UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO PROGRAMAÇÃO ALIMENTAR UTILIZANDO RBC Área de Inteligência Artificial por Marcelo Miotto Rudimar Luís Scaranto Dazzi, M.Sc. Orientador Itajaí (SC), novembro de 2006
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
PROGRAMAÇÃO ALIMENTAR UTILIZANDO RBC
Área de Inteligência Artificial
por
Marcelo Miotto
Rudimar Luís Scaranto Dazzi, M.Sc. Orientador
Itajaí (SC), novembro de 2006
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
PROGRAMAÇÃO ALIMENTAR UTILIZANDO RBC
Área de Inteligência Artificial
por
Marcelo Miotto Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: Rudimar Luís Scaranto Dazzi, M.Sc.
Itajaí (SC), novembro de 2006
ii
Dedico este trabalho à minha família que esteve sempre ao meu lado durante esta jornada.
iii
AGRADECIMENTOS
À minha família, Ari meu pai, Leda minha mãe e ao Fernando meu irmão, pelo apoio e
paciência nesta difícil etapa, eles tiveram muita compreensão e me encorajaram a continuar sempre,
e não foram poucas às vezes em que desistir me pareceu a melhor opção.
À minha noiva Susana, pelo amor, paciência e compreensão do tempo que eu precisei
despender neste trabalho, sempre me incentivando e apoiando.
À Karine Jensen, especialista do projeto sem a qual o sistema não teria alcançado os
objetivos, pela disposição como encarou este desafio e o tempo que dispensou em reuniões e à tirar
as minhas dúvidas, que não foram poucas.
À Priscilla Maes Schutel Santos , nutricionista, pela colaboração na validação dos requisitos
do sistema e pelas inúmeras consultas através de email.
À Julia Marques, minha amiga, praticamente uma consultora para tirar dúvidas do tcc,
muitos dos elogios que eu recebi da banca avaliadora foram graças as tuas dicas.
Ao Rudimar, meu orientador, sempre disposto a me ajudar não importando a hora.
Às professoras, Anita Fernandes, pela idéia inicial do trabalho, afinal não fosse isto este
trabalho não existiria e a Tânia Azevedo Leite, pelo tempo dispensado para revisar o abstract.
Aos meus amigos da Seara Alimentos pela força durante todo o período do trabalho.
Agradeço a Deus pela oportunidade de estar sempre evoluindo através de novos desafios.
Por fim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para o sucesso deste trabalho,
muito obrigado, todos vocês foram importantes nesta conquista.
iv
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................vi LISTA DE FIGURAS...............................................................................vii LISTA DE TABELAS .............................................................................viii LISTA DE EQUAÇÕES ...........................................................................ix
ABSTRACT................................................................................................xi 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................12 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................. 13 1.1.1 Formulação do Problema ............................................................................ 13 1.1.2 Solução Proposta .......................................................................................... 13 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................... 14 1.2.1 Objetivo Geral.............................................................................................. 14 1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 14 1.3 METODOLOGIA........................................................................................... 14 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................16 2.1 NUTRIÇÃO .................................................................................................... 16 2.1.1 Avaliação Nutricional .................................................................................. 16 2.1.2 Atividade Física............................................................................................ 22 2.1.3 Transtorno Alimentar.................................................................................. 24 2.1.4 Prescrição Alimentar ................................................................................... 27 2.2 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL.................................................................... 29 2.3 RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS........................................................ 29 2.3.1 Representação do conhecimento ................................................................. 31 2.3.2 Similaridade ................................................................................................. 32 2.3.3 Adaptação..................................................................................................... 35 2.3.4 Aprendizado ................................................................................................. 36 2.4 IMPLEMENTAÇÃO ..................................................................................... 37 2.4.1 Vocabulário de Índices................................................................................. 37 2.4.2 Algoritmo...................................................................................................... 40 2.5 FERRAMENTAS SIMILARES .................................................................... 41 2.5.1 Raciocínio Baseado em Casos uma abordagem Fuzzy para Diagnóstico Nutricional.............................................................................................................. 42 2.5.2 Inteligência Artificial aplicada à Nutrição na prescrição de planos alimentares ............................................................................................................. 42 2.5.3 Prescrição de atividades físicas através do uso da Inteligência Artificial . 43 2.5.4 Dietwin – Software de Avaliação Nutricional............................................. 43
v
2.5.5 Dietpro – Software de Nutrição................................................................... 43 2.5.6 Análise das ferramentas similares............................................................... 44
3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................45 3.1 ANÁLISE DE REQUISITOS ........................................................................ 47 3.1.1 Requisitos Funcionais .................................................................................. 47 3.1.2 Requisitos Não Funcionais........................................................................... 49 3.1.3 Regras de Negócio ........................................................................................ 49 3.2 MODELAGEM DO SISTEMA ..................................................................... 50 3.2.1 Diagrama de casos de uso ............................................................................ 50 3.2.2 Diagrama de classes ..................................................................................... 54 3.2.3 Diagramas de seqüência............................................................................... 56 3.2.4 Telas do Sistema........................................................................................... 59 3.3 MODELAGEM DO BANCO DE DADOS.................................................... 66 3.4 TESTES E RESULTADOS............................................................................ 66
A DIAGRAMAS DO PROJETO............................................................79 A.1 DIAGRAMAS DE CLASSE .......................................................................... 79 A.2 DIAGRAMAS DE CASOS DE USO ............................................................. 80 A.3 DIAGRAMAS DE SEQÜÊNCIA .................................................................. 84 A.4 PROTÓTIPO DE TELAS DO SISTEMA..................................................... 94 A.5 GLOSSÁRIO DO SISTEMA (ABREVIAÇÕES)....................................... 107 A.6 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO (ER)................................ 108 A.7 CASOS INICIAIS DA BASE....................................................................... 109
vi
LISTA DE ABREVIATURAS
AN Anorexia Nervosa ABESO Associação Brasileira para o estudo da obesidade e da síndrome metabólica BN Bulimia Nervosa CFN Conselho Federal de Nutricionistas ER Entidade Relacionamento IA Inteligência Artificial IMC Índice de Massa Corporal FAF Fator Atividade Física FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations GENTA Grupo de Estudos em Nutrição e Transtornos Alimentares HTML Hyper Text Markup Language Kcal Quilocaloria LOG Logaritmo MMC Massa Magra Corporal PHP Personal Home Page RBC Raciocínio Baseado em Casos SESI Serviço Social da Indústria RCQ Relação Cintura Quadril TCC Trabalho de Conclusão de Curso UML Unified Modeling Language UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí WHO World Health Organization
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Equilíbrio da composição corporal..................................................................................17 Figura 2. Pirâmide da atividade física ............................................................................................23 Figura 3. Pirâmide Alimentar.........................................................................................................28 Figura 4. Ciclo de RBC .................................................................................................................30 Figura 5. Visão macro do sistema ..................................................................................................45 Figura 6. Projeto visão do nutricionista..........................................................................................46 Figura 7. Projeto visão do paciente. ...............................................................................................47 Figura 8. Casos de uso da avaliação nutricional .............................................................................51 Figura 9. Casos de uso da prescrição alimentar. .............................................................................52 Figura 10. Casos de uso do acesso ao sistema via internet..............................................................53 Figura 11. Educação Alimentar .....................................................................................................54 Figura 12. Diagrama de classe (principais classes do projeto) ........................................................55 Figura 13. Diagrama de seqüência do caso de uso UC02. 04 – Avaliação nutricional.....................57 Figura 14. Diagrama de seqüência dos casos de uso UC03. 01 e UC03. 02 – Prescrição alimentar.58 Figura 15. Diagrama de seqüência do caso de uso UC05.01 – Acessar sistema internet .................58 Figura 16. Tel0003 – Acesso ao Sistema........................................................................................59 Figura 17. Tel0000 – Menu Principal.............................................................................................60 Figura 18. Tel0001 – Cadastro do Paciente. ...................................................................................61 Figura 19. Tel0025 – Menu da avaliação nutricional......................................................................62 Figura 20. Tel0002 – Cadastrar índices e medidas do paciente.......................................................63 Figura 21. Tel0013 – Prescrição alimentar por grupo de alimentos. ...............................................64 Figura 22. Tel0012 – Consulta à tabela de substituição de alimentos .............................................65 Figura 23. Tel0031 – Consultar Educação Alimentar. ....................................................................65 Figura 24. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 1. ...............................................................67 Figura 25. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 2. ...............................................................68 Figura 26. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 3. ...............................................................69 Figura 27. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 4. ...............................................................70
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Pregas cutâneas mais usadas na prática clínica ...............................................................18 Tabela 2. Densidade corporal aproximada .....................................................................................19 Tabela 3. Taxa Metabólica Basal – Classificação...........................................................................20 Tabela 4. Classificação Cintura x Quadril ......................................................................................21 Tabela 5. Faixas do IMC ...............................................................................................................21 Tabela 6. Fator Atividade Física (FAF)..........................................................................................22 Tabela 7. Índices e Pesos dos índices.............................................................................................38 Tabela 8. Atribuição de valores ao atributo Sexo ...........................................................................38 Tabela 9. Atribuição de valores ao atributo TMB...........................................................................38 Tabela 10. Atribuição de valores ao atributo Atividade Física........................................................39 Tabela 11. Atribuição de valores ao atributo NET (TMB x FAF)...................................................39 Tabela 12. Atribuição de valores ao atributo RCQ .........................................................................39 Tabela 13. Atribuição de valores ao atributo IMC..........................................................................40 Tabela 14. Tabela com casos exemplo ...........................................................................................40 Tabela 15. Análise de ferramentas similares ..................................................................................44 Tabela 16. Características Caso Entrada 1......................................................................................67 Tabela 17. Características Caso Entrada 2......................................................................................68 Tabela 18. Características Caso Entrada 3 .....................................................................................69 Tabela 19. Características Caso Entrada 4......................................................................................70
MIOTTO, Marcelo. Programação alimentar utilizando RBC. Itajaí, 2006. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2006. A qualidade de vida hoje é um dos principais objetivos para as pessoas, e a alimentação é um elemento fundamental para alcançar esta meta. Os hábitos alimentares podem proporcionam uma vida saudável ou então um conjunto de problemas, sejam eles psíquicos ou físicos. Os nutricionistas, principais responsáveis pela orientação alimentar, têm se utilizado de sistemas computacionais para agilizar e melhorar a qualidade das prescrições. Para tratamentos alimentares além de uma avaliação nutricional eficiente e uma prescrição adequada, é necessário um estímulo psicológico ao paciente para mantê-lo no tratamento. Esta necessidade motivou o desenvolvimento deste sistema que permite ao paciente estar em contato com o nutricionista através da internet, e não somente nas consultas pessoais, sendo que esta característica permite uma importante interação ao sucesso do tratamento. Outra característica do sistema é a utilização do conhecimento adquirido em avaliações nutricionais anteriores, assim os planos alimentares podem ser utilizados como base para novas prescrições. Com a utilização da técnica de Inteligência Artificial (IA) denominado Raciocínio Baseado em Casos (RBC), os casos são recuperados através da comparação de similaridade entre a nova avaliação e avaliações anteriores. Para este projeto foram estudados os principais conceitos da área de Nutrição e os métodos computacionais necessários para o desenvolvimento do sistema. Portanto é apresentada a modelagem do software que foi implementado. Palavras-chave: Raciocínio Baseado em Casos. Nutrição. Prescrição Alimentar.
