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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO PROGRAMAÇÃO ALIMENTAR UTILIZANDO RBC Área de Inteligência Artificial por Marcelo Miotto Rudimar Luís Scaranto Dazzi, M.Sc. Orientador Itajaí (SC), novembro de 2006
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

PROGRAMAÇÃO ALIMENTAR UTILIZANDO RBC

Área de Inteligência Artificial

por

Marcelo Miotto

Rudimar Luís Scaranto Dazzi, M.Sc. Orientador

Itajaí (SC), novembro de 2006

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

PROGRAMAÇÃO ALIMENTAR UTILIZANDO RBC

Área de Inteligência Artificial

por

Marcelo Miotto Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: Rudimar Luís Scaranto Dazzi, M.Sc.

Itajaí (SC), novembro de 2006

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Dedico este trabalho à minha família que esteve sempre ao meu lado durante esta jornada.

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AGRADECIMENTOS

À minha família, Ari meu pai, Leda minha mãe e ao Fernando meu irmão, pelo apoio e

paciência nesta difícil etapa, eles tiveram muita compreensão e me encorajaram a continuar sempre,

e não foram poucas às vezes em que desistir me pareceu a melhor opção.

À minha noiva Susana, pelo amor, paciência e compreensão do tempo que eu precisei

despender neste trabalho, sempre me incentivando e apoiando.

À Karine Jensen, especialista do projeto sem a qual o sistema não teria alcançado os

objetivos, pela disposição como encarou este desafio e o tempo que dispensou em reuniões e à tirar

as minhas dúvidas, que não foram poucas.

À Priscilla Maes Schutel Santos , nutricionista, pela colaboração na validação dos requisitos

do sistema e pelas inúmeras consultas através de email.

À Julia Marques, minha amiga, praticamente uma consultora para tirar dúvidas do tcc,

muitos dos elogios que eu recebi da banca avaliadora foram graças as tuas dicas.

Ao Rudimar, meu orientador, sempre disposto a me ajudar não importando a hora.

Às professoras, Anita Fernandes, pela idéia inicial do trabalho, afinal não fosse isto este

trabalho não existiria e a Tânia Azevedo Leite, pelo tempo dispensado para revisar o abstract.

Aos meus amigos da Seara Alimentos pela força durante todo o período do trabalho.

Agradeço a Deus pela oportunidade de estar sempre evoluindo através de novos desafios.

Por fim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para o sucesso deste trabalho,

muito obrigado, todos vocês foram importantes nesta conquista.

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................vi LISTA DE FIGURAS...............................................................................vii LISTA DE TABELAS .............................................................................viii LISTA DE EQUAÇÕES ...........................................................................ix

RESUMO.....................................................................................................x

ABSTRACT................................................................................................xi 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................12 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................. 13 1.1.1 Formulação do Problema ............................................................................ 13 1.1.2 Solução Proposta .......................................................................................... 13 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................... 14 1.2.1 Objetivo Geral.............................................................................................. 14 1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 14 1.3 METODOLOGIA........................................................................................... 14 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................16 2.1 NUTRIÇÃO .................................................................................................... 16 2.1.1 Avaliação Nutricional .................................................................................. 16 2.1.2 Atividade Física............................................................................................ 22 2.1.3 Transtorno Alimentar.................................................................................. 24 2.1.4 Prescrição Alimentar ................................................................................... 27 2.2 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL.................................................................... 29 2.3 RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS........................................................ 29 2.3.1 Representação do conhecimento ................................................................. 31 2.3.2 Similaridade ................................................................................................. 32 2.3.3 Adaptação..................................................................................................... 35 2.3.4 Aprendizado ................................................................................................. 36 2.4 IMPLEMENTAÇÃO ..................................................................................... 37 2.4.1 Vocabulário de Índices................................................................................. 37 2.4.2 Algoritmo...................................................................................................... 40 2.5 FERRAMENTAS SIMILARES .................................................................... 41 2.5.1 Raciocínio Baseado em Casos uma abordagem Fuzzy para Diagnóstico Nutricional.............................................................................................................. 42 2.5.2 Inteligência Artificial aplicada à Nutrição na prescrição de planos alimentares ............................................................................................................. 42 2.5.3 Prescrição de atividades físicas através do uso da Inteligência Artificial . 43 2.5.4 Dietwin – Software de Avaliação Nutricional............................................. 43

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2.5.5 Dietpro – Software de Nutrição................................................................... 43 2.5.6 Análise das ferramentas similares............................................................... 44

3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................45 3.1 ANÁLISE DE REQUISITOS ........................................................................ 47 3.1.1 Requisitos Funcionais .................................................................................. 47 3.1.2 Requisitos Não Funcionais........................................................................... 49 3.1.3 Regras de Negócio ........................................................................................ 49 3.2 MODELAGEM DO SISTEMA ..................................................................... 50 3.2.1 Diagrama de casos de uso ............................................................................ 50 3.2.2 Diagrama de classes ..................................................................................... 54 3.2.3 Diagramas de seqüência............................................................................... 56 3.2.4 Telas do Sistema........................................................................................... 59 3.3 MODELAGEM DO BANCO DE DADOS.................................................... 66 3.4 TESTES E RESULTADOS............................................................................ 66

4 CONCLUSÕES ....................................................................................71

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................73

GLOSSÁRIO.............................................................................................76

A DIAGRAMAS DO PROJETO............................................................79 A.1 DIAGRAMAS DE CLASSE .......................................................................... 79 A.2 DIAGRAMAS DE CASOS DE USO ............................................................. 80 A.3 DIAGRAMAS DE SEQÜÊNCIA .................................................................. 84 A.4 PROTÓTIPO DE TELAS DO SISTEMA..................................................... 94 A.5 GLOSSÁRIO DO SISTEMA (ABREVIAÇÕES)....................................... 107 A.6 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO (ER)................................ 108 A.7 CASOS INICIAIS DA BASE....................................................................... 109

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LISTA DE ABREVIATURAS

AN Anorexia Nervosa ABESO Associação Brasileira para o estudo da obesidade e da síndrome metabólica BN Bulimia Nervosa CFN Conselho Federal de Nutricionistas ER Entidade Relacionamento IA Inteligência Artificial IMC Índice de Massa Corporal FAF Fator Atividade Física FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations GENTA Grupo de Estudos em Nutrição e Transtornos Alimentares HTML Hyper Text Markup Language Kcal Quilocaloria LOG Logaritmo MMC Massa Magra Corporal PHP Personal Home Page RBC Raciocínio Baseado em Casos SESI Serviço Social da Indústria RCQ Relação Cintura Quadril TCC Trabalho de Conclusão de Curso UML Unified Modeling Language UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí WHO World Health Organization

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Equilíbrio da composição corporal..................................................................................17 Figura 2. Pirâmide da atividade física ............................................................................................23 Figura 3. Pirâmide Alimentar.........................................................................................................28 Figura 4. Ciclo de RBC .................................................................................................................30 Figura 5. Visão macro do sistema ..................................................................................................45 Figura 6. Projeto visão do nutricionista..........................................................................................46 Figura 7. Projeto visão do paciente. ...............................................................................................47 Figura 8. Casos de uso da avaliação nutricional .............................................................................51 Figura 9. Casos de uso da prescrição alimentar. .............................................................................52 Figura 10. Casos de uso do acesso ao sistema via internet..............................................................53 Figura 11. Educação Alimentar .....................................................................................................54 Figura 12. Diagrama de classe (principais classes do projeto) ........................................................55 Figura 13. Diagrama de seqüência do caso de uso UC02. 04 – Avaliação nutricional.....................57 Figura 14. Diagrama de seqüência dos casos de uso UC03. 01 e UC03. 02 – Prescrição alimentar.58 Figura 15. Diagrama de seqüência do caso de uso UC05.01 – Acessar sistema internet .................58 Figura 16. Tel0003 – Acesso ao Sistema........................................................................................59 Figura 17. Tel0000 – Menu Principal.............................................................................................60 Figura 18. Tel0001 – Cadastro do Paciente. ...................................................................................61 Figura 19. Tel0025 – Menu da avaliação nutricional......................................................................62 Figura 20. Tel0002 – Cadastrar índices e medidas do paciente.......................................................63 Figura 21. Tel0013 – Prescrição alimentar por grupo de alimentos. ...............................................64 Figura 22. Tel0012 – Consulta à tabela de substituição de alimentos .............................................65 Figura 23. Tel0031 – Consultar Educação Alimentar. ....................................................................65 Figura 24. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 1. ...............................................................67 Figura 25. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 2. ...............................................................68 Figura 26. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 3. ...............................................................69 Figura 27. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 4. ...............................................................70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Pregas cutâneas mais usadas na prática clínica ...............................................................18 Tabela 2. Densidade corporal aproximada .....................................................................................19 Tabela 3. Taxa Metabólica Basal – Classificação...........................................................................20 Tabela 4. Classificação Cintura x Quadril ......................................................................................21 Tabela 5. Faixas do IMC ...............................................................................................................21 Tabela 6. Fator Atividade Física (FAF)..........................................................................................22 Tabela 7. Índices e Pesos dos índices.............................................................................................38 Tabela 8. Atribuição de valores ao atributo Sexo ...........................................................................38 Tabela 9. Atribuição de valores ao atributo TMB...........................................................................38 Tabela 10. Atribuição de valores ao atributo Atividade Física........................................................39 Tabela 11. Atribuição de valores ao atributo NET (TMB x FAF)...................................................39 Tabela 12. Atribuição de valores ao atributo RCQ .........................................................................39 Tabela 13. Atribuição de valores ao atributo IMC..........................................................................40 Tabela 14. Tabela com casos exemplo ...........................................................................................40 Tabela 15. Análise de ferramentas similares ..................................................................................44 Tabela 16. Características Caso Entrada 1......................................................................................67 Tabela 17. Características Caso Entrada 2......................................................................................68 Tabela 18. Características Caso Entrada 3 .....................................................................................69 Tabela 19. Características Caso Entrada 4......................................................................................70

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1......................................................................................................................................19 Equação 2......................................................................................................................................19 Equação 3......................................................................................................................................20 Equação 4......................................................................................................................................21 Equação 5......................................................................................................................................22 Equação 6......................................................................................................................................35 Equação 7......................................................................................................................................37

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RESUMO

MIOTTO, Marcelo. Programação alimentar utilizando RBC. Itajaí, 2006. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2006. A qualidade de vida hoje é um dos principais objetivos para as pessoas, e a alimentação é um elemento fundamental para alcançar esta meta. Os hábitos alimentares podem proporcionam uma vida saudável ou então um conjunto de problemas, sejam eles psíquicos ou físicos. Os nutricionistas, principais responsáveis pela orientação alimentar, têm se utilizado de sistemas computacionais para agilizar e melhorar a qualidade das prescrições. Para tratamentos alimentares além de uma avaliação nutricional eficiente e uma prescrição adequada, é necessário um estímulo psicológico ao paciente para mantê-lo no tratamento. Esta necessidade motivou o desenvolvimento deste sistema que permite ao paciente estar em contato com o nutricionista através da internet, e não somente nas consultas pessoais, sendo que esta característica permite uma importante interação ao sucesso do tratamento. Outra característica do sistema é a utilização do conhecimento adquirido em avaliações nutricionais anteriores, assim os planos alimentares podem ser utilizados como base para novas prescrições. Com a utilização da técnica de Inteligência Artificial (IA) denominado Raciocínio Baseado em Casos (RBC), os casos são recuperados através da comparação de similaridade entre a nova avaliação e avaliações anteriores. Para este projeto foram estudados os principais conceitos da área de Nutrição e os métodos computacionais necessários para o desenvolvimento do sistema. Portanto é apresentada a modelagem do software que foi implementado. Palavras-chave: Raciocínio Baseado em Casos. Nutrição. Prescrição Alimentar.

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ABSTRACT

Nowadays life quality is one of the most import objectives for the major of people and the right nutrition is an important element to reach this goal. The food habits can provide a healthy life or a set of troubles, such as psychic or physical. Nutritionists, the main responsibles by food guidance, have used computer systems to move fast and improve the prescription’s quality. For food treatment, besides an efficient nutritional assessment and adequated prescription, psychological stimulation is necessary to keep the pacient with the treatment. This necessity motivated the development of a system which allows the patient contacts the nutritionist by Internet and not only with personal appointments so this feature provides an important interaction to the treatment success. Another feature of the system is the utilization of acquired knowledgement in previous nutritional assessments, thus food plans can be use as base to new prescriptions. With the utilization of the Artificial Intelligence (AI) technique, called Case Base Reasoning (CBR), the cases are recovered with the confrontation of similarity between the new assessment and the previous assessments. The main concepts of Nutrition and the necessary computer methods were studied to development the system for this project. Thus the model of software has been implemented is presented. Keywords: Case Based Reasoning. Nutrition. Food Prescription

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1 INTRODUÇÃO

Qualidade de vida é um dos focos de atenção dos profissionais da saúde e vem ganhando

adeptos também entre as demais pessoas. Um dos principais fatores para o bem estar e a saúde é a

alimentação, a qual deve ser adequada a cada indivíduo conforme as suas necessidades. Segundo

Cervato et al. (2004), “Os hábitos alimentares, tal como outras modalidades do comportamento

humano são resultados de várias influências culturais, sociais e psicológicas”. A alimentação diária

é construída baseada em hábitos alimentares, e como nem todos sabem os valores nutritivos dos

alimentos, é preciso orientar para uma melhor seleção dos alimentos que são ingeridos, pois os

nutrientes necessários a uma vida saudável encontram-se em diversos alimentos.

Para auxiliar na orientação alimentar às pessoas comuns, estão sendo utilizados sistemas

computacionais que visam principalmente facilitar o controle e manter atualizadas as informações

de cada indivíduo.

Este projeto é um sistema para geração de planos alimentares para todo e qualquer

indivíduo, independente da necessidade ou desejo, seja para aumento de peso, perda de peso, para

um melhor desempenho na prática esportiva ou simplesmente uma dieta para uma alimentação mais

saudável, e como é quase impossível manter uma vida saudável apenas com uma boa alimentação,

também a recomendação de atividades físicas estará no escopo deste projeto.

No projeto é utilizada a técnica de Inteligência Artificial denominada Raciocínio Baseado

em Casos (RBC). Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003),

Raciocínio Baseado em Casos é um enfoque para a solução de problemas e para o aprendizado baseado em experiências passadas. RBC resolve problemas ao recuperar e adaptar experiências passadas, chamadas casos, armazenadas em uma base de casos. Um novo problema é resolvido com base na adaptação de soluções de problemas similares já conhecidas.

Com isto os planos alimentares definidos para pacientes que obtiveram sucesso no

tratamento podem ser utilizados como base para aqueles pacientes com características semelhantes

na avaliação clínica, com a possibilidade de alteração desta solução e nova alimentação da base de

conhecimento com a mesma.

Este sistema de programação alimentar foi desenvolvido utilizando-se ferramentas web,

disponibilizando o acesso aos pacientes via internet. É uma ferramenta para auxiliar os profissionais

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da saúde, em especial os nutricionistas, na difícil tarefa de elaborar planos alimentares que atendam

as necessidades diárias de alimentação do corpo humano e gostos específicos, bem como a

identificação de obesidade e transtornos alimentares causados pela má alimentação, como anorexia

nervosa e bulimia nervosa.

