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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA UFRA PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ESTADO DO PARÁ PARFOR/PA CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUA PA PARAGOMINAS-PA 2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

Feb 23, 2023

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA

PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ESTADO DO

PARÁ – PARFOR/PA

CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA

MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS

ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES

PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA

EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUA – PA

PARAGOMINAS-PA

2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA

PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ESTADO DO

PARÁ – PARFOR/PA

CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA

MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS

ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES

PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA

EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUIA – PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciado Pleno em Computação na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, sob a orientação do Profº. Esp. Allan Crasso Naia de Souza

PARAGOMINAS-PA

2017

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JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA

MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS

ANÁLISES DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES

PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA

EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICIPIO DE IRITUIA - PA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciado Pleno em Computação na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, sob a orientação do Profº. Esp.Allan Crasso Naia de Souza

_________________________________________________

Data da Aprovação

Banca Examinadora:

______________________________________________________________

Professor Orientador: Allan Crasso Naia de Souza - Especialista – UFRA

______________________________________________________________

Professor avaliador 1: Adélia de Farias Pantoja - Especialista - UFRA

_______________________________________________________________

Professor Avaliador 2: Merilene do Socorro Silva – Doutora - UFRA

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A Deus que me criou e renovou minhas forças todas

as vezes que precisei;

Ao meu esposo que sempre esteve ao meu lado me

apoiando incondicionalmente;

Ao meu filho que é a inspiração dos meus sonhos e

a razão pela qual eu não desisto, pois mesmo

quando eu tive todos os motivos para desistir, foi

nele que pensei e decidir prosseguir;

Aos meus pais que me criaram com todo o esforço e

são exemplos para mim, de humildade, força e

superação, e a toda a minha família que sempre me

apoia e torce pelo meu sucesso!

MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS

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5

A Deus pela dádiva da vida e por permitir todas as

minhas conquistas;

Ao meu pai Euzébio Lima de Souza que fazia roda

de leitura com seus filhos lendo literatura de cordel;

À minha mãe Joaquina Moreira de Souza que com

sua simplicidade me ensinou a descobrir o valor do

amor e do perdão.

JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA

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AGRADECIMENTOS

A Deus que é o autor da minha vida, me guardou, protegeu e renovou

minhas forças para que eu pudesse superar as dificuldades que surgiram ao longo

dessa jornada.

À minha mãe Maria Joaquina Moreira de Souza que é a nossa heroína, que

não cansa de dobrar seus joelhos e orar a Deus pela nossa vida.

Ao meu pai Euzébio Lima de Souza que com todo esforço nos criou e se

mostrou sempre como um homem forte e honesto torcendo sempre pelo nosso

sucesso.

A todos os professores da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA

do Curso de Licenciatura em Computação, que contribuíram com nossa formação,

pois sem vocês não teríamos chegado até aqui.

Ao meu esposo Flávio Nunes dos Santos que sempre esteve ao meu lado e

compreendeu minhas muitas ausências durante os períodos de férias escolares.

Ao meu filho Flávio Henrique Souza Santos que me acompanha nesta

caminhada desde o ventre. Quando ele nasceu, tive inúmeros motivos para desistir

por conta dos problemas de saúde que ele apresentou, mas meu filho serviu de

inspiração e motivação para continuar minha jornada.

À família da Irmã Marinete Souza, por ter sido o segundo lar do meu filho

quando tive que ficar longos períodos fora. Obrigada pelo amor e carinho

demonstrado a ele, porque vocês me ajudaram cuidando dele como se fosse um

filho.

À minha família, irmãos, sobrinhos que nos motivam, que acreditaram em

mim e torceram pelo meu sucesso. Vocês também fazem parte dessa conquista.

Aos meus colegas de classe, meus sinceros agradecimentos, pelo

companheirismo e momentos especiais que vivenciamos juntos.

Ao amigo Kleydielson Silva (in memorian), obrigada por ter compartilhado

conosco momentos agradabilíssimos de descontração e alegria. Você foi uma

pessoa sensacional.

A todos que participaram direta ou indiretamente da minha segunda

formação acadêmica.

MARIA DA PAZ MOREIRA DE SOUZA SANTOS

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AGRADECIMENTOS

Aos professores da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA do

Curso de Licenciatura em Computação, que contribuíram com nossa formação,

dividindo e construindo conhecimentos.

Aos amigos pela colaboração e dedicação durante a realização deste curso

de graduação.

Aos familiares pelas mais lindas manifestações de gratidão e carinho para

comigo nos momentos de angústias.

JOSÉ MARIA MOREIRA DE SOUZA

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“A informática educacional é o processo que coloca o computador e sua tecnologia a serviço da educação. Portanto, todos os aspectos e as variáveis neste processo deverão estar subordinados à consideração de que a essência da informática educacional é de natureza pedagógica, buscando melhorias dos processos de ensino aprendizagem de forma a levar o aluno a aprender, o professor a orientar e auxiliar esta aprendizagem, tornando-o apto a discernir sobre a realidade e nela atuar”.

(VALENTE, p. 12, 1993)

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RESUMO

Este estudo cujo o tema é “As dificuldades encontradas pelos professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva”, fez uma análise a respeito de tais dificuldades. Problemática: Quais as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? Questões norteadoras: Quais os desafios da educação no contexto atual e o uso das tecnologias na educação? Como se estrutura a educação e as tecnologias na perspectiva das políticas públicas na atualidade? Como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula na referida escola na perspectiva dos professores? Que fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem? Objetivo geral: Analisar as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do computador e internet na sala de aula, na EMEF Nicolau Neris da Silva se apropriando das situações e realidades existentes, para se traçar metas que evidenciem soluções possíveis dentro da problemática encontrada. Objetivos específicos: Identificar os desafios da educação no contexto atual e o uso das tecnologias na educação; Discorrer acerca de como se estrutura a educação e as tecnologias na perspectiva das políticas públicas na atualidade; Analisar como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula na perspectiva dos professores; Apresentar uma proposta de intervenção de como fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem. Este estudo, surgiu diante da necessidade de se fazer um levantamento das dificuldades encontradas e vivenciadas pelos professores que compõem o quadro docente da escola em análise, já que o uso dessas ferramentas são tão necessárias para a promoção de um ensino dinâmico, atrativo e ativo, e consequentemente de uma aprendizagem prazerosa e significativa, uma vez que recursos tecnológicos, como computador, internet, e outros, são indispensáveis atualmente e podem contribuir de forma positiva para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem e também a nossa prática docente enquanto professores dos anos iniciais do ensino fundamental. Metodologia: tipo de pesquisa de campo, numa abordagem qualitativa, a partir de três etapas da pesquisa, que são: levantamento bibliográfico, a realização da coleta de dados e a tabulação e análise dos dados. O local foi a EMEF Nicolau Neris da Silva. Os sujeitos foram 10 (dez) professores. Os instrumentos de produção de dados foram o questionário, a observação e a entrevista. Os dados foram tabulados e analisados a partir da técnica de análise descritiva. Conclusão: Os professores em suas respostas afirmam que a escola não dispõe de computador e de internet para serem utilizados como ferramenta pedagógica por eles, assim, torna-se inviável garantir o acesso ao conhecimento, porque a escola, tem sala de informática e internet que nunca funcionam, isto é, existe sem utilidade pedagógica na escola. Identificou-se ainda, nas falas dos sujeitos que se a escola disponibilizasse equipamentos para todos os alunos e internet os professores poderiam desenvolver suas aulas de forma mais dinâmica e atrativa promovendo atividades com filmes, jogos, gráficos, tabelas, aplicativos, músicas, vídeos, imagens, pesquisas direcionadas, usos de aplicativos que auxiliem na leitura, escrita, cursos de formação na área de computação, bem como a escola deveria ter internet banda larga a disposição dos professores. Palavras–Chave: Computador. Internet. Ferramenta Pedagógica.

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ABSTRACT

This study whose theme is "The difficulties encountered by teachers for the

use of the computer and the Internet in the classroom at EMEF Nicolau Neris da

Silva", made an analysis regarding such difficulties. Problematic: What are the

difficulties encountered by teachers in the use of computers and internet in the

classroom at EMEF Nicolau Neris da Silva? Guiding questions: What are the

challenges of education in the current context and the use of technology in

education? How is education and technology structured in the perspective of public

policies today? How is the use of the computer and the Internet in the classroom in

the said school effective from the perspective of the teachers? What to do so that the

computer and the internet are used by the teachers as a pedagogical tool assisting

the process of teaching and learning? General objective: To analyze the difficulties

encountered by teachers in the use of computers and internet in the classroom, at

EMEF Nicolau Neris da Silva, appropriating existing situations and realities, in order

to establish goals that show possible solutions within the problems encountered.

Specific objectives: Identify the challenges of education in the current context and the

use of technologies in education; Discuss how education and technology are

structured in the perspective of public policies today; To analyze how the use of the

computer and the internet in the classroom in the perspective of the teachers is

effective; To present a proposal of intervention of how to make so that the computer

and the internet are used by the teachers as a pedagogical tool assisting the process

of teaching and learning. This study arose from the need to make a survey of the

difficulties encountered and experienced by the teachers who make up the teaching

staff of the school under analysis, since the use of these tools is so necessary for the

promotion of a dynamic, attractive and active teaching, and Technological resources,

such as computers, the Internet, and others, are indispensable today and can

contribute positively to the development of teaching and learning as well as our

teaching practice as teachers of the elementary School. Methodology: type of field

research, in a qualitative approach, from three stages of the research, which are:

bibliographical survey, data collection and data tabulation and analysis. The place

was EMEF Nicolau Neris da Silva. The subjects were 10 (ten) teachers. The

instruments of data production were the questionnaire, the observation and the

interview. Data were tabulated and analyzed using the descriptive analysis

technique. Conclusion: Teachers in their answers affirm that the school does not

have a computer and the Internet to be used as a pedagogical tool by them, thus, it

becomes impossible to guarantee access to knowledge, because the school has a

computer and internet room that Never work, that is, there is no pedagogical utility in

school. It was also identified in the subjects' speeches that if the school made

available equipment for all students and internet teachers could develop their classes

in a more dynamic and attractive way promoting activities with movies, games,

graphics, tables, applications, music, videos, Images, targeted searches, uses of

applications that aid in reading, writing, training courses in the area of computing,

and the school should have broadband internet available to teachers.

Keywords: Computer. Internet. Pedagogical Tool.

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01: A escola e a sala de informática com computadores

conectados à

internet................................................................

56

GRÁFICO 02: A utilização do computador pelos professores para ministrar

aulas.........................................................................................

57

GRÁFICO 03: As dificuldades encontradas pelos professores para o uso do

computador e da internet na sala de aula na escola................

57

GRÁFICO 04: A participação dos professores em formação na área da

tecnologia para poder trabalhar com os alunos........................

58

GRÁFICO 05: A maneira como a escola lida com as tecnologias como

ferramenta pedagógica.............................................................

59

GRÁFICO 06: Utilização do computador pelos professores na sala de aula.. 60

GRÁFICO 07: Utilização da internet pelos professores na sala de aula......... 61

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LISTA DE SIGLAS

EMEF Escola Municipal de Ensino Fundamental. UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia TICs Tecnologias de Informação e Comunicação TCC Trabalho de Conclusão de Curso BR Brasil. Km Quilômetro. PA Pará. EDUCOM Educação e Comunicação. FORMAR Formação PRONINFE Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO Programa Nacional de Informática na Educação FUST Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. PNBL Programa Nacional de Banda Larga EAD Educação à Distância. PC Computador Pessoal SEED Secretaria Estratégica de Educação a Distância. MEC Ministério da Educação. PDE Plano de Desenvolvimento da Educação CGI.BR Comitê Gestor da Internet no Brasil. APAPEUA Agência de Projetos Avançados de Pesquisa dos Estados Unidos. MD Mídia Digital. ME Mídia Eletrônica MI Mídia Impressa USP Universidade de São Paulo UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul PAIIE Programa de Ação Imediata em Informática na Educação CIAE Centros de Informática Aplicada a Educação SEI Secretaria Especial de Informática UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UNICAMP Universidade Estadual de Campinas CAIE Comitê Assessor de Informática e Educação NIED Núcleo de Informática Educativa. NTE Núcleo de Tecnologia Educacional ANATEL Agencia Nacional de Telecomunicações PBC Programa Brasil Conectado EJA Educação de Jovens e Adultos

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO: ............................................................................................... 15

1.1 Problemática e questões norteadoras ...................................................... 15

1.2 Objetivos ...................................................................................................... 16

1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................. 16

1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................. 16

1.2.3 Justificativa ................................................................................................ 17

1.2.4 Metodologia ............................................................................................... 17

2 OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ATUAL E O USO DAS

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ......................................................................

21

2.1 A educação e as tecnologias ..................................................................... 21

2.2 O uso das tecnologias na educação escolar ........................................... 24

2.3 As etapas essenciais do uso da tecnologia na educação escola .......... 27

2.3.1 Primeira etapa: Tecnologias para fazer melhor o mesmo ......................... 27

2.3.3 Terceira etapa: Tecnologias para mudanças inovadoras .......................... 28

2.4 O uso da tecnologia digital e da internet na educação escolar ............. 29

2.5 Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula ........................... 34

3 A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS NA PERSPECTIVA DAS

POLÍTICAS PÚBLICAS .....................................................................................

36

3.1 O computador e a informática educativa.................................................. 36

3.2 Políticas voltadas aos programas de inclusão digital............................. 39

3.2.1 O Projeto EDUCOM.................................................................................... 40

3.2.2 O Projeto FORMAR.................................................................................... 41

3.2.3 O Programa PRONINFE e PROINFO........................................................ 42

3.2.4 O FUST....................................................................................................... 44

3.2.5 O PNBL....................................................................................................... 45

4 O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA

EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NA PERSPECTIVA DOS

PROFESSORES..................................................................................................

46

4.1 Caracterização da escola............................................................................ 47

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14

4.2 Perfil dos sujeitos........................................................................................ 49

4.3 Resultados e discussões a partir da concepção do professor ............. 50

4.3.1 O computador, a internet e a prática docente observada na EMEF

Nicolau Neris da Silva..........................................................................................

50

4.3.1.1 A prática docente dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva..... 51

4.3.1.2 Os recursos e equipamentos que os professores da EMEF Nicolau

Neris da Silva utilizam para ministrarem suas aulas...........................................

52

4.3.1.3 As dificuldades observadas mediante a prática pedagógica dos

professores da EMEF Nicolau Neris da Silva durante a utilização do

computador e da internet na sala de aula............................................................

54

4.3.2 O computador, a internet e a prática docente na concepção dos

professores da EMEF Nicolau Neris da Silva......................................................

55

5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: O USO DO COMPUTADOR E DA

INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NECESSÁRIA.................

63

5.1 Justificativa ................................................................................................ 63

5.2 Objetivos...................................................................................................... 64

5.3 Atividades pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar................... 64

5.3.1 Atividade 01: Pesquisa de busca de informação e criação de hipertexto.. 64

5.3.2 Atividade 02: Criando e-mails e enviando cálculos da tabuada para os

amigos.................................................................................................................

66

5.3.3 Atividade 03: Bullying Escolar..................................................................... 67

5.3.4 Atividade 04: Minha história Minha

vida!.....................................................

69

5.3.5 Atividade 05: Curiosidade sobre os insetos................................................ 70

CONCLUSÃO...................................................................................................... 71

REFERÊNCIAS................................................................................................... 73

APÊNDICES........................................................................................................ 75

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15

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho será abordado o tema “As dificuldades encontradas pelos

professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF

Nicolau Neris da Silva no município de Irituia - PA”, pois como se sabe é um

grande desafio introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC na

sala de aula como ferramenta pedagógica e muitos são os fatores que contribuem

para que isso ocorra.

1.1 Problemática e questões norteadoras

Fazer uma análise das dificuldades enfrentadas pelos professores para o

uso do computador e internet em sala de aula, é de suma importância para a

pesquisa em questão, pois permitirá conhecer quais as dificuldades detectadas, por

que elas existem e de que forma poderia ser trabalhado uma proposta de

intervenção para contemplar os anseios dos professores em relação ao uso dessas

tecnologias que estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas e

ganhando cada vez mais espaço na sociedade, sendo utilizadas para diversas

atividades, como estudar, fazer compras, transações bancárias, pesquisas e outras

possibilidades que são disponibilizadas por elas.

