Um acesso desigual ao desenvolvimento

7/26/2019 Um acesso desigual ao desenvolvimento

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Trabalho realizado por:

Daniel Cadete, nº7

Inês Mateus, nº14

Nuno Almendra, nº18

06/05/2016

UmAcessoDesigua

l aoDesenvolvime

nto



Introdu!o"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""#$%&#'

( Desen)ol)imento *umano e os seus Indi+adores""""""""""………..""""$%&#4

As Desi&ualdades de Desen)ol)imento no Mundo""""""""""""""""#""#$%&#7

( Cres+ente osso entre -i+os e $o.res"""""""""""""""""""#""""##$%&#

A )olu!o do Con+eito de $o.rea""""""""""""""""""""""""#""#$%&#10

( $eel da Comunidade Interna+ional no Atenuar da $o.rea"""""""""""$%&# 12

( mre&o e a 3+lus!o o+ial"""""""""""""""""""""""""""""#$%&#14

A ome e a M% Nutri!o"""""""""""""""""""""""""""""""""#$%&# 17

A $o.rea e a ade"""""""""""""""""""""""""""""""""""#$%&# 20

Con+lus!o"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""##$%&# 22

i.lio&raia/ e.&raia"""""""""""""""""""""""""""""""""$%&# 2'

Ane3os""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""##$%&# 24

2

Índice



Com este tra.al9o, retendemos i+ar a +on9e+er mais so.re o mundo atual, maisese+ii+amente so.re os +ontrastes :ue e3istem nos dierentes &raus de desen)ol)imento

dos a;ses e so.re as +ondi<es de )idas dos seus 9a.itantes#

Comearemos or e3li+ar o :ue realmente si&nii+a o +on+eito de desen)ol)imento e +omoele = medido# Analisaremos as desi&ualdades e3istentes tanto entre a;ses +omo no seuinterior, assim +omo o osso :ue e3iste entre os o.res e os ri+os#

De se&uida, iremos mostrar +omo e)oluiu o +on+eito de o.rea ao lon&o do temo, e :ual oael da +omunidade interna+ional da sua diminui!o#

Iremos tam.=m e3or a rela!o entre a e3+lus!o so+ial e o emre&o, e a inluên+ia dao.rea na sade# $or im, i+aremos a +on9e+er al&umas das medidas :ue odem +ontri.uir

ara mel9orar o a+esso > sade#

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Introdução



( desen)ol)imento +ara+teria?se +omo sendo o ro+esso no :ual o+orrem mel9orias non;)el de .em?estar da oula!o de um +erto a;s ou territ@rio, reletindo assim as+ondi<es de )ida de uma so+iedade# ssas mel9orias odem ser a n;)el e+on@mi+o, so+ial,am.iental e ol;ti+o, entre outros, e de)em ser sentidas or todos os 9a.itantes#

( desen)ol)imento 9umano n!o = i&ual ao +res+imento e+on@mi+o, )isto :ue o +res+imentoe+on@mi+o de)e ser )isto +omo um modo de al+anar o desen)ol)imento, e n!o +omo umim# m a;s ri+o ode ter, aesar das suas ri:ueas, &randes ro.lemas a n;)el dodesen)ol)imento e do .em?estar da sua oula!o#

De)ido > dii+uldade :ue e3iste em deinir realmente o :ue = o desen)ol)imento, e or este

ser um en@meno multidimensional e luria+etado, = usada uma &rande )ariedade deindi+adores ara o medir, :ue odem ser :ualitati)os ou :uantitati)os#

sses indi+adores odem ser di)ididos em duas +ate&oriasB os simles e os +omostos#n:uanto :ue os simles +ara+teriam aenas um aseto em arti+ular da realidade, os+omostos odem a)aliar )%rios, ois in+luem mais do :ue um indi+ador simles# $or isso,s!o os indi+adores +omostos os :ue ermitem +ara+teriar o &rau de desen)ol)imento deum a;s +om mais e3atid!o#

!endimento "acional #ruto $!"# ) per capita:

( -N per capita = um indi+ador simles :ue nos d% inorma!o a+er+a da e+onomia de uma;s# $ara :ue os )alores deste indi+ador udessem ser +omarados entre a;ses e re&i<es,oi osteriormente adotado o -N per capita em $$C $aridade do $oder de Comra#

Contudo, or nos dar aenas uma m=dia do rendimento .ruto de +ada essoa, es+ondendoassim as assimetrias, este indi+ador oi +onsiderado insui+iente ara +orretamente a)aliar o&rau de desen)ol)imento dos territ@rios#

( -N per capita de $ortu&al oi de 25 757E $$C em 2014#

• Índice de Desenvolvimento %umano $ID%&:

( ID* = um indi+ador +omosto +riado elo $ND $ro&rama das Na<es nidas ara oDesen)ol)imento,:ue a)alia três dimens<es dierentesB )ida lon&a e saud%)el, +aa+idadede ad:uirir +on9e+imento, e n;)el de )ida di&no#

(s indi+adores simles :ue +onstituem este ;ndi+e s!o a eserana m=dia de )ida >nas+ena, a m=dia de anos de es+olaridade, o nmero de anos de es+olaridade eserados, eo -N per capita em d@lares $$C#

$ara :ue seFa +al+ulado i&# 1, = ne+ess%rio :ue se sai.am rimeiro os ;ndi+es de +ada umadas dimens<es# A@s esses +%l+ulos, = deois eetuada a m=dia &eom=tri+a dos três su.?

;ndi+es, :ue dar% o resultado inal do ID*#

4

Desenvolvimento %umano

e os seus Indicado es



As +lassii+a<es do ID* )ariam entre 0 e 1, e s!o +onsiderados desen)ol)idos os a;ses +uFo)alor est% mais r@3imo do 1, ou seFa, a eserana m=dia de )ida dos seus 9a.itantes =ele)ada, 9% um a+esso uni)ersal > edu+a!o, +om uma ele)ada es+olaria!o e, or im,todos têm rendimentos sui+ientes ara satisaer as suas ne+essidades .%si+as#

No entanto, aesar de toda a inorma!o :ue nos ermite o.ter, este n!o = um indi+adorereito e tem sido al)o de al&umas +r;ti+as, ois n!o +onse&ue +ara+teriar todas asdimens<es da realidade, or n!o ter indi+adores sui+ientes# Continua a es+onder al&umasassimetrias, ois n!o ermite +on9e+er as desi&ualdades na distri.ui!o do desen)ol)imento9umano entre a oula!o de um a;s, dado :ue s@ aresenta m=dias, e n!o = oss;)elrealiar +omara<es entre os a;ses +om os )alores mais altos, ois as suas +lassii+a<ess!o muitos semel9antes# s+onde tam.=m o +aital :ue = mo)imentado nas e+onomiasaralelas, sem ser de+larado#

