhecimento das ferramentas tecnológicas como
computador, internet e outras por parte dos professores para que os mesmos
possam manuseá-las e utilizá-las em favor de uma aprendizagem de qualidade, pois
o conhecimento da tecnologia permite que o professor realize aulas dinâmicas e
pedagogicamente direcionadas para cada situação de aprendizagem.
Vale ressaltar que são muitos os desafios para a escola atual, em uma
sociedade onde as tecnologias estão cada vez mais presentes e são necessárias ao
fazer pedagógico, onde a busca pela informação se dá por diversas fontes e de
maneira cada vez mais rápida e interativa.
24
Neste sentido, é preciso centrar o foco na busca pelo conhecimento e o
saber sem dispor dessas ferramentas tecnológicas ficou difícil e desinteressante.
Por isso a escola deve se adequar a essas exigências da sociedade atual, inserir no
contexto educacional o uso dessas tecnologias e assim propor uma educação de
qualidade que vislumbre além das formas de aprendizagem já ultrapassadas e se
desafie a novos objetivos.
O uso das tecnologias na educação irá contribuir para a melhoria tanto do
ensino quanto da aprendizagem. Por meio dela pode ser aprimorado o que já existe,
ou seja, o professor pode melhorar suas aulas com um ensino mediado pelo
computador, pelo uso da internet etc, possibilitando ao aluno várias possibilidades
de aprendizado.
2.2 O uso das tecnologias na educação escolar
Hoje não dá mais para vivermos sem pensar em tecnologia, percebe-se que
ela faz parte de todos nossos contextos sociais e isso implica consideravelmente no
contexto escolar, o que se torna imprescindível quando temos a preocupação de
oferecer dentro da escola uma formação para a cidadania.
Sabemos que a informática faz parte do cotidiano da maioria das pessoas e
que a escola é um importante caminho para fazer essa prática se efetivar de
maneira muito mais significativa e com propósitos bastantes úteis na vida de cada
usuário.
Já não adianta a escola andar na contra mão dos tempos atuais, é preciso
ressignificar o conceito de lidar com a informática na educação escolar. Somente
quadro branco ou textos impressos já não atrai a atenção de nossos alunos.
Explicações e mais explicações de professores na maioria das vezes se tornam
obsoletas diante das diversas ferramentas que muitos de nossos alunos de hoje
disponibilizam e a escola deve fazer algo para acompanhar essa evolução fazendo
uso dessas ferramentas tecnológicas.
O contexto atual marcado por grandes evoluções na sociedade,
principalmente de cunho científicas e tecnológicas requerem mudanças na escola,
especialmente na atuação do professor, que ao longo dos anos vem sentindo que
sua profissão está perdendo a identidade, (SANTOS, 2008, p. 9). É necessário
resgatar a função fundamental do professor enquanto agente formador que
25
oportuniza a formação e transformação dos alunos, desenvolvendo neles o espírito
crítico e a cidadania, (SANTOS, 2008, p. 9).
Para Santos (2008), quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é
de desconfiança e de rejeição. Aos poucos, a escola acaba por incorporá-la em suas
práticas pedagógicas. Após a inserção, vem o estágio da normalização, definido por
Chambers e Bax (2006, p. 465), como um estado em que a tecnologia se integra de
tal forma ás praticas pedagógicas que deixa de ser vista como cura milagrosa ou
como algo a ser temido.
É certo afirmar que propor uma educação que promova a inclusão os alunos
numa perspectiva digital, não é nada fácil, mas sabemos que isso também não é
algo impossível. O que se deve fazer em prol da inclusão digital, é realizar atividades
que deem condições para levar os alunos a fazerem uso de suas próprias
ferramentas tecnológicas e de forma natural ajudar através da informática na
educação escolar o pleno desenvolvimento do aluno.
Todos os seres humanos passam por processos de aprendizagens a partir
da sua interação com o ambiente em que vivem. Aprendemos a falar, a andar, a
comer, viver em família e ter uma vida social. Passamos por altos e baixos, podemos
ser bem-sucedidos ou fracassados, mas a escola como agente social de formação e
desenvolvimento intelectual precisa assumir seu papel de mediador e facilitador do
processo, motivando o pensamento, a reflexão, a pesquisa, conduzindo-os para a
construção do conhecimento.
Podemos considerar que ao propor uma educação na perspectiva da
inclusão digital devemos nos mantermos informados que as ferramentas usadas
pelos alunos de hoje devem ser utilizadas em seu sentido mais amplo, o que é
indispensável, para os dias atuais na inclusão da informática na educação escolar.
Diante de tantas possibilidades de desenvolvimento humano e
desenvolvimento na formação para a cidadania que a informática na educação
escolar pode proporcionar, a escola deverá nessa perspectiva, explorar e criar novos
conhecimentos, isto é, oportunizar a todos os alunos a inclusão tecnológica e as
discussões do conhecimento que por meio dela circulam e são gerados.
É comum relacionar-se o conceito de inclusão da informática à
disponibilização dos recursos tecnológicos, considerando-se o fato de que o usuário
sabe ou não sabe utilizar tais recursos. Tendo em vista esse problema, Sampaio
afirma que inclusão tecnológica “é direito de acesso ao mundo digital para o
26
desenvolvimento intelectual (educação, geração de conhecimento, participação e
criação) e para o desenvolvimento de capacidade técnica e operacional” (SAMPAIO
apud SPIGAROLI; SANTOS; SCHLUZEN (2005, p. 6).
Atualmente, o saber tecnológico tem sido muito valorizado. E é através dele
que muitas portas têm se aberto para que pessoas consigam um emprego e
consequentemente sua melhora de vida e que grande parte desse saber é adquirida,
através das chamadas tecnologias de informação e comunicação, nas quais se inclui
o computador a as ferramentas tecnológicas.
E desse ponto que vem a necessidade de cada vez mais a educação
preparar professores, instrutores e facilitadores para mediar as suas ações de
ensino aprendizagens. Todo esse saber tecnológico aliado as suas várias
ferramentas tecnológicas e internet podem ser utilizados como suporte as atividades
em sala de aula ou como recursos para a aprendizagem cooperativa,
desenvolvimento do pensamento crítico, discussões, preparando os indivíduos na
sua construção próprias ao seu desenvolvimento intelectual e sua cidadania.
A aplicação da informática é vista sob dois enfoques: pedagógicos; onde
ela é usada como ferramenta, para complementos e sensibilizações disciplinares ou
projetos educativos. Social; onde a escola passa para os alunos alguns conteúdos
tecnológicos, (TAJRA, 2001, p. 59).
Segundo Marconet al. (2009, p. 116) os processos comunicativos devem ser
a base de sustentação dos processos educacionais. Assim, a escola como meio
público de ensino da sociedade e legitimo espaço de educação popular, deve ser o
alicerce na formação de cidadãos conscientes e preparados para viver na sociedade
contemporânea.
Para que a informática na educação escolar se efetive realmente os
processos de ensino em cada uma de suas esferas deve se preparar para os
obstáculos que ainda vivenciamos nas nossas escolas, como as pessoas de baixa
renda, ou a falta de oportunidade de manusear uma ferramenta tecnológica, os
chamados analfabetos digitais que infelizmente ainda temos. Além disso, existem
aqueles aos qual a tecnologia não consegue atingir. Pessoas com deficiência visual,
que não podem utilizar o computador ou outra ferramenta tecnológica sozinha, o que
exige uma tecnologia diferente.
Portanto, precisa-se de um melhor estudo para essa pratica uma melhor
preparação dos currículos educacionais com criações de projetos pensados e
27
voltados para contemplar a todos e superar os possíveis obstáculos encontrados.
Infelizmente essa é uma luta que ainda precisa ser encarada, pois somente assim
poderemos ofertar de maneira efetiva a Informática na Educação escolar para a
formação do cidadão.
2.3 As etapas essenciais do uso da tecnologia na educação escolar
Vale ressaltar que o uso da tecnologia na educação se redefine de acordo
com a realidade escolar, porém, para Moran (2007), o uso das tecnologias na
educação se dá de forma completa com três etapas essenciais que se
complementam depois de sua fase de implantação nas escolas, assim sendo,
parafraseando o autor podemos destacar tais etapas:
2.3.1 Primeira etapa: Tecnologias para fazer melhor o mesmo
As tecnologias começaram a ser utilizadas para melhorar o desempenho do
que já existia: melhorar a gestão administrativa; automatizar rotinas de matrícula,
boletos, notas, folha de pagamento, receitas. Depois, passaram a ajudar o professor
a “dar aula”, na organização de textos (conteúdo), nos programas de apresentação,
na ilustração de aulas (vídeos, softwares de conteúdo específicos), na avaliação
(planilhas, bancos de dados), na pesquisa (bases de dados e internet).
Ao mesmo tempo, os alunos encontram nas tecnologias ferramentas de
apoio à aprendizagem: programas de texto, de multimídia, de navegação em bases
de dados e internet, de comunicação, até chegar aos ambientes virtuais de
aprendizagem.
2.3.2 Segunda etapa: Tecnologias para mudanças parciais
Numa segunda etapa, o avanço das tecnologias e o seu domínio técnico-
pedagógico propiciam a criação de espaços e atividades novos dentro da escola,
que convivem com os tradicionais: utiliza-se mais o vídeo, para tornar as aulas mais
interessantes; desenvolvem-se alguns projetos na internet, nos laboratórios de
informática.
28
Assim sendo, professores e alunos criam páginas web e divulgam seus
trabalhos. Professores propõem atividades virtuais de grupos, listas de discussão,
fóruns e, mais recentemente, blogs, podcasts, produção de vídeos. Esses
programas se sofisticaram com a utilização de plataformas integradas de ensino,
que permitem atividades a distância.
É certo que o mais importante, o que vale de verdade, continua sendo o
currículo, as aulas presenciais, as notas. Típica desta segunda etapa é a divisão
entre a grade curricular obrigatória (disciplinas) e as atividades virtuais (projetos,
webquests, que costumam ser voluntárias ou consideradas atividades
complementares.
Neste sentido, destaca-se que a escola continua a mesma, no essencial,
mas há algumas inovações pontuais, periféricas, que começam a pressionar por
uma mudança mais estrutural. Muitas escolas e universidades não fazem mudanças
profundas, ao contrário, massificam com as tecnologias o modelo centrado no
professor (por exemplo, por meio de tele aulas), focando mais a transmissão do que
a interação e a pesquisa.
2.3.3 Terceira etapa: Tecnologias para mudanças inovadoras
Numa terceira etapa, as tecnologias começam a ser utilizadas para modificar
a própria escola e a universidade: para flexibilizar a organização curricular, a forma
de gestão do ensino-aprendizagem. Trabalha-se mais com projetos integrados de
pesquisa e há mais atividades semipresenciais ou quase totalmente on-line.
O currículo universitário permite atividades a distância complementares às
presenciais. As escolas de ensino fundamental e médio ainda se sentem fortemente
pressionadas pelas secretarias de educação, pelo vestibular das universidades,
pelas expectativas tradicionais das famílias e pela força da cultura escolar
tradicional. Por isso, ainda não estão conseguindo quebrar o modelo padrão de
aulas presenciais e presença obrigatória.
