Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliao da
disciplina de Instalaes Eltricas I, ministrado ao 7 perodo noturno,
Curso de Engenharia Eltrica, do Centro de Ensino Superior dos
Campos Gerais CESCAGE.Prof.: Mauricio BiczkowskiPONTA GROSSA 20111
INTRODUO1
2 TRANSFORMADORES LEO2
2.1 PRINCIPAIS COMPONENTES2
2.1.1 Enrolamento (Bobinas)2
2.1.2 Ncleo3
2.1.3 leo Isolante4
2.1.4 Tanque principal4
2.1.5 Radiadores4
2.1.6 Tanque de Expanso (Balonete)4
2.1.7 Indicador de nvel de leo5
2.1.8 Secador de Ar (Tubo de Silica-Gel)6
2.1.9 Termmetro6
2.1.10 Imagem Trmica (Termmetro do Enrolamento)7
2.1.1 Tubo de Exploso (Vlvula de Alvio)8
2.1.12 Rel de Gs (Buchholz)9
2.1.13 Buchas (Isoladores)9
2.1.14 Sistema de Refrigerao10
2.2 FUNES DOS LEOS ISOLANTES1
2.2.1 Caractersticas e Estrutura1
2.2.2 Verificaes12
3 ENSAIOS13
3.1 ENSAIOS DE ROTINA13
3.2 ENSAIOS DE TIPO13
3.3 ENSAIOS DIELTRICOS14
3.4 ENSAIOS ESPECIAIS (EXATIDO)14
4 TRANSFORMADORES SECO15
4.1 NCLEO16
4.2 PRINCIPAIS CARACTERSTICAS17
5 TRANSFORMADORES LEO X TRANSFORMADORES SECO19
6 CONCLUSO20
SUMRIO BIBLIOGRAFIA
........................................................................................................
211 INTRODUOO transformador uma mquina esttica que, por meio de
induo eletromagntica, transfere energia eltrica de um circuito
(primrio), para outros circuitos (secundrio e/ou tercirio),
mantendo a mesma freqncia, mas geralmente com valores de tenses e
correntes diferentes. Relativo sua refrigerao, eles podem ser a leo
ou a seco. Quanto classificao os transformadores podem ser
classificados de elevador (eleva a tenso do enrolamento secundrio
em relao ao primrio) e abaixador (abaixa a tenso do enrolamento
secundrio em relao ao enrolamento primrio). Quanto aos tipos podem
ser monofsico ou trifsico. Quanto ligao os transformadores podem
ser ligados em estrela, tringulo (delta) ou zig-zag. Normalmente
nas estaes primrias, os transformadores so trifsicos, abaixadores e
suas ligaes so em tringulo (enrolamento primrio) - estrela
(enrolamento secundrio).Definio de Transformador de PotnciaSegundo
NBR 5356-1/2008 - Transformador um equipamento esttico com dois ou
mais enrolamentos que, por induo eletromagntica, transforma um
sistema de tenso e corrente alternadas em outro sistema de tenso e
corrente, de valores geralmente diferentes, mas mesma freqncia, com
o objetivo de transmitir potncia eltrica.2 TRANSFORMADORES LEOOs
transformadores a leo possuem seu sistema isolante composto por uma
parte slida (papel isolante) e uma parte lquida (leo isolante),
este conjunto tem a funo de garantir a rigidez dieltrica e mecnica
do bobinado. So os mais comuns e amplamente utilizados em diversas
reas. So de emprego generalizado em sistemas de distribuio,
transmisso e em plantas industriais comuns. Existem trs tipos de
lquidos isolantes que so usados em transformadores: leo
mineral;Silicone,Ascarel, cuja utilizao em territrio nacional
proibida por lei. Obs.: Experimentalmente aparece o leo vegetal.2.1
PRINCIPAIS COMPONENTES2.1.1 Enrolamento (Bobinas)Primrio e
secundrio so condutores eltricos enrolados ordenadamente sobre um
ncleo de ferro. O enrolamento primrio est sempre conectado a fonte
de energia, j o enrolamento secundrio sempre conectado a carga e
sua fonte de energia induzida do primrio. Na prtica a relao de
transformao depende exclusivamente do nmero de espiras nas bobinas
primria (N1) e secundria (N2).