Desta forma, faz-se necessário uma reflexão sobre a importância do uso

dessas tecnologias no contexto educacional, como proposta pedagógica que

contemple os alunos com recursos que os mesmos já utilizam fora dos “muros da

escola”, tornando possível a contextualização dos conteúdos das diversas disciplinas

por meio do computador e internet, como uma alternativa viável para aulas

dinâmicas e atrativas mediadas pela tecnologia em favor da aprendizagem.

É importantíssimo o uso das tecnologias como ferramenta pedagógica como

forma de promover competências e habilidades nos educandos e ressignificar as

práticas docentes para um ensino e aprendizagem mais significativo com formas

prazerosas de ensinar e aprender.

Tendo como pressuposto as considerações acima surgiu a questão

problema que é: Quais as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do

computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva?

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

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Com o intuito de aprofundarmos a problemática enfatizada definiram-se as

seguintes questões norteadoras, que são:

Quais os desafios da educação no contexto atual e o uso das tecnologias na

educação?

Como se estrutura a educação e as tecnologias na perspectiva das políticas

públicas na atualidade?

Como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF

Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos professores?

Que fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos

professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a

aprendizagem?

1.2 Objetivos

Os objetivos foram definidos a partir da questão problema e das questões

norteadoras com o intuito de dar conta da temática em destaque, ou seja, foram

estruturados levando em consideração o que se propõe o estudo.

1.2.1 Objetivo geral:

Analisar as dificuldades encontradas pelos professores para o uso do

computador e internet na sala de aula, na EMEF Nicolau Neris da Silva se

apropriando das situações e realidades existentes, para se traçar metas que

evidenciem soluções possíveis dentro da problemática encontrada.

1.2.2 Objetivos específicos:

Discorrer acerca de como se estrutura a educação e as tecnologias na

perspectiva das políticas públicas na atualidade;

Analisar como se efetiva o uso do computador e da internet na sala de aula

na EMEF Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos professores?

Apresentar uma proposta de intervenção de como fazer para que o

computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta

pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

17

1.2.3 Justificativa

Este estudo, surgiu diante da necessidade de se fazer um levantamento das

dificuldades encontradas e vivenciadas pelos professores que compõem o quadro

docente da EMEF Nicolau Neris da Silva, já que o uso dessas ferramentas são tão

necessárias para a promoção de um ensino dinâmico, atrativo e ativo, e

consequentemente de uma aprendizagem prazerosa e significativa.

Outro fator que contribuiu para a realização dessa pesquisa foram as

experiências vivenciadas na prática docente enquanto professores que atuam no

laboratório de informática da Disciplina Informática Educativa na rede municipal em

outro município, experiências essas que vieram ratificar que recursos tecnológicos,

como computador, internet, e outros, são indispensáveis atualmente e podem

contribuir de forma positiva para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem.

1.2.4 Metodologia

O percurso metodológico se deu a partir do que a pesquisa se propõe, assim

sendo, optou-se pelo tipo de pesquisa de campo, que procura o aprofundamento de

uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta

das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informações para captar as

explicações e interpretações do que ocorrem naquela realidade. (GIL, 2008).

Optou-se por uma abordagem qualitativa, que para Gil (2008), a referida

abordagem faz referência a uma pesquisa que tem como premissa, analisar e

interpretar aspectos profundos, discorrendo acerca da complexidade do

comportamento humano e ainda fornecendo análises mais detalhadas sobre as

investigações, atitudes e tendências de comportamento.

No que se refere as etapas da pesquisa, a mesma desenvolveu-se através

de três etapas, que são: A primeira se efetivou através do levantamento bibliográfico

que de acordo com Gil (2008), é o levantamento do material já produzido acerca do

tema, constituídos em livros e artigos científicos. A segunda etapa foi a realização da

coleta de dados que se deu através das entrevistas com os professores do 1º ao 5º

ano do Ensino Fundamental, a aplicação do questionário com os professores para

se levantar o perfil dos mesmos e a observação no decorrer das aulas durante o

período de uma semana. E a terceira etapa foi a tabulação e análise dos dados

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

18

resultando no relatório final da pesquisa que se consolidou na versão final do

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

Quanto ao local da pesquisa, a mesma foi realizada na Escola Municipal de

Ensino Fundamental Nicolau Neris da Silva, que se localiza as margens da BR-010,

Km-14, no município de Irituia - PA.

Os sujeitos da pesquisa foram 10 (dez) professores que compõem o quadro

docente que somam um total de 19(dezenove) professores, os quais atuam nas

séries iniciais do Ensino Fundamental Anos Iniciais (1º ao 5º ano).

Os instrumentos de produção de dados foram o questionário, a observação

e a entrevista definidos com o intuito de produzirmos informações fiéis a realidade

em estudo atendendo os anseios das inquietações que permeiam todo o estudo

acerca das dificuldades dos professores do 1º ao 5º ano ao utilizarem o computador

e a internet dentro da sala de aula.

O questionário que para Chizzotti (2006, p. 140) é um conjunto de questões

pré-elaboradas, sistemática e sequencialmente dispostas em itens que constituem o

tema da pesquisa, com o objetivo de suscitar dos informantes, respostas por escrito

ou verbalmente sobre o assunto saibam opinar ou informar. Assim sendo, o

questionário é um instrumento de coleta de dados desenvolvido cientificamente,

“composto de um conjunto de perguntas ordenadas de acordo com um critério

predeterminado, que deve ser respondido sem a presença do entrevistador”.

(Lakatos & Marconi, 1999, p.100).

Optou-se pelo questionário como instrumento de coleta de dados em

decorrência da necessidade de construirmos o perfil dos sujeitos que participaram

da pesquisa, e por ser um instrumento que segundo Gil (2008, p. 150),

[...] é uma técnica de investigação, composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas, por escrito, às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.

A observação é uma técnica de pesquisa que nos propícia o contato direto

com o objeto de estudo. É a partir dela que o pesquisador percebe as informações

minuciosas sobre o sujeito observado.

Para Lüdke e André (2008, p. 26) a observação “permite que o observador

chegue mais perto da perspectiva dos sujeitos, um importante alvo nas abordagens

qualitativas”. Na medida em que o observador acompanha in loco as experiências

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

19

diárias dos sujeitos, pode tentar apreender a sua visão de mundo, isto é, o

significado que eles atribuem à realidade que os cerca e às suas próprias ações.

A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações

e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não

consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou ferramentas que

se deseja estudar. Ela ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a respeito

de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam

seu comportamento.

A entrevista que segundo Minayo (2009, p.107), “é uma conversa a dois,

feita por iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer informações pertinentes a

um objeto de pesquisa”. Dessa forma, a entrevista utilizada foi do tipo

semiestruturada, ou seja, utilizando perguntas fechadas e abertas, onde o

entrevistado teve a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto.

Assim, a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma

delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma

conversação de natureza profissional e que pode ser gravada ou escrita pelo

pesquisador com a autorização do sujeito pesquisado.

Os dados foram tabulados e analisados a partir da técnica de análise

descritiva que segundo Gil (2008), tem a intenção de descrever uma experiência

proporcionando novas visões sobre uma realidade já conhecida.

Vale ressaltar, que para fundamentar teoricamente este estudo, após o

levantamento do referencial teórico, dialogou-se a partir de cada eixo temático com

os seguintes autores: Para falar acerca dos desafios da educação e o uso das

tecnologias interagiu-se com Kenski (2014), Moran (2007), Santos (2008) e

Chambers e Bax (2006). A respeito da educação, tecnologias e as políticas públicas

dialogou-se com Sampaio (apud SPIGAROLI; SANTOS; SCHLUZEN, 2005), Tajra

(2001) e Marcon et al. (2009). Em relação ao uso do computador e da internet na

sala de aula fundamentou-se em Moraes(1993), Menezes (2014), Valente (1997),

Kampff (2012), Oliveira (2016). E a respeito do uso do computador e da internet

como ferramenta pedagógica necessária interagiu-se com Carvalho (2012), Rocha

(2008) e Luft (2006).

Este estudo cujo o tema é “AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS

PROFESSORES PARA O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA

DE AULA NA EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NO MUNICÍPIO DE IRITUIA -

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

20

PA”, estrutura-se em cinco capítulos, conforme apresentam-se abaixo. O Capítulo I,

que ora apresenta-se como INTRODUÇÃO faz referência ao tema, problema,

questões norteadoras, objetivos, justificativas, metodologia e a base teórica deste

trabalho.

O Capítulo II, cujo o tema é “OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO

CONTEXTO ATUAL E O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO”, possui

como eixos temáticos os seguintes: A educação e as tecnologias; O uso das

tecnologias na educação escolar; As etapas essenciais do uso da tecnologia na

educação escolar (Primeira etapa: Tecnologias para fazer melhor o mesmo,

Segunda etapa: Tecnologias para mudanças parciais e a Terceira etapa:

Tecnologias para mudanças inovadoras); O uso da tecnologia digital e da internet

na educação escolar; Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula.

O Capítulo III, com o tema “A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS NA

PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS”, e os eixos temáticos a seguir: O

computador e a informática educativa;

Políticas voltadas aos programas de inclusão digital (Projeto EDUCOM,

Projeto FORMAR, Programa PRONINFE e PROINFO, FUST e PNBL).

O Capítulo IV, o qual tem como eixo temático “O USO DO COMPUTADOR

E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA EMEF NICOLAU NERIS DA SILVA NA

PERSPECTIVA DOS PROFESSORES”, e como subtemas: Caracterização da

escola; Perfil dos sujeitos; Resultados e discussões a partir da concepção do

professor enfatizando “o computador, a internet e a prática docente observada

na EMEF Nicolau Neris da Silva” e também “o computador, a internet e a prática

docente na concepção dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva”.

O Capítulo V, o qual apresenta uma “PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: O

USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

NECESSÁRIA”, discorrendo sobre a justificativa, os objetivos e as atividades

pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar.

E por fim a conclusão que sintetiza os resultados da pesquisa configurando

na concretização dos objetivos propostos inicialmente a partir da perspectiva dos

sujeitos.

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21

2. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ATUAL E O USO DAS

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

Este capítulo discorre acerca dos seguintes eixos temáticos: A educação e

as tecnologias; O uso das tecnologias na educação escolar; As etapas essenciais do

uso da tecnologia na educação escolar (Primeira etapa: Tecnologias para fazer

melhor o mesmo, Segunda etapa: Tecnologias para mudanças parciais e a Terceira

etapa: Tecnologias para mudanças inovadoras); O uso da tecnologia digital e da

internet na educação escolar; Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula.

2.1 A educação e as tecnologias

Atualmente vivenciamos mudanças em todas as áreas da sociedade

influenciadas pelas novas tecnologias que a cada dia ganham mais espaço e

modificam as formas de agir, pensar e se comportar do ser humano no contexto

social e pessoal.

A escola como faz parte desse cenário, é desafiada constantemente a

buscar metodologias e formas que façam dela um espaço que proporcione a

construção do conhecimento por meio da utilização dos recursos tecnológicos

disponíveis como computador e internet, visando um ensino e aprendizagem

significativo e dinâmico mediado pelas TICs que estão cada vez mais presentes em

todos os contextos sociais. Kenski(2014, p. 27) fala sobre isso:

A linguagem digital, expressa em múltiplas TICs, impõe mudanças radicais nas formas de acesso à informação, à cultura e ao entretenimento. O poder da linguagem digital, baseado no acesso a computadores e todos os seus periféricos, à internet, aos jogos eletrônicos etc., com todas as possibilidades de convergência e sinergia entre as mais variadas aplicações dessas mídias, influencia cada vez mais a constituição de conhecimentos, valores e atitudes. Cria uma nova cultura e uma outra realidade informacional.

É de extrema importância a escola inserir os recursos tecnológicos e a

informática em sua pratica, para que a mesma possa proporcionar aos seus

discentes uma forma atrativa de aquisição do conhecimento, por meio desses

recursos que já fazem parte do cotidiano dos alunos “fora dos muros da escola”.

Para muitos, a escola tem se mostrado um espaço desinteressante por não

estar acompanhando as mudanças por qual passa a sociedade. Um conjunto de

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22

possibilidades está disponível para inovar na ministração das aulas e assim

conseguir mais êxito e influenciar positivamente na construção do conhecimento dos

alunos como a utilização do computador e seus programas, jogos pedagógicos, a

utilização da internet para pesquisas, com acesso mais rápido a informação, mais

velocidade e muito mais, porém isso não tem sido vivenciado pelos nossos alunos e

professores na maioria das nossas escolas.

Muitos são os fatores que contribuem para que essa seja a realidade nas

escolas, porque tomar posse do uso das tecnologias em sala de aula, requer um

planejamento bem elaborado para que essa introdução seja benéfica e contribua

positivamente, não aleatoriamente ou de qualquer forma. Para Moran (2007, p. 72):

As tecnologias são meio, apoio, mas, com o avanço das redes, da comunicação em tempo real e dos portais de pesquisa, transformaram-se em instrumentos fundamentais para a mudança na educação. Há uma primeira etapa, que é a definição de quais tecnologias são adequadas para o projeto de cada instituição. Depois, vem a aquisição delas. É preciso definir quanto gastar e que modelo adotar, se baseado em software livre ou proprietário, bem como o grau de sofisticação necessário para cada momento, curso e instituição. Em seguida, vem o domínio técnico-pedagógico, saber usar cada ferramenta do ponto de vista gerencial e didático, isto é, na melhoria de processos administrativos e financeiros e no processo de ensino e aprendizagem.

O uso da tecnologia é indispensável para propor as mudanças necessárias

por qual a escola deve passar, visando o aperfeiçoamento do ensino e

aprendizagem por meio da utilização de ferramentas tecnológicas que enriquecerão

o conteúdo das aulas. Mas deve-se compreender o processo pelo qual a escola

deve passar para que se consiga tal objetivo considerando os desafios que a ela são

impostos.

Para Moran (2007), deve-se definir o tipo de tecnologia a ser usada para

cada projeto de instituição, ou seja, deve-se pensar nas peculiaridades de cada

escola, sua singularidade e necessidades para assim definir a tecnologia ou as

tecnologias a serem utilizadas; em seguida a aquisição delas, que deve acontecer

seja por meio de parcerias com estados ou municípios, ou por aquisição própria se a

escola dispor de tal condições.

Em seguida, ocorre um dos grandes desafios, se há ou não pessoas

qualificadas para manuseá-las, técnico e pedagogicamente. Esse é um fator

importantíssimo para que haja avanços rumo a uma educação de qualidade. Sobre

isso afirma Moran (2007, p. 73):

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23

Para que uma instituição avance na utilização inovadora das tecnologias na educação, é fundamental a capacitação de docentes, funcionários e alunos no domínio técnico e pedagógico. A capacitação técnica os torna mais competentes no uso de cada programa. A capacitação pedagógica os ajuda a encontrar pontes entre as áreas de conhecimento em que atuam e as diversas ferramentas disponíveis, tanto presenciais como virtuais. Essa capacitação não pode ser pontual, tem de ser contínua, realizada semi presencialmente, para que se aprenda, na prática, a utilizar os recursos a distância.

A escola encontra muitas dificuldades para utilizar ferramentas tecnológicas,

e quando consegue, vem outro grande desafio, encontrar a melhor forma de utilizá-

la pedagogicamente.

O caminho que deve ser percorrido, não é fácil, mas os resultados são

satisfatórios, visto que novas formas de ensinar por meio do uso dos recursos

tecnológicos contribuirão para a formação ativa, dinâmica e interativa do aluno.

Infelizmente a escola não pode solucionar certos problemas que a impedem

de avançar nesse sentido. Por exemplo, as escolas não conseguem em muitos

casos fazer a manutenção e reparos dos equipamentos tecnológicos como

computadores, o que impede a continuidade do ensino visando o uso do

computador; a infraestrutura muitas vezes não contribuem para conservação desses

equipamentos, como queda de energia etc.