• Índice de Desenvolvimento %umano A'ustado ( Desigualdade $ID%AD&:

m 2010, de)ido >s +r;ti+as eitas ao ID*, oi +riado ID*AD, um indi+ador +omosto :ueermite medir o desen)ol)imento de orma mais a.ran&ente# A)alia as erdas de ID* nassuas três dimens<es, diminuindo o )alor m=dio de +ada dimens!o de a+ordo +om o seu n;)elde desi&ualdade, ou seFa, :uanto maior or o &rau de i&ualdade num a;s, mais r@3imoestar% o seu ID*AD do seu Gndi+e de Desen)ol)imento *umano#

$ortu&al, or e3emlo, te)e em 2014 um ID*AD de 0,744#

• Índice de )obreza *ultidimensional $I)*&:

Histo :ue a o.rea = a alta de re+ursos ara a satisa!o das ne+essidades .%si+as e, +om

ela n!o = oss;)el 9a)er desen)ol)imento, tornou?se ne+ess%rio +on9e+er as ri)a<es :ue asessoas enrentam nas três dimens<es do ID*#

ste indi+ador mostra tam.=m a intensidade dessas ri)a<es ara +ada am;lia o.re e,+om .ase nos seus )alores, = oss;)el +lassii+ar as essoas +omo :uase o.res,multidimensionalmente o.res ou em situa!o de o.rea &ra)e#

+onstitu;do or de indi+adoresB as ta3as de mortalidade inantil e de nutri!oJ os anos dees+olaridadeJ o nmero de +rianas matri+uladas na es+olaJ o a+esso a eletri+idade, %&uaot%)el lima, saneamento e re+ursos ener&=ti+os ara +oin9arJ o a+esso a uma +asa +oma)imento de terra e a osse de, no m%3imo, dois destes .ensB .i+i+leta, ri&or;i+o,

teleone, mota, r%dio e tele)is!o#

ma das al9as deste indi+ador = o a+to de o seu )alor ser uma m=dia, ou seFa, es+onde asdisaridades :ue odem e3istir no interior dum a;s#

• Índice de Desigualdade por +,nero $ID+&:

Mede a desi&ualdade entre os &=neros, a)aliando três dimens<esB a sade reroduti)a, a+aa+ita!o e a arti+ia!o no mer+ado de tra.al9o# (s indi+adores s!o, reseti)amente, ata3a de mortalidade materna e a de ertilidade adoles+enteJ a er+enta&em de assentosarlamentares detidos or +ada se3o e a de 9omens e mul9eres +om o ensino se+und%rio e

sueriorJ a ta3a de arti+ia!o das mul9eres e dos 9omens na ora de tra.al9o#

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(s )alores )ariam entre 0 e 1, e :uanto mais r@3imo do ero or, mel9or ser% a situa!o doa;s#

( IDK de $ortu&al oi de 0,111 em 2014#

6



Nem todos os a;ses do Mundo têm o mesmo &rau de desen)ol)imento, da; :ue ten9amsur&ido os termos La;ses desen)ol)idos e La;ses em desen)ol)imento#

Nos a;ses desen)ol)idos, &rande arte da oula!o tem emre&os no setor ter+i%rio,se&uido elo se+und%rio, têm a+esso a +uidados de sade e a edu+a!o, e os seusrendimentos s!o altos# A eserana m=dia de )ida = ele)ada, e )erii+a?se uma &randeindustrialia!o da e+onomia# ( seu -N per capita = ele)ado, assim +omo o ID*#

A maior arte dos a;ses +onsiderados desen)ol)idos lo+alia?se no *emis=rio Norte e,se&undo os )alores do ID*, os mais desen)ol)idos s!o a Norue&a, a Austr%lia e a u;a#

A maioria dos a;ses em desen)ol)imento est% situada no *emis=rio ul# Nos a;ses emdesen)ol)imento, &rande arte dos 9a.itantes tra.al9a no setor rim%rio, e :uase toda aoula!o tem rendimentos .ai3os ou muito .ai3os# Nem todos têm a+esso a saneamento,+uidados de sade ou edu+a!o, e a eserana m=dia de )ida = .ai3a# ( seu -N per capita

e ID* s!o ou+o ele)ados#

A ri+a su.sariana = a re&i!o +om n;)el mais .ai3o de ID* i&#2# A ritreia, a -e.li+aCentro?Ari+ana e o N;&er s!o os três a;ses +om o ID* mais .ai3o# Comarando os n;)eis deID* de todos os territ@rios do Mundo, = oss;)el o.ser)ar &randes dierenas, )isto :uee3istem )alores :ue )ariam do .ai3o menos de 0,55 ao muito ele)ado mais de 0,8#

m rela!o ao -N per capita i&# ', )olta a ser a ri+a u.sariana :uem aresenta os)alores mais .ai3os, sendo os mais ele)ados erten+entes > uroa, Am=ri+a do Norte eAustr%lia#

m muitos dos a;ses em desen)ol)imento, +ontinua a 9a)er uma &rande desi&ualdade entrese3os# As mul9eres e raari&as s!o dis+riminadas e );timas de )iolên+ia se3ual, dom=sti+a,mutila!o &enital, et+## m 2011, o.ser)ou?se :ue o Gndi+e de Desi&ualdade or K=neroi&# 4 oi suerior na sia, ri+a e Am=ri+a, tendo sido os a;ses da uroa e a Austr%lia os:ue re&istaram uma maior i&ualdade entre os se3os#

No maa mundial em rela!o ao ID*AD i&# 5, ode?se o.ser)ar :ue no +ontinente

Ari+ano, a desi&ualdade = um &ra)e ro.lema, assim +omo em al&uns a;ses da sia eAm=ri+a do ul# Holta a ser na uroa, Am=ri+a do Norte e Austr%lia :ue os resultados s!o osmais ositi)os#

$or sua )e, relati)amente ao I$M i&# 6, os iores resultados )oltam a ser na ri+au.sariana, +om desta:ue ara o N;&er, onde 2,4O da oula!o sore de o.reamultidimensional#

Nos ltimos anos, os a;ses em desen)ol)imento )erii+aram ro&ressos no seu &rau dedesen)ol)imento i&# 7, de)ido a mel9orias nas %reas da sade e da edu+a!o# Contudo,mantêm?se &randes desi&ualdades entre a;ses e dentro de a;ses#

7

As Desigualdades deDesenvolvimento no *undo



$ara :ue os $D se tornem desen)ol)idos, = ne+ess%rio :ue 9aFa um aumento dos seusrendimentos, e :ue eles seFam distri.u;dos de orma mais Fusta, assim +omo uma mel9orianos ser)ios de sade e nas +ondi<es sanit%rias# Poda a oula!o de)er% tornar?seala.etiada e o a+esso > edu+a!o de)er% ser um direito +omum a todos# As 9a.ita<es daoula!o de)em ter as +ondi<es m;nimas#

stas dierenas no n;)el de desen)ol)imento dos a;ses s!o +ausadas ela maneira +om orendimento = distri.u;do, ois nem semre = usado ara satisaer as ne+essidades daoula!o#

