1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE AVM FACULDADE INTEGRADA A PSICOMOTRICIDADE E SEUS BENEFÍCIOS PARA O BASQUETE COM ALUNOS ENTRE 11 E 14 ANOS DE IDADE PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA. JORGE JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS Orientador: Profa. Ms. Fátima Alves Rio de Janeiro 2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO EM ... · ... (Marcos Bezerra (Kiko) e Basquetebol iniciação (Marcos Bezerra de Almeida ... O basquete e seus benefícios no desenvolvimento
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE
AVM FACULDADE INTEGRADA
A PSICOMOTRICIDADE E SEUS BENEFÍCIOS PARA O BASQUETE COM ALUNOS ENTRE 11 E 14 ANOS DE IDADE
PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA.
JORGE JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS
Orientador:
Profa. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE
AVM FACULDADE INTEGRADA
A PSICOMOTRICIDADE E SEUS BENEFÍCIOS PARA O BASQUETE COM ALUNOS ENTRE 11 E 14 ANOS DE IDADE
PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA.
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção de
grau de pós-graduação em Psicomotricidade.
Por: Jorge José Rodrigues dos Santos
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu falecido pai Sr. Fernando
que sempre me orientou e me deu forças para
continuar a minha jornada a ser um homem digno e
com muita honra.
A minha mãe Dona Leda que sempre cuidou de
mim com muito carinho e nunca deixou de me apoiar com
suas rezas e muita fé.
A minha comadre Luzia que sempre me apoiou de
todas as formas.
Ao meu grande presente de Deus, meu filho
Douglas.
A minha amiga, companheira, namorada que se
tornou a minha esposa, que mais que ninguém sempre
acreditou em minha conquista.
Agradeço a todos os meus amigos por todo apoio
e ajuda até hoje em minha vida.
A todos o meu muito obrigado por existirem em
minha vida.
A Prof.ª Fátima Alves, que me acompanhou,
transmitindo-me tranquilidade.
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DEDICATÓRIA
Dedico ao meu filho Douglas, ao meu falecido pai
Fernando que me deu muita sabedoria e coragem, a
minha mãe Leda que me criou me dando muito amor e
carinho até os dias de hoje, a minha comadre Luzia, a
amiga Rosana, a minha esposa Denise por seu apoio
nessa conquista.
Aos amigos que torcem por minha vitória, a meus
professores profissionais dedicados e que me dão
coragem para prosseguir com os conhecimentos
ensinados.
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RESUMO
O basquete tem todo o trabalho de relacionar e de expressar corporalmente durante um treino ou uma partida, este trabalho ajuda no processo de desenvolvimento, dentro e fora do esporte, com isto tende a ter um crescimento significativo nas crianças e adolescentes, fazendo com que elas tenham uma melhora postural e se tornando um cidadão mais condicionado para o dia-dia, desta maneira estamos entrando na psicomotricidade por intermédio do basquete. O basquete leva a pessoa a um nível de expressão corporal elevado, para que isto aconteça, o indivíduo tem que ter um condicionamento corporal muito bom, com isso, ele também trabalha a afetividade para poder trabalhar os fundamentos específicos dentro do esporte, e aprende a respeitar o limite do companheiro, assim trazer satisfação dentro do grupo. Tais como: Saber controlar a agressividade dentro do grupo, superar obstáculos, conflitos, afirmações e desejos. Tudo isso são trabalhos relacionados ao corpo e a mente, e com isso podemos transformar a vida de uma pessoa para melhor. Através do basquete podemos ajudar crianças e adolescentes com as seguintes deficiências: Déficit de atenção, hiperatividade, falta de coordenação motora e desequilíbrio corporal. A psicomotricidade pode ajudar juntamente com o basquete as crianças e adolescentes com essas patologias, pois todos os trabalhos de fundamentos do basquetebol tende a usar métodos que também funcionam na psicomotricidade, tais como: Executar um giro no cone, trabalhar o zig-zag entre os cones, trabalhar a ida e a volta com a bola entre os cones, trabalhar a corrida e a parada brusca e vários outros ensinamentos que estão ligados diretamente ou indiretamente a psicomotricidade, entre eles a velocidade de pensamentos rápido e decisões imediatas. Podemos constatar que a psicomotricidade quando trabalhada com o basquete pode ajudar crianças e adolescentes com disfunções motoras tais como: a lateralidade, a motricidade e o equilíbrio. Trabalho este que fizeram melhorar muito a postura e o convívio em grupo e como pessoa dentro do basquete e na sociedade. A psicomotricidade é a relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção. A psicomotricidade favorece a criança uma relação consigo mesma, com o outro e com o mundo que a cerca, possibilitando a um melhor conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades. Pode-se afirmar então, que o basquete, através de atividades afetivas, psicomotoras e sócio-psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das crianças e adolescentes, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia e a competitividades entre o indivíduo e o grupo, promovendo a integração entre as crianças.
