Triagem Clínica
Triagem Clínica
Triagem Clínica
• Consiste:– na medição da pressão arterial;– freq. Cardíaca;– níveis de hemoglobina e hematócrito;– questionário.
• Visa:– Excluir doadores com fatores que ponham em risco
sua própria saúde (diabetes/hipertensão não-controladas, arritmias cardíacas...) ou a saúde de quem recebe o sangue (HBV, HCV, HIV...)
• Triagem deve ser feita por profissional de . saúde de NS, sob supervisão de médico;
• Avaliar antecedentes e estado atual do doador– Quanto a saúde;– Quanto ao comportamento.
• Ambiente privativo em que o doador se sinta seguro;– Sigilo das informações prestadas
Profissional e Ambiente
Profissional e Ambiente
• A fidelização é um dos maiores objetivos da triagem clínica – importante manter a confidencialidade e credibilidade;
• Utilizar linguagem adequada . ao perfil do doador;
• Deve seguir a legislação vigente e ter POP’s discriminando os procedimentos– Entregar material informativo sobre condições de
doação e doenças transmissíveis– Ter mecanismo de auto-exclusão em sigilo
Efetuando a triagem
• Confirmar identidade do doador;
• TCLE
• Idade: – mínima 18 anos (evitar espoliação do
indivíduo em crescimento – depósito de ferro)
– Máxima 65 anos (risco de comprometimento vascular isquêmico ↑ com idade)
Efetuando a triagem
• Intervalo e Frequência:– Possibilidade de espoliação nas reservas – anemia.
• Doenças pré-existentes que possam ser agravadas pela doação;
• Uso de medicações– Podem indicar doenças transmissíveis não detectadas;– Substancias que casem alergia ou comprometam a
qualidade do componente (ex. aspirina).
Doador Saudável• Observar aspecto saudável e ausência de sinais e sintomasde doenças
• Pele íntegra no local de venopunção– Evitar contaminação por microorganismos.
• Observar temperatura axilar que . deve ser ≤ 37˚C
Rejeição do Doador
• Qualquer situação que configure risco para o doador ou receptor leva a rejeição.
• A comunicação do motivo deve ser feita de maneira clara e objetiva
• Deve ficar registrada na ficha de triagem
• Deve ter a assinatura do profissional na ficha ou outra maneira de identificá-lo.
*OBS. Médico pode emitir parecer diverso a uma inaptidão
*OBS2. A comunicação é obrigatória
Doenças que Inabilitam Definitivamente o Doador
• patias graves• D. Chagas• Hanseníase• D. Pulmonar• Insuficiência Renal• Malária (febre quartã)• Alcoolismo crônico• Diabetes tipoI• Diabetes Tipo II c/ lesão
vascular
• Tuberculose extra-pulmonar• D. renal crônica• D. Hemorrágica• Elefantíase• Hepatite Viral (após 10
anos)• CA• AVC• Infecção por HIV, HBV, HCV
e HTLV I/II
Triagem Laboratorial
Triagem Laboratorial
• Depois da triagem clínica constatar o doador aparentemente saudável, a triagem clínica irá avaliar a qualidade do sangue circulante.
• Neste momento serão avaliados parâmetros como hematócrito e hemoglobina, PAI e também os aspectos sorológicos.
Hematócrito e Hemoglobina
• A deficiência de ferro é um efeito esperado das doações quando não é respeitado o intervalo de tempo e a frequência de doações anuais.
• Estes intervalos variam de população para população devido as diferenças nutricionais e hábitos alimentares entre os povos.
• O gênero também é um fator determinante destes critérios.
Deficiência de ferro mais prevalente no sexo
feminino
OBS. A partir dos 60 anos intervalo de doação ↑ para 6 meses.
Hematócrito e Hemoglobina
• Hematócrito– Mulheres: mín. 38%– Homens: mín. 39%
• Hemoglobina– Mulheres: 12,5g/dL– Homens: 13g/dL
• Hemogravimetria– Utiliza solução de sulfato de cobre com densidade
conhecida, uma gota de sangue cai de altura definida:• Se flutuar – sangue anêmico• Se afundar – sangue não-anêmico
• Hemoglobinometria– Utiliza leitura espectrofotométrica e hematócrito
por centrifugação• Exibem resultados quantitativos
Testes Utilizados
• Pulso e pressão arterial (alterações compensatórias da doação pode causar danos em pessoas com alterações prévias);
• Gestantes –contra-indicado pela preservar as reservas e equilíbrio
• Durante puerpério e lactação qualquer espoliação deve ser evitada
necessidade dehemodinâmico;
Efetuando a triagem60bpm<PULSO<100bpm
100mmHg<Psistólica<190mmHg60mmHg<Pdiastólica<100mmHg
Coleta de Sangue
Coleta
• Local– Agradável, confortável, espaçoso, climatizado,
iluminando e limpo;
– Evitar aspecto hospitalar
– Vários doadores em 1 mesmo ambiente, atendimento coletivo evita mal estar da solidão;
Coleta
• Doador deve ser convidado a lavar os braços– fossas antecubitais
• Poltronas – devem permitir adequado posicionamento,
mantendo confortavelmente reclinado.
– seja possível alterar a sua posição para elevar os MI em caso de reação vasovagal.
• Identificação– comparar informações do doador com os
registros da bolsa e tubos para exames laboratoriais.
