UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA TATIANE MOTA DA SILVA Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas SÃO PAULO 2014
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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA
TATIANE MOTA DA SILVA
Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre
conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas
SÃO PAULO
2014
TATIANE MOTA DA SILVA
Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre
conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Mestre, sob orientação do Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa e co-orientação da Prof.a Dr.a Lucíola da Cunha Menezes Costa
SÃO PAULO
2014
Sistema de Bibliotecas do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional
S586p
Silva, Tatiane Mota da. Prática baseada em evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas. / Tatiane Mota da Silva. São Paulo, 2014. 147 p. Inclui bibliografia Dissertação (Mestrado) – Universidade Cidade de São Paulo - Orientador: Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa; co-orientação Profa. Dra. Lucíola da Cunha Menezes Costa. 1. Medicina baseada em evidências. 2. Conhecimentos, atitudes e prática em saúde. 3. Fisioterapia. I. Costa, Leonardo Oliveira Pena, orient. II. Costa, Lucíola da Cunha Menezes, co-orient. III. Título.
CDD 615.8
TATIANE MOTA DA SILVA
Prática Baseada em Evidências: uma revisão sistemática e um estudo transversal sobre
conhecimento, habilidades, opiniões e barreias por fisioterapeutas
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Mestre, sob orientação do Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa e co-orientação da Profa. Dra. Lucíola da Cunha Menezes Costa
Área de concentração: Avaliação, Intervenção e Prevenção em Fisioterapia
Data da dissertação: 27/10/2014
Banca Examinadora
Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa ___________________________________
Universidade Cidade de São Paulo
Profa. Dra. Sandra Regina Alouche ___________________________________
Universidade Cidade de São Paulo
Profa. Dra. Anamaria Siriani de Oliveira ___________________________________
Universidade de São Paulo
DEDICATÓRIA
Dedico essa dissertação aos meus pais, José Rosa da Silva e Eliana Maria das Dores Mota da
Silva, que sempre fizeram e fazem tanto por mim, que são a verdadeira razão dos meus
sonhos se tornarem realidade. Espero que essa conquista tão importante seja uma resposta do
tamanho do amor e dedicação que eles sempre tiveram por mim.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela luz constante em minha vida, por me mostrar que nada é possível sem
perseverança e fé e por ter me dado o maior presente de amor que é minha família.
Aos meus queridos e amados pais e minhas irmãs e melhores amigas, Tatiana Mota, Cintia
Mota e Paula Mota, que independente das diferenças sempre estiveram por perto pra me
apoiar nas dificuldades e festejar de maneira única as minhas vitórias ao longo do caminho, e
em especial a minha irmã e alma gêmea, pessoa essencial na minha vida, que me ajuda a
manter o foco e seguir adiante. Amo vocês!
Vou ser eternamente grata a duas pessoas tão queridas e admiráveis que são meu orientador
Léo Costa e minha co-orientadora Lu Costa. Vocês foram verdadeiros pais acadêmicos! Não
tenho nada a dizer a vocês a não ser elogios, professores impecáveis que tem a generosidade
de ensinar e dividir tanto conhecimento, e acima de tudo, pessoas de caráter admirável. A
experiência não poderia ter sido melhor, claro que com algumas dificuldades, mas eu acho
que foi aí que tive o maior dos aprendizados: a resiliência! Muito obrigado por depositarem
tanta confiança e por me guiarem para caminhos tão maiores do que eu mesma podia sonhar
realizar. Vocês com certeza tem muito crédito em todas essas conquistas!
Agradeço as minhas amigas que ganhei de presente no mestrado, Quilza Ferrarezi, Patricia
Parreira, Indiara Oliveira, Flávia Medeiros que dividiram experiências comigo, deram
conselhos e com certeza somaram muito. Muito obrigada pela paciência incessante e o
carinho que vocês sempre tiveram por mim meninas do meu coração.
E as minhas amigas de tempos e histórias Dayanne Araújo, Juliana Oliveira, Priscilla Viana,
Additional records identified through other sources
(n=0)
Records after duplicates and titles removed (n=12313)
Records excluded (n=47)
Records screened (n=79)
Full-text articles assessed for eligibility
(n=32)
Full-text articles excluded, with reasons (n=20)
- Conference proceedings (n=5) - Letter to the editor (n=3) - No relation with EBP (n=2) - Other professionals (n=2) - Qualitative study (n=2) - Cohort study (n=1) - Literature review (n=1) - Sample of students (n=1) - No relation with the studied outcomes (n=2) - Full text (n=1)
Studies included in qualitative synthesis
(n=12)
Studies included in quantitative synthesis
(meta-analysis) (n=0)
24
Characteristics of the studies
Twelve studies were included in the analysis (total sample = 6411 participants; mean= 534
participants per study). The studies were conducted in 9 different countries from 5 different
continents. The participants were recruited from different sources, such as registration
14. 1 or 2 or 3 or 4 or 5 or 6 or 7 or 8 or 9 or 10 or 11 or 12 or 13
15. attitude*.mp.
16. behavior*.mp.
17. self-efficacy.mp.
18. self efficacy.mp.
19. knowledge*.mp.
20. perception*.mp.
21. research.mp.
22. barrier*.mp.
23. skill*.mp.
24. intention.mp.
25. belief*.mp.
26. self-reported practice.mp.
27. education.mp.
28. interest.mp.
29. resource*.mp.
30. opinion*.mp.
31. research characteristic*.mp.
32. participation.mp.
33. abilit*.mp.
34. implement*.mp.
35. access.mp.
36. problem*.mp.
37. 15 or 16 or 17 or 18 or 19 or 20 or 21 or 22 or 23 or 24 or 25 or 26 or 27 or 28 or 29 or 30
or 31 or 32 or 33 or 34 or 35 or 36
38. physical therapist*.mp.
39. physiotherapist*.mp.
47
40. 38 or 39
41. 14 and 37 and 40
Lilacs
(evidence-based* OR evidence based*) AND (attitude* OR behavior* OR “self-efficacy” OR
“self-efficacy” OR knowledge* OR perception* OR research OR barrier* OR skill* OR
intention OR belief* OR “self-reported practice” OR education OR interest OR resources OR
opinion* OR “research characteristic*” OR participation OR abilit* OR implementation OR
implementing OR access OR problem*) AND (physical therapy OR physiotherapy)
Scielo
(evidence-based* OR evidence based*) AND (attitude* OR behavior* OR “self-efficacy” OR
“self-efficacy” OR knowledge* OR perception* OR research OR barrier* OR skill* OR
intention OR belief* OR “self-reported practice” OR education OR interest OR resources OR
opinion* OR “research characteristic*” OR participation OR abilit* OR implementation OR
implementing OR access OR problem*) AND (physical therapy OR physiotherapy)
48
APPENDIX 2
Definition of methodological quality criteria
Representative sample
A - At least one of the following: whole target population, randomly selected sample, or
sample stated to represent the population;
B - At least one of the following: reasons for non-response described, non-responders
described, comparison of responders and non-responders or comparison of sample and target
population given;
C - Response rate and, if applicable, drop-out rate reported;
Quality of data:
D - Data primarily collected to describe knowledge, skills and behavior, opinions and barriers
in EBP;
E - At least one questionnaire to identify describe knowledge, skills and behavior, opinions
and barriers in EBP has been validated;
F - Power calculation presented.
49
APPENDIX 3
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
Author/country (year) Knowledge Skills and Behaviour Opinions EBP Barriers
Bauer/Germany (2007)
● 51.3% knew the concept of EBP and 48.7% did not know,
● 30.8% of physiotherapists
did not receive information on PBE.
● 41% do not work based on evidence and 28.2% work-based evidence,
● 28.2% always or frequently
use the evidence to help the clinical decision making,
● 20.5% never use the
evidence to help the clinical decision making.
● 64.1% has interest in EBP, ● 69.2% believe that EBP is
important.
● Not reported
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
50
Bernhardsson/Sweden (2014)
● 21% agreed or strongly agreed that they wanted to learn or improve the skills necessary to apply EBP in their practice,
● 62% of the respondents
agreed or strongly agreed that they felt confident in their ability to find relevant research for their clinical questions,
● 69% reported that they felt
confident about treating patients according to current best evidence,
● 62% stated that they agreed
or strongly agreed that the use of research was encouraged at their place of work,
● 48% agreed or strongly
agreed that they knew how to
● 44% of the respondents reported reading fewer than 2 articles in an average month;
● 46% reported reading 2 to 5
articles per month, and 10% reported reading more than 5 articles per month;
● 71% of the respondents
reported performing fewer than 2 database searches on average per month; 23% reported performing database searches 2 to 5 times per month, and 6% reported performing database searches more than 5 times per month.