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METODOLOGIA
Este estudo foi baseado numa pesquisa bibliográfica e na vivência dentro do
basquete, tendo em vista estar atuando a muito tempo como professor e também por
ser ex-atleta na modalidade basquetebol. Em relação à formação do embasamento
teórico, esta pesquisa se valeu de diversos autores relacionados na prática ao
basquete e seu desenvolvimento, pois há várias referências com diferentes
abordagem e visão sobre o assunto.
O desenvolvimento da psicomotricidade já foi abordada por vários autores, porém a
sua abordagem nunca foi vinculada ao basquete. Foram feitas pesquisas bibliográficas
com diversos autores, tais como: A psicomotricidade aplicada na escola (Martha
Lovisaro), Teoria da pratica em psicomotricidade (Geraldo Peçanha de Almeida), 100
jogos de psicomotricidade (José Ricardo Martins, Machado e Marcos Vinicius da Silva
Nunes), Basquetebol 1000 exercícios (Marcos Bezerra (Kiko) e Basquetebol iniciação
(Marcos Bezerra de Almeida (Kiko).
Esta pesquisa teve como teorias de base alem dos autores já citado acima, outros no
decorrer do trabalho, onde tiveram estrema importância ao tema citado.
CAPÍTULO I - Áreas de atuação da Psicomotricidade e os benefícios do basquete dentro da Psicomotricidade....................................................................................10
CAPÍTULOII - Atividades físicas na Psicomotricidade ......................................18
CAPÍTULO III - O basquete e seus benefícios no desenvolvimento das crianças com idade entre 11 e 14 anos com problemas psicomotores...........................................29
1) PASSES CONSECUTIVOS COM PENETRAÇÃO E TROCA DE POSIÇÃO:
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2) DRIBLE CONTINUO, EXECUTANDO PRIMEIRO UMA BANDEJA (1 PONTO), PARTINDO APÓS O REBOTE PARA O OUTRO LADO E REALIZAR UM ARREMESSO DE ½ DISTÂNCIA, CONTINUANDO ATÉ A CESTA CONTRÁRIA PARA REALIZAR UM TRIPLO, SEQÜÊNCIA EXECUTADA CONTRA O TEMPO OU COM CONVERSÃO.
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3) DRIBLE REALIZANDO DISTINTAS AÇÕES COMO TROCAS DE DIREÇÃO, GIROS REVERSOS, OU PARADAS, PARA LOGO REALIZAR UMA BANDEJA, REBOTEAR E PASSAR, PARA TERMINAR NO LADO CONTRÁRIO COM UMA BANDEJA SEM DRIBLE.