Dentro dos a;ses, +ontinua a 9a)er desi&ualdades no desen)ol)imento# m $ortu&al, ore3emlo, :ue te)e um ID* de 0,8'0 em 2014 a;s muito desen)ol)ido, as %reas maisdesen)ol)idas s!o o.)iamente as do litoral, +om desta:ue ara as %reas metroolitanas deQis.oa e do $orto# $or sua )e, no interior e nas re&i<es aut@nomas, o mesmo n!o se)erii+a#

8



Desde 10, todas as re&i<es mel9oraram muito o seu &rau de desen)ol)imento#No entanto, 9% uma &rande dierena entre as +ondi<es de )ida dos ri+os e dos o.res, :uetem aumentado +ada )e mais# (.ser)ou?se, em 2015, :ue as 62 essoas mais ri+as domundo tin9am a mesma ri:uea :ue a metade mais o.re do mundo, :uando +in+o anosantes eram ne+ess%rias '88 das essoas mais ri+as#

( 1O mais ri+o da oula!o ossui o mesmo :ue a soma dos O mais o.res, aendo +om:ue, atualmente, o osso entre ri+os e o.res seFa o maior dos ltimos trinta anos#

( Gndi+e de Kini, indi+ador +riado ara medir a desi&ualdade do rendimento entre a

oula!o, ermite?nos analisar este en@meno# (s seus )alores )ariam entre 0 i&ualdadee 1 desi&ualdade m%3ima# Ruanto mais erto est% do 1, mais mal distri.u;da = a ri:uea,ou seFa, menor = o nmero de essoas :ue det=m toda a ri:uea#

$ortu&al, em 2010 i&#8, tin9a um Gndi+e de Kini de 0,'15 mas, em 2011 i&# , )erii+oulo&o um aumento ara 0,'42, ro)ando uma )e mais :ue a dierena entre os ri+os e oso.res est% +ada )e maior#

A n;)el mundial, o Gndi+e de Kini i&#10 = mais ele)ado na ri+a u.sariana e na Am=ri+ado ul, e = inerior na uroa, no Canad% e em al&uns a;ses do Norte de ri+a#

*edidas para Diminuir o -osso entre !icos e )obres:

$ara imedir :ue a desi&ualdade e3istente entre os ri+os e os o.res se a&ra)e ainda mais, =ne+ess%rio tomar uma s=rie de medidas, :ue s@ ter!o su+esso se todos os a;ses e +idad!os+ola.orarem#

ma das medidas a ser tomada = a elimina!o de ara;sos is+ais, o :ue ar% +om :ue n!oseFa oss;)el u&ir a todos os imostos ali+ados >s ouanas e aos rendimentos dos9a.itantes de +ada a;s# ( aumento das re+eitas ro)enientes desses imostos oder%

deois ser utiliado elo stado ara aFudar os mais ne+essitados, mel9orando as suas+ondi<es de )ida e, assim, tornando o seu a;s mais desen)ol)ido#

e o+orrer uma mel9oria nas +ondi<es de tra.al9o dos 9a.itantes, ermitindo?l9es teremre&os mais est%)eis e sal%rios mais altos, rin+ialmente os dos tra.al9adores :uere+e.em menos, ser% oss;)el ter mel9ores +ondi<es de )ida e aumentarem a sua ri:uea#er% tam.=m .en=i+a a ali+a!o de medidas ara a redu!o do desemre&o#

(utra das medidas a ser usada = o aumento dos .ene;+ios is+ais ara os mais o.res, :ueoder!o assim ter +aa+idade ara satisaer um maior nmero de ne+essidades#

Contudo, de momento, o Mundo est% a enrentar uma &ra)e +rise inan+eira, o :ue tornadi;+il a ali+a!o de al&umas destas o<es, mas +om uma .oa &est!o e a +ooera!o entretodos os a;ses e or&ania<es interna+ionais, ser% oss;)el atin&ir este o.Feti)o#

9

rescen



Ini+ialmente, a o.rea era +onsiderada um en@meno essen+ialmente unidimensional# Demodo a entendermos a e)olu!o deste +on+eito at= aos dias de 9oFe, imorta aer uma)ia&em ao s=+ulo SS e desta+ar três arTmetros :ue se oram a+res+entando ao +on+eito deo.reaB so.re)i)ên+ia, ne+essidades .%si+as e ri)a!o relati)a#

/obreviv0ncia:

sta +on+e!o de o.rea redominou nos s=+ulos SIS e SS, at= > d=+ada de 50# Pe)e ori&emno tra.al9o de nutri+ionistas in&leses, aontando :ue o rendimento dos mais o.res n!o erasui+iente ara a manuten!o do rendimento ;si+o do indi);duo i&# 11# sta oi adotadaem In&laterra e e3er+eu &rande inluên+ia em toda a uroa, sendo usada mais tarde elo

an+o Interna+ional ara a -e+onstru!o e o Desen)ol)imento I-D# Nesta altura, s@ eram+onsideradas eeti)amente o.res as essoas +uFo rendimento n!o as ermitisse so.re)i)erisi+amente# Deste modo, esta +on+e!o re)elou?se insui+iente ao lon&o do temo, ois on;)el de )ida das essoas +ontinua)a .ai3o#

"ecessidades b1sicas:

A artir de 170, a o.rea assou a ter a +onota!o de ne+essidades .%si+as, +olo+andono)as e3i&ên+ias, tais +omo ser)ios de %&ua ot%)el, saneamento .%si+o, sade, edu+a!o

e +ultura# ste o+o na satisa!o das ne+essidades .%si+as le)ou ao aare+imento de +ertase3i&ên+ias de +onsumo .%si+o de uma am;lia# ssa +on+e!o assou a ser adotada elos@r&!os interna+ionais, so.retudo or a:ueles :ue inte&ra)am a (r&ania!o das Na<esnidas, reresentando uma amlia!o da +on+e!o de so.re)i)ên+ia ;si+a#

)rivação relativa:

A artir de 180, a o.rea assou a ser entendida +omo ri)a!o relati)a, dando ao+on+eito um Tm.ito mais a.ran&ente, enatiando o aseto so+ial# Assim, sair do limiar da

o.rea si&nii+a)a o.terB um re&ime alimentar ade:uado, um +erto n;)el de +onorto e odesen)ol)imento de uma arti+ia!o mais ati)a na so+iedade# m dos rin+iaisormuladores desta ideia oi o indiano AmartUa en No.el da +onomia, 1, na :ualairma :ue as essoas odem sorer ri)a<es em di)ersas eseras da )ida, e :ue ser o.ren!o imli+a aenas ri)a!o material# ( $ro&rama das Na<es nidas ara oDesen)ol)imento, no -elat@rio de Desen)ol)imento *umano 17, deiniu a o.rea +omoa ne&a!o de oortunidades e es+ol9as :ue s!o .%si+as ara o desen)ol)imento 9umano eara se )i)er uma )ida di&na, +onstituindo assim um +on+eito multidimensional, :ue sereo+ua +om a :ualidade de )ida das essoas#

