CURSO SUPERIOR DE GESTÃO DE MARKETING UNIDADE CURRICULAR DE CONTABILIDADE DE GESTÃO “ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA E DE FUNCIONAMENTO DA EMPRESA SETH, S.A.” Trabalho elaborado para a Unidade Curricular de Contabilidade de Gestão, leccionada pelo Professor Dr. Miguel Rodrigues. TURMA G2NA – GRUPO 3 Sandra Sequeira nº 207025; Susana Alcântara nº 207041; Pedro Gonçalves nº 207039; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
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CURSO SUPERIOR DE GESTÃO DE MARKETING
UNIDADE CURRICULAR DE CONTABILIDADE DE GESTÃO
“ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA E DE
FUNCIONAMENTO DA EMPRESA SETH, S.A.”
Trabalho elaborado para a Unidade Curricular de Contabilidade de Gestão, leccionada pelo Professor Dr. Miguel Rodrigues.
“Amortização”. Assim, amortizar consiste em registar a perda do valor
de um activo imobilizado. Este registo deve ser efectuado na conta de
“Amortizações Acumuladas”.
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Refira-se ainda que as amortizações são aceites como custos
fiscais, de acordo com o que se infere da alínea g) do artigo 23º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
Já no que respeita aos investimentos financeiros, são os
“Ajustamentos de Investimentos Financeiros” que servem para
evidenciar eventuais menos valias potenciais dos títulos na posse da
empresa, em 31 de Dezembro, isto é, diferenças entre o custo de
aquisição dos títulos e outras aplicações financeiras e o respectivo
preço de mercado, quando este for inferior àquele.
Existências
A conta de “Existências”, engloba todos os bens armazenáveis
adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam à venda ou a
serem incorporados no processo produtivo.
Tais bens podem ser classificados em: Compras; Mercadorias;
Produtos acabados e intermédios; Subprodutos, desperdícios, resíduos
e refugos; Produtos e trabalhos em curso; e Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo. Algumas vezes esta conta, de uma forma
simplificada é denominada de “Mercadorias” em virtude esta ser a
maior conta de existências.
É ainda importante referir que associado ao tema das existências,
devemos considerar ainda os “Ajustamentos de Existências”, que se
constituem quando se verifique que o presumível valor de venda das
existências é inferior ao custo de aquisição ou de produção das
mesmas, correspondendo, deste modo, a perdas potenciais.
Terceiros
Esta conta engloba todas as dívidas que a organização tem
direito a receber. Estes direitos podem ter origem em: clientes;
accionistas, fornecedores; Estado e Outros Entes Públicos; e outros
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devedores. De forma simplificada, esta conta é por vezes denominada
por “Clientes” em virtude de ser esta habitualmente a maior origem do
activo no que respeita a Terceiros.
Uma vez que estamos a falar de dívidas a receber, importa, desde
já, classificar as dívidas segundo o seu prazo de recebimento:
Dívidas a médio e longo prazo, quando o vencimento é
superior a um ano;
Dívidas a curto prazo, quando o seu vencimento se verifica
num prazo inferior a um ano.
É de referir que os “Ajustamentos de Dívidas a Receber”
representam meios contabilísticos com vista a cobrir eventuais perdas,
resultantes de falta de recebimento de dívidas.
Disponibilidades
As principais contas de Disponibilidades são os “Depósitos à
Ordem” e “Caixa”, sendo que estes representam os meios líquidos de
pagamento propriedade da empresa – moeda, papel moeda (notas
bancárias), cheques e valores postais –, assim como as importâncias
que a organização tem em depósitos à ordem na banca.
As disponibilidades contam ainda com os “Títulos Negociáveis”
que representam as aplicações financeiras de curto prazo, ou seja, por
um período inferior a um ano, resultantes de excedentes temporários
de tesouraria, com o objectivo de maximizar a aplicação de fundos
disponíveis das organizações. Estas aplicações financeiras podem ser
entre outros, Acções, Obrigações ou Outros Títulos Negociáveis.,
havendo ainda lugar a Outras Aplicações de Tesouraria.
