UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS LISTA DE CONSTRUÇÃO NAVAL Questão 1. Esboce a articulação entre os diferentes atores da construção naval, definindo-os e explicando brevemente como eles se relacionamento entre si. Para entender a articulação entre os atores da construção naval é necessário compreender o objetivo final da mesma: o navio. Navio: nada mais é que uma embarcação de grandes dimensões, que tem como objetivo o transporte de grandes quantidades de carga e ou passageiros. A importância da compreensão do conceito do navio se dá pela definição do objetivo final de todo o processo da construção naval, passando por cada ator até chegar no produto final. Uma vez compreendido o objetivo final da construção naval, é possível definir em cada etapa do processo da construção naval o correspondente agente responsável, e explanar sobre a integração entre os mesmos dissertando sobre o que cada um contribui para alcançar o produto final.
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS LISTA DE CONSTRUÇÃO NAVAL · A construção naval exige um corpo técnico bem estruturado e experiente para um bom funcionamento da execução
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
LISTA DE CONSTRUÇÃO NAVAL
Questão 1. Esboce a articulação entre os diferentes atores da construção naval,
definindo-os e explicando brevemente como eles se relacionamento entre si.
Para entender a articulação entre os atores da construção naval é necessário
compreender o objetivo final da mesma: o navio.
Navio: nada mais é que uma embarcação de grandes dimensões, que tem
como objetivo o transporte de grandes quantidades de carga e ou passageiros.
A importância da compreensão do conceito do navio se dá pela definição do
objetivo final de todo o processo da construção naval, passando por cada ator
até chegar no produto final.
Uma vez compreendido o objetivo final da construção naval, é possível definir em
cada etapa do processo da construção naval o correspondente agente responsável,
e explanar sobre a integração entre os mesmos dissertando sobre o que cada um
contribui para alcançar o produto final.
Estaleiro: é o agente que tem a maior influência imediata no produto final, pois
é onde o estágio da confecção do navio é realizado. Ao mesmo tempo que o
estaleiro agrega os requisitos exigidos por outros atores como o armador por
meio de um corretor, e muitas vezes atendendo também os requisitos dos
projetistas. Também atua como o “cliente” dos fornecedores de
equipamentos e serviços durante a etapa da construção propriamente dita.
Engenharia: compreende todos os agentes que estão envolvidos na fase de
projeto do navio, podendo ser indivíduos da própria empresa de projeto, ou
engenheiros próprios do estaleiro. A sua importância para o processo da
construção naval se dá pelo fato de ser nessa fase que os requisitos do
armador são atendidos, também dos órgãos responsáveis pela classificação e
certificação.
Armador: podendo se caracterizar como o proprietário ou o afretador da
embarcação, neste contexto é quem exige os principais requisitos para a
construção, uma vez que são esses requisitos que deverão ser levados em
conta para que o mesmo possa operar o navio de acordo com seu propósito.
Não obstante, ele também está subordinado a regulação de entidades de
classificação e certificação. Com base nesta regulação e de acordo com sua
necessidade, o armador exerce o papel de “cliente” do estaleiro, uma vez que
este presta um serviço para ele.
Certificadoras e Classificadoras: são os órgãos de regulação que regem todas
as normas que devem seguidas nas fases de projeto, construção e operação do
navio, normas essas que devem ser seguidas pelos projetistas, pelo estaleiro e
pelo armador.
Fornecedor de Máquinas e Serviços: são os agentes que atuam diretamente na
construção do navio, fornecendo serviços terceirizados aos estaleiros,
“poupando-os“ de certos trabalhos e gastos, e também fornecendo
equipamentos indispensáveis para o funcionamento dos mesmos.
Banco marítimo: é o agente responsável pelo financiamento de diversas etapas
da construção e até mesmo pela emissão de títulos de propriedade dos navios
para os armadores.
Seguradores: são os agentes responsáveis por prover os seguros e serviços
correlatos de gerenciamento de riscos de embarcações. Se relacionam
diretamente com os bancos e as classificadoras.
Corretores: são os agentes que atuam como intermediários entre o afretador e
o armador, ou até mesmo um comprador e um vendedor de navio, podendo
ser entre estaleiros e armadores, recebendo uma comissão pelo valor
negociado.
Questão 2. Quais as principais diferenças entre os processos de construção, reparo e
desmantelamento de navios? Considere o tipo de trabalho realizado, a localização e o
tipo de instalações necessárias.
Os processos de construção e de reparo naval apesar de envolverem as
mesmas categorias profissionais e utilizarem dos mesmos tipos de tecnologias, diferem
nas suas estratégias e nas suas gestões de operações.
Construção Naval
Partindo da divisão da construção do casco até o lançamento, a evolução dos
processos de construção e o aumento das capacidades de elevação e transporte
proporcionaram novas estratégias construtivas como a de construção do navio feita
por blocos estruturais que são edificados na carreira ou dique de lançamento. Na
indústria naval existem os estaleiros de pequeno, médio e grande porte. A grande
totalidade de estaleiros de grande porte estão localizados próximo ao mar ou em
canais e rios de fácil acesso ao mar. Já os estaleiros de pequeno e médio porte situam-
se em locais de águas mais tranquilas, rios interiores, etc.