Neste sentido, a e)olu!o do +on+eito de o.rea d% ori&em a dierentes di+otomias do+on+eito de o.reaB o.rea a.soluta/relati)a, o.rea o.Feti)a/su.Feti)a, o.rea

10

A2voluçã



tradi+ional/no)a o.rea, ur.ana/rural e temor%ria/duradoura, das :uais a mais alada = ao.rea a.soluta/relati)a#

)obreza Absoluta 3 )obreza !elativa:

A o.rea a.soluta di reseito a Luma +ondi!o +ara+teriada ela ri)a!o se)era das

ne+essidades 9umanas .%si+as, in+luindo alimenta!o, %&ua ot%)el, saneamento, sade,aloFamento, edu+a!o e inorma!o# (N, 15# A o.rea relati)a inte&ra a situa!o deo.rea no +onte3to so+ial onde esta o+orre e, ara a a)aliar, de)e?se tomar +omoreerên+ia o n;)el de )ida da maioria da oula!o da so+iedade onde se )erii+a essasitua!o de o.rea i&# 12#

11



A +omunidade interna+ional tem um ael undamental na atenua!o da o.rea, e n!o seode ensar em erradi+ar e +om.ater a o.rea sem o +ontri.uto de :uatro entidadesB as(NK, o stado, os a;ses desen)ol)idos e as (r&ania<es Interna+ionais#

A'uda )4blica ao Desenvolvimento:

A AFuda $.li+a ao Desen)ol)imento A$D +onsiste na assistên+ia +edida or or&anismos.li+os a a;ses em desen)ol)imento, ro+urando a romo!o dos indi+adores dedesen)ol)imento e direitos 9umanos no a;s de destino# stes or&anismos odem tanto ser&o)ernos na+ionais, or&ania<es n!o?&o)ernamentais ou institui<es interna+ionais einter&o)ernamentais# sta aFuda ode ser .ilateral de um stado ara outro, so.emr=stimos ou doa<es, ou multilateral +on+edida a um stado atra)=s de or&anismosinterna+ionais#

(s lu3os inan+eiros destinados > A$D reartem?se or dierentes %reasB

• Pranserên+ias de din9eiro, atra)=s de donati)os ou emr=stimosJ• Aoio t=+ni+o a roFetos ou ro&ramas de desen)ol)imentoJ•

orne+imento de .ens e ser)ios em situa<es de aFuda 9umanit%ria e de emer&ên+iai&# 1'J• (era<es de al;)io da d;)ida e3ternaJ• Contri.ui!o ara o inan+iamento de or&ania<es n!o?&o)ernamentais

( Comit= de AFuda ao Desen)ol)imento = +omosto or 2 a;ses, e a:uando da orma!odeste or&anismo, os a;ses +omrometeram?se a transerir 0,7O do seu -N# Contudo, este+omromisso n!o tem sido +umrido ela maioria dos a;ses# stas )er.as, sendo+analiadas, ermitem a +on+retia!o de roFetos nos a;ses :ue le)em > realia!o dos(.Feti)os de Desen)ol)imento do Mil=nio, ini+iados ela (N i&# 14# $ortanto, =undamental, n!o s@ :ue 9aFa uma uni!o de esoros entre a;ses do Norte e a;ses do ul,

de modo a al+anar o desen)ol)imento, mas tam.=m :ue os a;ses desen)ol)idos +umramo +omromisso do CAD, de modo a :ue a A$D ossa inan+iar in)estimentos nos a;ses maiso.res, nomeadamente em inraestruturas, +onstru!o/modernia!o de )ias de+omuni+a!o, na sade e na edu+a!o#

As (r&ania<es Interna+ionais, tais +omo a (N, o MI, a (M e a (MC, aesar de teremo.Feti)os al&o dierentes, todas têm o ael de omentar a +ooera!o entre os a;ses naatenua!o da o.rea, aelar ao di%lo&o e > solidariedade dos stados, inan+iar a aFudaara o desen)ol)imento e romo)er a mel9oria das +ondi<es de )ida das oula<es#

As (NK s!o or&ania<es +riadas no Tm.ito da so+iedade +i)il, sem ins lu+rati)os, +om oo.Feti)o de deender o reseito elos direitos 9umanos e +ontri.uem ara a resolu!o dero.lemas e+on@mi+os, am.ientais e so+iais# stas s!o indeendentes dos &o)ernos, mas

12

)apel da omunidadeInternacional no Atenuar da

)obreza



re&ulam as suas a<es e ressionam os mesmos a a&ir de a+ordo +om rin+;ios dos direitos9umanos# A sua inter)en!o = eita a artir do aoio da oini!o .li+a, da sua di)ul&a!o,do aoio de )olunt%rios e da an&aria!o de donati)os i&# 15# As (NK têm um ael ati)ona atenua!o da o.rea, inter)indo na %rea da aFuda 9umanit%ria en)iando alimentos,medi+amentos e m=di+os ara a;ses mais o.res em situa<es de +at%stroe, or e3emlo,

na +ooera!o ara o desen)ol)imento +aa+itando roessores e rea.ilitando es+olas e9ositais, e ainda na edu+a!o ara o desen)ol)imento sensi.iliando a oula!o ara aimortTn+ia da aFuda 9umanit%ria e da +ooera!o ara o desen)ol)imento#

om,rcio Internacional:

ma das solu<es ara romo)er o desen)ol)imento dos a;ses mais o.res = inseri?los no+om=r+io e mer+ado interna+ionais# A (MC tem eito di)ersos a+ordos de li.eralia!o do+om=r+io em %reas +omo a a&ri+ultura, ser)ios e te+nolo&ias da inorma!o, e ossui

tam.=m rin+;ios :ue a)ore+em os a;ses menos desen)ol)idos# A redu!o dos direitosaduaneiros +o.rados elos a;ses ri+os so.re as e3orta<es dos a;ses em desen)ol)imento+ontri.ui ara o desen)ol)imento dos a;ses mais o.res, assim +omo a redu!o das.arreiras alande&%rias#

Deste modo, =?nos oss;)el +onstatar :ue as +omunidades interna+ionais ossuem um aelreonderante na atenua!o da o.rea#

