UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CCT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – ProPGeo MESTRADO ACADÊMICO EM GEOGRAFIA DAVID HÉLIO MIRANDA DE MEDEIROS AMBIENTES HIPERSALINOS NO LITORAL SEMIÁRIDO BRASILEIRO: ZONA ESTUARINA DO RIO APODI-MOSSORÓ (RN) FORTALEZA - CEARÁ 2016
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIA … · Santiago, Juliane, Guilherme, Denise, Bárbara, Cléo, ... de Natal/RN, pelo sucesso da intervenção cirúrgica ... (1998),
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CCT
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – ProPGeo
MESTRADO ACADÊMICO EM GEOGRAFIA
DAVID HÉLIO MIRANDA DE MEDEIROS
AMBIENTES HIPERSALINOS NO LITORAL SEMIÁRIDO BRASILEIRO:
ZONA ESTUARINA DO RIO APODI-MOSSORÓ (RN)
FORTALEZA - CEARÁ
2016
DAVID HÉLIO MIRANDA DE MEDEIROS
AMBIENTES HIPERSALINOS NO LITORAL SEMIÁRIDO BRASILEIRO:
ZONA ESTUARINA DO RIO APODI-MOSSORÓ (RN)
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Geografia do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para à obtenção do título de mestre em Geografia. Área de Concentração: Análise Geoambiental e Ordenação do Território nas Regiões Semiáridas e Litorâneas.
Orientadora: Profª. Drª. Andrea Almeida Cavalcante. Coorientadora: Profª. Drª. Lidriana de Souza Pinheiro.
FORTALEZA - CEARÁ
2016
Deus e minha família: início de tudo!
DEDICO
AGRADECIMENTOS
À minha mãe Maria Miranda, meu maior exemplo de garra, luta e força de vontade;
“daqui até a eternidade nossos destinos foram traçados”. À minha esposa Mayara
Lílian, fonte de amor, carinho, companheirismo e apoio nos momentos mais difíceis.
Ao nosso filho Davi Miranda, maior orgulho da minha vida, que a sua existência me
estimula a vencer desafios e alcançar sonhos; cada momento ganho forças para ser
o seu herói. Meu irmão Dário Jean, sempre instigando meu aprendizado com as
suas filosofias afiadas; minha cunhada Santana e Anna Deyse (minha sobrinha), que
trouxe o sentido do renascimento de vidas. Meu pai José Hélio, pelos ensinamentos.
Meu sobrinho Iago Miranda, que sempre cresça sem limites. Com muito carinho a
minha irmã Deyse Rose (in memoriam), que me fazia ver que nenhum sonho era um
obstáculo e sim uma meta para ser conquistada. Ao meu sogro, sogra, cunhado e
cunhadas por participar das nossas vidas e apoiar nossos rumos.
À minha orientadora Profa. Drª. Andrea Almeida Cavalcante por compartilhar seus
conhecimentos, pela confiança, palavras de incentivo, atenção e apoio em todos os
momentos dessa caminhada. Tenho certeza que aqui construímos uma amizade
para toda a vida. Muito obrigado!
À minha coorientadora Profa. Drª. Lidriana de Souza Pinheiro, pela grande
importância nas questões teóricas e práticas para pesquisa na minha área de
estudo. Muito obrigado pela sua motivação e confiança.
Ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Peres Teixeira (LABOMAR/UFC) que contribuiu com
valiosas sugestões desde a fase inicial, até a qualificação e defesa. Obrigado por me
atender com bastante dedicação e atenção.
Ao Prof. Dr. Jáder Onofre de Morais pelas contribuições na concretização do
trabalho, na participação nos processos de qualificação e defesa, além da
disponibilização do LGCO para realização da pesquisa.
Ao Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará
pela formação no mestrado, e especialmente aos professores que tive oportunidade
de cursar disciplinas: Cláudia Maria Magalhães Grangeiro (in memoriam), Frederico
de Holanda Bastos, José Meneleu Neto, Juscelino Eudâmidas Bezerra, Lúcia Maria
Silveira Mendes, Marcos José Nogueira de Souza e Otávio José Lemos Costa.
Agradeço as secretárias Adriana e Júlia, que sempre atenderam minhas solicitações
com muito carinho e dedicação.
Aos colegas da minha turma de mestrado (2014) por proporcionar alegrias,
companheirismo e descontração, principalmente a Edigley Macêdo, Joselito
Mago. Tenham certeza que cada linha aqui escrita é fruto das suas participações
para com a construção do meu conhecimento.