Nesta perspectiva, considera-se que mesmo os colégios mais avançados
tecnologicamente continuam amarrados, presos à tradição e às expectativas sociais
convencionais. Um dos problemas mais sérios é a demora das universidades em
assumir novos modelos pedagógicos inovadores. Mais séria ainda é a defasagem
das escolas de educação básica: estacionaram na mesmice. Mesmo com grandes
29
portais de serviços virtuais e franquias, não mexem no essencial, que é o processo
de ensino-aprendizagem.
O virtual, até agora, é um complemento – só – do presencial, que é o que
realmente conta e que continua acontecendo da mesma forma. As redes,
principalmente a internet, estão começando a provocar mudanças profundas na
educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino
- aprendizagem localizado e temporal.
Podemos aprender de vários lugares, ao mesmo tempo, oneoff-line, juntos e
separados. Como nos bancos, temos nossa agência, a escola, que é nosso ponto de
referência; só que já não precisamos ir até lá continuamente, pessoalmente, para
aprender.
As redes também estão provocando mudanças profundas na Educação a
Distância - EAD. Antes, a EAD era uma atividade muito solitária e exigia bastante
autodisciplina. Agora, com as redes, continua como uma atividade individual,
combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criação de grupos
de aprendizagem, integrando aprendizagem pessoal e grupal.
A educação presencial está incorporando tecnologias, funções e atividades
que eram típicas da EAD, que, por sua vez, está descobrindo que pode ensinar de
forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a
interação.
2.4 O uso da tecnologia digital e da internet na educação escolar
Desde que surgiram os Computadores Pessoais - PC na década de 80, vem
havendo discussões e aumento das experiências que articulam seu uso na
educação. Durante esse tempo, permaneceu a existência de duas situações sobre
inserir a informática no contexto escolar.
Na primeira, as preocupações eram voltadas para se ensinar o uso e
manuseio dos aplicativos, com instruções sobre o uso da máquina. Na segunda, já
havia mais preocupação com o uso dos softwares no ensino para assim melhorar a
aprendizagem.
Porém, nesse período, os softwares educacionais existentes não eram tão
confiáveis e isso só começou a mudar, quando começaram a surgir propostas
baseadas na utilização da linguagem de programação logo, criada por Seymour
30
Papert. Um software desenvolvido com o objetivo de trabalhar o desenvolvimento do
raciocínio lógico-matemático.
O Logo vem sendo utilizado na educação desde a década de 80 e, hoje,
principalmente nas primeiras séries do ensino fundamental, com a utilização do
Micromundos, versão mais atualizada dos primeiros Logos.
A discussão sobre essa temática se torna cada vez mais crescente, desta
forma foi necessário a criação de dois projetos públicos para a inserção da
informática na educação o EDUCOM em 1983, e o Programa Nacional de
Informática na Educação - PRONINFE em 1989, criando núcleos de Informática
Educativa em vários estados brasileiros. “Estes núcleos tinham por finalidade
desenvolver a formação de professores, promover a utilização da informática como
prática pedagógica por parte dos alunos, o desenvolvimento de metodologias,
processos e sistemas na área." (MORAES, 1993, p. 25)
Nesse sentido, verificou-se o quanto era necessário promover a utilização do
uso da informática voltados para fins pedagógicos com formação para professores e
utilização pelos alunos vislumbrando o desenvolvimento de ambos por meio do uso
da informática.
E com o mesmo objetivo dos dois projetos surgidos visando a introdução da
informática na educação, temos o Programa Nacional de Informática na Educação –
PROINFO (1996). Esses projetos indicam uma preocupação com a formação
profissional e a democratização do ensino através do uso da tecnologia, atingindo
assim um grande número de indivíduos localizados em diferentes locais do nosso
país.
A Secretaria Estratégica de Educação a Distância (SEED) do Ministério da Educação (MEC), em conjuntura com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), elaborou o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) que mobilizou cursos presenciais e à distância, no qual professores são preparados para o uso pedagógico das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).(MENEZES, 2014, p. 16)
Pela necessidade de inserir na escola o ensino que fizesse uso recursos
tecnológicos para que tanto alunos como professores tivessem acesso à tecnologia,
que a cada dia se torna mais presente no contexto social, foram surgindo os projetos
que contextualizassem para dentro da escola essa necessidade. E também com o
surgimento dos softwares educativos, isso se tornou mais próximo da realidade. Pois
31
eles ajudam no desenvolvimento da aprendizagem e na construção do
conhecimento se utilizados de forma correta com objetivos e metas pré-definidos.
Para a discussão que se inicia, serão considerados softwares educacionais
todos aqueles que, mesmo não concebidos com finalidade pedagógica, podem ser
utilizados nesse contexto. Valente (1997, p. 19), “coloca que os softwares
educacionais podem ser divididos em dois grandes grupos: os softwares que
promovem o ensino e os softwares que auxiliam na construção do conhecimento”.
A partir desses dois polos, “é fundamental que o professor reflita sobre as
abordagens pedagógicas que embasam a sua prática e, então, possa optar pelo tipo
de software que dará suporte ao desenvolvimento dos objetivos didático-
pedagógicos definidos”. (KAMPFF, 2012; p. 95)
Com o uso de diversos softwares educacionais por meio do uso do
computador e da internet na educação escolar, inúmeras possibilidades foram
disponibilizadas para auxiliar o professor na busca por melhorias no ensino e assim
contribuir com os alunos na construção do seu conhecimento de forma positiva.
Esses softwares podem contribuir em muito com a construção do conhecimento,
porém seu uso deve estar em consonância com os objetivos didáticos pedagógicos
já definidos pela instituição e domínio de seu uso por parte dos professores que tem
o papel de mediar os conhecimentos.
O computador desperta interesse e curiosidade nos alunos, instiga neles o
prazer em aprender de forma dinâmica e interativa, por meio do uso pedagógico do
computador, aliando a ele formas e metodologias que possibilitem essa interação
com o conhecimento, percebe-se uma motivação muito grande por parte dos alunos,
que se fascinam pela máquina que é o computador.
O uso do computador e da internet como ferramenta pedagógica em muito
contribuirão para a ressignificação do saber visto que estamos em um mundo que o
surgimento de novas tecnologias é uma realidade vivenciada por todos e onde a
informação se dá de forma cada vez mais ativa e acelerada, saber utilizar essa
tecnologia irá fazer com que a escola caminhe em paralelo com essas mudanças,
direcionando e possibilitando acesso a elas dentro do contexto escolar com
propostas lúdicas e envolventes.
Uma boa prática de inclusão digital é propiciar uma cultura tecnológica de base, ou seja, possibilitar que os cidadãos possam utilizar tecnologias já na escola, aprendendo a localizar e utilizar melhor a informação. Para tanto, é preciso ter professores capacitados para interagir com as novas
32
tecnologias, que reconheçam a importância das novas formas de relacionar informação e de comunicar, visando preparar os alunos para serem sujeitos que possam exercer plenamente sua cidadania na sociedade da informação. (KAMPFF, 2012, p. 210)
O uso da internet em sala de aula garante o acesso a informações
resultando em maior obtenção de conhecimentos. Certamente o uso dessa
ferramenta tem seus benefícios e malefícios. O lado positivo é a possibilidade de ter
contato com diversos materiais e fontes de dados diferentes, fazendo com que os
alunos produzam mais conhecimento e estabeleçam relação de comunicação com
outras pessoas. Já o lado negativo, e muitas vezes ignorado, é a overdose de
conteúdo que dificulta a separação do que é mais relevante para se aprofundar em
algum assunto ou discussão. Sem contar na total comodidade trazida pelo uso da
internet em pesquisas, já que antigamente os trabalhos eram feitos com
Enciclopédias.
Dessa forma, podemos considerar que usar a internet em sala de aula
requer muita responsabilidade por parte do professor, além de ser preciso ficar
atento para a origem legítima do conteúdo e a citação da fonte. De acordo com a
pesquisa TIC Educação 2013, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil -
CGI.BR, os tipos de recursos mais utilizados são imagens, figuras, ilustrações ou
fotos (84%), textos (83%), questões de prova (73%), vídeos (74%) e jogos (42%).
É de suma importância a capacitação dos professores para conduzir esse
processo, pois os mesmos devem ajudar a construir os sujeitos para exercer sua
cidadania da melhor forma possível. E é o professor que dará subsídios para que o
aluno enquanto aprendiz, saiba selecionar, relacionar e transformar a informação
disponibilizada em conhecimento propriamente dito. Por isso, a importância do
professor conhecer o manuseio das tecnologias disponíveis e saber conduzir-se
dentro desse contexto tecnológico que se vivencia hoje.
A Internet é uma ferramenta riquíssima no espaço da sala de aula, no
entanto, a escola deve conhecer a ferramenta Internet e seus recursos, além de
revolucionarem as relações sociais e o acesso à informação, constitui a grande
invenção da humanidade. Seu uso é extremamente benéfico e pode trazerem
resultados excepcionais ao processo de ensino e aprendizagem.
A escola não pode confundir uso do computador com uso da Internet, assim,
quando utilizam o computador, os professores podem colocar jogos (educativos ou
não) e atividades escolares. O tempo de uso de Internet deve estar inserido neste
33
contexto sempre com objetivos definidos previamente pelo professor. Compete ao
professor auxiliar seus alunos nas pesquisas escolares e incentivar o uso de sites
com jogos educativos
A internet também é uma grande aliada para se trabalhar no contexto
educacional, seu surgimento em nada foi relacionado com a educação. De acordo
com Kampff (2012, p. 164):
A primeira rede de computadores surgiu no final da década de 1960 por iniciativa da Agência de Projetos Avançados de Pesquisa dos Estados Unidos - APAPEUA. O projeto inicial pretendia conectar computadores para possibilitar a comunicação segura de dados militares. A ideia era construir uma rede descentralizada, para que, em caso de guerra e destruição de um dos caminhos da rede, as informações buscassem meios alternativos para trafegar. Na década seguinte, a rede foi expandida para possibilitar a interligação de universidades e centros de pesquisa. A partir de então, como desenvolvimento de novas tecnologias, devido ao apoio de órgãos de fomento à pesquisa, novos pontos foram sendo conectados.
Já no Brasil, “a internet chegou no início da década de 1990, interligando
principalmente órgãos governamentais e universidades. A partir de 1995, o uso
comercial da rede no país passou a ser explorado, possibilitando acesso às
empresas e à população em geral”. (TAJRA, 2002, p. 18).
Com sua popularização e seu crescente uso para inúmeras tarefas do dia a
dia das pessoas, ela se tornou uma mídia poderosa que se trabalhada no contexto
educativo com fins pedagógicos, será muito útil para a educação escolar. A internet
disponibiliza um amontoado de informações, possibilita a pesquisa, a comunicação,
a interação e é um recurso imprescindível para quem quer está bem informado.
