Carmen Silvia Bruniera Domingues Coordenação das Ações para Eliminação da TV do HIV e sífilis Programa Estadual DST/Aids de São Paulo Centro de Referência e Treinamento DST/Aids Março 2016 TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV E SÍFILIS CONGÊNITA
Carmen Silvia Bruniera Domingues
Coordenação das Ações para Eliminação da TV do HIV e sífilis
Programa Estadual DST/Aids de São Paulo
Centro de Referência e Treinamento DST/Aids
Março 2016
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV
E SÍFILIS CONGÊNITA
Impacto Processo (Cobertura)
Sífilis:
Taxa de incidência de casos de sífilis congênita por 1000 nascidos vivos: 3,9* - (meta ≤ 0.5); (Brasil 4,7*)
e
HIV:
Taxa de incidência de casos de infeção pelo HIV por TV: 0,03* por 1000 nascidos vivos (meta ≤ 0,3) desde 2010 <0,1; (Brasil 0,1*) e
Taxa de transmissão vertical: 2,7%** (meta <2%) (Brasil 4,5%***)
Cobertura do pré-natal (pelo menos 1 consulta): 98%*** (meta ≥95%); (Brasil 97%* - 2013)
Cobertura da testagem do HIV (??%) e sífilis em gestantes (??%) (meta ≥95%); (Brasil 80%** e 89,5%*)
Cobertura de tratamento com ARV em gestantes HIV+: 86,5%* (meta ≥95%); (Brasil 70,2%*)
Cobertura de tratamento com penicilina em gestantes com sífilis: 90,3* (adequado fase da doença) (meta ≥95%); (Brasil 86,3%‡)
Fontes: * Sinan – 30/06/2015; **Estudo PE-DST/Aids – 2006; ***Tabnet Datasus - 2012
Fontes dados Brasil: * Brasil /GARP 2014; **UNAIDS; ***OPAS (preliminares) ‡ Brasil – Sinan - 2014
Análise de situação Brasil e Estado de São Paulo-2013
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Casos 1533 1212 1523 1378 1324 1283 1266 1263 1251 1225
TD 2,5 2,0 2,6 2,3 2,2 2,1 2,1 2,0 2,0 2,0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0
200
400
600
800
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Nº
de
ca
sos
Ano de diagnóstcio
Casos de gestantes HIV+ e taxa de detecção (TD) por 1.000 nascidos vivos, segundo ano de diagnóstico, estado de São Paulo, 2005 a 2014.
1999 – 2015 (30/06) 21.662 gestações HIV+
Sinan Net
2005 - 2014 21% TD Fonte: SINAN-VE Programa Estadual de DST/Aids - SP
Gestante HIV +
1.225 gestantes notificadas – SINAN
60% (732) 8 anos ou + de estudos 92% (1.131) com PN - 1º T – 50% (570) - 2º T – 30% (336) - 3º T – 18% (198)
11% (140) com idade ≤19 anos
Uso de ARV na gestação 85% (960) – usaram 9% (97) – não usaram 6% (74) - Ign
ARV no parto 90% (801) – usou 7% (61) – não usou 3% (26) - Ign
Diagnóstico HIV
Antes do PN 57% (696)
Durante o PN 38% (467)
No parto 3,8% (46)
Após o parto 0,9% (11)
Desconhecido 0,4% (5)
Parto 946 (92%) nascidos vivos 24 (2,3%) natimortos 44 (4,3%) abortos
Tipo de parto
73% (693) - cesáreo 27% (251) – vaginal
Perfil das gestantes HIV positiva, estado de São Paulo, 2014.
95%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Nº
de
ca
sos
Ano de diagnóstico
Casos notificados de gestantes HIV+ adolescentes (12 a 19 anos) segundo momento do diagnóstico, estado de São Paulo, 2000 a 2014.
Antes PN Durante PN Durante parto Após parto Ign
Fonte: SINAN-VE-Programa Estadual de DST/Aids - SP
Total = 1.715 gestantes 104 (6%) gesta – 12 a 14 anos 1.611 gesta – 15 a 19 anos
Período Nº de municípios
Últimos 05 anos (2009-2013) 89 municípios com pelo menos 01 caso (31 mais de uma vez)
Últimos 03 anos (2011-2013) 48 municípios com pelo menos 01 caso (08 mais de uma vez)
Últimos 02 anos (2012 - 2013) 18 municípios com pelo menos 01 caso (04 mais de uma vez)
Número de municípios com casos de crianças com HIV/aids, por TVHIV, por período. ESP, 2009 a 2013.
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
TD SG 1,9 2,4 2,9 3,5 5,3 6,2 8,2 9,9
TI SC 1,4 1,4 1,4 2,0 2,5 3,1 3,9 4,8
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
TD e
TI
po
r 1
00
0 n
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s vi
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Ano de diagnóstico
Taxa de detecção de sífilis em gestantes (TD SG) e taxa de incidência de sífilis congênita (TI SC) por 1000 nascidos vivos, segundo ano de diagnóstico, estado
de São Paulo, 2007 a 2014*.