Aos professores, funcionários e alunos do curso de Geografia da Faculdade Dom
Aureliano Matos – FAFIDAM/UECE em Limoeiro do Norte/CE, pela ótima
receptividade durante o período de estágio docência.
A todos da Empresa de Recuperação Ambiental – ERA em Caicó/RN, e Sindicato da
Indústria de Sal – SIESAL em Mossoró/RN, pela disponibilização de dados
fundamentais para essa pesquisa. Aos diretores e funcionários da Salina
Miramar/NORSAL em Areia Branca/RN, por compartilhar seus conhecimentos sobre
a área de pesquisa.
As salineiras CIASAL, F. SOUTO, NORSAL, SALINOR, São Camilo e SOCEL pelo
acesso às margens do estuário do Rio Apodi-Mossoró pela área interna das
respectivas empresas.
Aos meus familiares de Fortaleza, que apoiaram desde minha chegada ao Ceará:
Fátima, Albaní, Marjorie, Isabel, Estela, Neudson, Clara e Isaac.
Ao Antônio Ximenes (Tião) pelo apoio nas análises das amostras no LGCO. Ao
motorista Alcion “Piu – Piu” do LABOMAR/UFC pela assistência durante as
atividades de campo.
Ao médico Zeigler Fernandes, de Natal/RN, pelo sucesso da intervenção cirúrgica
na minha coluna (lombar). Ao acupunturista Paulo Nobre, de Mossoró/RN, pelo
eficaz tratamento das minhas dores lombares e concentração mental. Aos
fisioterapeutas Luzia Arcanjo (Mossoró/RN), Niedja Silvestre e Eugênio Júnior
(ambos de Currais Novos/RN), que me possibilitaram rápida reabilitação para
realizar esse trabalho em tempo hábil.
Aos amigos (as) da minha terrinha Currais Novos/RN. Afinal “quem vem da nossa
terra resistência é profissão”.
A CAPES pelo apoio financeiro com a concessão da bolsa de estudos.
E por último, agradeço a “gigante” simpatia, carisma, respeito e acolhimento do povo
do Estado do Ceará.
“Eu sou de uma terra que o povo padece,
mas não esmorece e procura vencer.”
(Patativa do Assaré)
RESUMO
No litoral setentrional do Rio Grande do Norte e Ceará são encontrados ambientes hipersalinos ao longo de algumas planícies fluviomarinhas, como a zona estuarina do Rio Apodi-Mossoró (RN), que representa uma das unidades mais representativas desse sistema ambiental. Esta pesquisa objetiva analisar a polissemia da paisagem estuarina do Rio Apodi-Mossoró a partir das características ambientais integradas que contribuem para a geração de ambientes influenciados por condições hipersalinas. Para tanto, foram desenvolvidos estudos hidroclimáticos regionais e hidrológicos locais, além da análise da distribuição dos sedimentos e cobertura vegetal para posterior integração dessas variáveis para fins de compartimentação e análise do referido ambiente. Os dados hidroclimáticos obtidos foram manipulados através da análise estatística descritiva e multivariada, como da aplicação do método de ponderação pelo inverso da distância (IDW) para elaboração de um mapa da estimativa do perfil médio de ocorrência de chuvas. A caracterização hidrológica foi realizada através das metodologias propostas por Rolim et al. (1998), baseado em um programa para cálculos de balanço hídrico (BH), adotando-se o método de Thornthwaite e Mather (1955); e análises através de testes estatísticos das variações de salinidade das águas, com dados diários dos anos de 2009 a 2013, em 7 estações amostrais distribuídas ao longo do canal estuarino principal. O perfil de distribuição da cobertura vegetal foi tomado a partir da segmentação e análises de imagens orbitais, que foram integradas aos dados de salinidade das águas e dos sedimentos coletados em 10 pontos na planície fluviomarinha, sendo também observados os padrões de sinuosidade do sistema fluvial, para a interpretação adequada dos compartimentos do sistema hipersalino em análise. Os resultados demonstraram que as descargas de água nesse estuário são muitas vezes temporárias, com grandes fluxos na estação chuvosa, sendo seguidos de cinco a dez meses de descarga insignificante (período de estio), permitindo a maior influência das águas marinhas com elevadas perdas líquidas para atmosfera visto aos altos níveis de evaporação e evapotranspiração, constituindo um estuário dominado por marés e causando um perfil longitudinal de salinidade. O trecho da foz (pontos 1-2) apresentou maior domínio das frações de areia. Os demais pontos amostrais, distribuídos entre as margens do canal principal e áreas de planície de inundação, ocorrem o predomínio de sedimentos siltosos. Da foz até o ponto 5, em trechos de baixa sinuosidade (pontos 1-4) e