À data da elaboração do balanço pode acontecer que o custo de
aquisição das diversas aplicações de tesouraria seja superior ao
respectivo valor de mercado, havendo assim expectativas de prejuízos.
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Quando tal acontece, devem constituir-se Ajustamentos de Aplicações
de Tesouraria.
1.1.2. PRINCIPAIS CONTAS DO CAPITAL PRÓPRIO
O Capital Próprio representa os fundos aplicados pelos sócios ou
proprietários na organização, os resultados não levantados ou
distribuídos (reservas e resultados transitados) bem como a riqueza ou
prejuízo que a organização gerou no período em análise (resultado
líquido do exercício).
Fazem parte do Capital Próprio os seguintes elementos:
Capital
O Capital – Capital Social, ou Capital Próprio – corresponde,
numa primeira fase, aos fundos ou bens que os proprietários (ou
proprietário) puseram à disposição da organização, na data da sua
constituição. Representa assim a soma das quotas-partes subscritas
pelos sócios e constantes do pacto social. O Capital, poderá sofrer
incrementos ou decrementos resultantes de vontades e/ou
necessidades da organização.
Acções (Quotas) Próprias
As Acções (Quotas) Próprias são um mecanismo existente na lei
que permite a uma determinada sociedade comprar acções da própria
organização.
Prestações Suplementares
As Prestações Suplementares estão previstas no artigo 210.º do
Código das Sociedades Comerciais e representam entradas em
dinheiro, como reforço do capital social, que podem ser exigidas por
contrato aos sócios da sociedade.
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Prémios de Emissão de Acções (Quotas)
Os Prémios de Emissão de Acções consiste na diferença entre o
valor de subscrição e o valor nominal que os accionistas tiveram que
desembolsar e, consequentemente entregar à sociedade, para adquirir
as acções.
Reservas de Reavaliação
As Reservas de Reavaliação surgem associadas ao fenómeno
contabilístico da Reavaliação.
Reavaliar um activo significa ajustar, por acréscimo, para valores
de mercado a quantia assentada do mesmo (valor de aquisição e
correspondentes amortizações acumuladas se for caso disso). Este
acréscimo, depois de ajustado ao valor do activo e das correspondentes
amortizações acumuladas, dá origem a um excedente, ainda não
realizado, a inscrever no capital próprio. Este excedente de capital
próprio, toma a designação de Reserva de Reavaliação. Estas
reavaliações podem ser feitas através de duas modalidades:
Reavaliação Legal; e Reavaliação Livre.
Reservas
As Reservas são, em regra, instrumentos de reforço dos capitais
próprios das organizações. As Reservas são contas constituídas
essencialmente com base na retenção de lucros passados. Existem
diferentes tipos de Reservas:
As Reservas Legais são constituídas por imposição Legal
(Código das Sociedades Comerciais e Decreto-Lei n.º
248/86 de 25 de Agosto):
Nas sociedades por quotas e anónimas, uma percentagem não
inferior a 5% do resultado líquido positivo do exercício económico
corrente até que represente 20% do capital social. No estabelecimento
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individual de responsabilidade limitada, uma fracção dos lucros não
inferior a 20% até que represente metade do capital do
estabelecimento.
As Reservas Estatutárias resultam por acordo dos sócios
na constituição da sociedade.
As Reservas Contratuais resultam de imposições de
contratos com terceiros que a organização tenha
efectuado, como fora de garantir o cumprimento dos
mesmos.
As Outras Reservas representam todo um outro tipo de
reservas que a organização realize e que não se
enquadram nas anteriores
Resultados Transitados
Os Resultados Transitados apresentam os resultados (riqueza ou
prejuízo) de exercício (s) anterior (es) da organização e que ainda não
foram objecto de aplicação ou cobertura.