O acompanhamento do paciente pode ser feito através de informações que o paciente pode

inserir diariamente através da internet, e nas consultas de retorno. Os planos alimentares devem

apresentar alternativa de substituição de alimentos sem perdas de valor nutricional conforme os

padrões, e com as peculiaridades individuais de cada individuo, inclusive em casos que durante o

tratamento possam ocorrer situações como festa, deve ter-se a possibilidade do nutricionista

responsável recomendar alternativas de alimentação, de maneira interativa.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

1.1.1 Formulação do Problema

Os profissionais da saúde a cada dia fazem consultas e diagnósticos de seus pacientes, mas

este conhecimento nem sempre é reutilizado, seja pela maneira como foi guardado ou pelo próprio

esquecimento. Muito deste conhecimento se reutilizado significaria uma melhora nas prescrições e

tempo de consulta em casos onde as características dos pacientes são semelhantes, dentre estes

profissionais em especial os nutricionistas que precisam elaborar programas alimentares depois de

uma avaliação do paciente através de questionários, cálculos de medidas e exames clínicos. O

acompanhamento dos pacientes é feito nas consultas de retorno que podem ser semanais, quinzenais

ou mensais, e este tempo entre uma consulta e outra pode ser um fator de desmotivação para o

paciente na continuidade do seu tratamento. Nenhum tratamento alimentar terá sucesso se não for

acompanhado por uma educação alimentar, com a devida orientação ao paciente. Além de uma boa

alimentação a prática de exercícios é fundamental para uma vida mais saudável.

1.1.2 Solução Proposta

Foi utilizada a técnica de Inteligência Artificial denominada Raciocínio Baseado em Casos

para o conhecimento do especialista ser otimizado. Por ser um sistema web permite a interação do

paciente com o nutricionista, evitando assim que o acompanhamento do tratamento seja somente

nas consultas de retorno. Esta interação é feita através do cadastro do recordatório da ingestão de

alimentos durante o tratamento, a possibilidade do cadastro de dúvidas referente ao tratamento,

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consulta a tabela de substituição de alimentos, respeitando os gostos pessoais do paciente, além do

acesso a educação alimentar através de dicas, sugestões e receitas culinárias atualizadas pelo

nutricionista.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver um sistema inteligente, baseado no conceito de Raciocínio Baseado em Casos,

para avaliação nutricional, recuperando as prescrições alimentares e as recomendações de atividades

físicas. Este sistema também poderá identificar os transtornos alimentares (obesidade, aneroxia

nervosa e bulimia nervosa) causados por má alimentação, durante as avaliações dos pacientes

através de alertas.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste projeto de pesquisa são:

• Pesquisar e analisar soluções similares;

• Determinar os requisitos exigidos pelo sistema;

• Pesquisar e definir os parâmetros para o RBC;

• Definir as demais tecnologias necessárias à implementação do sistema;

• Realizar a modelagem conceitual do sistema;

• Implementar o sistema;

• Testar e validar a implementação do sistema;

• Homologar o sistema; e

• Documentar o desenvolvimento e os resultados do sistema.

1.3 Metodologia

Para a Fundamentação Teórica as pesquisas foram realizadas para entender os conceitos e

metodologias envolvidas no processo de avaliação nutricional e prescrição alimentar, conhecer os

métodos de Raciocínio Baseado em Casos, ferramentas para desenvolvimento web e algumas

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ferramentas relacionadas ao assunto. Essas pesquisas foram realizadas através de livros, artigos

científicos, sites de instituições de pesquisa, além de trabalhos acadêmicos e entrevista com os

profissionais da área de saúde. As características identificadas nas metodologias e ferramentas

estudadas foram analisadas para serem consideradas no desenvolvimento do trabalho. Procurou-se

apresentar o que deve ser realizado de maneira clara e objetiva em cada uma das etapas deste

trabalho.

O desenvolvimento do Projeto foi iniciado com uma análise de todos os requisitos que o

sistema deveria atender. Alguns desses requisitos foram identificados a partir de carências

encontradas nas ferramentas similares que foram analisadas.

A modelagem do sistema buscou apresentar de uma maneira geral a estrutura de classes e

relações, as principais operações e a seqüência de passos necessários à execução de cada uma delas.

Para isso foram utilizados os diagramas de classes, casos de uso e seqüência, suportados pela UML

(Unified Modeling Language).

Por fim, foi feita a modelagem da base de dados, identificando as tabelas e atributos

necessários ao projeto, através do modelo ER (Entidade Relacionamento).

1.4 Estrutura do trabalho

Este trabalho está estruturado em quatro capítulos. O Capítulo 1, Introdução, apresentou

uma descrição geral do trabalho. No Capítulo 2, Fundamentação Teórica, é apresentada uma revisão

bibliográfica sobre os principais conceitos e técnicas envolvidos no processo de avaliação e

prescrição de planos alimentares, sendo apresentadas neste capítulo ainda a técnica de Inteligência

Artificial denominada Raciocínio Baseado em Casos, as ferramentas similares existentes, bem

como a fundamentação teórica da fase de testes da usabilidade do sistema proposto. O Capítulo 3

apresenta o projeto desenvolvido, incluindo sua especificação e uma pré-modelagem em UML. Esse

capítulo também discute como foi implementado o sistema proposto, apresenta a metodologia

utilizada no desenvolvimento. No Capítulo 4 apresentam-se as considerações finais, onde são

abordados sucintamente os assuntos apresentados, possíveis problemas, entre outros. Este trabalho

inclui o apêndice, que complementa as informações apresentadas no trabalho, e os materiais em

anexo.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Nutrição

Segundo Krause e Mahan (1991) “a nutrição é o processo pelo qual os seres vivos recebem e

utilizam os alimentos necessários para a manutenção de suas funções e para o crescimento e

renovação de seus componentes”. A alimentação é algo natural para os seres humanos e faz parte do

seu dia a dia, pois todos os seres vivos necessitam de alimentos para preservar a vida. Nos dias

atuais a preocupação com a alimentação tornou-se cada vez mais acentuada, e para Cândido e

Campos (1995) termos como “diet”, baixas calorias, açúcar, colesterol, edulcorantes artificiais e

assemelhados começam a fazer parte do vocabulário quotidiano de um número crescente de pessoas

de todas as camadas sociais.

A alimentação adequada para Philippi e Alvarenga (2004) deve suprir as necessidades

nutricionais do individuo, por isto não deve ser baseada em restrições alimentares, mas conter

alimentos variados, em quantidades e proporções adequadas, levando em consideração o horário das

refeições que devem ter um padrão mínimo. Reis (2001) considera que a busca pelo bem estar do

individuo através de uma dietoterapia individualizada e adequada tem sido aplicada, ficando

comprovado que a nutrição apropriada evita o surgimento de doenças, aumentando a qualidade de

vida das pessoas.

2.1.1 Avaliação Nutricional

Para Krause e Mahan (1991) a avaliação nutricional serve para medir a influência da

nutrição na saúde do indivíduo. Segundo Anderson et al. (1988), na avaliação nutricional é possível

identificar as metas do indivíduo em relação à dieta.

Segundo Correia (1996) para serem alcançados alguns objetivos como a manutenção do

peso e da composição corporal, por exemplo, é necessário um adequado suprimento de energia. A

ingestão inadequada de energia leva a uma diminuição do peso corporal, como um excesso de

ingestão de energia vai resultar num aumento de peso corporal como demonstrado na Figura 1.

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Figura 1. Equilíbrio da composição corporal

Fonte: Adaptado de Correia (1996).

Segundo Krause e Mahan (1991), para uma avaliação nutricional completa os aspectos que

seguem são considerados:

• Anamnese alimentar e dados de ingestão: o registro da ingestão alimentar do indivíduo

é avaliado através dos métodos de abordagem de ingestão dietética sendo o questionário

de 24 horas; o questionário de freqüência de uso de alimentos; o questionário seletivo de

freqüência de uso de alimentos; e a anamnese alimentar. Um exemplo dos questionários

citados encontra-se no Anexo I.1;

• Dados bioquímicos: as condições nutricionais do individuo podem ser obtidas pelo

exame do plasma, glóbulos vermelhos e brancos, urina ou tecidos ( fígado, ossos,

cabelos e unhas). Tecidos como cabelos e unhas são muito fáceis de obter, e a obtenção

de mais informações de natureza bioquímica destes tecidos, como reflexo da aparência

nutricional, seriam muito úteis. Um exemplo das medidas bioquímicas para avaliação

nutricional encontra-se no Anexo I.2;

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• Exame clínico: inclui o exame físico, dando-se atenção especial a pele, cabelos, dentes,

gengivas, lábios, língua e olhos. Um exemplo do exame clinico encontra-se no Anexo

I.3;

• Dados antropométricos: de fundamental importância para o acompanhamento do estado

nutricional, principalmente em crianças, adolescentes e mulheres grávidas. Segundo

Correia (1996), os dados antropométricos incluem medidas do peso corporal e estatura,

pregas cutâneas e as circunferências musculares. De acordo com Correia (1996):

Peso Corporal: o peso compreende a soma de todos os componentes corporais, sendo

por isto uma maneira pouco sensível de estimar alterações; e

Pregas Cutâneas: a medida das pregas cutâneas em mais de um local diferente é

utilizada para estimar a densidade corporal, porcentagem da gordura corporal e Massa

Magra Corporal (MMC), porque é um método de simples realização, prático, seguro e

barato. As pregas cutâneas mais utilizadas estão na Tabela 1.

Tabela 1. Pregas cutâneas mais usadas na prática clínica

Pregas Técnica de medida Triciptal Medida no ponto médio entre o processo acromial e o processo

olecâneo da ulna. Deve ser feita na linha média posterior, com a prega paralela ao eixo longitudinal do braço, que deve estar pendendo relaxado ao lado do corpo.

Biciptal Medida no mesmo nível da prega triciptal,só que na parte anterior do braço; o eixo da prega é também longitudinal e deve ser feito centralizado com o meio da fossa cubital

Subescapular Medida 1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula com os ombros e braços relaxados. A prega acompanha a linha natural de clivagem da pele

Suprailíaca Medida 2 cm da crista ilíaca na linha média axiliar, a prega tem sentido horizontal.

Fonte: Adaptado de Heymsfiel et al. (1994 apud CORREIA, 1996)

Para realizar esta avaliação a equação mais utilizada para medir a densidade corporal é a

desenvolvida por Durin e Womersley (CORREIA, 1996). A maneira de como deve ser

feita é apresentada a seguir:

1. Some as quatro pregas para achar o somatório;

2. Compute o logaritmo do somatório; e

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3. Calcule a Densidade Corporal (D) aproximada, usando uma das equações

apresentada na Tabela 2.

Tabela 2. Densidade corporal aproximada

Idade Homens Mulheres 17-19 ( )�−= pregasxD log0630,01620,1 ( )�−= pregasxD log0678,01549,1 20-29 ( )�−= pregasxD log0632,01631,1 ( )�−= pregasxD log0717,01599,1

30-39 ( )�−= pregasxD log0544,01422,1 ( )�−= pregasxD log0632,01423,1

40-49 ( )�−= pregasxD log0700,01620,1 ( )�−= pregasxD log0612,01333,1

50 ou > ( )�−= pregasxD log0779,01715,1 ( )�−= pregasxD log0645,01339,1

Fonte: Adaptado de Correia (1996)

4. Calcule o peso aproximado do tecido gorduroso (G), com a Equação 1:

���

����

−=

5,495,4

DxalPesoCorporG

Equação 1

5. Calcule a Massa Magra Corporal (MMC) com a Equação 2:

GCorporalPesoMMC −= Equação 2

Esta equação da densidade é apresentada por Wright (1984 apud CORREIA, 1996).

• Dados psicossociais: são os dados complementares ao perfil do paciente. Dentre estes

dados encontram-se a renda familiar, se a moradia é casa ou apartamento, se possui

saneamento básico, se a moradia possui luz em casa, quantas pessoas residem na mesma

casa, etc.

Além das avaliações citadas, as seguintes avaliações do indivíduo são consideradas:

• Taxa de Metabolismo Basal (TMB): é o principal componente do gasto energético

diário, podendo representar de 50% (nos indivíduos muito ativos fisicamente) a 70%

(nos mais sedentários) do total de energia gasta diariamente. Esta é uma das informações

fisiológicas mais importantes em estudos nutricionais clínicos ou epidemiológicos, seja

para se determinar as necessidades energéticas ou calcular o gasto energético de

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indivíduos ou populações (CLARK e HOFFER 1991 apud WAHRLICH e ANJOS,

2001). A taxa metabólica basal (TMB) mede a quantidade mínima de energia necessária

para manter as funções fisiológicas em repouso (WESTERTERP 2001 apud ANTUNES

et al. 2005). O conhecimento dessa taxa é importante em aplicações clínicas, por definir

o suporte nutricional adequado e determinar as necessidades calóricas para o balanço

energético (MCARDLE; KATCH e KATCH 1996 apud ANTUNES et al. 2005). A

classificação da TMB é apresentada na Tabela 3.

Tabela 3. Taxa Metabólica Basal – Classificação

Idade Homens Mulheres 0 – 3 ( ) 549,60 −Pesox ( ) 5161 −Pesox

3 – 10 ( ) 4956,22 +Pesox ( ) 4995,22 +Pesox 10 – 18 ( ) 6515,17 +Pesox ( ) 7462,12 +Pesox 18 – 30 ( ) 6793,15 +Pesox ( ) 4967,14 +Pesox 30 – 60 ( ) 8796,11 +Pesox ( ) 8297,8 +Pesox

> 60 ( ) 4875,13 +Pesox ( ) 5965,10 +Pesox

Fonte: Calil [200-?]

• Circunferência Cintura X Quadril (RCQ): é utilizado na avaliação do tipo de distribuição

de gordura corporal. No entanto, estudos têm encontrado moderada associação entre este

indicador e o acúmulo abdominal de gordura (SEIDELL 1988 e POULIOT 1994 apud

SAMPAIO, 2004). A medida do quadril deve ser feita no nível da sínfise púbica, com a

fita métrica circundando o quadril na parte mais saliente entre a cintura e a coxa, com o

indivíduo usando roupas finas, conforme Equação 3. Os pontos de corte mais utilizados

para avaliação de risco, segundo a RCQ, estão demonstrados na Tabela 5 (SAMPAIO,

2004).

QuadrilnciaCircunferêuraCnciaCircunferê

RCQint=

Equação 3

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Tabela 4. Classificação Cintura x Quadril

Homens Mulheres Ginóide < 1,0 < 0,8

Andróide >1,0 >0,8

Fonte: Bray (1989 apud SAMPAIO 2004)

• Índice de Massa Corporal: este índice é obtido pela Equação 4,

��

���

�=2Altura

PesoIMC

Equação 4

Essa equação é uma das mais aceitas pela literatura. Através do resultado obtido,

classificam-se indivíduos dentro das seguintes faixas de índice de massa corporal da

tabela 5:

Tabela 5. Faixas do IMC

IMC Categoria Abaixo do peso Abaixo de 18,5

Peso normal 18,5 - 24,9 Sobrepeso 25,0 - 29,9

Obesidade Grau I 30,0 - 34,9 Obesidade Grau II 35,0 - 39,9

Obesidade Grau III (Obesidade Mórbida) 40,0 e acima

Fonte: ABESO [199-?].

Quanto maior o IMC, maior a incidência de doenças secundárias (diabetes, doenças

cardiovasculares, dislipidemias, hipertensão arterial) e maior a taxa de mortalidade

(CORREIA, 1996).

• Necessidade Energética Total (NET): Segundo Katch e Mcardle (1992), a necessidade

energética é definida como "nível de energia suficiente para compensar o gasto

energético, segundo as características físicas do indivíduo, grau de atividade física e

momento biológico do organismo". Para o cálculo da NET utiliza-se a Equação 5, onde

primeiro deve-se definir a TMB e o Fator Atividade Física (FAF). Este fator está

categorizado na Tabela 6.