A formação para professores e demais funcionários é fundamental, tanto

técnico como pedagogicamente para que estejam capacitados para utilizar as

ferramentas e possam contribuir e colaborar com os alunos, que em muitas

situações se limitam em fazer uso somente das redes sociais e desconsideram

outras formas de utilização do computador desconhecendo suas funções.

É necessário o conhecimento das ferramentas tecnológicas como

computador, internet e outras por parte dos professores para que os mesmos

possam manuseá-las e utilizá-las em favor de uma aprendizagem de qualidade, pois

o conhecimento da tecnologia permite que o professor realize aulas dinâmicas e

pedagogicamente direcionadas para cada situação de aprendizagem.

Vale ressaltar que são muitos os desafios para a escola atual, em uma

sociedade onde as tecnologias estão cada vez mais presentes e são necessárias ao

fazer pedagógico, onde a busca pela informação se dá por diversas fontes e de

maneira cada vez mais rápida e interativa.

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Neste sentido, é preciso centrar o foco na busca pelo conhecimento e o

saber sem dispor dessas ferramentas tecnológicas ficou difícil e desinteressante.

Por isso a escola deve se adequar a essas exigências da sociedade atual, inserir no

contexto educacional o uso dessas tecnologias e assim propor uma educação de

qualidade que vislumbre além das formas de aprendizagem já ultrapassadas e se

desafie a novos objetivos.

O uso das tecnologias na educação irá contribuir para a melhoria tanto do

ensino quanto da aprendizagem. Por meio dela pode ser aprimorado o que já existe,

ou seja, o professor pode melhorar suas aulas com um ensino mediado pelo

computador, pelo uso da internet etc, possibilitando ao aluno várias possibilidades

de aprendizado.

2.2 O uso das tecnologias na educação escolar

Hoje não dá mais para vivermos sem pensar em tecnologia, percebe-se que

ela faz parte de todos nossos contextos sociais e isso implica consideravelmente no

contexto escolar, o que se torna imprescindível quando temos a preocupação de

oferecer dentro da escola uma formação para a cidadania.

Sabemos que a informática faz parte do cotidiano da maioria das pessoas e

que a escola é um importante caminho para fazer essa prática se efetivar de

maneira muito mais significativa e com propósitos bastantes úteis na vida de cada

usuário.

Já não adianta a escola andar na contra mão dos tempos atuais, é preciso

ressignificar o conceito de lidar com a informática na educação escolar. Somente

quadro branco ou textos impressos já não atrai a atenção de nossos alunos.

Explicações e mais explicações de professores na maioria das vezes se tornam

obsoletas diante das diversas ferramentas que muitos de nossos alunos de hoje

disponibilizam e a escola deve fazer algo para acompanhar essa evolução fazendo

uso dessas ferramentas tecnológicas.

O contexto atual marcado por grandes evoluções na sociedade,

principalmente de cunho científicas e tecnológicas requerem mudanças na escola,

especialmente na atuação do professor, que ao longo dos anos vem sentindo que

sua profissão está perdendo a identidade, (SANTOS, 2008, p. 9). É necessário

resgatar a função fundamental do professor enquanto agente formador que

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oportuniza a formação e transformação dos alunos, desenvolvendo neles o espírito

crítico e a cidadania, (SANTOS, 2008, p. 9).

Para Santos (2008), quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é

de desconfiança e de rejeição. Aos poucos, a escola acaba por incorporá-la em suas

práticas pedagógicas. Após a inserção, vem o estágio da normalização, definido por

Chambers e Bax (2006, p. 465), como um estado em que a tecnologia se integra de

tal forma ás praticas pedagógicas que deixa de ser vista como cura milagrosa ou

como algo a ser temido.

É certo afirmar que propor uma educação que promova a inclusão os alunos

numa perspectiva digital, não é nada fácil, mas sabemos que isso também não é

algo impossível. O que se deve fazer em prol da inclusão digital, é realizar atividades

que deem condições para levar os alunos a fazerem uso de suas próprias

ferramentas tecnológicas e de forma natural ajudar através da informática na

educação escolar o pleno desenvolvimento do aluno.

Todos os seres humanos passam por processos de aprendizagens a partir

da sua interação com o ambiente em que vivem. Aprendemos a falar, a andar, a

comer, viver em família e ter uma vida social. Passamos por altos e baixos, podemos

ser bem-sucedidos ou fracassados, mas a escola como agente social de formação e

desenvolvimento intelectual precisa assumir seu papel de mediador e facilitador do

processo, motivando o pensamento, a reflexão, a pesquisa, conduzindo-os para a

construção do conhecimento.

Podemos considerar que ao propor uma educação na perspectiva da

inclusão digital devemos nos mantermos informados que as ferramentas usadas

pelos alunos de hoje devem ser utilizadas em seu sentido mais amplo, o que é

indispensável, para os dias atuais na inclusão da informática na educação escolar.

Diante de tantas possibilidades de desenvolvimento humano e

desenvolvimento na formação para a cidadania que a informática na educação

escolar pode proporcionar, a escola deverá nessa perspectiva, explorar e criar novos

conhecimentos, isto é, oportunizar a todos os alunos a inclusão tecnológica e as

discussões do conhecimento que por meio dela circulam e são gerados.

É comum relacionar-se o conceito de inclusão da informática à

disponibilização dos recursos tecnológicos, considerando-se o fato de que o usuário

sabe ou não sabe utilizar tais recursos. Tendo em vista esse problema, Sampaio

afirma que inclusão tecnológica “é direito de acesso ao mundo digital para o

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desenvolvimento intelectual (educação, geração de conhecimento, participação e

criação) e para o desenvolvimento de capacidade técnica e operacional” (SAMPAIO

apud SPIGAROLI; SANTOS; SCHLUZEN (2005, p. 6).

Atualmente, o saber tecnológico tem sido muito valorizado. E é através dele

que muitas portas têm se aberto para que pessoas consigam um emprego e

consequentemente sua melhora de vida e que grande parte desse saber é adquirida,

através das chamadas tecnologias de informação e comunicação, nas quais se inclui

o computador a as ferramentas tecnológicas.

E desse ponto que vem a necessidade de cada vez mais a educação

preparar professores, instrutores e facilitadores para mediar as suas ações de

ensino aprendizagens. Todo esse saber tecnológico aliado as suas várias

ferramentas tecnológicas e internet podem ser utilizados como suporte as atividades

em sala de aula ou como recursos para a aprendizagem cooperativa,

desenvolvimento do pensamento crítico, discussões, preparando os indivíduos na

sua construção próprias ao seu desenvolvimento intelectual e sua cidadania.

A aplicação da informática é vista sob dois enfoques: pedagógicos; onde

ela é usada como ferramenta, para complementos e sensibilizações disciplinares ou

projetos educativos. Social; onde a escola passa para os alunos alguns conteúdos

tecnológicos, (TAJRA, 2001, p. 59).

Segundo Marconet al. (2009, p. 116) os processos comunicativos devem ser

a base de sustentação dos processos educacionais. Assim, a escola como meio

público de ensino da sociedade e legitimo espaço de educação popular, deve ser o

alicerce na formação de cidadãos conscientes e preparados para viver na sociedade

contemporânea.

Para que a informática na educação escolar se efetive realmente os

processos de ensino em cada uma de suas esferas deve se preparar para os

obstáculos que ainda vivenciamos nas nossas escolas, como as pessoas de baixa

renda, ou a falta de oportunidade de manusear uma ferramenta tecnológica, os

chamados analfabetos digitais que infelizmente ainda temos. Além disso, existem

aqueles aos qual a tecnologia não consegue atingir. Pessoas com deficiência visual,

que não podem utilizar o computador ou outra ferramenta tecnológica sozinha, o que

exige uma tecnologia diferente.

Portanto, precisa-se de um melhor estudo para essa pratica uma melhor

preparação dos currículos educacionais com criações de projetos pensados e

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voltados para contemplar a todos e superar os possíveis obstáculos encontrados.

Infelizmente essa é uma luta que ainda precisa ser encarada, pois somente assim

poderemos ofertar de maneira efetiva a Informática na Educação escolar para a

formação do cidadão.

2.3 As etapas essenciais do uso da tecnologia na educação escolar

Vale ressaltar que o uso da tecnologia na educação se redefine de acordo

com a realidade escolar, porém, para Moran (2007), o uso das tecnologias na

educação se dá de forma completa com três etapas essenciais que se

complementam depois de sua fase de implantação nas escolas, assim sendo,

parafraseando o autor podemos destacar tais etapas:

2.3.1 Primeira etapa: Tecnologias para fazer melhor o mesmo

As tecnologias começaram a ser utilizadas para melhorar o desempenho do

que já existia: melhorar a gestão administrativa; automatizar rotinas de matrícula,

boletos, notas, folha de pagamento, receitas. Depois, passaram a ajudar o professor

a “dar aula”, na organização de textos (conteúdo), nos programas de apresentação,

na ilustração de aulas (vídeos, softwares de conteúdo específicos), na avaliação

(planilhas, bancos de dados), na pesquisa (bases de dados e internet).

Ao mesmo tempo, os alunos encontram nas tecnologias ferramentas de

apoio à aprendizagem: programas de texto, de multimídia, de navegação em bases

de dados e internet, de comunicação, até chegar aos ambientes virtuais de

aprendizagem.

2.3.2 Segunda etapa: Tecnologias para mudanças parciais

Numa segunda etapa, o avanço das tecnologias e o seu domínio técnico-

pedagógico propiciam a criação de espaços e atividades novos dentro da escola,

que convivem com os tradicionais: utiliza-se mais o vídeo, para tornar as aulas mais

interessantes; desenvolvem-se alguns projetos na internet, nos laboratórios de

informática.

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28

Assim sendo, professores e alunos criam páginas web e divulgam seus

trabalhos. Professores propõem atividades virtuais de grupos, listas de discussão,

fóruns e, mais recentemente, blogs, podcasts, produção de vídeos. Esses

programas se sofisticaram com a utilização de plataformas integradas de ensino,

que permitem atividades a distância.

É certo que o mais importante, o que vale de verdade, continua sendo o

currículo, as aulas presenciais, as notas. Típica desta segunda etapa é a divisão

entre a grade curricular obrigatória (disciplinas) e as atividades virtuais (projetos,

webquests, que costumam ser voluntárias ou consideradas atividades

complementares.

Neste sentido, destaca-se que a escola continua a mesma, no essencial,

mas há algumas inovações pontuais, periféricas, que começam a pressionar por

uma mudança mais estrutural. Muitas escolas e universidades não fazem mudanças

profundas, ao contrário, massificam com as tecnologias o modelo centrado no

professor (por exemplo, por meio de tele aulas), focando mais a transmissão do que

a interação e a pesquisa.

2.3.3 Terceira etapa: Tecnologias para mudanças inovadoras

Numa terceira etapa, as tecnologias começam a ser utilizadas para modificar

a própria escola e a universidade: para flexibilizar a organização curricular, a forma

de gestão do ensino-aprendizagem. Trabalha-se mais com projetos integrados de

pesquisa e há mais atividades semipresenciais ou quase totalmente on-line.

O currículo universitário permite atividades a distância complementares às

presenciais. As escolas de ensino fundamental e médio ainda se sentem fortemente

pressionadas pelas secretarias de educação, pelo vestibular das universidades,

pelas expectativas tradicionais das famílias e pela força da cultura escolar

tradicional. Por isso, ainda não estão conseguindo quebrar o modelo padrão de

aulas presenciais e presença obrigatória.

Nesta perspectiva, considera-se que mesmo os colégios mais avançados

tecnologicamente continuam amarrados, presos à tradição e às expectativas sociais

convencionais. Um dos problemas mais sérios é a demora das universidades em

assumir novos modelos pedagógicos inovadores. Mais séria ainda é a defasagem

das escolas de educação básica: estacionaram na mesmice. Mesmo com grandes

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portais de serviços virtuais e franquias, não mexem no essencial, que é o processo

de ensino-aprendizagem.

O virtual, até agora, é um complemento – só – do presencial, que é o que

realmente conta e que continua acontecendo da mesma forma. As redes,

principalmente a internet, estão começando a provocar mudanças profundas na

educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino

- aprendizagem localizado e temporal.

Podemos aprender de vários lugares, ao mesmo tempo, oneoff-line, juntos e

separados. Como nos bancos, temos nossa agência, a escola, que é nosso ponto de

referência; só que já não precisamos ir até lá continuamente, pessoalmente, para

aprender.

As redes também estão provocando mudanças profundas na Educação a

Distância - EAD. Antes, a EAD era uma atividade muito solitária e exigia bastante

autodisciplina. Agora, com as redes, continua como uma atividade individual,

combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criação de grupos

de aprendizagem, integrando aprendizagem pessoal e grupal.

A educação presencial está incorporando tecnologias, funções e atividades

que eram típicas da EAD, que, por sua vez, está descobrindo que pode ensinar de

forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a

interação.

2.4 O uso da tecnologia digital e da internet na educação escolar

Desde que surgiram os Computadores Pessoais - PC na década de 80, vem

havendo discussões e aumento das experiências que articulam seu uso na

educação. Durante esse tempo, permaneceu a existência de duas situações sobre

inserir a informática no contexto escolar.

Na primeira, as preocupações eram voltadas para se ensinar o uso e

manuseio dos aplicativos, com instruções sobre o uso da máquina. Na segunda, já

havia mais preocupação com o uso dos softwares no ensino para assim melhorar a

aprendizagem.

Porém, nesse período, os softwares educacionais existentes não eram tão

confiáveis e isso só começou a mudar, quando começaram a surgir propostas

baseadas na utilização da linguagem de programação logo, criada por Seymour

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Papert. Um software desenvolvido com o objetivo de trabalhar o desenvolvimento do

raciocínio lógico-matemático.

O Logo vem sendo utilizado na educação desde a década de 80 e, hoje,

principalmente nas primeiras séries do ensino fundamental, com a utilização do

Micromundos, versão mais atualizada dos primeiros Logos.

A discussão sobre essa temática se torna cada vez mais crescente, desta

forma foi necessário a criação de dois projetos públicos para a inserção da

informática na educação o EDUCOM em 1983, e o Programa Nacional de

Informática na Educação - PRONINFE em 1989, criando núcleos de Informática

Educativa em vários estados brasileiros. “Estes núcleos tinham por finalidade

desenvolver a formação de professores, promover a utilização da informática como

prática pedagógica por parte dos alunos, o desenvolvimento de metodologias,

processos e sistemas na área." (MORAES, 1993, p. 25)

Nesse sentido, verificou-se o quanto era necessário promover a utilização do

uso da informática voltados para fins pedagógicos com formação para professores e

utilização pelos alunos vislumbrando o desenvolvimento de ambos por meio do uso

da informática.

E com o mesmo objetivo dos dois projetos surgidos visando a introdução da

informática na educação, temos o Programa Nacional de Informática na Educação –

PROINFO (1996). Esses projetos indicam uma preocupação com a formação

profissional e a democratização do ensino através do uso da tecnologia, atingindo

assim um grande número de indivíduos localizados em diferentes locais do nosso

país.

A Secretaria Estratégica de Educação a Distância (SEED) do Ministério da Educação (MEC), em conjuntura com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), elaborou o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) que mobilizou cursos presenciais e à distância, no qual professores são preparados para o uso pedagógico das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).(MENEZES, 2014, p. 16)

Pela necessidade de inserir na escola o ensino que fizesse uso recursos

tecnológicos para que tanto alunos como professores tivessem acesso à tecnologia,

que a cada dia se torna mais presente no contexto social, foram surgindo os projetos

que contextualizassem para dentro da escola essa necessidade. E também com o

surgimento dos softwares educativos, isso se tornou mais próximo da realidade. Pois

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eles ajudam no desenvolvimento da aprendizagem e na construção do

conhecimento se utilizados de forma correta com objetivos e metas pré-definidos.

Para a discussão que se inicia, serão considerados softwares educacionais

todos aqueles que, mesmo não concebidos com finalidade pedagógica, podem ser

utilizados nesse contexto. Valente (1997, p. 19), “coloca que os softwares

educacionais podem ser divididos em dois grandes grupos: os softwares que

promovem o ensino e os softwares que auxiliam na construção do conhecimento”.

