UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HUMANOS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL Por: Juliana Abreu da Silva Pinto Orientadora Profª. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE
RECURSOS HUMANOS PARA O PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL
Por: Juliana Abreu da Silva Pinto
Orientadora
Profª. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE
RECURSOS HUMANOS PARA O PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Empresarial
Por: Juliana Abreu da Silva Pinto
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AGRADECIMENTOS
À todos os amigos que me
incentivaram e auxiliaram para a
concretização deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
Ao meu marido Alvaro, pelo carinho,
compreensão e amizade, aos meus pais
Adilson (in memorian) e Maria Rita, que
muito investiram na minha educação, à
minha irmã Tatiana e à todos os meus
amigos, que estão sempre presentes em
minha vida.
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RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de demonstrar a importância do
planejamento estratégico de Recursos Humanos para a elaboração e
implementação do planejamento estratégico organizacional. Em ambientes
altamente competitivos, torna-se fundamental que as organizações se
planejem e delimitem objetivos a serem alcançados futuramente.
Pode-se descrever o planejamento estratégico como um processo contínuo de
formulação de objetivos e metas a serem alcançados pela empresa no futuro,
e os meios necessários para alcançá-los. Sabe-se que a formulação do
planejamento estratégico é importantíssima para as organizações, contudo,
mais importante do que elaborá-lo, é implementá-lo. Para que sua execução
seja bem sucedida é fundamental que todas as pessoas da organização
estejam envolvidas neste processo. E é nesse contexto que se ressalta a
importância da área de Gestão de Pessoas das organizações.
Além da mensuração dos talentos humanos necessários ao atingimento dos
objetivos traçados pela estratégia empresarial, o planejamento estratégico de
Recursos Humanos também contribui para o alcance dos objetivos dos
colaboradores. Em suma, o planejamento estratégico de RH contribui tanto
para o alcance dos objetivos individuais como para os objetivos
organizacionais, além de identificar quantitativa e qualitativamente a força de
trabalho necessária para a execução do planejamento estratégico
organizacional.
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METODOLOGIA
Para a elaboração do presente trabalho foram realizadas pesquisas
bibliográficas em livros técnicos, em revistas eletrônicas especializadas em
administração e em artigos publicados na Internet.
Maria Diva de Salete Lucena, em seu livro Planejamento de Recursos
Humanos, e Idalberto Chiavenato, em seu livro Gestão de Pessoas, confirmam
a importância do planejamento estratégico de Recursos Humanos para a
elaboração e implementação do planejamento estratégico organizacional.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Planejamento Estratégico Organizacional 10
CAPÍTULO II - O Papel da Gestão de Pessoas nas Organizações 22
CAPÍTULO III – O Planejamento Estratégico de Recursos Humanos 32
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 42
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
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INTRODUÇÃO
O termo estratégia, procedente da palavra grega strategos, era
utilizado inicialmente como um termo militar, que expressava a arte de planejar
e executar operações de guerra. Com o passar do tempo, este termo passou a
ser utilizado também com outras finalidades, referindo-se ao alcance de
objetivos através de recursos disponíveis. Na área organizacional, a palavra
estratégia passou a ser utilizada para indicar o caminho que a organização
deveria seguir no intuito de alcançar seus objetivos (BARDUCHI & MIGLINSKI,
2006).
Para que as grandes organizações tenham sucesso em um mercado
competitivo e globalizado é imprescindível a elaboração de uma estratégia
organizacional, delineando o caminho a ser percorrido pelas mesmas nos
curto, médio e longo prazos. Entretanto, para que sua implementação tenha
sucesso, é necessário que toda a organização esteja envolvida nesse
processo e que todos foquem em um mesmo objetivo.
Dentro dessa conjuntura, a área de Recursos Humanos (RH) exerce
forte influência, uma vez que contribui para o alcance dos objetivos
organizacionais, ao mesmo tempo em que busca atender às necessidades de
seus colaboradores. Além disso, ela é responsável pelo suprimento de
recursos humanos.
O planejamento estratégico de Recursos Humanos deve fazer parte do
planejamento estratégico organizacional, pois auxilia a empresa a alcançar
seus objetivos, sem desconsiderar a satisfação dos objetivos individuais dos
seus colaboradores. Ademais, o planejamento estratégico de Recursos
Humanos identifica previamente as necessidades da empresa em relação à
quantidade de pessoal e às suas aptidões que serão essenciais para a
realização das ações planejadas pela mesma. (CHIAVENATO, 2004).
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Face ao exposto, este trabalho tem como objetivos esclarecer como o
planejamento estratégico de Recursos Humanos pode influenciar no sucesso
da implementação do planejamento estratégico organizacional, compreender o
processo de elaboração dos planejamentos estratégicos organizacional e de
Recursos Humanos e analisar a importância da área de Recursos Humanos
para a organização.
