TRATAMENTO POR ONDAS DE CHOQUE Gustavo Robinson Médico Fisiatra
2ª Guerra Mundial – danos pulmonares letais em náufragos, sem lesões externas
1950 – EUA – 1ª patente de gerador eletro-hidráulico
1968-1971 – Alemanha – OC vs. tecido biológico
1974 – Alemanha – OC Extracorpóreas
1980 – Munique – 1ª litotripsia
1986 – Aplicação em osso em cobaias (Haupt)
1988 – Tratamento pseudoartrose humanos (Valchanov)
1992 – Tendinose calcária do ombro (Dahmen/Loew)
2003 – Comprovação princípios biológicos (Wang)
2005 – Dor miofascial / Pontos-gatilho (Gleitz)
História das Ondas de Choque
“A onda de choque é um pulso sônico que tem certas características físicas. Há uma alta pressão de pico, às vezes mais que 100 Mpa, mas mais frequentemente aproximadamente 50 a 80 Mpa, um rápido aumento de pressão durante um período menor que 10 ns, uma baixa amplitude tênsil (até 10 Mpa), um curto ciclo de vida de cerca de 10 μs e um amplo espectro de frequência, tipicamente na faixa de 16 a 20 MHz.”
Ogden et al., Clin Orthop Rel Res 2001;(387):8-17:
1 MPa = 10,19 kgf/cm2
1 bar = 0,986923 atm = 0,1 Mpa
Ocorrem em explosões, relâmpagos, aviões supersônicos
Ondas de Choque?
Ondas de Choque ≠ Ultrassom
Ultrassom = onda senoidal < amplitude / > frequência
Ondas de Choque = Ultrassom?
“Um efeito tecidual significativo é a cavitação consequente à fase negativa de propagação da onda.” (Ogden et al., 2001)
Ondas de Choque
A – Objeto em pressão natural B – Objeto na fase da tensão C – Objeto na fase de dilatação D – Fase de liberação da energia
Mudança do conceito puramente mecânico
Proliferação celular → mecanotransdução
Hiperpolarização membranas → proteínas G → radicais livres → fatores de crescimento → proliferação e diferenciação celular
↑ Óxido nítrico + eNOS → neovascularização
Analgesia → óxido nítrico + substância P + CGRP
Desnervação seletiva fibras C
Cavitações → ondas de choque secundárias
Banda tensa → ação mecânica sobre os sarcômeros
Reabsorção de calcificações
Mecanismos de Ação das OC
Radial 0,5 – 35 mm → entesopatias, PGs
Focal – 5-6 cm → calcificações, pseudoartrose, PGs
Planar (não-focalizada) – superficial → úlceras
Tipos de OC
Baixo – 0,08-0,18 mJ/mm² → pele, entesopatias, PGs
Médio – 0,18-0,32 mJ/mm² → entesopatias, calcificações
Alto – 0,32-0,6 mJ/mm² → partes ósseas
Níveis de Energia
Dor ≥ 6 meses
Insucesso no tratamento conservador multimodal ≥ 3 meses
Insucesso no tratamento cirúrgico
Critérios de Inclusão
Gestação Doenças da coagulação Doença maligna primária Doença reumática em atividade Placa de crescimento ósseo Infecção aguda de tecidos moles e osso Crânio, coluna, costelas Pulmão (focais), grandes nervos ou vasos Vísceras ou órgãos pélvicos Marca-passo cardíaco (relativo) Epilepsia Região infiltrada recentemente
Critérios de Exclusão
Diferentes equipamentos = diferentes protocolos
Impulsos, frequência e energia variam por patologia
3-5 sessões com intervalos semanais
Dor miofascial → + sessões / > frequência
2000-2500 OC / sessão
6 – 12 Hz
Baixa → alta energia
Limite do desconforto do paciente
Não usar anestesia exceto para consolidação óssea
Restrição atividades e sobrecarga → até melhora
Métodos de Aplicação
Fraturas por estresse Estágio inicial de necrose avascular Estágio inicial de osteocondrite dissecante Tendinite isquiática Tendinite da pata anserina Feridas e úlceras de pele Queimaduras Espasticidade Osgood-Schlatter Peyronie
Outras Indicações
Doença periodontal
Lesões nervosas periféricas
Isquemia do miocárdio
Prostatite asséptica
Osteoartrite
Pesquisa