É necessário também integrar estruturas de movimentos que faça o
jogador pensar sobre a base de que ele é “uma peça de uma estrutura
complexa que se cimenta no jogo coletivo e o ajuda”, assim se pode começar a
introduzir o sistema ofensivo da equipe treinando o ataque em sua fase final
(lançamento), internalizar movimentos necessários para o funcionamento da
equipe como corta-luz, cortadas, circulações de jogadores, etc. Sem
Muitos pais queriam ou gostariam que seus filhos tivessem uma vida
ativa saudável dentro da sociedade ou no esporte, e ate alguns que seus filhos
se transformem atletas, só que para chegar a esta ultima parte a criança muitas
delas teriam que ter uma vida muito mais ativa desde seus primeiros anos de
vida . Por muitas vezes o motivo da vinda é por motivo de doenças. A preguiça
de certos pais e ate muitas vezes impacientes de esperar a evolução do próprio
filho e acaba interrompendo o trabalho de um profissional e tem aquele que só
procura um esporte por motivo de doenças cardiorrespiratórias ou doenças
que antigamente quem, mais tinha era os adultos e agora se encontra muitas
crianças com diabetes , obesas , com glicose alta e etc. o basquete por ser um
esporte muito ativo devido suas movimentações e exercícios dentro de quadra
é muito solicitado para tentar solucionar este tipo de coisa que deveria ser
cuidado antes de acontecer. Junto a isso também surge varias crianças com o
problema de coordenação motora, lateralidade, defesa de atenção,
coordenação e lateralidade e outras patologias que podem ser trabalhadas
dentro da psicomotricidade e adaptado no basquete. Já existem vários
exercícios dentro do basquete que podem facilmente se adequar junto a
psicomotricidade, por exemplo, temos uma atividade que auxiliam o
desenvolvimento da percepção espacial. Atividades que estimulam na
compreensão de tempo e espaço. Exemplo de comparação à brincadeira de
cobra-cega é uma brincadeira infantil rica no que se diz respeito a espaços, a
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outra versão é o trabalho que se tem no basquete em duplas, em que um dos
participantes deve estar com os olhos vendados e o outro não, o que não se
encontra com os olhos cobertos de conduzir o companheiro por determinados
obstáculos existente na quadra. Exemplo comum é contornar os cones
posicionados em quadra pelo professor. Este trabalho pode ser alimentado o
grau de dificuldade com forme o amadurecimento do grupo.
Todas as escolas Estaduais e Municipais e Particulares deveriam ter um
profissional nesta área ou um professor de Educação Física mais preparado e
motivado a trabalhar ou desperta os estímulos nas crianças para que eles
possam despertar para o esporte com maior facilidade ou pelo menos se
tornarem um cidadão mais saudável.
Cada vez mais os pais querem que seus filhos tenham uma vida ativa e
saudável ou que se tornem grandes atletas no futuro, e as crianças estão se
identificando cada vez mais com os atletas que se destacam em suas
modalidades esportivas. Por isso os pais levam cada vez mais cedo as
crianças para escolinhas e clubes para participarem de atividades esportivas.
Porém para que não se tenha frustrações com o desempenho e a saúde
desses pequenos atletas, é necessário direcionar as atividades de acordo com
o desenvolvimento apresentado pela criança. Por isso é importante que se
esclareça os métodos mais corretos e efetivos no que diz respeito ao
treinamento desportivo de jovens e crianças.
Para (FARINATTI, 1995), a infância corresponde à fase mais intensa e
inovadora da vida de um indivíduo, pois é nessa etapa que ele vivencia muitas
descobertas. As crianças são muito intensas e se interessam bastante por
jogos e brincadeiras que estimulem novas aprendizagens. A criança tem a
necessidade constante de se mexer, por isso as realizações de atividades que
movimentem o corpo devem ser estimuladas desde cedo, observando e
respeitando o estágio de desenvolvimento da criança.
(SULLIVAN; ANDERSON, 2004), Para que a criança adquira, de forma
saudável, novas habilidades são necessárias uma liberdade para a realização
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e exploração espontânea das ações, os pais devem abrir mão do controle
excessivo e deixar as crianças fazerem suas descobertas, o que auxilia no
desenvolvimento motor das mesmas. Crianças gostam de espontaneidade,
elas agem por puro impulso durante suas brincadeiras, e a imposição de
muitos limites pode até tirar todo o prazer e satisfação dessas atividades.
A prática de atividades desportivas disponibiliza para a criança muitas
oportunidades de relações e aprendizagem social, pois ela irá interagir com
outras crianças e também com adultos. “[...] a atividade física é, desde a
infância, o meio pelo qual a criança afirma sua independência e seus primeiros
contatos sociais, sendo fundamental ao seu desenvolvimento psicofísico de
forma geral” (UNITED SATES OF AMERICA apud FARINATTI, 1995, p. 33)
Crianças e adolescentes são indivíduos bastante ativos, por isso os pais
estão sempre à procura de atividades envolventes e interessantes. As práticas
esportivas podem ser uma excelente forma de canalizar essa energia em
exercícios saudáveis que auxiliem seu desenvolvimento motor. “[...] a iniciação
esportiva, aguça de forma direta os domínios cognitivos e psicomotores da
criança [...]” (FERREIRA, 2002, p. 3).
