UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESNVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VOZ DO MESTRE OS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM,SOB UM ENFOQUE PSICOPEDAGÓGICO. LUCIA MARIA MOREIRA MARCHETTI MAGALHÃES Orientador: Jorge Tadeu Vieira Lourenço, M. Sc. Rio de Janeiro, fevereiro / 2002.
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESNVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VOZ DO MESTRE
OS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM,SOB UM ENFOQUE
PSICOPEDAGÓGICO.
LUCIA MARIA MOREIRA MARCHETTI MAGALHÃES
Orientador: Jorge Tadeu Vieira Lourenço, M. Sc.
Rio de Janeiro, fevereiro / 2002.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VOZ DO MESTRE
OS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM, SOB UM ENFOQUE
PSICOPEDAGÓGICO
LUCIA MARIA MOREIRA MARCHETTI MAGALHÃES
Trabalho monográfico apresentado
como requisito parcial para obtenção
do Grau de Especialista em Sabedoria Geral
Rio de Janeiro, fevereiro / 2002.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, ao C.e.f.e.t. por me pro-
porcionar essa oportunidade de cresci –
mento profissional, e ao professor Jorge
Tadeu pela orientação para elaboração e
montagem da monografia .
DEDICATÓRIA
Dedico, primeiramente, a Deus, pois sem a
vontade do qual nada teria sido possível. E
também, a minha família e amigos, que dire-
tamente ou indiretamente, contribuíram para
a realização deste trabalho.
iv
RESUMO
A finalidade deste trabalho é mostrar o papel do Psicopedagogo no processo
avaliativo quanto aos problemas que interferem na aprendizagem escolar nos
servimos de pesquisas bibliográficas de diversos autores sobre o tema, além
da observação durante todo o período de nosso estágio.
O resultado disso passa por vários fatores; um deles é a não aprendizagem na
escola que é uma das causas do fracasso escolar. Não podemos deixar de
registrar as relações entre a produção escolar e as oportunidades reais que a
sociedade dá à s diversas classes sociais.
Muitas vezes, os alunos são rotulados como “problemáticos”, mas na
realidade, lhes faltam oportunidades de desenvolvimento de linguagem,
crescimento cultural e de rápida construção cognitiva, isto com certeza
aumentaria suas chances de êxito na escola. Percebemos também que a
escola não é um compartimento estanque e isolado da sociedade, mas que o
sistema de ensino reflete a sociedade a que está inserido. Portanto, a absorção
de conhecimento por parte do aluno está diretamente ligada as informações
que ele recebe da sociedade em que vice e estas dependem da condição
social que determina a qualidade do mesmo. É preciso avaliar vários fatores, a
maneira da escola ensinar, seu modo de explicar a linguagem que usam, que
podem ser os verdadeiros responsáveis pelo fracasso do aluno.
A má qualidade do ensino também provoca desestímulo na busca do
conhecimento.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 06
1 – HISTÓRICO DO C-.E.F.E.T./ R.J. 07
2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM 09
2.1 – A maturação é desenvolvimento do corpo, da parte neurológica e
orgânica de um ser, abrange padrões de comportamento resultantes da
atuação de algum mecanismos interno 09
2.2 – A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o ser,
é a mudança de comportamento em função da experiência 09
2.3 – Os problemas de aprendizagem 10
2.4 – Maturação 11
3 – OS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM 12
3.1 – O que são os problemas de aprendizagem 12
4 – DISTÚRBIOS DA FALA 13
4.1 – Mudez 13
4.2 – Atraso na linguagem 13
4.3 – Problemas da articulação 13
4.4 – Dislalia 14
4.5 – Disartria 15
4.6 – Linguagem tatibitate 15
4.7 – Rinolalia 15
4.8 – Problemas de fonação 15
4.9 – Distúrbios de ritmo 16
4.10 – Afasia 16
5 – DISTÚRBIOS PSICOMOTORES 18
5.1 – Definição 18
5.2 – Desenvolvimento psicomotor 18
5.3 – Tipos de disturbios 19
5.4 – Como identificar problemas de psicomotricidade 19
5.5 – O professor e a psicomotricidade 20
6- DISTÚRBIOS NA SAÚDE FÍSICA 21
6.1 – Visão 21
6.2 – Identificação de problemas visuais 21
6.3 – Audição 22
6.4 – O papel do professor frente aos problemas auditivos 23
6.5 – Disritmia cerebral 23
6.6 – A atuação do professor 23
7 – DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO 24
7.1 – Características básicas 24
7.2 – Fatores dos distúrbios 25
7.3 – Autismo infantil 25
7.4 – Agressividade 25
7.5 – Medo 26
7.6 – Fobia escolar 27
7.7 – Ciúme 27
7.8 – Timidez 27
7.9 – Fantasia 28
7.10 – Problemas Familiares 29
7.10.1 – Separação dos pais 29
7.10.2 – Morte 29
7.10.3 – Superproteção – filho único 30
7.10.4 – Vícios infantis 30
CONCLUSÃO 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
ANEXOS – Comprovantes Acadêmicos
A1 – De estágio 34
A2 – De participações em eventos culturais 35
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INTRODUÇÃO
A Psicopedagogia, enquanto área do conhecimento sustenta em sua história a
conquista de um espaço e do respeito na escola ao portador de necessidades
especiais, portanto com base nos seus pressuposto buscar-se-á uma leitura
integrada dos momentos de luta de uma família de uma criança portadora de
distúrbio, do próprio sujeito e da instituição escolar, representada pela
professora e pela equipe técnico-administrativa.