xi
ABSTRACT
Nowadays life quality is one of the most import objectives for the major of people and the right nutrition is an important element to reach this goal. The food habits can provide a healthy life or a set of troubles, such as psychic or physical. Nutritionists, the main responsibles by food guidance, have used computer systems to move fast and improve the prescription’s quality. For food treatment, besides an efficient nutritional assessment and adequated prescription, psychological stimulation is necessary to keep the pacient with the treatment. This necessity motivated the development of a system which allows the patient contacts the nutritionist by Internet and not only with personal appointments so this feature provides an important interaction to the treatment success. Another feature of the system is the utilization of acquired knowledgement in previous nutritional assessments, thus food plans can be use as base to new prescriptions. With the utilization of the Artificial Intelligence (AI) technique, called Case Base Reasoning (CBR), the cases are recovered with the confrontation of similarity between the new assessment and the previous assessments. The main concepts of Nutrition and the necessary computer methods were studied to development the system for this project. Thus the model of software has been implemented is presented. Keywords: Case Based Reasoning. Nutrition. Food Prescription
1 INTRODUÇÃO
Qualidade de vida é um dos focos de atenção dos profissionais da saúde e vem ganhando
adeptos também entre as demais pessoas. Um dos principais fatores para o bem estar e a saúde é a
alimentação, a qual deve ser adequada a cada indivíduo conforme as suas necessidades. Segundo
Cervato et al. (2004), “Os hábitos alimentares, tal como outras modalidades do comportamento
humano são resultados de várias influências culturais, sociais e psicológicas”. A alimentação diária
é construída baseada em hábitos alimentares, e como nem todos sabem os valores nutritivos dos
alimentos, é preciso orientar para uma melhor seleção dos alimentos que são ingeridos, pois os
nutrientes necessários a uma vida saudável encontram-se em diversos alimentos.
Para auxiliar na orientação alimentar às pessoas comuns, estão sendo utilizados sistemas
computacionais que visam principalmente facilitar o controle e manter atualizadas as informações
de cada indivíduo.
Este projeto é um sistema para geração de planos alimentares para todo e qualquer
indivíduo, independente da necessidade ou desejo, seja para aumento de peso, perda de peso, para
um melhor desempenho na prática esportiva ou simplesmente uma dieta para uma alimentação mais
saudável, e como é quase impossível manter uma vida saudável apenas com uma boa alimentação,
também a recomendação de atividades físicas estará no escopo deste projeto.
No projeto é utilizada a técnica de Inteligência Artificial denominada Raciocínio Baseado
em Casos (RBC). Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003),
Raciocínio Baseado em Casos é um enfoque para a solução de problemas e para o aprendizado baseado em experiências passadas. RBC resolve problemas ao recuperar e adaptar experiências passadas, chamadas casos, armazenadas em uma base de casos. Um novo problema é resolvido com base na adaptação de soluções de problemas similares já conhecidas.
Com isto os planos alimentares definidos para pacientes que obtiveram sucesso no
tratamento podem ser utilizados como base para aqueles pacientes com características semelhantes
na avaliação clínica, com a possibilidade de alteração desta solução e nova alimentação da base de
conhecimento com a mesma.
Este sistema de programação alimentar foi desenvolvido utilizando-se ferramentas web,
disponibilizando o acesso aos pacientes via internet. É uma ferramenta para auxiliar os profissionais
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da saúde, em especial os nutricionistas, na difícil tarefa de elaborar planos alimentares que atendam
as necessidades diárias de alimentação do corpo humano e gostos específicos, bem como a
identificação de obesidade e transtornos alimentares causados pela má alimentação, como anorexia
nervosa e bulimia nervosa.
O acompanhamento do paciente pode ser feito através de informações que o paciente pode
inserir diariamente através da internet, e nas consultas de retorno. Os planos alimentares devem
apresentar alternativa de substituição de alimentos sem perdas de valor nutricional conforme os
padrões, e com as peculiaridades individuais de cada individuo, inclusive em casos que durante o
tratamento possam ocorrer situações como festa, deve ter-se a possibilidade do nutricionista
responsável recomendar alternativas de alimentação, de maneira interativa.
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
1.1.1 Formulação do Problema
Os profissionais da saúde a cada dia fazem consultas e diagnósticos de seus pacientes, mas
este conhecimento nem sempre é reutilizado, seja pela maneira como foi guardado ou pelo próprio
esquecimento. Muito deste conhecimento se reutilizado significaria uma melhora nas prescrições e
tempo de consulta em casos onde as características dos pacientes são semelhantes, dentre estes
profissionais em especial os nutricionistas que precisam elaborar programas alimentares depois de
uma avaliação do paciente através de questionários, cálculos de medidas e exames clínicos. O
acompanhamento dos pacientes é feito nas consultas de retorno que podem ser semanais, quinzenais
ou mensais, e este tempo entre uma consulta e outra pode ser um fator de desmotivação para o
paciente na continuidade do seu tratamento. Nenhum tratamento alimentar terá sucesso se não for
acompanhado por uma educação alimentar, com a devida orientação ao paciente. Além de uma boa
alimentação a prática de exercícios é fundamental para uma vida mais saudável.
1.1.2 Solução Proposta
Foi utilizada a técnica de Inteligência Artificial denominada Raciocínio Baseado em Casos
para o conhecimento do especialista ser otimizado. Por ser um sistema web permite a interação do
paciente com o nutricionista, evitando assim que o acompanhamento do tratamento seja somente
nas consultas de retorno. Esta interação é feita através do cadastro do recordatório da ingestão de
alimentos durante o tratamento, a possibilidade do cadastro de dúvidas referente ao tratamento,
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consulta a tabela de substituição de alimentos, respeitando os gostos pessoais do paciente, além do
acesso a educação alimentar através de dicas, sugestões e receitas culinárias atualizadas pelo
nutricionista.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver um sistema inteligente, baseado no conceito de Raciocínio Baseado em Casos,
para avaliação nutricional, recuperando as prescrições alimentares e as recomendações de atividades
físicas. Este sistema também poderá identificar os transtornos alimentares (obesidade, aneroxia
nervosa e bulimia nervosa) causados por má alimentação, durante as avaliações dos pacientes
através de alertas.
1.2.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos deste projeto de pesquisa são:
• Pesquisar e analisar soluções similares;
• Determinar os requisitos exigidos pelo sistema;
• Pesquisar e definir os parâmetros para o RBC;
• Definir as demais tecnologias necessárias à implementação do sistema;
• Realizar a modelagem conceitual do sistema;
• Implementar o sistema;
• Testar e validar a implementação do sistema;
• Homologar o sistema; e
• Documentar o desenvolvimento e os resultados do sistema.
1.3 Metodologia
Para a Fundamentação Teórica as pesquisas foram realizadas para entender os conceitos e
metodologias envolvidas no processo de avaliação nutricional e prescrição alimentar, conhecer os
métodos de Raciocínio Baseado em Casos, ferramentas para desenvolvimento web e algumas
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ferramentas relacionadas ao assunto. Essas pesquisas foram realizadas através de livros, artigos
científicos, sites de instituições de pesquisa, além de trabalhos acadêmicos e entrevista com os
profissionais da área de saúde. As características identificadas nas metodologias e ferramentas
estudadas foram analisadas para serem consideradas no desenvolvimento do trabalho. Procurou-se
apresentar o que deve ser realizado de maneira clara e objetiva em cada uma das etapas deste
trabalho.