A iniciação ao esporte deve ser realizada por um profissional da área,
que poderá observar e atender as particularidades de cada criança, formando
assim uma sólida base para que a mesma continue no caminho do esporte e
consiga desenvolver e explorar seu potencial ao máximo.
O treinamento esportivo pode e deve ser iniciado na infância, pois
assim o atleta pode desenvolver progressivamente o corpo, a mente e suas
habilidades, mas essa iniciação deve ter alguns cuidados e requisitos a serem
observados (BOMPA, 2002). Programas de treinamentos para crianças jamais
devem ser os mesmo dos atletas adultos, pois as crianças não possuem as
mesmas habilidades, não conseguem se relacionar com os companheiros de
equipe e nem entender regras e táticas como os adultos (SULLIVAN;
ANDERSON, 2004).
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Os programas devem analisar e atender as necessidades e os limites
das crianças, pois um treinamento que não foi elaborado especificamente para
essa fase do desenvolvimento pode prejudicar a saúde física e mental da
criança (BOMPA, 2002).
De acordo com alguns cientistas do esporte e treinadores, aquelas
crianças que foram trabalhadas em cima de programas de treinamento com
uma boa base, em geral, conseguem melhores desempenhos durante sua vida
de atleta (BOMPA, 2002). Para Oliveira e Paes (2004) o desenvolvimento não
depende somente do potencial genético ou do ambiente no qual o atleta
convive, mas dependem também das particularidades do seu desenvolvimento,
maturação motora e a atenção prestada por seus técnicos. Porém, quando a
criança inicia um treinamento organizado não significa que ela será um atleta
de alto rendimento, para isso deve-se ter a preocupação com sua saúde física
e mental e com sua vida fora da rotina de treinos.
Alguns treinadores cometem um erro terrível quando buscam nas
crianças resultados rápidos, submetendo-as a treinamentos rigorosos, muito
repetitivos e específicos, se preocupando apenas em desenvolver habilidades
para um determinado esporte. Isso pode trazer conseqüências negativas para
a vida da criança, como por exemplo, o desenvolvimento limitado das aptidões
motoras, lesões adquiridas pela grande intensidade dos treinos, a
desmotivação e o abandono do esporte e desgaste psicológico por conta do
excesso de pressão aplicada a elas (BOMPA, 2002).
É importante que os programas de treinamento esportivo sigam
respeitando os estágios do desenvolvimento dos atletas, desde a iniciação até
o alto rendimento para não prejudicar o desenvolvimento do jovem atleta.
Para Bompa (2002), Sullivan e Anderson (2004) a iniciação da criança
em atividades esportivas organizadas é indicada a partir dos 6 anos de idade,
pois após essa idade a criança já desenvolveu grande parte das capacidades
motoras necessárias para realizar diversas atividades como, correr saltar e
arremessar. Oliveira e Paes (2004) sugerem ainda o desenvolvimento de ações
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como o lançamento, o chute, o saque, o quicar e cortar que são típicos dos
jogos desportivos.
Nessa etapa do desenvolvimento que, segundo Bompa (2002),
prossegue até os 10 anos de idade, é necessário estimular a diversão com
jogos e brincadeiras de caráter lúdico, participativo e alegre, além de dar
ênfase a prática de atividades que desenvolva as habilidades no geral, e ainda
não se é recomendado o treinamento voltado para um único esporte. A
exposição das crianças, nessa faixa etária, a competições deve ser evitada ao
máximo (OLIVEIRA; PAES, 2004).