muito baixa sinuosidade (pontos 4-5), sobretudo nas margens convexas do canal principal e com salinidade inferior a 50 ‰, foram encontradas as mais extensas áreas de manguezal. Já os trechos mais sinuosos (pontos 7-8), apresentaram maior salinidade e cobertura vegetal de apicuns/salgados. Assim, a hipersalinidade constituiu-se como principal fator limitante ao desenvolvimento do manguezal, todavia a sinuosidade mostrou-se uma variável importante na distribuição dos sedimentos finos e, portanto, na própria hipersalinização dos solos, repercutindo diretamente na distribuição da cobertura vegetal encontrada. Nesse sentido, para a funcionalidade integrada das características dos sistemas ambientais hipersalinos e dos sistemas econômicos que estão inseridos, torna-se necessário à implantação de ações de manejo e gerenciamento sustentável dos ecossistemas, garantindo a preservação dos recursos naturais oferecidos. Palavras-chave: Semiárido. Ambientes hipersalinos. Estuários. Rio Apodi-Mossoró.
ABSTRACT
In the northern coast from Rio Grande do Norte and Ceará hypersaline environment
can be found along some marine fluvial plains, like Apodi-Mossoró river estuarine
zone, which represents one of the most representative areas of this environment.
This research aims to analyze the polysemy of estuarine landscape of Mossoró-
Apodi river from environmental integrated features that contributes for hypersaline
conditions influenced environments genesis. Therefore, regional hydro-climatic and
local hydrological studies were developed, also sediments and vegetal coverage
distribution were analyzed for further integration of such variables aiming to
environment compartmentation and analyzes. Hydro-climatic data obtained was
manipulated through descritive and multivariate statistics, applying inverse distance
weighing method (IDW) in order to elaborate an estimating map of average rainfall
profile. Hydrological description was accomplished through methodologies proposed
by Rolim et al. (1998), based in a hydrous balance calculation program, adopting
Thornthwaite & Mather (1955) method; and analyzes through statistical variations of
water salinity, with daily data between 2009 and 2013, among seven sample spaces
spread along main estuarine watercourse. Vegetal coverage distribution profile was
obtained from orbital images segmentation and analyzes, which were integrated to
water salinity data and sediments collected among ten points over riverine-marine
plain, also remarking fluvial system sinuous patterns, aiming a correct interpretation
of under analyzing hypersaline environment compartments. Results shows that water
outflow in this estuary are often temporary, with a great flow in raining season,
followed by five to ten months of paltry outflow (drought season), allowing a greater
influence from seawater with high liquid losses for atmosphere as consequence of
evaporation and evapotranspiration high levels, composing a tide quelled estuary
and causing a longitudinal salinity profile. River mouth stretch (points 1-2) presented
larger domain of sand fractions. The other sample points, spread along main
watercourse and flood plains areas, shows silty sediments prevalence. From river
mouth to point 5, in low sinuosity (points 1-4) and very low sinuosity (points 4-5),
especially at convex margins from main watercourse and with salinity under 50 ‰,
the largest mangrove areas were found. The most sinuous sectors (points 7-8),
showed greater salinity and salt flats vegetal coverage. For this reason, hypersalinity
appears as main limiting factor for mangrove development, however sinuosity
emerged as an important variable in fine sediments distribution and, therefore, at
soils hypersalinization itself, directly reflecting at vegetal coverage distribution that
was found. In this sense, for a functional features integration between hypersaline
environments and economic system in which they are inserted, it is necessary to
implant environment handling and management sustainable actions, in order to
Tais ocorrências são comuns em áreas costeiras, de domínio climático
árido e semiárido, de topografia do relevo relativamente plana que se desenvolve em
decorrência do processo de deflação de sedimentos na superfície, ou pela
acumulação de sedimentos em uma lagoa, como a partir da combinação de ambos
os processos (EVANS, 1970; AL FARRAJ, 2005).