Resultado Líquido do Exercício
O Resultado Líquido do Exercício representa a riqueza ou
prejuízo que a organização obteve no período que se está a analisar,
visando assim o apuramento do resultado do exercício económico a que
o Balanço diz respeito. O Resultado Líquido do Exercício é determinado
através de uma outra demonstração financeira que se designa por
Demonstração de Resultados, sendo esta a única conta comum entre as
duas demonstrações financeiras.
Dividendos Antecipados
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Os Dividendos Antecipados correspondem a adiantamentos
atribuídos no decurso do exercício pela organização aos sócios, por
conta dos resultados desse mesmo exercício.
1.1.3. PRINCIPAIS CONTAS DO PASSIVO
As principais contas do “Passivo” são: 1 - Empréstimos Obtidos;
2 - Outros Devedores e Credores; 3 – Estado; 4 – Fornecedores
Anteriormente chamada conta de Provisões, esta representa
estimativas de obrigações e encargos a pagar pela organização, de
ocorrência provável e de montante, em geral, incerto.
São exemplos de provisões valores para: pensões, impostos,
processos judiciais em curso, garantias a clientes, entre outras.
Empréstimos Obtidos
A conta de Empréstimos Obtidos engloba todos os deveres e
obrigações que a organização têm para com terceiros, sejam estes
financiamentos bancários ou não, independentemente desta obrigação
ser de Curto Prazo ou de Longo Prazo (respectivamente, cuja data de
pagamento é inferior ou superior a um ano, à data da elaboração do
balanço).
São exemplos de empréstimos obtidos: Empréstimos Bancários,
Empréstimos por título de participação, entre outros.
Outros Devedores e Credores
A conta de Outros Devedores e Credores, no passivo, conta com
as dívidas da Empresa para com terceiros tais como fornecedores de
imobilizado, pessoal e outros que não abrangidos pelas restantes
contas.
Estado e Outros Entes Públicos
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A conta “Estado e Outros Entes Públicos” abrange todas as
operações com a administração central e local e ainda com as
instituições de previdência, principalmente no que respeita a impostos
retidos sobre os rendimentos e sobre as transacções, entre outros, e
com excepção de transacções e/ou financiamentos.
Fornecedores
A conta “Fornecedores” engloba todas as dívidas a pagar,
resultantes da aquisição pela empresa de bens e serviços, com
excepção do imobilizado.
1.1.4. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Os Acréscimos e Diferimentos representam situações em que
existe um desfasamento temporal entre o proveito e o custo, com o seu
respectivo recebimento e pagamento.
Acréscimo de Proveitos são ganhos que a organização obtêm, que
dizem respeito ao período que se está a analisar e ao (s) período (s)
seguinte (s), cujo recebimento vai ocorrer no (s) período (s) seguinte (s)
ao que se está a analisar.
Custos Diferidos são recursos que a organização vai utilizar ou
não, que dizem respeito ao período que se está a analisar e ao (s)
período (s) seguinte (s), cujo pagamento vai ocorrer no período que se
está a analisar, isto é, logo no início.
Desta forma os Acréscimos e Diferimentos figuram quer no Activo
quer no Passivo.
1.2 A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Tal como o Balanço, a Demonstração de Resultados por natureza
é um documento de apresentação obrigatória, que descreve os custos e
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Custos e Perdas ProveitosCustos das Mercadorias Vendidas e Materias Consumidas VendasFornecimentos e Serviços Externos Prestação de ServiçosImpostos Proveitos SuplementaresCustos com o Pessoal Proveitos e Ganhos FinanceirosAmotizações e Ajustamentos do Exercício Proveitos e Ganhos ExtraordináriosProvisões do ExercícioCustos e Perdas FinanceirasCustos e Perdas Extraordinárias
Resultados Liquidos
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
proveitos de um exercício, classificados segundo a sua natureza –
operacional, financeira e extraordinária.