Nessa faixa etária o treino deve ser de baixa intensidade e sem
exigências de rendimento, pois a criança ainda não está preparada para
receber cobranças do seu desempenho (BOMPA, 2002). É importante também
que não se cobre muito em relação às regras, pois isso tira o caráter
espontâneo e divertido da atividade. Para Sullivan e Anderson (2004) crianças
dessa etapa do desenvolvimento podem participar de grupos mesclados, pois
segundo os autores, os meninos e as meninas antes da puberdade não
possuem muitas diferenças quanto à força e aquisição de habilidades motoras,
podendo jogar juntos e até mesmo competir entre eles.
Em um estágio de desenvolvimento mais avançado, na qual o jovem
atleta já desenvolveu consideravelmente as habilidades cognitivas, o nível do
treinamento e das atividades é voltado para o proveito das aptidões esportivas.
Na faixa etária entre 10 a 14 anos de idade a criança já é capaz de
compreender e lembrar as estratégias e regras dos esportes que serão
apresentadas a elas durante os treinamentos e competições, pelo início da
puberdade pode ocorrer uma diminuição do rendimento, o que não significa
falta de capacidade em desenvolver as atividades (SULLIVAN; ANDERSON,
2004). Nesse estágio deve-se orientar o jovem atleta sobre a ética e o jogo
justo, é recomendado que a intensidade do treino seja acrescentada de forma
moderada e voltado para a melhora das aptidões e habilidades motoras, que
foram adquiridas na fase inicial, e não ao desempenho e a vitória (BOMPA,
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2002). Esse estágio da iniciação ao esporte se caracteriza pela aprendizagem
diversificada e motivacional na qual se confere muita importância a auto-
imagem, socialização e valorização do indivíduo dentro dos jogos coletivos
(OLIVEIRA; PAES, 2004).
No estágio de desenvolvimento entre 15 e 18 anos, é onde ocorre a
especialização em determinada modalidade esportiva. Segundo Oliveira e
Paes (2004) o desenvolvimento nessa fase se baseia no refino e em uma
automatização dos movimentos do atleta, e cita ainda três características do
atleta que serão muito relevantes na hora da escolha da modalidade esportiva
a ser praticada: a idade, o biótipo e a motivação.
Durante esse período os atletas são capazes de tolerar uma carga
maior de exercícios do que nos estágios anteriores, e devido a sua boa
formação inicial no esporte, pode-se diminuir consideravelmente o risco de
lesões (BOMPA, 2002). Agora o atleta necessita utilizar do seu repertório motor
que foi adquirido nos estágios anteriores e aplicá-las na modalidade escolhida.
Segundo Kröger e Roth, (2002, p. 10) “[...] o desenvolvimento da senso
motricidade e da motricidade geral, pode servir de base para um posterior
treinamento das habilidades esportivas específicas (técnicas)”.
Os jovens atletas desse estágio adquirem uma grande capacidade
técnica, dispensando assim que o técnico necessite realizar correções, mas
não isenta o mesmo da elaboração de um bom plano de treinamento que
aliado com uma base sólida de iniciação pode levar o atleta a alcançar
resultados excepcionais (BOMPA, 2002). Há, porém, aquelas crianças que não
conseguem alcançar o desenvolvimento esperado das habilidades motoras.
Por isso é importante que os treinadores estejam alertas, para quando isso
ocorrer, eles possam analisar e tentar definir se esse baixo desenvolvimento é
resultado de um atraso ou de uma deficiência da criança (SULLIVAN;
ANDERSON, 2004). Após determinar quais os jovens atletas e quais tipos de
desenvolvimento motor possuem dificuldades, durante o treino deve-se
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estimular a realização de atividades que ajudem na melhora ou obtenção
dessas habilidades (OLIVEIRA; PAES, 2004).
A tabela 1 mostra a idade para iniciar e especializar a criança no
esporte, de acordo com algumas modalidades.
Modalidade Esportiva
Idade para iniciar
a prática do
esporte
Idade para iniciar
a especialização
Atletismo-velocidade 10-12 14-16
Corrida de meia distância 13-14 16-17
Corrida de fundo 14-16 17-19
Saltos 12-14 16-18
Basquetebol 10-12 14-16
Boxe 13-15 16-17
Handebol continental 10-12 14-16
Ginástica olímpica
Feminino 6-8 9-10
Masculino 8-9 14-15
Judô 8-10 15-16
Futebol 10-12 14-16
Natação
Feminino 7-9 11-13
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Masculino 7-8 12-14
Tênis de mesa 8-9 13-14
Tênis Feminino 7-8 11-13
Tênis Masculino 7-8 12-14
Voleibol 10-12 15-16
Tabela 1. BOMPA, Tudor O. Treinamento Total Para Jovens Campeões.