Segundo Silva et al.,
“Os depósitos evaporíticos são encontrados hoje em muitas regiões do mundo, sempre em ambientes onde a razão de evaporação excede a razão de precipitação ou outra chegada de água; outro importante fator controlador é a discreta contribuição sedimentar de terrígenos de fora da bacia. Esses ambientes podem ser tanto de características continentais como marinhas, desde desertos até mares hipersalinos. Geralmente, ocorrem nas latitudes de 30° N e S onde os ventos frios descendem, porém podem ocorrer em áreas tão diversas como na Antártica ou em regiões equatoriais onde o clima é controlado por cinturões orográficos” (SILVA, et al., 2000, pág. 338).
No Brasil, inicialmente apenas no litoral de Sergipe e Rio de Janeiro
esses típicos ambientes foram descritos (KJERFVE et al., 1996; PELLEGRINI, 2000;
SILVA, op. cit.). Porém, pesquisas a partir do final da década de 1980 do século XX,
indicam a formação de extensas planícies com solos hipersalinos (Gleissolo sálico -
EMBRAPA, 1999/Solonchaks – FAO, 2006), identificadas ao longo de planícies
costeiras no litoral semiárido brasileiro, entre os Estados do Rio Grande do Norte e
Ceará (e.g. MOREIRA et al., 1989; MENDES et al., 2008; COSTA, 2010; COSTA et
al., 2012) (Figura 8).
O litoral semiárido do Brasil (RN/CE) é caracterizado pela grande
incidência de energia solar, com regime térmico uniforme, marcado por temperaturas
elevadas e pequenas variações no decorrer do ano (NIMER, 1989). Esta situação é
consoante aos fatores geográficos da região, como baixa latitude, baixa altitude,
proximidade do mar e relevo plano a suavemente ondulado (AMARO et al., 2002).
Como consequência, durante a maior parte do ano (período de estiagem)
a maioria dos estuários se tornam hipersalinos, atingindo valores de salinidade
acima de 45 ppm (MIRANDA et al., 2002; SILVA et al., 2009), sendo comum a
ocorrência de extensas planícies hipersalinas nessa zona litorânea (Figura 9)
(BAYLY, 1967; ZACK; ROMÁN, 1988; DE MEDEIROS ROCHA, 2009, 2011; COSTA
et al., 2013).
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Figura 8 - Localização do litoral semiárido do Brasil, delimitado a partir da
precipitação pluviométrica por isoietas.
Fonte: Adaptado de IBGE (2007).
Figura 9 - Planície costeira hipersalina (município de Porto do Mangue - RN).
Fonte: Acervo do LABESA/UFRN (2013).
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Todavia, os ambientes hipersalinos do litoral semiárido brasileiro
constituem complexos sistemas ecológicos de intensas inter-relações bióticas que
permitem o equilíbrio natural dos ambientes a partir da manutenção da
biodiversidade (MMA, 2007 apud DE MEDEIROS ROCHA et al., 2012). Segundo
Costa et al. (2013), esses ambientes estão situados em terrenos planos e/ou
abaciados, frequentemente “encharcados”, retendo água e íons no solo,
aumentando a capacidade de filtragem e regularização da vazão de água na
drenagem local.
French (1997 apud MIRANDA et al., 2012) afirma que áreas inundadas
pela maré podem ter condições propícias para o desenvolvimento de vegetação do
tipo mangue e salt marsh (vegetação da família de gramíneas). Como as áreas
localizadas nas maiores elevações são cobertas na maré alta durante intervalos de
tempo relativamente curtos, elas recebem menos sedimentos e nutrientes do que as
áreas mais baixas. Portanto, nos ambientes mais elevados, a vegetação tende a
crescer com uma taxa menor do que regiões mais baixas. Dessa forma, essa é uma
região que apresenta características particulares, oferecendo ecossistemas que
atuam em cooperação, haja vista a grande interação das dinâmicas ecológicas
(abrigo para animais, fonte de alimentos, etc.) entre o manguezal, estuários e as
lagoas hipersalinas presentes (COSTA et al., 2014).
3.2 CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS ESTUARINOS
De acordo com a recomendação do Geophysics Study Committe (1977
apud MIRANDA et al., 2012), para o termo zona estuarina foi introduzido as
definições de estuários, de tal modo a abranger uma maior variedade de ambientes
costeiros de transição com maior ou menor influência da descarga fluvial e das
marés (baías e enseadas, lagunas costeiras, canais, deltas, etc.).
Os estudos dos ambientes estuarinos são intrínsecos as planícies de
inundação fluviomarinha, resolvidas pelo IBGE (2009) como compartimentos que
ocorrem ao longo do estuário, na forma de superfícies planas a suavemente
inclinadas, situadas a poucos metros acima do nível médio das águas fluviais e/ou
estuarinas, sendo inundáveis em períodos de cheias do rio e durante as marés de
sizígia.