13



( +on+eito de e3+lus!o imli+a estar e3+lu;do de al&o, ou seFa, :uando alamos de e3+lus!oso+ial, si&nii+a a e3+lus!o da so+iedade, )ista +omo o +onFunto de sistemas so+iais a :ue oindi);duo erten+e# Assim, o +on+eito de e3+lus!o so+ial n!o se deine em termos uramentee+on@mi+os, mas em termos mais amlos de arti+ia!o na so+iedade i&# 16# A situa!ode e3+lus!o a reerên+ia a um ro+esso de erda de inte&ra!o ou arti+ia!o naso+iedade, num ou )%rios dom;niosB o e+on@mi+o, o ol;ti+o?le&al rela<es :ueesta.ele+emos +om as institui<es .%si+as, sistema administrati)o ou rote!o so+ial, e oso+ial?rela+ional ausên+ia de redes de so+ia.ilidade ? am;lia, )iin9os, amiade e seuun+ionamento#

A e3+lus!o so+ial nem semre tem a )er +om o en@meno da o.rea# $ode resultar de umro+esso de desen)ol)imento e+on@mi+o atra)=s de +rit=rios e+on@mi+os e so+iais maise3i&entes# $or e3emlo, :uando se e3i&e uma :ualii+a!o roissional maior ne+ess%ria >e3e+u!o de al&umas tareas, n!o tendo em +onta uma rote!o so+ial e ol;ti+a, estamos,de +erta orma, erante um en@meno de e3+lus!o so+ial#

2mprego ( escala mundial:

No inal de 201', atendendo aos setores de ati)idade, a oula!o emre&ada do mundodistri.u;a?se da se&uinte ormaB

• etor rim%rioB as ati)idades rela+ionadas +om a a&ri+ultura reresenta)amaro3imadamente '2O do emre&o total mundial i&# 17J

• etor se+und%rioB resons%)el aenas or 25O do emre&o total mundialJ• etor ter+i%rioB resons%)el or +er+a de 45O do emre&o mundial, ultraassando a

a&ri+ultura +omo o setor :ue mais emre&a oula!o ati)a#

Aesar do tra.al9o ser um direito undamental de +ada essoa, este ainda +onstitui umdesaio ara muitas essoas em )%rios a;ses# Nos a;ses em desen)ol)imento, assistimos aum a.randamento do ro&resso na redu!o da o.rea de tra.al9o e emre&o inormal#

Aliado a isto, as emresas transna+ionais têm aro)eitado a le3i.ilidade da le&isla!ola.oral em muitos destes a;ses ara le)ar a +a.o as suas estrat=&ias de deslo+alia!o,aendo aumentar o desemre&o e a re+ariedade do emre&o# $or outro lado, os a;sesdesen)ol)idos têm )erii+ado um aumento da re+aria!o do emre&o de)ido ao +res+entedesen)ol)imento do tra.al9o a temo ar+ial i&# 18, e uma esta&na!o dos sal%rios reais#

A relação entre emprego e e5clusão social:

( desemre&o = uma realidade :ue e3iste em rati+amente todos os a;ses, ainda :ue seFamais a+entuado e e)idente em +ertos a;ses# 3istem essoas :ue, ara al=m dearesentarem n;)eis de es+olaridade mais tardios e ra+os, tam.=m aresentam or )ees

rero)a<es e sa;das ante+iadas das es+olas, le)ando a uma maior ta3a de anala.etismo ede essoas +om .ai3a es+olaridade# (ra, isso torna mais di;+il a inser!o no mer+ado de

14

2mpreg



tra.al9o# $or=m, aesar de tudo, :uando essa inser!o se a, esta ro+essa?se ememre&os mal remunerados e re+%rios, odendo ser de +urta dura!o, sem se&urana eesta.ilidade# ma &rande arte da oula!o mundial n!o tem eserana de mel9oria dassuas +ondi<es de )ida, ois n!o têm oortunidade de +onse&uir um emre&o di&no ara tera+esso a um mel9or n;)el de )ida, sendo este ator um imedimento ao desen)ol)imento#

A ro+ura de emre&o de Fo)ens :ualii+ados, de essoas n!o :ualii+adas e at= de essoasanala.etas resulta de um nmero ele)ado de desemre&ados# A estrutura do mer+ado detra.al9o un+iona, &eralmente, +omo ator de a&ra)amento das +ondi<es de re+ariedade ee3+lus!o# Ainda assim, 9oFe em dia, um indi);duo :ue ossua um emre&o n!o est%ne+essariamente a sal)o da e3+lus!o so+ial# As inmeras essoas :ue ossuem roiss<es+om .ai3;ssimos sal%rios, mesmo tendo emre&o, est!o )ulner%)eis > ameaa da e3+lus!oso+ial# ( desemre&o na oula!o ati)a mais Fo)em +ontri.ui ara aumentar a o.rea,atrasar o in;+io da )ida amiliar e omentar um sentimento de mar&inalia!o, e3+lus!o erustra!o de :uem se en+ontra em in;+io de )ida, +9eio de e3etati)as e son9os#

$or ltimo, o emre&o n!o = aenas uma onte de rendimento, mas tam.=m um atorimortante ara al+anar um +erto estatuto so+ial e um romotor das redes de so+ialia!o#Deste modo, os indi);duos n!o tra.al9am aenas ara o.terem o seu sustento, mastra.al9am tam.=m ara esta.ele+erem laos so+iais, ara esta.ele+erem li&a<es +om asessoas :ue os rodeiam# Qo&o, um indi);duo desemre&ado en+ontrar?se?% ri)ado destasrela<es de tra.al9o e limita assim a sua )ida so+ial#

*edidas para Atenuar a 25clusão /ocial:

rganização Internacional do Trabalho $IT&:

A (r&ania!o Interna+ional do Pra.al9o i&# 1 desen)ol)e o seu tra.al9o no Tm.ito daredu!o da o.rea, de uma &lo.alia!o Fusta e na mel9oria das oortunidades, ara :uemul9eres e 9omens ossam ter a+esso a tra.al9o di&no e roduti)o, em +ondi<es deli.erdade, e:uidade, se&urana e di&nidade 9umana# ( emen9o e os esoros dos Mem.rose da (r&ania!o s!o orientados elos :uatro o.Feti)os estrat=&i+os da (IPB romo)er oemre&o atra)=s da +ria!o de um am.iente institu+ional e e+on@mi+o sustent%)elJdesen)ol)er e reorar medidas de rote!o so+ial sustent%)eis e adatadas >s+ir+unstTn+ias na+ionaisJ romo)er o di%lo&o so+ialJ e, or ltimo, reseitar, romo)er e

ali+ar os rin+;ios e direitos undamentais no tra.al9o#Atualmente, e3istem )%rias medidas :ue est!o a ser le)adas a +a.o em todo o mundo demodo a atenuar a e3+lus!o so+ial, tais +omoB

• ( ael das or&ania<es interna+ionais e (NK, no sentido de romo)eroortunidades ara :ue as essoas en+ontrem um tra.al9o :ue l9es ermitaso.re)i)erJ