Barueri, São Paulo, Brasil. Manole. 2002.
As crianças precisam ter a oportunidade de participar de atividades
que lhes permitam adquirir diversos tipos de habilidades essenciais para
futuramente se tornar um bom atleta, assim, o estímulo a aquisição de
diferentes habilidades motoras deve ser tanto para a modalidade escolhida
quanto para as outras mais. Ao desenvolver múltiplas aptidões o jovem atleta
se adaptará a vários esportes e terá várias opções de modalidades para se
especializar, e ao obter várias habilidades a criança se adequará melhor aos
exercícios e aos treinos (BOMPA, 2002).
Uma pesquisa soviética de Nagorni apud (BOMPA, 2002) confrontou os
resultados do treinamento de especialização precoce com o treinamento
multilateral, ou seja, de habilidades múltiplas, em jovens atletas. A
especialização precoce apresentou: uma rápida melhora no desempenho, o
melhor desempenho de seus atletas foi aos 15-16 anos, um desempenho
desregulado desses atletas em competições, aos 18 anos muitos deles
abandonaram o esporte e apresentaram uma disposição maior a lesões. Já o
treinamento multilateral obteve melhores resultados em longo prazo. De início
teve uma pequena evolução no desenvolvimento, a alta performance dos
atletas foi alcançada aos 18 anos ou mais, os atletas apresentaram uma
regularidade de desempenho nas competições, apresentaram uma vida
esportiva mais longa e uma pequena propensão a lesões.
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Percebe-se pelos resultados que o desenvolvimento de múltiplas
habilidades do jovem atleta irá refletir em seu rendimento futuro no esporte.
Nesse tipo de treinamento não se consegue alcançar grandes resultados em
relação a rendimento das habilidades esportivas com rapidez, é preciso
retardar a especialização e dispensar resultados imediatos, como mostra a
pesquisa.
Um bom programa de treinamento em longo prazo, que avance passo a
passo e sem um aumento precipitado da intensidade dos exercícios, é de
grande importância para se obter resultados positivos tanto no desempenho do
esporte quanto em promover a satisfação pessoal do jovem atleta sem
prejudicá-lo física e psicologicamente. A figura 1 mostra que apesar de o
treinamento multilateral ser mais importante no estágio inicial do
desenvolvimento esportivo, ele também deve fazer parte do programa de
treinamento dos estágios mais avançados. O treinamento multilateral inclui em
seu programa o treinamento de habilidades motoras, flexibilidade, resistência,
força e potência (BOMPA, 2002).
Figura 1. BOMPA, Tudor O. Treinamento Total Para Jovens Campeões.
Barueri, São Paulo, Brasil. Manole. 2002
Para que se tenha um programa eficaz, em rendimento e saúde do
jovem atleta, é necessária a periodização do treinamento. A periodização do
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treinamento é a organização do treino dos atletas de forma progressiva em
longo prazo, em pequenas etapas e em determinada quantidade de tempo,
levando em consideração as habilidades e objetivos que se deseja alcançar na
modalidade escolhida, sendo desenvolvida desde o nível iniciante (BOMPA,
2002).
Benefícios das práticas esportivas
(SULLIVAN; ANDERSON, 2004), Toda prática esportiva ou atividade
física gera algum tipo de benefício no corpo do indivíduo, não sendo diferente
nas crianças, que no caso específico delas o desenvolvimento fisiológico
acontece de forma não muito clara, já que esse desenvolvimento poder se
confundir com o crescimento natural da criança.