Propõe-se o repensar sobre uma história verídica, analisada sob a luz dos
princípios psicopedagóicos institucionais e familiares.
A psicopedagogia impõe-se como uma necessidade para que o professor
descubra forma de interligar ensino e aprendizagem em seus estágios
evolutivos reais, transformando as unidades de ensino de forma lenta e
gradativa proporcionando a consciência crítica e o aprender apropriado.
Nesse trabalho está provado que a função do psicopedagogo, através da
comunicação interpessoal, é fundamental para que o processo ensino-
aprendizagem transcorra normalmente, principalmente se no meio do caminho
algum distúrbio for detectado.
O processo de aprendizagem envolve a criança a família, e a escola, sendo
que cada um desses elementos é um sistema aberto em transformação.
Os conflitos entre a família e a escola, e os sintomas da criança manifestados
na sua aprendizagem e/ ou na sua conduta resultam de modelos de desordem
de vários níveis de interação e apontam para uma necessidade de mudança.
Ao buscar entender os distúrbios de cada criança e atender as suas
necessidades de integração na escola, abrem-se as possibilidades de
integração de rede interativas para encaminhamento dos problemas de
aprendizagem.
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CAPÍTULO 1
HISTÓRICO DO C.E.F.E.T / RJ
O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca é uma
instituição autárquica, vinculada ao Ministério da Educação, sendo referencia
do Ensino, Pesquisa e Extensão, voltados para a Educação Tecnológica.
Sempre buscando novos caminhos para a Educação e a Formação
Profissional, desenvolvendo ações no âmbito da Educação Profissional de
Nível Técnico, nos seguintes cursos: Edificações, Estradas, Eletrônica,
Informática, Eletrotécnica, Mecânica, Meteorologia, Telecomunicações e
Segurança do Trabalho.
Na Educação Profissional no nível de tecnólogo, o CEFET/RJ oferece os
cursos superiores de Tecnologia, formando tecnólogos, nas áreas de
Saneamento, Segurança do Trabalho, Telecomunicações, Construção Civil e
Mecânica.
Na Educação Superior oferece cursos de: Engenharia Industrial Mecânica,
Engenharia Industrial Elétrica com ênfase em Eletrotécnica, Eletrônica e
Telecomunicações, Engenharia de Produção, Administração Industrial e
Cursos Superiores em Tecnologia.
A Pós-Graduação possui: Mestrado em Tecnologia – sricti sensu – em
Engenharia de Segurança do Trabalho, Qualidade e Produtividade.
O Cefet/RJ também desenvolve pesquisa na área tecnológica, envolvendo
projetos com instituições nacionais e estrangeiras.
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Num tempo de mudanças de paradigmas educacionais e de grandes
alterações na Legislação Educacional, o CEFET/RJ vem apresentando uma
expansão na oferta da Educação Tecnológica. Esta expansão tecnológica
tornar o CEFET/RJ atualmente um centro de excelência, tendo sua
preocupação voltada para a qualidade do Ensino Público.
O CEFET/RJ presta, ainda, serviços de consultoria e treinamento para
empresas, desenvolvendo parcerias com a iniciativa privada e órgãos
governamentais.
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CAPÍTULO 2
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
É de vital importância o papel dos educadores ( pais e professores ) nos
processos fundamentais do desenvolvimento humano.
A partir do momento em que o profissional em educação, e/ou, o professor
começar a compreender os princípios do processo de aprendizagem, os
problemas que surgirem poderão ser tratados com mais seriedade e sem
tabres.