• Cria!o de +ondi<es nos a;ses menos desen)ol)idos ara i3ar a oula!o ati)amais :ualii+adaJ

• Mi+ro+r=dito e:uenos emr=stimos, ara estimular o autoemre&o e o

desen)ol)imento lo+alJ

15



• $romo!o da edu+a!o e orma!o ara todosB aoio t=+ni+o e inan+eiro aos a;sesmais desa)ore+idos#

i&#20

Contudo, ara al=m destas medidas, e3istem outras :ue re+isam de ser imlementadasB

• a)ore+er +ondi<es de esta.ilidade e :ualidade no mer+ado de tra.al9oJ• Imlementa!o de ol;ti+as is+ais e le&isla!o la.oral :ue estimulem os

emre&adores a romo)erem in)estimentos :ue +riem emre&oJ• Desen)ol)er um lano dire+ionado aos mais desa)ore+idos +om dii+uldades de

a+eder ao mer+ado la.oralJ• Diminui!o das disaridades na distri.ui!o do rendimento#

A ne+essidade de reduir a )ulnera.ilidade do emre&o re)este?se de &rande imortTn+ia naredu!o da )ulnera.ilidade 9umana em &eral# ne+ess%ria uma uni!o de esoros entrestados, emresas e or&ania<es, de modo a +om.ater estes ro.lemas +res+entes deo.rea e e3+lus!o so+ial aliada ao desemre&o# (s &o)ernos e as emresas têm de en+arara edu+a!o e a orma!o +omo um in)estimento ur&ente, til e ne+ess%rio# 3iste ane+essidade de se emen9arem na mel9oria das +ondi<es de tra.al9o, al+anandoro&ressos si&nii+ati)os na erradi+a!o das assimetrias e diminui!o do osso :ue e3iste,n!o s@ entre a;ses desen)ol)idos e a;ses em desen)ol)imento, +omo tam.=m entreindi);duos e am;lias do mesmo a;s#

16



A desigual produção e distribuição de alimentos no mundo:

Aesar dos a;ses desen)ol)idos terem e)olu;do deois da 2V Kuerra Mundial, +ontinua?se a)erii+ar &randes desi&ualdades entre a;ses desen)ol)idos e a;ses em desen)ol)imento#

( roduto a&r;+ola soreu, nos ltimos 50 anos, um aumento +onsider%)el, mas os +ontrastesna rodu!o a&r;+ola entre a;ses desen)ol)idos e os a;ses em desen)ol)imento s!o+onsider%)eis#

(s a;ses desen)ol)idos têm ou+a m!o?de?o.ra, mas estes +onse&uem o.ter .onsrendimentos de)ido ao ele)ado &rau de me+ania!o i&# 21#

(s $D, +om maior er+enta&em da oula!o ati)a a tra.al9ar no setor rim%rio,

aresentam .ai3as ta3as de roduti)idade#endo os +ereais +omonentes .%si+os da alimenta!o de &rande arte da oula!omundial, ese+ialmente dos 9a.itantes dos a;ses +om menos re+ursos, a rodu!o de+ereais = um .om indi+ador ara se +on9e+er a +aa+idade de +ada a;s em alimentar a suaoula!o i&# 22#

A subnutrição nos pa6ses do sul e a m1 nutrição nos pa6ses do norte:

( mundo rodu diariamente +omida em :uantidade sui+iente ara alimentar toda aoula!o do laneta, mas a ome mata uma essoa a +ada ',5 se&undos no mundo or n!o

ter a+esso > +omida#e&undo o relat@rio mundial so.re a ome de 2006 da (N, estima?se :ue e3istam 9oFe 854mil9<es de essoas su.nutridas no mundo#

ste do+umento re)ela tam.=m :ue '00 mil9<es de +rianas assam ome no mundo e 25mil morrem or dia de m% nutri!o ou doenas asso+iadas a este ro.lema#

Mas, nos a;ses desen)ol)idos, e3iste tam.=m uma situa!o reo+uante ois, no mundo,e3istem mais de 1 mil mil9!o de adultos +om e3+esso de eso e '00 mil9<es +om o.esidade,se&undo a or&ania!o mundial de sade (M#

A o.esidade = uma doena :ue tra ro.lemas +ardio)as+ulares, de dia.etes, 9iertens!oarterial e +ertos tios de +an+ro, e os dados indi+am :ue a o.esidade )ai +ontinuar a +res+ermais raidamente na oula!o da ai3a mais o.re#

(s do+umentos da A( (r&ania!o das Na<es nidas ara a A&ri+ultura eDesen)ol)imento mostram :ue as re&i<es :ue se en+ontram em desen)ol)imento ti)eramuma :ue.ra em rela!o > er+enta&em de essoas su.nutridas, assando 2','O em 10ara os 12,O em 201'#

A er+enta&em de essoas :ue assam ome na Am=ri+a Qatina e Cara;.as diminuiu de 14,7O

ara os 5,5O#

17

A -ome



Ruanto > ri+a u.sariana, = a re&i!o do &lo.o onde se en+ontra a maior er+enta&em deessoas :ue num estado de su.nutri!o, ois a er+enta&em nos dias de 9oFe = de +er+a de2'O, ou seFa, :uase uma em +ada :uatro essoas#

$or isso, aesar de o nmero m=dio mundial se situar r@3imo das 2800 W+al di%rias or9a.itante, este )alor es+onde &randes desi&ualdades# Neste momento, e3istem tantasessoas su.nutridas +omo essoas so.renutridas#

Ao )erii+armos as re&i<es mais o.res, o )alor das W+al s!o ineriores a 1800, n;)el a artirdo :ual se )erii+a ome or arte da oula!o#

A (N e as outras or&ania<es interna+ionais têm eito esoros no sentido de erradi+ar ao.rea e a ome mas, nos dias de 9oFe, este o.Feti)o tem sido +ontrariado or +onlitos edesastres naturais#

Mas, +omo estas +at%stroes naturais s!o de +ar%ter temor%rio, )!o tenden+ialmentedesaare+endo, &raas > a!o da (NK e da aFuda interna+ional#

$or outro lado, :uando sur&em +rises 9umanit%rias, ro)o+adas elas +at%stroes naturais eelos +onlitos, esses a+onte+imentos )!o Xr em +ausa a se&urana alimentar dessas re&i<esi&# 2'#

Ruanto aos a;ses desen)ol)idos, +omo or e3emlo os A e o Ya!o, )erii+a?se oro.lema in)erso, isto =, o +onsumo de +alorias a mais#