Os fatores intrínsecos desenvolvidos na criança são mais notáveis, já
que atividades físicas propostas durante esse período da infância são de
fundamental importância para o desenvolvimento do caráter psíquico e social
da criança, por meio de brincadeiras que estimulem a interação social, como
compartilhar, colaborar ou mesmo competir. É nessa fase onde ocorre o
ingresso na escola e se aumenta consideravelmente o número de pessoas
importantes na vida da criança, através disso, criando sua própria forma de
auto-conceito e autoestima que são fatores que dependem muito da reação
dos outros a presença da criança e a comparação das suas habilidades com as
dos outros. Nesse período se recomenda que a mesma ingresse em algum
programa de esporte organizado.
(KÖGER; ROTH, 2002), As crianças ao entrarem em um programa de
esporte aprendem a ter respeito, adquirindo segurança e a capacidade de
medir e de consciência de suas ações.
(SULLIVAN; ANDERSON, 2004), Os fatores fisiológicos podem ser
observados com mais clareza na fase da adolescência, onde ocorre a
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maturação do indivíduo e o mesmo, aflora diversas habilidades como
arremessar a bola, acertar a bola com um bastão entre outras que são
atividades trabalhadas durante a infância, mas que só poder ser realizada com
precisão na adolescência com o aumento da capacidade motora e da força
física do indivíduo.
As atividades físicas auxiliam na prevenção de várias doenças
principalmente as ligadas ao sistema cardiovascular. Para Sullivan e Anderson
(2004) as práticas de atividades físicas criam hábitos saudáveis que são
levadas por toda uma vida. Estudos relatam que o maior índice de mortalidade
entre indivíduos adultos por doenças coronárias, é de pessoas que não
praticavam nenhum tipo de atividade física ou esportiva.
Weineck (2003) define a saúde ideal como um estado de bem estar
físico, mental e social. E o esporte pode proporcionar tudo isso principalmente
para as crianças, já que uma criança ativa poderá ser um adolescente ativo e
mais tarde um adulto ativo e saudável.
Para Cardoso, Marina Lorena Paracampos e Silva, Randerson Sousa,
entende-se que as atividades físicas e esportivas ocupam um papel de
fundamental importância no desenvolvimento físico, psíquico e social da
criança e do adolescente. Pois se ele for estimulado quando jovem, às práticas
que proporcionem um bem-estar geral, ele provavelmente será um adulto ativo
e saudável. Mas para que ocorra um total desenvolvimento das habilidades, é
necessário que as crianças participem de atividades direcionadas a suas
necessidades e particularidades.
Para se elaborar um programa de treinamento esportivo para jovens
atletas também se deve levar em consideração que a criança não é um adulto
em proporções menores, pois ela ainda está aprendendo e desenvolvendo
suas capacidades. Por isso é importante uma atenção diferenciada quanto ao
conteúdo repassado a elas. As principais atividades a serem trabalhadas com
as crianças na iniciação ao esporte devem ser de cunho educativo, que
permitam a aquisição de novas habilidades, que oportunizem a vivência da
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liberdade, da espontaneidade e da descoberta do seu corpo e de experiências
sociais. O treino, nessa etapa do desenvolvimento humano, não deve ser
intenso e nem específico a uma modalidade esportiva. Compreende-se então,
que o treinamento para crianças e jovens tem por obrigação estimular a criação
e o desenvolvimento do seu repertório motor. Além de prepará-lo para o
convívio social, por meio de atividades que permitam um bom relacionamento
em grupo.
As organizações dos programas de treinamento são de encargo dos
profissionais dedicados a iniciação do esporte. Os mesmos devem ter a
responsabilidade de explorar ao máximo o potencial do seu atleta, de forma
inteligente e segura. Em nenhum momento, durante os treino ou competições,
os técnicos ou até mesmo os pais devem exigir o rendimento esportivo de uma
criança que está se iniciando na vida esportiva, pois elas não estão preparadas
psicologicamente para receber esse tipo de cobrança. Esse tipo de atitude
pode levar o jovem atleta a sofre lesões físicas e psicológicas, e até mesmo o
abandonar a prática esportiva.
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CONCLUSÃO
O objetivo desse trabalho foi mostrar como o Basquete pode ajudar na formação de uma criança no decorrer de sua vida, sendo sempre amparado pela Psicomotricidade para um melhor desenvolvimento corporal da criança em crescimento se tornando um adolescente melhor e um adulto saudável e seguro. Com esta ligação o basquete só teria um caminho rico que deve ser muito mais utilizado pelos profissionais que lidam com ele, e não só para trans forma seres humanos em maquinas de ganharem prêmios para os seus professores assim massageando o próprio ego dos formadores e esquecendo o cidadão de amanha.