O desenvolvimento abrange todas as modificações que o organismo e a
personalidade de um ser humano passa, ao longo de sua existência. É preciso
se levar em conta à hereditariedade, o ambiente e num processo mais global, a
maturação e a aprendizagem propriamente dita, e o educador precisa estar
atento.
2.1. A maturação é o desenvolvimento do corpo, da parte neurológica e
orgânica de um ser, abrange padrões de comportamento resultantes da
atuação de algum mecanismo interno.
A maturação conduz ao desenvolvimento do potencial do organismo. Para que
a aprendizagem se processe, é necessário quando o organismo esteja
suficientemente maduro para recebe-la.
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2.2 – A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o
ser, é a mudança de comportamento em função da experiência.
É comum as pessoas restringirem o conceito de aprendizagem aos fenômenos
que ocorrem na escola, como resultado do ensino. Mas na realidade tem um
sentido mais amplo; abrange hábitos que formamos, aspectos de nossa vida
afetiva e a assimilação de valores culturais.
O processo de aprendizagem sofre interferência de vários fatores:
- intelectuais
- psicomotor
- físico
- social
Para que a aprendizagem provoque uma mudança de comportamento e amplie
cada vez mais o potencial do educando, será necessário que ele perceba a
relação entre o que está aprendendo e a sua vida. É preciso que tudo aquilo
que será aprendido, seja de grande significado para ele.
É na família que o ser tem as primeiras experiências educacionais.
Na escola, o professor deve estar sempre atento a todas as etapas de
desenvolvimento do aluno colocando-se sempre como facilitador da
aprendizagem, atento para as atitudes de quem ajuda e para a percepção de
quem é ajudado por ele.
É de vital importância que o professor conheça o processo de aprendizagem e
esteja interessado nos “seres humanos” que são os seus alunos e os respeite
como tal. O aluno precisa participar, estar envolvido no processo ensino-
aprendizagem.
2.3 - Os problemas de aprendizagem
Os problemas podem ocorrer em qualquer momento, e devem ser tratados e
investigados no campo em que eles se manifestam, e em qualquer problema
11
(distúrbio) de aprendizagem requer bastante empenho do profissional em
levantar dados e analisar os fatos e situações, visando sempre descobrir o que
está dificultando que o aluno aprenda.
Devemos levar em conta também que o profissional não é detentor de toda
sabedoria, para identificar o estágio em que se encontra o aluno, portanto ele
deve ter uma noção bastante clara do que se apresenta como empecilho e
observar para reconhecer o progresso e a evolução e desenvolvimento e
comparando-a com suas habilidades e capacidades em diversas etapas.
2.4 – Maturação
Para que o ser se desenvolva bem ele precisa de ambiente afetivamente
equilibrado, onde lhe permitam satisfazer as necessidades próprias. Quando
isso não ocorre, inicia-se uma luta entre o que o ser vive e as exigências que
ele apresenta, o que fatalmente levará a uma situação desequilíbrio, possível
geradora de comportamentos problemáticos ou até patológicos.
Esse desequilíbrio pode se manifestar de diversas formas e quando essas
reações apresentam um evidente agravamento deve-se considerar o quadro
como tendendo a anormal ou patológico.
O comportamento anormal ou patológico pode ter origem no fator genético ou
social.
Depois de detectado isso, o profissional precisa verificar a permanência das
características apresentadas, para então fazer uma análise mais profunda de
que caminho seguir para ajudar o ser superar todas as dificuldades.
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CAPÍTULO 3
3.1. O que são problemas de aprendizagem
Os problemas de aprendizagem referem-se às situações difíceis enfrentadas
pela pessoa normal e pela pessoa com um desvio do quadro normal, mas com
expectativa de aprendizagem em longo prazo.
Podemos considerar esse problema como um sintoma, no sentido de que o
não aprender não configura um quadro permanente.
Nem sempre se descobre com facilidade, diferenciar um distúrbio de um
problema de aprendizagem pela intensidade com que se apresentam os
comportamentos e sintomas, pela duração que eles têm e pela participação do
lar e da escola. Cabe ao educador detectar as dificuldades de aprendizagem
que aparecem em sala de aula e investigar as causas de forma ampla que
abrange os aspectos orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos
adicionados à problemática ambiental que a pessoa (aluno) vive. Essa postura
facilita o psicopedagogo que ao tratar da deficiência, tem condições de orientar
ao educador a lidar com o aluno ou se considerar necessário, indicar sua
transferência para sala especial.
Existem inúmeros fatores que podem desencadear um problema ou distúrbio
de aprendizagem. São considerados fundamentais:
- Fatores orgânicos – saúde física deficiente, falta de integridade
neurológica ( sistema nervoso doentio ), alimentação inadequada.