● 90% of the respondents agreed or strongly agreed that EBP is necessary to practice and 83% of them think that it helps in decision making,
● 56% of the respondents
disagreed or strongly disagreed that EBP creates unreasonable demands on them,
● 55% believe that strong
evidence was lacking for most interventions used in their clinical practice.
● Lack of time (68%), ● Don't know where to find
guidelines (45%), ● Guidelines are too
general/unspecific (40%), ● Guidelines take too long to
read (38%), ● No/too few guidelines exist
(32%), ● Guidelines are too much
"recipe" (20%), ● Lack of support from
colleagues (4%), ● Lack of interest (4%), ● Other (10%).
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
51
access online databases through the electronic library.
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
52
Buchard/France (2009)
• 62.1% believed that they are able to identify gaps in EBP knowledge,
• 74.6% believed they did not
have full knowledge of the main sources of information in research,
• 71.2% had difficulty
identifying the validity of study results,
• 71.6% had difficulty
applying the information to clinical practice.
• 89.2% believed they had the skills to access the Cochrane library, 87.9% PEDro, 72.7% Medline.
• 79.1% believed they had
little skills in accessing articles and 78.1% believed they had little skills in research.
• 58.6% based their clinical
reasoning on EBP and 51.4% attributed the choice of interventions in clinical practice to scientific evidence.
• 57.1% considered the use of EBP reasonable, 80% considered it necessary, and 81.4% considered it useful in clinical practice,
• 60% were willing to apply
EBP more often and 70% were interested in improving EBP skills,
• 51.4% believed that the use
of EBP improves quality of care,
• 54.3% believed that EBP
does not take workplace limitations into account and 44.3% believed that it does not take the patient’s preferences and expectations into account,
• 38.6% agreed that only
interventions based on evidence should be paid.
• Lack of time (93.8%), • No access to full articles
(76.2%), • No access to abstracts
(65.6%), • Few articles on their field of
clinical practice (73.8%), • Resistance to change, • Poor English skills, • Lack of personal skills.
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
53
Gorgon/ Philippines (2012)
• More than half agreed that they learned the fundamentals of EBP at undergraduate level, with training on the use of databases.
• Many were confident of their skill to search for scientific studies and 84% said they had the skill to access databases,
• 85% were aware that there is
scientific evidence available online,
• 47% were familiar with
simple searches on health databases (Medline, Pubmed, CINAHL, PEDro),
• 48% were confident of their
critical appraisal skills, • Less than 50% used research
evidence regularly and 35-47% occasionally,
• In a specific month, 16%
performed searches, 10% read scientific articles, 13% appraised studies, and 18% applied the evidence to specific treatments of patients.
• The respondents agreed that there is a need to use and recognise evidence in clinical practice and to develop EBP skills.
• Lack of time (84%), • Lack of time at work to
search and assess the evidence (72%),
• No access to scientific
literature at work (60%), • No policies at work to
stimulate the use of evidence (56%),
• Lack of resources to perform
a search (53%), • Lack of training at work to
use the evidence (52%), • Lack of skills to critically
appraise an article (45%), • Lack of access to evidence
in research (43%), • Lack of skills for statistical
interpretation (43%),
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
54
• Lack of authority in patient’s decision-making (41%),
• Lack of skills in searching
for evidence (40%), • Lack of skills in interpreting
study results (36%), • Lack of skills in applying
the search results to patients (27%),
• Lack of support from
colleagues at work (26%), • Lack of generalisation of
data (26%), • Lack of interest (16%).
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
55
Grimmer-Somers/Australia
(2007)
• Not reported • Not reported • 90.3% reported that research is important to professional growth,
• 61.8% reported that research
is not a priority for them, • 41.8% reported that treating
patients is more important than conducting research,
• 27.9% reported that treating
patients is more important than searching and reading studies,
• 23% reported that searching
and reading studies are not high priorities for them,
• 20% are not interested in
performing research, • 4.2% have no interest in
searching and reading about research evidence.
• The relevant literature is not concentrated in one place (57.2%),
• Large volume of research
information (56.1%), • Inability to interpret
statistical data (54.3%) • Inability to assess the quality
of the research (42.9%), • Conflicting results in the
literature (40%), • Implications of research are
not clear for clinical practice (32.7%),
• Lack of time for reading
(31.2%), • Inadequate resources
(27.6%), • Methodological deficiencies
of the studies (27.3%),
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
56
• Research not reported in a
clear and legible manner (25.5%),
• Lack of confidence in the
results (25.5%), • Lack of discussion with
colleagues on the research (24.9%),
• Lack of authority to change
the practice (21.2%), • Lack of articles available in
full (20.7%), • Lack of generalisation of
results (20%), • Lack of medical support
with implementation of research findings (18.2%),
• Non-replication of research
(16.2%),
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
57
• Lack of research knowledge (10.9%),
• Non-relevance of research to
practice (10.9%), • Lack of support from
colleagues to implement research findings (9.8%),
• Lack of support from
employer to implement research findings (6.7%)
• Conclusions of research are
not justified (3.6%).
Iles/Australia (2006)
• 80% of respondents agreed that there are gaps in EBP knowledge,
• 59% reported that they often
formulate questions to improve knowledge.
• 69% of physiotherapists said they read scientific articles regularly, regardless of whether they answer a specific clinical question,
• 10.6% had searched in the
PEDro database, 15.3% in Cochrane and Medline, and 26.6% in Cinahl.
• Not reported • Lack of access to computers, • Inability to make changes in
the workplace, • Lack of relevant research, • Lack of personal skills in
search and assessment, • Lack of access to journals,
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
58
• Incomprehensible abstracts, • Lack of time.
Jette/USA (2003)
• 82% of respondents agreed that they had received information on the fundamentals of EBP,
• 42% on search strategies, • 70% on the use of databases
such as MEDLINE and CINAHL,
• 67% on critical appraisal of
research, • 65% said they had research
skills and 55% felt confident regarding these skills.
• 17% of respondents said they read 2 articles a month,
• 66% read 2 to 5 articles a
month, • 65% performed less than 2
searches in databases in a given month,
• 74% claimed to use
professional literature to make decisions up to 5 times a month,
• 89% used databases at home
and 65% at work, • 96% had access to
specialised journals, • 67% said that their
workplace support the use of evidence in clinical practice.
• 90% agreed that EBP is necessary,
• 82% that literature is useful
for practice, • 79% that EBP improves the
quality of patient care, • 72% that the evidence helps
decision-making, • 61% disagreed that the use
of evidence imposes too many requirements on the workplace,
• 47% were neutral on
whether EBP takes into consideration the limitations of their practice at work,
• 46% were neutral on
whether EBP increases refund rates,
• Lack of time (67%), • Lack of generalisation of the
data for the patient (30%), • Patient peculiarities, • Inability to understand
statistical data, • Lack of skills in searches, • Lack of means of
information, • Lack of educational support, • Inability to critically
appraise studies • Lack of interest (11%).
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
59
• 46% take patient
preferences into account, • 84% agreed that they need to
increase their use of evidence in clinical practice,
• 85% were interested in
learning and improving the skills necessary to implement EBP.
Nilsagard/Sweden (2010)
• The most common sources of EBP updates were: the literature (71%), courses (65%) and basic and continuous education (51%), Registration Association of Swedish Physiotherapists (39%), colleagues (38%) and opinion of specialists (6%),
• 36% correctly identified the
EBP components, • Nearly 70% reported good
ability to formulate a clinical question and critically appraise scientific literature,
• 8% of professionals performed database searches weekly, 20% to 50% used it a few times a month, and 23% never used them,
• 15% read scientific journals
weekly, 40% monthly, and 44% a few times a year,
• 47% critically appraised the
scientific literature frequently, 5% weekly, and14% monthly,
• 34% had never conducted a
critical appraisal,
• 79.95% of respondents believed that EBP improves the quality of care,
• 60% considered the interest
of colleagues at work as an important alternative in EBP promotion, 56% government recommendations, 49% change in personal conduct, 18% EBP promotion based on patient request, and 20% based on the attitudes of health politicians,
• 81% did not believe that
EBP generates conflicts with
• Lack of time (86%), • Lack of advisors (80%), • Lack of knowledge (55%), • Employers’ lack of interest
(46%), • Lack of technological
equipment (45%), • Lack of interest in EBP
(36%), • Colleagues’ lack of interest
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
60
• 37% believed they were able
to search in databases, • The term “randomised
controlled study” was understood by 98% of the respondents, “statistical significance” by 97%, “systematic review” (79%), “blinding” (78%), “number needed to treat” (61%), “intention to treat” (60%), “meta-analysis” (54%), “confidence interval” (52%), and “publication bias” (44%).