O desenvolvimento do Projeto foi iniciado com uma análise de todos os requisitos que o
sistema deveria atender. Alguns desses requisitos foram identificados a partir de carências
encontradas nas ferramentas similares que foram analisadas.
A modelagem do sistema buscou apresentar de uma maneira geral a estrutura de classes e
relações, as principais operações e a seqüência de passos necessários à execução de cada uma delas.
Para isso foram utilizados os diagramas de classes, casos de uso e seqüência, suportados pela UML
(Unified Modeling Language).
Por fim, foi feita a modelagem da base de dados, identificando as tabelas e atributos
necessários ao projeto, através do modelo ER (Entidade Relacionamento).
1.4 Estrutura do trabalho
Este trabalho está estruturado em quatro capítulos. O Capítulo 1, Introdução, apresentou
uma descrição geral do trabalho. No Capítulo 2, Fundamentação Teórica, é apresentada uma revisão
bibliográfica sobre os principais conceitos e técnicas envolvidos no processo de avaliação e
prescrição de planos alimentares, sendo apresentadas neste capítulo ainda a técnica de Inteligência
Artificial denominada Raciocínio Baseado em Casos, as ferramentas similares existentes, bem
como a fundamentação teórica da fase de testes da usabilidade do sistema proposto. O Capítulo 3
apresenta o projeto desenvolvido, incluindo sua especificação e uma pré-modelagem em UML. Esse
capítulo também discute como foi implementado o sistema proposto, apresenta a metodologia
utilizada no desenvolvimento. No Capítulo 4 apresentam-se as considerações finais, onde são
abordados sucintamente os assuntos apresentados, possíveis problemas, entre outros. Este trabalho
inclui o apêndice, que complementa as informações apresentadas no trabalho, e os materiais em
anexo.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Nutrição
Segundo Krause e Mahan (1991) “a nutrição é o processo pelo qual os seres vivos recebem e
utilizam os alimentos necessários para a manutenção de suas funções e para o crescimento e
renovação de seus componentes”. A alimentação é algo natural para os seres humanos e faz parte do
seu dia a dia, pois todos os seres vivos necessitam de alimentos para preservar a vida. Nos dias
atuais a preocupação com a alimentação tornou-se cada vez mais acentuada, e para Cândido e
Campos (1995) termos como “diet”, baixas calorias, açúcar, colesterol, edulcorantes artificiais e
assemelhados começam a fazer parte do vocabulário quotidiano de um número crescente de pessoas
de todas as camadas sociais.
A alimentação adequada para Philippi e Alvarenga (2004) deve suprir as necessidades
nutricionais do individuo, por isto não deve ser baseada em restrições alimentares, mas conter
alimentos variados, em quantidades e proporções adequadas, levando em consideração o horário das
refeições que devem ter um padrão mínimo. Reis (2001) considera que a busca pelo bem estar do
individuo através de uma dietoterapia individualizada e adequada tem sido aplicada, ficando
comprovado que a nutrição apropriada evita o surgimento de doenças, aumentando a qualidade de
vida das pessoas.
2.1.1 Avaliação Nutricional
Para Krause e Mahan (1991) a avaliação nutricional serve para medir a influência da
nutrição na saúde do indivíduo. Segundo Anderson et al. (1988), na avaliação nutricional é possível
identificar as metas do indivíduo em relação à dieta.
Segundo Correia (1996) para serem alcançados alguns objetivos como a manutenção do
peso e da composição corporal, por exemplo, é necessário um adequado suprimento de energia. A
ingestão inadequada de energia leva a uma diminuição do peso corporal, como um excesso de
ingestão de energia vai resultar num aumento de peso corporal como demonstrado na Figura 1.
17
Figura 1. Equilíbrio da composição corporal
Fonte: Adaptado de Correia (1996).
Segundo Krause e Mahan (1991), para uma avaliação nutricional completa os aspectos que
seguem são considerados:
• Anamnese alimentar e dados de ingestão: o registro da ingestão alimentar do indivíduo
é avaliado através dos métodos de abordagem de ingestão dietética sendo o questionário
de 24 horas; o questionário de freqüência de uso de alimentos; o questionário seletivo de
freqüência de uso de alimentos; e a anamnese alimentar. Um exemplo dos questionários
citados encontra-se no Anexo I.1;
• Dados bioquímicos: as condições nutricionais do individuo podem ser obtidas pelo
exame do plasma, glóbulos vermelhos e brancos, urina ou tecidos ( fígado, ossos,
cabelos e unhas). Tecidos como cabelos e unhas são muito fáceis de obter, e a obtenção
de mais informações de natureza bioquímica destes tecidos, como reflexo da aparência
nutricional, seriam muito úteis. Um exemplo das medidas bioquímicas para avaliação
nutricional encontra-se no Anexo I.2;
18
• Exame clínico: inclui o exame físico, dando-se atenção especial a pele, cabelos, dentes,
gengivas, lábios, língua e olhos. Um exemplo do exame clinico encontra-se no Anexo
I.3;
• Dados antropométricos: de fundamental importância para o acompanhamento do estado
nutricional, principalmente em crianças, adolescentes e mulheres grávidas. Segundo
Correia (1996), os dados antropométricos incluem medidas do peso corporal e estatura,
pregas cutâneas e as circunferências musculares. De acordo com Correia (1996):
Peso Corporal: o peso compreende a soma de todos os componentes corporais, sendo
por isto uma maneira pouco sensível de estimar alterações; e
Pregas Cutâneas: a medida das pregas cutâneas em mais de um local diferente é
utilizada para estimar a densidade corporal, porcentagem da gordura corporal e Massa
Magra Corporal (MMC), porque é um método de simples realização, prático, seguro e
barato. As pregas cutâneas mais utilizadas estão na Tabela 1.
Tabela 1. Pregas cutâneas mais usadas na prática clínica
Pregas Técnica de medida Triciptal Medida no ponto médio entre o processo acromial e o processo
olecâneo da ulna. Deve ser feita na linha média posterior, com a prega paralela ao eixo longitudinal do braço, que deve estar pendendo relaxado ao lado do corpo.
Biciptal Medida no mesmo nível da prega triciptal,só que na parte anterior do braço; o eixo da prega é também longitudinal e deve ser feito centralizado com o meio da fossa cubital
Subescapular Medida 1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula com os ombros e braços relaxados. A prega acompanha a linha natural de clivagem da pele
Suprailíaca Medida 2 cm da crista ilíaca na linha média axiliar, a prega tem sentido horizontal.
Fonte: Adaptado de Heymsfiel et al. (1994 apud CORREIA, 1996)
Para realizar esta avaliação a equação mais utilizada para medir a densidade corporal é a
desenvolvida por Durin e Womersley (CORREIA, 1996). A maneira de como deve ser
feita é apresentada a seguir:
1. Some as quatro pregas para achar o somatório;
2. Compute o logaritmo do somatório; e
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3. Calcule a Densidade Corporal (D) aproximada, usando uma das equações
Nos dias atuais a tecnologia tem diminuído o esforço físico para a realização das tarefas de
um modo geral. Com isso aumentando o sedentarismo que prejudica nosso estado de saúde físico e
mental, reduzindo a capacidade de realizar tarefas rotineiras e a qualidade de vida a médio e longo
prazos, o ser humano precisa manter a atividade física para manter a saúde. A Figura 2 apresenta a
pirâmide da atividade física que de uma forma simples mostra a importância da prática e
regularidade de uma atividade física, de maneira a não prejudicar a saúde [SESI, 200-?] .
Czepielewski (2001) considera como atividade física todo movimento corporal que resulta
em gasto energético, e exercício físico é toda atividade planejada com o propósito de melhorar ou
manter o condicionamento físico.
Ainda para Czepielewski (2001), o exercício apresenta uma série de benefícios, entre os
quais estão:
• a diminuição do apetite;
• o aumento da ação da insulina;
• a melhora do perfil de gorduras; e
• a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.
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Figura 2. Pirâmide da atividade física
Fonte: Parker Nicolletmedical Foundation (1995 apud SESI [200-?])
A atividade física, segundo Sallis e Owen (1999 MARTINS, 2005), pode ser definida como
qualquer movimento corporal. No entanto, quando a atividade física é realizada através dos grandes
grupos musculares (localizados nas pernas e braços), apresenta uma associação mais estreita com
benefícios salutares, sendo passível de ser desenvolvida com intensidades variadas. A inatividade
física, por sua vez, pode ter um impacto determinante na Qualidade de Vida do indivíduo.
Para Delpizzo (1997), o fato de um indivíduo manter atividade muscular por algum tempo
depende basicamente de sua capacidade em extrair energia dos nutrientes, obtidos a partir dos
alimentos ingeridos na forma de carboidratos, gordura e proteínas, e transferi-las para os músculos
ativos. Na redução do estresse, o exercício tem se mostrado tão efetivo quanto as técnicas mais
tradicionais, reduzindo ou até mesmo anulando o uso de drogas prescritas e não prescritas.
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2.1.3 Transtorno Alimentar
Segundo o grupo de estudos em nutrição e transtornos alimentares os transtornos
alimentares são doenças antigas. “A primeira descrição da anorexia nervosa data de 1694 e a
bulimia nervosa recebeu nomes alternativos ao longo da história por falta de uma definição
diagnóstica que só aconteceu em 1980” (GENTA, 2004). Estes transtornos são doenças
psiquiátricas caracterizadas por alterações do comportamento alimentar, geralmente ligadas a uma
imagem distorcida que a pessoa faz de si mesma.