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��

���

�=FAFTMB

NET Equação 5

Tabela 6. Fator Atividade Física (FAF).

Categoria Leve Moderada Intensa Homens 1,55 1,78 2,1 Mulheres 1,56 1,64 1,82

Fonte: Calil [200-?]

2.1.2 Atividade Física

Nos dias atuais a tecnologia tem diminuído o esforço físico para a realização das tarefas de

um modo geral. Com isso aumentando o sedentarismo que prejudica nosso estado de saúde físico e

mental, reduzindo a capacidade de realizar tarefas rotineiras e a qualidade de vida a médio e longo

prazos, o ser humano precisa manter a atividade física para manter a saúde. A Figura 2 apresenta a

pirâmide da atividade física que de uma forma simples mostra a importância da prática e

regularidade de uma atividade física, de maneira a não prejudicar a saúde [SESI, 200-?] .

Czepielewski (2001) considera como atividade física todo movimento corporal que resulta

em gasto energético, e exercício físico é toda atividade planejada com o propósito de melhorar ou

manter o condicionamento físico.

Ainda para Czepielewski (2001), o exercício apresenta uma série de benefícios, entre os

quais estão:

• a diminuição do apetite;

• o aumento da ação da insulina;

• a melhora do perfil de gorduras; e

• a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.

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Figura 2. Pirâmide da atividade física

Fonte: Parker Nicolletmedical Foundation (1995 apud SESI [200-?])

A atividade física, segundo Sallis e Owen (1999 MARTINS, 2005), pode ser definida como

qualquer movimento corporal. No entanto, quando a atividade física é realizada através dos grandes

grupos musculares (localizados nas pernas e braços), apresenta uma associação mais estreita com

benefícios salutares, sendo passível de ser desenvolvida com intensidades variadas. A inatividade

física, por sua vez, pode ter um impacto determinante na Qualidade de Vida do indivíduo.

Para Delpizzo (1997), o fato de um indivíduo manter atividade muscular por algum tempo

depende basicamente de sua capacidade em extrair energia dos nutrientes, obtidos a partir dos

alimentos ingeridos na forma de carboidratos, gordura e proteínas, e transferi-las para os músculos

ativos. Na redução do estresse, o exercício tem se mostrado tão efetivo quanto as técnicas mais

tradicionais, reduzindo ou até mesmo anulando o uso de drogas prescritas e não prescritas.

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2.1.3 Transtorno Alimentar

Segundo o grupo de estudos em nutrição e transtornos alimentares os transtornos

alimentares são doenças antigas. “A primeira descrição da anorexia nervosa data de 1694 e a

bulimia nervosa recebeu nomes alternativos ao longo da história por falta de uma definição

diagnóstica que só aconteceu em 1980” (GENTA, 2004). Estes transtornos são doenças

psiquiátricas caracterizadas por alterações do comportamento alimentar, geralmente ligadas a uma

imagem distorcida que a pessoa faz de si mesma.

Para Alvarenga (2001), a idéia de que os padrões alimentares nestas doenças são todos

iguais está errada, bem como tratar-se de doenças que atinjam somente as classes sociais mais

elevadas. O comportamento alimentar em ambas as patologias está comprometida. Nas palavras de

Alvarenga (2001), “A literatura sobre abordagem nutricional ainda é escassa, e pouco se sabe sobre

padrões alimentares específicos na doença. Recomenda-se o tratamento com uma equipe

multiprofissional, com a presença do nutricionista”.

Segundo Talbot (1992), o comportamento alimentar irregular é criado e mantido devido às

interações entre os fatores ambientais, psicológicos e fisiológicos.

Segundo Oliva e Fagundes (2001), os profissionais da saúde precisam estar aptos a

identificar e a tratar estas doenças, sempre em conjunto com a psiquiatria.

2.1.3.1 Anorexia Nervosa

Para o grupo de estudos em nutrição e transtornos alimentares (GENTA, 2004), “o termo

anorexia deriva do grego, significando falta de apetite”. A Anorexia Nervosa (AN) é um Transtorno

Alimentar que se caracteriza pela recusa do individuo em manter o peso adequado à sua altura,

medo de ficar com sobrepeso e um distúrbio da percepção da própria imagem, em que a pessoa

considera estar acima do peso, mesmo estando gravemente emagrecida.

Alvarenga (2001), também afirma que,

Alguns fatores podem contribuir para o desencadeamento da doença: comentários de amigos, familiares ou professores sobre o peso ou forma corporal do indivíduo, participação em esportes ou profissões que enfatizam perda de peso ou imagem corporal magra (modelos, ginastas, atrizes, nutricionistas), emoções negativas, traumas e situações estressantes.

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Segundo Correia (1996), alguns critérios para diagnosticar anorexia nervosa são:

• Recusa em manter um peso corporal normal;

• Perda de mais de 15% do peso corporal;

• Distúrbio da imagem corporal;

• Temor intenso de ficar gorda;

• Amenorréia; e

• Nenhuma outra doença que justifique a perda de peso.

2.1.3.2 Bulimia Nervosa

Para Phillip e Alvarenga (2004), a bulimia nervosa caracteriza-se por episódios compulsivos

de alimentação seguida de métodos compensatórios e inadequados para evitar o ganho de peso.

Dentre os transtornos alimentares a bulimia nervosa apresenta o quadro com maior número de

casos, principalmente em jovens do sexo feminino.

Segundo Romano (2002), estes episódios compulsivos são descritos como a ingestão de

grande quantidade de alimento em um curto espaço de tempo. “Pacientes com bulimia podem

chamar de compulsivo o episódio onde ingerirem alimentos que elas considerem proibidos”.

Para Alvarenga (2001), “a Bulimia Nervosa é um quadro que apresenta profundas alterações

do padrão e comportamentos alimentares, com implicações etiológicas que passam por mudanças

no perfil alimentar e no padrão de peso e corpo ideal”.

Para Correia (1996), o diagnóstico de bulimia deve ser pensado quando nos deparamos com

pacientes que apresentam lesões de pele nas mãos e sobre o dorso causadas pelo trauma de induzir

os vômitos. Alguns critérios para diagnosticar a bulimia nervosa são:

• Episódios recorrentes de abusos alimentares;

• Quadro depressivo após esses episódios de abusos alimentares;

• Consciência de ter padrão alimentar alterado; e

• Medo de não conseguir mudar esse padrão alimentar.

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Pelo menos três dos seguintes:

• Consumo de alimentos hipercalóricos durante um dos episódios de abuso alimentar;

• Ao final do abuso alimentar, dor abdominal, sono e vômitos;

• Não reconhecimento da quantidade de alimentos ingeridos durante o abuso alimentar;

• Tentativas repetidas de perda de peso; e

• Flutuações freqüentes de peso.

2.1.3.3 Obesidade

Segundo o grupo de estudos em nutrição e transtornos alimentares (GENTA, 2004),

Há duas décadas a obesidade era considerada o único transtorno alimentar de maior importância, entretanto, o aumento dos casos de anorexia nervosa (AN), a partir da década de 70 e, logo em seguida, de bulimia nervosa (BN), fez com que esta fosse classificada e estudada separadamente, em vista da patologia e os riscos a saúde serem diferentes dos apresentados por pacientes com AN e BN.

Para Katch e Mcardle (1996), “a obesidade frequentemente se inicia na infância. Quando

isso ocorre, as chances para que um adulto se torne obeso é três vezes maiores, se comparadas com

as de uma criança com massa corporal normal”. Porque para a criança torna-se mais difícil livrar-se

do problema , permanecendo com este distúrbio até a fase adulta.

Para Correia (1996), estes são os fatores mais comuns para a obesidade:

• Genéticos;

• Depressão;

• Mudança de hábitos (casamento, cessar atividade física, etc.);

• Gravidez;

• Puberdade;

• Menopausa;

• Interrupção de um vicio (fumo, drogas);

• Uso de algumas medicações (glicocorticóides, anticoncepcionais, antidepressivos); e

• Ambientais.

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Ainda para Correia (1996), existem algumas doenças associadas a obesidade, estas são as

mais comuns:

• Hipertensão arterial;

• Diabetes;

• Doenças cardiovasculares;

• Elevação da gordura no sangue;

• Perda da auto-estima;

• Dificuldade de se posicionar socialmente, e isto inclui enfrentar as academias de

ginásticas, aulas de dança e práticas de esporte; e

• Tem-se um individuo doente, que ingere mais do que consome e que, como

conseqüência, tem dificuldades de posicionar-se dentro dos padrões sociais atuais.

2.1.4 Prescrição Alimentar

Segundo Anderson et al. (1988), “o consultor em nutrição é responsável pela orientação da

escolha de alimentos das pessoas, seja como indivíduos ou membros de um grupo, onde quer que

elas participem do sistema de atenção à saúde”. As informações sobre as práticas alimentares do

paciente devem ser feitas de modo correto pelo orientador em relação as suas necessidades. Ainda

para Anderson et al. (1988), “como existem muitos tipos de alimentação que podem levar a uma

ingestão adequada de nutrientes, as práticas dietéticas que não se adaptam aos guias nutricionais

não devem ser julgadas inadequadas sem uma estimativa do seu teor em nutrientes”.

Para Anderson et al. (1988),

O cliente que esteve envolvido na avaliação e no planejamento é mais propenso a reconhecer sua necessidade de informação para resolver seu problema nutricional, e o consultor que esteve envolvido com ele no processo está mais apto a fornecer-lhe as informações específicas. Toda a informação que a maioria dos clientes necessita para alcançar um desempenho razoável não pode ser dada em um único contato com o consultor. Requer-se uma continuidade no contato para dar ao cliente a informação de que ele necessita na seqüência apropriada e no tempo certo.

Segundo Pessa (1998), para suprir as necessidades de nutrientes que o nosso organismo

precisa para funcionar adequadamente é preciso selecionar os alimentos e as quantidades. Por este

motivo, as recomendações nutricionais foram definidas para orientar as pessoas sadias nas

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quantidades que são necessárias dos vários nutrientes. Por isto, “uma vez estabelecido que os

nutrientes desempenham papel fundamental no organismo e que, portanto, são essenciais à nutrição

humana, uma questão importante é determinar o quanto cada pessoa necessita de um nutriente

específico” (PESSA, 1998).

Nas palavras de Pessa (1998), os conceitos básicos mostrados no guia alimentar da pirâmide

( Figura 3) são:

Figura 3. Pirâmide Alimentar

Fonte: Philippi et al. (1999 apud GENTA, 2004)

• Variedade: revela que se deve ter o consumo de grande variedade de alimentos dentro de

um grupo e entre os grupos. Dessa forma, o sentido é valorizar e homogeneizar a

importância de todos os grupos alimentares.

• Moderação: orienta que aqueles alimentos ricos em gordura e/ou açúcares adicionados

devem ser ingeridos na quantidade da porção recomendada, e que a ingestão de

gorduras, óleos e doces deve ser feita de forma esporádica.

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• Proporcionalidade: identificada pelo tamanho dos grupos, ou seja, deve-se consumir

mais daqueles grupos que são maiores e, menos dos grupos menores.

2.2 Inteligência Artificial

Segundo Durkin (1994 apud DELPIZZO, 1997) Inteligência Artificial (IA) é o campo da

ciência que tenta explicar a origem da natureza do conhecimento.

Para Arnold e Bowie (1986 apud RABUSKE, 1995), Inteligência Artificial (IA) é a parte da

Ciência da Computação concernente ao projeto de sistemas computacionais que exibem inteligência

humana: aprender novas informações, entender linguagens, raciocinar e resolver problemas.

Para Feigenbaum (1992 apud FERNANDES, 2003), a Inteligência Artificial (IA) é a parte

da Ciência da Computação voltada para o desenvolvimento de sistemas de computadores

inteligentes, isto é, sistemas que exibem características as quais se associa com a inteligência no

comportamento humano, por exemplo: compreensão da linguagem, aprendizado, raciocínio,

resolução de problemas, etc .

Segundo Luger (2004),

Tentamos definir inteligência artificial através da discussão de suas áreas mais importantes de pesquisa e aplicação. Esta visão geral revela um campo de estudo jovem e promissor, cujo interesse principal é encontrar um modo efetivo de entender e aplicar técnicas inteligentes para a solução de problemas, planejamento e habilidades de comunicação a uma ampla gama de problemas práticos.

2.3 Raciocínio Baseado em Casos

Para Fernandes (2003), “o processo característico do RBC, Raciocínio Baseado em Casos,

consiste em identificar o problema atual, buscar a experiência mais semelhante na memória e

aplicar o conhecimento desta experiência passada no problema atual”.

Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003), o RBC resolve problemas utilizando as

experiências passadas, que ficam armazenadas em uma base de casos, e os novos problemas são

resolvidos com base na adaptação de soluções similares já conhecidas.

Abel (1996) informa que para um domínio particular os problemas a serem resolvidos

tendem a ser recorrentes e repetir-se com pequenas alterações em sua versão original. Desta forma,

soluções anteriores podem ser aplicadas também com pequenas alterações.

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Para Kolodner (1993), a qualidade de um RBC depende dos fatores abaixo:

• a experiência que tenha tido;

• sua habilidade de compreender novas situações nos termos das experiências passadas;

• sua competência de adaptação;

• sua competência de avaliação e conservação; e

• sua habilidade para integrar novas experiências na memória apropriadamente.

O ciclo do Raciocínio Baseado em Casos é demonstrado na Figura 4, onde um novo

problema é comparado com os casos da base. Um ou mais casos similares são recuperados e uma

solução sugerida pela similaridade pode ser então reutilizada, sendo esta solução revisada e

armazenada.

Figura 4. Ciclo de RBC

Fonte: Adaptado de Aamodt e Plaza (1994 apud WATSON e MARIR 2000 ).

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2.3.1 Representação do conhecimento

O conhecimento em um sistema RBC é representado por casos (WANGENHEIN,2003).

Para Buta (1997 apud FERNANDES, 2003) um caso é uma abstração de uma experiência, que deve

estar descrita em termos de conteúdo e contexto. Estas experiências precisam ser organizadas em

unidades bem definidas, formando a base de raciocínio ou memória de casos.

2.3.1.1 Caso

Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003), um caso é uma peça de conhecimento

contextualizado representando uma experiência ou episódio concreto. Contém a lição passada, que é

o conteúdo do caso e o contexto em que a lição pode ser usada, sendo um caso composto do

problema e da solução.

Para Kolodner (1993) um caso é composto de três partes: a descrição do problema, ou a

situação que deve ser entendida, a descrição da solução e o resultado, que é a saída da solução do

problema.

Os componentes da representação do problema para Kolodner (1993) são: objetivos a serem

alcançados na solução do problema, restrições dos objetivos e características da situação do

problema e os relacionamentos entre as partes.

Os componentes da representação da solução para Kolodner (1993) são: a própria solução, o

conjunto de passos utilizados para a solução do problema, o conjunto de justificativas para as

decisões que foram tomadas na construção da solução do problema, soluções aceitáveis que não

foram escolhidas (e as razões e justificativas), soluções não aceitas que estavam fora das regras (e

as razões e justificativas), expectativas dos resultados sobre a solução.

Os componentes da representação das saídas, segundo Kolodner (1993) são: o próprio

resultado, se o resultado contemplou ou violou as expectativas, se o resultado foi um sucesso ou um

fracasso, explanação da expectativa de violação e/ou falha, reparar a estratégia, o que poderia ter

sido feito para evitar o problema apontar para a próxima tentativa de solução.