Fonte: SINAN - VE Programa Estadual de DST/Aids - SP*Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos a revisão mensal
SG = 24.684 SC = 12.479
6.190 gestantes com sífilis 2.989 sífilis congênita
5.589 (90,3%) com tratamento adequado para a fase – SINAN (9,7% inadequado/não realizado – 601 gestantes)
4.662 (75%) diagnóstico de sífilis no 1º/2º T 3º trimestre = 22% (1.363)
307 (10,3%) abortos e natimortos
35 (1,2%) óbitos por SC
342 (11,4%) perdas por SC
(32 óbitos por outras causas)
1.457 (23,5%) gestantes com idade ≤ 19 anos 3.185 (51,5%) – 8 anos ou mais de estudos 793 (13%) – cor de pele preta 2.346 (38%) - parda 3.032 (49%) parceiros sexuais tratados (51% não tratados/Ign – 3.158 parceiros)
2.244 (75%) mães realizaram PN 1.597 (71%) mães realizaram diagnóstico de sífilis no PN
2.203 ( 74%) parceiros das mães não foram tratados
Perfil das gestantes com sífilis e sífilis congênita – ESP 2014.
Estima-se em 2014 - subnotificação de cerca de 12% (7.021) de gestantes com sífilis (prevalência 1,02%) – 6.190 gestantes notificadas;
Acesso e a qualidade da assistência pré-natal: entrada tardia no PN ou diagnóstico de sífilis no 3º trim. (22%); dificuldade na captação e tratamento do parceiro sexual (51%); abandono do pré-natal; tratamento incompleto ou não realizado na gestante (9,7%) etc;
Populações vulneráveis: adolescentes (23,5%), usuárias de drogas (7% N=165 em 2013), vivendo em situação de rua, imigrantes, privada de liberdade ou parceiras etc;
Estudo na AB - dificuldade no cumprimento do fluxograma diagnóstico – 70% (321/461), não utilizam o fluxograma laboratorial para o diagnóstico;
Dificuldade na aplicação da penicilina - 27% (124/461) dos municípios participantes da pesquisa não aplicam penicilina em unidades de Atenção Básica;
Estigma e discriminação relacionado com as infecções de transmissão sexual;
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA PERSISTÊNCIA DA SC
Reduzir para 2% a taxa da transmissão vertical do HIV, de forma escalonada e regionalizada Até dezembro de 2015;
Reduzir para 0,5/1000 nascidos vivos a taxa de incidência da
sífilis congênita, de forma escalonada e regionalizada Até dezembro de 2015;
OBJETIVOS DO EIXO III - ELIMINAÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV E DA SÍFILIS
Objetivo 1: Os dados nos mostram que o estado de São Paulo está muito próximo do alcance deste objetivo, ou seja, da eliminação da transmissão vertical do HIV. É possível que já tenha atingido este objetivo. Para confirmação é necessário realizar novo estudo para avaliação da taxa de transmissão, uma vez que o indicador de incidência de casos de infecção pelo HIV por transmissão vertical no Estado, já se encontra com valores abaixo da recomendação da OMS/OPAS. Ainda é necessário melhorar a oferta de teste anti-HIV e a cobertura de antirretroviral durante o PN (meta é de 95% ou mais de ARV no PN). Objetivo 2: Este objetivo não foi atingido. A sífilis congênita ainda apresenta taxas elevadas e necessita de maiores esforços para atingirmos valores próximos de sua eliminação. Fatores que têm comprometido este objetivo: Melhor qualidade do PN, tratamento concomitante de parceiros de gestantes com sífilis, momento oportuno do diagnóstico de sífilis na gestação, aplicação da penicilina nas unidades de atenção básica, oferta de teste para sífilis (incluindo a rede de saúde suplementar) e tratamento adequado e precoce dos casos de sífilis na gestação. No entanto, se a detecção de gestantes com sífilis continuar se elevando e com coberturas adequadas de tratamento, é esperado para os próximos anos uma estabilidade nos casos de sífilis congênita (com duração de um a dois anos), seguida de redução da incidência.
RELATO DO ALCANCE DO OBJETIVO DO EIXO
1. Aumentar a notificação das gestantes HIV+, pois desta forma, será possível calcular a taxa de transmissão com dados secundários.
2. Implantação de teste rápido para sífilis e HIV e aplicar penicilina benzatina em todos os serviços de atenção básica.
3. Cobertura ≥ 95% de tratamento com antirretroviral para gestantes HIV+ e cobertura ≥95 de tratamento adequado com penicilina para gestantes com sífilis
4. Tratamento do parceiro sexual de gestantes com sífilis
DESAFIOS A SEREM SUPERADOS NO PRÓXIMO QUADRIÊNIO