Para Alvarenga (2001), a idéia de que os padrões alimentares nestas doenças são todos
iguais está errada, bem como tratar-se de doenças que atinjam somente as classes sociais mais
elevadas. O comportamento alimentar em ambas as patologias está comprometida. Nas palavras de
Alvarenga (2001), “A literatura sobre abordagem nutricional ainda é escassa, e pouco se sabe sobre
padrões alimentares específicos na doença. Recomenda-se o tratamento com uma equipe
multiprofissional, com a presença do nutricionista”.
Segundo Talbot (1992), o comportamento alimentar irregular é criado e mantido devido às
interações entre os fatores ambientais, psicológicos e fisiológicos.
Segundo Oliva e Fagundes (2001), os profissionais da saúde precisam estar aptos a
identificar e a tratar estas doenças, sempre em conjunto com a psiquiatria.
2.1.3.1 Anorexia Nervosa
Para o grupo de estudos em nutrição e transtornos alimentares (GENTA, 2004), “o termo
anorexia deriva do grego, significando falta de apetite”. A Anorexia Nervosa (AN) é um Transtorno
Alimentar que se caracteriza pela recusa do individuo em manter o peso adequado à sua altura,
medo de ficar com sobrepeso e um distúrbio da percepção da própria imagem, em que a pessoa
considera estar acima do peso, mesmo estando gravemente emagrecida.
Alvarenga (2001), também afirma que,
Alguns fatores podem contribuir para o desencadeamento da doença: comentários de amigos, familiares ou professores sobre o peso ou forma corporal do indivíduo, participação em esportes ou profissões que enfatizam perda de peso ou imagem corporal magra (modelos, ginastas, atrizes, nutricionistas), emoções negativas, traumas e situações estressantes.
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Segundo Correia (1996), alguns critérios para diagnosticar anorexia nervosa são:
• Recusa em manter um peso corporal normal;
• Perda de mais de 15% do peso corporal;
• Distúrbio da imagem corporal;
• Temor intenso de ficar gorda;
• Amenorréia; e
• Nenhuma outra doença que justifique a perda de peso.
2.1.3.2 Bulimia Nervosa
Para Phillip e Alvarenga (2004), a bulimia nervosa caracteriza-se por episódios compulsivos
de alimentação seguida de métodos compensatórios e inadequados para evitar o ganho de peso.
Dentre os transtornos alimentares a bulimia nervosa apresenta o quadro com maior número de
casos, principalmente em jovens do sexo feminino.
Segundo Romano (2002), estes episódios compulsivos são descritos como a ingestão de
grande quantidade de alimento em um curto espaço de tempo. “Pacientes com bulimia podem
chamar de compulsivo o episódio onde ingerirem alimentos que elas considerem proibidos”.
Para Alvarenga (2001), “a Bulimia Nervosa é um quadro que apresenta profundas alterações
do padrão e comportamentos alimentares, com implicações etiológicas que passam por mudanças
no perfil alimentar e no padrão de peso e corpo ideal”.
Para Correia (1996), o diagnóstico de bulimia deve ser pensado quando nos deparamos com
pacientes que apresentam lesões de pele nas mãos e sobre o dorso causadas pelo trauma de induzir
os vômitos. Alguns critérios para diagnosticar a bulimia nervosa são:
• Episódios recorrentes de abusos alimentares;
• Quadro depressivo após esses episódios de abusos alimentares;
• Consciência de ter padrão alimentar alterado; e
• Medo de não conseguir mudar esse padrão alimentar.
26
Pelo menos três dos seguintes:
• Consumo de alimentos hipercalóricos durante um dos episódios de abuso alimentar;
• Ao final do abuso alimentar, dor abdominal, sono e vômitos;
• Não reconhecimento da quantidade de alimentos ingeridos durante o abuso alimentar;
• Tentativas repetidas de perda de peso; e
• Flutuações freqüentes de peso.
2.1.3.3 Obesidade
Segundo o grupo de estudos em nutrição e transtornos alimentares (GENTA, 2004),
Há duas décadas a obesidade era considerada o único transtorno alimentar de maior importância, entretanto, o aumento dos casos de anorexia nervosa (AN), a partir da década de 70 e, logo em seguida, de bulimia nervosa (BN), fez com que esta fosse classificada e estudada separadamente, em vista da patologia e os riscos a saúde serem diferentes dos apresentados por pacientes com AN e BN.
Para Katch e Mcardle (1996), “a obesidade frequentemente se inicia na infância. Quando
isso ocorre, as chances para que um adulto se torne obeso é três vezes maiores, se comparadas com
as de uma criança com massa corporal normal”. Porque para a criança torna-se mais difícil livrar-se
do problema , permanecendo com este distúrbio até a fase adulta.
Para Correia (1996), estes são os fatores mais comuns para a obesidade:
• Genéticos;
• Depressão;
• Mudança de hábitos (casamento, cessar atividade física, etc.);
• Gravidez;
• Puberdade;
• Menopausa;
• Interrupção de um vicio (fumo, drogas);
• Uso de algumas medicações (glicocorticóides, anticoncepcionais, antidepressivos); e
• Ambientais.
27
Ainda para Correia (1996), existem algumas doenças associadas a obesidade, estas são as
mais comuns:
• Hipertensão arterial;
• Diabetes;
• Doenças cardiovasculares;
• Elevação da gordura no sangue;
• Perda da auto-estima;
• Dificuldade de se posicionar socialmente, e isto inclui enfrentar as academias de
ginásticas, aulas de dança e práticas de esporte; e
• Tem-se um individuo doente, que ingere mais do que consome e que, como
conseqüência, tem dificuldades de posicionar-se dentro dos padrões sociais atuais.
2.1.4 Prescrição Alimentar
Segundo Anderson et al. (1988), “o consultor em nutrição é responsável pela orientação da
escolha de alimentos das pessoas, seja como indivíduos ou membros de um grupo, onde quer que
elas participem do sistema de atenção à saúde”. As informações sobre as práticas alimentares do
paciente devem ser feitas de modo correto pelo orientador em relação as suas necessidades. Ainda
para Anderson et al. (1988), “como existem muitos tipos de alimentação que podem levar a uma
ingestão adequada de nutrientes, as práticas dietéticas que não se adaptam aos guias nutricionais
não devem ser julgadas inadequadas sem uma estimativa do seu teor em nutrientes”.
Para Anderson et al. (1988),
O cliente que esteve envolvido na avaliação e no planejamento é mais propenso a reconhecer sua necessidade de informação para resolver seu problema nutricional, e o consultor que esteve envolvido com ele no processo está mais apto a fornecer-lhe as informações específicas. Toda a informação que a maioria dos clientes necessita para alcançar um desempenho razoável não pode ser dada em um único contato com o consultor. Requer-se uma continuidade no contato para dar ao cliente a informação de que ele necessita na seqüência apropriada e no tempo certo.
Segundo Pessa (1998), para suprir as necessidades de nutrientes que o nosso organismo
precisa para funcionar adequadamente é preciso selecionar os alimentos e as quantidades. Por este
motivo, as recomendações nutricionais foram definidas para orientar as pessoas sadias nas
28
quantidades que são necessárias dos vários nutrientes. Por isto, “uma vez estabelecido que os
nutrientes desempenham papel fundamental no organismo e que, portanto, são essenciais à nutrição
humana, uma questão importante é determinar o quanto cada pessoa necessita de um nutriente
específico” (PESSA, 1998).
Nas palavras de Pessa (1998), os conceitos básicos mostrados no guia alimentar da pirâmide
( Figura 3) são:
Figura 3. Pirâmide Alimentar
Fonte: Philippi et al. (1999 apud GENTA, 2004)
• Variedade: revela que se deve ter o consumo de grande variedade de alimentos dentro de
um grupo e entre os grupos. Dessa forma, o sentido é valorizar e homogeneizar a
importância de todos os grupos alimentares.
• Moderação: orienta que aqueles alimentos ricos em gordura e/ou açúcares adicionados
devem ser ingeridos na quantidade da porção recomendada, e que a ingestão de
gorduras, óleos e doces deve ser feita de forma esporádica.
29
• Proporcionalidade: identificada pelo tamanho dos grupos, ou seja, deve-se consumir
mais daqueles grupos que são maiores e, menos dos grupos menores.
2.2 Inteligência Artificial
Segundo Durkin (1994 apud DELPIZZO, 1997) Inteligência Artificial (IA) é o campo da
ciência que tenta explicar a origem da natureza do conhecimento.
Para Arnold e Bowie (1986 apud RABUSKE, 1995), Inteligência Artificial (IA) é a parte da
Ciência da Computação concernente ao projeto de sistemas computacionais que exibem inteligência
humana: aprender novas informações, entender linguagens, raciocinar e resolver problemas.
Para Feigenbaum (1992 apud FERNANDES, 2003), a Inteligência Artificial (IA) é a parte
da Ciência da Computação voltada para o desenvolvimento de sistemas de computadores
inteligentes, isto é, sistemas que exibem características as quais se associa com a inteligência no
comportamento humano, por exemplo: compreensão da linguagem, aprendizado, raciocínio,
resolução de problemas, etc .