Com o uso da internet na educação escolar, onde o professor deve se
apropriar de formas e metodologias para utiliza-la pedagogicamente da melhor
forma possível, muitas conquistas serão alcançadas em busca de uma educação de
qualidade que se preocupe com a formação plena do sujeito, lhes possibilitando a
construção do conhecimento de forma completa e satisfatória.
Podemos considerar que com a tecnologia a todo vapor, passamos a ter
algumas alternativas interessantes para a dinâmica do ensino nas escolas. A sala de
aula que antes se resumia a alunos, professores, quadro, giz, mesas e cadeiras
pode agora contar com novos elementos de multimídia.
A internet é uma ferramenta que permite inúmeras possibilidades de tornar a
didática mais envolvente e assimilativa. Ela contém mecanismos que contribuem
34
para captar a atenção do aluno de uma forma mais aguda e consequentemente
aumentar as chances de um aprendizado de sucesso.
Compete às escolas e aos profissionais da área usufruírem desses avanços
tecnológicos, visando melhorar cada vez mais o ensino do país. Eles são os agentes
de transmissão de conhecimento, é o dever deles estarem por dentro dessas novas
alternativas de complementar o ensino.
Neste sentido, o uso da internet no intuito de educar requer a filtragem de
informações deve ser estratégica. Antes do professor considerar um conteúdo como
viável de ser usado, ele deve pesquisar em mais fontes. Como ferramentas
interessantes para serem usadas na sala de aula, podemos citar: Correio eletrônico
(e-mail); Espaços de interação e discussão (Fóruns); Locais de conversa (Chats);
Blogs; Ferramentas colaborativas; World Wide Web – navegação livre na internet.
O professor por sua vez, terá condição para desenvolver diversas formas de
aprimorar a sua didática e consequentemente a aprendizagem dos alunos ao lançar
mão de uma ferramenta tão importante como: Auxílio à pesquisa e ao
desenvolvimento profissional dos professores; Recurso educacional para uma
aprendizagem mais motivadora e abrangente; Comunicação; Realização de projetos
em atividades compartilhadas; Transmissão dos conteúdos (apresentação de
conteúdos e estímulo à interação).
2.5 Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula
Podemos considerar que as mídias podem ser utilizadas como ferramentas
de auxílio na educação para melhorar os resultados do processo de ensino e de
aprendizagem. Dentre as inúmeras formas de expressão das mídias, as digitais têm
se destacado atualmente visto sua praticidade de uso e facilidade de disseminação
entre os jovens.
Segundo Oliveira (2016), os tipos de mídia são basicamente três: digital,
eletrônica e a impressa.
A Mídia Digital – MD, é baseada em tecnologia digital como a internet, os
programas educacionais e os jogos de computador. Recentemente a TV digital
adentrou a essa classe, tendo como principal característica a interatividade. Nessa
categoria, o usuário pode filtrar as informações, visualizando apenas as que o
35
agradam e pode enviar as suas próprias. É uma via de mão dupla, você recebe mas
também pode fornecer conteúdo informativo.
A Mídia Eletrônica– ME, é aquela que agrega a televisão, o rádio e o
cinema, que se configuram como formas de comunicação unidirecional, ou seja,
apenas passam informações e não permitem a interação com quem as está
acompanhando. É o caso também dos DVDs e dos recursos audiovisuais.
A Mídia Impressa – MI é o formato de mídia mais antigo, é composta por
elementos como jornais, revistas, mala-direta, folders e catálogos, ou seja, é todo
tipo de material impresso que visa comunicar algo.
36
3 A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS NA PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Este capítulo, dispõe sobre os eixos temáticos a seguir: O computador e a
informática educativa; Políticas voltadas aos programas de inclusão digital (Projeto
EDUCOM, Projeto FORMAR, Programa PRONINFE e PROINFO, FUST e PNBL),
com o intuito de descrever como tais políticas tem contribuído significativamente a
educação no contexto das tecnologias.
3.1 O computador e a informática educativa
O computador e a informática educativa surgiram com o intuito de inovar na
educação primando pela inclusão digital dos alunos da escola pública, assim, os
recursos tecnológicos tomaram conta dos ambientes, seja ele escolar, trabalho,
família, supermercado, lojas, dentre outras, a verdade é que eles fazem parte do
nosso dia a dia e estão conosco em todos os lugares e a todos os momentos.
De maneira rápida e crescente o computador se faz presente em nossas
vidas, esteja no meio pessoal ou profissional, desse modo a sua presença é
constante fazendo com que a sua compleição continue a crescer continuamente. O
termo informática é definido da seguinte maneira:
A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a ideia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas”. (LUFT, 2006 apud ROCHA, 2008).
Nesse sentido, fica evidente para o autor que o termo informática nada mais
é que informações automáticas, onde o indivíduo aprimora a buscar conhecimentos
esquadrinhando técnicas onde interliga o pensar e o automático em uma só função,
onde os mesmos interligam essas análises e técnicas a um só foco, que é o
computador manuseando os respectivos programas.
Segundo Valente (1997, p. 12 apud CARVALHO, 2012) a informática
educacional é definida como:
37
[...] A informática educacional é o processo que coloca o computador e sua tecnologia a serviço da educação. Portanto, todos os aspectos e as variáveis neste processo deverão estar subordinados à consideração de que a essência da informática educacional é de natureza pedagógica, buscando melhorias dos processos de ensino aprendizagem de forma a levar o aluno a aprender, o professor a orientar e auxiliar esta aprendizagem, tornando-o apto a discernir sobre a realidade e nela atuar.
Quem trabalha no espaço escolar sabe que as tecnologias chegaram ao
ambiente e muitos que ainda não estavam preparados não sabiam trabalhar a
ferramenta como auxílio nas tarefas do ambiente educacional, ao qual essa situação
pouco a pouco foi se organizando, exemplo disso foram as preparações
urgentemente de profissionais para se trabalhar com a máquina, na escola queriam
inovação, mas a situação estava bem clara que a culpa maior não eram as
tecnologias, mas a preparação dos profissionais para lidar com o aparelho.
A informática educativa oferece inúmeros recursos para se trabalhar
pedagogicamente quaisquer disciplinas e/ou atividades dentro do ambiente
educacional, inovando, buscando, construindo e aprimorando as práticas
tecnológicas.
Antigamente, o ambiente educador vivia em um tempo em que o professor
era o centro do saber e os alunos apenas ouviam as orientações ditas e sem
quaisquer questionamentos podiam sequer manifestar suas opiniões.
Hoje, as parafernálias que invadiram o ambiente educador, deixam o
professor como um mediador dos recursos em que na maioria dos casos os
discentes manuseiam velozmente. Em razão dessa perspectiva é necessário que o
professor-mediador sinta-se preparado, capacitado, e tenha mais que coragem a
autonomia para mediar suas aulas de forma prática e eficaz.
A utilização da Informática Educativa pode juntar elementos da educação formal com outros da não formal, beneficiando tanto o aspecto prático dos meios não formais quanto à teoria mais generalizada presente nos meios acadêmicos. Por intermédio de sites na Internet, por exemplo, pode trazer para dentro da sala de aula, filmes ilustrando a vida de grandes vultos do passado, ou documentários detalhando as etapas no desenvolvimento de seres vivos, dentre outros. (ROCHA, 2008, p. 06).
Há inúmeras possibilidades que o computador nos oferece para se trabalhar
e inovar os ambientes de sala de aula na perspectiva de melhorar o processo de
ensino e aprendizagem da turma e possibilitar a informatização do ambiente
educador, para que o mesmo possa abrir probabilidades de propostas para os
professores da escola e ainda utilizar o computador como um recurso de inovação
38
em suas aulas, como por exemplo, vídeo, softwares, jogos educativos de
computador dentre outros, para que o aluno possa explorar e aprender mais de uma
forma e ou maneira. São essas as propostas para se trabalhar a informática
educativa, sugestões essas que inovam, buscam, aprendem dentre outros
benefícios, tanto para o aluno que estão à procura de aprender e se satisfazer com
as buscas quanto para o professor que media os conhecimentos dentro do ambiente
de sala de aula.
Os países modelos da apropriação e motivação em levar a informática na
educação não só para o Brasil, mas aos demais países, chamam-se França e
Estados Unidos.
As utilizações do uso dos computadores nas escolas nos Estados Unidos,
não dependiam das iniciativas e/ou muito menos das decisões impostas pelo
governo, mas a total necessidade da evolução das parafernálias, além disso,
contava com os demais profissionais qualificados e a competitividade das agências
desenvolvedoras de software/hardware, contava também com o apoio das
universidades e das escolas.
Já na França, ao contrário dos Estados Unidos, essas tomadas de decisões
no âmbito educacional eram totalmente focadas no governo, o que serviu de um
grande modelo para o mundo no que se refere à desenvoltura dos hardwares e
softwares, ajudando na formação para o domínio da nova tecnologia. No entanto, a
França adotou tais objetivos aos quais não estavam voltados e interligados ao que
se diz respeito às transformações pedagógicas. Segundo Carvalho (2012, p. 09):
O objetivo da implantação da informática na educação na França, não estava voltado para transformações pedagógicas. Sua implantação foi dividida em quatro fases. Sua primeira fase teve início em meados dos anos 70, onde houve investimento na formação docente. A segunda fase, chamada de 10.000 computadores, teve início no ano de 1978, buscava o uso do computador como ferramenta de ensino, um elo entre os alunos e a informática. É nesse período que começa a desenvolver-se a linguagem do LOGO com propósitos educacionais (...).
Tanto a França, quanto os Estados Unidos, com esses modelos
incentivadores foram essenciais para a evolução da utilização dos computadores
nas escolas, servindo como exemplo e base para o Brasil e os demais países para
um contínuo melhoramento da educação centrada em um mundo tecnológico ao
qual invade um dos principais focos da sociedade, que são nossas escolas.
39
Nesse sentido, a indústria nacional de informática foi criada no Brasil no
início dos anos 1970 como o objetivo de criar uma indústria nacional informatizada.
A intervenção do Estado no avanço da tecnologia contribuiu para a regulamentação
do mercado de informática.
A política foi desenvolvida pelo órgão normativo e elaborada pelo órgão
executor dessa política. A política tecnológica brasileira procurou incentivar a
produção de equipamentos de pequeno porte, em que os principais mecanismos
dessa política até 1989 foram: controle das importações, concessão de liderança de
fabricação para as empresas nacionais, supervisão de parte da demanda de sistema
de computadores pelo poder de compra de órgãos estatais de empresa pública.
O Brasil iniciou a busca de um caminho para inserir a informática na
educação em 1971, momento em que se discutia a utilização dos computadores no
ensino de física na Universidade de São Paulo (USP). Logo depois, esta técnica foi
utilizada para o ensino de química na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Destacam-se ainda o uso do software educativo na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS).
A cultura nacional da informática na educação teve início em 1980 a partir
dos resultados de dois seminários internacionais (1980 e 1982) sobre o uso do
computador como ferramenta para auxiliar do processo de ensino e aprendizagem.