Considera-se um Custo (“Expense”) quando um recurso material
e/ou humano é utilizado ou não pela organização, com vista a atingir
um objectivo específico.
Considera-se um Proveito (“Income”) quando são gerados
ganhos, normalmente, pela entrega de bens ou pela prestação de
serviços a terceiros (aqueles com quem a Empresa tem transacções).
Á semelhança do balanço, o Plano Oficial de Contabilidade
(POC) apresenta dois modelos de demonstração de resultados por
natureza, um mais desenvolvido do que o outro:
Um modelo mais desenvolvido para as empresas de maior
dimensão, isto é, aquelas que ultrapassem, pelo menos,
dois dos três limites previstos no art.º 262 do Código das
Sociedades Comerciais;
Um modelo menos desenvolvido para as empresas que não
ultrapassem dois dos três limites anteriormente referidos.
Quadro 3: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Fonte: Adaptado pelos Autores
1.2.1 PRINCIPAIS CONTAS DE CUSTOS
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As principais contas de “Custos” que destacamos e explicamos
mais abaixo são: Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas; Fornecimentos e Serviços Externos; Impostos; Custo com
o Pessoal; Amortizações e Ajustamentos do Exercício; Provisões do
Exercício; Custos e Perdas Financeiras; Custos e Perdas
Extraordinárias.
Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas
Regista ou evidência a saída das existências de armazém (pelo
custo de aquisição), por venda ou integração no processo produtivo das
mesmas.
Fornecimentos e Serviços Externos
Engloba uma gama bastante diversificada de custos relativos à
aquisição de bens de consumo imediato e não imediato e de
fornecimento de serviços prestados por terceiros.
São exemplos de Fornecimentos e Serviços Externos: Água,
Electricidade, Combustíveis, Economato, Seguros, Rendas e Alugueres,
Honorários, entre outros.
Impostos
Aqui registam-se os impostos e taxas pagas e suportadas pela
empresa ao Estado, autarquias locais e outras entidades do sector
público. Esta conta divide-se em Impostos Indirectos e Impostos
Directos.
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São Impostos Directos, os impostos que têm por base uma
manifestação imediata (ou directa) da capacidade contributiva, como o
rendimento ou o património do contribuinte. São disso exemplo:
Contribuição Autárquica, Imposto Municipal sobre Veículos, entre
outros.
São Impostos Indirectos, os impostos que atingem a riqueza
nas suas manifestações mediatas, através da via indirecta do consumo
que dela se faz. São disso exemplos: Direitos Aduaneiros, Imposto Selo,
entre outros.
Custos com o Pessoal
Nesta conta são registados os ordenados, o subsídio de férias, o
subsídio de natal, subsídios de refeição, despesas com formação
profissional, ou seja, todas as remunerações de carácter fixo e
periódico atribuídas aos recursos humanos da organização (dirigentes
e trabalhadores), bem como os encargos sociais por conta da empresa
e os gastos de carácter social, obrigatórios ou facultativos.
Engloba também os seguros relativos ao pessoal, como seja
seguros dos ramos vida, acidentes no trabalho e doenças profissionais,
bem como seguros que garantam o benefício da reforma, invalidez ou
sobrevivência.
Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo
As amortizações económicas têm duas grandes funções: registar
o custo da utilização das imobilizações e registar a desvalorização das
imobilizações atribuídas ao exercício. Assim, esta conta evidência o
desgaste, a depreciação das imobilizações corpóreas e incorpóreas no
período ou exercício em análise.
Ajustamentos do Exercício
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Anteriormente chamadas “Provisões”, nesta rubrica registam-se,
de forma global no final do período contabilístico, a variação positiva
da estimativa dos riscos, entre dois períodos contabilísticos
consecutivos, representado o meio contabilístico para fazer face a
perdas potenciais, ou seja, perdas ou despesas prováveis de montante
incerto, imputáveis ao exercício.