Figura 1. Transformador de Potncia e Bobinas
Figura 2. Isoladores eBobinasFigura 3. Transformador em
Partes
A importncia do ncleo no transformador grande, pois atravs dele
que flui o fluxo magntico do enrolamento primrio para o secundrio.
composta de chapas de ferro-silcio isolada, sobreposta uma sobre a
outra, formando um bloco de ferro concentrado. Tanto as bobinas
como o ncleo devem estar isoladas entre si e, para isto, so
empregados papel, papelo e verniz, e para sua sustentao, madeira.
Todo este material deve esta bem fixo e prensado para evitar rudos
e vibrao.2.1.3 leo IsolanteEm geral os transformadores de mdia e
alta tenso so imersos em leo isolante, que tem a finalidade de
proporcionar um meio isolante entre as partes energizadas, e como
transferncia de calor do ncleo para o exterior do tanque. Os
principais lquidos usados como meio isolante so: o ascarel (hoje
proibido seu uso, devido agresso que o mesmo provoca ao meio
ambiente), o silicone e o leo isolante mineral (derivado do
petrleo).2.1.4 Tanque principal atravs do tanque que o calor
transferido do ncleo e do enrolamento, atravs do leo isolante,
liberado. Os tanques so confeccionados em chapas de ferro
reforados, j que sua funo tambm de sustentao da parte ativa do
transformador.Os radiadores so fixados na parte externa do tanque e
tem como finalidade ajudar na refrigerao do leo isolante,
transferindo o calor para fora do tanque. So confeccionados em
chapas, com paletas abertas em suas extremidades, o que possibilita
o movimento do leo em seu interior, recebendo o leo com temperatura
mais elevada na parte superior e retornando o leo com temperatura
menor pela parte inferior.2.1.6 Tanque de Expanso (Balonete)O
balonete utilizado com a finalidade de compensar as variaes do
volume do leo no tanque, em decorrncia da mudana de temperatura no
interior do transformador e em funo da carga e da temperatura
ambiente. Instalado na parte externa e no ponto mais alto do
transformador, o balonete recebe o volume de leo aps sua dilatao e
o libera aps sua contrao, ajudado pelo deslocamento do leo, para o
tanque, atravs de gravidade (geralmente o volume do leo no balonete
deve ficar em torno de 25 a 50% de sua capacidade).2.1.7 Indicador
de nvel de leoTem a finalidade de indicar o volume de leo no
interior do tanque. Pode ser instalado na extremidade do balonete
ou no prprio tanque (quando o transformador no possuir balonete).
Em transformadores com balonete, o nvel do leo vem acompanhado de
um contato (tipo micro-chave), com finalidade de sinalizar com
alarme caso o volume do leo atinja ponto crtico para a operao do
transformador.
Figura 4. Indicador de Nvel de leo Mecanismo Interno Figura 5.
Indicadores de Nvel de leo Viso Externa
2.1.8 Secador de Ar (Tubo de Silica-Gel)O ar que entra e sai do
balonete, acompanhando as variaes do volume de leo, passa pelo
secador de ar, deixando nele a umidade. O ar que entra vem do meio
ambiente, traz consigo umidade e sujeira, esta no deve chegar at o
leo para no contamin-lo, vindo a diminuir sua propriedade
dieltrica. O secador de ar um tubo que vai at a parte superior do
balonete, e com uma quantidade de cristais de silicagel, que possui
a propriedade de absolver a umidade. Quando em condies normais a
silica-gel de cor azul, aps sua saturao, pela absoro da umidade,
ela muda de cor, adquirindo a tonalidade rosa, podendo ser
recuperada aps ser aquecida em estufas. J a sujeira, retida em
outro recipiente com leo localizado na parte inferior do tubo.
Figura 6. Secador de ar (tubo de slica-gel) 2.1.9 TermmetroO
transformador, por se tratar de uma mquina, tende a sofrer
aquecimento durante seu funcionamento. Esta temperatura deve ser
acompanhada e controlada para no provocar um desgaste maior nas
partes internas do mesmo. Como o leo um elemento de transmisso da
temperatura no interior do transformador, este controle feito
atravs do termmetro de leo. O termmetro consiste de um bulbo
contendo mercrio, que ao sofrer aquecimento se expande atravs de um
tubo capilar pressionando os ponteiros que registram a temperatura.
Normalmente, no termmetro de temperatura do leo existe um ponteiro
para registrar a temperatura, outro com contato para acionar os
ventiladores (caso o transformador tenha refrigerao forada).