O Ministério da Educação (MEC) criou em 1986 o Programa de Ação Imediata em
Informática na Educação – PAIIE de 1º e 2º grau destinado a capacitar professores
(Projeto FORMAR) e a implantar infraestrutura de suporte nas Secretarias Estaduais
de Educação (Centros de Informática Aplicada a Educação de 1º e 2º grau - CIAE),
competia a cada secretaria de educação e a cada instituição de ensino técnico ou
superior definir suas propostas pedagógicas.
3.2 Políticas voltadas aos programas de inclusão digital
Os programas citados a seguir, serão uma das demonstrações de como o
Brasil se inclui no mundo globalizado a partir do uso das tecnologias, visando ser um
país continuamente inclusivo diante às tecnologias, se tornando um país
globalizado, seja nas escolas, trabalho, família e ou dentre outras, propondo ao povo
maior contato, manuseio com a ciência tornando um auxílio e agilidade nas
atividades que se apresentam principalmente dentro do ambiente educador.
40
Certamente, nessa perspectiva, cabe aos educadores do espaço escolar
buscar, incentivar, conhecer e mais que tudo participar ativamente dos programas
que lhe são propostos para tornar a escola um ambiente informatizado.
3.2.1 O Projeto EDUCOM
O EDUCOM é um projeto de pesquisa que visa às escolas de 2º grau com
interesse maior em seu desenvolvimento à procura de novas metodologias de
ensino na tentativa de adquirir uma aprendizagem mais ativa, significativa na
educação básica de melhor qualidade.
Nesse sentido, o EDUCOM foi o primeiro projeto de inclusão digital público a
tratar da informática educacional ao qual se deu origem do 1º Seminário Nacional de
Informática na Educação realizada na Universidade de Brasília em 1981. Mais à
frente, aproximadamente em 1983, uma comissão criada pela Secretaria Especial de
Informática (SEI) elaborou o projeto na tentativa da constância implantação de
centros piloto em universidades públicas voltadas para a pesquisa no uso de
informática educacional, a capacitação de recursos humanos.
Nesse sentido citam-se as primeiras entidades que participaram das
pesquisas sobre a utilização do computador na educação brasileira: Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS).
Uma das metas mais exigidas do projeto foi, de certa forma, procurar
fornecer computadores às escolas públicas de ensino na Educação Básica,
proporcionando a mesma possibilidade que as escolas particulares ofereciam aos
seus discentes garantindo acesso ao uso da tecnologia.
Dentre essa meta, cita-se também como mais uma das metas do EDUCOM:
procurar desenvolver as pesquisas do uso educacional da informática, fazer o
discente aprender sendo totalmente apoiado pelo recurso da informática e se essa
proposta melhoraria efetivamente a aprendizagem do discente e que os demais
observadores notassem isso.
Nesse sentido, o Centro de Informática do MEC em 1984 foi reestruturado
para assumir a responsabilidade de coordenar, programar e supervisionar, lidando
também com o respaldo financeiro para a operacionalização do projeto EDUCOM.
41
Infelizmente o projeto fraquejou pelas dificuldades impostas pelo governo e as
transições governamentais.
Uma nova tentativa de tentar recuperar o projeto ocorreu em 1996 fazendo
uma mudança nas questões relacionadas às operacionalizações que ocorriam pelos
órgãos de sistemas educacionais, mas agora sendo realizados pelas próprias
universidades.
Nessa nova reestruturação o projeto procurou adotar uma metodologia de
planejamento participativo, de realização e avaliação das experiências de
informática na educação no Brasil.
As várias formas de contribuição que o projeto EDUCOM nos forneceu foram
importantíssimas para que o Brasil procurasse se desenvolver e criar novos projetos
que incluíssem na educação dos discentes das escolas pública mais oportunidades
de conhecer, buscar, além de beneficiar-se com as oportunidades das inserções dos
programas no mundo e mais que tudo ao seu dispor.
3.2.2 O Projeto FORMAR
A construção do Projeto foi implantada em 1987, recomendado pelo Comitê
Assessor de Informática e Educação do Ministério da Educação: CAIE/MEC, na
supervisão e a coordenação do Núcleo de Informática Educativa - NIED/UNICAMP,
sendo ministrado por pesquisadores e especialistas dos demais centros-piloto
integrantes do projeto EDUCOM.
O projeto foi criado devido ao enfraquecimento do EDUCOM. O nome do
projeto FORMAR ocorreu devido à necessidade da busca por formações
continuadas no sentido de incutir nos profissionais a importância de mudar a prática
pedagógica de maneira eficiente e eficaz.
O referido projeto foi idealizado para atender os profissionais na busca de
formação para atuar em diversos centros de informática educativa nos sistemas
públicos de educação, era praticamente considerado como um curso de
especialização com carga horária de 360h, distribuídos em módulos, ministrados
durante nove semanas e 8 (oito) horas de atividades diárias, com conteúdo
distribuídos em 6 (seis) disciplinas compostas de aulas teóricas, aulas práticas,
seminários, conferências para os profissionais participantes do curso com o intuito
42
de abranger grande número de profissionais da área educacional nas mais variadas
localidades do Brasil.
Um dos aspectos positivo do projeto foi a trocas de experiências, a busca
por informações, a busca por acrescentar mais informações, inovações, e dentre
outras. O projeto possibilitou a muitos educadores uma grande experiência em de
buscar por mais conhecimentos e até então inovar suas práticas e metodologias,
mas a grande falta de estrutura e interesse por parte dos ambientes educativos
fizeram com ocorresse a falência do projeto.
3.2.3 O Programa PRONINFE e PROINFO
O Programa Nacional de Informática na Educação (PRONINFE) foi criado
em 1989 do mês de outubro pelo MEC e teve a aprovação somente no ano de 1990
no referido mês de março.
A finalidade do PRONINFE era simples procurar desenvolver a informática
educativa no Brasil, através de projetos criados juntamente com atividades apoiados
aos referidos fundamentos pedagógicos para que assegurassem os investimentos
envolvidos.
O que o projeto mais pretendia era procurar apoiar o total desenvolvimento e
a utilização da informática nos referidos ensinos do 1º ao 3º grau e ao ensino de
educação especial, além de propor a motivação e criação de vários centros em todo
o país para que pudessem suprir as necessidades de se trabalhar o tecnológico,
além de criar e integrar pesquisas acompanhando também a motivação em
capacitar professores continuamente e a formação de recursos humanos. Dentre
esses benefícios oferecidos pelo projeto também podemos citar a produção,
aquisição e avaliação de softwares educativos.
O PRONINFE funcionava através de centros de informática voltados a
educação que ficavam em diversos locais do país, eram eles os responsáveis nas
prestações de serviços e no apoio às divulgações das análises dos projetos
educacionais bem como nos objetivos e resultados alcançados. Também tinha em
um dos seus pontos positivos a formação contínua de professores dos três graus e
as áreas de educação especial e de pós-graduação.
43
O mesmo visava à pesquisa sobre a utilização da informática na educação
aproveitando a possibilidade de interatividade, interconectividade que o computador
possibilitava.
Durante seu período o projeto apresentou bons resultados aos quais foram
primordiais na educação de informática educativa visando à realidade das escolas
públicas. Dentre muitos dos seus pontos positivos estão os centos e sub centros de
informática na educação interligados a internet com iniciativas de governos tanto
estaduais como municipais tendo como modelo sólido o EDUCOM. Também foram
implantados laboratório de informática nas escolas públicas com a ajuda financeira
dos governos estaduais e municipais e também possibilitou a preparação dos
profissionais para trabalhar em informática educativa.
Em 1997 criado pela Portaria Nº 522 o PRONINFE (Programa Nacional de
Informática na Educação) – que previa crescimento gradual da competência
tecnológica com o objetivo de desenvolver a informática educativa no Brasil através
de atividades e projetos convergentes em fundamentação sólida de modo a
assegurar a unidade técnica e científica imprescindível ao êxito de esforços e
investimentos envolvidos e que apesar das dificuldades orçamentárias gerou em dez
(10) anos uma cultura da informática educativa.
Desse modo, após quase 10 anos depois do PRONINFE, em 1997 foi
substituído pelo PROINFO, com iniciativa do MEC. O PROINFO é praticamente uma
releitura do PRONINFE, pois teve uma maior iniciativa financeira e é o mais
abrangente no país entre todos os projetos através do Núcleo de Tecnologia
Educacional (NTE), suas metas eram financiar a entrada de tecnologia de
informática e telecomunicações na rede pública no ensino fundamental e médio.
Dois de seus objetivos eram melhorar a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem e proporcionar educação que visem o pleno desenvolvimento
tecnológico.
Para participar do Programa o município deve fazer adesão, que é o
compromisso do município com as diretrizes do programa. Deve ficar claro, que
através do Programa, o MEC distribui e instala os computadores, mas toda a
infraestrutura exigida para a instalação dos laboratórios fica sob a responsabilidade
do governo estadual, dos prefeitos, essa é uma das condições para que a instalação
seja realizada.
44
O processo de seleção das escolas ocorre pela coordenação do PROINFO
de cada Estado. Existe o incentivo por parte do MEC, para a utilização de softwares
livres, este se preocupa com que os conteúdos dos softwares, sejam voltados para o
uso didático pedagógico.
Nesse sentido, para que o programa venha ser um sucesso no âmbito
educacional, será necessário o apoio dos governos estaduais e municipais, pois
foram eles que auxiliaram as escolas todo o suporte de infraestrutura, instalações e
manutenção pertinentes. Assim, nesse processo é possível perceber o quanto os
programas de inclusão digital contribuíram para o caminho da inclusão digital no
espaço escolar, podendo sempre buscar o incentivo aos docentes a melhorarem
suas metodologias através de métodos tecnológicos inovadores. É um programa
educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede
pública de educação básica.
O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos
educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem
garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os
educadores para uso das máquinas e tecnologias.
Para fazer parte do PROINFO Urbano e /ou Rural, o município deve seguir
três passos: a adesão, o cadastro e a seleção das escolas. A adesão é o
compromisso do município com as diretrizes do programa, imprescindível para o
recebimento dos laboratórios. Após essa etapa, deve ser feito o cadastro do prefeito
em nosso sistema, que permitirá o próximo passo, que é a inclusão das escolas no
PROINFO.
3.2.4 O FUST
O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações conhecido
como FUST, foi estabelecido pela constituição da lei 1998 de 17 de agosto de 2000,
o projeto foi voltado para financiar a população menos favorecida, ou seja, a mais
carente.
Compete a ANATEL - Agencia Nacional de Telecomunicações, a total
responsabilidade na implementação e fiscalização dos projetos apresentando seus
objetivos prioritários, dentre esses se destaca: a implantação de redes digitais de
informação, tendo como prioridade a internet, destinados a escolas e bibliotecas,
45
incluindo nessa prioridade os computadores para operação pelos usuários e redução
das contas desses serviços com um único objetivo que é beneficiar como prioridade
estabelecimentos que fossem continuamente frequentados por pessoas carentes,
dentre esses também temos a instalação de redes de alta velocidade para implantar
serviços que fornecessem teleconferências para as escolas e bibliotecas.