2.3.1.2 Representação dos casos

O problema na representação de Raciocínio Baseado em Casos é essencialmente o que se

deve guardar de um caso, a estrutura apropriada para a descrição do mesmo e como a memória de

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casos deve ser organizada e indexada para efetuar satisfatoriamente a recuperação e reutilização

(FERNANDES, 2003).

As formas de representação de casos, segundo Wangenheim e Wangenheim (2003), são:

representações atributo-valor, representação orientada a objetos, árvores e grafos, redes semânticas,

árvores K-D. A mais simples forma de representação de casos é a realizada por vetores atributo-

valor. Esta forma resolve uma grande parcela dos problemas de aplicação de RBC. Em casos em

que a complexidade do domínio é maior, representações orientadas a objetos e outras podem ser

utilizadas.

2.3.2 Similaridade

A similaridade é o ponto crucial do RBC, pois todo raciocínio que dá fundamento a esta

técnica está aqui. A avaliação é feita comparando-se os casos candidatos com o caso a ser

solucionado, sendo que a semelhança das características é que irá determinar a similaridade entre

eles (DELPIZZO, 1997).

Uma das hipóteses básicas de sistemas de RBC é que problemas similares possuem soluções

similares. Com base nesta hipótese, o critério a posteriori da utilidade de soluções passa a ser

reduzido ao critério a priori da similaridade de descrições de problema. Esta forma de proceder é

justificada pela premissa de que, em muitas aplicações, a similaridade de definições de problemas

implica a aplicabilidade da solução de um sobre outro (WANGENHEIM e WANGENHEIM ,2003).

A solução descrita em um exemplo de caso escolhido pode ser útil para um novo problema

(ibidem), caso ela:

• Permita a solução do problema atual de alguma forma;

• Evite a repetição de um erro anterior;

• Permita uma solução eficiente do problema, que seja mais rápido do que, por exemplo,

utilizar uma heurística passo a passo para calcular uma solução;

• Ofereça a melhor solução para o problema de acordo com um critério de otimalidade

qualquer; e

• Ofereça ao usuário uma solução cuja lógica possa ser compreendida por ele.

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Para Wess (1995 apud WANGENHEIM e WANGENHEIM 2003) no RBC se pode

formalizar o conceito de similaridade por meio de três formas diferentes:

• Similaridade como Predicado;

• Similaridade como Relação de Preferência; e

• Similaridade como Medida.

A primeira idéia concebe similaridade como uma relação entre os objetos ou fatos, que

existe ou não existe. A segunda pressupõe a idéia de uma similaridade maior ou menor, enquanto o

terceiro enfoque postula a quantificação da extensão dessa semelhança.

2.3.2.1 Indexação

Os índices de um caso são combinações de seus atributos mais importantes, que permitem

distingui-lo de outros e identificar casos úteis para uma dada descrição de problema

(WANGENHEIM e WANGENHEIM, 2003).

Segundo Kolodner (1993) o grande problema em um RBC é retornar os casos apropriados.

Para esta indexação existem dois problemas, que são o de colocar um rótulo no caso no momento

em que ele está entrando na biblioteca de casos para assegurar que possa ser lido no momento

adequado e o segundo é que a busca possa ser feita através desta biblioteca de casos de maneira

eficiente e correta.

Algumas diretrizes que levaram a comunidade RBC a escolherem alguns índices:

• Índices devem ser preditivos;

• Predições devem ser possíveis de serem feitas para ser um índice útil;

• Índices devem ser abstratos o suficiente para fazer um caso útil em uma variedade de

situações futuras; e

• Índices devem ser concretos o suficiente para serem facilmente reconhecidos em

situações futuras. (ibidem)

Ainda para Kolodner (1993) as qualidades que um índice deve ter são: características

preditivas, abstração dos índices, solidez dos índices e utilidade dos índices.

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2.3.2.2 Recuperação

Os procedimentos para igualar e classificar os casos podem ser de três tipos: numéricas,

heurísticas e ambos. Os procedimentos numéricos dependem de uma validação numérica que use

relativa importância da dimensão e o grau de similaridade de cada uma para computar uma

contagem, e os procedimentos heurísticos aplicam preferências sobre o conjunto de casos que estão

sendo classificados para filtrar o mais útil de acordo com o critério de preferência (KOLODNER,

1993).

O objetivo da recuperação de casos é encontrar um caso ou um pequeno conjunto de casos

na base de casos que contenha uma solução útil para o problema ou situação atual. O processo de

recuperação de casos pode ser formalmente descrito por meio de um conjunto de subtarefas que

devem ser realizadas pelo sistema RBC:

• Assessoramento da situação objetivando a formulação de uma consulta representada por

um conjunto de descritores relevantes da situação ou problemas atuais;

• Casamento, objetivando a identificação de um conjunto de casos suficientemente

similares à consulta; e

• Seleção, que escolhe o melhor casamento ou casamentos com a base no conjunto de

casos selecionado (WANGENHEIM e WANGENHEIM, 2003).

O vizinho mais próximo (Nearest Neighbour Retrieval)

Segundo Kolodner (1993) cada característica do caso de entrada é comparada com a sua

correspondente nos casos armazenados, o grau de igualdade é computado, e baseado na importância

atribuída para cada dimensão, uma medida de similaridade é calculada.

Para cada característica no caso de entrada.

• Encontre a característica correspondente no caso armazenado;

• Compare os valores e calcule o grau de igualdade;

• Multiplique pelo coeficiente que representa a importância da característica para a

similaridade; e

• Adicione os resultados que derivarem ao total.

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Este número representa o grau de similaridade entre o novo caso e o caso armazenado. Um

caso pode ser escolhido, escolhendo o item com o maior total.

Para Reis e Cargnin (1997) como é uma técnica simples não requer muitos cálculos para o

seu entendimento. Deve-se identificar as características essenciais para a solução do problema,

sendo que estes atributos devem ser representados em algum sistema de coordenadas, para que seja

possível medir a distância entre o novo problema e os casos já existentes na memória de casos.

Ainda para Reis e Cargnin (1997), “há ainda a possibilidade de um especialista considerar

outros fatores além dos selecionados, fazendo com que os atributos tenham importâncias (pesos)

diferenciadas”. A similaridade neste método se expressa através da fórmula da Equação 6.

( ) ( ) i

n

iii wxFNfFNdedeSimilarida �

−=

1

,, Equação 6

Onde: N é o novo caso; F são os casos existentes na memória de casos; n é o número de

atributos; i é um atributo individual; ƒ é a função de similaridade para o atributo i nos casos N e F;

w é o peso do atributo i.

2.3.3 Adaptação

Nas palavras de Fernandes (2003) o processo de ajuste da nova situação é incremental,

podendo ser desenvolvida antes ou durante a recuperação. Parte do processo irá ocorrer antes da

pesquisa, parte durante sua avaliação e, sendo a avaliação inicial incompleta, parte ocorre após a

pesquisa, sendo que:

• Existe a necessidade de ajuste da situação para se descobrir o tipo da nova situação, o

que importa nela e as verdades além do motivo;

• É feita a avaliação dos detalhes e interpretação da situação, sendo mais completa a

interpretação que a situação, mas sujeita as mudanças do raciocinador;

• Pessoas podem realizar a interpretação de formas diferentes, como também os

programas;

• Interpretações inexatas geram conclusões pobres; e

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36

• Pode haver a necessidade de várias interpretações para encontrar algo satisfatório.

O ajuste da situação pode ser realizado em três etapas:

• Antes da pesquisa: definindo o contexto com o uso de check-list;

• Durante a pesquisa: refinando o contexto incrementalmente; e

• Após a pesquisa: redefinindo o contexto.

Para Wangenheim e Wangenheim (2003) uma vez que o caso recuperado da base pode não

satisfazer completamente os requisitos dados pela nova situação, pode se tornar necessário adaptar a

solução descrita no caso recuperado antes de aplicá-la ao caso atual. A identificação do que

necessita ser modificado pode ser realizada por uma grande variedade de métodos. Algumas vezes,

diferenças entre as especificações dos problemas apontam para a necessidade de se arrumar

determinadas partes da solução antiga (recuperada). Saber o que necessita ser modificado na

solução proposta não é a mesma coisa que determinar quais modificações devem ser realizadas. A

decisão de que partes devem ser modificadas depende da facilidade de modificação de uma

particular parte da solução, de quanto esta modificação vai satisfazer os requisitos de modificação,

dos efeitos colaterais dessa modificação e também de se possuir o conhecimento para realizar esta

modificação.

2.3.4 Aprendizado

Lagemann (1998 apud FERNANDES, 2003) informa que a aprendizagem, em um sistema

RBC acontece, principalmente, ao acumularem-se novas experiências na memória do mesmo e da

correta indexação dos problemas. Um sistema de RBC somente será eficiente ao conseguir aprender

através de experiências passadas e correta indexação dos problemas.

Um sistema, para que consiga aprender, deve ser hábil na identificação do que deve

conhecer e processar esta informação logo que se torne disponível. O processo de aprendizagem

deve explicitar o conhecimento que deseja e realizar um conjunto de ações que aumentam a

oportunidade de encontrar este mesmo conhecimento (FERNANDES, 2003).

Segundo Wangenheim e Wangenheim (2003) pode-se distinguir basicamente três tipos de

retenção em sistemas de RBC:

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37

• Sem retenção de casos: os sistemas de RBC mais simples desconsideram a inclusão

automática de novo conhecimento na base de casos.

• Retenção de soluções de problemas: uma forma de aprendizado típica de RBC é aquela

integrada ao processo de solução de novos problemas. Assim um novo problema é

resolvido, a experiência é retida de forma a auxiliar na solução problemas similares no

futuro.

• Retenção de documentos: outro tipo de retenção é praticada em sistemas de RBC em que

o novo conhecimento é adquirido de forma assíncrona ao processo de solução de

problemas. Aqui o conhecimento é adquirido de forma independente da operação do

sistema, sempre que se encontrar disponível, como, por exemplo, documentos em um

sistema de gerência do conhecimento (WANGENHEIM , LICHTNAW e

WANGENHEIM apud WANGENHEIM, 2003).

2.4 Implementação

Para este projeto será utilizado o método do vizinho mais próximo, dado a sua facilidade de

implementação e ser aplicado a pequenas bases de dados, que possuam aproximadamente cem

casos. Optou-se pela função City-Block, descrita na Equação 7, para o cálculo da distância pois com

os índices numéricos esta equação torna-se simples de ser implementada.

( ) ||, ii FNFNBlockCity −=− Equação 7

2.4.1 Vocabulário de Índices

O vocabulário de índices escolhidos para o projeto são os índices da Tabela 7, sendo que o

peso de cada índice foi definido pelo especialista do projeto1, mas poderão ser alterados no sistema

pelo nutricionista que estiver utilizando-o conforme a necessidade da recuperação, que vai depender

do caso que está sendo avaliado. A seguir também são definidos os valores para cada índice.

1 Pesos definidos: 1 - essencial; 0,8 - importante; 0,6 - considerável; 0,4 - dispensável; e 0,2 - insignificante.

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38

Tabela 7. Índices e Pesos dos índices

Índice Valor do Peso Sexo 1 TMB 1 NET 0,8

Atividade Física 1 RCQ 0,6 IMC 1

Para o índice sexo os valores se encontram na Tabela 8.

Tabela 8. Atribuição de valores ao atributo Sexo

Atributo Valor Feminino 1 Masculino 2

Para o índice TMB os valores se encontram na Tabela 9.

Tabela 9. Atribuição de valores ao atributo TMB

Kcal/dia Valor <1000 1

1000 – 1200 2 1200 – 1400 3 1400 – 1600 4 1600 – 1800 5 1800 – 2000 6 2000 – 2200 7 2200 – 2400 8 2400 – 2600 9 2600 – 2800 10 2800 – 3000 11 3000 – 3200 12 3200 – 3400 13 3400 – 3600 14 3600 – 3800 15 3800 – 4000 16

>4000 17

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39

Para o índice Atividade Física os valores se encontram na Tabela 10.

Tabela 10. Atribuição de valores ao atributo Atividade Física

Atividade Física Valor Leve 1

Moderada 2 Intensa 3

Para o índice NET os valores se encontram na Tabela 11.

Tabela 11. Atribuição de valores ao atributo NET (TMB x FAF)

Kcal/dia Valor <1000 1

1000 – 1200 2 1200 – 1400 3 1400 – 1600 4 1600 – 1800 5 1800 – 2000 6 2000 – 2200 7 2200 – 2400 8 2400 – 2600 9 2600 – 2800 10 2800 – 3000 11 3000 – 3200 12 3200 – 3400 13 3400 – 3600 14 3600 – 3800 15 3800 – 4000 16

>4000 17

Para o índice RCQ os valores se encontram na tabela 12.

Tabela 12. Atribuição de valores ao atributo RCQ

Homens Mulheres Valor < 1,0 < 0,8 1 >1,0 >0,8 2

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Para o índice IMC os valores se encontram na tabela 13.

Tabela 13. Atribuição de valores ao atributo IMC

Intervalo Valor Abaixo de 18,5 1

18,5 - 24,9 2 25,0 - 29,9 3 30,0 - 34,9 4 35,0 - 39,9 5

40,0 e acima 6

2.4.2 Algoritmo

Com todos os valores definidos para os índices, e os respectivos pesos, o exemplo a seguir

demonstra como será feita a recuperação dos casos similares. Utilizando a Tabela 14 tem-se o Caso

A e o Caso B da base que serão comparados com o caso de entrada:

Tabela 14. Tabela com casos exemplo

Índice Caso Base A Valor Caso Base B

Valor Caso Entrada

Valor do Índice

Sexo Masculino 1 Masculino 1 Masculino 1 IMC 33,26 4 29,4 3 28,41 3 RCQ 0,93 1 0,88 1 0,86 1 TMB 1621,4 5 1702,47 5 1874,28 6 NET 2513,17 9 2820,32 11 2905,13 11

Atividade Física

Leve 1 Leve 1 Moderada 2

Para este exemplo deve-se calcular a distância entre cada um dos atributos do caso de

entrada e o seu correspondente dos casos da base, como demonstrado nas equações abaixo. O caso

com a menor distância será considerado como o mais similar, e a recuperação dos casos mais

similares será definida no sistema, ficando a cargo de cada profissional determinar a quantidade de

casos que devem retornar:

1|21|8,0|119|1|65|6,0|11|1|34|1|11| xxxxxxDistânciaA −+−+−+−+−+−=

6,4=ADistância

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1|21|8,0|1111|1|65|6,0|11|1|33|1|11| xxxxxxDistânciaB −+−+−+−+−+−=

2=BDistância

Para o nosso exemplo o Caso B possui a menor distância, sendo este o caso mais similar

recuperado.

2.5 Ferramentas Similares

As pessoas sempre usaram instrumentos para aumentar suas habilidades, e o computador se

tornou um instrumento extremamente importante nas atividades de avaliação e diagnóstico

(STEIN, 1991).

O uso da informática vem se popularizando cada vez mais no dia-a-dia dos profissionais da

saúde. O fato vem ocorrendo devido às facilidades que o computador traz no processamento e

acesso as informações (QUADROS; DIAS e MORO, 2004).

Com a necessidade cada vez maior de agilidade e precisão nos diagnósticos de avaliação

nutricional e programação de planos alimentares, os profissionais contam com o apoio de softwares

capazes de realizar estas tarefas, sendo que alguns destes softwares utilizam inclusive técnicas de

Inteligência Artificial, segundo Quadros, Dias e Moro (2004),

Os softwares de nutrição, geralmente contêm fórmulas para avaliação nutricional e gasto energético, inúmeros alimentos e receitas cadastradas com o conteúdo de macro e micro nutrientes para análise e pode conter ou não, sistemas de Inteligência Artificial (IA) que são em grande parte destinados a apoiar os profissionais de saúde nos seus deveres diários, auxiliando-os em tarefas que se baseiam na manipulação dos dados e das informações dos pacientes.