• 48% received support at
work to use the evidence, 35% had time to read at work, and 79% read the scientific literature at home,
• 63% had access to a health
library and 53% used electronic databases,
• 28% received support from
superiors to seek EBP education,
• 84% did not have access to a
tutor, • 35% assessed articles with
their colleagues, 24% took part in guideline design, 26% adjusted guidelines to local conditions,
• 21% received education in EBP,
• 86% reported using
evidence-based guidelines in
patient preferences. (42%), • Conflicts generated by EBP
between patients and carers (19%).
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
61
clinical practice, 9% had not used them, 5% were not aware of them.
Queiroz/Brazil (2013)
• 20.9% disagreed and 25.4% totally disagreed that they have received formal training in search strategies to find relevant literature online,
• 43.3% agree and 19.4% totally agree that they have received formal training in critical appraisal of scientific articles,
• 59.7% was confident to
critical analyse scientific articles,
• 60% agreed that they are
interested in learning or improving skills required in PBE,
• Approximately 75%
confirmed having knowledge about EBP,
• 77.6% had no access to current research in printed scientific journals,
• 49.3% reported accessing databases,
• 40.3% said they almost
always used the database as LILACS, SciELO, PEDro to search relevant scientific literature,
• 65.7% said reading 2 to 5
scientific articles per month • 68% said that they use EBP
in their clinical practice,
• 47.8% showed neutral, 23.9% agreed and 16.4% totally agreed that they receive incentive of
• 48% agreed and 40% totally agreed that the implementation of EBP is required for practice of physical therapy,
• About 56% showed neutral as the PBE does not take into account the limitations of the clinical practice of each professional,
• 76% showed neutral as the
PBE not take into account the patient's preferences,
• 66% agreed that the PBE aids
clinical decision making, • 44% showed neutral and 34%
disagreed that the implementation of EBP requires too much responsibility of the
• Lack of time (48.8%), • Lack of generalizability of
the findings of the scientific literature for specific population (32.6%),
• Lack of information sources
(25.6%), • Inability to apply the results
to individual patients (16.3%).
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
62
• 50% agreed that they have
learned the foundations for EBP.
workplace to implement EBP.
physiotherapist, • 44% showed neutral and 40%
disagreed that their financial gain will increase with the implementation of EBP in their clinical practice,
• 46% reiterated that it is
necessary to increase the use of scientific evidence in their daily practice.
Salbach/Canada (2007)
• 44.5% learned the foundations of EBP as part of their academic preparation,
• 47% received formal
training in search strategies for finding research relevant to their practice,
• 56% received formal
training in how to critically appraise research literature as part of their academic preparation.
• Not applicable • 93.2% agreed that EBP is necessary in physiotherapy practice,
• 89.8% reported the need to
increase the use of evidence in daily practice,
• 90.2% reported interest in
developing skills to implement EBP,
• 84% agreed that EBP
improves the quality of patient care,
• 78.1% agreed that EBP aids
• Lack of time (74,4%), • Lack of generalisability of
research findings (33.7%), • Lack of research skills
(30.7%), • Inability to understand
statistical data (30.4%), • Inapplicability of research to
unique patients (24.1%), • Inability to critically appraise
articles (19.2%),
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
63
decision-making, • 78% agreed that research
findings are useful in daily practice,
• 55.3% agreed that a divide
exists between research and practice,
• 34.2% agreed that EBP does
not take patient preferences into account,
• 13.2% agreed that the
adoption of EBP places an unreasonable demand on physical therapists,
• 49.4% agreed that the
physiotherapist should be responsible for conducting their own literature reviews to answer their clinical questions,
• 64.9% agreed that the
physiotherapist is responsible for critically evaluating the
• Isolation from peers (17%), • Lack of information
resources (15.6%), • Lack of an organisational
mandate (11.1%), • Lack of support from
colleagues (3.7%), • Lack of interest (3.3%).
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
64
literature, • 84.5% that the
physiotherapist is responsible for interpreting the findings.
Salbach/Canada (2009)
• Not reported • 62.3% used databases once a month, 32.8% between 2 and 5 times,
• 26.7% read studies once a
month and 56% between 2 and 5 times,
• 20% have access to online
databases at work, • 70% reported lack of time at
work for research activities and the rest reported little time.
• Not reported • Not reported
Scholten-Peeters/Netherlands
(2011)
• 48.1% of physiotherapists and 42.3% of supervisors reported that they formulated a clinical question when confronted with a clinical problem in 50% of cases,
● 16% of physiotherapists and
11.5% of supervisors had
• 66.7% of teachers, 51.9% of physiotherapists, and 42.3% of supervisors use national guidelines frequently to answer clinical questions,
● 100% of teachers, 49.4% of
physiotherapists, and 42.3% of supervisors reported the
• Not reported • Not reported
Description of the characteristics related to knowledge, skills and behaviour, opinions, and barriers reported by each study.
65
never formulated a clinical question,
● The sources used by
teachers to answer clinical questions are systematic reviews (88.9%), Pubmed (77.8%), national guidelines (77.8%),
● 46.3% of physiotherapists
rated their EBP knowledge as average, 77.8% of teachers rated it as good, and 42.3% of supervisors as average or good.
use of Cochrane reviews to answer a clinical question,
● 88.9% of teachers, 37% of
physiotherapists, and 23.1% of supervisors use PEDro to answer a clinical question,
● 66.7% of teachers, 42% of
physiotherapists, and 42.3% of supervisors use Pubmed to answer a clinical questions,
66
Capítulo 3
Prática Baseada em Evidências: uma avaliação sobre comportamento,
conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras por
fisioterapeutas brasileiros
67
Prática Baseada em Evidências: uma avaliação sobre comportamento,
conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras por fisioterapeutas
brasileiros
PBE: uma avaliação por fisioterapeutas brasileiros
TATIANE M. SILVA1, LUCÍOLA C. M. COSTA1, LEONARDO O. P. COSTA1,2
1Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São
Paulo (UNICID), São Paulo, SP, Brasil
2Musculoskeletal Division, The George Institute for Global Health, Sydney, NSW,
Australia
Autor correspondente: Tatiane Mota da Silva, Rua Monsenhor Francisco de Paula 264,
Vila Aricanduva, São Paulo, SP, Brasil. 03504-000; Telefone: +55 11 98393 9885; E-
Palavras-chave: prática clínica baseada em evidências, fisioterapia, estudo transversal,
Brasil
Keywords: evidence-based practice, physical therapy, cross-sectional study, Brazil
68
RESUMO
Introdução: A Prática Baseada em Evidências (PBE) tem sido amplamente abordada
nas diferentes áreas da saúde. Porém, não há dados a respeito do conhecimento e
dificuldades encontradas por fisioterapeutas brasileiros em relação à sua implantação.
Objetivo: Identificar o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões
e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros (residentes no estado de São
Paulo) na PBE. Métodos: Foi enviado um questionário personalizado com questões
sobre comportamento, conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras via e-
mail para uma amostra de 490 fisioterapeutas registrados no Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional do estado de São Paulo. Os fisioterapeutas que não
responderam ao questionário foram contatados via telefone e/ou carta. Os dados foram
analisados de maneira descritiva. Resultados: A taxa de resposta final foi de 64,4%
(316/490). Os fisioterapeutas relataram possuir hábito de utilizar artigos científicos
(89,5%) como recurso de atualização profissional, seguido de cursos (88,3%), e livros
(86,3%). Cerca de 35% dos profissionais relataram compreensão clara sobre a aplicação
dos achados de uma pesquisa na prática clínica, cerca de 37% relataram facilidade em
avaliar criticamente um artigo científico, e 67,2% acreditam totalmente que a PBE é
importante para a prática clínica. As barreiras mais frequentemente relatadas foram:
dificuldade para obter o artigo na íntegra (80,1%), utilizar a PBE pode representar maior
custo (80,1%), e idioma dos artigos científicos (70,3%). Conclusões: Os fisioterapeutas
brasileiros acreditam ter conhecimento e habilidades em PBE, possuem opiniões
favoráveis em relação a sua implantação, mas ainda apresentam dificuldades para o
sucesso da sua aplicação.
69
ABSTRACT
Background: Evidence-Based Practice (EBP) has been widely used in different health-
related areas. However, there is no information on the EBP knowledge and difficulties
of Brazilian physiotherapists to use the EBP for promoting a better treatment to their
patients. Purpose: To identify the behavior, knowledge, abilities and resources,
opinions and barriers experienced by Brazilian physiotherapists with regards to EBP.
Methods: A customized questionnaire with questions about behavior, knowledge,
abilities and resources, opinions and barriers was sent by email to a sample of 490
physiotherapists registered at the Physiotherapy Registration Board of São Paulo/Brazil.
Physiotherapists who did not respond to the questionnaire were contacted by telephone
and/or letter. Data were analyzed descriptively.