Segundo Luger (2004),
Tentamos definir inteligência artificial através da discussão de suas áreas mais importantes de pesquisa e aplicação. Esta visão geral revela um campo de estudo jovem e promissor, cujo interesse principal é encontrar um modo efetivo de entender e aplicar técnicas inteligentes para a solução de problemas, planejamento e habilidades de comunicação a uma ampla gama de problemas práticos.
2.3 Raciocínio Baseado em Casos
Para Fernandes (2003), “o processo característico do RBC, Raciocínio Baseado em Casos,
consiste em identificar o problema atual, buscar a experiência mais semelhante na memória e
aplicar o conhecimento desta experiência passada no problema atual”.
Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003), o RBC resolve problemas utilizando as
experiências passadas, que ficam armazenadas em uma base de casos, e os novos problemas são
resolvidos com base na adaptação de soluções similares já conhecidas.
Abel (1996) informa que para um domínio particular os problemas a serem resolvidos
tendem a ser recorrentes e repetir-se com pequenas alterações em sua versão original. Desta forma,
soluções anteriores podem ser aplicadas também com pequenas alterações.
30
Para Kolodner (1993), a qualidade de um RBC depende dos fatores abaixo:
• a experiência que tenha tido;
• sua habilidade de compreender novas situações nos termos das experiências passadas;
• sua competência de adaptação;
• sua competência de avaliação e conservação; e
• sua habilidade para integrar novas experiências na memória apropriadamente.
O ciclo do Raciocínio Baseado em Casos é demonstrado na Figura 4, onde um novo
problema é comparado com os casos da base. Um ou mais casos similares são recuperados e uma
solução sugerida pela similaridade pode ser então reutilizada, sendo esta solução revisada e
armazenada.
Figura 4. Ciclo de RBC
Fonte: Adaptado de Aamodt e Plaza (1994 apud WATSON e MARIR 2000 ).
31
2.3.1 Representação do conhecimento
O conhecimento em um sistema RBC é representado por casos (WANGENHEIN,2003).
Para Buta (1997 apud FERNANDES, 2003) um caso é uma abstração de uma experiência, que deve
estar descrita em termos de conteúdo e contexto. Estas experiências precisam ser organizadas em
unidades bem definidas, formando a base de raciocínio ou memória de casos.
2.3.1.1 Caso
Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003), um caso é uma peça de conhecimento
contextualizado representando uma experiência ou episódio concreto. Contém a lição passada, que é
o conteúdo do caso e o contexto em que a lição pode ser usada, sendo um caso composto do
problema e da solução.
Para Kolodner (1993) um caso é composto de três partes: a descrição do problema, ou a
situação que deve ser entendida, a descrição da solução e o resultado, que é a saída da solução do
problema.
Os componentes da representação do problema para Kolodner (1993) são: objetivos a serem
alcançados na solução do problema, restrições dos objetivos e características da situação do
problema e os relacionamentos entre as partes.
Os componentes da representação da solução para Kolodner (1993) são: a própria solução, o
conjunto de passos utilizados para a solução do problema, o conjunto de justificativas para as
decisões que foram tomadas na construção da solução do problema, soluções aceitáveis que não
foram escolhidas (e as razões e justificativas), soluções não aceitas que estavam fora das regras (e
as razões e justificativas), expectativas dos resultados sobre a solução.
Os componentes da representação das saídas, segundo Kolodner (1993) são: o próprio
resultado, se o resultado contemplou ou violou as expectativas, se o resultado foi um sucesso ou um
fracasso, explanação da expectativa de violação e/ou falha, reparar a estratégia, o que poderia ter
sido feito para evitar o problema apontar para a próxima tentativa de solução.
2.3.1.2 Representação dos casos
O problema na representação de Raciocínio Baseado em Casos é essencialmente o que se
deve guardar de um caso, a estrutura apropriada para a descrição do mesmo e como a memória de
32
casos deve ser organizada e indexada para efetuar satisfatoriamente a recuperação e reutilização
(FERNANDES, 2003).
As formas de representação de casos, segundo Wangenheim e Wangenheim (2003), são:
representações atributo-valor, representação orientada a objetos, árvores e grafos, redes semânticas,
árvores K-D. A mais simples forma de representação de casos é a realizada por vetores atributo-
valor. Esta forma resolve uma grande parcela dos problemas de aplicação de RBC. Em casos em
que a complexidade do domínio é maior, representações orientadas a objetos e outras podem ser
utilizadas.
2.3.2 Similaridade
A similaridade é o ponto crucial do RBC, pois todo raciocínio que dá fundamento a esta
técnica está aqui. A avaliação é feita comparando-se os casos candidatos com o caso a ser
solucionado, sendo que a semelhança das características é que irá determinar a similaridade entre
eles (DELPIZZO, 1997).
Uma das hipóteses básicas de sistemas de RBC é que problemas similares possuem soluções
similares. Com base nesta hipótese, o critério a posteriori da utilidade de soluções passa a ser
reduzido ao critério a priori da similaridade de descrições de problema. Esta forma de proceder é
justificada pela premissa de que, em muitas aplicações, a similaridade de definições de problemas
implica a aplicabilidade da solução de um sobre outro (WANGENHEIM e WANGENHEIM ,2003).
A solução descrita em um exemplo de caso escolhido pode ser útil para um novo problema
(ibidem), caso ela:
• Permita a solução do problema atual de alguma forma;
• Evite a repetição de um erro anterior;
• Permita uma solução eficiente do problema, que seja mais rápido do que, por exemplo,
utilizar uma heurística passo a passo para calcular uma solução;
• Ofereça a melhor solução para o problema de acordo com um critério de otimalidade
qualquer; e
• Ofereça ao usuário uma solução cuja lógica possa ser compreendida por ele.
33
Para Wess (1995 apud WANGENHEIM e WANGENHEIM 2003) no RBC se pode
formalizar o conceito de similaridade por meio de três formas diferentes:
• Similaridade como Predicado;
• Similaridade como Relação de Preferência; e
• Similaridade como Medida.
A primeira idéia concebe similaridade como uma relação entre os objetos ou fatos, que
existe ou não existe. A segunda pressupõe a idéia de uma similaridade maior ou menor, enquanto o
terceiro enfoque postula a quantificação da extensão dessa semelhança.
2.3.2.1 Indexação
Os índices de um caso são combinações de seus atributos mais importantes, que permitem
distingui-lo de outros e identificar casos úteis para uma dada descrição de problema
(WANGENHEIM e WANGENHEIM, 2003).
Segundo Kolodner (1993) o grande problema em um RBC é retornar os casos apropriados.
Para esta indexação existem dois problemas, que são o de colocar um rótulo no caso no momento
em que ele está entrando na biblioteca de casos para assegurar que possa ser lido no momento
adequado e o segundo é que a busca possa ser feita através desta biblioteca de casos de maneira
eficiente e correta.
Algumas diretrizes que levaram a comunidade RBC a escolherem alguns índices:
• Índices devem ser preditivos;
• Predições devem ser possíveis de serem feitas para ser um índice útil;
• Índices devem ser abstratos o suficiente para fazer um caso útil em uma variedade de
situações futuras; e
• Índices devem ser concretos o suficiente para serem facilmente reconhecidos em
situações futuras. (ibidem)
Ainda para Kolodner (1993) as qualidades que um índice deve ter são: características
preditivas, abstração dos índices, solidez dos índices e utilidade dos índices.
34
2.3.2.2 Recuperação
Os procedimentos para igualar e classificar os casos podem ser de três tipos: numéricas,
heurísticas e ambos. Os procedimentos numéricos dependem de uma validação numérica que use
relativa importância da dimensão e o grau de similaridade de cada uma para computar uma
contagem, e os procedimentos heurísticos aplicam preferências sobre o conjunto de casos que estão
sendo classificados para filtrar o mais útil de acordo com o critério de preferência (KOLODNER,
1993).
O objetivo da recuperação de casos é encontrar um caso ou um pequeno conjunto de casos
na base de casos que contenha uma solução útil para o problema ou situação atual. O processo de
recuperação de casos pode ser formalmente descrito por meio de um conjunto de subtarefas que
devem ser realizadas pelo sistema RBC:
• Assessoramento da situação objetivando a formulação de uma consulta representada por
um conjunto de descritores relevantes da situação ou problemas atuais;
• Casamento, objetivando a identificação de um conjunto de casos suficientemente
similares à consulta; e
• Seleção, que escolhe o melhor casamento ou casamentos com a base no conjunto de
casos selecionado (WANGENHEIM e WANGENHEIM, 2003).
O vizinho mais próximo (Nearest Neighbour Retrieval)
Segundo Kolodner (1993) cada característica do caso de entrada é comparada com a sua
correspondente nos casos armazenados, o grau de igualdade é computado, e baseado na importância
atribuída para cada dimensão, uma medida de similaridade é calculada.
Para cada característica no caso de entrada.
• Encontre a característica correspondente no caso armazenado;
• Compare os valores e calcule o grau de igualdade;
• Multiplique pelo coeficiente que representa a importância da característica para a
similaridade; e
• Adicione os resultados que derivarem ao total.
35
Este número representa o grau de similaridade entre o novo caso e o caso armazenado. Um
caso pode ser escolhido, escolhendo o item com o maior total.
Para Reis e Cargnin (1997) como é uma técnica simples não requer muitos cálculos para o
seu entendimento. Deve-se identificar as características essenciais para a solução do problema,
sendo que estes atributos devem ser representados em algum sistema de coordenadas, para que seja
possível medir a distância entre o novo problema e os casos já existentes na memória de casos.