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Diante das suas elevadas propriedades dinâmicas, em resultados dos
agentes naturais marinhos e continentais, os ambientes estuarinos se configuram
como ecossistemas mais produtivos da terra. Esses ambientes servem como área
de abrigo, reprodução, desenvolvimento e alimentação de espécies marinhas,
estuarinas, límnicas e terrestres, tais como crustáceos e peixes marinhos de
interesse comercial e ecológico (ODUM, 1988).
Segundo Miranda et al. (2012), os sistemas estuarinos são de época
geológica muito recente (< 5 mil anos), formado por alterações seculares do nível do
mar de naturezas eustáticas (variações do volume de água dos oceanos) ou
isostática (variações do nível da crosta terrestre), bem como processos de origem
tectônica. Os movimentos nesse ambiente costeiro são gerados por variações do
nível do mar, pela descarga de água doce, pelo gradiente de pressão devido à
influência termohalina da salinidade sobre a densidade, pela circulação da
plataforma continental e pelo vento agindo diretamente sobre a superfície livre. Esse
mesmo autor também indica a importância ambiental dos estuários, uma vez que a
maioria dos materiais gerados pelo intemperismo continental são transportados para
os oceanos pelos estuários.
Os estuários são áreas transicionais das águas fluviais com as águas
oceânicas, e importantes tanto do ponto de vista científico quanto ambiental e
econômico (PINHEIRO, 2003). A elevada potencialidade e vulnerabilidade
socioambiental fazem com que esses ambientes sejam bastante estudados em suas
mais variadas localizações, características e classificações, ao longo do planeta
7 - Apicuns/salgados 43,5 90 Média e Muito baixa Silte
8 - Apicuns/salgados 40,7 94 Muito Baixa e Média
Lama com
cascalho
esparso
- 9 Apicuns/salgados - 80 - Silte
- 10 Apicuns/salgados - > 100 -
Lama com
cascalho
esparso
Fonte: Elaborado pelo autor. * Dados coletados (diários) em momentos de preamar, durante o período de 01/01/2013 a 31/12/2014; ** Dados coletados durante os momentos de maré baixa, entre os dias 10 e 11 de setembro/2015.
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6 CONCLUSÕES
Esta pesquisa contemplou a realização de uma avaliação dos elementos
constituintes da paisagem de uma planície fluviomarinha no litoral semiárido
brasileiro, que apresenta feições heterogêneas quanto às características ambientais
diretamente influenciadas pelas condições hipersalinas, essa como produto da
associação de fatores climáticos, hidrográficos, oceanográficos, geológicos e
geomorfológicos.
O perfil pluviométrico indicou a divisão em sub-regiões pluviométricas
bem definidas: no trecho que engloba o alto curso do Rio Apodi – Mossoró, as
precipitações estão entre 821 a 1.284 mm; os níveis de chuvas entre 742 a 821 mm
dominam maior parte da porção do médio curso; e no baixo curso, foi caracterizado
pelo clima mais seco, uma vez que os índices de chuvas oscilam entre 534 a 742
mm.
O primeiro semestre é o período de maior concentração de precipitação
na zona estuarina, com aproximadamente de 92,5% das chuvas anuais no município
de Areia Branca, 89,8% em Grossos e 92,2% em Mossoró. Por outro lado, o
comportamento caracterizado pela distribuição anual irregular, define o 2º semestre
como período de maior estiagem, quando da manutenção de elevados níveis
acumulados de evaporação, evapotranspiração potencial, insolação, temperatura
máxima e velocidade dos ventos. Esses parâmetros constituíram um grupo similar,
derivado do maior autovalor, possuindo maior potencial de explicação (78,42%),
conforme resultados por ACP. Dessa forma, esse grupo constituinte exerce maior
influência na dinâmica dos ecossistemas associados ao ambiente estuarino
estudado.
A caracterização hidrológica do sistema estuarino, a partir da aplicação do
método proposto por Thornthwaite e Mather (1955), ratificou que a conjuntura de
fatores climáticos tornam o ambiente propenso aos efeitos da deficiência hídrica
(DEF), visto que as taxas de precipitação pluviométrica são menores do que a
evapotranspiração potencial (P < ETP). Somente o mês de abril ocorreu com maior
volume de chuvas suficientes para ser reconhecido como de reposição hídrica (P >
ETP), e caracterizando a um equilíbrio entre ETP e ETR.