Nesta seção serão apresentadas as ferramentas que se mostraram relevantes ao escopo deste

projeto, sendo feito uma ánalise comparativa entre as características das ferramentas, visando

facilitar o entendimento das mesmas e permitindo que se extraia delas sugestões para solucionar os

problemas deste projeto.

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2.5.1 Raciocínio Baseado em Casos uma abordagem Fuzzy para Diagnóstico Nutricional

Este sistema tem como um de seus objetivos tornar o diagnóstico mais rápido e abrangente

para o especialista. Segundo Thé (2001):

• Este sistema possui uma proposta especial de Diagnóstico Nutricional no uso de

prevenção e/ou tratamento de doenças crônicas degenerativas não transmissíveis; e

• Uma nova métrica de RBC para identificação e recuperação de casos reutilizados

baseados em uma fácil adaptação.

“O modelo de nosso sistema especialista, poderá usar diferentes tipos de raciocínio

nutricional para determinação do Diagnóstico Nutricional e Prescrição Dietética” (THÉ, 2001).

A ferramenta utilizada para a implementação foi o delphi, sendo uma aplicação desktop.

Não foram encontrados protótipos ou telas.

2.5.2 Inteligência Artificial aplicada à Nutrição na prescrição de planos alimentares

Este sistema propõe-se a prescrição de planos alimentares a partir do diagnóstico nutricional,

utilizando o Raciocínio Baseado em Casos, para a prevenção e tratamento de doenças crônicas

degenerativas.

“O objetivo geral desta dissertação é auxiliar nutricionistas através do desenvolvimento de

um sistema inteligente capaz de contribuir nas tarefas de diagnóstico e prescrição” (CAMARGO,

1999).

Ainda, segundo Camargo (1999) para atingir esta meta procurou-se:

• Representar o conhecimento do especialista em Nutrição;

• Modelar o raciocínio de especialistas em Nutrição frente às tarefas de diagnóstico

nutricional e de prescrição de dietas;

• Representar a consulta em Nutrição usando o paradigma de RBC;

• Resolver o problema de aquisição de conhecimento; e

• Buscar meios de agilizar a recuperação de casos no sistema.

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43

2.5.3 Prescrição de atividades físicas através do uso da Inteligência Artificial

Este sistema utiliza o Raciocínio Baseado em Casos para automatizar a prescrição de

atividades físicas através do diagnóstico do paciente.

“O objetivo deste trabalho é o de desenvolver um protótipo para automatizar a tarefa de

prescrever atividades físicas, utilizando recursos da Inteligência Artificial” (DELPIZZO, 1997).

O sistema proposto foi desenvolvido em Delphi, sendo uma aplicação desktop.

2.5.4 Dietwin – Software de Avaliação Nutricional

Este software proporciona a avaliação nutricional e clínica do paciente. É o software

atualmente utilizado pelo curso de Nutrição da UNIVALI, abrangendo todos os aspectos da

consulta e anamnese. Dentre as avaliações que podem ser feitas estão:

• Avaliação Clínica; e

• Avaliação Nutricional.

2.5.5 Dietpro – Software de Nutrição

Este software foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, se

encontra no mercado desde 1998, e atualmente está na versão 4. “A intenção é fazer com que o

usuário adapte o programa à sua realidade e torne seu trabalho mais flexível e ágil” (MONTEIRO,

1992). As avaliações que o software possui são:

• Avaliação antropométricas;

• Avaliação bioquímica; e

• Avaliação dietética;

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2.5.6 Análise das ferramentas similares

A Tabela 15 representa um quadro comparativo entre as ferramentas similares e o projeto

desenvolvido.

Tabela 15. Análise de ferramentas similares

Ferramentas

Características 1 2 3 4 5 6

Técnica de IA RBC/Fuzzy RBC RBC Não Não RBC

Prescrição Alimentar Sim Sim - Sim Sim Sim

Recomendação à atividade Física Sim Não Sim Não Não Sim

Avaliação Clinica Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Exames Laboratoriais Sim Não Sim Sim Sim Sim

Diagnóstico Nutricional Sim Sim - Sim Sim Sim

Anamnese Alimentar Sim Sim - Sim Sim Sim

Classificação pelo IMC Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Aplicação Web Não Não Não Não Não Sim

Operabilidade - - - Sim Sim Sim

Acessibilidade - - - Sim Sim Sim

Legenda: 1 - Raciocínio Baseado em Casos uma abordagem Fuzzy para Diagnóstico Nutricional 2 - Inteligência Artificial aplicada à Nutrição na prescrição de planos alimentares 3 - Prescrição de atividades físicas através do uso da Inteligência Artificial 4 - Dietwin – Software de Avaliação Nutricional 5 - Dietpro – Software de Nutrição 6 - Sistema TDiet

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3 DESENVOLVIMENTO

O presente trabalho é uma aplicação que utiliza a técnica de Inteligência Artificial (IA)

denominada RBC para realizar a avaliação e programação alimentar de pacientes, e a interação do

paciente com o nutricionista através da internet.

Este projeto disponibiliza uma interface para o nutricionista fazer a avaliação nutricional do

paciente e a devida prescrição alimentar sendo que com o acesso via internet o paciente poderá

acessar o sistema e interagir com o nutricionista, conforme demonstrado na Figura 5.

Figura 5. Visão macro do sistema

A Figura 6 representa a interface do sistema com o nutricionista. Após a avaliação

nutricional os casos similares são recuperados e apresentados para ser escolhido àquele que será

utilizado como base para a prescrição alimentar para o paciente que está sendo avaliado. Para a base

inicial de casos foram definidas quatro protótipos e suas respectivas avaliações no Apêndice A.7.

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Figura 6. Projeto visão do nutricionista.

A Figura 7 representa a interface do sistema com o paciente através da web. O paciente pode

acessar a tabela de substituições de alimentos, montando assim o seu cardápio por grupo de

alimentos, pode preencher o recordatório alimentar, consultar as informações sobre educação

alimentar, dicas de alimentação e receitas culinárias. Com esta interação o paciente estará mais

próximo ao nutricionista mantendo assim a sua motivação na continuidade do tratamento.

A primeira atividade desenvolvida foi à avaliação de ferramentas similares e entrevistas com

nutricionistas para o levantamento dos requisitos necessários para o sistema, e definição de quais

destes requisitos seriam atendidos pelo sistema.

Para a modelagem do software foi utilizada a linguagem UML (Unified Modeling

Language), e os diagramas considerados relevantes à devida descrição do funcionamento do

software. O diagrama de caso de uso foi utilizado para descrever as operações do foco do problema,

e determinar a interação que os usuários terão com o software. No diagrama de classes foram

representadas as principais classes de negócio que irão compor a aplicação, seus atributos e

operações e os diagramas de seqüências foram empregados para representar a sucessão de eventos

que devem ser realizados nas principais operações do software.

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47

Figura 7. Projeto visão do paciente.

A seguir, os requisitos que foram atendidos pelo software desenvolvido, a modelagem do

banco de dados e uma visão simplificada da modelagem do sistema, apresentando os principais

diagramas mencionados. No Apêndice A são apresentados os demais diagramas da modelagem

proposta, bem como as telas do sistema.

3.1 Análise de Requisitos

Os requisitos detalhados a seguir atendem ao objetivo do presente trabalho.

3.1.1 Requisitos Funcionais • O sistema deve permitir o cadastro com informações do paciente;

• O Sistema deve permitir o cadastro da Anamnase;

• O sistema deve permitir o cadastro das avaliações antropométricas;

• O sistema deve permitir o cadastro dos exames clínicos;

• O sistema deve realizar o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC);

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• O sistema deve disponibilizar um módulo administrador de acesso e permissões para

pacientes e usuários do sistema;

• O sistema deve apresentar a programação alimentar por grupo de alimentos para o

paciente;

• O sistema deve fazer a pesquisa de avaliações nutricionais similares ( RBC);

• O sistema deve permitir a consulta de substituições de alimentos (alimentos similares de

um mesmo grupo);

• O sistema deve permitir o cadastro de dúvidas do paciente referente ao tratamento;

• O sistema deve enviar um e-mail de aviso quando dúvidas e respostas forem cadastradas

e respondidas;

• O sistema deve permitir o cadastro de informações para a educação alimentar, dicas de

saúde e receitas culinárias;

• O sistema deve permitir o cadastro de informações psicossociais do paciente;

• O sistema deve permitir o cadastro das medidas e realizar o cálculo da taxa metabólica

basal (TMB) e o cálculo da relação cintura x quadril;

• O sistema deve permitir publicar as respostas às dúvidas como públicas ou restritas ao

paciente;

• O sistema deve permitir o cadastro de recomendação de atividades físicas;

• O sistema deve permitir o cadastro do Questionário de 24h;

• O sistema deve permitir o cadastro do Questionário geral de freqüência de uso dos

alimentos;

• O sistema deve permitir o cadastro do Questionário Seletivo de freqüência de uso dos

alimentos;

• O sistema deve permitir o cadastro da orientação alimentar;

• O sistema deve permitir o cadastro das informações referentes ao histórico do paciente; e

• O sistema deve enviar por e-mail o cadastro do paciente e senha de acesso ao sistema.

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3.1.2 Requisitos Não Funcionais • O sistema operacional deve ser o Windows NT, XP ou 2000;

• O browser utilizado deve ser o Internet Explorer 5.0 ou superior;

• O banco de dados utilizado será o Mysql;

• Módulo apache como servidor;

• O sistema deve permitir acesso somente aos usuários cadastrados no sistema;

• O sistema deve permitir navegação via browser;

• O sistema deve permitir acesso somente aos pacientes cadastrados no sistema; e

• O cadastro do login e senha do usuário devem ser com senha gerada automaticamente

pelo sistema, disponibilizando ao usuário uma interface para alterar a senha.

3.1.3 Regras de Negócio • O paciente só pode fazer a avaliação nutricional se estiver devidamente cadastrado;

• Pacientes identificados com distúrbios psicológicos devem ser encaminhados ao

profissional adequado;

• As avaliações obrigatórias recomenda-se sejam preenchidas na seguinte ordem:

Histórico, Questionários e Medidas;

• É necessário fazer uma nova avaliação para o sistema emitir outra programação

alimentar;

• As atividades físicas recomendadas são complementares a programação nutricional;

• O e-mail de aviso do cadastro de dúvidas do tratamento ou resposta não deve ter

informações do paciente ou informações do tratamento;

• As dúvidas cadastradas por paciente podem estar disponíveis a todos os pacientes

cadastrados desde que autorizado pelo próprio paciente no momento do cadastro da

dúvida;

• O paciente poderá ter acesso somente à sua última prescrição alimentar;

• Junto com a prescrição alimentar deve ser emitido para o paciente a orientação quanto a

alimentação definida pelo nutricionista;

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• Na primeira consulta do paciente toda a avaliação deve ser preenchida; e

• O método utilizado para a prescrição de planos alimentares é por grupos alimentares,

seguindo a pirâmide alimentar.

3.2 Modelagem do sistema

A seguir é apresentada a modelagem do sistema, contendo os principais diagramas que

foram utilizados.

3.2.1 Diagrama de casos de uso

Os diagramas de caso de uso fornecem uma descrição da visão do sistema e suas interações

com o mundo exterior, representando uma visão de alto nível de funcionalidade intencional

mediante o recebimento de um tipo de requisição do usuário (FURLAN, 1998).

Para Pender (2004), o diagrama de caso de uso modela expectativa dos usuários para usar o

sistema. A seguir os principais casos de uso do sistema. Os casos de usos foram separados em

pacotes, sendo que cada pacote oferece uma visão de partes da interação do sistema com o usuário;

os pacotes encontram-se no apêndice A.

A Figura 8 apresenta os casos de uso do pacote avaliação nutricional, cada caso de uso

representa uma avaliação. O UC02.01 Cadastrar Anamnese permite ao nutricionista incluir a

avaliação através de um questionário sobre o paciente. UC02.02 Cadastrar questionário 24 horas

permite ao nutricionista incluir um questionário sobre a ingestão alimentar do paciente no dia

anterior, UC02.03 Cadastrar IMC, TMB e Pregas Cutâneas permite ao nutricionista incluir as

medidas físicas do paciente e calcular os índices da avaliação, sendo este o mais importante caso de

uso dentro da avaliação nutricional, pois estas medidas resultam nos valores da maior parte dos

atributos utilizados como índices de busca dos casos da base. UC02.04 Cadastrar exame clinico e

dados bioquímicos permite ao nutricionista incluir as informações referentes aos exames clínicos e

biológicos do paciente. UC02.05 Cadastrar questionário de freqüência permite ao nutricionista

cadastrar a freqüência da ingestão de alimentos. UC02.06 Cadastrar o questionário seletivo de

freqüência permite ao nutricionista cadastrar a freqüência de ingestão de certos grupos de alimentos.

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ud PCT02 - Av aliação Nutricional

Avaliação Nutricional

Nutricionista

UC02.01 - Cadastrar Anamnese

UC02.02 - Cadastrar Questionário 24 horas

UC02.03 - Cadastrar IMC - TMB - Pregas Cutâneas

UC02.04 - Cadastrar Exame Clinico e dados

bioquimicos

UC02.05 - Cadastrar Questionário Frequência

UC02.06 - Cadastrar o Questionário Seletivo de

Frequência

Figura 8. Casos de uso da avaliação nutricional

Os casos de uso da Figura 9 representam os casos do pacote prescrição alimentar. UC03. 01

Prescrever programação alimentar permite ao nutricionista avaliar a prescrição que será passada ao

paciente. Esta prescrição é separada por refeições e cada refeição é composta por grupos de

alimentos e suas porções diárias. UC03.02 Buscar casos similares representa a recuperação de casos

da base e comparação de similaridade. UC03.03 Recomendar atividade física permite ao

nutricionista cadastrar a recomendação de atividade física ao paciente baseada na avaliação

nutricional e histórico do paciente.

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ud PCT03 - Prescrição Alimentar

Prescrição alimentar

Nutricionista

UC03.01 - Prescrever programação alimentar

UC03.02 - Buscar casos similares

UC03.03 - Recomendar Atividade Fisica

Figura 9. Casos de uso da prescrição alimentar.

Os casos de uso da Figura 10 representam os casos de uso do pacote Acessar sistema

internet, sendo que esta interação será feita entre o paciente e o sistema através da internet. O

UC05.01 Acessar tabela de substituições permite ao paciente acessar a interface para consultar os

alimentos similares dentro de cada grupo, podendo assim montar as suas refeições. UC05.02

Acessar/Cadastrar dúvidas permite ao paciente interagir com o nutricionista através do cadastro de

dúvidas sendo estas inseridas como públicas ou privadas determinadas pelo próprio paciente. Em

cada cadastro um e-mail é disparado para o nutricionista informando que uma nova dúvida foi

submetida. UC05.03 Consultar dicas, educação, receitas culinárias permite ao paciente acessar

informações sobre alimentação como forma complementar ao tratamento. UC05.04 Consultar

última prescrição alimentar permite ao paciente acessar a última prescrição alimentar que foi

passada. UC05.05 Cadastrar recordatório alimentar permite ao paciente cadastrar a ingestão diária

dos alimentos consumidos para a futura avaliação na consulta de retorno.