A partir desses dois polos, “é fundamental que o professor reflita sobre as

abordagens pedagógicas que embasam a sua prática e, então, possa optar pelo tipo

de software que dará suporte ao desenvolvimento dos objetivos didático-

pedagógicos definidos”. (KAMPFF, 2012; p. 95)

Com o uso de diversos softwares educacionais por meio do uso do

computador e da internet na educação escolar, inúmeras possibilidades foram

disponibilizadas para auxiliar o professor na busca por melhorias no ensino e assim

contribuir com os alunos na construção do seu conhecimento de forma positiva.

Esses softwares podem contribuir em muito com a construção do conhecimento,

porém seu uso deve estar em consonância com os objetivos didáticos pedagógicos

já definidos pela instituição e domínio de seu uso por parte dos professores que tem

o papel de mediar os conhecimentos.

O computador desperta interesse e curiosidade nos alunos, instiga neles o

prazer em aprender de forma dinâmica e interativa, por meio do uso pedagógico do

computador, aliando a ele formas e metodologias que possibilitem essa interação

com o conhecimento, percebe-se uma motivação muito grande por parte dos alunos,

que se fascinam pela máquina que é o computador.

O uso do computador e da internet como ferramenta pedagógica em muito

contribuirão para a ressignificação do saber visto que estamos em um mundo que o

surgimento de novas tecnologias é uma realidade vivenciada por todos e onde a

informação se dá de forma cada vez mais ativa e acelerada, saber utilizar essa

tecnologia irá fazer com que a escola caminhe em paralelo com essas mudanças,

direcionando e possibilitando acesso a elas dentro do contexto escolar com

propostas lúdicas e envolventes.

Uma boa prática de inclusão digital é propiciar uma cultura tecnológica de base, ou seja, possibilitar que os cidadãos possam utilizar tecnologias já na escola, aprendendo a localizar e utilizar melhor a informação. Para tanto, é preciso ter professores capacitados para interagir com as novas

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tecnologias, que reconheçam a importância das novas formas de relacionar informação e de comunicar, visando preparar os alunos para serem sujeitos que possam exercer plenamente sua cidadania na sociedade da informação. (KAMPFF, 2012, p. 210)

O uso da internet em sala de aula garante o acesso a informações

resultando em maior obtenção de conhecimentos. Certamente o uso dessa

ferramenta tem seus benefícios e malefícios. O lado positivo é a possibilidade de ter

contato com diversos materiais e fontes de dados diferentes, fazendo com que os

alunos produzam mais conhecimento e estabeleçam relação de comunicação com

outras pessoas. Já o lado negativo, e muitas vezes ignorado, é a overdose de

conteúdo que dificulta a separação do que é mais relevante para se aprofundar em

algum assunto ou discussão. Sem contar na total comodidade trazida pelo uso da

internet em pesquisas, já que antigamente os trabalhos eram feitos com

Enciclopédias.

Dessa forma, podemos considerar que usar a internet em sala de aula

requer muita responsabilidade por parte do professor, além de ser preciso ficar

atento para a origem legítima do conteúdo e a citação da fonte. De acordo com a

pesquisa TIC Educação 2013, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil -

CGI.BR, os tipos de recursos mais utilizados são imagens, figuras, ilustrações ou

fotos (84%), textos (83%), questões de prova (73%), vídeos (74%) e jogos (42%).

É de suma importância a capacitação dos professores para conduzir esse

processo, pois os mesmos devem ajudar a construir os sujeitos para exercer sua

cidadania da melhor forma possível. E é o professor que dará subsídios para que o

aluno enquanto aprendiz, saiba selecionar, relacionar e transformar a informação

disponibilizada em conhecimento propriamente dito. Por isso, a importância do

professor conhecer o manuseio das tecnologias disponíveis e saber conduzir-se

dentro desse contexto tecnológico que se vivencia hoje.

A Internet é uma ferramenta riquíssima no espaço da sala de aula, no

entanto, a escola deve conhecer a ferramenta Internet e seus recursos, além de

revolucionarem as relações sociais e o acesso à informação, constitui a grande

invenção da humanidade. Seu uso é extremamente benéfico e pode trazerem

resultados excepcionais ao processo de ensino e aprendizagem.

A escola não pode confundir uso do computador com uso da Internet, assim,

quando utilizam o computador, os professores podem colocar jogos (educativos ou

não) e atividades escolares. O tempo de uso de Internet deve estar inserido neste

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33

contexto sempre com objetivos definidos previamente pelo professor. Compete ao

professor auxiliar seus alunos nas pesquisas escolares e incentivar o uso de sites

com jogos educativos

A internet também é uma grande aliada para se trabalhar no contexto

educacional, seu surgimento em nada foi relacionado com a educação. De acordo

com Kampff (2012, p. 164):

A primeira rede de computadores surgiu no final da década de 1960 por iniciativa da Agência de Projetos Avançados de Pesquisa dos Estados Unidos - APAPEUA. O projeto inicial pretendia conectar computadores para possibilitar a comunicação segura de dados militares. A ideia era construir uma rede descentralizada, para que, em caso de guerra e destruição de um dos caminhos da rede, as informações buscassem meios alternativos para trafegar. Na década seguinte, a rede foi expandida para possibilitar a interligação de universidades e centros de pesquisa. A partir de então, como desenvolvimento de novas tecnologias, devido ao apoio de órgãos de fomento à pesquisa, novos pontos foram sendo conectados.

Já no Brasil, “a internet chegou no início da década de 1990, interligando

principalmente órgãos governamentais e universidades. A partir de 1995, o uso

comercial da rede no país passou a ser explorado, possibilitando acesso às

empresas e à população em geral”. (TAJRA, 2002, p. 18).

Com sua popularização e seu crescente uso para inúmeras tarefas do dia a

dia das pessoas, ela se tornou uma mídia poderosa que se trabalhada no contexto

educativo com fins pedagógicos, será muito útil para a educação escolar. A internet

disponibiliza um amontoado de informações, possibilita a pesquisa, a comunicação,

a interação e é um recurso imprescindível para quem quer está bem informado.

Com o uso da internet na educação escolar, onde o professor deve se

apropriar de formas e metodologias para utiliza-la pedagogicamente da melhor

forma possível, muitas conquistas serão alcançadas em busca de uma educação de

qualidade que se preocupe com a formação plena do sujeito, lhes possibilitando a

construção do conhecimento de forma completa e satisfatória.

Podemos considerar que com a tecnologia a todo vapor, passamos a ter

algumas alternativas interessantes para a dinâmica do ensino nas escolas. A sala de

aula que antes se resumia a alunos, professores, quadro, giz, mesas e cadeiras

pode agora contar com novos elementos de multimídia.

A internet é uma ferramenta que permite inúmeras possibilidades de tornar a

didática mais envolvente e assimilativa. Ela contém mecanismos que contribuem

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34

para captar a atenção do aluno de uma forma mais aguda e consequentemente

aumentar as chances de um aprendizado de sucesso.

Compete às escolas e aos profissionais da área usufruírem desses avanços

tecnológicos, visando melhorar cada vez mais o ensino do país. Eles são os agentes

de transmissão de conhecimento, é o dever deles estarem por dentro dessas novas

alternativas de complementar o ensino.

Neste sentido, o uso da internet no intuito de educar requer a filtragem de

informações deve ser estratégica. Antes do professor considerar um conteúdo como

viável de ser usado, ele deve pesquisar em mais fontes. Como ferramentas

interessantes para serem usadas na sala de aula, podemos citar: Correio eletrônico

(e-mail); Espaços de interação e discussão (Fóruns); Locais de conversa (Chats);

Blogs; Ferramentas colaborativas; World Wide Web – navegação livre na internet.

O professor por sua vez, terá condição para desenvolver diversas formas de

aprimorar a sua didática e consequentemente a aprendizagem dos alunos ao lançar

mão de uma ferramenta tão importante como: Auxílio à pesquisa e ao

desenvolvimento profissional dos professores; Recurso educacional para uma

aprendizagem mais motivadora e abrangente; Comunicação; Realização de projetos

em atividades compartilhadas; Transmissão dos conteúdos (apresentação de

conteúdos e estímulo à interação).

2.5 Os tipos de mídias a serem utilizadas na sala de aula

Podemos considerar que as mídias podem ser utilizadas como ferramentas

de auxílio na educação para melhorar os resultados do processo de ensino e de

aprendizagem. Dentre as inúmeras formas de expressão das mídias, as digitais têm

se destacado atualmente visto sua praticidade de uso e facilidade de disseminação

entre os jovens.

Segundo Oliveira (2016), os tipos de mídia são basicamente três: digital,

eletrônica e a impressa.

A Mídia Digital – MD, é baseada em tecnologia digital como a internet, os

programas educacionais e os jogos de computador. Recentemente a TV digital

adentrou a essa classe, tendo como principal característica a interatividade. Nessa

categoria, o usuário pode filtrar as informações, visualizando apenas as que o

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

35

agradam e pode enviar as suas próprias. É uma via de mão dupla, você recebe mas

também pode fornecer conteúdo informativo.

A Mídia Eletrônica– ME, é aquela que agrega a televisão, o rádio e o

cinema, que se configuram como formas de comunicação unidirecional, ou seja,

apenas passam informações e não permitem a interação com quem as está

acompanhando. É o caso também dos DVDs e dos recursos audiovisuais.

A Mídia Impressa – MI é o formato de mídia mais antigo, é composta por

elementos como jornais, revistas, mala-direta, folders e catálogos, ou seja, é todo

tipo de material impresso que visa comunicar algo.

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36

3 A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS NA PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Este capítulo, dispõe sobre os eixos temáticos a seguir: O computador e a

informática educativa; Políticas voltadas aos programas de inclusão digital (Projeto

EDUCOM, Projeto FORMAR, Programa PRONINFE e PROINFO, FUST e PNBL),

com o intuito de descrever como tais políticas tem contribuído significativamente a

educação no contexto das tecnologias.

3.1 O computador e a informática educativa

O computador e a informática educativa surgiram com o intuito de inovar na

educação primando pela inclusão digital dos alunos da escola pública, assim, os

recursos tecnológicos tomaram conta dos ambientes, seja ele escolar, trabalho,

família, supermercado, lojas, dentre outras, a verdade é que eles fazem parte do

nosso dia a dia e estão conosco em todos os lugares e a todos os momentos.

De maneira rápida e crescente o computador se faz presente em nossas

vidas, esteja no meio pessoal ou profissional, desse modo a sua presença é

constante fazendo com que a sua compleição continue a crescer continuamente. O

termo informática é definido da seguinte maneira:

A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a ideia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas”. (LUFT, 2006 apud ROCHA, 2008).

Nesse sentido, fica evidente para o autor que o termo informática nada mais

é que informações automáticas, onde o indivíduo aprimora a buscar conhecimentos

esquadrinhando técnicas onde interliga o pensar e o automático em uma só função,

onde os mesmos interligam essas análises e técnicas a um só foco, que é o

computador manuseando os respectivos programas.

Segundo Valente (1997, p. 12 apud CARVALHO, 2012) a informática

educacional é definida como:

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37

[...] A informática educacional é o processo que coloca o computador e sua tecnologia a serviço da educação. Portanto, todos os aspectos e as variáveis neste processo deverão estar subordinados à consideração de que a essência da informática educacional é de natureza pedagógica, buscando melhorias dos processos de ensino aprendizagem de forma a levar o aluno a aprender, o professor a orientar e auxiliar esta aprendizagem, tornando-o apto a discernir sobre a realidade e nela atuar.

Quem trabalha no espaço escolar sabe que as tecnologias chegaram ao

ambiente e muitos que ainda não estavam preparados não sabiam trabalhar a

ferramenta como auxílio nas tarefas do ambiente educacional, ao qual essa situação

pouco a pouco foi se organizando, exemplo disso foram as preparações

urgentemente de profissionais para se trabalhar com a máquina, na escola queriam

inovação, mas a situação estava bem clara que a culpa maior não eram as

tecnologias, mas a preparação dos profissionais para lidar com o aparelho.

A informática educativa oferece inúmeros recursos para se trabalhar

pedagogicamente quaisquer disciplinas e/ou atividades dentro do ambiente

educacional, inovando, buscando, construindo e aprimorando as práticas

tecnológicas.

Antigamente, o ambiente educador vivia em um tempo em que o professor

era o centro do saber e os alunos apenas ouviam as orientações ditas e sem

quaisquer questionamentos podiam sequer manifestar suas opiniões.

Hoje, as parafernálias que invadiram o ambiente educador, deixam o

professor como um mediador dos recursos em que na maioria dos casos os

discentes manuseiam velozmente. Em razão dessa perspectiva é necessário que o

professor-mediador sinta-se preparado, capacitado, e tenha mais que coragem a

autonomia para mediar suas aulas de forma prática e eficaz.

A utilização da Informática Educativa pode juntar elementos da educação formal com outros da não formal, beneficiando tanto o aspecto prático dos meios não formais quanto à teoria mais generalizada presente nos meios acadêmicos. Por intermédio de sites na Internet, por exemplo, pode trazer para dentro da sala de aula, filmes ilustrando a vida de grandes vultos do passado, ou documentários detalhando as etapas no desenvolvimento de seres vivos, dentre outros. (ROCHA, 2008, p. 06).

Há inúmeras possibilidades que o computador nos oferece para se trabalhar

e inovar os ambientes de sala de aula na perspectiva de melhorar o processo de

ensino e aprendizagem da turma e possibilitar a informatização do ambiente

educador, para que o mesmo possa abrir probabilidades de propostas para os

professores da escola e ainda utilizar o computador como um recurso de inovação

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38

em suas aulas, como por exemplo, vídeo, softwares, jogos educativos de

computador dentre outros, para que o aluno possa explorar e aprender mais de uma

forma e ou maneira. São essas as propostas para se trabalhar a informática

educativa, sugestões essas que inovam, buscam, aprendem dentre outros

benefícios, tanto para o aluno que estão à procura de aprender e se satisfazer com

as buscas quanto para o professor que media os conhecimentos dentro do ambiente

de sala de aula.

Os países modelos da apropriação e motivação em levar a informática na

educação não só para o Brasil, mas aos demais países, chamam-se França e

Estados Unidos.

As utilizações do uso dos computadores nas escolas nos Estados Unidos,

não dependiam das iniciativas e/ou muito menos das decisões impostas pelo

governo, mas a total necessidade da evolução das parafernálias, além disso,

contava com os demais profissionais qualificados e a competitividade das agências

desenvolvedoras de software/hardware, contava também com o apoio das

universidades e das escolas.

Já na França, ao contrário dos Estados Unidos, essas tomadas de decisões

no âmbito educacional eram totalmente focadas no governo, o que serviu de um

grande modelo para o mundo no que se refere à desenvoltura dos hardwares e

softwares, ajudando na formação para o domínio da nova tecnologia. No entanto, a

França adotou tais objetivos aos quais não estavam voltados e interligados ao que

se diz respeito às transformações pedagógicas. Segundo Carvalho (2012, p. 09):

O objetivo da implantação da informática na educação na França, não estava voltado para transformações pedagógicas. Sua implantação foi dividida em quatro fases. Sua primeira fase teve início em meados dos anos 70, onde houve investimento na formação docente. A segunda fase, chamada de 10.000 computadores, teve início no ano de 1978, buscava o uso do computador como ferramenta de ensino, um elo entre os alunos e a informática. É nesse período que começa a desenvolver-se a linguagem do LOGO com propósitos educacionais (...).

Tanto a França, quanto os Estados Unidos, com esses modelos

incentivadores foram essenciais para a evolução da utilização dos computadores

nas escolas, servindo como exemplo e base para o Brasil e os demais países para

um contínuo melhoramento da educação centrada em um mundo tecnológico ao

qual invade um dos principais focos da sociedade, que são nossas escolas.

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

39

Nesse sentido, a indústria nacional de informática foi criada no Brasil no

início dos anos 1970 como o objetivo de criar uma indústria nacional informatizada.

A intervenção do Estado no avanço da tecnologia contribuiu para a regulamentação

do mercado de informática.