Custos e Perdas Financeiras
Esta rubrica evidencia a totalidade dos valores relacionados com
a utilização do capital alheio São exemplos de Custos e perdas
financeiras: Juros Suportados de Empréstimos Bancários, Desconto de
Títulos, Serviços Bancários, Diferenças de Câmbio Desfavoráveis,
Descontos de Pronto Pagamento Concedidos, entre outros.
Custos e Perdas Extraordinárias
Regista todos os custos que a organização incorre e que não
contava ter, revertendo-se assim de um cariz excepcional. São
exemplos de Exemplos Custos e Perdas Extraordinárias: Donativos,
Dívidas Incobráveis, Multas Fiscais, Sinistros, entre outros.
1.2.2 PRINCIPAIS CONTAS DE PROVEITOS
As principais contas de “Proveitos” que destacamos e explicamos
abaixo são: Vendas; Prestações de Serviços; Proveitos suplementares e
outros; Proveitos e Ganhos Financeiros; Proveitos e Ganhos
Extraordinários.
Vendas
Revela a facturação líquida com mercadorias, produtos acabados,
entre outros realizada pela organização.
Prestações de Serviços
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Regista a facturação realizada pela empresa com serviços
prestados que sejam próprios dos objectivos ou finalidades da
organização.
Proveitos Suplementares e Outros
Evidência todos os ganhos que a organização obtêm e que não
foram enquadrados nos proveitos anteriores.
Proveitos e Ganhos Financeiros
Compreende todos os ganhos financeiros obtidos pela
organização, resultantes de operações correntes ou de aplicações
financeiras. Exemplos: Juros Obtidos em Depósitos, Rendimentos de
Imóveis, Diferenças de Câmbio Favoráveis, Descontos de Pronto
Pagamento Obtidos, entre outros.
Proveitos e Ganhos Extraordinários
Regista todos os ganhos que a empresa obteve e que não
contava. Exemplos: Recuperação de Dívidas Consideradas Incobráveis,
Restituição de Impostos, entre outros.
2. MÉTODO DOS RÁCIOS
O funcionamento e desempenho de uma organização deve ser
objectivado em instrumentos de gestão, ou seja, documentos que
reúnem a informação de várias áreas de gestão, transformando-a em
indicadores, permitindo assim acompanhar tendências e obter
perspectivas que ajudem os dirigentes na tomada de decisão.
Com base nas demonstrações financeiras e, entre elas, no
Balanço e Demonstração de Resultados, é possível determinar a
evolução da situação económico-financeira e do desempenho da
Empresa através de indicadores de curto e de médio e longo prazo, que
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se constituem respectivamente como preciosos auxiliares de decisões
operacionais e estratégicas.
Com estes indicadores é possível não só obter informações
sintéticas, fazer comparações (com o plano e com os benchmarks 1),
avaliar a evolução dos diferentes indicadores ao longo do tempo, mas
também situar a Empresa no contexto onde está inserida, pela
comparação com valores padrão do sector, quer nacionais, quer
internacionais.
É fundamental ter consciência, de que a análise dos rácios não
revelará tudo o que é necessário saber acerca da performance do
negócio. Eles fornecem uma boa descrição, mas têm as suas limitações,
pois uma vez que se baseiam na performance passada da empresa não
dão indicações algumas sobre a performance actual e futura. Por outro
lado, não existe nenhum padrão internacional para os rácios
económico-financeiros, pelo que é indispensável acrescentar um pouco
de reflexão e de bom senso à aplicação cega das fórmulas.
2.1 OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
Os Rácios Financeiros apreciam os aspectos que se relacionam
exclusivamente com aspectos financeiros, tais como a estrutura
financeira, a capacidade de endividamento, a solvabilidade, etc.