Results: The response rate was 64.4% (316/490). Physiotherapists have reported the
habit of using scientific articles (89.5%) as a resource for professional development,
followed by continuum educational courses (88.3%) and books (86.3%). About 35% of
the sample reported a clear understanding on the implementation of research findings in
clinical practice, about 37% reported themselves as not having difficulties in critically
appraise a scientific article, and 67.2% strongly believed that EBP is important for
clinical practice. The most commonly reported barriers were related to difficulties in
obtaining a full-text article (80.1%), using the PBE may be associated with higher costs
(80.1%), and language of publication of the articles (70.3%).
Conclusions: Brazilian physiotherapists believe that they have knowledge and skills in
EBP. They have favorable opinions about the implementation, but still have difficulties
to implement EBP successfully.
70
INTRODUÇÃO
A Prática Baseada em Evidências (PBE) é definida como o “uso da melhor
evidência científica atualizada para orientar a tomada de decisão clínica”1, porém, as
expectativas, desejos e valores do paciente, e a experiência do profissional também
devem ser considerados na tomada de decisão2. A PBE vem sendo utilizada como um
importante modelo de tomada de decisão clínica3 e possui cinco passos básicos que
devem ser seguidos para o sucesso da aplicação de seus princípios: 1) formulação da
questão clínica; 2) condução de uma busca eficiente em bases de dados para responder a
pergunta clínica; 3) avaliação crítica de validade das evidências; 4) aplicação dos
achados das evidências na prática clínica; 5) avaliação dos efeitos da implantação das
evidências na prática clínica4.
Mesmo com princípios tão bem definidos, alguns obstáculos podem interferir na
PBE, como por exemplo, a disponibilidade limitada de recursos, a habilidade do
fisioterapeuta em aplicar com competência aquela intervenção considerada como
melhor evidência clínica, fatores socioeconômicos e culturais2, ou ainda, problemas
voltados às atuais políticas de saúde, a complexidade da prática em fisioterapia, acesso
aos artigos em texto completo e os programas de educação continuada5.
As principais barreiras encontradas na implantação da PBE por fisioterapeutas
de outros países são: falta de tempo6-11, incapacidade de compreender dados
estatísticos6-8, 11, falta de apoio por parte do empregador7-9, 11, falta de recursos (como
computador e acesso à Internet)7-9, 11, e falta de aplicabilidade para o paciente6-8, 11. O
idioma de publicação da pesquisa, em sua maioria na língua inglesa, também pode ser
considerado uma barreira que pode dificultar a utilização de estudos pela
incompreensão do leitor que não lê este idioma3.
71
Já existem alguns estudos que investigaram diferentes aspectos necessários em
PBE em população específica de fisioterapeutas6-15. Porém, não existe até o momento
nenhum estudo realizado com fisioterapeutas de países em desenvolvimento como o
Brasil que aborde todos os fatores que influenciam sua implantação na prática clínica.
Uma vez que o sistema de saúde e a formação do fisioterapeuta brasileiro possuem
características próprias em relação a outros países, faz-se necessária uma investigação
específica. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar o comportamento,
conhecimento, habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por
fisioterapeutas brasileiros na Prática Baseada em Evidências.
MÉTODOS
Desenho do estudo
Trata-se de um estudo transversal e descritivo, conduzido mediante aprovação
do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo, aprovado em 20
de março de 2013 (CAAE 13479213.6.0000.0064).
Participantes
O projeto contou com o apoio institucional do Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 3a região (CREFITO-3), localizado no estado de São Paulo.
Esse Conselho ofereceu suporte na obtenção de contatos de 490 indivíduos a partir de
seleção aleatória de uma população de 55.256 fisioterapeutas, sendo todos eles
fisioterapeutas, com registro válido pelo Conselho até dezembro de 2012, e com e-mail
válido. O CREFITO-3 também auxiliou no envio dos e-mails, e em fase mais avançada
da pesquisa, na liberação dos dados de contato de telefone e endereço dos indivíduos.
72
Todos os dados foram analisados de forma confidencial, sem a interferência do referido
Conselho.
A amostra desse estudo foi baseada numa taxa de resposta estimada em 50%.
Após várias simulações com diferentes contingentes amostrais e mantendo a taxa de
resposta em 50%, percebemos que 450 participantes seriam suficientes para que a
precisão estatística fosse suficientemente alta. Uma amostra de 450 sujeitos e 50% de
taxa de resposta com 225 eventos geraria um intervalo de confiança suficientemente
estável de 0,45 a 0,55, a ponto que duplicar a amostra geraria um intervalo de 0,46 a
0,53, sem grandes mudanças. Para prevenir excessivas perdas amostrais decidimos
coletar os dados em 490 sujeitos. Esses cálculos foram realizados usando o Confidence
Interval Calculator da base de dados PEDro.16
Instrumento
Em virtude de não existir nenhum instrumento adequado que abordasse todas as
informações desejadas a respeito da população estudada até o momento, um
questionário foi desenvolvido para o estudo. O questionário (Anexo 1) foi elaborado a
partir de questões de estudos anteriores16-21 sobre Prática Baseada em Evidências. Esse
questionário foi composto por questões divididas em nove seções: 1) Termo de
consentimento livre e esclarecido; 2) Se exerce ou não a profissão; 3) Dados
demográficos, 4) Comportamento, 5) Conhecimento prévio dos recursos sobre Prática
Baseada em Evidências, 6) Habilidades e recursos, 7) Opiniões, 8) Barreiras
encontradas e 9) Agradecimento. O questionário foi formulado com opções de resposta
fechadas (objetivas), sendo as seções cinco, seis e sete constituídas por escala do tipo
Likert de cinco pontos (1=discordo completamente, 2=discordo parcialmente, 3=neutro,
4=concordo parcialmente, e 5=concordo completamente).
73
Para garantir melhor qualidade do instrumento, foram realizados dois estudos
pilotos prévios. No primeiro estudo piloto, uma primeira versão do questionário em
papel foi respondido e analisado por alunos da graduação em fisioterapia da
Universidade Cidade de São Paulo, para avaliar a compreensão das perguntas. No
segundo estudo piloto uma segunda versão do questionário foi enviada por e-mail a
alunos de especializações em fisioterapia da mesma universidade para checar a
qualidade do processo de envio e resposta via link.
Procedimentos
A coleta foi inicialmente realizada através do questionário previamente
formulado no site SurveyMonkey23 que é um site para elaboração e envio de
questionários personalizados via online. Posteriormente, o questionário foi enviado por
e-mail pelo CREFITO-3 a todos os 490 fisioterapeutas selecionados. O e-mail continha
um convite à participação na pesquisa e em seguida um link com o questionário, e após
leitura e aceite do termo de consentimento livre e esclarecido, o indivíduo começava a
responder as questões.
Após o envio do questionário, o fisioterapeuta teve duas semanas para responder
as questões e reenvia-las. No caso dos fisioterapeutas que não responderam após este
período, foi enviado novo e-mail e novo questionário, com mesmo tempo para
responder. E depois de duas semanas, nova notificação e questionário, para os
fisioterapeutas não respondentes. Uma última notificação foi enviada após duas
semanas. Posteriormente, foram realizadas tentativas via telefone, e em seguida, via
carta para aqueles com dados de telefone incorretos, para que, dentro dos limites éticos,
pudéssemos maximizar a taxa de resposta.
74
Análise de dados
Os dados foram analisados de maneira descritiva a partir do programa IBM
SPSS versão 19.0 e reportados a partir de números absolutos, porcentagens e
frequências.
Com base na análise encontrada, foi estabelecida a necessidade de realização de
analises secundárias em consequência de possíveis diferenças nas respostas em função
do tempo de formação e da dificuldade destes profissionais em relação a língua inglesa,
que podem ser fatores preditivos de mudança das características em PBE apresentadas.
Também foram feitas análises em relação a gênero. As análises foram realizadas a partir
do teste de Qui Quadrado usando as características: gênero; tempo de formação (menos
que 5 anos, de 5 a 9 anos, de 10 a 14 anos, e mais de 14 anos); e habilidade para leitura
de textos em inglês (ruim ou moderada, boa ou excelente). O nível de significância
adotado foi de p=0,05.
RESULTADOS
Os e-mails foram enviados pelo CREFITO-3 aos fisioterapeutas. A taxa de
resposta cumulativa ao longo dos 4 envios dos e-mails foi de 3,9% (19/490). As coletas
via telefone totalizaram em 296 respostas (taxa de resposta= 60,4%), e 22 recusas.
Cartas foram enviadas a 81 fisioterapeutas que não responderam aos e-mails e
apresentavam dados de telefone inválidos, com apenas 1 retorno. A taxa de resposta
final foi de 64,4% (316/490), sendo 256 fisioterapeutas atuantes e 60 que já não atuam
mais na profissão. As análises foram conduzidas para os 256 fisioterapeutas atuantes. A
Figura 1 ilustra todas as etapas realizadas.