Pontos forte e fracos da Construção Naval
- É muito sensível à variação da economia global
- É extremamente competitivo
-Possibilita emprego qualificado
- Promove a economia local
- Constitui um factor de prestígio nacional, dado o carácter internacional do transporte
marítimo e das outras actividades que usam estruturas marítimas e navios
- É necessário dispor de forte apoio bancário para garantias e financiamento, tanto
para construção quanto para o pagamento pelo armador.
- Por serem projctos longos, a boa gestão dos contratos é fundamental para o sucesso
econômico das construções. O controle rigoroso dos custos, prazos e da qualidade, é
fundamental para o sucesso dos contratos.
Reparação Naval
A reparação naval é definida basicamente como uma prestadora de serviços
industriais. Em relação à infraestrutura industrial, existem algumas diferenças em
relação ao estaleiro de construção: a estrutura de cais de atracação e as oficinas para
efetuar as reparações nas maquinas, componentes e equipamentos do navio. O
estaleiro de reparação é caracterizado também por possuir maiores limites de calado,
facilidades de manobra e de atracação, entre diversas modos de docagem da
embarcação.
A construção naval exige um corpo técnico bem estruturado e experiente para
um bom funcionamento da execução da construção, já no mercado de reparo naval a
exigência com a necessidade de uma maior qualificação técnica e flexibilidade, além da
eficiência na gestão de projetos. A atividade de reparação é uma atividade de nível
perigoso relacionada a segurança e saúde no trabalho.
Pontos fortes e fracos na Reparação Naval
- Relativa à construção, possui menor influência direta dos ciclos econômicos, isto é, é
possível uma melhor previsão da procura.
- Menor dependência de financiamento para concretização da atividade e menores
durações na execução da atividade.
- Menor risco financeiro e, em geral, maiores margens.
- Boas condições para melhoria da produtividade quando se investe em planejamento,
organização da produção e introdução de novas tecnologias
- Capacidade de diferenciação do potencial tecnológico dos estaleiros através da
apresentação ao armador de soluções de reparação.
- Requer maior agilidade na gestão das operações.
Desmantelamento
No fim da sua vida útil, muitos navios mercantes de mar são vendidos a
estaleiros de baixa qualidade, localizados na Ásia, mais precisamente em países como
a Índia, Paquistão e Bangladesh. O processo começa depois que um atravessador
adquire embarcações de um corretor internacional que lida com navios desativados.
Um capitão especialista em manobras de encalhe é contratado para entregá-lo ao local
de desmantelamento. Uma vez que o navio fica atolada na lama, seus líquidos são
drenados, incluindo qualquer restante de combustível diesel, óleo do motor e
extintores químicos de incêndio, que são revendidos. Em seguida, as máquinas e
equipamentos são removidos. Tudo é retirado e vendido para negociantes e onde são
transformados em materiais de construção, vigas, chapas de metal e móveis.
Desde motores enormes, baterias, geradores, e quilômetros de fios de cobre a
beliches da tripulação, vigias, botes salva-vidas, pias, vasos sanitários, e mostradores
eletrônicos da ponte de comando. Depois que o navio tenha sido reduzido a grandes
pedaços de aço, trabalhadores das regiões mais próximas ao local de
desmantelamento usam maçaricos de acetileno para cortar a carcaça em pedaços.
Estes são transportados para fora da praia por equipes de carregadores, então são
derretidos e refeitos em vergalhões para a construção civil.
O desmantelamento de navios é um negócio rentável, em três ou quatro
meses, um navio médio retorna o lucro aproximado de um milhão de dólares em um
investimento de cinco milhões a um estaleiro de desmantelamento. Navios de todos
os tamanhos, tipos e bandeiras são descartados nesses locais e a demolição é feita por
homens, mulheres e crianças, sem qualquer preocupação com a segurança das
pessoas e do meio ambiente, inalando fumaças nocivas e vulneráveis a queda de
destroços e explosões de gás.
Para desmanchar um navio, seguindo as melhores práticas, o custo é igual ou
até mais alto do que construir um novo navio. A alternativa encontrada é a deposição
de navios em locais onde leis trabalhistas, normas de segurança e ambientais, não têm
qualquer valor, evitando custos maiores e muita dor de cabeça aos armadores em
relação à gestão de suas embarcações em fim de vida.
Esta pode ser compreendida como a ampliação do pensamento da tecnologia
da produção otimizada, valorizando o resultado global ao invés do resultado das
partes, utilizando da premissa que as restrições que são os obstáculos do sistema
visando que estas não venham prejudicar a lucratividade e o alcance das metas.
Gargalos ou restrições são tidos como recursos restritivos, ou seja, aqueles que
limitam a capacidade produtiva e as não-restrições possuem capacidade maior do que
a demanda, sendo assim, deverá haver um balanceamento do fluxo, devendo os
recursos que não são restrições estar subordinados as restrições para que não haja um
acumulo de estoques.