3.2.5 O PNBL
O Programa Nacional de Banda Larga, designado como Programa Brasil
Conectado - PBC, foi criado e implantado em 12 de maio de 2010, sob o Decreto Nº
7175, que lançou as bases para as possíveis ações a serem definitivamente
construídas e implantadas coletivamente.
O PNBL apresenta-se como um dos seus objetivos principais, a tão sonhada
possibilidade de promover a inclusão digital com o intuito de poder reduzir a
desigualdade social e regional, promovendo a geração de emprego e renda, a
ampliação os tais serviços de governo eletrônico e poder facilitar aos cidadãos o uso
dos serviços do Estado, originando também a capacitação da população para o uso
das tecnologias que o mundo oferece, aumentando assim, a autonomia tecnológica
que é o necessário igualmente.
O maior dos desafios do projeto PNBL é poder traduzi-los em ações
concretas capazes de promover direta ou indiretamente o desenvolvimento da
infraestrutura e maior oferta de serviços por preços mais baixos.
46
4 O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA EMEF
NICOLAU NERIS DA SILVA NA PERSPECTIVA DOS PROFESSORES
Diante das atuais mudanças propostas pelo crescente uso das diversas
tecnologias no contexto social, há a necessidade da escola se adequar a essas
novas demandas que estão sendo implementadas pelo uso da tecnologia. Pois
assim novas possibilidades surgem enriquecendo o ensino e aprendizagem por meio
da utilização pedagógica das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).
Para Kenski (2014, p.34):
As novas tecnologias de comunicação (TICs), sobretudo a televisão e o computador, movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado. A imagem, o som e o movimento oferecem informações mais realistas em relação ao que está sendo ensinado. Quando bem utilizadas, provocam a alteração dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado.
O professor que se disponibilizar a inserir essas ferramentas em suas aulas,
se souber manuseá-las corretamente transformará o ensino e aprendizagem de
seus alunos mais significativo, uma vez que estará inserindo na sala de aula,
recursos que já fazem parte da vida da maioria dos alunos. Tornando assim, o
ensino e aprendizagem mais completo.
Na EMEF Nicolau Neris da Silva, não há um trabalho pedagógico que
envolva o uso do computador e internet. O laboratório de informática de acordo com
a pesquisa realizada, não está funcionando por falta de manutenção nos
computadores existentes e quando funcionava, era dificultoso o processo por não
haver computadores suficientes para a demanda de alunos, pois o laboratório é
equipado apenas com 10 (dez) computadores e as salas de aula tem mais de 20
(vinte) alunos por turma. Outro fator que dificulta é a ausência de sinal de internet
que impossibilita trabalho pedagógico que envolva esse recurso.
Para os professores seria muito importante trabalhar com todo o aparato
tecnológico que subsidiasse as aulas com vídeos, filmes, usos de jogos pedagógicos
que trabalhassem em consonância com os conteúdos desenvolvidos em sala de
aula. Portanto muitos são os fatores que não permitem que isso ocorra. Para eles, a
formação específica que não há nessa área, seria de grande importância para dar
subsídios para que eles procurassem desenvolver aulas por meio do computador e
47
internet, mesmo que esses recursos não estivessem disponíveis na escola, como
não estão, os mesmos dominando o uso das ferramentas, procurariam outras fontes
para poder inseri-los em suas aulas.
Outro fator é a precariedade dos equipamentos existentes, no laboratório de
informática há 10 (dez) computadores, porém não estão em funcionamento por falta
de manutenção. Sabe-se que esses equipamentos requerem manutenção
constante, porém o governo manda às escolas e lá ficam, quando precisa de um
conserto, ele logo cai em desuso porque essa manutenção não acontece.
Na EMEF Nicolau Neris da Silva não é diferente, além da manutenção que
necessita, o laboratório de informática não tem suporte para sustentar os 10
computadores ligados ao mesmo tempo, fator que contribuiu para o desgaste das
máquinas, por haver constantes quedas de energia elétrica.
Portanto, na concepção dos professores mais incentivo por parte dos
governantes e oportunidades para que a tecnologia seja inserida efetivamente no
contexto educacional e na sala de aula como recurso pedagógico primordial.
Certamente, não adianta mandar computadores para as escolas e não dar
manutenção quando necessário, assim como não dar possibilidades para que os
professores tenham acesso a essa tecnologia de forma mais abrangente, com
cursos de formação que lhes permitam o conhecimento necessário para poder
inserir em suas aulas como recurso pedagógico.
Este capítulo, o qual tem como eixos temáticos a caracterização da escola;
Perfil dos sujeitos; Resultados e discussões a partir da concepção do professor
enfatizando “o computador, a internet e a prática docente observada na EMEF
Nicolau Neris da Silva” e também “o computador, a internet e a prática docente na
concepção dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva”, faz uma análise a
respeito da realidade da EMEF Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos
professores no que tange as questões do uso do computador e da internet na sala
de aula.
4.1 Caracterização da escola
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Nicolau Neris da Silva, fica
localizada na Vila São Francisco – Km 14, as margens da BR - 010, no município de
Irituia, Estado do Pará, é uma escola de médio porte, possui 09 (nove) salas de aula
48
e funciona em 03 (três) turnos. Seu corpo técnico é formado por 01 (uma) gestora,
Para tornar a pesquisa realizável, foi aplicado um questionário voltado aos
professores que compõem o quadro docente da referida escola, com o objetivo de
identificar quais são as dificuldades vivenciadas por eles dentro da sala de aula,
para a utilização do computador e da internet como ferramenta pedagógica.
A Escola apresenta uma boa estrutura física, com 09 (nove) salas de aula
em boas condições de funcionamento, 04 (quatro) banheiros para alunos, sendo 01
(um) adequado dentro dos padrões da acessibilidade, 01 (uma) sala de leitura, (01)
uma sala multifuncional, 01 (uma) cozinha, 01 (uma) área coberta que serve como
refeitório, 01 (um) Laboratório de informática que possui 10 (dez) computadores e 01
(uma) secretaria que disponibiliza 02(dois) computadores para serviços
administrativos. A escola possui 01 (um) datashow, 01 (um) microssistem, 02 (duas)
TVs e 01 (um) aparelho de DVD.
49
Em relação a estatística referente ao ano de 2016 (dois mil e dezesseis) a
escola tem 369 (trezentos e sessenta e nove) alunos em sua matricula inicial, 364
(trezentos e sessenta e quatro) alunos na matricula final, com uma taxa de
aprovação de 318 (trezentos e dezoito) alunos, e a taxa de repetência de 46
(quarenta e seis) alunos e a taxa de evasão de 09 (nove) alunos.
A EMEF Nicolau Neris da Silva tem como missão assegurar um ensino de
qualidade, garantindo o acesso e permanência do aluno na escola. Ser um
referencial na construção do conhecimento concebendo uma educação voltada a
formação integral do aluno, de maneira significativa para a efetivação de sua
identidade.
A escola possui de maneira institucionalizado 04 (quatro) projetos cujo as
temáticas são: “Lendo e Escrevendo no Mundo da Literatura”, “Projeto Páscoa é
amor, paz, respeito, bondade e gratidão”, “Projeto Sala de Leitura: Eu já sei ler”, e o
“Projeto Folclore: Resgatando nossas raízes”.
4.2 Perfil dos sujeitos
Os professores que compõem o quadro docente da EMEF Nicolau Neris da
Silva, estão na faixa etária de idade entre 27 (vinte e sete) a 52 (cinquenta e dois)
anos.
Em relação ao vínculo empregatício dos 10 (dez) entrevistados 08 (oito) são
efetivos, e 02 (dois) contratados com apenas dois meses de atuação. Vale ressaltar
que dos 10 (dez) professores que são concursados e contratados já atuam no
magistério entre 10 (dez) até 33 (trinta e três) anos de serviço, com atuação na
escola entre 01 (um) mês até 20 (vinte) anos.
No que se refere ao nível de escolaridade, a escola dispõe de um quadro de
professores com formação em nível superior, sendo 07 (sete) pedagogos, 02 (dois)
Letrados, e 01 (um) Matemático. Todos atuam nos anos iniciais do ensino
fundamental. É importante destacar que dos professores entrevistados, 02 (dois)
atuam com turmas de 1º ano, 02 (dois) com turmas de 2º ano, 02 (dois) com turmas
de 3º ano, 02 (dois) com turmas de 4º ano e 02 (dois) com turmas de 5º ano (anos
iniciais) do ensino fundamental.
Acerca do conhecimento de informática somente 01 (um) professor possui o
curso básico nessa área, sendo que os demais não fazem uso dessa ferramenta.
50
Destaca-se ainda, que a escola não dispõe de professor lotado no Laboratório de
Informática para auxiliar os demais professores a desenvolverem suas atividades
pedagógicas utilizando o computador.
Sobre o processo de interação e dinamização das aulas por meio do uso dos
recursos tecnológicos como computador e internet, observou-se que os professores
até compreendem essa necessidade, mas devido as dificuldades só utilizam o
Datashow, televisão, aparelho de DVD, caixa de som e notebook, não
necessariamente em todas as aulas, mas de vez em quando se utilizam desses
recursos com o intuito de dinamizar a sua prática pedagógica. Apenas 02 (dois)
professores foram observados que durante o exercício da prática docente não usam
nenhum tipo de ferramenta tecnológica porque a escola não oferece suporte para
desenvolver suas aulas com esses recursos tecnológicos.
O uso da internet nas atividades pedagógicas nas escolas ainda é uma
situação que se percebe a utilização com muita dificuldade para realmente se
efetivar, pois além de não haver formação que dê subsídios e suporte, também não
há disponibilidade de equipamentos para serem usados pelos professores e alunos,
assim como não há internet, o que inviabiliza o uso dessa ferramenta no trabalho
pedagógico dos professores na EMEF Nicolau Neres da Silva.
De todos os entrevistados apenas 04 (quatro) professores foram observados
utilizando a internet, mas somente para pesquisas de atividades para trabalharem
em sala de aula, sem a participação dos alunos nesse processo, uma vez que ela é
feita em lugar alheio a escola.
4.3 Resultados e discussões a partir da concepção do professor
Este eixo temático que discorre a respeito dos resultados e discussões a
partir da concepção do professor faz referência ao cotidiano da escola relacionando
o uso do computador, internet e a prática docente.
4.3.1 O computador, a internet e a prática docente observada na EMEF Nicolau
Neris da Silva o computador, a internet e a prática docente observada na EMEF
Nicolau Neris da Silva será discutida a partir de três eixos temáticos como: a prática
docente dos professores; os recursos e equipamentos que os professores utilizam
para ministrarem suas aulas; as dificuldades observadas mediante a prática
51
pedagógica dos professores durante a utilização do computador e da internet na
sala de aula.
4.3.1.1 A prática docente dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva.
As aulas ministradas EMEF Nicolau Neris da Silva, pelos professores que
compõem o corpo docente, na sua maioria são aulas expositivas e dialogadas, sem
uso de nenhum equipamento tecnológico a não ser o quadro branco, livro como
recurso didático e cartazes como recurso visual.