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ud PCT05 - Acessar Sistema

Acessar Sistema Internet

Paciente

UC05.01 - Acessar Tabela de substituições de alimentos

UC05.02 - Acessar/Cadastrar Dúvidas

UC05.04 - Consultar última prescrição alimentar

UC05.03 - Consultar Dicas/Educação/Receitas

UC05.05 - Cadastrar recordatório alimentar

Figura 10. Casos de uso do acesso ao sistema via internet

Os casos de uso da figura 11 representam os casos de uso do pacote Educação Alimentar. O

UC04.01 permite ao nutricionista cadastrar as informações referentes a educação alimentar, as dicas

de alimentação e as receitas culinárias. O UC04.02 permite ao nutricionista responder as dúvidas

cadastradas dos pacientes. O UC04.03 permite ao nutricionista consultar o recordatório alimentar do

paciente.

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ud PCT04 - Educação Alimentar

Nutricionista

UC04.01 - Cadastrar informações para educação alimentar ( dicas/receitas culinárias/

educação)

UC04.02 - Responder dúvidasUC04.03 - Consultar recordatório

alimentar do paciente

Figura 11. Educação Alimentar

3.2.2 Diagrama de classes

Segundo Furlan (1998) trata-se de uma estrutura lógica estática em uma superfície de duas

dimensões mostrando uma coleção de elementos declarativos de modelo como classes, tipos e seus

respectivos conteúdos e relações. Ele modela as definições de recursos essenciais à operação correta

do sistema. (PENDER, 2004).

A Figura 12 apresenta as principais classes que compõem o sistema e uma breve descrição

de cada uma delas. O diagrama contendo todas as classes encontra-se no Apêndice A. A

representação das classes oferece uma visão da interação do sistema, onde um paciente possui uma

ou mais avaliações nutricionais, e cada avaliação nutricional é composta de uma série de avaliações,

questionários, cálculo de medidas, etc. Para cada avaliação é fornecida uma prescrição alimentar

por grupo alimentar, seguindo o conceito da pirâmide alimentar, sendo fundamental a classe

educação que contém toda a informação de educação alimentar, dicas de alimentação e receitas

culinárias, sendo estas diferenciadas pelo atributo tipo.

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55

cd 4.4 Principais classes

4.2 Diagrama de classes::

Av aliacao_Nutricional

+ CD_AVALIACAO: + DT_AVALIACAO: - ID_SEXO: - VL_TMB: - VL_NET: - ID_ATIV_FISICA: - VL_RCQ: - VL_IMC:

+ mensagem() : void+ salvar_indices() : void+ busca_casos() : void

4.2 Diagrama de classes::Paciente

- DS_PROFISSAO:

+ Salva_inf() : void+ busca_paciente() : void+ Apaga_cadastro() : void

4.2 Diagrama de classes::Pessoa

- CD_PESSOA: - NM_PESSOA: - DS_ENDERECO: - NR_ENDERECO: - DS_COMPLEMENTO: - DS_BAIRRO: - DS_CIDADE: - CD_UF: - CD_CEP: - NR_TEL_RESIDENCIAL: - NR_TEL_CELULAR: - NR_TEL_COMERCIAL: - ID_SEXO: - ID_ESTADO_CIVIL: - DT_NASCIMENTO: - DS_EMAIL: - DS_SENHA: - ID_ACESSO: - NR_ACESSO:

+ busca_idade() : var+ Salva_inf() : var+ busca_pessoa() : void+ Apaga_cadastro() : void+ insere_pessoa_usuario() : void+ busca_pessoa_usuario() : void+ altera_pessoa_usuario() : void+ excluir_pessoa_usuario() : void

4.2 Diagrama de classes::Anamnese

- NR_COMPONENTES_FAM: - NM_PESSOA_COMPRA: - NM_PESSOA_COZINHA: - ID_HADILIDADE_COZINHAR: - ID_APETITE: - DS_FATORES_AFETAM_APETITE: - DS_PERCEPCAO_GUSTATIVA_OLFATIVA: - DS_OBS_SAUDE_ORAL: - DS_OBS_SAUDE_GASTRO: - DS_OBS_DOENCAS_CRO: - DS_OBS_PACIENTE_PROB_NUTRI:

+ salvar() : void+ alterar() : void+ incluir() : void

4.2 Diagrama de classes::Antecedente_familiar

- CD_ANTECENDENTE: - NM_ANTECEDENTE: - ID_TABAGISMO: - ID_DIABETE: - ID_HIPERTENSAO:

+ incluir_antecedente() : void

4.2 Diagrama de classes::Medida_Indice

- DT_MEDIDA: - QT_PESO: - QT_ALTURA: - ID_IDADE: - QT_CINTURA: - QT_QUADRIL: - QT_PREGA_BICIPTAL: - QT_PREGA_SUBESCAPULAR: - QT_PREGA_SUPRAILIACA: - QT_PREGA_TRICIPTAL: - VL_RES_PREGA:

+ incluir_medidas() : void+ alterar_medidas() : void+ excluir_medidas() : void

4.2 Diagrama de classes::Prescricao_Alimentar

- CD_PRESCRICAO: - DS_ORIENTACAO_ATIV_FISICA:

+ busca_prescricao() : void+ inserir_prescricao() : void

4.2 Diagrama de classes::Prescricao_Grupo_Produto

- QT_PORCAO: - ID_REFEICAO:

+ busca_grupo_alimento() : void+ inserir_pre_grupo_alimento() : void

4.2 Diagrama de classes::Educacao

- CD_EDUCACAO: - ID_TIPO: - DS_EDUCACAO:

+ busca_educacao() : void+ salvar_educacao() : void

1

1..*

1..* 1

0..*

1

1 1

1

1..*

1

1

Figura 12. Diagrama de classe (principais classes do projeto)

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3.2.3 Diagramas de seqüência

O diagrama de seqüência é o descendente dos diagramas de interação de objetos de Booch e

Jacobson e mostra os objetos colaborando entre si seguidos de uma narrativa de caso de uso

(FURLAN, 1998).

Para Pender (2004), o foco do diagrama está na identificação de interações entre os objetos

com o tempo.

Um diagrama de seqüência é utilizado para representar a ordenação temporal na execução

das atividades e na troca de mensagens entre os diversos componentes de um sistema.

O diagrama de seqüência da Figura 13 representa a interação do caso de uso UC02.04 onde

o nutricionista informa as medidas do paciente. O sistema busca a idade do paciente, sendo que este

atributo será utilizado no cálculo de algumas medidas. Depois a cada solicitação do nutricionista é

feito o cálculo das medidas, sendo ao final disto salva as informações na base de dados. O sistema

emite uma mensagem na tela se a operação foi realizada com sucesso ou não. O diagrama da Figura

14 representa os casos de uso UC03. 01 e UC03.02 para a prescrição alimentar. Considerando que a

avaliação nutricional tenha sido feita, o nutricionista solicita a prescrição ao sistema, este acessa a

base de casos para recuperar os casos similares, retornando a quantidade de casos similares

definido. Ao escolher um destes casos o sistema apresenta a prescrição alimentar para que esta

possa ser alterada de acordo com as novas necessidades e conseqüentemente ser salva. Neste

diagrama também está incluso a busca da ultima prescrição alimentar do paciente, mas não é

relevante para o momento a descrição desta seqüência.

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sd 5.1.2.1 - Cadastrar Medidas e Indices

NutricionistaTEL0002 Medida_indice

:Medida_Indiceacessar

busca_medida()

alterar

incluir

calcular

calcular_medida

salvar

salva_medida()

mensagem

Figura 13. Diagrama de seqüência do caso de uso UC02. 04 – Avaliação nutricional

O diagrama de seqüência da Figura 15 representa o caso de uso UC05. 01 que demonstra o

acesso do paciente a interface para consultar a tabela de substituição de alimentos. O paciente faz a

busca por produto ou por grupo, e também existe a opção para trazer todos os grupos com todos os

produtos que compõem cada grupo. O sistema busca o grupo a que pertence o produto e mostra

todos os itens deste grupo com a medida da quantidade da porção, e o paciente tem a opção de

imprimir os itens selecionados. Serão os produtos que irão fazer parte da composição da refeição.

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sd 5.1.3.1 - Prescrev er a alimentação

TEL0024 TEL0013 prescricao :

Prescricao_Alimentar

prescricao_grupo :

Prescricao_Grupo

NutricionistaPaciente

busca_prescricao

busca_prescricao

busca_prescricao()

busca_grupo_alimento()

salvar

inserir_prescricao()

inserir_pre_grupo_alimento()

message

buscar

busca_prescricao()

busca_grupo_alimento()

Figura 14. Diagrama de seqüência dos casos de uso UC03. 01 e UC03. 02 – Prescrição alimentar

sd 5.1.5.1 - Acessar Tabela Substituições

PacienteTEL0012 grupo_produto

:Grupo_produto

produto :Produto

Grupo :Grupo

acesso

busca_grupo()

busca_gru_produto()

busca_produto()

imprime

Figura 15. Diagrama de seqüência do caso de uso UC05.01 – Acessar sistema internet

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3.2.4 Telas do Sistema

A seguir são apresentadas as principais telas do sistema, sendo que será apresentado em uma

ordem lógica, do acesso ao sistema até a prescrição alimentar de um paciente, percorrendo o

principal objetivo do sistema. Todas as demais telas do projeto estão no apêndice A.

A TEL0003 (Figura 16) é a tela inicial do sistema. Nesta tela é feito o acesso ao sistema dos

usuários cadastrados.

Figura 16. Tel0003 – Acesso ao Sistema.

A Tela TEL0000 (Figura 17) é o menu inicial sendo a tela principal do sistema, e é através

dela que será possível fazer toda a navegação pelo sistema. O menu de navegação desta tela é

montado dinamicamente através das permissões atribuídas aos usuários.

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Figura 17. Tel0000 – Menu Principal.

A Tela TEL0001 (Figura 18) é a interface para manter o cadastro do paciente, sendo

possível inserir e alterar as informações de cada paciente.

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Figura 18. Tel0001 – Cadastro do Paciente.

A Tela TEL0025 (Figura 19) é um menu para navegação do nutricionista através da

avaliação nutricional e conseqüente prescrição alimentar. Neste menu está disponível todas as

avaliações necessárias para uma prescrição alimentar.

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Figura 19. Tel0025 – Menu da avaliação nutricional

A Tela TEL0002 (Figura 20) é a interface para o cadastro das medidas físicas do paciente e

cálculo dos índices físicos. Dentre as avaliações esta é obrigatória, pois além de serem utilizados os

resultados destas medidas como índices do RBC, são medidas obrigatórias para uma prescrição

alimentar.

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Figura 20. Tel0002 – Cadastrar índices e medidas do paciente.

A Tela TEL0013 (Figura 21) é a interface para o nutricionista definir a prescrição alimentar

por grupo de alimentos distribuídos pelas refeições. Os grupos alimentares que podem ser

selecionados são os grupos cadastrados no sistema.

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Figura 21. Tel0013 – Prescrição alimentar por grupo de alimentos.

A Tela TEL0012 (Figura 22) é a interface do sistema para o acesso a tabela de substituições

de alimentos. Nesta tela ficam disponíveis todos os alimentos cadastrados por grupo, sendo que

cada alimento deste grupo pode ser utilizado para a refeição. Por exemplo em uma prescrição que

determina que o café da manhã seja composto pelo grupo Verduras qualquer alimento que pertença

a este grupo pode ser utilizado na refeição.

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Figura 22. Tel0012 – Consulta à tabela de substituição de alimentos

A tela TEL0031 (Figura 23) é a interface para o paciente ter acesso à educação alimentar,

através de orientação, dicas de saúde e receitas culinárias.

Figura 23. Tel0031 – Consultar Educação Alimentar.

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3.3 Modelagem do banco de dados

O modelo Entidade Relacionamento (ER), que está no Apêndice A, mapeia as entidades e os

atributos que farão parte do projeto físico do banco de dados. Estas entidades foram mapeadas do

diagrama de classes. As principais entidades são Paciente, Avaliação Nutricional, Medida Índice e

Prescrição alimentar, sendo que cada paciente pode ter uma ou mais avaliações nutricionais, que

possuem medidas e índices físicos do paciente. Cada avaliação é composta de uma atribuição de

medidas, sendo que para cada avaliação é atribuída uma prescrição.

3.4 Testes e resultados

A base de casos é composta por 50 casos reais. Os casos foram cadastrados com a

informação necessária para gerar uma avaliação nutricional, com a completa informação dos índices

de busca do RBC. Cada caso recebeu a denominação CASO1, CASO2 e assim sucessivamente até o

CASO50. A descrição da avaliação para cada caso recebeu a definição de AVALIAÇÃO CASO1,

AVALIAÇÃO CASO2 e assim sucessivamente até a AVALIAÇÃO CASO50. Foi definido o

número de 7 casos mais próximos para retorno do sistema.

Todos os casos foram colocados em uma planilha Excel, com as devidas fórmulas de cálculo

para cada índice, e todos os valores conferidos manualmente.

Para a validação do RBC foram utilizados quatro casos de entrada, sendo que estes casos

foram cadastrados com a avaliação nutricional necessária apenas para contemplar os índices de

pesquisa da base. Não foram preenchidos os demais questionários da avaliação por considerar que

estes questionários são extremamente úteis para a prescrição alimentar mais correta, e como a

intenção destes testes é validar a busca de casos semelhantes à informação necessária foi

cadastrada. Não afetando em nada o desempenho do RBC o não preenchimento das demais

avaliações. O índice RCQ não foi propriamente preenchido nos casos da base (por tratar-se de uma

base real, esta informação não estava disponível) e foi definido que todos os casos da base

receberiam 0,8 quando o caso fosse sexo feminino e 1 quando o caso fosse sexo masculino. Como

este índice possui um peso de 0,6 não será determinante para afetar os resultados encontrados.

O Caso Entrada 1 possui as características definidas na Tabela 16. Para esta entrada,

verificou-se manualmente que o retorno esperado seriam as avaliações: AVALIAÇÃO CASO22,

AVALIAÇÃO CASO42, AVALIAÇÃO CASO50, AVALIAÇÃO CASO24, AVALIAÇÃO

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CASO19, AVALIAÇÃO CASO28 e AVALIAÇÃO CASO40. A Figura 24 mostra o retorno do

sistema com os setes casos semelhantes ao caso de entrada.

Tabela 16. Características Caso Entrada 1.

Características Medidas Nome Caso Entrada 1 Idade 32 Sexo Masculino

Atividade Física Leve RCQ 0,98 IMC 29,4 NET 1233,161 TMB 1911,400

Figura 24. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 1.

O Caso Entrada 2 possui as características definidas na Tabela 17. Para esta entrada

verificou-se manualmente que o retorno esperado seriam as avaliações: AVALIAÇÃO CASO50,

AVALIAÇÃO CASO42, AVALIAÇÃO CASO22, AVALIAÇÃO CASO11, AVALIAÇÃO

CASO40, AVALIAÇÃO CASO19 e AVALIAÇÃO CASO28. A Figura 25 mostra o retorno do

sistema com os setes casos semelhantes ao caso de entrada.

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Tabela 17. Características Caso Entrada 2.

Características Medidas Nome Caso Entrada 2 Idade 26 Sexo Masculino

Atividade Física Moderada RCQ 0,978 IMC 25 NET 804,494 TMB 1933,600

Figura 25. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 2.