1. Identificar a restrição do sistema
Tendo em vista a melhoria da atuação de um sistema, é preciso identificar qual
é o recurso que mais influência no desempenho do mesmo. Uma vez encontrado o que
mais restringe o sistema, inicia-se o processo de focagem.
2. Explorar a restrição do sistema
Após a identificação do recurso que limita o desempenho, deve-se garantir que
esse seja explorado em toda sua plenitude. Nesta parte vale a premissa que uma hora
perdida em um gargalo corresponde a uma hora perdida pelo próprio sistema. Assim
sendo, todo e qualquer recurso que não seja restrição deverá ser utilizado em função
de fornecer o que a restrição necessita para executar a operação
3. Subordinar o sistema à restrição
Todos os recursos que não são gargalos devem trabalhar na cadência da
restrição. Não se deve faltar material para ser processado no gargalo e ainda e
totalmente ineficaz trabalhar mais rápido que o mesmo pois não estaria melhorando o
sistema, apenas aumentando os estoques intermediários.
4. Romper ou elevar a restrição do sistema
Foca-se na visão de alternativas para aumentar a capacidade do gargalo tais
como mais turnos, redução do tempo de preparo dos recursos, etc. A partir desta ação
é possível elevar a capacidade de todo o sistema até o momento que irá surgir outra
restrição, surgindo assim outro limitador do sistema.
5. Identificar a nova restrição do sistema caso a restrição seja rompida
Se no passo anterior alguma restrição for quebrada, deve-se volt ar ao passo de
identificar a nova restrição, porém com o cuidado de não deixar que a inércia do
sistema cause uma restrição no mesmo. É crucial após o controle da restrição verificar
o sistema como um todo visando evitar o monopólio por uma só restrição tornando
assim o estudo mais completo e eficaz
Questão 9. Assista o filme “A Meta” e responda:
a) Foi possível ampliar a capacidade do gargalo sem investimentos? Por que?
Não, pois para solução do gargalo foi reciclada uma máquina obsoleta e foi necessário
certo investimento, além do aumento das despesas operacionais e as peças que
apresentavam imperfeições eram descartadas antes de serem processadas no gargalo,
aproveitando mais seu tempo, que era limitado. Mas os gastos com estoque foram
diminuídos, assim como os gastos com as despesas operacionais de máquinas
superprodutivas que geravam produtos em espera pelo processamento do gargalo.
b) Ao longo de todo o processo de melhoria evidenciado no filme, o gargalo se
alterou? Se sim, quantas vezes? E para onde o gargalo se moveu? Ou seja, que etapas
da cadeia de valor (do fornecedor ao cliente) se tornaram – mesmo que
temporariamente – gargalos?
O primeiro gargalo destacado foi uma máquina que era a única responsável pela
fabricação de uma peça específica. Quando isso foi solucionado com uma nova
máquina reciclada e controle de qualidade antes dela para aproveitamento maior do
seu tempo, o gargalo foi atribuído a uma máquina que ficava inativa enquanto seu
setup era realizado. Depois, o gargalo tornou-se uma máquina que produzia demais:
ela gerava mais produtos por unidade de tempo do que o resto da cadeia produtiva
tinha capacidade de absorver, então seu custo operacional podia diminuir sem
prejudicar o resto da produção.
c) Relacione o estudo de caso do filme com uma situação semelhante num estaleiro.
Em um estaleiro um problema de mesmo cunho o gargalo poderia ser o tratamento de
chapas que gera um estoque de chapas tratadas que não são processadas e se
acumulam esperando o resto da cadeia produtiva “desengarrafar” e causam um gasto
para serem mantidas assim Também poderia ser comparado um problema de
edificação, que atrasa a produção dos produtos seguintes, sendo que poderia ser
resolvido com outra carreira que exige um investimento, mas se paga com o tempo e
melhora a eficiência do estaleiro
Questão 10. Uma oficina de tubulação de um estaleiro opera uma máquina que dobra
60 tubos por dia (8 horas). Num dado momento, havia 200 tubos esperando para
serem processados num estoque intermediário ou sendo processados dentro da
oficina. A soma do tempo de todas as tarefas necessárias para dobrar um tubo é de 7
minutos. Qual é a eficiência percentual de atravessamento?
Sendo: Eficiência percentual de atravessamento é a taxa com que as unidades emergem do processo. Quociente entre o número de unidades e o tempo;
Temos que:
Onde:
Conteúdo de Trabalho (CT) : volume total de trabalho necessário para produzir uma unidade de recurso de saída.Pode ser dado em capital ($$) ou em unidades de tempo. Tempo de atravessamento (TA): tempo médio consumido pelos inputs para passarem pelo processo,tornando-se outputs.
Temos que:
Onde:
Trabalho em processo (TP): número de unidades em processo (é uma média por um período de tempo). São os recursos sendo processados,incluindo fila. Tempo de ciclo (TC): tempo médio entre unidades de recursos de saída (outputs) emergindo do processo;