75
Figura 1. Diagrama de fluxo do estudo.
A Tabela 1 descreve as características demográficas dos participantes. Os
respondentes eram majoritariamente do sexo feminino, se formaram a menos de 5 anos,
possuem grau de formação de especialização, se graduaram em universidades privadas,
atuam com atendimento de pacientes e trabalham como profissionais liberais. Além
disso, 78,5% relatou não ter experiência prévia com docência e cerca de 55% declaram
ter experiência prévia de pesquisa.
Questionários respondidos (n=10)
Envio dos questionários via e-mail (n=490)
Questionários não respondidos (n=480)
Total de respostas via e-mail (n=19)
Tentativas via telefone (n=296)
Tentativas via carta (n=1)
Total de respostas (n=316)
1° lembrete via e-mail (n=4)
2° lembrete via e-mail (n=5)
3° lembrete via e-mail (n=0)
76
Tabela 1. Dados demográficos dos respondentes (n=256).
Característica n (%) Gênero Masculino 49 (19,1) Feminino 207 (80,9) Tempo de formação Menos que 5 anos 99 (38,6) 5-9 anos 81 (31,6) 10-14 anos 45 (17,6) 15-19 anos 13 (5,1) 20-24 anos 5 (2,0) Mais que 24 anos 13 (5,1) Nível de formação Graduação 78 (30,5) Especialização 163 (63,6) Mestrado 14 (5,5) Doutorado 0 (0) Pós-doutorado 1 (0,4) Procedência da universidade/faculdade Privada 239 (93,4) Pública 17 (6,6) Forma de atuação fisioterapêutica No atendimento ao paciente 248 (96,9) Docência 21 (8,2) Pesquisa 16 (6,3) Outro 16 (6,2) Área de atuação Traumato-ortopédico-funcional 91 (35,5) Cardiorrespiratória 53 (20,7) Neurofuncional 35 (13,7) Dermatofuncional 31 (12,1) Acupuntura 12 (4,7) Saúde coletiva 10 (3,9) Esportiva 8 (3,1) Saúde do trabalho 6 (2,3) Quiropraxia e osteopatia 5 (2,0) Saúde da mulher 4 (1,6) Urogineco-funcional 1 (0,4) Onco-funcional 0 (0) Setor de trabalho Profissional liberal 129 (50,4) Privado 84 (32,8) Público 32 (12,5) Ambos 11 (4,3) Experiência prévia com docência Sim 55 (21,5) Não 201 (78,5) Experiência prévia com pesquisa Sim 140 (54,7) Não 116 (45,3) Habilidade em inglês Ruim 74 (28,9) Razoável 117 (45,7) Boa 56 (21,9) Excelente 9 (3,5)
77
Comportamento em relação à PBE
A Tabela 2 apresenta as características dos respondentes quanto a seu
comportamento em relação à utilização de pesquisas. Os fisioterapeutas relataram
possuir hábito de utilizar artigos científicos (89,5%) como recurso de atualização
profissional, seguido de cursos (88,3%), e livros (86,3%). Quando questionados sobre
as bases de dados que já utilizaram, observa-se uma clara preferência do uso de bases de
dados em língua portuguesa ou espanhola (como, por exemplo a base Scielo com
86,7%) em relação a bases mais abrangentes como a PubMed (71,9%) e Cochrane
(28,9%) ou específica para a fisioterapia como a PEDro (13,7%), por exemplo.
78
Tabela 2. Dados sobre comportamento dos respondentes.
Característica n (%)
Formas de atualização Artigos científicos 229 (89,5) Cursos 226 (88,3) Livros 221 (86,3) Artigos informais 191 (74,6) Congressos, conferências, palestras 174 (68,0) Grupos de estudos 50 (19,5) Bases de dados que já utilizou Scielo 222 (86,7) Lilacs 205 (80,1) Google acadêmico 204 (79,7) PubMed 184 (71,9) Cochrane 74 (28,9) PEDro 35 (13,7) Nunca usei base de dados 8 (3,1) Outra 6 (1,2) Base de dados que mais utiliza Scielo 122 (47,7) Pubmed 68 (26,6) Bireme 50 (19,5) Google acadêmico 48 (18,8) Lilacs 46 (18,0) Não uso bases de dados 17 (6,6) PEDro 4 (1,6) Cochrane 2 (0,8) Outra 1 (0,4) Frequência de utilização das bases Todos os dias 5 (2,0) 1 a 3 vezes na semana 62 (24,2) 1 a 3 vezes no mês 70 (27,3) 1 vez a cada 2 meses 23 (9,0) Muito raramente 38 (14,8) Não uso base de dados 58 (22,7) Local de utilização das bases de dados Casa 205 (80,1) Trabalho 64 (25,0) Universidades 25 (9,8) Outro 1 (0,4)
Conhecimento, habilidades e recursos, e opiniões em relação à PBE
A Tabela 3 demonstra as porcentagens dos fisioterapeutas por categoria de
resposta para as sentenças sobre conhecimento, habilidades e recursos, e opiniões em
PBE. Os fisioterapeutas relatam possuir compreensão clara sobre a aplicação dos
achados de uma pesquisa na prática clínica (41,8% concordam totalmente), possuir
79
entendimento sobre diferentes tipos de delineamentos de estudo (40,2% concordam
totalmente), acreditam ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE (27,7%
concordam totalmente), mas demonstram inconsistência quanto a entendimento sobre
compreender os elementos centrais da PBE e sobre dados estatísticos.
Nas sentenças sobre habilidades e recursos, é possível observar que os
fisioterapeutas relatam facilidade em avaliar criticamente um artigo científico (29,3%
concordam totalmente) e possuem hábito de acessar bases de dados (44,5% concordam
totalmente).
Quanto às sentenças sobre opiniões, os fisioterapeutas demonstram ser
favoráveis em relação à PBE, já que 67,2% acreditam totalmente que a PBE é
importante para a prática clínica, e 65,5% acredita totalmente que a PBE melhora o
atendimento ao paciente. Além disso, 31,3% concordam totalmente que grande parte da
sua tomada de decisão incorpora a PBE, mas contraditoriamente 16,8% acreditam
totalmente e 44,9% parcialmente que a opinião de especialistas da área é o fator mais
importante na tomada de decisão.
80
Tabela 3. Conhecimento, Habilidades e recursos, e opiniões em relação à PBE.
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
Conhecimento Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. 2,7 1,2 7,8 34,8 53,5 Não tive experiência com PBE na minha formação. 37,5 19,5 7,8 19,5 15,6 As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. 25,4 30,1 10,9 23,4 10,2 Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. 26,6 22,3 21,5 22,3 7,4 Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica. 3,1 7,0 12,5 35,5 41,8 Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo (delineamentos). 3,1 5,9 13,3 37,5 40,2 Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. 20,3 28,9 11,3 25,8 13,7 Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. 5,1 10,9 12,9 43,4 27,7 Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE. 68,8 14,5 7,8 6,6 2,3 Habilidades e recursos Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. 34,8 28,9 16,0 15,2 5,1 Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. 4,7 7,0 22,3 36,7 29,3 Possuo hábito de acessar bases de dados online. 4,7 7,8 13,7 29,3 44,5 Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. 27,0 11,7 22,7 13,7 25,0 Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE.
15,2 6,3 17,6 16,8 44,1
Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. 32,4 13,7 19,5 12,9 21,5 Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão. 3,9 4,7 7,8 33,2 49,6 Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão. 4,3 6,6 6,3 39,5 43,4 Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica. 54,3 21,5 14,1 7,4 2,7 Opiniões A PBE é importante para a minha prática clínica. 1,2 0,4 6,3 25,0 67,2 Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia. 65,6 23,4 6,3 2,3 2,3 Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE.
3,5 8,6 15,6 41,0 31,3
A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão. 5,5 17,2 15,6 44,9 16,8 A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde. 48,8 31,3 10,9 7,0 2,0 Variáveis expressas em porcentagem
81
Barreiras relacionadas à PBE
As barreiras mais frequentemente relatadas pelos fisioterapeutas, e estão em sua
maioria relacionadas a dificuldades para obter o artigo na íntegra (80,1%), utilizar a PBE pode
representar maior custo (80,1%), e idioma dos artigos científicos (70,3%). Barreiras citadas
com menor frequência foram: falta de interesse por pesquisa (28,1%) e entender os resultados
– conflitantes (24,6%). Esses dados estão descritos na Figura 2.
Figura 2. Barreiras em PBE.
A partir das análises secundárias foram encontradas diferenças significativas entre as
categorias de tempo de formação, sugerindo que pessoas formadas até 9 anos tem maior
conhecimento e habilidades em comparação com pessoas formadas há mais tempo para as
sentenças:
• não tive experiência com PBE na minha formação (p=0,001), onde 65,7% dos
indivíduos formados há menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente
com essa afirmativa, e 61,8% dos formados entre 5 a 9 anos discordam totalmente
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Porc
enta
gem
Barreira
82
ou parcialmente. Já os formados entre 10 a 14 anos concordam parcialmente ou
totalmente em 46,7% com essa afirmativa, e aqueles formados a mais de 14 anos
concordam parcialmente ou totalmente em 58,1%.