Com o a)ano da te+nolo&ia, os Fo)ens de 9oFe assam mais temo a&arrados >s no)aste+nolo&ias, +omo or e3emlo a tele)is!o e os )ideoFo&os, :ue têm +omo +onse:uên+ias ao.esidade, ois estes Fo)ens +omem imensas +alorias mas n!o as &astam, ois assam o

temo sentados#

e )erii+armos o do+#44, odemos +onstatar :ue as essoas tendem a i+ar o.esas a artirde +rianas, ois a er+enta&em de +rianas :ue s!o o.esas +om menos de 5 anos = &rande,ese+ialmente nos a;ses desen)ol)idos e nos a;ses emer&entes, +omo or e3emlo os-IC#

Desnutrição vs. /ubnutrição:

A desnutri!o e a su.nutri!o s!o +on+eitos totalmente dierentes# (s su.nutridos s!o:ueles :ue n!o +onsomem a :uantidade di%ria de nutrientes ne+ess%rios > sua so.re)i)ên+ia,

e :ue sorem ela alta de alimento em si# Ruanto aos desnutridos, s!o a:ueles :ue at=odem +omer .em e em :uantidades a+ima ao suerior, mas n!o +onsomem os nutrientes+ertos :ue re+isam ara so.re)i)er#

$or isso, em am.os os +asos, o or&anismo en+ontra?se de.ilitado e o indi);duo torna?se maissus+et;)el >s doenas#

A segurança alimentar e os +* $rganismos geneticamente modi7icados&:

A se&urana alimentar = um +onFunto de normas de rodu!o, transorte e armaenamentode alimentos, )isando determinadas +ara+ter;sti+as mi+ro.iol@&i+as, ;si+o?:u;mi+as, et+#

18



3istem )%rios eri&os em rela!o aos alimentos :ue +omemos, +omo or e3emlo os eri&os.iol@&i+os, ou seFa, mi+ror&anismos .a+t=rias, entre outros :ue s!o as rin+iais +ausas de+ontamina!o de alimentos e de to3i?ine+<es alimentares#

(utro tio de eri&o s!o os eri&os :u;mi+os# 3istem alimentos :ue +ontêm :u;mi+ost@3i+os a :ue o +oro 9umano oder% rea&ir mal, odendo +ausar ro.lemas de sade#

( (KM (r&anismos Keneti+amente Modii+ados s!o or&anismos maniulados&eneti+amente, de modo a a)ore+er +ara+ter;sti+as deseFadas, +omo or e3emlo a +or, otaman9o, et+#

Com os (KM +omeou a e3istir uma erda de .iodi)ersidade na a&ri+ultura e naalimenta!o# De a+ordo +om a A(, no ltimo s=+ulo erdeu?se 75O da .iodi)ersidade.iol@&i+a dison;)el no laneta#

(s (KM têm )%rias )anta&ens e des)anta&ens, sendo :ue as )anta&ens s!oB +ol9eitas maisnumerosas, n!o s!o ali+ados esti+idas nos rodutos, e 9% uma mel9or nutri!o, ois os

alimentos +om ou+as )itaminas e rote;nas odem ser mel9orados e, assim, esse rodutoassar% a ter mais rote;nas e )itaminas#

As des)anta&ens s!oB o lu3o &en=ti+o, isto =, os rodutos modii+ados odem transmitir osno)os &enes >s )ariedades sel)a&ens ains, ode e3istir eri&o +olateral, isto =, as +ulturas&eneti+amente modii+adas odem a+elerar o aare+imento de insetos e, or im, estesrodutos odem ter eeitos ne&ati)os na sade do ser 9umano, ois oder% o+orrer aintrodu!o de aler&=ni+os nos alimentos#

Com a &lo.alia!o, e3istem mas ris+os de rotesto or arte dos +idad!os?+onsumidores etam.=m or arte de or&ania<es na+ionais +omo or e3emlo, a lataorma Ltrans&=ni+osora do rato#

No uturo e3istem dois &randes desaios ao n;)el alimentarB

1# Nos a;ses em desen)ol)imento, erradi+ar a ome, atra)=s duma sele!o de sementesde alto rendimento, da orma!o dos a&ri+ultores e da lanta!o de rodutos +omalto )alor nutri+ionalJ

2# Nos a;ses desen)ol)idos, romo)er uma dieta saud%)el ara :ue as essoas +omammenos +alorias, usando rodutos naturais e +om .ons )alores nutri+ionais em )e de+omida industrialiada#

Com estes o.Feti)os, a (M (r&ania!o Mundial da ade, retende imlementar osL(.Feti)os ara 2025, :uer a n;)el &lo.al, :uer a n;)el re&ional, +om o o.Feti)o deerradi+ar todos os ro.lemas de nutri!o :ue atin&em as m!es, as +rianas e os Fo)ens#

A ni!o uroeia tam.=m retende diminuir a er+enta&em de Fo)ens :ue têm o.esidadeinantil, sendo :ue se tentar% al+anar este o.Feti)o em 6 anos 2014?2020# $ara diminuir aer+enta&em de Fo)ens +om o.esidade inantil, a tem +omo medidasB romo)er a<esara reduir a e3osi!o das +rianas > u.li+idade e > romo!o de alimentos +om alto)alor +al@ri+o, de sal, e de &orduras saturadasJ romo)er o desorto e a alimenta!osaud%)el e aumentar a +aa+idade dos +idad!os ara tomarem mel9ores de+is<es so.re a

sade e o seu +onsumo#

19A )obreza e a /a4de



As desigualdades no acesso ( sa4de:

Aesar dos a)anos da te+nolo&ia, na medi+ina e no desen)ol)imento dos medi+amentos,e3istem elo menos mil mil9<es de essoas :ue n!o têm a+esso a medi+amentos nem aos

+uidados de sade#

De a+ordo +om os dados, e3istem nos dias de 9oFe +er+a de 22 mil9<es de +rianas :ue n!otem :ual:uer tio de )a+ina!o :ue l9es ermitiria sal)ar a )ida#

A IDA = a rin+ial +ausa de morte nos a;ses em desen)ol)imento, e :uarenta mil9<es deessoas, em todo o mundo, +om idades entre os 15 e os 4 anos, est!o inetadas +om o );rusda IDA#

A IDA tem )indo a &an9ar muita imortTn+ia, ois ro)o+a a morte a mil9<es de essoas, eoutros mil9<es de essoas têm +om esta doena, :ue ainda n!o = +ur%)el# sta doena tem

)indo a ter um aumento do nmero de +asos &raas > &lo.alia!o e tam.=m > ou+ainorma!o :ue os a;ses ari+anos têm a+er+a das doenas se3ualmente transmiss;)eis#

As or&ania<es interna+ionais, tais +omo a (N e, em ese+ial, o Consel9o de e&uranadas Na<es nidas, dis+utiram esta doena e de+idiu?se +riar um undo mundial destinado >luta das &randes ' doenas :ue e3istem mundialmenteB a IDA, a Pu.er+ulose e a Mal%ria#

e&undo o undo das Na<es nidas ara a InTn+ia NIC, estas doenas matam aindaanualmente +er+a de 660000 essoas :ue, na sua maioria s!o +rianas ari+anas#

