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Transferência de energia no corpo Anahy Wilde R1 medicina esportiva FMUSP
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Transferência de energia no corpo Anahy Wilde R1 medicina esportiva FMUSP

Jan 06, 2016

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Transferência de energia no corpo Anahy Wilde R1 medicina esportiva FMUSP. ATP. ATP constitui a “moeda corrente de energia” das células. A energia proveniente da hidrólise do ATP aciona todas as formas de trabalho biológico. ATP. - PowerPoint PPT Presentation
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Transferência de energia no corpo

Anahy WildeR1 medicina esportiva FMUSP

Page 2: Transferência  de energia  no corpo Anahy  Wilde R1 medicina esportiva FMUSP

ATP

• ATP constitui a “moeda corrente de energia” das células.

• A energia proveniente da hidrólise do ATP aciona todas as formas de trabalho biológico.

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ATP

• É a molécula carreadora de energia livre – receptora e doadora

• 2 funções:

1. Extrair a energia potencial do alimento e conservá-la dentro de suas ligações fosfato.

2. Transferir energia a outros compostos, os “enriquecendo” pela transferência de energia através das ligações fosfato

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ATP• Uma molécula de adenina e de ribose

(adenosina) unida a 3 fosfatos, cada um deles consistindo em átomos de fósforo e de oxigênio.

• As ligações que unem

os 2 fosfatos externos

são de alta energia,

liberada pela hidrólise.

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ATP

A molécula de ATP é fendida instantaneamente sem a necessidade da presença de oxigênio. Essa capacidade de ser hidrolisada anaerobicamente gera energia para ser utilizada rapidamente.

Ex: “pique” para pegar um ônibus, levantamento de um objeto, bloqueio no voleibol etc.

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ATP

• “Moeda energética” limitada, pequeno armazenamento celular de ATP.

• Necessidade contínua de ressíntese.

• Sistemas de transferência de energia são ativados conforme a demanda.

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Produção de ATP

• O processo de produção de energia através da formação de ATP chama-se fosforilação. É a adição de um grupo fosfato Pi a ADP a fim de que ela venha a tornar-se ATP.

• sem oxigênio: metabolismo anaeróbio• presença do O2: metabolismo aeróbio.

Nesse caso a fosforilação é oxidativa.

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Geração de ATP

Existem 3 meios de gerar ATP:

1 O sistema ATP-CP

2 O sistema Glicolítico

3 O sistema Oxidativo

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Sistemas de transferência de energia

• A utilização prioritária de cada sistema de transferência de energia está condicionada à intensidade da atividade e ao tempo de sua execução.

• Os sistemas diferem em relação a sua potência e capacidade.

• Potência – quantidade máxima de energia liberada por unidade de tempo

• Capacidade – quantidade total de energia

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Sistema ATP-CP

Este é o sistema mais rápido para ressintetizar ATP.

Não requer estrutura especial no interior da célula.

Não depende de O2 > anaeróbio.

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Sistema ATP-CP• Reservatório de ligações fosfato de alta

energia• Fosfocreatina(PCr) é clivada em creatina

e fosfato, este por sua vez se une à molécula de ADP gerando ATP.

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Sistema ATP-CP

• Os estoques de Creatina Fostato são limitados, e quando solicitados - atividade de alta intensidade - são depletados em até 10 segundos.

• Se o esforço persistir, a energia para ressíntese do ATP terá que provir de outras vias.

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Sistema Glicolítico

– via comum

Degradação (lise)

da glicose para

produção de ATP

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Sistema Glicolítico

• Glicólise – Sequência de reações que converte a glicose (glicose1-fosfato) em piruvato.

• Glicogenólise – Quebra do glicogênio em glicose 1-fosfato pela ação da fosforilase.

• Gliconeogênese – Síntese da glicose a partir de precursores não carboidratos, como glicerol, os cetoácidos ou os aminoácidos.

• Glicogênese – Síntese de glicogênio a partir da glicose.

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Sistema Glicolítico – via comum

• O processo glicolítico propriamente dito (degradação de glicose até piruvato ou lactato) não envolve presença de O2.

• Ocorre fora da mitocôndria e permite gerar energia rapidamente, com duração de até 90 segundos.

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Sistema Glicolítico - via comum

Carboidratos

Único substrato capaz de gerar ATP anaerobicamente. Isso adquire importância no exercício máximo que requer liberação rápida de energia acima dos níveis proporcionados pelo metabolismo aeróbio.

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Sistema Glicolítico – via comum

• Produz 4 moléculas de ATP, porém gasta 2 ATPs no caso da glicose e 1 ATP no caso do glicogênio.

• Assim a glicólise gera um ganho de 2 ATPs para cada molécula de glicose, e 3 ATPs para cada glicogênio

• Forma 2 moléculas de ácido pirúvico

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Sistema Glicolítico

1 fase – investimento: 2 ATPs–glicose1 ATP -glicogênio

2 fase – produção 4 ATPs

Lucro final: 2 ATPs-glicose 3 ATPs-glicogênio

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Sistema Glicolítico – 2 vias

Existem 2 formas de fracionamento dos carboidratos na glicólise:

1 - piruvato é o produto final, neste caso o catabolismo dos carboidratos prossegue e acopla-se para o fracionamento adicional > H+ vão para cadeia respiratória onde irão ser oxidados dentro da mitocôndria para formar H2O com o O, e o Piruvato é convertido em Acetil coenzima A (acetil-CoA) e entra no Ciclo de Krebs. (glicólise aeróbia)

Depende de O2, é lento, resulta numa grande quantidade de ATP.