Rácios da Situação Financeira de Curto Prazo
Rácios de Liquidez
1 é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark
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Os Rácios de Liquidez são demonstrativos dos índices de
cobertura das dívidas por activos já líquidos, ou que se transformam
em meios líquidos em curto prazo, dando assim uma ideia da
capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos de curto
prazo.
Os credores de curto prazo, como fornecedores, preocupam-se
com o rácio corrente, pois essa é uma medida da capacidade da
empresa pagar suas contas.
Rácio de Liquidez Geral
Revela-nos a capacidade que a empresa tem de solver as suas
obrigações correntes. É um teste de solvência em curto prazo. Deve
ser, pelo menos igual a um, para que se verifique um equilíbrio
financeiro mínimo. (Valor Padrão ≥1,5).
Activo CirculantePassivo de Curto Prazo
Liquidez Geral =
A liquidez geral é uma representação do fundo de maneio e tem
grande importância para os credores. O fundo de maneio é muitas
vezes apresentado como a almofada de segurança da empresa quando
os credores reclamam os reembolsos das dívidas de curto prazo.
Rácio de Liquidez Reduzida
A liquidez reduzida é uma medida mais severa da posição líquida
da empresa. Dá a ideia clara da capacidade da empresa para, sem
grandes riscos, ser capaz de solver os seus compromissos de curto
prazo. (Valor Padrão ≥1)
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É utilizado com a mesma finalidade do anterior, mas admite
dificuldades de possível falência pelo que se considera que as
existências não poderão ser transformadas de imediato em dinheiro, ou
pelo menos que essa conversão será sempre abaixo do custo de
inventário.
Activo Circulante - MercadoriasPassivo de Curto Prazo
Liquidez Reduzida =
Rácio de Liquidez Imediata
Um terceiro indicador de liquidez é aquele que restringe ainda
mais o conceito de activos líquidos, cingindo-os às disponibilidades e
aplicações financeiras de curto prazo da empresa. É utilizada pelos
analistas que pretendem conhecer o grau de cobertura dos passivos
circulantes por disponibilidades.
DisponibilidadesPassivo de Curto Prazo
Liquidez Imediata =
Rácio de Solvabilidade
O Rácio de Solvabilidade realça a parcela da actividade da
Empresa que é financiada pelos proprietários (Capitais Próprios),
destacando assim o grau de independência desta perante os credores.
Traduz ainda a capacidade da empresa para solver os seus
compromissos a médio e longo prazo, isto é, a capacidade de pagar as
dívidas.
Capitais PrópriosTotal do Passivo
Solvabilidade =
Rácios da Situação Financeira de Médio e Longo
Prazo
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Rácio de Autonomia Financeira
O Rácio de Autonomia Financeira analisa a parcela dos activos
que é financiada por capital próprio. Assim, este rácio traduz a
capacidade da empresa de financiar o activo através dos capitais
próprios sem ter de recorrer a empréstimos e em simultâneo evidencia
a capacidade, inerente à estrutura patrimonial, para obtenção de
empréstimos a mais de um ano. (Valor Padrão ≥0,33)
Capitais PrópriosActivo Líquido
Autonomia Financeira =
Rácio de Cobertura de Activo Fixo
O Rácio de Cobertura do Activo Fixo evidência a posição
financeira da empresa no que concerne à análise do financiamento do
imobilizado em função dos capitais permanentes (capitais próprios +
passivo m/l prazo). (Valor Padrão≥1)
Capital PermanenteActivo Fixo
Cobertura do Activo Fixo =
Debt-to-Equity Ratio
Uma alternativa ao indicador de endividamento, consiste na
relação entre o endividamento de uma sociedade e os seus capitais
próprios (D/E). Esse indicador pode ter diversas variantes:
- com base no passivo total (D/E1):
-com base no passivo de médio/longo prazo (D/E2):
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D/E = Passivo Total
Capitais Próprios
D/E = Passivo Médio/Longo Prazo
Capitais Próprios
Saliente-se, que esta versão do D/E procura traduzir a repartição
relativa dos capitais permanentes (i.e., de longo prazo) de uma
empresa em próprios e alheios. Certos analistas consideram que uma
situação em que os segundos sejam superiores aos primeiros poderá
traduzir um certo excesso de endividamento, recomendando por
conseguinte que este indicador apresente um valor inferior a um.