O Caso Entrada 3 possui as características definidas na Tabela 18. Para esta entrada,

verificou-se manualmente que o retorno esperado seriam as avaliações: AVALIAÇÃO CASO49,

AVALIAÇÃO CASO33, AVALIAÇÃO CASO14, AVALIAÇÃO CASO15, AVALIAÇÃO

CASO16, AVALIAÇÃO CASO30 e AVALIAÇÃO CASO26. A Figura 26 mostra o retorno do

sistema com os setes casos semelhantes ao caso de entrada.

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Tabela 18. Características Caso Entrada 3

Características Medidas Nome Caso Entrada 3 Idade 59 Sexo Feminino

Atividade Física Leve RCQ 0,87 IMC 24,2 NET 843,71 TMB 1316,200

Figura 26. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 3.

O Caso Entrada 4 possui as características definidas na Tabela 19. Para esta entrada,

verificou-se manualmente que o retorno esperado seriam as avaliações: AVALIAÇÃO CASO1,

AVALIAÇÃO CASO32, AVALIAÇÃO CASO27, AVALIAÇÃO CASO34, AVALIAÇÃO

CASO35, AVALIAÇÃO CASO10 e AVALIAÇÃO CASO18. A Figura 27 mostra o retorno do

sistema com os setes casos semelhantes ao caso de entrada.

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Tabela 19. Características Caso Entrada 4.

Características Medidas Nome Caso Entrada 4 Idade 60 Sexo Masculino

Atividade Física Moderada RCQ 1,010 IMC 22,9 NET 804,494 TMB 1432,000

Figura 27. Resultado da pesquisa para o Caso Entrada 4.

Os resultados obtidos pelo sistema foram satisfatórios na busca de casos semelhantes, uma

vez que o retorno foi validado manualmente, e a recuperação dos casos trouxe exatamente os casos

esperado. Os testes realizados no sistema percorreram os caminhos lógicos de acesso e uso das

funcionalidades disponíveis para cada tipo de usuário, o teste principal foi feito com o usuário

nutricionista. Este teste percorreu o acesso ao sistema, o cadastramento das avaliações nutricionais,

a prescrição alimentar e a manutenção de algumas informações, como produto, grupo e religião.

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4 CONCLUSÕES

O principal objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um software para avaliação e

prescrição alimentar, utilizando a técnica de Inteligência Artificial, denominada RBC, e a possível

interação do paciente com o nutricionista por meio da internet. Foi observado que a utilização do

RBC permitiu melhorar o tempo de consulta e prescrição, visto que o retorno de casos similares

proporciona ao nutricionista um facilitador na montagem dos grupos alimentares para a prescrição

do paciente que está sendo avaliado. A interface do sistema para o paciente por meio da internet

acrescenta um grande diferencial em relação a outras ferramentas de mercado pesquisadas, pois esta

interação melhora o acompanhamento do tratamento, estimulando o paciente a alcançar os

objetivos. A interface para avaliação nutricional está disposta de maneira clara e concisa, contento

todos os questionários necessários para avaliação e acompanhamento do tratamento do paciente.

Os testes no sistema foram realizados com uma base de 50 casos. Foram testados os

caminhos lógicos de acesso do paciente, da nutricionista e do administrador da aplicação, estes

caminhos referem-se à entrada no sistema percorrendo todas as funcionalidades oferecidas para

cada tipo de usuário. A ferramenta demonstrou estar estável sem apresentar erros graves, ainda

persiste o problema de configuração do servidor de smtp para envio de e-mail.

Durante os testes realizados com a nutricionista, constatou-se que o sistema proporciona

uma interface para a devida avaliação nutricional e a prescrição alimentar de um paciente. A

interface criada para a interação do paciente com o sistema, permite uma aproximação ao

nutricionista no período do tratamento, estimulando assim que o mesmo seja realizado com sucesso.

Os resultados apresentados durante estes testes e a validação do RBC demonstraram que o sistema

responde adequadamente as situações testadas e os pré-requisitos do sistema foram todos

alcançados.

Durante o desenvolvimento da aplicação uma das maiores dificuldades encontradas foi a

pouca experiência com programação web, determinando um desafio a ser superado com a busca por

novas informações, mas que se transformou em estímulo à realização deste trabalho. O mapeamento

dos casos reais e a conseqüente validação do sistema quanto ao RBC despendeu tempo

considerável, pois se trata de um volume de informações elevado ainda que sejam apenas 50 casos.

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Os trabalhos futuros poderiam estar focados em usabilidade para melhorar e adequar a

interface aos padrões aceitos internacionalmente; a criação de relatórios de acompanhamento com

gráficos de informação sobre o paciente e suas avaliações; uma interface para cadastro de novos

módulos; e a otimização das consultas da base de dados, principalmente a otimização das consultas

à base de casos que agregariam valor à aplicação.

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STEIN, Chedwah J. O computador no cuidado nutricional. In: KRAUSE, Marie V; MAHAN, L. Kathleen. Alimentos, nutrição & dietoterapia: um livro texto do cuidado nutricional. 7.ed. São Paulo: Roca, 1991.

TALBOTT, John A. Tratado de Psiquiatria. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

THÉ, Maria Alice Lagos. Raciocínio Baseado em Casos: uma abordagem fuzzy para diagnóstico nutricional, 2001. Tese (Doutorado) – Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.

WAHRLICH, Vivian; ANJOS, Luiz Antonio dos. Historical and methodological aspects of the measurement and prediction of basal metabolic rate: a review, Rio de Janeiro, cad. saúde pública, vol.17, no.4, p.801-817, jul./ago. 2001.

WANGENHEIM, Christiane Gresse von; WANGENHEIM, Aldo Von . Raciocínio Baseado em Casos. Barueri: Manole, 2003.

WATSON Ian; MARIR Farhi. Case-based reasoning: a review. Salford, 2000. Disponível em: <http://www.surveying.salford.ac.uk/ai-cbr-mirror/classroom/cbr-review.html>. Acesso em: 17 mai. 2006.

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GLOSSÁRIO

Anamnese História colhida pelo médico sobre saúde do paciente, bem como hábitos do paciente

Acromial Relativa ou pertencente a Acrômio

Acrômio Apófise terminal da espinha de cada omoplata

Amenorréia Ausência de menstruações em mulheres que já apresentaram ciclos menstruais prévios.

Andróide Incidente mais nos homens, a gordura se localiza mais no abdômen, não superficialmente, mas entre suas vísceras, sendo conhecida como obesidade em maçã

Anorexia Nervosa Distúrbio psicológico que leva à diminuição da ingestão de alimentos.

Antropometria A antropometria trata das medidas físicas do corpo humano. A origem da antropometria remonta-se à antigüidade pois Egípcios e Gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo.

Apófise Anat. Eminência ou saliência de um osso.

Bulimia Distúrbio emocional que leva a surtos de abusos alimentares, seguidos por sentimento de culpa e conseqüente indução de vômitos.

Clivar Fragmentar, dividir.

Cubital Pertencente ou relativo ao cúbito.

Cúbito Osso longo situado na face interna do antebraço.

Diet Dieta

Dislipidemias São alterações da concentração de lipídeos no sangue. Os lipídeos são responsáveis por várias funções (produção e armazenamento de energia, absorção de vitaminas, etc.), mas o excesso está relacionado à aterosclerose. Este processo ocorre em vasos onde há instalação de lesões em forma de placas, causando obstrução ao fluxo sangüíneo.

Edulcorantes Edulcorantes são as substâncias químicas responsáveis pelo sabor adocicado que normalmente possuem um poder adoçante muito superior à sacarose sendo necessária portanto, uma quantidade menor para obter a mesma doçura, com a vantagem de ter menos ou nenhuma caloria.

Etiológica Investigação das causas de uma doença.

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Ginóide A obesidade ginóide, mais comum entre as mulheres, tem, caracteristicamente a gordura concentrada nas coxas e nas nádegas, é chamada popularmente de obesidade em pêra.

Ilíaca Pertencente a bacia, região ilíaca.

Olecrano Apófise da extremidade superior do cúbito. E que contribui para formar a articulação do cotovelo.

Recordatório Recordativo, que faz recordação.

Sínfise Púbica Pequena articulação que fica localizada na região anterior (na frente) da bacia.

Ulna O cúbito.

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APÊNDICES

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A DIAGRAMAS DO PROJETO

A.1 DIAGRAMAS DE CLASSE cd 4.2 Diagrama de classes

Pessoa

- CD_PESSOA: - NM_PESSOA: - DS_ENDERECO: - NR_ENDERECO: - DS_BAIRRO: - DS_COMPLEMENTO: - CD_UF: - CD_CEP: - DS_CIDADE: - NR_TEL_RESIDENCIAL: - NR_TEL_CELULAR: - NR_TEL_COMERCIAL: - ID_SEXO: - ID_EST ADO_CIVIL: - DT_NASCIMENT O: - DS_EMAIL: - DS_SENHA: - ID_ACESSO: - NR_ACESSO: - ID_PESSOA:

+ val ida_senha() : void+ altera_senha() : void+ val ida_usuario() : void+ val ida_paciente() : void+ busca_pessoa() : void+ busca_nome() : void+ busca_pessoa_usuario() : void

Paciente

- DS_PROFISSAO:

+ salva_paciente() : void+ busca_paciente() : void+ busca_todos_pacientes() : void

Usuario

- DS_FUNCAO:

+ salva_usuario() : void+ exclui_usuario() : void+ busca_usuario() : void

Avaliacao_Nutricional

- CD_AVALIACAO: - DS_AVALIACAO: - ID_SEXO: - VL_TMB: - VL_NET : - ID_AT IV_FISICA: - VL_RCQ: - VL_IMC: - ID_CASO:

+ nova_aval iacao() : void+ gera_aval iacao() : void+ busca_total_aval iacao() : void+ busca_l ista_aval iacao() : void+ busca_aval iacao() : void+ atual iza_indices() : void

Acesso_Tela

- ID_LIBERADO:

+ busca_tela_modulo() : void+ salva_acesso() : void+ monta_modulo() : void+ monta_tela() : void+ existe_acesso() : void+ criar_permissao() : void

Modulo

- CD_MODULO: - DS_MODULO:

Produto

+ CD_PRODUTO: + DS_PRODUTO: + QT_PRODUTO: + ID_UNIDADE: - QT_CALORIAS:

+ busca_produto() : void+ salva_produto() : void+ exclui_produto() : void+ busca_produto_lista() : void

Prescricao_Grupo

- QT_PORCAO: - ID_REFEICAO:

+ busca_grupo_al imento() : void+ inserir_pre_grupo_al imento() : void

Prescricao_Alimentar

- CD_PRESCRICAO: - DS_ORIENTACAO_ATIV_FISICA:

+ busca_prescricao() : void+ inserir_prescricao() : void

Anamnese

- NM_PESSOA_COMPRA: - NM_PESSOA_COZINHA: - NR_COMPONENTES_FAM: - ID_HADILIDADE_COZINHAR: - ID_APETITE: - DS_FAT ORES_AFETAM_APETITE: - DS_PERCEPCAO_GUSTAT IVA_OLFATIVA: - DS_OBS_SAUDE_ORAL: - DS_OBS_SAUDE_GASTRO: - DS_OBS_DOENCAS_CRO: - DS_OBS_PACIENTE_PROB_NUTRI:

+ busca_anamnese() : void+ salva_anamnese() : void

Questionario_24h

- HR_DORMIR_ANTEONTEM: - ID_HR_ATUAL_DORMIR: - ID_HR_HABITUAL_LEVANTAR: - HR_PRIMEIRA_INGESTAO: - DS_PRIMEIRA_INGESTAO: - DS_INGESTAO_SEGUINTE: - QT_INGESTAO_SEGUINTE: - DS_APOS_INGESTAO_SEGUINTE: - DS_LOCAL_ING_SEGUINTE: - DS_LOCAL_APOS_ING_SEGUINTE: - HR_LEVANTOU_ONTEM: - DS_ENTRE_PRIMEIRA_SEGUNDA: - DS_SEGUNDA_TERCEIRA: - DS_ENTRE_TERCEIRA_DORMIR: - ID_INGESTAO_DIFERENTE: - DS_INGESTAO_DIFERENTE: - ID_INGESTAO_FIM_SEMANA: - DS_INGESTAO_FIM_SEMANA:

+ busca_questionario_24h() : void+ salva_24() : void

Questionario_Frequencia

- QT_FRE_LEITE: - ID_TIPO_LEITE: - QT_FRE_GORDURA: - ID_TIPO_GORDURA: - QT_FRE_CARNE: - QT_FRE_OVOS: - QT_FRE_QUEIJO: - QT_FRE_FEIJAO: - DS_TIPO_LANCHE: - QT_FRE_LANCHE: - QT_LANCHE: - QT_FRE_CEREAIS: - QT_FRE_PAES: - QT_PAES: - DS_TIPO_PAO_CEREAL: - QT_FRE_MASSAS: - DS_SALGA_COMIDA: - ID_COZINHA_COM_SAL: - ID_MAIS_SAL: - QT_FRE_ACUCAR: - QT_FRE_AGUA: - QT_AGUA: - QT_TOTAL_DIA: - QT_FRE_BEBIBA_ALCOOLICA: - QT_BEBIBA_ALCOOLICA: - DS_TIPO_BEBIDA:

+ busca_ques_frequencia() : void+ salva_ques_frequencia() : void

Medida_Indice

- QT_PESO: - QT_ALTURA: - ID_IDADE: - QT_CINTURA: - QT_QUADRIL: - QT_PREGA_BICIPTAL: - QT_PREGA_SUBESCAPULAR: - QT_PREGA_SUPRAILIACA: - QT_PREGA_TRICIPTAL: - VL_RES_PREGA: - DS_ATIVIDADE_FISICA: - ID_AT IVIDADE_FISICA:

+ busca_medida() : void+ salva_medida() : void

Dado_Psicossocial

- ID_LUZ: - ID_SANEAMENT O: - ID_AGUA: - VL_RENDA_FAMILIAR: - NR_PESSOAS_FAMILIA: - ID_CASA_PROPRIA: - NR_FILHOS_MENORES:

+ busca_dado() : void+ salva_dado() : void

Tela

+ NR_TELA: + DS_TELA: - DS_DIRETORIO:

Grupo

+ CD_GRUPO: + DS_GRUPO: + QT _GRUPO: + ID_UNIDADE: - ID_GRUPO:

+ busca_grupo() : void+ salva_grupo() : void+ exclui_grupo() : void

Orientacao_alimentar

- CD_ORIENTACAO: - DS_ORIENTACAO:

+ buscar_orientacao() : void+ salva_orientacao() : void+ excluir_orientacao() : void

Exame_bioquimico

- NM_CAR_EXAME: - ID_CAR_EXAME: - DS_CAR_EXAME:

+ busca_exame_bioquimico() : void+ salva_exame_bioquimico() : void+ exclui_exame_bioquimico() : void

Historico

- ID_DIABETE: - ID_T ABAGISMO: - ID_HIPERTENSAO: - DS_OBJETIVO_CONSULTA: - DT_PRI_CONSULTA: - DS_ETNICOS_CULT URAIS: - ID_HAB_COZINHAR: - CD_RELIGIAO:

+ busca_historico() : void+ salva_historico() : void

Alimentos_ev itados

- DS_RAZAO: - ID_RAZAO: - QT_TEMPO:

+ busca_al imento() : void+ salva_alimento() : void+ exclui_al imento() : void

Medicacao

- CD_MEDICACAO: - DT_USO_MEDICACAO: - DS_MEDICACAO: - DS_OBSERVACAO:

+ busca_medicacao() : void+ salva_medicacao() : void+ exclui_medicacao() : void

Grupo_produto

+ busca_gru_produto() : void+ salva_produto_gru() : void+ busca_semelhantes() : void