A política foi desenvolvida pelo órgão normativo e elaborada pelo órgão

executor dessa política. A política tecnológica brasileira procurou incentivar a

produção de equipamentos de pequeno porte, em que os principais mecanismos

dessa política até 1989 foram: controle das importações, concessão de liderança de

fabricação para as empresas nacionais, supervisão de parte da demanda de sistema

de computadores pelo poder de compra de órgãos estatais de empresa pública.

O Brasil iniciou a busca de um caminho para inserir a informática na

educação em 1971, momento em que se discutia a utilização dos computadores no

ensino de física na Universidade de São Paulo (USP). Logo depois, esta técnica foi

utilizada para o ensino de química na Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ). Destacam-se ainda o uso do software educativo na Universidade Federal do

Rio Grande do Sul (UFRGS).

A cultura nacional da informática na educação teve início em 1980 a partir

dos resultados de dois seminários internacionais (1980 e 1982) sobre o uso do

computador como ferramenta para auxiliar do processo de ensino e aprendizagem.

O Ministério da Educação (MEC) criou em 1986 o Programa de Ação Imediata em

Informática na Educação – PAIIE de 1º e 2º grau destinado a capacitar professores

(Projeto FORMAR) e a implantar infraestrutura de suporte nas Secretarias Estaduais

de Educação (Centros de Informática Aplicada a Educação de 1º e 2º grau - CIAE),

competia a cada secretaria de educação e a cada instituição de ensino técnico ou

superior definir suas propostas pedagógicas.

3.2 Políticas voltadas aos programas de inclusão digital

Os programas citados a seguir, serão uma das demonstrações de como o

Brasil se inclui no mundo globalizado a partir do uso das tecnologias, visando ser um

país continuamente inclusivo diante às tecnologias, se tornando um país

globalizado, seja nas escolas, trabalho, família e ou dentre outras, propondo ao povo

maior contato, manuseio com a ciência tornando um auxílio e agilidade nas

atividades que se apresentam principalmente dentro do ambiente educador.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

40

Certamente, nessa perspectiva, cabe aos educadores do espaço escolar

buscar, incentivar, conhecer e mais que tudo participar ativamente dos programas

que lhe são propostos para tornar a escola um ambiente informatizado.

3.2.1 O Projeto EDUCOM

O EDUCOM é um projeto de pesquisa que visa às escolas de 2º grau com

interesse maior em seu desenvolvimento à procura de novas metodologias de

ensino na tentativa de adquirir uma aprendizagem mais ativa, significativa na

educação básica de melhor qualidade.

Nesse sentido, o EDUCOM foi o primeiro projeto de inclusão digital público a

tratar da informática educacional ao qual se deu origem do 1º Seminário Nacional de

Informática na Educação realizada na Universidade de Brasília em 1981. Mais à

frente, aproximadamente em 1983, uma comissão criada pela Secretaria Especial de

Informática (SEI) elaborou o projeto na tentativa da constância implantação de

centros piloto em universidades públicas voltadas para a pesquisa no uso de

informática educacional, a capacitação de recursos humanos.

Nesse sentido citam-se as primeiras entidades que participaram das

pesquisas sobre a utilização do computador na educação brasileira: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (UFRGS).

Uma das metas mais exigidas do projeto foi, de certa forma, procurar

fornecer computadores às escolas públicas de ensino na Educação Básica,

proporcionando a mesma possibilidade que as escolas particulares ofereciam aos

seus discentes garantindo acesso ao uso da tecnologia.

Dentre essa meta, cita-se também como mais uma das metas do EDUCOM:

procurar desenvolver as pesquisas do uso educacional da informática, fazer o

discente aprender sendo totalmente apoiado pelo recurso da informática e se essa

proposta melhoraria efetivamente a aprendizagem do discente e que os demais

observadores notassem isso.

Nesse sentido, o Centro de Informática do MEC em 1984 foi reestruturado

para assumir a responsabilidade de coordenar, programar e supervisionar, lidando

também com o respaldo financeiro para a operacionalização do projeto EDUCOM.

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

41

Infelizmente o projeto fraquejou pelas dificuldades impostas pelo governo e as

transições governamentais.

Uma nova tentativa de tentar recuperar o projeto ocorreu em 1996 fazendo

uma mudança nas questões relacionadas às operacionalizações que ocorriam pelos

órgãos de sistemas educacionais, mas agora sendo realizados pelas próprias

universidades.

Nessa nova reestruturação o projeto procurou adotar uma metodologia de

planejamento participativo, de realização e avaliação das experiências de

informática na educação no Brasil.

As várias formas de contribuição que o projeto EDUCOM nos forneceu foram

importantíssimas para que o Brasil procurasse se desenvolver e criar novos projetos

que incluíssem na educação dos discentes das escolas pública mais oportunidades

de conhecer, buscar, além de beneficiar-se com as oportunidades das inserções dos

programas no mundo e mais que tudo ao seu dispor.

3.2.2 O Projeto FORMAR

A construção do Projeto foi implantada em 1987, recomendado pelo Comitê

Assessor de Informática e Educação do Ministério da Educação: CAIE/MEC, na

supervisão e a coordenação do Núcleo de Informática Educativa - NIED/UNICAMP,

sendo ministrado por pesquisadores e especialistas dos demais centros-piloto

integrantes do projeto EDUCOM.

O projeto foi criado devido ao enfraquecimento do EDUCOM. O nome do

projeto FORMAR ocorreu devido à necessidade da busca por formações

continuadas no sentido de incutir nos profissionais a importância de mudar a prática

pedagógica de maneira eficiente e eficaz.

O referido projeto foi idealizado para atender os profissionais na busca de

formação para atuar em diversos centros de informática educativa nos sistemas

públicos de educação, era praticamente considerado como um curso de

especialização com carga horária de 360h, distribuídos em módulos, ministrados

durante nove semanas e 8 (oito) horas de atividades diárias, com conteúdo

distribuídos em 6 (seis) disciplinas compostas de aulas teóricas, aulas práticas,

seminários, conferências para os profissionais participantes do curso com o intuito

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

42

de abranger grande número de profissionais da área educacional nas mais variadas

localidades do Brasil.

Um dos aspectos positivo do projeto foi a trocas de experiências, a busca

por informações, a busca por acrescentar mais informações, inovações, e dentre

outras. O projeto possibilitou a muitos educadores uma grande experiência em de

buscar por mais conhecimentos e até então inovar suas práticas e metodologias,

mas a grande falta de estrutura e interesse por parte dos ambientes educativos

fizeram com ocorresse a falência do projeto.

3.2.3 O Programa PRONINFE e PROINFO

O Programa Nacional de Informática na Educação (PRONINFE) foi criado

em 1989 do mês de outubro pelo MEC e teve a aprovação somente no ano de 1990

no referido mês de março.

A finalidade do PRONINFE era simples procurar desenvolver a informática

educativa no Brasil, através de projetos criados juntamente com atividades apoiados

aos referidos fundamentos pedagógicos para que assegurassem os investimentos

envolvidos.

O que o projeto mais pretendia era procurar apoiar o total desenvolvimento e

a utilização da informática nos referidos ensinos do 1º ao 3º grau e ao ensino de

educação especial, além de propor a motivação e criação de vários centros em todo

o país para que pudessem suprir as necessidades de se trabalhar o tecnológico,

além de criar e integrar pesquisas acompanhando também a motivação em

capacitar professores continuamente e a formação de recursos humanos. Dentre

esses benefícios oferecidos pelo projeto também podemos citar a produção,

aquisição e avaliação de softwares educativos.

O PRONINFE funcionava através de centros de informática voltados a

educação que ficavam em diversos locais do país, eram eles os responsáveis nas

prestações de serviços e no apoio às divulgações das análises dos projetos

educacionais bem como nos objetivos e resultados alcançados. Também tinha em

um dos seus pontos positivos a formação contínua de professores dos três graus e

as áreas de educação especial e de pós-graduação.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

43

O mesmo visava à pesquisa sobre a utilização da informática na educação

aproveitando a possibilidade de interatividade, interconectividade que o computador

possibilitava.

Durante seu período o projeto apresentou bons resultados aos quais foram

primordiais na educação de informática educativa visando à realidade das escolas

públicas. Dentre muitos dos seus pontos positivos estão os centos e sub centros de

informática na educação interligados a internet com iniciativas de governos tanto

estaduais como municipais tendo como modelo sólido o EDUCOM. Também foram

implantados laboratório de informática nas escolas públicas com a ajuda financeira

dos governos estaduais e municipais e também possibilitou a preparação dos

profissionais para trabalhar em informática educativa.

Em 1997 criado pela Portaria Nº 522 o PRONINFE (Programa Nacional de

Informática na Educação) – que previa crescimento gradual da competência

tecnológica com o objetivo de desenvolver a informática educativa no Brasil através

de atividades e projetos convergentes em fundamentação sólida de modo a

assegurar a unidade técnica e científica imprescindível ao êxito de esforços e

investimentos envolvidos e que apesar das dificuldades orçamentárias gerou em dez

(10) anos uma cultura da informática educativa.

Desse modo, após quase 10 anos depois do PRONINFE, em 1997 foi

substituído pelo PROINFO, com iniciativa do MEC. O PROINFO é praticamente uma

releitura do PRONINFE, pois teve uma maior iniciativa financeira e é o mais

abrangente no país entre todos os projetos através do Núcleo de Tecnologia

Educacional (NTE), suas metas eram financiar a entrada de tecnologia de

informática e telecomunicações na rede pública no ensino fundamental e médio.

Dois de seus objetivos eram melhorar a qualidade do processo de ensino e

aprendizagem e proporcionar educação que visem o pleno desenvolvimento

tecnológico.

Para participar do Programa o município deve fazer adesão, que é o

compromisso do município com as diretrizes do programa. Deve ficar claro, que

através do Programa, o MEC distribui e instala os computadores, mas toda a

infraestrutura exigida para a instalação dos laboratórios fica sob a responsabilidade

do governo estadual, dos prefeitos, essa é uma das condições para que a instalação

seja realizada.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

44

O processo de seleção das escolas ocorre pela coordenação do PROINFO

de cada Estado. Existe o incentivo por parte do MEC, para a utilização de softwares

livres, este se preocupa com que os conteúdos dos softwares, sejam voltados para o

uso didático pedagógico.

Nesse sentido, para que o programa venha ser um sucesso no âmbito

educacional, será necessário o apoio dos governos estaduais e municipais, pois

foram eles que auxiliaram as escolas todo o suporte de infraestrutura, instalações e

manutenção pertinentes. Assim, nesse processo é possível perceber o quanto os

programas de inclusão digital contribuíram para o caminho da inclusão digital no

espaço escolar, podendo sempre buscar o incentivo aos docentes a melhorarem

suas metodologias através de métodos tecnológicos inovadores. É um programa

educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede

pública de educação básica.

O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos

educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem

garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os

educadores para uso das máquinas e tecnologias.

Para fazer parte do PROINFO Urbano e /ou Rural, o município deve seguir

três passos: a adesão, o cadastro e a seleção das escolas. A adesão é o

compromisso do município com as diretrizes do programa, imprescindível para o

recebimento dos laboratórios. Após essa etapa, deve ser feito o cadastro do prefeito

em nosso sistema, que permitirá o próximo passo, que é a inclusão das escolas no

PROINFO.

3.2.4 O FUST

O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações conhecido

como FUST, foi estabelecido pela constituição da lei 1998 de 17 de agosto de 2000,

o projeto foi voltado para financiar a população menos favorecida, ou seja, a mais

carente.

Compete a ANATEL - Agencia Nacional de Telecomunicações, a total

responsabilidade na implementação e fiscalização dos projetos apresentando seus

objetivos prioritários, dentre esses se destaca: a implantação de redes digitais de

informação, tendo como prioridade a internet, destinados a escolas e bibliotecas,

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

45

incluindo nessa prioridade os computadores para operação pelos usuários e redução

das contas desses serviços com um único objetivo que é beneficiar como prioridade

estabelecimentos que fossem continuamente frequentados por pessoas carentes,

dentre esses também temos a instalação de redes de alta velocidade para implantar

serviços que fornecessem teleconferências para as escolas e bibliotecas.

3.2.5 O PNBL

O Programa Nacional de Banda Larga, designado como Programa Brasil

Conectado - PBC, foi criado e implantado em 12 de maio de 2010, sob o Decreto Nº

7175, que lançou as bases para as possíveis ações a serem definitivamente

construídas e implantadas coletivamente.

O PNBL apresenta-se como um dos seus objetivos principais, a tão sonhada

possibilidade de promover a inclusão digital com o intuito de poder reduzir a

desigualdade social e regional, promovendo a geração de emprego e renda, a

ampliação os tais serviços de governo eletrônico e poder facilitar aos cidadãos o uso

dos serviços do Estado, originando também a capacitação da população para o uso

das tecnologias que o mundo oferece, aumentando assim, a autonomia tecnológica

que é o necessário igualmente.

O maior dos desafios do projeto PNBL é poder traduzi-los em ações

concretas capazes de promover direta ou indiretamente o desenvolvimento da

infraestrutura e maior oferta de serviços por preços mais baixos.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

46

4 O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET NA SALA DE AULA NA EMEF

NICOLAU NERIS DA SILVA NA PERSPECTIVA DOS PROFESSORES

Diante das atuais mudanças propostas pelo crescente uso das diversas

tecnologias no contexto social, há a necessidade da escola se adequar a essas

novas demandas que estão sendo implementadas pelo uso da tecnologia. Pois

assim novas possibilidades surgem enriquecendo o ensino e aprendizagem por meio

da utilização pedagógica das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

Para Kenski (2014, p.34):

As novas tecnologias de comunicação (TICs), sobretudo a televisão e o computador, movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado. A imagem, o som e o movimento oferecem informações mais realistas em relação ao que está sendo ensinado. Quando bem utilizadas, provocam a alteração dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado.

O professor que se disponibilizar a inserir essas ferramentas em suas aulas,

se souber manuseá-las corretamente transformará o ensino e aprendizagem de

seus alunos mais significativo, uma vez que estará inserindo na sala de aula,

recursos que já fazem parte da vida da maioria dos alunos. Tornando assim, o

ensino e aprendizagem mais completo.

Na EMEF Nicolau Neris da Silva, não há um trabalho pedagógico que

envolva o uso do computador e internet. O laboratório de informática de acordo com

a pesquisa realizada, não está funcionando por falta de manutenção nos

computadores existentes e quando funcionava, era dificultoso o processo por não

haver computadores suficientes para a demanda de alunos, pois o laboratório é

equipado apenas com 10 (dez) computadores e as salas de aula tem mais de 20

(vinte) alunos por turma. Outro fator que dificulta é a ausência de sinal de internet

que impossibilita trabalho pedagógico que envolva esse recurso.

Para os professores seria muito importante trabalhar com todo o aparato

tecnológico que subsidiasse as aulas com vídeos, filmes, usos de jogos pedagógicos

que trabalhassem em consonância com os conteúdos desenvolvidos em sala de

aula. Portanto muitos são os fatores que não permitem que isso ocorra. Para eles, a

formação específica que não há nessa área, seria de grande importância para dar

subsídios para que eles procurassem desenvolver aulas por meio do computador e

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

47

internet, mesmo que esses recursos não estivessem disponíveis na escola, como

não estão, os mesmos dominando o uso das ferramentas, procurariam outras fontes

para poder inseri-los em suas aulas.

Outro fator é a precariedade dos equipamentos existentes, no laboratório de

informática há 10 (dez) computadores, porém não estão em funcionamento por falta

de manutenção. Sabe-se que esses equipamentos requerem manutenção

constante, porém o governo manda às escolas e lá ficam, quando precisa de um

conserto, ele logo cai em desuso porque essa manutenção não acontece.

Na EMEF Nicolau Neris da Silva não é diferente, além da manutenção que

necessita, o laboratório de informática não tem suporte para sustentar os 10

computadores ligados ao mesmo tempo, fator que contribuiu para o desgaste das

máquinas, por haver constantes quedas de energia elétrica.

Portanto, na concepção dos professores mais incentivo por parte dos

governantes e oportunidades para que a tecnologia seja inserida efetivamente no

contexto educacional e na sala de aula como recurso pedagógico primordial.