No capítulo I será abordado o assunto planejamento estratégico
organizacional, com sua evolução histórica, conceitos defendidos por diversos
autores e sua importância para o âmbito empresarial. O capítulo II tratará,
principalmente, do papel da área de Gestão de Pessoas nas organizações, sua
evolução histórica desde o seu surgimento, gestão do conhecimento e os
novos papéis da área atualmente. O capítulo III tratará sobre o planejamento
estratégico de Recursos Humanos, seus conceitos e sua relevância para a
organização e para o planejamento estratégico organizacional. Conceitos como
Recursos Humanos e Gestão de Pessoas terão o mesmo significado.
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CAPÍTULO I
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL
Em um ambiente altamente competitivo como o observado atualmente,
as organizações, para se manterem no topo, têm que pensar no futuro, pondo
em prática o planejamento. As organizações que não utilizam o planejamento
como guia para suas ações futuras tendem somente a reagir às situações e
não se anteciparem a elas. Por outro lado, as que consideram o planejamento
como uma importante ferramenta no auxílio à sua gestão, desenvolvem
produtos e/ou serviços diferenciados em relação aos concorrentes e sabem
detalhadamente o que acontece à sua volta.
O verbo planejar pode ser entendido como a definição dos objetivos e
metas de uma organização e a seleção antecipada das melhores ações para
alcançá-los. Planejar também é determinar no presente as ações que serão
executadas futuramente, a fim de satisfazer a propósitos pré-estabelecidos.
Analogamente, o termo planejamento determina antecipadamente os objetivos
que devem ser atingidos e o que se deve fazer para isso.
1.1 Conceitos de Planejamento
Oliveira (2008) descreve planejamento como um processo
“desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo
mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e
recursos pela empresa” (p.4). Esta visão destaca os conceitos de eficiência,
eficácia e efetividade, tão importantes para a administração das organizações.
Na visão do autor, eficiência é fazer as coisas da maneira certa; eficácia
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significa maximizar os recursos da organização e efetividade é permanecer no
mercado por um longo tempo.
Ainda segundo Oliveira (2008), uma das funções do planejamento é
diminuir as incertezas inerentes ao processo de tomada de decisões e, com
isso, aumentar a probabilidade do alcance dos objetivos e metas almejados
pela organização.
Dependendo do ambiente em que a empresa atue, o planejamento
será elaborado para atender às suas expectativas. Em um ambiente mais
estável e previsível, o planejamento pode estar voltado para manter o
desempenho atual da empresa, uma vez que a organização tenha bons
resultados. Por outro lado, em um ambiente mais complexo e dinâmico, o
planejamento pode voltar-se para a melhoria da situação presente a fim de
garantir que a organização responda bem às mudanças freqüentes. O
planejamento também pode preocupar-se com as contingências, elaborando
determinadas ações para reagir a adversidades que possam ocorrer.
Dentro deste contexto, de acordo com Ackoff (apud CHIAVENATO,
2004), existem três tipos de filosofias de planejamento:
1. Planejamento conservador: é o planejamento focalizado na
manutenção do status quo. Tomam-se decisões com o intuito de
alcançar bons resultados, que nem sempre são os melhores. Baseia-
se em experiências passadas e as projeta para o futuro.
2. Planejamento otimizante: é o planejamento que enfoca a
adaptabilidade e inovação da organização. As decisões são baseadas
no melhoramento das operações da empresa, a fim de obter os
melhores resultados possíveis.
3. Planejamento prospectivo: é o planejamento que se preocupa com as
contingências e com o futuro da organização. As decisões são
tomadas no sentido de eliminar seus pontos fracos e prepará-la para
enfrentar as contingências que surjam ao longo do seu caminho.
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Dessa maneira, percebe-se que o planejamento, em todos os casos,
concentra-se na tomada de decisões antecipadas que serão refletidas no
futuro, e não na previsão de decisões que serão tomadas futuramente caso
haja contingências.
Em relação ao principal objetivo do planejamento, Andion e Fava
(2002) expõem as seguintes idéias:
O objetivo do planejamento é fornecer aos gestores e suas
equipes uma ferramenta que os municie de informações para
a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa,
antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em
que atuam. (ANDION & FAVA, 2002, p. 27)
1.2 Tipos de Planejamento
As organizações, normalmente dividem-se em três níveis hierárquicos,
sendo eles: nível estratégico, nível tático e nível operacional. Quanto maior o
tamanho da organização, mais níveis hierárquicos esta possuirá.