Figura 7. Indicador de Temperatura do leo 2.1.10 Imagem Trmica
(Termmetro do Enrolamento) uma proteo contra alta temperatura nos
enrolamentos do transformador. Como no enrolamento que o processo
de transformao da tenso acontece, tambm l o ponto mais quente do
equipamento e o que mais rpido aquece (esta temperatura relacionada
carga do transformador). fundamental o controle desta temperatura,
j que, quando ela atinge valores elevados, deteriora o material
isolante. O termmetro do enrolamento, assim como o bulbo e o tubo
capilar, idntico ao termmetro de leo. A diferena fundamental est no
processo de medio desta temperatura (como o custo da leitura direta
alto, optou-se pela leitura indireta atravs da relao
carga/temperatura). instalado um transformador de corrente (TC) em
srie com o enrolamento principal do transformador, seus terminais
secundrios esto ligados, tambm em srie, com uma resistncia. A
resistncia fica dentro de uma cuba com leo. Com o aumento da carga
no transformador, a corrente eltrica que circula no enrolamento
tende a aumentar, aumentando tambm no TC, que por sua, vez aquece a
resistncia e o leo da cuba,
dilatando o mercrio do tubo capilar, provocando, portanto o
deslocamento do ponteiro no termmetro. Quando esta temperatura
atinge valores elevados, um contato acionado emitindo alarmes, caso
a temperatura persista em aumentar, o transformador desligado
atravs de outro contato, que aciona o sistema de proteo desligando
o disjuntor e isolando o transformador.
Figura 8. Termmetro de Imagem trmica 2.1.1 Tubo de Exploso
(Vlvula de Alvio)O tubo de exploso tem como finalidade proteger o
transformador contra presses excessivas que possam ocorrer no seu
interior, devido formao de um arco eltrico ou queima de isolante. O
tipo mais simples e mais utilizado consiste de um tubo curvado,
montado na tampa superior do transformador que ao sofrer a presso
interna, rompe uma membrana de vidro vindo a despressurizar o
tanque. Atualmente nos transformadores de alta tenso estes tubos
esto sendo substitudos por vlvulas de segurana (vlvula de
alivio).
Figura 9. Vlvula de alvio2.1.12 Rel de Gs (Buchholz) um
dispositivo com a finalidade de proteger os transformadores imersos
em leo e com conservador (balonete), contra defeitos internos, que
se fazem sentir por movimento brusco do leo ou curto-circuito. Com
o curto-circuito, h uma queima do material isolante, dentro do
transformador, gerando bolhas de gases (algumas vezes inflamvel).
Localizado entre o tanque e o balonete, o rel equipado com duas
bias (balancim): uma para registrar baixo e passageiro fluxo de
gases ou ar, o qual aciona um alarme sonoro ou luminoso; a outra
bia, quando acionada pelo alto e constante fluxo de gases ou ar,
desliga o transformador atravs do disjuntor, isolando e evitando
sua queima.
Figura 10. Rel de Gs (Buchholz) 2.1.13 Buchas (Isoladores)A funo
bsica das buchas ou isoladores nos equipamentos eltricos
proporcionar um isolamento eltrico entre o condutor energizado e a
carcaa do equipamento. Os materiais mais empregados na sua construo
so porcelana e vidro.Figura 1. Isoladores e BuchasQuanto s
caractersticas podem ser: rgidos e de suspenso. Quanto forma eles
so: isolador de pino, pedestal, suporte e de passagem.2.1.14
Sistema de RefrigeraoPara evitar que a temperatura nos
transformadores atinja valores perigosos aos isolamentos,
utilizam-se processos de resfriamento, tais como: refrigerao
natural (ONAN), ventilao forada (ONAF), circulao forada do leo
(OFAF) e refrigerao gua (OFWF). Nos transformadores de mdia tenso,
os sistemas, mais usados so: refrigerao natural, que feita pela
circulao natural do leo, que retira o calor do conjunto
ncleo-bobina, transferindo-o ao meio ambiente. Este processo
chamado lquido natural (ONAN). E o transformador classificado como
transformador a banho de leo, ou auto-refrigerao. O outro sistema a