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Sistema Glicolítico – 2 vias

2 - Íons H+ unem-se ao piruvato e formam lactato como produto final (glicólise anaeróbia).

Ocorre sem oxigênio, é rápida mas produz ATP de forma limitada.

A glicólise rápida gera apenas cerca de 5% do ATP total durante a degradação completa da molécula de glicose para a obtenção de energia. Atividades que dependem desta via: pique na prova de corrida 200m, natação 50-100m.

A demanda para produção rápida ou lenta de ATP é o que determina a forma de glicólise.

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Glicólise Anaeróbia

2 íons H+ unem-se ao piruvato e formam lactato

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Glicólise Anaeróbia

• Lactato não deve ser encarado como produto de desgaste metabólico, mas sim uma valiosa fonte de energia que se acumula com o exercício intenso.

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Glicólise AnaeróbiaO lactato pode ser usado como um precursor indireto do glicogênio. O Ciclo de Cori remove o lactato sanguíneo e o utiliza para reabastecer as reservas de glicogênio hepático.

Lançadeira do Lactato: convertido a piruvato e subsequentemente em Acetil-CoA, pode ser utilizado no metabolismo aeróbico.

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Ciclo de Cori

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Sistema Oxidativo

A produção oxidativa de ATP envolve 3 processos:

• Glicólise aeróbia • Ciclo de Krebs • Cadeia de transporte de elétrons

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Sistema Oxidativo

• Ocorre no interior das mitocôndrias.

• Sistema com maior capacidade de gerar ATP.

• Fornecimento de energia para o músculo realizar atividade de longa duração.

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Oxidação dos carboidratos

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Sistema Oxidativo

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Ciclo de Krebs

• Piruvato é transformado em Acetil-CoA e entra no ciclo de Krebs.

• O Ciclo de Krebs degrada Acetil-CoA em CO2 e H+ dentro das mitocôndrias.

• 2 ATPs emergem da degradação da AcetilCoA no CK

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Ciclo de Krebs

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Cadeia de Transporte de Elétrons

• Durante a via comum da glicólise e no Ciclo de Krebs, íons de hidrogênio são liberados.

• Estes íons H+ são oxidados através da cadeia de transporte de elétrons, onde ocorre a remoção dos elétrons do hidrogênio (oxidação) e sua transferência para o oxigênio (redução).

• Oxidar = remover elétrons.

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Cadeia de Transporte de Elétrons Fosforilação oxidativa

• A síntese de ATP (fosforilação oxidativa) ocorre acoplada a este processo.

• No final da cadeia 2H+ combinam-se com o O para formar H2O dentro da mitocôndria, isso impede a acidose que o excesso de H+ poderia causar.

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Cadeia de Transporte de Elétrons

.

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Cadeia de Transporte de Elétrons

A coenzima NAD+ aceita pares de elétrons (energia) provenientes do hidrogênio, assim ao ganhar hidrogênio e 2 elétrons > se torna NADH, e surge H+.

A coenzima FAD aceita pares de elétrons, transforma-se em FADH2 ao aceitar ambos hidrogênios.

• NADH e FADH2 são moléculas ricas em energia, pois carreiam elétrons com um alto potencial de transferência de energia.Os citocromos são carreadores de elétrons, o transporte de elétrons constitui a cadeia respiratória, que é a via final comum ao longo da qual os elétrons extraídos do hidrogênio passam para o oxigênio.

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Oxidação dos carboidratos Saldo da produção energética

• O fracionamento aeróbico completo da glicose produz um saldo de 32 ATP:

• 2 ATPs - Glicólise• 2 ATPs - CK• 28 ATPs - fosforilação oxidativa

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Oxidação das gorduras

• A gordura é a fonte mais abundante de energia para o metabolismo.

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Oxidação das gorduras

• Lipólise dos triglicerídeos = clivagem em uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos livres pela lipase

• O glicerol se transforma em piruvato.

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Oxidação das gorduras

• O ácido graxo se transforma em Acetil-CoA na mitocôndria durante a β- oxidação (betaoxidação), ela depende de O2.

• Após a beta oxidação segue-se o CK e a cadeia respiratória – fosforilação oxidativa, seguindo o mesmo processo da glicose.

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Oxidação das gorduras Saldo da produção energética

• O fracionamento de 1 glicerol gera 19 ATPs.

• O fracionamento de 1 ácido graxo gera 147ATPs.

• Assim, 1 triglicerídeo gera 460 ATPs!

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Oxidação das gorduras

• Necessita da interação dos carboidratos para que funcione adequadamente.

• Acetil-CoA penetra no CK combinando-se com oxaloacetato. Este por sua vez é proveniente do piruvato durante o fracionamento dos carboidratos, mediante ação da piruvato carboxilase. Assim, se não houver disponibilidade de carboidratos, há diminuição de piruvato, oxaloacetato e por fim redução do fracionamento das gorduras.

• “AS GORDURAS QUEIMAM EM UMA CHAMA DE CARBOIDRATOS”.

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Metabolismo das Proteínas

Elementos estruturais, não são a fonte ideal de fornecimento de energia.

Aminoácidos podem ser transformados em vários produtos intermediários do metabolismo oxidativo, tal como o piruvato ou Acetil-CoA, mediante a “desaminação”, retirada do nitrogênio da molécula do A.

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MetabolismoEnergético

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Usina Metabólica

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Obrigada!

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Bibliografia

• Fisiologia do Exercício – McArdle cap 6