(s A re+on9e+eram :ue, na ri+a, +omea)a a e3istir uma eidemia :ue un9a em ris+o

a sua se&urana ois, +om a &lo.alia!o e +om a a.ertura dos mer+ados das e+onomias, asessoas assam a )iaFar mais e, or +onse:uên+ia, isso ode traer uma eidemia n!o an;)el +ontinental, mas sim a n;)el mundial#

Aesar de a o.rea +ontri.uir ortemente ara os &randes dese:uil;.rios na sade, entrea;ses desen)ol)idos e a;ses em desen)ol)imento este n!o = o ni+o ator resons%)el oressa situa!o# A :uest!o +entral assa o.ri&atoriamente ela or&ania!o m=di+a, umatarea :ue se mostra .astante di;+il ara os a;ses mais o.res, )isto :ue têm ele)adasd;)idas e3ternas ara a&ar#

$ara a&ra)ar a situa!o, a &rande arte dos medi+amentos ara o tratamento destas

doenas s!o muito mais +aras nos a;ses em desen)ol)imento do :ue nos a;sesdesen)ol)idos#

Assim, os seus 9ositais +are+em de re+ursos, le)ando os roissionais de sade a ro+urarnoutros a;ses oortunidades de tra.al9o :ue n!o en+ontram no seu a;s de ori&em#

$or=m, en:uanto a maioria da oula!o n!o tem a+esso > sade, as +lasses m=dias esueriores re+orrem > medi+ina ri)ada, aumentando, assim, as desi&ualdades na assistên+iam=di+a dentro dos r@rios a;ses#

Aesar dos ro&ressos )erii+ados nos ltimos anos, )%rios estudos mostram :ue a

ri)atia!o da in)esti&a!o, Funtamente +om as dos sistemas de assistên+ia m=di+a, +ria

20



uma es=+ie de aart9eid sanit%rio :ue a re+air so.re mil9<es de essoas a ameaa deuma )ida mais +urta e +om menos sade#

As medidas para melhorar o acesso ( sa4de:

A o.rea = um dos rin+iais entra)es dos a;ses :ue se en+ontram em desen)ol)imento e,

or isso, e3i&e uma a!o +on+entrada a n;)el da +omunidade interna+ional#

As (NK (r&ania<es N!o Ko)ernamentais têm assumido um ael imortante nestero+esso, atuando em duas )ertentesB na re)en!o das +ausas e nas +onse:uên+ias#

Kraas aos in)estimentos das (NKs na edu+a!o, no setor a&r;+ola e na orma!o dasessoas e nos tratamentos das %&uas, os a;ses em desen)ol)imento têm estado a e)oluir# As(NK têm tam.=m estruturas de aFuda de emer&ên+ia em +asos +omo +at%stroes naturais ou&uerras, :ue ermitem uma resosta r%ida a situa<es :ue +omrometem as ne+essidades.%si+as do ser 9umano#

• A "U e a /IDAB

( ro&rama da (N ara o HI*/IDA estima :ue +er+a de 1,5 mil9<es de essoas morreram+om esta doena e :ue e3istiam em 201' +er+a de 2,1 mil9<es de essoas +om IDA a n;)elmundial#

Contudo, a (N a+redita :ue esta doena ode ser +om.atida se os a;ses emdesen)ol)imento aostarem na orma!o das essoas, rin+ialmente a+er+a do uso dem=todos +ontra+eti)os#

s #!I/ e a meta 898989:

(s ministros da sade dos a;ses emer&entes têm )indo a adotar estrat=&ias ara :ue onmero de mortos e de +asos de HI*/IDA diminuam# $or isso, estes a;ses emer&entesde+idiram +riar a meta 0?0?0 de tratamento desta doena at= 2020#

1# ( rimeiro o.Feti)o = :ue 0O de todas as essoas :ue )i)em +om HI* sai.am :ueten9am o );rusJ

2# ( se&undo o.Feti)o = :ue 0O das essoas dia&nosti+adas +om HI* re+e.am teraiaantirretro)iralJ

'# ( ter+eiro e ltimo o.Feti)o = aer +om :ue 0O das essoas a re+e.er tratamentoossuam +ar&a )iral indetet%)el e dei3em de transmitir o );rus#

Com estes o.Feti)os, 9a)er% uma diminui!o de mortes e de +asos de HI*, +olo+ando assim,no inal de 20'0, o im desta eidemia#

21

onclusão



Com este tra.al9o, i+%mos a sa.er muito mais so.re as &randes disaridades :ue e3istementre os a;ses desen)ol)idos e os a;ses em desen)ol)imento#

Herii+%mos :ue 9% &ra)es ro.lemas :ue de)em ser resol)idos no uturo ara :ue todas as

essoas ossam satisaer as suas ne+essidades .%si+as e, se oss;)el, ter uma )ida+onort%)el e eli# Contudo, este o.Feti)o n!o ser% %+il de al+anar, e s@ +om o esoro dos&o)ernantes dos a;ses e das or&ania<es interna+ionais isso ser% oss;)el#

22



24/04/2016

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2/04/2016

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02/05/2016

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i&ura 1B @rmula do ID*

i&ura 2B ( ID* no Mundo em 201'

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Ane5os



i&ura 'B ( -N no Mundo

i&ura 4B Gndi+e de Desi&ualdade de K=nero em 2011

25



i&ura 5B ( ID*AD em 201'

i&ura 6B ( I$M em 201'

26



i&ura 7B )olu!o do ID* nos a;ses em desen)ol)imento

i&ura 8B Gndi+e de Kini dos a;ses da em 2010

27



i&ura B Gndi+e de Kini dos a;ses da em 2011

i&ura 10B ( Gndi+e de Kini no Mundo

i&ura 11B Kruo de tra.al9adores in&leses? $re+ariedade no tra.al9o

28



i&ura 12B )olu!o das ne+essidades \.%si+as\

i&ura 1'B AFuda 9umanit%ria no *aiti

i&ura 14B aelo a doa<es or arte da AMI

29



i&ura 15B (.Feti)os de Desen)ol)imento do Mil=nio (N

i&ura 16B 3+lus!o so+ial

i&ura 17B $eso do setor a&r;+ola no emre&o a n;)el mundial, 200'

30



i&ura 18B Insta.ilidade no tra.al9o

i&ura 1B (r&ania!o Interna+ional do Pra.al9o (IP

i&ura 20B Desesas .li+as +om as medidas adotadas no mer+ado de tra.al9o 27,e3+luindo a Kr=+ia, 200'

31



i&ura 21B Halor adi+ionado ela a&ri+ultura, or tra.al9ador 2000 e 2012

i&ura 22B 3orta!o de +ereais 2000 a 2011

32



i&ura 2'

Um acesso desigual ao desenvolvimento

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