Ainda para Reis e Cargnin (1997), “há ainda a possibilidade de um especialista considerar
outros fatores além dos selecionados, fazendo com que os atributos tenham importâncias (pesos)
diferenciadas”. A similaridade neste método se expressa através da fórmula da Equação 6.
( ) ( ) i
n
iii wxFNfFNdedeSimilarida �
−=
1
,, Equação 6
Onde: N é o novo caso; F são os casos existentes na memória de casos; n é o número de
atributos; i é um atributo individual; ƒ é a função de similaridade para o atributo i nos casos N e F;
w é o peso do atributo i.
2.3.3 Adaptação
Nas palavras de Fernandes (2003) o processo de ajuste da nova situação é incremental,
podendo ser desenvolvida antes ou durante a recuperação. Parte do processo irá ocorrer antes da
pesquisa, parte durante sua avaliação e, sendo a avaliação inicial incompleta, parte ocorre após a
pesquisa, sendo que:
• Existe a necessidade de ajuste da situação para se descobrir o tipo da nova situação, o
que importa nela e as verdades além do motivo;
• É feita a avaliação dos detalhes e interpretação da situação, sendo mais completa a
interpretação que a situação, mas sujeita as mudanças do raciocinador;
• Pessoas podem realizar a interpretação de formas diferentes, como também os
programas;
• Interpretações inexatas geram conclusões pobres; e
36
• Pode haver a necessidade de várias interpretações para encontrar algo satisfatório.
O ajuste da situação pode ser realizado em três etapas:
• Antes da pesquisa: definindo o contexto com o uso de check-list;
• Durante a pesquisa: refinando o contexto incrementalmente; e
• Após a pesquisa: redefinindo o contexto.
Para Wangenheim e Wangenheim (2003) uma vez que o caso recuperado da base pode não
satisfazer completamente os requisitos dados pela nova situação, pode se tornar necessário adaptar a
solução descrita no caso recuperado antes de aplicá-la ao caso atual. A identificação do que
necessita ser modificado pode ser realizada por uma grande variedade de métodos. Algumas vezes,
diferenças entre as especificações dos problemas apontam para a necessidade de se arrumar
determinadas partes da solução antiga (recuperada). Saber o que necessita ser modificado na
solução proposta não é a mesma coisa que determinar quais modificações devem ser realizadas. A
decisão de que partes devem ser modificadas depende da facilidade de modificação de uma
particular parte da solução, de quanto esta modificação vai satisfazer os requisitos de modificação,
dos efeitos colaterais dessa modificação e também de se possuir o conhecimento para realizar esta
modificação.
2.3.4 Aprendizado
Lagemann (1998 apud FERNANDES, 2003) informa que a aprendizagem, em um sistema
RBC acontece, principalmente, ao acumularem-se novas experiências na memória do mesmo e da
correta indexação dos problemas. Um sistema de RBC somente será eficiente ao conseguir aprender
através de experiências passadas e correta indexação dos problemas.
Um sistema, para que consiga aprender, deve ser hábil na identificação do que deve
conhecer e processar esta informação logo que se torne disponível. O processo de aprendizagem
deve explicitar o conhecimento que deseja e realizar um conjunto de ações que aumentam a
oportunidade de encontrar este mesmo conhecimento (FERNANDES, 2003).
Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003) pode-se distinguir basicamente três tipos de
retenção em sistemas de RBC:
37
• Sem retenção de casos: os sistemas de RBC mais simples desconsideram a inclusão
automática de novo conhecimento na base de casos.
• Retenção de soluções de problemas: uma forma de aprendizado típica de RBC é aquela
integrada ao processo de solução de novos problemas. Assim um novo problema é
resolvido, a experiência é retida de forma a auxiliar na solução problemas similares no
futuro.
• Retenção de documentos: outro tipo de retenção é praticada em sistemas de RBC em que
o novo conhecimento é adquirido de forma assíncrona ao processo de solução de
problemas. Aqui o conhecimento é adquirido de forma independente da operação do
sistema, sempre que se encontrar disponível, como, por exemplo, documentos em um
sistema de gerência do conhecimento (WANGENHEIM , LICHTNAW e
WANGENHEIM apud WANGENHEIM, 2003).
2.4 Implementação
Para este projeto será utilizado o método do vizinho mais próximo, dado a sua facilidade de
implementação e ser aplicado a pequenas bases de dados, que possuam aproximadamente cem
casos. Optou-se pela função City-Block, descrita na Equação 7, para o cálculo da distância pois com
os índices numéricos esta equação torna-se simples de ser implementada.
( ) ||, ii FNFNBlockCity −=− Equação 7
2.4.1 Vocabulário de Índices
O vocabulário de índices escolhidos para o projeto são os índices da Tabela 7, sendo que o
peso de cada índice foi definido pelo especialista do projeto1, mas poderão ser alterados no sistema
pelo nutricionista que estiver utilizando-o conforme a necessidade da recuperação, que vai depender
do caso que está sendo avaliado. A seguir também são definidos os valores para cada índice.
Para o nosso exemplo o Caso B possui a menor distância, sendo este o caso mais similar
recuperado.
2.5 Ferramentas Similares
As pessoas sempre usaram instrumentos para aumentar suas habilidades, e o computador se
tornou um instrumento extremamente importante nas atividades de avaliação e diagnóstico
(STEIN, 1991).
O uso da informática vem se popularizando cada vez mais no dia-a-dia dos profissionais da
saúde. O fato vem ocorrendo devido às facilidades que o computador traz no processamento e
acesso as informações (QUADROS; DIAS e MORO, 2004).
Com a necessidade cada vez maior de agilidade e precisão nos diagnósticos de avaliação
nutricional e programação de planos alimentares, os profissionais contam com o apoio de softwares
capazes de realizar estas tarefas, sendo que alguns destes softwares utilizam inclusive técnicas de
Inteligência Artificial, segundo Quadros, Dias e Moro (2004),
Os softwares de nutrição, geralmente contêm fórmulas para avaliação nutricional e gasto energético, inúmeros alimentos e receitas cadastradas com o conteúdo de macro e micro nutrientes para análise e pode conter ou não, sistemas de Inteligência Artificial (IA) que são em grande parte destinados a apoiar os profissionais de saúde nos seus deveres diários, auxiliando-os em tarefas que se baseiam na manipulação dos dados e das informações dos pacientes.
Nesta seção serão apresentadas as ferramentas que se mostraram relevantes ao escopo deste
projeto, sendo feito uma ánalise comparativa entre as características das ferramentas, visando
facilitar o entendimento das mesmas e permitindo que se extraia delas sugestões para solucionar os
problemas deste projeto.
42
2.5.1 Raciocínio Baseado em Casos uma abordagem Fuzzy para Diagnóstico Nutricional
Este sistema tem como um de seus objetivos tornar o diagnóstico mais rápido e abrangente
para o especialista. Segundo Thé (2001):
• Este sistema possui uma proposta especial de Diagnóstico Nutricional no uso de
prevenção e/ou tratamento de doenças crônicas degenerativas não transmissíveis; e
• Uma nova métrica de RBC para identificação e recuperação de casos reutilizados
baseados em uma fácil adaptação.
“O modelo de nosso sistema especialista, poderá usar diferentes tipos de raciocínio
nutricional para determinação do Diagnóstico Nutricional e Prescrição Dietética” (THÉ, 2001).
A ferramenta utilizada para a implementação foi o delphi, sendo uma aplicação desktop.
Não foram encontrados protótipos ou telas.
2.5.2 Inteligência Artificial aplicada à Nutrição na prescrição de planos alimentares
Este sistema propõe-se a prescrição de planos alimentares a partir do diagnóstico nutricional,
utilizando o Raciocínio Baseado em Casos, para a prevenção e tratamento de doenças crônicas
degenerativas.
“O objetivo geral desta dissertação é auxiliar nutricionistas através do desenvolvimento de
um sistema inteligente capaz de contribuir nas tarefas de diagnóstico e prescrição” (CAMARGO,
1999).
Ainda, segundo Camargo (1999) para atingir esta meta procurou-se:
• Representar o conhecimento do especialista em Nutrição;
• Modelar o raciocínio de especialistas em Nutrição frente às tarefas de diagnóstico
nutricional e de prescrição de dietas;
• Representar a consulta em Nutrição usando o paradigma de RBC;
• Resolver o problema de aquisição de conhecimento; e
• Buscar meios de agilizar a recuperação de casos no sistema.
43
2.5.3 Prescrição de atividades físicas através do uso da Inteligência Artificial
Este sistema utiliza o Raciocínio Baseado em Casos para automatizar a prescrição de
atividades físicas através do diagnóstico do paciente.
“O objetivo deste trabalho é o de desenvolver um protótipo para automatizar a tarefa de
prescrever atividades físicas, utilizando recursos da Inteligência Artificial” (DELPIZZO, 1997).
O sistema proposto foi desenvolvido em Delphi, sendo uma aplicação desktop.
2.5.4 Dietwin – Software de Avaliação Nutricional
Este software proporciona a avaliação nutricional e clínica do paciente. É o software
atualmente utilizado pelo curso de Nutrição da UNIVALI, abrangendo todos os aspectos da
consulta e anamnese. Dentre as avaliações que podem ser feitas estão:
• Avaliação Clínica; e
• Avaliação Nutricional.