• as informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes
(p=0,004), sendo que 75,6% dos profissionais formados entre 10 a 14 anos
discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, e 71% dos formados a
mais de 14 anos discordam totalmente ou parcialmente, enquanto que os formados
a menos de 5 anos discordam totalmente ou parcialmente em 44,5%, e aqueles
formados entre 5 e 9 anos discordam totalmente ou parcialmente em 51,9%.
• não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE (p=0,004), dado que
54,9% dos profissionais formados entre 10 a 14 anos concordam parcialmente ou
totalmente com essa afirmativa, e 82,9% dos formados a mais de 14 anos
concordam parcialmente ou totalmente, enquanto que os formados a menos de 5
anos discordam totalmente ou parcialmente em 53,1%, e aqueles formados entre 5
e 9 anos discordam totalmente ou parcialmente em 31,6%.
• possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico (p=0,005), onde
apenas 8,1% dos indivíduos formados há menos de 5 anos discordam totalmente
ou parcialmente com essa afirmativa, e 4,9% dos formados entre 5 a 9 anos
discordam totalmente ou parcialmente. Já os formados entre 10 a 14 anos
discordam totalmente ou parcialmente em 22,2% com essa afirmativa, e aqueles
formados a mais de 14 anos discordam totalmente ou parcialmente em 25,8%.
• possuo hábito de acessar bases de dados online (p=0,009), já que apenas 10,1%
dos indivíduos formados há menos de 5 anos discordam totalmente ou
parcialmente com essa afirmativa, e 3,7% dos formados entre 5 a 9 anos discordam
totalmente ou parcialmente. Já os formados entre 10 a 14 anos discordam
83
totalmente ou parcialmente em 24,4% com essa afirmativa, e aqueles formados a
mais de 14 anos discordam totalmente ou parcialmente em 25,9%.
Também foram encontradas diferenças significativas para as categorias quanto à
habilidade em inglês, sugerindo que pessoas com habilidade boa ou excelente apresentam
maior conhecimento e habilidades que pessoas com habilidade ruim ou moderada para as
sentenças:
• não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE (p=0,009); onde
67,7% dos profissionais que classificam sua habilidade como boa ou excelente
discordam totalmente ou parcialmente com essa afirmativa, enquanto que 42,4%
daqueles que classificaram como ruim ou moderada discordam totalmente ou
parcialmente.
• não possuo facilidade em realizar buscas através de bases de dados (p=0,003);
sendo que os fisioterapeutas que classificaram sua habilidade como boa ou
excelente discordaram totalmente ou parcialmente desta afirmativa em 78,4%. Já
aqueles que classificaram sua habilidade como ruim ou moderada discordaram
totalmente ou parcialmente em 58,7%.
• possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico (p=0,035), onde
98,4% dos profissionais que classificaram sua habilidade como boa ou excelente
concordaram parcialmente ou totalmente com essa afirmativa, enquanto que 60,8%
daqueles com habilidade ruim ou moderada concordaram parcialmente ou
totalmente com a afirmativa.
Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre gêneros. Os
dados da análise secundária encontram-se distribuídos em tabelas no Anexo 2.
84
DISCUSSÃO
Os objetivos desse estudo foram identificar o comportamento, conhecimento,
habilidades e recursos, opiniões e barreiras encontradas por fisioterapeutas brasileiros na
Prática Baseada em Evidências. Apesar de demonstrar serem favoráveis à implantação da
PBE, os fisioterapeutas ainda parecem valorizar a opinião de experts tanto quanto artigos
científicos, tendo em vista que relataram utilizar artigos científicos tanto quanto cursos como
recurso de atualização profissional, além do fato de que 16,8% acreditam totalmente e 44,9%
parcialmente que a opinião de especialistas é o fator mais importante na tomada de decisão, o
que contradiz um dos pilares centrais da PBE, em que a evidência deve ser informada por
pesquisa clínica de alta qualidade, e não através de experts24.
Mesmo relatando hábito de utilizar bases de dados online, 44,5% concordam
totalmente com a afirmativa, a mais utilizada por estes profissionais é a Scielo (47,7%), e em
menor grau a PEDro (1,6%) e Cochrane (0,8%). Esta preferência pode ser justificada pelo
idioma desta base dados que é o português – língua pátria, além de disponibilizar artigos na
íntegra, pontos importantes para estes profissionais já que consideram como maiores barreiras
a dificuldade para obter o artigo na íntegra (80,1%) e o idioma dos artigos científicos (70,3%),
desconsiderando o fato de que ao ler apenas artigos que estão disponíveis na íntegra, os
artigos realmente relevantes podem ser ignorados, o que é conhecido como Full-Text On The
Net - FUTON bias25, 26, e também que a leitura de artigos exclusivamente em língua
portuguesa também pode não representar a melhor evidência disponível, o que caracteriza
viés de linguagem3, 27. Além disso, a frequência de utilização de bases de dados por estes
profissionais é relativamente baixa, sendo que cerca de um quarto dos entrevistados sequer
fazem uso de bases de dados.
Esse estudo permitiu observar que os fisioterapeutas brasileiros relatam ter domínio
sobre conhecimento e habilidades específicas para implantação da PBE como compreensão
85
sobre aplicação de achados de pesquisa na prática clínica, entendimento sobre os diferentes
delineamentos de pesquisa, e avaliar criticamente um artigo. Porém, parte destes profissionais
reconhece que as informações que tiveram em sua formação sobre PBE não foram suficientes
e que falta de treinamento em PBE é uma importante barreira de implantação (67,6%).
Nas análises secundárias foi possível observar que os profissionais formados mais
recentemente apresentam maior conhecimento e habilidades em comparação com aqueles
formados há mais tempo para algumas das sentenças apresentadas, bem como os profissionais
que detém de maior habilidade em leitura de textos em inglês também apresentam essa
característica em comparação com os profissionais com habilidade ruim ou moderada. Esses
dados sugerem que a formação dos fisioterapeutas nos últimos 10 anos pode ter mudado em
favor do uso de pesquisas na prática clínica, com a introdução de aulas específicas sobre o
tema, ou principalmente pelo fato da formação dos docentes ter melhorado ao longo dos anos.
Esses dados também reforçam a importância do conhecimento em língua inglesa para
aperfeiçoar o conhecimento e habilidades específicas em PBE.
Este é o primeiro estudo que investiga as principais características envolvidas na
implantação da PBE por fisioterapeutas brasileiros. Buscamos garantir uma amostra aleatória
a partir de sorteio entre todos os profissionais registrados no estado de São Paulo. Além disso,
muitos esforços foram feitos para maximizar a taxa de resposta como sugerido por estudos
prévios28, 29, através de coleta via e-mail com 3 lembretes, coletas via telefone e via carta.
Obtivemos uma taxa de resposta satisfatória (64,2%) considerando taxas de respostas de
estudos semelhantes que variaram entre 20%12-81%7. No entanto, durante o processo de
coleta notamos 81 dados de telefones inválidos, fato que pode ter influenciado negativamente
a nossa taxa de resposta. E uma surpresa para os autores do estudo foi a baixíssima taxa de
resposta via e-mail dos participantes. Parece que esse recurso ainda tem limitado sucesso em
pesquisas no Brasil, ao contrário de outros países6-8.
86
Apesar de o ensino e o sistema de saúde brasileiro possuírem peculiaridades, nossos
dados apresentaram semelhanças com estudos já existentes, que observaram que
fisioterapeutas de outros países também acreditam ter domínio para elaborar uma questão
clínica9, 14, realizar buscas em bases de dados online7, desenvolver avaliação crítica6, 14, e
também detém de dificuldades comuns como baixa frequência de utilização das bases de
dados6, 13, 14, e incapacidade de compreensão de dados estatísticos8, 11. Porém, nosso estudo
permitiu verificar barreiras diferenciadas na nossa população, como dificuldade de obtenção
do artigo na íntegra e idioma de publicação. Esforços devem ser empregados para que
fisioterapeutas tenham maior facilidade para acessos a artigos científicos, assim como para
que procurem ter melhor entendimento da língua inglesa, uma vez que mais de 90% dos
estudos clínicos em fisioterapia são publicados em inglês27.
Nosso estudo permitiu uma visão de como é encarada a PBE no Brasil por
fisioterapeutas, demonstrando que estes profissionais acreditam ter conhecimento e
habilidades necessárias, e opiniões favoráveis relacionadas a sua implantação, embora
transpareçam incerteza quando questionados sobre hábitos específicos como uso de base de
dados, o que remete a conclusão de que embora a PBE venha sendo cada vez mais discutida e
sua implantação estimulada, talvez ainda existam importantes lacunas a serem solucionadas.