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Tais condições conduzem para maiores dificuldades ao desenvolvimento
florístico local, inclusive de vegetais halófitos, como as espécies de mangue, que se
tornam vulneráveis aos efeitos do aumento dos níveis da salinidade nesse sistema
estuarino.
A salinidade das águas apresentaram variações espaciais significativas (p
< 0.001), marcadas por elevação gradativa das concentrações no sentido à
montante. Esse parâmetro tem relação estritamente inversa ao período das chuvas.
Dessa forma, nos anos de 2009 e 2011, marcados por períodos mais chuvosos,
foram registradas concentrações mínimas não detectáveis para a escala de análise
durante alguns períodos (meses) pontuais, entre os pontos 5, 6 e 7.
Por outro lado, como consequência das condições climáticas mais
severas ocorridas entre os anos de 2012 e 2013, houve uma notável frequência de
tendência das concentrações acima de 70‰ para as estações 6 e 7, e sendo
registrado o valor máximo de 83‰ no ponto 4, entre os meses de março - abril/2013.
As concentrações da salinidade apresentaram coeficientes de variações
superiores a 60% para os pontos 5, 6 e 7. O ponto 4 apresentou elevada amplitude,
dado a presença adjacente de canais efêmeros e trecho sinuoso do canal principal.
Essa zona estuarina apresentou um perfil estratificação longitudinal de concentração
da salinidade ao longo do canal principal, com tendência de acréscimo à montante.
Ainda cabe destacar que o ponto 4 permaneceu com concentrações médias
hipersalinas durante quase todo o período, caracterizando como trecho de zona
máxima da salinidade no interior do estuário.
Todavia, ao passo das flutuações dos níveis de salinidade, foi perceptível
a distinção de compartimentos (grupos similares) produzidos pela
concentrações/variações desse parâmetro. Considerando uma taxa aproximada de
25%, a análise de agrupamento mostrou o arranjo entre os pontos 1, 2, 3; os pontos
5, 6 e 7, constituíram outra relativa disposição espacial e temporal entre os níveis da
variável salinidade. Somente a partir de 40% do universo da matriz de dados, o
ponto 4 apresentou maior aproximação com o grupo da porção inferior do estuário
(1, 2 e 3).
O perfil de distribuição da salinidade ao longo da planície fluviomarinha foi
determinante para a seleção de pontos de análise da composição granulométrica e
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intersticial de sedimentos, como pela observação das feições morfológicas dos
canais (sinuosidade) e domínios típicos de cobertura vegetal.
Os segmentos do canal principal com maior sinuosidade provocam
regimes diferenciados quanto aos transportes e depósitos de sedimentos. Nesses
trechos, a menor velocidade de fluxos induz a formação de barras de pontal em
margens convexas, que naturalmente também detém os sedimentos de
granulometria mais fina. Assim, observa-se que os depósitos de sedimentos devam
estar relacionados à configuração do sistema fluvial estuarino, que apresenta baixa
sinuosidade próxima à foz e sinuosidade diferenciada em setores a montante.
A partir dos testemunhos analisados, esboçando uma observação
comparativa com a morfologia dos canais fluviais e o desenvolvimento do
manguezal, conclui-se que a hipersalinidade é principal fator limitante ao
desenvolvimento do manguezal nas margens dos canais, sobretudo em domínios
sinuosos, com formação de barras de pontal e extensas planícies de inundação; e
ao longo de canais secundários, que apresentam elevadas vulnerabilidade aos
processos de hipersalinização nos solos. Acrescenta-se que a sinuosidade mostrou-
se uma variável importante na concentração de finos e, portanto, na própria
hipersalinização dos solos, repercutindo diretamente na distribuição da cobertura
vegetal encontrada.
Portanto, a avaliação de variáveis integradas para produção da
polissemia paisagística nesse ambiente estuarino, através de levantamentos
interdisciplinares que envolvem os aspectos relacionados ao clima, hidrografia,
geologia, geomorfologia, solos e vegetação, contribui como substanciais
informações para que sejam planejadas diversas alternativas de gerenciamento
sustentável quanto ao diversos agentes (naturais e antrópicos) que estão atuando
sobre os respectivos ambientes, respeitando as limitações dos sistemas ambientais
e subsidiando indicativos de usos adequados das suas potencialidades naturais.
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REFERÊNCIAS
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