2.5.5 Dietpro – Software de Nutrição
Este software foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, se
encontra no mercado desde 1998, e atualmente está na versão 4. “A intenção é fazer com que o
usuário adapte o programa à sua realidade e torne seu trabalho mais flexível e ágil” (MONTEIRO,
1992). As avaliações que o software possui são:
• Avaliação antropométricas;
• Avaliação bioquímica; e
• Avaliação dietética;
44
2.5.6 Análise das ferramentas similares
A Tabela 15 representa um quadro comparativo entre as ferramentas similares e o projeto
desenvolvido.
Tabela 15. Análise de ferramentas similares
Ferramentas
Características 1 2 3 4 5 6
Técnica de IA RBC/Fuzzy RBC RBC Não Não RBC
Prescrição Alimentar Sim Sim - Sim Sim Sim
Recomendação à atividade Física Sim Não Sim Não Não Sim
Avaliação Clinica Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Exames Laboratoriais Sim Não Sim Sim Sim Sim
Diagnóstico Nutricional Sim Sim - Sim Sim Sim
Anamnese Alimentar Sim Sim - Sim Sim Sim
Classificação pelo IMC Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Aplicação Web Não Não Não Não Não Sim
Operabilidade - - - Sim Sim Sim
Acessibilidade - - - Sim Sim Sim
Legenda: 1 - Raciocínio Baseado em Casos uma abordagem Fuzzy para Diagnóstico Nutricional 2 - Inteligência Artificial aplicada à Nutrição na prescrição de planos alimentares 3 - Prescrição de atividades físicas através do uso da Inteligência Artificial 4 - Dietwin – Software de Avaliação Nutricional 5 - Dietpro – Software de Nutrição 6 - Sistema TDiet
3 DESENVOLVIMENTO
O presente trabalho é uma aplicação que utiliza a técnica de Inteligência Artificial (IA)
denominada RBC para realizar a avaliação e programação alimentar de pacientes, e a interação do
paciente com o nutricionista através da internet.
Este projeto disponibiliza uma interface para o nutricionista fazer a avaliação nutricional do
paciente e a devida prescrição alimentar sendo que com o acesso via internet o paciente poderá
acessar o sistema e interagir com o nutricionista, conforme demonstrado na Figura 5.
Figura 5. Visão macro do sistema
A Figura 6 representa a interface do sistema com o nutricionista. Após a avaliação
nutricional os casos similares são recuperados e apresentados para ser escolhido àquele que será
utilizado como base para a prescrição alimentar para o paciente que está sendo avaliado. Para a base
inicial de casos foram definidas quatro protótipos e suas respectivas avaliações no Apêndice A.7.
46
Figura 6. Projeto visão do nutricionista.
A Figura 7 representa a interface do sistema com o paciente através da web. O paciente pode
acessar a tabela de substituições de alimentos, montando assim o seu cardápio por grupo de
alimentos, pode preencher o recordatório alimentar, consultar as informações sobre educação
alimentar, dicas de alimentação e receitas culinárias. Com esta interação o paciente estará mais
próximo ao nutricionista mantendo assim a sua motivação na continuidade do tratamento.
A primeira atividade desenvolvida foi à avaliação de ferramentas similares e entrevistas com
nutricionistas para o levantamento dos requisitos necessários para o sistema, e definição de quais
destes requisitos seriam atendidos pelo sistema.
Para a modelagem do software foi utilizada a linguagem UML (Unified Modeling
Language), e os diagramas considerados relevantes à devida descrição do funcionamento do
software. O diagrama de caso de uso foi utilizado para descrever as operações do foco do problema,
e determinar a interação que os usuários terão com o software. No diagrama de classes foram
representadas as principais classes de negócio que irão compor a aplicação, seus atributos e
operações e os diagramas de seqüências foram empregados para representar a sucessão de eventos
que devem ser realizados nas principais operações do software.
47
Figura 7. Projeto visão do paciente.
A seguir, os requisitos que foram atendidos pelo software desenvolvido, a modelagem do
banco de dados e uma visão simplificada da modelagem do sistema, apresentando os principais
diagramas mencionados. No Apêndice A são apresentados os demais diagramas da modelagem
proposta, bem como as telas do sistema.
3.1 Análise de Requisitos
Os requisitos detalhados a seguir atendem ao objetivo do presente trabalho.
3.1.1 Requisitos Funcionais • O sistema deve permitir o cadastro com informações do paciente;
• O Sistema deve permitir o cadastro da Anamnase;
• O sistema deve permitir o cadastro das avaliações antropométricas;
• O sistema deve permitir o cadastro dos exames clínicos;
• O sistema deve realizar o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC);
48
• O sistema deve disponibilizar um módulo administrador de acesso e permissões para
pacientes e usuários do sistema;
• O sistema deve apresentar a programação alimentar por grupo de alimentos para o
paciente;
• O sistema deve fazer a pesquisa de avaliações nutricionais similares ( RBC);
• O sistema deve permitir a consulta de substituições de alimentos (alimentos similares de
um mesmo grupo);
• O sistema deve permitir o cadastro de dúvidas do paciente referente ao tratamento;
• O sistema deve enviar um e-mail de aviso quando dúvidas e respostas forem cadastradas
e respondidas;
• O sistema deve permitir o cadastro de informações para a educação alimentar, dicas de
saúde e receitas culinárias;
• O sistema deve permitir o cadastro de informações psicossociais do paciente;
• O sistema deve permitir o cadastro das medidas e realizar o cálculo da taxa metabólica
basal (TMB) e o cálculo da relação cintura x quadril;
• O sistema deve permitir publicar as respostas às dúvidas como públicas ou restritas ao
paciente;
• O sistema deve permitir o cadastro de recomendação de atividades físicas;
• O sistema deve permitir o cadastro do Questionário de 24h;
• O sistema deve permitir o cadastro do Questionário geral de freqüência de uso dos
alimentos;
• O sistema deve permitir o cadastro do Questionário Seletivo de freqüência de uso dos
alimentos;
• O sistema deve permitir o cadastro da orientação alimentar;
• O sistema deve permitir o cadastro das informações referentes ao histórico do paciente; e
• O sistema deve enviar por e-mail o cadastro do paciente e senha de acesso ao sistema.
49
3.1.2 Requisitos Não Funcionais • O sistema operacional deve ser o Windows NT, XP ou 2000;
• O browser utilizado deve ser o Internet Explorer 5.0 ou superior;
• O banco de dados utilizado será o Mysql;
• Módulo apache como servidor;
• O sistema deve permitir acesso somente aos usuários cadastrados no sistema;
• O sistema deve permitir navegação via browser;
• O sistema deve permitir acesso somente aos pacientes cadastrados no sistema; e
• O cadastro do login e senha do usuário devem ser com senha gerada automaticamente
pelo sistema, disponibilizando ao usuário uma interface para alterar a senha.
3.1.3 Regras de Negócio • O paciente só pode fazer a avaliação nutricional se estiver devidamente cadastrado;
• Pacientes identificados com distúrbios psicológicos devem ser encaminhados ao
profissional adequado;
• As avaliações obrigatórias recomenda-se sejam preenchidas na seguinte ordem:
Histórico, Questionários e Medidas;
• É necessário fazer uma nova avaliação para o sistema emitir outra programação
alimentar;
• As atividades físicas recomendadas são complementares a programação nutricional;
• O e-mail de aviso do cadastro de dúvidas do tratamento ou resposta não deve ter
informações do paciente ou informações do tratamento;
• As dúvidas cadastradas por paciente podem estar disponíveis a todos os pacientes
cadastrados desde que autorizado pelo próprio paciente no momento do cadastro da
dúvida;
• O paciente poderá ter acesso somente à sua última prescrição alimentar;
• Junto com a prescrição alimentar deve ser emitido para o paciente a orientação quanto a
alimentação definida pelo nutricionista;
50
• Na primeira consulta do paciente toda a avaliação deve ser preenchida; e
• O método utilizado para a prescrição de planos alimentares é por grupos alimentares,
seguindo a pirâmide alimentar.
3.2 Modelagem do sistema
A seguir é apresentada a modelagem do sistema, contendo os principais diagramas que
foram utilizados.
3.2.1 Diagrama de casos de uso
Os diagramas de caso de uso fornecem uma descrição da visão do sistema e suas interações
com o mundo exterior, representando uma visão de alto nível de funcionalidade intencional
mediante o recebimento de um tipo de requisição do usuário (FURLAN, 1998).
Para Pender (2004), o diagrama de caso de uso modela expectativa dos usuários para usar o
sistema. A seguir os principais casos de uso do sistema. Os casos de usos foram separados em
pacotes, sendo que cada pacote oferece uma visão de partes da interação do sistema com o usuário;
os pacotes encontram-se no apêndice A.
A Figura 8 apresenta os casos de uso do pacote avaliação nutricional, cada caso de uso
representa uma avaliação. O UC02.01 Cadastrar Anamnese permite ao nutricionista incluir a
avaliação através de um questionário sobre o paciente. UC02.02 Cadastrar questionário 24 horas
permite ao nutricionista incluir um questionário sobre a ingestão alimentar do paciente no dia
anterior, UC02.03 Cadastrar IMC, TMB e Pregas Cutâneas permite ao nutricionista incluir as
medidas físicas do paciente e calcular os índices da avaliação, sendo este o mais importante caso de
uso dentro da avaliação nutricional, pois estas medidas resultam nos valores da maior parte dos
atributos utilizados como índices de busca dos casos da base. UC02.04 Cadastrar exame clinico e
dados bioquímicos permite ao nutricionista incluir as informações referentes aos exames clínicos e
biológicos do paciente. UC02.05 Cadastrar questionário de freqüência permite ao nutricionista
cadastrar a freqüência da ingestão de alimentos. UC02.06 Cadastrar o questionário seletivo de
freqüência permite ao nutricionista cadastrar a freqüência de ingestão de certos grupos de alimentos.