Esses resultados implicam na necessidade de estratégias de um ensino específico em PBE
para esta população, focada nas suas principais dificuldades como o uso das principais bases
de dados, já que se trata do segundo passo necessário para a aplicação da PBE.4 Uma das
limitações desse estudo é que não foi mensurado, de fato, o real conhecimento sobre PBE
desses profissionais, através de uma avaliação ou de um questionário específico para avaliar a
evolução do ensino de PBE, como o Fresno30 por exemplo. Esse instrumento foi recentemente
adaptado para a língua portuguesa por pesquisadores brasileiros31. Infelizmente essa nova
versão não estava disponível quando esse estudo foi delineado.
87
Importante reconhecer que talvez os fisioterapeutas residentes do estado de São Paulo
não representem em sua totalidade fisioterapeutas de áreas menos favorecidas
economicamente no país. Porém é improvável que essa amostra não seja generalizável para
outros grandes centros como as capitais do sul e sudeste do Brasil. Seria importante a
realização de um novo estudo para confirmar esses resultados em um número maior de
cidades e estados brasileiros.
Nosso estudo apresentou o comportamento, conhecimento, habilidades e recursos,
opiniões e barreiras relatados por fisioterapeutas brasileiros e foi possível identificar as
principais dificuldades encontradas por estes na implantação da PBE. Portanto, é sugerido
pesquisas sobre efeito de treinamento de habilidades específicas em PBE que possam
solucionar as lacunas descritas nesse estudo.
CONCLUSÃO
Os fisioterapeutas brasileiros acreditam ter conhecimento e habilidades em Prática
Baseada em Evidências, possuem opiniões favoráveis em relação a sua implantação, mas
ainda detém de dificuldades para o sucesso da aplicação da PBE. As principais barreiras
encontradas no estudo estão relacionadas a obter o artigo na íntegra (80,1%), utilizar a PBE
pode representar maior custo (80,1%), e idioma dos artigos científicos (70,3%).
Agradecimentos
Tatiane Mota da Silva teve sua bolsa de mestrado financiada pela CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação do Brasil.
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades
e recursos, opiniões e barreiras.
97
5. CONHECIMENTO EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
As próximas questões são afirmativas relacionadas ao conhecimento em Prática
Baseada em Evidências. Por favor, quantifique seu conhecimento.
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências (PBE). □ □ □ □ □
Não tive experiência com PBE na minha formação. □ □ □ □ □
As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes.
□ □ □ □ □
Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. □ □ □ □ □
Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica.
□ □ □ □ □
Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo (delineamentos).
□ □ □ □ □
Não possuo entendimento sobre dados estatísticos. □ □ □ □ □
Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. □ □ □ □ □
Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE.
□ □ □ □ □
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades
e recursos, opiniões e barreiras.
98
6. HABILIDADES E RECURSOS EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
As próximas afirmativas estão relacionadas à habilidades e recursos em Prática
Baseada em evidências. Por favor, selecione a resposta que melhor o(a) caracteriza.
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados. □ □ □ □ □
Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico. □ □ □ □ □
Possuo hábito de acessar bases de dados online. □ □ □ □ □
Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. □ □ □ □ □
Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE.
□ □ □ □ □
Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. □ □ □ □ □
Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão.
□ □ □ □ □
Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão.
□ □ □ □ □
Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica.
□ □ □ □ □
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades
e recursos, opiniões e barreiras.
99
7. OPINIÕES EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
As próximas afirmativas estão relacionadas a opiniões sobre Prática Baseada em
Evidências. Por favor, quantifique a sua opinião a respeito.
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
A PBE é importante para a minha prática clínica. □ □ □ □ □
Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia.
□ □ □ □ □
Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE.
□ □ □ □ □
A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão.
□ □ □ □ □
A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde.
□ □ □ □ □
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: comportamento, conhecimento, habilidades
e recursos, opiniões e barreiras.
100
8. BARREIRAS EM PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
Nesta seção gostaríamos de saber quais as principais barreiras consideradas por você
na Prática Baseada em Evidências. Classifique quais os itens que acredita ou não ser
barreiras para a Prática Baseada em Evidências.
Barreira Sim Não Idioma dos artigos científicos □ □ Falta de qualidade das evidências □ □ Dificuldade de obter o artigo na íntegra □ □ Falta de tempo □ □ Entender dados estatísticos □ □ Entender os resultados (conflitantes) □ □ Dificuldade em explicar para o paciente (nível de compreensão) □ □ Aplicabilidade da pesquisa na prática clínica □ □ Falta de treinamento em Prática Baseada em Evidências □ □ Falta de noções básicas em pesquisa □ □ Incapacidade de avaliar a qualidade do estudo □ □ Não implantação da pesquisa científica □ □ Falta de interesse por pesquisa □ □ Acredita que a Prática Baseada em Evidências desconsidera as preferências do paciente
□ □
Utilizar a Prática Baseada em Evidências pode representar maior custo
□ □
Desconhecimento sobre como usar as bases de dados □ □
9. AGRADECIMENTO
Muito obrigada pela atenção e colaboração em nossa pesquisa!
101
Anexo 2 – Análise secundária do estudo
Tabela 1. Análise secundária quanto a gênero para as variáveis de conhecimento, habilidades e opiniões.
Gênero Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
p
Conhecimento
Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. Masculino 0 0 12,2 32,7 55,1 0,406 Feminino 3,4 1,4 6,8 35,3 53,1
Não tive experiência com PBE na minha formação. Masculino 36,7 16,3 6,1 30,6 10,2 0,240 Feminino 37,7 20,3 8,2 16,9 16,9
As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes. Masculino 16,3 30,6 10,2 30,6 12,2 0,465 Feminino 27,5 30,0 11,1 21,7 9,7
Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE. Masculino 36,7 12,2 26,5 20,4 4,1 0,146 Feminino 24,2 24,6 20,3 22,7 8,2 Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica.
Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. Masculino 30,6 10,2 18,4 16,3 24,5 0,836 Feminino 32,9 14,5 19,8 12,1 20,8 Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão.
Masculino 2,0 4,1 10,2 32,7 51,0 0,903 Feminino 4,3 4,8 7,2 33,3 50,2 Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão.
Masculino 4,1 4,1 4,1 42,9 44,9 0,866 Feminino 4,3 7,2 6,8 38,6 43,0 Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica.
A PBE é importante para a minha prática clínica. Masculino 2,0 0 4,1 30,6 63,3 0,738 Feminino 1,0 0,5 6,8 23,7 68,1 Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia.
Masculino 59,2 26,5 8,2 2,0 4,1 0,774 Feminino 67,1 22,7 5,8 2,4 1,9 Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE.
Masculino 2,0 2,0 22,4 42,9 30,6 0,261 Feminino 3,9 10,1 14,0 40,6 31,4 A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão.
Masculino 12,2 22,4 8,2 42,9 14,3 0,075 Feminino 3,9 15,9 17,4 45,4 17,4 A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde.
Tabela 2. Análise secundária quanto a tempo de formação para as variáveis de conhecimento, habilidades e opiniões.
Tempo de formação
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
p
Conhecimento
Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências.
< 5 anos 1,2 2,0 10,1 32,3 54,5
0,375 5-9 anos 2,5 1,2 6,2 30,9 59,3 10-14 anos 2,2 0 6,7 46,7 44,4 >14 anos 9,7 0 6,5 35,5 48,4
Não tive experiência com PBE na minha formação.
< 5 anos 48,5 17,2 7,1 17,2 10,1
0,001 5-9 anos 38,3 23,5 8,6 22,2 7,4 10-14 anos 22,2 17,8 13,3 17,8 28,9 >14 anos 22,6 19,4 0 22,6 35,5
As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes.
< 5 anos 15,2 29,3 13,1 30,3 12,1
0,004 5-9 anos 19,8 32,1 11,1 25,9 11,1 10-14 anos 40,0 35,6 8,9 11,1 4,4 >14 anos 51,6 19,4 6,5 12,9 9,7
Não possuo compreensão sobre os elementos centrais da PBE.
< 5 anos 29,3 28,3 18,2 21,2 3,0
0,004 5-9 anos 29,6 23,5 24,7 18,5 3,7 10-14 anos 15,6 15,6 31,1 22,2 15,6 >14 anos 25,8 9,7 9,7 35,5 19,4
Possuo compreensão clara sobre a aplicação dos dados de uma pesquisa na prática clínica.
< 5 anos 2,0 5,1 10,1 36,4 46,5
0,118 5-9 anos 0 8,6 14,8 32,1 44,4 10-14 anos 6,7 6,7 20,0 35,6 31,1 >14 anos 9,7 9,7 3,2 41,9 35,5
Possuo entendimento a respeito de diferentes tipos de estudo.