ventilao forada e nestes casos existem ventiladores fixos nos
radiadores, com a finalidade de aumentar a circulao do ar nos
radiadores, aumentando a transferncia do calor do leo para o
exterior do tanque. Este processo chamado Lquido com ventilao
forada (ONAF) e o transformador classificado como transformador a
banho de leo, com resfriamento por ventilao.2.2 FUNES DOS LEOS
ISOLANTESO isolamento eltrico entre as espiras feito por meio de
papel ou outro isolante slido (como os vernizes), colocado sobre a
superfcie do condutor. A resistncia eltrica dos condutores das
bobinas causa, quando da passagem da corrente, o seu aquecimento. O
calor, assim gerado, ir causar a degradao trmica do material
isolante e, portanto, fcil observar que quanto mais eficientemente
for removido maior ser a vida til do sistema. Assim, vemos que a
principal funo dos isolantes fluidos a refrigerao das espiras de
material condutor. Alm disso, fcil observar que quanto melhores
forem as caractersticas isolantes do fluido utilizado, mais
econmico poder ser o projeto do sistema pela reduo da quantidade do
isolante slido e pela diminuio das distncias entre espiras, entre
bobinas e ncleo e entre estes e as partes aterradas. Portanto,
vemos que os lquidos isolantes devem cumprir duas funes principais
nos transformadores: - Refrigerao(Parte1de 3)
(Parte2de 3)- Isolamento Eltrico2.2.1 Caractersticas e
EstruturaOs leos para transformadores devem possuir:- Boa
Condutibilidade Trmica Neste ponto, podemos observar que o material
a ser empregado deve atender a duas exigncias opostas, isto , os
materiais isolantes eltricos so tambm isolantes trmicos.- Baixa
Viscosidade Para compensar esta deficincia natural (acima citada),
necessrio que o lquido a ser utilizado tenha uma viscosidade tal
que permita a sua rpida circulao entre as fontes de calor e o meio
externo.- Boa Estabilidade Trmica Sabendo que a principal funo dos
fluidos isolantes a refrigerao das bobinas, fcil observar que estes
materiais no devem sofrer a ao da temperatura.- Baixa Reatividade
Qumica Durante a operao dos transformadores os isolantes lquidos,
por circularem em todo o sistema, estaro em contato com todos os
demais materiais presentes nos equipamentos. Estes materiais no
devem sofrer ataque qumico por parte do lquido isolante de forma a
no perder suas propriedades originais.Assim, em resumo, os leos
isolantes para transformadores devem apresentar as seguintes
caractersticas fundamentais: - Boa Condutibilidade Trmica;- Boas
Caractersticas de Isolamento Eltrico;- Baixa Viscosidade;- Boa
Estabilidade Trmica;- Baixa Reatividade Qumica;- Resistncia ao
fogo. importante ainda, apontar que os transformadores instalados
em locais onde o risco de incndios e exploses deve ser minimizado,
exigem uma propriedade especial do isolante a ser empregado: a
propriedade de resistncia ao fogo. Assim, os transformadores
instalados em locais de circulao de pessoas, como prdios
residenciais e comerciais, instalaes industriais internas e
veculos, devem ter um meio isolante que, alm das propriedades
bsicas j descritas, seja tambm retardante de chama.2.2.2
VerificaesNos transformadores deve-se verificar: se no existem
vazamentos, (na caixa, radiadores e balonete) e se os registros dos
mesmos esto abertos. Verifica-se, o nvel do leo do balonete,
condies da silica-gel (caso esteja rosada substitu-la),
ventiladores, isoladores (buchas), ligaes a terra. Na caixa de fiao
necessrio verificar, limpar, e reapertar os blocos de fiao, chaves
trmicas e contadores.3 ENSAIOSAtravs da realizao de ensaios as
condies de funcionamento, a eficincia e a capacitao de um
transformador so verificadas. Os ensaios so procedimentos de
avaliao de um transformador, executados nas instalaes do fabricante
ou em outro laboratrio devidamente credenciado. Os ensaios
aplicados em transformadores de potncia (ou distribuio) podem ser
classificados em, segundo a NBR-6855: Ensaios de Rotina; Ensaios de