O nível estratégico ou institucional engloba os altos dirigentes da
organização. Neste nível são elaborados planos, metas e objetivos de longo
prazo para a empresa como um todo e alocados os recursos necessários para
alcançá-los. O nível intermediário, mais conhecido como nível tático,
responsabiliza-se por tratar de questões de prazos mais curtos, e de áreas
específicas. Ele cuida da articulação interna entre os níveis estratégico e
operacional. E o nível operacional é o executor das tarefas e operações
cotidianas da organização, com enfoque essencialmente técnico.
Assim como as organizações, o planejamento também é dividido em
“hierarquias”. De acordo com Oliveira (2008), o planejamento pode ser dividido
em três tipos: planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento
operacional. O planejamento estratégico, segundo o autor, envolve a empresa
como um todo e relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e
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ações para alcançá-los. O planejamento tático relaciona-se com objetivos de
mais curto prazo e com objetivos e metas específicas a determinadas áreas da
organização. E o planejamento operacional é responsável pela formalização
das estratégias através de documentos, metodologias e aplicação de
resultados que deverão ser alcançados por áreas funcionais da organização.
1.3 Conceitos de Estratégia
Definir estratégia não é uma tarefa fácil, uma vez que não existe uma
única definição para o termo. Dependendo do contexto no qual é empregada,
estratégia pode significar políticas, objetivos, metas, entre outros conceitos.
Contudo, todos os conceitos têm um ponto em comum: o fato de que a
estratégia está relacionada ao futuro das organizações.
Inicialmente, estratégia significava a ação de comandar ou conduzir
exércitos em tempos de guerra. (GHEMAWAT, 2000). Chiavenato & Sapiro
(2003) também conceituam estratégia de acordo com a origem do termo e seu
referencial histórico. Para os autores, o termo estratégia, oriundo da palavra
grega strategos, referia-se inicialmente à posição do general à frente de um
exército e anos depois passou a indicar as aptidões do general na sua função.
Em 450 antes de Cristo (a.C), na época de Péricles, a estratégia passou a
significar as habilidades gerenciais, não mais de generais, mas de
administradores, demonstrando sua liderança, poder e facilidade de
comunicação com os demais. Em torno de 330 a.C., com Alexandre, o Grande,
estratégia designava a utilização de forças para vencer os inimigos em
batalhas.
A utilização da estratégia foi estendida para a economia a partir da
Revolução Industrial, no fim do século XVIII. Com isso, a estratégia passa a ser
utilizada para controlar as variáveis do mercado e definir o ambiente
competitivo. Já no início do século XX, Alfred Sloan Jr., à frente da empresa
General Motors, desenvolve uma estratégia de diferenciação para a mesma
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baseada em suas forças e fraquezas, oferecendo aos clientes várias opções
de seus produtos. (CHIAVENATO & SAPIRO, 2003).
Atualmente, o termo estratégia é amplamente utilizado em vários
segmentos da sociedade. Esta é intrínseca a todas as organizações. Devido às
mudanças rápidas e freqüentes no ambiente externo às empresas, as mesmas
devem sempre rever suas estratégias. O processo de elaboração de
estratégias, que anteriormente poderia ser feito anualmente ou até mesmo
com intervalos maiores, devem ser, nos dias de hoje, contínuos.
Considerando-se os conceitos atuais acerca da estratégia, cita-se a
definição de Chiavenato (2004):
A estratégia organizacional representa a maneira pela qual a
empresa se comporta perante o ambiente que a circunda,
procurando aproveitar as oportunidades potenciais do
ambiente e neutralizar as ameaças potencias que rondam os
seus negócios. (...) Ela também reflete a maneira pela qual a
empresa procura maximizar as suas forças reais e potenciais
e minimizar as suas fraquezas reais e potenciais.
(CHIAVENATO, 2004, p. 71)
Por sua vez, Wright et al. (2000) relatam que “estratégia refere-se aos
planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a
missão e os objetivos gerais da organização” (p.24). Para os autores, o
processo que envolve a estratégia possui três etapas importantes:
desenvolvimento, implementação e controle das estratégias.
Mintzberg et al. (2000) apontam diversos sentidos para o emprego da
palavra estratégia. Os autores ampliam o entendimento acerca do termo,
citando cinco definições. Essas acepções são conhecidas como 5 Ps da
Estratégia e seguem:
1. Estratégia como plano: a estratégia é entendida como uma direção, um
curso de ação para o futuro, algo previamente elaborado. Também é
conhecida como estratégia pretendida.
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2. Estratégia como padrão: a estratégia pode ser definida como a
manutenção de um comportamento consistente ao longo dos anos. É
também conhecida como estratégia realizada.
3. Estratégia como posição: significa o nicho de mercado em que a
empresa atua. Reflete a percepção do mercado em relação à empresa.
4. Estratégia como perspectiva: refere-se à maneira como a organização
realiza seu negócio, como ela percebe o mercado.