• Peso mínimo para doação 50kg
• Alimentação (jejum e hipoglicemia potencializam as manifestações adversas).
• Volume Máximo de coleta:– 8ml/kg de peso – mulheres;– 9ml/kg de peso – homens;
• Hidratação ( reposição da volemia se dá pela passagem de líquido do compartimento extra para o intravascular);
Coleta
O volume retirado não pode exceder 13% da
volemia
• Identificação do Doador:– Conferir bolsa e tubos de amostra– Não deve constar nome e sim código de barra
• Escolha da Veia– Preferencialmente veia cubital mediana
• Limpeza da Pele– Degermação– Assepsia
Coleta
• Torniquete– deve ser mantido durante a retirada do sangue.
• Punção– coleta deve ser feita através de punção única.
• Agitação– agitação da bolsa permite a mistura do sangue
com a solução preservante
Coleta
Coleta
• Sangue Venoso– a saída do sangue é facilitada pela movimentação
dos músculos do antebraço.– objetos macios que os doadores possam
manipular durante a doação
• Doador nunca deve ser deixado sem companhia
Final da Coleta
adequação do sistema vascular à novavolemia.
• Reduzindo a ocorrência de sintomasde hipotensão (desequilíbrio,lipotímia)
• Manter o indivíduo recostado na poltrona alguns minutos ocupado em pressionar o ponto da flebotomia.• Esse tempo de espera permite uma melhor
• Tempo de Coleta– Máx. 15min
• Bolsa– enviar para setor de processamento.
• Tubo de Amostras – Deve ser coletado direto da veia após doação;– Se a bolsa tiver mecanismo próprio pode ser feita
coleta durante ou início da doação
Final da Coleta
*OBS. Extrações terapêuticas só devem ser realizadas com requisição médica e mediante a responsabilização do hemoterapeuta sobre o ato.
Sala de Recuperação
• Caso doador sinta algum incômodo deve ser colocado em área de recuperação
• Permanecer acompanhado pelo técnico
• Sala deve ser dotada– material p/ primeiros socorros;– medicamentos;– oxigênio;– equipamentos para entubação orotraqueal;– equip. p/ monitoração cardíaca– equip. de cardioversão
Reações Vagais• É a mais prevalente das reações adversas• Ocorre em 1% dos doadores (↑freq. 1ª doação)• Surge geralmente durante a coleta ou pouco após seu término• Curta duração entre 5-10 minutos• Caracteriza-se
– sudorese– palidez– perda da consciência (↓frequente)– pulso lento– frequência cardíaca ↓– turvação da visão– náuseas (raro)– descontrole dos esfíncteres (raro)– convulções (raro)
Reações Vagais• Fatores que contribuem para desencadear– ansiedade– temperatura↑– histórico de desmaios– pessoas mais jovens– ↑ c/ a qtde de sangue coletado– demora p/ finalizar a coleta
• Tratamento– inversão da posição (elevando os pés)– oferecer bebida açucarada
OBS. atenuação da ocorrência de sintomas qdo doador recebe aporte prévio de glicose
Convulsões
• Origem epilética são raras– rejeição de candidatos que a manifestam– rejeição de candidatos que usam anticonvulsivantes
• Evitar que outras pessoas vejam – efeito psicológico– associar a doação
• Cuidado para evitar obstrução das vias aéreas
• Pode estar associada a outras reações (vasovagal por ex.)
Hematomas
• É bastante frequente.
• Não costuma ser motivo de complicações.
• Restringe-se quase sempre a fossa antecubital.
• Grandes hematoma são raros, mas podem ocorrer inclusive com síndrome compartimental.
• Geralmente associado a flexão do braço– reabre o local de tamponamento quando o membro é
estendido.
Lesões de Nervos
• É bastante raro.
• Muito incômoda para os doadores.
• Geralmente só causa incômodo sensorial.
• Eventualmente carece de maior atenção médica.
Tetania
• Causado por hiperventilação
• Tratamento– inalação de ar rico em CO2
– Usar sacola plástica ou de papel para inspiração e expiração durante alguns momentos.
Punção Arterial
• Causa rápida saída de sangue– coloração típica de sangue arterial
• Coleta deve ser interrompida pressionando local de punção
• Suspeita de lesão vascular com repercussão no membro– necessário avaliação de angiologista
Fatalidades
• Raríssimas situações em que a doação precedeu a morte
– alterações pressóricas por feocromocitoma;
– queda com lesão craniana;
– infarto do miocardio.
Complicações Tardias
• Pseudo-aneurismas podem se desenvolver em decorrência de punção arterial;
• Fístulas arteriovenosas podem se formar após acidente de punção;
• Alergia a bandana ou à solução anti-séptica;
• Infecção associada ao ponto de penetração da agulha.
Alimentação Pós-doação
• Hidratação oral em volume equivalente ao sangue retirado é o suficiente para repor a volemia;
• Passagem na área de alimentação tem como objetivo manter os doadores por algum tempo em observação
Liberação
• Doadores devem ser liberados com informação de que reações tardias podem ocorrer– comunicar o serviço onde foram atendidos
• Orientar – não façam movimentos bruscos– não se exponham a situações que necessitem:
• atenção • destreza• firmeza
OBS. RDC fala sobre pilotos, pular de asa delta, motoristas...