Certamente, não adianta mandar computadores para as escolas e não dar

manutenção quando necessário, assim como não dar possibilidades para que os

professores tenham acesso a essa tecnologia de forma mais abrangente, com

cursos de formação que lhes permitam o conhecimento necessário para poder

inserir em suas aulas como recurso pedagógico.

Este capítulo, o qual tem como eixos temáticos a caracterização da escola;

Perfil dos sujeitos; Resultados e discussões a partir da concepção do professor

enfatizando “o computador, a internet e a prática docente observada na EMEF

Nicolau Neris da Silva” e também “o computador, a internet e a prática docente na

concepção dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva”, faz uma análise a

respeito da realidade da EMEF Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos

professores no que tange as questões do uso do computador e da internet na sala

de aula.

4.1 Caracterização da escola

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Nicolau Neris da Silva, fica

localizada na Vila São Francisco – Km 14, as margens da BR - 010, no município de

Irituia, Estado do Pará, é uma escola de médio porte, possui 09 (nove) salas de aula

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

48

e funciona em 03 (três) turnos. Seu corpo técnico é formado por 01 (uma) gestora,

01 (uma) vice gestora, 01 (uma) coordenadora pedagógica e 01 (uma) secretária.

O quadro docente é formado por 17 (dezessete) professores, e o público

alvo são alunos do fundamental menor do 1ºao 5º ano do Ensino Fundamental e 1ª

etapa da Educação de Jovens e Adultos - EJA. O quadro discente é formado por

349 (trezentos e quarenta e nove) alunos no geral matriculados e distribuídos por

turno são no 1º turno 181 (cento e oitenta e um) alunos e 168 (cento e sessenta e

oito) no 2º turno. A escola possui 09 (nove) turmas no 1º turno com 01 (uma) do 1º

ano, 02 (duas) do 2º ano, 02 (duas) do 3º ano, 02 (duas) do 4ª ano e 02 (duas)

turmas do 5º ano. No segundo turno funcionam 08 (oito) turmas distribuídas em 01

(uma) no 1º ano, 02 (duas) no 2º ano, 02 (duas) no 3º ano, 02 (duas) no 4º ano e 01

(uma) no 5º ano.

A EMEF Nicolau Neris da Silva, começou sua história por volta de 1968 (mil

novecentos e sessenta e oito), na gestão do então prefeito do município de Irituia

Flaviano Neres, que em homenagem ao seu pai, deu a escola o nome Nicolau Neris

da Silva.

Atualmente a equipe gestora é formada por Josiane Fonseca da Silva,

diretora, Rosangela Marques Dutra, vice-diretora e Luciléia Moreira de Souza,

coordenadora pedagógica. Além desses, a escola possui no seu quadro de

funcionários as seguintes funções 09 (nove) serventes, 02 (dois) vigias, 02 (dois)

porteiros, 02 (dois) agentes administrativos.

Para tornar a pesquisa realizável, foi aplicado um questionário voltado aos

professores que compõem o quadro docente da referida escola, com o objetivo de

identificar quais são as dificuldades vivenciadas por eles dentro da sala de aula,

para a utilização do computador e da internet como ferramenta pedagógica.

A Escola apresenta uma boa estrutura física, com 09 (nove) salas de aula

em boas condições de funcionamento, 04 (quatro) banheiros para alunos, sendo 01

(um) adequado dentro dos padrões da acessibilidade, 01 (uma) sala de leitura, (01)

uma sala multifuncional, 01 (uma) cozinha, 01 (uma) área coberta que serve como

refeitório, 01 (um) Laboratório de informática que possui 10 (dez) computadores e 01

(uma) secretaria que disponibiliza 02(dois) computadores para serviços

administrativos. A escola possui 01 (um) datashow, 01 (um) microssistem, 02 (duas)

TVs e 01 (um) aparelho de DVD.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

49

Em relação a estatística referente ao ano de 2016 (dois mil e dezesseis) a

escola tem 369 (trezentos e sessenta e nove) alunos em sua matricula inicial, 364

(trezentos e sessenta e quatro) alunos na matricula final, com uma taxa de

aprovação de 318 (trezentos e dezoito) alunos, e a taxa de repetência de 46

(quarenta e seis) alunos e a taxa de evasão de 09 (nove) alunos.

A EMEF Nicolau Neris da Silva tem como missão assegurar um ensino de

qualidade, garantindo o acesso e permanência do aluno na escola. Ser um

referencial na construção do conhecimento concebendo uma educação voltada a

formação integral do aluno, de maneira significativa para a efetivação de sua

identidade.

A escola possui de maneira institucionalizado 04 (quatro) projetos cujo as

temáticas são: “Lendo e Escrevendo no Mundo da Literatura”, “Projeto Páscoa é

amor, paz, respeito, bondade e gratidão”, “Projeto Sala de Leitura: Eu já sei ler”, e o

“Projeto Folclore: Resgatando nossas raízes”.

4.2 Perfil dos sujeitos

Os professores que compõem o quadro docente da EMEF Nicolau Neris da

Silva, estão na faixa etária de idade entre 27 (vinte e sete) a 52 (cinquenta e dois)

anos.

Em relação ao vínculo empregatício dos 10 (dez) entrevistados 08 (oito) são

efetivos, e 02 (dois) contratados com apenas dois meses de atuação. Vale ressaltar

que dos 10 (dez) professores que são concursados e contratados já atuam no

magistério entre 10 (dez) até 33 (trinta e três) anos de serviço, com atuação na

escola entre 01 (um) mês até 20 (vinte) anos.

No que se refere ao nível de escolaridade, a escola dispõe de um quadro de

professores com formação em nível superior, sendo 07 (sete) pedagogos, 02 (dois)

Letrados, e 01 (um) Matemático. Todos atuam nos anos iniciais do ensino

fundamental. É importante destacar que dos professores entrevistados, 02 (dois)

atuam com turmas de 1º ano, 02 (dois) com turmas de 2º ano, 02 (dois) com turmas

de 3º ano, 02 (dois) com turmas de 4º ano e 02 (dois) com turmas de 5º ano (anos

iniciais) do ensino fundamental.

Acerca do conhecimento de informática somente 01 (um) professor possui o

curso básico nessa área, sendo que os demais não fazem uso dessa ferramenta.

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50

Destaca-se ainda, que a escola não dispõe de professor lotado no Laboratório de

Informática para auxiliar os demais professores a desenvolverem suas atividades

pedagógicas utilizando o computador.

Sobre o processo de interação e dinamização das aulas por meio do uso dos

recursos tecnológicos como computador e internet, observou-se que os professores

até compreendem essa necessidade, mas devido as dificuldades só utilizam o

Datashow, televisão, aparelho de DVD, caixa de som e notebook, não

necessariamente em todas as aulas, mas de vez em quando se utilizam desses

recursos com o intuito de dinamizar a sua prática pedagógica. Apenas 02 (dois)

professores foram observados que durante o exercício da prática docente não usam

nenhum tipo de ferramenta tecnológica porque a escola não oferece suporte para

desenvolver suas aulas com esses recursos tecnológicos.

O uso da internet nas atividades pedagógicas nas escolas ainda é uma

situação que se percebe a utilização com muita dificuldade para realmente se

efetivar, pois além de não haver formação que dê subsídios e suporte, também não

há disponibilidade de equipamentos para serem usados pelos professores e alunos,

assim como não há internet, o que inviabiliza o uso dessa ferramenta no trabalho

pedagógico dos professores na EMEF Nicolau Neres da Silva.

De todos os entrevistados apenas 04 (quatro) professores foram observados

utilizando a internet, mas somente para pesquisas de atividades para trabalharem

em sala de aula, sem a participação dos alunos nesse processo, uma vez que ela é

feita em lugar alheio a escola.

4.3 Resultados e discussões a partir da concepção do professor

Este eixo temático que discorre a respeito dos resultados e discussões a

partir da concepção do professor faz referência ao cotidiano da escola relacionando

o uso do computador, internet e a prática docente.

4.3.1 O computador, a internet e a prática docente observada na EMEF Nicolau

Neris da Silva o computador, a internet e a prática docente observada na EMEF

Nicolau Neris da Silva será discutida a partir de três eixos temáticos como: a prática

docente dos professores; os recursos e equipamentos que os professores utilizam

para ministrarem suas aulas; as dificuldades observadas mediante a prática

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51

pedagógica dos professores durante a utilização do computador e da internet na

sala de aula.

4.3.1.1 A prática docente dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva.

As aulas ministradas EMEF Nicolau Neris da Silva, pelos professores que

compõem o corpo docente, na sua maioria são aulas expositivas e dialogadas, sem

uso de nenhum equipamento tecnológico a não ser o quadro branco, livro como

recurso didático e cartazes como recurso visual.

Os recursos tecnológicos como computador e internet não fazem parte do

contexto da sala de aula. A escola até dispõe de um laboratório de informática

composto por dez computadores, porém os mesmos não são conectados à internet.

Na escola nenhum computador possui acesso à internet, situação essa que dificulta

ao máximo produção de aulas com esse recurso tecnológico.

Os computadores do laboratório de informática a qual os alunos poderiam

ter acesso, não há essa possibilidade, pela ausência de professor ou monitor para

atuar nesse espaço e também por eles não estarem funcionando atualmente, por

falta de manutenção. Limitando os professores e alunos somente dentro da sala de

aula, sem utilizar ferramentas tecnológicas tão importantes como o computador e a

internet.

Com as observações feitas nas aulas, percebeu-se pouca interação e

dinamização privando aos alunos à construção do conhecimento por meio da

utilização dos recursos tecnológicos que em muito contribuem para uma aula mais

atraente e significativa. As aulas se resumiram em copiar conteúdo do quadro,

leitura do conteúdo e orientação de atividades,

Alguns professores buscam métodos de exposição de trabalhos em equipe,

propondo a construção coletiva por parte dos alunos, mas recursos tecnológicos

como Datashow, computador, internet e os mais comuns como microsystem,

televisão, caixa de som, não são utilizados frequentemente, no período de

observação somente uma professora do 4º ano utilizou o Datashow para mostrar um

vídeo.

Muitos são os fatores que contribuem para esse distanciamento observado

em sala de aula entre o docente e os recursos tecnológicos existentes na escola,

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52

pois a mesma não possui suporte tecnológico para subsidiar o professor a fim de

que este se apropriando de tais recursos, ministrem aulas mais atrativas e

dinâmicas, mas se os disponíveis na escola fossem explorados, com certeza já

havia um diferencial nas aulas desses professores que se dispuseram a ir em busca

de inovação por meio da tecnologia.

Os professores demonstraram não dominar o manuseio do computador e

outros recursos como Datashow, e outros existentes na escola, o que gera um

desconforto e impossibilita aos mesmos proporem aulas que requerem seu uso. Não

há formação na área da informática a esses profissionais que atuam em sala de aula

e a grande maioria não sabe manusear esses equipamentos.

E assim temos um ambiente educacional que mesmo se esforçando para

propor uma boa educação aos seus alunos, limita a construção do conhecimento a

esses mesmos sujeitos, pois uma vez que a eles não é possibilitado um ensino por

meio da exploração dos recursos tecnológicos, como computador, internet e outros,

que fazem parte do dia a dia de muitas crianças, com a intenção de inovar, chamar a

atenção de forma dinâmica e interativa, esses alunos ficam a margem desse

processo por qual vive a sociedade, dando a eles poucas possibilidades de

construção, criticidade e autonomia, características essas importantíssimas ao

sujeito que deve ser preparado para atuar ativamente em sociedade.

4.3.1.2 Os recursos e equipamentos que os professores da EMEF Nicolau Neris da

Silva utilizam para ministrarem suas aulas.

Atualmente temos percebido um esforço bastante visível por parte de alguns

governantes em proporcionar equipamentos tecnológicos que são de grande

importância para os professores ministrarem suas aulas.

Ter um computador para cada um em sala de aula seria excelente. “É mais

dinâmico, além de facilitar a troca de material, como os slides da aula. Existem

vários filmes e vídeos do YouTube, que podem dar exemplos de assuntos

trabalhados na sala. E para isso, só é necessário acesso à Internet. “Hoje em dia, o

estudo é muito mais pela Internet do que por livros. Onde os alunos fazem download

de programas, aplicativos. O que atrai muito mais”.

Mas a relação estabelecida entre a tecnologia e a educação esbarra ainda

em um conceito destinado à geração atual: o de Nativos Digitais. A nomenclatura é

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53

destinada aqueles que já nasceram conectados à Internet e dominam esses

recursos tecnológicos com extrema facilidade.

Podemos considerar que a ideia de que os alunos conhecem mais sobre os

novos recursos tecnológicos do que os professores podem assustar alguns

profissionais na hora de trabalhar com essas ferramentas dentro da sala de aula,

principalmente quando o professor não estabelece com seus alunos uma relação

dialógica.

Essa questão é muito comum, encontrar nos contextos educacionais, na

escola e dentro da sala de aula, professores que não compreendem o processo de

como ocorre essa dinâmica oferecida pela tecnologia, em consequência disso, a

escola fica alheia a ela e com isso muitos recursos e equipamentos se perdem na

maioria das escolas contempladas pelos governos. Porém não se pode julgar a

capacidade ou a incapacidade de cada um, uma vez que os professores da

atualidade na sua maioria não têm oportunidade de participarem de cursos de

formação para aprenderem a manusear essas maquinas ou usar para ministrar suas

aulas.

Na Escola Nicolau Neris da Silva, essa dificuldade não é diferente uma vez

que a maioria dos professores não tem formação e nem cursos auxiliares na área

tecnológica o que faz com eles só utilizem os materiais, que podemos classificar

como “triviais” como, atividades impressas, cartolinas letras móveis, pincel para

quadro branco e os livros didáticos.

Quando se faz uso de algum equipamento tecnológico, como por exemplo, a

internet, isso é feito, mas não para contemplar os anseios dos alunos em manipular

esses recursos. Esse uso se dar para pesquisar atividades, temas de estudos,

assuntos da grade curricular e/ou conteúdo para ajudar no planejamento teórico das

aulas que serão planejadas nos, sem nenhuma participação do aluno na execução

de atividades que seriam relevantes, como participar de pesquisas, utilização de

jogos pedagógicos, usos de softwares educativos que contemplassem o conteúdo

das aulas, para uma melhor assimilação e etc.

A realidade dos recursos e equipamentos tecnológicos que são usados na

Escola Nicolau Neris da Silva não são diferentes de outras escolas. Entretanto, isso

não pode ser uma desculpa para não fazer desses recursos um grande aliado nas

atividades pedagógicas.

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54

Somente o quadro negro e/ou branco e o giz e/ou pincel, já não são

suficientes para suprir a necessidade de informação dinâmica exigida pela era

digital. “A aula depende muito do professor. Mas quando, além de um bom

professor, existem recursos que chamam a atenção dos alunos, o tempo de aula

passa muito rápido e o aprendizado se concretiza com mais efetividade”. O que

ainda não é a realidade da referida escola.

4.3.1.3 As dificuldades observadas mediante a prática pedagógica dos professores

da EMEF Nicolau Neris da Silva durante a utilização do computador e da internet na

sala de aula.

A tecnologia digital permite que a interatividade e o maior e mais rápido

acesso à informação cheguem às salas de aula. Tablets, lousas digitais, Datashow,

redes sociais e sites educativos se tornaram grandes parceiros dos professores na

hora de ensinar.

Afirmar que a tecnologia, além de facilitar o aprendizado, estimula a busca

por novas informações, hoje é uma certeza. Sabemos que é muito melhor quando a

gente pode visualizar as coisas que os professores falam. Às vezes, perdemos muito

tempo copiando coisas do quadro que poderíamos aprender de forma mais fácil com

filmes, imagens e apresentações de slides.

Na Escola Nicolau Neris a Silva não tem todos esses recursos citados e não

há sinal de internet, portanto realizar um trabalho pedagógico que necessite desse

recurso, não há possibilidade. E se caso necessite dos computadores do laboratório

de informática, além de serem em pouca quantidade, nem todos estão funcionando,

por falta de manutenção das máquinas.

O uso do computador na escola é de cunho pessoal, para editar e organizar

atividades para serem impressas e arquivar notas e relatórios de alunos (atividades

administrativas).

Observou-se que a internet não faz parte das ações pedagógicas na prática

com os alunos, uma vez que não há sinal de internet inviabilizando alunos e

professores executarem atividades que dependem desse acesso.