Os recursos tecnológicos como computador e internet não fazem parte do
contexto da sala de aula. A escola até dispõe de um laboratório de informática
composto por dez computadores, porém os mesmos não são conectados à internet.
Na escola nenhum computador possui acesso à internet, situação essa que dificulta
ao máximo produção de aulas com esse recurso tecnológico.
Os computadores do laboratório de informática a qual os alunos poderiam
ter acesso, não há essa possibilidade, pela ausência de professor ou monitor para
atuar nesse espaço e também por eles não estarem funcionando atualmente, por
falta de manutenção. Limitando os professores e alunos somente dentro da sala de
aula, sem utilizar ferramentas tecnológicas tão importantes como o computador e a
internet.
Com as observações feitas nas aulas, percebeu-se pouca interação e
dinamização privando aos alunos à construção do conhecimento por meio da
utilização dos recursos tecnológicos que em muito contribuem para uma aula mais
atraente e significativa. As aulas se resumiram em copiar conteúdo do quadro,
leitura do conteúdo e orientação de atividades,
Alguns professores buscam métodos de exposição de trabalhos em equipe,
propondo a construção coletiva por parte dos alunos, mas recursos tecnológicos
como Datashow, computador, internet e os mais comuns como microsystem,
televisão, caixa de som, não são utilizados frequentemente, no período de
observação somente uma professora do 4º ano utilizou o Datashow para mostrar um
vídeo.
Muitos são os fatores que contribuem para esse distanciamento observado
em sala de aula entre o docente e os recursos tecnológicos existentes na escola,
52
pois a mesma não possui suporte tecnológico para subsidiar o professor a fim de
que este se apropriando de tais recursos, ministrem aulas mais atrativas e
dinâmicas, mas se os disponíveis na escola fossem explorados, com certeza já
havia um diferencial nas aulas desses professores que se dispuseram a ir em busca
de inovação por meio da tecnologia.
Os professores demonstraram não dominar o manuseio do computador e
outros recursos como Datashow, e outros existentes na escola, o que gera um
desconforto e impossibilita aos mesmos proporem aulas que requerem seu uso. Não
há formação na área da informática a esses profissionais que atuam em sala de aula
e a grande maioria não sabe manusear esses equipamentos.
E assim temos um ambiente educacional que mesmo se esforçando para
propor uma boa educação aos seus alunos, limita a construção do conhecimento a
esses mesmos sujeitos, pois uma vez que a eles não é possibilitado um ensino por
meio da exploração dos recursos tecnológicos, como computador, internet e outros,
que fazem parte do dia a dia de muitas crianças, com a intenção de inovar, chamar a
atenção de forma dinâmica e interativa, esses alunos ficam a margem desse
processo por qual vive a sociedade, dando a eles poucas possibilidades de
construção, criticidade e autonomia, características essas importantíssimas ao
sujeito que deve ser preparado para atuar ativamente em sociedade.
4.3.1.2 Os recursos e equipamentos que os professores da EMEF Nicolau Neris da
Silva utilizam para ministrarem suas aulas.
Atualmente temos percebido um esforço bastante visível por parte de alguns
governantes em proporcionar equipamentos tecnológicos que são de grande
importância para os professores ministrarem suas aulas.
Ter um computador para cada um em sala de aula seria excelente. “É mais
dinâmico, além de facilitar a troca de material, como os slides da aula. Existem
vários filmes e vídeos do YouTube, que podem dar exemplos de assuntos
trabalhados na sala. E para isso, só é necessário acesso à Internet. “Hoje em dia, o
estudo é muito mais pela Internet do que por livros. Onde os alunos fazem download
de programas, aplicativos. O que atrai muito mais”.
Mas a relação estabelecida entre a tecnologia e a educação esbarra ainda
em um conceito destinado à geração atual: o de Nativos Digitais. A nomenclatura é
53
destinada aqueles que já nasceram conectados à Internet e dominam esses
recursos tecnológicos com extrema facilidade.
Podemos considerar que a ideia de que os alunos conhecem mais sobre os
novos recursos tecnológicos do que os professores podem assustar alguns
profissionais na hora de trabalhar com essas ferramentas dentro da sala de aula,
principalmente quando o professor não estabelece com seus alunos uma relação
dialógica.
Essa questão é muito comum, encontrar nos contextos educacionais, na
escola e dentro da sala de aula, professores que não compreendem o processo de
como ocorre essa dinâmica oferecida pela tecnologia, em consequência disso, a
escola fica alheia a ela e com isso muitos recursos e equipamentos se perdem na
maioria das escolas contempladas pelos governos. Porém não se pode julgar a
capacidade ou a incapacidade de cada um, uma vez que os professores da
atualidade na sua maioria não têm oportunidade de participarem de cursos de
formação para aprenderem a manusear essas maquinas ou usar para ministrar suas
aulas.
Na Escola Nicolau Neris da Silva, essa dificuldade não é diferente uma vez
que a maioria dos professores não tem formação e nem cursos auxiliares na área
tecnológica o que faz com eles só utilizem os materiais, que podemos classificar
como “triviais” como, atividades impressas, cartolinas letras móveis, pincel para
quadro branco e os livros didáticos.
Quando se faz uso de algum equipamento tecnológico, como por exemplo, a
internet, isso é feito, mas não para contemplar os anseios dos alunos em manipular
esses recursos. Esse uso se dar para pesquisar atividades, temas de estudos,
assuntos da grade curricular e/ou conteúdo para ajudar no planejamento teórico das
aulas que serão planejadas nos, sem nenhuma participação do aluno na execução
de atividades que seriam relevantes, como participar de pesquisas, utilização de
jogos pedagógicos, usos de softwares educativos que contemplassem o conteúdo
das aulas, para uma melhor assimilação e etc.
A realidade dos recursos e equipamentos tecnológicos que são usados na
Escola Nicolau Neris da Silva não são diferentes de outras escolas. Entretanto, isso
não pode ser uma desculpa para não fazer desses recursos um grande aliado nas
atividades pedagógicas.
54
Somente o quadro negro e/ou branco e o giz e/ou pincel, já não são
suficientes para suprir a necessidade de informação dinâmica exigida pela era
digital. “A aula depende muito do professor. Mas quando, além de um bom
professor, existem recursos que chamam a atenção dos alunos, o tempo de aula
passa muito rápido e o aprendizado se concretiza com mais efetividade”. O que
ainda não é a realidade da referida escola.
4.3.1.3 As dificuldades observadas mediante a prática pedagógica dos professores
da EMEF Nicolau Neris da Silva durante a utilização do computador e da internet na
sala de aula.
A tecnologia digital permite que a interatividade e o maior e mais rápido
acesso à informação cheguem às salas de aula. Tablets, lousas digitais, Datashow,
redes sociais e sites educativos se tornaram grandes parceiros dos professores na
hora de ensinar.
Afirmar que a tecnologia, além de facilitar o aprendizado, estimula a busca
por novas informações, hoje é uma certeza. Sabemos que é muito melhor quando a
gente pode visualizar as coisas que os professores falam. Às vezes, perdemos muito
tempo copiando coisas do quadro que poderíamos aprender de forma mais fácil com
filmes, imagens e apresentações de slides.
Na Escola Nicolau Neris a Silva não tem todos esses recursos citados e não
há sinal de internet, portanto realizar um trabalho pedagógico que necessite desse
recurso, não há possibilidade. E se caso necessite dos computadores do laboratório
de informática, além de serem em pouca quantidade, nem todos estão funcionando,
por falta de manutenção das máquinas.
O uso do computador na escola é de cunho pessoal, para editar e organizar
atividades para serem impressas e arquivar notas e relatórios de alunos (atividades
administrativas).
Observou-se que a internet não faz parte das ações pedagógicas na prática
com os alunos, uma vez que não há sinal de internet inviabilizando alunos e
professores executarem atividades que dependem desse acesso.
Aqueles que utilizam o computador e a internet como uma ferramenta
pedagógica na Escola Nicolau Neris são os professores mais jovens, pois estes
55
estão mais acessíveis aos processos tecnológicos mais abertos as mudanças de
paradigmas que isso pode proporcionar.
Os professores que tem mais “tempo de serviço” na sua maioria, não sabem
manusear as maquinas, dizem que não tem tempo para estudar essas ferramentas e
encontram muita dificuldade para fazer desses recursos uma ponte para a
realização de atividades interativas e práticas nas suas aulas.
Aliando-se a isso o descaso dos nossos governantes em oferecer uma
internet de banda larga e computadores mais atualizados com bom desempenho no
acesso à internet e manutenção dos computadores existentes, só contribui para que
as escolas fiquem a par dessa tecnologia.
A utilização desses recursos nessa escola só acontece pela boa vontade
individual de cada professor. Não existe um planejamento para se trabalhar no
laboratório de informática, pois o laboratório não funciona e não há um profissional
que atenda ali.
Na escola não se organiza pautas para discutirem o uso da internet nas
atividades pedagógicas porque quando se fala em computador e internet o grau de
importância que se dá é como se o seu uso fosse menos importante.
A visão da escola acerca dos recursos tecnológicos e da internet não
acompanham o grande avanço que temos visto na área tecnológica, ou seja, a
escola fica em uma situação de atraso no que tange a inclusão digital.
Vale ressaltar que precisa-se de muita formação e informação a respeito
desse assunto para se trabalhar com computador e internet na sala de aula. Pois
somente através de informação, formação e conhecimento é que esse cenário de
descaso dos governantes e medo de encarar o novo de alguns professores
poderemos ter um recurso a mais nos trabalhos pedagógicos dos professores da
Escola Municipal Nicolau Neris da Silva.
4.3.2 O computador, a internet e a prática docente na concepção dos professores da
EMEF Nicolau Neris da Silva.
Este eixo discute as questões referentes ao computador, a internet e a
prática docente na concepção dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva.
Para tanto, realizou-se a entrevista com 10 (dez) professores a partir do roteiro
constituído de 10 (dez) questões.
56
A primeira pergunta foi se a EMEF Nicolau Neris da Silva possui sala de
informática com os computadores conectados à internet, e 20% dos professores
afirmaram que existe a sala de informática com os computadores conectados à
internet e 80% afirmaram que não existe.
GRÁFICO 01: A escola e a sala de informática com computadores conectados à internet.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
A segunda pergunta foi acerca da utilização do computador pelos
professores para ministrar suas aulas, assim sendo, 80% disseram que não e 20%
disseram sim, porém esses 20% afirmam utilizam algumas vezes para digitar o
planejamento, exibir mídias ou na hora em que utilizam o Datashow.
As respostas dos sujeitos confirmam o que foi observado no decorrer da
pesquisa, ou seja, a quase não utilização do computador pelos professores como
ferramenta pedagógica que pode contribuir com a aprendizagem do aluno
possibilitando a interação com o conhecimento e a tecnologia.
20%
80%
Sim. Não.