Tipo; Ensaios Dieltricos; Ensaios Especiais.3.1 ENSAIOS DE
ROTINAConstituem ensaios de retina os abaixo relacionados, devendo
os ensaios de a a f ser realizados na ordem indicada: a) tenso
Induzida; b) tenso suportvel a freqncia Industrial a seco; c)
descargas parciais; d) polaridade; e) exatido; f) fator de perdas
dieltricas do isolamento; g) estanqueidade, a frio.3.2 ENSAIOS DE
TIPOConstituem ensaios de tipo os seguintes: a) todos os ensaios
especificados em 3.1; b) resistncia dos enrolamentos; c) corrente
de excitao e perdas em vazio; d) impedncia de curto-circuito; e)
tenso suportvel de impulso atmosfrico; f) tenso suportvel de
impulso de manobra, a seco e sob chuva; g) curto-circuito; h) tenso
de radiointerferncia; i) estanqueidade a quente; j) tenso suportvel
a freqncia industrial, sob chuva; l) elevao da temperatura.3.3
ENSAIOS DIELTRICOS a) tenso Induzida; b) tenso suportvel a freqncia
industrial; c) tenso suportvel de impulso atmosfrico; d) tenso
suportvel de impulso de manobra; e) descargas parciais (DP); f)
fator de perdas dieltricas do isolamento.3.4 ENSAIOS ESPECIAIS
(EXATIDO) a) resistncia dos enrolamentos, corrente de excitao,
corrente de curto-circuito e perdas em vazio; b) elevao da
temperatura; c) curto-circuito; d) estanqueidade, a frio; e)
estanqueidade, a quente; f) tenso de radiointerferncia; g) Condies
especficas de TPI projetado para altitude superior a 1000 m;4
TRANSFORMADORES SECOO desenvolvimento dos transformadores a seco,
moldados em resina, ocorreu no incio dos anos 60 e teve um grande
avano com estudos inovadores das caractersticas convencionais, alm
de estudos de substncias vantajosas e de qualidades eltricas
aplicadas a ele.Com o objetivo do desenvolvimento plenamente
atingido, milhares de transformadores neste padro tm sido
fornecidos por indstrias de projetos e construo de transformadores
a seco, com aplicaes nas mais diversas condies e instalaes,
atestando a sua excepcional confiabilidade, alm da sua
caracterstica mpar de ser ecologicamente irrestrito.O projeto e
construo dos transformadores a seco devem atender s normas da ABNT,
as especificaes para transformadores e reatores, e com isto tambm
atender s normas internacionais IEC 76, bem como os nveis de tenses
de ensaio como os transformadores em leo, conforme
ABNT.Transformadores moldados em resina epxi renem todas as
vantagens para a distribuio de energia eltrica, de forma mais
econmica, segura, confivel e ecolgica.
Figura 12. Transformador Trifsico em Resina EpxiQuanto mais
prxima for fonte de energia do ponto de consumo e quanto mais alta
for a tenso, menores sero as perdas no transporte da energia e mais
simples a rede eltrica. Sua instalao dispensa portas corta-fogo,
poos de recolhimento de fludos e sistemas de combate a incndios,
permitindo com isso ser colocado praticamente em qualquer
local.Transformadores requerem espao, o qual normalmente escasso e
valioso, especialmente na proximidade dos pontos de consumo. Para
atender essas exigncias, os transformadores devem ser seguros e
confiveis, pois, caso no atendam a essas premissas, representam
perigo s pessoas e equipamentos.Os transformadores a seco em resina
epxi so compactos, seguros, sem restries ao meio ambiente, versteis
tanto no que se referem s conexes e aumento da potncia com o
emprego de ventilao forada, no necessitam de manuteno e so
ecolgicos.4.1 NCLEOO ncleo utilizado em sua maioria do tipo
convencional envolvido, mas pode ser tambm projetado e construdo na
forma envolvente. A diferena entre os dois tipos pode ser observada
nas figuras 12 e 13. Em geral, o tipo de ncleo envolvente mais
econmico para transformadores a seco de baixa tenso, enquanto o
tipo de ncleo envolvido mais econmico para os de tenso elevada.
Figura 13. Transformador trifsico do tipo ncleo envolventeOs
transformadores do tipo de ncleo envolvente tm sido construdos para
tenses at 230kV.