Aqueles que utilizam o computador e a internet como uma ferramenta

pedagógica na Escola Nicolau Neris são os professores mais jovens, pois estes

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55

estão mais acessíveis aos processos tecnológicos mais abertos as mudanças de

paradigmas que isso pode proporcionar.

Os professores que tem mais “tempo de serviço” na sua maioria, não sabem

manusear as maquinas, dizem que não tem tempo para estudar essas ferramentas e

encontram muita dificuldade para fazer desses recursos uma ponte para a

realização de atividades interativas e práticas nas suas aulas.

Aliando-se a isso o descaso dos nossos governantes em oferecer uma

internet de banda larga e computadores mais atualizados com bom desempenho no

acesso à internet e manutenção dos computadores existentes, só contribui para que

as escolas fiquem a par dessa tecnologia.

A utilização desses recursos nessa escola só acontece pela boa vontade

individual de cada professor. Não existe um planejamento para se trabalhar no

laboratório de informática, pois o laboratório não funciona e não há um profissional

que atenda ali.

Na escola não se organiza pautas para discutirem o uso da internet nas

atividades pedagógicas porque quando se fala em computador e internet o grau de

importância que se dá é como se o seu uso fosse menos importante.

A visão da escola acerca dos recursos tecnológicos e da internet não

acompanham o grande avanço que temos visto na área tecnológica, ou seja, a

escola fica em uma situação de atraso no que tange a inclusão digital.

Vale ressaltar que precisa-se de muita formação e informação a respeito

desse assunto para se trabalhar com computador e internet na sala de aula. Pois

somente através de informação, formação e conhecimento é que esse cenário de

descaso dos governantes e medo de encarar o novo de alguns professores

poderemos ter um recurso a mais nos trabalhos pedagógicos dos professores da

Escola Municipal Nicolau Neris da Silva.

4.3.2 O computador, a internet e a prática docente na concepção dos professores da

EMEF Nicolau Neris da Silva.

Este eixo discute as questões referentes ao computador, a internet e a

prática docente na concepção dos professores da EMEF Nicolau Neris da Silva.

Para tanto, realizou-se a entrevista com 10 (dez) professores a partir do roteiro

constituído de 10 (dez) questões.

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A primeira pergunta foi se a EMEF Nicolau Neris da Silva possui sala de

informática com os computadores conectados à internet, e 20% dos professores

afirmaram que existe a sala de informática com os computadores conectados à

internet e 80% afirmaram que não existe.

GRÁFICO 01: A escola e a sala de informática com computadores conectados à internet.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

A segunda pergunta foi acerca da utilização do computador pelos

professores para ministrar suas aulas, assim sendo, 80% disseram que não e 20%

disseram sim, porém esses 20% afirmam utilizam algumas vezes para digitar o

planejamento, exibir mídias ou na hora em que utilizam o Datashow.

As respostas dos sujeitos confirmam o que foi observado no decorrer da

pesquisa, ou seja, a quase não utilização do computador pelos professores como

ferramenta pedagógica que pode contribuir com a aprendizagem do aluno

possibilitando a interação com o conhecimento e a tecnologia.

20%

80%

Sim. Não.

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57

GRÁFICO 02: A utilização do computador pelos professores para ministrar aulas.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

A terceira questão foi a respeito das dificuldades encontradas pelos

professores para o uso do computador e da internet na sala de aula na escola. 60%

dos professores afirmam que as dificuldades encontradas são a ausência de internet

na escola e os computadores insuficientes, 30% afirmam que a única dificuldade que

encontram é o fato de não ter internet e 10% não sabem usar o computador.

GRÁFICO 03: As dificuldades encontradas pelos professores para o uso do

computador e da internet na sala de aula na escola.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

20%

80%

Sim. Não.

60%

30%

10%

Não tem internet e os computadores insuficientes.

Não tem internet.

Não sabe usar o computador.

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58

A quarta questão foi referente a participação dos professores em relação a

formação na área da tecnologia para poder trabalhar com os alunos. 20% dos

professores disseram que participam de formação na área da tecnologia e 80%

disseram que não.

Diante das considerações acima percebe-se que a maioria dos professores

não participa de formações que primam pela utilização da tecnologia como

ferramenta pedagógica que auxilia a aprendizagem dos alunos.

GRÁFICO 04: A participação dos professores em formação na área da tecnologia

para poder trabalhar com os alunos.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

A quinta questão foi a respeito dos desafios que os professores têm

enfrentado na educação no contexto atual em relação ao uso das tecnologias na

educação.

As respostas foram diversas e nos possibilitam a entender que a escola

pública apresenta-se bem distante da inclusão digital seja por falta de investimentos

em equipamentos tecnológicos ou de formação dos profissionais que atuam na

escola. Assim, podemos considerar as afirmativas abaixo na concepção dos

professores.

Professor 1: O fato é que, quem não domina o básico dos conhecimentos tecnológicos é praticamente analfabeto digital. A base do conhecimento atual passa por princípios tecnológicos

20%

80%

Sim. Não.

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Professor 2: Trabalhar sem internet porque a escola não possui Professor 3: E que a escola não consegue acompanhar a dinâmica tecnológica, geralmente a criança já sabe mais do que a escola pode oferecer em relação aos aparelhos tecnológicos Professor 4: Inexistência de sala multimídia na escola Professor 5: O fato de não haver suporte Professor 6: Às vezes a falta de conhecimento e até mesmo a prática em relação ao uso. Professor 7: Por não haver equipamento suficiente Professor 8: Por não haver equipamentos suficientes Professor 9: Afirmo que não é fácil, sendo que a escola não oferece suporte tecnológico para desenvolver trabalhos na prática e acaba ficando só na teoria Professor 10: Não participar de cursos que nos capacitem e a falta de recursos tecnológicos para uso em sala de aula

A sexta pergunta foi sobre como a EMEF Nicolau Neris da Silva lida com as

tecnologias como ferramenta pedagógica. As respostas dos professores foram

agrupadas em duas categorias conforme apresenta a figura 05 abaixo.

GRÁFICO 05: A maneira como a escola lida com as tecnologias como ferramenta

pedagógica.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

Podemos afirmar que 20% não responderam conforme a pergunta e 80%

responderam a contento, sendo que 12% dos 80% afirmam que a escola utiliza as

tecnologias apenas nos encontros pedagógicos e reuniões, ou seja, a utilidade das

tecnologias pela escola está desvinculada da prática docente e do processo

pedagógico.

20%

80%

Não responderam conforme a pergunta.

Responderam descrevendo como a escola utiliza as tecnologias.

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60

Professor 1: Não é possível a escola esquivar-se da tecnologia. A criança antes mesmo da escola, já tem contato com esses equipamentos e a escola precisa orientá-los a utilizá-la de forma correta; Professor 2: No momento, com algumas dificuldades; Professor 3: Infelizmente considero que a escola está à margem desse conhecimento. Por exemplo, computador é uma ferramenta essencial ao ensino e aprendizagem. Professor 4: Como suporte pedagógico para facilitar o trabalho docente em situações eventuais; Professor 5: Para facilitar a aprendizagem dos educandos; Professor 6: Em encontros pedagógicos e reuniões; Professor 7: Com muita dificuldade, pois não tem acesso a internet; Professor 8: Com muita dificuldade, pois não tem equipamentos suficientes; Professor 9: A escola oferece apenas uma máquina de xerox e um notebook com Datashow, mas tem projeto para a sala de informática juntamente com os alunos. Estamos aguardando apenas manutenção nos computadores e internet; Professor 10: Utiliza para subsidiar as aulas as tornando mais atrativas e dinâmicas para os alunos.

No que tange a utilização do computador na sala de aula na EMEF Nicolau

Neris da Silva 50% dos professores afirmam que não utilizam e os demais 50%

afirmam que utilizam o computador, porém, utilizam sem estar conectado na internet

e também apenas para planejar suas atividades pedagógicas, ou seja, uso exclusivo

do professor.

GRÁFICO 06: Utilização do computador pelos professores na sala de aula.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

Em relação ao como os professores utilizam a internet na sala de aula na

EMEF Nicolau Neris da Silva, por unanimidade estes disseram que não utilizam a

50%50%

Não utilizam. Utilizam o computador.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

61

internet na sala de aula, pois a escola não dispõe nem no Laboratório de

Informática.

GRÁFICO 07: Utilização da internet pelos professores na sala de aula.

FONTE: Pesquisa de Campo – 2017.

Para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como

ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem a escola

precisa fazer uma série de ações voltadas a garantia de acesso ao computar e a

internet na escola de modo geral como afirmam os professores:

Professor 1: É preciso políticas direcionadas para essa área, internet de

qualidade e computadores disponíveis para uma determinada demanda de

alunos

Professor 2: Primeiramente a escola ser adaptada com essas tecnologias,

principalmente com internet

Professor 3: Em primeiro lugar é preciso viabilizar um número maior de

computadores para professores e alunos e disponibilizar internet de

qualidade

Professor 4: Disponibilizar sinal de internet fixa e sala multimídia

Professor 5: Disponibilizar as ferramentas necessárias como computadores

conectados à internet e formação na área para os professores

Professor 6: Acredito que aprender a manusear melhor o computador e ter

acesso a internet assim como cursos na área

Professor 7: Recursos suficientes

Professor 8: Falta interesse da gestão para que se providencie internet

Professor 9: Precisamos primeiramente de uma política limpa para que

assim a tecnologia chegue realmente, sendo que no censo eles confirmam

a existência somente no papel

Professor 10: Cursos de formação nessa área, computadores e internet

disponibilizados para professores e aluno.

100%

Não utilizo a internet na sala de aula.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

62

De acordo com o Professor 2, as escolas da rede pública primeiramente

devem ser adaptadas com as tecnologias, atuais e disponibilizar internet banda larga

para que seja utilizada de forma eficaz pela equipe docente como ferramenta

pedagógica necessária ao educando. Sabemos que os laboratórios disponibilizados

nas escolas possuem poucos computadores e dificilmente possuem internet com

qualidade.

No que se refere as propostas sugeridas pelos professores para se

trabalharem na sala de aula utilizando o computador e a internet como ferramenta

pedagógica destacam-se as abaixo relacionadas:

Professor 1: É preciso sair do mundo das ideias e fantasias. A tecnologia é

indispensável ao acesso para o conhecimento. Mas observo pela nossa

escola, temos sala de informática e internet que nunca funcionam. Porém

para os nossos gestores a escola está perfeita. É preciso políticas sérias,

voltadas a atender essas demandas.

Professor 2: Internet na escola; Sala de informática que funcione

Professor 3: Que nossos gestores disponibilizem políticas direcionadas a

atender essa demanda

Professor 4: Atividades com filmes, músicas, vídeos, imagens...

Professor 5: Trabalhar com pesquisas direcionadas, usos de aplicativos que

auxiliem na leitura, escrita etc.

Professor 6: Cursos de formação na área de computação e a escola deveria

ter internet

Professor 7: Vídeos aulas, pesquisas, jogos e usos de aplicativos

Professor 8: Primeiramente instalação de internet na escola e a proposta é

trabalhar com jogos, gráficos, tabelas...

Professor 9: Jogos envolvendo as quatro operações, construção de gráficos

e tabelas.

Professor 10: Como forma de dinamizar o ensino e a aprendizagem, por

meio de jogos que trabalham leitura e escrita, problemas matemáticos,

pesquisas, uso de vídeos, filmes e animações que instiguem a construção

do conhecimento.

Tendo como base a afirmativa realizada pelo Professor 01: acerca de como

a escola dispõe do computador e da internet para ser utilizada como ferramenta

pedagógica torna-se inviável garantir o acesso ao conhecimento, porque a escola,

tem sala de informática e internet que nunca funcionam, isto é, existe sem utilidade

pedagógica na escola.

Certamente como mencionado pelos demais professores podemos

desenvolver atividades com filmes, jogos, gráficos, tabelas, aplicativos, músicas,

vídeos, imagens, pesquisas direcionadas, usos de aplicativos que auxiliem na

leitura, escrita, cursos de formação na área de computação, bem como a escola

deveria ter internet banda larga a disposição dos professores.

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63

5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: O USO DO COMPUTADOR E DA INTERNET

COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NECESSÁRIA

O capítulo, aqui apresentado apresenta uma proposta de intervenção

utilizando o computador e a internet como ferramenta pedagógica necessária

discorrendo sobre a justificativa, os objetivos e as atividades pedagógicas numa

perspectiva interdisciplinar.

5.1 Justificativa

Atualmente a internet tem se massificado em quase todos os setores da

sociedade. Muito mais na vida estudantil e desde cedo em todos os níveis de estudo

explorar ferramentas computacionais virou “febre” entre os estudantes.

Dessa forma, encontramos na escola um crescimento do acesso aos

dispositivos móveis pelos alunos, sejam eles de classes mais favorecidas, e até

mesmo pelas classes menos favorecidas. Muitos, embora tenha o recurso

tecnológico, acabam não usufruindo desta ferramenta didática, tão pouco acreditam

que através dela podem melhorar leitura e a escrita, consequentemente estar mais

preparado para o mercado profissional.

Com isso surgi à demanda de desenvolver em sala de aula o uso de

ferramentas computacionais mais apropriadas para a nova proposta de ensino e

aprendizagem.

Essa grande demanda de alunos fazendo uso das ferramentas tecnológicas

exige da “escola novas alternativas de estudos e ensinos” e partindo desse princípio,

devemos acompanhar o desenvolvimento tecnológico e fazer uso das novas

tecnologias em benefícios educacionais.

Sob essa perspectiva, acredita-se que o uso da tecnologia apresenta

desafios para o educador em buscar caminhos que ampliem a qualidade do ensino,

como o uso pedagógico do computador e da Internet no dia a dia do aluno,

objetivando, desta forma, a aproximação da educação com as tecnologias utilizadas

atualmente na escola e na sociedade.

Contudo, compreender sobre o uso da tecnologia no processo de ensino e

aprendizagem dos alunos, tendo como intenções específicas oportunizar pelo uso

da tecnologia, a melhora do desempenho dos alunos em relação à leitura,

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64

interpretação e produção de texto e, ainda, organizar didaticamente o uso da

tecnologia, principalmente, no processo de incentivo da leitura e criatividade dos

alunos nas produções textuais.

Entendido o processo de uso do computador e da internet nas atividades

pedagógicas torna-se acessível um trabalho didático e dinâmico em sala de aula

para proporcionar aos nossos alunos o manuseio dessas ferramentas para fins

educacionais, de conhecimento acadêmico, acompanhamento tecnológico e para a

formação profissional.

5.2 Objetivos

Socializar atividades pedagógica numa perspectiva interdisciplinar utilizando o

computador e a internet como ferramenta pedagógica;

Utilizar a internet como um dos meios eficazes de integração entre a

tecnologia, o conhecimento e o educando;

Possibilitar aos estudantes do 1º ao 5º ano o contato com o computador e a

internet estimulando o desenvolvimento da criatividade e a aprendizagem;

Apresentar aos professores estratégias pedagógicas essenciais ao processo

ensino e aprendizagem numa perspectiva interdisciplinar;

5.3 Atividades pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar

As atividades pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar exigem um

planejamento de aula também na mesma vertente, assim, podemos considerar que

com o uso da tecnologia em educação a mesma pode ser usada como ferramenta

pedagógica utilizável em qualquer disciplina.

5.3.1 Atividade 01: Pesquisa de busca de informação e criação de hipertexto

Objetivos gerais: Estimular a pesquisa na Wikipédia e criação de hipertextos

para garantir aos estudantes o acesso à informação e ampliação do seu

conhecimento as festas juninas;

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65

Objetivos Específicos: Aprofundar os conhecimentos acercadas atividades

comemorativas das festas juninas; analisar e pesquisar elementos

apresentados nos vídeos para enriquecimento do conhecimento; criar

hipertextos ampliando os conhecimento e aprendizagem das tecnologias de

recurso;

Público alvo: 5º ano;

Tempo estimado: quatro aulas de 50 minutos;

Material necessário: texto de apoio ao professor, Vídeos, Computador, Data

show, Internet;

Desenvolvimento das atividades:

1º momento na sala de tecnologia: dispor os alunos em uma roda para que

um clima de diálogo seja criado. O professor faz alguns questionamentos às

crianças sobre os conhecimentos prévios, sobre as festas juninas que

acontece no mês de junho, ou junina se acontecer em julho e Agustina se

acontecer no mês de agosto. Se já participaram da dança? Se sabem a

origem da dessa cultura? Se vêm as diferenças entre as festas juninas de

outros estados para a região onde vive? Etc. Passar vídeos com imagens de

apresentações de dança típicas dessas festas.