57
GRÁFICO 02: A utilização do computador pelos professores para ministrar aulas.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
A terceira questão foi a respeito das dificuldades encontradas pelos
professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na escola. 60%
dos professores afirmam que as dificuldades encontradas são a ausência de internet
na escola e os computadores insuficientes, 30% afirmam que a única dificuldade que
encontram é o fato de não ter internet e 10% não sabem usar o computador.
GRÁFICO 03: As dificuldades encontradas pelos professores para o uso do
computador e da internet na sala de aula na escola.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
20%
80%
Sim. Não.
60%
30%
10%
Não tem internet e os computadores insuficientes.
Não tem internet.
Não sabe usar o computador.
58
A quarta questão foi referente a participação dos professores em relação a
formação na área da tecnologia para poder trabalhar com os alunos. 20% dos
professores disseram que participam de formação na área da tecnologia e 80%
disseram que não.
Diante das considerações acima percebe-se que a maioria dos professores
não participa de formações que primam pela utilização da tecnologia como
ferramenta pedagógica que auxilia a aprendizagem dos alunos.
GRÁFICO 04: A participação dos professores em formação na área da tecnologia
para poder trabalhar com os alunos.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
A quinta questão foi a respeito dos desafios que os professores têm
enfrentado na educação no contexto atual em relação ao uso das tecnologias na
educação.
As respostas foram diversas e nos possibilitam a entender que a escola
pública apresenta-se bem distante da inclusão digital seja por falta de investimentos
em equipamentos tecnológicos ou de formação dos profissionais que atuam na
escola. Assim, podemos considerar as afirmativas abaixo na concepção dos
professores.
Professor 1: O fato é que, quem não domina o básico dos conhecimentos tecnológicos é praticamente analfabeto digital. A base do conhecimento atual passa por princípios tecnológicos
20%
80%
Sim. Não.
59
Professor 2: Trabalhar sem internet porque a escola não possui Professor 3: E que a escola não consegue acompanhar a dinâmica tecnológica, geralmente a criança já sabe mais do que a escola pode oferecer em relação aos aparelhos tecnológicos Professor 4: Inexistência de sala multimídia na escola Professor 5: O fato de não haver suporte Professor 6: Às vezes a falta de conhecimento e até mesmo a prática em relação ao uso. Professor 7: Por não haver equipamento suficiente Professor 8: Por não haver equipamentos suficientes Professor 9: Afirmo que não é fácil, sendo que a escola não oferece suporte tecnológico para desenvolver trabalhos na prática e acaba ficando só na teoria Professor 10: Não participar de cursos que nos capacitem e a falta de recursos tecnológicos para uso em sala de aula
A sexta pergunta foi sobre como a EMEF Nicolau Neris da Silva lida com as
tecnologias como ferramenta pedagógica. As respostas dos professores foram
agrupadas em duas categorias conforme apresenta a figura 05 abaixo.
GRÁFICO 05: A maneira como a escola lida com as tecnologias como ferramenta
pedagógica.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
Podemos afirmar que 20% não responderam conforme a pergunta e 80%
responderam a contento, sendo que 12% dos 80% afirmam que a escola utiliza as
tecnologias apenas nos encontros pedagógicos e reuniões, ou seja, a utilidade das
tecnologias pela escola está desvinculada da prática docente e do processo
pedagógico.
20%
80%
Não responderam conforme a pergunta.
Responderam descrevendo como a escola utiliza as tecnologias.
60
Professor 1: Não é possível a escola esquivar-se da tecnologia. A criança antes mesmo da escola, já tem contato com esses equipamentos e a escola precisa orientá-los a utilizá-la de forma correta; Professor 2: No momento, com algumas dificuldades; Professor 3: Infelizmente considero que a escola está à margem desse conhecimento. Por exemplo, computador é uma ferramenta essencial ao ensino e aprendizagem. Professor 4: Como suporte pedagógico para facilitar o trabalho docente em situações eventuais; Professor 5: Para facilitar a aprendizagem dos educandos; Professor 6: Em encontros pedagógicos e reuniões; Professor 7: Com muita dificuldade, pois não tem acesso a internet; Professor 8: Com muita dificuldade, pois não tem equipamentos suficientes; Professor 9: A escola oferece apenas uma máquina de xerox e um notebook com Datashow, mas tem projeto para a sala de informática juntamente com os alunos. Estamos aguardando apenas manutenção nos computadores e internet; Professor 10: Utiliza para subsidiar as aulas as tornando mais atrativas e dinâmicas para os alunos.
No que tange a utilização do computador na sala de aula na EMEF Nicolau
Neris da Silva 50% dos professores afirmam que não utilizam e os demais 50%
afirmam que utilizam o computador, porém, utilizam sem estar conectado na internet
e também apenas para planejar suas atividades pedagógicas, ou seja, uso exclusivo
do professor.
GRÁFICO 06: Utilização do computador pelos professores na sala de aula.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
Em relação ao como os professores utilizam a internet na sala de aula na
EMEF Nicolau Neris da Silva, por unanimidade estes disseram que não utilizam a
50%50%
Não utilizam. Utilizam o computador.
61
internet na sala de aula, pois a escola não dispõe nem no Laboratório de
Informática.
GRÁFICO 07: Utilização da internet pelos professores na sala de aula.
FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.
Para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como
ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem a escola
precisa fazer uma série de ações voltadas a garantia de acesso ao computar e a
internet na escola de modo geral como afirmam os professores:
Professor 1: É preciso políticas direcionadas para essa área, internet de
qualidade e computadores disponíveis para uma determinada demanda de
alunos
Professor 2: Primeiramente a escola ser adaptada com essas tecnologias,
principalmente com internet
Professor 3: Em primeiro lugar é preciso viabilizar um número maior de
computadores para professores e alunos e disponibilizar internet de
qualidade
Professor 4: Disponibilizar sinal de internet fixa e sala multimídia
Professor 5: Disponibilizar as ferramentas necessárias como computadores
conectados à internet e formação na área para os professores
Professor 6: Acredito que aprender a manusear melhor o computador e ter
acesso a internet assim como cursos na área
Professor 7: Recursos suficientes
Professor 8: Falta interesse da gestão para que se providencie internet
Professor 9: Precisamos primeiramente de uma política limpa para que
assim a tecnologia chegue realmente, sendo que no censo eles confirmam
a existência somente no papel
Professor 10: Cursos de formação nessa área, computadores e internet
disponibilizados para professores e aluno.
100%
Não utilizo a internet na sala de aula.
62
De acordo com o Professor 2, as escolas da rede pública primeiramente
devem ser adaptadas com as tecnologias, atuais e disponibilizar internet banda larga
para que seja utilizada de forma eficaz pela equipe docente como ferramenta
pedagógica necessária ao educando. Sabemos que os laboratórios disponibilizados
nas escolas possuem poucos computadores e dificilmente possuem internet com
qualidade.
No que se refere as propostas sugeridas pelos professores para se
trabalharem na sala de aula utilizando o computador e a internet como ferramenta
pedagógica destacam-se as abaixo relacionadas:
Professor 1: É preciso sair do mundo das ideias e fantasias. A tecnologia é
indispensável ao acesso para o conhecimento. Mas observo pela nossa
escola, temos sala de informática e internet que nunca funcionam. Porém
para os nossos gestores a escola está perfeita. É preciso políticas sérias,
voltadas a atender essas demandas.
Professor 2: Internet na escola; Sala de informática que funcione
Professor 3: Que nossos gestores disponibilizem políticas direcionadas a
atender essa demanda
Professor 4: Atividades com filmes, músicas, vídeos, imagens...
Professor 5: Trabalhar com pesquisas direcionadas, usos de aplicativos que
auxiliem na leitura, escrita etc.
Professor 6: Cursos de formação na área de computação e a escola deveria
ter internet
Professor 7: Vídeos aulas, pesquisas, jogos e usos de aplicativos
Professor 8: Primeiramente instalação de internet na escola e a proposta é
trabalhar com jogos, gráficos, tabelas...
Professor 9: Jogos envolvendo as quatro operações, construção de gráficos
e tabelas.
Professor 10: Como forma de dinamizar o ensino e a aprendizagem, por
meio de jogos que trabalham leitura e escrita, problemas matemáticos,
pesquisas, uso de vídeos, filmes e animações que instiguem a construção
do conhecimento.
Tendo como base a afirmativa realizada pelo Professor 01: acerca de como
a escola dispõe do computador e da internet para ser utilizada como ferramenta
pedagógica torna-se inviável garantir o acesso ao conhecimento, porque a escola,
tem sala de informática e internet que nunca funcionam, isto é, existe sem utilidade
pedagógica na escola.
Certamente como mencionado pelos demais professores podemos
desenvolver atividades com filmes, jogos, gráficos, tabelas, aplicativos, músicas,
vídeos, imagens, pesquisas direcionadas, usos de aplicativos que auxiliem na
leitura, escrita, cursos de formação na área de computação, bem como a escola
deveria ter internet banda larga a disposição dos professores.
63
5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET
COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NECESSÁRIA
O capítulo, aqui apresentado apresenta uma proposta de intervenção
utilizando o computador e a internet como ferramenta pedagógica necessária
discorrendo sobre a justificativa, os objetivos e as atividades pedagógicas numa
perspectiva interdisciplinar.
5.1 Justificativa
Atualmente a internet tem se massificado em quase todos os setores da
sociedade. Muito mais na vida estudantil e desde cedo em todos os níveis de estudo
explorar ferramentas computacionais virou “febre” entre os estudantes.
Dessa forma, encontramos na escola um crescimento do acesso aos
dispositivos móveis pelos alunos, sejam eles de classes mais favorecidas, e até
mesmo pelas classes menos favorecidas. Muitos, embora tenha o recurso
tecnológico, acabam não usufruindo desta ferramenta didática, tão pouco acreditam
que através dela podem melhorar leitura e a escrita, consequentemente estar mais
preparado para o mercado profissional.
Com isso surgi à demanda de desenvolver em sala de aula o uso de
ferramentas computacionais mais apropriadas para a nova proposta de ensino e
aprendizagem.
Essa grande demanda de alunos fazendo uso das ferramentas tecnológicas
exige da “escola novas alternativas de estudos e ensinos” e partindo desse princípio,
devemos acompanhar o desenvolvimento tecnológico e fazer uso das novas
tecnologias em benefícios educacionais.
Sob essa perspectiva, acredita-se que o uso da tecnologia apresenta
desafios para o educador em buscar caminhos que ampliem a qualidade do ensino,
como o uso pedagógico do computador e da Internet no dia a dia do aluno,
objetivando, desta forma, a aproximação da educação com as tecnologias utilizadas
atualmente na escola e na sociedade.
Contudo, compreender sobre o uso da tecnologia no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos, tendo como intenções específicas oportunizar pelo uso
da tecnologia, a melhora do desempenho dos alunos em relação à leitura,
64
interpretação e produção de texto e, ainda, organizar didaticamente o uso da
tecnologia, principalmente, no processo de incentivo da leitura e criatividade dos
alunos nas produções textuais.