5. Estratégia como truque (ploy): artimanha com a qual a empresa tenta
convencer seus concorrentes a acreditar de uma maneira equivocada
em seus movimentos e, dessa forma, obter vantagem competitiva.
Porter (1996) cita três abordagens genéricas para enfrentar os
concorrentes. São elas:
1. Liderança no custo total: a empresa atinge a liderança no mercado
reduzindo seus custos totais, através de um controle efetivo de seus
gastos. Embora o baixo custo seja o enfoque central desta abordagem,
a qualidade dos produtos ou serviços não pode ser esquecida.
2. Diferenciação: a empresa diferencia-se de seus concorrentes através de
produtos ou serviços inovadores. Essas inovações podem ser tanto no
design dos produtos, em sua tecnologia, na imagem de sua marca,
entre outros. Neste caso, a empresa não pode ignorar os custos. As
empresas que atingem a diferenciação normalmente não alcançam uma
parcela grande do mercado. Por mais que os consumidores reconheçam
a diferenciação e a alta qualidade de seus produtos ou serviços, muitos
podem não estar dispostos a pagar um alto preço pelos mesmos.
3. Enfoque: as empresas que lideram o mercado através desta abordagem
focam em um determinado segmento, ou em um mercado consumidor
específico, ou até mesmo em determinado espaço geográfico. As
organizações que optam por esta estratégia podem atingir tanto a
diferenciação como o baixo custo, ou ambos. A abordagem do enfoque
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envolve um trade-off entre rentabilidade e o volume de produtos
vendidos.
1.4 O Planejamento Estratégico
1.4.1 Conceito
O planejamento estratégico é um dos principais focos da alta
administração das organizações, especialmente as de grande porte. São
muitas as razões desta atenção especial, dentre as quais podem ser citadas o
ambiente altamente competitivo que as organizações vêm enfrentando, as
freqüentes e rápidas mudanças que acometem os ambientes econômico,
político, social e, principalmente, tecnológico. Com isso, para que as empresas
prosperem neste mercado turbulento, é necessário um planejamento
estratégico bem elaborado.
O planejamento estratégico, assim como o termo estratégia, possui
diversos conceitos. Pode-se descrever o planejamento estratégico como um
processo contínuo de formulação de objetivos e metas a serem alcançados
pela empresa no futuro, e os meios necessários para alcançá-los. Os objetivos
são formulados de acordo com as características levantadas sobre a empresa
e seu ambiente.
Oliveira (2008) destaca que:
(...) o planejamento estratégico corresponde ao
estabelecimento de um conjunto de providências a serem
tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende
a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem
condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores, de
modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é,
ainda, um processo contínuo, um exercício mental que é
executado pela empresa, independentemente, de vontade
específica de seus executivos. (OLIVEIRA, 2008, p.4)
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Kotler (1975) define o planejamento estratégico como “(...) uma
metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela
organização, visando maior grau de interação com o ambiente” (p.24). Esta
direção refere-se aos seguintes elementos: âmbito de atuação, macropolíticas,
políticas funcionais, filosofia de atuação, macroestratégia, estratégias
funcionais, macroobjetivos e objetivos funcionais.
Através do planejamento estratégico a organização deve reduzir suas
fraquezas e as incertezas de seu negócio, compreender suas forças e
maximizar seus resultados. Além disso, devem ser estabelecidos caminhos a
serem percorridos pela empresa, considerando os possíveis percalços que
possam surgir e a devida maneira de contorná-los.
O planejamento estratégico deve ser um processo contínuo. Como os
planos elaborados são de longo prazo, muitas vezes, a alta administração
sente necessidade de modificá-los para adequar-se às novas circunstâncias.
Conseqüentemente, uma estratégia pode ser realizada da mesma forma como
foi elaborada ou, até mesmo, de uma maneira completamente diferente. Por
isso, deve haver um controle freqüente do processo de implementação do
planejamento estratégico.
1.4.2 Implementação do Planejamento Estratégico
Oliveira (2008) destaca quatro fases básicas para implementação do
planejamento estratégico:
Fase I - Diagnóstico Estratégico: nesta fase determina-se em que
condições a empresa se encontra no presente. Pode ser dividida em cinco
etapas:
1. Identificação da Visão: durante esta etapa, são identificadas as
expectativas e os anseios da cúpula da empresa, tendo como escopo o
planejamento estratégico a ser desenvolvido. A visão representa o que a
empresa deseja ser no futuro.
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2. Identificação dos Valores: valores são o conjunto de crenças e princípios
inerentes à organização que embasam suas tomadas de decisões. A
identificação e disseminação dos valores organizacionais são essenciais
para um bom desenvolvimento e execução do planejamento estratégico.
3. Análise Externa: nesta etapa são levantadas as oportunidades e
ameaças que impactam o negócio da empresa. Devem ser observados
aspectos como mercados nacional, regional e internacional,