2ºmomento: Dividir a turma em grupo. Solicitar que em grupo os alunos

pesquisem no site: Wikipédia sobre as festas juninas. A pesquisa deve ser

levantada abrangendo: origem, cultura trajes, comidas típicas, danças, etc.

Pesquisar também em outros sites de busca de informações sobre as maiores

festas juninas existentes e onde existem.

3ºmomento: Os alunos farão uma produção de texto no editor de texto, sobre

os conhecimentos obtidos sobre o tema e relatando as importâncias da

tecnologia para o aprendizado obtido e as dificuldades para o acesso. Criar

hipertextos para o texto. Lembrando que o tema será: Festas juninas.

Explicando os passos para a criação do hipertexto no texto do aluno, sobre o

que é "hiperlink" e sua função. Pedir que salve o texto.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

66

Avaliação: Avaliar a aprendizagens dos alunos, em todo o contexto, quanto à

produção e participação realizada ao longo da sequência das atividades

proposta desenvolvidas.

5.3.2 Atividade 02: Criando e-mails e enviando cálculos da tabuada para os amigos.

Objetivo geral: incentivar o uso da internet para a ampliação do

conhecimento em cálculos e entretenimento em rede social;

Objetivos específicos: estimular o aprendizado de cálculos com recurso da

tecnologia; criar e-mail para interação entre alunos; desenvolver a capacidade

de cálculo da tabuada utilizando planilhas; compartilhar com os colegas o

aprendizado obtido na aula de tecnologia.

Público alvo: 4º ano;

Tempo estimado: cinco aulas de 50 minutos;

Material necessário: computador, data show, internet.

Desenvolvimento das atividades: em roda de conversa questionar se os

alunos quem tem e-mail? Se utilizam com frequência? Para que finalidade?

Se os alunos não têm e-mail. Pedir que criem uma conta de e-mail ensinando

passo a passo o processo para a criação da conta. No datashow explicar as

várias contas existentes de e-mail e as mais utilizadas. Explicar as funções

existentes; ex.: hotmail é muito utilizado para o bate papo no msn. E o gmail

tem muitas outras funções para o melhor aprendizado do aluno, tendo

também o bate papo para interação com outras pessoas, etc. Explicar aos

alunos a linguagem usada pelos usuários da internet. Lembrando que a

linguagem formal escrita jamais mudará o que mudou foi a linguagem criada

pelos usuários da rede por motivos de diminuir os caracteres na escrita. Obs.:

criar uma conta no gmail e outra no hotmail. Adicionar os colegas da sala.

Utilizar a planilha eletrônica para calcular a tabuada; explicar aos alunos a

abertura da ferramenta; a criação de plano de fundo; renomear a planilha

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

67

título da planilha; explicar a utilização da formula para adição das células.

Para obter o resultado da tabuada; pedir que em grupo façam o cálculo na

planilha da tabuada do 2 e 5; da tabuada 3 e 6, 4 e 7 usando as formula nas

células da planilha: exemplo: a2*c2, onde a célula a2 representa o número 2

e * representa o sinal de vexes e a célula c2 represente o número 1. Após

digitar a formula e só dar enter. Puxe a setinha até o final que os outros

resultados aparecerão automaticamente. Veja o exemplo: resolvendo a

tabuada: após realizar os cálculos salve em uma pasta com nome da

atividade. E envie para um colega no gmail.

Avaliação: avaliar os alunos em todo o desenvolvimento das atividades.

Verificando a aprendizagem do aluno nas atividades propostas.

5.3.3 Atividade 03: Bullying Escolar

Objetivo geral: Estimular a cordialidade e o respeito entre os alunos em sala

de aula;

Objetivos Específicos: Conhecer o conceito de Bullying; explicar as

possíveis consequências, em termos físicos e psicológicos, do Bullying; como

se proteger de situações de violências física ou verbal presentes nas Escolas

e em outros espaços.

Público alvo:3º ano;

Tempo estimado: Quatro aulas de 50 minutos;

Material necessário: Computador; Internet.

Desenvolvimento das atividades: Recurso utilizado para essa aula um slide

passo a passo sobre como se procederá a aula. Em cada slide um momento

da aula.

1º Momento: Definição: O que é Bullying?

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2º Momento: Um link onde abrirá o vídeo com depoimentos de pessoas que

sofreram ou sofrem de Bullying. Documentário sobre o Bullying no programa

Altas Horas, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4Us_X30qEl4;

Matéria sobre Bullying exibida no Programa Altas Horas, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=GEZdqDX41rQ&feature=related;

3º Momento: Um questionário sobre os vídeos com as seguintes questões: O

que mais lhe chamou a atenção nos vídeos? Em sua opinião quais

personagens dos vídeos sofreram Bullying? Qual foi a reação desses

personagens? O que há em comum nos dois vídeos? Você conhece alguém

que sofreu ou sofre algum tipo de Bullying?

4º Momento: Dividir a turma em duplas para que realizem a atividade de

cruzadinha com a palavra VIOLÊNCIA. Está estará disponível no slide para

completarem. As palavras que completam a cruzadinha são: vergonha,

apelidos, simbólica, Bullying, violência, dominação, combater, humilhação,

velada.

1) V __ __ __ __ __ __ __ 2) __ __ __ __ I __ __ __ 3) __ __ __ __ O __ __ __ __ 4) __ __ __ L __ __ __ __ 5) __ __ __ __ Ê __ __ __ __ 6) __ __ __ __ N __ __ __ __ 7) C __ __ __ __ __ __ __ 8) __ __ __ I __ __ __ __ __ __ 9) __ __ __ A __ __

No entanto essa não será uma cruzadinha comum. Os alunos terão algumas

palavras disponíveis para procurar e preencher a cruzadinha. Após essa etapa,

caberá aos alunos construir os enunciados para cada palavra encaixada na

cruzadinha. Para auxiliar os alunos nessa tarefa, acesse o endereço abaixo que

orienta sobre como construir cruzadinhas. No site disponível explica como fazer a

cruzadinha no Word, mas esta cruzadinha terá que ser feita no impress. "Como

criar uma cruzadinha?", disponível em:

http://vanusaviana.blogspot.com/2008/04/como-criar-uma-cruzadinha.html. Após o

preenchimento da cruzadinha, os alunos deverão construir os enunciados das

palavras, como por exemplo: As pessoas que recebem apelidos podem sentir...

(vergonha). Assim, os alunos dão continuidade à tarefa e constroem todos os

enunciados até o número 9 (nove). Após a realização da cruzadinha, explorar com

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os alunos: Vocês tiveram dificuldade nessa tarefa? Na sua percepção as palavras

encontradas estão diretamente relacionadas ao tema trabalhado nessa aula? O que

vocês aprenderam a partir dessa atividade?

Avaliação: Professora pergunta aos alunos sobre os sentimentos

mobilizados durante essa aula e procure identificar se lidaram com seriedade

mediante o tema. Solicite que produzam um texto contendo informações

sobre como as pessoas devem agir para se protegeram da violência muito

presente na atualidade.

5.3.4 Atividade 04: Minha história Minha vida!

Objetivo geral: Conhecer a árvore genealógica descobrindo o significado dos

nomes através de pesquisas na internet;

Objetivos Específicos: Pesquisar informações pessoais; Inferir o sobre a

importância da família de cada criança nos dias de hoje;

Público alvo:2º ano;

Tempo estimado:03 aulas;

Material necessário: cartolina, papel cartão, pincel, canetão, laboratório de

informática e fotos de familiares;

Desenvolvimento das atividades:

1º momento: pesquisa e anotações com familiares acerca de informações

pessoais;

2ª momento: criar a árvore genealógica;

3º momento: descobrindo o significado de cada nome no laboratório de

informática;

4º momento: confeccionar juntamente com os alunos os familiares de cada

um cartazes e apresentações no power point para a socialização das

atividades;

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Avaliação: Para alguns alunos, conhecer sua árvore genealógica nem

sempre pode trazer sentimentos positivos, por isso, devemos antes de iniciar

um trabalho como este buscar informações sobre os familiares de cada aluno.

5.3.5 Atividade 05: Curiosidade sobre os insetos

Objetivo geral: aprender informações sobre os insetos conhecidos;

Objetivos Específicos: aprender sobre os insetos, benefícios e malefícios;

anotar as curiosidades em seus cardemos; fazer lista dos insetos estudados;

expor oralmente algumas curiosidades sobre os insetos em outras turmas;

Público alvo:1º ano;

Tempo estimado:02 aulas;

Material necessário: Data show para apresentação em power point,

gravação de voz de alguns insetos, laboratório de informática;

Desenvolvimento das atividades:

1º momento: pedir para os alunos falarem o nome de alguns insetos e

pesquisarem na internet fotos, seus benefícios e malefícios e depois no power

point apresentar os insetos que serão estudados;

2º momento: utilização de gifs animados, animação e transição no laboratório

de informática para os alunos visualizarem as curiosidades;

3º momento: através do datashow apresentar os power point com as

curiosidades para serem anotadas.

Avaliação: conhecimento dos insetos e sistematização de importância de

cada um para o equilíbrio ambiental.

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CONCLUSÃO

Este estudo o qual teve como tema “As dificuldades encontradas pelos

professores para o uso do computador e internet na sala de aula, na EMEF Nicolau

Neris da Silva efetivou-se a partir da apropriação das situações observadas durante

a pesquisa e as realidades existentes na escola durante anos, assim sendo,

detectou-se que os professores em sua maioria não utilizam o computador e nem a

internet na sala de aula.

Identificou-se também que os desafios da educação no contexto atual e o

uso das tecnologias na educação por parte dos alunos é bastante frequente, porém,

os professores no dia a dia da escola não fazem uso de tais ferramentas

pedagógicas essenciais.

A partir da pesquisa foi possível discorrer acerca de como se estrutura a

educação e as tecnologias na perspectiva das políticas públicas na atualidade, e

contudo foi detectado que a escola pública em detrimento de diversos fatores não

assegura ao seu público-alvo a inclusão digital dos alunos e nem dos professores,

ou seja, os investimentos na área da tecnologia ainda são extremamente precários.

Analisou-se ainda, como se efetiva o uso do computador e da internet na

sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva na perspectiva dos professores, a partir

da produção de dados durante a pesquisa de campo podemos afirmar que o

computador e a internet raramente fazem parte do dia a dia da referida escola, uma

vez que o Laboratório de Informática possui um quantitativo insuficiente de

máquinas par ao uso dos alunos e a internet não funciona desde a instalação dos

computadores.

Os professores em suas respostas afirmam que a escola não dispõe de

computador e de internet para serem utilizados como ferramenta pedagógica pelos

professores, assim, torna-se inviável garantir o acesso ao conhecimento, porque a

escola, tem sala de informática e internet que nunca funcionam, isto é, existe sem

utilidade pedagógica na escola.

Identificou-se ainda, nas falas dos sujeitos que se a escola disponibilizasse

equipamentos para todos os alunos e internet os professores poderiam desenvolver

suas aulas de forma mais dinâmica e atrativa promovendo atividades com filmes,

jogos, gráficos, tabelas, aplicativos, músicas, vídeos, imagens, pesquisas

direcionadas, usos de aplicativos que auxiliem na leitura, escrita, cursos de

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formação na área de computação, bem como a escola deveria ter internet banda

larga a disposição dos professores.

Os professores que tem mais “tempo de serviço” na sua maioria, não sabem

manusear as maquinas, dizem que não tem tempo para estudar essas ferramentas e

encontram muita dificuldade para fazer desses recursos uma ponte para a

realização de atividades interativas e práticas nas suas aulas.

Verificou-se que os professores analisam o descaso dos nossos

governantes em oferecer uma internet banda larga e computadores mais atualizados

com acesso à internet e manutenção dos computadores existentes, assim, eles

contribuem para que as escolas públicas promovam a exclusão digital dos

educandos que nelas estudam.

Observou-se também que a utilização do computador e da internet na escola

só acontece pela boa vontade individual de cada professor. Não existe um

planejamento para se trabalhar no laboratório de informática, pois o laboratório não

funciona e não há um profissional que atenda ali, bem como na escola não se

organizam formações acerca do uso da internet nas atividades pedagógicas com os

professores.

Percebeu-se nas falas dos professores em geral, que o computador e a

internet não têm relevância ao processo de ensino e aprendizagem por parte da

gestão escolar e da coordenação pedagógica da escola, bem como da Secretaria

Municipal de Educação.

Diante da realidade vivenciada na escola campo de pesquisa fez-se

necessário, a apresentação de uma proposta de intervenção explicitando o como

fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como

ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem.

Em suma, podemos afirmar que este estudo servirá de base teórica no

campo acadêmico para realização de novas pesquisas referentes ao uso por parte

do professor do computador e da internet na sala de aula.

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APÊNDICES

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APENDICE – 01 - ROTEIRO PARA COLETAR AS INFORMAÇÕES ACERCA DA

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

1- Nome completo da escola: 2- CNPJ: 3- INEP: 4- Localização: 5- Histórico da escola (resumido): 6- Equipe gestora: 7- Público – Alvo: 8- Quantidade de professores: 9- Quantidade de alunos no geral e por turnos: 10- Quantidade de funcionários em geral e discriminados por funções: 11- Quantidade de turmas em geral e distribuídas por turnos e anos: 12- IDEB: 13- Estatística de 2016 (matrícula inicial e final, aprovação, evasão e repetência): 14- Projetos desenvolvidos na escola: 15- Currículo: 16- Estrutura física da escola (detalhar): 17- Equipamentos tecnológicos: 18- Quantidade de famílias atendidas: 19- Níveis e escolaridades de ensino atendidas na escola: 20- PPP: missão, filosofia, ações e resultados:

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APENDICE – 02 - QUESTIONÁRIO PARA FAZER O LEVANTAMENTO DO

PERFIL DOS PROFESSORES

1- Idade:

2- Tempo de serviço no magistério:

3- Sexo:

4- Escolaridade:

5- Área de formação:

6- Ano de atuação:

7- Vínculo empregatício:

8- Estado Civil:

9- Jornada de trabalho:

10- Formação específica na área de informática:

11- Tempo de atuação na escola:

12- Utilização dos equipamentos tecnológicos para ministrar suas aulas;

13- Utilização da internet nas atividades pedagógicas com os alunos:

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APENDICE – 03 - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA A PESQUISA DIRIGIDA AOS PROFESSORES

1- A EMEF Nicolau Neris da Silva possui sala de informática com os computadores conectados à internet? 2- Você utiliza o computador para ministrar suas aulas? 3- Quais as dificuldades encontradas por você para o uso do computador e da internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? 4- Você participa de formação na área da tecnologia para poder trabalhar com os alunos? 5- Quais os desafios que você tem enfrentado na educação no contexto atual com o uso das tecnologias na educação? 6- Como a EMEF Nicolau Neris da Silva lida com as tecnologias como ferramenta pedagógica? 7- Como você utiliza o computador na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? 8- Como professor você utiliza a internet na sala de aula na EMEF Nicolau Neris da Silva? 9- Que fazer para que o computador e a internet sejam utilizados pelos professores como ferramenta pedagógica auxiliando o processo de ensino e a aprendizagem? 10- Quais as propostas que você sugere para se trabalhar na sala de aula utilizando o computador e a internet como ferramenta pedagógica?

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APENDICE – 04 - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DOS PROFESSORES

1-Como os professores da EMEF Nicolau Neris da Silva ministram suas aulas? 2- Quais os recursos e equipamentos que os professores da EMEF Nicolau Neris da Silva utilizam para ministrarem suas aulas? 3- Quais as dificuldades que você observa que os professores da EMEF Nicolau Neris da Silva possuem para utilizarem o computador e a internet na sala de aula?