Na verdade é necessário que todos participem inteligentemente e conscientemente do processo de desenvolvimento de crianças trabalhando de forma certa estaremos garantindo a ela um espaço na sociedade com liberdade de expressão, tendo experimentado e vivenciado todas as experiências do dia-dia que lhe fora permitindo.
Mostra aos profissionais do basquete que é possível por intermédio da psicomotricidade ter uma forma de trabalhar estímulos melhores e de maior desenvoltura no basquete, do que só trabalhar crianças que se transformaram em robôs e escravos preços dentro de um sistema sem liberdade de expressão dentro do esporte que pratica e mais tarde na sociedade e num todo.
Nós como educadores somos de extrema importância para o seu sucesso no crescimento e desenvolvimento. Nós temos que dar a criança a possibilidade de existir na sociedade, já que ela é um ser único e diferentes dos outros no modo de agir e pensar.
As crianças são realmente únicas nos seus gestos, com seus limites, desejos, senhas e experiência, que podem ser influenciadas pela sociedade.
Só cabe a nós como profissionais da área de Educação Física e tanto como na área da Psicomotricidade caminharmos na direção certa.
Saber e poder dar as crianças, adolescentes e ao adulto, qualidade e total controle de seus movimentos e atitudes em sua vida, conhecer sempre os seus limites e de quem esta ao seu redor para que se aja o respeito mutuo dos seres que convivem nua sociedade.
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Todas as atividades pesquisadas e impostas nesta trabalho tende a melhorar o desempenho tanto desportivo ou social do cidadão dentro de uma sociedade que cada vez mais só consegue olhar para dentro de si mesmo e sempre voltado para os seus problemas que passa a ser o pior do mundo, tai uma coisa que nunca iremos saber, se os nossos problemas são os piores do mundo ou se nós estamos nos omitindo se escondendo ou fingindo que não estamos vendo deixando todo o trabalho ir ralo abaixo ao invés de tentarmos dar um rumo correto as nossas crianças e não ficarmos de braços cruzados.
Nós professores temos que parar de só olhar as coisas acontecerem e começarem a agir para melhorar o padrão de vida de nossa população.
Vamos estimular as nossas crianças hoje para que tenhamos um adulto melhor amanha.
Como já se tinha ideia, a psicomotricidade pode trazer muitos benefícios dentro da escola do basquete é só acreditar e querer fazer.
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BIBLIOGRAFIA
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jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis, 6ª Ed.
2010 Rio de Janeiro Wak Editora.
BEZERRA, Marcos (Kiko), Basquetebol 1000 exercícios A ciência no
Esporte SPRINT Rio de Janeiro 1999.
BOMPA, Tudor O. Treinamento Total Para Jovens Campeões. Barueri,
São Paulo, Brasil. Manole. 2002.
BOULCH, Le. O Desenvolvimento Psicomotor: do nascimento até 6
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BOULCH, Le. Educação Psicomotora: a psicocinética na idade escolar.
Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1988.
CONDURÚ, Marise T; MOREIRA, Maria da C. R. Produção Científica na
Universidade: normas para apresentação. 2. ed. Belém: EDUEPA, 2007.
DAVIDOFF, Linda F. Introdução à Psicologia. São Paulo: Editora Mc
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CAPÍTULO 1 – ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE E OS BENEFÍCIOS DO BASQUETE DENTRO DA PSICOMOTRICIDADE..............10
1.1 – Áreas de Atuação da Psicomotricidade.........................................13
1.2 - Aspectos trabalhados na Psicomotricidade...................................14
CAPÍTULO 2 – ATIVIDADES FISÍCAS NA PSICOMOTRICIDADE..................18
CAPÍTULO 3 – O BASQUETE E SEUS BENEFÍCIOS NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS COM IDADE ENTRE 11 E 14 ANOS COM PROBLEMAS PSICOMOTORES...........................................................26