2.2. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO ECONÓMICA
Os Rácios Económicos pretendem revelar aspectos de situação
económica como a estrutura dos custos, a estrutura dos proveitos, as
margens, a capacidade de auto financiamento, etc.
Os rácios de rentabilidade, tal como o nome indica medem a
rentabilidade da empresa na sua operação, indicando o grau de
eficiência com que a empresa utilizou os recursos à sua disposição.
Rentabilidade Liquida das Vendas
A Rentabilidade das vendas está estreitamente relacionada com a
política de preços da empresa e a margem bruta que esta reserva sobre
o preço de custo das mercadorias vendidas. Assim, para analisar a
relação entre os resultados e as vendas, a Rentabilidade Líquida das
Vendas, obtém-se a partir da margem líquida obtida pela empresa após
a dedução de todos os encargos.
Este rácio dá-nos o lucro (prejuízo) obtido por cada unidade
vendida, revelando assim a eficiência do negócio.
Resultados LíquidosVendas
Rentabilidade Líquida das Vendas (%)
=
Caso se trate de uma empresa de serviço pode falar-se da
Rentabilidade Liquida da Prestação de Serviços.
Resultados LíquidosPrestação de Serviços
Rentabilidade Líquida da Prestação de Serviços
=
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Rentabilidade dos Capitais próprios
A rentabilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que
eles geram. Este rácio pode considerar-se o mais importante em
finanças empresariais. Mede a rentabilidade absoluta entregue aos
accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio, tornando fácil
atrair novos fundos que permitirão à empresa crescer, havendo
condições favoráveis de mercado, e isso, por sua vez, conduz a maiores
proveitos. Tudo isso leva a um valor elevado e a um crescimento
contínuo da riqueza dos proprietários. (Valor Padrão > TRASN)
Resultados LíquidosCapital Próprio
Rentabilidade dos Capitais Próprios
=
Rentabilidade dos Activos
Indica a capacidade do activo da empresa gerar lucro. É
conhecido como ROI (Return on Investment) taxa de retorno dos
capitais investidos.
2.3 OS RÁCIOS DE FUNCIONAMENTO
Os Rácios de Funcionamento ajudam a explicar os impactos
financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração. São os rácios dos
prazos médios de recebimento e pagamento, da duração média das
existências em armazém, etc.
Estes rácios servem para analisar a eficiência das decisões na
gestão dos recursos aplicados, explicitando a forma como a empresa
está a utilizar os recursos de que dispõe. Os rácios de funcionamento
apuram-se em termos de rotação ou em dias de funcionamento. Sempre
que possível, devem utilizar-se os valores médios de balanço de forma a
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Rentabilidade do Activo = Resultados LiquidosActivo Total
não serem afectados pelos valores acidentais em determinada data do
balanço.
Dado que as condições de funcionamento são significativamente
diferentes de sector para sector, estes rácios só têm sentido se
comparados dentro do mesmo sector e entre empresas com
características tecnológicas e de mercado semelhantes.
Rotação de Mercadorias
Este rácio reflecte as existências em percentual das vendas. A
rotação das existências evidencia os efeitos da gestão ao nível do
armazém. Este rácio traduz a eficiência com que a empresa gere os
armazéns e as existências. É encarado como indicador de eficiência:
podendo significar que a empresa tem stocks demasiado elevados ou,
pelo contrário, pode demonstrar que a empresa está a perder vendas
devido à falta de existências, ou seja, tem frequentes rupturas de
stocks.