Seletivo_frequencia

- ID_FREQUENCIA: - QT_FREQUENCIA:

+ busca_grupo_produto() : void+ salva_seletivo() : void

Frequencia_alimentos

- QT _FRE_ALIMENTO:

+ salva_fre_alimento() : void+ busca_frequencia_produto() : void+ inicial iza_fre_produto() : void

Religiao

- CD_RELIGIAO: - NM_RELIGIAO:

+ salvar_religiao() : void+ busca_religiao() : void+ exclui_rel igiao() : void

Peso_indice_busca

- VL_IND_SEXO: - VL_IND_T MB: - VL_IND_GET: - VL_IND_ATIV_FISICA: - VL_IND_RCQ: - VL_IND_IMC: - QT_CASO:

+ salva_indices() : void+ padrao_indices() : void+ busca_indices() : void

Educacao

- CD_EDUCACAO: - ID_TIPO: - DS_EDUCACAO:

+ busca_educacao() : void+ salva_educacao() : void+ exclui_educacao() : void+ busca_educacao_paciente() : void

Duv ida

- CD_DUVIDA: - DS_PERGUNT A: - ID_PUBLICO: - DS_RESPOST A: - CD_PESSOA_RESPOST A:

+ busca_duvida() : void+ salva_duvida() : void+ exclui_duvida() : void+ val ida_duvida() : void+ proxima_duvida() : void+ salva_resposta_duvida() : void+ busca_responder_duvida() : void

Recordatorio

- DT_CONSUMO: - DS_CAFE_MANHA: - DS_ALMOCO: - DS_JANTA: - DS_OUTROS:

+ busca_recordatorio() : void+ salva_recordatorio() : void+ exclui_recordatorio() : void

Antecedente_familiar

- CD_ANTECENDENTE: - NM_ANTECEDENTE: - ID_TABAGISMO: - ID_DIABETE: - ID_HIPERTENSAO:

+ incluir_antecedente() : void+ busca_antecedente() : void+ salva_antecedente() : void

Questionario_24_alimento

- HR_INGESTAO: - DS_ALIMENTO: - QT_INGERIDA:

+ busca_produtos_24() : void+ inicial iza_24_produto() : void+ salva_24_produto() : void

Tela_Modulo

1..*

1

10..*

1..*

1

0..11

1 0..*

1

1..*

1

1..*

1..*1

0..* 1

1

1

1 1

1 1

1..*

1

11..*

1 1

0..1

1

0..* 1

0..*1

0..1

1

1

1..*

1

0..*

1 0..*

1..* 1

0..*

1

11..*

1

1

11..*

1

0..*

1

0..*

0..11

10..*

1

1..*

1 1

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A.2 DIAGRAMAS DE CASOS DE USO

cd 3.1 Diagrama de pacotes

PCT01 - Cadastro Paciente

+ Usuário

+ UC01.01 - Cadastrar Paciente

+ UC01.02 - Enviar por email senha e cadastro web

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

PCT02 - Av aliação Nutricional

+ Nutricionista

+ UC02.01 - Cadastrar Anamnese

+ UC02.02 - Cadastrar Questionário 24 horas

+ UC02.03 - Cadastrar IMC - TMB - Pregas Cutâneas

+ UC02.04 - Cadastrar Exame Clinico e dados bioquimicos

+ UC02.05 - Cadastrar Questionário Frequência

+ UC02.06 - Cadastrar o Questionário Seletivo de Frequência

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

PCT03 - Prescrição Alimentar

+ Nutricionista

+ UC03.01 - Prescrever programação al imentar

+ UC03.02 - Buscar casos similares

+ UC03.03 - Recomendar Atividade Fisica

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

PCT04 - Educação Alimentar

+ Nutricionista

+ UC04.01 - Cadastrar informações para educação alimentar ( dicas/receitas culinárias/ educação)

+ UC04.02 - Responder dúvidas

+ UC04.03 - Consultar recordatório alimentar do paciente

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

PCT05 - Acessar Sistema

+ Paciente

+ UC05.01 - Acessar Tabela de substi tuições de al imentos

+ UC05.02 - Acessar/Cadastrar Dúvidas

+ UC05.03 - Consultar Dicas/Educação/Receitas

+ UC05.04 - Consultar última prescrição alimentar

+ UC05.05 - Cadastrar recordatório alimentar

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

PCT06 - Manter Dados

+ Usuário

+ UC06.01 - Manter Grupo de Alimentos

+ UC06.02 - Manter Cadastro de Produtos

+ UC06.03 - Manter Produto por grupo

+ UC06.04 - Manter Religião

+ UC06.05 - Manter Peso para Indices de busca

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)PCT07 - Administrador

+ Administrador

+ UC07.01 - Cadastrar usuários do sistema

+ UC07.02 - Manter Privilégios de acesso

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

PCT08 - Histórico e Dados Psicossociais

+ Nutricionista

+ UC08.01 - Cadastrar Dados Psicossociais

+ UC08.02 - Cadastrar Histórico

+ UC08.03 - Cadastrar Orientação

(from 3.2 Diagrama de casos de uso)

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ud PCT01 - Cadastro Paciente

UsuárioUC01.01 - Cadastrar Paciente

UC01.02 - Enviar por email senha e cadastro web

«extend»

ud PCT04 - Educação Alimentar

Nutricionista

UC04.01 - Cadastrar informações para educação alimentar ( dicas/receitas culinárias/

educação)

UC04.02 - Responder dúvidasUC04.03 - Consultar recordatório

alimentar do paciente

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cd PCT06 - Manter Dados

Manter Cadastros do Sistema

Usuário

UC06.01 - Manter Grupo de Alimentos

UC06.02 - Manter Cadastro de Produtos

UC06.03 - Manter Produto por grupo

UC06.04 - Manter Religião

UC06.05 - Manter Peso para Indices de busca

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cd PCT07 - Administrador

Administrador

UC07.01 - Cadastrar usuários do sistema

UC07.02 - Manter Privilégios de acesso

ud PCT08 - Histórico e Dados Psicossociais

Nutricionista

UC08.01 - Cadastrar Dados Psicossociais

UC08.02 - Cadastrar Histórico

UC08.03 - Cadastrar Orientação

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A.3 DIAGRAMAS DE SEQÜÊNCIA sd 5.1.1.1 Cadastrar Paciente

UsuárioPessoa :Pessoa

Paciente :

Paciente

TEL0001

busca_paciente

busca_pessoa()

busca_paciente()

salva

salva_paciente()

message

sd 5.1.2.2 - Cadastrar Anamnase

NutricionistaTEL0017 Anamnese

:Anamneseacessar

busca_anamnese()

alterar

incluir

salvar

salva_anamnese()

mensagem

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85

sd 5.1.2.3 - Cadastrar questionário seletiv o

NutricionistaTEL0019 seletivo

:Seletivo_frequenciaacessar

busca_grupo_produto()

alterar

salvar

salva_seletivo()

mensagem

sd 5.1.2.4- Cadastra questionário de frequência

NutricionistaTEL0018 frequencia

:Questionario_Frequencia

fre_alimentos :

Frequencia_alimentosacessar

busca_ques_frequencia()

busca_frequencia_produto()

alterar

incluir

salvar

salva_ques_frequencia()

inicializa_fre_produto()

salva_fre_alimento()

mensagem

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86

sd 5.1.2.5 - Cadastrar questionario 24 horas

Nutricionistaquestionario_24

:Questionario_24h

TEL0005 alimento_24 :

Questionario_24_alimentoacessar

busca_questionario_24h()

busca_produtos_24()

alterar

incluir

salvar

salva_24()

salva_24_produto()

mensagem

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87

sd 5.1.4.2- Manter Educação/Receitas/Dicas

UsuárioTEL0008 educacao

:Educacao

Paciente

buscar

busca_educacao()

incluir

salvar

salva_educacao()

excluir

exclui_educacao()

consultar

busca_educacao_paciente()

sd 5.1.5.2 - Acessar/Cadastrar Dúv ida Paciente

PacienteTEL0029 duvida :

Duvidabuscar

busca_duvida()

alterar

salva_duvida()

message

incluir

salvar

salva_duvida()

message

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88

sd 5.1.5.5 - Cadastrar Recordatório

PacienteTEL0030 recordatorio

:Recordatoriobuscar

busca_recordatorio()

alterar

incluir

salvar

salva_recordatorio()

message

excluir

exclui_recordatorio()

message

sd 5.1.6.1 - Manter produto grupo

NutricionistaTEL0009 grupo_produto

:Grupo_produtobuscar

alterar

excluir

incluir

salvar

salva_produto_gru()

mensagem

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89

sd 5.1.6.2 - Manter religião

UsuárioTEL0027 religiao

:Religiaobuscar

busca_religiao()

alterar

incluir

salvar

salvar_religiao()

mensagem

excluir

exclui_religiao()

mensagem

sd 5.1.6.3 - Manter peso indices

NutricionistaTEL0028 peso_indice

:Peso_indice_buscabuscar

busca_indices()

padrao

padrao_indices()

salvar

salva_indices()

mensagem

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90

sd 5.1.6.4 - Manter grupo alimentos

NutricionistaTEL0010 grupo :

Grupobuscar

busca_grupo()

alterar

incluir

salvar

salva_grupo()

mensagem

excluir

exclui_grupo()

mensagem

sd 5.1.6.5 - Manter produto

NutricionistaTEL0026 produto

:Produtobuscar

busca_produto()

alterar

incluir

salvar

salva_produto()

mensagem

excluir

exclui_produto()

mensagem

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91

sd 5.1.7.1 - Cadastrar usuário do sistema

AdministradorTEL0015 usuario :

Usuariobuscar

busca_usuario()

incluir

alterar

salvar

salva_usuario()

mensagem

excluir

exclui_usuario()

mensagem

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92

sd 5.1.7.2 - Manter permissões usuário

AdministradorTEL0014 acesso :

Acesso_Telausuario :Pessoa

buscar usuario

busca_pessoa()

busca_tela_modulo()

define permissoes

salva_acesso()

mensagem

criar permissoes

criar_permissao()

mensagem

sd 5.1.8.1 - Cadastrar Orientação

NutricionistaTEL0022 orientacao

:Orientacao_alimentar

paciente :

Pacientebusca_paciente

busca_paciente()

buscar_orientacao()

alterar

incluir

salvar

salva_orientacao()

mensagem

excluir

excluir_orientacao()

mensagem

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93

sd 5.1.8.2 - Cadastrar Histórico

Nutricionistahistorico

:Historico

antecedente :

Antecedente_familiar

TEL0006

acessar

busca_historico()

busca_antecedente()

alterar

incluir

salvar

salva_historico()

salva_antecedente()

mensagem

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A.4 PROTÓTIPO DE TELAS DO SISTEMA

TEL0015 – Cadastrar usuário do sistema.

TEL0016 – Cadastrar senha.

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95

TEL0022 – Cadastrar Orientação alimentar.

TEL0014 – Manter permissões de acesso.

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96

TEL0023 – Consultar Recordatório.

TEL0029 – Cadastrar Dúvida.

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97

TEL0009 – Manter produto por grupo.

TEL0010 – Manter grupo alimentar.

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98

TEL0026 – Manter produto.

TEL0027 – Manter religião.

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99

TEL0028 – Manter índices de busca e quantidade de casos a serem recuperados.

TEL0008 – Cadastrar Educação alimentar, dicas de saúde e receita culinária.

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100

TEL0011 – Responder dúvidas dos pacientes.

TEL0017 – Anamnese.

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101

TEL0004 – Dados Psicossociais.

TEL0006 – Histórico do paciente.

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102

TEL0020 – Exame Bioquímico e ou Clinico.

TEL0007 – Alimentos Evitados.

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TEL0021 – Medicamentos que estão sendo utilizados.

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TEL0005 – Questionário 24 horas.

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105

TEL0018 – Questionário de freqüência.

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106

TEL0019 - Questionário seletivo de freqüência.

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A.5 GLOSSÁRIO DO SISTEMA (ABREVIAÇÕES)

ATIV Atividade

CAR Característica

CD Código

CRO Crônicas

DS Descrição

DT Data

FAM Família

FRE Freqüência

HÁ Hipertensão Arterial

HAB Habilidade

HR Hora

ID Identificador

IND Índice

ING Ingestão

NM Nome

NR Número

NUTRI Nutricional

OBS Observação

PRI Primeira

PROB Problema

QT Quantidade

RES Resultado

VL Valor

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A.6 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO (ER)

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A.7 CASOS INICIAIS DA BASE

Os quatro protótipos da base inicial de casos têm as suas características definidas pelo IMC

sendo que cada um representa uma faixa da classificação, para esta definição a altura dos quatro

protótipos será definida em 1,65 m. As características idade, sexo, rcq, atividade física serão iguais

em todos os protótipos. O protótipo 1 representa a faixa abaixo do peso, o Protótipo 2 representa a

faixa peso normal, o Protótipo 3 representa a faixa sobrepeso e o Protótipo 4 representa a faixa

Obesidade Grau 1. Após a identificação das características de cada protótipo segue a prescrição

alimentar.

Características do protótipo 1 e a sua prescrição:

Características Medidas Nome Protótipo 1 Idade 30 Sexo Feminino

Atividade Física Leve RCQ 0,8 IMC 18 NET 941,29 TMB 1459

Refeição Grupo Alimentar Porção Café Leite 3

Pão 2 Almoço Carne 2

Arroz 3 Feijão 4 Verduras 3

Janta Carne 2 Arroz 3 Verduras 3 Legumes 3

Lanche/Manhã Leite 1 Fruta 1

Lanche/Tarde Leite 1 Pão 1

Lanche/Noite Leite 1 Fruta 1

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Características do protótipo 2 e a sua prescrição:

Características Medidas Nome Protótipo 2 Idade 30 Sexo Feminino

Atividade Física Leve RCQ 0,8 IMC 22 NET 1016,12 TMB 1575

Refeição Grupo Alimentar Porção Café Leite 2

Pão 1 Almoço Carne 1

Arroz 2 Feijão 1 Verduras 1

Janta Carne 1 Arroz 1 Verduras 1 Legumes 2

Lanche/Manhã Leite 1 Pão 1

Lanche/Tarde Fruta 1 Lanche/Noite Leite 1

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Características do protótipo 3 e a sua prescrição:

Características Medidas Nome Protótipo 3 Idade 30 Sexo Feminino

Atividade Física Leve RCQ 0,8 IMC 27 NET 1128,38 TMB 1749

Refeição Grupo Alimentar Porção Café Leite 2

Pão 1 Almoço Carne 1

Arroz 1 Feijão 1 Verduras 2

Janta Fruta 1 Verdura 1

Lanche/Manhã Fruta 1 Lanche/Tarde Pão 1 Lanche/Noite Leite 1

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Características do protótipo 4 e a sua prescrição:

Características Medidas Nome Protótipo 4 Idade 30 Sexo Feminino

Atividade Física Leve RCQ 0,8 IMC 32 NET 1225,67 TMB 1899

Refeição Grupo Alimentar Porção Café Leite 1

Pão 1 Almoço Carne 1

Arroz 1 Verduras 2

Janta Verdura 2 Lanche/Manhã Fruta 1 Lanche/Tarde Fruta 1 Lanche/Noite Leite 1

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ANEXOS

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I AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

I.1 QUESTIONÁRIOS DE ANAMNESE E INGESTÃO ALIMENTAR

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I.2 MEDIDAS BIOQUÍMICAS DO ESTADO NUTRICIONAL

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I.3 SINAIS FÍSICOS INDICATIVOS OU SUGESTIVOS DE DESNUTRIÇÃO