< 5 anos 0 5,1 16,2 36,4 42,4
0,100 5-9 anos 2,5 3,7 12,3 37,0 44,4 10-14 anos 4,4 8,9 13,3 40,0 33,3 >14 anos 12,9 9,7 6,5 38,7 32,3
Não possuo entendimento sobre dados estatísticos.
< 5 anos 19,2 28,3 15,2 30,3 7,1
0,223 5-9 anos 25,9 29,6 9,9 21,0 13,6 10-14 anos 13,3 26,7 8,9 24,4 26,7 >14 anos 19,4 32,3 6,5 25,8 16,1
Acredito ter conhecimento suficiente para aplicar a PBE. < 5 anos 2,0 6,1 15,2 41,4 38,8 0,061
104
5-9 anos 4,9 13,6 9,9 43,2 28,4 10-14 anos 13,3 15,6 15,6 37,8 17,8 >14 anos 3,2 12,9 9,7 58,1 16,1
Não apresento interesse em aprofundar meus conhecimentos em PBE.
< 5 anos 75,8 13,1 7,1 3,0 1,0
0,467 5-9 anos 66,7 14,8 9,9 6,2 2,5 10-14 anos 62,2 11,1 8,9 13,3 4,4 >14 anos 61,3 22,6 3,2 9,7 3,2
Habilidades e recursos
Não possuo facilidade em realizar buscas através das bases de dados.
< 5 anos 35,4 33,3 13,1 17,2 1,0
0,130 5-9 anos 42,0 27,2 17,3 9,9 3,7 10-14 anos 24,4 24,4 22,2 22,2 6,7 >14 anos 29,0 25,8 12,9 12,9 19,4
Possuo facilidade em avaliar criticamente um artigo científico.
< 5 anos 2,0 6,1 28,3 34,3 29,3
0,005 5-9 anos 1,2 3,7 21,0 37,0 37,0 10-14 anos 8,9 13,3 22,2 40,0 15,6 >14 anos 16,1 9,7 6,5 38,7 29,0
Possuo hábito de acessar bases de dados online.
< 5 anos 3,0 7,1 9,1 34,3 46,5
0,009 5-9 anos 1,2 2,5 19,8 19,6 46,9 10-14 anos 13,3 11,1 11,1 11,1 24,4 >14 anos 6,5 19,4 16,1 25,8 32,3
Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE.
< 5 anos 34,3 12,1 23,2 12,1 18,2
0,489 5-9 anos 19,8 16,0 23,6 13,6 27,2 10-14 anos 26,7 4,4 20,0 17,8 31,1 >14 anos 22,6 9,7 22,6 12,9 32,3
Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE.
< 5 anos 12,1 10,1 13,1 16,2 48,5
0,306 5-9 anos 12,3 3,7 23,5 19,8 40,7 10-14 anos 26,7 4,4 13,3 13,3 42,2 >14 anos 16,1 3,2 22,6 16,1 41,9
Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho.
< 5 anos 37,4 13,1 16,2 13,1 20,2
0,616 5-9 anos 30,9 14,8 25,9 11,1 17,3 10-14 anos 28,4 8,9 17,8 15,6 33,3 >14 anos 32,3 19,4 16,1 12,9 19,4
Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão.
< 5 anos 2,0 5,1 7,1 35,4 50,5 0,870 5-9 anos 2,5 4,9 8,6 32,1 51,9
105
10-14 anos 8,9 2,2 6,7 35,6 46,7 >14 anos 6,5 6,5 9,7 25,8 51,6
Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão.
< 5 anos 2,0 6,1 6,1 45,5 40,4
0,670 5-9 anos 6,2 8,6 7,4 35,8 42,0 10-14 anos 6,7 8,9 6,7 35,6 42,2 >14 anos 3,2 0 3,2 35,5 58,1
Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica.
< 5 anos 58,6 21,2 12,1 5,1 3,0
0,080 5-9 anos 58,0 22,2 8,6 7,4 3,7 10-14 anos 44,4 20,0 28,9 4,4 2,2 >14 anos 45,2 22,6 12,2 19,4 0
Opiniões
A PBE é importante para a minha prática clínica.
< 5 anos 0 0 5,1 25,3 69,7
0,083 5-9 anos 0 0 3,7 25,9 70,4 10-14 anos 4,4 0 8,9 24,4 62,2 >14 anos 3,2 3,2 12,9 22,6 58,1
Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia.
< 5 anos 66,7 24,2 6,1 2,0 1,0
0,690 5-9 anos 69,1 24,7 3,7 1,2 1,2 10-14 anos 57,8 22,2 11,1 4,4 4,4 >14 anos 64,5 19,4 6,5 3,2 6,5
Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE.
< 5 anos 2,0 6,1 19,2 42,4 30,3
0,004 5-9 anos 1,2 6,2 13,6 46,2 35,8 10-14 anos 2,2 17,8 17,8 42,2 20,0 >14 anos 16,1 9,7 6,5 29,0 38,7
A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão.
< 5 anos 2,0 15,2 13,1 50,5 19,2
0,260 5-9 anos 7,4 23,5 16,0 42,0 11,1 10-14 anos 8,9 13,3 24,4 33,3 20,0 >14 anos 6,5 12,9 9,7 51,6 19,4
A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde.
< 5 anos 50,5 27,3 12,1 9,1 1,0
0,689 5-9 anos 45,7 34,6 12,3 6,2 1,2 10-14 anos 42,2 35,6 8,9 8,9 4,4 >14 anos 61,3 29,0 6,5 0 3,2
Variáveis expressas em porcentagem
106
Tabela 3. Análise secundária quanto à habilidade para leitura de textos em inglês para as variáveis de conhecimento, habilidades e opiniões.
Habilidade em inglês
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Neutro Concordo parcialmente
Concordo totalmente
p
Conhecimento
Sei o significado do termo Prática Baseada em Evidências. Boa/Excelente 0 0 10,8 24,6 64,6 0,062 Ruim/Moderada 3,7 1,6 6,8 38,2 49,7
Não tive experiência com PBE na minha formação. Boa/Excelente 38,5 21,5 4,6 16,9 18,5 0,719 Ruim/moderada 37,2 18,8 8,9 20,4 14,7 As informações que tive na minha formação sobre PBE foram suficientes.
Possuo hábito de acessar bases de dados online. Boa/Excelente 4,6 1,5 9,2 27,7 56,9 0,068 Ruim/moderada 4,7 9,9 15,2 29,8 40,3
Não possuo incentivo do meu trabalho para implantar a PBE. Boa/Excelente 29,2 13,8 20,0 9,2 27,7 0,684 Ruim/moderada 26,2 11,0 23,6 15,2 24,1 Possuo recursos como computador e acesso a internet no local de trabalho que facilitam a implantação da PBE.
Boa/Excelente 13,8 6,2 15,4 16,9 47,7 0,963 Ruim/moderada 15,7 6,3 18,3 16,8 42,9 Não realizo discussões a respeito de PBE no meu local de trabalho. Boa/Excelente 30,4 13,6 22,5 12,6 20,9 0,334
107
Ruim/moderada 38,5 13,8 10,8 13,8 23,1 Questiono o paciente em relação a suas preferências e as considero na minha tomada de decisão.
Boa/Excelente 4,6 1,5 6,2 32,3 55,4 0,607 Ruim/moderada 4,6 1,5 6,2 32,3 55,4 Informo o paciente suas opções de tratamento e decido com ele a tomada de decisão.
Boa/Excelente 1,5 4,6 6,2 40,0 47,7 0,651 Ruim/moderada 5,2 7,3 6,3 39,3 41,9 Nunca busco implantar a melhor evidência científica na minha prática clínica.
A PBE é importante para a minha prática clínica. Boa/Excelente 0 1,5 7,7 21,5 69,2 0,317 Ruim/moderada 1,6 0 5,8 26,2 66,5 Eu não acredito que a PBE melhora o atendimento do paciente em fisioterapia.
Boa/Excelente 72,3 16,9 4,6 3,1 3,1 0,568 Ruim/moderada 63,4 25,7 6,8 2,1 2,1 Grande parte da minha tomada de decisão em relação ao tratamento do meu paciente incorpora a PBE.
Boa/Excelente 3,1 10,8 9,2 43,1 33,8 0,544 Ruim/moderada 3,7 7,9 17,8 40,3 30,4 A opinião de especialistas da minha área é o fator mais importante na minha tomada de decisão.
Boa/Excelente 3,1 16,9 15,4 47,7 16,9 0,899 Ruim/moderada 6,3 17,3 15,7 44,0 16,8 A utilização da melhor evidência científica atual não auxilia na qualidade dos serviços de saúde.