Figura 14. Transformador trifsico do tipo ncleo
envolvidoConsiderando o dimensionamento trmico favorvel dos
transformadores a seco, e a resistncia ao envelhecimento dos
materiais isolantes empregados, a sua vida til esperada igual ou
superior dos transformadores em leo isolante. O clculo da ventilao
natural ou forada, necessria para os recintos de instalao destes
transformadores o mesmo que o aplicado para transformadores em
lquidos isolantes.Sem ultrapassar as elevaes mximas de temperatura,
os transformadores a seco podem ser submetidos a sobrecargas
quando, antes da mesma, operavam em carga parcial e/ou a
temperatura mxima ambiente inferior a 40C. De qualquer maneira, a
sobrecarga deve ser interrompida quando atingida a temperatura
mxima permitida ao isolamento.A parte mais sensvel do transformador
quanto temperatura o seu enrolamento. A temperatura do enrolamento
no deve ultrapassar um dado valor correspondente classe do material
isolante empregado no mesmo.4.2 PRINCIPAIS CARACTERSTICASDe uma
forma geral, um transformador a seco foco desta dissertao apresenta
as seguintes caractersticas principais: Ocupa aproximadamente 45%
da rea de um transformador isolado com leo isolante; Projetos com
transformadores a seco, alm de ocuparem menor espao, simplificam as
obras civis que so necessrias com os transformadores em lquido
isolante (dispensam a execuo de poos de recolhimento de lquido,
sistemas de combate a incndio, paredes corta-fogo, etc.),
simplificam a instalao eltrica pela dispensa dos acessrios de
superviso do transformador; Apresentam baixo custo operacional,
pois no requerem manuteno nem apresentam os instrumentos de proteo
e controle, tpicos de transformadores com lquido isolante;(Parte2de
3)
(Parte3de 3) Devido inexistncia de fludo isolante, no h risco de
exploso e incndio e, adicionalmente, no propagam ou intensificam o
fogo tendo em vista o material isolante ser auto-extinguvel; Quando
envolvidos em incndios, no produzem nenhum gs ou cinza txicos, no
poluindo o ar nem o solo. So, portanto, ecolgicos e em plena
sintonia com o meio ambiente; So insensveis umidade, permitindo a
energizao a qualquer momento, mesmo estando desligados por longos
perodos; Suportam fortes sobrecargas e apresentam excelente
resistncia a curtocircuito devido configurao e construo das
bobinas; Quando equipados com ventilao forada adequada,
proporcionam uma sobrecarga de no mnimo 40%; Admitem uma elevao de
temperatura superior aos transformadores isolados a leo.5
TRANSFORMADORES LEO x TRANSFORMADORES SECOOs transformadores a leo
possuem seu sistema isolante composto por uma parte slida (papel
isolante) e uma parte lquida (leo isolante), este conjunto tem a
funo de garantir a rigidez dieltrica e mecnica do bobinado. Os
transformadores a leo so os mais comuns e amplamente utilizados em
diversas reas.Os transformadores a seco no utilizam leo e possuem
seu bobinado encapsulado em resina, os mesmos possuem menor dimenso
e so recomendados para instalaes internas que exigem segurana e
confiabilidade, logo que no utilizam leo isolante. Este tipo de
transformador indicado para reas onde h a presena de pessoas, como
fbricas em geral, indstrias qumicas, petroqumicas, prdios
residenciais, hospitais, shopping centers, transportes, etc, devido
ao menor risco de combusto.As vantagens dos transformadores a seco
so: a maior robustez mecnica, menor nvel de descargas parciais
internas e a possibilidade de instalao mais prxima ao ponto de
carga diminuindo assim as perdas com os cabos de alimentao. Porm,
este tipo de transformador possui limitaes de potncia e tenso, alm
do custo mais elevado que os transformadores a leo.6
CONCLUSODependendo da necessidade, podemos observar que existem
restries, quando da escolha do tipo e potncia de transformadores,
relativas custos e segurana.Portanto, de fundamental importncia a
anlise dos seguintes fatores relacionados s cargas que sero
atendidas: Demanda; Curva de carga; Fator de utilizao; Fator de
demanda; Fator de diversidade; Fator de carga; Potncia nominal e
fator de potncia; Conservao e uso racional da energia eltrica;
Escolha dos nveis de tenso; Lay-out da planta (indstrias).Destra
forma indispensvel a avaliao destes fatores para que exista um
projeto eficiente, de menor custo, seguro e que atenda as
necessidades do usurio, bem como a legislao e normas vigentes.-
OLIVEIRA, Jos Carlos de; COGO, Joo Roberto; ABREU, Jos Policarpo G.
de Transformadores: Teoria e Ensaios - 1 Edio. So Paulo: Ed.
Blucher, 1984; - KOSOW, Irving Mquinas Eltricas e Transformadores.
So Paulo: Ed. Globo, 1985; - http://catalogo.weg.com.br;-
w.bdtd.ufu.br; http://www.eletrica.ufpr.br; -
http://www.aneel.gov.br