Entendido o processo de uso do computador e da internet nas atividades
pedagógicas torna-se acessível um trabalho didático e dinâmico em sala de aula
para proporcionar aos nossos alunos o manuseio dessas ferramentas para fins
educacionais, de conhecimento acadêmico, acompanhamento tecnológico e para a
formação profissional.
5.2 Objetivos
Socializar atividades pedagógica numa perspectiva interdisciplinar utilizando o
computador e a internet como ferramenta pedagógica;
Utilizar a internet como um dos meios eficazes de integração entre a
tecnologia, o conhecimento e o educando;
Possibilitar aos estudantes do 1º ao 5º ano o contato com o computador e a
internet estimulando o desenvolvimento da criatividade e a aprendizagem;
Apresentar aos professores estratégias pedagógicas essenciais ao processo
ensino e aprendizagem numa perspectiva interdisciplinar;
5.3 Atividades pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar
As atividades pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar exigem um
planejamento de aula também na mesma vertente, assim, podemos considerar que
com o uso da tecnologia em educação a mesma pode ser usada como ferramenta
pedagógica utilizável em qualquer disciplina.
5.3.1 Atividade 01: Pesquisa de busca de informação e criação de hipertexto
Objetivos gerais: Estimular a pesquisa na Wikipédia e criação de hipertextos
para garantir aos estudantes o acesso à informação e ampliação do seu
conhecimento as festas juninas;
65
Objetivos Específicos: Aprofundar os conhecimentos acercadas atividades
comemorativas das festas juninas; analisar e pesquisar elementos
apresentados nos vídeos para enriquecimento do conhecimento; criar
hipertextos ampliando os conhecimento e aprendizagem das tecnologias de
recurso;
Público alvo: 5º ano;
Tempo estimado: quatro aulas de 50 minutos;
Material necessário: texto de apoio ao professor, Vídeos, Computador, Data
show, Internet;
Desenvolvimento das atividades:
1º momento na sala de tecnologia: dispor os alunos em uma roda para que
um clima de diálogo seja criado. O professor faz alguns questionamentos às
crianças sobre os conhecimentos prévios, sobre as festas juninas que
acontece no mês de junho, ou junina se acontecer em julho e Agustina se
acontecer no mês de agosto. Se já participaram da dança? Se sabem a
origem da dessa cultura? Se vêm as diferenças entre as festas juninas de
outros estados para a região onde vive? Etc. Passar vídeos com imagens de
apresentações de dança típicas dessas festas.
2ºmomento: Dividir a turma em grupo. Solicitar que em grupo os alunos
pesquisem no site: Wikipédia sobre as festas juninas. A pesquisa deve ser
levantada abrangendo: origem, cultura trajes, comidas típicas, danças, etc.
Pesquisar também em outros sites de busca de informações sobre as maiores
festas juninas existentes e onde existem.
3ºmomento: Os alunos farão uma produção de texto no editor de texto, sobre
os conhecimentos obtidos sobre o tema e relatando as importâncias da
tecnologia para o aprendizado obtido e as dificuldades para o acesso. Criar
hipertextos para o texto. Lembrando que o tema será: Festas juninas.
Explicando os passos para a criação do hipertexto no texto do aluno, sobre o
que é "hiperlink" e sua função. Pedir que salve o texto.
66
Avaliação: Avaliar a aprendizagens dos alunos, em todo o contexto, quanto à
produção e participação realizada ao longo da sequência das atividades
proposta desenvolvidas.
5.3.2 Atividade 02: Criando e-mails e enviando cálculos da tabuada para os amigos.
Objetivo geral: incentivar o uso da internet para a ampliação do
conhecimento em cálculos e entretenimento em rede social;
Objetivos específicos: estimular o aprendizado de cálculos com recurso da
tecnologia; criar e-mail para interação entre alunos; desenvolver a capacidade
de cálculo da tabuada utilizando planilhas; compartilhar com os colegas o
aprendizado obtido na aula de tecnologia.
Público alvo: 4º ano;
Tempo estimado: cinco aulas de 50 minutos;
Material necessário: computador, data show, internet.
Desenvolvimento das atividades: em roda de conversa questionar se os
alunos quem tem e-mail? Se utilizam com frequência? Para que finalidade?
Se os alunos não têm e-mail. Pedir que criem uma conta de e-mail ensinando
passo a passo o processo para a criação da conta. No datashow explicar as
várias contas existentes de e-mail e as mais utilizadas. Explicar as funções
existentes; ex.: hotmail é muito utilizado para o bate papo no msn. E o gmail
tem muitas outras funções para o melhor aprendizado do aluno, tendo
também o bate papo para interação com outras pessoas, etc. Explicar aos
alunos a linguagem usada pelos usuários da internet. Lembrando que a
linguagem formal escrita jamais mudará o que mudou foi a linguagem criada
pelos usuários da rede por motivos de diminuir os caracteres na escrita. Obs.:
criar uma conta no gmail e outra no hotmail. Adicionar os colegas da sala.
Utilizar a planilha eletrônica para calcular a tabuada; explicar aos alunos a
abertura da ferramenta; a criação de plano de fundo; renomear a planilha
67
título da planilha; explicar a utilização da formula para adição das células.
Para obter o resultado da tabuada; pedir que em grupo façam o cálculo na
planilha da tabuada do 2 e 5; da tabuada 3 e 6, 4 e 7 usando as formula nas
células da planilha: exemplo: a2*c2, onde a célula a2 representa o número 2
e * representa o sinal de vexes e a célula c2 represente o número 1. Após
digitar a formula e só dar enter. Puxe a setinha até o final que os outros
resultados aparecerão automaticamente. Veja o exemplo: resolvendo a
tabuada: após realizar os cálculos salve em uma pasta com nome da
atividade. E envie para um colega no gmail.
Avaliação: avaliar os alunos em todo o desenvolvimento das atividades.
Verificando a aprendizagem do aluno nas atividades propostas.
5.3.3 Atividade 03: Bullying Escolar
Objetivo geral: Estimular a cordialidade e o respeito entre os alunos em sala
de aula;
Objetivos Específicos: Conhecer o conceito de Bullying; explicar as
possíveis consequências, em termos físicos e psicológicos, do Bullying; como
se proteger de situações de violências física ou verbal presentes nas Escolas
e em outros espaços.
Público alvo:3º ano;
Tempo estimado: Quatro aulas de 50 minutos;
Material necessário: Computador; Internet.
Desenvolvimento das atividades: Recurso utilizado para essa aula um slide
passo a passo sobre como se procederá a aula. Em cada slide um momento
da aula.
1º Momento: Definição: O que é Bullying?
68
2º Momento: Um link onde abrirá o vídeo com depoimentos de pessoas que
sofreram ou sofrem de Bullying. Documentário sobre o Bullying no programa
direcionadas, usos de aplicativos que auxiliem na leitura, escrita, cursos de
72
formação na área de computação, bem como a escola deveria ter internet banda
larga a disposição dos professores.
Os professores que tem mais “tempo de serviço” na sua maioria, não sabem
manusear as maquinas, dizem que não tem tempo para estudar essas ferramentas e
encontram muita dificuldade para fazer desses recursos uma ponte para a
realização de atividades interativas e práticas nas suas aulas.
Verificou-se que os professores analisam o descaso dos nossos
governantes em oferecer uma internet banda larga e computadores mais atualizados
com acesso à internet e manutenção dos computadores existentes, assim, eles
contribuem para que as escolas públicas promovam a exclusão digital dos
educandos que nelas estudam.
Observou-se também que a utilização do computador e da internet na escola
só acontece pela boa vontade individual de cada professor. Não existe um
planejamento para se trabalhar no laboratório de informática, pois o laboratório não
funciona e não há um profissional que atenda ali, bem como na escola não se
organizam formações acerca do uso da internet nas atividades pedagógicas com os
professores.
Percebeu-se nas falas dos professores em geral, que o computador e a
internet não têm relevância ao processo de ensino e aprendizagem por parte da
gestão escolar e da coordenação pedagógica da escola, bem como da Secretaria
Municipal de Educação.
Diante da realidade vivenciada na escola campo de pesquisa fez-se
necessário, a apresentação de uma proposta de intervenção explicitando o como
fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como
ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem.
Em suma, podemos afirmar que este estudo servirá de base teórica no
campo acadêmico para realização de novas pesquisas referentes ao uso por parte
do professor do computador e da internet na sala de aula.
73
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76
APÊNDICES
APENDICE – 01 - ROTEIRO PARA COLETAR AS INFORMAÇÕES ACERCA DA
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
1- Nome completo da escola: 2- CNPJ: 3- INEP: 4- Localização: 5- Histórico da escola (resumido): 6- Equipe gestora: 7- Público – Alvo: 8- Quantidade de professores: 9- Quantidade de alunos no geral e por turnos: 10- Quantidade de funcionários em geral e discriminados por funções: 11- Quantidade de turmas em geral e distribuídas por turnos e anos: 12- IDEB: 13- Estatística de 2016 (matrícula inicial e final, aprovação, evasão e repetência): 14- Projetos desenvolvidos na escola: 15- Currículo: 16- Estrutura física da escola (detalhar): 17- Equipamentos tecnológicos: 18- Quantidade de famílias atendidas: 19- Níveis e escolaridades de ensino atendidas na escola: 20- PPP: missão, filosofia, ações e resultados:
APENDICE – 02 - QUESTIONÁRIO PARA FAZER O LEVANTAMENTO DO
PERFIL DOS PROFESSORES
1- Idade:
2- Tempo de serviço no magistério:
3- Sexo:
4- Escolaridade:
5- Área de formação:
6- Ano de atuação:
7- Vínculo empregatício:
8- Estado Civil:
9- Jornada de trabalho:
10- Formação específica na área de informática:
11- Tempo de atuação na escola:
12- Utilização dos equipamentos tecnológicos para ministrar suas aulas;
13- Utilização da internet nas atividades pedagógicas com os alunos:
APENDICE – 03 - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA A PESQUISA DIRIGIDA AOS PROFESSORES
1- A EMEF Nicolau Neris da Silva possui sala de informática com os computadores conectados à internet? 2- Você utiliza o computador para ministrar suas aulas? 3- Quais as dificuldades encontradas por você para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? 4- Você participa de formação na área da tecnologia para poder trabalhar com os alunos? 5- Quais os desafios que você tem enfrentado na educação no contexto atual com o uso das tecnologias na educação? 6- Como a EMEF Nicolau Neris da Silva lida com as tecnologias como ferramenta pedagógica? 7- Como você utiliza o computador na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? 8- Como professor você utiliza a internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? 9- Que fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem? 10- Quais as propostas que você sugere para se trabalhar na sala de aula utilizando o computador e a internet como ferramenta pedagógica?
APENDICE – 04 - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DOS PROFESSORES
1-Como os professores da EMEF Nicolau Neris da Silva ministram suas aulas? 2- Quais os recursos e equipamentos que os professores da EMEF Nicolau Neris da Silva utilizam para ministrarem suas aulas? 3- Quais as dificuldades que você observa que os professores da EMEF Nicolau Neris da Silva possuem para utilizarem o computador e a internet na sala de aula?