MercadoriasVendas
Rotação das Mercadorias (%)
=
Gestão de Créditos e Cobranças
Este rácio traduz as dívidas de clientes em percentual das
vendas. Um rácio alto é, em termos financeiros desfavorável,
mostrando por vezes ineficiência do departamento de cobrança ou falta
de poder negocial da empresa perante os seus clientes
ClientesVendas
Gestão de Créditos e Cobranças (%)
=
Rotação do Activo
Proporciona informação sobre o número de vezes que o activo
líquido da empresa foi reconstituído através das Vendas. Quanto maior
a velocidade dessa reconstituição, maior será o montante dos meios
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líquidos libertos pela empresa. Este rácio será maior em actividades
comerciais dos que em actividades industria.
VendasTotal do Activo
Rotação do Activo =
Tempo Médio de Recebimentos
O rácio procura evidenciar o prazo médio que os clientes da
empresa estão a demorar a regularizar as suas responsabilidades. A
empresa tem todo o interesse em estudar este rácio para analisar, por
umlado, a sua política de crédito, e por outro lado, a eficáciados
serviços financeiros.
Tempo Médio de Pagamentos
É o rácio que mede a celeridade com que a empresa costuma
pagar as suas dívidas aos fornecedores.
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II – ENQUADRAMENTO PRÁCTICO
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA SETH, S.A.
Seth - Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos,
foi constituída em 1933 pela empresa dinamarquesa Højgaard &
Schultz a/s, sendo hoje uma das principais empresas portuguesas de
Obras Marítimas e uma referência internacional na Engenharia
Costeira e Portuária.
Ao longo da sua história de 75 anos, a empresa tem realizado
numerosos trabalhos de construção civil, industrial e obras públicas
para a Administração Central e Autárquica, Institutos Autónomos,
Forças Armadas Portuguesas, Forças Armadas dos EUA e para a
NATO. A Seth estabeleceu-se rapidamente como uma empresa de
tecnologia avançada, tendo-lhe sido adjudicada, em 1947, a construção
da Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira.
Em 1949, a Seth construiu a Barragem do Pego do Altar (Rio de
Sta. Catarina, em Setúbal) onde, pela primeira vez em Portugal, o
paramento de montante foi protegido com uma cortina de chapas de
aço inoxidável com juntas elásticas. Ainda em 1949, construiu a
Barragem de Vale do Gaio (Rio Xarrama, em Alcácer do Sal); nesta
obra, uma inovação tecnológica para a época foi a aplicação de uma
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cortina interior em material betuminoso entre o maciço terroso e o
maciço de enrocamento. Em 1954, a empresa construiu também a
Ponte da Vala Nova em Benavente, a primeira ponte construída em
Portugal com betão pré-esforçado.
Em 1954, a empresa construiu também a Ponte da Vala Nova
em Benavente, a primeira ponte construída em Portugal com betão pré-
esforçado.
Mais recentemente, em 1990, a Seth esteve envolvida no
Projecto de Navegabilidade do Rio Douro, nomeadamente no troço da
Valeira. Mais recentemente, em 1990, a Seth esteve envolvida no
Projecto de Navegabilidade do Rio Douro, nomeadamente no troço da
Valeira.
Em 2003, a Seth integrou o consórcio a quem foi adjudicada a
empreitada do Gasoduto de Transporte de Gás Natural entre Sines e
Setúbal. Os trabalhos efectuados contemplaram a construção de um
Gasoduto de Gás Natural com 87 quilómetros de extensão, entre Sines
e Setúbal e, a travessia do Rio Sado, considerada a maior travessia da
Europa por perfuração horizontal dirigida.
1.1 DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1.1.1 BALANÇOS 2006 E 2007
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Quadro 4: BALANÇO - 2006 E 2007
Fonte: Relatório Anual 2007 - Seth, S.A.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030