51
ud PCT02 - Av aliação Nutricional
Avaliação Nutricional
Nutricionista
UC02.01 - Cadastrar Anamnese
UC02.02 - Cadastrar Questionário 24 horas
UC02.03 - Cadastrar IMC - TMB - Pregas Cutâneas
UC02.04 - Cadastrar Exame Clinico e dados
bioquimicos
UC02.05 - Cadastrar Questionário Frequência
UC02.06 - Cadastrar o Questionário Seletivo de
Frequência
Figura 8. Casos de uso da avaliação nutricional
Os casos de uso da Figura 9 representam os casos do pacote prescrição alimentar. UC03. 01
Prescrever programação alimentar permite ao nutricionista avaliar a prescrição que será passada ao
paciente. Esta prescrição é separada por refeições e cada refeição é composta por grupos de
alimentos e suas porções diárias. UC03.02 Buscar casos similares representa a recuperação de casos
da base e comparação de similaridade. UC03.03 Recomendar atividade física permite ao
nutricionista cadastrar a recomendação de atividade física ao paciente baseada na avaliação
nutricional e histórico do paciente.
52
ud PCT03 - Prescrição Alimentar
Prescrição alimentar
Nutricionista
UC03.01 - Prescrever programação alimentar
UC03.02 - Buscar casos similares
UC03.03 - Recomendar Atividade Fisica
Figura 9. Casos de uso da prescrição alimentar.
Os casos de uso da Figura 10 representam os casos de uso do pacote Acessar sistema
internet, sendo que esta interação será feita entre o paciente e o sistema através da internet. O
UC05.01 Acessar tabela de substituições permite ao paciente acessar a interface para consultar os
alimentos similares dentro de cada grupo, podendo assim montar as suas refeições. UC05.02
Acessar/Cadastrar dúvidas permite ao paciente interagir com o nutricionista através do cadastro de
dúvidas sendo estas inseridas como públicas ou privadas determinadas pelo próprio paciente. Em
cada cadastro um e-mail é disparado para o nutricionista informando que uma nova dúvida foi
submetida. UC05.03 Consultar dicas, educação, receitas culinárias permite ao paciente acessar
informações sobre alimentação como forma complementar ao tratamento. UC05.04 Consultar
última prescrição alimentar permite ao paciente acessar a última prescrição alimentar que foi
passada. UC05.05 Cadastrar recordatório alimentar permite ao paciente cadastrar a ingestão diária
dos alimentos consumidos para a futura avaliação na consulta de retorno.
53
ud PCT05 - Acessar Sistema
Acessar Sistema Internet
Paciente
UC05.01 - Acessar Tabela de substituições de alimentos
UC05.02 - Acessar/Cadastrar Dúvidas
UC05.04 - Consultar última prescrição alimentar
UC05.03 - Consultar Dicas/Educação/Receitas
UC05.05 - Cadastrar recordatório alimentar
Figura 10. Casos de uso do acesso ao sistema via internet
Os casos de uso da figura 11 representam os casos de uso do pacote Educação Alimentar. O
UC04.01 permite ao nutricionista cadastrar as informações referentes a educação alimentar, as dicas
de alimentação e as receitas culinárias. O UC04.02 permite ao nutricionista responder as dúvidas
cadastradas dos pacientes. O UC04.03 permite ao nutricionista consultar o recordatório alimentar do
paciente.
54
ud PCT04 - Educação Alimentar
Nutricionista
UC04.01 - Cadastrar informações para educação alimentar ( dicas/receitas culinárias/
Figura 27. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 4.
Os resultados obtidos pelo sistema foram satisfatórios na busca de casos semelhantes, uma
vez que o retorno foi validado manualmente, e a recuperação dos casos trouxe exatamente os casos
esperado. Os testes realizados no sistema percorreram os caminhos lógicos de acesso e uso das
funcionalidades disponíveis para cada tipo de usuário, o teste principal foi feito com o usuário
nutricionista. Este teste percorreu o acesso ao sistema, o cadastramento das avaliações nutricionais,
a prescrição alimentar e a manutenção de algumas informações, como produto, grupo e religião.
4 CONCLUSÕES
O principal objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um software para avaliação e
prescrição alimentar, utilizando a técnica de Inteligência Artificial, denominada RBC, e a possível
interação do paciente com o nutricionista por meio da internet. Foi observado que a utilização do
RBC permitiu melhorar o tempo de consulta e prescrição, visto que o retorno de casos similares
proporciona ao nutricionista um facilitador na montagem dos grupos alimentares para a prescrição
do paciente que está sendo avaliado. A interface do sistema para o paciente por meio da internet
acrescenta um grande diferencial em relação a outras ferramentas de mercado pesquisadas, pois esta
interação melhora o acompanhamento do tratamento, estimulando o paciente a alcançar os
objetivos. A interface para avaliação nutricional está disposta de maneira clara e concisa, contento
todos os questionários necessários para avaliação e acompanhamento do tratamento do paciente.
Os testes no sistema foram realizados com uma base de 50 casos. Foram testados os
caminhos lógicos de acesso do paciente, da nutricionista e do administrador da aplicação, estes
caminhos referem-se à entrada no sistema percorrendo todas as funcionalidades oferecidas para
cada tipo de usuário. A ferramenta demonstrou estar estável sem apresentar erros graves, ainda
persiste o problema de configuração do servidor de smtp para envio de e-mail.
Durante os testes realizados com a nutricionista, constatou-se que o sistema proporciona
uma interface para a devida avaliação nutricional e a prescrição alimentar de um paciente. A
interface criada para a interação do paciente com o sistema, permite uma aproximação ao
nutricionista no período do tratamento, estimulando assim que o mesmo seja realizado com sucesso.
Os resultados apresentados durante estes testes e a validação do RBC demonstraram que o sistema
responde adequadamente as situações testadas e os pré-requisitos do sistema foram todos
alcançados.
Durante o desenvolvimento da aplicação uma das maiores dificuldades encontradas foi a
pouca experiência com programação web, determinando um desafio a ser superado com a busca por
novas informações, mas que se transformou em estímulo à realização deste trabalho. O mapeamento
dos casos reais e a conseqüente validação do sistema quanto ao RBC despendeu tempo
considerável, pois se trata de um volume de informações elevado ainda que sejam apenas 50 casos.
72
Os trabalhos futuros poderiam estar focados em usabilidade para melhorar e adequar a
interface aos padrões aceitos internacionalmente; a criação de relatórios de acompanhamento com
gráficos de informação sobre o paciente e suas avaliações; uma interface para cadastro de novos
módulos; e a otimização das consultas da base de dados, principalmente a otimização das consultas
à base de casos que agregariam valor à aplicação.
73
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Acromial Relativa ou pertencente a Acrômio
Acrômio Apófise terminal da espinha de cada omoplata
Amenorréia Ausência de menstruações em mulheres que já apresentaram ciclos menstruais prévios.
Andróide Incidente mais nos homens, a gordura se localiza mais no abdômen, não superficialmente, mas entre suas vísceras, sendo conhecida como obesidade em maçã
Anorexia Nervosa Distúrbio psicológico que leva à diminuição da ingestão de alimentos.
Antropometria A antropometria trata das medidas físicas do corpo humano. A origem da antropometria remonta-se à antigüidade pois Egípcios e Gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo.
Apófise Anat. Eminência ou saliência de um osso.
Bulimia Distúrbio emocional que leva a surtos de abusos alimentares, seguidos por sentimento de culpa e conseqüente indução de vômitos.
Clivar Fragmentar, dividir.
Cubital Pertencente ou relativo ao cúbito.
Cúbito Osso longo situado na face interna do antebraço.
Diet Dieta
Dislipidemias São alterações da concentração de lipídeos no sangue. Os lipídeos são responsáveis por várias funções (produção e armazenamento de energia, absorção de vitaminas, etc.), mas o excesso está relacionado à aterosclerose. Este processo ocorre em vasos onde há instalação de lesões em forma de placas, causando obstrução ao fluxo sangüíneo.
Edulcorantes Edulcorantes são as substâncias químicas responsáveis pelo sabor adocicado que normalmente possuem um poder adoçante muito superior à sacarose sendo necessária portanto, uma quantidade menor para obter a mesma doçura, com a vantagem de ter menos ou nenhuma caloria.
Etiológica Investigação das causas de uma doença.
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Ginóide A obesidade ginóide, mais comum entre as mulheres, tem, caracteristicamente a gordura concentrada nas coxas e nas nádegas, é chamada popularmente de obesidade em pêra.
Ilíaca Pertencente a bacia, região ilíaca.
Olecrano Apófise da extremidade superior do cúbito. E que contribui para formar a articulação do cotovelo.
Recordatório Recordativo, que faz recordação.
Sínfise Púbica Pequena articulação que fica localizada na região anterior (na frente) da bacia.
Ulna O cúbito.
APÊNDICES
A DIAGRAMAS DO PROJETO
A.1 DIAGRAMAS DE CLASSE cd 4.2 Diagrama de classes